PROGRAMA DA REITORIA DA USP DE INCENTIVO À PESQUISA PROJETO: INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO EM IMUNOLOGIA Coordenador: JORGE KALIL Sede do Núcleo: Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (VERSÃO EM PORTUGUÊS) 2011 INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO EM IMUNOLOGIA PROJETO DE PESQUISA: PARTE A: INTRODUÇÃO PARTE B: PROJETO III-INCT PARTE C: PROJETOS ADICIONAIS PARTE D: ORÇAMENTO PARTE E: CRONOGRAMA PARTE A - INTRODUÇÃO 0 PARTE A - INTRODUÇÃO SUMÁRIO 1. Introdução e Apresentação do Projeto .................................................................................. 01 2. Relevância da Proposta ........................................................................................................ 02 3. Diferencial para a USP .......................................................................................................... 02 4. Qualificação e Arranjo Institucional ....................................................................................... 03 5. Coerência entre Objetivos e Estratégia ................................................................................. 03 1 PARTE A - INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO DO PROJETO Apresentamos como proposta para o Programa de Incentivo à Pesquisa da PróReitoria de Pesquisa da USP uma extensão das atividades do Instituto de Investigação em Imunologia – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (iii-INCT), cuja sede encontra-se na Faculdade de Medicina da USP. Além das áreas de pesquisa presentes na proposta do iiiINCT, esta extensão compreende a inclusão de três novas áreas de pesquisa. Com esta proposta planejamos a aquisição de novos equipamentos, bem como verbas de custeio, essenciais para a execução dos projetos. A proposta está organizada da seguinte maneira: A) introdução geral à proposta; B) o projeto iii-INCT, tal como foi enviado e apoiado pelo CNPq em 2008 para ser um dos INCTs; C) projetos adicionais, correspondentes a novas áreas de atuação; D) o orçamento desta proposta, com sua justificativa detalhada; E) cronograma de execução. O iii-INCT conta com 15 membros da equipe ligados à USP, provenientes de 5 Unidades diferentes, os quais coordenam 8 das 10 áreas temáticas/subprojetos. Além disso, o instituto também conta com 18 pesquisadores principais de outras instituições de diferentes estados, obedecendo a estrutura multirregional intrínseca dos INCTs. A equipe completa do iiiINCT, entre pesquisadores, colaboradores, alunos e técnicos, é de 244 membros, dos quais 139 têm vínculos com a USP, e inclui 33 colaboradores internacionais. Além dos pesquisadores principais, o iii-INCT também conta com diversos pesquisadores colaboradores, totalizando o envolvimento de 7 Unidades da USP. As áreas temáticas nas quais o iii-INCT atua são: Autoimunidade, HIV/AIDS, Imunodeficiências, Doenças infecciosas tropicais, Transplante e Imunorregulação, Câncer e Alergia. Incluímos como novas áreas de atuação, Dengue, Doença de Chagas e o uso terapêutico de células tronco mesenquimais, de amplo interesse para o nosso País. A solicitação orçamentária visa a aquisição de equipamentos multiusuários, fundamentais em todas as áreas de atuação do Projeto, assim como ao desempenho de várias plataformas tecnológicas. Visa também a aplicação de recursos em custeio, basicamente como “seed money” para insumos, de forma a acelerar o desenvolvimento de projetos transdisciplinares. Dentre os equipamentos, os dois de mais alto custo (espectrômetro de massa MALDI-Tof/Tof e sintetizador múltiplo de 96 peptídeos), têm ampla gama de uso, e serão os únicos em toda a FMUSP e Complexo Hospital das Clínicas, o que trará evidente benefício para toda nossa Unidade. 2 2. RELEVÂNCIA DA PROPOSTA A Imunologia é o primeiro ramo da Medicina Molecular – fronteira no desenvolvimento de agentes terapêuticos – que desenvolveu e usou biofármacos para o tratamento de diferentes doenças. Somente com estratégias inovadoras pode-se desenhar vacinas eficazes contra patógenos complexos, para os quais ainda não existem vacinas, como o HIV e o estreptococo. As áreas de atuação do iii-INCT envolvem problemas de saúde que afetam milhões de pessoas em nosso País e no mundo, como doenças infecciosas, câncer, alergia e outros distúrbios do sistema imune. Além da relevância sócio-econômica, estas doenças são também modelos biológicos importantes, na medida em que permitem avançar no conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos, possibilitando a intervenção terapêutica orientada pela patogenia, além de novos produtos diagnósticos e profiláticos, sem perder a atenção às políticas de saúde. Desde seu início em 2001, o iii-INCT tem como objetivo a tradução do conhecimento básico em avanços da prática médica – especificamente, na Imunologia Clínica. A pesquisa de tradução envolve o estabelecimento de rotas tecnológicas para o desenvolvimento de diversos produtos imunobiológicos, desde a fase de descoberta de mecanismos fisiopatológicos, passando pela inovação no desenho de biofármacos baseados nestes mecanismos (portfólio de produtos), experimentação em animais, produção com boas práticas de manufatura/GMP, até os testes clínicos fase I/II. O iii-INCT tem mostrado sinergia para a identificação e teste de alvos terapêuticos e vacinas, formação de recursos humanos para a pesquisa de tradução, bem como para a significativa produção científica em periódicos de alto impacto. 3. DIFERENCIAL PARA A USP O principal diferencial competitivo para a USP a ser trazido por essa proposta é a inédita consolidação de uma estrutura de pesquisadores complementares em rede, com rotas tecnológicas completas para a pesquisa de tradução e produção de imunobiológicos em projetos liderados por nossos pesquisadores. Alguns dos projetos e produtos que integram a proposta podem realmente ter alcance e repercussão mundiais, como o estudo aprofundado de questões fundamentais relativas à Dengue e células-tronco, vacinas para o HIV, o estreptococo e leishmaniose, e os imunomoduladores para doenças autoimunes e rejeição a aloenxerto, colocando a USP em novos e importantes fórums de discussão. O projeto atende, dessa forma, a necessidade de interação com a sociedade e devolução do conhecimento gerado na forma de produtos inovadores para a saúde, inaugurando um novo formato de pesquisa associada em rede. 3 4. QUALIFICAÇÃO E ARRANJO INSTITUCIONAL A qualificação da equipe de pesquisadores do iii-INCT pode ser aferida pela sua produção científica e formação de recursos humanos entre 2001 e 2009: foram responsáveis por 785 publicações, cerca de 20% da produção indexada em Imunologia no Brasil; foram realizados 8 ensaios clínicos e foram formados 35 pós-doutores, 195 doutores e mestres, e 100 alunos de iniciação científica. Oito das 10 áreas de pesquisa do iii-INCT são lideradas por pesquisadores da USP. Seis membros da equipe USP são pesquisadores bolsistas de produtividade 1 do CNPq, e 6 pesquisadores USP associados a programas de pós-graduação de nível 6 ou 7 na CAPES. Contando os colaboradores de outras instituições, 22 dos 32 integrantes da proposta são pesquisadores 1 do CNPq, e 18 são associados a programas de pós-graduação de nível 6 ou 7 na CAPES. A equipe completa do iii-INCT, entre pesquisadores, colaboradores, alunos e técnicos, é de 244 membros. O arranjo institucional inclui destacados cientistas e especialistas da USP e instituições colaboradoras, que dominam áreas complementares para montar toda a rota tecnológica (médicos clínicos e cirurgiões, imunologistas básicos e clínicos, geneticistas, virologistas, bioquímicos, biólogos, biólogos moleculares, especialistas em bioinformática, biotecnólogos, médicos veterinários). Além das áreas temáticas, há plataformas tecnológicas horizontais que interagem de forma matricial com cada área, propiciando a base técnica para execução dos projetos. O Instituto é administrado por um Comitê Gestor composto por pesquisadores do iii-INCT. 5. COERÊNCIA ENTRE OBJETIVOS E ESTRATÉGIA A estratégia usada pelo iii-INCT para alcançar seus objetivos baseia-se no paradigma da abordagem integrada da pesquisa de tradução, a partir da observação clínica e conhecimento da patogenia. A abordagem multidisciplinar, com associação entre pesquisadores cobrindo expertises complementares, capacita o nosso Instituto a produzir resultados com menor perda de energia, tempo e recursos, introduzindo o iii-INCT no caminho da identificação e teste de novos alvos imunomodulatórios e vacinas. Isso permite a seleção dos alvos terapêuticos mais adequados e, facilitará a transferência do conhecimento adquirido para a beira do leito. A associação com empresas públicas e privadas, como o Instituto Butantan e a EMS Farmacêutica, acelerará as etapas finais de desenvolvimento dos produtos. PARTE B – PROJETO III-INCT 0 PARTE B - PROJETO III-INCT Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES Edital 15/2008 – Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia Instituto de Investigação em Imunologia Sumário: 1. Justificativa e Qualificação 1 2. Projetos: 10 a. Auto-imunidade 10 b. HIV/AIDS 21 c. 37 Imunodeficiências d. Doenças Infecciosas-Leishmaniose 40 e. Transplantes 49 f. Câncer 62 g. Alergia 76 3. Plataformas: 84 a. Imunogenômica 84 b. Proteômica 87 c. 89 Epidemiologia e Ensaios Clínicos d. Produção de Imunobiológicos 95 e. Bioinformática 100 f. 101 Qualidade g. Ensino e Interação com a Sociedade 105 4. Metodologia 112 5. Caracterização da Rede e Grupo Proponente 121 6. Infraestrutura 139 7. Orçamento Justificado 151 8. Informações Complementares 159 (Auxílios últimos 5 anos, publicações 2005-8 , Formação de recursos humanos e situação profissional atual) 9. Cronograma de Execução 216 10. Bibliografia 220 1 1. Justificativa e Qualificação Desde a sua criação em 2001, o Instituto de Investigação em Imunologia (iii) tem como objetivo principal a consolidação e expansão da pesquisa de tradução na área de Imunologia no Brasil. A Imunologia é uma das áreas das Ciências Biológicas que mais se desenvolveu na segunda metade do século XX, fato evidenciado, inclusive, pela atribuição de 6 Prêmios Nobel de Medicina neste período. A grande expansão do conhecimento básico precisa ser traduzida em avanços da prática médica, no desenvolvimento de novos e nas políticas de saúde. O iii tem apresentado um sucesso consistente em estimular grupos de pesquisa básica a investir no desenvolvimento de produtos, dos quais já conta com um portfólio considerável. O Instituto também avançou na aproximação de grupos básicos e clínico-cirúrgicos, alguns deles com imunobiológicos já em testes clínicos avançados. A proposta atual do iii visa consolidar e expandir as áreas de pesquisa de tradução em Imunologia, além de atuar firmemente na educação científica e na interação com a sociedade, reforçando ainda a sua atuação na fundamentação científica para as políticas públicas. Um outro ponto crítico desta etapa, e que complementa a nossa estratégia, é a interação com empresas do setor privado e público. A interação academia-empresa é, ainda hoje, um gargalo no desenvolvimento do setor de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Ademais, a nossa própria trajetória demonstra que obstáculos relacionados com produção em maior escala e em condições de boas práticas de manufatura necessitam de soluções ágeis, que podem ser facilitadas através da interação dos setores produtivos privados com o setor público e a academia. Na busca de soluções para esses obstáculos, nós temos interagido com setores empresariais ligados à área de atuação do iii, e temos cartas de interesse na parceria com o iii para a superação desses problemas (www.iii.org.br/info). Sabe-se hoje que várias doenças previamente tidas como de etiologia obscura, na verdade decorrem de disfunções imunológicas, quer por um exacerbado processo inflamatório, quer pela sua ausência. As áreas de atuação do iii (infecções, doenças autoimunes, imunodeficiências primárias e HIV/AIDS, transplantes, câncer e alergias) envolvem problemas de saúde que afetam, hoje, milhões de pessoas em nosso País e no mundo. Além da relevância sócio-econômica, estas doenças são também modelos biológicos importantes, na medida em que permitem avançar no conhecimento dos mecanismos fisiopatológicos, possibilitando a intervenção terapêutica orientada pela patogenia. No Brasil, nos últimos anos, houve grande desenvolvimento da Imunologia com a publicação de um número significativo de trabalhos em periódicos com alto nível de impacto, o que colocou a Imunologia em posição de destaque dentre as áreas de pesquisa brasileiras no contexto mundial. O reconhecimento internacional da Imunologia brasileira também é patente pelo aumento do número de citações, um dos maiores entre todas as áreas científicas brasileiras. Outra ação importante foi a realização do Congresso Internacional de Imunologia no Brasil em 2007, que teve o seu corpo dirigente composto principalmente por 2 membros do iii. Este congresso, o maior evento da Imunologia mundial, realizado a cada 3 anos, obteve expressivo reconhecimento científico e organizacional, reiterando a inserção da Imunologia brasileira no contexto internacional. Embora a Imunologia brasileira ainda tenha maior destaque na área de doenças endêmicas/parasitárias, o Congresso propiciou interações em diversas áreas. Acreditamos que este evento tenha deixado sementes duradouras. Para continuarmos a progredir, há necessidade de romper as dificuldades ainda existentes na inovação tecnológica em saúde no Brasil. Como conseqüência, a aplicação clínica de resultados de pesquisa em Imunologia básica produzida em nosso País ainda é rara. O alinhamento de pesquisa de tradução, inovação tecnológica em saúde, e pesquisa clínica, em vigência no iii, pode ser um modelo para outras áreas. Assim, na primeira fase do iii (2001-2005) focamos na tradução do conhecimento básico em Imunologia para a aplicação clínica, no desenvolvimento de novas vacinas e imunobiológicos e no aprimoramento diagnóstico, consolidando a rede de pesquisadores. Na segunda fase (20062008), expandimos o portfólio de produtos em teste e atuamos decisivamente na prática clínica, com ensaios clínicos para o tratamento de tumores e de doenças infecciosas. Na proposta atual, aumentamos o foco nos produtos potenciais mais promissores para ensaios clínicos e com possibilidade de produção em maior escala, em associação com empresas. Faremos esforço especial para implementar a na produção piloto para ensaios clínicos, propiciando a definitiva incorporação destes métodos produtivos ao País. Expandiremos a atuação em pesquisa clínica. Nas etapas anteriores, o iii desenvolveu uma plataforma de educação e ensino, com utilização intramural. Agora esta plataforma se expandirá para incluir a Interação com a Sociedade, atuando também no ensino médio e na graduação, e mantendo a interação com associações de pacientes e populações-alvo das intervenções. Vamos atuar na relação da sociedade com a ciência, utilizando a Imunologia como modelo. Na primeira etapa, de 2002 a 2005, formamos 18 mestres, 25 doutores, treinamos 29 pós-doutores; publicamos 170 trabalhos em periódicos indexados, realizamos 5 ensaios clínicos e entramos com 4 pedidos de patente. Além disto e, talvez, ainda mais relevante, implementamos uma efetiva rede complementar de competências técnicas e científicas (visão global da patogenia, biotecnologia e pesquisa clínica) que nos permitiu fazer a rota tecnológica que vai da pesquisa fundamental à aplicação clínica. Na segunda fase (2005-2008) formamos 76 mestres, 66 doutores, treinamos 35 pósdoutores; realizamos 2 ensaios clínicos e entramos com 3 pedidos de patente no exterior. A produção científica dos 31 pesquisadores membros do iii no período de 2005-2007 representou 23% (435/1917) da publicação indexada em Imunologia brasileira no mesmo período (dados Lattes e Scimago, www.scimagojr.com). Estes dados mostram que a base sólida de ciência do iii tem sido e continuará sendo fundamental para a alimentação do 3 processo de novas descobertas com potencial aplicação. Consolidamos a abordagem matricial, abordando os problemas científicos de cada uma das áreas de atuação com as plataformas transversais de imunogenômica, proteômica, bioinformática, epidemiologia e ensaios clínicos, imunobiológicos e formação e ensino. A atuação do iii confirma a vantagem de uma ação sinérgica com fertilização cruzada, decorrente do trabalho em rede. Assim, para o próximo período, a atuação do iii continuará nas áreas de Imunologia Clínica originalmente propostas, a saber: Doenças Infecciosas Tropicais, Doenças Auto-imunes, HIV/AIDS, Imunodeficiências, Transplante, Câncer e Alergia, concentrando o seu foco na imuno-intervenção e produtos vacinais, imunomoduladores e diagnóstico molecular, chegando à fase de produção piloto para ensaios clínicos através da interação com empresas. Na etapa atual, temos o potencial de produzir 9 imunobiológicos em diferentes formulações e elaborar 12 ensaios clínicos, precedidos pelo número correspondente de testes pré-clínicos. Antecipamos que alguns desses ensaios sejam iniciados e até concluídos durante o primeiro triênio. Esperamos com isto solicitar até novas 10 patentes. Na nova proposta, ora apresentada, foram incorporados pesquisadores que trazem novas expertises ao nosso Instituto, nas áreas de bioinformática, qualidade, epidemiologia e estudos pré-clínicos, o que certamente contribuirá para superarmos dificuldades que identificamos em nossa rota tecnológica no transcorrer dos primeiros anos de atividade. Continuaremos a desempenhar a missão que julgamos essencial, de formação de pessoal em pesquisa de tradução, buscando criar essa cultura na comunidade científica de nosso país. A continuidade do iii - agora como um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia - permitirá que o trabalho desta rede consolidada de pesquisadores, provido de uma diversidade de conhecimentos, de sólidas instalações tecnológicas, amplie o retorno para a sociedade obtido nas fases anteriores. Também nesta etapa, o iii incrementará a sua aproximação com empresas públicas e privadas, permitindo a sua consolidação definitiva, preenchendo uma lacuna importante na aproximação entre a academia e empresas. Desta forma, o iii será capaz de atuar nos 3 Ps da pesquisa de tradução - produtos, prática e contribuição para as políticas de saúde. 4 5 R WD V7 H FQ ROy J LFD V LFDV R la TT Reeccoonnhheeccim im eennto to C Célu élula A Anntic ticoorp rpoo H Huum m aaniz n izaaddoo P rfis m Poolim limoorfis mooss G Geennéétic ticooss TTeera la rr rappia ia C Celu elula A Aggeennte tess TTera erappêêuutic ticooss V Vaaccin inaa D DN NA A E Ennssaaio ioss C Clín línic icos os P Pro rote teôôm mic icaa A d im dim n to Ate tennd im e nto P n te nte Pa c ie ien te P a isa Pe s q u is B á s ic a B E Eppid ideem miolo io logia g ia D Deete teccççããoo C Cito itocin cinaass ““A Arra rray” y” ccD DN NA A P Pro rodduuççããoo P Pro roteín teínaa R Reeccoom mbbin inaannte te S Seeqquueenncciam iameennto to D DN NA A G GM MP P,, G GLLP P,, G GC CP P P Pro rodduuççããoo M Maassssaa M Mooddelo eloss A Annim imaais is QUALIFICAÇÃO DO GRUPO: Nos seis anos de trabalho conjunto nas duas etapas anteriores do iii, foram criados vínculos científicos e operacionais entre os diversos grupos que compõem o iii que nos capacitam de maneira única para executar pesquisa de tradução em saúde com uma forte vertente em estudos das bases fisiopatológicas de doenças que afetam o sistema imune. Isto permitiu que refinássemos, neste estágio, a proposta de trabalho, priorizando projetos com claro potencial de obtenção de imunobiológicos e com alto impacto social e econômico para o Brasil. O iii possui uma combinação única de pesquisadores, biotecnólogos e médicos clínicos e cirurgiões, tanto no grupo central como entre os colaboradores. Dos 33 integrantes principais do nosso grupo, 27 são pesquisadores do CNPq, sendo que 22 destes são pesquisadores nível 1. Nas etapas anteriores, identificamos que os grandes gargalos para a execução de pesquisa de tradução em nosso País estão nas áreas de 1) produção em condições de Boas Práticas de Manufatura, 2) testes pré-clínicos e, 3) falta de apoio institucional para tratar da questão da propriedade intelectual. Para resolver estes problemas, assumimos compromissos com a maior empresa privada na área de manufatura de fármacos no Brasil (EMS) que cederá área e funcionários para produção GMP de imunobiológicos, além de estreitarmos nossos laços com o Instituto Butantan, instituição pública reconhecidamente capacitada na produção de imunobiológicos onde usaremos a planta GMP de células eucariotas; documentos que atestam esta colaboração estão disponíveis. Em relação aos testes pré-clínicos, trouxemos para o iii especialistas nesta área. Quanto às questões de propriedade intelectual e questões regulatórias, a colaboração com a indústria citada acima também nos facultará o acesso aos suportes especializados jurídico e administrativo, 5 conforme documentação disponível. A inclusão de colaboradores em grandes centros clínicos no Brasil (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e Hospital Alemão Osvaldo Cruz, aliado ao Instituto Ludwig de pesquisa sobre Câncer), também ampliará a nossa estrutura para os ensaios clínicos propostos. Para enfrentar o novo desafio que integra de forma mais orgânica a Missão do nosso Instituto - Interação com a Sociedade - elaboramos uma proposta que envolve atividades educacionais e de difusão, abrindo as portas do iii para o diálogo com a sociedade. Contaremos com a valiosa colaboração de profissionais das áreas de Educação, de Jornalismos Científico e de Percepção Pública da Ciência que nos ajudarão a capacitar a nossa equipe para a realização deste trabalho. Finalmente, a distribuição geográfica dos componentes do grupo principal de pesquisadores, incluindo indivíduos em instituições nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, facilitará a disseminação dos conhecimentos obtidos para a comunidade médica e de saúde assim como para a sociedade em geral, dando uma dimensão nacional tanto na prestação de serviços e ofertas de oportunidades científicas, quanto no repasse dos conhecimentos para a sociedade. Linhas Temáticas de Pesquisa A Imunologia é o primeiro ramo da Medicina Molecular que desenvolveu e usou biofármacos. Aproximadamente 40 anticorpos monoclonais e proteínas recombinantes são, atualmente, comercializados e, aproximadamente, outros 50 se encontram em ensaios clínicos para o tratamento de diferentes doenças imunológicas e hematológicas, câncer, alergia, e rejeição de transplantes. Apesar dos avanços consideráveis no conhecimento celular e molecular dos estados patológicos humanos é ainda limitada a nossa compreensão das causas e dos mecanismos das doenças, assim como do tratamento mais adequado. O progresso na imunoterapia e no diagnóstico de muitas doenças é prejudicado pela nossa incapacidade de delinear, de modo completo, as vias moleculares complexas, sugerindo que uma abordagem integrada que inclua ferramentas clínicas, moleculares, informáticas e epidemiológicas seja necessária para encontrar novas soluções para essas questões. As recentes falhas na produção de novas vacinas, sendo a vacina contra o HIV das indústrias Merck um exemplo, indicam que precisamos de um conhecimento integrado num contexto mais abrangente para abordarmos de forma inovadora a questão da vacinação. O mesmo se aplica ao tratamento do câncer, à imunoterapia para o transplante, doenças infecciosas, auto-imunes e alergias. A ineficiência da ciência contemporânea para compreender sistemas biológicos complexos, constituídos de partes não-idênticas com suas múltiplas interações, tem limitado o progresso na tradução dos ganhos da ciência básica para melhoria da saúde. 