CAMINHOS-DE-FERRO E INSTITUIÇÕES: MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, PARLAMENTO E ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS CIVIS (1852-1892) Hugo Silveira Pereira Aluno de doutoramento em História na FLUP Investigador no CITCEM Financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projecto PEst-OE/HIS/UI4059/201 Palavras-chave: Caminhos-de-ferro, engenharia, obras públicas, instituições Introdução Na primeira metade do século XIX a vida política portuguesa foi marcada por uma enorme instabilidade com governos fracos, maiorias parlamentares efémeras, desacordos perenes entre facções partidárias e o eclodir de dois conflitos internos 1. Se “as principais reformas institucionais foram implementadas em meados da década de 1830, as obras públicas tiveram de esperar quase uma década pelas primeiras realizações práticas”2. Com a subida de Costa Cabral ao poder consegue-se a estabilidade necessária para investimentos em larga escala e passa-se também a entender que “não basta que o espirito da mais sevéra economia presida aos actos do Governo (...). Não é menos essencialmente preciso que estes recursos procedam do mais pleno desenvolvimento das faculdades productivas”3. Assim, só em meados do século XIX, Portugal iniciou uma política de investimento em obras públicas, nomeadamente infra-estruturas de transportes, esperando com isto aproximar-se do nível de desenvolvimento de países como Inglaterra, Alemanha, França ou Bélgica. Depois de uma tentativa falhada em 1845 (contrato assinado entre o governo cabralista e a Companhia das Obras Públicas de 1 MARQUES, 2002: 552-621 2 MATA & VALÉRIO, 1993: 142. 3 SANTOS, 1884, n.º 174: 1. Portugal para construir um caminho-de-ferro entre Lisboa e a fronteira com Espanha, rescindido após os eventos de instabilidade sociopolítica de meados da década de 1840), os governos da Regeneração mantiveram essa aposta e essa crença no progresso trazido a vapor sobre carris, aproveitando o espírito conciliador inaugurado pela maioria das facções partidárias de então4. A Regeneração, por decreto de 30.8.1852, cria o ministério das Obras Públicas (MOP), órgão que se tornou o grande responsável pela construção da rede, que, ao longo dos 40 anos seguintes até ao fim do fontismo (com a bancarrota parcial de 1892), cresceria até atingir cerca de 2 300 quilómetros de extensão5. Neste processo, várias instituições desempenharam um papel fulcral. Em primeiro lugar o governo, detentor do poder executivo. No parlamento, as sucessivas comissões de ambas as câmaras (Pares e deputados) preparavam os textos que eram postos à aprovação. Estes, porém, poderiam ser previamente apreciados pelos corpos consultivos do ministério das Obras Públicas: o Conselho Geral de Obras Públicas e Minas (CGOPM) e seus sucessores, o Conselho Geral de Obras Públicas (CGOP) e a Junta Consultiva de Obras Públicas e Minas (JCOPM). A partir da década de 1870, em resposta aos cortes orçamentais do reformismo e à dissolução do Corpo de Engenharia Civil, surge uma outra instituição cuja autoridade técnica poderia ser relevante para a aplicação da política ferroviária nacional – a Associação de Engenheiros Civis Portugueses (AECP)6. Esta comunicação versará precisamente sobre as atribuições de cada uma daquelas instituições, de que modo se relacionavam entre si e em que medida mereciam a confiança do governo, que, em última análise, era quem decidia. No final, comparar-seá aquilo que foi feito com aquilo que foi sugerido, procurando-se assim determinar a relevância daqueles organismos na delineação da política ferroviária nacional. Para tal recorrer-se-á à produção documental de cada uma delas: os projectos de lei exarados pelas comissões parlamentares e publicados nos diários das câmaras; os pareceres das instituições consultivas do MOP, publicados em periódicos ou compilações ou conservados no Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas (AHMOP); a 4 BONIFÁCIO, 1992: 96-98. 5 VALÉRIO, 2001: 373. 6 Colecção Oficial de Legislação Portuguesa (COLP), 1868: 372. Revista de Obras Públicas e Minas (ROPM), t. 1 (1870), n.º 1: 1-2. DIOGO, 1994. opinião da engenharia nacional reunida na AECP e divulgada na sua ROPM; e finalmente as decisões finais ratificadas nas páginas das compilações de legislação. Primeiras propostas e a criação do CGOPM A necessidade de um corpo técnico especializado na apreciação de questões de obras públicas fez-se sentir logo em 1851 quando o inglês Hardy Hislop propôs ao governo a construção de uma linha de Lisboa à fronteira. Na ausência de um ministério próprio e de comissões específicas, o governo nomeia, por portaria de 18.7.1851, uma equipa (Almeida Garrett, Joaquim Larcher, António de Paiva Pereira da Silva, Joaquim Tomás Lobo de Ávila e barão da Luz) para a apreciar 7. Apesar de ter sido criada especificamente para este efeito, este grupo era ainda muito heterogéneo em termos de formação académica, só se notando, aliás, a presença de dois elementos com conhecimentos de Engenharia (o barão da Luz e Lobo de Ávila). A este duo juntavamse ainda dois advogados (Larcher e Garrett) e um alto funcionário público (Pereira da Silva)8. A precisão de ter em conta outros aspectos além dos técnicos (designadamente os aspectos jurídicos e burocráticos) e a falta de engenheiros determinou esta heterogeneidade. Em todo o caso, esta comissão faria uma excelente apreciação de toda a questão ferroviária em Portugal, não se limitando ao contrato em contenda. Este seria reprovado, no entanto, a comissão não fecharia a porta ao investimento, sugerindo a abertura de concurso sob determinadas condições. Quanto ao objecto do concurso, seria limitado à secção entre Lisboa e Santarém. A óptima ligação a Espanha e a ligação à rede espanhola ainda estavam por determinar, pelo que o ideal seria iniciar a construção de um troço mais reduzido até que tais questões fossem esclarecidas9. O governo acataria a sugestão deste homens e abriria concurso, que, de qualquer modo, acabaria por ser ganho pelo mesmo Hislop10. Tempos depois, seria criado o ministério das Obras Públicas que contaria no seu seio com o CGOPM. Tratava-se de uma instituição de carácter meramente consultivo que a pedido do governo emitia 7 FINO, 1883-1903, vol. 1: 5. 8 MÓNICA, 2005-2006. 9 PINHEIRO, 2008: 181-201. SANTOS, 1884, [Parecer da comissão encarregada de apreciar o contrato Hislop]. 10 ABRAGÃO, 1956. pareceres sobre tudo o que se relacionasse com obras públicas e minas, incluindo questões técnicas e administrativas (propostas, projectos, contratos, regulamentos, reclamações, indústrias, transportes, minas, construção e exploração de caminhos-deferro, regas, rios, portos, saneamento, etc.). Era presidida pelo ministro das Obras Públicas, mas o seu verdadeiro líder era o seu vice-presidente, que, simultaneamente, era o director-geral das Obras Públicas. Completavam o CGOPM quatro vogais com capacidade científica nomeados pelo governo e os engenheiros directores das Obras Públicas que na altura das reuniões se encontrassem em Lisboa 11. Anos depois (decreto de 5.10.1859), as apreciações sobre minas seriam concentradas num órgão próprio, surgindo o CGOP. Em anexo, pode-se consultar a composição deste corpo e da JCOPM (que lhe sucederia) até 1892. Todos estes homens tinham formação em Engenharia (civil, militar ou ambas) 12. A primeira consulta ferroviária deste corpo debruçar-se-ia não sobre a linha até Espanha, mas sobre o caminho-de-ferro entre Lisboa e Porto. Na altura, Fontes pretendia justificar a expropriação do fundo especial de amortização com a construção desta via-férrea13 e para tal ordenou o seu estudo, solicitando ao CGOPM que definisse as bases para tal análise14. Mais tarde, o CGOPM seria chamado a apreciar alterações que Hislop pretendia introduzir no contrato após a sua adjudicação em concurso. Na altura, as modificações solicitadas seriam aprovadas uma vez que não adulteravam o espírito da praça, sendo assim o contrato modificado que seria proposto à discussão das câmaras legislativas em 30.4.185315. As comissões das câmaras legislativas As propostas para a construção de caminhos-de-ferro, à partida, teriam de passar pelo parlamento, uma vez que implicavam um aumento da despesa ou a contracção de empréstimos por parte do erário público (parágrafos 8.º e 11.º do art.º 15.º da Carta de 11 Boletim do Ministério das Obras Públicas (BMOP), 1853, n.º 7: 3-19. 12 MÓNICA, 2005-2006. AHMOP. Processos Individuais. 13 VALÉRIO & MATA, 1988. 14 DINIS, 1915-1919, vol. 1: 41-43. AHMOP. Conselho de Obras Públicas e Minas (COPM). Liv. 1 (1852-1853): 1-6. COLP, 1852: 628-630. FINO; 1883: 19-20. 15 BMOP, 1853, n.º 3: 51-56. 1826)16. O regulamento parlamentar obrigava a que toda a proposta (da iniciativa do governo) ou projecto de lei (da iniciativa dos deputados) fosse enviada à(s) comissão(ões) respectiva(s), que a apreciava(m) e redigia(m) um parecer (designado de projecto de lei), que era depois posto à discussão parlamentar em ordem do dia, “período destinado ao cumprimento da função legislativa por excelência”17. Se o projecto de lei merecesse a aprovação da câmara dos deputados, seguia para a dos Pares, onde seria novamente posto à consideração da(s) comissão(ões) competente(s). Seguiase novo parecer e nova discussão. Se fosse aprovado por maioria qualificada simples em ambas as câmaras e ainda pelo rei, tornava-se lei assim que fosse publicado em diário oficial18. As comissões eram, assim, quem marcava os ritmos de produção legislativa, pois os trabalhos parlamentares dependiam em grande medida dos seus pareceres, não se notando usualmente grande diferença entre o seu texto e aquilo que se aprovava. Aliás, qualquer alteração proposta durante o debate era enviada à comissão que a adoptava ou rejeitava. Tendo em conta a autoridade e legitimidade fornecida pela formação técnica dos seus membros, constituíam “um crivo essencial para orientar fundamentalmente o esclarecimento individual do deputado menos preparado e apetrechado tecnicamente, revelando-se, muitas vezes, determinante para formar a sua opinião final, dirigindo a sua deliberação”19. No que respeita a caminhos-de-ferro, a comissão competente para a apreciação de propostas era a de Obras Públicas (nos Pares, de Administração Pública até 1857, ano em que se reúne pela primeira vez a de Obras Públicas). A de Fazenda era também consultada, sendo que esta se dedicaria sobretudo aos aspectos financeiros do investimento necessário, ao passo que a de Obras Públicas analisaria os detalhes técnicos da respectiva proposta. Era ainda possível sondar-se a opinião de outras comissões, caso se entendesse necessário. Foi o caso da de Guerra, que chegou a ser ouvida em algumas ocasiões em virtude do impacto sobre a defesa que o respectivo caminho-de-ferro (leste e oeste) poderia causar. Os vogais que compunham cada uma das comissões (sem número fixo) eram eleitos pelos membros de ambas as câmaras no início de cada sessão legislativa e, como tal, reflectiam a maioria com que o governo contava no hemiciclo. Por esta razão, 16 CAETANO, 1981. MIRANDA, 1992. 17 MAIA, 2002: 128 e ss. e 134. 18 SANTOS, 1986. 19 MAIA, 2002: 145. MAIA, 1996: 128-129. SANTOS, 1986: 167-171. espelhavam também a vontade do governo. Em termos de formação académica, fica a ideia de que as comissões de Obras Públicas das câmaras de deputados sempre estiveram mais vocacionadas para a apreciação técnica das propostas (predominavam os vogais com formação técnico-científica – Engenharia e Matemática), enquanto que as comissões dos Pares estavam mais preparadas para a sua apreciação jurídica (uma vez que nelas predominavam homens formados em Direito). COM LEGISLATURA 1853 1854 1855 1856 1857 1857-1858 1858 1858-1859 1859 1860 1860-1861 1861 1861-1862 1862-1863 1864 1865 1865-1866 1867 1868-1869 1869 1870 (I) 1870 (II) 1870 (III) TOTAL FORMAÇÃO DE TÉCNICA VOGAIS 3 4 5 6 9 5 6 8 5 4 6 5 5 4 4 5 6 7 7 7 5 7 7 8 7 9 10 11 5 7 9 7 10 7 7 7 7 8 9 9 9 8 9 8 9 9 COM % LEGISLATURA 37,5 57,1 55,6 60,0 81,8 100,0 85,7 88,9 71,4 40,0 85,7 71,4 71,4 57,1 50,0 55,6 66,7 77,8 87,5 77,8 62,5 77,8 77,8 1871 (I) 1871 (II) 1872 1873 1874 1875 1876 1877 1878 1879 1880 1881 1882 1883 1884 1885 1886 1887 1888 1889 1890 1891 1892 TOTAL FORMAÇÃO DE TÉCNICA VOGAIS 4 5 5 5 5 7 10 8 8 8 8 8 8 11 11 12 11 5 5 8 7 7 7 6 8 7 7 7 9 11 12 11 10 11 11 11 13 13 18 15 11 11 11 11 11 11 % 66,7 62,5 71,4 71,4 71,4 77,8 90,9 66,7 72,7 80,0 72,7 72,7 72,7 84,6 84,6 66,7 73,3 45,5 45,5 72,7 63,6 63,6 63,6 Tabela 1 – Composição das comissões de Obras Públicas da câmara dos deputados COM LEGISLATURA 1853 1854 1855 1856 1857 1857-1858 1858 TOTAL FORMAÇÃO DE TÉCNICA VOGAIS 0 1 1 1 2 2 2 10 6 6 10 5 5 5 COM % 0 16,7 16,7 10,0 40,0 40,0 40,0 LEGISLATURA 1871 (I) 1871 (II) 1872 1873 1874 1875 1876 TOTAL FORMAÇÃO DE TÉCNICA VOGAIS 4 1 1 1 1 4 2 7 8 7 6 6 10 5 % 57,1 12,5 14,3 16,7 16,7 40,0 40,0 1858-1859 1859 1860 1860-1861 1861 1861-1862 1862-1863 1864 1865 1865-1866 1867 1868-1869 1869 1870 (I) 1870 (II) 1870 (III) 1 2 2 3 2 1 1 1 1 0 1 2 2 3 4 4 4 4 7 8 6 7 7 7 5 7 9 9 7 7 25,0 50,0 50,0 42,9 25,0 16,7 14,3 14,3 14,3 0,0 14,3 22,2 22,2 42,9 57,1 1877 1878 1879 1880 1881 1882 1883 1884 1885 1886 1887 1888 1889 1890 1891 1892 2 3 5 1 1 4 4 4 5 8 6 6 6 6 1 5 9 11 10 10 9 9 9 12 16 13 13 13 15 4 40,0 33,3 45,5 10,0 10,0 44,4 44,4 44,4 41,7 50,0 46,2 46,2 46,2 40,0 25,0 Tabela 2 – Composição das comissões de Obras Públicas da câmara dos Pares Ao longo dos 40 anos estudados, foram várias as consultas emitidas por estas instituições parlamentares. No entanto, nem todos os pareceres seriam alvo de consultas, nem todos os pareceres seriam colocados à discussão. Reforma do ministério e o surgimento de um terceiro parceiro: a AECP Em 1868, vários cortes orçamentais são impostos pelos reformistas. Diversos serviços são afectados, entre os quais o órgão consultivo do MOP. Decreto de 30.12.1868 extingue o CGOP e cria a JCOPM. O ministro mantinha-se como presidente e o director-geral das Obras Públicas como vice-presidente, mas o número de vogais subia para cinco aos quais se juntavam os directores de obras públicas quando a junta carecesse das suas informações. Os cinco vogais eram nomeados entre os oficiais militares que receberiam apenas os soldos e gratificações relativos às suas patentes (aqui residindo a economia do governo)20. O novel órgão, além das questões de obras públicas e minas, deveria ser também ouvido sobre todos os actos de administração pública em que as leis ou regulamentos exigissem consulta do extinto CGOP; sobre os projectos de estradas, caminhos-de-ferro, pontes, rios, portos e canais; e sobre os contratos que tivessem por objecto obras de utilidade pública. 20 COLP, 1868: 372. MENEZES, 1869. Além do CGOP, também o Corpo de Engenharia Civil (organizado quatro anos antes21) é suprimido, porém sem se criar um substituto. A classe dos engenheiros continuaria de forma autónoma a pressão em favor dos melhoramentos materiais e em defesa dos seus interesses corporativos. Em 1870, surge a AECP, onde pontificavam homens públicos que participam em governos e comissões governamentais, que se institui como parceiro qualificado do poder central22. A AECP viveria “na estreita dependência do Estado e toda a actividade que desenvolve (…) se subordina à temática das actividades de construção e obras públicas”23. No seio da nova instituição inicia-se a publicação da ROPM, que pretendia ser a continuação e o complemento do BMOP, também extinto pelos reformistas. A ROPM tinha como objectivo principal, numa toada mais prática do que científica, noticiar as obras feitas em Portugal e os seus métodos de fabricação e promover a publicação de memórias e artigos sobre engenharia, fomentando o debate24. Mensalmente divulgava “minuciosos relatórios e estudos, com o objectivo de constituir um repositório da memória das realizações e dos avanços científicos e tecnológicos do país”25, remindo uma falta que se verificava até então. A AECP (e a ROPM) era mais um passo para a consubstanciação dos interesses e do prestígio social dos engenheiros em Portugal que de resto eram comuns em grande medida aos objectivos do fontismo. A Regeneração cimentou a importância do saber técnico e científico, valorizando os conhecimentos dos engenheiros, os quais partilhavam também da mesma noção de progresso. Caminhos-de-ferro significavam progresso, os engenheiros significavam caminhos-de-ferro e os caminhos-de-ferro significavam emprego26. Apesar de muitos deles não perfilharem os conceitos ideológicos dos homens que tomaram o poder após o golpe da Regeneração e que governariam o país durante grande parte dos 40 anos seguintes, deixaram-se seduzir pela política de melhoramentos materiais que aqueles pretendiam encetar. Tendo muitos deles cursado engenharia nas escolas de Paris e de Gand 27, incorporavam “uma dimensão simbólica: não se trata já apenas de um problema de comunicações; é a 21 COLP, 1864: 773-786. 