0 UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DEAd – Departamento de Estudos da Administração Curso de Administração PROPOSTA DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM MERCADO CASAGRANDE NO MUNICÍPIO DE CORONEL BARROS Trabalho de Conclusão de Curso ADRIANO CASAGRANDE Ijuí, junho de 2011 1 ADRIANO CASAGRANDE PROPOSTA DE UM PLANO DE NEGÓCIO PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM MERCADO CASAGRANDE NO MUNICÍPIO DE CORONEL BARROS Trabalho de Conclusão apresentado ao curso de Administração como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí. Professor Orientador: Ivo Ney Kuhn IJUÍ/RS 2011 2 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela sua presença constante em toda a minha caminhada, pelas oportunidades que destes, pelos ensinamentos, por toda a confiança e segurança que tenho ao tê-lo ao meu lado. Obrigado por tudo. Agradeço em especial a meus pais, que deram todo o apoio até hoje em tudo que precisei, agradeço pelo caráter e pelos ensinamentos formados em mim, pelo exemplo de vida e garra que destes e por todo o amor e carinho que recebo de vocês. Muito obrigado por tudo. Agradeço a todos os professores, os quais foram fundamentais para minha formação acadêmica, obrigado pelos ensinamentos e com certeza a que conquistamos permanece. Agradeço aos colegas, os quais foram muitos em toda essa caminhada, muitos laços de amizade foram conquistados e permanecerão para sempre. Obrigado por todos os momentos que passamos juntos, a cada aula, trabalhos e provas que conseguimos superar, com certeza nos encontraremos em uma próxima etapa de nossas vidas. 3 "Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá." (Ayrton Senna) “O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.” (Jose de Alencar) 4 RESUMO O presente trabalho de conclusão do curso de graduação em Administração trata da elaboração de um Plano de Negócios que tem por objetivo verificar a viabilidade para abertura de um mercado localizada no centro de Coronel Barros a qual será denominada Mercado Casagrande. No referencial teórico, o trabalho aborda brevemente o empreendedorismo como conceito e processo de motivação para a criação de um novo negócio, em seguida, estuda-se a estrutura do plano de negócios, conceito de estratégia, e de marketing, e o plano financeiro e alguns de seus métodos de avaliação. O terceiro capítulo descreve o procedimento de coleta de dados e, através da formação do plano de negócios do Mercado Casagrande, no quarto capítulo define-se o negócio, o Plano de Operação e Produção, Plano de Marketing, e o Plano Financeiro, após é feita uma análise do plano financeiro. Após, através das considerações finais, é apresentada a análise e conclusão do plano de negócios para o empreendimento proposto onde será exposto o resultado da viabilidade ou não de iniciar as atividades de abertura da nova empresa. Palavras-Chave: Empreendedorismo, Plano de Operação e Produção, Plano de marketing, Plano financeiro, Plano de Negócios, Mercado. 5 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Matriz Swot...............................................................................................24 Quadro 5: Estimativa do Investimento Fixo ...............................................................48 Quadro 6: Prazo de Vendas/Compras/Estoques.......................................................49 Quadro 7: Estimativa do Capital de Giro ...................................................................49 Quadro 8: Estimativa do Investimento Pré-operacional ............................................50 Quadro 9: Estimativa de Investimento Total..............................................................51 Quadro 10: Estimativa de Faturamento Mensal ........................................................52 Quadro 11: Custos de Comercialização....................................................................53 Quadro 12: Estimativa dos custos com Pessoal: salários e encargos ......................53 Quadro 13: Estimativa das despesas fixas Operacionais Mensais ...........................55 Quadro 14: Demonstrativo dos Resultados...............................................................57 Quadro 15: Demonstrativo dos Resultados nos três meses iniciais..........................58 Quadro 16: Construção de Cenários.........................................................................60 Quadro 17: Fluxo de caixa projetado para 6 meses iniciais ......................................63 Quadro 18: Lucratividade ..........................................................................................64 Quadro 19: Rentabilidade .........................................................................................64 Quadro 20: Prazo de Retorno do Investimento .........................................................65 Quadro 21: Valor Presente Líquido e Taxa Interna de Retorno ................................65 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Os Níveis de Estratégia..............................................................................18 Figura 2: Níveis de Decisão e os Tipos de Planejamento .........................................19 Figura 3: Estimativa de Investimento Total ...............................................................51 Figura 4: Estimativa das despesas fixas operacionais mensais................................56 Figura 5: Gráfico comparativo da demonstração de resultados ................................61 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................9 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ...................................................................11 1.1 Delimitação do Tema e Formulação da Questão em Estudo...........................11 1.2 Definição dos Objetivos ...................................................................................12 1.2.1 Objetivo Geral ...........................................................................................12 1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................12 1.3 Justificativa ......................................................................................................12 2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................14 2.1 Empreendedorismo .........................................................................................14 2.2 Plano de negócio .............................................................................................15 2.2.1 Estrutura de um Plano de Negócio............................................................16 2.3 Conceito de Estratégia.....................................................................................17 2.4 Conceito de Planejamento...............................................................................18 2.4.1 Níveis de Planejamento ............................................................................19 2.5 Definição do Negócio da Organização ............................................................20 2.5.1 Missão Organizacional ..............................................................................21 2.5.2 Visão Estratégica ......................................................................................21 2.6 Conceitos de Marketing ...................................................................................22 2.7 A Análise Externa e Interna da Empresa .........................................................23 2.7.1 Análise SWOT...........................................................................................24 2.7.2 Ambiente interno .......................................................................................25 2.7.3 Ambiente externo ......................................................................................25 2.8 Análise Financeira ...........................................................................................28 2.8.1 Investimentos ............................................................................................28 2.8.2 Classificação de Investimentos .................................................................28 2.8.3 Métodos de Avaliação de Investimentos ...................................................30 2.8.3.1 Método do Payback Simples ..............................................................30 2.8.3.2 Método da Taxa Interna de Retorno ...................................................31 2.8.4 Demonstrativo do Resultado em Exercício(DRE) .....................................32 2.8.5 Margem líquida..........................................................................................34 2.8.6 Rentabilidade do Ativo Total .....................................................................34 2.8.7 Retorno Sobre o Patrimônio Líquido .........................................................34 2.8.8 Análise de Lucro/Volume e Custo .............................................................35 8 2.8.9 Custos Variáveis .......................................................................................35 2.8.10 Custos Fixos ...........................................................................................36 2.8.11 Margem de Contribuição .........................................................................36 2.8.12 Indicadores Financeiros ..........................................................................37 2.9 Comércio Varejista ..........................................................................................37 2.9.1 Mercado ....................................................................................................38 3 METODOLOGIA ....................................................................................................39 3.1 Tipo de Estudo.................................................................................................39 3.2 Coleta de dados...............................................................................................40 3.3 Análise e interpretação dos dados...................................................................40 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DO PLANO DE NEGÓCIO..................................42 4.1 Plano de Operação e Produção.......................................................................42 4.1.1 Missão.......................................................................................................42 4.1.2 Visão .........................................................................................................43 4.1.3 Objetivos ...................................................................................................43 4.1.3.1 Situação planejada e desejada...........................................................43 4.1.4 Estrutura organizacional e legal ................................................................43 4.1.4.1 Estrutura Funcional.............................................................................44 4.1.4.2 Localização.........................................................................................44 4.1.5 Plano de operações ..................................................................................44 4.1.5.1 Administração .....................................................................................44 4.1.5.2 Comercial ...........................................................................................45 4.1.5.3 Controle de qualidade.........................................................................45 4.1.5.4 Parcerias ............................................................................................45 4.1.5.5 Sistemas de Gestão ...........................................................................45 4.2 Plano de Marketing ..........................................................................................46 4.2.1 Análise de Atratividade do Negócio...........................................................46 4.2.1.1 Análise do Mercado (Produto, Clientes, Concorrentes e Fornecedores) .......................................................................................................................46 4.2.1.2 Análise de Oportunidades e Riscos....................................................47 4.3 Plano Financeiro..............................................................................................47 4.3.1 Investimentos e Financiamento.................................................................48 4.3.2 Receitas, Custos e