6 Cientistas que pensam de forma “centrada no organismo” são cada vez mais importantes para que as ciências da vida moderna possam “fazer sentido”, e para que possam passar da análise de componentes para a biologia de sistemas. A geração de novos agentes imunobiológicos para emprego terapêutico ou como ferramentas diagnósticas envolve mais do que a simples habilidade de produzi-los em grande quantidade ou a capacidade de efetuar pesquisa básica de ponta. O Instituto de Investigação em Imunologia (iii) foi estabelecido levando-se em conta esta perspectiva, e se propõe a desenvolver pesquisa de tradução visando testar, em humanos, estratégias imunoterapêuticas inovadoras desenvolvidas através da experimentação. Nas duas etapas anteriores, foram recrutados e treinados recursos humanos, e criadas instalações para o desenvolvimento de rotas tecnológicas que nos permitiram mover do reconhecimento da doença para a descoberta de mecanismos patogênicos, passando para o desenho de biofármacos baseados nestes mecanismos, para a experimentação em modelos animais, criando um portfólio de produtos imunoterapêuticos. Nesta etapa, além de continuar a pesquisa de tradução nas diversas áreas pretendemos atuar decisivamente na produção e teste clínico de nosso portfólio, com instalação física, equipamentos e treinamento de pessoal para operar as plantas piloto em condições de boas práticas de manufatura necessárias e a realização de ensaios clínicos de fase I/II. Usando essa rota tecnológica, cientistas, biotecnólogos e médicos do iii tencionam continuar cooperando no desenvolvimento de soluções baseadas na Imunologia para responder questões comuns às doenças que afetam milhões de brasileiros e que representam um ônus social e econômico. A estratégia usada pelo iii baseia-se numa abordagem integrada, que leva em conta a complexidade do ser humano como sistema. Isso nos permitirá a seleção do alvo terapêutico mais adequado e, facilitará a transferência do conhecimento adquirido para a beira do leito. Essa abordagem multidisciplinar melhora a nossa capacidade de produzir resultados com menor perda de energia, tempo e recursos, introduzindo o iii no caminho da identificação de alvos imunomodulatórios para tolerância ao enxerto e doenças auto-imunes, o conhecimento de moléculas-alvo para o tratamento de imunodeficiências primárias e a AIDS, o desenvolvimento de vacinas e imunoterapia para febre reumática e outras doenças auto-imunes, leishmaniose, infecção por HIV, alergia, imunodeficiências primárias, como detalhado nas páginas a seguir. câncer, leishmaniose 7 DESENVOLVIMENTO PREVISTO EM CADA AREA TEMÁTICA/SUBPROJETO ALERGIA Etapas previstas Tema Subprojeto Estudo Mecanismo Patogênese Ident. Alvo molecular Intervenção Produção agente intervenção Intervenção Pré-clínica (animais) Produção agente intervenção Intervenção Pré-clínica (animais) Pré-Clínica Prod. Agente interv. clinica Ensaio Clínico fase I/II Prod. Agente interv. clinica Teste Clínico fase I/II Caracterização Molecular dos Antígenos Imunodominantes de Novas Fontes de Alérgenos Regionais (Projeto GENAR) Estudo imunopatogenético e clínico da asma grave Imunoterapia e imunodiagnóstico em alergia respiratória TRANSPLANTE E IMUNORREGULAÇÃO Etapas previstas Tema Subprojeto Proteína de Choque Térmico 60 e células dendríticas: bases moleculares para imunorregulação Avaliação do potencial modulador de células CD4+CD25+ em respostas in vivo a células alogênicas Tolerância operacional no transplante humano Desenvolvimento de um anticorpo humanizado anti-CD3 para aplicação na clínica médica e avaliação da sua atividade imunorreguladora Estudo Mecanismo Patogênese Ident. Alvo molecular Intervenção Pré-Clínica 8 IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS Etapas previstas Tema Subprojeto Estudo Mecanismo Patogênese Ident. Alvo molecular Intervenção Produção agente intervenção Intervenção Pré-clínica (animais) Produção agente intervenção Intervenção Pré-clínica (animais) Produção agente intervenção Intervenção Pré-clínica (animais) Pré-Clínica Prod. Agente interv. clinica Teste Clínico fase I/II Prod. Agente interv. clinica Teste Clínico fase I/II Prod. Agente interv. clinica Teste Clínico fase I/II Imunodeficiências primárias HIV/ AIDS Etapas previstas Tema Subprojeto Estudo Mecanismo Patogênese Ident. Alvo molecular Intervenção Pré-Clínica Imunopatogênese da infecção pelo HIV Desenvolvimento de novos imunógenos Novas estratégias de intervenção terapêutica DOENÇAS TROPICAIS-Leishmaniose Etapas previstas Tema Subprojeto Vacina Leishmaniose visceral Estudo farmacológico da saliva do flebótomo Imunoterapia com N-acetil cisteína associado a antimonial pentavalente no tratamento da leishmaniose visceral humana e canina Estudo Mecanismo Patogênese Ident. Alvo molecular Intervenção Pré-Clínica 9 DOENÇAS AUTO-IMUNES Etapas previstas Tema Subprojeto Estudo Mecanismo Patogênese Ident. Alvo molecular Intervenção Produção agente intervenção Intervenção Pré-clínica (animais) Produção agente intervenção Intervenção Pré-clínica (animais) Pré-Clínica Prod. Agente interv. clinica Teste Clínico fase I/II Prod. Agente interv. clinica Teste Clínico fase I/II Auto- imunidade – Febre reumática: desenvolvimento de Vacina contra o S. pyogenes Doença de Crohn CÂNCER Etapas previstas Tema Subprojeto Estudo Mecanismo Patogênese Ident. Alvo molecular Intervenção Pré-Clínica Estudo de fase II da injeção intra-tumoral neoadjuvante da vacina de DNA-HSP65 em pacientes portadores de carcinoma epidermóide de cavidade oral Vacinação terapêutica com NY-ESO-1 e adjuvante MPLA em pacientes com câncer epitelial de ovário: Testes Clínicos Fase I/II Avaliação de NY-ESO-1 como potencial alvo de imunoterapia em pacientes com glioblastoma Etapas previstas de desenvolvimento para cada um dos subprojetos dentro das áreas temáticas do iii, neste período 10 2. Projetos A. AUTO-IMUNIDADE A auto-imunidade patológica inclui tanto um grupo de doenças definido nosologicamente (diabetes, lúpus, artrite reumatóide, esclerose múltipla, miastenia gravis, etc) como também doenças e síndromes onde o componente auto-imune parece ter um papel importante no fenômeno inflamatório embora de forma ainda pouco clara (aterosclerose, febre reumática, doença de Cronh, etc). Em geral, as ferramentas disponíveis para o tratamento dessas entidades clínicas ainda são precárias e algumas associadas a vários efeitos colaterais. Os fatores e os mecanismos envolvidos nos distúrbios da tolerância imunológica em tais doenças ainda são objeto de debate e esse conhecimento certamente auxiliará no desenvolvimento de métodos terapêuticos mais específicos e eficazes. Os projetos incluídos na linha de pesquisa temática – Auto-imunidades – pretendem investigar os mecanismos envolvidos nos distúrbios imunoreguladores que acompanham duas entidades clínicas que apresentam um componente auto-imune importante - a Febre reumática (DRC) e a Doença de Crohn (DC) – assim como desenvolver agentes imunobiológicos protetores contra infecções desencadeadoras de lesões auto-imunes e imunomodulares da reatividade inflamatória auto-imune. As estratégias propostas envolvem a produção de vacinas e agentes imunomoduladores, ensaios pré-clínicos em animais experimentais usando esses agentes assim como estudos clínicos de Fase I e II em pacientes. Como resultados esperados dessa linha temática pretendemos contribuir para: a) compreender melhor os mecanismos imunopatológicos envolvidos no desencadeamento das lesões auto-imunes na DR e na DC; b) desenvolver agentes imunobiológicos com ação de proteção anti-infecciosa e com ação imunomoduladora mais específicos que aqueles atualmente utilizados no tratamento dessas doenças; c) estabelecer protocolos alternativos de utilização das vias mucosas (oral e nasal) para administração eficaz, segura e viável de agentes imunobiológicos; d) formação de estudantes de mestrado e doutorado assim como a produção de artigos científicos. Os projetos envolverão esforços da imunologia básica não somente na compreensão dessas doenças mas também na tradução clínica de tal compreensão em forma de intervenções mais seguras, mais específicas e mais facilmente aplicáveis que as disponíveis no momento. Para isto, a equipe se compõe de pesquisadores da área básica, da área clínica, médicos, estudantes, pós-doutores e colaboradores internacionais capazes de integrar nosso trabalho com o conhecimento de ponta na área. SUBPROJETO 1: FEBRE REUMÁTICA: DESENVOLVIMENTO DE VACINA CONTRA O S. PYOGENES Streptococcus pyogenes beta hemolítico do grupo A pode causar infecção invasiva grave com seqüela não supurativa, a Febre Reumática (RF/ RHD), glomerulonefrite aguda e também simples faringites e piodermites (Feldman, 1996). A RF ocorre mais freqüentemente em crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos, o que coincide com a idade de pico de incidência das infecções estreptocócicas. A FR afeta 1-5% das crianças não tratadas. 11 Doença Reumática Cardíaca (DRC) é a complicação mais grave da doença, desenvolve dentro de 4-8 semanas após a infecção pelo S. pyogenes em 30 a 45% dos indivíduos com FR. As reações auto-imunes observadas na FR/DRC são devidas à resposta de células T e B contra estruturas do S. pyogenes e proteínas humanas, principalmente proteínas cardíacas, pelo mecanismo de mimetismo molecular. Uma vacina contra S. pyogenes poderá reduzir significantemente os números de novos casos de FR/DRC e os custos, para o governo e poderá trazer melhorias na qualidade de vida de milhares de crianças visto que: 1. A prevalência de FR em países em desenvolvimento é de aprox. 24/1000 indivíduos; 2. Mundialmente, existem 16 milhões de indivíduos com DRC e aprox. 2 milhões com doenças invasivas graves; 3. Número de mortes causadas pela DRC e doenças invasivas é superior a 500.000/ano; 4. Número de novos casos de faringites /ano é de 616 milhões (WHO, 2004); 5. No Brasil, a incidência de FR, considerando número de casos registrados, era de 20.000 novos casos/ano em 1990, diminuindo nos últimos anos para 5.000 novos casos/ano; 5. A lesão valvular, conseqüência da FR, é responsável por aprox. 90% das cirurgias cardíacas infantis no Brasil, Este trabalho encontra-se em desenvolvimento há aproximadamente 20 anos tendo sido iniciado a partir da pesquisa básica nas áreas de Imunologia, Bioquímica e atualmente encontra-se em fase de pesquisa aplicada para o desenvolvimento de vacina em fase experimental. Temos a participação de vários pesquisadores da área básica, bem como vários clínicos. Nos últimos 20 anos, nosso grupo vem estudando os mecanismos de patogênese responsáveis pelas lesões auto-imunes da FR/DRC. Nosso trabalho trouxe contribuições importantes para a compreensão das bases celulares e moleculares da DRC. O conhecimento adquirido sobre o desencadeamento das reações auto-imunes que geram lesões no coração, abriu a possibilidade do desenvolvimento de uma vacina segura. No decorrer destes estudos, mapeamos regiões da proteína M do estreptococo (N-terminal) que apresentavam reatividade cruzada com o tecido cardíaco utilizando células de sangue periférico de pacientes com FR/DRC comparado a controles. Estudamos a região C-terminal da proteína M e identificamos epitopos potencialmente protetores, reconhecidos por linfócitos T e B de indivíduos saudáveis e de pacientes com FR/DRC (total 800 indivíduos) (Guilherme et al, 2006). Construímos uma proteína recombinante contendo os epitopos protetores selecionados. Utilizamos clones de linfócitos T infiltrantes da lesão cardíaca de pacientes com DRC, como estratégia para identificação e diferenciação de epitopos da proteína M com potencial para desenvolver auto-imunidade daqueles com potencial protetor. Camundongos transgênicos para as moléculas HLA de classe II humanas vem sendo utilizados para verificarmos a capacidade de proteção e segurança dos epitopos vacinais em diferentes alelos HLA de classe II. Nossos trabalhos anteriores permitiram entender como indivíduos saudáveis e pacientes com FR/DRC respondem a epitopos da proteína M do estreptococo. A avaliação da resposta imune humoral e celular no sangue periférico, bem como no tecido cardíaco, 12 frente a peptídeos sintéticos derivados da proteína M, permitiu a discriminação de epitopos envolvidos com a doença daqueles envolvidos com proteção. Através da utilização, de 2Deletroforese e espectrometria de massa (Maldi-Tof) identificamos vários auto-antígenos no tecido cardíaco reconhecidos por linfócitos T e B de pacientes. Caracterizamos também o repertório de linfócitos T infiltrantes do tecido cardíaco de pacientes com DRC, através do estudo do receptor da célula T, e o perfil de citocinas produzidas in situ e após estimulação antígeno-específica. O desenho da vacina contra o S. pyogenes, atualmente denominada StreptInCor corresponde a 55 resíduos de aminoácidos da porção C-terminal definidos como epitopos T e B, 22 e 25 resíduos de aminoácidos, respectivamente ligados por 8 resíduos em acordo com a seqüência observada na bactéria, cepa M5 (Guilherme et al, 2006). Esta vacina poderá também servir como modelo vacinal para outras doenças de caráter auto-imune. O epitopo vacinal identificado por nosso grupo já está patenteado no Brasil INPI -0501290 / 0604997-4, PCT-BR07/000184 em fase de registro em 11 países. O epitopo vacinal foi avaliado quanto ao potencial de desenvolver auto-reatividade. Para tal, 29 linhagens de linfócitos T infiltrantes do tecido cardíaco de 22 pacientes com DRC e 50 clones de linfócitos T intralesionais foram testadas frente a vários peptídeos sintéticos componentes do epitopo vacinal frente a proteínas cardíacas identificadas através de eletroforese bidimensional. Apenas 5% dos clones reconheceram o agente vacinal e alguma proteína cardíca, no entanto, estas células supostamente auto-reativas produziram a citocina IL-10 (reguladora da inflamação), sugerindo a presença de clones com capacidade de regulação inflamatória e, portanto, potencial terapêutico do agente vacinal, a ser confirmado. O agente vacinal na forma de peptídeo sintético apresenta estrutura em alfa-hélice, identificada por ressonância magnética (artigo em preparação), e a sua imunogenicidade, segurança e capacidade de proteção já foram avaliadas em camundongos isogênicos “inbred” (C57BL6 e BALB-c) e camundongos “out-bred” (SWISS) em combinação com Alum3 Al(OH) . Os resultados mostraram altos títulos de anticorpos específicos e sobrevida de 80 e 100% em 21 dias contra 40% nos controles (artigo em preparação). Também iniciamos testes com um novo adjuvante para indução de resposta imune de mucosa oral, derivado do proteolipossoma (AFPL1), que na sua forma antigênica, está presente na membrana externa da Neisseria meningitidis B, e por extração com detergente forma nanopartículas agrupadas que originam um adjuvante potente, denominado de AFPL1 (Adjuvante Finlay Proteolipossoma 1). Este adjuvante vem sendo utilizado para vacinação anti-meningococo e induz uma resposta imune do tipo Th1 (Lastre et al., 2001). O AFPL1 contém importantes padrões moleculares associados a patógenos (do inglês-PAMP), como as principais proteínas da membrana externa (PorA e PorB) reconhecidas por TLR-2, lipopolissacarideo (LPS) e traços de DNA bacteriano reconhecidos por TLR-4 e TLR-9 respectivamente. Estes “PAMPS” são capazes de estimular eficientemente o sistema imune (Ail-Bader et al., 2003). Ensaios preliminares foram realizados em nosso laboratório em colaboração com o Instituto Finlay de Cuba e os resultados após vacinação oral (I.N) em camundongos isogênicos 13 mostram boa resposta de mucosa. Ensaios similares aos mencionados serão realizados com o agente vacinal na forma de proteína recombinante. Objetivos 1) Proceder aos ensaios pré-clínicos em mini-pigs usando o agente vacinal na forma de peptídeo sintético e/ou de proteína recombinante. 2) Produzir o agente vacinal em condições GMP. 3) Proceder aos ensaios clínicos de Fase I e II em duas regiões do Brasil (Sul - São Paulo, Nordeste - Bahia/Sergipe) e iniciar Fase III. 4) Identificar cepas de S. pyogenes prevalentes em algumas regiões do Brasil 5) Confirmar a capacidade do epitopo vacinal em induzir células T reguladoras, com potencial terapêutico em pacientes portadores de lesões valvulares de origem reumática. Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Luiza Guilherme Guglielmi - InCor-FMUSP Edécio Cunha Neto - InCor-FMUSP Verônica Coelho - InCor-FMUSP Luiz Carlos de Sá Rocha – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, USP Roque Pacheco de Almeida – UFS, Aracaju, Sergipe Amélia Ribeiro de Jesus - UFS, Aracaju, Sergipe Jorge Kalil – - InCor-FMUSP Pedro Francisco Giavina-Bianchi – Serviço de Alergia e Imunologia Alunos de pós-graduação Milton Thiago Guerino Silva – Mestrado- FMUSP Kátia Sanches – Dourorado - FMUSP Gustavo Kesselring – Doutorado - FMUSP Pós-doutorando Flávia Vigna Colaborador Internacional Oliver Peres, Instituto Finlay, Havana Cuba Colaboradores Nacionais e técnicos Guilherme Spina Roney Sampaio 14 Flavio Tarassoutchi Max Grinberg Pablo Pomerantzeff Edmundo Câmara José Caetano Macieira Cláudio Puschel Samar Freschi Edilberto Postol Sandra Emiko Oshiro Raquel Alencar Selma Aliotti Fábio Higa Simone Regina dos Santos Iolanda Oruê Washington Roberto da Silva Carlos dos Santos Subprojeto 2: Imunomodulação na Doença de Crohn experimental e humana Estado da arte As doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a retocolite ulcerativa (RCU) e a doença de Crohn (DC), têm chamado a atenção da comunidade científica pela sua incidência em ascensão. Ambas são caracterizadas por uma intensa resposta inflamatória no trato gastrintestinal, mas a DC, diferentemente da RCU, pode afetar todo o intestino (grosso e delgado) sendo o cólon e o segmento terminal do delgado (íleo) as áreas mais afetadas. A inflamação intestinal da doença de Crohn se caracteriza pelo aumento local da produção de citocinas do tipo 1: TNF-α, IFN-γ, IL-2 e IL-12 (Barkin & Lewis, 1992; Strober et al, 2007). Manifestações inflamatórias em outros locais do corpo (na pele, articulações, olhos, vasos sanguíneos) também estão freqüentemente associadas à DC indicando o caráter sistêmico dos distúrbios imunológicos que resultam na doença. A etiologia precisa das doenças inflamatórias intestinais (DII) humanas ainda é desconhecida mas evidências experimentais e estudos clínicos sugerem que a DC envolve defeitos na tolerância imunológica a autoantígenos e também a antígenos da dieta e da microbiota (Strober et al, 2007). Normalmente o contato dos antígenos do lúmen do intestino (dieta e microbiota) com o tecido linfóide associado à mucosa desencadeia a indução de citocinas reguladoras como IL-10 e TGF-β e de células T reguladoras (Treg) capazes de suprimir a imunidade sistêmica a esses antigenos, um fenômeno conhecido como “tolerância oral” (Faria & Weiner, 2005). Nesse sentido, um componente importante da doença de Crohn parece ser a quebra da 15 tolerância oral a antígenos da dieta e da microbiota ocasionada pela alteração inflamatória do microambiente normalmente tolerogênico da mucosa intestinal e pelo aumento da entrada de antígenos através da camada epitelial destruída. Camundongos deficientes em IL-10, por exemplo, desenvolvem enterocolite espontânea com hiperplasia de células epiteliais e inflamação transmural (Kuhn et al, 1993) sugerindo que, na ausência dessa citocina reguladora, o contato com antígenos do lúmen resulta em inflamação. Vários estudos têm mostrado também o aumento da reatividade inflamatória a auto-antígenos da mucosa colônica na colite experimental (Strober et al, 2007). O tratamento da doença de Crohn atualmente se baseia no uso de anti-inflamatórios como sufasalazina, imunossupressores como corticosteróides (prednisona e budesonida), azatioprina, ciclosporina, tacrolimus, methotrexato, anti-microbianos (metronidazol) e anticorpos monoclonais inibidores de TNF-α. Todos esses agentes apresentam muitos efeitos colaterais quando usados cronicamente e alguns são utilizados apenas nos episódios de crise. Existem recomendações dietéticas para os pacientes com doença de Crohn mas elas se baseiam na tentativa de repor deficiências geradas pela má absorção comum na doença. Por outro lado, alguns estudos clínicos mostram que a administração parenteral de dietas elementares (compostas por aminoácidos, açúcares simples, quantidades mínimas de lipídeos, minerais e vitaminas) tem um efeito benéfico na doença de Crohn (O’Sullivan & O’Morain, 2001). Em alguns estudos, o uso de dietas elementares per se se mostrou tão eficaz quanto o uso de corticoesteróides (Gorard et al, 1993) e elas têm sido propostas como alternativa terapêutica em casos onde os corticosteróides não são recomendados (gestantes e crianças) embora seu mecanismo de ação não seja conhecido. Tais dietas são muito caras já contêm todos os nutrientes na forma elementar e apresentam efeitos colaterais quando utilizadas a longo prazo na forma enteral ou parenteral (O’Sullivan & O’Morain, 2001). Nossa hipótese de trabalho é que a eficácia das dietas elementares no tratamento de pacientes com doença de Crohn se deve ao fato de que essa doença envolve uma deficiência importante na tolerância oral às proteínas da microbiota intestinal e da dieta. De fato, camundongos IL-10 mantidos em condições isentas de germe não desenvolvem colite, mostrando o papel dos antígenos da microbiota na doença (Elson et al, 2001). As proteínas da dieta na doença de Crohn Estudos anteriores em nosso laboratório (ICB-UFMG) analisando os efeitos imunológicos das proteínas da dieta mostraram que esses “antígenos naturais” são cruciais para o amadurecimento do sistema imune de camundongos. Mostramos esse papel em camundongos BALB/c e C57BL/6 alimentados, desde o desmame até a vida adulta, com uma dieta experimental balanceada mas livre de proteínas contendo 15% de aminoácidos (AA) e comparados com camundongos alimentados com uma dieta controle balanceada cuja 16 fonte protéica foi a caseína. Os animais adultos que se alimentaram com dieta AA tinham o tecido linfóide associado ao intestino mal desenvolvido, com redução de células na lâmina própria, dos linfócitos intraepiteliais TCRαβ e dos níveis de IgA secretória. Também houve redução de IgG e IgA séricas. A produção de citocinas in vitro pelas células de vários órgãos linfóides mostrou um perfil Th2 com altos níveis de IL-4 e IL-10, e baixos níveis de IFN-γ e IL6. Essas características são compatíveis com o perfil de camundongos neonatos sugerindo que a retirada dos antígenos (proteínas) da dieta manteve os animais adultos com um