22 RODRIGUES, 2003. RODRIGUES, 1999: 78. 23 RODRIGUES, 1999: 76-77 e 81-82. 24 ROPM, t. 1 (1870), n.º 1: 1-2. 25 RODRIGUES, 1999: 81 26 LAINS & SILVA, 2005. MATOS & DIOGO, 2007. 27 MATOS & DIOGO, 2003. MATOS & DIOGO, 2006: 5. própria questão da industrialização e da modernização económica que é discutida; é o conceito de progresso que se funde com o objecto e as estruturas tecnológicas”28. Relações entre instituições Os corpos técnicos do ministério das Obras Públicas eram normalmente os primeiros a ser consultados quando surgia alguma proposta. A consulta podia ser solicitada assim que a proposta do empreendedor chegasse ao governo ou então após a assinatura do contrato provisório ou a publicação do decreto de concessão (na situação de adjudicações directas sem audição do poder legislativo, possíveis à luz de algumas condições impostas pelo decreto de 31.12.186429). De qualquer modo, os direitos do Estado ficavam salvaguardados, pois, no primeiro caso, a concessão provisória só se tornava definitiva depois de ratificada pelo parlamento; e no segundo caso, a aprovação pelo governo (ouvidos os técnicos) dos projectos de construção apresentados pelo concessionário era condição essencial para a validade do decreto e início da obra. No documento exarado da JCOPM ou do CGOP(M), os engenheiros tanto podiam aconselhar o governo a recusar a empreitada proposta ou a acolhê-la, decretando a sua execução ou levando-a ao parlamento. Neste último caso, um ou mais membros do governo (geralmente os ministros das Obras Públicas e Fazenda) apresentavam uma proposta de lei, que seguia depois para as comissões. Estas emitiam um parecer que era depois apresentado aos deputados e aos Pares. Contudo, a opinião dos engenheiros no MOP não era vinculativa, subordinando-se à frase “Vossa Magestade, porém, fará como entender” com que normalmente se fechavam as consultas. A força desta opinião residia na sua autoridade. Ao contrário das comissões parlamentares, onde homens com conhecimentos técnicos e comprometidos politicamente tinham de conviver com outros profissionais, no ministério só se reuniam engenheiros. Em termos políticos, a recusa por parte do governo de uma opinião destes homens nunca seria bem vista, muito embora aquela viesse desprovida dos detalhes com que um advogado, por exemplo, poderia contribuir (no caso das expropriações ou da redacção final do texto legal). Também em termos de impacto económico do caminho-de-ferro os engenheiros poderiam ter algo a dizer. No entanto, os técnicos do ministério normalmente 28 DIOGO, 2003: 14. 29 BMOP, 1865, n.º 2: 164-172. abstinham-se de enveredar por considerações deste jaez, pois tal não lhes era solicitado. De qualquer modo, sem uma estatística fiável era impossível “determinar cousa alguma em relação ao rendimento dos caminhos de ferro”, como afiançava Sousa Brandão30. Tendo em conta que a política de melhoramentos materiais era perfilhada por ambas as classes (política e técnica), seria de esperar que a colaboração entre uma e outra fosse completamente simbiótica e que não houvesse disputas na aprovação de propostas para a construção ferroviária. No entanto, não foi isso que aconteceu. Por várias vezes o governo tomou decisões que não contavam com o apoio dos corpos técnicos, casos havendo em que iam mesmo manifestamente contra o seu juízo. Um desses casos ocorreria tão cedo quanto 1853, a propósito dos estatutos da Companhia Central Peninsular, a quem Hislop havia trespassado a sua concessão. Em Fevereiro e Maio desse ano, o CGOPM e o procurador-geral da coroa faziam alguns reparos à proposta apresentada pelos responsáveis daquela empresa, que de nada valeram pois o governo aprovaria os estatutos a 10.5.185331. Um ano depois, nova discórdia se registaria entre o executivo e os seus órgão consultivos. Em 19.7.1854, a propósito da linha entre o Montijo e Vendas Novas, o CGOPM volta a apontar algumas falhas ao projecto32, mas Fontes, então ministro das Obras Públicas, ignora-as e em 24.7.1854 assina um contrato provisório com os proponentes Eugénio de Almeida e marquês de Ficalho, que serviria de base ao concurso que se viria a abrir. No caderno de condições, e contra a opinião do CGOPM, o governo oferecia as madeiras do Estado, que deviam servir ao caminho-de-ferro, e reconhecia à concessionária o direito de recusar os toros entregues e ser indemnizada por qualquer dano causado por esta falta 33. Refira-se ainda que esta não era a disposição que o CGOPM idealizara para a malha a sul do Tejo. No início de 1854, a rede defendida incluía uma linha pelo Alentejo desde Estremoz até Évora com bifurcação para o Guadiana (Mértola) e o Sado 34. 30 Diário de Lisboa (DL), sessão da câmara dos deputados de 12-12-1865: 2854. Sobre a incipiência da estatística nacional nesta altura consultar SOUSA, 1995. 31 AHMOP. COPM. Liv. 3 (1853): 82-85. BMOP, 1853, n.º 3: 94-101. FINO 1883: 26. SANTOS, 1884, Relatorio da commissão de inquerito da camara dos pares. 32 BMOP, 1854, n.º 8: 53-57. 33 Diário da Câmara dos Deputados (DCD), 29.7.1854: 576-579. SANTOS, 1995: 107. 34 BMOP, 1854, n.º 3: 209-218. Mudado o governo – criticado algumas vezes por estas faltas35 – as falhas mantiveram-se. A proposta de Morton Peto para a construção da linha do norte nem seria levada aos engenheiros do ministério. Pior, previa que qualquer disputa em questões técnicas seria resolvida pela Associação dos Engenheiros Civis Ingleses, o que não só constituía um atestado de incompetência à engenharia nacional, como poderia levar a decisões baseadas na nacionalidade e não nas regras da arte. Pior ainda, Peto não conseguiria cumprir a sua parte do acordo e solicitaria ao governo uma modificação do contrato. Esta é levada ao CGOPM que a arrasa, o que não impede o governo de a tentar fazer aprovar no parlamento. No entanto, nem as suas comissões parlamentares a sancionam. A alteração contratual acabaria por cair, arrastando consigo o executivo36. Ao longo dos anos, esta falta de sintonia repetir-se-ia. Em 1873, o barão de Kessler e Temple Ellicot solicitam autorização para construir uma via-férrea em bitola reduzida de 90 cm do Porto à Póvoa com possibilidade de entroncamento na linha do Minho. Tempos antes, já uma outra ferrovia havia sido concedida a Simão Gattai para ligar Guimarães à linha do Estado, mas em bitola de 1 m (decreto de 28-12-1872)37. A JCOPM louva a proposta, mas sugere que esta se adapte melhor (em termos de bitola e de término) à concedida a Gattai de modo a constituir um todo uniforme 38. Por muito acertado que fosse este parecer, de nada valeu, pois o decreto de 19-6-1873 concede àqueles empresários a linha tal como a haviam pedido 39. Um ano depois, em 22-4-1874, é concedido ao deputado regenerador Filipe Carvalho um caminho-de-ferro de 1 m de bitola entre Cacilhas e Sesimbra 40. Não antevendo o que viria a acontecer, a JCOPM aprova sem reparos, uma vez que a linha pedida era desligada de toda a rede então construída41. Mais tarde, Filipe de Carvalho pede para alargar a bitola da via, admitindo que pretendia ligar a sua linha à do sul. Tecnicamente, a JCOPM não obstava ao requerimento, mas estranhava o alargamento da bitola, desnecessário para a linha em questão, e, sobretudo, alertava o governo para o perigo de o concessionário desviar tráfego para um embarcadouro de melhor qualidade 35 PEREIRA, 2008: 75-102. 36 BMOP, 1864, n.º 1: 89-92. PEREIRA, 2008: 126-130. 37 AHMOP. JCOPM. Liv. 33 (1872): 120v-122. COLP, 1872: 352-353. 38 AHMOP. JCOPM. Liv. 34 (1873): 97v-100v. 39 COLP, 1873: 184-185. 40 COLP, 1874: 70-71. 41 AHMOP. JCOPM. Liv. 35 (1874): 223-224. e mais próximo de Lisboa42. Em todo o caso o requerimento ainda se limitava a um detalhe técnico (a bitola) e o governo acede ao pedido do seu correligionário por decreto de 29-12-187443. Em 1875 a polémica rebenta quando se permite a Carvalho ligar a sua linha à rede de sul e sueste no Pinhal Novo (decreto de 15-7-1875)44 depois de a JCOPM considerar tal decisão “altamente lesiva aos interesses do Estado”45. Sendo concessão por decreto (se bem que ilegal, pois não obedecia a todos os preceitos do decreto de 31.12.1864), o parlamento não foi ouvido. Todavia, o negócio não deixaria de ser discutido, precisamente pela polémica que causara à conta da ligação à rede de sul, da cor política do concessionário e da ilegalidade da adjudicação. O ramal de Cáceres, concedido em 19.4.1877 à Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses (CRCFP)46, foi outro exemplo. Consultada um mês antes, a JCOPM não se opunha à concessão, mas insinuava a sua rejeição. Em caso de aprovação, a linha teria de obedecer a todos os requisitos militares e não prejudicar a feitura da linha da Beira Baixa até Madrid, não podendo ser considerada como mais que um caminho-deferro de interesse restrito e local, o que a própria JCOPM achava improvável dada a proximidade com que passava da via que em Espanha seguia até Madrid 47. O governo avilista, desejoso de continuar a construção ferroviária sem onerar os cofres do Estado, acabaria por não dar ouvidos à JCOPM nem aos preceitos marciais e concederia à CRCFP uma linha com más condições de tracção de modo a não poder concorrer com a desejada linha da Beira Baixa, mas que do ponto de vista militar era um autêntico desastre por, entre outras razões, não estar protegida por nenhuma praça de guerra e dar aos espanhóis um vector de invasão que evitava Elvas 48. Mais uma vez, à sombra da concessão por decreto (desta feita por ser considerado de forma algo abusiva um ramal da linha de leste) o negócio passou praticamente incólume pelo parlamento. A infame Salamancada não podia deixar de figurar neste rol. O prolongamento da linha do Douro até Barca de Alva já vinha sendo falado desde a assinatura do contrato para a construção da linha da Beira Alta em 1878. O Porto temia a perda de tráfego para 42 AHMOP. JCOPM. Liv. 36 (1874): 193-203. 43 COLP, 1874: 254. 44 COLP, 1875, 169. 45 AHMOP. JCOPM. Cx. 18 (1875), parecer 6438 (14.1.1875): 1v. 46 COLP, 1877: 108-110. A CRCFP era a detentora das linhas de norte e leste. 47 DINIS, 1915-1919, vol. 6: 79-86. AHMOP. JCOPM. Liv. 38 (1877), consulta de 15.3.1875. 48 PAIS, 1878: 280-288. a Figueira e exigia uma ligação internacional a leste. A JCOPM opinava a favor do entroncamento da linha do Douro na da Beira Alta em território nacional, embora reputasse tal empreendimento difícil devido às dificuldades que o terreno levantaria 49. Para o engenheiro Almeida de Eça, a ligação interna entre as linhas do Douro e Beira Alta só poderia ser feita pelo vale do Massueime desde Vila Franca das Naves ao Pocinho. Apesar de a ligação não ser feita no sentido do Porto (os comboios andariam para trás até à linha do Douro), Almeida de Eça cria que a solução compensaria em termos de condições de tracção em relação à linha por Boadilla uma vez que entre Barca de Alva e Hinojosa as condições de tracção eram muito más50. Apesar disto, o governo progressista aprova por lei a ligação por Barca de Alva na condição de Espanha a prolongar pelo seu território (lei a 23-6-1880)51. Mais tarde, o governo compromete-se a assentar os carris até Barca de Alva e atribui uma garantia de juro a um sindicato bancário que se propunha a construir em Espanha a ligação desta linha e da da Beira Alta à rede espanhola. Porém, a JCOPM só seria consultada depois da lei aprovada (22-7-1882)52. Na altura, argumentava-se com o facto de a discussão ser eminentemente financeira e não técnica, daí não ser necessário consultar a JCOPM (embora a comissão de Obras Públicas também tivesse dado o seu aval no parlamento). Atitude que mudaria depois do projecto de lei aprovado 53. Por fim, uma referência final para um outro caso envolvendo as linhas da Beira. Os primeiros estudos debruçavam-se sobre uma linha cruzando a parte norte da província. No entanto, à medida que um caminho-de-ferro pela Beira Baixa ia sendo estudado, ia-se percebendo que em termos de condições de tracção este ligaria de forma mais rápida Lisboa à fronteira entre Espanha e França. A JCOPM reconhecia isso e, no parlamento, Lourenço de Carvalho, futuro ministro das Obras Publicas, também. Por seu lado, o governo e as suas comissões de Obras Públicas e Fazenda tentavam agradar à totalidade dos beirões, propondo e aprovando uma lei que autorizava o governo a construir ambas as vias-férreas54. Apesar desta autorização, o governo só abriria 49 AHMOP. JCOPM. Liv. 37 (1876), 4-3-1876. 50 Arquivo Histórico Diplomático. Entroncamento da linha ferrea do Douro. Cx. 1036, mç. 5, ofs. de 8- 12-1878 e 20-12-1878. 51 FINO, 1883-1903, vol. 1: 409-411. 52 COLP, 1882: 246-247. Sindicato Portuense, 1882. Associação Comercial do Porto, 1883. 53 AHMOP. JCOPM. Cx. 24 (1882), parecer 10050 (17.8.1882). 54 DCD, 21-2-1874: 482-485, 23-1-1875: 165-167 e 9-3-1875: 762-764. COLP, 1876: 13-14. concurso para a linha da Beira Alta e só à terceira tentativa a adjudicaria. Esta escolha, contrária à opinião da JCOPM ficou-se a dever a várias razões. Em primeiro lugar, Espanha sempre levantou mais obstáculos à ligação pelo vale do Tejo. Além destas dificuldades, a linha da Beira Alta tinha uma maior extensão em Portugal (e atravessava mais círculos eleitorais), critério adoptado desde 1867 pelo então ministro Andrade Corvo, e servia uma zona ainda sem caminhos-de-ferro; segundo, era uma forma de moderar a oposição reformista enraizada em Viseu; terceiro, a CRCFP ainda estava em recuperação da crise do segundo lustro da década de 60 e esforçava-se por terminar a ponte Maria Pia pelo que não tinha capacidade para construir uma linha internacional que sangraria a linha de leste de movimento. Adjudicar a linha a uma outra empresa era impensável por questões contratuais e de interesse económico para a CRCFP, em cuja administração se contavam alguns ministros e parlamentares, mas mais do que beneficiar a companhia estes homens estariam mais preocupados em não a prejudicar, pois todos se lembravam dos apuros por que passara o Estado à conta dos problemas financeiros da empresa55. Tudo isto dizia respeito à atribuição das concessões. Na gestão da construção, os desrespeitos pela opinião dos corpos técnicos eram ainda mais numerosos, o que não deixa de ser normal. Os engenheiros procuravam defender ao máximo que os contratos lhes permitiam os interesses do Estado; as companhias tentavam defender os seus interesses, poupando nos custos de construção; e o governo oscilava entre estes dois pólos: se por um lado tinha de zelar pelo bem-estar público, por outro não podia ser de tal modo draconiano com as companhias que lhes dificultasse a construção. A JCOPM ou o CGOP(M) chamavam a atenção para estas falhas, mas os governos em várias ocasiões relevavam, invocando a alta utilidade pública dos caminhos-de-ferro que tais empresas constituíam. Curiosamente, isto não se verificava nas linhas construídas directamente pelo Estado, salvo alguns diferendos com os empreiteiros em quem se confiava uma determinada obra 56. Com isto não se pretende dizer que o governo desconsiderava totalmente a opinião dos seus engenheiros. De facto, em muitas outras adjudicações o executivo acatou os seus conselhos. Nas diversas propostas que surgiram nos anos 1850 e 1860 para a construção de uma linha pela província do Minho, o governo seguiu o conselho 55 Para esta questão e para a bibliografia existente consultar PEREIRA, 2011b. 56 Conclusão provisória da investigação para doutoramento actualmente em curso. do CGOP(M) que recomendava que tal obra fosse auxiliada com uma garantia de juro e não com uma subvenção quilométrica (como os diversos proponentes solicitavam) 57. Em 1862, o governo segue novamente o alvitre do CGOP rejeitando cinco propostas que entretanto haviam surgido para a construção de uma linha até Sintra, apenas assinando um acordo com um desses proponentes (Debrousse) depois de este modificar a sua oferta58. Para algumas vias-férreas de via reduzida, a concessão só foi outorgada depois de parecer positivo da JCOPM. Foi o caso da linha do vale do Lima, requerida por Albert Meister em 5.7.1873, aprovada pela JCOPM em 2.9.1873 e concedida por decreto de 18.6.187459; noutras, a adjudicação não se fez porque em termos financeiros era inexequível: em 12.10.1877 a CPPF solicita ao governo autorização para prolongar a sua rede por Trás-os-Montes até Chaves e depois Régua. A JCOPM acabaria por lhe dar parecer positivo, mas alertava para o facto de o seu rendimento nunca atingir altos valores. Uma vez que a companhia solicitava garantia de juro, o governo nunca patrocinou a medida no parlamento, pois na altura outras eram as prioridades da política ferroviária nacional60. Anos mais tarde, já na década de 1880 o governo acompanharia a recusa da JCOPM aos projectos de Hastings (para uma linha pelo vale do Vouga em 1882) e de Thomas Morton Johnson (para uma grande rede desde a Beira Interior ao litoral em 1885) por serem propostas completamente irrealistas 61. Já a linha de Cascais foi concedida contra algumas indicações dos militares, mas com todo o apoio dos engenheiros civis62. Mesmo em linhas de maior importância, quer pela sua extensão, quer pelo facto de servirem zonas desprovidas de comunicações, o governo contou com o beneplácito dos seus órgãos consultivos antes de avançar para a concessão definitiva. As linhas do 57 PEREIRA, 2011a. 58 BMOP, 1866, n.