Apresentação do PowerPoint - UNESP-FMVZ-Botucatu-SP

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EPIDEMIOLOGIA
(Noções gerais)
Prof. Paulo Francisco Domingues
Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública
FMVZ – UNESP - Botucatu
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Epidemiologia
Formação etimológica:
Epi = sobre
Demos = povo, população
Logos = estudo
Paulo Francisco Domingues
Definição:
Estuda a ocorrência de doenças em populações,
suas causas determinantes, e as medidas
profiláticas para o seu controle ou erradicação.
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Objetivos da epidemiologia
Estuda:
o meio no qual se desenvolve a doença;
o mecanismo de transmissão das doenças;
o risco de que surjam novos casos;
as medidas preventivas necessárias para o
controle da doença.
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Termos empregados em epidemiologia
Agente etiológico:
causador ou responsável pela origem
da doença.
(vírus, rickéttsias, bactérias, fungos, protozoários, algas,
ectoparasitos e endoparasitos).
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Agentes etiológicos
(microrganismos)
Vírus
(Rotavírus)
Protozoário
(Cryptosporidium)
Bactéria
(Streptococcus)
Fungo
(Aspergillus)
Nematóide
(Trichostrongylus)
Alga
(Prototheca)
Sarna
(Psoroptes)
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Infecção:
Penetração e desenvolvimento ou
multiplicação de um agente infeccioso
no homem ou animal.
Noticiário Tortuga
Nematóide: Aderido à mucosa intestinal
Mastite
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Infestação:
Alojamento, desenvolvimento e
reprodução de artrópodes na
superfície do corpo.
Área ou local - infestado por
artrópodes e roedores.
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Infestação
Paulo Francisco Domingues
Fonte: MSD AGVET – Merck Sharp & Dohme
(Piolhos)
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Fonte de infecção:
Hospedeiro vertebrado que
alberga o agente etiológico e o
elimina para o meio exterior.
Rato
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Reservatório:
Animal ou um local que mantém um
agente infeccioso na natureza.
Morcego hematófago
Solo, pastagens
Água
Desmodus rotundus
Foto: Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná
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Hospedeiro Susceptível:
Indivíduo que pode contrair a doença.
Enfermidade exótica:
Doença que não existe no país ou
região estudada.
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Vetor:
São animais, geralmente artrópodes,
que transmitem o agente infeccioso
ao hospedeiro susceptível.
Boophylus microplus
Carrapato
Moscas
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Veículos:
Elementos ou objetos inanimados que veiculam
(transportam) agentes infecciosos.
Alimentos (água, leite, silagem, etc.), agulhas,
seringas, panos, tesoura de tosquia, etc.
Fômites
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Conceito de saúde e doença
Organização Mundial da Saúde (O.M.S.):
Saúde: “Completo estado de bem-estar
físico, mental e social, acrescentando e
não somente a ausência de enfermidade”.
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Doença:
Alteração do estado de equilíbrio de um
indivíduo consigo mesmo ou com o meio.
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DOENÇAS
quanto à etiologia:
Infecciosas
Não infecciosas
quanto à duração:
Agudas
- Subagudas
- Hiperagudas ou superagudas
Crônicas
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Principais fatores prejudiciais à saúde dos animais:
Traumatismos
Doenças infecciosas
Doenças parasitárias
Deficiências nutricionais
Substâncias tóxicas
Perturbações fisiológicas
• Hereditárias
• Congênitas: mal formações desenvolvidas
durante os períodos embrionário e fetal, mas não
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herdáveis.
interação entre o agente causal, ambiente e
hospedeiro
Processo
epidêmico
Doença
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CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE
1. Fatores físicos:
Temperatura
Calor
Umidade
Topografia
Solo
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CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE
2. Fatores biológicos:
Artrópodes
Roedores
Reservatórios
Animais susceptíveis
Hospedeiros intermediários
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Fatores biológicos:
Artrópodes
Roedores
Mosca dos estábulos
Reservatórios
Animais susceptíveis
Hospedeiros
intermediários
Doença de Aujeszky
(suíno é reservatório do vírus)
Cisticercose
Taenia solium e Taenia saginata
Ratos
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CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE
3. Fatores sócio-econômicos:
Nível cultural e econômico da comunidade ou do
criador.
