Nano Em Foco - Dezembro de 2008 - Edição III

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Newsletter mensal produzido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial com informações sobre Nanotecnologia
Dezembro de 2008 - Edição III
Mais de 800 produtos já utilizam
nanotecnologia em sua fabricação!
Inventário realizado pelo Woodrow Wilson International Center for Scholars - dentro
do Projeto PEN (Project on Emerging Nanotechnologies) -, permite tomar
conhecimento dos produtos que estão chegando ao mercado mundial.
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Borracha reforçada.
Empresa cria material nanoestruturado, composto de polímero e argila, para
aplicação em vários segmentos industriais
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Grandes planos para LEDs
que funcionam com células solares.
A Empresas inglesa e holandesa se unem para impulsionar uso de novos
dispositivos baseados em conversão de luz em energia para
iluminação.
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Samsung apresenta seu novo papel
eletrônico (e-paper). Agora em cores.
A empresa sul-coreana apresentou a nova geração de e-paper: o papel eletrônico
em cores.
Ainda é um protótipo!
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Utilizando as possibilidades
da nanotecnologia em ortopedia.
Empresa americana introduz no mercado um novo nanomaterial
ósseo.
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para enxerto
Realizada em São Paulo a Nanotec Expo 2008 e o 4º Congresso
Internacional de Nanotecnologia.
Tendo como tema - “Inovação: a chave para aumentar sua competitividade”
-, academia, governo e setor produtivo participaram de intensos debates em 03
dias de evento.
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Nanotecnologia para reduzir
efeitos secundários dos fármacos
Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver
um tipo de nanotecnologia inteligente que visa a redução dos efeitos secundários
dos fármacos da quimioterapia.
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Holografia é Usada em
Biochips e Na Montagem de Nanomáquinas
Um laser e um holograma é tudo o que pesquisadores da Universidade de Purdue,
nos Estados Unidos, precisaram para posicionar nanopartículas de forma rápida e
precisa no interior de um biochip.
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Mais de 800 produtos já utilizam nanotecnologia em sua fabricação!
O Woodrow Wilson International Center for Scholars, entidade Americana, no escopo
de suas ações relacionadas como o Project on Emerging Nanotechnologies (PEN)
mantém, desde março de 2006, um inventário de produtos que se apropriaram do
conhecimento nanotecnológico. Segundo o Centro, o inventário é uma fonte de
informação essencial para consumidores, cidadãos, formuladores de políticas, enfim,
todos aqueles interessados em saber como as nanotecnologias estão chegando aos
mercados.
iPod : nanotecnologia inside. Pode rodar até vídeos.
As informações que figuram no inventário são apresentadas voluntariamente pelas empresas,
isto é: não são compulsórias, nem são solicitadas pelo Centro.
Permanentemente atualizado, o inventário conta, neste momento, com 803 produtos (última
atualização, agosto de 2008), distribuídos em várias categorias: Saúde e Fitness, Casa e Jardim,
Eletrônicos e Computadores, Alimentos e Bebidas, Produtos Multifuncionais, Automóveis,
Instrumentos/Utensílios e Artigos para Crianças. Tais categorias são ainda divididas em
subcategorias, o que permite analisar os dados, com detalhe. Quando de seu lançamento, o
inventário contava com 212 produtos.
Após sua última atualização, conta com produtos provenientes de 21 diferentes países,
incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Taiwan, Austrália, Israel, Finlândia,
México, Suíça, Nova Zelândia, Malásia, Tailândia, Suécia, Cingapura, Canadá, Itália e
Dinamarca. Em termos de regiões do mundo nas quais as empresas que produzem estes
produtos estão baseadas, temos Estados Unidos (426), Ásia (227), Europa (108) e 38 em
outras partes do mundo. Dois produtos não apresentam designação do país.
