Mini Curso - Laboratório de Análise Ambiental

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma
abordagem geológica-geomorfológica
Laboratório de
Geologia
Ministrantes:
Geógrafo Harideva Marturano Égas
Acadêmica de Geografia Raíza Sartori Peruzzo
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Programação
21/10 – Quinta-feira
14h00 – 15h45
Apresentação dos Ministrantes e da turma
Apresentação da Programação
Risco e Geografia
(o papel do geógrafo, desastres)
Terminologias
(utilização dos termos: evento, desastre, perigo, suscetibilidade, vulnerabilidade,
risco, área de risco)
15h45 – 16h00 – INTERVALO
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Programação
21/10 – Quinta-feira
16h00 – 18h00
Geologia: Conceitos Básicos
Geomorfologia: Conceitos básicos, o homem como agente geomorfológico,
Geomorfologia Aplicada.
Geomorfologia Fluvial
(ambientes fluviais, bacias hidrográficas, sistemas fluviais, inundação e
enchentes)
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Programação
22/10 – Sexta-feira
14h00 – 16h00
Movimentos de Massa e Generalidades
(classificação, influência no modelado do relevo, aspectos geológicos,
geomorfologia e cobertura pedológica, aspectos climáticos, vegetação, atividade
antrópica, previsão, medidas preventivas e estruturais)
- Uso das geotecnologias na prevenção de desastres naturais.
(SIG, sensoriamento remoto, dados de GNSS)
- Métodos de análise e mapeamento de áreas de risco a movimentos de
massa: análise da distribuição dos movimentos de massa em campo; análise
baseada em mapeamento geológico-geomorfológico e/ou geotécnico; aplicação
com modelos com bases estatísticas; e aplicação de modelos matemáticos
(estocásticos e determinísticos).
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Programação
22/10 – Sexta-feira
16h00 – 18h00
Experiências e estudos de caso
São José – Empresa Tyson do Brasil
Município de Mirim Doce
Município de Rio dos Cedros
Município de Gaspar (Bairro Belchior Baixo)
Município de Blumenau (Bairro Valparaíso, Rua União da Vitória)
Município de Ilhota (Bacia Ribeirão do Baú)
Município de Florianópolis (Maciço do Morro da Cruz)
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Risco e Geografia
O risco, os acidentes, as catástrofes, não
constituem em si um novo campo científico e
especificamente geográfico. Não se trata de uma
nova disciplina, mas de uma abordagem global
que integra os aportes provenientes das ciências
ditas “duras” (geologia, meteorologia, hidrologia,
química, física) e da sociologia, antropologia, do
direito, da economia.
VEYRET, 2007
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Risco e Geografia
A geografia pode pretender um lugar nessa
abordagem multidisciplinar?
VEYRET, 2007
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Risco e Geografia
A resposta é evidente: a geografia se interessa pelas
relações sociais e por suas traduções espaciais.
VEYRET, 2007
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
PAPEL DO GEÓGRAFO NA ANÁLISE DE RISCOS:
Organização Espacial (Christofoletti)
Geossistema
Clima
Solos
Águas
Relevo
Vegetação
Sistema Sócio-Econômico
Urbano
Mineração
População
Agricultura
Indústria
Figura 1: Estruturação do geossistema e do sistema sócio-econômico (Christofoletti, 1999).
ORGANIZAÇÂO
Metereologia
Ecologia
Hidrologia
Geologia
Geodinâmica
Sócio-econômico
Geossistema
ESPACIAL
Política
Economia
Demografia
Sociologia
Antropologia
Figura 2: Estrutura conceitual da organização espacial e envolvimento com disciplinas subsidiárias (Christofoletti, 1999).
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Risco e Geografia
Fonte: SAITO, 2004
Fenômeno
Desastre
Sociedade
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Desastres
Tsunami na Indonésia 2004
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Desastres
Asian Tsunami / Tiger Waves
http://www.globalsecurity.org/eye/andaman-ani.htm
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Desastres
Terremoto no Chile - 2010
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Desastres (econômico-social)
Quebra da Bolsa de Nova York - 1929
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Desastres (econômico-social)
A FOME
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
O nosso objetivo!
