Pesquisa I - Instituto de Cardiologia do Distrito Federal

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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
DEFINIÇÃO DE PESQUISA
Qualquer investigação em seres humanos, envolvendo
intervenção terapêutica e diagnóstica com produtos registrados
ou passíveis de registro.
Processo de construção do conhecimento, capaz de gerar um
novo conhecimento ou ainda contribuir para refutar um
conhecimento pré-existente.
PESQUISA CLÍNICA
- Compreende pesquisas com:
- Fármacos e novas drogas
- Vacinas
Enfª. Márcia Laureano
Mestre Enfermagem UnB
OBJETIVO
Descobrir ou verificar os efeitos
farmacodinâmicos, farmacocinéticos,
farmacológicos, clínicos e/ou outros
efeitos
do(s)
produto(s)
investigado(s),
e/ou
identificar
eventos adversos ao(s) produto(s) em
investigação,
averiguando
sua
segurança e/ou eficácia, que poderão
subsidiar o registro ou a alteração
deste junto à ANVISA.
ESTUDOS
Enfª Márcia Ferrer
- Procedimentos
- Materiais e equipamentos
CONSIDERAÇÕES
- Pesquisa clínica tem um alto custo: 50- 70%
do custo total do desenvolvimento de um novo
fármaco;
- Pode durar vários anos, dependendo da área
terapêutica;
FASES DOS ESTUDOS
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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ATORES EM PESQUISA
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
PESQUISA NO CENTRO
Quando chegar uma pesquisa no centro, a equipe
deve:
- Ler o protocolo;
- Verificar a complexidade;
- Realizar um levantamento de custo do estudo;
- Checar a disponibilidade dos setores que serão
envolvidos;
- Junto com Investigador, verificar o perfil de
paciente e o volume no centro.
PRÓS
CONTRAS
Ganho Financeiro
Ganho Financeiro
Oportunidade de
ser reconhecido
Risco para os
voluntários
Melhor Tratamento
Diminuição de
Autonomia
Oportunidade de
aprender
Dedicação e
Formação de Equipe
DÚVIDAS
??
POR QUÊ????
Os medicamentos produzidos nos últimos 50
anos:
- ↑ Expectativa de vida do ser humano em mais de 15
anos
POR QUE FAZER
EXPERIMENTOS EM SERES
HUMANOS?
Enfª Márcia Ferrer
-
↓
Mortalidade de doença cardiovascular 4% ao ano
Oportunidade de emprego para profissionais das
ciências médicas (60000 empregos qualificados)
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
MARCA-PASSO E VÁLVULAS
Marca-passos e válvulas para o
coração tiveram seu desenvolvimento
adiado, devido a diferenças fisiológicas
entre seres humanos e os animais
para os quais os aparelhos haviam
sido desenhados.
H. pilori
Somente foi possível comprovar a relação
entre o H. pilori e úlceras gástricas em
pesquisas com seres humanos.
As pesquisas em animais não revelaram
que bactérias causam câncer, o que
atrasou o tratamento da doença com
antibióticos.
ASMA
A dose indicada de isoproterenol
(asma), funcionou em animais.
Porém,
foi tóxico para humanos,
provocando na Grã-Bretanha a morte
de
aproximadamente
3.500
asmáticos por overdose.
Enfª Márcia Ferrer
13/06/2014
B-bloqueadores
Erroneamente, estudos em animais
indicaram que os ß-bloqueadores não
diminuiam a pressão arterial e a
frequência cardíaca, o que retardou o
desenvolvimento do medicamento
enquanto milhares de pessoas não
foram beneficiadas.
MEDICAMENTOS
Mesmo sendo previamente testado em
animais,
mais
de
50%
dos
198
medicamentos lançados entre 1976 e 1985
foram retirados do mercado.
Desde então, passaram a trazer nas bulas
efeitos colaterais, que abrangem os leves,
severos e imprevisíveis. Esses efeitos podem
incluir
complicações
como:
ataques
cardíacos, falência renal, convulsões, parada
respiratória, insuficiência hepática, derrame,
entre outros.
DIURÉTICO
O
diurético
Selacryn
foi
intensivamente
testado
em
animais.
Em
1979,
o
medicamento foi retirado do
mercado depois que 24 pessoas
morreram
por
insuficiência
hepática causada pela droga.
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
ANTIBIÓTICO
O antibiótico Clindamicina foi
testado em ratos e cães,
diariamente, durante um ano e
demonstrou que esses toleraram
doses 10 vezes maiores que os
seres humanos.
VALIUM
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ANTIBIÓTICO
Se os testes de toxicidade da penicilina
tivessem
sido
realizados
em
porquinhos-da-índia ou em hamsters,
os animais teriam morrido e, talvez a
humanidade
nunca
tivesse
se
beneficiado da penicilina.
Howard Florey, laureado com o Nobel
de Medicina de 1945 como codescobridor, afirmou: “Felizmente não
tínhamos testes de toxicidade em
animais nos anos 40. Caso contrário,
talvez nunca tivéssemos conseguido
uma licença para o uso da penicilina e,
possivelmente,
outros
antibióticos
jamais tivessem sido desenvolvidos”.
POR QUE FAZER?
- EFICÁCIA
Experiências em animais
não comprovaram a eficácia
do Valium durante o seu
desenvolvimento.
- SEGURANÇA
- QUALIDADE
- RELEVÂNCIA
MEDICAMENTOS RETIRADOS DO MERCADO
Enfª Márcia Ferrer
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Enfª Márcia Ferrer
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Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
Pesquisas clínicas realizadas com ética
podem resultar em grandes conquistas
para a saúde da humanidade.
Enfª Márcia Ferrer
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DESENVOLVIMENTO DE
UM NOVO FÁRMACO
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO FÁRMACO
ETAPAS DE UM ESTUDO CLÍNICO
FASES:
Pré-Clínicas
- PRÉ-CLÍNICA E CLÍNICA;
- SUBMISSÃO E APROVAÇÃO;
Submissão de Nova Droga de
estudo - “IND”
Fases Clínicas
- PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM ESTUDO
Submissão e Aprovação para
Comercialização de Nova Droga NDA
ETAPAS DE UM ESTUDO CLÍNICO
ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS - ANIMAIS
SCREENING
•Teste de eficácia em modelos in vitro
Atividades pós
Comercialização
e em animais
FARMACOLOGIA PRÉ-CLINICA
•Farmacodinâmica
–“É o que a droga faz no organismo”
•Farmacocinética
Planejamento e
Implementação
de um Estudo Clínico
–“É o que o organismo faz com a droga”
ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS - ANIMAIS
TOXICOLOGIA -
Toxicum, do latim, veneno.
• Toxicidade Aguda (< 24 hs)
• Toxicidade Sub-aguda (< 1 mês)
• Toxicidade Sub-crônica (> 1 e < 3 meses)
• Toxicidade Crônica (>3 meses)
ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS
TOXICIDADE SUB-CRÔNICA
• Administração repetida e diária da substância (3090 dias)
• Fornece informações adicionais:
–
Sobre órgãos-alvo, possibilidade de efeitos
cumulativos
• Toxicidade sobre a Reprodução
• Estudos Adicionais
“...todas as substâncias são venenos. Não existe
nenhuma que não seja. A dose correta diferencia um
remédio de um veneno”. Paracelsus 1443-1541
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
TOXICIDADE CRÔNICA
• Administração repetida e diária da
substância
(3 meses a 1 ano)
• Fornece informações adicionais:
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TOXICIDADE REPRODUTIVA
• Efeito sobre a prole dos animais de experiência
• Avaliações
–
Fertilidade e Teratogenicidade*
–
Toxicidade pré-, peri- e pós-natal
– Sobre órgãos-alvo,
possibilidade de efeitos
cumulativos
• No mínimo 2 espécies animais,
sendo uma não roedora
Devem estar completas antes da
administração
em mulheres com potencial de engravidar.
(*) “The physicians’ role in the clinical development of new medicines”
Warrington, S.J.& Ankier, S.I. Postgrad Med J, 66:34-39, 1990.
ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS ADICIONAIS
Mutagenicidade* ou Genotoxicidade**
SUBMISSÃO AO FDA
IND – Investigational New Drug
• Detecção de alterações genéticas e/ou mutações
Carcinogenicidade*
• Possíveis efeitos tumorigênicos/carcinogênicos
(*) “The physicians’ role in the clinical development of new medicines”
Warrington, S.J.& Ankier, S.I. Postgrad Med J, 66:34-39, 1990.
(**) “Guidance on Specific Aspects of Regulatory Genotoxicity Tests for
Pharmaceuticals”
in: ICH Harmonised Tripartite Guideline. ICH Steering Committee, July 1995.
O IND é uma proposta através do qual o patrocinador obtém
a aprovação do FDA para seus planos de testar uma nova
droga em estudos clínicos envolvendo seres humanos. A
submissão ao FDA é feita através da compilação dos
resultados dos estudos realizados em animais e em
laboratórios
Fonte: FDA - Federal Register /Vol. 75, No. 188 /Wednesday, September 29, 2010 /Rules
and Regulations21 CFR Parts 312 and 320 – pp.59.935
ESTUDOS CLÍNICOS
Tipos de estudos (I)
• Quanto ao Número de Centros
– Unicêntrico
ESTUDOS CLÍNICOS
Tipos de estudos (II)
• Quanto à Comparatividade
– Bicêntrico
– Simples
– Multicêntrico, nacional ou internacional
– Comparativo versus placebo
• Quanto ao “Blinding”
– Comparativo versus droga ativa
– Aberto
– Simples-cego
– Duplo-cego
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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FASE I
- Sujeitos e não pacientes;
- Voluntários sadios;
- “n pequeno” (100-200)
- Objetivos dos estudos: Segurança de Dose Única
Dose
• usualmente 1 a 2% da dose (mg/kg) que produziu os
primeiros sinais de toxicidade significativa em animais
FASE I
Segurança de Dose Única
• Método – escalonamento de dose
–
1o degrau: (ex 100 mg)
–
2o degrau: 2 x dose inicial
–
3o degrau: 67% maior que o segundo
–
4o degrau: 50% maior que o terceiro
(501 mg)
–
5o degrau: 40% maior que o quarto
(701 mg)
–
daí para frente: 33% maior que o anterior
FASE II
(200 mg)
(334 mg)
(932 mg)
FASE II
- Segurança e eficácia com doses flexíveis
- Primeira vez em pacientes;
• Duplo-cegos
• controlados
Fase IIa
• Estudos abertos (pilotos)
• 2 ou 3 estudos duplo-cegos
• Vs placebo
n=500
• unicêntricos, no início, e mais tarde, multicêntricos
• geralmente vs. Placebo - Porque?
