UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS FACULDADE DE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
FACULDADE DE GEOLOGIA
GEOLOGIA GERAL
EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DO BRASIL NO FANEROZÓICO
TRIO 12
Elizangela Vasconcelos - 201608540040
Mayra Lopes da Conceição - 201608540044
Tamar Talyssa Brasil - 201608540041
Docente: José Fernando Pina Assis
Monitores: Leonardo Reis
BELÉM - PA
NOVEMBRO 2016
INTRODUÇÃO
Baseados em grandes eventos
geológicos causados durante a formação
da
Terra,
há
a
escala
de
tempo
geológico. Tal ferramenta é representada
por éons, eras, períodos, épocas e
idades, onde cada passagem representa
um
grande
evento
de
extinção
ou
surgimento de espécies entre intervalos
de tempo geológico.
Dando
destaque
ao
éon
Fanerozóico, do qual abrange desde o
período Cambriano da era Paleozóica até
o Quartenário da era Cenozóica, do qual
nos localizamos como “Homo Sapiens”.
Figura 01 - Escala do tempo geológico (RAMOS,
2012).
Destacaremos neste presente trabalho
como se deu a evolução geológica
EVOLUÇÃO
atuais.
Assim como em todo o planeta, o
Brasil passou por vários processos de
formação até chegar aos dias de hoje,
EON FANEROZÓICO
onde a evolução dos continentes e mares
Dentre as subdivisões presentes
nessa
escala
(figura
01),
o
éon
Fanerozóico inicia-se na era paleozóica,
com
DO
BRASIL NO FANEROZÓICO
gradativa do Brasil no éon destacado,
desde sua formação inicial até os dias
GEOLÓGICA
o
surgimento
artrópodes,
moluscos
aproximados
(LAPA, 2014).
545
dos
e
primeiros
trilobitas,
milhões
de
a
anos
se modificou e continua modificando-se
ao longo do tempo com as ações
geológicas
da
Terra
estarem
em
constante movimento. Durante a era
paleozóica
do
éon
Fanerozóico,
os
continentes já existentes, em função da
dinâmica do planeta, unem-se em um
único
e
grande
continente
que
é
chamado como Pangeia (HASUI et al,
2012).
Fósseis encontrados em diversos
pontos
do
Brasil
comprovaram
o
surgimento
de
invertebrados,
assim
como, com o processo de adaptação,
durante os períodos Triássico, Jurássico
e Cretáceo Inferior (DAAE, 2001).
foram desenvolvendo-se vários tipos de
vegetação
no
solo
e
tão
logo
o
surgimento dos vertebrados e algumas
espécies primitivas que deram origem a
diversas outras espécies encontradas
nos dias atuais. Porém o clima existente
durante o início deste éon sofria intensas
mudanças,
como
foi
o
caso
do
acontecimento de uma glaciação que
pode ser evidenciada em algumas rochas
ainda existentes (HASUI et al, 2012).
Com
a
constante
mudança
geológica do Brasil, surgiram quatro
bacias
paleozóicas
consideravelmente
Figura 02 - Esboço geológico do Brasil, com
representação das bacias sedimentares (NUNES;
grandes, das quais eram chamadas de
Solimões,
Amazônas,
e
Na era mesozoica, que indica a
Paraná, onde podemos localizá-las entre
era mediana do éon Fanerozóico, de
as demais bacias no esboço geológico do
forma progressiva, ocorreu a divisão do
Brasil na figura 02. Além de serem
grande
enorme fontes de consumo de água,
Brasil, assim como a América do Sul,
também
minerais,
localizava-se na metade chamada de
como é o caso da enorme reserva de gás
Gondwana, juntamente com a África,
presente e do óleo de arenitos retirado
Antártida,
hoje
Indiano. Contudo, houveram atividades
possuem
pela
Parnaíba
NÓBREGA, 2009).