Informações detalhadas sobre o inventário podem ser obtidas visitando o portal do Woodrow
Wilson International Center for Scholars, Project on Emerging Nanotechnologies, em:
http://www.nanotechproject.org/inventories/consumer/
Fonte: WWICS. (Texto/OLA)
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Borracha reforçada
A expectativa é grande nos laboratórios da Orbys, empresa de pequeno porte fundada há
quatro anos e atualmente abrigada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec),
localizado no campus da Cidade Universitária, em São Paulo. Se tudo correr bem, ela começará,
no próximo ano, a fabricação, em escala comercial, do Imbrik, material composto de borracha
natural e argila, para ser empregado em produtos de vários segmentos industriais. Na indústria
é comum a adição de argila à borracha na formulação, principalmente para reduzir o custo do
composto. A novidade é a tecnologia da Orbys permitir que a argila seja finamente dividida,
chegando a uma espessura nanométrica, que equivale a 100 mil vezes menos a espessura de
um fio de cabelo. A mistura de argila nanométrica e borracha, denominada nanocompósito, traz
algumas vantagens ao produto. Chamado de Imbrik, ele possui, segundo a empresa, vários
níveis de resistência e maleabilidade, ocupando uma faixa entre as borrachas crua e a
vulcanizada, como a utilizada nos pneus. Ele poderá ser utilizado na fabricação de uma série de
itens que usam borracha como matéria-prima como calçados, artigos esportivos, brinquedos,
pneus e autopeças. Os primeiros volumes do novo material serão destinados ao mercado em
2009 e deverão ser utilizados na fabricação de bolas de tênis e solados de sapato. “As
negociações com os fabricantes desses materiais estão bem adiantadas. Estamos confiantes
que os dois produtos estarão à disposição dos consumidores no próximo ano”, espera o
engenheiro naval Eduardo Figueiredo, proprietário da Orbys. O preço do Imbrik, segundo o
empresário, será equivalente ou, em alguns casos, inferior, quando comparado aos tipos de
borracha industriais concorrentes.
Bolas de tênis com o novo material demoram mais para murchar.
A pesquisa foi bem-sucedida e resultou no depósito de duas patentes relativas ao
processo de produção de nanocompósitos poliméricos com argilas esfoliadas, nome
dado ao processo de separação das lâminas do mineral. Em dezembro de 2004, a
Orbys adquiriu o direito exclusivo de exploração comercial da tecnologia. O contrato
firmado com a Agência de Inovação (Inova) da Unicamp previa o pagamento de
valores relativos ao direito de uso da patente e a royalties – as cifras são mantidas
em sigilo pelas partes. Os royalties relativos a um porcentual das vendas do
produto estavam previstos para começar a ser pagos dois anos depois do
licenciamento, mas como aconteceu um atraso na finalização da tecnologia o
pagamento foi postergado. Em julho deste ano, confiante no sucesso do produto, a
Orbys solicitou a extensão da patente para outros países.
No licenciamento, a empresa assinou com a Unicamp um Convênio de Cooperação
Técnica visando ao aprimoramento do processo de produção e ao desenvolvimento
de aplicações industriais dos nanocompósitos. “Levamos dois anos e meio para
conceber o Imbrik e tornar o processo industrialmente viável. Foram necessários
mais seis meses para chegarmos ao protótipo da bolinha de tênis, que ficou pronto
em janeiro deste ano”, destaca Figueiredo. Em 2005, a empresa iniciou um
programa de desenvolvimento de materiais à base de nanocompósitos poliméricos
para a indústria de calçados com apoio do Instituto Brasileiro de Tecnologia do
Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) e da Unicamp. Desde o licenciamento, já foram
investidos R$ 2,5 milhões no desenvolvimento do Imbrik, sendo que a maior parte
dos recursos, de R$ 1,8 milhão, foi bancada pelo dono da Orbys. O restante
corresponde a nove financiamentos obtidos em agências de fomento como FAPESP,
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae).
