1 RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

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ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1
1.
DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
PAXENE 6 mg/ml, Concentrado para solução para perfusão.
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco para uso único contém 6 mg/ml de paclitaxel (30 mg de paclitaxel para 5
ml ou 150 mg de paclitaxel para 25 ml).
Para os excipientes, ver em 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Concentrado para solução para perfusão.
O PAXENE apresenta-se na forma de uma solução espessa transparente, de aspecto
incolor a ligeiramente amarelada.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
O placlitaxel está indicado no tratamento de doentes com sarcoma de Kaposi
avançado associado à Sida em que a terapêutica com antraciclina.em lipossomas
fracassou
4.2
Posologia e modo de administração
Dosagem e administração:
O PAXENE só pode ser administrado sob controlo de um oncologista qualificado, nos
locais de uma unidade especializada na administração de agentes citotóxicos.
A dose de PAXENE recomendada é de 100 mg/m2, administrada numa injecção
intravenosa de 3 horas, cada duas semanas, (ver “Instruções para Utilização,
Manipulação e Eliminação” em 6.6).
Recomenda-se adaptar um processo rotineiro de pré-medicação ("Advertências e
Precauções especiais"). para evitar qualquer risco de hipersensibilidade.
O paclitaxel deve de ser administrado com ajuda de um dispositivo com controlo para
perfusão(bomba), sem tubos e ligações emPVC. O sistema de injecção intravenosa
deverá levar um filtro constituído por uma membrana micro porosa de uma espessura
máxima de 0.22 mícron.
Reajustamento da dose durante o tratamento:
2
Não se deverá repetir uma injecção de paclitaxel, enquanto o número de neutrófilos
não atingir o limiar mínimo de 1.000 células/mm3 e o das plaquetas 75.000
células/mm3. A dose de PAXENE prescrita aos doentesque sofrem de neutropenia
grave(neutrófilos < 500 células/mm3 durante uma semana ou mais) ou de neuropatia
periférica gravedurante a terapia deve ser reduzido de 25%, isto é, diminuir para 75
mg/m² nas injecções seguintes.
Populações de risco:
Doentes com insuficiência hepática:
Até à data, não se realizou nenhum estudo relativo aos doentes com insuficiência
hepática. As informações disponíveis não permitem saber que modificação da dose
standard se pode fazer para tais doentes. (ver "Propriedades farmacocinéticas").
Os doentes com insuficiência hepática grave nunca devem de ser tratados com
paclitaxel.
Doentes com insuficiência renal
Até hoje, não existe nenhum estudo sobre doentes com insuficiência renal. As
informações disponíveis não permitem saber que modificação da dose standard se pode
fazer para tais doentes(ver "Propriedades farmacocinéticas").
Uso pediátrico:
A inocuidade e a eficácia do produto ainda não foram comprovadas para uso
pediátrico (com menos de 18 anos). Assim, até à data, o paclitaxel não é recomendado
em crianças.
Doentes idosos:
Ainda não se realizou nenhum estudo para determinar a eficácia paclitaxel em
doentesidosos (com mais de 65 anos). Assim que, até à data, o placlitaxel não é
recomendado em doentes idosos.
4.3
Contra-indicações
Os doentes com antecedentes de hipersensibilidade graveao paclitaxel ou ao óleo de
rícino polietoxilado.
Insuficiência hepática grave.
Neutropenia inferior a 1000 células/mm³
Infecção concomitantegrave e não controlada.
Gravidez e aleitamento.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
3
O PAXENE contém etanol (47% v/v). Dado que cada ml de PAXENE contém 392
mg de etanol, há que considerar os eventuais efeitos sobre o SNC e outros.
O PAXENE também contém óleo de rícino polietoxilado que poderá provocar uma
reacção adversa.
Os doentes devem ser seguidos durante os primeiros ciclos do tratamento. Será
necessário ter à disposição medicamentos apropriados em caso de reacções de
hipersensibilidade grave.
Os doentes devem ser pré-medicados por rotina com um corticosteróide, um anti
histamínico e um antagonista do receptor H2, para evitar qualquer reacção gravede
hipersensibilidade.
A seguir damos um exemplo do regime de pre-medicação: dexametasona (8-20 mg)
por via oral ou intravenosa, 12 e 6 horas antes da injecção de paclitaxel,
clorfeniramina 10 mg por via intravenosa, ou um anti-histamínico, 30 a 60 minutos
antes da injecção do paclitaxel e cimetidina (300 mg) OU ranitidina (50 mg) por via
intravenosa, 30 a 60 minutos antes da injecção de paclitaxel. Será necessário dispor de
medicamentos apropriados em caso de reacções graves de hipersensibilidade.