º 11: 365-370. DL, sessão da câmara dos deputados de 2.6.1863: 1737. 59 AHMOP. JCOPM. Liv. 34-A (1873): 89v-90v. COLP, 1874: 101-102. 60 AHMOP. JCOPM. Cx. 20 (1876-1877), parecer 7635 (24-12-1877); cx. 22 (1879), parecer 8156 (24-3- 1879). 61 AHMOP. JCOPM. Cx. 24 (1882), parecer 9725 (26.1.1882). Cx. 28 (1885), parecer 12219 (30.4.1885). 62 Arquivo Histórico Militar (AHM). Comissão de Defesa de Lisboa e seu Porto. Consulta ácerca do projecto da linha ferrêa entre a Torre de Belem e Cascaes, apresentado pela Companhia Real dos Caminhos de ferro Portuguezes. 23 de Julho de 1887, div. 3/20/27/11. AHMOP. JCOPM. Cx. 33 (1887), pareceres 14659 (28-7-1887) e 14546 (18-8-1887). Cx. 34 (1888), parecer 15392 (2-4-1888). norte e leste (contrato de 30.7.1859, parecer de 2.8.1859 e lei de 5.5.1860), oeste (contratos de 12.1.1880 e 7.5.1881, pareceres de 12.1.1880 e 30.1.1882 e lei de 2.5.1882), Tua (lei de 26.4.1883, parecer de 1.9.1884, que baseou a aprovação do governo sem a qual o contrato não seria válido) e Beira Baixa (parecer de 9.1.1883 e leis de 26.4.1883 e 26.5.1884) inserem-se neste conjunto63. O caso do plano geral de rede O caso mais paradigmático da falta de consenso entre instituições, derivado da divergência de objectivos foi a questão do plano geral de rede. Quando Portugal encetou a sua aventura ferroviária, não tinha nem dados estatísticos nem cartográficos para definir um mapa geral da malha ferroviária. Aliás, os caminhos-de-ferro contribuíram mais para o conhecimento cartográfico do que o inverso 64. Com o passar dos anos e à medida que a construção e o conhecimento do terreno se desenvolviam começaram a surgir os primeiros alvitres para uma rede geral dentro e fora do parlamento. No início da década de 1870, são apresentadas várias propostas para a construção de caminhos-de-ferro americanos (sobre o leito das estradas) ou de via reduzida e a JCOPM e a AECP alertam para o perigo de conceder estas linhas sem regra e sem obedecer a um plano geral65. Dois anos depois, a JCOPM insiste na questão da necessidade de um plano geral66 e no ano seguinte, numa consulta sobre um americano entre Neiva e Darque, porfia na ideia, de modo a determinarem-se quais as linhas principais, seus afluentes (de via reduzida) e subafluentes (os americanos) e assim se evitar “fazer concessões que depois contrariem o melhor systema da viação accelerada (…) conciliando o desenvolvimento da viação publica com as necessarias precauções para evitar a sua má direcção e os prejuizos d’ahi resultantes”67. Era muito raro a 63 Para as linhas de norte e leste: FINO, 1883-1903, vol. 1: 66-67. AHMOP. COPM. Liv. 8 (1859): 3v-9. COLP, 1860: 160-162. Para a linha do oeste: AHMOP. JCOPM. Cx. 23 (1880), parecer 8575 (12.1.1880); Cx. 24 (1882), parecer 9733 (30.1.1882). DCD, 1.3.1880: 674-677; 10.3.1882: 660-670. COLP, 1882: 83-85. Para a linha do Tua: COLP, 1883: 97-98 e 285-292. FINO, 1883-1903, vol. 1: 562564. AHMOP. JCOPM. Cx. 27 (1884), parecer 11627 (1.9.1884). Para a linha da Beira Baixa: AHMOP. JCOPM. Cx. 25 (1883), parecer 10307 (9.1.1883). COLP, 1884: 190-210. 64 BRANCO, 2003: 110-111 e 115-116. 65 AECP, 1871-1872. AHMOP. JCOPM. Livs. 32 (1871): 280-299, 32-A (1871): 1-8v. 66 AHMOP. JCOPM. Liv. 34 (1873): 97v-100v. 67 AHMOP. JCOPM. Liv. 35 (1874): 149. JCOPM alvitrar além do objecto cuja consulta lhe era solicitada. Por aqui se nota também a importância que esta instituição dava à questão da rede. Depois desta consulta, o governo parece aceder às preocupações da JCOPM e, por portaria de 24-4-1874, ordena-lhe a elaboração de um plano geral de rede de via larga (para todo o Continente) e de via reduzida (Continente e Ilhas) além do caderno de obrigações a que os interessados se teriam de submeter68. Desconhece-se que recursos foram alocados ao projecto, que manifestamente era demasiado pesado para um órgão que contava com poucos membros e estava assoberbado por outras tarefas, mas que redundou numa proposta apresentada em 1875 69. Tudo indica que esta ordem teve apenas como objectivo silenciar as preocupações daqueles engenheiros. A JCOPM exigia do governo um plano de rede e o governo ordenava-lhe que o fizesse ela mesma. Entretanto, o tempo ia passando e o plano de rede não era fixado com força de lei. A sua definição cada vez se tornava menos flexível e mais manietada pelas construções que iam sendo realizadas. Em 1876, a rede ferroviária nacional contava já com 933 quilómetros e com as linhas do norte, leste, sul e sueste e parte das do Minho, Douro e Porto à Póvoa e Famalicão 70. Neste ano, a AECP dá início a uma discussão no seu seio sobre esta problemática, quando em sessão de 5.2.1876 nomeia uma comissão (Lecocq, Espregueira, Xavier Cohen, Pedro Inácio Lopes e Frederico Pimentel) para estudar e formular as bases gerais da rede de caminhos-de-ferro nacional71. Era facto consumado e aceite que a rede existente estava eivada de erros em termos de directriz das linhas e de condições de tracção (que foram relegadas para segundo plano em favor de um menor custo de construção) e fora construída “para calar as innumeras exigencias com simulacros de satisfação, para conciliar os interesses politicos com as forças do thesouro”72. Nos meses seguintes, várias propostas são apresentadas (e publicadas na ROPM em 1878) estimulando o debate. Em Agosto de 1877, a AECP conclui a sua proposta final, que provavelmente apresenta ao governo avilista. Porém, nada se define legalmente73. Podemos consultar estas e outras propostas em anexo a este texto. 68 DINIS, 1915-1919, vol. 5: 336. 69 AHMOP. JCOPM. Caixa 18 (1875), parecer 6418 (7-1-1875). 70 VALÉRIO, 2001: 372. 71 PIMENTEL, 1892. 72 LARCHER, 1878: 269. 73 AECP, 1878a. O executivo seguinte, regenerador, com Lourenço de Carvalho nas Obras Públicas, propõe-se a resolver a questão. O ministro ordena a João Crisóstomo a definição de um plano e o engenheiro obedece 74. Na posse de mais um parecer, Lourenço de Carvalho apresenta finalmente às cortes uma proposta de lei para fixar com força legal a rede dos caminhos-de-ferro portugueses75. Pertinente ou não, a verdade é que a proposta cairia no esquecimento. O governo cairia antes de as comissões parlamentares emitirem sobre ela o seu parecer. Independentemente de se afastar ou aproximar das propostas que haviam sido elaboradas, respondia à necessidade de dotar o país de uma lei que fixasse quais as linhas a construir e em que moldes. No entanto, nunca mais foi ressuscitada, apesar de contar com o apoio de toda a engenharia nacional reunida na AECP e na JCOPM. Os governos sucederam-se, os regeneradores voltaram ao poder, mas a proposta nunca regressaria ao parlamento sob esta ou qualquer outra forma. A ausência de um plano de rede geral com força de lei explica-se por vários motivos. Em primeiro lugar a deficiente informação fornecida pela cartografia e estatística nacionais impedia a elaboração de um programa com bases científicas. O ideal teria sido encetar um esforço de reconhecimento do país, mas isso demoraria anos, o que chocava contra a pressa que sempre marcou a política de fomento. Por outro lado, prevaleceu tendencialmente a ideia segundo a qual um caminho-de-ferro, que não significasse um ónus financeiro para o Estado, era benéfico para o reino independentemente do seu traçado. Não havia plano que resistisse a uma concessão sem custos para o Tesouro. Assim, sem um plano de rede a acção dos governos ficava muito mais liberta de restrições. Não havendo lei, não havia desrespeitos, nem havia contestação parlamentar justificada pela desobediência à legalidade. Por seu lado, o governo poderia adaptar-se muito melhor às necessidades do momento e decidir em conformidade em prol do bem geral, mas também do bem particular. Logo na primeira década da Regeneração, encontramos alguns exemplos desta atitude. A linha de Sintra de Claranges Lucotte beneficiava a fábrica de moagens de Eugénio de Almeida, que aliás fora o relator do parecer da comissão de Administração Pública da câmara dos Pares que a aprovaria 76. Mais a norte, não era previsto 74 Diário do Governo, 1878, n.º 210: 2260-2266. ALEGRIA, 1990. 75 DCD, 7-2-1879: 345-353. 76 SARDICA, 2005. inicialmente que a linha entre o Porto e Lisboa passasse por Aveiro, mas sim o mais pelo interior que fosse possível. No entanto não foi isso que se fez, algo a que não terá sido alheia a pressão de José Estêvão, influente deputado natural daquela localidade, que na altura se afastava dos regeneradores, ameaçando levar consigo muitos jovens afectos àquela agremiação partidária77. O caminho-de-ferro deu uma volta “para o fazer passar por Aveiro, que, como porto de mar, podia muito bem prescindir de caminho de ferro”78. Para piorar a situação, o desvio aumentou a extensão da linha, obrigou a fortes rampas e afastou-a de localidades importantes sem razão técnica aparente, pois era possível ir pelo interior entre o Porto e Ovar 79, colocando-a também à vista de um ataque por mar80. Outros exemplos – mais tardios – foram já referidos: a linha de Sesimbra a Cacilhas com ramal para o Pinhal Novo concedido a Filipe de Carvalho e o ramal de Cáceres. A norte, a linha da Pampilhosa à Figueira conseguiu afrontar a CRCFP, mas seria a origem de muitas pelejas judiciais entre esta companhia e a Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta que atrasariam a construção no oeste. No fundo, sem plano de rede aprovado pelo parlamento, “quando apparece[sse] alguma exigencia menos justificada [o governo podia] satisfaze-la, [pois] caminho de ferro, que não dê ao governo muitas influencias, não é para este ministerio nem internacional nem de primeira ordem. Não se faz”81 diria de forma exagerada mas com algum acerto o químico constituinte Aguiar. Conclusão A decisão de construir um caminho-de-ferro passava por várias instituições antes de ser efectivamente decretada. No entanto, a decisão final passava sempre pelo governo que, quando era obrigado a levar os contratos ao parlamento, contava com uma maioria confortável na câmara e nas comissões que redigiam o projecto de lei. 77 SOUSA & MARQUES, 2004: 229 e ss. 78 PEZERAT, 1867: 11. 79 BRANDÃO, 1878: 152-153. DL, sessão da câmara dos deputados de 6-2-1866: 396-397. 80 AHM. Comissão Consultiva de Defesa do Reino (3ª secção). [Defesa dos portos e das costas do Reino]. 22 de Abril de 1881. Div 3/01/14/18/16; Comissão de Defesa de Lisboa e seu Porto. Consulta ácerca do projecto da linha ferrêa entre a Torre de Belem e Cascaes. 23 de Julho de 1887. Div 3/20/27/11. 81 Diário da Câmara dos Dignos Pares do Reino, 8.7.1882: 1122-1123. Em todo o caso a audição dos órgãos técnicos era sempre aconselhável, muito embora fique a ideia de que para alguns caminhos-de-ferro, a decisão favorável já estava tomada ainda antes de se ouvir o CGOP(M) ou a JCOPM. Para os projectos que resultavam de uma sondagem que o governo fazia no mercado ou de um favor a um determinado empreendedor, a deliberação final era independente da consulta daqueles dois órgãos. Porém, aquelas instituições eram fulcrais para as propostas que chegavam sem aviso ao governo. Aqui, o conhecimento técnico dos engenheiros era indispensável para uma decisão ponderada. A posição da AECP neste relacionamento era ainda mais frágil em termos orgânicos, pois era uma instituição de carácter privado que nenhuma relação estrutural tinha com o ministério, muito embora do ponto de vista da autoridade fosse uma das mais prestigiadas – senão mesmo a mais prestigiada – instituições em Portugal. Como vimos, entre a engenharia nacional e o fontismo existiam muitos pontos em comum e muito a ganhar, pois a construção ferroviária significava emprego, quer na construção, quer na fiscalização, quer na exploração, ao serviço do Estado ou de alguma companhia. Isto, porém, não era suficiente para gerar um tal consenso que redundasse numa aprovação total das apostas dos governos. Os engenheiros pertenciam a diversos quadrantes políticos nem sempre concordantes com os regeneradores, responsáveis pela construção da maior parte da rede. Em certos casos, isto podia ser motivo para minar um projecto do governo (o mesmo se verificando invertendo os pólos políticos). Além disto, não podemos também esquecer que os próprios governos contavam com engenheiros entre os seus mais fiéis apoiantes. Pensar que estes técnicos eram incapazes de qualquer desvio ao interesse geral é não só um erro como falso. De facto houve alguns casos em que aqueles homens deixavam as suas origens ou fidelidades políticas falarem mais alto. Por exemplo, o engenheiro Sousa Brandão, que amiúde orava em favor da construção e exploração de caminhos-de-ferro pelo Estado por ser mais favorável ao interesse público, na sessão da câmara dos deputados de 15-6-1867, propõe que no orçamento das obras públicas se inclua uma verba para a construção de estradas de ligação da linha do norte a Santa Maria da Feira, sua zona de origem82. Sousa Brandão teve uma passagem fugaz pelo parlamento, mas outros engenheiros eram presenças constantes no hemiciclo e figuras de proa dos partidos. Era o caso de Plácido Abreu nos regeneradores ou de Belchior Garcês nos históricos/progressistas, que no 82 DL, sessão da câmara dos deputados de 15-6-1867: 1956. parlamento defendiam sobretudo os interesses dos partidos em que militavam. Aliás, Plácido Abreu chegou mesmo a defender um projecto de uma linha pelo vale do Lima passando pela sua terra natal, Arcos de Valdevez, contra a opinião unânime de toda a JCPOM83. Por outro lado, havia o brio profissional da classe que a impedia de sancionar projectos que não obedecessem aos preceitos da arte e que aliás era o que distinguia os engenheiros dos demais. Tudo isto redundou numa rede em que alguns dos seus ramos respondiam mais a motivações político-diplomáticas (não nos esqueçamos que o grande objectivo de Portugal era a ligação à Europa através de um país – Espanha – que não tinha grande interesse em cooperar em tal desejo) ou ocasionais (de acordo com a disponibilidade da iniciativa privada) do que a motivações técnicas ou económicas. Por detrás destas motivações existia ainda a pressa em dotar Portugal de caminhos-de-ferro e assim trazer o progresso ao país. Os interesses privados podiam não coincidir com os nacionais, da mesma forma que a agenda espanhola podia não ser compatível com a portuguesa. Mas rechaçar propostas com condições mínimas de sucesso ou entabular negociações com Madrid consumiria muito tempo, um recurso de que Portugal não dispunha. Parar é morrer referia Fontes. 