- Detectar diferença significativa entre 2 tratamentos
supostamente eficazes, requer uma população muito
maior do que a normalmente utilizada em Fase I
- Controles com placebo ajudam a identificar doses com
Fase IIb
• Amplia-se o nº de estudos
duplo-cegos
n=5000
efeito não terapêutico, também observado com placebo
(“efeito placebo”)
FASE III
Objetivos dos Estudos de fase III
Expansão dos Estudos de Fase II
FASE III
Objetivos dos Estudos de fase III
Farmacoeconômicos
• Interação entre drogas
• “Avaliação econômica”
• Possibilidade de uso em mulheres em idade fértil:
–
Farmacoeconômia é a aplicação de princípios
econômicos a medicamentos ou terapêuticas
–
Incorpora algumas disciplinas diferentes como
pesquisa clínica, economia, epidemiologia, etc
• Incidência de eventos adversos
• Número de pacientes é determinado estatisticamente
• O FDA exige, no mínimo, 2 estudos clínicos
multicêntricos “adequados e bem controlados”
(*) “Overview of the Rationale for Outcomes Research and socioEconomics”
Geneste, B. - RPR Corporate Marketing & Strategic Coordination.
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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SUBMISSÃO AO FDA
NDA – New Drug Application
FASE IV
Pós-marketing
Objetivos
A solicitação de nova droga ao FDA é feita através da
compilação de dados de todas as três fases dos estudos
clínicos. Estes dados devem demonstrar com sucesso a
segurança e eficácia da droga. O FDA realiza uma revisão
minuciosa de toda a informação fornecida pelo patrocinador.
Após aprovação do FDA, o patrocinador pode oficialmente
comercializar a droga.
FASE IV
•
Expansão dos dados de eficácia e segurança
•
Estudos duplo-cegos vs. líderes de mercado
•
Investigação em sub-populações
PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO
Responsabilidades Pós-estudo e Retenção de
Registros
Visitas de Encerramento
Farmacovigilância
• Identifica, analisa, documenta e reporta reações adversas
a medicamentos, tanto na fase de pesquisa (pré-registro)
como,
posteriormente,
durante
o
período
de
comercialização.
Visitas de Monitorizarão
Controle da Eventos adversos
Controle da Droga de Estudo
Controle e Documentação de Estudo
Admissão de Pacientes e TCLE
Recrutamento de
Pacientes
Visitas de Iniciação do
Estudo
Aprovações – CEP – CONEP – ANVISA
Montagem da documentação do Estudo e Submissão dos Documentos de
Regulamentação
Desenvolvimento e Negociação da Verba de estudo
Reuniões com o Investigador
Visita de Avaliação do Patrocinador, Seleção do Centro de Estudo e Atividades de Implementação
Estudo
Contatodo
inicial
com o Patrocinado e Acordos de
confidencialidade
Desenho do protocolo
RESOLUÇÃO 196/96
- Instituiu as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de
Pesquisas envolvendo Seres Humanos;
- Incorporou os quatro referenciais básicos da bioética:
DIRETRIZES E NORMAS
REGULAMENTADORAS DE
PESQUISAS ENVOLVENDO SERES
HUMANOS
Enfª Márcia Ferrer
I.
II.
III.
IV.
Autonomia;
Não maleficência;
Beneficência;
Justiça;
- De acordo com a modalidade de pesquisa obriga a cumprir com
as exigências e regulamentações específicas de cada setor;
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
REGULAMENTAÇÃO DE TERMOS E DEFINIÇÕES
1 – Pesquisa;
2 – Pesquisa Envolvendo Seres Humanos;
3- Protocolo de Pesquisa;
4 – Pesquisador Responsável;
5 - Instituição de Pesquisa;
6 – Promotor;
7 – Patrocinador;
8 - Risco da Pesquisa;
9 - Dano associado ou decorrente da Pesquisa;
10- Sujeito da Pesquisa;
11- Consentimento Livre e Esclarecido;
12 – Indenização;
13 – Ressarcimento;
14 – Comitês de Ética em Pesquisa;
15 – Vulnerabilidade;
16 - Incapacidade;
ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO
SERES HUMANOS
13/06/2014
ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO
SERES HUMANOS
- Devem atender às exigências éticas e científicas
fundamentais:
a) Consentimento Livre e Esclarecido:
AUTONOMIA
Garantir a proteção a grupos vulneráveis e aos
legalmente incapazes;
Tratar com dignidade, respeitar a autonomia e
defendê-los em sua vulnerabilidade;
ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO
SERES HUMANOS
BENEFICÊNCIA
Ponderação de riscos e benefícios tanto atuais
como potenciais, individuais ou coletivos;
NÃO MALEFICÊNCIA
Garantia de que danos previsíveis serão evitados;
Comprometer-se com o máximo de benefícios
e o mínimo de riscos;
ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO
SERES HUMANOS
JUSTIÇA E EQUIDADE
Relevância social da pesquisa com vantagens
significativas para os sujeitos de pesquisa;
Minimizar o ônus para sujeitos vulneráveis;
Não perder o sentido sócio-humanitário da
pesquisa;
CEP –CONEP-ANVISA
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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INSTÂNCIAS REGULATÓRIAS
Autoridade Regulatória
Brasil
No Centro
No Brasil
No mundo
CEP
ANVISA / MS
Receita Federal
CONEP / CNS
CEP
ANVISA
CONEP
FDA
EMEA
ANMAT....
NO BRASIL
No Brasil, os projetos de pesquisa clínica são avaliados eticamente no
mínimo em duas instâncias: uma local (CEPs) e outra nacional (CONEP).
Por vezes há 5 instâncias de avaliação.
CEP – Comitê de Ética em Pesquisa
• Resolução 466/12: “O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)
é um colegiado interdisciplinar e independente, criado pela
Instituição que o abriga”
• Está diretamente vinculado à Comissão Nacional de Ética
em Pesquisa (CONEP)
> CEP DO EXTERIOR > CEP COORDENADOR > CONEP > CEP LOCAL > ANVISA
• Papel da Instituição: provimento de condições para o
funcionamento do CEP
• Visa, especialmente, à proteção dos participantes de
pesquisa do Brasil, de forma coordenada e descentralizada
por meio de um processo de acreditação.
CONSTITUIÇÃO CEP
• Criado para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua
integridade e dignidade
• Toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à
apreciação de um CEP
• Caso a Instituição não tenha um CEP, o projeto de pesquisa deverá ser
analisado por CEP de outra Instituição, registrado na CONEP
MEMBROS CEP
- O CEP deve designar um presidente.
- O presidente deve ser alguém altamente respeitado dentro e fora da instituição, que
possa fazer julgamentos justos e imparciais, que seja familiar com as diferentes áreas
que o CEP avalia, e que tenha capacidade de atuar como administrador. Esse
indivíduo deve ser independente o bastante para suportar pressões da instituição, dos
pesquisadores, ou de outras pessoas ou partes interessadas;
- Ao menos um membro do comitê não deve ser um cientista e, no caso de uma
Comissão Institucional de Revisão, deve haver um membro de fora da instituição (sem
relação sangüínea ou matrimonial com qualquer membro da equipe ou do pessoal da
instituição).
- Também se recomenda que um dos membros tenha conhecimento de bioestatística e/ou
metodologia de pesquisa;
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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MEMBROS CEP
- Acerca de indivíduos de fora da instituição, recomenda-se que as pessoas da comunidade
sejam incluídas no comitê, por exemplo, advogados, clero, educadores e donas de casa. Tais
membros devem ter um conhecimento profundo da comunidade local e estar dispostos a
oferecer suas opiniões daquela perspectiva;
- Caso a comunidade em que o estudo será conduzido tenha a predominância de uma
população minoritária (por exemplo, população indígena), o CEP deve incluir um membro
ou consultor desse grupo minoritário;
- Um pesquisador pode ser membro de um CEP, mas não é permitido que participe da
avaliação inicial e subseqüente revisão de um estudo em que tenha conflito de interesses (por
exemplo, se ele estiver envolvido no estudo de alguma forma).
COMPOSIÇÃO CEP
• Após eleição entre os pares, os membros são nomeados pela Diretoria
da Instituição
• O CEP possui um coordenador, um vice-coordenador, relatores,
consultores e um secretário (mantido pela instituição)
• Escolha do coordenador do CEP pelos membros durante a 1ª reunião
• A Diretoria da Instituição não pode fazer parte do CEP
COMPOSIÇÃO CEP
CARACTERÍSTICAS CEP
• Participação de profissionais da área da saúde, ciências exatas, sociais e
humanas
• Variação na composição dependendo das características da instituição e das
linhas de pesquisa a serem analisadas
• Mandato de 3 anos, com renovação de 50% dos seus membros.
• Multidisciplinar
• Sexo masculino e feminino
• Não mais da ½ dos membros pertencem à mesma categoria profissional
• Pelo menos ½ metade dos membros com experiência em pesquisa
CARACTERÍSTICAS CEP
• Os membros do CEP não poderão ser remunerados no desempenho desta tarefa
• Dispensa nos horários de trabalho do CEP
• Não podem sofrer qualquer tipo de pressão por parte dos superiores hierárquicos
• Independência na tomada de decisões
• Confidencialidade das informações recebidas
• Não submeter-se a conflitos de interesse
ATRIBUIÇÕES CEP
• Revisão ética e científica dos projetos que envolvam seres humanos
realizados na Instituição
• Emissão de parecer consubstanciado por escrito no prazo máximo de
30 dias.
• Manter em arquivo documentação referente ao projeto por 5 anos após
seu encerramento
• Acompanhar o desenvolvimento dos projetos através de relatórios
semestrais
• Desempenhar papel consultivo e educativo
• Manter comunicação regular com a CONEP
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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ATRIBUIÇÕES CEP
RISCOS DO CEP
• Receber denúncias ou notificações sobre eventos adversos que possam
alterar o curso da pesquisa, decidindo pela continuidade, modificação ou
suspensão do estudo, ou se necessário, solicitar modificação do Termo de
Consentimento
• Receber denúncias de irregularidades de natureza ética nas pesquisas e,
caso comprovadas, comunicar à CONEP e outras instâncias
- Desconhecimento das normas e fluxos regulatórios
- Desconhecimentos das rotinas de um estudo
- Desconhecimento dos processos envolvidos na condução dos estudos
- Falta de tempo
- Visão do todo equivocada
- Pressão
- Impossibilidade de avaliar os estudos “in loco”
- Tendenciosidade
- Preconceito.....