Despesas ...................................................................51 4.3.3 Resultado, Fluxo de Caixa e Cenários ......................................................56 4.4 Análise do Plano Financeiro ............................................................................64 CONCLUSÃO ...........................................................................................................66 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................69 9 INTRODUÇÃO Este trabalho de conclusão de curso teve como finalidade estruturar um plano de negócios que englobasse todos os itens necessários para analisar a viabilidade de uma empresa. O plano de negócio tornou-se uma ferramenta cada vez mais usada e de grande importância para encontrar o melhor caminho para o futuro da empresa, a fim de diminuir riscos e incertezas durante sua trajetória. Além disso, descreve o negócio, os motivos da existência da oportunidade do negócio e os caminhos a seguir para tornar o negócio viável. Devido o mercado atual estar muito competitivo, torna-se cada vez mais visível à preocupação de empresários terem uma projeção de viabilidade da empresa que pretende implantar, por esse motivo o plano de negócio se tornou uma ferramenta de grande utilidade, orientando empresários no processo de implantação da empresa e avaliando a viabilidade financeira do negócio. O primeiro capítulo deste relatório contempla a contextualização de estudo, onde foi definido o tema, o problema, o objetivo do estudo que era desenvolver um plano de negócios para implantação de um mercado, que forneça as informações financeiras e gerenciais para o estudo de sua viabilidade, seguido da justificativa e da metodologia utilizada no desenvolvimento do mesmo. No segundo capítulo consta à revisão bibliográfica, baseada na pesquisa em livros, sites, com a finalidade de buscar um embasamento teórico sobre os diversos temas, inicialmente foi pesquisado o empreendedorismo, em seguida o plano de negócios e sua estrutura, dividida em 4 grupos: sumário executivo, descrição da 10 empresa, plano de marketing e plano financeiro, conceito de estratégia, conceito de marketing, e sistema financeiro, onde se tem os indicadores de viabilidade e dos métodos de analise de investimento, os quais serão desenvolvidos na parte prática. Na sequência apresenta-se o estudo de caso, onde foi realizada inicialmente a descrição da atividade principal da empresa a ser implantada, sua visão, seus objetivos, sua estrutura organizacional, funcional, legal, também foi elaborado um plano de operações para a administração da empresa. Além disso, foi desenvolvidas estratégias de implantação, marketing e formas de comercialização das mercadorias do mercado. Esse terceiro capítulo visa demonstrar através de quadros a elaboração do plano de negócios e fazer uma análise da viabilidade da empresa. Finalmente o estudo apresenta a conclusão e a bibliografia consultada na sua realização. 11 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Na contextualização do estudo será apresentada a delimitação do tema e formulação da questão do estudo, os objetivos e a justificativa. 1.1 Delimitação do Tema e Formulação da Questão em Estudo Na vida do ser humano estamos sempre em constantes transformações, tanto na vida particular quanto na vida profissional. Nos dias de hoje de extremas incertezas, de mudanças determinadas por aspectos mercadológicos ou ambientais, onde na maioria dos empresários não estão preparados para tal mudança, tendo que tomar decisões empreendedoras, para a sobrevivência da mesma. E nós como parte deste “time”, temos que estar preparados também. Neste contexto, o tema do trabalho refere-se ao estudo para implantação de uma empresa do ramo de comércio varejista, na cidade de Coronel Barros. Em relação a questão de estudo, buscou-se analisar e delinear o que será investigado no trabalho, e decidiu-se elaborar a seguinte questão: É viável implantar uma empresa no ramo de comércio varejista de alimentos, higiene e limpeza na cidade de Coronel Barros/RS? 12 1.2 Definição dos Objetivos Neste item serão apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos a serem alcançados com a realização desta pesquisa de trabalho de conclusão de curso. 1.2.1 Objetivo Geral Desenvolver um plano de negocio para a implantação de uma empresa no ramo de comércio varejista no município de Coronel Barros. 1.2.2 Objetivos Específicos • Pesquisar na revisão bibliográfica referente à Plano de Negócio e viabilidade econômica; • Definir estratégias de mercado, marketing, concorrência, entre outras para a implantação da empresa; • Propor um plano de negócios que apresente as estratégias para sua implantação e as necessidades econômicas e financeiras; • Analisar a viabilidade econômica e financeira da implantação da empresa. 1.3 Justificativa Um plano de negócios é um documento que descreve quais os objetivos de um negócio e quais os passos que devem ser dados para alcançá-los, ajudando a concluir se o negócio é viável economicamente. Além disso, busca informações mais detalhadas sobre o seu ramo, os produtos e serviços que o negócio pretende oferecer, seus clientes, concorrentes, fornecedores. Ele é um documento escrito, o qual deve ser colocado em prática, auxiliando nas tomadas de decisão para implantação do negócios O mercado atual é muito competitivo e por este motivo torna-se cada vez mais visível à preocupação de empresários para se ter uma projeção de viabilidade da empresa que pretende implantar, por isso o plano de negócio é uma ferramenta 13 importante na gestão empresarial, pois orienta os empresários no processo de gestão e obtenção de melhores resultados empresariais. Salienta-se que a escolha ocorreu devido à necessidade de buscar mais informações sobre a elaboração de planos de negócios viáveis, pois a nossa realidade aponta que muitas vezes empresas são implantadas sem nenhum planejamento, e essas muitas vezes são fechadas em pouco tempo de atuação. Além disso, esse estudo foi de extrema importância, pois como formando tenho perspectivas para buscar um investimento para o futuro e assim irei obter conhecimentos para futuramente ter mais segurança na minha escolha. 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO O referencial teórico consiste na fundamentação teórica, a qual procura dar suporte e sustentação ao estudo, através de consultas a autores relevantes buscando definição, conceitos, fórmulas, e assuntos teóricos que foram utilizados na realização do plano de negócios. 2.1 Empreendedorismo Segundo Hisrich;Peters (2004, p.29) o empreendedorismo é considerado como um processo dinâmico de criar mais riquezas, estas riquezas são criadas por indivíduos no qual assumem riscos em termos de patrimônio, tempo ou que proveem valor para algum produto ou serviço, este produto ou serviço pode não ser o único mas o valor dele deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor ao receber e localizar as habilidades, como também os recursos necessários. Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal. (HISRICH;PETERS, 2004, p. 29). Para Dolabela (2006, p.26) empreendedorismo é a livre tradução da palavra entrepreneurship, que contém as ideias de iniciativa e inovação, implica uma forma de ser, uma concepção de mundo, uma forma de se relacionar. 15 Com base nas observações dos autores, pode-se dizer que um empreendedor deve ser excelente identificador de oportunidades, também é necessário ser ousado para assumir riscos calculados, tomar decisões críticas e ter persistência para não desistir diante das dificuldades, buscando alternativas criativas e inovadoras. 2.2 Plano de negócio O plano de negócios está, cada vez mais, se tornando uma ferramenta de grande utilidade, visando o sucesso do empreendimento. Por essa razão a seguir será estudado, o seu conceito, sua importância, a quem se destina, seu tamanho e tipos, e sua estrutura por partes. O plano de negócios é o instrumento ideal para traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor, o que propicia segurança para quem quer iniciar uma empresa com maiores condições de êxito ou mesmo ampliar ou promover inovações em seu negócio No entendimento Dornelas (2005, p. 98) conceitua da seguinte maneira: O plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócio que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente. Já no entendimento de Filion & Dolabela (2000, p. 164) “ o Plano de Negócio é, antes de tudo, o processo de validação de uma idéia, que o empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa”. Dornelas (2005, p. 93) complementa “ um negócio bem planejado terá mais chances de sucesso que aquele sem planejamento, na mesma igualdade de condições”. Segundo Sebrae (2009) o plano de negócios é definido como: 16 Um documento que descreve por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócios permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado. O plano de negócios ajuda a encontrar o melhor caminho para o futuro da empresa, ou seja, para onde ir, como ir, o que fazer durante a trajetória, a fim de diminuir riscos e incertezas. Além disso, descreve o negócio, os motivos da existência da oportunidade do negócio e como se pretende concretizar a oportunidade, demonstrando o potencial do empreendimento. 2.2.1 Estrutura de um Plano de Negócio Como documento, o Plano de Negócio é montado sobre quatro itens conforme apresenta Dolabela (2000, p.166): • Parte I Sumário Executivo • Parte II A Empresa • Parte III Plano de Marketing • Parte IV Plano Financeiro Para Filion e Dolabela (2000, p. 105) cada um deles comporta vário subtemas. Ao redigir o plano de negócio o empreendedor deve ter em mente os seguintes pontos: • O Plano de Negócio deve ser completo, bastante claro, ter linguagem simples; • Deve ser sintético, sem redundâncias nem elementos supérfluos; • O Sumário Executivo não deve ultrapassar duas páginas, pois ele indicará se o Plano de Negócio dever ser analisado ou abandonado; • Nenhuma informação deve ser dada sem informação da fonte; • O tom é afirmativo; e • Jamais deixar dúvidas. A elaboração do plano de negócios deve ser clara, objetiva e organizada, dando condições suficientes de entendimento para o leitor. Dornelas (2001, p. 98) afirma “que não existe uma estrutura padrão para um plano de negocio”. 17 Não existe uma estrutura rígida e especifica para se escrever um plano de negócios, pois cada negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão de plano de negócios que seja universal e aplicado a qualquer negócio. Uma empresa de serviços é diferente de uma empresa que fabrica produtos ou bens de consumo, por exemplo. (DORNELAS, 2001, p.99). Existem diversos modelos de Plano de Negócio descritos por muitos autores e em virtude disso é imprescindível a organização dos dados e ideias propostos nele. O Plano de Negócio é fundamental ao se iniciar um novo empreendimento e com muita dedicação obtém-se um documento abrangente, bem redigido e bem organizado que pode servir de guia para o empreendedor. 2.3 Conceito de Estratégia Para Stoner (1985), estratégia é o programa geral para a consecução dos objetivos de uma organização e, portanto, para o desempenho de sua missão. A palavra "programa" implica um papel ativo, consciente e racional desempenhado por administradores na formulação da Estratégia da organização. Sem a estratégia um gerente não tem um rumo previamente considerado para seguir, não tem um mapa e não tem um programa de ação unificado para produzir os resultados almejados. Porter (1999) coloca o conceito de estratégia como criar uma posição exclusiva e valiosa, envolvendo um diferente conjunto de atividades. A estratégia é o planejamento do jogo de gerência para reforçar a posição da organização no mercado, promover a satisfação dos clientes e atingir os objetivos de desempenho. Ela nasce da necessidade de moldar a maneira de condução dos negócios da empresa além de proporcionar um meio de ligar as ações de tomadas de decisões nas várias partes da organização. A estratégia também pode ser dividida em Estratégia Corporativa, Estratégia ao Nível de unidade de Negócio e Estratégia funcional. 18 A figura a seguir, ilustra os três níveis de estratégia. Figura 1: Os Níveis de Estratégia FONTE: CRAIG e GRANT (1999), adaptado por ANDRADE (2000). 