Newsletter mensal produzido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial com informações sobre Nanotecnologia Dezembro de 2008 - Edição III Mais de 800 produtos já utilizam nanotecnologia em sua fabricação! Inventário realizado pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars - dentro do Projeto PEN (Project on Emerging Nanotechnologies) -, permite tomar conhecimento dos produtos que estão chegando ao mercado mundial. Leia mais Borracha reforçada. Empresa cria material nanoestruturado, composto de polímero e argila, para aplicação em vários segmentos industriais Leia mais Grandes planos para LEDs que funcionam com células solares. A Empresas inglesa e holandesa se unem para impulsionar uso de novos dispositivos baseados em conversão de luz em energia para iluminação. Leia mais Samsung apresenta seu novo papel eletrônico (e-paper). Agora em cores. A empresa sul-coreana apresentou a nova geração de e-paper: o papel eletrônico em cores. Ainda é um protótipo! Leia mais Utilizando as possibilidades da nanotecnologia em ortopedia. Empresa americana introduz no mercado um novo nanomaterial ósseo. Leia mais para enxerto Realizada em São Paulo a Nanotec Expo 2008 e o 4º Congresso Internacional de Nanotecnologia. Tendo como tema - “Inovação: a chave para aumentar sua competitividade” -, academia, governo e setor produtivo participaram de intensos debates em 03 dias de evento. Leia mais Nanotecnologia para reduzir efeitos secundários dos fármacos Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver um tipo de nanotecnologia inteligente que visa a redução dos efeitos secundários dos fármacos da quimioterapia. Leia mais Holografia é Usada em Biochips e Na Montagem de Nanomáquinas Um laser e um holograma é tudo o que pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, precisaram para posicionar nanopartículas de forma rápida e precisa no interior de um biochip. Leia mais Mais de 800 produtos já utilizam nanotecnologia em sua fabricação! O Woodrow Wilson International Center for Scholars, entidade Americana, no escopo de suas ações relacionadas como o Project on Emerging Nanotechnologies (PEN) mantém, desde março de 2006, um inventário de produtos que se apropriaram do conhecimento nanotecnológico. Segundo o Centro, o inventário é uma fonte de informação essencial para consumidores, cidadãos, formuladores de políticas, enfim, todos aqueles interessados em saber como as nanotecnologias estão chegando aos mercados. iPod : nanotecnologia inside. Pode rodar até vídeos. As informações que figuram no inventário são apresentadas voluntariamente pelas empresas, isto é: não são compulsórias, nem são solicitadas pelo Centro. Permanentemente atualizado, o inventário conta, neste momento, com 803 produtos (última atualização, agosto de 2008), distribuídos em várias categorias: Saúde e Fitness, Casa e Jardim, Eletrônicos e Computadores, Alimentos e Bebidas, Produtos Multifuncionais, Automóveis, Instrumentos/Utensílios e Artigos para Crianças. Tais categorias são ainda divididas em subcategorias, o que permite analisar os dados, com detalhe. Quando de seu lançamento, o inventário contava com 212 produtos. Após sua última atualização, conta com produtos provenientes de 21 diferentes países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Taiwan, Austrália, Israel, Finlândia, México, Suíça, Nova Zelândia, Malásia, Tailândia, Suécia, Cingapura, Canadá, Itália e Dinamarca. Em termos de regiões do mundo nas quais as empresas que produzem estes produtos estão baseadas, temos Estados Unidos (426), Ásia (227), Europa (108) e 38 em outras partes do mundo. Dois produtos não apresentam designação do país. Informações detalhadas sobre o inventário podem ser obtidas visitando o portal do Woodrow Wilson International Center for Scholars, Project on Emerging Nanotechnologies, em: http://www.nanotechproject.org/inventories/consumer/ Fonte: WWICS. (Texto/OLA) Voltar Borracha reforçada A expectativa é grande nos laboratórios da Orbys, empresa de pequeno porte fundada há quatro anos e atualmente abrigada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), localizado no campus da Cidade Universitária, em São Paulo. Se tudo correr bem, ela começará, no próximo ano, a fabricação, em escala comercial, do Imbrik, material composto de borracha natural e argila, para