Na FAPESP, a Orbys obteve a aprovação de quatro projetos do Programa Pesquisa
Inovativa na Pequena e Micro Empresa (Pipe). Um deles encontra-se mais
avançado, na segunda fase de execução, e é destinado ao desenvolvimento de
nanocompósitos a partir de borrachas sintéticas, similares ao Imbrik. O projeto
prevê o repasse de recursos da ordem de R$ 300 mil que serão empregados em
ensaios laboratoriais e na compra de equipamentos que viabilizem a planta piloto
para escalonamento, com capacidade para produzir 1.300 quilos de
nanocompósitos por mês. O auxílio do Sebrae foi usado para financiar ensaios do
novo material no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT),
enquanto o CNPq concedeu duas bolsas para o desenvolvimento de blendas
nanocompósitas formuladas a partir da mistura de dois ou mais polímeros ou
borrachas com argila. Os recursos da Finep, por sua vez, foram empregados no
fomento a pesquisas para a aplicação da nanotecnologia na produção de insumos
para o setor calçadista e para a fabricação de adesivos a partir do nanocompósito
polimérico e outros insumos para o setor calçadista. Essa última pesquisa não
atingiu os resultados esperados no segmento de adesivos, porém ela foi importante
para o desenvolvimento de solados e outras aplicações.
Argila em lâminas - Nanocompósitos poliméricos, como o Imbrik, são materiais
formados pela combinação de um polímero (plástico ou borracha) e um composto
inorgânico sintético ou natural, como a argila. Seu preparo pode ocorrer por
mistura, adicionando argila ao látex natural ou sintético. O segredo do novo
material, atóxico e fabricado com insumos naturais, está na melhoria de suas
características físico-químicas. “Os grãos de argila são estruturados na forma de
lâminas superpostas, que se assemelham a uma pilha de cartas de baralho. Essas
lâminas, também chamadas de lamelas, são separadas numa dimensão
nanométrica (equivalente a um milímetro dividido por um milhão de vezes) e
misturadas ao látex. São essas lamelas que, ao aderir fortemente ao polímero,
conferem a ele propriedades mecânicas superiores”, afirma a química Arlete
Tavares Almeida, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Orbys.
A história do Imbrik teve sua origem nos laboratórios do Instituto de Química da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foi lá que o professor Fernando
Galembeck e sua equipe começaram o desenvolvimento de uma nova substância ao
mesclar borracha natural e argila. “O primeiro resultado experimental que levou a
esse produto foi obtido pela pesquisadora Márcia Rippel, durante o seu trabalho de
doutorado (finalizado em 2005). A parceria com a Orbys permitiu que
percebêssemos algumas possibilidades de aplicação do nanocompósito e, ao
mesmo tempo, nos ajudou a entender o que seria necessário para chegar aos
produtos finais”, ressalta Galembeck.
Imbrik Granulado.
O pesquisador também destaca nesse trabalho outro aspecto positivo da pesquisa,
que foi a descoberta da estabilização do Imbrik por adesão eletrostática, fenômeno
físico no qual as partículas negativas da borracha natural e da argila formam um
sanduíche com um “recheio” de íons positivos (átomos com perda de elétron) do
líquido onde esses dois materiais são imersos. “A adesão eletrostática é um
mecanismo que já foi discutido na literatura, há décadas, mas andava meio
desacreditado. Mostramos que ele é fundamental para a estabilização do produto. O
curioso é ela ter sido descoberta antes de percebermos que a sua formação se
deve, em grande parte, a esse mecanismo de adesão. Nesse caso, como em muitos
outros, a tecnologia veio antes da teoria e dos modelos científicos”, destaca
Galembeck. Essa descoberta gerou artigos publicados em revistas científicas como
o Journal of Physical Chemistry, Chemistry of Materials e Polymer.
