Projeto em andamento –Plano Diretor 2007-2008 A situação das quatorze profissões de Saúde no Brasil • Objetivos: Este estudo visa conhecer e traçar o perfil da situação de trabalho e mercado das 14 profissões de saúde no Brasil. Procurando delinear a profissionalização, regulamentação, mercado de trabalho, a configuração do emprego, o desemprego, as modalidades de vinculação, formação, legislação e as características sócioeconômicas (terceirização, informalidade, feminilização, regionalização, precarização, migração, fronteiras e Amazônia Legal. As profissões da área da saúde, de nível superior, de acordo com Resolução CNS nº 287, de 08 de outubro de 1998 são as seguintes: médicos, odontólogos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, educação física, biólogos, psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, farmacêuticos, terapeutas ocupacionais, médicos veterinários e biomédicos. Justificativa: Ao longo dos últimos 30 anos, os estudos sobre mercado de trabalho trataram de quatro problemas centrais: estrutura e dinâmica; informalidade; papel das instituições em sua organização e emprego. Desde o final da década de 1990, novas pesquisas sobre mercado de trabalho passam a ser realizadas buscando entender as diversas formas de inserção do profissional no mundo do trabalho, em uma perspectiva de traçar ‘perfis profissionais’. A pesquisa ‘Perfil dos médicos no Brasil’ representa o primeiro esforço, a partir de um trabalho de campo, para compreender a situação desse contingente profissional.1 Surgem, também, outros estudos que apontam para a necessidade de investigar o processo de trabalho em equipes, a participação feminina no setor saúde, a gestão do trabalho como categoria chave de análise, formação e mercado de trabalho e até mesmo estudos historiográficos que passam a figurar como agenda importante de investigação e análises de RH. Enfim, estudiosos (...) “produziram a partir de então estudos sobre o mundo do trabalho, dentro de diversas vertentes como a produtividade, a relação entre custos e benefícios, a caracterização da distribuição de profissionais no mercado de trabalho e a insuficiência de materiais ou instalações como responsáveis pela baixa qualidade assistencial. A concepção de recursos humanos como força e agente de trabalho acabou ultrapassando seu viés aparentemente profissional e abrindo espaço para uma compreensão mais ampla na produção da prática como um trabalho social, lançando definitivamente a noção de trabalhadores da saúde, como categoria de análise e interpretação teórica”. (Ministério da Saúde, 2005:41). 1 Ver: Machado, Maria Helena (coord.) Os médicos no Brasil: um retrato da realidade, Ed. FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 1997. 1 Desta forma, propomos estudar as características socioeconômicas referentes às categorias profissionais e os seguintes componentes da força de trabalho em saúde: terceirização, privatização, fixação de profissionais, informalidade, feminilização, escolaridade, institucionalização,regionalização,precarização, migração, configuração do mercado de trabalho em regiões de fronteiras e Amazônia legal . As atividades serão desenvolvidas em parceria com as seguintes entidades: Coordenação Geral de Recursos Humanos do Ministério da Saúde, Ministério do Planejamento e Gestão Orçamentária, representantes dos trabalhadores indicados pela MNNP – SUS; representantes dos Conselhos e Associações Profissionais da área da saúde indicados pela CRTS e outras estações de trabalho da Rede de Observatórios. 2