MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 DEFINIÇÃO DE PESQUISA Qualquer investigação em seres humanos, envolvendo intervenção terapêutica e diagnóstica com produtos registrados ou passíveis de registro. Processo de construção do conhecimento, capaz de gerar um novo conhecimento ou ainda contribuir para refutar um conhecimento pré-existente. PESQUISA CLÍNICA - Compreende pesquisas com: - Fármacos e novas drogas - Vacinas Enfª. Márcia Laureano Mestre Enfermagem UnB OBJETIVO Descobrir ou verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacocinéticos, farmacológicos, clínicos e/ou outros efeitos do(s) produto(s) investigado(s), e/ou identificar eventos adversos ao(s) produto(s) em investigação, averiguando sua segurança e/ou eficácia, que poderão subsidiar o registro ou a alteração deste junto à ANVISA. ESTUDOS Enfª Márcia Ferrer - Procedimentos - Materiais e equipamentos CONSIDERAÇÕES - Pesquisa clínica tem um alto custo: 50- 70% do custo total do desenvolvimento de um novo fármaco; - Pode durar vários anos, dependendo da área terapêutica; FASES DOS ESTUDOS 1 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 ATORES EM PESQUISA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR PESQUISA NO CENTRO Quando chegar uma pesquisa no centro, a equipe deve: - Ler o protocolo; - Verificar a complexidade; - Realizar um levantamento de custo do estudo; - Checar a disponibilidade dos setores que serão envolvidos; - Junto com Investigador, verificar o perfil de paciente e o volume no centro. PRÓS CONTRAS Ganho Financeiro Ganho Financeiro Oportunidade de ser reconhecido Risco para os voluntários Melhor Tratamento Diminuição de Autonomia Oportunidade de aprender Dedicação e Formação de Equipe DÚVIDAS ?? POR QUÊ???? Os medicamentos produzidos nos últimos 50 anos: - ↑ Expectativa de vida do ser humano em mais de 15 anos POR QUE FAZER EXPERIMENTOS EM SERES HUMANOS? Enfª Márcia Ferrer - ↓ Mortalidade de doença cardiovascular 4% ao ano Oportunidade de emprego para profissionais das ciências médicas (60000 empregos qualificados) 2 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 MARCA-PASSO E VÁLVULAS Marca-passos e válvulas para o coração tiveram seu desenvolvimento adiado, devido a diferenças fisiológicas entre seres humanos e os animais para os quais os aparelhos haviam sido desenhados. H. pilori Somente foi possível comprovar a relação entre o H. pilori e úlceras gástricas em pesquisas com seres humanos. As pesquisas em animais não revelaram que bactérias causam câncer, o que atrasou o tratamento da doença com antibióticos. ASMA A dose indicada de isoproterenol (asma), funcionou em animais. Porém, foi tóxico para humanos, provocando na Grã-Bretanha a morte de aproximadamente 3.500 asmáticos por overdose. Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 B-bloqueadores Erroneamente, estudos em animais indicaram que os ß-bloqueadores não diminuiam a pressão arterial e a frequência cardíaca, o que retardou o desenvolvimento do medicamento enquanto milhares de pessoas não foram beneficiadas. MEDICAMENTOS Mesmo sendo previamente testado em animais, mais de 50% dos 198 medicamentos lançados entre 1976 e 1985 foram retirados do mercado. Desde então, passaram a trazer nas bulas efeitos colaterais, que abrangem os leves, severos e imprevisíveis. Esses efeitos podem incluir complicações como: ataques cardíacos, falência renal, convulsões, parada respiratória, insuficiência hepática, derrame, entre outros. DIURÉTICO O diurético Selacryn foi intensivamente testado em animais. Em 1979, o medicamento foi retirado do mercado depois que 24 pessoas morreram por insuficiência hepática causada pela droga. 3 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 ANTIBIÓTICO O antibiótico Clindamicina foi testado em ratos e cães, diariamente, durante um ano e demonstrou que esses toleraram doses 10 vezes maiores que os seres humanos. VALIUM 13/06/2014 ANTIBIÓTICO Se os testes de toxicidade da penicilina tivessem sido realizados em porquinhos-da-índia ou em hamsters, os animais teriam morrido e, talvez a humanidade nunca tivesse se beneficiado da penicilina. Howard Florey, laureado com o Nobel de Medicina de 1945 como codescobridor, afirmou: “Felizmente não tínhamos testes de toxicidade em animais nos anos 40. Caso contrário, talvez nunca tivéssemos conseguido uma licença para o uso da penicilina e, possivelmente, outros antibióticos jamais tivessem sido desenvolvidos”. POR QUE FAZER? - EFICÁCIA Experiências em animais não comprovaram a eficácia do Valium durante o seu desenvolvimento. - SEGURANÇA - QUALIDADE - RELEVÂNCIA MEDICAMENTOS RETIRADOS DO MERCADO Enfª Márcia Ferrer 4 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 5 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 6 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Pesquisas clínicas realizadas com ética podem resultar em grandes conquistas para a saúde da humanidade. Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO FÁRMACO 7 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 DESENVOLVIMENTO DE UM NOVO FÁRMACO ETAPAS DE UM ESTUDO CLÍNICO FASES: Pré-Clínicas - PRÉ-CLÍNICA E CLÍNICA; - SUBMISSÃO E APROVAÇÃO; Submissão de Nova Droga de estudo - “IND” Fases Clínicas - PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM ESTUDO Submissão e Aprovação para Comercialização de Nova Droga NDA ETAPAS DE UM ESTUDO CLÍNICO ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS - ANIMAIS SCREENING •Teste de eficácia em modelos in vitro Atividades pós Comercialização e em animais FARMACOLOGIA PRÉ-CLINICA •Farmacodinâmica –“É o que a droga faz no organismo” •Farmacocinética Planejamento e Implementação de um Estudo Clínico –“É o que o organismo faz com a droga” ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS - ANIMAIS TOXICOLOGIA - Toxicum, do latim, veneno. • Toxicidade Aguda (< 24 hs) • Toxicidade Sub-aguda (< 1 mês) • Toxicidade Sub-crônica (> 1 e < 3 meses) • Toxicidade Crônica (>3 meses) ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS TOXICIDADE SUB-CRÔNICA • Administração repetida e diária da substância (3090 dias) • Fornece informações adicionais: – Sobre órgãos-alvo, possibilidade de efeitos cumulativos • Toxicidade sobre a Reprodução • Estudos Adicionais “...todas as substâncias são venenos. Não existe nenhuma que não seja. A dose correta diferencia um remédio de um veneno”. Paracelsus 1443-1541 Enfª Márcia Ferrer 8 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 TOXICIDADE CRÔNICA • Administração repetida e diária da substância (3 meses a 1 ano) • Fornece informações adicionais: 13/06/2014 TOXICIDADE REPRODUTIVA • Efeito sobre a prole dos animais de experiência • Avaliações – Fertilidade e Teratogenicidade* – Toxicidade pré-, peri- e pós-natal – Sobre órgãos-alvo, possibilidade de efeitos cumulativos • No mínimo 2 espécies animais, sendo uma não roedora Devem estar completas antes da administração em mulheres com potencial de engravidar. (*) “The physicians’ role in the clinical development of new medicines” Warrington, S.J.& Ankier, S.I. Postgrad Med J, 66:34-39, 1990. ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS ADICIONAIS Mutagenicidade* ou Genotoxicidade** SUBMISSÃO AO FDA IND – Investigational New Drug • Detecção de alterações genéticas e/ou mutações Carcinogenicidade* • Possíveis efeitos tumorigênicos/carcinogênicos (*) “The physicians’ role in the clinical development of new medicines” Warrington, S.J.& Ankier, S.I. Postgrad Med J, 66:34-39, 1990. (**) “Guidance on Specific Aspects of Regulatory Genotoxicity Tests for Pharmaceuticals” in: ICH Harmonised Tripartite Guideline. ICH Steering Committee, July 1995. O IND é uma proposta através do qual o patrocinador obtém a aprovação do FDA para seus planos de testar uma nova droga em estudos clínicos envolvendo seres humanos. A submissão ao FDA é feita através da compilação dos resultados dos estudos realizados em animais e em laboratórios Fonte: FDA - Federal Register /Vol. 75, No. 188 /Wednesday, September 29, 2010 /Rules and Regulations21 CFR Parts 312 and 320 – pp.59.935 ESTUDOS CLÍNICOS Tipos de estudos (I) • Quanto ao Número de Centros – Unicêntrico ESTUDOS CLÍNICOS Tipos de estudos (II) • Quanto à Comparatividade – Bicêntrico – Simples – Multicêntrico, nacional ou internacional – Comparativo versus placebo • Quanto ao “Blinding” – Comparativo versus droga ativa – Aberto – Simples-cego – Duplo-cego Enfª Márcia Ferrer 9 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 FASE I - Sujeitos e não pacientes; - Voluntários sadios; - “n pequeno” (100-200) - Objetivos dos estudos: Segurança de Dose Única Dose • usualmente 1 a 2% da dose (mg/kg) que produziu os primeiros sinais de toxicidade significativa em animais FASE I Segurança de Dose Única • Método – escalonamento de dose – 1o degrau: (ex 100 mg) – 2o degrau: 2 x dose inicial – 3o degrau: 67% maior que o segundo – 4o degrau: 50% maior que o terceiro (501 mg) – 5o degrau: 40% maior que o quarto (701 mg) – daí para frente: 33% maior que o anterior FASE II (200 mg) (334 mg) (932 mg) FASE II - Segurança e eficácia com doses flexíveis - Primeira vez em pacientes; • Duplo-cegos • controlados Fase IIa • Estudos abertos (pilotos) • 2 ou 3 estudos duplo-cegos • Vs placebo n=500 • unicêntricos, no início, e mais tarde, multicêntricos • geralmente vs. Placebo - Porque? - Detectar diferença significativa entre 2 tratamentos supostamente eficazes, requer uma população muito maior do que a normalmente utilizada em Fase I - Controles com placebo ajudam a identificar doses com Fase IIb • Amplia-se o nº de estudos duplo-cegos n=5000 efeito não terapêutico, também observado com placebo (“efeito placebo”) FASE III Objetivos dos Estudos de fase III Expansão dos Estudos de Fase II FASE III Objetivos dos Estudos de fase III Farmacoeconômicos • Interação entre drogas • “Avaliação econômica” • Possibilidade de uso em mulheres em idade fértil: – Farmacoeconômia é a aplicação de princípios econômicos a medicamentos ou terapêuticas – Incorpora algumas disciplinas diferentes como pesquisa clínica, economia, epidemiologia, etc • Incidência de eventos adversos • Número de pacientes é determinado estatisticamente • O FDA exige, no mínimo, 2 estudos clínicos multicêntricos “adequados e bem controlados” (*) “Overview of the Rationale for Outcomes Research and socioEconomics” Geneste, B. - RPR Corporate Marketing & Strategic Coordination. Enfª Márcia Ferrer 10 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 SUBMISSÃO AO FDA NDA – New Drug Application FASE IV Pós-marketing Objetivos A solicitação de nova droga ao FDA é feita através da compilação de dados de todas as três fases dos estudos clínicos. Estes dados devem demonstrar com sucesso a segurança e eficácia da droga. O FDA realiza uma revisão minuciosa de toda a informação fornecida pelo patrocinador. Após aprovação do FDA, o patrocinador pode oficialmente comercializar a droga. FASE IV • Expansão dos dados de eficácia e segurança • Estudos duplo-cegos vs. líderes de mercado • Investigação em sub-populações PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO Responsabilidades Pós-estudo e Retenção de Registros Visitas de Encerramento Farmacovigilância • Identifica, analisa, documenta e reporta reações adversas a medicamentos, tanto na fase de pesquisa (pré-registro) como, posteriormente, durante o período de comercialização. Visitas de Monitorizarão Controle da Eventos adversos Controle da Droga de Estudo Controle e Documentação de Estudo Admissão de Pacientes e TCLE Recrutamento de Pacientes Visitas de Iniciação do Estudo Aprovações – CEP – CONEP – ANVISA Montagem da documentação do Estudo e Submissão dos Documentos de Regulamentação Desenvolvimento e Negociação da Verba de estudo Reuniões com o Investigador Visita de Avaliação do Patrocinador, Seleção do Centro de Estudo e Atividades de Implementação Estudo Contatodo inicial com o Patrocinado e Acordos de confidencialidade Desenho do protocolo RESOLUÇÃO 196/96 - Instituiu as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas envolvendo Seres Humanos; - Incorporou os quatro referenciais básicos da bioética: DIRETRIZES E NORMAS REGULAMENTADORAS DE PESQUISAS ENVOLVENDO SERES HUMANOS Enfª Márcia Ferrer I. II. III. IV. Autonomia; Não maleficência; Beneficência; Justiça; - De acordo com a modalidade de pesquisa obriga a cumprir com as exigências e regulamentações específicas de cada setor; 11 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 REGULAMENTAÇÃO DE TERMOS E DEFINIÇÕES 1 – Pesquisa; 2 – Pesquisa Envolvendo Seres Humanos; 3- Protocolo de Pesquisa; 4 – Pesquisador Responsável; 5 - Instituição de Pesquisa; 6 – Promotor; 7 – Patrocinador; 8 - Risco da Pesquisa; 9 - Dano associado ou decorrente da Pesquisa; 10- Sujeito da Pesquisa; 11- Consentimento Livre e Esclarecido; 12 – Indenização; 13 – Ressarcimento; 14 – Comitês de Ética em Pesquisa; 15 – Vulnerabilidade; 16 - Incapacidade; ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS 13/06/2014 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS - Devem atender às exigências éticas e científicas fundamentais: a) Consentimento Livre e Esclarecido: AUTONOMIA Garantir a proteção a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes; Tratar com dignidade, respeitar a autonomia e defendê-los em sua vulnerabilidade; ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS BENEFICÊNCIA Ponderação de riscos e benefícios tanto atuais como potenciais, individuais ou coletivos; NÃO MALEFICÊNCIA Garantia de que danos previsíveis serão evitados; Comprometer-se com o máximo de benefícios e o mínimo de riscos; ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS JUSTIÇA E EQUIDADE Relevância social da pesquisa com vantagens significativas para os sujeitos de pesquisa; Minimizar o ônus para sujeitos vulneráveis; Não perder o sentido sócio-humanitário da pesquisa; CEP –CONEP-ANVISA Enfª Márcia Ferrer 12 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 INSTÂNCIAS REGULATÓRIAS Autoridade Regulatória Brasil No Centro No Brasil No mundo CEP ANVISA / MS Receita Federal CONEP / CNS CEP ANVISA CONEP FDA EMEA ANMAT.... NO BRASIL No Brasil, os projetos de pesquisa clínica são avaliados eticamente no mínimo em duas instâncias: uma local (CEPs) e outra nacional (CONEP). Por vezes há 5 instâncias de avaliação. CEP – Comitê de Ética em Pesquisa • Resolução 466/12: “O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) é um colegiado interdisciplinar e independente, criado pela Instituição que o abriga” • Está diretamente vinculado à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) > CEP DO EXTERIOR > CEP COORDENADOR > CONEP > CEP LOCAL > ANVISA • Papel da Instituição: provimento de condições para o funcionamento do CEP • Visa, especialmente, à proteção dos participantes de pesquisa do Brasil, de forma coordenada e descentralizada por meio de um processo de acreditação. CONSTITUIÇÃO CEP • Criado para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade • Toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um CEP • Caso a Instituição não tenha um CEP, o projeto de pesquisa deverá ser analisado por CEP de outra Instituição, registrado na CONEP MEMBROS CEP - O CEP deve designar um presidente. - O presidente deve ser alguém altamente respeitado dentro e fora da instituição, que possa fazer julgamentos justos e imparciais, que seja familiar com as diferentes áreas que o CEP avalia, e que tenha capacidade de atuar como administrador. Esse indivíduo deve ser independente o bastante para suportar pressões da instituição, dos pesquisadores, ou de outras pessoas ou partes interessadas; - Ao menos um membro do comitê não deve ser um cientista e, no caso de uma Comissão Institucional de Revisão, deve haver um membro de fora da instituição (sem relação sangüínea ou matrimonial com qualquer membro da equipe ou do pessoal da instituição). - Também se recomenda que um dos membros tenha conhecimento de bioestatística e/ou metodologia de pesquisa; Enfª Márcia Ferrer 13 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 MEMBROS CEP - Acerca de indivíduos de fora da instituição, recomenda-se que as pessoas da comunidade sejam incluídas no comitê, por exemplo, advogados, clero, educadores e donas de casa. Tais membros devem ter um conhecimento profundo da comunidade local e estar dispostos a oferecer suas opiniões daquela perspectiva; - Caso a comunidade em que o estudo será conduzido tenha a predominância de uma população minoritária (por exemplo, população indígena), o CEP deve incluir um membro ou consultor desse grupo minoritário; - Um pesquisador pode ser membro de um CEP, mas não é permitido que participe da avaliação inicial e subseqüente revisão de um estudo em que tenha conflito de interesses (por exemplo, se ele estiver envolvido no estudo de alguma forma). COMPOSIÇÃO CEP • Após eleição entre os pares, os membros são nomeados pela Diretoria da Instituição • O CEP possui um coordenador, um vice-coordenador, relatores, consultores e um secretário (mantido pela instituição) • Escolha do coordenador do CEP pelos membros durante a 1ª reunião • A Diretoria da Instituição não pode fazer parte do CEP COMPOSIÇÃO CEP CARACTERÍSTICAS CEP • Participação de profissionais da área da saúde, ciências exatas, sociais e humanas • Variação na composição dependendo das características da instituição e das linhas de pesquisa a serem analisadas • Mandato de 3 anos, com renovação de 50% dos seus membros. • Multidisciplinar • Sexo masculino e feminino • Não mais da ½ dos membros pertencem à mesma categoria profissional • Pelo menos ½ metade dos membros com experiência em pesquisa CARACTERÍSTICAS CEP • Os membros do CEP não poderão ser remunerados no desempenho desta tarefa • Dispensa nos horários de trabalho do CEP • Não podem sofrer qualquer tipo de pressão por parte dos superiores hierárquicos • Independência na tomada de decisões • Confidencialidade das informações recebidas • Não submeter-se a conflitos de interesse ATRIBUIÇÕES CEP • Revisão ética e científica dos projetos que envolvam seres humanos realizados na Instituição • Emissão de parecer consubstanciado por escrito no prazo máximo de 30 dias. • Manter em arquivo documentação referente ao projeto por 5 anos após seu encerramento • Acompanhar o desenvolvimento dos projetos através de relatórios semestrais • Desempenhar papel consultivo e educativo • Manter comunicação regular com a CONEP Enfª Márcia Ferrer 14 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 ATRIBUIÇÕES CEP RISCOS DO CEP • Receber denúncias ou notificações sobre eventos adversos que possam alterar o curso da pesquisa, decidindo pela continuidade, modificação ou suspensão do estudo, ou se necessário, solicitar modificação do Termo de Consentimento • Receber denúncias de irregularidades de natureza ética nas pesquisas e, caso comprovadas, comunicar à CONEP e outras instâncias - Desconhecimento das normas e fluxos regulatórios - Desconhecimentos das rotinas de um estudo - Desconhecimento dos processos envolvidos na condução dos estudos - Falta de tempo - Visão do todo equivocada - Pressão - Impossibilidade de avaliar os estudos “in loco” - Tendenciosidade - Preconceito..... OBRIGAÇÕES DO INVESTIGADOR - CEP O pesquisador deve informar ao CEP sobre qualquer problema que envolve riscos aos sujeitos da pesquisa, tais como: - Reações adversas graves não esperadas a medicamentos - Desvios ou alterações ao protocolo para eliminar perigos imediatos aos sujeitos da pesquisa - Alterações que aumentem o risco aos sujeitos e/ou afetem significativamente a forma como o estudo é conduzido - Quaisquer novas informações que possam prejudicar a segurança dos sujeitos ou a execução