O Imbrik é um material translúcido e apresenta uma coloração que varia do begeclaro ao marrom. O insumo possui várias formas de apresentação, como emulsão
(líquida), mantas, fardos e granulados. Suas propriedades mecânicas variam
conforme as composições polímero-argila usadas na fabricação. Segundo a Orbys,
entre as várias vantagens do nanocompósito polimérico vale ressaltar sua maior
tensão de ruptura, maior estabilidade térmica – o que significa que suporta
temperaturas mais elevadas sem degradar –, maior resistência à flexão e a
esforços sem sofrer deformação. Ele também apresenta maior resistência química
ante óleos e solventes e forma filmes mais perfeitos e menos porosos. Por fim,
possui altas propriedades de barreira, o que significa redução da permeabilidade a
gases em até 90%. Essa última característica chamou a atenção de um fabricante
nacional de bolas de tênis, interessado em elevar a durabilidade e a resistência de
seu produto, que é vendido a granel, sem a embalagem pressurizada que protege
as bolas. “O Imbrik retém o gás no interior das bolas e aumenta sua vida útil”,
explica a química Adriana De Donato, responsável pela área de produção industrial
da Orbys. A perda do gás presente na bolinha é que faz com que ela murche e se
torne inapropriada para o jogo. Uma empresa argentina também já demonstrou
interesse pelo nanocompósito e está conduzindo testes com protótipos das bolinhas
feitas com o material.
O nanocompósito polimérico da Orbys, segundo Figueiredo, está sendo avaliado por
cerca de 30 indústrias de oito diferentes segmentos de mercado, entre as quais
cinco grandes fabricantes de calçados. “Nosso parceiro no setor calçadista é o
IBTeC, de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Já fizemos protótipos do solado
com o Imbrik e agora as indústrias de calçado estão realizando testes”, diz o dono
da Orbys. Um forte apelo do solado é seu caráter ambientalmente correto. “Por não
ser vulcanizado – e, assim, não levar enxofre –, como boa parte das borrachas
usadas em sapatos, ele pode ser considerado um material reciclável e
reprocessável. Essas, por sinal, são características do Imbrik de uma forma geral”,
explica Arlete. Além do látex de borracha natural, a Orbys está desenvolvendo uma
linha de produtos que inclui nanocompósitos obtidos a partir de borrachas
sintéticas.
A produção em larga escala do Imbrik não será feita pela Orbys, mas, sim, por uma
indústria parceira. “A parte sensível do projeto, que consiste na esfoliação – ou
separação em lâminas – da argila e preparação da suspensão, será realizada por
nós. O restante do processo vai ser terceirizado. Já temos um memorando de
intenções com um beneficiador de borracha no interior paulista”, afirma o dono da
Orbys, ressaltando que prefere não divulgar o nome da empresa porque o contrato
ainda não foi assinado. A produção inicial do produto está estimada em 25
toneladas mensais. Embora ainda não tenha fechado qualquer contrato de
fornecimento, os planos para o futuro são ousados. “Em 2014 esperamos atingir a
marca de 1.800 toneladas por ano, o que representará um faturamento de mais de
R$ 25 milhões”, afirma Figueiredo, que, antes de montar a Orbys, trabalhou por
duas décadas nas áreas de telecomunicações, na indústria petrolífera, de defesa e
exportação de commodities agrícolas.
Pesquisa Fapesp OnLine, Edição Impressa 153 - novembro 2008. (Yuri
Vasconcelos)
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Fonte:
Grandes planos para LEDs que funcionam com células solares.
LEDs fazem parte da tecnologia de iluminação usada em grande número de sistemas
elétricos ou eletrônicos. A sigla vem do inglês – Light Emitting Diode. Em todos os
estudos prospectivos dos diferentes mercados para a nanotecnologia, os LEDs aparecem
sempre em posição de destaque.
As empresas G24 Innovations (G24i), baseada em Cardiff, Reino Unido, fabricante de
filmes finos sensibilizados por corante (também conhecido como “Dye Sensitised Thin
Film (DSTF) Technology”) e a holandesa Lemnis Lighting, fabricante de LEDs, se
uniram para criar uma grande linha de produtos de alta performance, com base na
iluminação LED, que funciona com células solares, visando não só o mercado dos
países desenvolvidos como também daqueles em desenvolvimento.