ser empregado em produtos de vários segmentos industriais. Na indústria é comum a adição de argila à borracha na formulação, principalmente para reduzir o custo do composto. A novidade é a tecnologia da Orbys permitir que a argila seja finamente dividida, chegando a uma espessura nanométrica, que equivale a 100 mil vezes menos a espessura de um fio de cabelo. A mistura de argila nanométrica e borracha, denominada nanocompósito, traz algumas vantagens ao produto. Chamado de Imbrik, ele possui, segundo a empresa, vários níveis de resistência e maleabilidade, ocupando uma faixa entre as borrachas crua e a vulcanizada, como a utilizada nos pneus. Ele poderá ser utilizado na fabricação de uma série de itens que usam borracha como matéria-prima como calçados, artigos esportivos, brinquedos, pneus e autopeças. Os primeiros volumes do novo material serão destinados ao mercado em 2009 e deverão ser utilizados na fabricação de bolas de tênis e solados de sapato. “As negociações com os fabricantes desses materiais estão bem adiantadas. Estamos confiantes que os dois produtos estarão à disposição dos consumidores no próximo ano”, espera o engenheiro naval Eduardo Figueiredo, proprietário da Orbys. O preço do Imbrik, segundo o empresário, será equivalente ou, em alguns casos, inferior, quando comparado aos tipos de borracha industriais concorrentes. Bolas de tênis com o novo material demoram mais para murchar. A pesquisa foi bem-sucedida e resultou no depósito de duas patentes relativas ao processo de produção de nanocompósitos poliméricos com argilas esfoliadas, nome dado ao processo de separação das lâminas do mineral. Em dezembro de 2004, a Orbys adquiriu o direito exclusivo de exploração comercial da tecnologia. O contrato firmado com a Agência de Inovação (Inova) da Unicamp previa o pagamento de valores relativos ao direito de uso da patente e a royalties – as cifras são mantidas em sigilo pelas partes. Os royalties relativos a um porcentual das vendas do produto estavam previstos para começar a ser pagos dois anos depois do licenciamento, mas como aconteceu um atraso na finalização da tecnologia o pagamento foi postergado. Em julho deste ano, confiante no sucesso do produto, a Orbys solicitou a extensão da patente para outros países. No licenciamento, a empresa assinou com a Unicamp um Convênio de Cooperação Técnica visando ao aprimoramento do processo de produção e ao desenvolvimento de aplicações industriais dos nanocompósitos. “Levamos dois anos e meio para conceber o Imbrik e tornar o processo industrialmente viável. Foram necessários mais seis meses para chegarmos ao protótipo da bolinha de tênis, que ficou pronto em janeiro deste ano”, destaca Figueiredo. Em 2005, a empresa iniciou um programa de desenvolvimento de materiais à base de nanocompósitos poliméricos para a indústria de calçados com apoio do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) e da Unicamp. Desde o licenciamento, já foram investidos R$ 2,5 milhões no desenvolvimento do Imbrik, sendo que a maior parte dos recursos, de R$ 1,8 milhão, foi bancada pelo dono da Orbys. O restante corresponde a nove financiamentos obtidos em agências de fomento como FAPESP, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Na FAPESP, a Orbys obteve a aprovação de quatro projetos do Programa Pesquisa Inovativa na Pequena e Micro Empresa (Pipe). Um deles encontra-se mais avançado, na segunda fase de execução, e é destinado ao desenvolvimento de nanocompósitos a partir de borrachas sintéticas, similares ao Imbrik. O projeto prevê o repasse de recursos da ordem de R$ 300 mil que serão empregados em ensaios laboratoriais e na compra de equipamentos que viabilizem a planta piloto para escalonamento, com capacidade para produzir 1.300 quilos de nanocompósitos por mês. O auxílio do Sebrae foi usado para financiar ensaios do novo material no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), enquanto o CNPq concedeu duas bolsas para o desenvolvimento de blendas nanocompósitas formuladas a partir da mistura de dois ou mais polímeros ou borrachas com argila. Os recursos da Finep, por sua vez, foram empregados no fomento a pesquisas para a aplicação da nanotecnologia na produção de insumos para o setor calçadista e para a fabricação de adesivos a partir do nanocompósito polimérico e outros insumos