boletim aborl ccf

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BOLETIM
ABORL
CCF
W W W . A B O R L C C F. O R G . B R
[email protected]
ANO XVIII - Nº- 127 - JAN/FEV 2012
Alvorada
2012
Nova diretoria. Novos desafios.
PÁGS. 10 e 16
E MAIS:
ENTREVISTA COM O
PRESIDENTE
PÁG. 04
ABORL-CCF COMEÇA ANO
COM DESTAQUE NA MÍDIA
PÁG. 07
HISTÓRIA DA ORL
EM SÃO PAULO
PÁG. 22
EDITORIAL
COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO
EDITORIAL
MENSAGEM DO PRESIDENTE
DIRETORIA 2012
UMA NOVA PUBLICAÇÃO
PARA VOCÊ
A
MARCELO RIBEIRO
DE TOLEDO PIZA
DIRETOR PRESIDENTE
DA COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO
[email protected]
ABORL-CCF inicia 2012 com uma
grata surpresa para você, associado.
Estreamos a partir deste bimestre o
Boletim ABORL-CCF. Ele substitui o
Jornal do Otorrino que você recebeu durante o ano
passado. Esta nova publicação é completamente
diferente em tudo o que você já viu. Primeiro, pelo
tamanho: são 28 páginas, em um formato mais
compacto, de melhor qualidade e com o layout
totalmente reformulado. Segundo, pelo conteúdo:
temos novas seções, como a “História da ORL”,
na qual você conhecerá um pouco mais da nossa
especialidade, por meio de relatos históricos escritos
por célebres autores que conhecem ou que fizeram
parte dos acontecimentos da Otorrinolaringologia no
Brasil e no mundo; a “Por Dentro da ABORL-CCF”,
em que a cada edição um membro da equipe da
Associação explica como funciona o departamento no
qual atua, como captação, eventos, financeiro, entre
outros, e “Artigo Médico”, um espaço que cedemos
aos membros da ABORL-CCF para apresentar temas
relevantes da especialidade e iniciarmos, assim,
um debate e mais interação entre os leitores. Além,
claro, das seções consagradas, como “HumORL”,
“Entrevista”, “Agenda” e muito mais.
Estas são só algumas das novidades que você irá
encontrar neste Boletim, que será aprimorado a
cada edição para que o grau de qualidade seja cada
vez maior.
Espero que aprove esta nova publicação da ABORLCCF e, se tiver alguma opinião, entre em contato
com a Comissão de Comunicação. Ela está sempre
pronta para solucionar qualquer dúvida a respeito dos
meios de comunicação de nossa Associação.
Conte conosco e boa leitura!
2
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
Dr. Marcelo Miguel Hueb - UBERABA/MG
PRESIDENTE
Dr. Agrício Nubiato Crespo - CAMPINAS/SP
DIRETOR PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE
Dr. Fernando de Freitas Ganança - SÃO PAULO/SP
DIRETOR SEGUNDO VICE-PRESIDENTE
Dr. Fábio Tadeu Moura Lorenzetti - SOROCABA/SP
DIRETOR SECRETÁRIO GERAL
Dr. Leonardo Conrado Barbosa de Sá - RIO DE JANEIRO/RJ
ASSESSOR DO DIRETOR SECRETÁRIO GERAL
Dra. Fernanda Louise Martinho Haddad - SÃO PAULO/SP
DIRETORA SECRETÁRIA ADJUNTA
Dr. Fabrízio Ricci Romano - SÃO PAULO/SP
DIRETOR TESOUREIRO
Dr. Ali Mahmoud - SÃO PAULO/SP
ASSESSOR DO DIRETOR TESOUREIRO
Dr. Godofredo Campos Borges - SOROCABA/SP
DIRETOR TESOUREIRO ADJUNTO
Dr. Marcelo Sessim - RIO DE JANEIRO/RJ
ASSESSOR DO DIRETOR PRESIDENTE PARA ASSUNTOS GOVERNAMENTAIS
Alexandre Felippu Neto - SÃO PAULO/SP
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RESIDÊNCIA E TREINAMENTO
Dr. Hélio Andrade Lessa - SALVADOR/BA
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ÉTICA E DISCIPLINA
Dra. Mara Edwirges Rocha Gândara - SÃO PAULO/SP
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DEFESA PROFISSIONAL
Dr. Marcelo Ribeiro de Toledo Piza - RIBEIRÃO PRETO/SP
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO
Dr. Marco César Jorge dos Santos - CURITIBA/PR
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE EVENTOS E CURSOS
Dr. Reginaldo Raimundo Fujita - SÃO PAULO/SP
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE TÍTULO DE ESPECIALISTA
Dra. Renata Cantisani Di Francesco - SÃO PAULO/SP
PRESIDENTE DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA
Dra. Wilma Terezinha Anselmo-Lima - RIBEIRÃO PRETO/SP
PRESIDENTE DA COMISSÃO DO BJORL
CELEBRANDO CONQUISTAS
E
ste ano de 2012 iniciou-se há algum tempo para alguns de nós aqui da ABORLCCF. Planejamos algumas surpresas e uma delas chega às suas mãos na forma
do Boletim ABORL-CCF, que esperamos que seja um veículo do seu agrado.
Ampliado em seu tamanho, com novidades no formato, layout e conteúdo, com
mais riqueza de imagens. Uma agradável modernidade para um estímulo à leitura.
Aliada a esta modernização no contato com o associado, valorizamos a nossa história, inserindo neste boletim um espaço para artigos escritos pelos colegas remidos, além da criação de
uma galeria de ex-presidentes e um museu da Otorrinolaringologia em nossa sede. Mesclando
história e planejando o futuro, aprovamos em nossa primeira reunião do Conselho Administrativo e Fiscal a criação de um Comitê de Planejamento Estratégico, a ser composto principalmente por ex-presidentes e visando um caráter propositivo em curto, médio e longo prazos.
Neste planejamento, almejamos aumentar ainda mais o nosso número de associados, oferecendo outras modernidades como parte dos benefícios aos associados quites. Um dos
exemplos disto virá na forma de aplicativos para tablets. Aguardem por estas novidades e
pela continuidade da nossa política de anuidade: Mais Benefícios! Menor Valor!
Ao mesmo tempo em que celebramos estas conquistas, vocês, que conhecem nosso estilo de
gestão, podem ter a certeza da manutenção de tudo isto, e, mirando o futuro, a certeza de que
muito mais está por vir. Acompanhem os nossos projetos!Contamos com o apoio e a participação de todos em nosso Projeto Epidemiológico e em nossa campanha “Caminhos da Otorrinolaringologia”, de valorização e divulgação da ORL e conscientização da população. Estes instrumentos certamente auxiliarão em nossos projetos futuros junto aos órgãos governamentais.
Vamos crescer juntos, sendo vocês os principais protagonistas desta caminhada.
Continue contando conosco! Uma ótima leitura e um grande abraço,
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA
E CIRURGIA CÉRVICO-FACIAL
BOLETIM ABORL CCF
DIRETOR DE COMUNICAÇÃO: MARCELO R. DE TOLEDO PIZA
JORNALISTA RESPONSÁVEL: ANTONIO JOSÉ CANJANI / MTB: 21.826
REPORTAGEM: CAROLINE BORGES E GUILHERME DINIZ
REVISÃO: ALLAN MORAES
COORDENAÇÃO DE PUBLICAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: ERIC TENAN BARIONI
PRODUÇÃO: SINTONIA COMUNICAÇÃO - FONE: (11) 3542-5264/0472
IMPRESSÃO: GRÁFICA H MÁXIMA
PERIODICIDADE: BIMESTRAL
TIRAGEM: 6.000 EXEMPLARES
SEDE: AV. INDIANÓPOLIS, 1287 – CEP 04063-002 – SÃO PAULO/SP –
FONE: (11) 5053-7500 - FAX (11) 5053-7512
OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES E
NÃO REFLETEM, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DA ABORL-CCF.
SUMÁRIO
JAN/FEV 2012
4 ENTREVISTA COM O PRESIDENTE
Dr. Marcelo Hueb apresenta suas ideias e projetos à
frente da presidência da ABORL-CCF.
MARCELO HUEB
PRESIDENTE DA ABORL- CCF
16 NOVA DIRETORIA
Confira os detalhes da cerimônia de posse da nova diretoria
da ABORL-CCF!
18 EPISTAXE
Artigo escrito pelo Dr. Fabrízio Romano.
10 DESAFIOS E PERSPECTIVAS
22 HISTÓRIA DA ORL EM SP
14 RONCO E SAOS
26 POR DENTRO DA ABORL-CCF
Conheça os planos e metas das comissões da ABORLCCF para este ano.
Artigo escrito pelo Dr. Fábio Lorenzetti.
Nomes, personagens e fatos que marcaram o início da
especialidade em São Paulo.
Saiba mais sobre o Departamento de Captação.
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
33
ENTREVISTA
campanha nacional unificada e itinerante, que visitará cidades estratégicas
em momentos de eventos locais relevantes, levando os nossos modelos
infláveis, para orientar e conscientizar a população leiga, além de divulgar a
Otorrinolaringologia. Contamos com o apoio de todos nesta campanha, a
“Caminhos da Otorrinolaringologia”, nome que simboliza os caminhos dos
ouvidos, nariz e garganta pelo Brasil. Pretendemos iniciar essa atividade
muito em breve, culminando com um momento junto ao centro de convenções em Recife, por ocasião do 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia.
Dr. Marcelo Hueb
BA Existe algum plano de mapeamento epidemiológi-
co em ORL no país para que a ABORL-CCF tenha esta
referência quando se fala em surdez, rinite e outros?
BOLETIM ABORL-CCF Qual a sensação de assumir a presidência da
MH Elaboramos um projeto de consulta aos associados, com uma
entidade máxima da ORL no Brasil?
proposta de benefícios aos que participarem. Solicitaremos informações
sobre os códigos de CID atendidos em um determinado período ao meio
de cada estação do ano, em todo o Brasil. Creio que isso fornecerá importantes dados sociodemográficos, geográficos, sazonais e de prevalência para a utilização com diversas finalidades. Isto certamente tornará mais
clara a realidade epidemiológica das doenças otorrinolaringológicas em
nosso país, além de iniciar uma política de consulta epidemiológica aos
associados e a valorização desta atividade junto ao Ministério da Saúde.
MARCELO HUEB É uma sensação prazerosa, um novo desafio, como foi assumir a Diretoria Administrativa em 2005 e a Vice-Presidência em 2008. A ABORL-CCF tem uma dinâmica própria e uma
alta complexidade administrativa e de atividades, além de possuir forte representatividade na classe
médica e um expressivo número de associados. Isto traz uma grande responsabilidade para o cargo,
que será exercido após este período de “laboratório” administrativo em nossa Associação. O sistema
estatutário atual privilegia isso, possibilitando uma participação efetiva dos futuros presidentes nos
âmbitos de proposição, discussão e deliberação. Neste sentido, aproveito para agradecer ao Dolci e
parabenizá-lo pela sua excelente gestão.
BA Nos últimos anos, o senhor foi o responsável
por iniciar a aproximação e estreitar os laços da
ABORL-CCF com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET). Como especialista em
ORL e Medicina de Tráfego, como você avalia a importância dessa relação?
Otorrinolaringologista
desde 1988,
Marcelo Miguel
Hueb colecionou
nesses mais de 20
anos de profissão
muitas conquistas
e realizações. Uma
das maiores começa
a ser realizada neste
ano, com o início de
sua gestão à frente
da entidade máxima
de sua especialidade,
a ABORL-CCF.