OBRIGAÇÕES DO INVESTIGADOR - CEP
O pesquisador deve informar ao CEP sobre qualquer problema que envolve
riscos aos sujeitos da pesquisa, tais como:
- Reações adversas graves não esperadas a medicamentos
- Desvios ou alterações ao protocolo para eliminar perigos imediatos aos sujeitos
da pesquisa
- Alterações que aumentem o risco aos sujeitos e/ou afetem significativamente a
forma como o estudo é conduzido
- Quaisquer novas informações que possam prejudicar a segurança dos sujeitos
ou a execução do estudo
- Garantir que as partes relevantes sejam informadas do cancelamento de uma
aprovação concedida pelo CEP
- Garantir que, quando um estudo for suspenso prematuramente, a parte
solicitante indique ao CEP os motivos da suspensão e forneça um resumo dos
resultados obtidos até aquele ponto.
OBRIGAÇÕES DO INVESTIGADOR - CEP
- O pesquisador deve fornecer semestralmente relatórios escritos ao patrocinador, ao
CEP, sobre quaisquer mudanças que afetem significativamente a condução do ensaio
clínico, e/ou aumentem o risco aos sujeitos = RELATÓRIO SEMESTRAL
- Se o patrocinador finalizar ou suspender um ensaio clínico, o pesquisador deve
informar prontamente a instituição, quando disposto nas exigências regulatórias
aplicáveis, e o pesquisador/instituição deve informar prontamente o CEI/CIR e fornecer
a este uma explicação detalhada por escrito sobre o término ou a suspensão.
FLUXOGRAMA DE ANÁLISE DOS PROJETOS
Pesquisador
APÓS ANÁLISE CEP
CEP
Projeto Aprovado
Projeto
encaminhado
ao CEP
Avaliadores
(1 ou 2)
Reunião CEP
Enfª Márcia Ferrer
inicia-se a coleta de dados
Projeto Pendente
(1º) resolve-se a pendência, (2º) encaminha para o
CEP, (3º) depois de aprovado inicia-se a pesquisa
Aprovado
Resposta do
CEP
Projeto Reprovado
deverá ser reescrito
Pendente
Não
Aprovado
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
CONEP
Tempo de Emissão de um Parecer pelo CEP
(regulamentar: 30 dias)
É uma instância colegiada, de natureza consultiva,
deliberativa,
normativa,
educativa,
independente,
multidisciplinar e vinculada ao CNS/MS. Resolução CNS
466/12;
Composição da CONEP:
- 15 titulares e 15 suplentes
- Multiprofissional
- Ambos os sexos
- Representante de usuários
- Membros selecionados a partir de indicações feitas pelo
CEP
- Cada CEP indica 2 nomes
- 9 membros são eleitos pelo CNS
- 6 membros são definidos por sorteio
P.S: Mandato dos membros é de 4 anos.
CONEP
EXIGÊNCIAS CONEP
FINALIDADE:
Julgar e acompanhar os protocolos de pesquisa em áreas temáticas especiais:
- Genética humana;
- Reprodução humana;
- Farmácos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos novos (fases I, II e III) ou não
registrados no país (fase IV);
- Novos equipamentos, insumos e dispositivos para a saúde, ou não registrados no país;
Condições adequadas para a realização do projeto
Condições de atendimento para as eventuais intercorrências de efeitos
colaterais e adversos
- Novos procedimentos ainda não consagrados na literatura;
- Populações indígenas;
- Projetos que envolvam biossegurança;
- Pesquisas coordenadas do exterior ou com participação estrangeira e pesquisas que
envolvam remessa de material biológico para o exterior;
- Projetos que, a critério do CEP, sejam julgados merecedores de análise pela CONEP;
CONEP
- A CONEP coordena a rede de CEPs com os quais constitui o sistema CEPsCONEP.
- CEPs cadastrados até maio/2010: 602
- Região Norte = 35
- Região Nordeste = 103
- Região Centro-Oeste = 39
- Região Sudeste = 314
- Região Sul = 111
- A CONEP reuni-se 11 vezes ao ano, mensalmente, de fevereiro a dezembro para
análise dos projetos de pesquisa.
CONEP
- Compete à CONEP aprovar o protocolo no prazo de 60 dias de acordo com a
Resolução 466/12. Após apreciação do protocolo a CONEP emitirá o seguinte
parecer:
Projeto aprovado
Projeto com pendência: necessita modificações, que deverá ser atendida em 60
dias pelos pesquisadores, para apreciação final da CONEP;
Projeto aprovado com recomendação: projeto aprovado, porém as
recomendações devem ser acompanhadas pelo CEP, para posterior início da
pesquisa.
Projeto não aprovado
- A relação da CONEP é direta com o pesquisador, a Instituição e o CEP.
Nunca com o patrocinador (centro coordenador).
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
ANVISA
Tempo de Emissão de um Parecer pelo CONEP
(regulamentar: 60 dias)
ANVISA
MISSÃO
Foi criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de
1999. É uma autarquia sob regime especial, ou seja,
uma agência reguladora caracterizada pela
independência administrativa, estabilidade de seus
dirigentes durante o período de mandato e
autonomia financeira. A gestão da ANVISA é
responsabilidade de uma Diretoria Colegiada,
composta por cinco membros. Na estrutura da
Administração Pública Federal, está vinculada ao
Ministério da Saúde
ANVISA
PESQUISAS CLÍNICAS A SEREM CONDUZIDAS NO BRASIL COM
MEDICAMENTOS OU PRODUTOS PARA A SAÚDE PASSÍVEIS DE REGISTRO
SANITÁRIO, NECESSITAM DE AUTORIZAÇÃO DA ANVISA
“PROTEGER E PROMOVER A SAÚDE DA POPULAÇÃO GARANTINDO
A SEGURANÇA SANITÁRIA DE PRODUTOS E SERVIÇOS E
PARTICIPANDO DA CONSTRUÇÃO DE SEU ACESSO”
O início da pesquisa somente poderá acontecer após o recebimento de todas
as aprovações éticas pertinentes.
Não cumprimento: infração sanitária.
ATRIBUIÇÕES DE UM CENTRO
DE PESQUISA
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
O PATROCINADOR BUSCA....
13/06/2014
RESULTADO QUE IMPORTA...
- Alto potencial de inclusão de pacientes;
- Pesquisador com experiência;
- Líder de opinião;
Obtenção de dados de qualidade,
confiáveis e
reprodutíveis...
- Equipe treinada;
- CEP capacitado;
- Departamento jurídico eficiente;
- Espaço físico compatível;
-
Instituição comprometida.
FORMAÇÃO
CENTRO DE PESQUISA
• Equipe multidisciplinar;
• Estrutura física;
• Apoio Institucional;
• Disponibilidade de tempo;
• Capacidade de recrutamento;
• Disponibilidade de tempo da equipe;
• Número adequado de funcionários envolvidos no
estudo;
• Instalações adequadas;
• Relação Centro x número de estudos;
• Comitê de Ética em Pesquisa;
CENTRO DE PESQUISA
ESTRUTURA FÍSICA
- Proteger o sujeito de pesquisa;
- Captar recursos através de investimentos estrangeiros
como, por exemplo, grandes indústrias farmacêuticas
internacionais, universidades;
- Incentivar e auxiliar o desenvolvimento de protocolos de
iniciativa de pesquisadores locais e voltados às prioridades
de saúde do país;
• Salas adequadas e destinadas à pesquisa;
• Salas específicas para o estudo – sala climatizada, testes
específicos, ergometria, leito-dia, etc.;
• Conforto para os sujeitos da pesquisa;
• Comunicação com os sujeitos da pesquisa.
- Incrementar a formação e capacitação de profissionais
especializados em investigação clínica;
- Facilitar aos pacientes, o acesso a novos medicamentos ou
procedimentos diagnósticos, profiláticos;
Enfª Márcia Ferrer
18
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
CENTRO DE PESQUISA
•
•
•
•
•
•
•
•
Salas de repouso;
Conforto para funcionários;
Alimentação para sujeitos da pesquisa;
Salas de espera;
Salas para crianças dependendo do projeto;
Segurança;
Equipamentos de emergência;
Retaguarda hospitalar (local ou em convênio);
MONITORES
• Salas apropriadas;
• Acesso às informações da ficha clínica e prontuários;
• Comunicação com investigadores.
COLETA
LABORATÓRIO
• Central – Exames gerais;
• Sempre que possível no Centro;
• Exames específicos do estudo – no local ou
terceirizado;
• Sala adequada;
• Na impossibilidade – treinamento adequado,
padronizado, de preferência com os investigadores.
• PADRONIZAÇÃO.
MEDICAÇÃO
• Local adequado para
armazenamento;
• Segurança;
• Temperatura e umidade;
• Acesso;
• Identificação;
• Responsáveis;
• Refrigeração;
• Gerador de energia elétrica;
Enfª Márcia Ferrer
DOCUMENTOS
• Prontuário – disponível aos
monitores e auditores;
• Informações claras e completas;
• Fichas clínicas:
• Local adequado;
• Segurança;
• Acesso fácil;
• Completas;
• Arquivadas pelo tempo
adequado.
19
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP
•
•
•
•
•
•
•
Dentro da Instituição;
Em outra Instituição;
Ágil;
Reuniões mensais;
Multiprofissional;
Boa relação com os investigadores;
Isenção.
13/06/2014
ESTRUTURA IC/DF
O centro foi inaugurado em 01/10/2007;
~
01 Enfª coordenadora do centro;
02 enfermeiros – Analista de Pesquisa;
01 auxiliar administrativo;
10 médicos envolvidos.
ESTUDOS IC/DF
• Mais de 300 pacientes incluídos;
• 40 estudos cadastrados:
06 em andamento
30 encerrados
04 em processo regulatório
BOAS PRÁTICAS CLÍNICAS
GCP – Good clinical pratices
“É um padrão de qualidade científica e ética internacional para o desenho, condução,
realização, registro e relato de estudos clínicos envolvendo a participação de seres
humanos” (http://en.wikipedia.org/wiki/Good_clinical_practice)
“Trata-se de um padrão internacional de qualidade no que se refere ao desenho,
implementação, registro e relato de pesquisas clínicas, visa assegurar:
BOAS PRÁTICAS CLÍNICAS
GCP
PRINCÍPIOS GCP
- Os ensaios clínicos devem ser conduzidos apenas se os benefícios antecipados
para o indivíduo sujeito da pesquisa e para a sociedade ultrapassarem claramente
os riscos envolvidos;
- Embora o benefício dos resultados do ensaio clínico para a ciência e a sociedade
sejam importantes e devem ser considerados, as considerações mais importantes
são as relativas aos direitos, segurança e bem-estar dos sujeitos de pesquisa;
-
- Que os direitos, segurança, confidencialiade e bem estar dos sujeitos participantes
de um estudo sejam protegidos;
- Um ensaio clínico deve ser conduzido em consonância com o protocolo que
recebeu aprovação/opinião favorável anteriormente por parte da comissão de
revisão institucional (CRI)/comitê independente de ética (CEI);
-
- Que os dados e resultados relatados de um estudo apresentem credibilidade,
exatidão e integridade”
- A aprovação de ensaios clínicos depende de informações não-clínicas adequadas
e, quando aplicável, de informações clínicas dos produtos em investigação.
