EBV

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Infecções virais e bacterianas
segundo a sistema acometido
Infecções virais do trato
respiratório
Trato respiratório
superior:
Resfriado comum
Faringite
Mononucleose
infecciosa
Cachumba
Trato respiratório
inferior:
Bronquite
Bronqueolite
Pneumonia
Um ambiente bem protegido...
Células epiteliais
ciliadas
Camada aquosa
Muco
O sistema mucociliar e a ação da
lavagem da saliva são defesas
contra as infecções do trato
respiratório superior
Patógenos e doenças associadas no TR
TRS
TRI
Destino da infecção após entrada pelo
trato respiratório
Restrita a
superfície
Disseminação pelo
organismo
Trato respiratório
INVASORES
PROFISSIONAIS
INVASORES
SECUNDÁRIOS
MUITOS AGENTES ENVOLVIDOS: Os vírus são os invasores mais
comuns da nasofaringe e uma grande variedade de tipos é responsável
pelos resfriado comum
O RESFRIADO: POR QUE É
TÃO COMUM ?
FACILIDADE DE TRANSMISSÃO
Aerossóis
Mãos
contaminadas
50% dos resfriados são causados por 2 virus:
Rinovírus e Coronavírus
Fam. Picornaviridae
Gen Enterovirus
Enterovirus
Coxsackie
Echovirus
Polio
Gen Rinovirus
Gen Cardiovirus
Gen Aphtovirus
Gen Hepatovirus
Gen Parechovirus
Rinovírus: genoma de RNA , fita simples,
polaridade positiva, capsídeo icosaédrico, não
envelopado. São altamente resistentes. Há
mais de 100 serotipos
Família Coronaviridae
Gen Coronavirus
Coronavírus: genoma RNA,
simples fita, polaridade
positiva, capsídeo helicoidal
envelopado, com projeções
de superfície que deixam a
partícula com formato de
uma “coroa”
VÍRUS QUE CAUSAM RESFRIADOS COMUNS
Vírus
Tipos envolvidos
Doenças
Rinovírus (> 100
tipos)
diversos
Resfriado comum
Vírus coxsackie A (24
tipos)
A21
Resfriado comum; vesículas
orofaríngeas (herpangina) e
doença da mão-pé-boca,A16
Vírus influenza
Diversos
Pode invadir TRI
Vírus parainfluenza (4 1, 2, 3, 4
tipos)
Pode invadir laringe
Vírus respiratório
sincicial
2 tipos
Pode invadir TRI
Coronavírus (tipos
diversos)
Todos
Resfriado comum; SARS
Adenovírus (41 tipos) 5-10 tipos
Faringite; pode causar
conjuntivite e bronquite
Echovírus (34 tipos)
Resfriado comum
4, 9, 11, 20, 25
A patogênese do resfriado comum
Nasofaringe
Infecções pelos vírus que causam
resfriado são diagnosticadas pelo aspecto
clínico
O tratamento do resfriado comum é
sintomático
Faringite
Quase 70% das
dores de
garganta agudas
são causadas
por vírus
Causas virais de faringite aguda:
-
Vírus do resfriado comum: rino, corona, adeno, parainfluenza
Vírus herpes simples tipo 1: vesículas ou úlceras palatais
Coxsackie A e outros enterovírus: herpangina
Vírus Epstein-Barr (EBV), citomegalovírus (CMV):
mononucleose infecciosa
Herpangina
(Vírus Coxsackie
A21)
- Doença febril caracterizada pelo surgimento
de vesículas na faringe e na cavidade
oral (amígdalas, úvula e palato mole).
- Os gânglios do pescoço estão aumentados
de volume e doloridos (linfadenopatia)
- Após dois a três dias, as lesões podem
aparecer também nas palmas das mãos e
solas dos pés.