83 AHMOP. JCOPM. Cx. 22 (1879), parecer 8312 (1-8-1879). Anexo 1 – Vogais do CGOP(M) e da JCOPM (1852-1892)84 1852 Barão da Luz (vice-presidente) Albino Francisco de Figueiredo e Almeida Francisco António Pereira da Costa João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio 84 1853 Barão da Luz Albino Francisco de Figueiredo e Almeida Francisco António Pereira da Costa João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Bento de Sousa Fava José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio 1854 Visconde da Luz Albino Francisco de Figueiredo e Almeida Belchior José Garcês Francisco António Pereira da Costa Isidoro Emílio Baptista João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Bento de Sousa Fava José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio 1855 Visconde da Luz Albino Francisco de Figueiredo e Almeida Belchior José Garcês Isidoro Emílio Baptista João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Bento de Sousa Fava José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio 1856 Visconde da Luz Albino Francisco de Figueiredo e Almeida Belchior José Garcês Isidoro Emílio Baptista 1857 Visconde da Luz Albino Francisco de Figueiredo e Almeida Belchior José Garcês Isidoro Emílio Baptista AHMOP. COPM e JCOPM. Vários livros e caixas de vários anos. João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Bento de Sousa Fava José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio 1858 Visconde da Luz Albino Francisco de Figueiredo e Almeida Belchior José Garcês Caetano Alberto Maia Isidoro Emílio Baptista João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Luís Lopes Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Bento de Sousa Fava José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu 1860 Visconde da Luz Caetano Alberto Maia Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Luís Lopes Joaquim Nunes de Aguiar Joaquim Simões Margiochi Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Anselmo Gromicho Couceiro João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Bento de Sousa Fava José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu 1859 Visconde da Luz Caetano Alberto Maia Isidoro Emílio Baptista João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Luís Lopes Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu 1861 Visconde da Luz Belchior José Garcês Caetano Alberto Maia Faustino José de Mena Aparício Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Simões Margiochi Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Carlos Conrado de Chelmicki José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc José Anselmo Gromicho Couceiro José Carlos Conrado de Chelmicki José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc Valentim Evaristo do Rego 1862 Visconde da Luz Belchior José Garcês Caetano Alberto Maia Faustino José de Mena Aparício Francisco Maria de Sousa Brandão João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Simões Margiochi Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Anselmo Gromicho Couceiro José Carlos Conrado de Chelmicki José Diogo Mascarenhas Mouzinho de Albuquerque José Feliciano da Silva Costa José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc 1863 Visconde da Luz Belchior José Garcês Faustino José de Mena Aparício Francisco Maria de Sousa Brandão João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Simões Margiochi José Anselmo Gromicho Couceiro José Carlos Conrado de Chelmicki José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc 1864 Visconde da Luz José Feliciano da Silva Costa Belchior José Garcês Caetano Alberto Maia Faustino José de Mena Aparício 1865 José Feliciano da Silva Costa Caetano Alberto Maia Augusto César de Sousa Teles e Morais Belchior José Garcês Faustino José de Mena Aparício Francisco Maria de Sousa Brandão Joaquim Simões Margiochi José Anselmo Gromicho Couceiro José Carlos Conrado de Chelmicki José Diogo Mascarenhas Mouzinho de Albuquerque José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc Francisco Maria de Sousa Brandão João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Carlos Conrado de Chelmicki José Diogo Mascarenhas Mouzinho de Albuquerque José Vitorino Damásio Nuno Augusto de Brito Taborda Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc 1866 Caetano Alberto Maia Augusto César de Sousa Teles e Morais Belchior José Garcês Faustino José de Mena Aparício Francisco Maria de Sousa Brandão João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Carlos Conrado de Chelmicki José Vitorino Damásio Nuno Augusto de Brito Taborda Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc 1867 Caetano Alberto Maia Augusto César de Sousa Teles e Morais Belchior José Garcês Faustino José de Mena Aparício João Crisóstomo de Abreu e Sousa José Carlos Conrado de Chelmicki José Diogo Mascarenhas Mouzinho de Albuquerque José Vitorino Damásio Nuno Augusto de Brito Taborda 1868 Caetano Alberto Maia Augusto César de Sousa Teles e Morais Belchior José Garcês Faustino José de Mena Aparício Francisco Maria de Sousa Brandão João Crisóstomo de Abreu e Sousa 1869 Belchior José Garcês Caetano Alberto Maia Carlos Ribeiro João Crisóstomo de Abreu e Sousa José Vitorino Damásio Joaquim Júlio Pereira de Carvalho Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Carlos Conrado de Chelmicki José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc 1870 Belchior José Garcês Caetano Alberto Maia Carlos Ribeiro João Crisóstomo de Abreu e Sousa José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc 1872 Belchior José Garcês Caetano Alberto Maia Carlos Ribeiro João Crisóstomo de Abreu e Sousa José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc 1874 Caetano Alberto Maia Augusto César de Sousa Teles e Morais Carlos Ribeiro Hermenegildo Gomes da Palma 1871 Belchior José Garcês Caetano Alberto Maia Carlos Ribeiro João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Vitorino Damásio Tibério Augusto Blanc 1873 Belchior José Garcês Caetano Alberto Maia Carlos Ribeiro João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc 1875 Caetano Alberto Maia Augusto César de Sousa Teles e Morais Carlos Ribeiro Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc João Crisóstomo de Abreu e Sousa Joaquim Tomás Lobo de Ávila/Conde de Valbom José Vitorino Damásio Plácido António da Cunha Abreu Tibério Augusto Blanc 1876 Caetano Alberto Maia Augusto César de Sousa Teles e Morais Carlos Ribeiro Conde de Valbom Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa Plácido António da Cunha Abreu 1877 Caetano Alberto Maia Augusto César de Sousa Teles e Morais Carlos Ribeiro Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Joaquim de Matos Plácido António da Cunha Abreu 1878 Caetano Alberto Maia Augusto César de Sousa Teles e Morais Carlos Ribeiro Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Joaquim de Matos Plácido António da Cunha Abreu 1879 Caetano Alberto Maia Agnelo José Moreira Augusto César de Sousa Teles e Morais Cândido Celestino Xavier Cordeiro Carlos Ribeiro Conde de Valbom Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Joaquim de Matos Joaquim Simões Margiochi Miguel Henriques Plácido António da Cunha Abreu Saraiva de Carvalho 1880 1881 Caetano Alberto Maia Agnelo José Moreira Cândido Celestino Xavier Cordeiro Carlos Ribeiro Conde de Valbom Francisco Maria de Sousa Brandão João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Joaquim de Matos Miguel Henriques Plácido António da Cunha Abreu Valentim Evaristo do Rego Caetano Alberto Maia Agnelo José Moreira Carlos Ribeiro Francisco Maria de Sousa Brandão João Baptista Schiappa de Azevedo João Joaquim de Matos Matias Cipriano Pereira Heitor de Macedo Miguel Henriques Plácido António da Cunha Abreu Valentim Evaristo do Rego 1882 Caetano Alberto Maia Boaventura José Vieira Carlos Ribeiro Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Baptista Schiappa de Azevedo João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Ferreira Braga João Joaquim de Matos Lourenço António de Carvalho Matias Cipriano Pereira Heitor de Macedo Miguel Henriques Plácido António da Cunha Abreu 1883 Caetano Alberto Maia Boaventura José Vieira Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Ferreira Braga João Joaquim de Matos Lourenço António de Carvalho Matias Cipriano Pereira Heitor de Macedo Miguel Henriques Plácido António da Cunha Abreu 1884 Caetano Alberto Maia Boaventura José Vieira Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Ferreira Braga João Joaquim de Matos Lourenço António de Carvalho Manuel Afonso de Espregueira Matias Cipriano Pereira Heitor de Macedo Miguel Henriques Plácido António da Cunha Abreu 1886 Caetano Alberto Maia Agnelo José Moreira D. António de Almeida António Guedes Vilhegas Quinhones de Matos Cabral Boaventura José Vieira Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Joaquim de Matos José Augusto César das Neves Cabral Lourenço António de Carvalho Manuel Afonso de Espregueira Manuel Vicente Graça Matias Cipriano Pereira Heitor de Macedo Plácido António da Cunha Abreu 1885 Caetano Alberto Maia Boaventura José Vieira Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Joaquim de Matos José Augusto César das Neves Cabral Lourenço António de Carvalho Manuel Afonso de Espregueira Matias Cipriano Pereira Heitor de Macedo Miguel Henriques Plácido António da Cunha Abreu 1887 Caetano Alberto Maia Agnelo José Moreira D. António de Almeida António Guedes Vilhegas Quinhones de Matos Cabral Boaventura José Vieira Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Crisóstomo de Abreu e Sousa João Joaquim de Matos José Augusto César das Neves Cabral Lourenço António de Carvalho Manuel Afonso de Espregueira Manuel Vicente Graça Matias Cipriano Pereira Heitor de Macedo Plácido António da Cunha Abreu Silvério Augusto Pereira da Silva 1888 Caetano Alberto Maia Plácido António da Cunha Abreu Agnelo José Moreira António Casimiro de Figueiredo D. António de Almeida António Guedes Vilhegas Quinhones de Matos Cabral Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Joaquim de Matos Joaquim Pires de Sousa Gomes José Augusto César das Neves Cabral Lourenço António de Carvalho Manuel Afonso de Espregueira Manuel Raimundo Valadas Manuel Vicente Graça Matias Cipriano Pereira Heitor de Macedo Silvério Augusto Pereira da Silva 1890 Plácido António da Cunha Abreu D. António de Almeida Carlos Augusto de Abreu João Joaquim de Matos Joaquim Pires de Sousa Gomes José Maria de Almeida Garcia Fidié Manuel Afonso de Espregueira Manuel Raimundo Valadas 1889 Plácido António da Cunha Abreu António Casimiro de Figueiredo D. António de Almeida António Guedes Vilhegas Quinhones de Matos Cabral Francisco Maria de Sousa Brandão João Joaquim de Matos Joaquim Pires de Sousa Gomes José Augusto César das Neves Cabral José Maria de Almeida Garcia Fidié Manuel Afonso de Espregueira Manuel Raimundo Valadas Silvério Augusto Pereira da Silva 1891 Plácido António da Cunha Abreu D. António de Almeida Augusto Victor da Costa Sequeira Carlos Augusto de Abreu Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Anastácio de Carvalho João Joaquim de Matos Joaquim Pires de Sousa Gomes José Augusto César das Neves Cabral José Maria de Almeida Garcia Fidié Manuel Raimundo Valadas Pedro Vítor da Costa Sequeira Silvério Augusto Pereira da Silva 1892 Plácido António da Cunha Abreu João Crisóstomo de Abreu e Sousa D. António de Almeida Bento Fortunato de Moura Coutinho de Almeida de Eça Carlos Augusto de Abreu Conde de Valbom Francisco Maria de Sousa Brandão Hermenegildo Gomes da Palma João Anastácio de Carvalho João Joaquim de Matos Joaquim Pires de Sousa Gomes José Augusto César das Neves Cabral José Maria de Almeida Garcia Fidié Luís e Cunha Manuel Raimundo Valadas Pedro Vítor da Costa Sequeira Silvério Augusto Pereira da Silva Anexo 2 – Comissões parlamentares de Fazenda e Obras Públicas (1853-1892)85 Comissões de Obras Públicas da câmara dos deputados 1853 VOGAL 1854 FORMAÇÃO Filosofia/Matemática Engenharia/Física Química/Matemática Direito Direito Engenharia Militar Militar Leis Plácido Abreu Camarate Casal Ribeiro José Estêvão Palma César de Vasconcelos Vasconcelos e Sá Vicente Ferreira Novais VOGAL António Bonifácio Júlio Guerra Camarate Mamede Lobo de Ávila José Estêvão Júlio Máximo de Oliveira Pimentel D. Rodrigo de Meneses 1855 VOGAL Camarate José Estêvão Júlio Máximo de Oliveira Pimentel Lobo de Ávila Mamede Palma D. Rodrigo de Meneses Silvestre Ribeiro Vasconcelos e Sá 85 DCD. DCPRP. DG. DL. DCDPR. Vários anos. FORMAÇÃO Militar Engenharia/Física Química/Matemática Matemática Engenharia Direito Matemática - 1856 FORMAÇÃO Engenharia/Física Química/Matemática Direito Matemática Engenharia Matemática Engenharia Cânones Militar VOGAL Camarate Plácido Abreu José Estêvão Júlio Máximo de Oliveira Pimentel Latino Coelho Lobo de Ávila Palma D. Rodrigo de Meneses José Maria Delorme Colaço Vasconcelos e Sá FORMAÇÃO Engenharia/Física Química/Matemática Filosofia/Matemática Direito Matemática Engenharia Engenharia Engenharia Militar Militar 1857 VOGAL Albino de Figueiredo Conde de Samodães Carlos Bento Plácido Abreu Augusto Leite Pacheco Bettencourt Fontes Latino Coelho Mamede Nogueira Soares Azevedo e Cunha Trindade Sardinha 1857-1858 FORMAÇÃO Engenharia Engenharia/Filosofia Matemática Filosofia/Matemática Engenharia Engenharia/Matemática Engenharia Matemática Direito Engenharia Matemática 1858 VOGAL Albino de Figueiredo António de Serpa Faria e Maia Veloso de Horta Sá Nogueira Lobo de Ávila Mouzinho de Albuquerque FORMAÇÃO Engenharia Matemática Engenharia Militar Matemática Engenharia Matemática VOGAL Albino de Figueiredo FORMAÇÃO Engenharia Engenharia/Filosofia Conde de Samodães Matemática Agostinho Pacheco Leite Bettencourt Engenharia Mamede Matemática Trindade Sardinha Matemática 1858-1859 VOGAL Albino de Figueiredo António de Serpa Belchior José Garcês Faria e Maia Veloso de Horta Sá Nogueira Lobo de Ávila Mouzinho de Albuquerque Palma 1859 VOGAL Belchior José Garcês Carlos Bento FORMAÇÃO Engenharia Matemática Engenharia Engenharia Militar Matemática Engenharia Matemática Engenharia 1860 FORMAÇÃO Engenharia - VOGAL António de Serpa José Estêvão FORMAÇÃO Matemática Direito Faria e Maia Veloso de Horta Mouzinho de Albuquerque Azevedo e Cunha Manuel José Júlio Guerra Engenharia Militar Matemática Engenharia Engenharia 1860-1861 VOGAL Plácido Abreu António de Serpa Filipe Folque Latino Coelho Mouzinho de Albuquerque Palma Pedro Roberto Dias da Silva Matemática Engenharia Engenharia Militar Direito Militar - 1861 FORMAÇÃO Filosofia/Matemática Matemática Engenharia/Matemática Engenharia Matemática Engenharia - 1861-1862 VOGAL Belchior José Garcês João Crisóstomo Lobo de Ávila Pequito Seixas Plácido Abreu Fernando de Magalhães Vilas Boas Júlio do Carvalhal Sousa Teles Mouzinho de Albuquerque Palma Pedro Roberto Dias da Silva Lobo de Ávila Veloso de Horta António de Carvalho José Ponte e Horta Júlio do Carvalhal Sousa Teles VOGAL Belchior José Garcês João Crisóstomo Lobo de Ávila Pequito Seixas Plácido Abreu Fernando de Magalhães Vilas Boas Júlio do Carvalhal Sousa Teles FORMAÇÃO Engenharia Engenharia Engenharia Direito Filosofia/Matemática Matemática - 1862-1863 FORMAÇÃO Engenharia Engenharia Engenharia Direito Filosofia/Matemática Matemática - VOGAL Belchior José Garcês Carlos Bento João Crisóstomo Veloso da Horta Plácido Abreu Fernando de Magalhães Vilas Boas Júlio do Carvalhal Sousa Teles FORMAÇÃO Engenharia Engenharia Militar Filosofia/Matemática Matemática - 1864 VOGAL Belchior José Garcês Carlos Bento Francisco Maria da Cunha João Crisóstomo Veloso da Horta Plácido Abreu Fernando de Magalhães Vilas Boas Júlio do Carvalhal Sousa Teles 1865 FORMAÇÃO Engenharia Militar Engenharia Militar Filosofia/Matemática Matemática - VOGAL Belchior José Garcês Carlos Bento João Crisóstomo João Tavares de Almeida Matias de Carvalho Plácido Abreu Eduardo Pinto da Cunha Júlio do Carvalhal Sousa Teles Sebastião da Nóbrega Pinto Pizarro 1865-1866 VOGAL 1867 FORMAÇÃO VOGAL Gomes de Castro Direito Fradesso da Silveira João Tavares de Almeida Plácido Abreu António de Serpa Palma Militar Filosofia/Matemática Matemática Engenharia José Pedro de Barros e Lima Plácido Abreu Lourenço de Carvalho Palma Sousa Brandão Engenharia Bento de Freitas Soares Júlio do Carvalhal Sousa Teles Magalhães Aguiar Manuel Paulo de Sousa Filosofia/Matemática Engenharia Júlio do Carvalhal Sousa Teles Magalhães Aguiar Manuel Paulo de Sousa 1868-1869 VOGAL Montenegro Belchior José Garcês Carlos Bento FORMAÇÃO Engenharia Engenharia Militar Filosofia/Matemática Filosofia/Matemática Matemática Direito FORMAÇÃO Engenharia/Física Química Filosofia/Matemática Filosofia/Matemática Engenharia Filosofia/Matemática Medicina Filosofia/Matemática Engenharia 1869 FORMAÇÃO