A música colonial do Nordeste em Concertos UFRJ

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A música colonial do Nordeste em Concertos UFRJ
Escrito por SeTCOM
Ter, 08 de Maio de 2012 11:02 - Última atualização Seg, 14 de Maio de 2012 18:47
Recentemente o programa Concertos UFRJ dedicou uma edição a música produzida em Mina
s Gerais
durante o esplendor econômico e cultural do ciclo do ouro. Está semana a atração é outra
importante região criadora no período colonial, o nordeste. Em destaque, compositores que
viveram e atuaram em Pernambuco e na Bahia no séc. XVIII e início do XIX.
Ouça aqui o programa: {mp3}concerto20120507|230|25| 0{/mp3}
Toda segunda-feira, às 22h,
internet
tem!"Concertos UFRJ" na Roquette Pinto FM. Sintonize 94,1 ou acomp
Programas anteriores podem
Concertos
ser encontrados
UFRJ .
na seção Pernambuco
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A música colonial do Nordeste em Concertos UFRJ
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Ter, 08 de Maio de 2012 11:02 - Última atualização Seg, 14 de Maio de 2012 18:47
O mestiço Luís Álvares Pinto (Recife, 1719 -1789) foi um dos primeiros compositores
nacionais a se aperfeiçoar na Europa, estudando com Henrique da Silva Esteves Negrão, à
época mestre de capela da catedral de Lisboa. Voltando ao Brasil, foi mestre de capela da
Igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Livramento e da Concatedral de São Pedro dos
Clérigos, ambas em Recife. Relatos dão conta de seu prestígio na metrópole e na colônia, e
das muitas peças sacras e profanas que compôs, mas de todas sobrevivem apenas um Te
Deum e uma Salve Regina, para vozes e orquestra. Foi também músico militar e teórico,
deixado os Divertimentos Harmônicos para cinco vozes e as Lições de Solfejo, com pequenas
peças para teclado que são as mais antigas obras do gênero no repertório brasileiro.
O programa apresentou o Te Deum, que foi reconstruído por Jaime Diniz a partir de partes
manuscritas incompletas, na interpretação de Jean-Christophe Frisch à frente do grupo
francês Musique des Lumières, e as Lições de Solfejo 22, 23 e 24, com o cravista e docente
da Escola de Música Marcelo Fagerlande.
Bahia
Salvador foi outra capital em que floresceu um importante movimento artístico. Um manuscrito
encontrado na cidade foi considerado, durante muito tempo, a mais antiga obra musical escrita
no Brasil. De autor anônimo e datado de 1789, é uma cantata, o que destoa do caráter sacro
da imensa maioria da produção da época. Escrita para homenagear o conselheiro José
Mascarenhas Pacheco, integrante da Academia dos Renascidos e membro do Conselho
Ultramarino, por ocasião de sua chegada a Salvador, o tom é despudoradamente laudatório, a
partir mesmo do título: “Herói, egrégio, douto peregrino”. São duas partes, um recitativo e uma
ária para soprano solo com acompanhamento de orquestra. A gravação veiculada foi a da
Orquestra Barroca Armonico Tributo, sob direção do cravista Edmundo Hora e com Elizabeth
Ratzersdorf como solista.
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Ter, 08 de Maio de 2012 11:02 - Última atualização Seg, 14 de Maio de 2012 18:47
Outro compositor baiano de grande destaque foi Damião Barbosa Araújo, que nasceu em
Salvador em 1778. Em 1808, quando da partida de D. João VI da capital baiana rumo ao Rio
de Janeiro, se transferiu para a Corte, onde permaneceu por alguns anos. Ao retornar foi
nomeado mestre da Sé de Salvador. Faleceu em 1856.
Sua obra mais conhecida é o Memento Baiano, composta para coro e orquestra com duas
flautas, clarineta e cordas. A obra foi recuperada pelo musicólogo Jaime Diniz e publicada pela
Universidade Federal da Bahia na década de 1970. O programa apresentou a interpretação da
Orquestra Barroca Armonico Tributo, com direção de Edmundo Hora.
Concertos UFRJ resultam de um convênio da UFRJ com a rádio Roquette Pinto, indo ao ar
toda segunda-feira, às 22h, na sintonia 94.1 Apresentado por André Cardoso, regente titular
da OSUFRJ, as edições podem ser acompanhadas on line ou por meio do podcast (áudio
sob demanda) da Roquette Pinto (FM 94,1).
Contatos através do endereço eletrônico: [email protected].
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