Confira a seguir as
metas e ideias do
novo presidente da
Associação.
4
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
MH Acredito que a manutenção dos pilares administrativo, financeiro, científico, político e de defesa profissional seja uma “obrigação básica” e natural da nossa ou de qualquer outra gestão; para isso, desde
já, agradeço o apoio, a amizade e a dedicação dos nossos fantásticos funcionários, dos colegas da DirEx
– Diretoria Executiva, das comissões e de todos aqueles que voluntariamente fazem a ABORL-CCF cada
vez mais dinâmica e forte. Tive a oportunidade de participar anteriormente da construção dessa situação e
tenho agora, com este grupo, a oportunidade de fortalecer ainda mais estes pilares. Pretendemos, ainda,
estabelecer uma política de intensa valorização das comissões, permitir uma avaliação crítica e eventualmente propositiva para a consolidação estatutária, manutenção e inovação em projetos de Educação Médica Continuada, com desenvolvimento de metodologias de e-learning e aplicativos para tablets, elaboração
de um projeto epidemiológico para a ABORL-CCF, realização de um novo CENSO ORL 2012, editar um
novo jornal, agora Boletim ABORL-CCF, com novo sistema de visualização na nossa página, com novas
seções dos colaboradores, associados remidos, mais riqueza de imagens e com maior estímulo e interesse
para patrocinadores.
Planejamos também a tradução do nosso Tratado de ORL para a língua espanhola com o objetivo de iniciar
um trabalho de captação de associados estrangeiros, valorizar a memória da ORL, criando uma galeria de
ex-presidentes em nossa sede, melhorar sua estruturação para o recebimento de eventos e ainda desenvolver uma estratégia antecipada de captação de recursos para 2013. Além disso, estamos trabalhando forte
para oferecer um ótimo 42º Congresso Brasileiro de ORL em Recife e no desenvolvimento de uma inédita
campanha nacional unificada de divulgação da Otorrinolaringologia.
Tecnicamente, é um curto período de tempo, mas nos esforçaremos para realizar esses projetos e outros que
eventualmente surgirão, e contar com a sequência deles nas futuras gestões. A continuidade das boas coisas é fundamental; onde existe trabalho e harmonia, inclusive política, as boas ideias sempre prevalecerão.
BA Podemos ter neste ano a primeira campanha unificada feita pela
ABORL-CCF. Qual a sua visão sobre isto?
MH Há vários anos tenho acompanhado e participado intensamente das campanhas promovidas
pela ABORL-CCF e pelas supraespecialidades. Experiências como a coordenação estadual, em Minas
Gerais, da Semana da Voz e a coordenação nacional da Campanha da Saúde Auditiva possibilitaram a
conclusão da necessidade de que o nome da ABORL-CCF seja priorizado como sendo a entidade efetivamente à frente de todas as campanhas, promovendo apoio financeiro, estrutural, de pessoal e logístico,
dentre outros. Em entrevistas aos meios de comunicação em geral, durante essas campanhas, isso precisa
ser priorizado e ressaltado, para que um espaço que é primordialmente nosso, da nossa ABORL-CCF, não
seja ocupado por outras entidades não médicas. Esta parceria entre as supras e a ABORL-CCF é essencial para ambas, e o nome da associação-mãe deve ser ressaltado, até mesmo porque é a nossa legítima
representante junto à AMB. Neste sentido, pretendemos fazer um grande tour em uma unidade móvel estilizada, agregando a expertise e os esforços das academias das supraespecialidades, para promover uma
MH A parceria com a ABRAMET foi e tem sido importante para a nossa
associação, especialmente no contexto da Medicina do Sono. Pudemos
demonstrar a necessidade dos encaminhamentos pelos especialistas em
Medicina de Tráfego para os ORLs, nos casos de suspeita de apneia em
condutores veiculares quando do exame de aptidão física e mental para
a habilitação ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação – CNH.
Isto está assegurado, e esta parceria tem beneficiado colegas em todo
o país e contribuído para o que costumo chamar de “condução veicular
saudável”. Além disso, contamos e temos apoio de primeiro momento
da ABRAMET em nossa campanha "Caminhos da Otorrinolaringologia".
Procuraremos estabelecer uma avaliação do sono nos motoristas que
participarem na condução dos veículos da campanha e isto é de interesse das duas associações e, obviamente, da população.
BA Podemos dizer que a ABORL-CCF está no seu
auge em termos financeiros e estruturais?
MH Certamente trabalharemos para, no mínimo, manter a situação
atual. Isto não significa, porém, que consideramos a ABORL-CCF no
BA Pessoalmente, qual o significado de assumir
a presidência da ABORL-CCF? Quais são os seus
planos para além do exercício desta atividade?
MH Em relação ao cargo assumido, creio que a presidência da
ABORL-CCF signifique um auge associativo, porém, ainda tenho de
aprender. Tive o grande prazer de trabalhar intensamente na gestão Richard Voegels, com um grupo fantástico, com o qual aprendi
muito. Acredito fortemente que apenas uma participação continuada
na ABORL-CCF possibilite a vivência e experiência necessárias na
identificação dos problemas e quais as soluções a serem atingidas,
além de aprendermos a trabalhar para alcançá-las. Pelo caminho que
vivenciei na administração da ABORL-CCF e por todo o pessoal que
assume esta gestão comigo, creio que estejamos próximos disto.
Assumir um posto desta magnitude, atuando fora dos grandes centros, certamente se relaciona à minha trajetória na Otorrinolaringologia
em vários aspectos, como reconhecimento ao trabalho administrativo
desenvolvido e também pela estabilidade e maturidade políticas recentes. A ABORL-CCF é nacional e isto demonstra uma mentalidade
de abertura e descentralização, de modo que agradeço o apoio de
todos os amigos da gestão do Richard e ao Ricardo Bento. Assumo
em nome de todos os ORL brasileiros!
Em virtude deste exaustivo trabalho e da necessidade de novas
ideias, é fundamental que haja uma renovação, além do que, estas
funções às quais me propus, por vezes, acabam conflitando com as
minhas intensas atividades acadêmicas e assistenciais em Uberaba. Para tudo há um tempo, e após este período na presidência da
ABORL-CCF, o planejamento se direcionará para estas atividades e
para curtir ainda mais minha família e amigos, os de longa data e os
inúmeros que fiz e tenho feito nestes últimos anos de ABORL-CCF.
Este certamente é o auge pessoal e profissional que pretendo atingir!
BA Para finalizar, qual a sua mensagem para o
membro da Associação e o que ele pode esperar
da sua gestão?
Viviani Junqueira
Viviani Junqueira
BA Quais são as principais metas e objetivos que o senhor tem para essa gestão?
seu auge. Acomodar-se, jamais! Precisamos de uma programação
a curto, médio e longo prazos para alavancarmos ainda mais todos
os setores da nossa Associação. Um exemplo disso foi a política de
“Mais benefícios, Menor valor!”, na qual uma anuidade com desconto
de 50%, aliada a inúmeros benefícios aos associados, foi planejada
em 2006 para que chegássemos a 4.500 associados quites em 2
anos de gestão. Chegamos lá e isso reforça a nossa intenção em
propor estatutariamente a criação de um Conselho de Planejamento
Estratégico, composto por ex-presidentes e outros colegas com experiência acadêmica e administrativa. Precisamos enxergar a ABORLCCF no futuro, direcionar os nossos esforços e subsidiar o Conselho
Administrativo e Fiscal com sugestões relevantes.
MH Com certeza posso assegurar, em meu nome e dos amigos que
estarão mais próximos na gestão, muito trabalho e dedicação, procurando cumprir nossas metas e deixando a Associação ainda melhor
para as próximas gestões e para os associados. Tive a oportunidade
de um extraordinário exemplo ético, moral, profissional e familiar em
casa: meu saudoso pai, Aziz Miguel Hueb, também otorrinolaringologista. Espero que a percepção das boas práticas em nosso trabalho
sirva também de exemplo e estímulo aos jovens associados, para
que contribuam e participem ativamente da nossa Associação. Participem, enviando críticas e sugestões. Ajude-nos a fazer a ABORLCCF cada vez mais forte!
2Dr. Fabrízio Romano, Dr. Marcelo Hueb e Dr. Fábio Lorenzetti
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
5
é premiada pela
CAPES
Dreamstime
ASSOCIAÇÃO REGISTRA
AMPLO CRESCIMENTO
N
os últimos dez anos, a ABORL-CCF registrou um
expressivo aumento, em torno de 100%, no número
de associados quites. Este quadro também mostra
que aproximadamente 70% dos otorrinolaringologistas brasileiros já fazem parte da entidade. Tal feito é reflexo direto da
percepção que a comunidade otorrinolaringológica brasileira
tem sobre a seriedade com que a associação sempre foi dirigida, os inúmeros benefícios em se tornar associado quite e a
anuidade gratuita para residentes/especializandos de primeiro
ano. Outro benefício é o escalonamento de descontos para
os quatro anos subsequentes da anuidade, além de um “valor
cheio” desta anuidade para associados titulares/efetivos extremamente acessível.
Neste sentido, além da franquia de inscrição no Congresso
Brasileiro para os residentes/especializandos, foi iniciada uma
política de descontos de até 50% do valor da anuidade para
os associados titulares/efetivos que fizessem o pagamento até
determinado prazo e respondessem as perguntas do Censo
2012 – elaboradas com o intuito de captar dados de interesse
da associação e do próprio associado.
Acesse o site da ABORL-CCF e aproveite a oportunidade
deste desconto: www.aborlccf.org.br. Não deixe de responder
às perguntas do Censo. Os dados fornecidos têm caráter
sigiloso e serão divulgados apenas na sua totalidade.
A ABORL-CCF ressalta que a participação de todos é fundamental. Encaminhe sugestões, críticas, dúvidas e quaisquer
assuntos relacionados às finalidades representativas da Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Crescemos graças a
você. E para você.
6
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
N
o último dia 15 de dezembro, o
Professor Doutor Edwin Tamashiro, do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de
Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, recebeu
a Menção Honrosa do Prêmio CAPES de
Tese (Ed. 2010), em Brasília.
Ele foi premiado com o trabalho "Efeitos
da exposição à fumaça de cigarro sobre
a ciliogênese e formação de biofilmes
bacterianos no epitélio respiratório",
orientado pela Profª Drª Wilma Terezinha
Anselmo-Lima.
A ABORL-CCF parabeniza os dois e, principalmente, a ORL brasileira pelo destaque
entre todas as áreas da Medicina III.
COMUNICAÇÕES
RÁPIDAS
COM A ABORL-CCF
Acompanhe os perfis oficiais da
ABORL-CCF no Twitter e no Facebook. Eles são os canais sociais
que a Associação utiliza para se
corresponder com você! Além de
conferir as notícias, cursos e novidades da Associação, você também pode se comunicar de forma
mais rápida e prática.
Os endereços são:
twitter.com/aborlccfoficial
facebook.com/aborlccf
Sintonia Comunicação
ABORL-CCF
Otorrinolaringologia
brasileira
Realizada a
1ª Prova de
Avaliação Periódica
de Residentes e
Especializandos
Divulgação
NOTÍCIAS
N
o dia 21 de janeiro foi realizada a Prova de Avaliação Periódica dos Residentes e Especializandos em Otorrinolaringologia, na Associação Paulista de Medicina (APM), em São Paulo. Foram 387 inscritos de seis cidades brasileiras: 190 de São Paulo (SP), 36 de
Ribeirão Preto (SP), 76 do Rio de Janeiro (RJ), 19 de Brasília (DF), 29 de Porto Alegre (RS) e 37 de Salvador (BA).