Engenharia/Matemática Engenharia - VOGAL Melo Gouveia Correia de Barros Luís de Campos FORMAÇÃO Filosofia Engenharia/Matemática Militar Fradesso da Silveira Engenharia/Física Química Engenharia Filosofia/Matemática Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia Lobo de Ávila Lourenço de Carvalho Bandeira Coelho Manuel José Júlio Guerra Montenegro Engenharia/Matemática Espregueira Henrique de Macedo Engenharia/Matemática Filosofia/Matemática Engenharia/Filosofia Matemática Filosofia/Matemática Engenharia Bandeira Coelho Magalhães Aguiar Manuel Raimundo Valadas 1870 (I) 1870 (II) VOGAL Belchior José Garcês Carlos Bento Espregueira FORMAÇÃO Engenharia Engenharia/Matemática VOGAL Belchior José Garcês Carlos Ribeiro Espregueira Henrique de Macedo Filosofia/Matemática Fradesso da Silveira Melo Gouveia Luís de Campos Magalhães Aguiar Manuel Raimundo Valadas Filosofia Militar Filosofia/Matemática Engenharia João Crisóstomo Correia de Barros Boaventura José Vieira Pedro Roberto Dias da Silva Diogo de Macedo (I) 1870 (III) VOGAL Calheiros e Meneses Elias Garcia Mariano de Carvalho Pinheiro Borges Rodrigues de Freitas Cândido de Morais FORMAÇÃO Engenharia Engenharia Engenharia/Matemática Engenharia/Física Química Engenharia Engenharia/Matemática Engenharia/Matemática Agronomia 1871 (I) FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia Farmácia/Matemática Engenharia Engenharia Engenharia VOGAL Bandeira Coelho Elias Garcia Pinheiro Borges Cândido de Morais Pedro Roberto Dias da Silva Augusto de Faria FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia Engenharia Engenharia - Pedro Roberto Dias da Silva Augusto de Faria Engenharia/Filosofia Matemática Bandeira Coelho 1871 (II) VOGAL Falcão da Fonseca Lourenço de Carvalho Palma Pedro Roberto Dias da Silva Plácido Abreu Carlos Ribeiro Lobo de Ávila Santos e Silva 1872 FORMAÇÃO Filosofia/Matemática Engenharia Filosofia/Matemática Engenharia Engenharia Medicina VOGAL Falcão da Fonseca Lourenço de Carvalho Palma Pedro Roberto Dias da Silva Plácido Abreu Lobo de Ávila Carlos Ribeiro 1873 VOGAL Falcão da Fonseca Lourenço de Carvalho Palma Pedro Roberto Dias da Silva Plácido Abreu Carlos Ribeiro Lobo de Ávila Arrobas Falcão da Fonseca Ferreira Braga Filosofia/Matemática Engenharia Filosofia/Matemática Engenharia Engenharia 1874 FORMAÇÃO Filosofia/Matemática Engenharia Filosofia/Matemática Engenharia Engenharia VOGAL Falcão da Fonseca Lourenço de Carvalho Palma Pedro Roberto Dias da Silva Plácido Abreu Carlos Ribeiro Lobo de Ávila 1875 VOGAL FORMAÇÃO FORMAÇÃO Filosofia/Matemática Engenharia Filosofia/Matemática Engenharia Engenharia 1876 FORMAÇÃO Engenharia Matemática VOGAL Arrobas Falcão da Fonseca Ferreira Braga FORMAÇÃO Engenharia Matemática Lourenço de Carvalho Palma Pedro Roberto Dias da Silva Plácido Abreu João Maria de Magalhães Filosofia/Matemática Engenharia Filosofia/Matemática Engenharia florestal Engenharia/Filosofia Matemática Ricardo Júlio Ferraz Lourenço de Carvalho Palma Pedro Roberto Dias da Silva Plácido Abreu Ávila Júnior Filosofia/Matemática Engenharia Filosofia/Matemática Matemática Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia florestal Farmácia/Matemática Ricardo Júlio Ferraz João Maria de Magalhães Mariano de Carvalho 1877 VOGAL 1878 FORMAÇÃO Engenharia Militar Matemática Filosofia/Matemática Engenharia Filosofia/Matemática Direito Matemática Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia florestal Arrobas Carlos Testa Falcão da Fonseca Ferreira Braga Lourenço de Carvalho Palma Pedro Roberto Dias da Silva Plácido Abreu Teles de Vasconcelos Ávila Júnior Ricardo Júlio Ferraz João Maria de Magalhães VOGAL FORMAÇÃO Engenharia Direito Matemática Filosofia/Matemática Engenharia Filosofia/Matemática Direito Matemática Engenharia florestal Engenharia/Filosofia Matemática Arrobas Cardoso Avelino Ferreira Braga Lourenço de Carvalho Palma Pedro Roberto Dias da Silva Plácido de Abreu Teles de Vasconcelos Ávila Júnior João Maria de Magalhães Ricardo Júlio Ferraz 1879 1880 VOGAL António José Teixeira FORMAÇÃO Matemática VOGAL Ávila Júnior Arrobas Engenharia Bandeira Coelho FORMAÇÃO Matemática Engenharia/Filosofia Matemática João Anastácio de Carvalho José Taveira Pinto de Meneses Mouta e Vasconcelos Palma Sanches de Castro Teles de Vasconcelos Ávila Júnior Joaquim Pires de Sousa Gomes Engenharia Engenharia Engenharia Engenharia Direito Matemática Engenharia/Matemática Cândido de Morais Carlos Ribeiro Elvino de Brito Góis Pinto Inácio do Casal Ribeiro Mariano de Carvalho Pinheiro Borges Ressano Garcia Sousa e Silva 1881 VOGAL 1882 Cândido de Morais FORMAÇÃO Matemática Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia Carlos Ribeiro Elvino de Brito Góis Pinto Inácio do Casal Ribeiro Mariano de Carvalho Pinheiro Borges Ressano Garcia Sousa e Silva Engenharia Engenharia Militar Filosofia Farmácia/Matemática Engenharia Engenharia Militar Ávila Júnior Bandeira Coelho VOGAL Avelar Machado Eugénio de Azevedo FORMAÇÃO Direito Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Filosofia Matemática Matemática Filosofia/Matemática Engenharia/Matemática Engenharia de minas Engenharia Militar Matemática Direito Arouca Avelar Machado Eugénio de Azevedo Ferreira Braga Fontes Ganhado Fuschini Malheiro Sanches de Castro Sousa e Silva Ávila Júnior Saraiva de Carvalho 1883 VOGAL Engenharia Engenharia Engenharia Militar Filosofia Farmácia/Matemática Engenharia Engenharia Militar 1884 FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Filosofia VOGAL Avelar Machado Eugénio de Azevedo FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Filosofia Ferreira Braga Fontes Ganhado Fuschini Malheiro Manuel Vicente da Graça Palma Pereira dos Santos Sanches de Castro Sousa e Silva Sárrea Prado Ávila Júnior Matemática Matemática Filosofia/Matemática Engenharia/Matemática Engenharia de minas Engenharia Engenharia Engenharia Engenharia Militar Matemática Ferreira Braga Fontes Ganhado Fuschini Malheiro Manuel Vicente da Graça Palma Pereira dos Santos Sanches de Castro Sousa e Silva Sárrea Prado Ávila Júnior 1885 VOGAL António Alfredo Barjona de Freitas FORMAÇÃO Matemática VOGAL Avelar Machado Arouca Avelar Machado Matemática Matemática Filosofia/Matemática Engenharia/Matemática Engenharia de minas Engenharia Engenharia Engenharia Engenharia Militar Matemática 1886 Direito Engenharia/Filosofia Matemática Ávila Júnior Matemática Correia de Barros Engenharia/Matemática Ferreira Braga Matemática Fontes Ganhado Filosofia/Matemática Fuschini Engenharia/Matemática Henrique da Cunha Matos de Mendia Silvicultura José de Azevedo Castelo Branco Cirurgia Lobo Pope Engenharia Malheiro Engenharia de minas Pereira dos Santos Engenharia Pinto de Magalhães - Correia de Barros Ferreira de Figueiredo FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Matemática - Fontes Ganhado Fuschini José de Azevedo Castelo Branco Lobo Pope Malheiro Pereira dos Santos Sanches de Castro Sousa e Silva Almeida Pinheiro Elvino de Brito Góis Pinto Filosofia/Matemática Engenharia/Matemática Cirurgia Engenharia Engenharia de minas Engenharia Engenharia Militar Engenharia Engenharia Militar Sanches de Castro Sousa e Silva Almeida Pinheiro Góis Pinto Engenharia Militar Engenharia Militar Mariano de Carvalho 1887 VOGAL Barbosa Collen Eduardo Abreu Eduardo Vilaça Espregueira Gomes Morais Sarmento Inácio do Casal Ribeiro Júlio José Pires Luís Bandeira Coelho Fuschini Meneses Parreira Lucena e Faro Farmácia/Matemática 1888 FORMAÇÃO Medicina Engenharia/Matemática Engenharia/Matemática Filosofia/Matemática Filosofia Militar Engenharia/Matemática Engenharia VOGAL Barbosa Collen Eduardo Abreu Eduardo Vilaça Espregueira Gomes Morais Sarmento Inácio do Casal Ribeiro Júlio José Pires Luís Bandeira Coelho Fuschini Meneses Parreira Lucena e Faro 1889 FORMAÇÃO Medicina Engenharia/Matemática Engenharia/Matemática Filosofia/Matemática Filosofia Militar Engenharia/Matemática Engenharia 1890 VOGAL Barbosa Collen - FORMAÇÃO VOGAL António José Arroio Eduardo Abreu Medicina Avelar Machado Eduardo Vilaça Elvino de Brito Espregueira Gomes Morais Sarmento Inácio do Casal Ribeiro Luís Bandeira Coelho Fuschini Engenharia/Matemática Engenharia Engenharia/Matemática Filosofia/Matemática Filosofia Militar Engenharia/Matemática Fuschini Greenfield de Melo Lobo Pope Luciano Monteiro Manuel de Assunção Manuel Francisco Vargas Marquês de Fontes Pereira de Melo FORMAÇÃO Engenharia Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Matemática Militar Engenharia Direito Direito Engenharia/Matemática Filosofia/Matemática Meneses Parreira - Pedro Vítor Lucena e Faro Engenharia Emídio Navarro 1891 VOGAL Adriano Monteiro 1892 FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia Direito Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Matemática Militar Engenharia Direito Engenharia/Matemática Engenharia de minas Filosofia/Matemática Direito António José Arroio Arouca Avelar Machado Fuschini Greenfield de Melo Lobo Pope Luciano Monteiro Manuel Francisco Vargas Pedro Vítor Emídio Navarro Engenharia de minas Filosofia/Matemática Direito VOGAL Adriano Monteiro FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia Direito Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Matemática Militar Engenharia Direito Engenharia/Matemática Engenharia de minas Filosofia/Matemática Direito António José Arroio Arouca Avelar Machado Fuschini Greenfield de Melo Lobo Pope Luciano Monteiro Manuel Francisco Vargas Pedro Vítor Emídio Navarro Comissões de Obras Públicas86 da câmara dos Pares 185387 VOGAL Félix Pereira de Magalhães Tavares de Almeida Joaquim António de Aguiar 86 De Administração Pública até 1857. 87 Inclui comissão de Legislação 1854 FORMAÇÃO Direito Direito Leis VOGAL Eugénio de Almeida Félix Pereira de Magalhães Visconde de Balsemão FORMAÇÃO Direito Direito Matemática Visconde da Granja Visconde de Laborim Visconde da Fonte Arcada Barão de Chanceleiros Barão de Porto de Mós Manuel Duarte Leitão Joaquim Larcher Leis Direito Direito Leis Leis Direito 1855 VOGAL Eugénio de Almeida Visconde de Balsemão Visconde de Fonte Arcada Barão de Chanceleiros Barão de Porto de Mós Visconde de Algés (1.º) FORMAÇÃO Direito Matemática Direito Leis Direito Barão de Chanceleiros Barão de Porto de Mós Visconde de Algés (1.º) Direito Leis Direito 1856 VOGAL Eugénio de Almeida Félix Pereira de Magalhães Tavares de Almeida Visconde da Granja Visconde de Balsemão Visconde de Fonte Arcada Barão de Chanceleiros Barão de Porto de Mós Visconde de Algés (1.º) Visconde de Fornos de Algodres FORMAÇÃO Direito Direito Direito Leis Matemática Direito Leis Direito Direito 1857 VOGAL Visconde de Ourém Joaquim Larcher Silva Costa Visconde da Luz Visconde de Castro 1857-1858 FORMAÇÃO Militar Direito Engenharia Engenharia - VOGAL Visconde de Ourém Joaquim Larcher Silva Costa Visconde da Luz Visconde de Castro FORMAÇÃO Militar Direito Engenharia Engenharia - 1858 VOGAL Visconde de Ourém Joaquim Larcher Silva Costa Visconde da Luz Visconde de Castro 1859 FORMAÇÃO Militar Direito Engenharia Engenharia - VOGAL Visconde de Ourém Joaquim Larcher Visconde da Luz Visconde de Castro 1860 VOGAL Joaquim Larcher Visconde da Luz Visconde de Atouguia Visconde de Castro 1860-1861 FORMAÇÃO Direito Engenharia Matemática - VOGAL Joaquim Larcher Visconde da Luz Visconde de Atouguia Visconde de Castro 1861 VOGAL Baldy Conde de Tomar Marquês de Ficalho Joaquim Larcher Silva Costa Visconde da Luz Visconde de Castro Silva Sanches Marquês de Ficalho FORMAÇÃO Direito Engenharia Matemática 1861-1862 FORMAÇÃO Matemática Direito Militar Direito Engenharia Engenharia - VOGAL Silva Sanches Baldy Conde de Tomar Marquês de Ficalho Joaquim Larcher José da Costa Sousa Pinto Basto Visconde da Luz Visconde de Castro 1862-1863 VOGAL FORMAÇÃO Militar Direito Engenharia - FORMAÇÃO Direito Matemática Direito Militar Direito Direito Engenharia - 1864 FORMAÇÃO Direito Militar VOGAL Baldy Conde de Ávila (1.º) FORMAÇÃO Matemática Filosofia Eugénio de Almeida Conde de Castro (1.º) José da Costa Sousa Pinto Basto Visconde da Luz Direito Direito Engenharia Ferrão Marquês de Ficalho Marquês de Nisa Sebastião José de Carvalho Visconde de Ovar FORMAÇÃO Direito Militar Militar Engenharia Direito VOGAL Duque de Loulé Conde de Tomar Marquês de Ficalho Braamcamp Conde da Ponte Jaime Larcher Duque de Loulé 1865 VOGAL Conde de Tomar Duque de Loulé Marquês de Ficalho Braamcamp Conde da Ponte Jaime Larcher Marquês de Sousa Holstein 1866 1867 VOGAL Conde de Tomar Marquês de Ficalho Braamcamp Conde da Ponte Marquês de Sousa Holstein FORMAÇÃO Militar Direito Militar Engenharia Militar 1868 FORMAÇÃO Direito Militar Direito VOGAL Conde de Tomar Marquês de Ficalho Duque de Loulé Braamcamp Conde da Ponte Jaime Larcher Marquês de Sousa Holstein 1869 VOGAL Conde de Tomar Baldy Duque de Loulé Cânones Militar Direito Militar FORMAÇÃO Direito Militar Militar Engenharia Direito 1870 (I) FORMAÇÃO Direito Matemática Militar VOGAL Baldy Duque de Loulé Rebelo da Silva FORMAÇÃO Matemática Militar - Rebelo da Silva Marquês de Ficalho Braamcamp Conde da Ponte Jaime Larcher Marquês de Sousa Holstein Militar Engenharia Direito Conde de Tomar Marquês de Ficalho Braamcamp Conde da Ponte Jaime Larcher Marquês de Sousa Holstein 1870 (II) VOGAL Baldy Conde de Tomar Marquês de Ficalho Braamcamp Jaime Larcher Marquês de Sousa Holstein Fontes 1870 (III) FORMAÇÃO Matemática Direito Militar Engenharia Direito Engenharia/Matemática VOGAL Margiochi (I) Marquês de Ficalho Braamcamp Jaime Larcher Marquês de Sousa Holstein Andrade Corvo Fontes FORMAÇÃO Matemática Militar Engenharia Direito Engenharia Engenharia/Matemática FORMAÇÃO Matemática Militar Engenharia Direito Engenharia Engenharia/Matemática 1871 (II) VOGAL Marquês de Ávila e Bolama Vaz Preto Conde de Castro (1.º) Franzini Jaime Larcher Marquês de Ficalho Marquês de Sousa Holstein Visconde de Algés (2.º) FORMAÇÃO Filosofia Direito Militar Engenharia Militar Direito Direito 1871 (I) VOGAL Margiochi (I) Marquês de Ficalho Braamcamp Jaime Larcher Marquês de Sousa Holstein Andrade Corvo Fontes 1872 VOGAL Marquês de Ávila e Bolama Direito Militar Engenharia Direito 1873 FORMAÇÃO Filosofia VOGAL Marquês de Ficalho FORMAÇÃO Militar Margiochi (I) Marquês de Ficalho Conde de Castro (1.º) Franzini Marquês de Sousa Holstein Visconde de Algés (2.º) Matemática Militar Militar Direito Direito Braamcamp Conde de Castro (1.º) Franzini Jaime Larcher Marquês de Sousa Holstein 1874 VOGAL Marquês de Ficalho Braamcamp Conde de Castro (1.º) Franzini Jaime Larcher Marquês de Sousa Holstein 1875 FORMAÇÃO Militar Militar Engenharia Direito VOGAL Afonso de Serpa (D.) Melo e Carvalho (II) Visconde de Bivar Visconde de Vila Maior Lobo de Ávila Carlos Maria Eugénio de Almeida Marquês de Ficalho Franzini Jaime Larcher Visconde de Algés (2.º) FORMAÇÃO Direito Direito Matemática Militar Engenharia VOGAL Marquês de Ficalho Franzini Jaime Larcher Afonso de Serpa (D.) Melo e Carvalho (II) 1876 VOGAL Melo e Carvalho (II) Visconde de Bivar Visconde de Vila Maior Franzini Jaime Larcher FORMAÇÃO Engenharia Direito Direito Matemática Engenharia Agronomia Militar Militar Engenharia Direito 1877 1878 VOGAL Afonso de Serpa (D.) Militar Engenharia Direito FORMAÇÃO Militar Militar Engenharia Engenharia Direito 1879 FORMAÇÃO Engenharia VOGAL Conde de Gouveia FORMAÇÃO Engenharia Melo e Carvalho (II) Visconde de Bivar Visconde de Vila Maior Carlos Maria Eugénio de Almeida Marquês de Ficalho Franzini Jaime Larcher Visconde de Algés (2.º) Direito Direito Matemática Agronomia Militar Militar Engenharia Direito Mamede Melo e Carvalho (II) Visconde de Bivar Visconde de Vila Maior Palmeirim Marquês de Ficalho Franzini Jaime Larcher Visconde de Algés (2.