2.4 Conceito de Planejamento De acordo com COBRA (1991, p. 23),”o planejamento pode ser compreendido como uma ação administrativa visando prever o futuro ambiente e os desafios que uma organização deverá enfrentar, definindo as decisões cruciais para direcionamento dos negócios”. Para CHIAVENATO e MATOS (1987, p. 257): O planejamento é um processo que começa com a determinação de objetivos; definem estratégias, políticas e detalha planos para consegui-los; estabelece um sistema de decisão e inclui uma revisão dos objetivos para alimentar um novo ciclo de planificação. 19 Pode-se definir planejamento como um conjunto ordenado de ações com o objetivo de alcançar posições futuras desejadas. Ele necessita da participação de pessoas, alocação de recursos, procedimentos de controle e avaliação para estimar a efetividade do que foi estabelecido. Planejamento é a mediação entre conhecimento e ação com suporte de recursos, é uma estimativa do impacto no futuro de ações e decisões presentes. 2.4.1 Níveis de Planejamento OLIVEIRA (1996, p.43) “considera que são três os tipos de planejamento, estratégico, tático e operacional; que podem ser relacionados conforme os níveis de decisão numa pirâmide organizacional (Figura 2)”. Figura 2: Níveis de Decisão e os Tipos de Planejamento Fonte: Oliveira (1996, p. 43) Os três tipos de planejamento, conforme OLIVEIRA (1996, p. 46), pode ser assim conceituado: • planejamento estratégico: é processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente; 20 • planejamento tático: tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a da empresa como um todo, portanto trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico; e • planejamento operacional: pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação têm-se, basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Planejamentos operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático. E cada um dos planejamentos operacionais deve conter com detalhes: • os recursos necessários para o seu desenvolvimento e implantação; • os procedimentos básicos a serem adotados; • os produtos ou resultados finais esperados; • os prazos estabelecidos; e • os responsáveis pela sua execução e implantação. 2.5 Definição do Negócio da Organização Segundo OLIVEIRA (1996, p. 71), “o negócio de uma organização define-se pelos desejos ou necessidades que ela satisfaz quando o usuário ou consumidor compra seus produtos ou utiliza seus serviços”. Satisfazer consumidores e usuários é negocio básico de qualquer organização. Além disso, as oportunidades e pressões externas podem levar a uma constante redefinição do negócio da organização. Aspectos internos, tais como mudança de clima e insatisfações, também contribuem para este tipo de reflexão. A mudança no ramo do negócio, contudo, depende da existência de alternativas coerentes que possam ser aproveitadas pela organização. (MAXIMIANO, 1995) De acordo com ABELL (1991), um negócio pode ser definido em termos de três dimensões: • grupo de consumidores: são representadas as categorias de clientes ou quem está sendo satisfeito; • necessidades de consumidores: são as necessidades dos clientes, ou o que está sendo satisfeito; e • tecnologia: são representadas as formas de atendimento das necessidades, ou como as necessidades dos clientes estão sendo satisfeitas. 21 2.5.1 Missão Organizacional Segundo CERTO e PETER (1993, p. 76), Missão organizacional é a razão pela qual a empresa existe. Geralmente a missão, contém informações tais como os tipos de produtos ou serviços que a organização produz quem são seus clientes e que valor importante possui. A missão organizacional é uma declaração muito ampla da diretriz organizacional. Para desenvolver uma missão organizacional de forma apropriada, a administração deverá analisar e considerar as informações geradas durante o processo de análise do ambiente. Para OLIVEIRA (1996, p. 71), Missão é a determinação do motivo central do planejamento estratégico. Em geral, ela contém informações, como quem são seus clientes e que valores importantes possuem, tipos de produtos ou serviços que a organização produz, tecnologia, filosofia, objetivos e autoconhecimento da empresa. KOTLER (1991, p. 83), “ressalta que a missão deve ser definida em termos de satisfazer alguma necessidade do ambiente externo, não devendo ser colocada sob a forma de oferecer algum produto.” Por exemplo, o propósito de uma empresa não é produzir telefones, mas, sim oferecer um meio de comunicação rápido e eficiente (o telefone é apenas um instrumento que serve a este propósito). 2.5.2 Visão Estratégica Para OLIVEIRA (2001, p. 88), "a visão pode ser conceituada como os limites que os proprietários e principais executivos da empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla". Nesse contexto, a visão proporciona o grande delineamento do planejamento estratégico a ser desenvolvido e implementado pela empresa. Ela representa o que a empresa quer ser. 22 A visão estratégica se refere á definição de uma situação futura desejada a longo prazo, que se caracterize como uma meta ambiciosa, e que possa servir como guia tanto para a definição de objetivos como para a realização da missão institucional, por exemplo: A Philip Morris Companies, Inc. definiu a seguinte visão estratégica: "Ser a companhia mais bem sucedida do mundo em gerar produtos empacotados para o consumidor." A KARSTEN definiu como visão estratégica: "Ser referência mundial de qualidade e beleza, oferecendo produtos diferenciados através de uma equipe motivada e comprometida com a excelência de gestão". 2.6 Conceitos de Marketing A função básica do marketing é identificar as necessidades do consumidor e desenvolver produtos que os satisfaçam. Assim sendo, a função do marketing dentro de uma organização vai além da identificação das necessidades e desejos do consumidor, determinar quais mercados-alvo a organização pode atender melhor, planejar produtos, serviços e programas mais adequados que satisfaçam estes mercados, mas também convocar todos os que participam da organização a pensar e servir aos consumidores. [...] marketing é o processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros. Muitas pessoas veem o marketing de modo como a arte de procurar e encontrar formas inteligentes de dispor dos produtos de uma organização, ou seja, o marketing é visto apenas como propaganda ou venda de produtos. No entanto, a arte do verdadeiro marketing é a arte de saber o quê fazer. (KOTLER, 1999, p. 27). Uma organização que queira conquistar ou ser líder em um mercado tão competitivo como é nos dias de hoje se conseguir compreender as necessidades do consumidor e encontrar soluções que satisfaçam tais necessidades através da inovação, da qualidade dos produtos, serviços e no atendimento ao consumidor. Portanto o marketing é considerado um conjunto de ferramentas e técnicas, cuja 23 responsabilidade é restrito a apenas um grupo de especialistas que estejam familiarizados com estas ferramentas e know-how. Drucker (1998, p. 22) também citado por Kotler (2000), Marketing é tão básico que não pode ser considerado uma função separada. É o negócio total visto do ponto de vista de seu resultado final, isto é, do ponto de vista do consumidor... O sucesso empresarial não é determinado pelo fabricante, mas pelo consumidor. Kotler (1998, p. 37), afirma que "marketing é a chave para atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo, assim, as necessidades e desejos dos mercados-alvos". 2.7 A Análise Externa e Interna da Empresa No processo de análise externa e interna, apresenta determinados componentes: • pontos fortes: são variáveis internas e também controláveis, que podem propiciar condição favorável para a empresa, em relação ao seu ambiente; • pontos fracos: também são variáveis internas e controláveis, porém, os pontos fracos podem propiciar uma condição desfavorável para a empresa; • oportunidades: por sua vez, as oportunidades são variáveis externas e não controláveis pela empresa, podendo criar condições favoráveis para a empresa, desde que a empresa consiga percebê-las e usufruí-las; e • ameaças: também são variáveis externas e não controláveis pela empresa que podem criar condições desfavoráveis para a empresa. Os pontos fortes e fracos compõem a análise interna da empresa, enquanto as oportunidades e ameaças compõem sua análise externa. Os pontos fortes e fracos representam as variáveis controláveis, enquanto as oportunidades e as ameaças representam as variáveis não controláveis pelo executivo. Fica evidente que o problema maior são as variáveis sobre as quais não se tem controle. 24 2.7.1 Análise SWOT Para WRIGHT, KROLL e PARNELL (2000 p. 103), "a Análise SWOT tem por finalidade cotejar os pontos fracos e fortes de uma empresa com as ameaças e oportunidade oferecidas pelo ambiente." A Análise SWOT é uma ferramenta de gestão muito utilizada por empresas privadas como parte do planejamento estratégico dos negócios. O termo SWOT vem do inglês e representa as iniciais das palavras Streghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). Como o próprio nome já diz a ideia central da análise SWOT é avaliar os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e as ameaças da organização e do mercado onde ela está atuando. Quadro 1: Matriz Swot O que é Operações Presentes Operações Futuras Bom Pontos fortes Oportunidades Ruim Pontos fracos Ameaças Fonte: Oliveira (2001) VANTAGENS: as vantagens da técnica de SWOT estão em definir estratégias para manter pontos fortes, reduzir a intensidade de pontos fracos aproveitando as oportunidades e protegendo-se de ameaças. Tendo desta forma possibilidade de adotar estratégias eficazes, traçando objetivos adequados à sobrevivência da empresa. DESVANTAGENS: SWOT faz avaliação momentânea ou estática, não a adaptando a dinâmica sequencial dos fatos. A desvantagem está na habilidade de desenvolver competências distintivas mal definidas desfavorecendo a organização na criação e o estabelecimento de vantagens competitivas. 25 2.7.2 Ambiente interno Segundo OLIVEIRA (1996, p. 69), a análise dos pontos fortes, fracos e neutros deve envolver, também, a preparação de um estudo dos principais concorrentes na relação produtomercado, para facilitar o estabelecimento de ações da empresa no mercado, onde que podemos definir como ponto neutro uma variável identificada pela empresa, mas que, momento, não existe critérios e parâmetros de avaliação para sua classificação como ponto forte ou fraco. Uma coisa é perceber que o ambiente externo está mudando, outra, é ter competência para adaptar-se a estas mudanças (aproveitando as oportunidades e enfrentando as ameaças). Da mesma maneira que ocorre em relação ao ambiente externo, o ambiente interno deve ser monitorado permanentemente. De acordo com OLIVEIRA (1996, p. 69-70), alguns dos fatores a serem considerados na análise interna são: Produtos de linha; novos produtos; promoção; comercialização; sistema de informações; estrutura organizacional; tecnologia; suprimentos; parque industrial; recursos humanos; estilo de administração; resultados empresariais; recursos financeiros/finanças; controle; e imagem institucional. 2.7.3 Ambiente externo De acordo com Oliveira (1996, p. 65), Nesta etapa verifica as ameaças e oportunidades que estão no ambiente da empresa e as melhores maneiras de evitar ou usufruir dessas situações. A empresa deve olhar para fora de si, para o ambiente onde estão as oportunidades e ameaças. Esta análise deverá ser efetuada pela empresa como um todo, considerando uma série de tópicos, entre os quais se podem destacar: Mercado internacional, nacional e regional; evolução tecnológica; fornecedores; aspectos econômicos e financeiros; aspectos socioeconômicos e culturais; aspectos políticos;entidades de classe; órgãos governamentais; mercado de mão-de-obra; e concorrentes. A avaliação do ambiente externo costuma ser dividida em duas partes. 