Desde sua fundação, há 60 anos, a Dabi Atlante se preocupa com a saúde dos pacientes e a biossegurança dos consultórios odontológicos. Sua linha de produtos é repleta de items voltados para o controle de infecção. A empresa fabrica autoclaves, canetas de alta rotação push-buttom, o sistema flush, a bomba a vácuo Ciclone e cadeiras com comando de pé. Tudo para garantir a segurança do paciente e do cirurgião-dentista. As autoclaves Dabi são as únicas qualificadas pela 3M. Os produtos passam por um rigoroso processo de testes com indicadores químicos e biológicos durante a qualificação e recebem o selo exclusivo 3M que garante a qualidade de sua esterilização. martins design jan07 LINHA DE ESTERILIZAÇÃO DABI ATLANTE Informativo de Divulgação Dabi Atlante. Nº 5 - Janeiro/2007 ESTERILIZAÇÃO Produto testado e aprovado por indicadores químicos e biológicos na etapa de qualificação. Qualidade de esterilização garantida pela Esterilização. Autor: Benedito Umberto Bueno CD - Especialista em CTBMF; - Professor do Curso de Atualização em Implante da ACDC e ACDC Jundiaí; - Contato email: [email protected] Autoclave 19 L Autoclave 12 LX Uma característica dominante de nossa época é a preocupação das pessoas em viver mais e melhor. Tal tendência está intimamente relacionada ao desenvolvimento de processos tecnológicos, que possibilitam substancial melhoria na prevenção e tratamento das doenças e na manutenção e promoção da saúde. Mas, para que essas mudanças transcendam a escala individual e se incorporem à sociedade como um patrimônio coletivo, elas precisam receber uma abordagem ética, sempre pautada pelo critério da eqüidade. É impossível dignificar a própria vida sem se comprometer com a dignificação da vida do outro. (LOTTENBERG,2006) Assim, a fim de proteger seu paciente, o cirurgião dentista deve estar sempre atento ao processo de esterilização dos instrumentos e ao controle desse processo. Deve-se seguir a legislação para dar segurança e respeito ao paciente durante os procedimentos odontológicos. (esterilização química). Porém, o uso desse equipamento e produto, dentro das suas indicações e especificações, por si só não garantem a eficácia do procedimento. É necessário o controle do processo, ou seja, monitorar e controlar a esterilização, para que se tenha certeza do êxito da descontaminação e detecção de possíveis falhas. E o que é controlar a esterilização? Como fazer isso? É a utilização de recursos para avaliar o êxito ou apontar falhas no procedimento, tornando legítima e garantindo a qualidade da esterilização, dando segurança aos procedimentos e auxiliando no controle da infecção. O monitoramento do ciclo de esterilização é recomendado pela ANVISA por meio do MANUAL DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE www.dabi.com.br Dabi Atlante - +55 16 3512-1212 - Av. Pres. Castelo Branco, nº 2525 - Ribeirão Preto - SP - Brasil A esterilização e seu controle RISCOS/março 2006. Os recursos a serem utilizados são: Segundo a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) “a esterilização é o processo que visa destruir ou eliminar todas as formas de vida microbiana presentes, por meio de processos físicos ou químicos”, prevenindo as infecções cruzadas e contribuindo com a biossegurança. Dessa forma, as medidas preventivas no controle de infecções adotadas nas atividades diárias do consultório odontológico são imprescindíveis controladores físicos, químicos e biológicos. A esterilização pode ser feita de duas formas, através do uso de autoclaves (esterilização por meios físicos - fig 01) e através de glutaraldeído Monitoramento Físico São dispositivos presentes nos equipamentos que mostram o seu desempenho dentro de parâmetros estabelecidos. Nem sempre garantem sua efetividade, por isso há necessidade de uma aferição constante para o preciso funcionamento dos aparelhos envolvidos. Esses dispositivos controlam a temperatura, tempo e pressão e são: Indicadores Químicos Internos Monitoram individualmente cada pacote e devem ser colocados no MONOVACUOMETRO ficar aquém dessa área (área denominada de rejeitado ou não seguro - fig. 05 e 06) significa que nem todos os parâmetros de esterilização foram alcançados. seu interior onde avaliam a penetração do agente esterilizante por TERMOSTATO / LÂMPADA PILOTO todos os parâmetros críticos necessários para o resultado final do TERMÔMETRO processo - tempo, temperatura e vapor (ANVISA 2006). Devem ser usados de forma rotineira já que a avaliação de falha no processo pode ser avaliada imediatamente. As falhas podem ocorrer devido a: • Possibilidade de existir ar residual no pacote ou no interior das tubulações do equipamento. • O pacote ser muito denso ou grande • A carga ser montada incorretamente ou muito apertada no interior da autoclave. • Pacotes montados em invólucros impermeáveis • Ciclo inadequado, tempo e temperatura incorreta fig.01 Os indicadores químicos internos podem ser divididos em duas categorias: indicador químico multiparamétrico e integrador químico. Indicador químico multiparamétrico Monitoramento Químico Controla a qualidade e eficácia do processo. Consiste de fitas adesivas, etiquetas, envelopes e tiras de papel impregnados com tinta termocrômica que mudam de cor quando expostas à temperatura por tempo suficiente. Podem ser classificados como indicadores específicos da temperatura, indicadores de múltiplos parâmetros de processo (também chamados de integradores) e também indicadores de concentração de glutaraldeído (tira específica que muda de cor quando mergulhada no líquido indicando concentração mínima de ação). É uma tira de papel impregnada com tinta termocrômica, que muda de coloração quando exposta a