Reacções de hipersensibilidade:
Uns sintomas menores, como vermelhidão ou erupções cutâneas não obrigam a parar
o tratamento. No entanto, reacções graves como hipotensão necessitam de tratamento,
dispneia, necessitade bronco-dilatadores, angioedema ou urticária generalizada,
exigem suspender de imediato o tratamento com paclitaxel e a aplicação de uma
terapia sintomática agressiva. Os doentes que apresentam reacções graves não
deverão ser expostos a este produto. Ver também "Efeitos indesejáveis", em 4.8.
Problemas hematológicos:
O placlitaxel provoca uma atrofia da medula óssea. Por conseguinte, todos os doentes
deverão fazer frequentemente exames hematológicos completos durante o tratamento.
Os doentes, cujo total de neutrófilos for inferior a 1.000 células/mm3 não deverão, em
nenhum caso, ser tratados com paclitaxel. Os que padecem de neutropenia grave(< 500
células/mm3 durante 7 dias ou mais), durante o tratamento com paclitaxel ousepticémia
com neutropénia, deverão receber uma dose de paclitaxel reduzida a 75 mg/m2 durante o
resto do tratamento. Os doentes não deverão continuar o tratamento enquanto o número
de neutrófilos não ultrapassar 1.000 células/mm3 e o número de plaquetas 75.000
células/mm3. Durante o estudo clínico, foi administrado à maioria dos doentes com
SIDA um factor de estimulação das colónias de (G-CSF).
Inflamação das mucosas:
Os casos de inflamação grave das mucosas são raros quando as doses e o calendário
das injecções de PAXENE recomendadas forem respeitadas. No entanto, se tais
reacções ocorrerrem, haverá que reduzir a dose de paclitaxel a 75 mg/m2.
4
Neuropatia:
Embora os casos de neuropatia periférica sejam frequentes (< 26 %), os de neuropatia
periférica grave são raros quando as doses e a posologiadas injecções de PAXENE
recomendadas são respeitadas. Em caso de neurapatia periférica, grave, as melhoras
devidas à continuação do tratamento deverão ser comparadas com os riscos possíveis.
Se o doente tiver de continuar com o tratamento, haverá que reduzir a dose de
paclitaxel a 75 mg/m2.
Anomalias da condução eléctrica do miocárdio e arritmias:
Nos doentes tratados com paclitaxel, os casos de anomalias de condução não são frequentes. No
entanto, se alguns apresentarem anomalias importantes durante a administração de paclitaxel,
seria conveniente aplicar uma terapia apropriada e fazer um seguimento permanente durante as
fases seguintes de injecção. Registaram-se casos de hipotensão e de bradicardia durante a
administração de paclitaxel, mas os doentes implicados são em geral assintomáticos e não
necessitam terapia: Recomenda-se realizar um controle frequente das funções vitais durante as
primeiras horas de injecção. Só se observou um caso de insuficiência cardíaca devida ao
PAXENE no estudo clínico do sarcoma de Kaposi associado á SIDA.
Algumas modificações ligeiras do electrocardiograma foram registadas durante a
administração do paclitaxel. No entanto, em principio, o seguimento cardíaco dos
doentes não é necessário, salvo se apresentarem sérias anomalias de condução ou
arritmias graves.
4.5
Interacções medicamentosas e outras
Até à data, não se realizou nenhum estudo relativo à interacção medicamentosa com o
PAXENE.
Na medida em que o paclitaxel é assimilado pelo sistema do citocromo P450 e 2C8,
deve ter-se cuidado com a utilização de outros medicamentos conhecidos que inibem
(ex: eritromicina e fluoxetina) ou estimulam (ex: rifampicina carbamazepina e fenitoina)
estas enzimas, já que podem modificar a farmacocinética do paclitaxel.
Os estudos realizados em doentes com SK-SIDA que tomaram PAXENE e
simultaneamente vários tipos de medicamentos, indicam que a eliminação do
paclitaxel no organismo era bastante inferior em presença de nelfinavir e ritonavir,
enquanto a presença de indinavir não era inferior. Por conseguinte é necessário ser
muito prudente durante a administração de PAXENE aos doentes tratados
simultaneamente com inibidores de proteases.
4.6
Gravidez e aleitamento
Uma dose intravenosa de paclitaxel de 0,6 mg/kg/dia produziu toxicidade de
reprodução e no desenvolvimento fetal no rato.
O PAXENE está contra-indicado em caso de gravidez. As mulheres em tratamento
com PAXENE devem evitar a gravidez durante o período da terapia e devem informar
imediatamente o seu médico se ocorrer uma gravidez.
5
Ignora-se se o paclitaxel é excretado no leite materno. Por conseguinte é preferível
interromper o aleitamento durante o tratamento com PAXENE.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Depois de uma perfusãode PAXENE, a capacidade dos doentes para realizar tarefas
que necessitam uma certa habilidade, (condução, utilização de máquinas, etc.) pode
ser alterada devido ao conteúdo em álcool do PAXENE.