Enfª Márcia Ferrer
20
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
PRINCÍPIOS GCP
- Os ensaios clínicos devem ser cientificamente sólidos e descritos protocolos
claros e detalhados;
- Deve-se obter o consentimento informado dado livremente por cada sujeito
antes da participação nos ensaios clínicos;
- Médicos qualificados (ou, se apropriado, dentistas qualificados) devem ser
responsáveis pelo atendimento médico dos sujeitos da pesquisa, bem como para
qualquer decisão médica tomada em seu nome;
- Esses profissionais devem ser qualificados adequadamente por meio de
educação, treinamento e experiência para desempenhar suas tarefas relativas ao
ensaio clínico e aos sujeitos da pesquisa;
PRINCÍPIOS GCP
- O registro, o manuseio e o armazenamento de todas as informações do ensaio clínico
devem ser apropriados para permitir o relato, a interpretação e a verificação precisa do
Ensaio;
- A privacidade dos registros que poderiam identificar os sujeitos deve ser protegida,
respeitando a privacidade e as regras de privacidade, em consonância com a(s) exigências (s)
regulatória(s) aplicável(is);
- Os produtos em investigação devem ser manufaturados, manejados e armazenados de
acordo com as boas práticas de fabricação (BPF) aplicáveis e devem ser usados em
consonância com o protocolo aprovado;
- Devem ser implementados sistemas com procedimentos que assegurem a qualidade de
cada aspecto do ensaio clínico.
CONTEÚDOS GCP
BROCHURA DO INVESTIGADOR
Conteúdo da Brochura para o Investigador
Princípios do GCP:
•Dados clínicos e não clínicos da droga em estudo, relevantes ao estudo
•Comitê de Ética
•Confidencial
•Pesquisador
•Resumo
•Patrocinador
•Propriedades físico-químicas, da formulação
•Protocolo de Estudo
•Estudos não clínicos
•Brochura para o Investigador
•Efeitos em humanos
•Documentos essenciais
•Dados de mercado
É NECESSÁRIO LER ESSA BROCHURA
PROTOCOLO DE PESQUISA
SELEÇÃO DO CENTRO
Informações gerais:
Seleção do Centro
•Dados prévios
•Objetivo do estudo
•Delineamento de todo estudo
•Seleção e retirada precoce de pacientes
•Tratamento
•Avaliação da eficácia
•Avaliação da segurança
•Estatísticas
•Acesso a documentos fonte
•Procedimentos de controle e garantia de qualidade •Ética
•Manuseio e manutenção dos dados
•Orçamento e seguros para o paciente / instituição/Patrocinador
•Política de publicação
• Realização de um Estudo Clínico de acordo com o GCP
• Pesquisador qualificado:
– Curriculum Vitae
– Experiência com a droga/doença
– Experiência em GCP
Enfª Márcia Ferrer
•Permitir acesso aos dados
•Recursos adequados:
– Potencial para recrutamento de pacientes
– Tempo suficiente para realizar o protocolo
– Equipe qualificada
– Área apropriada para pesquisa
SEU CENTRO ESTÁ QUALIFICADO?
21
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
IMPLEMENTAÇÃO
-Realização de um estudo clínico de acordo com o GCP
-Treinamento com TODA a equipe envolvida
-Estabelecer as atividades e responsabilidades da equipe
Seguir os procedimentos do protocolo
- O estudo deve ser conduzido conforme o protocolo aprovado
- Alterações/desvios não devem ser implementados sem a aprovação por escrito do
patrocinador e do CEP, a menos que o paciente esteja em risco de vida.
- Procedimentos de randomização/quebra de código
- Estipular prazos – inclusão e término do estudo
O ESTUDO É PARA TESTAR UM NOVO PROCEDIMENTO QUE PODE
OU NÃO SER MELHOR QUE O ATUAL GOLD-STANDARD
O CENTRO ESTÁ TREINADO PARA
INICIAR O ESTUDO?
GCP
Arquivo / Término do Estudo
-Mantidos por pelo menos 5 anos após a última aprovação numa região ou até
não haver nenhuma pendência nesta região ou por 5 anos após a descontinuação
do projeto
EVENTO ADVERSO E
EVENTO ADVERSO SÉRIO
- Avisar o CEP do término do estudo, bem como enviar relatórios anuais.
EVENTO ADVERSO
Qualquer nova ocorrência médica imprevista, ou piora de uma condição médica
pré-existente no sujeito em investigação clínica, que recebeu um produto
medicinal, e não tem necessariamente uma relação causal com este tratamento.
Pode ser qualquer sinal desfavorável e não intencionado (inclusive um resultado
laboratorial anormal), sintoma ou doença temporariamente associada com o uso
de um produto medicinal sob investigação ou comercializado, seja ou não
considerado relacionado a esse produto medicinal.
EVENTO ADVERSO SÉRIO
Evento Adverso Sério (SAE): ocorrência de qualquer dos eventos abaixo
descritos, mesmo que não tenha relação com a droga em estudo (casualidade):
-
Resulte em morte
Represente risco de morte
Requeira hospitalização
Prolongamento da hospitalização existente
Resulte em incapacidade significativa ou persistente
Promova anomalia congênita
Provoque um evento clinicamente importante
É NECESSÁRIO PENSAR SOBRE ESTE EVENTO.
ELE PODE MODIFICAR A CIÊNCIA
Enfª Márcia Ferrer
22
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
EVENTO ADVERSO SÉRIO
RELATO EA APÓS TÉRMINO ESTUDO
- Uma overdose é definida como a ingestão acidental ou intencional de qualquer
dose de um produto que seja considerada excessiva e clinicamente importante.
Para
propósitos
de
relato,
o patrocinador
considera
uma
overdose,
independentemente do resultado adverso, como um evento adverso sério.
- Após assinatura do TCLE, todos os EAS deverão ser relatados ao patrocinador
imediatamente (em até 24 horas)
- O relato imediato deve ser seguido de relatório por escrito e com todos os
detalhes necessários
A coleta de informações de segurança após o final da administração do
produto sob investigação é importante para identificar possível toxicidade
retardada ou efeito de retirada.
Nos estudos, todos os EAS devem ser coletados se ocorrerem dentro dos 30
dias posteriores à descontinuação da droga ou após a última administração da
dose ou da útima visita do estudo, o que ocorrer por último
O Investigador deve notificar ao patrocinador de qualquer EAS que possa
ocorrer após esse período de tempo e que ele acredite estar certamente,
provavelmente ou possivelmente relacionado ao produto sob investigação.
- Se ocorrer morte durante o estudo, o investigador deve fornecer todos os
detalhes adicionais requisitados pelo patrocinador e pelo CEP (ex. autópsia).
RELATO
A seguinte informação deve ser
capturada para todos os EAS
- Data e hora do início e da resolução,
- Gravidade do evento (veja definições),
- Relação do evento com o produto sob
investigação (veja definições),
- Tratamento necessário para o EA,
- Causa do evento (se conhecida), e
- Informação a respeito da
resolução/resultado.
GRAVIDADE
PRAZO PARA RELATO
- EAS devem ser relatados ao patrocinador em 24 horas após
conhecimento da equipe
- O patrocinador
tem a obrigação de relatar ao FDA e a todos
investigadores os EAS nos seguintes tempos:
Morte ou Ameaça à vida- 7 dias úteis
Demais EAS - 15 dias úteis
RELAÇÃO COM A DROGA EM ESTUDO
PODE SER CLASSIFICADO EM:
Leve - Facilmente tolerado
Moderado - Desconforto que interfere com as atividades habituais
Grave - Impossibilita as atividades habituais
Relacionada com a droga - O paciente melhora com a retirada e recai com a
reintrodução.
Provavelmente relacionada - O paciente melhora com a retirada, não é
necessário a prova de reintrodução.
Possivelmente relacionada - O critério de melhora com a retirada não é claro
ou não está disponível
Não relacionada – o sinal/sintoma não está relacionado com a droga. Ex:
fratura por queda.
Enfª Márcia Ferrer
23
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
ACOMPANHAMENTO EA
IMPORTANTE
- Os EAs devem ser acompanhados até a resolução ou estabilização, e relatados
como SAEs se eles se tornarem sérios.
- Aplica-se a pacientes com EAs que levem a interrupção ou descontinuação do
produto sob investigação, ou àqueles com EAs ao final de sua participação no
estudo; tais pacientes devem receber acompanhamento pós-tratamento, como
apropriado.
- Se um EA em curso alterar sua gravidade ou sua relação com a droga do
estudo, completar um novo relato de EA.
Avaliar o relato somente com o Protocolo em mãos
Analisar os relatos e seu seguimento
Avaliar o histórico do produto
Verificar o parecer do pesquisador
IMPORTANTE
OBJETIVO SEMPRE!!!!
Avaliar a relação do evento com o produto em investigação e com o estudo
conduzido pelo Centro
Segurança
Verificar os relatórios do Centro e avaliar a situação dos pacientes X Ações do
Centro X Ações Patrocinador
Benefícios
Respeito/dignidade
Melhora da qualidade de vida
Cura e/ou prevenção de doenças...
BUROCRACIA
x
SEGURANÇA E EFETIVIDADE DAS
AÇÕES
Sujeito
de
pesquisa
DEFINIÇÃO
CONTRATO DE
PESQUISA CLÍNICA
Enfª Márcia Ferrer
Um acordo escrito, datado e assinado, entre as três
partes que estabelece qualquer acordo sobre delegação
e distribuição de tarefas e obrigações, incluindo
assuntos financeiros, se aplicável.
O protocolo pode servir como base para um contrato.
24
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
ASPECTOS FINANCEIROS
13/06/2014
PARTES INTERESSADAS NO ORÇAMENTO DO ESTUDO
- Os aspectos financeiros da pesquisa devem ser documentados em um acordo entre o
patrocinador e o pesquisador/instituição.
- O acordo deve incluir evidência da aceitação/envolvimento da instituição/administração do
hospital quanto à oferta de instalações e serviços, bem como ao pagamento proposto do
Patrocinador.
PATROCINADOR
CRO
INSTITUIÇÃO
SERVIÇOS 3ºs
PI
- Os pesquisadores devem revelar interesses financeiros conforme solicitado pelo CEP,
patrocinadores, autoridades governamentais e editores de periódicos. A revelação pode ser
exigida antes e depois da pesquisa e envolve os cônjuges e os filhos dependentes dos
pesquisadores.