do estudo - Garantir que as partes relevantes sejam informadas do cancelamento de uma aprovação concedida pelo CEP - Garantir que, quando um estudo for suspenso prematuramente, a parte solicitante indique ao CEP os motivos da suspensão e forneça um resumo dos resultados obtidos até aquele ponto. OBRIGAÇÕES DO INVESTIGADOR - CEP - O pesquisador deve fornecer semestralmente relatórios escritos ao patrocinador, ao CEP, sobre quaisquer mudanças que afetem significativamente a condução do ensaio clínico, e/ou aumentem o risco aos sujeitos = RELATÓRIO SEMESTRAL - Se o patrocinador finalizar ou suspender um ensaio clínico, o pesquisador deve informar prontamente a instituição, quando disposto nas exigências regulatórias aplicáveis, e o pesquisador/instituição deve informar prontamente o CEI/CIR e fornecer a este uma explicação detalhada por escrito sobre o término ou a suspensão. FLUXOGRAMA DE ANÁLISE DOS PROJETOS Pesquisador APÓS ANÁLISE CEP CEP Projeto Aprovado Projeto encaminhado ao CEP Avaliadores (1 ou 2) Reunião CEP Enfª Márcia Ferrer inicia-se a coleta de dados Projeto Pendente (1º) resolve-se a pendência, (2º) encaminha para o CEP, (3º) depois de aprovado inicia-se a pesquisa Aprovado Resposta do CEP Projeto Reprovado deverá ser reescrito Pendente Não Aprovado 15 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 CONEP Tempo de Emissão de um Parecer pelo CEP (regulamentar: 30 dias) É uma instância colegiada, de natureza consultiva, deliberativa, normativa, educativa, independente, multidisciplinar e vinculada ao CNS/MS. Resolução CNS 466/12; Composição da CONEP: - 15 titulares e 15 suplentes - Multiprofissional - Ambos os sexos - Representante de usuários - Membros selecionados a partir de indicações feitas pelo CEP - Cada CEP indica 2 nomes - 9 membros são eleitos pelo CNS - 6 membros são definidos por sorteio P.S: Mandato dos membros é de 4 anos. CONEP EXIGÊNCIAS CONEP FINALIDADE: Julgar e acompanhar os protocolos de pesquisa em áreas temáticas especiais: - Genética humana; - Reprodução humana; - Farmácos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos novos (fases I, II e III) ou não registrados no país (fase IV); - Novos equipamentos, insumos e dispositivos para a saúde, ou não registrados no país; Condições adequadas para a realização do projeto Condições de atendimento para as eventuais intercorrências de efeitos colaterais e adversos - Novos procedimentos ainda não consagrados na literatura; - Populações indígenas; - Projetos que envolvam biossegurança; - Pesquisas coordenadas do exterior ou com participação estrangeira e pesquisas que envolvam remessa de material biológico para o exterior; - Projetos que, a critério do CEP, sejam julgados merecedores de análise pela CONEP; CONEP - A CONEP coordena a rede de CEPs com os quais constitui o sistema CEPsCONEP. - CEPs cadastrados até maio/2010: 602 - Região Norte = 35 - Região Nordeste = 103 - Região Centro-Oeste = 39 - Região Sudeste = 314 - Região Sul = 111 - A CONEP reuni-se 11 vezes ao ano, mensalmente, de fevereiro a dezembro para análise dos projetos de pesquisa. CONEP - Compete à CONEP aprovar o protocolo no prazo de 60 dias de acordo com a Resolução 466/12. Após apreciação do protocolo a CONEP emitirá o seguinte parecer: Projeto aprovado Projeto com pendência: necessita modificações, que deverá ser atendida em 60 dias pelos pesquisadores, para apreciação final da CONEP; Projeto aprovado com recomendação: projeto aprovado, porém as recomendações devem ser acompanhadas pelo CEP, para posterior início da pesquisa. Projeto não aprovado - A relação da CONEP é direta com o pesquisador, a Instituição e o CEP. Nunca com o patrocinador (centro coordenador). Enfª Márcia Ferrer 16 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 ANVISA Tempo de Emissão de um Parecer pelo CONEP (regulamentar: 60 dias) ANVISA MISSÃO Foi criada pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999. É uma autarquia sob regime especial, ou seja, uma agência reguladora caracterizada pela independência administrativa, estabilidade de seus dirigentes durante o período de mandato e autonomia financeira. A gestão da ANVISA é responsabilidade de uma Diretoria Colegiada, composta por cinco membros. Na estrutura da Administração Pública Federal, está vinculada ao Ministério da Saúde ANVISA PESQUISAS CLÍNICAS A SEREM CONDUZIDAS NO BRASIL COM MEDICAMENTOS OU PRODUTOS PARA A SAÚDE PASSÍVEIS DE REGISTRO SANITÁRIO, NECESSITAM DE AUTORIZAÇÃO DA ANVISA “PROTEGER E PROMOVER A SAÚDE DA POPULAÇÃO GARANTINDO A SEGURANÇA SANITÁRIA DE PRODUTOS E SERVIÇOS E PARTICIPANDO DA CONSTRUÇÃO DE SEU ACESSO” O início da pesquisa somente poderá acontecer após o recebimento de todas as aprovações éticas pertinentes. Não cumprimento: infração sanitária. ATRIBUIÇÕES DE UM CENTRO DE PESQUISA Enfª Márcia Ferrer 17 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 O PATROCINADOR BUSCA.... 13/06/2014 RESULTADO QUE IMPORTA... - Alto potencial de inclusão de pacientes; - Pesquisador com experiência; - Líder de opinião; Obtenção de dados de qualidade, confiáveis e reprodutíveis... - Equipe treinada; - CEP capacitado; - Departamento jurídico eficiente; - Espaço físico compatível; - Instituição comprometida. FORMAÇÃO CENTRO DE PESQUISA • Equipe multidisciplinar; • Estrutura física; • Apoio Institucional; • Disponibilidade de tempo; • Capacidade de recrutamento; • Disponibilidade de tempo da equipe; • Número adequado de funcionários envolvidos no estudo; • Instalações adequadas; • Relação Centro x número de estudos; • Comitê de Ética em Pesquisa; CENTRO DE PESQUISA ESTRUTURA FÍSICA - Proteger o sujeito de pesquisa; - Captar recursos através de investimentos estrangeiros como, por exemplo, grandes indústrias farmacêuticas internacionais, universidades; - Incentivar e auxiliar o desenvolvimento de protocolos de iniciativa de pesquisadores locais e voltados às prioridades de saúde do país; • Salas adequadas e destinadas à pesquisa; • Salas específicas para o estudo – sala climatizada, testes específicos, ergometria, leito-dia, etc.; • Conforto para os sujeitos da pesquisa; • Comunicação com os sujeitos da pesquisa. - Incrementar a formação e capacitação de profissionais especializados em investigação clínica; - Facilitar aos pacientes, o acesso a novos medicamentos ou procedimentos diagnósticos, profiláticos; Enfª Márcia Ferrer 18 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 CENTRO DE PESQUISA • • • • • • • • Salas de repouso; Conforto para funcionários; Alimentação para sujeitos da pesquisa; Salas de espera; Salas para crianças dependendo do projeto; Segurança; Equipamentos de emergência; Retaguarda hospitalar (local ou em convênio); MONITORES • Salas apropriadas; • Acesso às informações da ficha clínica e prontuários; • Comunicação com investigadores. COLETA LABORATÓRIO • Central – Exames gerais; • Sempre que possível no Centro; • Exames específicos do estudo – no local ou terceirizado; • Sala adequada; • Na impossibilidade – treinamento adequado, padronizado, de preferência com os investigadores. • PADRONIZAÇÃO. MEDICAÇÃO • Local adequado para armazenamento; • Segurança; • Temperatura e umidade; • Acesso; • Identificação; • Responsáveis; • Refrigeração; • Gerador de energia elétrica; Enfª Márcia Ferrer DOCUMENTOS • Prontuário – disponível aos monitores e auditores; • Informações claras e completas; • Fichas clínicas: • Local adequado; • Segurança; • Acesso fácil; • Completas; • Arquivadas pelo tempo adequado. 19 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP • • • • • • • Dentro da Instituição; Em outra Instituição; Ágil; Reuniões mensais; Multiprofissional; Boa relação com os investigadores; Isenção. 13/06/2014 ESTRUTURA IC/DF O centro foi inaugurado em 01/10/2007; ~ 01 Enfª coordenadora do centro; 02 enfermeiros – Analista de Pesquisa; 01 auxiliar administrativo; 10 médicos envolvidos. ESTUDOS IC/DF • Mais de 300 pacientes incluídos; • 40 estudos cadastrados: 06 em andamento 30 encerrados 04 em processo regulatório BOAS PRÁTICAS CLÍNICAS GCP – Good clinical pratices “É um padrão de qualidade científica e ética internacional para o desenho, condução, realização, registro e relato de estudos clínicos envolvendo a participação de seres humanos” (http://en.wikipedia.org/wiki/Good_clinical_practice) “Trata-se de um padrão internacional de qualidade no que se refere ao desenho, implementação, registro e relato de pesquisas clínicas, visa assegurar: BOAS PRÁTICAS CLÍNICAS GCP PRINCÍPIOS GCP - Os ensaios clínicos devem ser conduzidos apenas se os benefícios antecipados para o indivíduo sujeito da pesquisa e para a sociedade ultrapassarem claramente os riscos envolvidos; - Embora o benefício dos resultados do ensaio clínico para a ciência e a sociedade sejam importantes e devem ser considerados, as considerações mais importantes são as relativas aos direitos, segurança e bem-estar dos sujeitos de pesquisa; - - Que os direitos, segurança, confidencialiade e bem estar dos sujeitos participantes de um estudo sejam protegidos; - Um ensaio clínico deve ser conduzido em consonância com o protocolo que recebeu aprovação/opinião favorável anteriormente por parte da comissão de revisão institucional (CRI)/comitê independente de ética (CEI); - - Que os dados e resultados relatados de um estudo apresentem credibilidade, exatidão e integridade” - A aprovação de ensaios clínicos depende de informações não-clínicas adequadas e, quando aplicável, de informações clínicas dos produtos em investigação. Enfª Márcia Ferrer 20 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 PRINCÍPIOS GCP - Os ensaios clínicos devem ser cientificamente sólidos e descritos protocolos claros e detalhados; - Deve-se obter o consentimento informado dado livremente por cada sujeito antes da participação nos ensaios clínicos; - Médicos qualificados (ou, se apropriado, dentistas