A avaliação foi uma resposta aos pedidos dos próprios residentes de mais de uma avaliação para se alcançar o título de especialista.
Segundo o diretor da Comissão de Título de Especialista, Dr. Reginaldo Fujita, a avaliação contém três principais objetivos: obter um
histórico escolar do residente, treiná-lo e, por fim, beneficiá-lo com a bonificação de até quatro questões na prova de título, dependendo de seu desempenho nas provas anteriores.
"A avaliação é um treino para que o candidato veja como funciona a prova de título e é uma chance de o residente mostrar o desempenho dele por mais de uma vez", explicou Fujita.
O especialista revela os principais aspectos que um bom médico Otorrinolaringologista deve apresentar. "É necessário que ele apresente excelente conhecimento clínico, habilidade cirúrgica - para os que gostam - e muita responsabilidade para lidar com vidas.
Além disso, que ele tenha ética com o paciente, e não tenha em mente apenas objetivos financeiros. Ele deve preservar sempre a
saúde do paciente, mantendo a qualidade da Otorrinolaringologia", diz.
De forma geral, os residentes tiveram impressões positivas da avaliação. Candidatos ouvidos após a prova disseram que as questões estavam tranquilas, bem-elaboradas e com nível de dificuldade dentro do esperado.
ABORL-CCF começa 2012
com forte destaque na mídia
Depois de um ano de grandes realizações, a ABORL-CCF já começa
2012 com forte repercussão nos meios de comunicação brasileiros.
Representada pelo Dr. Marcelo Hueb, no final de 2011 a ABORL-CCF
marcou presença no SBT durante o programa “Jornal do SBT” para
alertar a população sobre os cuidados necessários com a audição no
manuseio de fogos de artifício durante as festas de final de ano.
Já no início de 2012, a ABORL-CCF continuou presente na mídia,
por meio de entrevistas com veículos de grande circulação, principalmente TVs e rádios. Os principais temas divulgados foram o aumento
da incidência de otite externa nessa época do ano e a posse do Dr.
Marcelo Hueb como presidente de uma das maiores associações de
otorrinos do mundo.
A divulgação sobre otite externa obteve ótimos resultados, com
participações na Rádio Jovem Pan (SP), CBN Campinas, Rádio e
TV Vitoriosa no Triângulo Mineiro - afiliadas do SBT – TV Minha Vida
(SP), TV Educativa – Jundiaí, TV Record, além de publicações em
portais de todo o país, como o G1, da Globo. Esta divulgação não
será interrompida - durante 2012, novos temas de interesse público
continuarão sendo lançados para a imprensa, com releases informativos e ações de conscientização sobre os cuidados com a saúde da
voz, audição, respiração, entre outros. Planeja-se um forte alcance na
mídia, em especial com foco nas campanhas tradicionais da Semana
da Voz, Respire pelo Nariz e Viva Melhor e Semana da Audição, além
de perenemente com a campanha "Caminhos da ORL".
Sorteadas as vagas do
V CURSO DE POLISSONOGRAFIA
No início do mês de janeiro foram sorteadas as vagas para a quinta edição do Curso de Polissonografia da ABORL-CCF. O sorteio aconteceu
na sede da Associação e foi acompanhado pelos auditores Alex Paulo e
Vanessa Ribas, da empresa Trade Auditores & Consultores.
Foram 61 inscritos, e a ordem para o preenchimento das vagas seguirá a
de sorteio. Assim, serão chamados os primeiros 45 colocados e havendo
desistência, os próximos da lista serão convocados.
Confira a lista de sorteados no site da ABORL-CCF: www.aborlccf.org.br
Veja as datas dos cursos:
Março – 17 e 18
Agosto – 25 e 26
Abril – 21 e 22
Setembro – 22 e 23
Maio – 19 e 20
Outubro – 20 e 21
Junho – 23 e 24
Novembro – 24 e 25
Julho – 21 e 22
Dezembro – 08 e 09
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
7
NOTÍCIAS
AGENDA
ABORL-CCF
DO
CÂNCER DE LARINGE
OTORRINO
2 de Fevereiro de 2012 a 6 de Dezembro de 2013 2 Curso de Pós-Graduação em Medicina Estética e Cirurgia Plástica da Face - São Paulo (SP)
1 a 3 de Março de 2012 2 Potenciais Evocados Auditivos - Santa Maria (RS)
É O ENFOQUE DA
CAMPANHA DA VOZ 2012
15 a 17 de Março de 2012 2 Vectonistagmografia e Videonistagmoscopia - Santa Maria (RS)
17 de Março a 9 de Dezembro de 2012 2 V Curso de Polissonografia da ABORL-CCF - São Paulo (SP)
22 a 23 de Março de 2012 2 IV Curso Teórico-Prático de Implante Coclear - Salvador (BA)
22 a 24 de Março de 2012 2 1ª Imersão em ORL Pediátrica - São Paulo (SP)
H
á mais de 10 anos, abril é o mês da voz, época
em que a Academia Brasileira de Laringologia e
Voz (ABLV) intensifica seus trabalhos de conscientização com a Campanha Nacional da Voz. Porém, os preparativos já estão começando, com o objetivo de alertar a
população a se prevenir contra o câncer de laringe, doença
que há meses toma conta da mídia depois do diagnóstico
do ex-presidente Lula.
Até 1999, ano de lançamento da campanha, o câncer
de laringe vitimava 15 mil brasileiros por ano, sendo 8 mil
casos fatais, segundo dados da OMS. A cada edição da
Campanha, são atendidas e orientadas cerca de 40 mil
pessoas, número que se repete anualmente desde então.
A superestrutura inflável em formato de laringe gigante foi
a principal atração do projeto “Conheça Sua Voz” no ano
passado, ação da ABLV que ganhou grande destaque nos
meios de comunicação brasileiros. Após passar por reformas, em 2012 a laringe gigante será novamente exposta,
desta vez, com algumas alterações que irão torná-la ainda
mais representativa, sem perder o tom lúdico que fez tanto
sucesso em 2011.
Dentre as mudanças, ela ganhará maior espaço interno,
agregará nova iluminação, novos jogos interativos e receberá dispositivos tecnológicos com recursos de imagens e
vídeos, buscando ampliar cada vez mais a conscientização
da população para os cuidados com a voz.
“Nossos principais objetivos para esse ano são: ampliar
nossa divulgação, chamando a atenção de um número
23 a 24 de Março de 2012 2 Curso Internacional de Rinoplastia Otorrinos 2012 - Feira de Santana (BA)
maior de pessoas para a exposição e sobre os principais
cuidados com a saúde vocal; convocar os profissionais
da especialidade, aumentando o número de serviços que
irão colaborar com os atendimentos e a coleta máxima
de novas estatísticas com abrangência nacional, para que
possamos fazer frente ao Ministério da Saúde em eventuais
solicitações”, explica o Dr. Gustavo Korn, novo coordenador da campanha.
Desde dezembro, foram analisadas algumas propostas de
reformulação da laringe e, em janeiro deste ano, durante
uma reunião com o atual presidente da ABORL-CCF, Dr.
Marcelo Hueb, e o Conselho, o orçamento foi aprovado e
a Campanha poderá contar com o apoio da Associação.
Além disso, foi confirmada a convocação de uma pessoa
encarregada de computar os resultados obtidos nos atendimentos, facilitando todo o processo.
Com muitas novidades, a Campanha espera ter ainda mais
sucesso neste ano. "O projeto foi um sucesso em 2011
e a cada evento percebemos o que funciona e o que não
funciona, para melhorar a cada temporada. O importante é
que a população compreenda o recado e que esta exposição seja um alerta para os cuidados com a voz", finalizou
Dr. Gustavo Korn.
24 de Março a 16 de Dezembro de 2012 2 II Curso de Polissonografia Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ)
24 de Março de 2012 2 PPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos para o Otorrinolaringologista
- Campinas (SP)
4 a 5 de Maio de 2012 2 2º Simpósio Capixaba de ORL - Vitória (ES)
5 a 7 de Abril de 2012 2 Rinologia em Cena - Curitiba (PR)
12 a 13 de Abril de 2012 2 XI Workshop em Estroboscopia - São Paulo (SP)
14 de Abril de 2012 2 2º Congresso Online da ABORL-CCF - Sede ABORL-CCF, em São Paulo (SP)
18 a 20 de Abril de 2012 2 81º Curso Teórico-Prático de Cirurgia Microendoscópica-Nasossinusal e X de Dissecção em "S.I.M.O.N.T." (Sinusmodelotorhinoneurotrainer) - São Paulo (SP)
28 de Abril de 2012 2 PPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos para o Otorrinolaringologista
- Curitiba (PR)
30 de Abril a 4 de Maio de 2012 2 I Curso de Eletrofisiologia da Audição, Monitoramento de Nervos Cranianos e Dissecção do Osso Temporal da Clínica Paparella - Ribeirão Preto (SP)
4 a 5 de Maio de 2012 2 2º Simpósio Capixaba de ORL - Vitória (ES)
9 a 12 de Maio de 2012 2 7th Internacional IFFPSS Conference - Roma / Itália
26 de Maio de 2012 2 Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos Para o Otorrinolaringologista - Brasilia (DF)
7 a 9 de Junho de 2012 2 New frontiers in skull base surgery I skull base surgery Brazilian Congress - Porto
Alegre (RS)
Se você, otorrino, deseja participar, entre em contato pelo e-mail
[email protected] ou pelo telefone (11) 5053-7500.
Sua colaboração será muito importante!
14 a 23 de Junho de 2012 2 VI Curso de Cirurgia Endoscópica Nasossinusal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ)
15 a 17 de Junho de 2012 2 III Congresso Goiano de Otorrinolaringologia - Caldas Novas (GO)
Dreamstime / Sintonia Comunicação
29 a 30 de Junho de 2012 2 Curso de atualização em laringologia e voz - Lajeado (RS)
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BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
30 de Junho de 2012 2 PPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos Para o Otorrinolaringologista
- Recife (PE)
28 de Julho de 2012 2 PPA - Projeto Próteses Auditivas - Aspectos Práticos Para o Otorrinolaringologista
- Salvador (BA)
Mais informações você pode conferir no site www.aborlccf.org.br/conteudo/eventos
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
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NOTÍCIAS
TÍTULO DE ESPECIALISTA
O mês de janeiro foi
marcado pela transição
da diretoria e por diversos
planos traçados pela
Associação
E
ntre os dias 17 e 18 de janeiro, diretoria e comissões permanentes da ABORL-CCF se reuniram na sede da Associação para traçar os planos e metas para 2012. Em todas as reuniões
realizadas, ficou claro que este será um ano de trabalho intenso, novidades, integração e
harmonia em nome da Associação. Foi proposto e estabelecido um calendário conjunto de reuniões
destas comissões, antecedendo as reuniões da DirEx. Elas acontecerão simultaneamente nas reuniões do Conselho Administrativo e Fiscal, com o intuito de se obter um fluxo rápido e uniforme das
proposições, deliberações e execução.
Confira a seguir um resumo do que ocorreu de mais importante nas reuniões.
1º dia
17 de janeiro
D
urante a manhã, os principais assuntos
pautados nos encontros foram a organização e a reformulação do V Curso de
Polissonografia e do II Congresso Online de
Otorrinolaringologia para este ano.