VOLUNTÁRIO
HAMMES LS
ETAPAS DA APROVAÇÃO DE UM
ORÇAMENTO DE ESTUDO
Proposta de orçamento
Características básicas
PROPOSTA
• Deve ser clara
AVALIAÇÃO
• Planilhas preferencialmente
• Detalhamento de procedimentos e exames por consulta
NEGOCIAÇÃO
• Detalhamento de procedimentos e exames por demanda
• Indicação de moeda utilizada.
CONTRATAÇÃO
HAMMES LS
Proposta de orçamento
O orçamento cobre?
•
•
•
•
Startup fee (reembolso de pacientes / exames terceiros);
Preparação do dossiê CEP;
Falha de screening;
Reembolso de pacientes para exames interconsultas.
RECEITA
Taxa de Submissão CEP
Screening
Visita 1
Visita 2
Visita 3
Valor unitário
Quantidade
Subtotal
R$ 2.500,00
1
R$ 2.500,00
R$ 750,00
24
R$ 18.000,00
R$ 650,00
20
R$ 13.000,00
R$ 650,00
20
R$ 13.000,00
R$ 720,00
20
R$ 14.400,00
R$ 58.400,00
HAMMES LS
Enfª Márcia Ferrer
25
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
DESPESAS
DESPESAS
GERAIS
Taxa de Submissão CEP
Fundo de Pesquisa (Overhead)
Divulgação
Arquivo
MENSAIS
Coordenação (administrativo)
Admin Financeiro Contábil
Consultório
Sala coordenação
Consumíveis
Farmácia
Internet
Assinatura Telefone
Água e Luz
Subtotal
R$ 2.000,00
15%
R$ 8.760,00
R$ 3.000,00
R$ 3.000,00
R$ 1.000,00
R$ 1.000,00
R$ 14.760,00
Valor unitário
(mensal)
Quantidade
(meses)
Subtotal
R$ 400,00
12
R$ 4.800,00
R$ 75,00
12
R$ 900,00
R$ 100,00
12
R$ 1.200,00
R$ 200,00
12
R$ 2.400,00
R$ 50,00
12
R$ 600,00
R$ 50,00
12
R$ 600,00
R$ 50,00
12
R$ 600,00
R$ 50,00
12
R$ 600,00
R$ 30,00
12
R$ 360,00
R$ 12.060,00
HAMMES LS
HAMMES LS
DESPESAS
DESPESAS
POR CONSULTA
Consulta Médica
Coordenação visita
Coordenação CRF
Coleta de amostra
Exame local
Reembolso voluntário
Número de pacientes
Subtotal
Screening
Visita 1
Visita 2
Visita 3
R$ 250,00
R$ 200,00
R$ 200,00
R$ 200,00
R$ 50,00
R$ 40,00
R$ 40,00
R$ 40,00
R$ 75,00
R$ 60,00
R$ 60,00
R$ 60,00
R$ 20,00
Lembrar de outras potenciais despesas
•
•
•
•
R$ 20,00
R$ 14,00
R$ 40,00
R$ 40,00
R$ 40,00
R$ 40,00
24
20
20
20
R$ 10.776,00
R$ 6.800,00
R$ 6.800,00 R$ 7.200,00
HAMMES LS
R$
31.576,00
custos de infusão de medicamentos,
taxas de sala
armazenamento de amostras,
reembolso de GRU
HAMMES LS
Exemplo dos principais custos não
compensados para o PI
SUMÁRIO
RECEITA
DESPESAS GERAIS
DESPESAS MENSAIS
DESPESAS POR CONSULTA
RESULTADO
58.400,00
-14.760,00
-12.060,00
-31.576,00
4,00
Atividades do PI
Custos não compensados
Supervisão do estudo
$ 1.733
Meeting
$ 1.541
Revisão de CRF
$ 963
Visita de iniciação
$ 578
Evento adverso
$ 482
Monitorias
$ 433
TOTAL
$ 5.730
Estudo de 18 meses com 10 pacientes
Fonte: Thomson CenterWatch analysis, 2005
HAMMES LS
Enfª Márcia Ferrer
HAMMES LS
26
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
Proposta de orçamento
Quando receber?
• Alguns estudos atrelam o pagamento à visita do
monitor;
13/06/2014
Proposta de orçamento
O orçamento cobre?
• Itens que são difícies de considerar:
•
•
•
•
•
•
• Alguns estudos só realizam o pagamento final (1020% do orçamento) após o banco de dados estar
finalizado e todas as queries respondidas .
HAMMES LS
Internação;
Relato de evento adverso;
Emendas;
Re-consentimento;
Visitas de monitoria não-planejadas;
Auditorias do patrocinador.
HAMMES LS
Distribuição dos gastos do site
Fonte: Thomson CenterWatch survey, 2004
HAMMES LS
PORTARIA IAC 153/1001 DE 26.07.2005 - ANAC
As pessoas jurídicas envolvidas com expedição, transporte,
manuseio,
movimentação
e
armazenagem
de
artigos
perigosos, deverão possuir empregados habilitados no trato
com artigos perigosos, devendo ter o certificado do curso de
carga perigosa e reciclar-se de 2 em 2 anos.
TRANSPORTE DE MATERIAL
BIOLÓGICO
Enfª Márcia Ferrer
27
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
RESPONSABILIDADES DO REMETENTE
CLASSIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS INFECCIOSAS
•
Classificar o embarque – perigoso ou não;
(UN 2814/UN 2900, UN 3373)
•
Identificar a classe correta, nome próprio para embarque,
número UN, etc;
•
Embalar a carga de maneira correta;
CATEGORIA A: Infectantes – Durante o transporte ocorrer
exposição direta = Incapacidade permanente, doença fatal ou risco
de morte a pessoas (UN 2814) e animais (UN 2900);
•
Etiquetar e marcar o embarque de
regulamento (Declaração de Artigo) ;
•
Providenciar
embarque;
a
documentação
original
acordo
com
pertinente
o
CATEGORIA B: Infectante sem critério para A (UN 3373);
ao
SUBSTÂNCIAS BIOLÓGICAS CATEGORIA B
PASSAGEIRO
X
TRANSPORTE AÉREO DE SUBSTÂNCIAS
BIOLÓGICAS
Todo e qualquer material humano, ou animal, incluindo, mas
não se limitando, a excreções, secreções, sangue e seus
componentes, tecidos e fluidos de tecidos, sendo transportado
para propósito de diagnóstico ou investigação
(excluindo animais infectados);
Nome para transporte: UN 3373 – Biological Substance,
Category B”
IMPORTANTE !
Substâncias Infecciosas ( Categorias A e B) não são permitidos
para transporte de bagagem de mão ou bagagem despachada
de passageiros!
EMBALAGEM
2005 a IATA ( International Air Transport Association)
estabeleceu algumas mudanças e novas exigências
quando do envio de Material Biológico classificados como
Espécimes para Diagnóstico (Diagnostic Specimens):
Couriers e Cias Aéreas só podem transportar este material se
1.
A embalagem primária deve ser a prova de vazamento e
não deve conter mais do que 1 litro, a secundaria não
poderá ter mais do que 4 litros;
2.
Os frascos devem estar vedados e com proteção interna antichoque, envolvidos em material absorvente (caso seja
líquido);
os mesmos estiverem embalados apropriadamente e se forem
despachados como carga aérea.
Se gelo seco não lacrar a caixa ( ruptura -Co2).
Enfª Márcia Ferrer
28
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
EMBALAGEM
3.
Entre o frasco principal e o secundário (ex: frasco
plástico com tampa),
deve
ser
utilizado
material absorvente (algodão, papel toalha, etc.);
4.
Na última embalagem (que deve ser rígida), deverá
exibir de forma clara um losango com um ângulo de
45° com (UN3373);
5.
No caso de substâncias biológicas da categoria B – “
Biological substance, category B” ;
CATEGORIA B
AUDITORIA
CATEGORIA A
OBJETIVOS
Certificar
a
qualidade
da
condução
TIPOS DE AUDITORIAS
do
estudo
pelo
investigador/centro;
CEP
Determinar a validade e integridade dos dados;
Assegurar
a
aderência
ao
protocolo,
GCP,
POP´s
• Rotina
• Causa Específica
e
regulamentações;
Assegurar
que
os
direitos
envolvidos estão protegidos;
e
segurança
dos
sujeitos
REGULATÓRIOS • Causa Específica
PATROCINADOR
Enfª Márcia Ferrer
RELACIONADA:
ÓRGÃOS
• Rotina
• Causa Específica
-
AO ESTUDO;
AO INVESTIGADOR
AUDITORIA
CONTRATADA
29
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
QUANDO UM CENTRO É AUDITADO?
Denuncias ao CEP;
Garantia de Qualidade;
Numero significativo de violações ao protocolo;
Rápida inclusão de pacientes;
Aviso Prévio;
Entrevista com Investigador Principal;
Mudanças frequentes na equipe do estudo;
Reconhecimento da área física;
Centros novos;
Revisão dos documentos regulatórios;
Notificação do patrocinador ao FDA;
Suspeita de violação dos direitos de sujeitos envolvidos;
Revisão de todos os TCLE;
Alta publicidade na mídia a respeito do estudo e Investigador;
Contabilidade de medicamento;
Investigador com um grande numero de estudos, ou com estudo
Revisão de DF e CRF;
fora de sua área de especialidade;
PREPARAÇÃO PARA AUDITORIA
A melhor preparação para uma auditoria é seguir
as Boas Práticas Clínicas (GCP) desde o início do
estudo.
Isto significará uma auditoria sem estresse e sem
achados.
Preparação do Centro:
Espaço para revisão de documentos local tranqüilo;
Organização de todo material do estudo;
Reunião de toda equipe para que se fale a mesma
linguagem;
Disponibilidade de todo pessoal da equipe durante todo
o tempo – 2 dias;
REVISÃO DOS DOCUMENTOS ESSENCIAIS
CRFs: organizados e monitorados;
Documentos Fonte: organizados e monitorados;
TCLEs: versões, data, aprovações, assinaturas;
Protocolos: versões, datas e aprovações;
Emendas: versões, datas e aprovações;
Brochuras: versões e ciência;
Valores normais de laboratório –anual/modificações;
Certificados de validação do laboratório –anual;
CVs do investigador e sub-investigadores, resumidos , datados
Nome do CEP;
Lista de membros, nome do presidente, e período de
validade;
Documentos de autoridades regulatórias superior ao CEP;
Pareceres referentes aos documentos submetidos pelo
investigador ao CEP;
Todo documento submetido ao CEP deve ser identificado com
a versão e/ou data, que devem constar do parecer do CEP;
Qualquer outro documento que necessite parecer ou ciência
do CEP.
assinados e atualizados.
Enfª Márcia Ferrer
30
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
DIA “D” - DOCUMENTOS
AUDITORIA DOS DOCUMENTOS:
PRINCIPAIS ACHADOS
- Inadequada obtenção do TCLE.