qualificados) devem ser responsáveis pelo atendimento médico dos sujeitos da pesquisa, bem como para qualquer decisão médica tomada em seu nome; - Esses profissionais devem ser qualificados adequadamente por meio de educação, treinamento e experiência para desempenhar suas tarefas relativas ao ensaio clínico e aos sujeitos da pesquisa; PRINCÍPIOS GCP - O registro, o manuseio e o armazenamento de todas as informações do ensaio clínico devem ser apropriados para permitir o relato, a interpretação e a verificação precisa do Ensaio; - A privacidade dos registros que poderiam identificar os sujeitos deve ser protegida, respeitando a privacidade e as regras de privacidade, em consonância com a(s) exigências (s) regulatória(s) aplicável(is); - Os produtos em investigação devem ser manufaturados, manejados e armazenados de acordo com as boas práticas de fabricação (BPF) aplicáveis e devem ser usados em consonância com o protocolo aprovado; - Devem ser implementados sistemas com procedimentos que assegurem a qualidade de cada aspecto do ensaio clínico. CONTEÚDOS GCP BROCHURA DO INVESTIGADOR Conteúdo da Brochura para o Investigador Princípios do GCP: •Dados clínicos e não clínicos da droga em estudo, relevantes ao estudo •Comitê de Ética •Confidencial •Pesquisador •Resumo •Patrocinador •Propriedades físico-químicas, da formulação •Protocolo de Estudo •Estudos não clínicos •Brochura para o Investigador •Efeitos em humanos •Documentos essenciais •Dados de mercado É NECESSÁRIO LER ESSA BROCHURA PROTOCOLO DE PESQUISA SELEÇÃO DO CENTRO Informações gerais: Seleção do Centro •Dados prévios •Objetivo do estudo •Delineamento de todo estudo •Seleção e retirada precoce de pacientes •Tratamento •Avaliação da eficácia •Avaliação da segurança •Estatísticas •Acesso a documentos fonte •Procedimentos de controle e garantia de qualidade •Ética •Manuseio e manutenção dos dados •Orçamento e seguros para o paciente / instituição/Patrocinador •Política de publicação • Realização de um Estudo Clínico de acordo com o GCP • Pesquisador qualificado: – Curriculum Vitae – Experiência com a droga/doença – Experiência em GCP Enfª Márcia Ferrer •Permitir acesso aos dados •Recursos adequados: – Potencial para recrutamento de pacientes – Tempo suficiente para realizar o protocolo – Equipe qualificada – Área apropriada para pesquisa SEU CENTRO ESTÁ QUALIFICADO? 21 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 IMPLEMENTAÇÃO -Realização de um estudo clínico de acordo com o GCP -Treinamento com TODA a equipe envolvida -Estabelecer as atividades e responsabilidades da equipe Seguir os procedimentos do protocolo - O estudo deve ser conduzido conforme o protocolo aprovado - Alterações/desvios não devem ser implementados sem a aprovação por escrito do patrocinador e do CEP, a menos que o paciente esteja em risco de vida. - Procedimentos de randomização/quebra de código - Estipular prazos – inclusão e término do estudo O ESTUDO É PARA TESTAR UM NOVO PROCEDIMENTO QUE PODE OU NÃO SER MELHOR QUE O ATUAL GOLD-STANDARD O CENTRO ESTÁ TREINADO PARA INICIAR O ESTUDO? GCP Arquivo / Término do Estudo -Mantidos por pelo menos 5 anos após a última aprovação numa região ou até não haver nenhuma pendência nesta região ou por 5 anos após a descontinuação do projeto EVENTO ADVERSO E EVENTO ADVERSO SÉRIO - Avisar o CEP do término do estudo, bem como enviar relatórios anuais. EVENTO ADVERSO Qualquer nova ocorrência médica imprevista, ou piora de uma condição médica pré-existente no sujeito em investigação clínica, que recebeu um produto medicinal, e não tem necessariamente uma relação causal com este tratamento. Pode ser qualquer sinal desfavorável e não intencionado (inclusive um resultado laboratorial anormal), sintoma ou doença temporariamente associada com o uso de um produto medicinal sob investigação ou comercializado, seja ou não considerado relacionado a esse produto medicinal. EVENTO ADVERSO SÉRIO Evento Adverso Sério (SAE): ocorrência de qualquer dos eventos abaixo descritos, mesmo que não tenha relação com a droga em estudo (casualidade): - Resulte em morte Represente risco de morte Requeira hospitalização Prolongamento da hospitalização existente Resulte em incapacidade significativa ou persistente Promova anomalia congênita Provoque um evento clinicamente importante É NECESSÁRIO PENSAR SOBRE ESTE EVENTO. ELE PODE MODIFICAR A CIÊNCIA Enfª Márcia Ferrer 22 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 EVENTO ADVERSO SÉRIO RELATO EA APÓS TÉRMINO ESTUDO - Uma overdose é definida como a ingestão acidental ou intencional de qualquer dose de um produto que seja considerada excessiva e clinicamente importante. Para propósitos de relato, o patrocinador considera uma overdose, independentemente do resultado adverso, como um evento adverso sério. - Após assinatura do TCLE, todos os EAS deverão ser relatados ao patrocinador imediatamente (em até 24 horas) - O relato imediato deve ser seguido de relatório por escrito e com todos os detalhes necessários A coleta de informações de segurança após o final da administração do produto sob investigação é importante para identificar possível toxicidade retardada ou efeito de retirada. Nos estudos, todos os EAS devem ser coletados se ocorrerem dentro dos 30 dias posteriores à descontinuação da droga ou após a última administração da dose ou da útima visita do estudo, o que ocorrer por último O Investigador deve notificar ao patrocinador de qualquer EAS que possa ocorrer após esse período de tempo e que ele acredite estar certamente, provavelmente ou possivelmente relacionado ao produto sob investigação. - Se ocorrer morte durante o estudo, o investigador deve fornecer todos os detalhes adicionais requisitados pelo patrocinador e pelo CEP (ex. autópsia). RELATO A seguinte informação deve ser capturada para todos os EAS - Data e hora do início e da resolução, - Gravidade do evento (veja definições), - Relação do evento com o produto sob investigação (veja definições), - Tratamento necessário para o EA, - Causa do evento (se conhecida), e - Informação a respeito da resolução/resultado. GRAVIDADE PRAZO PARA RELATO - EAS devem ser relatados ao patrocinador em 24 horas após conhecimento da equipe - O patrocinador tem a obrigação de relatar ao FDA e a todos investigadores os EAS nos seguintes tempos: Morte ou Ameaça à vida- 7 dias úteis Demais EAS - 15 dias úteis RELAÇÃO COM A DROGA EM ESTUDO PODE SER CLASSIFICADO EM: Leve - Facilmente tolerado Moderado - Desconforto que interfere com as atividades habituais Grave - Impossibilita as atividades habituais Relacionada com a droga - O paciente melhora com a retirada e recai com a reintrodução. Provavelmente relacionada - O paciente melhora com a retirada, não é necessário a prova de reintrodução. Possivelmente relacionada - O critério de melhora com a retirada não é claro ou não está disponível Não relacionada – o sinal/sintoma não está relacionado com a droga. Ex: fratura por queda. Enfª Márcia Ferrer 23 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 ACOMPANHAMENTO EA IMPORTANTE - Os EAs devem ser acompanhados até a resolução ou estabilização, e relatados como SAEs se eles se tornarem sérios. - Aplica-se a pacientes com EAs que levem a interrupção ou descontinuação do produto sob investigação, ou àqueles com EAs ao final de sua participação no estudo; tais pacientes devem receber acompanhamento pós-tratamento, como apropriado. - Se um EA em curso alterar sua gravidade ou sua relação com a droga do estudo, completar um novo relato de EA. Avaliar o relato somente com o Protocolo em mãos Analisar os relatos e seu seguimento Avaliar o histórico do produto Verificar o parecer do pesquisador IMPORTANTE OBJETIVO SEMPRE!!!! Avaliar a relação do evento com o produto em investigação e com o estudo conduzido pelo Centro Segurança Verificar os relatórios do Centro e avaliar a situação dos pacientes X Ações do Centro X Ações Patrocinador Benefícios Respeito/dignidade Melhora da qualidade de vida Cura e/ou prevenção de doenças... BUROCRACIA x SEGURANÇA E EFETIVIDADE DAS AÇÕES Sujeito de pesquisa DEFINIÇÃO CONTRATO DE PESQUISA CLÍNICA Enfª Márcia Ferrer Um acordo escrito, datado e assinado, entre as três partes que estabelece qualquer acordo sobre delegação e distribuição de tarefas e obrigações, incluindo assuntos financeiros, se aplicável. O protocolo pode servir como base para um contrato. 