LEDs: uma das grandes apostas da nanotecnologia.
As células solares DSC ("Dye-sensitized Solar Cell", ou célula solar sensibilizada por
corante) apresentam características únicas, dentre elas a leveza e a durabilidade, além de
produzirem eletricidade em condições de baixa luminosidade, e até mesmo indoor.
As células solares avançadas da G24i são ideais para energizar dispositivos eletrônicos
móveis, como telefones celulares, câmeras fotográficas e sistemas de iluminação à base
de LEDs. Dentro de uma perspectiva de larga escala, tais células poderiam ser
efetivamente integradas em tecidos, tendas, painéis eletrônicos, materiais de construção
e, particularmente, usadas em sistemas fotovoltaicos integrados, localizados em
ambientes indoor, em situações nas quais a legislação requeira a geração in situ e
eficiente de energia.
A empresa G24i é proprietária de processo de fabricação de alta velocidade que permite
um elevado volume de produção destes filmes sensibilizados.
Fonte: Technical-Textiles. (Texto-OLA)
Saiba mais sobre LEDS no LQES NEWS:
A eletrônica invade a moda!
"Ofuscar" as lâmpadas tradicionais é com o novo diodo luminescente!
LEDs e tubos de néon ajudam a conservar as plantas.
Iluminação revolucionária baseada na tecnologia OLEDs.
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Samsung apresenta seu novo papel eletrônico (e-paper).
Agora em cores.
Durante a realização do salão tecnológico IMID (International Meeting on Information
Display), realizado recentemente na Coréia do Sul, a empresa Samsung apresentou um
protótipo do papel eletrônico, em cores e flexível, uma inovação, dado serem os
modelos existentes disponíveis somente em branco e preto.
A característica do novo e-paper é ser ele constituído de nanotubos de carbono, material
proveniente das nanotecnologias. Um nanotubo possui um diâmetro entre 1 e 10
nanômetros (1 nanômetro = 1 bilionésimo do metro = 10-9 m) e um comprimento de
alguns micrômetros. Dotado de 14,3 polegadas e com uma espessura de menos de um
milímetro, o papel eletrônico foi elaborado pela start-up Unidym (EUA), empresa
especializada no desenvolvimento de novos produtos a partir de nanotubos de carbono.
O papel eletrônico da Samsung, baseado em nanotubos de carbono, apresenta diversas
vantagens: a tela onde é implantado consome menos energia, uma vez que não há
retroiluminação; cansa menos rapidamente os olhos e permanece sempre visível, em
caso de luminosidade intensa ou quando o sol é refletido sobre a tela.
Primeira tela eletroforética, em cores, baseada em nanotubos de carbono.
Em primeira instância, o novo papel eletrônico da Samsung é destinado a e-books
(livros eletrônicos).
A Samsung não anuncia qualquer data para o lançamento desta nova geração de epaper, dado a comercialização em grande escala não poder ser feita de imediato. Com
efeito, os procedimentos de fabricação dos nanotubos de carbono têm ainda preços
bastante elevados, o que poderá limitar, por algum tempo, a utilização industrial deste
tipo de material.
Saiba mais sobre Paper no LQES NEWS:
Conto de fadas ? Não ! O papel fala mesmo!
Novo "bracelete" : relógio e bilhete de embarque num mesmo e-paper.
Nanotubos de carbono sobre PET : telas flexíveis transparentes.
Fonte:
Unidym. (Texto – MIA)
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Utilizando as possibilidades da nanotecnologia em ortopedia.
A empresa americana Pionner Surgical Technology, Inc. introduziu no mercado
americano o produto FortrOss™, um “enchimento” ósseo que utiliza o poder da
nanotecnologia em aplicações ortopédicas. O produto atua como suporte para o
crescimento ósseo, quando é requerida necessidade de regeneração óssea
superior.