perfil imaturo (Menezes et al, 2003). Por outro lado, a ausência das proteínas levou a uma redução drástica das citocinas pró-inflamatórias em todos os órgãos linfóides analisados. A utilização de dieta elementar (El-diet) composta por todos os componentes nutricionais na sua forma elementar teve efeitos imunológicos semelhantes. (Menezes et al., 2006). Pretendemos testar, nesse projeto, se a substituição seletiva das proteínas da dieta por A tolerância induzida por via nasal na doença de Crohn Vários estudos têm mostrado a eficácia da administração de auto-antígenos pelas vias mucosas (oral e nasal) na prevenção e tratamento de modelos experimentais de doenças auto-imunes (encefalomielite experimental alérgica, artrite, diabetes, uveíte, miastenia) e doenças inflamatórias crônicas (alergia, aterosclerose e outras). O mecanismo envolvido seria a geração de células Treg (CD4+CD25+, CD4+LAP+) secretando IL-10 e/ou TGF-b que acompanha a indução de tolerância oral ou nasal (Faria & Weiner, 2006). A identificação do auto-antígeno envolvido na doença não é necessária para a indução de supressão da inflamação local já que qualquer antígeno presente na lesão pode induzir uma supressão cruzada e modular o processo inflamatório (Faria & Weiner, 2005). Assim, uma das proteínas com grande eficácia terapêutica quando administrada por via nasal em modelo experimental de aterosclerose foi a proteína do choque térmico da famíla 60 (hsp60) (Maron et al, 2002). A administração nasal de hsp60 induziu a produção local e sistêmica de IL-10 e TGF-b. Como as hsps são expressas em abundância nos processos inflamatórios, elas são bons alvos para a imunomodulação em doenças inflamatórias crônicas. Recentemente, um dos grupos do iii mostrou que peptídeos da região C-terminal da hsp60 humana apresentam propriedades potencialmente reguladoras estimulando a produção de IL-10 por monócitos do sangue periférico de pacientes submetidos a transplantes renais e de indivíduos normais (Caldas et al, 2006). A produção de outras citocinas anti-inflamatórias como TGF-β não foi avaliada nesse trabalho. Pretendemos utilizar tais peptídeos no tratamento por via nasal em camundongos IL-10-/- antes e durante o desenvolvimento da colite para estudar se esse tratamento é capaz de modular o desenvolvimento da doença e se essa possível imunomodulação poderia envolver, nesses animais deficientes em IL-10, a produção de outras citocinas como TGF-β ou de células Treg (CD4+CD25+Foxp3+, CD4+LAP+) que exercem sua atividade reguladora pelo contato celular. Um outro agente imunomodulador também descrito como eficaz pela via mucosa (oral) são as imunoglobulinas policlonais (IgP). A administração oral de IgP em 17 camundongos com síndrome do anticorpo fosfolipídeo experimental (Krause et al, 2002) e em camundongos com fator reumatóide experimental (Maier et al, 2007) mostrou a ação inibitória desse composto na indução de ambas as condições experimentais. As imunoglobulinas policlonais humanas tem sido utilizadas por via intravenosa para o tratamento de imunodeficiências humorais. Conhecido como imunoglobulina intravenosa (IgIV), esse composto de IgG é preparado a partir do fracionamento do plasma de 10 a 20 mil doadores saudáveis após controle de banco de sangue para infecções. A utilização de IVIg para o tratamento de púrpura trombocitopênica imunológica inaugurou sua utilização em condições autoimunes e hoje este composto é utilizado em mais de 100 doenças diferentes que incluem doenças autoimunes, infecções crônicas e agudas. Os mecanismos que explicam a ação imunomoduladora das IgIV incluem o bloqueio dos receptores de Fc (FcγR), modulação da ativação do sistema complemento, modulação de células dendríticas, modulação idiotipo-anti-idiotipo, indução de apoptose de linfócitos B e T (Vani et al, 2008). Pretendemos aliar, nesse estudo, as propriedades imunomoduladoras das IgP às propriedades tolerogênicas da via mucosa (nasal) para testar o efeito do tratamento de camundongos IL-10-/- com preparado de IgP isoladamente ou associado aos peptídeos de hsp60. Um dos problemas no uso das IgP no tratamento de doenças auto-imunes é seu alto custo. No entanto, como a via nasal parece ser tolerogênica para antígenos em concentrações muito baixas, essa seria uma vantagem adicional desse tipo de abordagem. Objetivos: Testar as possibilidades terapêuticas e os mecanismos de ação de duas estratégias potencialmente imunomoduladoras na colite experimental murina e em pacientes com Doença de Crohn: a) a minimização das proteínas da dieta substituindo-as por um complemento dietético composto por aminoácidos em quantidade balanceada, e b) a administração mucosa (nasal) de peptídeos tolerogênicos da hsp60 humana isoladamente ou em associação ou com preparado de imunoglobulinas policlonais (IgP). Estratégia experimental: 1) Administração oral de dieta livre de proteínas inteiras (contendo quantidade equivalente de aminoácidos) em camundongos 129/SeVe IL-10-/- e análise do desenvolvimento da doença e dos parâmetros imunológicos associados (inflamatórios e reguladores). 2) Administração de peptídeos potencialmente reguladores da região C-terminal de hsp60 e/ou preparado de imunoglobulinas policlonais por via mucosa (nasal) em diferentes fases da colite experimental. 3) Análise do efeito desses tratamentos em parâmetros locais e sistêmicos: a) citocinas pró-inflamatórias e reguladoras; b) células T efetoras e reguladoras; 18 B. Estudo Clínico: 4) Estudo clínico envolvendo a elaboração e administração oral de um complemento dietético composto de aminoácidos associado a aplicação de uma dieta minimizada de proteínas em pacientes portadores de Doença de Crohn; análise de parâmetros clínicos e laboratoriais antes e durante a utilização da dieta. 5) Análise, por citometria de fluxo, da presença de células produtoras de citocinas inflamatórias e reguladoras assim como de células Treg entre as células mononucleares do sangue periférico (PBMC) dos pacientes tratados. Metodologia Modelo experimental de colite espontânea: Animais – Camundongos 129/SeVe geneticamente deficientes para IL-10. Os animais serão mantidos no Biotério do Laboratório de Imunobiologia - UFMG em microisoladores. Dietas - A dieta controle contendo 15% de caseína (Cas) como fonte de proteína ou a dieta experimental contendo 15% de aminoácidos (Aa) na mesma proporção da caseína serão feitas com base na dieta padrão para roedores AIN93G (American Institute of Nutrition) em forma de peletes e administradas desde o desmame até o final dos experimentos. Avaliação da colite experimental – Será utilizado um índice clínico baseado nas lesões histológicas apresentadas segundo classificação já descrita (Berg et al, 1996). Parâmetros imunológicos a serem avaliados: a) análise histológica e por imunohistoquímica da mucosa intestinal avaliando a morfologia do intestino, as populações celulares presentes (lâmina própria, linfócitos intraepiteliais e infiltrado inflamatório) e a presença de linfócitos T CD4+, Treg, macrófagos, neutrófilos, células NK e citocinas pró-inflamatórias e reguladoras; b) capacidade de indução de tolerância oral a ovalbumina; c) medida, por ELISA, dos níveis de citocinas inflamatórias (IFN-γ, TNF-α, IL-17, IL-6) e reguladoras (IL-10, TGF-β) em extratos de regiões do intestino delgado e grosso; d) produção de citocinas por células das placas de Peyer (PP), lâmina própria (LP), linfonodos mesentéricos (LM), linfonodo cecal (LC) e baço estimuladas in vitro com anti-CD3/anti-CD28, com hsp60 e com extrato do cólon; e) produção de IgG1, IgG2a e IgA anti-hsp60 e anti-extrato de cólon das classes no soro e de IgA secretória total e específica no muco intestinal; f) análise, por citometria de fluxo, da freqüência de células Treg (CD4+CD25+Foxp3+, CD4+CD25-LAP+) nas PP, LM, LC e baço; Análise da migração de leucócitos para a mucosa intestinal, por microscopia intravital, de camundongos IL-10-/- tratados ou não - A microscopia intravital permite a visualização da microcirculação e análise das etapas do recrutamento de leucócitos. Os animais serão anestesiados, a jugular direita canulada e o mesentério e cólon expostos ao microscópio óptico por transluminescência e epifluorescência. A imagem será levada ao monitor de TV e 19 gravador de DVD, para posterior análise. A interação dos leucócitos com endotélio será registrada pela contagem de leucócitos rolando, aderindo ou transmigrados. Estudo Clínico (a partir dos dados dos ensaios pré-clínicos em camundongos): Pacientes – indivíduos entre 25-45 anos portadores de Doença de Crohn selecionados pelo Serviço de Gastroenterologia do Hospital das Clinicas da UFMG. O critério diagnóstico para inclusão no estudo será, além da anamnese e exame clínico, os exames laboratoriais (hemograma, pesquisa de anticorpos séricos ASCA e p-ANCA) e a colonoscopia com biópsia confirmatórias da doença. Serão excluídos do estudo indivíduos portadores de doenças degenerativas, doenças cardíacas (especialmente arterosclerose) assim como de outras doenças auto-imunes (lúpus, diabetes, esclerose múltipla, artrite reumatóide). Tratamento – os pacientes receberão orientação dietética visando a minimização do conteúdo de proteínas na dieta e a adesão a essa dieta será monitorada semanalmente por uma nutricionista. Eles receberão diariamente um complemento dietético (em forma de comprimido) composto por mistura balanceada de aminoácidos capaz de suprir as necessidades diárias. O grupo controle permanecerá em dieta nutricionalmente controlada mas com proteínas recebendo placebo como complemento. A medicação dos pacientes será mantida sem alterações nessa primeira fase do estudo. Avaliação da evolução da doença - Os pacientes serão avaliados mensalmente durante 2 anos para os parâmetros: a) história clínica, sinais e sintomas (peso, diarréia, muco ou sangue nas fezes, dor abdominal, febre, nåuseas, vômitos); b) colonoscopia com biópsia de 6 em 6 meses; c) exames laboratoriais (hemograma, ASCA e p-ANCA). Parâmetros imunológicos a serem avaliados no sangue: a) medida das citocinas TNF-α, IL-6, IFN-γ, IL-10 e TGF-β; b) análise, por citometria de fluxo, da freqüência de células T CD4+ IFN-γ+, IL-10+, IL-4+, TNF-α+ e de células Treg CD4+CD25+Foxp3+, CD4+CD25-LAP+). Equipe: Pesquisadores do iii: Ana Maria Caetano de Faria – ICB-UFMG (Coordenadora) Verônica Coelho – InCOR-FMUSP Colaboradores Nacionais: Denise Carmona Cara – ICB-UFMG Vitor Pordeus – Hospital Pró-Cardíaco – RJ Joana Ferreira do Amaral - UniBH-MG José Renan da Cunha Melo – Faculdade de Medicina-UFMG Colaboradores Internacionais: 20 Donna Marie MacCafferty – University of Calgary, Calgary, Canadá Yehuda Shoenfeld – TelAviv University, Tel Aviv, Israel Estudantes de Pós-Graduação: Ana Cristina Gomes (Doutorado– UFMG) Josiely de Paula Silva (Mestrado- UFMG) Hugo Guieiro (Mestrado–UFMG) Pós-Doutorado: Tatiani Uceli Maioli –UFMG 21 B. HIV-AIDS Mais de vinte milhões de pessoas já morreram vítimas da infecção pelo HIV, a maioria em países em desenvolvimento. No Brasil, há uma estimativa de 600.000 pessoas que vivem com HIV. Sem dúvida, a pandemia provocada por esse vírus é uma das maiores que a humanidade já conheceu. A interação entre HIV e hospedeiro é extremamente complexa e sob contínua investigação científica. Por constituir-se em um vírus que tem como alvo uma das principais células do sistema imunológico, o linfócito T CD4+ (Dalgleish, 1984; Klatzmann, 1984), as conseqüências da infecção levam a progressivo colapso dos mecanismos de defesa do hospedeiro, tornando-o susceptível às doenças oportunistas. O progresso nos últimos anos ocorrido no conhecimento dos mecanismos fisiopatogênicos da infecção e o estudo da resposta imunológica em doenças infecciosas, particularmente causadas por patógenos intracelulares, é impressionante. Provavelmente conhecemos mais sobre a infecção pelo HIV do que sobre a maioria dos agentes infecciosos causadores de doenças infecciosas em humanos. Os avanços ocorreram em todos os frontes da imunologia, incluindo a resposta inata, resposta adquirida, tanto humoral quanto celular, métodos de mensuração da qualidade e magnitude do funcionamento do sistema imunológico e estabelecimento de conceitos e estratégias para interferir na capacidade do hospedeiro para combater microorganismos agressores. A forma pela qual o hospedeiro combate a infecção pode ser bastante diversa dependendo de multiplos fatores, que incluem a virulência da estirpe infectante e a magnitude da resposta imunológica do indivíduo. De fato, mesmo pessoas infectadas pela mesma fonte podem apresentar curso clínico diferente (Liu, 1997). O repertório genético da pessoa pode interferir no prognóstico da infecção, como representado pelo diferente controle da replicação viral dependendo do haplotipo do antígeno principal de histocompatibilidade (human leukocyte antigen – HLA) de diferentes grupos de indivíduos. Entretanto, até hoje não sabemos como humanos podem se proteger eficientemente contra a infecção pelo HIV e contra o desenvolvimento da AIDS. Suspeita-se que os diferentes braços da resposta imunológica contribuam para o combate ao vírus, mas não foi possível identificar como podemos determinar se este combate se dará de forma eficiente. A falta de marcadores de proteção dificultam a assistência e o emprego de medidas que fortaleçam o sistema imunológico em pessoas infectadas e o desenvolvimento de vacinas preventivas e terapêuticas. Apenas uma vacina realmente eficaz poderá impedir o custo social e econômico das mortes por HIV/AIDS em países, uma vez que a terapia antiretroviral não é acessível para a grande maioria. Grande parte das vacinas testadas até o momento é baseada em vetores virais ou recombinantes. Infelizmente, nenhuma das vacinas que chegaram a ensaios clínicos em seres humanos demonstrou proteção, incluindo a vacina com adenovirus 5 (Watkins et al. 2008). Isto significa que esforços são cada vez mais necessários para melhorar a eficácia das novas vacinas. Estudos recentes têm sugerido que o modelo de 22 desafio com SIV (virus da imunodeficiência símia) heterólogo em macacos Rhesus indianos parece ser o mais semelhante à infecção humana, especialmente quando a infecção se dá por doses baixas repetidas via mucosa, e somente aquelas vacinas candidatas que promoverem proteção no modelo primata com desafio com SIV devem progredir para ensaios de prova de conceito (fase 2b); com efeito, o imunógeno análogo ao usado no ensaio Merck (Ad5-SIVgag-pol-nef) não promoveu proteção em primatas/SIV, o que prenunciaria sua falha em humanos. Resultados preliminares do grupo de David Watkins (USA) têm mostrado que imunizações onde há indução de resposta CD4+ na fase aguda têm-se associado a controle da replicação viral. A grande variabilidade genética do HIV, assim como a diversidade imunogenética do hospedeiro humano, geram um desafio adicional, já que o imunógeno tem que proteger indivíduos geneticamente heterogêneos contra diferentes isolados virais. Anticorpos neutralizantes, linfócitos T CD4+ e T CD8+ desempenham um importante papel na imunidade contra o HIV (revisto por Gandhi & Walker, 2002). Embora saiba-se que anticorpos neutralizantes são capazes de prevenir a infecção pelo HIV, até o momento não foi possível a produção de um imunógeno capaz de induzir elevados títulos de anticorpos que neutralizem isolados diversos de HIV (revisto por Letvin, 2005). Embora vacinas indutoras de imunidade celular não confiram imunidade estéril, elas podem diminuir a viremia inicial e prevenir a destruição maciça e precoce de células T CD4+ de memória, além de reduzir a transmissão em consequência da redução da carga viral (Johnston & Fauci, 2007). O efeito antiviral da resposta de linfócitos T CD8+ citotóxicos anti-HIV se dá pela eliminação das células infectadas, e a produção de quimiocinas β, como MIP-1α, MIP-1β e RANTES, que ligam-se aos co-receptores do HIV nas células CD4+ bloqueando a entrada do vírus (revisto por Gandhi & Walker, 2002). A depleção dos linfócitos T CD8+ com posterior infecção com SIV levou a uma replicação viral descontrolada e acelerada mortalidade (Schmitz et al., 1999). Em modelos de infecção em primatas, as imunizações direcionadas à indução de respostas T CD8+ reduzem a carga viral (Letvin, 2005). Já os linfócitos T CD4+ HIV-específicos têm papel fundamental na atividade dos linfócitos T CD8+, através de auxílio na indução e/ou manutenção das respostas dessas células (Hogan & Hammer, 2001). O controle da replicação do HIV-1 foi associado a uma vigorosa resposta linfoproliferativa HIV-1 específica em pacientes infectados (Rosenberg et al., 1997), que são um fator de bom prognóstico na infecção pelo HIV (Pancré et al., 2007). Foi observado que imunização capaz de preservar as células T CD4+ de memória (Mattapallil et al., 2006) leva a uma sobrevida + aumentada após desafio de primatas com SIV (Letvin et al., 2006). Ademais, células T CD4 , HIV- específicas podem ter atividade citolítica direta a células expressando p24 do HIV (Norris et al., 2004). A despeito da importância das respostas T CD4+ anti-HIV, pouca atenção tem sido dada à identificação de epítopos do HIV-1 reconhecidos pelos linfócitos T CD4+, ou sua utilização em imunógenos (Fonseca et al. 2006). Dado o seu papel fundamental, como delineado acima, epítopos apropriados do HIV-1 reconhecidos pelas células T CD4+ devem ser parte essencial de potencial vacina. Neste projeto, nos propomos 23 a estudar aspectos da imunopatogênese, incluindo resposta inata e adaptativa, do desenvolvimento de novos imunógenos, e explorar novas estratégias de intervençao terapeutica contra o HIV e a AIDS. Subprojeto 1. Estudos de imunopatogênese da infecção pelo HIV. Vamos realizar diferentes projetos para elucidar aspectos da imunopatogênese da infecção pelo HIV na população brasileira, especificamente nas pessoas que vivem com HIV em São Paulo. Temos acesso a duas importantes atividades que são fonte das amostras necessárias para os estudos. A primeira é a Casa da AIDS, ambulatório para pessoas que vivem com HIV coordenado pelo Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da FMUSP, com 3000 pacientes em seguimento ativo e com toda a base de informações já informatizada. A segunda é uma coorte de pacientes recém-infectados pelo HIV-1, com 270 voluntários que começaram a ser arrolados em 2002, dos quais são disponíveis amostras de células vivas, soro, plasma e material nucléico obtidas em intervalos de três meses. Subprojeto 2. Desenvolvimento de novos imunógenos. Um dos principais focos de nosso grupo será estudar novas estratégias de desenvolvimento de vacinas anti-HIV, em consonância com o recém aprovado Plano Brasileiro de Vacinas para HIV. Propomos já realizar o primeiro estudo fase I com um produto brasileiro e avançar em pelo menos duas outras estratégias, como será descrito abaixo. Acreditamos que temos todos os elementos para contribuir com esse importante esforço, tanto como iniciativa genuinamente brasileira, como em colaboração com importantes centros de pesquisa internacionais. Subprojeto 3. Explorar novas estratégias de intervenção terapêutica. Continuam os desafios para decifrar os mecanismos que são associados com prognóstico mais favorável após a infecção pelo HIV. Nessa etapa, iremos desenvolver um projeto para estudar pessoas cronicamente infectadas que progridem lentamente ou não progridem para AIDS. Também iremos realizar estudo longitudinal visando avaliar se a presença de resposta imune a epitopos mutantes da protease do HIV está associada a um melhor controle da carga viral em pacientes sob inibidores da protease Plano de trabalho Subprojeto 1. Estudos de imunopatogênese da infecção pelo HIV. Abaixo, são delineados os projetos a serem conduzidos nos próximos anos. Como indicado, alguns deles já possuem financiamento, mas se beneficiarão da estrutura das plataformas do iii, e outros serão financiados pelo projeto proposto. Objetivo 1. Decifrando a genética e a função KIR na infecção recente pelo HIV-1 pela bioinformática. Nosso objetivo a longo prazo é desenvolver novos métodos imunológicos para a prevenção e o controle da infecção pelo HIV-1. Nossa intenção nesse projeto é 24 mapear as variações genéticas dos receptores KIR (killer Ig-like receptor) e então comparálas a marcadores da doença e à função das células NK, em uma coorte de adultos recéminfectados pelo HIV-1. Esses receptores são reguladores potentes e polimórficos das células Natural Killer (NK) que se ligam aos alelos do HLA classe I. Ativas antes das respostas de células T, as células NK são um componente efetor da resposta imune inata de ação rápida e podem ter um papel fundamental no combate ao HIV-1. Suas funções são controladas por um grupo de moléculas regulatórias de superfície, entre as quais se destacam os polimórficos receptores KIR. Nosso trabalho pretende mapear as vias pelas quais as respostas das células NK podem ser moduladas para gerar um novo mecanismo de proteção contra o HIV-1. Nós seqüenciaremos os HLA A, B e C e então compararemos, com o auxílio da bioinformática, os tipos de HLA e KIR à função das células NK (IFN-g e CD107a em células alvo da linhagem 721.221, de maneira pontual) e a marcadores da doença causada pelo HIV-1, em um estudo com 1500 adultos. Trata-se de um projeto colaborativo entre a UCSF (Jason Barbour), envolvendo as coortes de recém-infectados pelo HIV de San Francisco (Frederick Hecht), Nova Iorque (Martin Markowitz), Montreal (J.P. Routy) e São Paulo (Esper Kallas). Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Esper G. Kallás – FMUSP Estudantes Priscilla Costa – Doutorado Pós-doutoranda Mariana Mellilo Sauer – FMUSP Técnico superior Helena Tomiyama – FMUSP Cláudia Tomiyama – FMUSP Colaboradores internacionais Jason Barbour – Universidade da Califórnia, San Francisco, EUA Frederick Hecht – Universidade da Califórnia, San Francisco, EUA Martin Markowitz – Aaron Diamond AIDS Research Center, Nova Iorque, EUA J.P. Routy – Montreal General Hospital and McGill University Health Centre, Canada Objetivo 2. Resposta Vif-específica mediada por células T CD8+ em indivíduos que controlam a replicação do HIV. Descobriu-se recentemente que respostas mediadas por células T CD8+ específicas para Nef e Vif, em macacos indianos, são capazes de controlar a replicação viral da cepa altamente patogênica SIVmac239. Enquanto Nef e Gag têm sido 25 considerados no desenvolvimento de vacinas, Vif não tem sido utilizado como um imunógeno vacinal até o momento. Iremos explorar, portanto, se linfócitos T CD8+ Vifespecíficos de pacientes capazes de controlar a replicação viral respondem a peptídeos de tamanho mínimo e características ótimas, usando para isto marcação de citocinas intracelulares (CIC) por Citometria de Fluxo e ELISPOT. Iremos ainda determinar, por meio do novo Ensaio de Supressão Viral (ESV), se respostas mediadas por linfócitos T CD8+ Vifespecíficos controlam a replicação viral. Estes estudos irão conduzir à definição de um alvo adicional para respostas imunes induzidas por vacinas. Atualmente, Env, Gag, Pol e Nef estão sendo usados em estudos envolvendo humanos, mas Vif não tem sido considerado. Se pudermos demonstrar que linfócitos T CD8+ específicos para Vif têm um papel relevante no controle da replicação viral, Vif poderia ser incluído como um importante alvo vacinal. Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Esper G. Kallás – FMUSP Aluísio Augusto Cotrim Segurado – FMUSP Estudantes Maria Teresa Maidana Giret – Doutorado Nancy Gouvea – Doutorado Elkin Hernán Bermudez – Doutorado Leandro Tarosso – Mestrado Pós-doutoranda Mariana Mellilo Sauer – FMUSP Técnico superior Helena Tomiyama – FMUSP Cláudia Tomiyama – FMUSP Colaboradores internacionais David I. Watkins – Universidade de Wisconsin, EUA Objetivo 3. Resposta imune celular contra epítopos crípticos na AIDS. Com o objetivo de se elaborar uma vacina contra aids efetiva na indução de resposta por células T CD8+, é importante entender a resposta completa contra o vírus. Apesar dos muitos anos de esforços neste sentido, torna-se claro que a extensão total da resposta exercida por células T CD8+ não é completamente compreendida. Nós descobrimos recentemente que as respostas de células T CD8+ contra epítopos crípticos, derivados de uma seqüência alternativa de leitura do gene env, foi potente em controlar a replicação e selecionar o escape viral. Desde então, nós temos observado que o reconhecimento de epítopos crípticos é uma ocorrência na infecção por SIV. Baseados nestes dados, nós levantamos a hipótese de que o 26 reconhecimento de epítopos crípticos é uma ocorrência normal e importante na infecção pelo vírus causador da aids. Aqui, nós propomos uma série de experimentos que visam avaliar o papel da resposta específica contra epítopos crípticos no controle da replicação do vírus causador da AIDS. No segmento de estudos da infecção por SIV, nós examinaremos a extensão total da resposta específica a epítopos crípticos pelo mapeamento da resposta contra peptídeos sobrepostos, os quais cobrem todos os cORFs do genoma SIVmac239 de macacos infectados com SIV. No segmento de estudos da infecção por HIV, nós avaliaremos 5 seres humanos, infectados pelo HIV no Brasil, em fase aguda de infecção, quanto a resposta contra epítopos crípticos restritos aos HLA mais comuns da coorte. Nós também avaliaremos 10 seres humanos, infectados pelo HIV, controladores de elite da coorte de São Francisco, quanto à resposta contra epítopos crípticos restritos ao HLA-B57 e HLA-B27. Os resultados destes estudos nos dirão se haverá a continuidade para a fase do projeto em primatas, descrita abaixo. Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Esper G. Kallás – FMUSP Estudantes Marisa Hong – Doutorado Maria Teresa Maidana Giret – Doutorado Nancy Gouvea – Doutorado Elkin Hernán Bermudez – Doutorado Leandro Tarosso – Mestrado Pós-doutoranda Mariana Mellilo Sauer – FMUSP Técnico superior Helena Tomiyama – FMUSP Cláudia Tomiyama – FMUSP Colaboradores internacionais David I. Watkins – Universidade de Wisconsin, EUA Nicholas Maness – Universidade de Wisconsin, EUA Douglas F. Nixon – UCSF Subprojeto 2. Desenvolvimento de novos imunógenos A identificação e análise de epitopos de linfócitos T e B tem sido um dos principais focos de nosso grupo de pesquisa nos últimos anos (Rizzo et al., 1989; Cunha-Neto et al., 1994,1995, 1996; Abel et al., 1997, 2005; Duranti et al., 1999; Iwai et al., 2001, 2005; 27 Fonseca et al. Microb.Infect 2005; Loffredo JV 2007, Loffredo PloS One 2007). A utilização do algoritmo TEPITOPE, capaz de predizer a ligação promíscua a múltiplas moléculas de MHC classe II (Sturniolo et al., 1999) tem possibilitado ao nosso grupo selecionar epitopos freqüentemente reconhecidos pelos linfócitos T CD4+ nas proteínas imunodominantes obtidas de vários patógenos e alvos de doenças auto-imunes (Iwai et al., 2003; Toscano et al., 2004; Toscano C et al., 2005, Damico FM et al., 2005; Rosa DS et al. 2006; Garcia et al. 2008). No contexto do iii, nós escrutinamos regiões altamente conservadas da seqüência de consenso do genoma total do HIV-1 subtipo B (http://HIV-1-web.lanl.gov/content/index) para ligação promíscua a moléculas HLA-DR utilizando o algoritmo TEPITOPE. Foram selecionados 18 epitopos, dos quais 11 ainda não descritos. Esta propriedade foi confirmada por ensaios de ligação HLA-DR-peptídeo. Cada um dos 18 peptídeos selecionados foi reconhecido (ELISPOT IFN-gama) por células mononucleares de pelo menos 18% dos pacientes em diferentes estágios da infecção por HIV. Significantemente, 91% (29/32) dos pacientes reconheceram pelo menos um dos 18 peptídeos (FONSECA et al. 2006), reconhecendo em média 5 peptídeos distintos. Observamos que células T CD4+ e CD8+ de memória central e efetora eram as principais populações respondedoras aos peptídeos (dados não publicados). Os dados sugerem que os peptídeos são naturalmente apresentados durante a infecção pelo HIV-1. Consideramos as características dos epitopos como uma base promissora para uma vacina capaz de produzir uma resposta com amplitude e cobertura significativas sobre a disparidade HLA das populações altamente heterogêneas, e talvez permitir uma imunização cruzada entre os clados do HIV, já que as sequências são altamente conservadas entre subtipos distintos (Fonseca et al. 2006). Os peptídeos e seus usos imunobiológicos foram patenteados (INPI PI0504117-1, USPTO, EPO) inventores EDECIO CUNHA-NETO, JORGE KALIL, SIMONE GONÇALVES DA FONSECA, Depositantes FAPESP, USP e Fundação Zerbini,“Epitopos, combinação de epítopos, usos de epítopos ou sua combinação, composição, usos da composição, vacinas profiláticas antiHIV-1, vacinas terapêuticas, método para a identificação de epítopos e métodos para o tratamento ou prevenção”. Ainda no âmbito do Instituto de Investigação em Imunologia 20052008, construímos vacinas de DNA onde um inserto codificando os 18 epitopos, com espaçadores, construído com otimização de códons, foi introduzido em um plasmídeo pVAXd 1 (pVAX-HIVBr18). Camundongos BALB/c (H-2 ) imunizados com o pVAX-HIVBr18 apresentaram resposta significativa à construção, que foi capaz de induzir proliferação de + + linfócitos T CD4 e CD8 , e geração de células T produtoras de IFN-gama, IL-2 e TNF-alfa polifuncionais a múltiplos peptídeos que fazem parte da construção, numa resposta multiepitópica. Além disso, avaliamos a imunogenicidade do DNA multiepitópico pVAXHIVBr18 em camundongos transgênicos para diversas moléculas de HLA de classe II humanas (DR2, DR4, DQ6 e DQ8). Observamos que as linhagens apresentaram linfócitos produtores de IFN-γ específicos para o pool de peptídeos do HIV-1 e conjuntos diferentes de peptídeos. Nas 5 linhagens de camundongos houve reconhecimento de 17 dos 18 epitopos codificados pela vacina. Estes resultados sugerem que o DNA multiepitópico pVAX-HIVBr18 28 é capaz de induzir uma resposta imune multialélica. Essa propriedade, em conjunto com a observação de uma resposta multifuncional, e a indução de significativa população de linfócitos T CD4+ e CD8+ de memória central, sugere que o pVAX-HIVBr18 é um imunógeno promissor. Abaixo são descritos projetos que envolvem o desenvolvimento de imunógenos para prevenção da transmissão do HIV-1. Objetivo 1. Vacina anti-HIV de epitopos promíscuos de classe II: O iii vem trabalhando no desenvolvimento de nova vacina candidata anti-HIV que se baseia na estratégia de imunizar com plasmídios de DNA codificando epitopos promíscuos, reconhecidos por diferentes moléculas MHC classe II. Os resultados de imunogenicidade obtidos na fase pré-clínica mostraram-se extremamente promissores. Propomos desenvolver estudo clínico fase I, cego, randomizado com placebo, com escalonamento de doses, para avaliar a segurança, tolerância e imunogenicidade do produto em pessoas de baixa vulnerabilidade à infecção pelo HIV-1. O projeto terá o seguinte delineamento: Objetivos: Avaliar a segurança, tolerância e imunogenicidade da vacina de DNA baseada em epitopos classe II. População estudada: Voluntários saudáveis, de 18 a 50 anos, com baixa vulnerabilidade de se infectar pelo HIV. Avaliação primária: presença de eventos adversos relacionados a vacina. Avaliação secundária: resposta imunológica celular contra os epitopos do HIV codificados na vacina, tanto reconhecidos por linfócitos T CD4+ como CD8+. Aqui utilizaremos ensaios de ELISPOT para IFN-γ e ensaios de citometria de fluxo com detecção de citocinas intracelulares. Características do estudo: Estudo fase I, prospectivo, cego, com escalonamento de doses, aleatorizado, controlado com placebo. Todos os voluntários serão seguidos por pelo menos 4 anos após o início das vacinações. Planejamento: Os voluntários serão aleatorizados em três grupos de 12 participantes. Cada grupo terá três voluntários recebendo placebo e nove recebendo a vacina. A dose da vacina será escalonada em forma seqüencial em cada grupo em doses de 2mg, 4mg e 8mg da vacina pVAX (pVAX-HIVBr18). Cada participante receberá 3 doses, com intervalos de 2 meses. O escalonamento para a seguinte dose da vacina dependerá da avaliação dos dados de segurança após a segunda dose de cada grupo por parte de um Conselho Independente de Monitoramento de Segurança de Dados (DSMB, em inglês). Vacina de estudo: vacina de DNA, construída em plasmídeo pVAX (pVAX-HIVBr18), contendo inserto codificando com otimização de códons - 16 epitopos promíscuos preditos in 29 silico e testados em estudos pré-clínicos com sucesso. Os epitopos são reconhecidos por múltiplas moléculas MHC classe II, codificados por alelos HLA-DR humanos. Critérios de inclusão e exclusão: voluntários saudáveis de 18 a 50 anos, com pelo menos 50Kg, com baixo risco de infecção pelo HIV, sem infecção pelo HIV, HBV, HCV e HTLV, sem problemas médicos que impliquem em qualquer alteração da resposta imunológica, inclusive, mas não restritos a, imunodeficiências primárias, uso de corticóide, uso de medicação imunossupressora, uso de quimioterapia; não serão incluídos mulheres grávidas ou em lactação, homens ou mulheres que planejem ter filhos nos próximos 2 anos, pacientes com diagnóstico de neoplasia (exceto carcinoma baso ou espinocelular de pele, sem evidências de disseminação local ou sistêmica), tenha participado em estudo prévio de vacina anti-HIV (a menos que tenha sido incluído no grupo placebo), tenha histórico de abuso de sustâncias psicoativas nos últimos 5 anos e que se recuse a assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Acompanhamento: os voluntários arrolados serão submetidos a visitas clínicas, testes sorológicos e de segurança básicos (hematologia e bioquímica), assim como coleta de amostras periódicas para testes de resposta imunológica celular e armazenamento de amostras em repositório. As visitas terão intervalos de 4 a 12 semanas nos primeiros 18 meses, passando a 24 semanas de intervalo a seguir. Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Esper G. Kallás – FMUSP Edécio Cunha-Neto – FMUSP Estudantes Susan Ribeiro – Doutorado Pós-doutorandos Daniela Santoro Rosa – FMUSP Equipe da Unidade de Pesquisa Clínica Coordenador Clínico: Ricardo Palacios Administradora: Maria Candida Dantas Assuntos Regulatórios: Zelinda Nakagawa, Issler Silva Médicos: Mariana Sauer, Fábio Leal, João Miraglia Enfermeiras: Laís Magalhães, Maria Emília Campos Farmacêuticas: Lígia Correa, Maria Teresa Maidana, Giret, Andréa Pinheiro Educador Comunitário: Ricardo Gambôa Aconselhadores: Flávia Penacchin, Daniel Bertevello 30 Gerenciadores de dados: Ricardo Russo, Angela Lima Laboratório: Helena Tomiyama, Leandro Tarosso, Fernanda Bruno Objetivo 2. Desenvolvimento de nova vacina candidata contra o HIV construída com o vírus vacinal da febre amarela. Tem sido observado que esquemas de imunização com vacina de DNA seguido por reforço com vetor viral recombinante (prime-boost) são mais imunogênicos que a vacina de DNA isoladamente, em primatas e seres humanos. Outros trabalhos têm sugerido que vetores virais replicantes têm uma imunogenicidade ainda maior. Dentre esses, um dos mais promissores é o vírus YF17D, da vacina da febre amarela. O YF17D, uma das vacinas mais eficazes no homem, confere proteção a 98% dos vacinados por 10 anos, e memória por até 35 anos, podendo albergar e expressar epitopos exógenos de forma estável e imunizante em algumas regiões, como a região intergênica E/NS1 (Bonaldo MC et al. Virol J. 2007;4:115; Tao D et al. J Exp Med. 2005;201(2):201-9). O virus YF17D é uma vacina replicativa, que induz respostas imunes intensas de linfócitos T CD4+ e CD8+. A vacina é barata e aplicada em dose única, com metodologia de produção e procedimentos de controle de qualidade bem estabelecidos e perfil de segurança bem conhecido, após muitos milhões de doses administradas por várias décadas. Nesse projeto, iremos desenvolver um novo protótipo de vacina contra o HIV baseada no vírus vacinal da febre amarela, cepa 17D. O vetor vacinal YF17D receberá segmentos de DNA codificando (com otimização de códons) epitopos promíscuos do HIV também utilizados na vacina de DNA descrita no projeto anterior. Avaliaremos a imunogenicidade da vacina isoladamente e em comparação à imunização com o DNA, ou em esquemas de prime-boost com DNA e YF17D-HIV recombinante, em camundongos BALB/c e transgênicos. Monitoraremos as respostas imunes 15, 90 e 180 dias após a última imunização com ELISPOT IFN-gama e IL2, produção de citocinas intracelulares IFN-gama, IL-2 e TNF-alfa, proliferação e fenótipo de memória. Com a colaboração do Prof. David Watkins, avaliaremos em seguida a imunogenicidade de vacinas YF17D recombinantes, construídas com epitopos do SIV (Simian immunodeficiency vírus), cepa SIVmac239, também previstos com o algoritmo TEPITOPE. Também será construída uma vacina de DNA SIVmac239, codificando os mesmos epitopos. Macacos rhesus receberão as vacinas YF17D-SIV recombinantes, isoladamente e em comparação à imunização com o DNA, ou em esquemas de prime-boost com DNA-SIVmac239 e YF17D-SIVmac239. A imunogenicidade será avaliada como descrito para os camundongos. Primatas imunizados com as vacinas SIVmac239 receberão desafio com cepa virulenta heteróloga SIVmac251, e avaliaremos a proteção seguindo a carga viral, o número de células T CD4+/mm3 ao longo das etapas aguda e crônica da infecção, e a sobrevida. Equipe Pesquisadores do iii 31 Responsável: Edécio Cunha-Neto – FMUSP Esper G. Kallás – FMUSP Luiza Guilherme – FMUSP Jorge Kalil – FMUSP Estudantes Susan Ribeiro – Doutorado Pós-doutorandos Daniela Santoro Rosa – FMUSP Objetivo 3. Teste de vacina baseada em epitopos crípticos. Na continuidade da proposta “Resposta imune celular contra epítopos crípticos na AIDS”, na fase com primatas, o estudo do modelo de macaco / SIV envolverá a vacinação de animais com rBCG carreando as proteínas de interesse e reforço com Shigella atenuada expressando cORFs imunogênicos determinados na fase R21. Estes animais serão desafiados com SIVmac239 e a resposta imunológica e o controle viral avaliados. No estudo da infecção pelo HIV da fase R33, nós avaliaremos 10 controladores de elite da coorte de São Francisco quanto a resposta contra peptídeos sobrepostos representando todo o cORF do consenso B. Nós testaremos também 5 pacientes da coorte brasileira quanto a resposta contra peptídeos representantes da seqüência viral autóloga de cada paciente. Desta forma, resumidamente, os objetivos deste estudo são: 1. Determinar a contribuição que as respostas contra epítopos crípticos exercem sobre a resposta imune total específica ao vírus da AIDS. 2. Determinar a habilidade da resposta imune contra epítopos crípticos induzida por vacina em controlar a replicação viral. Esse projeto é fruto de uma colaboração entre os Profs. Esper Kallás, David Watkins (U. Wisconsin) e Douglas Nixon (UCSF) e foi submetido ao National Institutes of Health para solicitação de financiamento. Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Esper G. Kallás – FMUSP Estudantes Marisa Hong – Doutorado Maria Teresa Maidana Giret – Doutorado Nancy Gouvea – Doutorado Elkin Hernán Bermudez – Doutorado Leandro Tarosso – Mestrado Pós-doutoranda Mariana Mellilo Sauer – FMUSP 32 Colaboradores internacionais David I. Watkins – Universidade de Wisconsin, EUA Nicholas Maness – Universidade de Wisconsin, EUA Subprojeto 3. Explorar novas estratégias de intervenção terapêutica. A identificação de possíveis fatores de proteção do hospedeiro contra a evolução adversa da infecção pelo HIV, em indivíduos com evolução favorável, é importante para o desenvolvimento de futuras opções terapêuticas para o tratamento da infecção pelo HIV. Ademais, esses fatores associados à boa evolução podem-se transformar em “correlatos de proteção”, ou seja, fenotipos imunológicos a serem investigados em ensaios de vacinação. Considerando que o principal fenótipo dos pacientes progressores lentos ou LTNP é a manutenção de altos níveis de linfócitos T CD4+ por muitos anos, mecanismos que promovam a sobrevivência celular e resistência à apoptose de células mononucleares/CD4+ (resistência aliás já descrita entre progressores lentos, Bottarel et al. 2001) podem estar envolvidos. O surgimento recente de métodos “high-throughput”, como por exemplo, “DNA arrays” que permitem o estudo simultâneo da expressão diferencial do genoma humano completo, permite acelerar o descobrimento de fatores intrínsecos do hospedeiro que leva a uma progressão lenta da doença. Também no contexto do Instituto de Investigação em Imunologia, 2005-2008, foi realizada análise do perfil de expressão gênica, comparando pacientes HIV+ progressores lentos (LTNP) e pacientes sob tratamento anti-retroviral recuperados (CD4>500 cels/mm3) em relação a controles sadios, utilizando o microarray Codelink, que avalia a expressão de 55.000 genes. Observamos que 36 genes se encontravam regulados positivamente e 60 negativamente regulados de forma exclusiva em pacientes LTNP. Dentre estes genes, 22 genes relacionados a sobrevivência celular, apoptose ou vias imunológicas foram selecionados para validação da expressão diferencial por PCR em tempo real. Observamos por PCR em tempo real um aumento na expressão gênica dos genes IL-8 e HIG2, gene induzido por hipoxia, e uma diminuição da expressão dos genes perforina 1, L-selectina e tripeptidil peptidase I, uma enzima que participa do processamento de peptídeos que são apresentados via MHC classe I, em pacientes LTNP em comparação aos pacientes progressores recuperados. Avaliamos funcionalmente (identificação de estímulos, vias e efeitos) dois genes que foram efetivamente validados como de expressão aumentada entre os LTNP, IL-8 e HIG2 (hypoxia-induced gene 2). O HIG2 é um ligante do receptor frizzled 10, sendo ao mesmo tempo indutor e alvo da via Wnt/beta-catenina, em um sistema de retroalimentação positiva (Togashi et al., 2005). A via Wnt/beta-catenina está envolvida na proliferação celular e resistência à apoptose em célulastronco hematopoéticas e algumas neoplasias. Entre LTNP e outros indivíduos virgens de tratamento com antiretrovirais, observamos associação entre a expressão de HIG2 em PBMC de parâmetros de boa evolução de doença (altos níveis de CD4+, preservação do 3 número de linfócitos T CD4+ acima de 700/mm ) e baixa carga viral, além de correlação 33 negativa com o número de linfócitos T CD4+. Observamos que o tratamento de PBMC de indivíduos soronegativos com cloreto de lítio, um agonista da via beta-catenina, o próprio HIG-2 (peptídeo sintético de 36 aa), e a sua combinação era capaz de induzir a expressão de HIG-2 endógeno. Mais ainda, o pré-tratamento com HIG-2 dobrou a proliferação induzida por anticorpos monoclonais anti-CD3 e anti-CD28. Em conjunto os resultados sugerem que a indução do HIG-2 pode ser um mecanismo homeostático visando à manutenção do número de células T CD4+ à medida que a doença progride e os mecanismos de diminuição de células T CD4+ aumentam de intensidade. Nesse contexto, pretendemos estudar o efeito do uso estável e prolongado de carbonato de lítio em pacientes HIV+ com indicação psiquiátrica, assim como realizar um estudo prospectivo, de fase I, com carbonato de lítio, monitorado com dosagens plasmáticas, em pacientes HIV+ soronegativos. Mais estudos estao sendo realizados para investigar um papel funcional deste e outros genes diferencialmente expressos em pacientes LTNP que possam identificar mecanismos de proteçao a apoptose das celulas T CD4+ e justificar um melhor prognóstico nestes pacientes progressores lentos. Objetivo 1. Identificação de alvos terapêuticos para intervenção na progressão para a AIDS. Estudo de fatores imunológicos e genéticos diferenciais associados ao fenótipo HIV1+ LTNP a) Validação com Real Time RT-PCR dos genes diferencialmente expressos oriundos da análise de expressão gênica diferencial entre pacientes HIV-1+ LTNP, utilizando microarray Codelink de oligonucleotideos de 55,000 genes, b) Investigação funcional dos genes diferencialmente expressos pelo grupo HIV-1+ LTNP no item (a) e posivelmente ligados a sobrevivência de células T CD4+, como o gene HIG2 e a via da beta-catenina, por citometria de fluxo, Western blot indução por agonistas e inibição por antagonistas e siRNA, e ensaios de proliferação e de resistência a apoptose; c) Comparação de parâmetros imunológicos e virológicos de pacientes HIV+ usuários ou não de carbonato de lítio, ativador da via da beta-catenina e da expressão de HIG2; d) ensaio clínico de carbonato de lítio e outros indutores da via da beta-catenina para pacientes portadores de HIV e virgens de tratamento; d) análise imunogenética da associação de genes candidatos na progressão da doença do HIV-1. Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Edécio Cunha-Neto – FMUSP Aluísio Augusto Cotrim Segurado – FMUSP Esper G. Kallás – FMUSP Ester Sabino – FMUSP Estudantes Susan Ribeiro – Doutorado 34 Pós-doutorandos Daniela Santoro Rosa – FMUSP Camila Chaves – FMUSP Mariana Mellilo Sauer – FMUSP Técnico superior Eliane Mairena – FMUSP Colaboradora Nacional Simone Fonseca – FMUSP Rajendranath Ramasawmy-FMUSP Objetivo 2. Resposta contra epitopos mutantes induzidos por inibidores de protease no tratamento do HIV. Além dos epitopos conservados do HIV, no âmbito do iii-2005-2008, identificamos o reconhecimento por células T CD4+ (pela primeira vez) e CD8+ de epitopos da protease do HIV com mutações induzidas por drogas. Na etapa atual, pretendemos estudar se o reconhecimento de epitopos da protease do HIV contendo mutações induzidas por drogas está associado a uma contenção da replicação do vírus mutante, em um estudo longitudinal. Se a associação for comprovada, tais estudos terão relevância para uma possível vacina terapêutica em pacientes que irão se submeter a tratamento com inibidores de protease. Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Edécio Cunha-Neto – FMUSP Aluísio Augusto Cotrim Segurado – FMUSP Esper G. Kallás – FMUSP Amilcar Tanuri – UFRJ Estudantes Natalie G. Müller – Mestrado Pós-doutorandos Edna de Souza – FMUSP Técnico superior Helena Tomiyama – FMUSP Colaborador Nacional Sandra Moraes – FMUSP Luiz Augusto Fonseca – FMUSP Colaborador Internacional Rafick-Pierre Sékaly – Université de Montreal 35 Objetivo 3. Caracterização do potencial neutralizante de Ac anti-HIV obtidos por phage display. Nos últimos anos vêm se acumulando evidências da importância de anticorpos neutralizantes no bloqueio da progressão ou no retardamento de progressão da AIDS. Esse panorama sugere que esforços no sentido da imunoprofilaxia preventiva devem abordar não apenas aspectos da imunidade celular, como também da imunidade humoral (Mascola, 2007). Nesse sentido, vêm sendo testados protocolos de imunoprofilaxia passiva in vivo utilizando-se diversos anticorpos neutralizantes previamente isolados (Veazey et al., 2003). Achados recentes mostram ainda que a infusão destes anticorpos por via intravenosa previne a infecção de mucosas com um vírus de imunodeficiência quimérico símio/humano (SHIV) (Hessel et al., 2007). Os resultados alcançados com primatas não-humanos são animadores, sugerindo que anticorpos com capacidade neutralizante são capazes de bloquear a infecção, via vaginal, impedindo a entrada do vírus, e apontando para a sua utilização tópica, em conjunto, com barreiras mecânicas (Ferrantelli et al., 2004). Os dados experimentais apontam também para a necessidade de se utilizar não apenas um, mas um conjunto de anticorpos neutralizantes, para se conseguir a neutralização de isolados virais de diferentes clãs (Quakkelaar et al., 2007). Os antígenos preferenciais visando a inibição da entrada do vírus na célula-alvo e, conseqüentemente, a sua proliferação, são as proteínas do envelope viral: gp120 e gp41 (Karlsson Hedestam et al., 2008). Dentre estas, se levarmos em questão o fator variabilidade, a gp41 se mostra um alvo mais promissor dada a sua maior conservação dentre os diversos virotipos circulantes. Esses dados em conjunto com achados de títulos de IgA urinária, cérvico-vaginal (Alexander & Mesteckv, 2007) e sérica (Clerici et al, 2002) capazes de neutralizar isolados primários de HIV, nos levaram a propor o isolamento de anticorpos, na forma de Fab com o potencial neutralizante. No trabalho de mestrado desenvolvido por Albuquerque fomos capazes de isolar Ac que se ligam a epitopos de gp41 considerados neutralizantes (Zolla-Pasner et al, 2004). Para tanto, utilizamos uma biblioteca de fragmentos de Ac humanos, previamente construída pelo grupo (Dantas-Barbosa et al., 2005). Quatro anticorpos diferentes foram caracterizados e apresentaram capacidade de reconhecimento do epitopo compreendido entre as posições 575 a 597 da proteína gp160, localizado no domínio descrito como essencial para promover a fusão de envelope viral e a célula–alvo (Zwick et al., 2004). Os quatro genes codificadores de Ac humanos selecionados estão sendo transferidos para vetor de expressão em Pichia pastoris, também desenvolvido por nosso grupo (Burtet et al., 2007) ainda na forma de Fab. Esperamos com isso conseguir expressar proteínas recombinantes suficientes para testar a a capacidade de neutralização destes anticorpos que será medida pela diminuição de títulos virais a partir da infecção de células em cultura. A idéia é conseguir testar a capacidade destes Ac, isoladamente ou em conjunto, de neutralizar diferentes virotipos circulantes no Brasil. Dependendo do resultado esperamos ainda converter, por engenharia genética, alguns desses fragmentos em moléculas de Ac inteiros. 36 Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Andrea Maranhão – UnB Marcelo Brígido – UnB Amilcar Tanuri – UFRJ Aluisio Augusto Cotrim Segurado - FMUSP Edécio Cunha-Neto - FMUSP Estudantes Maria Teresa Maidana Giret – Doutorado Nancy Gouvea – Doutorado Elkin Hernán Bermudez – Doutorado Leandro Tarosso – Mestrado Técnico superior Helena Tomiyama – FMUSP Cláudia Tomiyama – FMUSP Colaboradores internacionais David I. Watkins – Universidade de Wisconsin, EUA 37 C. IMUNODEFICIÊNCIAS Imunodeficiências primárias são doenças relativamente raras que afetam em conjunto 1 em cada mil a dois mil e quinhentos seres humanos. Além do problema social que representam por constituírem doenças crônicas de difícil tratamento e que atingem a crianças e adultos jovens, elas apresentam um alto custo econômico para o pais visto que o tratamento de muitos destes pacientes fica a cargo do Sistema Único de Saúde (SUS) a custos que excedem quatro mil reais por mês (Brandau e Gilbert, 2007). Do ponto de vista científico, estas doenças apresentam-nos um oportunidade única para entendermos o funcionamento do sistema imune em seres humanos. Concentramos os nossos esforços em uma síndrome conhecida por imunodeficiência comum variável (ICV). Esta síndrome é caracterizada por hipogamaglobulinemia e uma variedade de outros fenômenos clínicos como alergias respiratórias e cutâneas, doenças auto-imunes e neoplasias diversas (Yong et at., 2008). Esta gama de possíveis complicações é explicada pela diversidade genética que cerca esta patologia com mais de dez genes descritos em associação com a mesma (Park, et at., 2008, Schaffer et at., 2008, Kopecky e Luksova, 2007) inclusive um descrito recentemente pelo nosso grupo (Kuribayashi et al., 2008), o primeiro defeito genético em imunodeficiências primárias descrito no Brasil e também o primeiro defeito nesta via de secreção de proteínas associada com uma patologia em seres humanos. Atualmente o diagnóstico da ICV é complicado por uma série de fatores e o acompanhamento dos pacientes é pouco personalizado pelas dificuldades em separar as diversas doenças que compõem está síndrome (Spyridakou et al., 2007). Acreditamos que a determinação molecular do defeito envolvido no aparecimento da hipogamaglobulinemia possa justificar as diferentes apresentações clínicas da ICV e conseqüentemente nortear um tratamento individualizado que permitirá uma maior e melhor sobrevida a estes pacientes, alem de proporcionar uma diminuição dos custos para o SUS. Sendo assim pretendemos expandir o estudo genético de todas as alterações conhecidas para todos os 112 pacientes em seguimento atualmente no serviço, portadores de ICV. Também pretendemos estudar outros genes candidatos que ainda não foram claramente associados com ICV em indivíduos representativos de cada um dos grupos de portadores de ICV na nossa coorte. A leptina é um hormônio produzido pelo tecido adiposo que esta envolvido em diversas funções endócrinas associadas com o armazenamento de energia, mas também com a angiogênese, reprodução e a regulação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal. Estudos anteriores do nosso grupo através dos auspícios do iii, nos permitiram identificar uma população de pacientes com ICV cujos linfócitos respondem in vitro à reposição de leptina com a produção de citocinas envolvidas na síntese de anticorpos e diminuição da morte celular programada (Goldberg et at., 2005 e 2008). Este achado nos abre a perspectiva de utilizar a reposição de leptina, uma molécula cujo gene já se encontra clonado e disponível no iii para utilização, como um adjuvante no tratamento da ICV. Para este passo final pretendemos nesta etapa determinar, através da determinação de marcadores laboratoriais, qual é o grupo de pacientes que responde in vitro à reposição de leptina e a partir dai 38 estabelecer inicialmente in vitro e depois in vivo se a leptina também induz a síntese de anticorpos nestes indivíduos. Objetivos 1. Estabelecer o perfil de mutações conhecidas em todos os pacientes portadores de ICV acompanhados dentro do iii. Isto permitirá através do cruzamento com os dados clínicos dos pacientes, estabelecer critérios laboratoriais para acompanhamento destes doentes. O melhor acompanhamento terá resultados sociais (melhor qualidade de vida e maior sobrevida), econômico (menor custo com internações por intercorrências). Também representará um grande avanço científico, visto que estamos em uma condição única no mundo para avaliar a progressão destes pacientes e correlaciona-la com achados laboratoriais. A maior casuística desta descrita tem ICV conta com 252 pacientes (Oksenhendler et at., 2008), descritos em mais de 42 hospitais diferentes. O fato que todos os nossos pacientes são acompanhados há mais de 10 anos pela mesma equipe médica nos brinda com uma consistência de análise clínica inalcançável em outros centros. 2. Estabelecer o perfil de mutações em genes candidatos em todos os pacientes portadores de ICV acompanhados dentro do iii. Isto permitirá novas associações que vão de encontro ao objetivo acima. Neste e no objetivo descrito acima esperamos obter novos testes laboratoriais que auxiliem no diagnóstico e acompanhamento de pacientes portadores de ICV. Não haverá propriedade intelectual envolvida visto que todos os conjuntos de genes que serão estudados já foram identificados, haverá apenas a transferência do conhecimento sobre sua importância em ICV. 3. Determinar as características clínicas e laboratoriais dos pacientes que respondem in vitro a reposição de leptina. A influência da leptina na resposta imune destes pacientes foi descrita por nosso grupo e abre perspectivas interessantes de tratamento adjuvante para a ICV. Alcançar este objetivo nos permitirá iniciar o entendimento dos mecanismos que resultam nesta resposta, assim entendendo melhor a ICV e também a interação imuno-endócrina mediada por este hormônio. 4. Determinar se a reposição de leptina resulta também em uma reaquisição da capacidade de produzir anticorpos nos pacientes responsivos à reposição deste hormônio. Isto permitirá estabelecer o potencial terapêutico desta molécula como coadjuvante à reposição endovenosa de gamaglobulina nestes pacientes. Em caso positivo, a diminuição na quantidade e ou freqüência de administração de imunoglobulina terá um impacto social, diminuindo o risco inerente da utilização deste produto e um custo econômico, diminuindo os dias de absenteísmo no emprego dos pacientes e também os custos do SUS. Em adição a isto, vimos sofrendo com a falta de gamaglobulina no mercado internacional, visto que o Brasil não produz a gamaglobulina que consome, e desta forma qualquer intervenção que diminua a necessidade de seu uso terá impacto imediato. Neste e no objetivo descrito acima esperamos obter um adjuvante no 39 tratamento da ICV. A propriedade intelectual será tratada conforme descrito na seção específica deste projeto. EQUIPE: RESPONSÁVEL: Luiz Vicente Rizzo, ICB-USP Anna Carla Renata Krepel Goldberg, IQ-USP Colaboradores Nacionais: Myrthes Toledo Barros, FMUSP Cristina Maria Kokron, FMUSP Colaboradores Internacionais: Patrice Debre, Hospital Pitié-Sapetriére, Paris, França Megan K. Levings, Departamento de Cirurgia, University of British Columbia, Canadá Estudantes de pós-graduação: Ana Karolina Barreto (Mestrado, FMUSP) Estudantes de graduação Tatyana Konberg (FMUSP) Pós-doutores: Jean Pierre Schatzmann Perón Luiz Sardinha Eliana Bline Marengo Alessandra Gonçalves Commodaro 40 A. DOENÇAS INFECCIOSAS – LEISHMANIOSE A Leishmaniose Visceral (LV) está em expansão no Nordeste do Brasil e vários casos estão ocorrendo nas vizinhanças das grandes cidades. É caracterizada por uma diminuição da resposta imune celular ao antígeno de leishmania. Após o tratamento e cura da doença, essas funções de células T são restauradas (Bacellar e Barral-Netto , 1991, Carvalho e Bacellar, 1988). Não há vacinas efetivas e a terapêutica depende de medicamentos com elevada toxicidade. O tratamento da LV é feito com antimonial pentavalente, droga com efeitos colaterais importantes no homem (Shyam et al., 2006). Cães não respondem adequadamente às medicações utilizadas para tratamento de seres humanos, persistindo com parasitos e apresentando recidiva da doença (Noli et al.,2005). Medidas de controle como imunoprofilaxia e/ou imunoterapia são necessárias. A busca de abordagens que reduzam as doses de medicação necessárias e os efeitos colaterais ou reduzam a resistência são, portanto, de alta relevância. Os vetores das leishmanioses são os flebotomíneos. A interação entre componentes da saliva de flebótomos e mecanismos imunes do hospedeiro, com reflexos sobre a infectividade e a progressão da doença, tem sido estudada e sugere novas alternativas para o controle da doença. A infecção ocorre quando uma fêmea de flebotomíneo infectada com Leishmania injeta esses parasitos juntamente com saliva. A saliva secretada beneficia o parasita transmitido pelo vetor (Titus e Ribeiro, 1988). Crianças da área endêmica de LV desenvolvem uma resposta imune contra produtos da saliva (Barral et al., 2001; Gomes et al. 2002). Nosso grupo descreveu diversos efeitos da saliva de flebótomos sobre a resposta imune (revisto em Andrade et al., 2007). Voluntários submetidos a repetidas picadas de Lutzomyia longipalpis desenvolvem resposta humoral e celular específica (Vinhas et al., 2007). A possibilidade de que produtos da saliva do flebótomo podem se tornar potenciais candidatos ao desenvolvimento de uma vacina para controlar a transmissão da Leishmania foi demonstrada recentemente no hamster (Gomes et al., 2008). Subprojeto 1: Produtos da saliva de Lutzomyia longipalpis e da Leishmania: Ações Farmacológicas e em Vacinas. A saliva de flebotomíneos possui uma grande diversidade de substâncias farmacologicamente ativas (D’Ávila et al., 2006). Através do RAS (Reverse antigenic screening) para avaliar as proteínas salivares de Lutzomyia longipalpis capazes de induzir reações de DTH nos cães vacinados com Homogeneizado de Glândula Salivar (SGH) verificamos que as proteínas salivares indutoras de DTH podem ser protetoras contra uma infecção subseqüente com Leishmania chagasi + saliva. Desta forma, três proteínas foram selecionadas: A, B e C (não identificadas por questões pendentes de propriedade intelectual). Grupos de cães foram imunizados com os plasmídeos codificantes para as proteínas A, B e C isoladamente ou em combinação com o plasmídeo responsável pela codificação do antígeno parasitário KMP-11, além dos controles necessários. Nenhum dos produtos foi tóxico e o plasmídeo C, isoladamente ou em combinação com o plasmídeo 41 KMP-11 resultou em um aumento significativo de IFN-Ȗ. Os animais infectados com as vacinas combinadas (A +KMP-11, C+KMP-11 e o grupo controle, um total de 21 cães) estão expostos em uma área de alta endemicidade para LV. Os outros grupos de cães foram 6 infectados por via intradérmica com 5x 10 mais 5 pares de glândulas salivares, Todos estes animais estão sendo acompanhados mensalmente para testes laboratoriais (provas bioquímicas), sorologia para Leishmania. Nesse projeto, testaremos o potencial farmacológico e imunomodulatório das proteínas recombinantes da saliva de 11, 44, 45 e 61 kDa de Lu. longipalpis realizando um rastreamento de suas atividades farmacológicas em abordagens in vitro e in vivo que serão avaliadas pela indução e função de corpúsculos lipídicos. Os corpúsculos lipídicos são locais de armazenamento celular de lipídios, mas também são estruturas dinâmicas e altamente reguladas envolvidos na formação de prostaglandinas e os leucotrienos na resposta inflamatória e infecciosa (D’Ávila et al., 2006). Desta forma, os corpúsculos lipídicos vêm sendo propostos como um novo alvo para o screening e desenvolvimento de drogas antiinflamatórias (Bozza et al, 1996). Dados do nosso grupo mostram que o homogeneizado de glândula salivar (SGH) é capaz de induzir corpúsculos lipídicos de maneira dose e tempo dependente (Araújo-Santos et al., manuscrito em preparação). Pretendemos testar as proteínas recombinantes da saliva quanto a gênese/função dos corpúsculos lipídicos e associá-los com efeitos imunomodulatórios na infecção por L. chagasi. A maioria dos estudos com saliva caracterizam a atuação da saliva total ou de proteínas recombinantes em detrimento a elementos não protéicos. Nesse sentido, a literatura tem registrado muitos estudos sobre atividades biológicas dos fosfolipídeos em diferentes sistemas, mas muito pouco tem sido explorado no contexto vetor-parasita-célula hospedeira. Nesse projeto nos propomos caracterizar e investigar o papel dos fosfolipídeos da saliva de Lu. longipalpis na infecção por L. chagasi, assim como suas ações inflamatórias e imunogênicas. Além disso, daremos continuidade à linha de pesquisa em andamento que tem como objetivo principal investigar a ação inflamatória de SGH de Lu. longipalpis na resposta inicial da infecção por L. chagasi. A picada de flebótomos infectados ou não induz um intenso recrutamento neutrofílico para o local da picada (Peters et al, 2008). Nesse sentido, observações do nosso grupo concluíram que o SGH de Lu. longipalpis é capaz de recrutar e de induzir a apoptose de neutrófilos favorecendo o aumento da carga parasitária de L. chagasi nestas células (Prates et al., manuscrito em preparação). Nesse projeto nos propomos a avaliar o papel desempenhado pelas proteínas recombinantes da saliva de L. longipalpis na infecção por L. chagasi e implicações na produção de citocinas e mediadores lipídicos, no recrutamento de leucócitos, bem como pretendemos explorar a atividade próapoptótica das proteínas. Objetivos gerais Os nossos objetivos nesta proposta são: (i) reduzir a transmissão de L. chagasi em cães, submetendo-os à vacinação, usando uma mistura de moléculas de cDNA de proteínas 42 salivares de Lu. longipalpis combinada com antígenos parasitários, capazes de induzir uma resposta imune contra estes componentes e portanto, diminuir a transmissão do parasita; (ii) caracterizar bioquimicamente e molecularmente os peptídeos biologicamente ativos presentes na saliva de Lu. Longipalpis; (iii) Explorar o potencial farmacológico das proteínas recombinantes e fosfolpídeos de saliva em modelos de inflamação murina previamente estabelecidos; (iv) Avaliar o papel pro-apoptótico e imunomodulatório das proteínas recombinantes da saliva de L. longipalpis na infecção por L. chagasi.em modelo murino Objetivos específicos: 1. Testar a imunogenicidade do plasmídeo C combinado às proteínas acidas ribosomais. 2. Verificar a proteção pela infecção dos cães por via intradérmica de parasitas combinado à saliva, por infecção experimental, utilizando flebótomos infectados também por meio de transmissão natural na área endêmica. 3. Avaliar a proteção vacinal no tocante à transmissibilidade de L. chagasi de cães imunizados para flebótomos não infectados. 4. Investigar os efeitos das proteínas recombinantes da saliva de Lu. longipalpis na biogênese/função de corpúsculos lipídicos e sua implicação na modulação da produção de mediadores inflamatórios em modelos murinos. 5. Caracterizar os espectros de ações biológicas de componentes da saliva em modelos murinos (recrutamento, ativação de leucócitos e potencial pro-apoptótico). 6. Investigar a atividade imunomodulatória de proteínas recombinantes e fosfolipídeos da saliva de Lu. longipalpis em macrófagos peritoneais de camundongo quanto à produção citocinas e mediadores lipídicos durante a infecção por L. chagasi. 7. Caracterizar a estrutura molecular dos componentes biologicamente relevantes por técnicas de análise da estrutura molecular (modelagem molecular por técnicas de bioinformática). Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Aldina Barral – FIOCRUZ-BA Manoel Barral-Netto - FIOCRUZ Cláudia Ida Brodskyn - FIOCRUZ Colaboradores Nacionais José Carlos Miranda – FIOCRUZ Camila Indiani de Oliveira– FIOCRUZ Valéria de Matos Borges - FIOCRUZ Flávia Nascimento – UFMA 43 Petter Franco Entringer- FIOCRUZ-BA Ivan Nascimento - FIOCRUZ-BA Colaboradores Internacionais Jesus Valenzuela– NIH,USA. Shaden Kanhawi– NIH,USA. Manuel Soto - Univ. Autonoma de Madrid Alunos de pós-graduação Deboraci Brito Prates – Doutorado FIOCRUZ Ana Paula Souza - Doutorado, FIOCRUZ Lucilene Amorim - Doutorado, FIOCRUZ Bruno Bezerril, Doutorado, FIOCRUZ Viviane Boaventura, Doutorado, FIOCRUZ Raíssa Maria Araújo Carvalho – Mestrado, FIOCRUZ Théo de Araújo Santos – Mestrado, FIOCRUZ Subprojeto 2. Imunoterapia com N-acetil cisteína associado a antimonial pentavalente no tratamento da leishmaniose visceral humana e canina A leishmaniose visceral (LV) está em expansão e urbanização no Brasil, atingindo o ser humano e animais, principalmente os cães, que vivem no ambiente domiciliar e peridomiciliar (Jeronimo SM, et al, 2004, Costa, CHN, 2007). Em Aracaju-Sergipe, 20 a 25% dos cães que são levados ao Serviço de Zoonoses do município, apresentam sorologia positiva para calazar. Por lei, estes animais devem ser sacrificados. Apesar desta medida de controle, a prevalência da doença tem persistido elevada em diversas regiões (Burattini MN, et al 1998). O tratamento da leishmaniose visceral é feito com antimonial pentavalente, droga com efeitos colaterais importantes no homem e, em algumas áreas, a resistência ao tratamento tem sido relatada (Sundar, S e Chatterjee, M, 2006). Cães não respondem adequadamente às medicações utilizadas para tratamento de seres humanos, persistindo com parasitos e apresentando recidiva da doença. Animais soropositivos atualmente são sacrificados por recomendação do Ministério da Saúde. Medidas de controle como imunoprofilaxia e/ou imunoterapia são necessárias, a fim de que ocorra o controle mais eficaz da doença. Leishmaniose visceral é caracterizada por uma diminuição da resposta imune celular ao antígeno de leishmania. Após o tratamento e cura da doença, essas funções de células T são restauradas no homem (Bacellar e Barral-Netto, 1991, Carvalho e Bacellar, 1988). A busca de abordagens que reduzam os efeitos colaterais ou reduzam a resistência é de alta relevância. N-acetil cisteína (NAC) é um composto precursor de glutationa e os níveis intracelulares de glutationa em células apresentadoras de antígenos (APC) promovem a morte do parasita e influenciam na resposta Th1/Th2 (Rocha-Vieira, 2003). A depleção de 44 glutationa favorece a derivação de uma resposta Th2 e sua reposição favorece uma resposta Th1 (Peterson et al.,1998). NAC tem sido utilizado em pacientes com fibrose cística, levando à melhora das complicações pulmonares, com regulação da inflamação e diminuição de atividade da elastase de neutrófilos (Tirouvanziam et al, 2006). A hipótese deste ensaio clínico é que NAC associado ao antimônio terá benefícios superiores no tratamento de leishmaniose visceral quando comparado ao tratamento com antimonial. Este ensaio está sendo proposto por pesquisadores integrantes do iii desde 2002, tendo sempre apresentado propostas de ensaios clínicos levados a cabo com sucesso. Esta proposta, no entanto, será implementada em novo serviço universitário, pois os pesquisadores recentemente se transferiram para o Hospital da Universidade Federal de Sergipe, onde estão formando a sua nova equipe. Objetivo Geral Avaliar a resposta em humanos e cães com leishmaniose visceral a imunoterapia com N-acetil cisteína associada ao antimonial pentavalente, em ensaios clínicos, randomizados e cegos. Objetivos Específicos 1. Avaliar a resposta terapêutica de pacientes com leishmaniose visceral a N-acetilcisteína (NAC) como adjuvante ao tratamento padrão com antimonial pentavalente, comparado ao tratamento somente com antimonial, através de estudo clínico randomizado e duplo cego. 2. Avaliar a resposta terapêutica de cães de rua da cidade de Aracaju com leishmaniose visceral a N-acetilcisteína (NAC) como adjuvante ao tratamento com antimonial pentavalente, comparado ao tratamento somente com antimonial, em estudo clínico randomizado e cego. Métodos específicos: Desenho do experimental estudo do objetivo 1: Objetivo 1: Avaliar a resposta terapêutica de pacientes com leishmaniose visceral a N-acetilcisteína (NAC) como adjuvante ao tratamento padrão com antimonial pentavalente, comparado ao tratamento somente com antimonial, através de estudo clínico randomizado e duplo cego. Trata-se de um estudo de intervenção, tipo ensaio clínico, randomizado, duplo-cego, placebo-controlado. Ressaltamos que o placebo se refere ao controle do NAC, mas todos os pacientes receberão o tratamento padrão com antimonial. Área do Estudo: anualmente, um total de 50 casos de LV são notificados no Estado de Sergipe. Em 2007 foram notificados 75 caso. Os pacientes são atendidos no Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Sergipe. O HU encontra-se em plena expansão e atualmente faz parte de sua estrutura uma enfermaria de Pediatria com 20 leitos e outra de Doenças Infecciosas com 10 leitos. Professores, médicos, residentes e internos de Medicina fazem parte do corpo clínico. 