José Raimundo Galvão

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4) relatos de pesquisas concluídas (mestrado e doutorado, apresentação oral) de
membros do GT;
LÉXICO DAS PLANTAS MEDICINAIS EM ARACAJU
José Raimundo Galvão1
Este é o resultado da pesquisa intitulada O léxico das plantas medicinais em
Aracaju – Universidade Federal de Sergipe – Programa de Iniciação Científica –
COPES – UFS – Prof. Dr José Raimundo Galvão (orientador), Vladimir da Silva
Guimarães (aluno pesquisador) e Camila Mota Oliveira, Dyana Cecília Silva dos
Santos, Lucas Pazoline da Silva Ferreira (colaboradores) - 2009 – 2010. Esta pesquisa
explora o domínio lexical das plantas medicinais tal como são comercializadas no
Mercado Tales Ferraz, em Aracaju. Busca-se a relação dos termos em uso com os
objetos por eles designados, evidenciando a pertinência de significado, sua carga
semântica, os aspectos pragmáticos das designações, as variações terminológicas para
um mesmo produto, a credibilidade dos efeitos terapêuticos anunciados. Os
comerciantes demonstram conhecer a pertinência das terminologias e não parecem ter
dificuldades no uso do léxico de tais plantas. Os questionamentos conduziram o
processo investigativo levando à elaboração do glossário funcional, em ordem
alfabética, sintetizando o trabalho realizado. A investigação direcionou-se para os
elementos lexicais usados pelos feirantes e respectivos clientes, na necessidade de
denominação dos produtos, revelando o poder criativo e associativo pelo qual o falante
é capaz de empregar termos apropriados em que parece existir uma associação lógica
das palavras com os elementos que designam como requer a ciência da linguagem, em
especial o método filológico denominado palavras e coisas. Observa-se a familiaridade
das pessoas com as designações que facilmente circulam entre os interessados como se
dominassem os aspectos linguísticos que aparecem durante a comunicação entre
comerciante e cliente. As receitas são passadas com certa autoridade de conhecimento
das doenças, suas causas, seus sintomas e seus remédios e posologia específica. Outro
referencial teórico pertence ao domínio da Geografia Linguística caracterizando os
falares de determinadas regiões, grupos e tipos de falantes, conforme sugerem as
abordagens metodológicas em Filologia Românica e outras relacionadas às Ciências do
Léxico, com possibilidades de contribuição em outras áreas do saber. A exemplo de
Biologia e Fisiologia. Muito se verificou que as terminologias lidam com elementos de
cor, cheiro, forma, textura e algum fato marcante em que o elemento em apreço esteve
presente. Os estudos também entram no campo da etimologia para explicar a pertinência
terminológica. A semântica, por sua vez, também contribui para a fixação dos conceitos
em sintonia com o próprio mundo. O trabalho conclui-se pela apresentação do glossário
a seguir, disposto em ordem alfabética, apresentando as denominações científicas da cada
planta. Elas aparecem em latim ou em grego e, como integrantes da terminologia
universal, trazem em si mesmas, pela configuração original na língua antiga, uma forte
associação de cada planta com o elemento fitoterápico de que se compõe. Um item do
glossário:
1. Acônito (Aconitum napellus L.)
1
Professor Adjunto do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Sergipe – UFS.
O Acônito, como se depreende do nome (Aconitum napellus), possui
extremidades espinhosas e produz raízes em forma de pequenos nabos, sendo uma
planta de alta toxidade, pertencente à família Ranunculácea (relativo a rã). É
comumente utilizada em medicamentos homeopáticos. Possui raízes tuberosas e caule
ereto, com flores azuis na forma de um elmo.
PALAVRAS-CHAVE: Lexicografia. Lexicologia. Plantas medicinais.
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