26 Primeira : Fatores Macro ambientais As principais variáveis que compõem o macro ambiente ou ambiente indireto, conforme ANDRADE (2004, p. 56-60), são oito: • econômicas: inflação, taxa de juros, estabilidade monetária, mercado de capitais, etc.; • políticas: decisões governamentais, partidos políticos, ministérios, instituições diversas, etc.; • legais: legislação trabalhista, legislação tributárias, etc.; • culturais: índices de alfabetização, níveis de escolaridade, estrutura institucional do sistema educacional, características culturais da população, etc.; • sociais: estrutura socioeconômica, condições de vida da população, sistemas de valores, estilos de vida, etc.; • tecnológicas: capacidade de aquisição e desenvolvimento de tecnologia, ritmo de mudança tecnológica, etc.; • demográfica: índices de natalidade, índice de mortalidade, crescimento demográfico, crescimento populacional, etc.; • ecológico: condições físicas e geográficas de terreno, condições de clima, vegetação, etc. Entre os quais podemos citar questões demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, etc. Segunda: Fatores Micro ambientais Entre os quais podemos citar os beneficiários, suas famílias, as organizações congêneres, os principais parceiros, os potenciais parceiros, etc. Na prática, isso significa que mudanças que estão totalmente fora do controle da organização podem afetar (positiva ou negativamente) seu desempenho e sua forma de atuação. As mudanças no ambiente externo, sempre afetam de maneira homogênea todas as organizações que atuam numa mesma área geográfica e num mesmo mercado e, desta forma, representam oportunidades ou ameaças iguais para todo mundo. Quando ocorre uma mudança na legislação, por exemplo, todas as organizações são afetadas. Por outro lado, como uma oportunidade surgida do ambiente externo, podemos citar o crescimento dos partidos de esquerda, com maior propensão a investir na área social. Mais uma vez, todas as organizações têm a mesma possibilidade de se beneficiarem desta mudança no ambiente externo, mas, como bem sabemos, nem todas vão conseguir aproveitar esta oportunidade da mesma maneira. 27 Uma organização que perceba que o ambiente externo está mudando e que tenha agilidade para se adaptar a esta mudança aproveitará melhor as oportunidades e sofrerá menos as consequências das ameaças. Por isso, a análise do ambiente externo é tão importante. Segundo CERTO e PETER (1993, p. 38), "a análise do ambiente é o processo de monitoração do ambiente organizacional para identificar os riscos e oportunidades, tanto presentes como futuros, que possam influenciar a capacidade das empresas de atingir suas metas". O ambiente organizacional é o conjunto de todos os fatores, tanto internos como externos à organização, que possam afetar seu progresso para atingir suas metas. Segundo HARTMANN (1999), a análise externa é a identificação das oportunidades e ameaças e suas respectivas causas priorizadas, localizadas externamente ao seu negócio ou território, entendidas como fatores ou situações que podem ser aproveitadas ou neutralizadas, que afetam positiva ou negativamente os resultados. Toda análise de ambiente externo deve ser acompanhada da análise do grau de probabilidade de que um determinado evento ocorra. Por exemplo, se as pesquisas de opinião pública indicam um maior contentamento com um determinado governante, é mais provável que ele consiga aprovar as medidas que propuser no Congresso. Se, ao contrário, a opinião pública indica uma grande insatisfação com o governo atual, é provável que ele tenha dificuldade em aprovar medidas no Congresso. Conforme OLIVEIRA (1996, p. 84), “a análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a sua atual posição produto-mercado e prospectivas, quanto a sua posição produto-mercado desejada no futuro.” 28 A análise da situação deve levar em consideração não apenas o que está sendo sinalizado como uma alternativa de cenário, mas também qual é a probabilidade de que aquele cenário se concretize. Esta análise de cenários deve ser permanente, porque o ambiente externo é muito dinâmico e está sendo alterado constantemente. 2.8 Análise Financeira De acordo com o autor Anthony e Govindarajan (2001), controle Gerencial é um dos vários tipos das atividades de planejamento e controle que ocorrem numa organização. Neste segmento, definimos o controle gerencial e dois outros tipos de planejamento e controle: formulação de estratégias e controle de tarefas. Sendo que a finalidade é traçar limites de abrangência que distingam o controle gerencial dos outros tipos de controle. 2.8.1 Investimentos Segundo Braga (1995, p.23), “Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros e orientam-se para a obtenção de lucros.” Chamamos de investimentos os gastos de capital que o empreendedor precisará fazer para viabilizar materialmente o seu negócio ou projeto. É preciso criar uma infraestrutura, composta de bens e materiais, que possibilite a arrancada e o início das operações. Para construir a empresa, o empreendedor terá despesas tanto com licenças (alvará, registro de marca) quanto com aquisição de bens. 2.8.2 Classificação de Investimentos A Lei n.º 6.404/76 dá ao termo investimento significado restrito a alguns ativos. Quanto à intenção de resgate, o investimento pode ser classificado em temporário ou permanente. 29 Investimentos Temporários Os valores aplicados com a intenção de resgate dentro de algum prazo é classificada como investimentos temporários. Podem ser Aplicações de liquidez imediata e Título e valores mobiliários de curto e longo prazo. a) Aplicações de Liquidez Imediata – são aplicações que podem ser resgatadas ou vendidas imediatamente ou dentro de poucos dias. b) Títulos e valores mobiliários de curto prazo – são aplicações em títulos com prazo de resgate de até um ano, ou dentro do ciclo operacional seguinte, se esse for superior a um ano. c) Títulos e valores mobiliários de longo prazo – são aplicações em títulos com prazo de resgate com prazo de resgate superior a um ano, ou além do ciclo operacional seguinte, se esse for superior a um ano. Investimentos Permanentes Investimentos permanentes são ativos que produzem resultados no longo prazo. Os investimentos permanentes são valores aplicados para manutenção das atividades operacionais e com fins estratégicos. Mas esses investimentos podem ser vendidos a qualquer tempo, se isso for necessário ou conveniente para a empresa. Máquinas e equipamentos, marcas e patentes, pesquisas e desenvolvimento de novos produtos e processos, terrenos e edificações são alguns exemplos de investimentos permanentes. Análise do Investimento O mercado financeiro, composto por agentes financeiros de diversas naturezas, como bancos, financeiras, agentes de fomento, capitalistas de riscos e investidores, utiliza as informações do Plano de Negócios para diversos tipos de análises, a fim de conceder empréstimos, linhas de crédito, financiamentos, etc... 30 2.8.3 Métodos de Avaliação de Investimentos As técnicas de análise de investimentos mostram qual será o retorno do investimento feito comparando-o com o retorno oferecido pelo mercado. As estimativas feitas são baseadas nos saldos do fluxo de caixa e na taxa de atratividade do negócio. Os principais métodos de avaliação e análise das alternativas econômicas são: 2.8.3.1 Método do Payback Simples É um método fácil e direto que mede o prazo necessário para recuperar o investimento realizado, não leva em consideração o custo do capital da empresa. “Para a aplicação do método é necessário, primeiro, que o fluxo de caixa seja do tipo simples; isto é, que a sequência temporal dos capitais apresente apenas uma mudança de sinal. Segundo, deve-se definir de alguma maneira o prazo máximo tolerado para recuperar o capital investido” (Dornelas 2005, p. 172). Por exemplo, se o prazo máximo tolerado for igual a 3 anos, para que um projeto de investimento possa ser aceito deve apresentar um valor de PBS < 3 anos. • Se PBS do projeto < PBS máximo, então deve-se aceitar o projeto. • Se PBS do projeto = PBS máximo, então é indiferente aceitar o projeto. • Se PBS do projeto > PBS máximo, então não deve-se aceitar o projeto. Apesar de não ser recomendado como único método de avaliação, o Método do Payback Simples é muito usado pelos que decidem, pois é um método muito simples de ser avaliado e de ser aplicado, apresenta um resultado de fácil interpretação, é uma mediada de risco do projeto e serve também como uma medida de liquidez do projeto. As desvantagens do Método do Payback Simples é que não considera o valor do dinheiro no tempo e não é uma medida de rentabilidade do investimento. 31 2.8.3.2 Método da Taxa Interna de Retorno O método da taxa interna de retorno é um método de avaliação das propostas de investimentos com o emprego da taxa de retorno sobre um investimento em ativos, calculado ao encontrar a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas futuras com as saídas esperadas de caixa do projeto. Em suma, taxa interna de retorno é a taxa de desconto que leva o valor presente das entradas de caixa de um projeto a se igualar ao valor presente das saídas de caixa. (Weston, Brigham p. 536). Determina o rendimento proporcionado pelo negócio em determinado período (mensal ou anual). É considerada a técnica mais usada para a avaliação de alternativas de investimentos. Um dos critérios usados para a definição da aceitação ou não do projeto é comparar a TIR com a Taxa Requerida de Retorno (ou taxa de atratividade) do negócio. Se a primeira for maior que a segunda, aceita-se o projeto; se for menor, rejeita-se o projeto. Esse critério garante que a empresa esteja obtendo, pelo menos, sua taxa requerida de retorno. Investidores podem comparar a TIR também com a taxa de retorno que outras aplicações do mercado oferecem. Por definição segundo Lapponi a TIR é a taxa de juros que anula o VPL, isto é, VPL= 0 .Como a soma de todos os capitais na data inicial do projeto de investimento deve ser igual a zero. O critério do método da taxa interna de retorno estabelece que enquanto o valor da TIR for maior que o valor do custo do capital K, o projeto deve ser aceito. • TIR > K, o projeto deve ser aceito; • TIR = K, é indiferente aceitar ou não; • TIR < K, o projeto não deve ser aceito. 32 2.8.4 Demonstrativo do Resultado em Exercício(DRE) A demonstração de resultado tem por objetivo apresentar de forma dinâmica o resultado econômico da empresa num dado período de apuração. O lucro ou prejuízo do exercício é apurado pela diferença entre as receitas geradas e os custos e as despesas. A demonstração do resultado do exercício discrimina segundo o artigo 187 da Lei nº 6.404/76: - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos, e o lucro bruto; - as despesas com as vendas, as despesas administrativas, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; - o lucro ou prejuízo operacionais, as receitas e despesas não operacionais; - o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto; - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiarias, bem como as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. Deve-se destacar a diferença entre as receitas e os valores a serem recebidos, considerando que a receita seja proveniente de venda financiada aos clientes. A receita será reconhecida no ato da venda, e o encaixe só acontecerá no ato do recebimento. Corno você pode perceber, é possível gerar receitas e não ter liquidez, sendo talvez necessário contrair empréstimos para arcar com os 33 compromissos. Observe que o gestor deverá buscar o equilíbrio entre receitas e caixa. Para tanto, deve seguir unia política racional de realização de vendas e suas respectivas cobranças. Os fatos mencionados serão contabilizados com base no regime de competência, orientação fundamentada na teoria e na legislação. Nesse caso, quando se apura o resultado da empresa num determinado período, computam-se as receitas e os ganhos no momento em que a operação aconteceu, independentemente de seu recebimento. O mesmo acontece em relação aos custos, despesas, encargos ou perdas, pagos ou incorridos, relacionados a essas receitas e rendimentos. Para, de certa forma, conciliar a situação e atender a essas legislações, bem assim conservar bons critérios, a fim de não prejudicar a comparabilidade das demonstrações, poder-se-ia adotar a seguinte estrutura: (+) Receita Bruta de Vendas ( -) Deduções da Receita Bruta impostos e encargos s/vendas devolução e cancelamentos (=) Receita Líquida de Vendas e Serviços ( -) Custo dos Produtos Vendidos e dos Serviços Prestados (=) Lucro Bruto ( -) Despesas Operacionais Despesas com vendas Gerais e administrativas Honorários da administração Despesas financeiras Receitas financeiras Despesas de amortização Outras despesas operacionais (=) Lucro/Prejuízo Operacional (+/-) Despesas não Operacionais Receitas não operacionais 34 Despesas não operacionais (=) Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social ( -) Imposto de Renda ( -) Contribuição Social (=) Resultado Antes das Participações ( -) Participações (=) Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício Para, de certa forma, conciliar a situação e atender a essas legislações, bem assim conservar bons critérios, a fim de não prejudicar a comparabilidade das demonstrações, poder-se adotar esta estrutura. 