Na primeira reunião foram discutidas as propostas de formatação da quinta edição do
curso de Polissonografia, como a parceria
com outras associações, o desenvolvimento
de um curso itinerante, a adoção de aplicativos didáticos para tablets e, em 2013, a
criação do “Curso de Medicina do Sono”,
ampliando a estrutura atual do curso de PSG
e integrando outras especialidades relacionadas aos distúrbios do sono, como neurologia,
psiquiatria, pneumologia, dentre outras.
Segundo o presidente do Departamento
de Medicina do Sono, Dr. Michel Cahali, a
Associação está passando por um momento importante de consolidação da área no
Brasil. “A ABORL-CCF já tem um histórico
de trabalho na medicina do sono, formando
e certificando pessoas nas áreas de PSG. É
um passo natural que ela agora se encaminhe
para a solidificação do ensino e na difusão do
conhecimento dessa especialidade entre os
associados”, disse.
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BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA
Já na segunda reunião, foi colocado em pauta o cronograma do Congresso
Virtual de 2012, além das inovações nessa edição, como sorteios de materiais
exclusivos para os internautas plugados e a participação do público leigo, que
poderá interagir com os especialistas. O enorme sucesso da primeira edição,
que teve grande repercussão na mídia nacional - com uma extensa reportagem na TV Globo - estimulou a Comissão a organizar este ano mais um
congresso em plataforma virtual, com destaque para as 3 palestras internacionais já confirmadas: Dr. Roy Cassiano (Miami, EUA) na área de Rinologia; Dr.
Guillermo Campos (Bogotá, Colômbia) na área de Laringologia, e o Dr. Jorge
Spratley (Porto, Portugal) na área de Otologia. A expectativa é que o número
de inscritos supere o da primeira edição.
ÉTICA, SINDICÂNCIA E JULGAMENTO
Em reunião, a Comissão de Ética, Sindicância e Julgamento fez a revisão
das metas e planos propostos no último ano. Além disso, foi sugerida a
obrigatoriedade da orientação ética nos programas de residência e estágio,
algo que vem ganhando corpo graças aos seus membros, que têm cobrado
a inclusão de termos éticos em seus programas. Outros itens destacados
e instituídos como metas para 2012 foram o aperfeiçoamento do termo de
consentimento; a maior adequação aos termos da ética médica nos eventos
de ORL; o melhor esclarecimento dos conflitos de interesse nos eventos e o
maior intercâmbio nas comissões e na qualificação do prontuário médico.
Em 2012, a comissão responsável pelo Congresso Brasileiro de ORL continuará a reformulação
estrutural do Congresso, iniciada em Curitiba no ano passado. A reformulação em questão se
dará na disposição das salas, com a adequação dos palestrantes em relação aos temas. A medida teve aprovação do público e, a cada ano, essa formatação será preestabelecida, facilitando
para o conferencista a integração ao evento.
"Apesar de ser organizado para 5 mil pessoas, cada edição do Congresso tem temas e alvos
diferentes. Por isso, precisamos organizar um evento para que ele [o congressista] possa absorver o máximo de conhecimento científico em sua área. Na grade, os palestrantes internacionais
continuarão com destaque pela manhã, em conferências magnas, associadas a painéis e
mesas-redondas", explicou o Presidente da Comissão, Dr. Marco César Jorge dos Santos.
Ele destacou ainda que no congresso de Recife, em novembro, serão 10 convidados internacionais, de várias partes do mundo. "O objetivo é trazer o conhecimento de fora e criar reciprocidade, passando o nosso conhecimento para ele [o palestrante] também. Com isso, levamos
para outros países o que estamos fazendo. Esta é a ideia do nosso projeto de internacionalização. Queremos que na América Latina o polo de formação científica em ORL seja o Brasil",
disse.
Eventos e Cursos
Residência e Treinamento
Zelar pela boa formação dos residentes de todo o Brasil é o trabalho da
Comissão de Residência e Treinamento, que tem sob sua responsabilidade 90 serviços de ORL no país. A comissão disponibiliza no site da
ABORL-CCF um levantamento com os serviços já reconhecidos por ela
e também pelo MEC. Existe também uma lista com a classificação dos
serviços e o memorial descritivo, que é um relatório completo com a
constituição de cada serviço, em seus mínimos detalhes. O Presidente da
comissão, Dr. Alexandre Felippu Neto, explicou as metas e objetivos para
2012. "Além das vistorias que fazemos, estamos formalizando o relacionamento com os serviços e os residentes. Temos como meta conseguir
que todo serviço de ORL do Brasil esteja no site da Associação, para que
o médico que pretende seguir a especialidade possa consultá-lo. Isso é
fundamental", disse.
2Comissão de Ética e Julgamento.
Eventos e Cursos
2Comissão de
DEFESA PROFISSIONAL
Viviani Junqueira
DA ABORL-CCF
Viviani Junqueira
Desafios e perspectivas
A prova de TE (Título de Especialista) deste ano terá poucas mudanças em relação à do ano passado. Mais aspectos clínicos serão
abordados na prova teórica, e requisitos mais diretos na prova teórico-prática. O candidato será avaliado com amplo enfoque nos casos
clínicos, o que exigirá melhor conhecimento de base. Com a prova deste ano pronta, a comissão já planeja a prova do ano seguinte com
mudanças significativas e abrangentes.
"A comissão adoraria instituir provas realmente práticas, com seres humanos, para que os futuros otorrinos possam vivenciar a prática.
Mas, isso é muito caro e complicado. Por isso, muito em breve pensamos em utilizar bonecos ou algo do tipo nas provas práticas, para
aumentar o realismo e melhorar cada vez mais a prova de título", disse o Dr. Reginaldo Fujita, presidente da comissão. Ele ainda destacou a
continuidade dos trabalhos da comissão para este ano. "Dentro do modelo administrativo da Associação, é importante termos continuidade
sem ter continuísmo. Vamos manter o trabalho da comissão, aprimorar os pontos que precisam ser aprimorados e corrigir as falhas que
existirem. Já estamos pensando na prova de 2013, renovamos a bibliografia, e o novo tratado de ORL será utilizado", finalizou.
Viviani Junqueira
ABORL-CCF
2Comissão de
Residência e Treinamento.
Com o objetivo de defender o ORL quanto a honorários, condições ideais de trabalho e apoio à
educação continuada, a Comissão de Defesa Profissional tem participado de movimentos médicos
com outras entidades, sugerindo a implantação de procedimentos no rol da Agência Nacional de
Saúde, entre outras ações. A Presidente da Comissão, Drª Mara Gândara, reforçou que a presença
do otorrino será fundamental para os trabalhos futuros. "Precisamos de um envolvimento maior
do próprio otorrino. Pretendemos fazer muitos seminários e cursos em 2012, para mostrar o quão
importante é a união entre os médicos, além de precisarmos divulgar para a população leiga o que o
otorrino faz", disse.
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
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2º dia
18 de janeiro
O
segundo dia de reuniões foi destinado ao Conselho
Administrativo e Fiscal da ABORL-CCF. A pauta abordou diversos trabalhos que serão desenvolvidos ao
longo deste e do próximo ano. Veja alguns deles:
CALENDÁRIO DE REUNIÕES
O calendário das reuniões do Conselho Administrativo e
Fiscal em 2012 já está programado e os encontros acontecerão nos meses de abril, agosto e novembro. Sendo o
último na ocasião do 42º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia, em Recife.
EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA E
MODERNIDADES
Em 2012, a Comissão de Educação Médica Continuada
planeja fornecer a educação médica em parceria com outras sociedades e especialidades, além de ampliar o foco
de produtos. Para aumentar a visibilidade do Tratado de
ORL em toda a América Latina, o texto deverá ser traduzido
para o espanhol, estimulando colegas dos países vizinhos
a conhecer melhor a nossa Associação. Aliando Medicina
e alta tecnologia, a comissão planeja também disponibilizar
o Boletim ABORL-CCF e alguns capítulos do Tratado ORL
(em português e espanhol) para tablets, bem como a elaboração de miniatlas e aplicativos para smartphones (com
sistemas Apple e Android).
Está nos planos da comissão fornecer educação para leigos, por meio das campanhas de conscientização sobre as
principais afecções otorrinolaringológicas. São planejados
também cursos para leigos, como os voltados para instrumentadoras e equipes técnicas de empresas de equipamentos, além de um canal “Fale conosco” durante o II
Congresso Virtual de Otorrinolaringologia.
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BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
HUMORL
Antenor
Era alta madrugada, provavelmente duas ou três horas. Não
vou dizer que ele estava “nos braços de Morfeu” porque isto aí
tem uma conotação assim de sacanagem e, portanto, digamos
apenas que “dormia o sono dos justos”.
Eis que, de repente, o telefone na mesinha de cabeceira explode meio enlouquecido, aparentemente acordando a vizinhança
inteira, e Sady vira-se na cama, pega o aparelho e ouve uma
esganiçada voz de mulher berrando:
— Doutor Ciro, doutor Ciro! O Antenor não aguenta mais a
fisioterapia. Eu lhe peço, faça alguma coisa.
Sady, ainda não totalmente acordado, mas, fruto de um longo
treinamento, característico de quem exerce corretamente a profissão, respondeu:
— Minha senhora, acho que ligou para o número errado. Eu
sou o doutor Sady e não o doutor Ciro. Por favor, verifique a lista.
Virou-se outra vez e tentou conciliar o sono. Não deu. Mais um
minuto e aquela voz histérica outra vez com o mesmo problema:
— Doutor Ciro, o Antenor não aguenta mais aquela fisioterapia.
Faça alguma coisa, doutor Ciro.
Sady, a estas alturas um pouco mais acordado, usou toda a
2Comissão de Comunicação.
CENSO 2012
O Censo deste ano foi reformatado e formulado especificamente para associados efetivos/
titulares e associados residentes/especializandos. Em breve, a ABORL-CCF terá um perfil
completo da nossa realidade no país, inclusive comparando-a com aquela dos censos de
2002 e 2007.
PROJETO "CAMINHOS DA ORL"
Este projeto pretende ser o grande meio de divulgação do nome da ABORL-CCF e da
Otorrinolaringologia no ano de 2012. Uma unidade móvel estilizada levará modelos infláveis de ouvido, nariz e garganta por todo o país, unificando as campanhas. O objetivo
principal será fornecer informação ao público leigo, mostrar a importância do Otorrinolaringologista e divulgar a especialidade pelo país. O projeto está em fase final e deverá ser
iniciado em breve.
PROJETO EPIDEMIOLÓGICO 2012
Em uma iniciativa inédita em nossa Associação, este projeto de consulta aos associados,
durante períodos específicos em cada estação do ano, tem o intuito de descrever o perfil
epidemiológico (sociodemográfico) dos pacientes com doenças relacionadas à ORL, bem
como a prevalência destas como um todo e como distribuição regional e sazonal, além da
correlação entre elas.
As informações deste estudo poderão colaborar para um maior conhecimento destes temas
e ajudar no direcionamento de atividades públicas, privadas, institucionais e profissionais. Este
mapeamento irá colaborar de maneira final para uma melhor assistência à saúde e uma informação estatística continuada para os associados. Os associados da ABORL-CCF receberão
um convite para participar do projeto, e aqueles que participarem integralmente das suas
quatro fases terão uma grata surpresa em relação à anuidade de 2013.
capacidade que tinha para ser educado e prestativo:
— Minha senhora, mais uma vez a senhora ligou para o número
errado. Este telefone é do doutor Sady e não do doutor Ciro – e
desligou.
