Avaliação do padrão de metilação gênica em carcinoma de bexiga

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras-chave: metilação, CDH1, RARB, SFN, carcinoma de bexiga
Negraes, PD1,2; Rainho, CA1; Camargo, JLV 2; Rogatto, SR 3; Salvadori, DMF 2
1
Depto de Genética, Instituto de Biociências; 2Depto de Patologia, 3Depto de Urologia, Faculdade de Medicina de Botucatu,
UNESP, SP, Brasil.
Avaliação do padrão de metilação
gênica em carcinoma de bexiga
Os carcinomas de células transicionais (TCC) correspondem a 90% das neoplasias malignas de
bexiga. Aproximadamente 80% dos TCCs constituem tumores superficiais, sendo que 10-15% dos
casos progridem a tumores infiltrativos. A principal característica clínica dos tumores vesicais nãoinvasivos é o seu alto índice de recorrência. O padrão de metilação do DNA tem se mostrado como
um dos mais promissores marcadores moleculares para o uso no diagnóstico precoce, previsão do risco
de desenvolvimento da doença e como parâmetro prognóstico para pacientes com câncer, uma vez
que pode conduzir à repressão transcricional de genes que atuam como controladores negativos do
crescimento e desenvolvimento tumoral. O presente estudo visou avaliar o padrão de metilação da
região promotora dos genes CDH1, RARB e SFN com o desenvolvimento de neoplasias uroteliais de
bexiga. Até o presente, a hipermetilação da região promotora do gene CDH1 foi investigada em 24
amostras pareadas de tecido normal e tumoral de bexiga pela metodologia de MS-PCR (Methylation
Specific-PCR). Todas as amostras exibiram, além da amplificação da banda de 120 pb correspondente à
seqüência não metilada, a banda de 112 pb, compatível com a hipermetilação da região promotora em
análise. A investigação do padrão de metilação da região promotora dos genes RARB e SFN também
foi conduzida em 8 amostras, tendo sido positiva em 50 e 75% dos casos, respectivamente. A detecção
de hipermetilação no tecido normal adjacente ao tumor não nos permite excluir a ocorrência de falsospositivos decorrentes de artefatos técnicos bem como a presença de células normais infiltrantes no
tecido tumoral, de modo que a análise histológica desse tecido “normal” deverá ser incluída para se
confirmar a ausência de alterações morfológicas. Além disso, considerando-se que o TCC de bexiga
apresenta elevado índice de recorrência, deve-se atentar para a possibilidade de que numerosos focos
de urotélio anômalo coexistem ou poderão surgir, após a neoplasia primária tenha sido diagnosticada.
Assim, novos parâmetros deverão ser considerados na otimização da MS-PCR para garantir a qualidade
e precisão dos resultados.
Auxílio Financeiro: FAPESP, CNPq.
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