para o setor calçadista. Essa última pesquisa não atingiu os resultados esperados no segmento de adesivos, porém ela foi importante para o desenvolvimento de solados e outras aplicações. Argila em lâminas - Nanocompósitos poliméricos, como o Imbrik, são materiais formados pela combinação de um polímero (plástico ou borracha) e um composto inorgânico sintético ou natural, como a argila. Seu preparo pode ocorrer por mistura, adicionando argila ao látex natural ou sintético. O segredo do novo material, atóxico e fabricado com insumos naturais, está na melhoria de suas características físico-químicas. “Os grãos de argila são estruturados na forma de lâminas superpostas, que se assemelham a uma pilha de cartas de baralho. Essas lâminas, também chamadas de lamelas, são separadas numa dimensão nanométrica (equivalente a um milímetro dividido por um milhão de vezes) e misturadas ao látex. São essas lamelas que, ao aderir fortemente ao polímero, conferem a ele propriedades mecânicas superiores”, afirma a química Arlete Tavares Almeida, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Orbys. A história do Imbrik teve sua origem nos laboratórios do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foi lá que o professor Fernando Galembeck e sua equipe começaram o desenvolvimento de uma nova substância ao mesclar borracha natural e argila. “O primeiro resultado experimental que levou a esse produto foi obtido pela pesquisadora Márcia Rippel, durante o seu trabalho de doutorado (finalizado em 2005). A parceria com a Orbys permitiu que percebêssemos algumas possibilidades de aplicação do nanocompósito e, ao mesmo tempo, nos ajudou a entender o que seria necessário para chegar aos produtos finais”, ressalta Galembeck. Imbrik Granulado. O pesquisador também destaca nesse trabalho outro aspecto positivo da pesquisa, que foi a descoberta da estabilização do Imbrik por adesão eletrostática, fenômeno físico no qual as partículas negativas da borracha natural e da argila formam um sanduíche com um “recheio” de íons positivos (átomos com perda de elétron) do líquido onde esses dois materiais são imersos. “A adesão eletrostática é um mecanismo que já foi discutido na literatura, há décadas, mas andava meio desacreditado. Mostramos que ele é fundamental para a estabilização do produto. O curioso é ela ter sido descoberta antes de percebermos que a sua formação se deve, em grande parte, a esse mecanismo de adesão. Nesse caso, como em muitos outros, a tecnologia veio antes da teoria e dos modelos científicos”, destaca Galembeck. Essa descoberta gerou artigos publicados em revistas científicas como o Journal of Physical Chemistry, Chemistry of Materials e Polymer. O Imbrik é um material translúcido e apresenta uma coloração que varia do begeclaro ao marrom. O insumo possui várias formas de apresentação, como emulsão (líquida), mantas, fardos e granulados. Suas propriedades mecânicas variam conforme as composições polímero-argila usadas na fabricação. Segundo a Orbys, entre as várias vantagens do nanocompósito polimérico vale ressaltar sua maior tensão de ruptura, maior estabilidade térmica – o que significa que suporta temperaturas mais elevadas sem degradar –, maior resistência à flexão e a esforços sem sofrer deformação. Ele também apresenta maior resistência química ante óleos e solventes e forma filmes mais perfeitos e menos porosos. Por fim, possui altas propriedades de barreira, o que significa redução da permeabilidade a gases em até 90%. Essa última característica chamou a atenção de um fabricante nacional de bolas de tênis, interessado em elevar a durabilidade e a resistência de seu produto, que é vendido a granel, sem a embalagem pressurizada que protege as bolas. “O Imbrik retém o gás no interior das bolas e aumenta sua vida útil”, explica a química Adriana De Donato, responsável pela área de produção industrial da Orbys. A perda do gás presente na bolinha é que faz com que ela murche e se torne inapropriada para o jogo. Uma empresa argentina também já demonstrou interesse pelo nanocompósito e está conduzindo testes com protótipos das bolinhas feitas com o material. O nanocompósito polimérico da Orbys, segundo Figueiredo, está sendo avaliado por cerca de 30 indústrias de oito diferentes segmentos de mercado, entre as quais cinco grandes fabricantes de