Passaram-se, então, cerca de uns cinco minutos e o telefone,
desta vez, pegou Sady em plena forma. Quando começou a ouvir
outra vez que o Antenor não suportava a fisioterapia, já foi berrando:
— Pode deixar! Eu já liguei prá lá e mandei suspender. O Antenor
não precisa mais fazer a fisioterapia.
E voltou a dormir tranquilo.
José Seligman
COMITÊ DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Foi lançada em reunião a ideia da criação do Comitê de Planejamento Estratégico, de caráter propositivo, para fomentar o conselho Administrativo e Fiscal, de caráter deliberativo. Este
comitê tem como objetivo a elaboração e a apresentação de propostas para o planejamento
e metas da Associação em curto, médio e longo prazos. Ele deverá ser composto por expresidentes e associados com notória experiência administrativa ou acadêmica, em especial
aquelas relacionadas à ABORL-CCF.
Foram muitas ideias, muitos objetivos e a certeza de que a ABORL-CCF terá, em 2012, um
ano de muito trabalho, com a DirEx procurando encurtar ao máximo o intervalo entre a proposição/aprovação e a execução, além da total confiança da continuidade dos bons projetos.
2Diretoria discute ações.
Viviani Junqueira
Uma das novidades da Comissão de Comunicação
para este ano você já conhece e está lendo neste exato
momento: o Boletim ABORL-CCF. A nova publicação da
Associação conta com 28 páginas, mais conteúdo e um
visual diferente. A Comissão planeja fazer deste veículo
uma grande fonte de recursos financeiros, com novos
patrocinadores.
Outra ideia é criar aplicativos focados em ORL para smartphones e tablets, como forma de o otorrino se manter
atualizado e ter sempre à sua disposição tabelas, dissídios e outros itens utilizados no dia a dia. O lançamento
do Tratado de ORL como aplicativo também foi discutido
e deve ser colocado em prática em breve.
As redes sociais da ABORL-CCF (Twitter e Facebook)
também terão novidades este ano, com mais interatividade e conteúdo focado nos jovens otorrinos. O site da
ABORL-CCF também deverá passar por mudanças.
Viviani Junqueira
Comunicação
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
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Dreamstime
ARTIGO
MÉDICO
RONCO E
SAOS
Por Fábio Tadeu Moura Lorenzetti
O ronco é um problema que acomete grande parte da
população e que pode prejudicar a qualidade de vida não
apenas do indivíduo roncador, mas também de quem
dorme ao seu lado. Desta forma, pode gerar problemas
conjugais e também causar constrangimento quando
o sujeito ronca perante outras pessoas. Muitas vezes o
ronco está acompanhado de apneias durante o sono,
piorando sua qualidade e causando prejuízos à saúde
destes indivíduos.
A gênese do ronco pode estar envolvida com o relaxamento da musculatura faríngea durante o sono. Durante
a passagem do ar, a vibração dos tecidos moles faríngeos origina o ruído conhecido como ronco. Na maioria dos
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BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
casos, o principal local desta vibração é o palato mole.
A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é o
distúrbio respiratório do sono mais encontrado na prática otorrinolaringológica, caracterizada por colapsos
recorrentes na região faríngea, geralmente associados
à fragmentação e ao sono não restaurador. Também
podem ocorrer hipoxemia, hipercapnia, ativação do SNA
simpático, sonolência excessiva diurna, além de diversos
outros sintomas e comorbidades.
PÚBLICO COMUM
A prevalência do ronco varia de 25% a 60% na população adulta, enquanto a SAOS acomete de 2% a 24%
dos adultos, de acordo com os critérios utilizados para
diagnóstico. O estudo de Wisconsin analisou indivíduos
entre 30 e 60 anos de idade e encontrou uma prevalência de SAOS em 4% dos homens e 2% das mulheres, considerando doentes os pacientes com índice
de apneia-hipopneia (IAH)>5 por hora associado com
sonolência excessiva diurna (SED). No entanto, quando
o critério do diagnóstico foi modificado para presença
de IAH>15 por hora, a prevalência da SAOS aumentou
para 4% no sexo feminino e 9% no sexo masculino.
Finalmente, quando o critério considerado foi apenas a presença
de IAH>5 por hora, a prevalência de apneia obstrutiva do sono
se elevou para 9% das mulheres e 24% dos homens. Entretanto, um estudo recente na população de São Paulo (EPISONO)
realizou polissonografia em 1.042 voluntários e foi observada
uma prevalência de SAOS em 32,8% dos participantes. Isto
sugere que o número de casos desta doença está aumentando
progressivamente em virtude de vários fatores, sendo o aumento da obesidade na população um dos principais. Além disso,
esta alta prevalência encontrada aponta que possivelmente a
SAOS é uma patologia subdiagnosticada.
O tratamento de indivíduos portadores de ronco e SAOS é um
desafio, pois existem várias opções terapêuticas e os resultados
são muito variáveis. O sucesso de cada tratamento depende
muito da escolha adequada e individualizada para o paciente.
Em virtude destes desafios no diagnóstico e no tratamento
dos pacientes com ronco e SAOS, cada vez mais os otorrinolaringologistas procuram aprofundar o conhecimento na
área de Medicina do Sono. Este é um fato muito positivo,
pois além da especialidade já estar familiarizada com as
vias aéreas superiores, ela é capaz de oferecer tanto os
tratamentos clínicos quanto os procedimentos cirúrgicos a
estes pacientes, desde que haja indicação para isso.
Um estudo recente na população de São Paulo (EPISONO) realizou
polissonografia em 1.042 voluntários e foi observada uma prevalência de
SAOS em 32,8% dos participantes. Isto sugere que o número de casos desta
doença está aumentando progressivamente.
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NOTÍCIAS
ESPECIAL
“Marcelo foi meu aluno. Um aluno brilhante, da paz. Transfere confiança, amizade e carinho aos pacientes, aspectos sagrados do verdadeiro médico" –
Dr. Paulo Miguel de Mesquita, vice-prefeito de Uberaba.
Durante cerimônia realizada em São Paulo, o uberabense foi
consagrado ao cargo máximo da associação e cunhou a expressão
que simboliza o momento de abertura e interiorização da
administração da entidade.
N
a noite de 18 de janeiro, foi realizada a cerimônia de posse do novo presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia CérvicoFacial, Dr. Marcelo Hueb, na sede da Associação, em São Paulo (SP).
Cerca de 200 pessoas participaram da solenidade, que contou com a presença de
convidados ilustres.
Após as homenagens, o Dr. Marcelo Hueb deu início ao discurso, agradecendo
aos familiares, amigos e colegas de profissão, além de comentar sobre a importância da Associação em sua trajetória. "Esse é um momento simbólico para nossa
Associação, mas de grande importância no meu caminho. Um caminho de emoção, [...] de
uma educação forte, pautada em valores morais e éticos, que pude exercitar bastante na Otorrinolaringologia e, em especial, nesta casa, uma casa na qual eu me sinto bem e em família. Eu
vejo aqui inúmeros rostos que muito prezo: rostos familiares de sangue, [...], rostos de amigos
que eu fiz na vida, na Otorrinolaringologia e nesta casa: minha família ampliada".
Dr. Marcos Montes, deputado federal.
Fotos: Rodrigo Sodré
UM POUCO DE LEITE NO CAFÉ PAULISTA:
Dr. Marcelo Hueb toma posse
como presidente da ABORL-CCF
“Esse é o momento de redobrarmos a nossa esperança, e a esperança está
calcada nos profissionais de saúde. [...] Aqui temos o exemplo vivo desses
profissionais, representados pela associação" –
2Dr. Marcelo Hueb, novo presidente
da ABORL-CCF.
PASSAGENS MARCANTES
DA CERIMÔNIA:
2Dr. Marcelo Hueb e família.
2Dr. Ricardo Bento, Dr. Paulo Pontes, Dr. Marcelo Hueb,
Dr. José Eduardo Dolci e Dr. Luc Weckx.
“Ao final da jornada, durante a qual nos dedicamos a
cumprir os compromissos assumidos, há dois sentimentos: de tranquilidade e de dever cumprido" – Dr.
José Eduardo Lutaif Dolci, ex-presidente da
ABORL-CCF.
“Saúde não é tudo, mas, sem ela, o resto é nada" –
Dr. Luc Weckx, otorrinolaringologista, representante da Associação Médica Brasileira (AMB).
“Ser médico é servir" – Dr. Marcelo Hueb,
PLANOS E METAS
Discursos marcantes, sucessão na ABORL-CCF, política médica e governamental. Marcelo ousou e falou da importância da opção paterna pela Medicina
e ressaltou a harmonia que cultiva e desfruta na Otorrinolaringologia e, como
bom mineiro, falou da importância de se misturar “um pouco de leite neste café
paulista”, simbolizando o momento de abertura e interiorização da política administrativa da Associação.
Hueb citou que, em sua gestão, pretende desenvolver projetos para maior esclarecimento da população leiga, da Educação Médica Continuada e em Defesa
Profissional, homenageando o passado e valorizando o planejamento estratégico para o futuro. “Com a força da nossa Associação, procuraremos estabelecer, cada
vez mais, laços com as entidades representativas da Medicina e com as esferas públicas do
poder, para que nós possamos exercer o que sempre almejamos em termos de saúde: não
necessariamente ser médicos, mas ajudar ao próximo”, declarou o presidente.
Antes mesmo de terminar seu discurso, recebeu inúmeros aplausos e em seguida agradeceu a presença de todos ao lado dos membros da sua diretoria.
Diferente das tradições mineiras, que dizem que “onde tem poeira, vá na frente;
onde tem barro, vá atrás; onde tem porteira, vá no meio”, o presidente enfatizou:
"Aqui caminhamos todos juntos!"
presidente da ABORL-CCF.
“Somente se estivermos juntos poderemos fazer
frente aos desafios" – Dr. Florisval Meinão, otorri-
nolaringologista, representante da Associação
Paulista de Medicina.
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
2 Dr. Kléber Falcão Rebelo, Dr. João Vianney Brito de Oliveira, Dr. Marcelo Hueb e Dr.
Jorge Augusto Hecker Kappel
“Temos a certeza de que será uma gestão próspera.
Você, Marcelo, tem o perfil de um homem firme,
generoso e capaz" – Dr. Márcio Fortini, representante da Associação Médica de Minas Gerais.
“O começar é a parte mais importante de qualquer
trabalho. Não chegaremos a lugar nenhum se não
dermos o primeiro passo. Faço então o especial
convite: que caminhemos juntos nessa nova jornada"
– Dr. Odílio Ribeiro, representando o deputado
federal Saraiva Felipe.
“Como diria o escritor português Sidónio Muralha:
'Parar. Parar não paro / Esquecer. Esquecer não
esqueço / Se carácter custa caro / pago o preço'.
Vamos ver, Marcelo. Sucesso e parabéns" – Dr. Acir
Karwoski, pró-reitor da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro (UFTM).
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2Dr. Marcelo Hueb e Dr. Marcelo Piza.
2Dr. Marcelo Hueb e Dr. Florisval Meinão.
2Ex-presidente da ABORL-CCF Dr. José Eduardo Dolci
discursa durante a cerimônia.