2.8.5 Margem líquida Revela o percentual da receita operacional líquida que sobrou após serem deduzidas todas as despesas e computados os resultados não operacionais (Dornelas 2005, p. 171). • Margem Líquida = Lucro Líquido/Vendas 2.8.6 Rentabilidade do Ativo Total O ativo representa as aplicações dos recursos da empresa e é através destes que são realizadas as sua atividade, que por sua vez geram os resultados dos períodos (Dornelas 2005, p. 170). • Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido / Ativo Total 2.8.7 Retorno Sobre o Patrimônio Líquido Este Índice demonstra os efeitos que a estrutura de capitais e os juros pagos produzem nos lucros finais, informando se essa estrutura está beneficiando ou não os acionistas (Dornelas 2005, p. 170). 35 • Rentabilidade do Patrimônio Líquido = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido. 2.8.8 Análise de Lucro/Volume e Custo De acordo com ludícibus, afirma-se que: É de grande relevância para todos os níveis de gerência tem sido o bom aproveitamento de noções de custo para dissecar a anatomia da estrutura de custos da empresa e acompanhar os relacionamentos entre as variações de volume e variações de custos. (1998, p. 141) Para Crepaldi, entende-se que: A análise custo/volume/lucro é um instrumento utilizado para projetar o lucro obtido em diversos níveis possíveis de produção e vendas, e analisar o impacto sobre o lucro de modificações no preço de venda, nos custos ou em ambos. É baseada no custeio variável que estabelece qual a quantidade mínima que a empresa deverá produzir e vender para que não incorra em prejuízo. (1998, p.145) Para entender a natureza das relações entre custo, volume e lucro, necessário primeiro definir: 2.8.9 Custos Variáveis De acordo com Iudícibius (1998) custos variáveis são os que variam na mesma proporção das variações ocorridas no volume de produção ou medida de atividade. Segundo Crepaldi, “custos variáveis são aqueles que variam diretamente com a produção. Exemplos: mão-de-obra direta, matéria-prima e comissão de vendas”. (1998) Para o autor Atkinson et al, “custos variáveis mudam em proporção às mudanças no nível da produção. Custos de materiais diretos, por exemplo, podem aumentar 20%, quando a produção aumentar 20%”. (2000, p.184) 36 Assim se o pessoal de vendas é pago com um salário constante, os custos de vendas são fixos; se eles recebem uma comissão por cada unidade vendida, os custos de venda são variáveis. Com a definição dos autores, conclui-se que os custos variáveis alteram em função do aumento ou diminuição de volume de produção. 2.8.10 Custos Fixos Conforme autor Iudicíbius (1998), custos fixos são os que se mantêm inalterados, dentro de certos limites, independente das variações da atividade ou das vendas. Para Crepaldi (1998), custos fixos são aqueles que não variam diretamente com o volume de produção. Exemplos: aluguéis de fábrica, salários de gerentes, honorários da diretoria etc. Segundo o autor Atkinson et al, afirma-se que: Custos fixos não mudam com as mudanças no nível da produção (ou vendas) durante curto período de tempo. Aluguel e seguro para instalações de uma fábrica, por exemplo, não mudarão mesmo se a produção cair por 5 a 10%. (2000, p. 183) Conforme as definições dos autores acima mencionados, custo fixo não se altera em função do volume. 2.8.11 Margem de Contribuição Segundo Padoveze, conclui-se que: Margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade de produto. Significa que em cada unidade vendida à empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total vendido, teremos a contribuição marginal para a empresa. (2000, p.269) 37 Para Crepaldi, (1998), margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos e despesas variáveis, ou seja, é a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas variáveis e que contribuirá para a absorção dos custos fixos e para formar o lucro 2.8.12 Indicadores Financeiros Segundo Padoveze, afirma-se que: Os indicadores econômico-financeiros são os elementos que representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos efetuados a partir do balanço patrimonial e da demonstração de resultados, procurando números que ajudem no processo de clarificação do entendimento da situação da empresa, em seus aspectos patrimoniais, financeiros e de rentabilidade”. (2000 p. 146) O objetivo básico dos indicadores econômico-financeiros é evidenciar a posição atual da empresa, ao mesmo tempo em que, tentam inferir o que pode acontecer no futuro, com a empresa, caso aquela situação detectada pelos indicadores tenha sequência. 2.9 Comércio Varejista Varejo ou retalho é a venda de produtos ou a comercialização de serviços em pequenas quantidades, ao contrário do que acontece na venda por atacado. É a venda a retalho, como por partes de um todo, direta ao comprador final, consumidor do produto ou serviço, sem intermediários. Segundo Kotler (2000, p. 540), todas as atividades de venda de bens ou serviços diretamente aos consumidores finais são definidas como varejo. O local onde os produtos ou serviços são vendidos (lojas, rua ou residência do consumidor) não é importante. Da mesma forma, todas as maneiras pela qual estes bens ou serviços são vendidos estão incluídas no conceito de retalho, seja através de venda pessoal, correio, telefone ou máquina automática. 38 2.9.1 Mercado Mercado é o local onde as pessoas compram gêneros alimentícios e artigos de higiene, limpeza, frios, carnes, pães, hortifruti. Pode ser chamado de retalho de auto-serviço, no qual as pessoas fazem suas compras e não necessitam do auxílio de um vendedor, tendo contato com este somente no momento de passar as compras. Porém, no atendimento nas áreas de perecíveis (açougue e padaria) é necessário um funcionário qualificado. O tamanho mínimo para ser considerado um mercado vai de 100 m² até 200 m². Referencialmente, o supermercado está dividido em setores denominados: recebimento, estoque, retaguarda e frente de loja. 39 3 METODOLOGIA Segundo Roesch (2006) a metodologia descreve o plano de negócios que será realizado, ou seja, mostra o caminho para a construção de um trabalho de prática profissional que exige a coleta de análise de dados e informações. Na estrutura abaixo serão relacionadas às principais partes da metodologia que são: tipo de estudo, plano de coleta de dados, plano de análise e interpretação dos dados e cronograma de execução. Para a realização do Plano de negócios esta pesquisa será caracterizada como uma pesquisa exploratória e descritiva e quanto aos meios se caracteriza como uma pesquisa de campo, investigação documental e bibliográfica. 3.1 Tipo de Estudo No que tange os objetivos, a pesquisa é classificada como exploratória e descritiva. Conforme Gil (1999) a pesquisa exploratória tem o objetivo de proporcionar visão geral, visando aproximar a cerca de determinado fato. Tem também por finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias com o intuito de formular problemas mais precisos ou hipóteses para estudos posteriores. A pesquisa também se classifica como exploratória por envolver levantamento bibliográfico e entrevistas por meio de roteiro semiestruturado. • Pesquisa Documental: e, quanto aos procedimentos a pesquisa é classificada como documental, de cunho bibliográfico. A pesquisa bibliográfica será 40 utilizada para fazer a revisão da literatura, resgatando os principais autores sobre a temática em questão, serão utilizadas tanto fontes primárias como secundárias, tendo como base as publicações em livros, jornais, revistas e rede eletrônica, e outras fontes de material disponível sobre o assunto. Segundo Vergara (1998, p. 46) a “pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. • Pesquisa de campo: ocupa-se do levantamento dos dados dos fenômenos e suas ocorrências para formação das informações úteis, em relação ao comportamento do interno e externo da organização; Para a realização da pesquisa de campo, foi feita a visita e entrevista aos proprietários do Supermercado Casagrande de Ijuí-RS com o objetivo de coletar dados sobre a empresa, seu negócio, empreendimentos, dificuldades, desafios que vêm tendo, e também será realizado uma pesquisa na cidade de Coronel Barros, para obter os dados necessários para a estruturação do plano de negócios. 3.2 Coleta de dados Segundo Vergara (1998), os instrumentos que podem ser adotados como meios de coleta de dados são os seguintes: observação direta ou então participante, questionário, entrevista, acesso as normas da organização e mensuração ou medição. A coleta de dados do referente estudo será realizada em partes, de forma bibliográfica e documental com uso de livros, artigos, normas da organização e a outra parte foi realizada através de entrevistas com os sócios proprietários do Supermercado Casagrande, e junto a prefeitura de Coronel Barros. 3.3 Análise e interpretação dos dados A partir das informações coletadas através dos roteiros de pesquisa e observação o pesquisador tem a possibilidade de elaborar um texto, onde a análise deste, nas pesquisas científicas, se dá através do método de Análise de Conteúdo 41 (ROESCH, 2006). Este método segundo Weber (1990) citado por Roesch (2006) usa uma série de procedimentos para levantar inferências válidas a partir de um texto, buscando classificar palavras, frases ou mesmo parágrafos em categorias de conteúdo criando indicadores quantitativos. A análise de conteúdo é um meio eficiente para estudar as comunicações entre os homens, dando ênfase ao conteúdo das mensagens, onde são utilizadas três etapas básicas para a utilização desta técnica (TRIVIÑOS, 1997 apud PIZOLOTTO, 2000): 1. Pré-análise: consiste simplesmente na organização do material em questão; 2. Descrição analítica: o material das entrevistas é submetido a um estudo aprofundado, orientado pela revisão teórica previamente levantada; 3. Interpretação referencial: apoiada nas etapas anteriores, visa construir um referencial lógico, tendo, por embasamento, o escopo teórico, a reflexão e certa dose de intuição. 42 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DO PLANO DE NEGÓCIO O presente estudo apresenta uma proposta de plano de negócio e análise de viabilidade da instalação e estruturação de um Mercado Casagrande em Coronel Barros. Este é constituído por quatro tópicos principais, os quais são: Plano de Operação e Produção, Plano de Marketing, Plano Financeiro e Análise do Plano Financeiro. 4.1 Plano de Operação e Produção O Mercado Casagrande será criado a partir de formalização e de registro dos serviços prestados por seu proprietário Adriano Casagrande graduando do curso de administração da Unijuí. Esta necessidade tornou-se relevante devido a oportunidade de crescimento que o município de Coronel Barros pode proporcionar a um empreendimento desta área. A empresa será registrada no dia 05/01/2012 sob categoria de firma individual e enquadrada como pequena empresa, optando pela forma de tributação Simples. Tem como razão social A Casagrande ME e nome fantasia Mercado Casagrande estando localizada na rua da Imigração nº 313 centro do município de Coronel Barros. 4.1.1 Missão A missão da empresa será: Comercializar produtos de qualidade, com preços acessíveis, e excelência no atendimento. 43 4.1.2 Visão Ser referencia no município em qualidade e preços dentro de um ano, no ramo de comércio varejista. 4.1.3 Objetivos Para direcionar este plano de ação, o Mercado Casagrande estabeleceu alguns objetivos para serem alcançados. Estes objetivos são: • Conquistar 30% do mercado local no primeiro ano de funcionamento. • Obter uma receita bruta de R$ 800.000,00 no primeiro ano de atividade com uma lucratividade de aproximadamente 4%. 4.1.3.1 Situação planejada e desejada Para atingir os objetivos propostos e conquistar parte do mercado de trabalho a empresa adotará as seguintes estratégias: A empresa buscará obter um crescimento baseado em um relacionamento de parceria junto a seus fornecedores, ela também visará parcerias junto à comunidade local, com participação e colaboração em eventos da comunidade. Pretende manter um constante controle financeiro e planejamento de suas ações, com controles sobre o fluxo de caixa diariamente para alcançar os objetivos propostos e se manter no mercado de trabalho. 