4.8
Efeitos indesejáveis
É possível, ou provável que os efeitos indesejáveis seguintes observados sobre 10
doentes com KS-SIDA, em fase II de um estudo não controlado sejam devidos ao
PAXENE .
Problemas hematológicos:
O principal problema de toxicidade dose-dependente PAXENE traduz-se na redução
da medula óssea. Os casos de neutropenia observados, constituem a afecção
hematológica mais importante. Durante a primeira fase do tratamento, 20% dos
doentes com KS-SIDA tiveram uma neutropenia grave (< 500 células/mm3). Esta taxa
é de 39% para a duração total do tratamento. Observou-se uma neutropenia durante
mais de 7 dias em 41% dos doente se mais de 30-35 dias em 8%, tendo esta
desaparecido de todos os doentes seguidos após 35 dias. 22% dos doentes foram
vítimas de uma neutropenia de grau 4 durante 7 dias.
Os casos de febre associado ao PAXENE foram observados em 14% dos doentes e
1,3% dos ciclos de tratamento. Três casos de episódios sépticos (2,8%) devidos à
toma de medicamentos durante a administração de PAXENE foram fatais durante o
estudo sobre o KS-SIDA.
Observaram-se casos graves de trombocitopenia em 50% dos doentes afectados com o
KS-SIDA (< 50.000 células/mm3). A taxa de plaquetas só baixou, pelo menos uma
vez durante o tratamento em 9% dos doentes, a menos de75.000 células/mm3.
Observaram-se acidentes hemorrágicos devidos ao PAXENE em < 3% dos doentes,
mas estes fenómenos foram localizados.
61% dos doentes foram vitimas de anemia (hemoglobina < 11 g/dl), dos quais, < 10%
foram casos severos (hemoglobina < 8 g/dl). Uma transfusão de glóbulos vermelhos
foi necessária para 21% destes doentes.
Reacções de hipersensibilidade:
Todos os doentes beneficiaram de uma pré-medicação antes da administração de
PAXENE (ver "Dosagem e Administração”). Observaram-se reacções hipersensíveis
em 10% dos doentes, mas só menos de 3% foram graves. Ver também " Advertências
e precauções especiais de utilização"
Problemas cardiovasculares:
6
Menos de 1% dos doentesforam vítimas de acidentes cardiovasculares significativos,
unidos à administração de PAXENE. Entre eles podemos citar, por exemplo, casos de
hipertensão e de insuficiência cardíaca congestiva.
Um dos doentes morreu devido a uma insuficiência cardíaca congestiva e hipertensão
pulmonar, os quais foram considerados relacionados com a administração de PAXENE.
Problemas neurológicos:
Observaram-se neurologias periféricas em 26% dos doentes no decurso do estudo
sobre o KS-SIDA, (das quais, 2% eram graves).
Artralgia/Mialgia:
13% a 18% dos doentes tiveram respectivamente artralgia e mialgia, dos quais, 1%
tiveram dores graves.
Problemas hepáticos:
Entre todos os doentes do estudo sobre o KS-SIDA., (dos quais mais da metade
estavam sob inibidores de proteases) que apresentavam uma função hepática normal,
43% e 44% registaram respectivamente um aumento da taxa de bilirrubina, de
fosfatase alcalina e de SGOT. Para cada um destes testes, os aumentos foram severos
em 1% dos casos.
Problemas gastrointestinais:
Entre os doentes, 6%, 7% e 12% respectivamente, sofreram graves náuseas, vómitos e
diarreias. Menos de 8% também sofreram uma inflamação das mucosas, mas sem
gravidade.
Reacções locais no lugar da injecção:
De forma geral, as reacções locais, que compreendem igualmente reacções
secundárias a uma extravasamento, não são violentas e consistem em eritema,
aumento da sensibilidade, despigmentação ou inchaço no sitio da injecção. Até hoje
não existe nenhum tratamento contra as reacções à extravasamento.
Outros casos clínicos:
No ciclo n° 10, a frequência de alopecia grave era de < 5%.
4.9
Sobredosagem
Não existe nenhum antídoto para um sobredosagem de PAXENE. Nesse caso o
paciente tem que ser vigiado de perto e receber um tratamento para as primeiras
manifestações nocivas principais, que são a redução da medula óssea, a inflamação
das mucosas e as neuropatias periféricas.
7
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: agentes anti neoplásicos (taxanes), Código ATC: L01C
D01.
A substância activa contida em PAXENE é o paclitaxel. O mecanismo de acção anti
tumoral exacto do paclitaxel não é conhecido. Pensa-se que favorece o ajuntamento
de microtubulos, quer dizer dimeros da tubulina, impedindo assim qualquer
eventualidade de uma despolimerização. A estabilização tem então como efeito inibir
a normal de reorganização dinâmica da rede microtubular, que é essencial para as
funções mitóticas. Por outro lado, o paclitaxel induz o ajuntamento de microtubulos
durante todo o ciclo celular e a criação de múltiplos ásteres de microtubulos durante a
mitose.