Segundo o CEO da empresa, Mathew N. Songer, “a equipe de ortobiologia da
Pionner conseguiu vencer um grande desafio ao lançar o FortrOss™. Trata-se do
ápice de 10 anos de trabalho de duas companhias, a Encelle Inc. e a Angstrom
Medica, Inc., ambas adquiridas pela Pionner em 2007”.
O enchimento ósseo FortrOss™ combina a nanotecnologia da hidroxiapatita com
um suporte promotor de crescimento ósseo, constituindo-se no produto mais
avançado do mercado. Além disso, o The FortrOss utiliza a tecnologia de matriz
osteocondutiva nanOss™, também produzida pela Pionner, cuja função é mimetizar
a nanoestrutura inerente do tecido ósseo.
FortrOss™ é um desenvolvimento ortobiológico que utiliza nanotecnologia e
biopolímeros.
O Dr. Edward Ahn, Vice-Presidente da área de Biomateriais da Pionner, sublinha
que, “pelo fato da hidroxiapatita nanOss™ estar presente no FortrOss™, este se
assemelha no tamanho, na forma e na química ao osso natural. O tecido ósseo tem
grande afinidade pelo nanOss e o reconhece como um tecido natural. A
mimetização do osso natural torna o nanOss superior a todos os fosfatos de cálcio
existentes no mercado”.
A ação combinada de osteocondução, baseada em nanotecnologia, e a matriz
suporte osteopromotiva do enchimento ósseo FortrOss™, permitiram à empresa
Pionner impactar significativamente o dinâmico campo da reparação óssea.
Saiba Mais sobre Nanotecnologia no LQES NEWS:
Osso artificial esponjoso abre grandes perspectivas para transplantes
ósseos.
Fonte:
Pionner. (Texto-OLA)
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Realizada em São Paulo a Nanotec Expo 2008 e o 4º.
Congresso Internacional de Nanotecnologia.
De 12 a 14 de novembro realizou-se no Centro de Exposições Imigrantes, em São
Paulo, a Nanotec Expo 2008, conjuntamente com o 4º. Congresso
Internacional de Nanotecnologia, eventos que têm como objetivo não apenas
mostrar o que está acontecendo em Nanotecnologia no Brasil e no mundo, mas,
também, colocar sob um mesmo teto academia, governo e setor produtivo.
A realização do evento ficou a cargo da Promove Feiras e Eventos, tendo como copromotores a Fiesp, Abinee, Sindipeças, Abiplast, Abiquim, Abit, Abimaq e, como
parceiros científicos, a Unicamp, USP Inovação, UFMG, UFPE, UFRGS e UFRJ.
Dentre as entidades ligadas ao governo, apoiaram o evento o MCT, MDIC, ABDI,
CNPq, SDESP, INMETRO, ABNT e ITAL. Várias entidades científicas e profissionais
participaram do evento como apoiadoras.
Ao longo do evento, após a conferência de abertura feita pelo Dr. Josh Wolfe,
Diretor sócio da LUX Capital (EUA), que mostrou como anda o mercado global da
nanotecnologia e sua perspectiva de atingir 3,5 trilhões de dólares em 2015, se
seguiram vários seminários setoriais que trataram das potencialidades, aplicações e
produtos que se apropriaram do conhecimento nanotecnológico, tais como:
indústria têxtil; autopeças, máquinas e equipamentos; indústrias elétricas e
eletrônicas; indústrias do plástico; alimentos e embalagens; indústria química e
petroquímica; indústria da água.