45 Definição diagnóstica: O diagnóstico de LV é baseado na presença de sintomas e sinais clínicos como febre, hepatoesplenomegalia, diarréia, epistaxe, icterícia. O diagnóstico laboratorial é feito pela presença de anemia, leucopenia, plaquetopenia, hipoalbuminemia e hiperglobulinemia, contudo a confirmação diagnóstica é feita pela sorologia positiva para L. chagasi por ELISA e/ou imunofluorescência, teste de Montenegro negativo e cultura positiva para o parasito obtido de biópsia aspirativa de medula óssea e/ou baço. Serão introduzidos no estudo apenas os pacientes com diagnóstico parasitológico da doença. Seleção dos pacientes: Os pacientes com diagnóstico confirmado de LV de acordo com os critérios acima serão selecionados para participar do estudo randomizados em 2 grupos: Grupo I (NAC 600mg, 3x ao dia VO, 20 dias + antimônio dose padrão – 20mg/kg/dia por 20 dias, IV) e Grupo II (comprimido efervescente parecido com o da droga em teste, contendo os componentes da medicação exceto a N-acetil cisteína. + antimônio dose e tempo padrão – 20 dias). Vinte pacientes virgens de tratamento com diagnóstico de LV serão incluídos em cada grupo segundo os seguintes critérios de inclusão: idade 2 anos de idade, diagnóstico comfirmado pela presença de leishmania no exame direto ou cultura e que nunca foi tratado para leishmaniose anteriormente. Os critérios de exclusão do estudo serão: outras doenças associadas agudas ou crônicas, como uso de imunossupressores e AIDS, história de alergia ao NAC e/ou ao antimonial pentavalente, tratamento prévio para calazar, diagnóstico de fenilcetonúria. Os pacientes serão alocados nos grupos a partir de uma tabela de randomização. Após preencherem os critérios de inclusão no estudo, os números serão atribuídos aos pacientes. O médicos pediatra e infectologista serão responsáveis pela avaliação da evolução clínica dos pacientes e pela coleta de dados quanto aos efeitos colaterais e exames laboratoriais. Estes não terão conhecimento da randomização previamente realizada. A N-acetil cisteína será utilizada na dose de 600 mg em comprimidos efervescentes, conforme orientação do fabricante. NAC é disponibilizado comercialmente no Brasil. O tratamento com antimônio será fornecido por um farmacêutico e realizado por um técnico de enfermagem com treinamento para o procedimento. Todos os pacientes realizarão avaliação bioquímica, dosagem de eletrólitos, avaliação da função renal, enzimas hepática, hemograma completo e eletrocardiograma antes do tratamento e após quinze, 30, 60, 90 e 180 dias do mesmo. Tratamento proposto: Todos os pacientes receberão antimonial pentavalente na dose de 20mg/Kg/dia, 20 dias. A apresentação comercial do NAC (Fluimucil® Comprimidos efervescentes de 600mg) será dissolvido para 100 ml de água. Ressaltamos que o placebo se refere ao controle do NAC, mas todos os pacientes receberão o tratamento antimonial padrão. O placebo a ser utilizado é um comprimido efervescente parecido com o da droga em teste, contendo os componentes da medicação exceto a N-acetil cisteína. Tamanho da amostra: Os parâmetros para cálculo do número de pacientes por grupo foram a melhora clínica e laboratorial durante o tratamento, ou seja desaparecimento da febre e aumento dos níveis de hemoglobina. No estudo de Thakur CP, 1998, 92 % dos pacientes melhoraram dos parâmetros clínicos e laboratoriais apenas com 6 meses após o início da 46 terapia. O atual estudo pretende reduzir este tempo em 30% a 50%. Desta forma, serão necessários 20 pacientes em cada grupo, com poder de 90% (beta de 10%) e alfa de 5% (p = 0.05). Seguimento dos pacientes: Todos os pacientes estudados terão acompanhamento clínico e laboratorial por um período de 12 meses com avaliação regular de 30 em 30 dias até completar 180 dias e após 360 dias. Critério de cura: A cura clínica é definida no paciente com redução do baço e fígado a tamanhos normais. Ausência de febre por mais de 15 dias após e tratamento, ganho de peso, viragem do DTH, normalização dos níveis de globulinas. Avaliação estatística: será feita uma avaliação qualitativa em que se comparam as freqüências de cura no D60 de acompanhamento e uma avaliação quantitativa, quanto aos tempos de melhora dos parâmetros clínicos e laboratoriais através do teste U de WilcoxonMann-Whitney. Aspectos Éticos: Para o desenvolvimento dos estudos aqui propostos, será obtido consentimento por escrito de todos os pacientes com mais de 18 anos de idade e dos responsáveis pelos pacientes com menos de 18 anos. O projeto deste estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética Pesquisa da UFS. O presente projeto obedecerá aos critérios preconizados no capítulo III da Resolução 196/96, quais sejam: autonomia, beneficência, não maleficência, justiça e eqüidade. A pesquisa segue as seguintes exigências: realização prévia de experimentos em laboratórios, animais ou em outros fatos científicos; prevalência de benefícios sobre riscos; adequação aos princípios científicos; justificativa do uso de placebo; consentimento livre e esclarecido do sujeito da pesquisa e/ou seu representante legal; confidencialidade, privacidade, proteção da imagem e não estigmatização; garantia de benefícios para a comunidade cujos efeitos continuem a se fazer sentir após sua conclusão; inexistência de conflito de interesses entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa ou patrocinador do projeto e descontinuação do estudo somente após análise das razões da descontinuidade pelo CEP que a aprovou. Desenho exerimental do estudo do objetivo 2: Objetivo 2. Avaliar a resposta terapêutica de cães de rua da cidade de Aracaju com leishmaniose visceral a N-acetilcisteína (NAC) como adjuvante ao tratamento com antimonial pentavalente, comparado ao tratamento somente com antimonial, em estudo clínico cego e randomizado. Trata-se de um estudo de intervenção, tipo ensaio clínico, cego, randomizado, placebo-controlado. Ressaltamos que o Ministério da Saúde proíbe o tratamento de cães, pela persistência freqüente de parasitos nestes animais, só permitindo em caso de pesquisa. Os cães do presente estudo serão tratados e mantidos em cativeiro até o sacrifício. O placebo se refere ao controle do NAC, mas todos os cães receberão o tratamento com antimonial. Área do Estudo: Vinte a Trinta cães com sorologia positiva para calazar são eutanaziados pelo Controle de Zoonoses da Cidade de Aracaju. Estes cães serão utilizados no estudo. Os 47 animais serão mantidos em canis individuais no Hospital de Medicina Veterinária da faculdade PioX, a qual é parceira neste estudo. O hospital possui excelente estrutura, com serviços de diagnósticos laboratoriais, imagem, sala de necropsia, cirurgia e histopatologia. Seis médicos veterinários darão suporte à pesquisa. Definição diagnóstica: Leishmaniose visceral (LV) canina é uma doença que se caracteriza por perda de peso, atrofia muscular, linfoadenopatia generalizada ou localizada, caquexia, anorexia, diarréia, vômito, melena, epistaxe, rinite, onigrifose, hepatoesplenomegalia, anemia, leucopenia e hiperglobulinemia. O diagnóstico laboratorial é realizado com sorologia positiva para L. chagasi por ELISA e/ou imunofluorescência, teste de Montenegro negativo e cultura positiva para o parasito obtida de biópsia aspirativa de medula óssea e/ou linfonodo. Seleção dos animais: Será realizado um ensaio clínico randomizado, cego, placebo controlado, no qual os cães selecionados para participar serão divididos em 2 grupos: Grupo I (NAC 400mg, 3x ao dia IM, 20 dias + antimônio – 100mg/kg/dia por 20 dias, IM) e Grupo II (diluente + antimônio – 20 dias). Quinze cães virgens de tratamento com diagnóstico de LV serão incluídos em cada grupo segundo os seguintes critérios de inclusão: idade entre 2 a 4 anos, com diagnóstico de leishmaniose visceral. Os critérios de exclusão do estudo serão: outras doenças associadas agudas ou crônicas e que nunca tenha sido tratado para calazar canino. Os cães serão alocados nos grupos a partir de uma tabela de randomização. Após preencherem os critérios de inclusão no estudo, os números serão atribuídos aos cães. Dois médicos veterinários serão responsáveis pela avaliação da evolução clínica dos cães. Outros 2 médicos serão responsáveis pela coleta de dados laboratoriais e avaliação de efeitos colaterais. Estes não terão conhecimento da randomização previamente realizada. A Nacetil cisteína será utilizada na dose de 400mg, IM, 3 vezes ao dia. NAC é disponibilizado comercialmente no Brasil. O tratamento com antimônio será fornecido por um farmacêutico e realizado por um técnico com treinamento para o procedimento em cães. Todos os cães realizarão avaliação bioquímica, dosagem de eletrólitos, hemograma, avaliação de enzimas hepáticas e função renal, ultrassonografia abdominal antes do tratamento, com quinze e 30, 60, 90, 120 e 180 dias. Tratamento proposto: Todos os cães receberão antimonial pentavalente na dose de 100mg/Kg/dia, 20 dias. A apresentação comercial do NAC (Fluimucil® 2 ampolas de 200mg) serão aplicadas por via IM, 3 vezes ao dia, por um período de 20 dias. Ressaltamos que o placebo se refere ao controle do NAC, mas todos os cães receberão o tratamento antimonial 100mg/Kg/dia por 20 dias, IM (Mireta, J , et al, 2008). Como antimonial pentavalente não é efetivo, será possível avaliar se a combinação com NAC é mais eficiente. Tamanho da amostra: Os parâmetros para cálculo do número de cães por grupo foram a melhora clínica e laboratorial no dia 90 após o tratamento e cultura da medula óssea negativa para leishmania. Estima-se que o grupo tratado com NAC e antimonial pentavalente reduza em 60% o tempo necessário para melhora dos parâmetros. Desta forma, serão necessários 15 cães em cada grupo, com poder de 90% (beta = 10%) e alfa de 5% (p = 0,05), 48 Seguimento dos cães: Todos os cães arrolados no estudo terão acompanhamento clínico e laboboratorial por um período de 6 meses com avaliação regular de 30 em 30 dias até completar 180 dias. Critério de cura: A cura é definida no cão com redução do baço e fígado a tamanhos normais, ganho de peso, DTH +, cultura para leishmania negativa. Iremos também realizar RT-PCR para a identificação do parasita no sangue, aumentando a sensibilidade de detecção da leishmania com esta técnica, que será importante para definição de cura parasitológica (Manna L et al, 2006). Porém, a evolução clínica é mandatória nestes casos. Após 6 meses os cães serão sacrificados para realização de necrópsia e verificar a presença de parasitos nos tecidos. Avaliação estatística: será feita uma avaliação qualitativa em que se compararam as freqüências de cura no D60 de acompanhamento e uma avaliação quantitativa, quanto aos tempos de cura através do teste U de Wilcoxon-Mann-Whitney. Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Amélia Ribeiro de Jesus – UFS - Sergipe Roque de Almeida Pacheco – UFS - Sergipe 49 E. Transplante e imunorregulação O principal fator limitante à longa sobrevida dos enxertos ainda é a rejeição e os efeitos colaterais de imunossupressores utilizados permanecem como problemas importantes. Assim, a busca de novos protocolos terapêuticos mais eficazes e com menores efeitos colaterais continua sendo uma necessidade e a idéia de tolerância imunológica na clínica se constitui ainda em um grande desafio. Os projetos propostos na linha de pesquisa temática - Transplante e imunorregulação – envolvem o estudo de mecanismos imunorreguladores, tanto em modelos animais como humanos, a avaliação de parâmetros de tolerância operacional em humanos e a produção de imunobiológicos imunomoduladores. As nossas estratégias envolvem combinar investigações no sistema humano, in vitro, com células de indivíduos saudáveis e de indivíduos transplantados, com estudos em modelos experimentais, nos quais é possível testar, in vivo, protocolos para a indução de tolerância ao aloenxerto. Investimos também no desenvolvimento de produtos imunobiológicos com atividade imunorreguladora. Avaliamos como resultados esperados desta Linha de Pesquisa Temática, contribuir para: (i) a melhor compreensão de mecanismos de imunorregulação no transplante, (ii) a definição de parâmetros diagnósticos do estado de tolerância operacional, (iii) a definição de alvos terapêuticos para indução de tolerância ao aloenxerto em pacientes, (iv) identificação e produção de imunobiológicos para imunorregulação e outros adjuvantes, (v) formação de 5 alunos de mestrado e 2 de doutorado, (vi) publicação de artigos científicos. Em função dos resultados dos estudos préclínicos, estão previstos 1 ensaio pré-clínico (peptídeo de Hsp60), 1 ensaio clínico (anti-CD3) e 2 patentes (peptídeo de Hsp60 e anti-CD3 humanizado). Os projetos desta Linha de Pesquisa temática serão desenvolvidos em rede, com a participação de pesquisadores de diferentes grupos do iii, de diferentes áreas temáticas, da área básica de imunologia, assim como médicos, pesquisadores clínicos, pós-doutorandos e alunos de pós-graduação. Utilizaremos os diferentes conhecimentos do grupo para uma maior compreensão dos resultados gerados, objetivando a sua tradução para uma aplicação clínica. Subprojeto 1: Proteína de Choque Térmico 60 e células dendríticas: bases moleculares para imunorregulação As proteínas de choque térmico (Hsp) são proteínas bem conservadas filogeneticamente, expressas constitutivamente em todas as formas vivas e importantes na manutenção da homeostase (Pockley et al., 2008). Além de sua função de chaperona, uma característica dessas proteínas é a sua capacidade de interagir com componentes tanto da resposta imune inata quanto da adaptativa, induzindo respostas pró-inflamatórias efetoras e também imunorreguladoras. As propriedades imunológicas polares das Hsp têm sido objeto de intensos debates na comunidade científica, tendo sido tema de um Workshop, no último 13th International Congress of Immunology, gerando uma publicação sobre o tema (Coelho et al., 2008). Essa dupla capacidade funcional - inflamatória e reguladora - indutora de 50 respostas imune inata e adaptativa – é também característica das células dendríticas (DCs) que funcionam como uma ponte entre esses dois tipos de respostas imunes. Por essas características, as DCs e as Hsps têm sido exploradas no seu potencial de modificar a resposta imune, com vistas a novas terapias, seja estimulando uma resposta imune efetora, como no câncer e em processos infecciosos (revisado Binder et al., 2008; Luptrawan et al., 2008), seja induzindo imunorregulação (revisado por van Eden, 2006), como em doenças auto-imunes, inclusive em humanos (Raz et al, 2001, Huurman et al, 2007), e no transplante. Em nosso grupo, investigamos a resposta imune à Hsp60 no contexto do transplante (Granja et al, 2004); (Caldas et al, 2004) e em condições fisiológicas em humanos, e em modelos experimentais murinos (Luna et al, 2007). Visamos identificar regiões da Hsp60 e condições em que a Hsp60 (ou peptídeo) é capaz de induzir imunorregulação, para futura utilização na clínica. Recentemente, temos também explorado o potencial imunorregulador de atuação sinérgica da Hsp60 e seus peptídeos com as DCs que também podem ser tolerogênicas (revisado por Morelli et al., 2007). Estamos adotando, agora, a estratégia de direcionar, in vivo, as DCs, utilizando o anticorpo anti-DEC205, acoplado a peptídeos da Hsp60. O DEC-205 é um receptor endocítico presente na superfície de DCs CD8α+. É um receptor de captura de antígenos, permitindo a apresentação em moléculas MHC classe I e II, induzindo tanto resposta imune efetora como imunorreguladora. O anticorpo anti-DEC205 tem sido utilizado pelos grupos dos Professores Michel Nussenzweig e Ralph Steinman para direcionar diferentes antígenos às DCs, in vivo, geralmente, para induzir uma resposta imune efetora pró-inflamatória. Quando este anticorpo é injetado junto com um anticorpo agonista de CD40, ocorre indução de uma potente resposta imune inflamatória, com efeitos biológicos vacinais, em modelos animais (Trumpfheller et al., 2006). Por outro lado, para uma resposta imune reguladora, o anti-DEC205 é usado sem o agonista de CD40, como descrito em modelos animais (Bonifaz et al., 2002; Hawiger et al., 2004). Em nosso grupo, utilizando um peptídeo C-terminal da Hsp60, conseguimos um aumento da sobrevida do enxerto de pele em camundongos, porém, ainda não conseguimos induzir tolerância (Luna et al, 2007). No sistema humano, identificamos peptídeos potencialmente imunorreguladores, com indução de alta freqüência de células produtoras de IL-10 e FOXP3, tanto no transplante como em indivíduos saudáveis (Caldas et al. 2008, manuscrito em preparação). Na interação com as células dendríticas, a Hsp60 foi capaz de induzir modificações marcantes na expressão de diversos genes relacionados com atividades pró-inflamatória e reguladora, em linfócitos T, e identificamos um peptídeo indutor de um perfil dominantemente imunorregulador (Socorro-Silva et al. 2008, manuscrito em preparação). No presente projeto, a nossa proposta é a analisar, de uma forma mais global, um conjunto de fatores moleculares que podem contribuir para o direcionamento de uma resposta imunorreguladora, utilizando um painel de peptídeos da Hsp60 e seus fragmentos. Analisaremos a indução da expressão de moléculas (gênica e protéica) relacionas à imunorregulação e outras pró-inflamatórias, assim como a indução de células T reguladoras 51 de diferentes fenótipos (Roncarolo et al, 2006), visando identificar peptídeos/fragmentos capazes de induzir um padrão dominantemente imunorregulador, nos sistemas humano e murino. Fragmentos e peptídeos da Hsp60 selecionados serão utilizados para a indução de tolerância nos modelos murinos de alotransplante de pele e de ilhotas pancreáticas. Ademais, utilizaremos peptídeos da Hsp60 selecionados acoplados ao anticorpo antiDEC205 recombinante que será usado para o direcionamento, in vivo, das células dendríticas e indução de tolerância ao aloenxerto. Por outro lado, os peptídeos com um perfil predominantemente pró-inflamatório serão testados como adjuvantes em modelos de vacinas em projetos do nosso Instituto, como em HIV e na vacina contra o estreptococos. Objetivos Objetivo geral O nosso principal objetivo, neste projeto, é identificar componentes moleculares potencialmente envolvidos na atividade supressora induzida pela Hsp60 e seus peptídeos, nos sistemas humano e murino. Selecionaremos peptídeos e fragmentos da Hsp60 candidatos para a indução de tolerância no transplante alogenéico murino, com ou sem direcionamento, in vivo, das células dendríticas, visando uma futura aplicação no contexto clínico. Objetivos específicos Produção de imunobiológicos 1. Produzir o anticorpo anti-DEC205 recombinante acoplado a peptídeos da Hsp60, visando o direcionamento células dendríticas, in vivo, em camundongos, em protocolos para indução de tolerância no contexto do transplante. Sistemas Humano e Murino 1. Identificar peptídeos/fragmentos da Hsp60 capazes de induzir um perfil de expressão gênica predominantemente imunorregulador, em células mononucleares do sangue periférico (humanas) ou células esplênicas (murinas). Esta identificação será feita por meio da análise de um painel de genes mais relacionados a uma atividade imunorreguladora (IL-10, IL-4, TGFβ, R-TGFβ, FOXP3, GATA3 e IDO, PD1) e outros mais pró-inflamatórios (IFNγ, TNFα, IL-6, IL-12, IL-17, IL-23 t-bet) – painel REGULA x INFLAMA. 2. Determinar a produção de citocinas induzida por peptídeos selecionados o painel REGULA x INFLAMA, no sobrenadante de cultura em células mononucleares do sangue periférico (humanas) ou células esplênicas (murinas) com peptídeos/fragmentos da Hsp60. 3. Determinar se a expressão protéica com perfil imunorregulador induzida pelos peptídeos/ fragmentos da Hsp60 ocorre diretamente em populações de linfócitos T para os peptídeos selecionados no painel REGULA x INFLAMA. 4. Verificar a capacidade supressora, in vitro, de linfócitos cultivados com peptídeos/ fragmentos da Hsp60 selecionados, indutores de um perfil predominantemente imunorregulador. 5. Analisar se os peptídeos selecionados são ligantes de moléculas de superfície celular, como receptores do tipo Toll, moléculas MHC e receptores do tipo scavenger. 52 Sistema Murino 1. Testar a capacidade imunorreguladora, in vivo, de peptídeos da Hsp60 selecionados, para a indução de tolerância, no modelo de alotransplante de pele murino e de ilhotas pancreáticas, seja pelo uso direto do peptídeo selecionado, seja pelo direcionamento, in vivo, às DCs com o anticorpo αDEC205 conjugado a um peptídeo da Hsp60. Equipe Pesquisadores do iii: Responsável: Verônica Coelho - InCor – FMUSP David Saitovitch – PUC Porto Alegre – Rio Grande do Sul Ana Caetano de Faria – UFMG Luiza Guilherme – InCor – FMUSP Edecio Cunha-Neto – InCor – FMUSP Gustavo Amarantes- ICB USP Ana Maria Moro – Instituto Butantan Maria Regina Cardoso – Faculdade de Saúde Pública da USP Francisco Inácio Bastos – FIOCRUZ – Rio de Janeiro Guilherme Werneck – FIOCRUZ – Rio de Janeiro Jorge Kalil – FMUSP Colaboradores Nacionais: Luiz Alberto Benvenuti – InCor – FMUSP Beatriz Stolf – ICB II Colaboradores Internacionais: Michel Nussenzweig – Rockefeller University, EUA Alunos: Laboratório de Imunologia InCor – FMUSP: Anna Paula Sheppard Guembes (mestrado) Fernanda Gonçalves Martello (mestrado) Pedro Mendes Vieira (mestrado) Maisa Takenaka (mestrado) PUC - Porto Alegre RS: Patrícia Sesterheim (doutorado) Técnicos: Sandra Maria Monteiro Luiz Roberto Mundel. Pós-doutorandas: InCor – FMUSP: Georgia Porto; Ana Cláudia Pelizon. 