A eficácia e segurança do PAXENE foram testadas durante um estudo único não
comparativo em 107 doentes que sofriam do sarcoma de Kaposi avançado
previamente tratados com quimioterapia sistémica. O critério de avaliação primário
era a melhor resposta do tumor. Foi administrada aos doentes uma perfusão de 3 horas
de 100 mg/m² de PAXENE, de 14 em 14 dias. De 107 doentes, 63 foram considerados
resistentes às antraciclinas em lipossomas. Pelo que respeita a eficácia, este sob-grupo
serve de população alvo.
O taxa total de êxito (recessão parcial ou totalmente) passou para 57% (valores
compreendidos entre 44 e 70%), após 15 ciclos de tratamento em doentes resistentes
ás antraciclinas em lipossomas. Mais de metade das recessões eram visíveis logo nos
três primeiros ciclos. Nos doentes resistentes às antraciclinas em lipossomas, os
indíces de recessão eram semelhantes aos indíces dos doentes que nunca tinha tomado
inibidores de proteases (55,6%) e aos dos que tinham tomado, pelo menos antes do
tratamento com PAXENE (60,9%).
A mediana do tempo, de progressão na população alvo, foi de 468 dias (95% CI 257 NE). A mediana de sobrevivência do PAXENE não pôde ser calculada, mas o limite
inferior de 95% foi de 617 dias em doentes alvo.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Depois da administração intravenosa do produto, a concentração no plasma diminui
de forma básica ou trifásica. A disposição do paclitaxel não é linear (dependendo da
concentração), visto que a exposição sistémica do organismo ao produto aumenta
mais do que se poderia prever pelo aumento da dose.
Segundo estudos in vitro, o grau de fixação ás proteínas plasmáticas oscila entre 88 a
98%. Apesar deste valor elevado, o placitaxel distribui-se amplamente pelos tecidos.
Depois de uma dose intravenosa de 100 mg/m², administrada em forma de injecção de
3 horas a 19 doentes que sofriam do sarcoma de Kaposi ligado à SIDA, as
concentrações máximas oscilavam entre 761 a 2860 ng/ml (1530 em média) e a área
sob a curva de concentração plasmática (AUC) era aproximadamente de 5619 ng h/ml
8
(os valores escalonavam-se de 2609 a 9428). A clareance elevava-se, em média, a
20,6 1/h/m² (de 11 a 38) e o volume de difusão a 291 1/m² (de 12 a 638). A semivida
do produto estabelece-se, em média, em 23,7 horas (de 12 a 33).
A excreção renal tem uma mínima importância na eliminação do pacliatxel, dado que
em média apenas uns 10% da dose foi encontrada na urina sem sofrer alteração. O
modo de eliminação maior é o metabolismo, seguido da eliminação biliar; entre 6
doentes, 39 a 87% da dose injectada em intravenosa (175 mg/m²) foi excretada na
matéria fecal, com uma média apenas de uns 10% da dose na forma de paclitaxel, o
qual não tinha sofrido alteração. Na matéria fecal, foram detectados vários
metabolitos, tendo sido somente identificados três: 6 alpha-hydroxipaclitaxel, 3’-parahydroxypaclitaxel e 6 alpha, bem como 3’ para-hydroxypaclitaxel. O componente
essencial excretado na matéria fecal é o 6 alpha-hydroxypaclitaxel. Os estudos in vitro
realizados mostraram que o CYP2C8 e 3A4 estão também implicados na formação do
6 alpha-hydroxipaclitaxel e do 3’ para-dihydroxypaclitaxel
5.3.
Dados de segurança pré-clínica
Carcinogenese, mutagenese, baixa da fertilidade:
Os estudos realizados mostraram que o paclitaxel tem uma acção genotóxicain vivo
(teste domicro núcleos no rato); no entanto não provocou nenhuma mutação no teste
de Ames ou no ensaio de mutação genética CHO/HGPRT (ovário de hamster
chinês/hipoxantine-guanina phosphoribosl transferase). O potencial carcinogéneo do
paclitaxel ainda não foi objecto de estudo. No entanto, o paclitaxel pertence a um
grupo de substâncias que são potencialmente carcinogéneas devido ao seu mecanismo
de acção. Também sabemos que o paclitaxel provoca uma diminuição da fertilidade e
um perigo para o feto no rato em doses pouco elevadas (0.6 mg/kg/dia). Os estudos
realizados com animais mostraram que o paclitaxel produz efeitos tóxicos
irreversíveis nos órgãos reprodutores masculinosa níveis de exposição clinicamente
relevantes.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
Óleo de rícino polietoxilado, ácido cítrico (anidro) e etanol (aproximadamente
392 mg).