24 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 ASPECTOS FINANCEIROS 13/06/2014 PARTES INTERESSADAS NO ORÇAMENTO DO ESTUDO - Os aspectos financeiros da pesquisa devem ser documentados em um acordo entre o patrocinador e o pesquisador/instituição. - O acordo deve incluir evidência da aceitação/envolvimento da instituição/administração do hospital quanto à oferta de instalações e serviços, bem como ao pagamento proposto do Patrocinador. PATROCINADOR CRO INSTITUIÇÃO SERVIÇOS 3ºs PI - Os pesquisadores devem revelar interesses financeiros conforme solicitado pelo CEP, patrocinadores, autoridades governamentais e editores de periódicos. A revelação pode ser exigida antes e depois da pesquisa e envolve os cônjuges e os filhos dependentes dos pesquisadores. VOLUNTÁRIO HAMMES LS ETAPAS DA APROVAÇÃO DE UM ORÇAMENTO DE ESTUDO Proposta de orçamento Características básicas PROPOSTA • Deve ser clara AVALIAÇÃO • Planilhas preferencialmente • Detalhamento de procedimentos e exames por consulta NEGOCIAÇÃO • Detalhamento de procedimentos e exames por demanda • Indicação de moeda utilizada. CONTRATAÇÃO HAMMES LS Proposta de orçamento O orçamento cobre? • • • • Startup fee (reembolso de pacientes / exames terceiros); Preparação do dossiê CEP; Falha de screening; Reembolso de pacientes para exames interconsultas. RECEITA Taxa de Submissão CEP Screening Visita 1 Visita 2 Visita 3 Valor unitário Quantidade Subtotal R$ 2.500,00 1 R$ 2.500,00 R$ 750,00 24 R$ 18.000,00 R$ 650,00 20 R$ 13.000,00 R$ 650,00 20 R$ 13.000,00 R$ 720,00 20 R$ 14.400,00 R$ 58.400,00 HAMMES LS Enfª Márcia Ferrer 25 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 DESPESAS DESPESAS GERAIS Taxa de Submissão CEP Fundo de Pesquisa (Overhead) Divulgação Arquivo MENSAIS Coordenação (administrativo) Admin Financeiro Contábil Consultório Sala coordenação Consumíveis Farmácia Internet Assinatura Telefone Água e Luz Subtotal R$ 2.000,00 15% R$ 8.760,00 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 14.760,00 Valor unitário (mensal) Quantidade (meses) Subtotal R$ 400,00 12 R$ 4.800,00 R$ 75,00 12 R$ 900,00 R$ 100,00 12 R$ 1.200,00 R$ 200,00 12 R$ 2.400,00 R$ 50,00 12 R$ 600,00 R$ 50,00 12 R$ 600,00 R$ 50,00 12 R$ 600,00 R$ 50,00 12 R$ 600,00 R$ 30,00 12 R$ 360,00 R$ 12.060,00 HAMMES LS HAMMES LS DESPESAS DESPESAS POR CONSULTA Consulta Médica Coordenação visita Coordenação CRF Coleta de amostra Exame local Reembolso voluntário Número de pacientes Subtotal Screening Visita 1 Visita 2 Visita 3 R$ 250,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 200,00 R$ 50,00 R$ 40,00 R$ 40,00 R$ 40,00 R$ 75,00 R$ 60,00 R$ 60,00 R$ 60,00 R$ 20,00 Lembrar de outras potenciais despesas • • • • R$ 20,00 R$ 14,00 R$ 40,00 R$ 40,00 R$ 40,00 R$ 40,00 24 20 20 20 R$ 10.776,00 R$ 6.800,00 R$ 6.800,00 R$ 7.200,00 HAMMES LS R$ 31.576,00 custos de infusão de medicamentos, taxas de sala armazenamento de amostras, reembolso de GRU HAMMES LS Exemplo dos principais custos não compensados para o PI SUMÁRIO RECEITA DESPESAS GERAIS DESPESAS MENSAIS DESPESAS POR CONSULTA RESULTADO 58.400,00 -14.760,00 -12.060,00 -31.576,00 4,00 Atividades do PI Custos não compensados Supervisão do estudo $ 1.733 Meeting $ 1.541 Revisão de CRF $ 963 Visita de iniciação $ 578 Evento adverso $ 482 Monitorias $ 433 TOTAL $ 5.730 Estudo de 18 meses com 10 pacientes Fonte: Thomson CenterWatch analysis, 2005 HAMMES LS Enfª Márcia Ferrer HAMMES LS 26 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Proposta de orçamento Quando receber? • Alguns estudos atrelam o pagamento à visita do monitor; 13/06/2014 Proposta de orçamento O orçamento cobre? • Itens que são difícies de considerar: • • • • • • • Alguns estudos só realizam o pagamento final (1020% do orçamento) após o banco de dados estar finalizado e todas as queries respondidas . HAMMES LS Internação; Relato de evento adverso; Emendas; Re-consentimento; Visitas de monitoria não-planejadas; Auditorias do patrocinador. HAMMES LS Distribuição dos gastos do site Fonte: Thomson CenterWatch survey, 2004 HAMMES LS PORTARIA IAC 153/1001 DE 26.07.2005 - ANAC As pessoas jurídicas envolvidas com expedição, transporte, manuseio, movimentação e armazenagem de artigos perigosos, deverão possuir empregados habilitados no trato com artigos perigosos, devendo ter o certificado do curso de carga perigosa e reciclar-se de 2 em 2 anos. TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO Enfª Márcia Ferrer 27 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 RESPONSABILIDADES DO REMETENTE CLASSIFICAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS INFECCIOSAS • Classificar o embarque – perigoso ou não; (UN 2814/UN 2900, UN 3373) • Identificar a classe correta, nome próprio para embarque, número UN, etc; • Embalar a carga de maneira correta; CATEGORIA A: Infectantes – Durante o transporte ocorrer exposição direta = Incapacidade permanente, doença fatal ou risco de morte a pessoas (UN 2814) e animais (UN 2900); • Etiquetar e marcar o embarque de regulamento (Declaração de Artigo) ; • Providenciar embarque; a documentação original acordo com pertinente o CATEGORIA B: Infectante sem critério para A (UN 3373); ao SUBSTÂNCIAS BIOLÓGICAS CATEGORIA B PASSAGEIRO X TRANSPORTE AÉREO DE SUBSTÂNCIAS BIOLÓGICAS Todo e qualquer material humano, ou animal, incluindo, mas não se limitando, a excreções, secreções, sangue e seus componentes, tecidos e fluidos de tecidos, sendo transportado para propósito de diagnóstico ou investigação (excluindo animais infectados); Nome para transporte: UN 3373 – Biological Substance, Category B” IMPORTANTE ! Substâncias Infecciosas ( Categorias A e B) não são permitidos para transporte de bagagem de mão ou bagagem despachada de passageiros! EMBALAGEM 2005 a IATA ( International Air Transport Association) estabeleceu algumas mudanças e novas exigências quando do envio de Material Biológico classificados como Espécimes para Diagnóstico (Diagnostic Specimens): Couriers e Cias Aéreas só podem transportar este material se 1. A embalagem primária deve ser a prova de vazamento e não deve conter mais do que 1 litro, a secundaria não poderá ter mais do que 4 litros; 2. Os frascos devem estar vedados e com proteção interna antichoque, envolvidos em material absorvente (caso seja líquido); os mesmos estiverem embalados apropriadamente e se forem despachados como carga aérea. Se gelo seco não lacrar a caixa ( ruptura -Co2). Enfª Márcia Ferrer 28 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 EMBALAGEM 3. Entre o frasco principal e o secundário (ex: frasco plástico com tampa), deve ser utilizado material absorvente (algodão, papel toalha, etc.); 4. Na última embalagem (que deve ser rígida), deverá exibir de forma clara um losango com um ângulo de 45° com (UN3373); 5. No caso de substâncias biológicas da categoria B – “ Biological substance, category B” ; CATEGORIA B AUDITORIA CATEGORIA A OBJETIVOS Certificar a qualidade da condução TIPOS DE AUDITORIAS do estudo pelo investigador/centro; CEP Determinar a validade e integridade dos dados; Assegurar a aderência ao protocolo, GCP, POP´s • Rotina • Causa Específica e regulamentações; Assegurar que os direitos envolvidos estão protegidos; e segurança dos sujeitos REGULATÓRIOS • Causa Específica PATROCINADOR Enfª Márcia Ferrer RELACIONADA: ÓRGÃOS • Rotina • Causa Específica - AO ESTUDO; AO INVESTIGADOR AUDITORIA CONTRATADA 29 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA QUANDO UM CENTRO É AUDITADO? Denuncias ao CEP; Garantia de Qualidade; Numero significativo de violações ao protocolo; Rápida inclusão de pacientes; Aviso Prévio; Entrevista com Investigador Principal; Mudanças frequentes na equipe do estudo; Reconhecimento da área física; Centros novos; Revisão dos documentos regulatórios; Notificação do patrocinador ao FDA; Suspeita de violação dos direitos de sujeitos envolvidos; Revisão de todos os TCLE; Alta publicidade na mídia a respeito do estudo e Investigador; Contabilidade de medicamento; Investigador com um grande numero de estudos, ou com estudo Revisão de DF e CRF; fora de sua área de especialidade; PREPARAÇÃO PARA AUDITORIA A melhor preparação para uma auditoria é seguir as Boas Práticas Clínicas (GCP) desde o início do estudo. Isto significará uma auditoria sem estresse e sem achados. Preparação do Centro: Espaço para revisão de documentos local tranqüilo; Organização de todo material do estudo; Reunião de toda equipe para que se fale a mesma linguagem; Disponibilidade de todo pessoal da equipe durante todo o tempo – 2 dias; REVISÃO DOS DOCUMENTOS ESSENCIAIS CRFs: organizados e monitorados; Documentos Fonte: organizados e monitorados; TCLEs: versões, data, aprovações, assinaturas; Protocolos: versões, datas e aprovações; Emendas: versões, datas e aprovações; Brochuras: versões e ciência; Valores normais de laboratório –anual/modificações; Certificados de validação do laboratório –anual; CVs do investigador e sub-investigadores, resumidos , datados Nome do CEP; Lista de membros, nome do presidente, e período de validade; Documentos de autoridades regulatórias superior ao CEP; Pareceres referentes aos documentos submetidos pelo investigador ao CEP; Todo documento submetido ao CEP deve ser identificado com a versão e/ou data, que devem constar do parecer do CEP; Qualquer outro documento que necessite parecer ou ciência do CEP. assinados e atualizados. Enfª Márcia Ferrer 30 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 DIA “D” - DOCUMENTOS AUDITORIA DOS DOCUMENTOS: PRINCIPAIS ACHADOS - Inadequada obtenção do TCLE. - Falhas no seguimento do protocolo. - Documentos regulatório–100% - Anotações inadequadas e incorretas. - TCLE –100% - Contabilidade do medicamento incorreta. - Contabilidade de medicamentos –100% - Dados incorretos (versões/datas) Documento –CEP. - CRF´s e Documentos Fonte –100% - Falha na documentação e na capacitação da equipe do estudo. CONSEQUÊNCIAS Interrupção do estudo no centro; Desqualificação do Investigador – FDA/CFR21 312.70; Lista Negra – Inelegível; Lista Cinza - Com restrição; PARA LEMBRAR - Os Coordenadores de estudos devem entender do processo de auditoria e saber como se preparar; - As conseqüências podem ser graves; - A equipe do estudo deve ser treinada e qualificada para condução da pesquisa. - A melhor preparação para uma auditoria é realizar o estudo corretamente. DROGA EM ESTUDO O Investigador Principal e sua equipe (devidamente delegada) devem: Garantir que o recebimento, armazenamento, controle, manuseio, dispensação e devolução das drogas investigacionais de um estudo estejam de acordo com o GERENCIAMENTO DE DROGAS E SUPRIMENTOS Enfª Márcia Ferrer protocolo e as normas de Boas Praticas Clínicas (GCP). 31 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 RESPONSABILIDADES DO CENTRO - Contabilização da droga; - Manter os registros de recebimento dos produtos no centro de estudo; - Manter organizado o inventário de todos os produtos sob investigação; - Manter o registro o uso do produto por cada paciente no e o retorno do produto ao patrocinador ou para outra destinação especificada para produtos não utilizados. 