4.1.4 Estrutura organizacional e legal A empresa Mercado Casagrande caracteriza-se como firma individual, enquadrando-se com pequena empresa, optando pela forma de tributação Simples. Esta tem como razão social o nome A Casagrande ME e nome fantasia Mercado Casagrande. 44 4.1.4.1 Estrutura Funcional O Mercado Casagrande terá uma estrutura hierárquica simples já que, em se tratando de comércio, as decisões devem ser tomadas com muita rapidez para que o cliente não seja mal atendido. Para tal, o proprietário da empresa irá atuar como gerente administrativo (controle, pedidos, contabilidade, departamento de pessoal) e de negócios (vendas, propaganda, promoções). A empresa contará com cinco funcionários, além do proprietário, serão duas atendentes de caixa, um açougueiro, um padeiro, e um repositor, que será responsável pelo abastecimento do mercado e entrega de ranchos. Todos os funcionários serão subordinados diretamente ao proprietário. 4.1.4.2 Localização Mercado Casagrande irá localizar-se em uma sala comercial de 200 m², situada na Rua da Imigração nº 313 no centro do município de Coronel Barros-RS. Este espaço foi escolhido por localizar-se na principal avenida comercial da cidade, ter facilidade de acesso, boas condições de segurança, qualidade das instalações e a infraestrutura necessária para a realização das atividades. 4.1.5 Plano de operações Segue abaixo o plano de operação do mercado a ser implantado. 4.1.5.1 Administração A estrutura da empresa terá a gestão centralizada, uma vez que será concentrada no proprietário, em função do mesmo ter formação especifica para atuar no gerenciamento da empresa. Essa estrutura se dá em virtude do tamanho da empresa, sempre levando em consideração as contribuições que os colaboradores trouxerem em função de seu contato direto com o cliente. Os controles de estoque e as compras diretamente com os fornecedores também serão efetuados pelo proprietário. 45 4.1.5.2 Comercial As operações referentes a vendas serão realizadas no próprio estabelecimento. As vendas serão feitas a vista em dinheiro ou cartão de débito, e também poderão ser a prazo no cartão de crédito ou cheque pré-datado, sendo este último consultado antes da aceitação. 4.1.5.3 Controle de qualidade A qualidade será um dos pilares do mercado, já que é através dela que se pretende obter a fidelidade dos clientes, conquistar boa fatia do mercado e colocar em prática seu plano de desenvolvimento. A empresa trabalhará e produzirá produtos de qualidade, mantendo sempre um controle rigoroso do que for comercializado no mercado. 4.1.5.4 Parcerias Inicialmente a empresa trabalhará com terceirização para realizar os serviços contábeis, e advocatícios. 4.1.5.5 Sistemas de Gestão Operando com estrutura organizacional simplificada a empresa terá a preocupação de implantar um sistema de gestão no que tange aos controles contábeis; contas a pagar e receber; faturamento e estoque, os quais serão manuseados pelo proprietário e funcionários da empresa. Além destes, o sistema terá que abranger a gestão de custos e preços, onde será possível fazer relatórios do preço de venda, de apuração de margens e ponto de equilíbrio, que são informações fundamentais para o gerenciamento do negócio. 46 4.2 Plano de Marketing 4.2.1 Análise de Atratividade do Negócio A iniciativa de estruturar esse tipo de negócio aconteceu em função de experiências anteriores na família do proprietário, os quais constata a necessidade de uma nova empresa nesse ramo, pois existe um campo de trabalho pouco explorado no município de Coronel Barros, e pelos tipos de produtos comercializados que são de venda fácil, e também pela rentabilidade que este tipo de negócio proporciona. A empresa estará oferecendo vantagens competitivas para seus clientes, pois seu proprietário possui uma ideia clara de não abrir mais uma empresa, mas ser uma empresa com diferenciais competitivos e muito atrativos para seus consumidores. 4.2.1.1 Análise do Mercado (Produto, Clientes, Concorrentes e Fornecedores) O setor de atuação da empresa possui um grande potencial de crescimento no município de Coronel Barros, pois atualmente a cidade conta apenas com dois mini mercado, que não atendem a demanda da população e tem seus preços muito acima do praticado em outras empresas do mesmo ramo, o que acaba obrigando os moradores a fazer suas compras no município de Ijuí. Segundo dados do IBGE o município possuía no ano de 2.007 uma população de 2.459 habitantes, o mercado tem a intenção inicial de atingir 30% da população (738 pessoas) como o numero médio de pessoas por família em Coronel Barros de três, o mercado irá atingir 246 famílias. Os clientes serão pessoas do publico urbano e rural que procuram mercadorias de higiene, limpeza e alimentos em geral. A empresa trabalhará com os seguintes diferenciais competitivos em relação aos seus concorrentes: • Qualidade dos produtos, tanto os comercializados, quanto os produzidos no estabelecimento; 47 • Bom atendimento aos seus clientes; • Preços acessíveis; • Entrega de ranchos nas residências, urbanas e do interior; 4.2.1.2 Análise de Oportunidades e Riscos Destacam-se as principais oportunidades neste negócio, oferecer uma completa linha de produtos de alimentação, higiene e limpeza, diferentemente dos concorrentes já instalados na cidade, a localização central da empresa, experiência familiar neste ramo de negócio, e a principal oportunidade será a diferenciação pelo preço. Entre os principais riscos encontrados estão: tradição dos concorrentes; baixa expansão populacional da cidade; e por se tratar de um município basicamente agrícola, uma crise na agricultura. 4.3 Plano Financeiro Na sequência apresenta-se o plano financeiro, sendo apresentado por quadros, iniciando pela estimativa do investimento fixo necessário para a implantação da empresa, seguido do prazo vendas/compras/estoque do mercado, a estimativa de capital de giro necessário, a estimativa dos investimentos préoperacionais para a abertura do mesmo, a estimativa do investimento total, a estimativa do faturamento mensal do mercado, os custos para comercialização das mercadorias, a estimativa dos custos com pessoal: salários e encargos, a estimativa do custo de depreciação, a estimativa das despesas fixas operacionais mensais da empresa, finalmente a demonstração dos resultados mensal, a demonstração dos resultados dos três meses iniciais, o quadro da construção de cenários, onde consta uma demonstração dos resultados com uma média dos 12 meses, o valor acumulado no ano e uma simulação de queda das vendas e seus impactos na empresa, e o fluxo de caixa projetado para os seis meses iniciais do mercado, os quadros indicadores de viabilidade: a lucratividade, rentabilidade, prazo de retorno do investimento, valor presente líquido e taxa interna de retorno. 48 4.3.1 Investimentos e Financiamento No quadro 5, pode-se verificar a relação dos investimentos fixos necessários para a instalação da empresa. Quadro 5: Estimativa do Investimento Fixo DISCRIMINAÇÃO MAQUINAS E EQUIPAMENTOS VALOR R$ 19.900,00 3 Computadores Impressora Fiscal Bematech Serra para Açougue Moedor/Amaciador de Carne Geladeira para Armazenamento de Carnes Ilha de Congelados Geladeira para Frios 2 Balanças Forno à Lenha Estufa para Pães Etiquetador Luzes de Emergência 4.800,00 1.450,00 750,00 480,00 2.200,00 2.100,00 1.890,00 2.580,00 2.840,00 580,00 80,00 150,00 MÓVEIS E UTENSÍLIOS 12.750,00 Mesas (açougue, padaria) Prateleiras Cadeiras Balcão Balcão para Açougue Balcão para Padaria 650,00 8.000,00 850,00 350,00 1.700,00 1.200,00 VEÍCULO 8.000,00 Caminhonete Usada 8.000,00 TOTAL DO INVESTIMENTO FIXO Fonte: Dados conforme pesquisa. 40.650,00 No quadro anterior, descreve-se item por item de investimentos fixos que o mercado necessitará para a implantação de toda a infraestrutura física da empresa. Conforme quadro a empresa estará investindo um valor em torno de R$ 40.650,00, distribuídos em Máquinas e Equipamentos, Móveis e Utensílios e Veículo. 49 Quadro 6: Prazo de Vendas/Compras/Estoques POLÍTICAS DE VENDAS a) Prazo médio de vendas das mercadorias Vendas à vista Vendas à prazo POLÍTICAS DE COMPRAS b) Prazo médio de compras Á vista Á prazo POLÍTICAS DE ESTOQUES c) Necessidade média de estoques ESTIMATIVA ESTOQUE INICIAL d) Necessidade de investimento inicial em estoque % 40 60 Prazo Médio Dias % 50 50 Prazo Médio Dias 35 21 45 22,5 Dias 20 R$ 75.000,00 Fonte: Dados conforme pesquisa. O quadro 6 relaciona a política das vendas, das compras e do estoque que a empresa vai adotar. A política das vendas será 40% á vista e 60% à prazo, o que resultará a um prazo médio de 21 dias, a política das compras será de 50% á vista e 50% à prazo, com prazo médio de 22,5 dias e a política de estoques será em uma média de 20 dias, ou seja, é o período que abrange desde a data em que foi feito o pedido ao fornecedor até o momento em que os produtos são vendidos. A empresa verificou a necessidade de um investimento inicial em estoques no valor de R$ 75.000,00. A empresa estará negociando e acompanhando mensalmente os prazos, principalmente com seus fornecedores e também com seus clientes, com o objetivo de não deixar muito tempo mercadoria parada no estoque da empresa. Quadro 7: Estimativa do Capital de Giro 1. Aplicações de Recursos Disponibilidade para 1 dia Contas a Receber Estoques 2. Fonte de Recurso Fornecedores Tributos/Salários Empréstimos 3. Necessidade de Capital de Giro Fonte: Dados conforme a pesquisa Valor R$ 1.428,57 45.072,42 36.163,27 94.827,83 54.244,90 10.582,93 30.000,00 30.000,00 50 Esse quadro representa a reserva de dinheiro necessária para que a empresa possa cobrir seus custos até que as contas a receber entrem no caixa. O valor da disponibilidade de 1 dia é o valor médio que a empresa precisa ter em caixa para movimentar seu negócio, no valor de R$ 1.428,57, esse valor resulta da divisão do capital de giro no valor de R$ 30.000,00 e vinte e um dias úteis mensais. O valor das contas a receber é o faturamento estimado da empresa de R$ 75.120,70 multiplicado pelo percentual de 60% das vendas que a empresa está estimando que serão à prazo, que totaliza em R$ 45.072,42. O valor dos estoques é calculado pelo Custo das Mercadorias Vendidas no valor de R$ 54.244,90 dividido por 30 dias multiplicado por 20 dias que se refere a necessidade de dias do estoque mínimo da empresa. As fontes de recursos da empresa foram divididas em: fornecedores no valor de R$ 54.244,90, tributos, salários e pró-labore no valor de R$ 10.582,93 e também empréstimos no valor de R$ 30.000,00, os quais a empresa tomará para investir na sua abertura. Ela tomará esse recurso em instituição financeira, e pagará em 36 meses, com um juro mensal de 1,20%. Conforme o quadro a empresa necessitará de R$ 30.000,00 de capital de giro para o início de suas atividades. Quadro 8: Estimativa do Investimento Pré-operacional Estimativa dos Investimentos Pré-Operacionais Despesas de legalização Divulgação Cursos e treinamentos Total dos Investimentos Pré-operacionais Fonte: Dados conforme a pesquisa Valor R$ 2000,00 1500,00 850,00 4350,00 O quadro 8 relaciona todas as despesas iniciais para o início das atividades da empresa, como despesas de legalização, divulgação de sua abertura nos meios de comunicação e cursos e treinamentos de padeiro e atendimento para os empregados da empresa. 51 Quadro 9: Estimativa de Investimento Total Estimativa de Investimento Total (Resumo) Estimativa dos Investimentos Fixos Estimativa dos Investimentos Financeiros Estimativa de Capital de Giro Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais TOTAL DOS INVESTIMENTOS Fonte: Dados conforme a pesquisa R$ 40.650,00 75.000,00 30.000,00 4.350,00 150.000,00 % 27,10 50,00 20,00 2,90 100,00 O quadro 9 demonstra o total de investimento para a implantação do mercado. Este valor está dividido em quatro grupos, totalizando 100%, um valor de R$ 150.000,00. Os investimentos fixos representam 27,10% do total dos investimentos, os investimentos financeiros representam 50% do total, o qual é o mais significativo para o investimento, a estimativa do capital de giro representa 20% do total á investir e os investimentos pré-operacionais representam 2,90% do total do investimento que a empresa efetuará para sua abertura. Estimativa dos Investimentos Fixos Estimativa dos Investimentos Financeiros Estimativa de Capital de Giro Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais Figura 3: Estimativa de Investimento Total Fonte: Dados conforme a pesquisa 4.3.2 Receitas, Custos e Despesas Na sequência apresenta-se quadro 10 onde consta a projeção de faturamento mensal da empresa. 