6.2
Incompatibilidades
É desaconselhado pôr o produto não diluído em contacto com equipamentos ou
aparelhos em PVC destinados a conter a solução para injectar. Para evitar ao máximo
a exposição do doente ao DEHP [di-(2-etilhexyl) phtalate), que poderia porvir de
sacos ou de recipientes em PVC, as soluções de PAXENE diluídas devem de ser
conservadas em garrafas (de vidro ou de polipropileno) ou em sacos de plástico (de
polipropileno ou de poliolefino) e administradas através de um dispositivo de injecção
em polietileno.
9
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deverá ser
misturada com outros medicamentos.
6.3
Prazo de validade
2 anos em frasco fechado.
A sua estabilidade química e física habitual foi demonstrada durante, pelo menos 24
horas à temperatura de 25°C e protegido se da luz.
Do ponto de vista microbiológico o produto deve ser utilizado imediatamente. De
modo contrário, o tempo de conservação habitual e as condições antes de começar a
utilizar o produto são responsabilidades do utilizador, não devendo normalmente
ultrapassar 24 horas, a uma temperatura entre 2° e 8°C, excepto em caso de diluição
sob as condições assépticas exigidas e comprovadas.
6.4
Precauções especiais de conservação
Não conservar a menos de 25°C.
Conservar na embalagem exterior, o acondicionamento primário de origem
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Existem duas embalagens diferentes: frascos para uso único de 30 mg/5 ml e frascos
para uso único de 150 mg/25 ml também embalados em caixa.
O frasco de 30 mg de PAXENE é um tubo de vidro transparente (tipo I) de 5 ml com
uma cápsula quebrável.
O frasco de 150 mg de PAXENE é um tubo de vidro transparente de 30 ml com uma
cápsula quebrável.
6.6
Instruções de utilização, manipulação e eliminação
Precauções para a preparação e a administração: o paclitaxel é um medicamento
anti canceroso citotóxico; por conseguinte, como qualquer outro composto tóxico o
PAXENE deve ser manipulado com precaução. Recomenda-se a utilização de luvas.
Em caso de contacto da solução de PAXENE com a pele, lavar imediatamente e
minuciosamente a parte afectada com agua e sabão. Em caso de contacto da solução
de PAXENE com mucosas, enxaguar abundantemente a zona afectada com água.
Preparação para injecção intravenosa: a solução de PAXENE deve ser diluída
antes de ser injectada. O PAXENE deve de ser diluído em 0.9% de uma solução
intravenosa de cloreto de sódio, em 5% de uma solução intravenosa de glucose ou em
5% de glucose misturada com uma solução intravenosa de Ringer para obter uma
concentração final de 0,3 a 1,2 mg/ml. A solução obtida é física e quimicamente
estável durante, pelo menos 24 horas, a uma temperatura de 25°C e protegida da luz.
Do ponto de vista microbiológico o produto deve ser utilizado imediatamente. De
modo contrário, o tempo de conservação habitual e as condições antes de começar a
utilizar o produto são responsabilidade do utilizador, não devendo normalmente
10
ultrapassar 24 horas, a uma temperatura entre 2° e 8°C, excepto em caso de diluição
sob as condições assépticas exigidas e comprovadas.
Os produtos que necessitam de uma administração parenteral têm que ser examinados
visualmente antes de serem administrados, para identificar qualquer problema devido
à presença de partículas ou qualquer descoloração. Durante a preparação, a solução
pode tornar-se turva, devido ao veículo utilizado na fórmula.
O PAXENE deve ser administrado através de um filtro constituído por uma
membrana micro pororosa com espessura máxima de 0,22 mícron. A utilização de
dispositivo de filtragem contendo uma tubulação curta de saída e entrada revestidos
de PVC não resultou em significativa perdado DEHP.
Manipulação e utilização: É indispensável respeitar os procedimentos de
manipulação e de eliminação dos produtos citotóxicos.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Norton Healthcare Limited
Albert Basin, Royal Docks
Londres E16 2Qj
Reino-Unido
8.
9.
10.
NÚMERO(S) NO REGISTO COMUNITÁRIO DE MEDICAMENTOS
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO
DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
11
ANEXO II
A.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL
PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B.
CONDICÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
12
A.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA
LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Norton Healthcare Limited
Gemini House
Harlow
Essex CM19 5TJ
Reino Unido
Autorização de fabrico emitida em 22 de Outubro de 1996 pela Medicines Control
Agency, Market Towers, 1 Nine Elms Lane, Vauxhall, London.
A.
CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
•
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E
UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento de receita médica restrita (cf. Anexo I: Resumo das Características do
Medicamento, 4.2).