condições mínimas necessárias ao processo (fig 04). Responde a pelo menos dois parâmetros críticos (tempo e temperatura) e deve ser colocado em todos os pacotes, preferencialmente no local de maior dificuldade de penetração do vapor (centro geométrico do pacote). O resultado final deverá apresentar a tira com uma coloração uniforme em toda sua extensão, caso isso não ocorra, não utilizar o material. indicadores capazes de certificar a morte efetiva dos microrganismos. A freqüência de monitorização por indicadores biológicos deve ocorrer semanalmente (Ministério da Saúde/ANVISA e Secretarias do Estado da Saúde). Indicadores Biológicos São constituídos por suspensão de esporos bacterianos termorresistentes encontrados na forma de tiras ou ampolas (Geobacillos Stearotermophillus para autoclaves e Bacillos Subtillis para estufa). O sistema de ampolas, mais encontrado (ex.:Attest 3M 1262 - 48 horas ou 1292 - 3 horas) é chamado de “outocontido” por conterem no mesmo frasco os esporos bacterianos e o meio de cultura. A tira contendo esporos está armazenada em uma ampola plástica que também acondiciona uma ampola de vidro contendo um caldo nutriente próprio para o cultivo dos microrganismos e é fechada por uma tampa com orifícios para penetração de vapor. Quando o conjunto é colocado dentro do pacote (fig.07), o vapor deve atingir os esporos e eliminá-los. O desempenho esperado é que não ocorra nenhum tipo de crescimento bacteriano verificado quando a ampola é quebrada e o caldo de cultura mistura-se com o papel impregnado com esporos e é levada a uma incubadora cuja leitura será dada pela mudança de cor. Os indicadores mais usados apresentam-se como de segunda e terceira geração. A qualidade e manutenção dos resultados dos processos de esterilização está intimamente relacionado com a qualidade das embalagens utilizadas, bem como a disposição dos pacotes no interior da câmara de esterilização. Pacotes apertados que dificultem a circulação do vapor e caixas metálicas abarrotadas de instrumentos e que não conduzem bem o calor comprometem os resultados de avaliação dos procedimentos. Além disso, o pós-esterilzação também deve ser monitorado. Segundo a ANVISA, o instrumental deve ser armazenado em local exclusivo, fechado, sem poeira e umidade, a uma distância mínima de 20 cm do chão, 50 cm do teto e 5 cm da parede, além de ser limpo periodicamente. É preciso verificar sinais de infiltração, presença de insetos, retirando-se os pacotes danificados, com sinais de umidade, prazo de validade da esterilização vencido, etc. e reprocessando-os. Indicadores de Segunda Geração Os indicadores químicos podem ser internos ou externos. Indicadores Químicos Externos fig.04 Indicam que o artigo foi exposto ao processo de esterilização distinguindo os artigos processados dos não processados. São marcas encontradas nos envelopes (fig 02 e 03) e fitas adesivas, que são resistentes a elevadas temperaturas. Essas marcas devem apresentar-se após a exposição com a coloração modificada de maneira uniforme. A coloração não homogenia pode significar falha no processo de esterilização. Dessa forma despreza-se o material. Devem estar presentes em todas as embalagens de artigos estéreis e, são específicos para cada procedimento. Integrador Químico Fig.09 Responde a todos os parâmetros críticos da esterilização a vapor (tempo, temperatura e qualidade do vapor). Apresenta um resultado mais confiável que o indicador químico multiparamétrico com margem de erro menor. Consiste de uma película sensível ao vapor e à temperatura, acondicionada numa lamina de papel /filme outra de papel /filme e metal laminado, com uma pastilha e um papel condutor que através de difusão, caminha com uma marca escura até um campo visual de aceitação. Se Bibliografia Fig.07 Fig.05 fig.02 fig.03 Fig.06 Fig.08 Apresentam o resultado final em 48 horas em incubadora própria a 56 e 57ºC (fig 08), junto a um indicador biológico controle ( que não foi para a autoclave). O controle normalmente apresenta mudança de coloração depois de 6 a 8 horas de incubação, passando de roxo para amarelo. Caso todos os esporos tenham sido eliminados, a coloração permanece roxa (não houve crescimento) e o resultado do teste é negativo. 1. APECIH (Associação Paulista de Estudos em controle de infecção Hospitalar); Esterilização de artigos em unidades de saúde. São Paulo, 1998. 2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Assistência à Saúde. Orientações Gerais para Central de Esterilização, Brasília, DF, 2001. 3. CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA; Biossegurança; Rio de Janeiro, 1999. 4. ESTRELA, C;Controle da infecção.na Odontologia;São Paulo, Artes Médicas, 2003. Indicadores Biológicos de Terceira Geração 5. SILVA, A. S. F.; RISSO,M; RIBEIRO,M; Biossegurança em ambientes odontológicos. São Paulo, Pancast Editora, 2004. Funcionam de forma similar aos de segunda geração. A diferença é que neste tem-se na ampola um evidenciador da atividade enzimática dos microorganismos. Esta atividade de fluorescência é lida com um equipamento especial, e pode ser detectado em três horas em ciclos convencionais. Se for mantido incubando, no final de 48 horas tem-se o resultado visual, como o de segunda geração (fig 09). 6. Guia elaborado por enfermeiros brasileiros; Recomendações práticas para processos de esterilização em estabelecimentos de saúde. Campinas, Komedi, 2000. O monitoramento biológico é o que mais comprova a esterilização, proporcionando um controle mais rigoroso do processo, pois são os únicos 7. ANVISA; Serviços Odontológicos – Prevenção e Controle de Riscos, Ed. Anvisa, Brasília, 2006. 8. LOTTENBERG, C. L., Revista Einstein Vida n° 7, 2006.