º) Visconde de Seisal 1880 VOGAL Calheiros e Meneses 1881 FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Militar Direito Filosofia/Matemática Direito Militar Militar Direito Direito Filosofia/Matemática Luís de Campos Mendonça Cortês Visconde de São Januário Conde de Bertiandos Marquês de Ficalho Franzini Visconde de Chanceleiros Barros e Sá Plácido Abreu VOGAL Calheiros e Meneses FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Militar Direito Filosofia/Matemática Direito Militar Militar Direito Direito Filosofia/Matemática Luís de Campos Mendonça Cortês Visconde de São Januário Conde de Bertiandos Marquês de Ficalho Franzini Visconde de Chanceleiros Barros e Sá Plácido Abreu 1882 VOGAL Barbosa du Bocage Conde de Gouveia Margiochi (II) Plácido Abreu Matemática Direito Direito Matemática Militar Militar Militar Engenharia Direito Engenharia 1883 FORMAÇÃO Medicina Engenharia Agronomia Filosofia/Matemática VOGAL Barbosa du Bocage Conde de Gouveia Margiochi (II) Plácido Abreu FORMAÇÃO Medicina Engenharia Agronomia Filosofia/Matemática Visconde de Azarujinha Aguiar Marquês de Ficalho Jaime Larcher João Crisóstomo Química Militar Engenharia Engenharia Visconde de Azarujinha Aguiar Marquês de Ficalho Jaime Larcher João Crisóstomo FORMAÇÃO Medicina Engenharia Agronomia Filosofia/Matemática Química Engenharia Militar Engenharia VOGAL Conde de Gouveia Couto Monteiro Margiochi (II) Martens Ferrão Plácido Abreu Visconde de Azarujinha Visconde de São Januário Aguiar Conde de Ficalho Marquês de Ficalho Jaime Larcher João Crisóstomo 1884 VOGAL Barbosa du Bocage Conde de Gouveia Margiochi (II) Plácido Abreu Visconde de Azarujinha Aguiar Jaime Larcher Marquês de Ficalho João Crisóstomo 1885 1886 VOGAL Química Militar Engenharia Engenharia FORMAÇÃO Engenharia Direito Agronomia Direito Filosofia/Matemática Filosofia/Matemática Química Militar Militar Engenharia Engenharia 1887 FORMAÇÃO VOGAL Ávila Júnior Matemática Bandeira Coelho Conde de Ficalho Militar Calheiros e Meneses Conde de Gouveia Hintze Ribeiro Lourenço de Carvalho Margiochi (II) Engenharia Direito Filosofia/Matemática Agronomia Conde de Castro (2.º) Conde de Gouveia Costa Lobo (I) Mendonça Cortês FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Filosofia Matemática Direito Engenharia Direito Direito Plácido Abreu Palmeirim Aguiar Coelho de Carvalho Marquês de Ficalho Jaime Larcher Calheiros e Meneses Costa Lobo (I) João Crisóstomo Mendonça Cortês Filosofia/Matemática Militar Química Filosofia/Matemática Militar Engenharia Engenharia/Filosofia Matemática Direito Engenharia Direito Pereira de Miranda Pinheiro Borges Ressano Garcia Aguiar Franzini Hintze Ribeiro Plácido Abreu FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Filosofia Matemática Direito Direito Direito Letras Engenharia Engenharia Química Militar Engenharia Direito Filosofia/Matemática VOGAL Bandeira Coelho 1888 VOGAL Bandeira Coelho Calheiros e Meneses Conde de Castro (2.º) Costa Lobo (I) Mendonça Cortês Pereira de Miranda Pinheiro Borges Ressano Garcia Aguiar Franzini Conde de Gouveia Hintze Ribeiro Plácido Abreu Letras Engenharia Engenharia Química Militar Direito Filosofia/Matemática 1889 Calheiros e Meneses Conde de Castro (2.º) Costa Lobo (I) Mendonça Cortês Pereira de Miranda Pinheiro Borges Ressano Garcia Aguiar Franzini Conde de Gouveia Hintze Ribeiro Plácido Abreu FORMAÇÃO Engenharia/Filosofia Matemática Engenharia/Filosofia Matemática Direito Direito Direito Letras Engenharia Engenharia Química Militar Engenharia Direito Filosofia/Matemática 1890 VOGAL António Botelho de Faria Conde de Ávila (2.º) Conde de Ficalho Conde de Gouveia Jerónimo Pimentel Lourenço de Carvalho Marçal Pacheco Plácido Abreu Sousa e Silva Visconde da Azarujinha Carlos Maria Eugénio de Almeida Bandeira Coelho Conde de Castro (2.º) Conde do Bonfim (3.º) João Crisóstomo 1891 FORMAÇÃO Matemática Militar Engenharia Direito Filosofia/Matemática Direito Filosofia/Matemática Militar Agronomia Engenharia/Filosofia Matemática Direito Militar Engenharia VOGAL Hintze Ribeiro Rodrigo Afonso Pequito Tomás Ribeiro Coelho de Carvalho FORMAÇÃO Direito Direito Filosofia/Matemática Anexo 3 – Planos de rede apresentados (1851-1883) Proposta de Albino de Figueiredo (1851)88 LINHA Linha do norte Linha até Espanha Linha do Minho Linha da Beira Linha do Douro CARACTERÍSTICAS Porto – Lisboa Linha principal De Alcácer do Sal até Elvas A ligação a Lisboa far-se-ia por via fluvial Incluía ramais para Portalegre e Beja Continuação da linha do norte Por Penafiel, Guimarães, Braga, Ponte de Lima e Valença Entroncando na linha do norte Por Lamego, Viseu e Guarda Desde a linha do norte Passando pela Régua e por Vila Real Proposta da comissão para apreciar a proposta de Hislop (1851)89 LINHA Linha do norte Linha internacional de Trás-os-Montes Linha internacional de leste 88 ALMEIDA, 1851: 7-17 e 21-23. 89 SANTOS, 1884. CARACTERÍSTICAS Entre o Porto e Lisboa Continuação da linha do norte Dirigir-se-ia a Espanha (Valladolid) passando por Bragança Entroncando na linha do norte Dirigir-se-ia a Badajoz rente ao Tejo até Santarém e Abrantes (onde cruzava o rio) Incluiria ramais para Évora, Beja, Portalegre e Algarve Entroncando na linha do norte Atingiria Tomar e Coimbra antes de inflectir pelo Mondego até Viseu e Almeida Linha internacional da Beira Proposta do CGOPM (1853)90 LINHA Linha do norte Linha de leste Linha do Douro Linha da Beira Linha do sul CARACTERÍSTICAS Já decretada (decreto de 30-8-1852) Em construção Do Porto à Régua Atravessando a Beira pelo norte do Mondego Transpondo a fronteira perto de Almeida Ao sul do Tejo De Estremoz ao interior do Alentejo por Évora com duas bifurcações sobre o Guadiana por Mértola e sobre o Sado por Alcácer Proposta de Watier (1856)91 LINHA Linha do norte Linha de leste Linhas do Minho e Douro Linhas do Alentejo e Algarve CARACTERÍSTICAS Entre o Porto e Lisboa Lisboa a Elvas Continuando a linha do norte De Alcácer do Sal a Évora, com ramais para Beja, Mértola e Algarve Proposta de Belchior José Garcês (1859)92 LINHA Linha do norte 90 BMOP, 1853, n.º 3: 209-218. 91 WATIER, 1860: 76-131. 92 PEREIRA, 2008: 127. CARACTERÍSTICAS Entre o Porto e Lisboa Linha do Minho Linha da Beira Linha de leste Linha de sul Linha internacional até à Galiza Linha internacional até Castela Linha internacional até à Extremadura Por já estar em construção Proposta do CGOP (1861)93 LINHA Linha do norte Linha de leste Linhas de sul e sueste Linha do Minho Linha da Beira Alta Linha de Cáceres CARACTERÍSTICAS Em construção Em construção Em construção Continuação da linha do norte até à Galiza Entroncando na linha do norte Possibilidade, provavelmente desde a linha de leste Proposta da comissão de Obras Públicas da câmara dos deputados (1862)94 LINHA Linha do norte Linha de leste Linhas de sul e sueste Linha do Minho Linha da Beira Alta Linha do Douro CARACTERÍSTICAS Em construção Em construção Em construção Incluía prolongamentos até à linha de leste, Espanha e Algarve Ligando o Porto às mais importantes povoações do Minho Entroncando na linha do norte e dirigindo-se a Almeida Do Porto até Foz Tua 93 BMOP, 1862, n.º 1: 43-45. 94 DL, sessão da câmara dos deputados de 7-3-1862: 727. Proposta do CGOP (1865)95 LINHA Abrantes – Castelo Branco – Coria – Malpartida de Plasencia/Plasencia Porto – Salamanca Porto – Vigo Beja a Huelva CARACTERÍSTICAS Direcção mais curta para Madrid e França (no caso de abertura do troço entre Salamanca e Mérida do lado castelhano) Exequível perante novos estudos Linha de grande alcance económico pela região que atravessava, por servir de tronco comum a outras linhas para a Beira e Trás-os-Montes e por facilitar a ligação dos caminhos-de-ferro do sul com a rede do norte Forma mis rápida de ligar o norte de Portugal à Europa Base de outros ramais para a Beira, Minho e Trás-os-Montes (e daqui para Leão e Zamora) pelos vales dos afluentes do Douro Ligação do Alentejo à Andaluzia e ao Mediterrâneo Linha mais curta entre a margem esquerda do Tejo e Sevilha Proposta de Sá da Bandeira (1865-1867)96 LINHA Linha do norte Linha de leste Linhas de sul e sueste Linha da Beira Alta Linha da Beira Baixa Linha do Douro Linha do Minho CARACTERÍSTICAS Construída Construída Construídas Incluía o seu prolongamento até Espanha Desde a Figueira por Coimbra até Almeida e Salamanca Ligando-se à linha da Malpartida a Madrid Desde Penafiel pelo Douro ligando-se à rede espanhola em Zamora Por Guimarães, Braga, Valença e Espanha 95 AHMOP. COPM. Livro 22 (1865): 18-29v. 96 DL, sessão da câmara dos Pares de 23-12-1865 e 21-6-1867: 3004-3005 e 2010-2011. Proposta de Caetano Alberto Maia e João Crisóstomo (1871) 97 LINHA Linha do norte Linha de leste Linhas de sul e sueste Linha da Beira Alta Linha do vale do Tejo Linha do Minho Linha do Douro CARACTERÍSTICAS Já construída Já construída Já construídas Incluíam prolongamentos até Espanha e até à linha de leste De Coimbra à fronteira Desde Abrantes e em direcção a Placência ou Cáceres Do Porto à Galiza Do Porto a Salamanca Proposta da JCOPM (1875)98 LINHA Linha do norte Linha de leste Linhas de sul e sueste Linha do Minho Linha do Douro Linha da Beira Alta Linha da Beira Baixa Linha de fronteira CARACTERÍSTICAS Já construída Já construída Já construídas e em construção Incluía prolongamentos até à linha de leste (Crato) e até ao Algarve Decretada e em construção até Valença Decretada e em construção até à Régua Com prolongamento até à linha da Beira Alta Até Espanha Até Espanha Ligando as linhas de ambas as Beiras Prolongada até Zamora pelo vale do Sabor 97 AHMOP. JCOPM. Livs. 32 (1871): 280-299, 32-A (1871): 1-8v. 98 AHMOP. JCOPM. Caixa 18 (1875), parecer 6418 (7-1-1875). Proposta inicial da AECP (1876)99 CLASSIFICAÇÃO LINHA Linha do norte Linha do Minho Linha do Douro (até ao Pinhão) Linha da Beira Alta 1ª ordem Linha de leste Linha de fronteira Linha de Cáceres Linha do Sabor Linha do vale do Lima Linha do Porto à Póvoa e Nine 2ª ordem Linha de Guimarães 99 AECP, 1878a. PIMENTEL, 1892. CARACTERÍSTICAS Ligava as duas principais cidades e explorava um dos melhores tractos de terreno do país Base de outras linhas. Devia dirigir-se à fronteira e ligar-se a Espanha pelo Pocinho A riqueza do país vinhateiro e o movimento comercial do Douro demonstravam o seu alcance económico Linha internacional de primeira ordem Devia partir do caminho-de-ferro do norte e acabava em Vilar Formoso Servia todo o terreno entre a serra da Estrela e o Douro Importante ligação à rede alentejana, se dispusesse de um ramal entre Estremoz e Ponte de Sor Desde a linha de leste até à linha da Beira Alta por Póvoa e Meadas, Castelo Branco e Covilhã, Guarda Desde a linha de leste por Castelo de Vide, aproveitando a planura da região até Ponte de Sor Desde Bragança pelo vale do Sabor até ao Pocinho e Vila Franca das Naves Importante pelas povoações que servia e por ligar todas as linhas-férreas nacionais Ligava Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez a Viana do Castelo e à linha do Minho Ligava Braga à Póvoa de Varzim e a Vila do Conde Servia zonas valiosas do ponto de vista balnear e piscatório Desde a Trofa até Guimarães Servia as termas de Vizela e uma zona muito cultivada Poderia ser prolongada até Fafe atraindo o tráfego de terras de Basto e entre Minho e Chaves Linha do Tâmega Ramal de Viseu Ramal da Figueira Linha do oeste Linhas de sul e sueste Linha de Sesimbra a Cacilhas Desde Marco de Canaveses por Amarante, terras de Basto, Ribeira de Pena, Vidago e Chaves até à fronteira Justificava-se pela produção vinícola, pelas águas de Vidago e pelo tráfego provindo de Espanha Desde a linha da Beira Alta até Viseu Desde Vila de Anços (na linha do norte) até à Figueira da Foz Ligava a barra da Figueira à rede Desde a linha do norte por Leiria e Marinha Grande na direcção do porto de São Martinho, servindo de testa aos caminho-de-ferro que iam desde ponte de Santana até às Caldas da Rainha e desde Alcântara a Torres Vedras Completar a rede existente, ligando os seus pontos principais entre si e com a raia - Proposta de Manuel Raimundo Valadas (1876)100 CLASSIFICAÇÃO LINHA Linha desde Valença a Vila Real de Santo António (linha do norte e linhas de sul, sueste e Algarve) Linha do Douro 1ª ordem Linha da Beira Alta Linha da Beira Baixa 100 VALADAS, 1878. CARACTERÍSTICAS GERAIS CARACTERÍSTICAS PARTICULARES De igual importância à da linha do Douro Deviam ser construídas pelo governo ou pelo menos sob a sua supervisão Seriam assentes em via larga, com declives até 15 milímetros e raios de curva no mínimo de 300 metros. A terceira em ordem de importância Evitava o perigo do rio e chamaria a Portugal o tráfego de Salamanca e Zamora A mais importante de toda a rede Importava à região que atravessava, à CRCFP e ao porto de Lisboa. Todo o movimento europeu preferiria vir a Lisboa em vez de tomar o vapor a Bordéus para a América A quinta linha mais importante Seria a verdadeira linha internacional se Espanha construísse a linha de Plasencia a Salamanca e Monfortinho (o que não faria por a zona ser muito montanhosa e sem interesse industrial nem para o Estado nem para uma companhia) Por isso só tinha interesse nacional (ligava a Beira Baixa a Lisboa) Linha de Estremoz a Elvas Linha de Beja a Paymogo Ramal de Braga Linha do Tâmega ou do Cávado Linha do Tua, Sabor ou ambas 2ª ordem Ramal de Viseu Ramal da Covilhã Tratavam-se de linhas de comunicação das províncias entre si e com os portos de mar Deviam ter as melhores condições possíveis mas dentro de uma maior liberalidade técnica, dado o acidentado do interior Também deveriam ser construídas pelo Estado. Deveria partir de Ponte de Sor, pois de Abrantes não servia tão bem o Alentejo A segunda mais importante Substituía a linha de Estremoz ao Crato (que atravessava uma charneca, só servia o insignificante movimento de lãs e madeira da Beira Baixa, que aliás já era atendido pelas linhas existentes, e custava 1200 contos) Sanava o erro que fora a linha de leste, além de atravessar um terreno povoado e produtivo Diminuía a distância de Lisboa a Elvas em 44 quilómetros O prejuízo em que incorreria a CRCFP seria compensado pelo aumento de tráfego produzido pelas linhas do Minho e Douro, Beira Alta e Beira Baixa Sexta linha na hierarquia da importância Atravessava uma região rica em cereais e azeite Não era garantido que fosse continuada por Espanha, mas em caso afirmativo traria também os cereais andaluzes, enquanto estes não estivessem ligados a Huelva ou Sevilha Ligaria Chaves ao Douro ou a Braga Trás-os-Montes estava órfão de comunicações, apesar de contar com produções de qualidade (vinho, azeite, fruta, carne) e com muitos incultos que se podiam transformar em florestas Seria de difícil construção Ligava Bragança ao Douro Trás-os-Montes estava órfão de comunicações, apesar de contar com produções de qualidade (vinho, azeite, fruta, carne) e com muitos incultos que se podiam transformar em florestas Seria de difícil construção Poderia seguir pelos vales do Sabor, Tuela, Tua e novamente Sabor O mais importante a par do ramal da Covilhã Entroncava na linha da Beira Alta Servia a capital de distrito Técnica e economicamente exequível se feita em via reduzida O mais importante a par do ramal de Viseu Entroncava na linha da Beira Baixa Servia uma cidade industrial, com um magnífico solo e com intensas relações com Porto e Lisboa Técnica e economicamente exequível se feita em via reduzida Fazia parte da linha de fronteira Linha de fronteira Ramal da Figueira Linha do litoral do Algarve Ramal de Milfontes Linha de Estremoz a Ponte de Sor Linha de Cáceres 3ª ordem Terceira linha mais importante Prolongamento da linha de Estremoz a ponte de Sor Cortaria um magnífico país, com actividade industriais mas sem comunicações Seria de problemática execução por atravessas o dorso da serra da Estrela, pelo que dificilmente atrairia os capitais Tinha pelo menos interesse estratégico, pelo que o Estado a deveria pelo menos estudar Desde Vila de Anços para ligar a barra da Figueira à rede Entre Tunes e Lagos em via estreita Cruzava uma zona fértil e com uma activa indústria das pescas que se tornaria exportadora. Importante sobretudo se se completasse a linha de Faro a Casével Em via reduzida desde Alvito na linha de sueste por Alvalade e Cercal Abria uma zona produtiva em cereais, minérios de ferro, manganésio e cobre ao oceano. Estremoz ou Évora Monte por Malarranha, Pavia, Cabeção e Montargil De fácil execução Cortava a zona entre as linhas de sul e leste Faria parte da linha de fronteira desde Bragança De Assumar por Arronches e Ouguela à fronteira e Cáceres Traria a Portugal o minério de Cáceres Todas as de interesse local. Seriam construídas em via estreita e deixadas à iniciativa privada - Proposta de Sousa Brandão (1876)101 CLASSIFICAÇÃO 1ª ordem 101 BRANDÃO, 1878a. LINHA Linha de fronteira CARACTERÍSTICAS Satisfazia pequenas relações comerciais e ligava todas as linhas transversais ao país Directriz: Beja, Moura, Portel, Estremoz, Portalegre, Niza (ou Póvoa e Meadas), Portas de Ródão, Castelo Branco, Covilhã, Guarda, Vila Franca