Mononucleose
infecciosa
Vírus Epstein-Barr (EBV)
 1958, Burkitt descreve um tumor em
crianças Africanas
 Epstein e cols identificaram um
herpesvirus em culturas de células do
tumor
 1966, associação deste herpesvírus
também com a mononucleose infecciosa e
com outra forma de câncer, o carcinoma
nasofaringeano, na China.
FAMILIA Herpesviridae
Herpesvírus: genoma de DNA linear de fita
dupla, capsídeo icosaédrico e envelopado. A
partícula apresenta uma camada amorfa de
proteínas ao redor do capsídeo chamada
tegumento.
Vírus Epstein-Barr (EBV)
• 90-95% dos adultos estão infectados pelo EBV
• Principal parasita de linfócitos B
• Doenças associadas:
1. Mononucleose: resposta imune hiperativa
2. Linfomas: falta de um controle imune efetivo
• Possíveis interações do EBV
células epiteliais orofaringe: infecção produtiva
linfócitos B: latência
Patogênese do EBV
• Transmissão: pela
saliva
Latência: linfócitos B
Reativação
EBV
•
Replicação nas
células epiteliais
da orofaringe
Infecção
produtiva: células
da orofaringe
(excreção de EBV
na saliva)
Ciclo de vida do EBV: Fase lítica x
Fase latente
EBV: imortalização de cels B
Durante a latência em cels
B: um dos produtos da
expressão do genoma do
EBV pode transformar
linfócitos B em linfoblastos
(IMORTALIZAÇÃO)
Em situação de
imunodeficiência (cels T)
Doenças linfoproliferativas
(linfomas cels B)
Indivíduos imunocompetentes
Proliferação cels B contida
por uma resposta imuno
mediada pelas cels T
CD8+
EBV: anticorpos heterofílicos
Durante a latência cels B
são transformadas em
linfoblastos
Produção de anticorpos com
diferentes especificidades
(anticorpos heterofílicos)
Anticorpos para ampicilina
aglutininas
Aglutinam hemácias: teste
aglutinação (monospot)
Mononucleose infecciosa
Mononucleose infecciosa
DEVE-SE SUSPEITAR DE MONONUCLEOSE QUANDO:
Linfadenopatia + Faringite + febre +fadiga (em adolescentes/adultos
jovens)
Acompanhado de:
Mal estar, anorexia, letargia, petéquias no palato duro
(50-60%) Hepatoesplenomegalia com elevação enzimas hepáticas
Mononucleose infecciosa:diagnóstico
diferencial
Vírus Epstein-Barr (EBV)
Citomegalovírus
Diagnóstico diferencial:
Toxoplasmose
HIV (fase aguda)
HHV-6
Hepatites virais
Sífilis secundária
Rubéola
Leptospirose
Mononucleose:
diagnóstico
laboratorial
• Hematológico
(linfocitose com
linfócitos atípicos)
• Anticorpos
heterofílicos (Prova
de Paul-Bunnel –
Monospot)
• Detecção de
anticorpos
específicos (IgM
anti-VCA)
Linfócito T atípico
Neoplasias associadas ao EBV
Vírus associado com transformação maligna de linfócitos B e
células epiteliais em pacientes imunodeprimidos
Linfoma de Burkitt:
Linfoma de cel B (mandíbula e face)
Alta prevalência em crianças Africanas
(3-14 anos) em áreas
hiperendêmicas de malária (cofator,
imunodepressão)
Neoplasias associadas ao EBV
Doença linfoproliferativa em pacientes com
imunodeficiências congênitas ou adquiridas:
 Ocorrem em 1-10% dos receptores de transplantes de
órgãos ou medula óssea
 Pacientes com AIDS: Além de linfomas, o EBV está
associado nestes pacientes com “leucoplasia pilosa oral”
(infecção oportunista).
Leocoplasia pilosa oral
• Caracteriza-se pela formação de uma placa esbranquiçada,
normalmente unilateral e localizada na borda lateral da
língua.
• Considerada um marcador dermatológico para a infecção
pelo HIV.