13
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
14
A. ROTULAGEM
15
INDICAÇÕES A INCLUIR NA CAIXA EXTERIOR
OU NO CONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
TEXTO DA CAIXA DO PAXENE DE 30 mg/5 ml
PAXENE 6 mg/ml de concentrado para solução para perfusão
(paclitaxel)
Substância activa: Paclitaxel 6 mg/ml (30 mg/5 ml)
Contém também: óleo de rícino polioxietilado; ácido cítrico (anidro) e 49,7% (v/v) de
etanol
Leia o Folheto Informativo.
ADVERTÊNCIA: é necessário diluir o medicamento.
Ler o folheto anexo.
Produto diluído para perfusão
Frasco para uso único de 5 ml - deitar fora qualquer parte do produto que não seja
utilizado, de acordo com a norma vigente sobre os Agentes Citotóxicos.
Medicamento sujeito a receita médica.
Armazenar a menos de 25ºC
Conservar na embalagem de origem.
Manter fora do alcance e longe da vista das crianças
EU/X/XX/XXX/XXX
Norton Healthcare Limited
Albert Basm, Royal Docks
Londres E16 2QJ
REINO UNIDO
Número do Lote:
Prazo de Validade:
16
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
TEXTO DO FRASCO DO PAXENE DE 30 mg/5 ml
PAXENE 6 mg/ml
Concentrado para solução para perfusão.
30 mg/5 ml
Via endovenosa. Ver as instruções adjuntas antes da utilização.
Número do Lote:
Data de validade:
17
INDICAÇÕES A INCLUIR NA CAIXA EXTERIOR
OU NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
TEXTO DA CAIXA DO PAXENE 150 mg/25 ml
PAXENE 6 mg/ml de concentrado para solução para perfusão
(paclitaxel)
Substância activa: Paclitaxel 6 mg/ml (150 mg/25 ml)
Contém também: óleo de rícino polioxietilado; ácido cítrico (anidro) e 49,7% (v/v) de
etanol
Leia o Folheto Informativo.
ADVERTÊNCIA: é necessário diluir o medicamento.
Produto diluído para perfusão
Ler o folheto anexo.
Frasco para uso único de 25 ml - deitar fora qualquer parte do produto que não seja
utilizado, de acordo com a norma vigente sobre os Agentes Citotóxicos.
Medicamento sujeito a receita médica.
Armazenar a menos de 25ºC
Conservar na caixa original.
Manter fora do alcance e longe da vista das crianças
EU/X/XX/XXX/XXX
Norton Healthcare Limited
Albert Basin, Royal Docks
Londres E16 2QJ
REINO UNIDO
Número do Lote:
Prazo de Validade:
18
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
TEXTO DO FRASCO DO PAXENE DE 150 mg/25 ml
PAXENE 6 mg/ml
Concentrado para solução para perfusão.
150 mg/25 ml
Via endovenosa. Ver as instruções adjuntas antes da utilização.
Número do Lote:
Data de validade:
19
B. FOLHETO INFORMATIVO
20
Folheto Informativo
PAXENE 6 mg/ml Concentrado para solução para perfusão
Paclitaxel
Queira ler este folheto cuidadosamente antes que a sua perfusão lhe seja administrada.
Ele contém informações importantes.
Se tiver qualquer dúvida ou desejar mais informações, pergunte ao seu médico.
Guarde este folheto em lugar seguro, pois poderá desejar voltar a consultá-lo.
1.
Sobre a sua solução para perfusão
A sua solução a diluir para perfusão é chamada PAXENE.
O nome comum da substância activa é paclitaxel.
Ele é parte de um grupo de medicamentos conhecidos como agentes antineoplásicos.
Esses agentes são usados no tratamento do cancro.
2.
O que contém a sua perfusão
Cada ml contém:
• 6 mg de paclitaxel como substância activa (equivalente a 30 mg/5 ml/ ou 150
mg/25 ml) e
• óleo de rícino polioxietilado, ácido cítrico (anidro) e etanol desidratado como
componentes inactivos.
Este produto contém aproximadamente 50% por volume de etanol. Cada dose
contém, aproximadamente 12 g de etanol.
O PAXENE é uma solução espessa transparente, de aspecto incolor a levemente
amarelado, acondicionada em frascos contendo 5 ml ou 25 ml de concentrado.
3.
Quem fabrica a solução a diluir perfusão
A Empresa titular da Autorização da Introdução no Mercado que também corresponde ao
local de fabrico dos lotes, é a Northon Healthcare Limited, Albert Basin, Royal Docks,
Londres E16 2QJ, Reino-Unido.
4.