das Naves, Marialva, Pocinho, Vila Flor (ou Bragança) Seria em via estreita porque não tinha por intenção ligar-se a Espanha 2ª ordem Linha do Porto à Póvoa e Poderia continuar por Viana se não fizesse concorrência à linha do Estado Famalicão Linha do Tâmega Por Caíde, Lixa, Chaves e Verín Linha do vale do Lima Desde Viana por Ponte de Lima até Lindoso Linha do vale do Homem Desde Braga pelo vale do rio Homem até Lobios e Ourense Linha do Sabor Pocinho, Torre de Moncorvo, Mogadouro, Miranda ou Bragança e fronteira Ramal de Castro Daire Santa Comba Dão (linha da Beira Alta), Viseu e Castro Daire Linha da Beira Alta Pela falda norte da serra da Estrela Ramal da Figueira Desde Coimbra ou Mealhada Linha do Corgo Da Régua a Vila Real De Santarém ao porto de São Martinho, Marinha Grande e Figueira Linha do oeste Aproveitaria o caminho-de-ferro dos pinhais de Leiria, podendo passar por esta cidade ou não Ramal de Porto de Mós Desde a Golegã a Porto de Mós por Torres Novas Linha de Santarém a Estremoz Por Almeirim, Mora, Cabeção e Vimieiro Linha de Vendas Novas a Por Montemor-o-Novo e Vimieiro Vimieiro Linha de Cáceres Do Crato por Castelo de Vide Linha de Olivença De Évora pelo Redondo, Alandroal, Juromenha Desde o Pinhal Novo ou do Poceirão por Alcácer do Sal, Santiago do Cacém, Colos ou Linha do vale do Sado Garvão, Odemira e Lagos Linha do litoral do Algarve Linha de Guimarães Desde a Trofa por Guimarães e até Fafe Linha de cintura de Lisboa Linha de cintura do Porto . Segunda proposta de AECP (1877)102 CLASSIFICAÇÃO LINHA Linha de Lisboa a Valença Linha do Barreiro Quintos e Fronteira Linha do Douro 1ª ordem Linha da Beira Alta Linha da Beira Baixa 2ª ordem 102 AECP, 1878b. a Beja, CARACTERÍSTICAS Ligava-se a Espanha na linha de Tui a Ourense Forma mais rápida de chegar à Galiza Ligava Lisboa ao Porto Forma mais rápida de chegar à Andaluzia Das linhas mais difíceis de construir Importante pelas regiões que percorre, entroncamentos a que se presta e comunicações com a cidade do Porto (sobretudo quando o porto de Leixões estiver construído) Devia ir até Espanha por Barca de Alva Verdadeira linha europeia Com início na Pampilhosa Atravessava uma zona fértil e industrial, excepto o troço entre Celorico da Beira e Espanha Desenvolveria a indústria que poderia aproveitar a força motriz da água que descia pelo flanco norte da serra da Estrela Desde Abrantes por Vila Velha de Ródão, Castelo Branco, Monfortinho e Espanha Possibilidade de seguir uma direcção mais directa a Cáceres A sua principal missão seria ligar Lisboa a Madrid Linha de leste Linha de Casa Branca, Évora, Ligaria os caminhos-de-ferro do norte e do sul de Portugal Estremoz e Crato Linha do Algarve De Beja a Faro De Nine a Braga Ramal de Braga Justificado pela actividade e abundância da população e pelo seu intenso movimento Desde Lisboa por Torres Vedras, Caldas da Rainha e São Martinho a entroncar num ponto Linha de Lisboa por Torres à da linha do norte linha do norte Cruzava uma zona importante, fértil e produtiva 3ª ordem Ligava Leiria a Lisboa e à linha do norte Justificado pelo desenvolvimento comercial de Viseu Ramal de Viseu Vantagens para toda a região desde Tondela ao vale de Besteiros Do Pinhal Novo a Setúbal Ramal de Setúbal Ligava Setúbal ao Alentejo e a Lisboa De Bougado por Santo Tirso, Vizela, Guimarães, Fafe e Confurco a Chaves pelo vale do Tâmega Linha de Bougado a Chaves Justificada pela importância dos concelhos que atravessava, pelas termas de Vizela e pela produção vinícola do Basto Servia as relações comerciais entre Chaves, Braga e Guimarães Pelo vale do Tua (a linha ficaria mais central à província) ou do Sabor (ligava-se a Bragança e eventualmente a Vila Franca das Naves) Linha de Trás-os-Montes De difícil empreendimento pelo terreno e pela falta de dados topográficos Justificada pela agricultura e riqueza mineira da região que atravessava De Castelo Branco à linha do Douro pela Covilhã, Guarda e Vila Franca das Naves Punha em contacto todas as linhas-férreas nacionais pelo oriente Linha paralela à fronteira Servia muitas cidades importantes entre as quais a Covilhã De fácil construção até à Covilhã; de difícil construção entre até à Guarda Ligava Vila Real (capital de Trás-os-Montes) à Régua Linha de Vila Real Passava por um terreno feraz Por Silves e Tunes Linha de Lagos a Vila Real de Desenvolvia as relações comerciais com os portos do litoral do Algarve Santo António Atravessava um terreno fértil, cultivado e povoado Linha de Viana do Castelo a Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez Linha do Porto a Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Nine Linha do Porto a Oliveira de Azeméis e Vale de Cambra Linha da Figueira ao caminho-de-ferro do norte Linha de Cacilhas a Sesimbra e Pinhal Novo Linha da ponte de Santana às Caldas da Rainha Linha de Santarém a Estremoz Linha de Estremoz a Vila Viçosa e Juromenha Linha de Évora a Moura Linha de Tomar à linha do norte Linha de Beja a Mértola e ao Guadiana Linha de Braga a Guimarães por Caldas das Taipas Linha de Lisboa a Sintra Linha de Lisboa a Cascais Linha de Alvito a São Mamede e Vila Nova de Milfontes ou Sines Linha de Braga a Orense Linha das minas de Moncorvo à linha do Douro Proposta de João Veríssimo Mendes Guerreiro (1877)103 CLASSIFICAÇÃO LINHA Linha do Minho 1ª ordem Linha do Douro 103 GUERREIRO, 1878. CARACTERÍSTICAS Província densamente povoada Em virtude da localização da estação de Campanhã, a linha teve de ir até São Romão, mas depois não deveria ter ido à Trofa, mas a Balazar (Póvoa de Varzim), atravessar o Cávado a jusante de Barcelos e ir pelo litoral por Esposende até Viana do Castelo O ramal de Braga mantinha-se, mas teria ficado mais longo Deste modo, tinha-se mantido a vocação internacional da linha Mesmo assim, previa-lhe um grande rendimento Deveria constituir com a linha de Guimarães e com a linha da Póvoa um grande entroncamento no Minho Por isso a linha até Nine deveria ser duplicada Tinha a melhor directriz possível Atravessava os ricos concelhos de Valongo, Paredes, Penafiel e Marco de Canaveses Até Caíde proporcionaria um rendimento suficiente para remunerar o capital empregue, mas o mesmo não se verificava depois de Caíde. O seu interesse seria meramente de governação Ir a Barca de Alva seria ruinoso pelos gastos enormes que provocava sem aumento Ramal de Leixões proporcional do rendimento, além de que faria concorrência à linha da Beira Alta e implicaria um entroncamento fora de Portugal Indispensável para ligar o Porto a Leixões, que seria a protecção da cidade contra a ameaça comercial de Vigo Ramal de Campanhã ao Douro Linha do norte Linha de Leste Linha da Beira Alta Linha da Beira Baixa Linhas de sul e sueste 2ª ordem Linha do Tua Linha de Guimarães O seu traçado era mau desde Gaia até Mogofores e de Coimbra a Ponte de Santana, além de que a sul do Entroncamento está sujeita às inundações do Tejo. Deveria ter ido pelo vale do Nabão para passar por Tomar. Deveria ter também sido assente mais pelo litoral Era uma linha lucrativa e o seu rendimento aumentaria ainda mais quando as linhas da Beira Alta e da Beira Baixa estivessem abertas O seu traçado era também deficiente, obrigando os viajantes e as mercadorias em trânsito para Madrid a um grande desvio de percurso Única linha internacional europeia, porque em Espanha a linha da Beira Baixa não lhe seria concorrente em termos de velocidade Deveria partir a norte de Coimbra, mas não pela Pampilhosa por obrigar à construção de grandes rampas logo no seu troço inicial Não deveria ir directamente à Guarda, no que se pouparia em declives e curvas acentuados A Guarda deveria ser servida por um ramal que se prolongaria até à Covilhã Poderia ir por Monfortinho (mais difícil) ou por Chança e Cáceres (traçado mais curto e que servia as minas de Cáceres) Qualquer dos traçados deveria ser construído com condições de linha de primeira ordem (a CRCFP tinha-a pedido em condições de linha industrial, o que não deveria ser aceite) Na linha de Cáceres deveria entroncar um ramal que servisse a Covilhã Deveriam ir a Espanha (Huelva e Sevilha) por Serpa e Paimogo Desde Vendas Novas e quando o movimento de passageiros o justificasse, deveria partir um ramal para o Carregado passando a leste de Samora Correia Linha de mero interesse de governação Valia pela fertilidade do vale do Tua Vivificaria Trás-os-Montes, chegando a Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Zamora, procurando o movimento internacional de Leão Desde Bougado a Guimarães com prolongamento até Fafe, Chaves e Verín (Espanha) Justificada pelo vigor industrial do vale do Ave e de Vizela, pelo movimento comercial de Guimarães e pela população e estações termais da zona que atravessava Prolongado até Vila Verde, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Monção Ramal de Braga Atravessava uma zona com vida e movimento Necessidade de ligar a linha do Douro à linha da Beira Alta em Portugal e Trás-os-Montes à Beira Alta Até Vila Franca das Naves por Vila da Ponte, Sernancelhe e Trancoso Linha do Távora Único traçado possível para ligar as duas linhas Facilita a ligação do Porto a Salamanca (sem reversão de sentido da marcha) Atravessa um vale populoso e cultivado O seu único interesse seria ligar a linha do Douro à linha de Guimarães a Chaves Linha de Fafe a Caíde Seguiria por Margaride (Felgueiras) Continuação da linha de Cáceres por Alpalhão, Póvoa e Meadas, Belmonte e Castelo Branco Linha da Covilhã à Guarda Ligava-se à linha do Távora e por esta à linha do Douro De interesse estratégico Desde Nelas ou Mangualde Ramal de Viseu Servia uma capital de distrito que poderia atingir uma grande importância no futuro Por Vila Nova de Anços, Condeixa, Miranda do Corvo, Lousã e Serpins Linha da Figueira a Góis Ligava o porto da Figueira às linhas do Norte e Beira Alta Servia as povoações da encosta norte da serra da Estrela De Lisboa (Alcântara), Campo Pequeno, Malveira, Torres Vedras, Óbidos, Caldas da Rainha, São Martinho do Porto, Marinha Grande, Leiria e Pombal Linha do litoral da Estremadura Atravessava uma importante região vinícola Incluía um ramal desde Óbidos para Ponte de Santana e um ramal para Xabregas desde o Campo Pequeno formando assim a linha de cintura de Lisboa Ligava o Alentejo à Beira Baixa e ao Porto Linha de Estremoz à linha de Entroncava na linha de leste no ponto onde começava o ramal de Cáceres leste Não deveria ir a Elvas por causa da sua dificuldade Deveria fazer concorrência à linha de leste no transporte para Lisboa, pelo que deveria ser Linha do Algarve Linha de Sines a Pomarão Linha do Porto à Póvoa Linha do Lima Linha do Cávado 3ª ordem Linha do Tâmega Linha do Corgo Linha de Mirandela a Vilar Seco Linha do Sabor Linha do Tua a Moncorvo construída em via larga seguindo por Sousel, Fronteira e Avis Servia uma província povoada e cultivada Oferecia a vantagem política e administrativa de ligar o Algarve à rede Por Aljustrel, Castro Verde Ligava a linha do Algarve a um porto de grande envergadura Percorria um país rico e povoada, mas precisava de ser prolongada O prolongamento por Viana faria concorrência à linha do Minho, pelo que a linha dever-seia ligar a Nine, Barcelos e Bougado buscar os passageiros e mercadoria de Guimarães e Braga Outra possibilidade seria Esposende, mas nunca deveria ligar-se a Famalicão Desde Darque até Ponte de Lima e Ponte da Barca, onde se encontraria com a linha de Braga a Monção Poderia também ir a Lindoso onde procuraria passagem para Ourense Atravessava um feraz vale que poderia ter um futuro industrial importante Servia povoações importantes como Amares, São João de Rei e Terras de Bouro, podendo ser prolongada até Ruivães Da linha do Douro a Amarante, vila rica e pitoresca que produzia géneros agrícolas muito apreciados e que talvez compensem a feitura de um caminho-de-ferro Da Régua a Vila Real Dificilmente seguiria mais além até Vila Pouca de Aguiar Pelo vale do Rabaçal e Torre de D. Chama Poderia dirigir-se também a Zamora Daria tráfego à linha do Douro Os vales do Rabaçal e do Tuela eram muito povoados mas tinham pouco movimento comercial, algo que seria alterado com a construção de um caminho-de-ferro Seria a base de mais caminhos-de-ferro em Trás-os-Montes Desde a linha do Douro até Bragança e Espanha por Calabor (Espanha) Justificava-se pelas mesmas razões que a linha de Mirandela, por servir Bragança e por beneficiar a defesa nacional Ligava a foz do Tua (linha do Douro) às minas de Moncorvo Era uma linha de condições técnicas industriais, mas deveria ter a bitola da linha do Douro para evitar o transbordo Seguia a direcção Gaia, Pedra Salgada, Avintes e Entre-os-Rios, Arouca, Sobrado, Cabril e Sernancelhe, com ramal para Santa Maria da Feira e Vale de Cambra Linha do vale do Paiva Ligava o vale do Paiva à margem esquerda do Douro Ligava-se também à linha do Távora em Sernancelhe Servia minas e jazigos minerais ao sul da serra da Gralheira, os produtos agrícolas de Sever Linha do Vouga do Vouga, Oliveira de Frades, Vouzela e São Pedro do Sul Servia também Angeja e Albergaria-a-Velha Corrigia o desvio da linha do norte em relação a Tomar Linha de Tomar à foz do Alge Servia as populações de Ferreira do Zêzere, Dornes, Alvaiázere, Sertã, Figueiró dos Vinhos Passaria por Olhalvo, Merceana e Runa Linha do Carregado a Alenquer Entroncaria na linha do litoral da Estremadura Atravessava um vale vinícola e servia a industrial vila de Alenquer Linha de Lisboa a Cascais e Por Belém, Paço de Arcos e Oeiras Sintra Linha que só em condições económicas seria viável Por Arrentela e Coina Linha de Cacilhas a Sesimbra Justifica-se pela riqueza agrícola da encosta norte da serra da Arrábida Servia as populações marginais ao sul do Tejo Por Borba, Vila Viçosa, Juromenha e Olivença Linha de Estremoz a Juromenha Linha de importância política e administrativa e de construção barata Por Valongo, Montoito e Monsaraz Linha de Évora a Mourão Podia depois seguir até Jerez de los Caballeros Por São Cristóvão e Santa Susana Linha de Casa Branca a Alcácer Dava saída aos produtos do ramal de Évora e aos minérios da ribeira de Alcáçovas Desde a linha do Algarve em Santa Clara-a-Velha Linha de Odemira Podia depois seguir até Vila Nova de Milfontes Por Lagos, Portimão, Silves, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António Linha do litoral do Algarve Ligava todos os portos algarvios com a linha principal Proposta de Jaime Larcher (1877)104 CLASSIFICAÇÃO 1º grupo 1ª ordem 2º grupo LINHA Linha do Minho Linha do norte Linha de leste Linha do Douro até Espanha Linha da Beira Alta Linha da Beira Baixa pelo vale do Tejo Linha de Lisboa a Elvas pelo sul do Tejo Linha de Beja à fronteira por Quintos e Serpa Linha do Algarve Linha entre os caminhos-de-ferro do Douro e da Beira Alta Linha entre as linhas da Beira Alta, Beira Baixa e leste Linha entre as linhas de leste e de sul e sueste Linha de Bragança ao Douro Linha de Lisboa a Pombal por Torres Vedras, Caldas da Rainha e Leiria Linha do Vouga Linha de Cáceres Proposta de Correia Pais para a rede de primeira ordem (1877)105 LINHA Linha do Douro Linha da Beira Alta 104 LARCHER, 1878. 