Além destes seminários, nos quais o enfoque setorial foi a tônica, foram realizados
outros que trataram de temas mais abrangentes como Inovação Tecnológica e a
Política de Desenvolvimento para a Competitividade das Indústrias Brasileiras,
Desafios para a Legalização das Inovações Nanotecnológicas, Fontes de Recursos e
Incentivos à Inovação Nanotecnológica. No último dia do evento foi realizado o
painel “Novas Tendências da Nanociência e da Nanotecnologia”, que contou com a
participação de importantes pesquisadores brasileiros que atuam na área, onde se
procurou mostrar os mais recentes estudos e desenvolvimentos em curso nas
diversas instituições de pesquisa brasileiras.
Participaram da Nanotec Expo 2008, Universidades e Institutos de Pesquisa que
atuam na área de nanociências e nanotecnologias, empresas fornecedoras de
equipamentos para a área, e também empresas que têm nanotecnologia em seus
portfólios de negócios. Dentre estas últimas, destacamos: Ciallyx; Ciatec; Contech;
Electrocell; LM; Metal Chemical; MikroN, Nanox, Nanum, NODDtech, Plásticos
Mueller, Polyanalytik, Quattor, SupraNano, Zelus.
Várias empresas expositoras fizeram lançamentos de produtos na feira, dentre elas
a empresa Contech, de Valinhos, SP, que fez o lançamento de sua plataforma
DEPT®, para a remediação de efluentes têxteis e papeleiros, combinando para esta
inovação o efeito de sorção - potencializado pelo uso de partículas nanométricas -,
e o “efeito memória”, o que coloca esta família de produtos diante de um conceito
completamente inovador na área da tratabilidade de efluentes aquosos, ou seja:
um nanoecomaterial que alarga as possibilidades do reuso das águas residuárias.
Esta linha de produtos foi concebida a partir de tecnologia licenciada pela UNICAMP
(LQES - Laboratório de Química do Estado Sólido – Prof. Oswaldo Luiz Alves).
Novo nanoecomaterial para remediação ambiental.
Não resta a menor dúvida de que a Nanotec 2008 deu grande visibilidade às
nanotecnologias em nosso país e, sobretudo, identificou e colocou seus principais
atores em contato. A participação do setor produtivo, embora pequena, ainda,
representou um “grande salto”, se comparada às versões anteriores do evento.
Os organizadores continuam bastante confiantes, tanto que já marcaram dia e local
para o próximo evento, que em sua nova versão será internacional: Nanotec Expo
2009 – Nanotec 2009-5th Nanotechnology Latin American Fair and Congress, 24-26
de Novembro de 2009, Centro de Exposições Imigrantes, SP.
(Texto-OLA)
Fonte:
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Nanotecnologia para reduzir efeitos secundários dos
fármacos Inovação da responsabilidade de investigadores de
Coimbra
Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver
um tipo de nanotecnologia inteligente que visa a redução dos efeitos secundários
dos fármacos da quimioterapia. A tecnologia poderá vir a ser uma nova porta para
o tratamento do cancro, de forma mais eficaz, assim como poderá reduzir os
efeitos causados pelos fármacos. A nanotecnologia está atualmente a ser estudada
para o tratamento do cancro de mama, embora os investigadores acreditem que
poderá vir a ser utilizada noutros tipos de tumor, que exigem tratamento por
quimioterapia. Atualmente, a tecnologia encontra-se em fase de ensaios préclínicos em animais, no Centro de Neurociências de Coimbra, estando previstos
ensaios em humanos em 2011. A nanotecnologia inteligente é um transportador
que contém um fármaco no seu interior e que o leva às células específicas do
tumor. A tecnologia vai, desta forma, atacar um tumor em duas populações
celulares diferentes, a célula tumoral, por um lado, mas também as células que
revestem o vaso sanguíneo que alimenta o tumor, explicou à Lusa o coordenador
da investigação, João Nuno Moreira. Uma vez que as terapêuticas convencionais da
quimioterapia apresentam diversos efeitos secundários, esta nova tecnologia vai
permitir a chegada do fármaco ao tumor sem haver grandes enganos. Segundo
explicou o investigador Sérgio Simões, este sistema induz a morte da célula, mas
também, ao destruir os vasos que alimentam o tumor, contribui para a sua
erradicação, pois deixa de ter nutrientes. A nanotecnologia está agora a ser
patenteada nos Estados Unidos, estando os investigadores confiantes da sua
utilização, no futuro, no tratamento da doença.