Condições higiênico-sanitárias da propriedade.
Tamanho e distribuição das propriedades.
Manejo e tipo de sistema de produção animal.
Nível de tecnificação agropecuária.
Paulo Francisco Domingues
Paulo Francisco Domingues
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CARACTERÍSTICAS DO AGENTE
Infecciosidade, patogenicidade, virulência,
antigenicidade e resistência.
1. Infecciosidade (infectividade): capacidade do agente
etiológico de penetrar, se instalar e multiplicar-se no
hospedeiro.
É fundamental na previsão da propagação da doença.
Está relacionada com a velocidade de transmissão da
doença.
Alta infecciosidade: - vírus da aftosa nos animais
- vírus da raiva
Baixa infecciosidade: vírus da aftosa para o homem.
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Febre Aftosa
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CARACTERÍSTICAS DO AGENTE
2. Patogenicidade: capacidade do agente etiológico de
produzir lesões específicas no hospedeiro.
Alta patogenicidade: raiva, aftosa, manqueira (carbúnculo
sintomático).
Baixa patogenicidade: brucelose.
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CARACTERÍSTICAS DO AGENTE
3. Virulência: capacidade em produzir uma doença mais
grave ou menos grave, com alta ou baixa
letalidade.
Alta virulência: raiva, tétano.
Baixa virulência: gripe (homem), brucelose (animais).
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CARACTERÍSTICAS DO AGENTE
4. Antigenicidade (poder imunogênico): capacidade do
agente etiológico em induzir no hospedeiro a formação de
anticorpos (resposta imunológica).
Alta antigenicidade: sarampo (homem), varíola,
cinomose (cães).
Baixa antigenicidade: aftosa, salmonelose.
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CARACTERÍSTICAS DO AGENTE
5. Resistência (viabilidade): capacidade de resistir
(sobreviver) no meio ambiente em condições naturais e aos
produtos químicos (desinfetantes), por determinados
períodos de tempo.
Capacidade de sobreviver fora do hospedeiro.
Altamente resistentes no ambiente:
ƒ Bactérias: Clostridium spp e Bacillus spp
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Período de sobrevivência ambiental de
bactérias patogênicas
Período de sobrevivência
Agente
Esterco Água
Solo
Brucella sp
5 meses
2 meses
7 meses
Mycobacterium sp 2 anos
12 meses 2 anos
Salmonella sp
12 meses 4 meses
5 meses
Bacillus anthracis ND*
3 anos
50 anos
Leptospira sp
2 anos
30 dias
ND*
ND* = dados não disponíveis
Fonte: Smith, 1994.
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CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO
Espécie, raça, sexo, idade, estado fisiológico,
densidade (lotação de animais/área), resistência
(natural e imunidade).
1. Espécie: características genéticas determinam
a susceptibilidade.
• eqüídeos: Anemia Infecciosa Eqüina
• aves: Doença de Newcastle
• animais biungulados: Febre Aftosa
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CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO
2. Raça: características genéticas determinam
a susceptibilidade.
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CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO
3. Sexo: características anatômicas.
• brucelose: em bovinos a ocorrência é mais comum em
fêmeas.
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CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO
4. Idade:
• diarréia por rotavírus e coronavírus: mais freqüente
em animais neonatos.
• brucelose: animais púberes (sexualmente maduros).
• mastite bovina: vacas mais idosas apresentam maior
susceptibilidade à infecção.
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CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO
5. Estado fisiológico: pode influenciar na susceptibilidade.
• deficiências nutricionais
• fadiga
• estresse
• gestação
• lactação
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CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO
6. Densidade
(lotação de
animais/área):
relacionado com o
manejo dos animais.
• excesso de animai
por área: maior risco
de contaminação e
transmissão da
doença.