OCUPAÇÃO DE ENCOSTAS
E MARGENS DE RIOS
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
O nosso objetivo!
MOVIMENTOS DE MASSA
E INUNDAÇÃO
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
De acordo com o manual: “Mapeamento de riscos em encostas e margens de
rios” (BRASIL, 2007), o livro: “Desastres naturais e geotecnologias: Conceitos
básicos”(MARCELINO,2008). “Os Riscos – O homem como agressor e vítima
do meio ambiente” (VEYVERT, 2007). “Gestão e Mapeamento de Riscos
Socioambientais (Ministério das Cidades, 2002). IPT, 2007.
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
EVENTO:
Fenômeno com características, dimensões e localização
geográfica registrada no tempo, sem causar danos
econômicos e/ou sociais.
DESASTRE (DISASTER):
Se o fenômeno ocorrer sobre um sistema social e causar
impacto, produzindo danos e prejuízos extensivos e/ou de difícil
superação pelas comunidades afetadas
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
Fonte: SAITO, 2004
Fenômeno
Desastre
Sociedade
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
Fonte: MARCELINO (2008).
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
Fonte: Adaptado de TOBIN e MONTS (1997) por MARCELINO (2008).
Causas
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terremoto
Vulcão
Inundação: inundação gradual, inundação brusca,
alagamento, e inundação litorânea
Dinâmica
atmosférica
Deslizamento: rastejamento, deslizamento, queda
de blocos, e fluxo de escombros
Estiagem
Furacão
Vendaval
Granizo
etc.
International Conference on Monitoring, Prediction and
Mitigation of Water-Related Disasters (Kyoto, Japão,
12 a 15 de Janeiro de 2005)
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Nova classificação pelo Centre for Research on the
Epidemiology of Disasters - CRED
Desastres hidrológicos = inundações + deslizamentos
Desastres humanos: desastres cujos principais causas
são associadas às ações humanas
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
PERIGO (HAZARD):
Condição ou fenômeno com potencial para causar uma
conseqüência desagradável.
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
SUSCETIBILIDADE:
Indica a potencialidade de ocorrência de processos naturais e induzidos
em áreas de interesse ao uso do solo, expressando-se segundo
classes de probabilidade de ocorrência
VULNERABILIDADE:
Grau de perda para um dado elemento, grupo ou
comunidade dentro de uma determinada área passível de
ser afetada por um fenômeno ou processo. Revela a
fragilidade de um sistema em seu conjunto e sua
capacidade para superar a crise provocada por um
acontecimento possível
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
RISCO (RISK):
Relação entre a possibilidade de ocorrência de um
dado processo ou fenômeno, e a magnitude de danos
ou conseqüências sociais e/ou econômicas sobre um
dado elemento, grupo ou comunidade. Quanto maior a
vulnerabilidade, maior o risco.
Risco é a probabilidade de ocorrer conseqüências danosas ou perdas esperadas,
como resultado de interações entre um perigo natural e as condições de
vulnerabilidade local. O risco seria, então, a probabilidade (mensurável) de um
perigo transformar-se num desastre
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
Elementos envolvidos na análise de risco
Fonte: Alheiros et al (2003), apud SAITO (2004)
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Mapas de risco :
Um mapa de risco deverá fornecer informações da probabilidade temporal e
espacial, da tipologia e o comportamento do fenômeno, a
vulnerabilidade dos elementos expostos e os prováveis custos dos
danos
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Terminologia e classificação
ÁREA DE RISCO:
Área passível de ser atingida por fenômenos ou processos naturais e/ou induzidos
que causem efeito adverso. As pessoas que habitam essas áreas estão sujeitas a
danos à integridade física, perdas materiais e patrimoniais. Normalmente, no
contexto das cidades brasileiras, essas áreas correspondem a núcleos
habitacionais de baixa renda (assentamentos precários)
Quanto mais vulnerável, maior é o risco
Ilhota-SC. Foto: Bauzys (2009).
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Síntese:
Evento
Fenômeno com características, dimensões e localização geográfica registrada no tempo,
sem causar danos econômicos e/ou sociais.