calçados. “Nosso parceiro no setor calçadista é o IBTeC, de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Já fizemos protótipos do solado com o Imbrik e agora as indústrias de calçado estão realizando testes”, diz o dono da Orbys. Um forte apelo do solado é seu caráter ambientalmente correto. “Por não ser vulcanizado – e, assim, não levar enxofre –, como boa parte das borrachas usadas em sapatos, ele pode ser considerado um material reciclável e reprocessável. Essas, por sinal, são características do Imbrik de uma forma geral”, explica Arlete. Além do látex de borracha natural, a Orbys está desenvolvendo uma linha de produtos que inclui nanocompósitos obtidos a partir de borrachas sintéticas. A produção em larga escala do Imbrik não será feita pela Orbys, mas, sim, por uma indústria parceira. “A parte sensível do projeto, que consiste na esfoliação – ou separação em lâminas – da argila e preparação da suspensão, será realizada por nós. O restante do processo vai ser terceirizado. Já temos um memorando de intenções com um beneficiador de borracha no interior paulista”, afirma o dono da Orbys, ressaltando que prefere não divulgar o nome da empresa porque o contrato ainda não foi assinado. A produção inicial do produto está estimada em 25 toneladas mensais. Embora ainda não tenha fechado qualquer contrato de fornecimento, os planos para o futuro são ousados. “Em 2014 esperamos atingir a marca de 1.800 toneladas por ano, o que representará um faturamento de mais de R$ 25 milhões”, afirma Figueiredo, que, antes de montar a Orbys, trabalhou por duas décadas nas áreas de telecomunicações, na indústria petrolífera, de defesa e exportação de commodities agrícolas. Pesquisa Fapesp OnLine, Edição Impressa 153 - novembro 2008. (Yuri Vasconcelos) Voltar Fonte: Grandes planos para LEDs que funcionam com células solares. LEDs fazem parte da tecnologia de iluminação usada em grande número de sistemas elétricos ou eletrônicos. A sigla vem do inglês – Light Emitting Diode. Em todos os estudos prospectivos dos diferentes mercados para a nanotecnologia, os LEDs aparecem sempre em posição de destaque. As empresas G24 Innovations (G24i), baseada em Cardiff, Reino Unido, fabricante de filmes finos sensibilizados por corante (também conhecido como “Dye Sensitised Thin Film (DSTF) Technology”) e a holandesa Lemnis Lighting, fabricante de LEDs, se uniram para criar uma grande linha de produtos de alta performance, com base na iluminação LED, que funciona com células solares, visando não só o mercado dos países desenvolvidos como também daqueles em desenvolvimento. LEDs: uma das grandes apostas da nanotecnologia. As células solares DSC ("Dye-sensitized Solar Cell", ou célula solar sensibilizada por corante) apresentam características únicas, dentre elas a leveza e a durabilidade, além de produzirem eletricidade em condições de baixa luminosidade, e até mesmo indoor. As células solares avançadas da G24i são ideais para energizar dispositivos eletrônicos móveis, como telefones celulares, câmeras fotográficas e sistemas de iluminação à base de LEDs. Dentro de uma perspectiva de larga escala, tais células poderiam ser efetivamente integradas em tecidos, tendas, painéis eletrônicos, materiais de construção e, particularmente, usadas em sistemas fotovoltaicos integrados, localizados em ambientes indoor, em situações nas quais a legislação requeira a geração in situ e eficiente de energia. A empresa G24i é proprietária de processo de fabricação de alta velocidade que permite um elevado volume de produção destes filmes sensibilizados. Fonte: Technical-Textiles. (Texto-OLA) Saiba mais sobre LEDS no LQES NEWS: A eletrônica invade a moda! "Ofuscar" as lâmpadas tradicionais é com o novo diodo luminescente! LEDs e tubos de néon ajudam a conservar as plantas. Iluminação revolucionária baseada na tecnologia OLEDs. Voltar Samsung apresenta seu novo papel eletrônico (e-paper). Agora em cores. Durante a realização do salão tecnológico IMID (International Meeting on Information Display), realizado recentemente na Coréia do Sul, a empresa Samsung apresentou um protótipo do papel eletrônico, em cores e flexível, uma inovação, dado serem os modelos existentes disponíveis somente em branco e preto. A característica do novo e-paper é ser ele constituído de nanotubos de carbono, material proveniente