- Falhas no seguimento do protocolo.
- Documentos regulatório–100%
- Anotações inadequadas e incorretas.
- TCLE –100%
- Contabilidade do medicamento incorreta.
- Contabilidade de medicamentos –100%
- Dados incorretos (versões/datas) Documento –CEP.
- CRF´s e Documentos Fonte –100%
- Falha na documentação e na capacitação da equipe
do estudo.
CONSEQUÊNCIAS
Interrupção do estudo no centro;
Desqualificação do Investigador – FDA/CFR21 312.70;
Lista Negra – Inelegível;
Lista Cinza - Com restrição;
PARA LEMBRAR
- Os Coordenadores de estudos devem entender do
processo de auditoria e saber como se preparar;
- As conseqüências podem ser graves;
- A equipe do estudo deve ser treinada e qualificada
para condução da pesquisa.
- A melhor preparação para uma auditoria é realizar o
estudo corretamente.
DROGA EM ESTUDO
O Investigador Principal e sua equipe (devidamente
delegada) devem:
Garantir que o recebimento, armazenamento, controle,
manuseio, dispensação e devolução das drogas
investigacionais de um estudo estejam de acordo com o
GERENCIAMENTO DE DROGAS E
SUPRIMENTOS
Enfª Márcia Ferrer
protocolo e as normas de Boas Praticas Clínicas (GCP).
31
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
RESPONSABILIDADES DO CENTRO
- Contabilização da droga;
- Manter os registros de recebimento dos produtos no
centro de estudo;
- Manter organizado o inventário de todos os produtos
sob investigação;
- Manter o registro o uso do produto por cada paciente no
e o retorno do produto ao patrocinador ou para outra
destinação especificada para produtos não utilizados.
13/06/2014
- Os investigadores devem manter registros que
documentem adequadamente que os pacientes
receberam as doses especificadas pelo protocolo;
- O produto sob investigação deve ser armazenado
conforme especificado no protocolo e de
acordo com as exigências regulatórias vigentes;
- Deve-se checar periodicamente, em intervalos
apropriados ao estudo em questão, se cada
paciente está seguindo as instruções
corretamente;
- Estes registros devem conter datas, quantidades,
número de série, lote, data de validade (caso apropriado)
e o código exclusivo designado para cada produto e pacientes
no estudo.
PROCEDIMENTOS DE ARMAZENAMENTO
- A sala de medicamentos deve ser de acesso restrito e
permaneçer trancada;
- A droga de estudo deverá ser guardada em armários
individuais para cada protocolo, trancados e
adequadamente identificados;
- Verificar periodicamente as condições de
temperatura e umidade do local (ambiente,
refrigerador e/ou freezer) onde estará disposta a
droga de estudo e adequar estas condições às
exigências do protocolo;
- Elaborar uma planilha para o registro das
verificações periódicas de temperatura e umidade do
ambiente;
Enfª Márcia Ferrer
32
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
RESPONSABILIDADES DO PATROCINADOR
- Garantir a entrega com antecedência do(s) produto(s) sob
investigação ao(s) investigador(es);
SUPRIMENTOS
Material enviado pelo Patrocinador para condução do
estudo, tais como:
- Kits de coleta;
- Manter registros que documentem o embarque,
recebimento, destinação, retorno e destruição de
produto(s) em investigação;
- Tomar providências para garantir que o produto sob
investigação permaneça estável durante o
período de utilização;
- O patrocinador deve instruir quanto ao
recebimento seguro e adequado de produtos sob
investigação, seu manuseio, armazenamento,
prescrição, coleta do produto não utilizado pelo
paciente, e devolução do(s) produto(s) em
investigação não utilizado(s) ao patrocinador;
- Caixas de transporte de material biológico;
- Frascos para urina;
- Testes de gravidez e preservativos;
- Papel para impressora de equipamento do estudo;
- Crioboxes;
- Pipetas;
- Gel wraps;
- Material infomativo para paciente;
RESPONSABILIDADES QUANTO AOS SUPRIMENTOS
- Recepção, conferência, manuseio e armazenagem
do material;
- Separação, conferência, identificação de todo material
recebido;
- Preparação e acompanhamento no processo de descarte
dos materiais vencidos;
- Elaboração de memorando, informando ao patrocinador a
quantidade data e o processo de descarte;
METODOLOGIA CIENTÍFICA
- Solicitação de novos materiais em tempo hábil e
em formulário próprio;
Enfª MsC Márcia Ferrér
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
PESQUISA
Os cursos de PG Lato Sensu são voltados
para o nível de especialização, mais direcionados à
área profissional, de mercado, e com caráter de
educação continuada.
Então, por que tenho que estudar
METODOLOGIA CIENTÍFICA???
Enfª Márcia Ferrer
33
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
MONOGRAFIA
Documento que representa o resultado de
estudo, devendo expressar conhecimento do assunto
escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da
disciplina, módulo, estudo independente, curso,
programa e outros ministrados.
Deve ser feito sob a coordenação de um orientador.
CIÊNCIA
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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PESQUISA
- Não é fácil fazer pesquisa!
- Necessita de:
– persistência
– dedicação ao trabalho
– conhecimento do método
– disciplina
– organização
PESQUISA
ATENÇÃO!!!!
- Exige:
– imaginação
SEM PROJETO = SEM pesquisa
– criatividade
O projeto é quase que 50% da pesquisa
– iniciativa
– originalidade
– humildade
– individualidade
Enfª Márcia Ferrer
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INTERNET
A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa.
Trata-se de uma rede mundial de comunicação via computador,
onde as informações são trocadas livremente entre todos.
214
INTERNET
INTERNET
• Sem dúvida, a Internet representa uma revolução no que
concerne à troca de informação.
• A partir dela, todos podem informar a todos.
• Mas, se ela pode facilitar a busca e a coleta de dados, ao
mesmo tempo oferece alguns perigos.
• Na realidade, as informações passadas por essa rede não têm
critérios de manutenção de qualidade da informação.
• Qualquer um pode colocar sua "Homepage" (ou sua Página) na
rede.
• Vamos supor que um indivíduo coloque sua página na "net" e o
objetivo desta página seja falar sobre a História do Brasil: ele
pode perfeitamente, sem que ninguém o impeça, dizer que o
Brasil foi descoberto "por José da Silva, no ano de 1237".
• Sendo assim, devemos levar em conta que toda e qualquer
informação colhida na Internet deverá ser confirmada antes de
divulgada.
• DEVEMOS SEMPRE ACESSAR PÁGINAS CONFIÁVEIS!
215
Enfª Márcia Ferrer
216
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
INTERNET
Elaborar perguntas simples como:
- Quem é o autor desta informação?
- Em que data foi publicada?
- A informação é factual?
- A informação resulta da opinião pessoal de alguém?
- Que garantias são dadas de que posso confiar nesta
informação?
INTERNET
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INTERNET
- O conteúdo é fidedigno?
- A origem do conteúdo é conhecida?
- A informação não contém erros?
- Os textos e mensagens são claros e cientificamente
corretos?
- Inclui informação acerca da última atualização?
INTERNET
INTERNET
Enfª Márcia Ferrer
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Enfª Márcia Ferrer
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AULAS
COMO ELABORAR UM PROJETO
DE PESQUISA
- Pesquisa Clínica
- Metodologia científica
- Como elaborar um projeto de pesquisa
Enfª MsC Márcia Ferrér
- Ética em pesquisa
Projeto de Pesquisa
Enfª Márcia Ferrer
O que?
Objetivo
Porque?
Justificativa
Como?
Metodologia
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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EXEMPLOS CACÓFATOS:
"Entrega-se uma laranja por cada".
"Tirei o chiclete da boca dela".
"Esse é um trabalho tão sujo quanto marcar gado".
"Vou-me já" que já "tá pingando".
"É só capim canela“.
Enfª Márcia Ferrer
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Levantamento ou Revisão de Literatura
Sugestões para o Levantamento de Literatura
- Localização e obtenção de documentos para avaliar a
disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho
de pesquisa.
- Deverão ser levados em conta: livros da área do tema, bem
como, artigos / monografias / dissertações / teses recentes sobre
o que está sendo estudado.
277
- LOCAIS DE COLETA:
- Determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou
particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados.
- Pesquisadores (pesquisar e-mails de quem já trabalhou com o assunto)
278
Organização
- Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua
pesquisa.
- O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis:
a - Nível geral do tema a ser tratado.
Relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto.
b - Nível específico a ser tratado.
Relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes
à especificidade do tema a ser tratado.
279
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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Justificativa
É o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser
efetivado.
O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese levantada são de suma
importância de ser comprovada.
A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a
necessidade de se levar a efeito tal empreendimento.
286
Enfª Márcia Ferrer
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Objetivos
Uma regra para se definir os Objetivos é colocá-los começando
com o verbo no infinitivo:
Exemplos:
Esclarecer;
Definir;
Procurar;
Permitir
Demonstrar;
Quantificar;
Realizar;
290
METODOLOGIA
METODOLOGIA
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada,
rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método
(caminho) do trabalho de pesquisa.
É a explicação do tipo de pesquisa;
Instrumental utilizado (questionário, entrevista etc);
Tempo previsto para realização;
Equipe de pesquisadores e a divisão do trabalho;
Formas de tabulação e tratamento dos dados;
RESUMINDO: tudo aquilo que se utilizou no trabalho de
pesquisa.
291
Enfª Márcia Ferrer
292
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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MÉTODO
MÉTODO
1 . Delineamento do estudo:
2 . Local do estudo:
Trata-se de um estudo experimental, de intervenção do tipo ensaio clínico
randomizado, duplo cego e com delineamento paralelo, onde os indivíduos foram
alocados em diferentes grupos em um mesmo momento. O ensaio contou com a
participação de indivíduos selecionados por meio de um cadastro de sujeitos
vinculados e participantes de protocolos de pesquisa no Instituto de Cardiologia do
Distrito Federal (ICDF), onde os grupos intervenção e controle foram randomizados e
acompanhados. Nos ensaios clínicos, o investigador aplica uma intervenção e
observa os seus efeitos sobre os desfechos. A principal vantagem de um ensaio
clínico em relação a um estudo observacional é sua capacidade de demonstrar
causalidade. Isso decorre, em especial, da alocação aleatória da intervenção, que
pode eliminar a influência de variáveis confundidoras, e do cegamento, que pode
eliminar a possibilidade de os efeitos observados serem explicados por diferenças
no uso de co-intervenções nos grupos de tratamento e controle ou por vieses na
mensuração ou adjudicação dos desfechos (HULLEY et al., 2008; PEREIRA,
2008).