Sobre a sua solução a diluir para perfusão
O PAXENE é uma solução a diluir para perfusão IV e utiliza-se no tratamento do Sarcoma de
Kaposi em fase avançada relacionada com SIDA, quando outros tratamentos (liposomas de
antraciclina) foram tentados sem sucesso. Este é um tumor originário dos vasos sanguíneos da
pele ou de outros orgãos e aparece na forma de manchas salientes de cor roxa a castanho
escura sobre a pele.
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5.
Antes de receber a sua perfusão
Contra-indicações :
Antes que lhe seja administrada a sua perfusão informe o seu médico, se:
•
estiver grávida ou tiver possibilidade de vir a ficar grávida, ou estiver a
amamentar;
•
alguma vez tiver sofrido reacção adversa a qualquer dos ingredientes
enumerados na secção “O que contém o sua solução a diluir para perfusão”;
•
alguma vez tiver problemas com o seu fígado;
•
sofrer de afecções graves e não controladas.
Precauções:
•
Antes de iniciar o tratamento com PAXENE e durante o mesmo, será necessário
realizar análises ao sangue regularmente, para verificar se é seguro continuar
com o seu tratamento.
Advertências especiais
•
O PAXENE contém álcool. Talvez não seja prudente conduzir veículos ou
manipular máquinas durante algumas horas, depois de receber o seu tratamento.
Pergunte ao seu médico. No intervalo entre os seus tratamentos com PAXENE
deverá ter capacidade para conduzir e manipular máquinas, a não ser que sinta
cansaço ou tontura.
•
O PAXENE não é recomendado em crianças com menos de 18 anos e em
idosos (com mais de 65 anos).
Formas de interacção:
Antes que lhe seja administrada a sua perfusão, informe o seu médico, se:
•
estiver a tomar Ritonavir ou Nelfinavir (para tratamento da SIDA) ou quaisquer
outros medicamentos receitados o para o seu estado;
•
estiver a tomar outros medicamentos receitados pelo médico para todas as
afecções.
•
estiver a tomar outros medicamentos, que tiver adquirido para si próprio sem
receita médica. O PAXENE pode alterar o efeito de outros medicamentos
devido ao seu elevado teor de álcool.
O PAXENE pode alterar o efeito de outros medicamentos devido ao seu elevado teor de
álcool. Se vier a consultar outro médico ou a tratar-se num hospital, não se esqueça de os
informar sobre os medicamentos que está a tomar.
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6.
Como será administrada a sua solução para perfusão
A sua solução para perfusão será diluída e depois administrada lentamente numa veia
durante cerca de três horas. As quantidades (doses) de PAXENE que lhe forem
administradas serão calculadas com base na área da superfície do seu corpo em
metros quadrados (m2), tendo em conta também os resultados das suas análises ao
sangue. A dose normal é de 100 mg / m2 de área de superfície corporal.
Para ajudar a evitar a ocorrência de reacções alérgicas enquanto está a receber a sua
perfusão, ser-lhe-ão administrados medicamento antes de começar o tratamento. Doze
horas e seis horas antes da sua perfusão, receberá dexametasona (um esteróide) sob
forma de comprimido para ingestão por via oral, ou então sob forma de injecção.
Entre meia hora e uma hora antes da sua perfusão, receberá dois tipos diferentes de
injecção (uma de anti-histamínicos e outra de antagonista H2).
A perfusão só lhe será administrada sob supervisão médica, e durante esta administração será
examinado regularmente para controlar a sua reacção ao tratamento. Se tiver antecedentes de
problemas cardíacos, a sua frequência cardíaca poderá ser monitorizada. Se ocorrerem
quaisquer problemas enquanto recebe a perfusão, a equipa médica estará a postos para tomar
qualquer medida necessária.
O PAXENE ser-lhe-á administrado em intervalos de duas semanas, enquanto os
resultados das suas análises ao sangue demonstrarem que é seguro prosseguir com o
tratamento.
7.
Possíveis efeitos adversos
A maioria dos efeitos adversos ocorrerá durante a injecção da sua solução ou do tratamento.
Informe a equipa médica se se sentir mal. Se vier a sentir mal-estar no intervalo entre as
aplicações das injecções ou no final do tratamento, consulte o seu médico ou informe-se com
o farmacêutico o mais rápido possível. No caso de algum destes sintomas vier a manifestarse, consulte imediatamente o seu médico.
Os efeitos adversos que poderão ocorrer incluem:
Reacção alérgica - este produto contém óleo de rícino polioxietileno - poderá sentir
falta de ar ou dificuldade em respirar, dores no peito, rubores (rubor na cara e no
pescoço) e palpitações cardíacas, a sua tensão arterial poderá baixar, causando uma
sensação de tontura e provocando transpiração. Se algum destes sintomas se
manifestar, consulte imediatamente o seu médico.