das nanotecnologias. Um nanotubo possui um diâmetro entre 1 e 10 nanômetros (1 nanômetro = 1 bilionésimo do metro = 10-9 m) e um comprimento de alguns micrômetros. Dotado de 14,3 polegadas e com uma espessura de menos de um milímetro, o papel eletrônico foi elaborado pela start-up Unidym (EUA), empresa especializada no desenvolvimento de novos produtos a partir de nanotubos de carbono. O papel eletrônico da Samsung, baseado em nanotubos de carbono, apresenta diversas vantagens: a tela onde é implantado consome menos energia, uma vez que não há retroiluminação; cansa menos rapidamente os olhos e permanece sempre visível, em caso de luminosidade intensa ou quando o sol é refletido sobre a tela. Primeira tela eletroforética, em cores, baseada em nanotubos de carbono. Em primeira instância, o novo papel eletrônico da Samsung é destinado a e-books (livros eletrônicos). A Samsung não anuncia qualquer data para o lançamento desta nova geração de epaper, dado a comercialização em grande escala não poder ser feita de imediato. Com efeito, os procedimentos de fabricação dos nanotubos de carbono têm ainda preços bastante elevados, o que poderá limitar, por algum tempo, a utilização industrial deste tipo de material. Saiba mais sobre Paper no LQES NEWS: Conto de fadas ? Não ! O papel fala mesmo! Novo "bracelete" : relógio e bilhete de embarque num mesmo e-paper. Nanotubos de carbono sobre PET : telas flexíveis transparentes. Fonte: Unidym. (Texto – MIA) Voltar Utilizando as possibilidades da nanotecnologia em ortopedia. A empresa americana Pionner Surgical Technology, Inc. introduziu no mercado americano o produto FortrOss™, um “enchimento” ósseo que utiliza o poder da nanotecnologia em aplicações ortopédicas. O produto atua como suporte para o crescimento ósseo, quando é requerida necessidade de regeneração óssea superior. Segundo o CEO da empresa, Mathew N. Songer, “a equipe de ortobiologia da Pionner conseguiu vencer um grande desafio ao lançar o FortrOss™. Trata-se do ápice de 10 anos de trabalho de duas companhias, a Encelle Inc. e a Angstrom Medica, Inc., ambas adquiridas pela Pionner em 2007”. O enchimento ósseo FortrOss™ combina a nanotecnologia da hidroxiapatita com um suporte promotor de crescimento ósseo, constituindo-se no produto mais avançado do mercado. Além disso, o The FortrOss utiliza a tecnologia de matriz osteocondutiva nanOss™, também produzida pela Pionner, cuja função é mimetizar a nanoestrutura inerente do tecido ósseo. FortrOss™ é um desenvolvimento ortobiológico que utiliza nanotecnologia e biopolímeros. O Dr. Edward Ahn, Vice-Presidente da área de Biomateriais da Pionner, sublinha que, “pelo fato da hidroxiapatita nanOss™ estar presente no FortrOss™, este se assemelha no tamanho, na forma e na química ao osso natural. O tecido ósseo tem grande afinidade pelo nanOss e o reconhece como um tecido natural. A mimetização do osso natural torna o nanOss superior a todos os fosfatos de cálcio existentes no mercado”. A ação combinada de osteocondução, baseada em nanotecnologia, e a matriz suporte osteopromotiva do enchimento ósseo FortrOss™, permitiram à empresa Pionner impactar significativamente o dinâmico campo da reparação óssea. Saiba Mais sobre Nanotecnologia no LQES NEWS: Osso artificial esponjoso abre grandes perspectivas para transplantes ósseos. Fonte: Pionner. (Texto-OLA) Voltar Realizada em São Paulo a Nanotec Expo 2008 e o 4º. Congresso Internacional de Nanotecnologia. De 12 a 14 de novembro realizou-se no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, a Nanotec Expo 2008, conjuntamente com o 4º. Congresso Internacional de Nanotecnologia, eventos que têm como objetivo não apenas mostrar o que está acontecendo em Nanotecnologia no Brasil e no mundo, mas, também, colocar sob um mesmo teto academia, governo e setor produtivo. A realização do evento ficou a cargo da Promove Feiras e Eventos, tendo como copromotores a Fiesp, Abinee, Sindipeças, Abiplast, Abiquim, Abit, Abimaq e, como parceiros científicos, a Unicamp, USP Inovação, UFMG, UFPE, UFRGS e UFRJ. Dentre as entidades ligadas ao governo, apoiaram o evento o MCT, MDIC, ABDI, CNPq, SDESP, INMETRO, ABNT e ITAL. Várias entidades científicas e profissionais participaram do evento como apoiadoras. Ao longo do evento, após a conferência de abertura feita pelo Dr. Josh