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
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ARTIGO
MÉDICO
E
As epistaxes
são
extremamente
comuns,
estimando-se
que até 60%
da população
irá apresentar
ao menos
um episódio
durante a vida.
m primeiro lugar, é importante definir corretamente o termo “epistaxe”. Todo sangramento que
se exterioriza pelas fossas nasais é chamado de
“hemorragia nasal”. Ele pode ser proveniente das fossas
nasais, seios paranasais, tuba auditiva, nasofaringe ou
mesmo da base do crânio. Porém, apenas os sangramentos que têm origem na mucosa nasal propriamente
dita são definidos como “epistaxe”. Eles representam
sempre uma alteração na hemostasia normal da mucosa
nasal, podendo ser causados por perda de integridade
vascular, anormalidades na mucosa nasal ou alterações
de fatores de coagulação.
Em termos de frequência, as epistaxes são extremamente comuns, estimando-se que até 60% da população
irá apresentar ao menos um episódio durante a vida.
Felizmente, a imensa maioria dos casos é autolimitada
e apenas cerca de 6% irão necessitar de cuidados médicos. Ainda em termos epidemiológicos, os casos de
epistaxe não apresentam predileção por gênero, afetando igualmente homens e mulheres. Podem acontecer
em qualquer idade, mas são mais comuns nas crianças
(devido à fragilidade da mucosa e à manipulação digital)
e nos idosos (devido a doenças associadas e ao uso de
medicações anticoagulantes).
Quando muito intensas ou recorrentes, as epistaxes
podem trazer grande morbidade aos pacientes, sendo
a principal urgência otorrinolaringológica em termos de
frequência e potencial gravidade.
ANATOMIA
Aproximadamente 90% das epistaxes são provenientes da região anterior
do septo nasal, uma área conhecida como zona de Kiesselbach. Isto porque
nesta região temos uma rica rede anastomótica de ramos das artérias esfenopalatina, etmoidais anterior e posterior, palatina maior e labial superior. Além
disso, esta área está mais exposta ao fluxo de ar e consequente formação
18
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
ABORDAGEM AO PACIENTE
O paciente com epistaxe deve ser tratado como um
paciente politraumatizado, seguindo os princípios de
permeabilidade de vias aéreas e controle das condições hemodinâmicas. É essencial a observação dos
sinais vitais, como pulso, coloração das mucosas,
pressão arterial, frequência respiratória e estado de
consciência. Em casos mais graves, o paciente pode
estar em choque hemorrágico, e a reposição de fluídos
e sangue deve ser imediata para a manutenção da
vida do paciente.
A quantificação do sangue perdido pelo paciente é
importante, e pode ser realizada por meio da anamnese e de alguns parâmetros como número de lenços
sujos, de toalhas encharcadas etc.
Caso o paciente estiver hemodinamicamente estável,
devemos identificar se o sangramento está ativo ou
inativo. Lembrando que o sangramento pode estar se
exteriorizando tanto pelas fossas nasais como pela
rinofaringe, sendo visível através de uma oroscopia.
Em casos de sangramento ativo, o primeiro passo é a
contenção da hemorragia. A colocação de algodões
embebidos em solução vasoconstritora com algum
anestésico local (como adrenalina e lidocaína, por
exemplo) costuma ser efetiva neste controle inicial e
a anestesia da fossa nasal já é útil caso haja necessidade de algum outro procedimento posteriormente.
Nunca é demais lembrar que em pacientes com alterações cardiovasculares, o uso de vasoconstritores
deve ser realizado com o devido cuidado, pesando o
custo-benefício.
Em seguida, devemos realizar a anamnese do paciente. Abaixo destacamos alguns pontos fundamentais:
Tipo de sangramento: se é um episódio único ou recorrente, a intensidade e se é anterior ou posterior.
De forma geral, sangramentos unilaterais sugerem
fatores locais, e sangramentos bilaterais, fatores sis-
Quando o local sangrante não é observado através da rinoscopia anterior, podemos lançar mão da nasofibroscopia, que é a introdução de
uma fibra óptica flexível, permitindo a inspeção completa das fossas
nasais. Devemos avaliar a região do septo nasal, conchas nasais, meatos, região da base do crânio e rinofaringe em busca da origem do
sangramento.
Introdução de uma
fibra óptica flexível,
permitindo a inspeção
completa das fossas
nasais.
têmicos na origem do sangramento;
Idade: sangramentos discretos em crianças têm sua
origem mais comumente por manipulação digital.
Outra causa comum é a presença de corpos estranhos. Sangramentos de maior monta ou recorrentes
em adolescentes do sexo masculino levantam a
hipótese de nasoangiofibroma juvenil. Pacientes
idosos sugerem doenças crônicas e outros tumores;
Uso de medicamentos: inquirir sobre o uso de substâncias anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários, especialmente o ácido acetilsalicílico. Alguns
alimentos também podem inibir a coagulação,
como alho, gengibre e outros;
Doenças associadas: sangramentos recorrentes em
outras partes do corpo, especialmente gengivas,
coagulopatias, doenças hematológicas e doenças
inflamatórias nasais. Pacientes com rinite em uso de
corticosteroides tópicos nasais podem apresentar
epistaxe por lesão em septo anterior causada pelo
jato do medicamento. O correto é que ele seja direcionado para a parede lateral do nariz;
História de trauma nasal: fraturas, cirurgias prévias,
manipulação digital;
Gravidez: em gestantes, pode ocorrer a formação
de granuloma piogênico de septo nasal, causando
epistaxes recorrentes de moderada intensidade. O
tratamento costuma ser expectante e a lesão tende
a desaparecer após o parto;
EXAMES
COMPLEMENTARES
Acervo
ABORL-CCF
Por Fabrízio Ricci Romano
de crostas, além de ser facilmente acessível a traumas
digitais.
As epistaxes anteriores costumam ser de simples controle, já que são facilmente abordadas para cauterizações
ou tamponamentos.
As epistaxes posteriores normalmente envolvem ramos
da artéria esfenopalatina e são bem mais raras. Seu
controle é mais difícil, muitas vezes demandando intervenções cirúrgicas e em 25% dos casos os pacientes
necessitam de transfusões sanguíneas.
No exame físico, é importante a inspeção em busca de
lesões cutâneas, como petéquias, hematomas ou púrpuras, que podem sugerir disfunções plaquetárias; e da
presença de telangiectasias em mucosas, sugerindo a
síndrome de Osler-Rendu-Weber.
O próximo passo é a realização do exame otorrinolaringológico. Na rinoscopia anterior, realizada com espéculo nasal e fonte de luz, procuramos identificar o local de
origem do sangramento. Em casos de epistaxe anterior,
o ponto sangrante costuma ser facilmente observado.
Por vezes, é necessária a limpeza dos coágulos da
fossa nasal através de aspiração ou remoção cuidadosa. Além disso, observamos também outras possíveis
alterações nasais que podem contribuir com o quadro,
como desvios septais, crostas, áreas cruentas, sinusites, rinites, tumores, pólipos etc.
A realização de hemograma completo é importante para inferir o grau do
sangramento por meio dos níveis de hemoglobina e do hematócrito, além
de pesquisar doenças como leucemias ou púrpuras trombocitopênicas. O
coagulograma pode ajudar a identificar coagulopatias, principalmente em
casos crônicos ou recorrentes.
Endoscopia digestiva alta e/ou broncoscopia podem ser realizadas para
o diagnóstico diferencial com sangramentos que tenham origem nas vias
digestórias ou respiratórias. A tomografia computadorizada é o exame de
escolha em casos de traumatismo cranioencefálico e também muito útil na
avaliação de doenças nasais e paranasais associadas, como desvios septais, sinusopatias, tumores etc.
A ressonância magnética é utilizada em casos de tumores e em traumas
quando há suspeita de herniação de tecido cerebral para as fossas nasais.
A tomografia computadorizada é o exame de
escolha em casos de
traumatismo cranioencefálico.
Acervo
ABORL-CCF
Epistaxe
PRÓXIMOS PASSOS
História familiar: doenças hereditárias, como a telangiectasia hemorrágica hereditária, em que há múltiplas
telangiectasias em mucosas e se manifesta com epistaxe e sangramentos orais e intestinais; hemofilias.
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
19
Acervo
ABORL-CCF
Na suspeita de aneurismas,
tumores vasculares ou para
realização de embolização,
pode estar indicada uma
arteriografia.
Para investigação mais detalhada dos
vasos, pode ser realizada uma angioressonância.
Na suspeita de aneurismas, tumores vasculares ou para a realização de embolização, pode ser indicada uma arteriografia
A ressonância magnética é utilizada em
casos de tumores e em traumas quando
há suspeita de herniação de tecido cerebral para as fossas nasais. Para investigação mais detalhada dos vasos, pode ser
realizada uma angioressonância.
Na suspeita de aneurismas, tumores vasculares ou para a realização de embolização, pode ser indicada uma arteriografia.
levar a gaze até a região das coanas para garantir um tamponamento efetivo. Ao final, a ponta da gaze permanece
exteriorizada pela narina e é fixada à pele com esparadrapo
ou micropore;
Merocel e similares: São substâncias que facilitam a introdução nas fossas nasais por estarem comprimidas, mas após
a hidratação, expandem-se, realizando o tamponamento.
Muito práticas, entretanto, têm como desvantagem o custo.
Existem modelos com cânulas no meio, para permitir certo
grau de passagem de ar pelo tampão.
2Fixamos o cordonê em uma
CIRURGIA
TAMPONAMENTO
Quando o sangramento é difuso, ou quando não obtemos sucesso
na cauterização, o tamponamento nasal é uma alternativa para a
contenção da hemorragia. Há basicamente dois tipos de materiais
para tamponamento:
Substâncias absorvíveis: Surgicel, Gelfoam. Utilizadas em sangramentos de menor intensidade. São colocadas nas fossas nasais
e reabsorvidas lentamente ao longo de alguns dias, não sendo
necessária sua remoção. Ideais para pacientes com alterações de
coagulação, já que nestes o ato de retirar algum tamponamento
poderia traumatizar a mucosa nasal, levando a novo sangramento;
Substâncias não absorvíveis: Neste subitem temos diversos materiais que podem ser utilizados com a finalidade de ocluir de forma
compressiva o sítio sangrante. Estes materiais devem sempre ser
retirados, de modo que o ideal é que não permaneçam por períodos superiores a 48h-72h pelo risco de infecção bacteriana secundária ou mesmo choque tóxico.
20
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
Em casos nos quais a origem do sangramento é mais posterior, os tamponamentos relatados acima podem não ser
efetivos e temos que lançar mão dos tamponamentos anteroposteriores. Estes têm maior morbidade, além de serem
mais incômodos ao paciente. O mais utilizado é a sonda
vesical tipo Foley. Primeiramente é amarrado um cordonê
ou algodão zero na ponta da sonda. Depois, ela é inserida
através da fossa nasal até sua visibilização na orofaringe,
e então tracionada pelo cordonê para impactar na coana.
Realizamos, então, o tamponamento anterior com uma das
técnicas descritas acima e fixamos o cordonê em uma gaze
Dedo de luva: É o mais simples e barato, facilmente encontrado. Corta-se um dedo de luva de látex e insere-se uma ou
duas gazes em seu interior (a depender do tamanho da fossa
nasal do paciente). Após analgesia do local e lubrificação do
dedo de luva, o tampão é introduzido seguindo uma linha
paralela com o assoalho da fossa nasal (e não o dorso nasal).