Alterações sanguíneas - o seu sangue poderá conter menor quantidade de neutrófilos (um tipo
de célula branca do sangue). Isto poderá causar febre (elevação da temperatura) e aumentar a
sua probabilidade de contrair infecções. O seu sangue poderá conter menor quantidade de
plaquetas. Isto poderá causar perdas de sangue anormais (por exemplo, pelo nariz) ou
manchas roxas inexplicáveis. Também poderá causar cansaço e palidez no rosto, o que poderá
ser sinal de carecimento de ferro.
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•
Problemas cardíacos - alterações na frequência cardíaca normal e descida ou
subida de tensão arterial (vertigens, perda de consciência e transpiração
excessiva). Muito raramente poderá ocorrer um ataque cardíaco.
•
Entorpecimento e formigueiro na pele, dor nas articulações e nos músculos,
perturbações do fígado, sensação de náusea e vómitos, diarreia, dor na boca e na
língua, queda de cabelo e manchas nas unhas.
•
Tumefacção, vermelhidão, dor e descoloração da pele em volta do local da
injecção.
•
Este produto também contém óleo de rícino polioxietileno. Isto pode causar
uma reacção alérgica - poderá sentir falta de ar ou dificuldade em respirar, dores
no peito, rubores (rubor na cara e no pescoço), aceleração das palpitações
cardíacas, a sua tensão arterial poderá baixar, causando uma sensação de tontura
e provocando transpiração.
Se sente qualquer outro sintoma, consulte o seu médico ou informe-se com o seu
farmacêutico o mais rapidamente possível.
8.
Como conservar a sua perfusão
A sua solução PAXENE será mantida na farmácia, onde será preparada, ficando
pronta para ser administrada pelo médico ou enfermeira. Manter fora do alcance e
longe da vista das crianças
Conservar a menos de 25°C na embalagem exterior.
A solução a diluir para perfusão não deve ser utilizada depois do prazo de validade
indicado na caixa.
Este folheto foi elaborado em Janeiro de 1999.
Guia para a preparação do PAXENE concentrado para solução para perfusão
PAXENE é uma solução espessa transparente, de aspecto incolor a ligeiramente
amarelada. É uma solução não aquosa, destinada a ser diluída com um fluido
parenteral adequado antes da perfusão intravenosa.
Recomendações para a manipulação
PAXENE é um agente antineoplásico. Como ocorre com outros compostos
potencialmente tóxicos, deve-se ter cuidado ao manuseá-lo. Recomenda-se o uso de
luvas. Se a solução de PAXENE entrar em contacto com a pele, deve-se lavar a pele
imediatamente e totalmente com água e sabão. Se PAXENE entrar em contacto com
membranas mucosas, as membranas devem ser totalmente irrigadas com água.
Preparação para a solução para perfusão
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O PAXENE tem de ser diluído sob condições assépticas antes da perfusão. O
PAXENE deve ser diluído em Solução de Cloreto de Sódio a 0,9%, Solução (para
perfusão intravenosa) de Glucose a 5% ou Glucose a 5% em Solução de Ringer (para
perfusão intravenosa), até uma concentração final de 0,3 a 1,2 mg/ml.
Ficou demonstrada a sua estabilidade química e física habitual durante, pelo menos
24 horas, a uma temperatura de 25ºC e protegido da luz.
Do ponto de vista microbiológico o produto deve ser utilizado imediatamente. De
modo contrário, o tempo de conservação habitual e as condições antes de começar a
utilizar o produto são responsabilidade do utilizador, não devendo normalmente
ultrapassar 24 horas, a uma temperatura entre 2° e 8°C, excepto em caso de diluição
sob as condições assépticas exigidas e comprovadas.
Seria conveniente que os medicamentos para administração por via parenteral fossem
inspeccionados visualmente para verificar a existência de partículas e alterações de
cor antes da administração, sempre que o permitam a natureza da solução e do
recipiente. Na preparação, as soluções podem apresentar-se turvas, o que é atribuído
ao veículo da formulação.
Os níveis do plastificante extraível DEHP [di-(2-étylhexyl)phathalate] aumentam com
o tempo e a concentração quando as diluições são preparadas em recipientes de PVC.
Em consequência disto, não é recomendada a utilização de recipientes e conjuntos
para administração feitos de PVC plastificado.
As soluções de PAXENE devem ser preparadas e conservadas em recipientes de
vidro, polipropileno ou (poliolefina). Devem ser utilizados dispositivos para
administração que não contenham PVC, tais como os revestidos de polietileno.
O PAXENE deve ser administrado através de um filtro provido de uma membrana micro
porosa inferior a 0,22 mícron. A utilização de dispositivos de filtragem contendo uma
tubulação curta de entrada e saída revestida de PVC não resultou em significativa perda do
DEHP.
Manipulação e eliminação
Seguidos os procedimentos indicados para a manipulação e eliminação adequadas dos
medicamentos anti-cancerígenos.
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