Wolfe, Diretor sócio da LUX Capital (EUA), que mostrou como anda o mercado global da nanotecnologia e sua perspectiva de atingir 3,5 trilhões de dólares em 2015, se seguiram vários seminários setoriais que trataram das potencialidades, aplicações e produtos que se apropriaram do conhecimento nanotecnológico, tais como: indústria têxtil; autopeças, máquinas e equipamentos; indústrias elétricas e eletrônicas; indústrias do plástico; alimentos e embalagens; indústria química e petroquímica; indústria da água. Além destes seminários, nos quais o enfoque setorial foi a tônica, foram realizados outros que trataram de temas mais abrangentes como Inovação Tecnológica e a Política de Desenvolvimento para a Competitividade das Indústrias Brasileiras, Desafios para a Legalização das Inovações Nanotecnológicas, Fontes de Recursos e Incentivos à Inovação Nanotecnológica. No último dia do evento foi realizado o painel “Novas Tendências da Nanociência e da Nanotecnologia”, que contou com a participação de importantes pesquisadores brasileiros que atuam na área, onde se procurou mostrar os mais recentes estudos e desenvolvimentos em curso nas diversas instituições de pesquisa brasileiras. Participaram da Nanotec Expo 2008, Universidades e Institutos de Pesquisa que atuam na área de nanociências e nanotecnologias, empresas fornecedoras de equipamentos para a área, e também empresas que têm nanotecnologia em seus portfólios de negócios. Dentre estas últimas, destacamos: Ciallyx; Ciatec; Contech; Electrocell; LM; Metal Chemical; MikroN, Nanox, Nanum, NODDtech, Plásticos Mueller, Polyanalytik, Quattor, SupraNano, Zelus. Várias empresas expositoras fizeram lançamentos de produtos na feira, dentre elas a empresa Contech, de Valinhos, SP, que fez o lançamento de sua plataforma DEPT®, para a remediação de efluentes têxteis e papeleiros, combinando para esta inovação o efeito de sorção - potencializado pelo uso de partículas nanométricas -, e o “efeito memória”, o que coloca esta família de produtos diante de um conceito completamente inovador na área da tratabilidade de efluentes aquosos, ou seja: um nanoecomaterial que alarga as possibilidades do reuso das águas residuárias. Esta linha de produtos foi concebida a partir de tecnologia licenciada pela UNICAMP (LQES - Laboratório de Química do Estado Sólido – Prof. Oswaldo Luiz Alves). Novo nanoecomaterial para remediação ambiental. Não resta a menor dúvida de que a Nanotec 2008 deu grande visibilidade às nanotecnologias em nosso país e, sobretudo, identificou e colocou seus principais atores em contato. A participação do setor produtivo, embora pequena, ainda, representou um “grande salto”, se comparada às versões anteriores do evento. Os organizadores continuam bastante confiantes, tanto que já marcaram dia e local para o próximo evento, que em sua nova versão será internacional: Nanotec Expo 2009 – Nanotec 2009-5th Nanotechnology Latin American Fair and Congress, 24-26 de Novembro de 2009, Centro de Exposições Imigrantes, SP. (Texto-OLA) Fonte: Voltar Nanotecnologia para reduzir efeitos secundários dos fármacos Inovação da responsabilidade de investigadores de Coimbra Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver um tipo de nanotecnologia inteligente que visa a redução dos efeitos secundários dos fármacos da quimioterapia. A tecnologia poderá vir a ser uma nova porta para o tratamento do cancro, de forma mais eficaz, assim como poderá reduzir os efeitos causados pelos fármacos. A nanotecnologia está atualmente a ser estudada para o tratamento do cancro de mama, embora os investigadores acreditem que poderá vir a ser utilizada noutros tipos de tumor, que exigem tratamento por quimioterapia. Atualmente, a tecnologia encontra-se em fase de ensaios préclínicos em animais, no Centro de Neurociências de Coimbra, estando previstos ensaios em humanos em 2011. A nanotecnologia inteligente é um transportador que contém um fármaco no seu interior e que o leva às células específicas do tumor. A tecnologia vai, desta forma, atacar um tumor em duas populações celulares diferentes, a célula tumoral, por um lado, mas também as células que revestem o vaso sanguíneo que alimenta o tumor, explicou à Lusa o coordenador da investigação, João Nuno Moreira. Uma vez que as terapêuticas convencionais da quimioterapia apresentam diversos