53 Subprojeto 2: Avaliação do potencial modulador de células CD4+CD25+ geradas, in vitro, em respostas, in vivo, a células alogênicas. As células dendríticas têm como função principal internalizar, processar e apresentar antígenos para linfócitos T. As DCs podem ser classificadas quanto ao seu estado de maturação, como maduras (mDC) e imaturas (iDC). Este estado de maturação pode ser evidenciado pela expressão de moléculas do MHC e de moléculas coestimuladoras, sendo que o estado maduro das DCs é caracterizado pela alta expressão das moléculas ditas acima (Steinman e Witmer, 1978, Steinman e Nussenzweig, 1980, Steinman e Inaba, 1985). Existem trabalhos na literatura nos quais é mostrado que a interação entre DCs e células T naïve, é capaz de induzir a geração de células T reguladoras com fenótipo CD4+CD25+Foxp3+ (Yamazaki et al, 2003, Hara et al, 2001, Giorgini e Noble, 2007). Alguns trabalhos mostram que essa capacidade supressora das Tregs é dependente da produção de IL-10 e TGF-β, por outro lado, em outros se observam mecanismos de supressão independentes de IL-10 (Chen et al, 1994, Nakamura et al, 2001). Estudos sugerem que células da medula óssea possuem propriedades moduladoras quando administradas com células do baço em camundongos alogênicos. É relatado que a administração de esplenócitos juntamente com células da medula óssea de camundongos C57BL/6 em BALB/c, diminuiu a porcentagem de células de memória com fenótipo CD4CD45RBlowCD44high e CD8CD45RBlowCD44high no baço de BALB/c, indicando o poder regulador das células da medula óssea. Apesar de regular negativamente o número das células de memória, a administração dessas células não foi capaz de induzir tolerância a aloenxertos de pele nem de transplantes cardíacos (de Moraes et al, 2008). Objetivo Geral Avaliar a capacidade moduladora das células T CD4+CD25+, geradas a partir de cocultura de células dendríticas com células de linfonodo autólogas, na presença de células low alogênicas (camundongo C57BL/6) em apoptose, sobre as células CD4CD45RB CD44 low CD8CD45RB CD44 high high e após a inoculação de esplenócitos de camundongos C57BL/6. Objetivos Específicos 1. Caracterizar, imunofenotipicamente, as células dendríticas geradas a partir de células de medula óssea de camundongos BALB/c. + + 2. Gerar células T reguladoras CD4 CD25 em co-cultura com células dendríticas (DCs) e células autólogas de linfonodo (BALB/c) na presença de células alogênicas (C57BL/6) em apoptose (Cel. Alo Apo). 3. Analisar o imunofenótipo das células T geradas, in vitro, nas co-culturas, com e sem contato célula-célula, inclusive a expressão de Foxp3. 4. Analisar a produção de citocinas nas co-culturas de linfócitos com células dendríticas, no caso da cultura sem contato célula-célula. 54 + + 5. Determinar a capacidade imunomoduladora das células CD4 CD25 (geradas em coculturas com DCs auto + Cel. Alo Apo), in vivo, sobre a população de células de memória, + + em camundongos que receberam transferência passiva de células CD4 CD25 autólogas em combinação com esplenócitos alogênicos de camundongos C57BL/6. Equipe: Pesquisadores do iii: Responsável: Luiz Vicente Rizzo ICB - USP; Verônica Coelho – InCor FMUSP. Aluna: Thaís Boccia da Costa (mestrado); Técnica: Cristina Kubo (Bióloga, técnica de nivel superior - USP). Subprojeto 3: Tolerância operacional no transplante humano. Apesar do sucesso de diversos protocolos para indução de tolerância ao aloenxerto em modelos experimentais animais, a sua tradução para a clínica permanece um desafio. As discrepâncias entre os resultados experimentais em roedores e aqueles observados em animais de maior porte e nos ensaios clínicos podem ser decorrentes de múltiplos fatores como: (i) diferenças biológicas entre as espécies, (ii) maior heterogeneidade e diversidade das respostas imunes em humanos e animais maiores, (iii) efeito da imunidade heteróloga induzida por constantes exposições a microorganismos, que pode influenciar a resposta ao enxerto, como por exemplo, desencadeando rejeição. Não obstante, há na clínica um grupo de pacientes que possuem uma função estável do enxerto após a retirada de imunossupressores. Esses pacientes são chamados de tolerantes operacionais. O estado de tolerância operacional é uma certificação de que a tolerância ao aloenxerto é possível na clínica. Apesar dos dados publicados sobre tolerância operacional abordem apenas um ou outro parâmetro da resposta imune, recentemente, há análises imunológicas mais globais, no transplante renal, que trazem importantes informações (Brouard et al., 2007; Braud et al., 2008). Porém, este tipo de estudo mais global precisa ser ampliado envolvendo outros parâmetros imunológicos, outros tipos de transplante, e em outros centros no mundo. Há, na comunidade científica, uma grande expectativa sobre a possibilidade de se identificar, nesses pacientes, determinadas características imunológicas que permitam definir um perfil imunológico do estado de tolerância operacional. O conhecimento dessas características pode ser de grande importância para a compreensão de mecanismos envolvidos nesse estado de tolerância, para o seu diagnóstico, permitindo a identificação de pacientes que podem se beneficiar com a diminuição ou retirada de drogas imunossupressoras, assim como para o desenvolvimento de novas terapias. A nossa proposta neste projeto é analisar de forma mais global, indivíduos transplantados em estado de tolerância operacional, assim como aqueles recebendo baixa imunossupressão, comparativamente com pacientes com rejeição crônica e com aqueles com estabilidade do enxerto e doses convencionais de imunossupressores. Pretendemos 55 estudar a dinâmica/cinética das respostas imunes, analisando os seguintes parâmetros: (i) perfil imune molecular e celular, (ii) perfil imune humoral/sérico e (iii) perfil proteômico da urina. Este projeto faz parte de um estudo multicêntrico, aprovado pela comissão de ética do HC FMUSP (no.1097/05) para ser realizado nos transplantes renal, hepático e cardíaco. Realizaremos, nos primeiros anos, o estudo no transplante renal. Iniciaremos, também, o recrutamento dos sujeitos de pesquisa de transplantes hepático e cardíaco para coleta material biológico, e fazemos os estudos direcionados com base nos resultados obtidos no transplante renal. Também esperamos, com este projeto, criar um grupo multidisciplinar para o estudo e discussão sobre imunorregulação no transplante humano. Objetivo geral Determinar um perfil imunológico global diferencial do estado de tolerância operacional, visando contribuir para a compreensão de mecanismos envolvidos neste estado de tolerância e para a identificação de parâmetros para o seu diagnóstico. Objetivos específicos Analisar comparativamente em indivíduos em diferentes estados clínicos do transplante renal (Tolerância operacional, baixa imunossupressão, rejeição crônica, estáveis com imunossupressão usual): Perfil imuno celular 1. Analisar a resposta celular dirigida a três tipos de antígenos: alogênicos (peptídeos HLADR), autólogos (proteína de choque térmico 60 – Hsp60) e viral (peptídeos do vírus Epstein Bar), mediante a análise da expressão gênica e protéica de um painel de fatores de transcrição e citocinas. 2. Analisar, ex-vivo, a expressão de mRNA para citocinas e fatores de transcrição (IL-10, TNF-α, FoxP3, Tbet, GATA-3, IFNγ, TGFȕ, TGFȕR) em células do sangue periférico (análise seqüencial). 3. Analisar, ex-vivo, as vias de sinalização envolvidas nos processos de imunorregulação, como vias indutoras de Foxp3, T-bet e GATA-3 em células do sangue periférico. 4. Determinar o perfil imunofenotípico de diferentes populações celulares, em sangue periférico, analisando moléculas relacionadas à atividade imunorreguladora, à memória, à imunidade inata (análise seqüencial). Perfil humoral/sérico 5. Analisar o repertório global de aloanticorpos e aquele dirigido a aloantígenos do doador, no soro (seqüencial). 56 6. Determinar o perfil global de reatividade de auto-anticorpos dirigidos a um painel de autoantígenos, no soro. 7. Determinar o perfil do repertório de CDR3 presente nos receptores de células B no sangue (seqüencial). 8. Analisar o perfil de peptídeos ligantes de anticorpos presentes no soro, visando identificar potenciais epitopos de anticorpos reguladores. 9. Selecionar peptídeos miméticos de antígenos humanos reconhecidos diferencialmente pelo repertório das imunoglobulinas IgM e IgG, no soro. 10. Analisar o padrão de peptídeos reconhecidos pelas imunoglobulinas IgM e IgG. 11. Analisar o repertório de micropartículas do soro e a expressão de Q-SOX, uma enzima com atividade potencialmente imunorreguladora. Perfil proteômico 12. Analisar o perfil de expressão protéica na urina. Delineamento experimental: Os sujeitos de pesquisa selecionados serão informados de todos os aspectos técnicos e éticos de nossa pesquisa e deverão assinar Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para cada protocolo, antes da inclusão em cada respectivo projeto. 1. Seleção de sujeitos de pesquisa Em cada tipo de transplante, serão selecionados 20 indivíduos adultos para cada grupo (A, B, C, D e E), com os critérios descritos abaixo. O número de indivíduos transplantados sem uso de drogas imunossupressoras vai depender da disponibilidade de indivíduos com este perfil. Grupo A – estáveis com longo tempo de transplante (> 1 ano de transplante), sem uso de drogas imunossupressoras há pelo menos 6 meses, ou com baixas doses de imunossupressores, seja monoterapia ou terapia com 2 drogas. Grupo B – longo tempo de transplante (> 1 ano de transplante) com rejeição crônica (diagnóstico por biópsia). Grupo C – estáveis com longo tempo de transplante (> 1 ano de transplante) com doses habituais de imunossupressores. Grupo D - insuficiência renal crônica e não transplantados (grupo renal). Grupo E – sadios doadores de transplante. Critérios de baixa imunossupressão: Tx renal: Azatioprina: < 1mg/kg, prednisona < 0,10 mg/Kg/dia; Ciclosporina < 1,5mg/kg/dia (ou nível sérico no tempo zero < 50ng/ml), rapamicina < 1mg/dia (ou nível sérico < 5 ng/ml), micofenolato mofetil < 15mg/kg/dia, micofenolato sódico 10 mg/kg/dia, tacrolimus < 0,05mg/kg/dia (ou nível sérico < 5 ng/ml). Tx cardíaco: Azatioprina: < 1 mg/Kg, prednisona: < 0,1 mg/Kg, Ciclosporina: <1,5 mg/Kg, rapamicina: < 2mg/dia, micofenolato: <15mg/dia, tacrolimus: <0,05mg/dia. mg/dia. Tx hepático: Níveis séricos de ciclosporina(C0): ≤ a 50 ng/ml ou de tacrolimus ≤ a 5 ng/ml. Função estável: Tx renal: limite de clearance de creatinina >45ml/min, não apresentando variação negativa de clearance > 10% nos últimos 6 meses. Tx cardíaco: Classe Funcional I ou II. Ecocardiograma com boa função ventricular esquerda 57 (FE > 50%). Tx hepático: enzimas hepatocelulares e canaliculares dentro dos valores da normalidade. Exclusão: Tx hepático: serão excluídos pacientes que tiveram Hapatite C como doença de base. 2. Coleta de material biológico (i) Coleta de sangue periférico a cada 4 meses (3 coletas) para os estudos seqüenciais e pontuais. (ii) Coleta de sangue simultânea para realização de hemograma (seqüencial) para cálculo de números absolutos de populações celulares e creatinina sérica (transplante renal. (iii) Coleta de sangue periférico em caso de quadro infeccioso e/ou rejeição. Equipe Pesquisadores do iii: Responsável: Verônica Coelho (InCor –FMUSP); Marcelo Brígido – (UnB) - Responsável investigação repertório peptídeos reconhecidos por Imunoglobulinas Phage Display Andréa Queiroz Maranhão – UnB David Saitovitch - PUC - Porto Alegre RS Jorge Kalil - InCor – FMUSP Edecio Cunha Neto - InCor – FMUSP Maria Regina Alves Cardoso – FSP – USP Francisco Inacio Bastos – FIOCRUZ – Rio de Janeiro Guilherme Werneck – FIOCRUZ – Rio de Janeiro Sandro J. de Souza – Instituto Ludwig – São Paulo Colaboradores nacionais: Francine Lemos – InCor HC – FMUSP Hélcio Rodrigues - InCor – FMUSP Nicolas Panajotopoulos - InCor HC – FMUSP Maria Lúcia Marin InCor – FMUSP Jorge Neumann - Santa Casa da Misericórdia - Porto Alegre – RS Irene Noronha - Hospital da Beneficiência Portuguesa - São Paulo Margarida Dutra - Hospital Português – Bahia e Faculdade de Medicina Dep. de Medicina - UFBA Lauro Vasconcelos – Unidade de Transplante Renal Hospital das Clínicas UFES Vitória – Espírito Santo Simone Corrêa da Silva – ICB USP Fernando Bacal - InCor - HC FMUSP André Cosme de Oliveira - Hospital da Clínicas, FMUSP Paulo Bittencourt - Hospital Português - Unidade de Gastrohepatologia Gilda Porta - HC FMUSP e Hospital AC Camargo 58 Simone Fonseca – InCor FMUSP e Université de Montreal Colaboradores internacionais: Eli Sercarz – Division of Immune Regulation - Torrey Pines Institute for Molecular Studies (TPIMS) - La Jolla - EUA. Idania Marrero - Division of Immune Regulation - Torrey Pines Institute for Molecular Studies (TPIMS) - La Jolla – EUA Irun Cohen - The Weizmann Institute of Science, Rehovot, Israel Kathryn Wood – University of Oxford, UK Sophie Brouard – INSERM e Institute de Transplantation et de Recherche en Transplantation, Nantes, France Michal Or-Guil - Humboldt University zu Berlin, Institute for Theoretical Biology, Systems Immunology Kellen Faé – Max Planck Institute – Berlim (Análises repertório de linfócitos B/CDR3). Técnica: Sandra Maria Monteiro - InCor - FMUSP Alunos: Pedro Manoel Mendes de Moraes Vieira (mestrado USP) Hernandez Moura Silva (doutorado USP) Maisa Takenaka (mestrado USP) Rafael Burtet (doutorado UnB) Patrícia Sesterheim (doutorado - PUC - Porto Alegre RS). Pós-doutor: Florencia Barbé PUC - Porto Alegre - RS Subprojeto 4: Desenvolvimento de um anticorpo humanizado anti-CD3 para aplicação na clínica médica e avaliação da sua atividade imunorreguladora. Os anticorpos recombinantes se destacam entre os fármacos de nova geração para uso terapêutico. O mercado de biofármacos derivados de anticorpos com atividade biológica específica cresce a cada ano, estimando-se que chegue a US$30 bi em 2010 (Maggon, 2007). O anticorpo monoclonal anti-CD3 OKT3 foi o primeiro anticorpo a ser utilizado clinicamente para prevenir a rejeição de órgãos transplantados. Essas moléculas possuem ação efetiva sobre as de células T, depletando-as, ou inibindo a sua função efetora. Esse efeito imunológico aponta um potencial de utilização mais amplo; além do transplante, em doenças auto-imunes. No entanto, a utilização continuada de anticorpos monoclonais, como o OKT3, é limitada por sua toxicidade, em parte provocada por sua natureza heteróloga. Nesse sentido, procura-se modificar anticorpos anti-CD3 por meio de sua humanização ou modulação de sua capacidade efetora. Atualmente, existem 5 anticorpos anti-CD3 em testes clínicos: 2 murinos; 1 quimérico (humano e murino); 1 humanizado (manipulação genética a 59 partir de um anticorpo murino) e 1 humano Além de já qualificados para a terapia póstransplante e para Diabetes do tipo I, esses anticorpos estão sendo testados para outras doenças, como a Doença de Crohn, a Colite ulcerativa, linfomas e câncer de mama (www.clinicaltrials.gov). Em uma experiência pioneira no Brasil, o Instituto Butantan produziu um anticorpo anti-CD3 a partir de hibridoma, em condições GMP (do inglês, Good Manufacture Practices, Boas Práticas de Manifatura), para uso clínico, e esse produto foi testado clinicamente no HC FMUSP (Lemos et al., 2006). Tendo em vista o potencial clínico do anticorpo anti-CD3 murino, e por outro lado, a sua limitação de uso devido à sua alta imunogenicidade, o grupo da UnB iniciou, em parceria com o Instituto Butantan e InCor, o processo de humanização desse anticorpo. Inicialmente, foram desenhadas duas construções totalmente humanizadas produzidas em Pichia pastoris na forma de scFv (Fragmento variável de cadeia única) (Costa, 2004). Uma segunda geração desses anticorpos foi produzida na forma de FvFc (fragmento de anticorpo na forma de scFv conectado ao Fc de IgG1 humana), em clones de células animais (CHO). Esse anticorpo recombinante foi capaz de se ligar especificamente a linfócitos T humanos, competindo com os anticorpos comerciais OKT3 e UCHT, mas com uma menor afinidade. Além disso, em ensaios, in vitro, de cultura de linfócitos humanos na presença do anti-CD3 humanizado, ou do anticorpo monoclonal OKT3 murino, observamos que o anticorpo humanizado foi menos mitogênico do que o OKT3 e induziu maior produção de IL-10 e menor produção de IFNγ e IL-5. Com base nesses resultados, ainda que preliminares, sugerimos que o nosso anticorpo anti-CD3 humanizado possa induzir atividade imunorreguladora. Na presente etapa do projeto abordaremos 3 características do h-anti-CD3: (i) sua capacidade imunorreguladora, in vitro, (ii) o papel da sua afinidade de ligação à molécula CD3, e da porção efetora (Fc), na atividade potencialmente imunorreguladora. O objetivo é verificar como anticorpos com especificidades similares podem redundar em efeitos opostos na ativação linfocitária. Para avaliar a afinidade e sua importância no efeito biológico, utilizaremos a ressonância plasmônica de superfície usando, in vitro, um fragmento recombinante correspondente ao dímero das cadeias acessórias ao TCR γε imobilizado (Kjer-Nielsen et al., 2004). Além disso, serão gerados mutantes de anticorpo anti-CD3 baseados no modelo molecular do anti-CD3. As recentes publicação da estrutura tridimensional do complexo OKT3/CD3 (Kim et al., 2000) e da estrutura cristalina do UCHT, outro anti-CD3 que reconhece um epitopo sobreponível com o OKT3 (Arnett et al., 2004), servirão de base para a sugestão de alterações na estrutura do domínio humanizado que possam contribuir com a ligação. Serão realizadas análises estruturais mais refinadas por modelagem molecular associados a estudos de mutagênese sítio-dirigida de aminoácidos que são importantes para que ocorra a interação antígeno-anticorpo, permitindo a identificação de regiões específicas de ligação, e a interação entre as cadeias VH e VL. Para a verificação do papel do Fc na resposta biológica do h-anti-CD3, serão comparadas as 60 versões humanizadas com a versão quimera, contendo as cadeias variáveis murinas do OKT3. Além disso, serão gerados mutantes do Fc que sabidamente alteram a capacidade efetora da IgG1 humana. Todas essas construções serão testadas quanto à afinidade ao antígeno, e quanto à capacidade de ativar linfócitos in vitro. Este projeto dá continuidade a estudos anteriores a fim de se obter anticorpos totalmente humanizados, modificados para apresentar um melhor efeito modulador da resposta de linfócitos T. Esses estudos poderão contribuir para a compreensão do efeito biológico da interação entre o anti-CD3 humanizado e a molécula CD3, contribuindo para protocolos clínicos mais simples e baratos baseados em reagentes de última geração. Em função dos resultados obtidos nos estudos pré-clínicos, estimamos iniciar ensaios clínicos de fase I com o nosso anticorpo anti-CD3 humanizado, dentro de 3-4 anos. Objetivo Geral Nosso o objetivo nesse projeto é preparar um anticorpo humanizado anti-CD3 para utilização na clínica médica como imunomodulador. Nesse sentido, propomos estudos para avaliar a sua capacidade imunorreguladora e o papel da afinidade do anticorpo nesta atividade e também a redução da capacidade efetora por meio de modificações no Fc. Objetivos específicos 1. Construir anticorpos quimeras com mutagênese sítio-dirigida de resíduos selecionados e anticorpos humanizados com e sem mutação dirigida do Fc. 2. Analisar a afinidade dos anticorpos gerados, pela molécula CD3, in vitro. 3. Analisar o efeito dos anticorpos na indução de proliferação, produção de citocinas e na expressão de fatores de transcrição imunorreguladores, em células mononucleares do sangue periférico. 4. Analisar o efeito dos anticorpos na geração de células T com atividade supressora, in vitro. 5. Produzir os anticorpos em condições GMP, para uso clínico. 6. Realizar testes pré-clínicos. 7. Realizar ensaios clínicos de fase I. Equipe Pesquisadores do iii: Responsáveis: Marcelo de Macedo Brígido e Andréa Queiroz Maranhão – UnB Verônica Coelho – InCor FMUSP Ana Maria Moro – Instituto Butantan David Saitovitch – PUC, Porto Alegre, Rio Grande do Sul Jorge Kalil – InCor FMUSP Alunos: Maryani Andressa Bezerra (Mestrado UnB) 61 Janaina do Nascimento Lima Matias de Paula (doutorado UnB) Yuri Santos Oliveira (Mestrado UnB) Hernandez Moura Silva (doutorado USP) Pedro Manoel Mendes Vieira (mestrado USP). 62 F. Câncer O câncer é a doença que mais mata pessoas com idade abaixo de 85 anos, sendo o principal problema de saúde pública dos países desenvolvidos (Jemal et al., 2007). Apesar do número de casos estar aumentando em todo o mundo, as taxas de mortalidade estão em declínio principalmente nos países desenvolvidos onde a doença é detectada precocemente e tratada adequadamente. Em contrapartida, tanto a incidência como a mortalidade estão aumentando nos países em desenvolvimento. Oitenta por cento das mortes por câncer ocorrem nestes países. É esperado que a diferença entre países desenvolvidos e em desenvolvimento aumente substancialmente e economistas da saúde prevêem que o câncer poder tornar-se um impedimento ao desenvolvimento socio-econômico em nações economicamente emergentes. No Brasil, as estimativas para o ano de 2008 e válidas também para o ano de 2009, apontam que ocorrerão 466.730 casos novos de câncer. O tratamento da doença, quando possível, consiste na remoção cirúrgica do tumor primário seguida de radio e/ou quimioterapia adjuvante para o combate à doença residual e metastática. No entanto tais terapias adjuvantes são altamente inespecíficas e tóxicas para as células normais, resultando em efeitos colaterais nem sempre tolerados pelos pacientes (Cooper, 2000). Neste contexto, a imunoterapia contra o câncer é considerada uma promessa de tratamento eficaz e específico e tem sido amplamente explorada pela indústria farmacêutica. As abordagens imunoterapêuticas para o combate do câncer incluem, até o momento, a transferência passiva de anticorpos, a transferência adotiva de células T e as vacinas terapêuticas (Baxevanis et al. 2008) . O desenvolvimento de vacinas terapêuticas contra o câncer tem sido uma das principais áreas de pesquisa do Instituto Ludwig, iniciada no início da década de 90 com a identificação do primeiro antígeno tumoral, denominado MAGE-1, reconhecido especificamente por células T CD8 de um paciente com melanoma (Old, 2008). A identificação de um número significativo de antígenos tumorais se tornou possível nos anos subseqüentes devido ao estabelecimento de sistemas autólogos in vitro para a identificação de antígenos tumorais e do desenvolvimento de metodologias como o “T cell epitope cloning” (Traversari et al. 1992) e o SEREX (Serological identification of antigens by recombinat expression cloning) (Sahim et al. 1995). Os antígenos tumorais conhecidos até o momento podem ser agrupados em 5 categorias principais: antígenos de diferenciação, antígenos correspondentes a proteínas mutadas no tumor, antígenos superexpressos ou amplificados nos tumores, antígenos de origem viral, antígenos Câncer-Testis (CT). Antígenos Câncer-Testis A principal característica dos antígenos CT é a sua restrita expressão nas células germinativas do testículo adulto e do ovário fetal dentre os tecidos normais e sua expressão aberrante em tumores de diferentes tipos histológicos (Simpson et al., 2005). Os antígenos CT são capazes de induzir resposta imune humoral e celular em pacientes com câncer e, devido a essa imunogenicidade, e ao restrito padrão de expressão, são considerados candidatos ideais para o desenvolvimento de vacinas terapêuticas contra o câncer. 