Perigo (hazard)
Condição ou fenômeno com potencial para causar uma consequência desagradável.
Vulnerabilidade
Grau de perda para um dado elemento, grupo ou comunidade dentro de uma determinada
área passível de ser afetada por um fenômeno ou processo.
Suscetibilidade
Indica a possibilidade de ocorrência de processos naturais e induzidos em uma dada área,
expressando-se segundo classes de probabilidade de ocorrência.
Risco
Áreas de risco
Relação entre a possibilidade de ocorrência de um dado processo ou fenômeno, e a
magnitude de danos e consequências sociais e/ou econômicas sobre um dado elemento,
grupo ou comunidade. Quanto maior a vulnerabilidade maior o risco.
Área passível de ser atingida por um fenômeno ou processos naturais e/ou induzidos que
causem efeito adverso. As pessoas que habitam essas áreas estão sujeitas a danos à
integridade física, perdas materiais e patrimoniais. Normalmente, no contexto das cidades
brasileiras, essas áreas correspondem a núcleos habitacionais de baixa renda
(assentamentos precários).
Classificação da terminologia empregada sobre riscos e Desastres Naturais. Fonte: IPT 2007 e
Ministério das Cidades, 2002.
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Para ser considerado pelos políticos, e dentro de uma gestão adaptada, o
risco deve ser “calculável”, avaliável.
A melhor maneira de chamar a atenção dos políticos para as questões
referentes aos desastres é colocar em “CIFRAS ($$$$$)” (MUSSUM, 2010).
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Referências:
Augusto Filho, O. Cartas de risco de escorregamento: uma proposta metodológica e sua aplicação no município de Ilhabela, SP.
São Paulo. 172 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 1994.
BIGARELLA, J. J. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. Florianopolis: Ed. da UFSC, 2003 - v. III.
BRASIL. Ministério das Cidades / Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT. Mapeamento de Riscos em Encostas em Margens
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BRASIL. Ministério das Cidades / Secretaria de Programas Urbanos/ Universidade Federal de Pernanbuco. Gestão e
Mapeamento de Riscos Socioambientais – Curso de Capacitação.
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CERRI, L.E.S; NOGUEIRA, F.R.; CARVALHO, C.S.; MACEDO, E.S.; AUGUSTO FILHO, O. Mapeamento de risco em
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CHISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1980.
CRISTO, S. S. V de. Análise de susceptibilidade a riscos naturais relacionados às enchentes e deslizamentos do setor leste da
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FLORENZANO, T. G. (Org.). Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.
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FLORENZANO, T. G. (Org.). Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.
GABINETE DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL-GAPLAN/SC. "Atlas de Santa Catarina". Florianópolis, l986.
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Referências:
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GUERRA, A. J. T. Novo Dicionário Geológico-Geomorfológico. 8ª Ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010
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Disponível em: http://www.inpe.br/crs/geodesastres/imagens/publicacoes/cadernos/Caderno1_Desastres%20Naturaisconceitosbasicos.pdf. Acesso em: 28 nov. 2008.
MARCELINO, E.V. Mapeamento de áreas susceptíveis a escorregamentos no município de Caraguatatuba (SP) usando
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MONTEIRO, M. A.; MENDONÇA, M. In: HERRMANN, M.L (org.) Atlas de desastres naturais do estado de Santa
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ROSS, J. L. S. Geomorfologia Ambiental. In: CUNHA, A. B.; GUERRA, A. T. (Orgs). Geomorfologia do Brasil. 4ª Edição.
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SAITO, Silvia M. Análise da Vulnerabilidade Socioambiental dos Moradores das Encostas Urbanizadas de Florianópolis.
2008. Projeto de Qualificação de Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em
Geografia. Florianópolis, 2008.
SANTA CATARINA. Departamento Nacional de Produção Mineral. Mapa Geológico do Estado de Santa Catarina.
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TEIXEIRA, W. et al. (Org.). Decifrando a terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2003.
VEYRET, Y. (Org). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. Dílson Ferreira da Cruz (trad.). São
.
Paulo: Contexto, 2007. 319p
MINI-CURSO:
Análise de áreas de risco: uma abordagem geológica-geomorfológica
Referências:
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