editorial

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ISSN: 1981-8963
DOI: 10.5205/01012007
Araújo EC de.
A "doença do beijo".
EDITORIAL
Ednaldo Cavalcante de Araújo. Enfermeiro, Professor Pós-doutor do Departamento de Enfermagem
e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde, Universidade
Federal de Pernambuco/PPGENF/CCS/UFPE. Recife (PE), Brasil. Pós-doutor pela Université René
Descartes. Departement des Sciences Sociales. Faculté des Sciences Humaines et Sociales 
Sorbonne/Paris V, France. E-mail: [email protected]
sintomáticos e repouso. Não há medicamento
A "DOENÇA DO BEIJO"
específico para o vírus e o quadro costuma se
resolver espontaneamente em duas semanas,
Beijar na boca é uma das expressões de
mas sempre convém procurar a Unidade de
carinho cada vez mais frequente entre os
Saúde mais próxima em busca de orientação!
jovens! No entanto, é preciso ficar alerta,
visto que algumas doenças infecciosas podem
ser transmitidas pelo beijo, inclusive as de
ordem sexual (gonorreia, herpes labial, HPV,
HIV, dentre outras). Uma delas, muito
comum, mas pouco conhecida, é a
monucleose  doença contagiosa, causada por
um vírus da família do herpes: Epstein-Barr
vírus (EBV), transmitido de humano para
humano, por meio da saliva. Por esse motivo
ganhou a alcunha de "doença do beijo".
Um indivíduo infectado pelo EBV pode
manter-se com o vírus na sua orofaringe por
vários meses após a resolução dos sintomas,
podendo contaminar todas as pessoas que com
quem mantenha algum contato íntimo. Não é
de se estranhar, portanto, que em alguns
países, mais de 90-95% da população adulta
apresente sorologias positivas para EBV. Entre
os jovens atinge o seu ápice entre os 15 aos 24
anos. Esta é a faixa etária que mais costuma
apresentar infecção sintomática. Nas pessoas
que desenvolvem sintomas, o período de
incubação
desde
o
contato
até
o
aparecimento da doença, é em média de 4 a 8
semanas!
O quadro clínico típico envolve febre,
cansaço, dor de garganta e aumento dos
linfonodos do pescoço (ínguas). É um quadro
muito semelhante às faringites comuns
causadas por outros vírus e bactérias. Outros
sintomas inespecíficos como dor de cabeça,
dores musculares, tosse e náuseas também
são comuns.
O diagnóstico é feito de acordo com o
quadro clínico e confirmado por exame de
sangue e o tratamento baseia-se em
Português/Inglês/Espanhol
Rev enferm UFPE on line., Recife, 10(2), fev., 2016
Correspondência
Ednaldo Cavalcante de Araújo
Universidade Federal de Pernambuco
Departamento de Enfermagem
Av. Prof. Moraes Rego, s/n, 2º piso do bloco A,
anexo ao Hospital das Clínicas/UFPE
Cidade Universitária
CEP 50670-901  Recife (PE), Brasil
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