efeitos secundários, esta nova tecnologia vai permitir a chegada do fármaco ao tumor sem haver grandes enganos. Segundo explicou o investigador Sérgio Simões, este sistema induz a morte da célula, mas também, ao destruir os vasos que alimentam o tumor, contribui para a sua erradicação, pois deixa de ter nutrientes. A nanotecnologia está agora a ser patenteada nos Estados Unidos, estando os investigadores confiantes da sua utilização, no futuro, no tratamento da doença. Fonte: Site Fábrica de Conteúdo Voltar Holografia é Usada em Biochips e Na Montagem de Nanomáquinas Um laser e um holograma é tudo o que pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, precisaram para posicionar nanopartículas de forma rápida e precisa no interior de um biochip. A técnica, batizada de padronagem eletrocinética rápida, é uma nova ferramenta no emergente campo dos biochips e microlaboratórios, verdadeiros laboratórios clínicos do tamanho de um chip, que poderão analisar amostras biológicas de forma quase instantânea. Nanomontagem Como permite o posicionamento de nanopartículas em geral, a técnica também poderá ser útil na fabricação de outros dispositivos em nanoescala. "É potencialmente uma ferramenta muito versátil," afirma o pesquisador Stuart J. Williams. A fabricação de nanomáquinas depende de processos de nanomontagem que permitam a manipulação rápida das minúsculas partes de que serão feitas. Holografia com laser O dispositivo experimental consiste de dois eletrodos paralelos feitos de óxido de índio-estanho, um material eletricamente condutor e transparente. As placas paralelas ficam distanciadas 50 micrômetros uma da outra. Para funcionar, uma amostra líquida contendo partículas fluorescentes é injetada entre os dois eletrodos, que por sua vez recebem uma tensão elétrica. Os hologramas são enviados por meio de um feixe de raio laser emitindo luz na faixa do infravermelho próximo, que é dirigido diretamente à amostra, através dos eletrodos transparentes. "Nós enviamos hologramas de vários padrões através desse mecanismo e, como eles são hologramas, nós podemos criar formatos diferentes, tais como linhas simples ou padrões em L," explica Aloke Kumar, outro participante da pesquisa. Vórtice microfluídico As partículas no líquido automaticamente movem-se para a localização da luz e assumem o formato do holograma em poucos segundos. Isto significa que o método pode ser utilizado não apenas para mover partículas e moléculas para localizações específicas, mas também para criar minúsculas estruturas eletrônicas ou mecânicas. A luz do laser aquece ligeiramente o líquido, alterando sua densidade e suas propriedades elétricas. O campo elétrico aplicado entre os eletrodos age sobre essas propriedades alteradas, fazendo a amostra aquecida circular para produzir um vórtice microfluídico entre as duas placas. Esse vórtice permite que os pesquisadores posicionem as partículas no interior do líquido em circulação simplesmente movendo a luz do laser. Movimentação de nanopartículas "Você pode pegar uma partícula, uma centena de partículas ou milhares de partículas e movê-las para assumir o formato que você quiser. Se você tem partículas de dois tipos diferentes, pode pode ordenar um grupo e manter o outro. É uma ferramenta muito versátil," diz Williams. A separação e o posicionamento de partículas é essencial para a análise biológica de amostras médicas ou do meio ambiente. Cada partícula deve ser colocada em contato com os reagentes adequados no interior do biochip para que possam ser detectadas e analisadas. Fonte: Site Inovação Tecnológica Voltar Sugestões de pautas e solicitações de cadastramento ou cancelamento do envio desta newsletter podem ser enviadas para [email protected] A newsletter Nano em foco é uma publicação mensal produzida pela Assessoria de Comunicação da ABDI com apoio do Laboratório de Química do Estado Sólido (LQES), da Unicamp. Todas as matérias foram capturadas no site Laboratório de Química do Estado Sólido - LQES NEWS Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI SBN Quadra 1, Bloco B, 14º andar, Edifício CNC. CEP 70041-902. Brasília (DF) www.abdi.com.br Assessoria de Comunicação Social ABDI Contatos: Marcia Oleskovicz / Mécia Menescal / Maruska Freitas / Bianca Smolarek E-mail: [email protected] / [email protected] Tel.: (61) 3962-8700