riquezas
Petrobras
da
Bacia
de
continente
Austrália
Pangeia,
e
onde
o
subcontinente
Solimões. A Bacia do Paraná também
tectônicas
apresenta
riquezas
fragmentação do Gondwana, onde afetou
naturais, onde há um dos maiores
diretamente a separação da América do
reservatórios de água doce de todo o
Sul da África, fazendo surgir por etapas o
mundo chamado de Aquífero Guaraní,
Atlântico Norte e Atlântico Sul (HASUI et
que teve sua formação subterrânea
al, 2012).
a
existência
de
ocasionada por processos geológicos
durante
o
processo
de
Ainda segundo HASUI et al (2012):
“… Nas bacias do tipo rifte depositaram-
se
grandes
volumes
folhelho
encontra-se afastado dos limites externos
lacustres, que viria, com o passar do
da placa em questão, o que justifica sua
tempo a sofrer efeitos de pressão e
estabilidade geológica existente. Raros
temperatura, soterrados que foram por
sismos ainda são registrados no Rio
rochas
e
Grande do Norte, Minas Gerais, Mato
isso
se
Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo,
rochas-fonte
dos
provando de forma evidente a constante
grandes volumes de petróleo existentes
movimentação e mudança geológica no
na margem leste do Brasil…”
Brasil (HASUI et al, 2012).
sedimentares
sobrejacentes,
e
transformariam
nas
O
mais
na
novas
com
surgimento
montanhosas
de
de
área
regiões
costeira
CONCLUSÃO
no
Em
vista
dos
argumentos
Sudeste do Brasil ocasionou a erosão e
apresentados,
sedimentação em rios, onde formaram
constantes
futuramente reservatórios de campos de
que ao longo do tempo ocorreram no
petróleo.
planeta, influenciaram de tal maneira a
Chegando
ao
fim
da
era
Mesozóica, surgiu a partir do choque
entende-se
que
transformações
as
geológicas
constituição do Brasil.
entre duas placas tectônicas, onde a
Como
as
principais
bacias
placa Nazca movimentou-se na direção
existentes na região, que tiveram seu
da sul-americana, da qual penetrou por
surgimento na era paleozóica. Mudanças
baixo, elevando o terreno e dando origem
climáticas
a famosa Cordilheira dos Andes, sendo
descoberta de fósseis em determinadas
considerada uma das maiores cadeias de
regiões,
montanhas do mundo. Seu soerguimento
posteriormente eventuando a erosão e
se deu de forma mais rápida no Mioceno,
sedimentação nos rios onde atualmente
mudando
da
encontram-se reservatórios petrolíferos.
América do Sul na época (HASUI et al,
Todo o processo de formação do Brasil
2012).
partiu
radicalmente
o
clima
Todas as atividades geológicas
e
a
de
ambientais,
formação
forma
com
a
superfície terrestre, o que é evidente, por
não
num todo, testemunham o constante
sísmicos
dinamismo existente na superfície da
plataforma sul-africana.
contido na plataforma sul-americana,
a
montanhas
dinâmica
ocorridas no Brasil, assim como o planeta
Terra. O Brasil por estar totalmente
de
onde
apresentar
pela
tantos
sua
fenômenos
localização
na
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DAAE (Departamento Autônomo de Água e Esgotos). Aquífero Guarani, 2001.
Disponível em: <http://www.daaeararaquara.com.br/guarani.htm>. Acesso em 05 de
novembro 2016.
HASUI, Y.; CARNEIRO, C.D.R.; ALMEIDA, F.F.M. de; BARTORELLI, A. Geologia do
Brasil. São Paulo: Beca, 2012.
LAPA.
Éon
Fanerozóico,
2014.
Disponível
em:
<http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%20100>. Acesso em
05 de novembro 2016.
NUNES, E.; NÓBREGA, O. B. Geologia histórica e do Brasil. Geografia Física - UEPB,
2009.
Arquivo
PDF.
Disponível
em:
<http://www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/geografia/geografia_fisica_I/GEOFISAU
LA6.pdf>. Acesso em 05 de novembro 2016.
RAMOS, J. C. et al. Ciências Naturais. Ed 7, Raíz Editora, Lisboa, 2012.
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