Desvios septais ou outras alterações nasais podem dificultar
a introdução. O tampão deve ser fixado externamente, com
uma sutura de algodão ou nylon ancorada em uma gaze
posicionada externamente às narinas para evitar aspiração
do tampão;
Rayon ou gazes furacinadas: Neste caso, o tampão é introduzido com uma pinça baioneta e vai-se “sanfonando” a gaze
do assoalho da fossa nasal em direção ao teto. É essencial
Caso haja falha no controle do sangramento com o tamponamento, ou em casos recorrentes, podemos lançar mão das
ligaduras arteriais. O ideal é que estas ligaduras sejam feitas
sempre o mais distalmente possível, ou seja, o mais próximo
possível do ponto sangrante, para evitar a ocorrência de circulação colateral. As cirurgias são realizadas por via endonasal
com o auxílio de videoendoscopia.
A maioria das epistaxes é originada no território da artéria
esfenopalatina. Portanto, na abordagem cirúrgica, nos casos
em que não vemos o ponto exato de origem do sangramento,
optamos pela ligadura desta artéria. Ela emerge na fossa nasal
através do forâmen esfenopalatino, que se localiza na região da
cauda da concha média e é facilmente acessado com o descolamento de um pequeno flap mucoso. É um procedimento
simples, rápido e que apresenta alta efetividade (92%). A artéria
pode ser ligada com fios, clipes vasculares ou cauterizada com
cautério bipolar e então seccionada. A maioria dos casos de
falha ocorre por não ligadura de algum dos ramos da artéria,
já que ela pode emergir do forâmen como um tronco único ou
como várias subdivisões, ou até apresentar ramos acessórios
com foramens próprios.
Caso a cirurgia tenha sido tecnicamente satisfatória e o sangramento persistir, ele deve ser suprido pelas artérias etmoidais,
especialmente a anterior, que é mais calibrosa. A ligadura da
artéria etmoidal pode ser realizada por via endoscópica, apesar
de ser tecnicamente mais trabalhosa, ou por via externa. Outras
opções menos utilizadas são a ligadura da artéria maxilar por
abordagem transantral e a ligadura da artéria carótida externa.
gaze na narina, com tração,
mas não excessiva para evitar
necrose de asa nasal.
Acervo
ABORL-CCF
No tratamento,
é importante
evitar o excesso
da substância
cauterizante
para que ela
não escorra
e provoque
queimaduras no
vestíbulo nasal
ou nos lábios.
Quando observamos um
ponto sangrante único, em
septo anterior, podemos
proceder com a cauterização do vaso hemorrágico.
Acervo
ABORL-CCF
TRATAMENTO
Quando observamos um ponto sangrante único,
em septo anterior, normalmente decorrente de
alguma ectasia vascular, podemos proceder com
a cauterização do vaso hemorrágico. Esta cauterização pode ser química, com a utilização de
nitrato de prata ou ácido tricloroacético. É importante cauterizar ao redor do vaso inicialmente
para diminuir o aporte sanguíneo e só então
realizar a cauterização do vaso em si, para evitar
que ele se rompa e piore o sangramento. Outro
cuidado é evitar o excesso da substância cauterizante para que ela não escorra e provoque
queimaduras no vestíbulo nasal ou nos lábios.
Em casos de maior intensidade, pode ser realizada também cauterização elétrica. Pode ocorrer
perfuração septal com a cauterização, principalmente em casos de múltiplas cauterizações ou
cauterizações bilaterais.
na narina, com tração, mas não excessiva para evitar necrose de
asa nasal. Felizmente, a imensa maioria dos sangramentos não
necessita de tamponamento posterior.
EMBOLIZAÇÃO
A embolização arterial está indicada quando houver falha no
tratamento cirúrgico, ou quando a cirurgia está contraindicada,
seja por problemas clínicos do paciente ou falta de instrumental/experiência para o acesso cirúrgico.
Após a cateterização percutânea da artéria femoral sob anestesia local, chega-se à artéria maxilar e seus ramos, que podem ser obliterados com álcool polivinil, partículas de Gelfoam
ou microesferas Dextran. As vantagens dessa técnica são a
localização da região do sangramento, obliteração dos vasos
distais e a não necessidade de anestesia geral, podendo ser
repetido se necessário.
Porém, este procedimento não é isento de riscos, que ocorrem
em cerca de 17% dos casos. Os mais comuns são: hematoma
femoral, lesão do nervo femoral, trismo, amaurose, paralisia
facial, hemiplegia, necrose da pele e do tecido celular subcutâneo e acidente vascular cerebral.
São limitações à embolização os sangramentos provenientes das
artérias etmoidais (ramos da carótida interna não acessíveis) e
pacientes com doença aterosclerótica em carótidas.
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
21
Danilo Verpa/Folhapress
ESPECIAL
ABORL-CCF
HISTÓRIA DA
ORL
A partir desta edição do Boletim ABORL-CCF,
você vai viajar no tempo e conhecer (ou relembrar)
fatos que marcaram a especialidade no Brasil e no
mundo. Começamos com uma grande história contada
pelo célebre Dr. Lídio Granato, sócio remido da
Associação e um dos maiores nomes da ORL no país.
Ele fala sobre os primórdios da especialidade em SP,
a fundação das maiores faculdades de Medicina e os
médicos que ajudaram a construir o que existe nos
dias atuais.
YAv. Dr. Arnaldo, na Zona Oeste, em SP.
Por Lídio Granato
A
22
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
ANO DE INAUGURAÇÃO DO
PRIMEIRO HOSPITAL DE
SÃO PAULO.
Depois da descoberta do bacilo da tuberculose por Robert Koch, em 1882, e dos trabalhos de
Pasteur, que trouxeram grande progresso para a microbiologia, a situação começou a mudar.
Diferentes colônias foram montando seus hospitais, como o Humberto Primo, dos italianos, em
1878; o hospital da Sociedade Alemã, em 1897 (hoje Oswaldo Cruz); a Sociedade Síria (atual SírioLibanês); e os japoneses, com o Santa Cruz, entre outros.
Em 1896, surge a Policlínica de São Paulo, que ficava na esquina da Rua Direita com a XV de Novembro. Ali trabalharam os primeiros otorrinos de que se tem notícia: o professor J.J. da Nova, que
tinha formação europeia, e o Dr. Bueno de Miranda, que também atuava na Santa Casa de São
Paulo, mesmo antes da instalação da Faculdade de Medicina e Cirurgia. A primeira realização de
adenoidectomia no nosso meio é imputada ao primeiro, e ao segundo, a primeira hemilaringectomia, apesar da precariedade do material cirúrgico da época.
Ainda na Policlínica de São Paulo, passados alguns anos após a sua fundação, trabalharam como
assistentes o Dr. Antonio Paula Santos (1920) e o Dr. Hugo Ribeiro de Almeida. Este último chegou
posteriormente a chefiar o serviço por dez anos. Estagiou na Clínica de Julius Lampert em Nova
York e, de volta a São Paulo, difundiu a técnica da fenestração para tratamento da otosclerose.
O grande impulso veio mesmo com a fundação da Faculdade de Medicina e Cirurgia, em 1912,
atual Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Este era um antigo anseio dos médicos paulistas. Para o cargo de diretor da Escola recém-formada, foi nomeado o Dr. Arnaldo Vieira
de Carvalho, homem dinâmico e de grande visão.
Dr. Arnaldo
PIONEIROS DA OTORRINOLARINGOLOGIA NA CIDADE DE SÃO PAULO
té meados do século XIX, a cidade de
São Paulo ainda continuava com muita
carência de serviços médicos. Como não
se conhecia as causas das doenças e não havia
hospitais nem grandes possibilidades de cura, os
ricos tratavam-se em casa.
As instituições médicas auxiliavam pessoas fazendo caridade, acolhendo desabrigados, além de ser
o lugar para o qual as pessoas iam para morrer.
Outra função do hospital seria a de isolar pessoas
com doenças contagiosas e doentes mentais, que
poderiam trazer transtornos à vida da cidade.
1859
Em 1880, foi inaugurado o hospital de isolamento
Emílio Ribas, colocado longe do aglomerado urbano, na estrada do Araçá, hoje Avenida Dr. Arnaldo.
A chegada de muitos imigrantes e a industrialização, com novas atividades, exigiam o surgimento
de centros para atender toda esta demanda.
O primeiro hospital construído na cidade foi a
Beneficência Portuguesa, em 1859, para atender
parte da colônia que morava em São Paulo e
imigrantes recém-chegados. A seguir, surgiram
hospitais públicos, privados e filantrópicos.
A AVENIDA, UMA DAS MAIS MOVIMENTADAS DE SP, É UMA
HOMENAGEM AO FUNDADOR DA FMUSP.
Logo no ano seguinte, em abril de 1913, iniciava-se o ensino
médico com a primeira turma de alunos da Faculdade. Toda a
parte clínica do curso se desenvolveu nas instalações da Santa
Casa, enquanto aguardava-se a construção do Hospital das
Clínicas, que só foi inaugurado em 1944. Para professores de
Otorrinolaringologia, foram chamados o Dr. Henrique Lindenberg
como titular e o Dr. Adolpho Schmidt Sarmento como assistente.
Ambos haviam estudado em Berlim e em Viena com os grandes
mestres da época, como Seiffert, Hajek, Von Eicken, Schüller e
outros.
Sarmento substituiu Lindenberg e foi o primeiro a fazer a amigdalectomia pelo método de Sluder-Ballenger. Lindenberg havia
operado mais de 50 mastoidectomias no curto período em que
dirigiu a Clínica.
Ambos, titular e assistente, foram afetados pela mesma doença
renal e faleceram relativamente cedo, em 1928 e 1939 respectivamente.
O Dr. Mário Ottoni de Rezende substituiu de fato o Dr. Schmidt Sarmento, já que era interino há algum tempo pela saúde precária do
titular, e deu um incentivo enorme à Clínica de Otorrino. Em 1939,
passou a atender os pacientes no recém-inaugurado prédio dos
Ambulatórios. Era um homem de formação sólida, tendo também
estagiado em Berlim e em Viena.
Publicou inúmeros trabalhos e livros e organizou as primeiras jornadas de otorrinos, em 1926 e 1936, com a presença de colegas
dos países vizinhos. Estes encontros precederam o 1° Congresso
Brasileiro de ORL, em 1938, no Rio de Janeiro.
Foi também fundador e editor da primeira revista da especialidade,
em 1933, inicialmente denominada “Revista Paulista de Otorrinolaringologia”, junto com seu concunhado, Dr. Homero Cordeiro.
Posteriormente, quando da criação da Federação Brasileira das
Sociedades de Otorrinolaringologia, a revista passou a se chamar
“Revista Brasileira de Otorrinolaringologia”.
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
23
O INÍCIO
DAS ESPECIALIDADES
Durante a sua gestão, teve
o mérito de estimular seus
assistentes a desenvolver áreas
da Otorrinolaringologia que
hoje constituem verdadeiras
especialidades.
O Dr. José Rebello Neto foi o primeiro cirurgião plástico de São
Paulo e o Dr. Mário Graziani, dentista, trabalhou muito nas afecções
odontogênicas envolvendo a região maxilar. Foi o precursor da
cirurgia bucomaxilofacial. Ambos também fizeram especialização no
exterior.
O Dr. Plínio Mattos Barretto, que foi o pioneiro da endoscopia peroral, chegou ao Brasil em 1937, retornando da Escola de Chevalier
Jackson, da Filadélfia, e pode ser considerado como o responsável
pelo fato de a broncoesofagoscopia ter se tornado uma especialidade autônoma. Teve dois discípulos que trouxeram grandes
contribuições à especialidade: Dr. Arruda Botelho, chefe do Serviço
de Endoscopia da Escola Paulista de Medicina, e Dr. Jorge Barreto
Prado, que durante anos foi o responsável por este setor na Santa
Casa.