52 O quadro 10 é a previsão de faturamento mensal que a empresa estima vender após sua abertura, um valor de R$ 75.120,70. Nele consta vinte dos principais grupos de produtos do mercado. Quadro 10: Estimativa de Faturamento Mensal Descrição do Grupo de Produto 1 Empacotados 2 Hortigranjeiros 3 Açougue 4 Padaria 5 Enlatados 6 Condimentos 7 Matinais 8 Conservas 9 Biscoitos 10 Massas 11 Higiene Pessoal 12 Limpeza 13 Bebidas (frias) 14 Bebidas (quentes) 15 Iogurtes 16 Margarinas 17 Doces/Chocolates 18 Bazar 19 Congelados 20 Latícinios VENDA TOTAL DO MÊS Fonte: Dados conforme a pesquisa Projeção de Venda (R$) 15097,60 5765,20 8679,10 3715,90 2879,40 2457,80 3210,40 1096,10 1763,80 2783,50 3978,60 4986,40 9446,80 587,40 1523,90 876,40 1027,80 1365,80 1523,30 2355,50 75.120,70 Tendo em visita as características dos consumidores da empresa, ela necessitará ter diversos produtos, devido os grupos de cliente que a empresa estará trabalhando, mas alguns destes poderão ter baixa rotatividade, são exemplos os grupos de bebidas quentes e conservas, que são mercadologicamente de baixa comercialização. No quadro 11 são todos os custos que incidem sobre a venda, os tributos que a empresa pagará conforme seu faturamento. Ela pagará R$ 4.507,24 de Simples e ICMS no valor de R$ 1.397,25. A empresa está estimando que esteja vendendo 29,95% de suas vendas totais com o cartão de crédito, as quais terá um custo com a administradora de cartões de 2% sobre as vendas. 53 Quadro 11: Custos de Comercialização Tributos e Comissões IMPOSTOS FEDERAIS PIS/CONFINS/CSSL ou SIMPLES IMPOSTOS ESTADUAIS ICMS médio ou SIMPLES IMPOSTOS MUNICIPAIS ISS Gastos com vendas Administradora de Cartões de Crédito TOTAL Fonte: Dados conforme a pesquisa. VALOR (R$) % R$ 75.120,70 6 4.507,24 75.120,70 1,86 1.397,25 - - - 22.500,00 2 450,00 R$ 6.354,49 O quadro 12 trata da estimativa dos custos com pessoal que a empresa terá com seus cinco funcionários (duas atendentes de caixa, um açougueiro, um padeiro, e um repositor). No quadro consta o salário bruto, os encargos a serem pagos pela empresa para cada funcionário e valor estimado da folha de pagamento mensal da empresa. Não foi calculado o valor referente ao INSS em função de que a empresa é optante do SIMPLES, e na alíquota dele já está incluído esse montante. Quadro 12: Estimativa dos custos com Pessoal: salários e encargos DESPESAS COM PESSOAL Salário Bruto % Açougueiro Padeiro R$ R$ 750,00 650,00 R$ R$ 8,33 Férias 62,48 54,15 R$ R$ 8,33 13º salário 62,48 54,15 R$ R$ 2,78 1/3 férias 20,85 18,07 895,8 776,36 Subtotal R$ R$ 7 Previsões 62,71 54,35 R$ R$ 8 FGTS 71,66 62,11 R$ R$ Total 1.030,17 892,81 Fonte: Dados conforme pesquisa Atendente de Atendente de Caixa 1 Caixa 2 R$ 550,00 R$ 45,82 R$ 45,82 R$ 15,29 656,92 R$ 45,98 R$ 52,55 R$ 755,46 R$ 550,00 R$ 45,82 R$ 45,82 R$ 15,29 656,92 R$ 45,98 R$ 52,55 R$ 755,46 Repositor TOTAL R$ 550,00 R$ 45,82 R$ 45,82 R$ 15,29 656,92 R$ 45,98 R$ 52,55 R$ 755,46 R$ 4.189,36 54 O quadro a seguir, a empresa todo o investimento em imobilizado que será necessário para o funcionamento da empresa, conforme desgaste que as máquinas, equipamentos, móveis e veículo vierem a sofrer deverão ser repostos periodicamente conforme quadro. Quadro 13: Estimativa do custo com Depreciação VALOR R$ DISCRIMINAÇÃO MAQUINAS EQUIPAMENTOS E 3 Computadores 1 Impressoras Fiscais Bematech Serra para Açougue Moedor/Amaciador de Carne Geladeira para Armazenamento de Carnes Ilha de Congelados Geladeira para Frios 2 Balanças Forno à Lenha Estufa para Pães Etiquetadora Luzes de Emergência Valor a Taxa Valor ser de residual deprecia deprec do iação Depreciação Ano Depreciação Mensal 19.900,00 4.800,00 480,00 4.320,00 25% 1080,00 90,00 1.450,00 145,00 1.305,00 25% 326,25 27,19 750,00 75,00 675,00 25% 168,75 14,06 480,00 48,00 432,00 25% 108,00 9,00 2200,00 220,00 1.980,00 25% 495,00 41,25 2100,00 1890,00 2580,00 2840,00 580,00 80,00 150,00 210,00 189,00 258,00 284,00 58,00 8,00 15,00 1.890,00 1.701,00 2.322,00 2.556,00 522,00 72,00 135,00 25% 25% 25% 25% 25% 25% 25% 472,50 425,25 580,50 639,00 130,50 18,00 33,75 39,38 35,44 48,38 53,25 10,88 1,50 2,81 65,00 800,00 85,00 35,00 170,00 120,00 585,00 7.200,00 765,00 315,00 1.530,00 1.080,00 10% 10% 10% 10% 10% 10% 58,50 720,00 76,50 31,50 153,00 108,00 4,88 60,00 6,38 2,63 12,75 9,00 20% 1440,00 120,00 7065,00 588,75 MÓVEIS E UTENSÍLIOS 12750,00 Mesas (açougue, padaria) Prateleiras Cadeiras Balção Balção para Açougue Balção para Padaria 650,00 8000,00 850,00 350,00 1700,00 1200,00 VEÍCULO 8000,00 Caminhonete Usada 8000,00 800,00 7.200,00 TOTAL DO INVESTIMENTO FIXO 40650,00 4065,00 36585,00 Fonte: Dados conforme a pesquisa No quadro 13 são apresenta às despesas fixas mensais da empresa, elas ocorrem independente do volume de vendas. As despesas que representam significativamente no orçamento da empresa serão: mão-de-obra e encargos que 55 representam 35,98% do total, o pró-labore, que representa 17,18%, e o aluguel que a empresa pagará representando 10,09% do total dos custos fixos. Quadro 13: Estimativa das despesas fixas Operacionais Mensais DISCRIMINAÇÃO Mão-de-Obra + Encargos Retirada do Proprietário (Pró-labore) Água Luz Telefone Contador Despesas com veículo Material de Expediente e Consumo Aluguel Propaganda e Publicidade Depreciação Mensal Manutenção Serviços de Terceiros Parcela do Financiamento Despesas com Juros do Financiam. TOTAL Fonte: Dados conforme a pesquisa VALOR R$ 4189,36 2000,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 250,00 1000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 197,00 11643,44 % 35,98 17,18 0,69 3,86 0,77 4,68 3,44 2,15 8,59 6,87 5,06 1,03 0,86 7,16 1,69 100,00 O financiamento que a empresa vai contrair será de R$ 30.000,00, o qual será adquirido com juros de 1,20% ao mês, com o prazo para pagamento em 36 parcelas, com um valor aproximado de parcela de R$ 833,33 e juros mensais de R$ 197,00. Na sequência pode-se visualizar os percentuais das despesas que foram projetadas para o desempenho da atividade comercial da empresa. 56 Figura 4: Estimativa das despesas fixas operacionais mensais Fonte: Dados conforme a pesquisa 4.3.3 Resultado, Fluxo de Caixa e Cenários O quadro a seguir demonstra os resultados a serem atingidos no mercado, conforme plano proposto. 57 Quadro 14: Demonstrativo dos Resultados DISCRIMINAÇÃO 1. Receita Total Vendas (à vista) Vendas (a prazo) 2. Custos Variáveis Totais Previsão de Custos (CMP e/ou CMV) IMPOSTOS FEDERAIS PIS/COFINS/SIMPLES IMPOSTOS ESTADUAIS ICMS médio ou SIMPLES IMPOSTOS MUNICIPAIS ISS Outras despesas com vendas Administradora de Cartão de Crédito 3. Margem de Contribuição 4. Custos Fixos Totais Mão-de-Obra + Encargos Retirada do Proprietário (Pró-labore) Água Luz Telefone Contador Despesas com veículo Material de Expediente e Consumo Aluguel Propaganda e Publicidade Depreciação Mensal Manutenção Serviços de Terceiros Parcela do Financiamento Despesas com Juros do Financiam. 5. Resultado Operacional (Lucro/Prejuizo) Fonte: Dados conforme a pesquisa VALOR R$ 75.120,70 30.048,28 45.072,42 60.599,30 54.244,90 % 100,00 40,00 60,00 93,36 72,21 4.507,24 15,00 1.397,25 4,65 0,00 0,00 450,00 14.521,31 11.643,44 4.189,36 2.000,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 250,00 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 197,00 2877,87 1,50 6,64 100,00 35,98 17,18 0,69 3,86 0,77 4,68 3,44 2,15 8,59 6,87 5,06 1,03 0,86 7,16 1,69 3,83 Por meio do demonstrativo de resultados, considerando uma venda cheia é possível verificar se a empresa estará tendo lucro ou prejuízo no período apurado. A empresa estima uma receita total média de vendas no valor de R$ 75.120,70, desse valor é necessário descontar os custos variáveis totais, entre eles pode-se citar o custo das mercadorias vendidas e os encargos pagos sobre a venda, esse valor é estimado em R$ 60.599,39, resultando em R$ 14.521,31 que é a margem de contribuição. Cabendo ainda descontar as despesas fixas mensais da 58 empresa no valor de R$ 11.643,44, resultando em um lucro operacional líquido de R$ 2.877,87. O quadro a seguir, apresenta o demonstrativo dos resultados na empresa nos seus três meses iniciais. Quadro 15: Demonstrativo dos Resultados nos três meses iniciais DISCRIMINAÇÃO 1. Receita Total Previsão de Vendas MÊS 01 30.048,28 30.048,28 MÊS 02 75.120,70 75.120,70 MÊS 03 75.120,70 75.120,70 2. Custos Variáveis Totais Previsão de Custos (CMP e/ou CMV) PIS/COFINS/SIMPLES ICMS médio ou SIMPLES Administradora de Cartão de Crédito 24.509,76 21.697,96 1.802,90 558,90 450,00 60.599,30 54.244,90 4.507,24 1.397,25 450,00 60.599,30 54.244,90 4.507,24 1.397,25 450,00 3. Margem de Contribuição 5.538,52 14.521,31 14.521,31 4. Custos Fixos Totais Mão-de-Obra + Encargos Retirada do Proprietário (Pró-labore) Água Luz Telefone Contador Despesas com veículo Material de Expediente e Consumo Aluguel Propaganda e Publicidade Depreciação Mensal Manutenção Serviços de Terceiros Parcela do Financiamento Despesas com Juros do Financiam. 11.643,44 4.189,36 2.000,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 250,00 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 197,00 11.643,44 4.189,36 2.000,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 250,00 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 197,00 11.643,44 4.189,36 2.000,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 250,00 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 197,00 (6.104,92) 2.877,87 2.877,87 5. Resultado Operacional (Lucro/Prejuizo) Fonte: Dados conforme a pesquisa O quadro anterior demonstra o resultado mensal dos três meses iniciais da empresa, no qual apresenta que no primeiro mês ela terá um valor de venda de R$ 30.048,28, o qual representa 40% da venda cheia nos demais meses, e seus 59 impostos e custo da mercadoria vendida também serão calculados proporcionalmente as vendas naquele mês. Constata-se um prejuízo no primeiro mês de R$ 6.104,92, já no decorrer dos próximos meses com a venda cheia estimase um lucro de R$ 2.877,87. O quadro 16 relaciona a demonstração de resultado da empresa média mensal nos 12 meses e anual. Podemos perceber que mensalmente a empresa terá uma venda média de R$ 71.364,67, sendo que no primeiro mês ela terá um valor venda de R$ 30.048,28, o que representa 40% da venda cheia nos demais meses, no ano a empresa terá um acumulado no valor de R$ 856.375,98. Os custos totais, incluindo o custo de mercadoria vendida, encargos e outras despesas com vendas totalizam mensalmente um média de R$ 57.591,92, e um acumulado de R$ 691.103,04. Após descontar das vendas os custos variáveis totais resultarão na margem de contribuição no valor de R$ 13.772,75 mensalmente e R$ 162.73,00 no ano. Desse valor é necessário descontar todas as despesas mensais fixas da empresa que mensalmente resultam em R$ 11.643,44 e anualmente no valor de R$ 139.721,28. Resultado um lucro líquido médio mensal de R$ 2.129,31 e R$ 25.551,72 no ano. 60 Quadro 16: Construção de Cenários MÉDIA MENSAL ANUAL SIMULAÇÃO VALOR R$ % VALOR R$ % 71.364,67 71.364,67 100,00 100,00 856.376,04 856.376,04 57.591,92 93,36 51.532,66 100,00 100,00 VALOR R$ 45.000,00 45.000,00 100,00 100,00 691.103,04 93,36 36.315,15 93,36 72,21 618.391,92 72,21 32.494,65 72,21 4.281,88 1.327,38 15,00 4,65 51.382,56 15.928,56 15,00 4,65 2.700,00 837,00 15,00 4,65 450,00 1,50 5.400,00 1,50 283,50 1,50 3. Margem de Contribuição 13.772,75 6,64 165.273,00 6,64 8.684,85 6,64 4. Custos Fixos Totais Mão-de-Obra + Encargos Retirada do Proprietário (Prólabore) Água Luz Telefone Contador Despesas com veículo Material de Expediente e Consumo Aluguel Propaganda e Publicidade Depreciação Mensal Manutenção Serviços de Terceiros Parcela do Financiamento Despesas com Juros do Financiam. 