Conceito e tipos de mobilidade social

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Conceito
e
tipos
mobilidade social
de
Por Roniel Sampaio Silva
Mobilidade, vem do Latim mobilis, “o que pode ser movido,
deslocado, é passível de movimento”. A palavra celular do
inglês é mobile.
Para sociologia, mobilidade social é um conceito de extrema
importância uma vez que tal atributo representa o nível de
deslocamento social dentro dos vários estratos que existem na
sociedade. Os aspectos dinâmicos do interior dos estratos
sociais costumam ser percebidos através do que os sociólogos
chamam de mobilidade social e nem sempre esta impressão que
temos corresponde de fato com o deslocamento de indivíduos de
uma camada para outra da sociedade. Neste sentido, podemos
remeter a Giddens (2005) para apresentar o conceito de
mobilidade social:
“Refere-se ao deslocamento de indivíduos e grupos entre
posições socioeconômicas diferentes”
Com base na citação surge a pergunta: professor, como
é possível ter um deslocamento se não temos uma distância?
Assim como a Geografia usa o conceito de espaço geográfico,
um sociólogo chamado Sorokin criou um termo chamado “espaço
social”. Enquanto no espaço geográfico as referências são
elementos naturais: montanhas, rios, oceanos e o sol; o espaço
social as referências são constituídas socialmente e dentro
deste sistema é possível localizar o indivíduo através das
suas “coordenadas sociais”: o filho do promotor, advogado ou
presidente. Toda esta esfera de localização tem uma dimensão
simbólica que alimenta o imaginário popular.
Além destes fatores citados há vários outros que permitem
localizar o indivíduo ou grupo dentro do espaço social.
Condição financeira, bairro que mora e status social. Giddens
chama de mobilidade lateral, por exemplo, o fato de mudar-se
de um bairro para o outro.
Principais tipos de mobilidade social são “horizontal” e
“vertical”
Quando há mobilidade horizontal a pessoa muda de posição
dentro de um determinado grupo, mas permanece no mesmo estrato
social. A exemplo disto temos o caso de morador que se torna
síndico. Ele não muda substancialmente de renda, status ou
poder aquisitivo, mas percebe-se que a posição social dele é
maior dentro da esfera simbólica por conta do cargo que ele
ocupa.
No outro exemplo de mobilidade – a vertical – o indivíduo ou
grupo mudam nível ou estrato social. Por exemplo, uma pessoa
que
passa
num
bom
concurso
público
e
outrora
era integramente da classe “C”, pode deslocar-se para a “B” ou
outra classe.
Agora que vimos os principais tipos de mobilidade, podemos ver
como os sociólogos analisam estas dinâmicas. Como
possibilidade de estudo podemos fazer um estudo da mobilidade
social de várias gerações diferentes ou a partir da mesma
geração. Para isso temos abordagem intrageracional e
intergeracional.
Da mesma forma que o indivíduo pode ascender socialmente
dentro dessa dinâmica de posições e deslocamentos sociais, é
possível ir para um nível ou estrato mais baixo. Para isso,
podemos diferenciar a mobilidade social ascendente, quando os
sujeitos vão para um nível social superior e descendente,
quando vão para um nível social inferior. Ressumindo, “E o
motivo todo mundo já conhece é que o de cima sobe o debaixo
desce…”
Por fim, podemos concluir que mesmo que na sociedade haja
elementos estáticos, há outros que são dinâmicos É preciso
conhecer bem esta dinâmica para compreender que rumos
tomaremos como sujeitos sociais.
Nesta perspectiva, é possível avaliar a meritocracia de um
país justamente pela possibilidade de mobilidade social. Nessa
direção “analisando esta cadeia hereditária quero me livrar
dessa situação precária”.
Esquema:
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