Neoplasias associadas ao EBV
Carcinoma nasofaringeano
O carcinoma se inicia nas células epiteliais,
que revestem a superfície interna e externa do
órgão. Estes tumores podem invadir os tecidos
adjacentes e se espalhar para outras partes do
corpo.
Comum em indivíduos no sul da China (20-50
anos). Provável cofator: ingestão de peixe
defumado (nitrosaminas)
EBV: associação com doenças
autoimunes
•
•
•
•
•
•
•
•
Esclerose múltipla
Lúpus eritrematoso sistêmico
Artrite reumatoide
Tireoidite autoimune
Doenças inflamatórias intestinais
Diabetes insulinodependente
Hepatite autoimune
Síndrome de Sjogren
Você já teve?
PAROTIDITE (Caxumba)
• Doença viral aguda, caracterizada por febre e
aumento de volume de uma ou mais
glândulas salivares, geralmente a parótida e,
às vezes, glândulas sublinguais ou
submandibulares.
Vírus da cachumba
• Família Paramyxoviridae (assim como o vírus
do sarampo, vírus parainfluenza e RSV)
Vírus genoma RNA, fita simples, polaridade
negativa, capsídeo helicoidal, envelopado
(100-300 nm)
Patogênese do vírus da caxumba
Transmissão: via aérea (secreções respiratórias) ou contato direto (saliva)
Aerossóis e saliva
replicação
primária nas cels
epiteliais do TRS
Eventos na infecção pelo vírus da caxumba
O indivíduo é
infeccioso por
aprox. 15 dias (7
dias antes
parotidite).
Febre (3-5 dias), anorexia, dor de
cabeça, muscular e ao mastigar
ou engolir
Doenças associadas a infecção pelo
vírus da caxumba
Infecções subclínicas: 30%. Aumento das parótidas em até
70% dos infectados
INFECÇÃO
INFECÇÃO
INFECÇÃO
Gl. salivares
Gônadas
SNC
Orquite: Até 1/3
adultos póspuberdade, freq.
Unilateral, ~50%
atrofia testicular,
raramente leva a
esterilidade
Meningite,
encefalite (menos
comum), mais de
7 dias depois da
parotidite. Ocorre
em até 10% dos
casos
Parotidite
Diagnóstico laboratorial
• O diagnóstico da doença é
eminentemente clínicoepidemiológico.
• Importante em casos de
manifestações atípicas, como
meningite ou orquite sem
parotidite
• Sorologia: IgM fase aguda (até 6
semanas)
O tratamento da cachumba é de
suporte e os sintomas geralmente
desaparecem em 1 semana ou
menos
• Indicações: repouso, analgesia e observação
cuidadosa, quanto à possibilidade de
aparecimento de complicações.
Como a infecção pelo
vírus da caxumba
pode ser prevenida?
Prevenção da
cachumba
• Vacina Tríplice Viral: 2 doses (D1 aos 12 meses e D2
aos 15 meses com a Vacina Tetra Viral)
• Indivíduos de 20 a 49 anos de idade: administrar 1
(uma) dose, conforme situação vacinal encontrada.
Considerar vacinada a pessoa que comprovar 2
(duas) doses de vacina com componente
sarampo, caxumba e rubéola
Epidemiologia da
cachumba
Distribuída mundialmente
Doença benigna
com fatalidade
baixa
Não é doença de notificação
compulsória
Altamente infecciosa; mais de 90%
dos contatos suscetíveis podem ser
infectados, sendo que 1/3 não Surtos em crianças são mais
apresentarão sintomas
comuns no inverno e primavera.
Entretanto, nas duas ultimas
décadas aumentou a incidência em
indivíduos entre 10-19 anos
Surtos de caxumba
• Surtos de caxumba continuam sendo
notificados no Brasil e em outros locais (EUA,
Europa)
• Motivo: efetividade subótima da vacina de
caxumba dentro da MMR; falha na cobertura
vacinal (2ª dose).
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