O estudo foi realizado no ICDF, hospital terciário e de referência nacional em alta complexidade, administrado
pela Fundação Universitária de Cardiologia (FUC). O ICDF está localizado na região Centro-Oeste, na cidade
de Brasília, Distrito Federal (DF), e foi inaugurado em Abril de 2009. Acumula funções na pesquisa e no
ensino, além do atendimento médico a toda a comunidade, abrangendo o Sistema Único de Saúde (SUS) e
convênios (ICDF, 2013). É o único hospital do DF credenciado para realizar transplantes de coração, como
também de fígado, rim e pulmão.
O ICDF dispõe de um quadro de 520 funcionários prestando todos os tipos de serviços relacionados à
cardiologia, tais como: consultas médicas, atendimentos de emergência 24 horas, enfermagem, fisioterapia,
nutrição, psicologia, assistência social, exames ecocardiográficos, radiológicos, laboratoriais, mapa, holter, tilttest, procedimentos de hemodinâmica e eletrofisiologia, implante de marcapasso, cirurgias cardíacas em
adultos e crianças, inclusive neonatos.
Atualmente, o hospital possui três salas cirúrgicas, duas salas de hemodinâmica e 120 leitos distribuídos nos
seguintes setores: internação, unidade de terapia intensiva (UTI) adulto e pediátrica, hemodinâmica e pronto
socorro. São realizadas, em média, 70 cirurgias por mês (MV, 2013).
O público alvo da instituição é a população do DF e das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, portadoras de
coronariopatias, cardiopatias congênitas, valvulopatias, arritmias cardíacas, entre outras doenças
cardiovasculares. Em 2012 realizou 63.708 atendimentos em todas as áreas, sendo a média diária de 174 (MV,
2013).
O Centro de Pesquisa Clínica da instituição iniciou as atividades em Outubro de 2007. Presentemente, é
composto por equipe multiprofissional de saúde, com a participação de três enfermeiras, um auxiliar
administrativo e oito médicos
MÉTODO
MÉTODO
3 . Caracterização da amostra:
4 . Tamanho da amostra:
A população do estudo foi composta por pacientes que participam de protocolos de
pesquisa clínica no ICDF. Em Dezembro de 2011 havia cerca de 450 voluntários
alocados em protocolos cardiológicos e neurológicos em uso de produto
investigacional. Os pacientes que voluntariamente participam dos protocolos de
pesquisa são provenientes do próprio hospital e são randomizados de acordo com os
critérios de inclusão de cada protocolo.
O tamanho da amostra ficou calculado em pelo menos 21 observações em cada grupo,
ou seja, Grupo Intervenção (GI) e Grupo Controle (GC), totalizando 42.
Como margem de segurança, devido à possível perda de contato com os pacientes ao
longo do estudo e outras possiblidades, foram incluídos 50 pacientes, sendo 25 para o
GC e 25 para o GI, sendo a razão de alocação de 1:1.
Para o cálculo do tamanho amostral foi considerado: 1) Teste Mann Whitney para
amostras independentes; 2) Dois grupos; 3) Erro do tipo I = 5%; 4) Erro do tipo II =
20%; 5) Poder do teste estatístico = 80% (1 - erro do tipo II); 6) Tamanho do efeito =
90%. Este cálculo foi realizado com auxílio do software G*Power 3 versão para Mac
OS X. O tratamento estatístico foi realizado por meio do software Statistical Package
for the Social Sciences (SPSS) versão17 para Mac OS X.
MÉTODO
5. Critérios de inclusão e exclusão:
A seleção dos voluntários para participar da pesquisa se fez considerando-se
critérios de inclusão previamente definidos, quais sejam:
a) pacientes de ambos os sexos;
b) idade igual ou superior a 18 anos;
c) alfabetizados;
d) participantes de protocolos de pesquisa clínica, com metodologia
semelhante e que estivessem em curso no ICDF;
e) que fizessem uso de comprimido(s) investigacional(is) diariamente;
f) e que aceitassem participar da pesquisa perante a assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice A).
- Foram excluídos aqueles que não atenderam algum critério de inclusão ou
que se recusassem a participar da pesquisa.
Enfª Márcia Ferrer
MÉTODO
5. Procedimento da coleta de dados:
-
Descrever como foram coletados os dados detalhadamente;
6. Análise dos dados:
7. Aspectos éticos:
O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do ICDF, onde
o estudo foi desenvolvido, em 23 de Fevereiro de 2012 mediante protocolo de registro
sob nº 91/2012 (Apêndice A). Esta aprovação se faz necessária com base na Resolução
do Conselho Nacional de Saúde n. 466, de Dezembro 2012 e n. 251 de 07/08/97,
que trata das diretrizes e das normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres
humanos. O trabalho não envolveu nenhum risco aos pacientes e os procedimentos
respeitaram o constante na declaração de Helsinki.
50
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
HIPÓTESE
Um médico examinando uma pessoa
O paciente fala que a garganta dói, ou que escuta
zumbido no ouvido.
13/06/2014
HIPÓTESE
A partir de hipóteses, o pesquisador deduz uma série de
maneiras empíricas para testá-las (suposições).
Um médico examinando uma pessoa
“Se este paciente está com infecção (HIPÓTESE),
Fazendo uso das teorias da fisiologia e patologia
humana, o médico irá concentrar sua investigação em
certas observações e exames específicos.
pensa o médico,
ele estará com febre” (SUPOSIÇÃO)
Ao decidir por esses procedimentos o médico estará
concebendo HIPÓTESES.
QUALITATIVO
COMO FAZER
A COLETA?
COMO
ANALISAR OS
DADOS?
Enfª Márcia Ferrer
Entrevistas semi-estruturadas
ou abertas
História Oral
História de Vida
Observação Participante
Grupo Foco
Análise de Conteúdo
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
IDENTIFICAR O MÉTODO
QUANTITATIVO
COMO FAZER
A COLETA?:
COMO
ANALISAR OS
DADOS?:
Testes, Escalas
Questionários
estruturados
Formulários
estruturados
Observação controlada
13/06/2014
REVISÃO LITERATURA
• Definir o objetivo de maior originalidade
• Contribuir na definição do protocolo da pesquisa
• Fornece ideias para metodologia de análise dos dados
• Preparo para contextualização dos seus resultados
• Criação do banco de referências
• Familiariza o pesquisador com o tema estudado
• Familiariza o leitor da tese com o tema estudado
Estatística
Ensaio Clínico
RANDOMIZAÇÃO:
- Alocação aleatória para a formação dos grupos;
“Estudo controlado, pré-planejado, sobre a segurança, eficácia
ou dose ótima de um fármaco de ação terapêutica ou
- Dar a mesma oportunidade do indivíduo entrar no
grupo A ou B;
profilática, ou de técnicas em seres humanos, selecionados de
CEGAMENTO:
acordo com critérios de elegibilidade pré-determinados,
- Cancela a associação ao efeito biológico da
intervenção;
- Participantes do estudo não saibam em que grupo
foram alocados = CEGO
- Participantes + membros da equipe não saibam
em que grupo foram alocados = DUPLO-CEGO
- Medida de proteção aos viéses;
observando evidências pré-definidas de efeitos favoráveis ou
desfavoráveis.”
Enfª Márcia Ferrer
52
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
ESTUDOS TRANSVERSAIS
Todas as medições são feitas em um único momento;
Não há período de seguimento;
Característica: Seleção de uma amostra da população;
Mede a presença ou ausência de fator
de risco/doença;
Critério:
Ter doença
Condição clínica
Não ter doença
Condição clínica
CAUSA
EFEITO
SIMULTANEAMENTE
Exemplo: Obesidade Infantil
Enfª Márcia Ferrer
x nº horas de TV
53
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
COLETA DE DADOS
QUESTIONÁRIO
• O questionário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa
de coleta de dados.
- É uma tarefa cansativa;
- Em geral, toma mais tempo do que se espera;
• Se sua confecção é feita pelo pesquisador, seu preenchimento é
realizado pelo informante.
Exige do pesquisador:
- Paciência;
- Perseverança;
- Esforço pessoal;
- Cuidados com o registro dos dados;
- Bom preparo anterior (Plano de Coleta de
Dados).
• A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta
para que o respondente compreenda com clareza o que está
sendo perguntado.
• Não é recomendado o uso de gírias, a não ser que se faça
necessário pelas características de linguagem do grupo (grupo
de surfistas, por exemplo)
320
QUESTÕES A SEREM ABORDADAS
- Formulário de itens sim-não, certo-errado e verdadeiro-falso;
Ex.:
Trabalha?
(
)
Sim
(
)
- Formulário de múltipla escolha;
Não
- Respostas livres, abertas ou curtas;
Ex.: Renda Familiar:
( ) Menos de 1 salário mínimo
( ) 1 a 3 salários mínimos
( ) 4 a 6 salários mínimos
( ) 7 a 11 salários mínimos
( ) Mais de 11 salários mínimos
- Questões mistas.
Ex.: Bairro onde mora:
______________________________
Ex.: Quem financia seus estudos?
( ) Pai ou mãe
( ) Outro parente
( ) Outra pessoa
( ) O próprio aluno
Outro: __________________________________
321
322
ENTREVISTAS
- Relatório
- Observações iniciais:
- É necessário ter um plano para a entrevista para que no
momento em que ela esteja sendo realizada, as informações
necessárias não deixem de ser colhidas.
- As entrevistas podem ter o caráter exploratório ou ser de
coleta de informações. Se a de caráter exploratório é relativamente
estruturada, a de coleta de informações é altamente estruturada.
Mesmo tendo gravado procure fazer um relatório o mais cedo possível.
Destaque os pontos principais da entrevista.
- Quem deve ser entrevistado
Procure selecionar pessoas que realmente têm o conhecimento
necessário para satisfazer suas necessidades de informação
323
Enfª Márcia Ferrer
324
54
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
COMO ESCOLHER UMA REFERÊNCIA?
a)
o título da obra, como forma de esclarecer o assunto e a intenção do
autor;
13/06/2014
CONCLUSÃO ANÁLISE DOS RESULTADOS
- Sintetizar os resultados obtidos;
- Evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo;
b) a data da publicação, a fim de termos uma idéia da atualização do
texto, e da sua aceitação (através do número de edições), exceto no caso
de obras consideradas clássicas;
c)
a ficha catalográfica, geralmente situada na segunda página do livro, e
contendo informações sobre as qualificações do autor;
- Indicar as limitações e as reconsiderações;
- Apontar a relação entre fatos verificados e teoria;
- Contribuição da pesquisa para o meio acadêmico, empresarial ou
desenvolvimento da ciência e tecnologia
d) o índice ou sumário, para se ter uma idéia sobre a organização da obra,
sua divisão e tópicos abordados;
e)
a introdução ou prefácio, procurando determinar os objetivos do autor e
a metodologia empregada na obra;
f) a bibliografia, visando conhecer as obras consultadas e indicadas pelo
autor.