Jorge Fairbanks Barbosa trabalhou com Mário Ottoni e, posteriormente convidado por Antonio Prudente, dirigiu-se para o Hospital
do Câncer, onde fez uma carreira brilhante. Estagiou nos Estados
Unidos e chegou a escrever e publicar livro no país.
Ângelo Mazza teve sua formação básica na Santa Casa e depois foi
contratado para trabalhar na Escola Paulista de Medicina, quando
foi fundada, em 1933. Durante toda sua vida dedicou-se ao ensino
de alunos e residentes da Escola. Foi o primeiro assistente do professor Paulo Mangabeira Albernaz, substituindo-o quando este se
aposentou pela compulsória.
Outros nomes que compunham a equipe de Mario Ottoni e que tiveram participação importante nos eventos da especialidade foram:
Roberto Oliva, que seria o subchefe, com formação austríaca com
os professores Neumann e Alexander, Francisco de Paula Hartung,
Ernesto Moreira, Silvestre Passy, Silvio Ognibene, e outros mais. A
Clínica atraía nessa época interessados de todos os Estados do
Brasil em busca de conhecimentos da especialidade.
Entre os mais jovens deste período, destaca-se o Dr. Rezende
24
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
Barbosa, de grande inteligência e com um importante trabalho na
modernização da Clínica. Entusiasta da cirurgia otológica, foi um dos
pioneiros na cirurgia do tratamento da otosclerose, mesmo que na
época não contasse com microscópio de grande eficiência. Iniciou
as técnicas para avaliação auditiva, tendo recebido prêmio por seu
trabalho neste sentido. Substituiu seu tio e sogro, Mário Ottoni de
Rezende, em 1953.
Dr. Mauro Candido de Souza Dias substituiu o Dr. Rezende Barbosa
em 1969. Bom cirurgião, trabalhou ao lado de Homero Cordeiro
no Hospital Matarazzo e depois se transferiu para a Santa Casa na
gestão de Mario Ottoni. Criou e ministrou aulas na Faculdade de
Fonoaudiologia da PUC. Deixou a chefia em 1975, substituído por
Otacílio Lopes, que remodelou toda a Clínica e continua atuando até
o presente momento. Foi o introdutor da impedanciometria no Brasil.
Devemos lembrar os nomes de colegas que trabalhavam no Hospital
Humberto Primo, como Cincinato Leme Ferreira, formado na Suíça, e
Homero Cordeiro, que estagiou em Berlim e Viena, retornando a São
Paulo por volta de 1920 com importantes novidades do velho mundo.
NOMES CÉLEBRES
A Escola Paulista foi fundada em 1933 e ofereceu
grandes nomes no início da especialidade, sendo
o professor Paulo Mangabeira Albernaz um dos
grandes pioneiros da Otorrinolaringologia. Baiano,
trabalhando em Campinas, foi convidado a chefiar o Serviço de Otorrino da nova Escola. Pedro
Luiz Mangabeira Albernaz, formado em 1955, fez
estágio em St. Louis com o Dr. Walsh. Pode ser
considerado pioneiro pelos trabalhos realizados
em orelha interna e principalmente por ter praticado o primeiro implante coclear no Brasil, em
1978. O curso de pós-graduação por ele chefiado na Escola Paulista de Medicina, no nível de
mestrado e doutorado, conseguiu titular médicos
de todo o Brasil. Pedro Luiz conseguiu formar um
grupo de jovens que se sobressaiu em todos os
setores da especialidade.
Menção a Nelson Cruz, com boa formação médica, tendo frequentado vários serviços, desde
a Escola Paulista até a Santa Casa, em 1949,
durante seis meses. Frequentou também serviços
do Prof. Georges Portmann, na França, em 1961.
Em 1939, após a morte de Sarmento, que era o
titular da cadeira, o cargo, por um acordo político,
foi ocupado por Antonio de Paula Santos, que
veio a constituir um novo grupo que, em 1944,
passou a ocupar o novo prédio da Avenida Dr.
Arnaldo, onde funciona atualmente a Faculdade
de Medicina da USP.
O grupo liderado por Mário Ottoni continuou na
Santa Casa, como vinha atuando desde o início
da fundação da Faculdade.
O professor Paula Santos tinha como assistentes o Dr. Raphael da Nova, Dr. José Freire Mattos Barretto e Dr. Jayme Campos. Este último
faleceu cedo e ocupou seu lugar o Dr. Plínio
Mattos Barretto.
Raphael da Nova, assim como o pai, J.J. da
Nova, estudou na Europa e veio a se tornar chefe
do serviço em 1956, com a aposentadoria de
Antonio Paula Santos.
Como assistentes, o grupo contava com Lamartine de Paiva, Elias Mansur, Antônio
Prudente Corrêa (falecido em 1964 e substituído pelo livre docente Aroldo Miniti),
Décio Mion, Moyses Cutin e Sílvio Marone, sendo que estes últimos vieram a chefiar
outros serviços, como o do Hospital do Servidor Estadual e o de Sorocaba, respectivamente.
Lamartine de Paiva, formado em 1947, substituiu o Prof. Raphael da Nova e, na sequência, foi sucedido por Aroldo Miniti, que conseguiu formar uma equipe bastante
grande e com profissionais de alto nível.
Divulgação - Unifesp - Yuri Bit
Sintonia Comunicação
ESPECIAL
ABORL-CCF
HONRARIAS
Finalizando, vale a homenagem aos médicos pioneiros da Santa Casa de São Paulo,
que este ano completa 100 anos da fundação da Faculdade de Medicina e Cirurgia,
onde tudo se iniciou, e que serviu de berço
para as demais Faculdades de São Paulo.
Aqueles primeiros professores, com dificuldades de todo empreendimento inicial,
souberam levar adiante um trabalho de alto
nível, sempre acompanhando o progresso
2Escola Paulista de
Medicina, em SP.
da Otorrinolaringologia mundial e deixando
uma base sólida para que as novas gerações continuassem aprimorando e elevando
cada vez mais o conceito da nossa especialidade.
Desde o início das atividades da especialidade, a Associação Paulista de Medicina
teve um trabalho de muito valor na tentativa
de união da classe e na busca de seu desenvolvimento técnico e científico.
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
25
POR DENTRO DA
ABORL-CCF
BJORL
Brazilian Journal of Otorhinolaryngology: nossa consagrada revista científica oferece às empresas diversos tipos de espaços
para divulgação por meio de anúncios. É sem dúvida a mais
importante publicação científica da área de ORL no Brasil;
BOLETIM ABORL-CCF (ANTIGO JORNAL DO OTORRINO/JORNAL
CONHECENDO A
ORL)
ABORL-CCF
A partir desta edição, você, associado, conhecerá um pouco mais sobre
os trabalhos realizados por cada departamento da ABORL-CCF.
Serão artigos escritos pelos responsáveis de cada setor, que terão
espaço para falar sobre como é o trabalho, quais as metas, objetivos e
o que está sendo realizado. Essa é uma forma de você conhecer melhor
cada área interna da Associação e saber qual é aquela que pode
te ajudar e esclarecer as dúvidas do dia a dia. Conheça a seguir o
Departamento de Captação.
DEPARTAMENTO DE CAPTAÇÃO
ABORL-CCF
Prezado(a) Associado(a),
É com grande satisfação que inauguramos este
espaço, idealizado pela atual gestão, para que os
Associados ABORL-CCF possam conhecer melhor
cada departamento e de que modo cada funcionário atua no seu dia a dia, a fim de contribuir
para o crescimento da nossa Associação.
Eu, Cláudia Cristina Varandas de Souza, sou a
responsável pelo Departamento de Captação
e, de um modo geral, minhas funções giram
em torno do relacionamento com as empresas
parceiras, com o intuito de obter recursos para
a manutenção das atividades promovidas pela
ABORL-CCF por meio da viabilização de espaços
26
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
para patrocínios.
Vale ressaltar que, quando falamos em captação,
isso não significa necessariamente que o nosso
objetivo seja apenas promover lucros para a
ABORL-CCF, mas sim obter recursos necessários
para minimizar custos e oferecer atividades de
qualidade, como merece nosso associado, além
de oportunizar as atividades de marketing das
empresas parceiras.
Entre os espaços oferecidos pela ABORL-CCF,
para que as empresas possam divulgar suas
marcas e produtos, destacamos os seguintes:
Veículo que traz matérias relevantes do setor de ORL, notícias,
acontecimentos e agenda de eventos; também abre espaços
para divulgação por meio de anúncios;
EVENTOS ABORL-CCF
Ao longo do ano são promovidos eventos específicos na área,
NOVAS
AÇÕES
além do já tradicional Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, onde as empresas parceiras
encontram diversas modalidades de patrocínio, conforme a
estratégia de cada uma;
EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA PRESENCIAL NA
SEDE DA ABORL-CCF, ITINERANTES E INTERNET:
O OTO WEB e o Congresso Online terão destaque em 2012
no que diz respeito à educação médica continuada via internet. Também são realizadas atividades como o curso de Polissonografia, o PPA – Projeto Próteses Auditivas –, Pro-Ar, além
de outras novidades com temas bastante específicos. Em
todas estas atividades, as empresas parceiras também terão a
oportunidade de expor suas marcas.
Recentemente inauguramos mais uma forma de parceria com a utilização do Auditório da ABORLCCF. Localizado em nossa sede, na cidade de São Paulo, este moderno e bem-equipado espaço
comporta até 90 pessoas para a realização de eventos científicos, além de possuir área de exposição e confraternização.
90 PESSOAS
É A CAPACIDADE DO
AUDITÓRIO DA ABORL-CCF
Para que as ações realizadas pela ABORL-CCF continuassem a ser
mantidas com a mesma qualidade de sempre, a Diretoria que acabou de assumir a gestão 2012 iniciou precocemente, já em 2011,
um ciclo de encontros com nossos principais parceiros comerciais,
nos quais tivemos a oportunidade de apresentar em detalhes cada
produto, proporcionando às empresas a oportunidade de direcionar, de forma clara e efetiva, suas estratégias de marketing. Foram
reuniões personalizadas e produtivas nas quais pudemos notar um
grande interesse, por parte das empresas, em levar ao associado
programas de Educação Médica Continuada de qualidade, que
enriquecem o dia a dia do médico, promovendo a atualização científica, um dos pontos primordiais da nova gestão.
Estes encontros com nossos parceiros serão mantidos para que
possa ficar bem clara a importância que cada empresa possui para
a ABORL-CCF. Aproveito aqui para agradecer a cada empresa por
todo apoio e parceria que nos tem concedido em tudo o que idealizamos e realizamos.
Também faz parte das minhas atividades a coordenação do Cartão
de Identidade ABORL-CCF, que é a identificação do associado, podendo ser utilizado tanto em atividades promovidas pela ABORLCCF, algo que facilita o ingresso nas secretarias de eventos, como
também oferece benefícios e vantagens aos associados na aquisição de produtos e serviços. Para conhecer melhor este programa,
você pode acessar: www.aborlccf.org.br/cartaodeidentidade
Por fim, coloco-me à disposição dos associados que desejarem e
tiverem interesse em obter outras informações a respeito das atividades do Departamento de Captação da ABORL-CCF.
Muito obrigada!
Claudia Cristina Varandas de Souza
E-mail: [email protected]
Tel.: (11) 5053.7503
BOLETIM ABORL-CCF JAN_FEV 2012
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