11.643,44 4.189,36 100,00 35,98 139.721,28 50.272,32 100,00 35,98 11.643,44 4.189,36 100,00 35,98 2.000,00 17,18 24.000,00 17,18 2.000,00 17,18 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 0,69 3,86 0,77 4,68 3,44 960,00 5.400,00 1.080,00 6.540,00 4.800,00 0,69 3,86 0,77 4,68 3,44 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 0,69 3,86 0,77 4,68 3,44 250,00 2,15 3.000,00 2,15 250,00 2,15 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 8,59 6,87 5,06 1,03 0,86 7,16 12.000,00 9.600,00 7.065,00 1.440,00 1.200,00 9.999,96 8,59 6,87 5,06 1,03 0,86 7,16 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 8,59 6,87 5,06 1,03 0,86 7,16 197,00 1,69 2.364,00 1,69 197,00 1,69 2.129,31 2,98 25.551,72 2,98 (2.958,59) (6,57) DISCRIMINAÇÃO 1. Receita Total Previsão de Vendas 2. Custos Variáveis Totais Previsão de Custos (CMP e/ou CMV) PIS/COFINS/SIMPLES ICMS médio ou SIMPLES Administradora de Cartão de Crédito 5. Resultado Operacional (Lucro/Prejuizo) % Fonte: Dados conforme a pesquisa Neste quadro após a finalização do plano de negócios, foram simulados valores diferentes para a empresa, ou seja, uma simulação de queda nas venda, onde as mesmas totalizam R$ 45.000,00 e as despesas fixas mensais permanecem as mesmas, pois mesmo reduzindo a venda os custos fixos da empresa são os mesmos. Podemos constatar um prejuízo no valor de R$ 2.958,59. Essa simulação é de grande importância ao proprietário, pois poderá constatar cenários pessimistas (queda nas vendas ou aumento dos custos) ou otimistas (crescimento do 61 faturamento e diminuição das despesas). Na construção do cenário, é fundamental que a simulação considere fatores como nos primeiros meses as vendas serem maiores, mas caírem após um período de abertura, nesse caso o administrador deverá estar preparado para se manter no mercado. Na sequência pode-se visualizar um gráfico comparativo da demonstração de resultado do primeiro mês de atividade da empresa, o segundo mês, considerando venda cheia e o demonstrativo de resultados médio mensal nos doze meses iniciais da empresa. Figura 5: Gráfico comparativo da demonstração de resultados Fonte: Dados conforme a pesquisa Nesse gráfico pode ser observado que no primeiro mês a empresa, devido sua venda ser estimada em 40% da venda cheia, é estimado um prejuízo de R$ 6.104,92, já no segundo mês sua receita total aumenta e assim é estimado um lucro mensal de R$ 2.877,87. Além disso, se analisar uma média mensal dos doze meses a empresa terá uma receita total de R$ 71.634,67 mensal, custos variáveis médios 62 de R$ 57.591,92 uma margem de contribuição média de R$ 13.772,75 e um resultado médio dos doze meses de R$ 2.129,31. O quadro 17 relaciona o fluxo de caixa projetado dos seis meses iniciais da empresa, onde podemos perceber que o saldo inicial para começar as suas atividades está estimado em R$ 30.000,00 e sua receita das vendas está estimada em R$ 30.048,28, já suas saídas totalizam R$ 40.533,20 ocasionando um saldo positivo de R$ 19.515,08. No segundo mês com o aumento da receita de vendas, o saldo de entradas aumenta em R$ 45.072,42 e suas despesas e custos também aumentam em R$ 31.709,63, com esse acréscimo o saldo liquido do mês aumenta em R$ 2.877,87 passando para R$ 22.392,95. No decorrer dos próximos meses a empresa se mantém com um saldo positivo, isso significa que com a receita de suas vendas, a empresa consegue pagar seus custos variáveis e suas despesas mensais e mantém um saldo liquido mensal positivo para alguma eventualidade ou necessidade da empresa. 63 Quadro 17: Fluxo de caixa projetado para 6 meses iniciais ESPECIFICAÇÕES Saldo Inicial MÊS 01 30.000,00 MÊS 02 19.515,08 MÊS 03 22.392,95 MÊS 04 25.270,82 MÊS 05 28.148,69 MÊS 06 31.026,56 ENTRADAS Receita da venda de mercadorias 30.048,28 75.120,70 75.120,70 75.120,70 75.120,70 75.120,70 30.048,28 75.120,70 75.120,70 75.120,70 75.120,70 75.120,70 40.533,20 SAÍDAS 24.539,76 Custos Variáveis Custo das mercadorias vendidas 21.697,96 Simples 1.802,90 Icms médio ou Simples 588,90 Administração Cartão de crédito 450,00 72.242,83 60.599,39 72.242,83 60.599,39 72.242,83 60.599,39 72.242,83 60.599,39 72.242,83 60.599,39 54.244,90 54.244,90 54.244,90 54.244,90 54.244,90 4.507,24 1.397,25 450,00 4.507,24 1.397,25 450,00 4.507,24 1.397,25 450,00 4.507,24 1.397,25 450,00 4.507,24 1.397,25 450,00 Despesas Pré-operacionais Despesas de legalização Divulgação Cursos e treinamentos 4.350,00 2.000,00 1.500,00 850,00 - - - - - Despesas Fixas Mão-de-Obra + Encargos Retirada do Proprietário (Prólabore) Água Luz Telefone Contador Despesas com veículo Material de Expediente e Consumo Aluguel Propaganda e Publicidade Depreciação Mensal Manutenção Serviços de Terceiros Parcela do Financiamento Despesas com Juros do Financiam. 11.643,44 4.189,36 11.643,44 4.189,36 11.643,44 4.189,36 11.643,44 4.189,36 11.643,44 4.189,36 11.643,44 4.189,36 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 80,00 450,00 90,00 545,00 400,00 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00 250,00 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 1.000,00 800,00 588,75 120,00 100,00 833,33 197,00 197,00 197,00 197,00 197,00 197,00 Saldo Líquido do Mês 19.515,08 22.392,95 25.270,82 28.148,69 31.026,56 33.904,43 Fonte: Dados conforme a pesquisa O fluxo de caixa anterior é fundamental para empresa, pois através dele podemos acompanhar mensalmente as entradas e saídas da empresa e assim o proprietário está ciente do capital de giro disponível, pois sabendo quanto à empresa possui de saldo de caixa, ela pode negociar descontos nas compras de mercadorias, e fazendo o pagamento das mesmas à vista. 64 4.4 Análise do Plano Financeiro Na sequência serão apresentados os indicadores que estarão medindo a viabilidade do mercado a ser implantado. Quadro 18: Lucratividade Lucro Líquido x 100 Receita Total Fonte: Dados conforme a pesquisa Lucratividade (%)= 2.877,87 x 100 = 3,83% 75.120,70 O quadro 18 apresenta a lucratividade, a qual é um indicador que mede o lucro líquido médio sobre o valor total das vendas, ela está estimada em 3,83%. A lucratividade dessa empresa servirá para capital de giro, compra de estoques e reinvestimento se a empresa vier a precisar. Quanto mais alto esse percentual melhor, pois demonstra que após realizar suas vendas e pagar todas as suas despesas e impostos, estará sobrando esse valor para a empresa efetuar investimentos. Quadro 19: Rentabilidade Lucro Rentabilidade (%)= Líquido x 100 Invest Total Fonte: Dados conforme a pesquisa 2.877,87 x 100 = 1,92% 150.000,00 No quadro 19 é apresentada à rentabilidade, este indicativo representa o quanto rende mensalmente o resultado da empresa em relação ao investimento total, nesse caso pode-se considerar que o proprietário irá recuperar mensalmente 1,92% do total do valor investido, através dos lucros obtidos no negócio. 65 Quadro 20: Prazo de Retorno do Investimento Prazo de Retorno do Investimento Investimento (meses) Total Lucro Liquido Fonte: Dados conforme a pesquisa x 100 150.000,00 x 100 = 2.877,87 52,1 Meses O quadro 20 demonstra o prazo de retorno do investimento, o qual é o tempo necessário que a empresa necessitará para retornar a seu proprietário o capital investido, através do lucro obtido mensalmente, conforme quadro ela necessitará de 52,1 meses. Quadro 21: Valor Presente Líquido e Taxa Interna de Retorno Investimento Lucro Líquido Ano Inicial Anual 0 150.000,00 150.000,00 1 34.534,44 2 34.534,44 3 34.534,44 4 34.534,44 5 34.534,44 6 34.534,44 7 34.534,44 8 34.534,44 9 34.534,44 10 34.534,44 Fonte: Dados conforme a pesquisa TMA 12% VPL TIR R$ 45.127,29 19% No quadro 21 considerando um o lucro líquido anual de R$ 34.534,44 (R$ 2.877,87 mensal) e uma taxa mínima de atratividade (TMA) de 12% ao ano, pelo tempo de 10 anos, temos um valor presente líquido positivo, isso significa que se todas as entradas forem descapitalizadas para a data zero elas cobrem o investimento inicial e geram um adicional de R$ 45.127,29, tornando assim o projeto viável. Outra forma de analisar a viabilidade deste mesmo fluxo é pela taxa interna de retorno (TIR), neste caso temos uma TIR de 19%, superior à expectativa de TMA de 12%, o que nos mostra novamente que o projeto é viável. 66 CONCLUSÃO Diante do mercado competitivo não é mais possível abrir uma empresa sem planejar, sem estruturar, sem fazer uma análise da atratividade do negócio, uma análise do mercado atual, das oportunidades e riscos que este lhe oferece. Vivenciamos diariamente empresas sendo abertas sem nenhum conhecimento por parte de seus gestores do mercado concorrentes, somente na ânsia de dar certo, mas muitas vezes em pouco tempo acabam se frustrando e não tendo condições de mantê-las abertas. Foi isso que se buscou nesse trabalho, elaborar um plano de negócios para contribuir na implantação da empresa, onde se conclui a partir desse estudo que é uma excelente ferramenta, o qual descreve passo a passo às ações para alcançar os objetivos propostos e ajuda a concluir se o negócio é viável economicamente. Através dele é possível fazer um planejamento do que será a empresa, seus objetivos, como será sua estrutura, como desenvolverá suas operações administrativas, comerciais e de gestão, o desenvolvimento de suas estratégias de marketing e seu plano financeiro. O plano de negócios fornece informações contábeis financeiras e gerenciais, auxiliando os gestores a tomar decisões mais acertadas, assim como não se desviar de seus objetivos. Além disso, ele deve ser consultado a todo o instante e acompanhado permanentemente. O primeiro objetivo especifico do trabalho era de pesquisar na revisão bibliográfica referente a plano de negócios e viabilidade econômica, o qual foi 67 realizado com êxito, foi muito importante no suporte e fundamentação do estudo, por meio de consultas a diversos autores relevantes, buscou-se a definição de , conceitos, fórmulas, e assuntos teóricos que foram utilizados na realização do plano de negócios. O segundo objetivos especifico do trabalho era definir as estratégias de mercado, marketing, concorrência, entre outras para a implantação da empresa, o qual foi realizado com êxito pelo autor, desenvolvendo através de uma análise de mercado, estratégias competitivas e diferenciais competitivos em relação aos seus concorrentes. Por exemplo, a empresa vai oferecer uma completa linha de produtos de alimentação, higiene e limpeza, outro diferencial fundamental que a empresa vai trabalhar será oferecer aos seus clientes a entrega de ranchos gratuita. Portanto, conforme objetivos desse estudo, que era propor um plano de negócios que apresentasse estratégias para sua implantação e as necessidades econômicas e financeiras e analisar a viabilidade econômica e financeira da implantação de um mercado com sede no município de Coronel Barros, constatouse que tiveram êxito uma vez que através do plano de negócios do mercado é viável econômica e financeiramente. Essa conclusão é confirmada pelos indicadores de viabilidade, os quais são classificados em: Lucratividade, segundo o indicador está estimado em 3,83% mensal, ou seja, o lucro líquido sobre o total de vendas, a rentabilidade estimada em 1,92% relacionada ao resultado mensal com o investimento total do proprietário, pelo prazo de retorno do investimento que é estimado em 52 meses, o valor presente líquido positivo de R$ 45.127,29, e a taxa interna de retorno igual 19% superior a taxa mínima de atratividade. Especialmente pela vontade do autor, em buscar uma alternativa de investimento para o seu futuro, nada melhor do que fazê-lo em um ambiente acadêmico onde se tem troca de conhecimentos, de experiências, constatou-se que o mercado é um excelente investimento e que o plano proposto serviu para enriquecer e dar maior segurança e credibilidade ao abrir o seu próprio negócio. 68 Obviamente, fatores econômicos locais e principalmente nacionais poderão influenciar no aperfeiçoamento e adequação da ideia inicial. Sabemos que nenhum negócio, por melhor que seja, está isento de risco. Eles podem ser extremamente minimizados com um planejamento correto e critérios, mas nunca vão desaparecer. O segredo do sucesso empresarial está em saber enfrentar e superá-los. Finalmente, pode-se dizer que esse estudo proporcionou maior segurança e visibilidade da importância da elaboração de um plano de negócios, pois é uma ferramenta indispensável na gestão empresarial, orientando os empresários na tomada de decisão e assim na obtenção de melhores resultados. Com essa ferramenta os empresários podem ter uma visão de como se comportará o resultado da empresa, trazendo a lucratividade, a rentabilidade, e o prazo de retorno do investimento inicial, esses indicadores são essenciais, os empresários necessitam saber para analisar se o negócio é viável economicamente e financeiramente para sua implantação. 69 BIBLIOGRAFIA ABELL, Derek F. Definição do Negócio – Ponto de Partida do Planejamento Estratégico. São Paulo : Atlas, 1991. ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico – financeiro. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001. ANTHONY, Robert N e GOVINDARAJAN, Vijay. Sistemas de controle gerencial. São Paulo: Atlas, 2001. ANDRADE, E. L. 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