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CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO
7. Resistência:
conjunto de defesas inespecíficas e específicas.
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7.1. Resistência inespecífica (Natural):
• Determinada pelas características anatômicas
e fisiológicas do animal, não depende de
reações de tecidos ou anticorpos.
Exemplo: a galinha é refratária ao “carbúnculo”
(Bacillus anthracis).
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7.2. Resistência específica:
• relacionada a fatores humorais, teciduais ou ambos.
Pode ser: passiva ou ativa.
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Fonte: Benites, N. R.; Melville, P. A. Doença: inflamação e sistema imune. Clínica Veterinária, n.9, p.20-22, 1997.
Imunidade passiva: os animais recebem
anticorpos já elaborados.
• Natural: colostro, transuterino, ovos (gema).
• Artificial: soros (anti-tetânico).
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Imunidade ativa: o organismo do animal reage
formando anticorpos.
• Natural: contato com a doença.
• Artificial: vacinas.
Vacinação
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Epidemiologia da mastite
Interação entre Ambiente,Agente e Hospedeiro
Fatores
envolvidos
para a
ocorrência
da doença
VACA
• FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
• IMUNIDADE
• RESISTÊNCIA GENÉTICA
• PREDISPOSIÇÃO
ESTRESSE
AMBIENTE
• HOMEM
• HIGIENE
• MANEJO
• ORDENHA
• NUTRIÇÃO
CONTAMINAÇÃO
RISCO DE
INFECÇÃO
TRANSMISSÃO
MICRORGANISMO
• PATOGENICIDADE
• ANTIGENICIDADE
• VIRULÊNCIA
• FREQUÊNCIA
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Mecanismo de propagação de doenças
(Animais)
a)
ƒ Animais doentes
ƒ Animais portadores
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Linfadenite caseosa
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b. Vias de eliminação
Principal via pela qual o
agente etiológico é eliminado.
Vias de eliminação
Doenças
Secreções oro-nasais
tuberculose, garrotilho, raiva, aftosa
Secreções vaginais
brucelose, metrites
Urina
leptospirose
Fezes
verminose
Leite
mastites, brucelose, tuberculose
Sangue
babesiose, anemia infecciosa eqüina
Placenta
brucelose
Cutânea
sarna, micose
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c. Vias de transmissão
Mecanismo pelo qual o agente
etiológico chega ao hospedeiro
susceptível.
Forma vertical: de geração a geração (congênita).
Forma horizontal: de animal a animal, por meio
de contato direto, insetos, fômites, água, etc.
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d. Porta de entrada
Principal via pela qual o
agente etiológico penetra no
hospedeiro.
Porta de entrada (vias)
Forma de contaminação
Respiratória
gotículas de poeira e aerossóis.
Digestiva
água e alimentos contaminados.
Urinária
contágio direto, vetores, mãos
contaminadas.
Conjuntiva
vetores mecânicos, gotículas de poeira
Galactófora (canal do
teto=duto papilar)
Onfaloflébica (umbigo)
Cutânea
mãos contaminadas, equipamento de
ordenha contaminado (teteiras), solo,
fômites.
solo, vetores, água
contágio direto, vetores, solo, água,
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fômites.
Conjuntivite
Mastite
Ciclo biológico dos nematóides
(verminose)
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Hospedeiro susceptível:
Vertebrado susceptível de ser infectado.
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O conhecimento da
cadeia epidemiológica
da enfermidade é
passo fundamental
para que sejam
aplicadas as medidas
de profilaxia e
controle adequados e
eficazes.
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Mecanismos de propagação da doença:
1. Quem hospeda e elimina o agente etiológico?
Fonte de Infecção.
2. Como o agente etiológico deixa o hospedeiro?
Via de eliminação.
3. Que recurso o agente utiliza para alcançar um novo
hospedeiro susceptível?
Via de transmissão.
4. Como o agente etiológico penetra no novo hospedeiro?
Porta de entrada.
5. Quem pode adquirir a doença?
Hospedeiro susceptível.
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