projeto bixo perdido: trocas solidárias entre veteranos e

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PROJETO BIXO PERDIDO: TROCAS SOLIDÁRIAS ENTRE VETERANOS
E CALOUROS1)
Fernanda dos Santos Trindade(2), Hector Cury Soares(4)
(1) Projeto
de Ensino que tem como cursos vinculados: Direito, Relações Internacionais, Administração, Gestão Pública e
Ciências Econômicas.
(2) Discente curso Administração, bolsista CNPq voluntária; Universidade Federal do Pampa; Santana do Livramento,
RS; [email protected];
(4) Hector Soares Cury, Universidade Federal do Pampa;
RESUMO: O “Bixo Perdido: Rede de Solidariedade entre estudantes” é um projeto existente na Unipampa Santana do
Livramento desde semestre 1/2013 que atende aos bixos oriundos de outras localidades através da página no facebook
e informativo impresso distribuído gratuitamente para os bixos no início do semestre. A partir do semestre 1/2015 o
projeto atende os 10 campi da Unipampa fornecendo um meio de facilitação para procura de serviços, bens e lazer e
contato prévio com os calouros que chegam aos campus e buscam integrar-se à comunidade acadêmica à cidade.
A abordagem utilizada para a produção do projeto “Bixo Perdido” foi a de pesquisa ação no sentido de realizar uma
pesquisa crítico-colaborativa a fim de conscientizar a falta de políticas de permanência e a evasão desses alunos que
por falta de uma boa recepção e auxilio acabam por abandonar as cidades que a Unipampa atende.
Elaboração de material para distribuição entre calouros contendo: a) informações referente ao Movimento Estudantil na
UNIPAMPA; b) informações de alugueis. O item “a)” terá um texto padrão distribuído para os dez campi, enquanto o
item "b)” terá conteúdo próprio. Será elaborada uma matriz e distribuída entre representantes dos dez campi para a
impressão e distribuição.
Palavras-Chave: bixo, perdido, rede, solidariedade, processo, adaptação.
INTRODUÇÃO
O projeto “Bixo Perdido” justifica-se na necessidade de auxiliar e suprir as dúvidas e demanda dos
estudantes aprovados no Exame Nacional do Ensino Médio com o diferencial de que serão atendidos por
uma equipe de alunos da própria instituição com a finalidade de evitar a evasão destes alunos para outras
instituições de ensino superior.
O projeto tem como objetivo participar na adaptação do estudante oriundo de outras localidades na
cidade por meio de uma página nas redes sociais e no informativo impresso através do trabalhado prestado
voluntariamente pela equipe Bixo Perdido que conta com estudantes provenientes dos 10 campi da
Unipampa.
Além disto pretende através da sua atuação redução da evasão dos estudantes da Unipampa, dar
maior efetividade e informalidade na acomodação dos estudantes oriundos de outras localidades, trazer
maior visibilidade da UNIPAMPA, servir como diferencial na recepção dos bixos e futuramente realizar o
desenvolvimento de um software aplicativo gratuíto e de fácil acesso e reunião de relatos gravados de
estudantes que o Bixo Perdido auxiliou.
METODOLOGIA
A abordagem utilizada para a produção do projeto “Bixo Perdido” foi a de pesquisa ação (PA) no
sentido de realizar uma “pesquisa crítico-colaborativa” (PIMENTA, 2005, p. 523) com base às experiências
vivenciadas por universitários advindos de outras localidades a fim de conscientizar a falta de políticas de
permanência e como isso afeta diretamente na evasão desses alunos que por falta de uma boa recepção e
auxilio acabam por optar abandonar as cidades interioranas que a Unipampa atende.
A pesquisa ação tem como propósito agrupar indivíduos que desempenham papel social de
universitário pesquisador e pesquisador que detém os mesmos objetivos em relação a uma causa que
surgem em consequência de um dado contexto (PIMENTA, 2005).
Na concepção de THIOLLENT (1985, p. 14) o autor define a pesquisa ação como “estreita associação
com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os participantes representativos da
situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo”.
Os pesquisadores BENBASAT, GOLDSTEIN & MEAD, 1987 evidenciam que o pesquisador além de
observador torna-se participante ativo para o processo de mudança do problema. A autora MACKE (1999,
p. 07) ainda diz que “o mais importante da pesquisa-ação não é encontrar a solução ótima, como em outros
métodos, e sim, conseguir o compromisso com a mudança a ser feita para depois relatar a aplicação da
teoria”.
Anais do VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa
Baseando-se nessa metodologia que o projeto “Bixo Perdido” desenvolve suas atividades de
resolução de um problema no contexto do ensino superior na Universidade Federal do Pampa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Hoje a página do facebook é alimentada por quatorze membros dos campi: Livramento, Uruguaiana,
São Borja, Caçapava do Sul e Dom Pedrito. Acompanhada por 1.063 (mil e sessenta três) seguidores e no
semestre 1/2015 auxiliou efetivamente em torno de 200 (duzentos) calouros não só da Unipampa, mas
também de outras universidades, entre elas: UERGS (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul), IFSUL
(Instituto Federal Sul-Rio-grandense) e URCAMP (Universidade Federal da Campanha). Além de
estudantes atendeu trabalhadores transferidos para o munícipio.
O informativo impresso, no campi de Santana do Livramento, já distribuiu em torno de 450
(quatrocentos e cinquenta) exemplares do Bixo Perdido para os cursos de Administração, Gestão Pública,
Ciências Econômicas e Relações Internacionais. O único campi além de Livramento a realizar a distribuição
do exemplar impresso foi do campi Caçapava do Sul com 50 (cinquenta) cópias.
Hoje, o Bixo Perdido, consegue arcar com os custos referentes à impressão, pois se antes era
patrocinado por empresas locais em troca de marketing, hoje ele é institucionalizado nos diretórios
acadêmicos de Administração e Relações Internacionais do campi Santana do Livramento que arcam com
os recursos. Pretende-se que os demais campi com seus respectivos diretórios percebam a importância do
projeto para a diminuição da evasão dos alunos.
CONCLUSÕES
A atuação do “Bixo Perdido” na comunidade acadêmica facilitou o processo de recepção e
hospedagem de diversos estudantes que vieram à cidade em busca do ensino superior, servindo também,
como intermediário em negociações de aluguéis como, por exemplo, de um prédio em construção no campi
de Santana do Livramento que hoje é habitado, em sua maioria, por estudantes o que lhe atribui a
característica de república e é conhecido como “área 51”, nome pelo qual os estudantes moradores o
batizaram.
REFERÊNCIAS
BENBASAT, I., GOLDSTEIN, D.K. & MEAD, M., The case study research strategy in studies of information
systems. MIS Quarterly, pp. 369-386, September 1987.
JOLY, A. Alteridade: Ser executivo no exterior in O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. São Paulo:
Editora Atlas, 3ª Edição, 2012.
MACKE, J. Pesquisa-ação na discussão da pesquisa empírica em engenharia de produção. In: ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DA PRODUÇÃO. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a13v31n3.pdf>
Acesso em: 27 de Julho de 2014.
PIMENTA, S.G. Pesquisa-ação critico-colaborativa: construindo seu significado a partir de experiências com a
formação docente. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 521-539, set./dez. 2005.
TENÓRIO, F. G & BORGES, A. C. V. Gestão Comunitária: uma abordagem prática. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2008.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1985.
Anais do VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa
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