105 PAIS, 1878. CARACTERÍSTICAS Pelo Pocinho até fronteira em Barca de Alva se se provar vantajoso do ponto de vista económico e estratégico Por Coimbra, Mortágua, Santa Comba Dão, Carregal, Canas de Senhorim, Nelas Mangualde, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Baraçal, Vila Franca das Naves, Guarda, Miuzela, Vilar Formoso e Salamanca Linha da Beira Baixa Por Abrantes, Vila Velha de Ródão, Ladoeiro, Monfortinho e Malpartida de Plasencia Por Castelo Branco, Alcains, Lardosa, Covilhã, Guarda, Vila Franca das Naves, Granja, Castelo Melhor, Foz Côa e Pocinho Por Lisboa, Alcântara, Loures, Torres Vedras, Óbidos, Caldas da Rainha, Leiria e Pombal Por Chelas, Poço do Bispo, Campo Grande e Alcântara Por Lisboa, Grilo, Montijo, Aldeia Galega e Pinhal Novo Linha da fronteira Linha de Lisboa a Pombal Linha de cintura Linha sobre o Tejo Linha de ligação entre os caminhos-de-ferro de leste Por Estremoz, Borba, Vila Viçosa, Vila Boim e Elvas e sul e sueste (a oriente) Linha de ligação entre os caminhos-de-ferro de leste Por Vendas Novas, Santana do Mato, Coruche, Raposa, Almeirim, Santarém, Azambujeira, e sul e sueste (a ocidente) Rio Maior, Óbidos e Peniche Linha de Santana do Mato a Ponte de Sor Por Santa Justa, Montargil e Ponte de Sor Proposta final da AECP (1877)106 CLASSIFICAÇÃO LINHA Linha do Douro Ramal de Leixões 1ª ordem Ramal de Campanhã ao Douro Linha da Beira Alta Linha de Cáceres 106 AECP, 1878c. ROPM, t. 19 (1878), est. 1. CARACTERÍSTICAS Deveria ficar-se pelo Tua Não deveria ia a Barca de Alva porque a partir daqui só poderia atingir Salamanca o que já era conseguido pela linha da Beira Alta, além de que do lado de Espanha não interesse em ligar Salamanca a Barca de Alva De Ermesinde a Leixões Daria saída às mercadorias por aquele porto (que deve ser construído quanto antes para que o Porto possa combater a concorrência movida por Vigo) Ligação da estação das linhas do norte, Minho e Douro ao rio Seria uma das linhas de maior tráfego e auspicioso futuro Seria o caminho-de-ferro mais curto para a Europa central e por onde passaria todo o trânsito para a América A mais urgente a par da de Cáceres Por Malpartida de Plasencia até Madrid Invalidava a linha do vale do Tejo por não estar projectada em Espanha ao contrário do Linha de Beja à fronteira Linha de Bougado a Chaves Linha de Braga a Valença Linha do Tua a Alcañices 2ª ordem caminho-de-ferro por Cáceres A mais urgente a par da linha da Beira Alta Por Quintos até Paimogo e depois Huelva A superioridade do porto de Lisboa em relação a Huelva podia fazer com que este caminhos-de-ferro fosse muito útil para Portugal Por Guimarães e Vizela Ligaria Trás-os-Montes ao Minho Exigia declives mais acentuados Pelas portelas do Vade (Vila Verde) e do Extremo (Arcos de Valdevez) até Monção Atravessava uma zona muito povoada Subia pelo vale do Tua por Mirandela e Macedo de Cavaleiros até entrar em Espanha por Alcañices Ligava as províncias de Leão e Zamora com o porto de Leixões e o Douro Podia ser construída com rampas mais inclinadas Linha entre os caminhos-de Pelo vale do Teja ou do Távora até Vila Franca das Naves ferro do Douro e da Beira Alta Linha de Caíde ao caminho-de Não era urgente ferro de Bougado a Chaves A entroncar na linha da Beira Alta Ramal de Viseu Devia ser o mais curto possível Linha com preferência Linha de Figueira a Góis Alimentaria o porto da Figueira Desenvolveria a indústria de tecidos nascente da vertente norte da serra da Estrela Atravessava um país cultivado e rico em vinhos e sem quaisquer vias de comunicação Linha de Lisboa a Pombal A linha ficaria protegida das cheias do Tejo Alternativamente podia entroncar na linha do norte em Soure Ramal de Óbidos Desde Ponte de Santana. Ligação entre as linhas de sul e de leste, no ponto onde começaria a linha de Cáceres Linha de Estremoz a Chancelaria Ligação entre o Alentejo e o norte de Portugal Fazer esta ligação pelo ocidente era demasiado e só se justificaria quando o rendimento das linhas de sul atingisse determinado nível Ramal do Algarve Linha de Sines a Pomarão Linha do litoral do Algarve Linha da Beira Baixa Linha do Porto a Darque 3ª ordem Linha do Lima Linha do Vouga Linha de Tomar à foz do Alge Linha do Carregado a Torres Vedras Linha de Casa Branca a Alcácer do Sal Linha de Braga a Ruivães Linha do Corgo Linha de Mirandela a Vilar Seco Ramal de Bragança Ramal de Moncorvo Linha de Estremoz a Olivença Linha de Sesimbra a Cacilhas Linha de Lisboa a Sintra Destinada a facilitar o embarque de minérios a sul de Beja em Sines ou Pomarão Justificada pela importância, povoação, cultivo e urbanização da província algarvia Mudou de traçado e de vocação (internacional para nacional) por causa da linha de Cáceres Seguiria por Alpalhão, Póvoa e Meadas, Pônsul (Castelo Branco) e Guarda onde se ligava à linha da Beira Alta Continuava a linha do Porto à Póvoa Importante para as povoações litorais e pelo encurtamento em relação ao Porto que proporcionava Seria complementada com dois ramais para Nine e Bougado, de modo a receber as linhas de Braga e Guimarães A comissão discordava da intenção da CPP de levar o seu caminho-de-ferro a Famalicão Por Merceana e Alenquer Até Vila Real Desde a linha do Tua a Zamora Com ramal para o Pinhal Novo Por Cascais Proposta de Frederico Augusto Pimentel (1877)107 CLASSIFICAÇÃO LINHA Linha de Valença à Andaluzia 1ª ordem Linha de Leixões a Trás-os- Montes Linha da Beira Alta Linha de Cáceres Linha de Casa Branca a Elvas Linha do Lima Linha do Porto a Braga Linha de Vila do Conde a Chaves Linha do Tâmega Linha do Corgo Linha de Trás-os-Montes 2ª ordem Linha do Douro 107 PIMENTEL, 1878a. PIMENTEL, 1878b. CARACTERÍSTICAS Incluía a linha do Minho, a linha do norte e a linha do Barreiro até Beja prolongada até à fronteira Era a linha que atravessava a parte mais produtiva de Portugal Incluía as linhas de Leixões a Ermesinde e ao Douro A directriz da ligação a Trás-os-Montes não ficava definida Desde a Figueira, por Pampilhosa, Celorico da Beira e Guarda até Vilar Formoso, ligandose em Espanha a Ciudad Rodrigo Incluía o troço da linha de leste entre o Entroncamento e Chança Por Chança e Póvoa e Meadas em direcção a Madrid Por Estremoz De Viana a Lindoso por Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez Por Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Nine Por Bougado, Santo Tirso, Vizela, Guimarães, Fafe, Cabeceiras de Basto, Cavez, Vidago, Chaves e fronteira Desde Amarante por Celorico e Mondim a entroncar na linha anterior Entre Régua e Vila Real Até Bragança (provavelmente pelo Tua) Entroncando na linha da Beira Alta em Vila Franca das Naves As dificuldades de construção não eram insuperáveis nem implicavam más condições de tracção Garantia a apropriação de todo o movimento da região de Salamanca e até dos Pirenéus Um ano depois, Pimentel muda de opinião em favor da ligação por Barca de Alva por ser mais importante para o Porto e por a ligação à Beira Alta impor condições de tracção piores e não colocar Salamanca mais próxima do Porto que de Bilbao ou Santander Por outro lado, uma linha do Douro mais extensa prestava-se a acolher mais estradas trasmontanas Ramal de Viseu Linha do Vouga Linha de Arganil a Coimbra Linha de fronteira Até São Pedro do Sul Por Góis Ligação entre as linhas da Beira Alta e de Cáceres Entre Guarda, Covilhã, Castelo Branco Linha de Chança a Estremoz Linha de leste Linha de Santarém a Casa Branca Linha de Lisboa a Pombal Linha de Casa Branca a Alcácer do Sal Linha entre Sines e a linha do Algarve Linha entre o Guadiana e a linha do Algarve Por Almeirim, Raposa e Coruche A construção seria barata e a exploração fácil graças à existência de estradas Era a forma mais rápida de ligar o norte e o sul Por Torres Vedras, Caldas da Rainha e Leiria O ponto de entroncamento na linha do norte não tinha de ser necessariamente Pombal Entroncamento em Beja Proposta de João Crisóstomo (1878)108 CLASSIFICAÇÃO LINHA Linha de Lisboa a Valença 1ª ordem Construídas ou prioritárias Linha de fronteira 108 DG, 1878, n.º 210: 2260-2266. ALEGRIA, 1990. CARACTERÍSTICAS Incluía a linha do norte e do Minho Unir-se-ia à linha de fronteira a sul do Tejo por Santarém, Abrantes, foz do Zêzere, Ponte de Sor, Crato ou Ródão, seguindo depois por Estremoz, Évora Beja e Algarve Por Castelo Branco e Guarda, penetrando em Trás-os-Montes na foz do Sabor e seguindo por Mirandela, Chacim, Macedo de Cavaleiros e Bragança até Zamora Incluía uma outra linha desde Bragança até ao Minho por Vila Real e Chaves Linha do Algarve De grande valor militar Unir-se-ia à linha de Lisboa a Valença a sul do Tejo por Santarém, Abrantes, Foz do Zêzere, Ponte de Sor, Crato ou Ródão, seguindo depois por Estremoz, Évora Beja e Algarve Atrairia grande parte do tráfego espanhol entre a Galiza e o resto da Espanha e impediria os produtos portugueses de fazer o mesmo percurso através de uma eventual linha de fronteira espanhola (que não estava ainda construída) Não seria de difícil construção, pois parte da linha estava construída ou estudada Seria a parte final da ligação do norte do país ao sul Acabaria com o isolamento algarvio provocado pela serra a norte da província e pelo mau estado dos seus portos Linha de leste Linha da Beira Alta Linha da Beira Baixa Linha de Cáceres Linha do Barreiro à Andaluzia Linha do Douro Linha de Coimbra à Figueira da Foz Não-prioritárias Linha de Lisboa a Pombal Linha do litoral do Algarve De Coimbra a Almeida A mais curta em distância absoluta entre Lisboa e Irun Atravessava uma zona órfã de comunicações, que não tirava nenhum proveito das outras linhas Em Espanha ainda faltavam construir algumas vias para que a linha da Beira Baixa pudesse ser considerada em Portugal como caminho-de-ferro internacional Internacional pelo vale do Tejo Por Beja Até Barca de Alva Prolongamento da linha da Beira Alta Não considerada prioritária em virtude da má qualidade do porto da Figueira Lisboa ou outro ponto da linha de leste Pombal ou Soure Com ramais para Sintra e Mafra Permitiria não assoberbar a linha do norte e a estação de Lisboa Seria o primeiro passo para a linha de cintura Acabaria com o isolamento algarvio provocado pela serra a norte da província e pelo mau estado dos seus portos Linha de Elvas a Santarém Linha de Setúbal a Almeirim 2ª ordem Por Vila Viçosa, Borba, Estremoz, Pavia, Mora e Coruche, Salvaterra de Magos e Benavente Fomentaria o aproveitamento das águas do Alentejo e a sua colonização Prolongamento do ramal de Setúbal por Salvaterra de Magos, Benavente, Samora Correia, Alcochete e Aldeia Galega Linha de Vendas Novas a Por Montargil, Santo António do Couço e Lavre Ponte de Sor Ramal do vale do Lima Ramal de Braga Incluindo o seu prolongamento até ao litoral e o interior Incluindo o seu prolongamento até ao interior, ao litoral até à linha da Póvoa e à linha Ramal de Guimarães do Douro em Caíde Da Régua a Vila Real Ramal do Corgo Incluía uma ligação a oeste à linha do Minho e a leste à linha de Bragança à foz do Sabor de preferência em Mirandela Ramal de Viseu Desde Viseu até ao Douro pelos vales do Varosa, Távora ou Paiva Ramal do vale do Vouga De Aveiro a São Pedro do Sul Ramal da Covilhã Entroncando no caminho-de-ferro de fronteira Ramal de Évora a Alcácer do Sal Ramal de Beja a Mértola Por Casével e Castro Verde Ramal de Beja a Sines Ramal de Vila Nova de Milfontes a Santa Clara de Sabóia Ramal de Évora a Mourão Ramal de Peniche a Santarém Extremamente importante do ponto de vista militar Importante do ponto de vista militar por desviar a estação terminal da linha do sul do Ramal de Cacilhas ao Pinhal Barreiro para Cacilhas Novo Importante do ponto de vista internacional se a linha internacional cruzar a fronteira ao sul do Tejo Proposta de lei de Lourenço de Carvalho (1879) 109 CLASSIFICAÇÃO LINHA Linha do Minho Linha do norte Linhas de sul e sueste Linha do Algarve Linha de Trás-os-Montes Linha de fronteira Linha da Beira Baixa Linha do Douro Linha da Beira Alta 1ª ordem Linha de leste Ramal de Cáceres Linha de Lisboa a Pombal Linha de Sintra Ramal de Elvas Ramal de Viseu Ramal da Covilhã 2ª ordem 109 DCD, 7-2-1879: 345-353. Linha do vale do Lima CARACTERÍSTICAS Com prolongamento até Espanha para ligar a Andaluzia ao porto de Lisboa De Foz Tua a Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança De Castelo Branco ao Pocinho pela Guarda Ligação mais rápida entre Lisboa e Madrid Até Salamanca Com ligação a Leixões Ligava o porto de Lisboa à Europa Servia o vale do Mondego e a Beira Alta Incluía o prolongamento desde a Pampilhosa até à Figueira Ligação da Extremadura com o porto de Lisboa Ligação de Cáceres com o porto de Lisboa Por Torres Vedras, Caldas da Rainha e Leiria Importante do ponto de vista militar Alimentaria Lisboa e a linha do norte com movimento de uma zona rica e produtiva Seria uma segunda ligação entre Lisboa e Porto Incluía ramal para Cascais Daria à população de Lisboa uma ligação a aprazíveis arrabaldes Ligaria a linha de leste à de sueste e o sul do Tejo a Extremadura e Castela Centros de grande actividade agrícola e industrial Desde Viana por Ponte de Lima, Ponte da Barca e Lindoso Atravessava um terreno muito rico e populoso pelo menos até Ponte da Barca Linha do vale do Cávado De Braga por Ruivães, Caldas do Gerês e Montalegre Justificada pelo seu valor pecuário e termal Linha do Porto à Póvoa e Famalicão Ligava os concelhos de Guimarães, Fafe, Basto, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Boticas e Chaves à linha do Minho Linha de Famalicão a Chaves Zona com densa população, intensa cultura e rica pecuária que prognosticava um importante tráfego de pessoas e mercadorias Desde a linha do Douro pelo vale do Tâmega até Cavez Ramal de Amarante Importante pela sua população e agricultura De Régua a Chaves Linha do Corgo Ligava esta região à linha do Douro Linha de Guimarães Por já estar em construção Prolongamento natural da linha de Trás-os-Montes Linha de Mirandela a Vinhais Substituiria uma estrada já existente Substituía uma estrada já existente de primeira ordem Linha do Pocinho a Miranda Servia as minas de Moncorvo do Douro Atravessava uma região importante pela sua agricultura e pecuária Atravessava os concelhos de Estarreja, Sever do Vouga, Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul Linha do Vouga Era uma área bastante populosa e cultivada e com potencial mineiro Seria a comunicação mais directa entre Viseu e o Porto Serviria a margem esquerda do Mondego, importante do ponto de vista agrícola e fabril Linha do sul do Mondego Passava por Penela, Miranda do Corvo, Lousã, Góis, Arganil e Oliveira do Hospital Ligar-se-ia à estrada que atravessando a serra da Estrela chegava à Covilhã e que poderia num futuro próximo ser transformada num americano Motivada por considerações estratégicas Ramal de Peniche a Santarém Ligava as linhas de Lisboa a Pombal com a linha de leste, pelo que deveria se construída em via larga Conveniente do ponto de vista do movimento de passageiros e mercadorias na região que atravessa Linha de Cacilhas a Sesimbra e Pinhal Novo Potencial interesse do ponto de vista militar Não punha em causa o término da linha no Barreiro Importante quando o porto de Sines adquirisse outras e melhores condições Linha de Sines a Beja Ligaria o Baixo Alentejo ao mar Zona de grande intensidade populacional Linha do litoral do Algarve Cortaria o Algarve em via reduzida Proposta de Mariano de Carvalho (1883)110 CLASSIFICAÇÃO 1ª ordem 2ª ordem LINHA Linha da Beira Baixa Linha do litoral do Algarve Ramal da Covilhã Linha do Pocinho à fronteira Linha do Tua Linha do Corgo Linha do Vouga 3ª ordem 110 Ramal de Viseu DCD, 17-2-1883: 369. CARACTERÍSTICAS De Lagos a Vila Real de Santo António Por Moncorvo e Lagoaça De Foz Tua a Mirandela e Bragança De Régua a Vila Real e Chaves De Mangualde a Viseu a um ponto na linha do norte Em via larga se custasse menos de 25 contos por quilómetro De Santa Comba a Viseu Fontes manuscritas PORTUGAL. Arquivo Histórico-Diplomático. PORTUGAL. Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas. Conselho de Obras Públicas e Minas. Vários livros (1853-1868). PORTUGAL. Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas. Junta Consultiva de Obras Públicas e Minas. Vários livros e caixas (1869-1892). PORTUGAL. Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas. Processos individuais. PORTUGAL. Arquivo Histórico Militar. Compilações COLLECÇÃO Official de Legislação Portuguesa (1845-1892). Lisboa: IN. DINIS, Pedro Guilherme dos Santos (1915-1919) – Compilação de diversos documentos relativos à Companhia dos Caminhos de Ferro Portuguezes. Lisboa: IN. 6 vols. FINO, Gaspar Cândido da Graça Correia, compil. (1883-1903) – Legislação e disposições regulamentares sobre caminhos de ferro. Lisboa: IN. 3 vols. SANTOS, Clemente José dos, compil. (1884) – Caminhos de ferro. Pareceres parlamentares de 1845 a 1884. Biblioteca da Assembleia da República, 226/1910. 3233-3234. Periódicos BOLETIM do Ministerio das Obras Publicas, Commercio e Industria (1853-1868). Portugal. Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, ed. Lisboa: IN. REVISTA de Obras Publicas e Minas (1870-1900 e 1906). Associação dos Engenheiros Civis Portugueses, ed. Lisboa: IN. Monografias ALMEIDA, Albino Francisco de Figueiredo e (1851) – Vias de communicação. Lisboa: Tipografia da Revista Popular. ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PORTO (1883) – Relatorio dos actos da direcção da Associação Comercial do Porto no anno de 1882 apresentado á Assemblêa Geral na primeira sessão do anno de 1883. Porto: Imprensa Comercial. 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