Pré-projeto
DEVE CONTER:
1 - Título da Pesquisa
2 - Introdução
3 - Problema / Justificativa
4 - Objetivos
5 - Revisão de Literatura
6 - Metodologia
7 - Cronograma
8 - Referências
Pré-projeto
1) CRONOGRAMA:
É a previsão do tempo que será gasto na realização do trabalho de
acordo com as atividades a serem cumpridas.
As atividades e os períodos serão definidos a partir das características
de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho.
Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses,
bimestres, trimestres etc.. Estes serão determinados a partir dos critérios
de tempo adotados por cada pesquisador.
OBSERVAÇÃO
O documento final do Projeto de Pesquisa deve conter:
- Capa (obrigatório);
- Folha de Rosto (obrigatório);
- Sumário (obrigatório);
-Texto do projeto (obrigatório);
- Referências (obrigatório);
- Anexos:
Instrumentos de Coletas de Dados (se houver)
330
Enfª Márcia Ferrer
55
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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Exercício – Pré-projeto
• Tema
• Eu estou estudando______
OBRIGADA !!
• Questão
• porque quero descobrir/inventar como ______
• Motivação (ter uma revisão de literatura – usar a resenha)
• para entender/explicar como________
[email protected]
• Problemas práticos x problemas de pesquisa
• uso da literatura
331
Instituto de Cardiologia do DF
SUBMISSÃO TRABALHOS
CIENTÍFICOS
Pós-graduação Enfermagem em Cardiologia
• Toda pesquisa que envolva seres humanos, deve ser submetida ao
CEP (comitê de ética em pesquisa) do IC/DF ou de outra instituição;
• As instituições nas quais se realizem pesquisas envolvendo seres
humanos deverão constituir um ou mais de um CEP, conforme suas
necessidades;
• Na impossibilidade de se constituir CEP, a instituição ou o
pesquisador responsável deverá submeter o projeto à apreciação do
CEP de outra instituição, após indicação da CONEP.
Enfª Márcia F. M. Laureano
Mestre em enfermagem UnB
Junho/2014
CEP
• A reunião ocorre sempre na 2ª quinta-feira de cada mês;
• A submissão deve ser feita até o dia 10 de cada mês;
• Entregar uma via do trabalho no setor de comissão científica (antes
da submissão ao CEP);
• Após avaliação da comissão científica, entregar 1 via do trabalho +
CD no CEP/ICDF para avaliação ética.
OS PROJETOS DEVEM
ENQUADRAR-SE EM:
- Aprovados
- Com pendência (necessita modificações/até 30 dias)
-Retirado (quando transcorrido o prazo. O protocolo permanece
pendente)
- Não aprovado
NORMAS IC/DF
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
13/06/2014
• Todo projeto de pesquisa com seres humanos terá que ter sua Folha
de Rosto preenchida online e depois deverá ser impressa para coleta
de assinaturas;
• Após o preenchimento, a validade é de 30 dias (após esse prazo o
sistema automaticamente apagará o registro não confirmado pelo
CEP)
• http://portal2.saude.gov.br/sisnep/
FOLHA DE ROSTO
Enfª Márcia Ferrer
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
Enfª Márcia Ferrer
13/06/2014
58
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
• Com base na resolução CNS n.º 466/12 o termo de
consentimento livre e esclarecido – TCLE - trata-se de uma
decisão voluntária, realizada por pessoa autônoma e capaz, após
um processo informativo e deliberativo, visando à aceitação de
um tratamento específico ou experimentação, sabendo da
natureza do mesmo, das suas conseqüências e dos seus riscos.
• Toda pesquisa será iniciada após consentimento livre e
esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou
por seus representantes legais manifestem a sua anuência à
participação na pesquisa;
13/06/2014
TCLE - Funções
• Proteção e garantia dos direitos dos sujeitos da
pesquisa ;
• Possibilitar escolhas autônomas;
• Promover a ação responsável dos profissionais
de saúde na pesquisa.
• A linguagem deve ser a mais acessível possível.
TCLE
TCLE
• Capacidade cognitiva e legal do sujeito da pesquisa entender e
decidir.
• Voluntariedade do candidato, inclusive de desistir da participação
em qualquer fase da pesquisa.
• Competência da equipe de pesquisa.
• Projeto de pesquisa aprovado.
• Informações e recomendações sobre o projeto e seus
desenvolvimento, acessível para a compreensão do candidato.
TCLE –
Condições necessárias
Deverá conter:
• a justificativa, os objetivos e os procedimentos que
serão utilizados na pesquisa;
• os desconfortos, riscos possíveis e os benefícios
esperados;
• os métodos alternativos existentes;
• a forma de acompanhamento e assistência, assim como
seus responsáveis;
• a garantia de esclarecimentos, antes e durante o curso
da pesquisa, sobre a metodologia, informando a
possibilidade de inclusão em grupo controle ou
placebo;
TCLE
Deverá conter:
• a liberdade do sujeito de recusar a participação ou retirar
seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem
penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado;
• a garantia do sigilo que assegure a privacidade dos
sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na
pesquisa;
• as formas de ressarcimento das despesas decorrentes da
participação na pesquisa; e
• as formas de indenização diante de eventuais danos
decorrentes da pesquisa.
Enfª Márcia Ferrer
• ser elaborado pelo pesquisador responsável, expressando o
cumprimento de cada uma das exigências acima;
• ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa que
referenda a investigação;
• ser assinado ou identificado por impressão dactiloscópica,
por todos e cada um dos sujeitos da pesquisa ou por seus
representantes legais; e
• ser elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo sujeito
da pesquisa ou por seu representante legal e uma arquivada
pelo pesquisador.
TCLE
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MÓDULO 04 - PESQUISA 01
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• nos casos em que seja impossível registrar o
TCLE, tal fato deve ser devidamente
documentado, com explicação das causas da
impossibilidade e parecer do CEP;
• O processo de obtenção do consentimento deve
envolver: confiança, respeito, diálogo, paciência
e persistência na relação pesquisador-sujeito da
pesquisa sem influência de outras pessoas.
• os dados obtidos a partir dos sujeitos da pesquisa
não poderão ser usados para outros fins que os
não previstos no protocolo e/ou no
consentimento.
• O sujeito de pesquisa precisa ter conhecimento
adequado acerca da pesquisa e total oportunidade
de sanar suas duvidas , excluindo-se qualquer
possibilidade de se sentir intimidado.
TCLE
TCLE - Obtenção
• Pesquisador aponta que a pesquisa pela qual é responsável não
apresenta riscos aos sujeitos.
• O pesquisador deixa de descrever no TCLE alguns itens
requeridos pela Resolução 466/12.
• Não deixar de preencher os critérios de inclusão e exclusão dos
participantes de pesquisa. O pesquisador deve entender que é
um dos pontos necessários de serem inserido no TCLE.
• O pesquisador faz o cronograma de atividades sem considerar a
aprovação do Comitê de Ética para o início da coleta de dados;
• O pesquisador encaminha o projeto ao comitê sem
AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA INSTITUIÇÃO, onde será
realizada a pesquisa.
TCLE - Obtenção
• O pesquisador deve apresentar formação específica e
competência para a realização da pesquisa, caso
contrário o projeto é inicialmente recusado;
A metodologia descrita não cita o local onde será
realizado o estudo;
• O pesquisador cita o instrumento de coleta de dados,
mas não o anexa;
• O documento deve incluir o endereço e telefone do
pesquisador para contato em caso de necessidade e
jamais pode ser apresentada sem o endereço;
TCLE – Principais erros
Enfª Márcia Ferrer
TCLE – Principais erros
REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
Conceitos, importância, indicadores
60
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
• Fazer referência a trabalhos anteriormente
publicados, evidenciando a evolução do
assunto;
• Limitar-se às contribuições mais
importantes (diretamente ligadas ao
assunto);
13/06/2014
• Mencionar o nome de todos os autores
citados no texto ou em notas e
obrigatoriamente nas referências;
• Oferecer subsídios para formulação das
hipóteses e a explicação de sua
fundamentação.
• Fonte: http://dibd.esalq.usp.br/normas.pdf
CONCEITO
Conceito
• Revisão da literatura
• Estado da arte
• Referencial teórico
• Embasamento teórico
• etc.
• - Verificar se alguém já publicou as
respostas às nossas questões, para decidir
da pertinência de repetir uma investigação
com objetivos idênticos;
• - Identificar quais os métodos utilizados
em investigações similares, para decidir
sobre o melhor método a utilizar;
Outros títulos para revisão
bibliográfica
Importância
• Para que o autor tenha conhecimento
de outras formas e outros pontos de
vista sobre o assunto que vai tratar.
Importância
Enfª Márcia Ferrer
• Para Silva e Menezes (2009), o conteúdo
da revisão bibliográfica deve:
• abordar o que já se sabe sobre o tema, quais as
lacunas existentes e os principais entraves
teóricos. De acordo com o objetivo da
pesquisa, a revisão apresenta determinado
conteúdo:
Conteúdo da revisão
bibliográfica
61
MÓDULO 04 - PESQUISA 01
• - revisão teórica: inserção do problema em
um quadro de referência teórica.
• - revisão empírica: análise do método de
pesquisa existente acerca do problema.
• - revisão histórica: recuperação do
conceito, tema ou abordagem do problema.
Tipos de revisão
• Conforme Ribeiro (2009), o conteúdo da
revisão bibliográfica não deve ser
ordenado segundo a cronologia; a estrutura
hierárquica vai do assunto mais geral ao
mais específico. Na seqüência, o conteúdo
deve ser ordenado em seções e sub-seções
Ordem do conteúdo da
revisão
• O referencial teórico deve ser ao mesmo
tempo completo e enxuto. Você deve
revisar todos os estudos e autores
relevantes diretamente relacionados ao seu
assunto principal.
Tamanho da revisão
bibliográfica
Enfª Márcia Ferrer
13/06/2014
• A revisão de literatura é mais bem
apresentada em blocos de assunto,
mostrando a evolução cronológica do tema
de maneira integrada, com as devidas
citações.
Ordem do conteúdo da
revisão
• A bibliografia consultada é um indicador
da qualidade da pesquisa. Referências
atuais (3 últimos anos, por exemplo)
devem fazer parte da bibliografia,
mostrando que você realmente teve um
trabalho de procurar, na literatura,
embasamento para o assunto tratado.
Padrão de atualização
• Nesta revisão, o autor deve demonstrar
conhecimento de literatura básica sobre o
assunto. Para tanto, recomenda-se a
consulta de livros, monografias,
dissertações, teses e artigos científicos
publicados em revistas com corpo editorial
ou na WEB.
Fontes da revisão
62
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