13/06/2014 - Os investigadores devem manter registros que documentem adequadamente que os pacientes receberam as doses especificadas pelo protocolo; - O produto sob investigação deve ser armazenado conforme especificado no protocolo e de acordo com as exigências regulatórias vigentes; - Deve-se checar periodicamente, em intervalos apropriados ao estudo em questão, se cada paciente está seguindo as instruções corretamente; - Estes registros devem conter datas, quantidades, número de série, lote, data de validade (caso apropriado) e o código exclusivo designado para cada produto e pacientes no estudo. PROCEDIMENTOS DE ARMAZENAMENTO - A sala de medicamentos deve ser de acesso restrito e permaneçer trancada; - A droga de estudo deverá ser guardada em armários individuais para cada protocolo, trancados e adequadamente identificados; - Verificar periodicamente as condições de temperatura e umidade do local (ambiente, refrigerador e/ou freezer) onde estará disposta a droga de estudo e adequar estas condições às exigências do protocolo; - Elaborar uma planilha para o registro das verificações periódicas de temperatura e umidade do ambiente; Enfª Márcia Ferrer 32 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 RESPONSABILIDADES DO PATROCINADOR - Garantir a entrega com antecedência do(s) produto(s) sob investigação ao(s) investigador(es); SUPRIMENTOS Material enviado pelo Patrocinador para condução do estudo, tais como: - Kits de coleta; - Manter registros que documentem o embarque, recebimento, destinação, retorno e destruição de produto(s) em investigação; - Tomar providências para garantir que o produto sob investigação permaneça estável durante o período de utilização; - O patrocinador deve instruir quanto ao recebimento seguro e adequado de produtos sob investigação, seu manuseio, armazenamento, prescrição, coleta do produto não utilizado pelo paciente, e devolução do(s) produto(s) em investigação não utilizado(s) ao patrocinador; - Caixas de transporte de material biológico; - Frascos para urina; - Testes de gravidez e preservativos; - Papel para impressora de equipamento do estudo; - Crioboxes; - Pipetas; - Gel wraps; - Material infomativo para paciente; RESPONSABILIDADES QUANTO AOS SUPRIMENTOS - Recepção, conferência, manuseio e armazenagem do material; - Separação, conferência, identificação de todo material recebido; - Preparação e acompanhamento no processo de descarte dos materiais vencidos; - Elaboração de memorando, informando ao patrocinador a quantidade data e o processo de descarte; METODOLOGIA CIENTÍFICA - Solicitação de novos materiais em tempo hábil e em formulário próprio; Enfª MsC Márcia Ferrér PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PESQUISA Os cursos de PG Lato Sensu são voltados para o nível de especialização, mais direcionados à área profissional, de mercado, e com caráter de educação continuada. Então, por que tenho que estudar METODOLOGIA CIENTÍFICA??? Enfª Márcia Ferrer 33 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 MONOGRAFIA Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina, módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador. CIÊNCIA Enfª Márcia Ferrer 34 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 PESQUISA - Não é fácil fazer pesquisa! - Necessita de: – persistência – dedicação ao trabalho – conhecimento do método – disciplina – organização PESQUISA ATENÇÃO!!!! - Exige: – imaginação SEM PROJETO = SEM pesquisa – criatividade O projeto é quase que 50% da pesquisa – iniciativa – originalidade – humildade – individualidade Enfª Márcia Ferrer 35 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 INTERNET A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-se de uma rede mundial de comunicação via computador, onde as informações são trocadas livremente entre todos. 214 INTERNET INTERNET • Sem dúvida, a Internet representa uma revolução no que concerne à troca de informação. • A partir dela, todos podem informar a todos. • Mas, se ela pode facilitar a busca e a coleta de dados, ao mesmo tempo oferece alguns perigos. • Na realidade, as informações passadas por essa rede não têm critérios de manutenção de qualidade da informação. • Qualquer um pode colocar sua "Homepage" (ou sua Página) na rede. • Vamos supor que um indivíduo coloque sua página na "net" e o objetivo desta página seja falar sobre a História do Brasil: ele pode perfeitamente, sem que ninguém o impeça, dizer que o Brasil foi descoberto "por José da Silva, no ano de 1237". • Sendo assim, devemos levar em conta que toda e qualquer informação colhida na Internet deverá ser confirmada antes de divulgada. • DEVEMOS SEMPRE ACESSAR PÁGINAS CONFIÁVEIS! 215 Enfª Márcia Ferrer 216 36 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 INTERNET Elaborar perguntas simples como: - Quem é o autor desta informação? - Em que data foi publicada? - A informação é factual? - A informação resulta da opinião pessoal de alguém? - Que garantias são dadas de que posso confiar nesta informação? INTERNET 13/06/2014 INTERNET - O conteúdo é fidedigno? - A origem do conteúdo é conhecida? - A informação não contém erros? - Os textos e mensagens são claros e cientificamente corretos? - Inclui informação acerca da última atualização? INTERNET INTERNET Enfª Márcia Ferrer 37 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 38 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 39 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 40 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 41 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 42 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 43 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 44 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 AULAS COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA - Pesquisa Clínica - Metodologia científica - Como elaborar um projeto de pesquisa Enfª MsC Márcia Ferrér - Ética em pesquisa Projeto de Pesquisa Enfª Márcia Ferrer O que? Objetivo Porque? Justificativa Como? Metodologia 45 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 EXEMPLOS CACÓFATOS: "Entrega-se uma laranja por cada". "Tirei o chiclete da boca dela". "Esse é um trabalho tão sujo quanto marcar gado". "Vou-me já" que já "tá pingando". "É só capim canela“. Enfª Márcia Ferrer 46 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 Levantamento ou Revisão de Literatura Sugestões para o Levantamento de Literatura - Localização e obtenção de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa. - Deverão ser levados em conta: livros da área do tema, bem como, artigos / monografias / dissertações / teses recentes sobre o que está sendo estudado. 277 - LOCAIS DE COLETA: - Determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados. - Pesquisadores (pesquisar e-mails de quem já trabalhou com o assunto) 278 Organização - Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa. - O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis: a - Nível geral do tema a ser tratado. Relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto. b - Nível específico a ser tratado. Relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado. 279 Enfª Márcia Ferrer 47 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 Justificativa É o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese levantada são de suma importância de ser comprovada. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade de se levar a efeito tal empreendimento. 286 Enfª Márcia Ferrer 48 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 Objetivos Uma regra para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o verbo no infinitivo: Exemplos: Esclarecer; Definir; Procurar; Permitir Demonstrar; Quantificar; Realizar; 290 METODOLOGIA METODOLOGIA A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa; Instrumental utilizado (questionário, entrevista etc); Tempo previsto para realização; Equipe de pesquisadores e a divisão do trabalho; Formas de tabulação e tratamento dos dados; RESUMINDO: tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. 291 Enfª Márcia Ferrer 292 49 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 MÉTODO MÉTODO 1 . Delineamento do estudo: 2 . Local do estudo: Trata-se de um estudo experimental, de intervenção do tipo ensaio clínico randomizado, duplo cego e com delineamento paralelo, onde os indivíduos foram alocados em diferentes grupos em um mesmo momento. O ensaio contou com a participação de indivíduos selecionados por meio de um cadastro de sujeitos vinculados e participantes de protocolos de pesquisa no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), onde os grupos intervenção e controle foram randomizados e acompanhados. Nos ensaios clínicos, o investigador aplica uma intervenção e observa os seus efeitos sobre os desfechos. A principal vantagem de um ensaio clínico em relação a um estudo observacional é sua capacidade de demonstrar causalidade. Isso decorre, em especial, da alocação aleatória da intervenção, que pode eliminar a influência de variáveis confundidoras, e do cegamento, que pode eliminar a possibilidade de os efeitos observados serem explicados por diferenças no uso de co-intervenções nos grupos de tratamento e controle ou por vieses na mensuração ou adjudicação dos desfechos (HULLEY et al., 2008; PEREIRA, 2008). O estudo foi realizado no ICDF, hospital terciário e de referência nacional em alta complexidade, administrado pela Fundação Universitária de Cardiologia (FUC). O ICDF está localizado na região Centro-Oeste, na cidade de Brasília, Distrito Federal (DF), e foi inaugurado em Abril de 2009. Acumula funções na pesquisa e no ensino, além do atendimento médico a toda a comunidade, abrangendo o Sistema Único de Saúde (SUS) e convênios (ICDF, 2013). É o único hospital do DF credenciado para realizar transplantes de coração, como também de fígado, rim e pulmão. O ICDF dispõe de um quadro de 520 funcionários prestando todos os tipos de serviços relacionados à cardiologia, tais como: consultas médicas, atendimentos de emergência 24 