Fonte: Site
Fábrica
de
Conteúdo
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Holografia
é
Usada
em
Biochips
e
Na
Montagem
de
Nanomáquinas
Um laser e um holograma é tudo o que pesquisadores da Universidade de Purdue,
nos Estados Unidos, precisaram para posicionar nanopartículas de forma rápida e
precisa no interior de um biochip. A técnica, batizada de padronagem eletrocinética
rápida, é uma nova ferramenta no emergente campo dos biochips e
microlaboratórios, verdadeiros laboratórios clínicos do tamanho de um chip, que
poderão analisar amostras biológicas de forma quase instantânea.
Nanomontagem
Como permite o posicionamento de nanopartículas em geral, a técnica também
poderá ser útil na fabricação de outros dispositivos em nanoescala. "É
potencialmente uma ferramenta muito versátil," afirma o pesquisador Stuart J.
Williams. A fabricação de nanomáquinas depende de processos de nanomontagem
que permitam a manipulação rápida das minúsculas partes de que serão feitas.
Holografia com laser
O dispositivo experimental consiste de dois eletrodos paralelos feitos de óxido de
índio-estanho, um material eletricamente condutor e transparente. As placas
paralelas ficam distanciadas 50 micrômetros uma da outra. Para funcionar, uma
amostra líquida contendo partículas fluorescentes é injetada entre os dois
eletrodos, que por sua vez recebem uma tensão elétrica. Os hologramas são
enviados por meio de um feixe de raio laser emitindo luz na faixa do infravermelho
próximo, que é dirigido diretamente à amostra, através dos eletrodos
transparentes. "Nós enviamos hologramas de vários padrões através desse
mecanismo e, como eles são hologramas, nós podemos criar formatos diferentes,
tais como linhas simples ou padrões em L," explica Aloke Kumar, outro participante
da pesquisa.
Vórtice microfluídico
As partículas no líquido automaticamente movem-se para a localização da luz e
assumem o formato do holograma em poucos segundos. Isto significa que o
método pode ser utilizado não apenas para mover partículas e moléculas para
localizações específicas, mas também para criar minúsculas estruturas eletrônicas
ou mecânicas. A luz do laser aquece ligeiramente o líquido, alterando sua
densidade e suas propriedades elétricas. O campo elétrico aplicado entre os
eletrodos age sobre essas propriedades alteradas, fazendo a amostra aquecida
circular para produzir um vórtice microfluídico entre as duas placas. Esse vórtice
permite que os pesquisadores posicionem as partículas no interior do líquido em
circulação simplesmente movendo a luz do laser.
Movimentação de nanopartículas
"Você pode pegar uma partícula, uma centena de partículas ou milhares de
partículas e movê-las para assumir o formato que você quiser. Se você tem
partículas de dois tipos diferentes, pode pode ordenar um grupo e manter o outro.
É uma ferramenta muito versátil," diz Williams. A separação e o posicionamento de
partículas é essencial para a análise biológica de amostras médicas ou do meio
ambiente. Cada partícula deve ser colocada em contato com os reagentes
adequados no interior do biochip para que possam ser detectadas e analisadas.
Fonte: Site Inovação Tecnológica
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Sugestões de pautas e solicitações de cadastramento ou cancelamento do envio desta
newsletter podem ser enviadas para [email protected]
A newsletter Nano em foco é uma publicação mensal produzida pela Assessoria de
Comunicação da ABDI com apoio do Laboratório de Química do Estado
Sólido (LQES),
da Unicamp. Todas as matérias foram capturadas no site Laboratório de
Química do Estado Sólido - LQES NEWS
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