horas, enfermagem, fisioterapia, nutrição, psicologia, assistência social, exames ecocardiográficos, radiológicos, laboratoriais, mapa, holter, tilttest, procedimentos de hemodinâmica e eletrofisiologia, implante de marcapasso, cirurgias cardíacas em adultos e crianças, inclusive neonatos. Atualmente, o hospital possui três salas cirúrgicas, duas salas de hemodinâmica e 120 leitos distribuídos nos seguintes setores: internação, unidade de terapia intensiva (UTI) adulto e pediátrica, hemodinâmica e pronto socorro. São realizadas, em média, 70 cirurgias por mês (MV, 2013). O público alvo da instituição é a população do DF e das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, portadoras de coronariopatias, cardiopatias congênitas, valvulopatias, arritmias cardíacas, entre outras doenças cardiovasculares. Em 2012 realizou 63.708 atendimentos em todas as áreas, sendo a média diária de 174 (MV, 2013). O Centro de Pesquisa Clínica da instituição iniciou as atividades em Outubro de 2007. Presentemente, é composto por equipe multiprofissional de saúde, com a participação de três enfermeiras, um auxiliar administrativo e oito médicos MÉTODO MÉTODO 3 . Caracterização da amostra: 4 . Tamanho da amostra: A população do estudo foi composta por pacientes que participam de protocolos de pesquisa clínica no ICDF. Em Dezembro de 2011 havia cerca de 450 voluntários alocados em protocolos cardiológicos e neurológicos em uso de produto investigacional. Os pacientes que voluntariamente participam dos protocolos de pesquisa são provenientes do próprio hospital e são randomizados de acordo com os critérios de inclusão de cada protocolo. O tamanho da amostra ficou calculado em pelo menos 21 observações em cada grupo, ou seja, Grupo Intervenção (GI) e Grupo Controle (GC), totalizando 42. Como margem de segurança, devido à possível perda de contato com os pacientes ao longo do estudo e outras possiblidades, foram incluídos 50 pacientes, sendo 25 para o GC e 25 para o GI, sendo a razão de alocação de 1:1. Para o cálculo do tamanho amostral foi considerado: 1) Teste Mann Whitney para amostras independentes; 2) Dois grupos; 3) Erro do tipo I = 5%; 4) Erro do tipo II = 20%; 5) Poder do teste estatístico = 80% (1 - erro do tipo II); 6) Tamanho do efeito = 90%. Este cálculo foi realizado com auxílio do software G*Power 3 versão para Mac OS X. O tratamento estatístico foi realizado por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão17 para Mac OS X. MÉTODO 5. Critérios de inclusão e exclusão: A seleção dos voluntários para participar da pesquisa se fez considerando-se critérios de inclusão previamente definidos, quais sejam: a) pacientes de ambos os sexos; b) idade igual ou superior a 18 anos; c) alfabetizados; d) participantes de protocolos de pesquisa clínica, com metodologia semelhante e que estivessem em curso no ICDF; e) que fizessem uso de comprimido(s) investigacional(is) diariamente; f) e que aceitassem participar da pesquisa perante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice A). - Foram excluídos aqueles que não atenderam algum critério de inclusão ou que se recusassem a participar da pesquisa. Enfª Márcia Ferrer MÉTODO 5. Procedimento da coleta de dados: - Descrever como foram coletados os dados detalhadamente; 6. Análise dos dados: 7. Aspectos éticos: O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do ICDF, onde o estudo foi desenvolvido, em 23 de Fevereiro de 2012 mediante protocolo de registro sob nº 91/2012 (Apêndice A). Esta aprovação se faz necessária com base na Resolução do Conselho Nacional de Saúde n. 466, de Dezembro 2012 e n. 251 de 07/08/97, que trata das diretrizes e das normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. O trabalho não envolveu nenhum risco aos pacientes e os procedimentos respeitaram o constante na declaração de Helsinki. 50 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 HIPÓTESE Um médico examinando uma pessoa O paciente fala que a garganta dói, ou que escuta zumbido no ouvido. 13/06/2014 HIPÓTESE A partir de hipóteses, o pesquisador deduz uma série de maneiras empíricas para testá-las (suposições). Um médico examinando uma pessoa “Se este paciente está com infecção (HIPÓTESE), Fazendo uso das teorias da fisiologia e patologia humana, o médico irá concentrar sua investigação em certas observações e exames específicos. pensa o médico, ele estará com febre” (SUPOSIÇÃO) Ao decidir por esses procedimentos o médico estará concebendo HIPÓTESES. QUALITATIVO COMO FAZER A COLETA? COMO ANALISAR OS DADOS? Enfª Márcia Ferrer Entrevistas semi-estruturadas ou abertas História Oral História de Vida Observação Participante Grupo Foco Análise de Conteúdo 51 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 IDENTIFICAR O MÉTODO QUANTITATIVO COMO FAZER A COLETA?: COMO ANALISAR OS DADOS?: Testes, Escalas Questionários estruturados Formulários estruturados Observação controlada 13/06/2014 REVISÃO LITERATURA • Definir o objetivo de maior originalidade • Contribuir na definição do protocolo da pesquisa • Fornece ideias para metodologia de análise dos dados • Preparo para contextualização dos seus resultados • Criação do banco de referências • Familiariza o pesquisador com o tema estudado • Familiariza o leitor da tese com o tema estudado Estatística Ensaio Clínico RANDOMIZAÇÃO: - Alocação aleatória para a formação dos grupos; “Estudo controlado, pré-planejado, sobre a segurança, eficácia ou dose ótima de um fármaco de ação terapêutica ou - Dar a mesma oportunidade do indivíduo entrar no grupo A ou B; profilática, ou de técnicas em seres humanos, selecionados de CEGAMENTO: acordo com critérios de elegibilidade pré-determinados, - Cancela a associação ao efeito biológico da intervenção; - Participantes do estudo não saibam em que grupo foram alocados = CEGO - Participantes + membros da equipe não saibam em que grupo foram alocados = DUPLO-CEGO - Medida de proteção aos viéses; observando evidências pré-definidas de efeitos favoráveis ou desfavoráveis.” Enfª Márcia Ferrer 52 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 ESTUDOS TRANSVERSAIS Todas as medições são feitas em um único momento; Não há período de seguimento; Característica: Seleção de uma amostra da população; Mede a presença ou ausência de fator de risco/doença; Critério: Ter doença Condição clínica Não ter doença Condição clínica CAUSA EFEITO SIMULTANEAMENTE Exemplo: Obesidade Infantil Enfª Márcia Ferrer x nº horas de TV 53 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 COLETA DE DADOS QUESTIONÁRIO • O questionário, numa pesquisa, é um instrumento ou programa de coleta de dados. - É uma tarefa cansativa; - Em geral, toma mais tempo do que se espera; • Se sua confecção é feita pelo pesquisador, seu preenchimento é realizado pelo informante. Exige do pesquisador: - Paciência; - Perseverança; - Esforço pessoal; - Cuidados com o registro dos dados; - Bom preparo anterior (Plano de Coleta de Dados). • A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta para que o respondente compreenda com clareza o que está sendo perguntado. • Não é recomendado o uso de gírias, a não ser que se faça necessário pelas características de linguagem do grupo (grupo de surfistas, por exemplo) 320 QUESTÕES A SEREM ABORDADAS - Formulário de itens sim-não, certo-errado e verdadeiro-falso; Ex.: Trabalha? ( ) Sim ( ) - Formulário de múltipla escolha; Não - Respostas livres, abertas ou curtas; Ex.: Renda Familiar: ( ) Menos de 1 salário mínimo ( ) 1 a 3 salários mínimos ( ) 4 a 6 salários mínimos ( ) 7 a 11 salários mínimos ( ) Mais de 11 salários mínimos - Questões mistas. Ex.: Bairro onde mora: ______________________________ Ex.: Quem financia seus estudos? ( ) Pai ou mãe ( ) Outro parente ( ) Outra pessoa ( ) O próprio aluno Outro: __________________________________ 321 322 ENTREVISTAS - Relatório - Observações iniciais: - É necessário ter um plano para a entrevista para que no momento em que ela esteja sendo realizada, as informações necessárias não deixem de ser colhidas. - As entrevistas podem ter o caráter exploratório ou ser de coleta de informações. Se a de caráter exploratório é relativamente estruturada, a de coleta de informações é altamente estruturada. Mesmo tendo gravado procure fazer um relatório o mais cedo possível. Destaque os pontos principais da entrevista. - Quem deve ser entrevistado Procure selecionar pessoas que realmente têm o conhecimento necessário para satisfazer suas necessidades de informação 323 Enfª Márcia Ferrer 324 54 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 COMO ESCOLHER UMA REFERÊNCIA? a) o título da obra, como forma de esclarecer o assunto e a intenção do autor; 13/06/2014 CONCLUSÃO ANÁLISE DOS RESULTADOS - Sintetizar os resultados obtidos; - Evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo; b) a data da publicação, a fim de termos uma idéia da atualização do texto, e da sua aceitação (através do número de edições), exceto no caso de obras consideradas clássicas; c) a ficha catalográfica, geralmente situada na segunda página do livro, e contendo informações sobre as qualificações do autor; - Indicar as limitações e as reconsiderações; - Apontar a relação entre fatos verificados e teoria; - Contribuição da pesquisa para o meio acadêmico, empresarial ou desenvolvimento da ciência e tecnologia d) o índice ou sumário, para se ter uma idéia sobre a organização da obra, sua divisão e tópicos abordados; e) a introdução ou prefácio, procurando determinar os objetivos do autor e a metodologia empregada na obra; f) a bibliografia, visando conhecer as obras consultadas e indicadas pelo autor. Pré-projeto DEVE CONTER: 1 - Título da Pesquisa 2 - Introdução 3 - Problema / Justificativa 4 - Objetivos 5 - Revisão de Literatura 6 - Metodologia 7 - Cronograma 8 - Referências Pré-projeto 1) CRONOGRAMA: É a previsão do tempo que será gasto na realização do trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho. Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres, trimestres etc.. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados por cada pesquisador. OBSERVAÇÃO O documento final do Projeto de Pesquisa deve conter: - Capa (obrigatório); - Folha de Rosto (obrigatório); - Sumário (obrigatório); -Texto do projeto (obrigatório); - Referências (obrigatório); - Anexos: Instrumentos de Coletas de Dados (se houver) 330 Enfª Márcia Ferrer 55 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 Exercício – Pré-projeto • Tema • Eu estou estudando______ OBRIGADA !! • Questão • porque quero descobrir/inventar como ______ • Motivação (ter uma revisão de literatura – usar a resenha) • para entender/explicar como________ [email protected] • Problemas práticos x problemas de pesquisa • uso da literatura 331 Instituto de Cardiologia do DF SUBMISSÃO TRABALHOS CIENTÍFICOS Pós-graduação Enfermagem em Cardiologia • Toda pesquisa que envolva seres humanos, deve ser submetida ao CEP (comitê de ética em pesquisa) do IC/DF ou de outra instituição; • As instituições nas quais se realizem pesquisas envolvendo seres humanos deverão constituir um ou mais de um CEP, conforme suas necessidades; • Na impossibilidade de se constituir CEP, a instituição ou o pesquisador responsável deverá submeter o projeto à apreciação do CEP de outra instituição, após indicação da CONEP. Enfª Márcia F. M. Laureano Mestre em enfermagem UnB Junho/2014 CEP • A reunião ocorre sempre na 2ª quinta-feira de cada mês; • A submissão deve ser feita até o dia 10 de cada mês; • Entregar uma via do trabalho no setor de comissão científica (antes da submissão ao CEP); • Após avaliação da comissão científica, entregar 1 via do trabalho + CD no CEP/ICDF para avaliação ética. OS PROJETOS DEVEM ENQUADRAR-SE EM: - Aprovados - Com pendência (necessita modificações/até 30 dias) -Retirado (quando transcorrido o prazo. O protocolo permanece pendente) - Não aprovado NORMAS IC/DF Enfª Márcia Ferrer 56 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 • Todo projeto de pesquisa com seres humanos terá que ter sua Folha de Rosto preenchida online e depois deverá ser impressa para coleta de assinaturas; • Após o preenchimento, a validade é de 30 dias (após esse prazo o sistema automaticamente apagará o registro não confirmado pelo CEP) • http://portal2.saude.gov.br/sisnep/ FOLHA DE ROSTO Enfª Márcia Ferrer 57 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 58 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 • Com base na resolução CNS n.º 466/12 o termo de consentimento livre e esclarecido – TCLE - trata-se de uma decisão voluntária, realizada por pessoa autônoma e capaz, após um processo informativo e deliberativo, visando à aceitação de um tratamento específico ou experimentação, sabendo da natureza do mesmo, das suas conseqüências e dos seus riscos. • Toda pesquisa será iniciada após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa; 13/06/2014 TCLE - Funções • Proteção e garantia dos direitos dos sujeitos da pesquisa ; • Possibilitar escolhas autônomas; • Promover a ação responsável dos profissionais de saúde na pesquisa. • A linguagem deve ser a mais acessível possível. TCLE TCLE • Capacidade cognitiva e legal do sujeito da pesquisa entender e decidir. • Voluntariedade do candidato, inclusive de desistir da participação em qualquer fase da pesquisa. • Competência da equipe de pesquisa. • Projeto de pesquisa aprovado. • Informações e recomendações sobre o projeto e seus desenvolvimento, acessível para a compreensão do candidato. TCLE – Condições necessárias Deverá conter: • a justificativa, os objetivos e os procedimentos que serão utilizados na pesquisa; • os desconfortos, riscos possíveis e os benefícios esperados; • os métodos alternativos existentes; • a forma de acompanhamento e assistência, assim como seus responsáveis; • a garantia de esclarecimentos, antes e durante o curso da pesquisa, sobre a metodologia, informando a possibilidade de inclusão em grupo controle ou placebo; TCLE Deverá conter: • a liberdade do sujeito de recusar a participação ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado; • a garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa; • as formas de ressarcimento das despesas decorrentes da participação na pesquisa; e • as formas de indenização diante de eventuais danos decorrentes da pesquisa. Enfª Márcia Ferrer • ser elaborado pelo pesquisador responsável, expressando o cumprimento de cada uma das exigências acima; • ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa que referenda a investigação; • ser assinado ou identificado por impressão dactiloscópica, por todos e cada um dos sujeitos da pesquisa ou por seus representantes legais; e • ser elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo sujeito da pesquisa ou por seu representante legal e uma arquivada pelo pesquisador. TCLE 59 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 13/06/2014 • nos casos em que seja impossível registrar o TCLE, tal fato deve ser devidamente documentado, com explicação das causas da impossibilidade e parecer do CEP; • O processo de obtenção do consentimento deve envolver: confiança, respeito, diálogo, paciência e persistência na relação pesquisador-sujeito da pesquisa sem influência de outras pessoas. • os dados obtidos a partir dos sujeitos da pesquisa não poderão ser usados para outros fins que os não previstos no protocolo e/ou no consentimento. • O sujeito de pesquisa precisa ter conhecimento adequado acerca da pesquisa e total oportunidade de sanar suas duvidas , excluindo-se qualquer possibilidade de se sentir intimidado. TCLE TCLE - Obtenção • Pesquisador aponta que a pesquisa pela qual é responsável não apresenta riscos aos sujeitos. • O pesquisador deixa de descrever no TCLE alguns itens requeridos pela Resolução 466/12. • Não deixar de preencher os critérios de inclusão e exclusão dos participantes de pesquisa. O pesquisador deve entender que é um dos pontos necessários de serem inserido no TCLE. • O pesquisador faz o cronograma de atividades sem considerar a aprovação do Comitê de Ética para o início da coleta de dados; • O pesquisador encaminha o projeto ao comitê sem AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA INSTITUIÇÃO, onde será realizada a pesquisa. TCLE - Obtenção • O pesquisador deve apresentar formação específica e competência para a realização da pesquisa, caso contrário o projeto é inicialmente recusado; A metodologia descrita não cita o local onde será realizado o estudo; • O pesquisador cita o instrumento de coleta de dados, mas não o anexa; • O documento deve incluir o endereço e telefone do pesquisador para contato em caso de necessidade e jamais pode ser apresentada sem o endereço; TCLE – Principais erros Enfª Márcia Ferrer TCLE – Principais erros REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Conceitos, importância, indicadores 60 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 • Fazer referência a trabalhos anteriormente publicados, evidenciando a evolução do assunto; • Limitar-se às contribuições mais importantes (diretamente ligadas ao assunto); 13/06/2014 • Mencionar o nome de todos os autores citados no texto ou em notas e obrigatoriamente nas referências; • Oferecer subsídios para formulação das hipóteses e a explicação de sua fundamentação. • Fonte: http://dibd.esalq.usp.br/normas.pdf CONCEITO Conceito • Revisão da literatura • Estado da arte • Referencial teórico • Embasamento teórico • etc. • - Verificar se alguém já publicou as respostas às nossas questões, para decidir da pertinência de repetir uma investigação com objetivos idênticos; • - Identificar quais os métodos utilizados em investigações similares, para decidir sobre o melhor método a utilizar; Outros títulos para revisão bibliográfica Importância • Para que o autor tenha conhecimento de outras formas e outros pontos de vista sobre o assunto que vai tratar. Importância Enfª Márcia Ferrer • Para Silva e Menezes (2009), o conteúdo da revisão bibliográfica deve: • abordar o que já se sabe sobre o tema, quais as lacunas existentes e os principais entraves teóricos. De acordo com o objetivo da pesquisa, a revisão apresenta determinado conteúdo: Conteúdo da revisão bibliográfica 61 MÓDULO 04 - PESQUISA 01 • - revisão teórica: inserção do problema em um quadro de referência teórica. • - revisão empírica: análise do método de pesquisa existente acerca do problema. • - revisão histórica: recuperação do conceito, tema ou abordagem do problema. Tipos de revisão • Conforme Ribeiro (2009), o conteúdo da revisão bibliográfica não deve ser ordenado segundo a cronologia; a estrutura hierárquica vai do assunto mais geral ao mais específico. Na seqüência, o conteúdo deve ser ordenado em seções e sub-seções Ordem do conteúdo da revisão • O referencial teórico deve ser ao mesmo tempo completo e enxuto. Você deve revisar todos os estudos e autores relevantes diretamente relacionados ao seu assunto principal. Tamanho da revisão bibliográfica Enfª Márcia Ferrer 13/06/2014 • A revisão de literatura é mais bem apresentada em blocos de assunto, mostrando a evolução cronológica do tema de maneira integrada, com as devidas citações. Ordem do conteúdo da revisão • A bibliografia consultada é um indicador da qualidade da pesquisa. Referências atuais (3 últimos anos, por exemplo) devem fazer parte da bibliografia, mostrando que você realmente teve um trabalho de procurar, na literatura, embasamento para o assunto tratado. Padrão de atualização • Nesta revisão, o autor deve demonstrar conhecimento de literatura básica sobre o assunto. Para tanto, recomenda-se a consulta de livros, monografias, dissertações, teses e artigos científicos publicados em revistas com corpo editorial ou na WEB. Fontes da revisão 62