63 Os antígenos CT tem sido o enfoque dos programas de identificação de antígenos tumorais e desenvolvimento de vacinas terapêuticas contra o câncer desenvolvidos pelo Instituto Ludwig. Ensaios clínicos nos quais antígenos CT são utilizados como alvo para o desencadeamento da resposta imune anti-tumoral já estão em andamento e são financiados pelo Instituto Ludwig em colaboração com o Câncer Research Institute, em um programa internacional denominado Câncer Vaccine Collaborative (CVC) que envolve mais de 24 centros em 11 países (Old, 2008). Diferentes abordagens imunológicas têm sido utilizadas, dentre as quais destacam-se: vacinação com peptídeos antigênicos ou com a proteína recombinante, transferência de células T ativadas in vitro e transferência de células dendríticas “pulsadas” com o antígeno de interesse (Old, 2008). O antígeno NY-ESO-1 O antígeno NY-ESO-1 é um dos antígenos CT melhor caracterizados até o momento em termos de padrão de expressão e imunogenicidade. Este antígeno foi identificado em 1997 pela presença de anticorpos anti-NY-ESO-1 no soro de um paciente com tumor de esôfago. No ano seguinte, células CD8 foram isoladas a partir de um paciente com melanoma que reconheciam especificamente o antígeno NY-ESO-1 (revisado em Gnjatic et al. 2006). O antígeno NY-ESO-1 apresenta o padrão de expressão característico de antígenos CT sendo expresso na grande maioria dos tumores humanos. A expressão de NY-ESO-1 é detectada em 20 a 30% dos tumores de pulmão, esôfago, fígado, estômago, próstata, ovário, bexiga e melanomas. A expressão de NY-ESO-1 é mais freqüente em tumores de estágios mais avançados e parece estar associada a um pior prognóstico. Esses dados sugerem que a expressão desse antígeno possa estar associada à agressividade do tumor ou a uma menor suscetibilidade ao tratamento quimio e radioterápico (revisado em Gnjatic et al. 2006). O antígeno NY-ESO-1 é também o mais imunogênico dos antígenos tumorais conhecidos até o momento. Respostas humoral e celular CD4 e CD8 são encontradas de forma integrada e interdependente em aproximadamente 5 a 15% dos pacientes com diferentes tipos de tumores. No entanto quando se analisa pacientes com tumores NY-ESO1 positivos essa freqüência sobe para 50%. Respostas humoral e celular não são encontradas em pacientes com tumores que não expressam o antígeno NY-ESO-1 nem em indivíduos sadios. Mais de 12 epítopos distintos já foram descritos para esse antígeno, mapeados em sua maioria nas regiões central e C-terminal do antígeno (revisado em Gnjatic et al. 2006). Vacinas terapêuticas com o antígeno NY-ESO-1 Devido a sua alta imunogenicidade e elevada frequência de expressão em diversos tipos de tumores humanos, NY-ESO-1 é considerado o antígeno mais promissor para o desenvolvimento de vacinas terapêuticas. Mais de 34 ensaios clínicos utilizando diferentes formulações de vacinas (peptídeos, proteína recombinante, vetores bacterianos e virais e 64 diferentes adjuvantes) com o antígeno NY-ESO-1 foram e estão sendo realizados no momento. Nestes ensaios, uma das prioridades tem sido o monitoramento da resposta imune dos pacientes após as imunizações. Esse monitoramento imunológico permite a comparação entre os diferentes ensaios e a identificação de formulações de vacina e estratégias de imunização mais eficazes e capazes de induzir uma resposta humoral e celular integrada (Old, 2008). A formulação de vacina mais utilizada para o antígeno NY-ESO-1 é a com peptídeos HLA-A2 sintéticos em combinação com diferentes adjuvantes (CpG, Adjuvante imcomplete de Freund, GM-CSF, IL2). Tais formulações já foram testadas em pacientes com tumores de ovário, pulmão, melanoma e sarcoma sinovial. No entanto, os resultados mais promissores foram obtidos nos ensaios com a proteína NY-ESO-1 recombinante expressa em E. coli (Murphy et al., 2005), a qual foi capaz de induzir uma resposta imune humoral e celular integrada nos pacientes imunizados (revisado em Gnjatic et al. 2006). O primeiro ensaio clínico utilizando a proteína recombinante NY-ESO-1 foi conduzido pela filial do Instituto Ludwig em Melbourne - Austrália. Neste ensaio duplo-cego com placebo, a proteína foi utilizada em conjunto com o adjuvante ISCOMATRIX (partículas encapsuladoras compostas por lipídeos e saponina) para a imunização de pacientes com melanoma. Uma resposta imune integrada foi observada exclusivamente em todos os pacientes imunizados com NY-ESO-1/iscomatrix (Davis et al., 2004, Chen et al., 2004). Esta formulação está no momento sendo utilizada em ensaios de fase clínica II também em pacientes com melanoma e foi recentemente licenciada sem exclusividade de uso pelo Instituto Ludwig para a GSK (Glaxo Smith Klein). Resultados preliminares desse ensaio confirmam a indução de uma resposta imune integrada capaz de prevenir a ocorrência de doença metastática nos pacientes imunizados. Os resultados desses ensaios serão comparados com outros ensaios também em andamento nos quais a proteína recombinante NY-ESO-1 está sendo utilizada em combinação com os adjuvantes BCG e CHP (cholesterolbearing hydrophobized pullulan) para a imunização de pacientes com tumores de bexiga (Kawabata et al., 2007). Utilização de LPS na formulações de vacinas com a proteína recombinante NY-ESO-1 A utilização de moléculas imunoestimulatórias capazes de ativar receptores toll-like, em particular o LPS, parece muito promissora para o desenvolvimento de vacinas terapêuticas contra o câncer (Smits et al. 2008). Dados recentes da literatura mostram que a ativação de receptores toll like, em particular TLR4, é capaz de induzir uma resposta inflamatória levando a redução da massa tumoral (Andreani et al., 2007). No entanto a utilização de LPS como adjuvante pode levar a uma toxicidade indesejada e subprodutos derivados do LPS com menor toxicidade tem sido considerados mais promissores para a utilização como adjuvantes. O MPL – monofosforil lipídeo A, obtido pela hidrose do lipopolissacarídeo da Salmonella minesonta, é um derivado do LPS e apresenta baixa toxicidade e propriedade 65 imuno-estimuladora. Justifica-se assim o fato que o MPLA derivado da Salmonella venha sendo investigado como ajduvante para vacinas em humanos desde 1990. Este produto foi formulado com o nome de MF59 e está sendo considerado o primeiro adjuvante sem alume aprovado pela Comunidade Europea com o nome de Fluad (Ott el al, 2000). Traços de LPS presentes na vacina celular da Bordetella pertussis são a principal fonte de toxicidade. Este fato levou pesquisadores do Instituto Butantan a desenvolver um método para extração do LPS da bactéria. A separação do LPS permitiu produzir uma vacina celular DTP com baixa toxicidade e baixo custo. O LPS extraído é submetido a hidrólise ácida liberando o MPLA, que é purificado por cromatografia de afinidade. Este método simplificado leva à produção de MPLA da B. pertussis a custo bem baixo. Ensaios com MPLA da B. Pertussis, em emulsão ou suspensão, não se revelaram tóxicos como esperado. Só muito recentemente investigou-se a resposta celular para vacinas de influenza e hepatite B. Na vacina da Influenza, a combinação de MPLA da B. pertussis e hidróxido de alumínio como adjuvante leva, em camundongos, a um balanço entre a resposta humoral e celular com aumento acentuado na resposta imune tipo Th1, mostrando ser capaz de aumentar a imunogenicidade e diminuir o seu custo (Quintilio et al., 2008). O objetivo principal deste projeto é usar o MPLA produzido pelo Butantan como adjuvante de uma vacina terapêutica com o antígeno NY-ESO-1. Comprovando-se a eficácia deste composto (vacina + adjuvante) atingiremos nossa missão de disponibilizar para a população brasileira uma nova terapia de combate ao câncer a custo muito abaixo do que está disponível atualmente no mercado. Sub-projeto 1: Vacinação Yerapêutica com NY-ESO-1 e Adjuvante MPLA em Pacientes com Câncer Epitelial de Ovário: Testes Clínicos Fase I/II O câncer de ovário persiste como a principal causa de morte por câncer ginecológico entre as mulheres ocidentais. No Brasil, a incidência é de 6.000 novos casos diagnosticados e 2.700 mortes. A Ressonância Nuclear Magnética vem se mostrando como um método de alta acurácia para diagnóstico diferencial pré-operatório de tumores benignos e malignos. Como marcador do adenocarcinoma seroso, o CA-125 está bem determinado, porém com capacidade preditiva baixa, principalmente em estágios iniciais, com valores acima do normal em 50 a 77% casos em estadio I, 90% em estadio 2, 92% em estadio 3 e 94% em estadio 4. O diagnóstico de certeza é histopatológico. Em geral, a taxa de sobrevida de 5 anos para o estágio III/IV deste tipo de câncer é estimada em 31%. O tratamento do câncer de ovário difere de acordo com subtipo histológico, grau histológico e estadiamento, mas consiste basicamente em cirurgia e quimioterapia. Apesar de muitas pacientes que se submetem a cirurgia e quimioterapia na fase inicial da doença conseguirem uma regressão completa do tumor, cerca de 50 – 75% das pacientes recidivam. Uma vez ocorrendo a reincidiva, existem alguns agentes quimioterápicos com atividade conhecida a serem aplicados, como a repetição do tratamento com quimioterapia baseada em platina, topotecan, doxorubicina, 66 gemcitabine, vinorelbine entre outros. Entretanto, nenhuma terapia curativa está disponível atualmente e a sobrevida dificilmente ultrapassa 2 anos. O antígeno NY-ESO-1 é expresso em 30-40% dos tumors de ovário e é capaz de induzir resposta immune humoral e cellular espontânea nesses pacientes (Yakirevich et al., 2003, Odunsi et al., 2003, Qian et al., 2004) . Aproximadamente 20% dos pacientes com câncer de ovário apresentam anticorpos anti NY-ESO-1 na ocasião da ressecção cirúrgica. O desencadeamento de uma resposta immune anti-NY-ESO-1 parece ter um efeito protetor em pacientes com câncer de ovário (Sato et al., 2005). Dois ensaios clínicos de vacinação com o antígeno NY-ESO-1, em pacientes com câncer de ovário foram realizados até o momento. Um ensaio de fase I mostrou que a vacinação induziu resposta imune humoral e celular nos pacientes vacinados (Odunsi et. al, 2007). Tolerância e imunogenicidade foram também testadas em um ensaio – fase I, com vacinação do pepitídeo NY-ESO-1b e adjuvante Montanide em pacientes portadores de câncer epitelial de ovário com alto risco de recidiva (Diefenbach et. al., 2008). Um ensaio clínico de fase II está sendo iniciado para avaliação da imunogenicidade com uso da vacina recombinante Fowlpox NY-ESO-1 em 22 pacientes com câncer epitelial de ovário nos estadios II, III ou IV da doença. Objetivos O objetivo deste projeto é determinar a segurança, a tolerabilidade, a imunogenicidade e a eficácia da vacina terapêutica NY-ESO-1, utilizando como adjuvante o MPLA de B. Pertussis, em pacientes com adenocarcinoma seroso de ovário. IMPACTO E INOVAÇÃO Trata-se de projeto multidisciplicar caracterizado pela concentração de esforços do Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer, do Instituto Butantan, do Hospital das Clínicas da FMUSP, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC) e de profissionais altamente especializados em imunologia que compoem a rede do Instituto do Milenium (iii) para avaliar o uso do MPLA, produzido pelo Instituto Butantan, como adjuvante da vacina terapêutica contra o câncer NY-ESO-1, desenvolvida pelo Instituto Ludwig. Comprovando-se a eficácia deste composto (vacina + adjuvante) nos testes clínicos fase I e II, pretende-se transferir a tecnologia necessária para que o Instituto Butantan passe a produzir a vacina. Pode-se, então, estimar o impacto e carater inovador deste projeto ao disponibilizar para a população brasileira uma nova terapia de combate ao câncer, produzida no Brasil, a custo muito abaixo do que está disponível, atualmente no mercado. Desenho Experimental 1. Fornecimento do Antígeno, de Anticorpos Monoclonais e do Adjuvante A proteína recombinante NY-ESO-1 a ser utilizada nos ensaios clínicos descritos a seguir será fornecida pelo Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer. A longo prazo, dependendo do resultado obtido neste estudo, o antígeno passará a ser produzido em 67 plataforma montada no Instituto Butantan. O Instituto Ludwig ficará também responsável pelo fornecimento de anticorpos monoclonais anti NY-ESO-1 para avaliar a expressão do antígeno nos espécimes tumorais através de imuno-histoquímica. O Instituto Butantan será responsável por produzir e disponibilizar o MPLA da B. pertussis. Um acordo entre estas duas Instituições está sendo firmado. 2. Ensaios Clínicos A segurança, a imunogenicidade e a eficácia clínica da vacinação com o antígeno NY-ESO-1 em combinação com o MPLA de B. pertussis serão avaliadas em dois ensaios clínicos realizados em pacientes com adenocarcinoma seroso de ovário atendidos nos serviços de Ginecologia e Oncologia Clínica do Hospital da Clínicas da Universidade de São Paulo. Posteriormente, será considerada a inclusão de pacientes atendidos no Hospital Alemão Oswaldo Cruz e também pacientes oriundos da Rede Nacional de Unidades de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino (MS / MCT / FINEP / CNPq). O primeiro ensaio será realizado para determinar a toxicidade da combinação NY-ESO-1/MPLA. Esse ensaio envolverá 9 pacientes divididas em 3 grupos de estudo que receberão 100ug da proteína recombinante NY-ESO-1 em combinação com doses escalonadas de MPLA (15, 45 e 135ug). Cada paciente irá receber 3 doses da formulação, administradas via intra-muscular, com intervalo de 4 semanas entre as doses, sendo a primeira imunização realizada após 4 semanas do término do tratamento padrão com quimioterápicos (taxol e cisplatina). A avaliação da toxicidade e imunogenicidade será realizada após cada uma das imunizações e 4 semanas após a última imunização. A formulação que apresentar menor toxicidade e maior imunogenicidade será utilizada em ensaio clínico de fase II também em pacientes com adenocarcinoma seroso de ovário. Esse segundo ensaio envolverá 60 pacientes divididas em 2 grupos que receberão a formulação NY-ESO-1/MPLA e o MPLA somente. O esquema de imunização será o mesmo utilizado no ensaio clínico de fase I. As pacientes que apresentarem recidiva da doença irão interromper o tratamento e serão acompanhadas na sobrevida, enquanto as demais pacientes serão tratadas até a progressão da doença ou até uma dosagem insuportável de toxicidade. Neste ensaio a avaliação da imunogenicidade e eficácia clínica do tratamento será realizada a cada 3 doses da vacina. 3. Critérios de inclusão e exclusão das pacientes Serão incluídas neste estudo pacientes com idade igual ou acima de 18 anos, com diagnóstico comprovado de carcinoma epitelial de ovário, submetidas ao tratamento padrão com quimioterapia e cirurgia, e que não apresentarem evidência clínica da doença após o tratamento documentadas por exame clínico, tomografia e análise dos níveis séricos de CA125. Todas as pacientes incluídas no estudo também devem apresentar prova histológica por meio de imuno-histoquímica da expressão do antígeno NY-ESO-1 no tumor primário. As pacientes irão receber informações sobre o estudo e assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido antes de qualquer procedimento. O estudo será submetido para 68 avaliação do Comitê de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. As pacientes devem apresentar bom estado geral (Karnofsky performance status 70%), e os seguintes parâmetros laboratoriais dentro de, no mínimo, 2 semanas antes do primeiro dia do estudo: contagem de neutrófilos totais 1.5 x 109 / L, contagem de plaquetas 100 x 109 / L, bilirrubina no soro 2.0 mg/dL, aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT) 2.5 x o limite superior do valor normal (ULN), creatinina 2.0 mg/dL, tempo de protrombina < 1,3 x controle. Serão excluídas do estudo pacientes com uso continuo de esteróides sistêmicos, agentes imunossupressores e antibióticos, doença cardíaca clinicamente significativa (Segundo Associação do Coração de New York: Classes III e IV), e história de tumor anterior (com exceção de câncer de pele não-melanoma ou carcinoma in situ de útero cervical, adequadamente tratados). 4. Critérios de Avaliação do Estudo - Avaliação da Tolerância / Toxicidade: Serão avaliados os eventos adversos utilizando critérios do CTCAE (Common Terminology Criteria for Adverse Events) logo após a primeira imunização em ambos os ensaios. Serão considerados os parâmetros de toxicidade no câncer através de anamnésia clínica (sinais vitais: pressão arterial, rítmo de pulsação e temperatura), exame físico, parâmetros de exames laboratoriais (hematologia, sorologia e urina). - Avaliação da Imunogenicidade: A presença de anticorpos específicos anti-NY-ESO-1 será avaliada por ELISA e resposta imune celular CD4 e CD8 será avaliada através de ELISPOT. Essa avaliação será realizada após cada uma das imunizações no ensaio clínico de fase I e após a terceira imunização e nas imunizações subseqüentes no ensaio clínico de fase II. - Avaliação da Eficácia Clínica da Vacinação: A reincidiva do tumor, o aparecimento e progresso de metástases, a sobrevida livre de doença e global serão avaliadas no ensaio clínico de fase II após a terceira imunização. Tomografia e exames clínicos e laboratoriais (CA-125) serão usados nesta avaliação. NOTA: Esta é uma sinopse do Protocolo que será adotado. Uma versão mais detalhada será submetida às Comissões de Ética em Pesquisa das Instituições envolvidas e a ANVISA para aprovação do estudo. Sub-projeto 2: Avaliação de NY-ESO-1 como Potencial Alvo de Imunoterapia em Pacientes com Glioblastoma As propriedades invasivas dos tumores malignos do Sistema Nervoso Central (SNC) são de relevante importância clínica, uma vez que contribuem para a não resposta às modalidades terapêuticas correntes (cirurgia, radioterapia e quimioterapia). A sobrevida média após o diagnóstico de glioblastoma (GBM), o tumor maligno do SNC mais freqüente, é de 17 semanas sem tratamento e 30 semanas com cirurgia e radioterapia. Esta sobrevida aumenta para 50 semanas, com uso da quimioterapia, embora se observem muitos efeitos 69 colaterais e queda na qualidade de vida do paciente. A característica infiltrativa destes tumores, dificultando a ressecabilidade completa e radio e quimiorresistência destas células tumorais, corroboram para ineficácia destas modalidades terapêuticas tradicionais. Um aspecto fundamental na terapêutica de câncer é a elucidação das bases celulares da doença. Neste sentido, a descoberta de células tronco em tumores tem sido relevante nos últimos anos. Células responsáveis pelo desenvolvimento e recorrência de tumores foram inicialmente identificadas em leucemia mielóide, considerada uma doença de célula tronco (Bonnet et al., 1997). Posteriormente, subpopulações com características de células tronco e capacidade tumorigênica foram descritos em outros tipos de tumores, inclusive em GBMs, nos quais expressam o marcador de célula tronco CD133, formam oncosferas e correspondem por 1 a 25% da massa tumoral com alto potencial tumorigênico (Singh et al., 2003). Recentemente, foi descrito que células CD133 positivas determinam recidiva tumoral, resistência a radio e quimioterapia (Bao et al., 2006a; Kang e Kang, 2007), contribuem para angiogênese (Oka et al., 2007), influenciando, assim, o prognóstico clínico. A expressão de antígenos CT em GBMs foi descrita inicialmente por Sahin et al. (1995). Sua expressão foi também observada em tumores pediátricos, incluindo GBMs (Bodey et al., 2008). Observações preliminares no nosso grupo mostraram que cerca de 4% das células de GBMs apresentam expressão do antígeno NY-ESO-1, levantando a hipótese de que estas células podem apresentar características de células tronco tumorais, responsáveis pela recidiva e resistência a terapias vigentes. Se esta hipótese se confirmar, o antígeno NY-ESO-1 pode ser um potencial alvo para imunoterapia neste tipo de tumores. Terapias imunoestimulatórias têm sido propostas como um tratamento alternativo e promissor para pacientes com GBMs e a busca de novos alvos terapêuticos é de fundamental importância para esta finalidade (Yamanaka, 2008; Das et al., 2008). Objetivos Analisar a expressão de NY-ESO-1 como marcador de células tronco em GBM e potencial alvo de imunoterapia. IMPACTO e INOVAÇÃO A busca de novos alvos terapêuticos para o tratamento de pacientes com GBM é de fundamental importância para uma melhora do prognóstico, uma vez que as modalidades atuais de tratamento acrescentam pouco na sobrevida destes pacientes. Células tronco tumorais presentes em GBMs têm sido alvo de intenso estudo, uma vez que são responsáveis pela recidiva, angiogênese e resistência às terapias vigentes. Estas características levantam uma hipótese atraente de que os GBMs podem ser curados atacando-se as células tronco tumorais. Desta forma, a expressão de antígenos nestas células são importantes, pois podem ser alvos para novas modalidades terapêuticas, incluindo imunoterapias. Desenho experimental e Métodos 70 A análise de expressão do gene NY-ESO-1 será realizada por PCR em tempo real. Serão comparados os pares de oncosferas derivadas de amostras de GBMs e seus respectivos tumores originais. A análise da expressão da proteína será realizada em amostras de GBMs por imunohistoquímica. Oncosferas Amostras de GBMs serão removidas durante ressecção cirúrgica e ressupensas em meio de cultura, de acordo com metodologia descrita (Okamoto et al., 2007). Os tecidos serão lavados, homogenizados mecanicamente e ressuspensos em meio DMEN contendo 10% de soro fetal bovino e antibióticos (estreptomicina, penicilina e gentamicina) e serão mantidas a 37°C em atmosfera com 5% de CO2. Células não aderentes em crescimento serão mantidas em cultura por até 3 dias. Nestas condições, algumas células de GBM exibem expansão clonal in vitro e formam pequenas colônias conhecidas como oncosferas. Extração de RNA e síntese de cDNA RNA será extraído das oncosferas, bem como dos tumores originários correspondentes, utilizando kit RNeasy Mini Kit (Qiagen). A síntese de cDNA será realizada por transcrição reversa com SuperScript III, utilizando-se oligo(dT) e hexâmeros randômicos, de acordo com as instruções do fabricante (Invitrogen). Imunohistoquímica Para a expressão de NY-ESO-1, cortes de 5µm de tumores incluídos em parafina serão desparafinizados e re-hidratados. O anticorpo monoclonal E978 contra NY-ESO-1, gerado pelo Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer (Jungbluth et al., 2001), será utilizado. A detecção do anticorpo primário será realizada com anticorpo secundário anticamundongo (Vector Labs), seguido de sistema de avidina e biotina (ABC-Elite, Vector Labs). 3’3’-diaminobenzidina sera utilizada como cromógeno. Equipe: Responsável: Anamaria Camargo - Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer em São Paulo (LICR) Sandro de Souza - LICR Jorge Kalil – InCor, FMUSP Pedro Giavina-Bianchi Jr. – Serviço de Alergia e Imunologia Clínica, FMUSP Colaboradores Nacionais: Juçara Parra – LICR Sueli Mieko Oba Shinjo, Departamento de Neurologia, FMUSP Roseli da Silva, Departamento de Neurologia, FMUSP Jesus Carvalho, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, FMUSP Paulo Hoff, Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, FMUSP 71 Gustavo Kesselring, Hospital Alemão Oswaldo Cruz Maria Leonor Sarno de Oliveira, Instituto Butantan Colaboradores Internacionais: Andrew John George Simpson, Ludwig Institute for Cancer Research, New York, EUA Lloyd Old, Ludwig Institute for Cancer Research (LICR) em New York, USA Sacha Gnjatic, Ludwig Institute for Cancer Research (LICR) em New York, EUA Achim Jungbluth, , Ludwig Institute for Cancer Research (LICR) em New York, EUA Gerd Ritter, , Ludwig Institute for Cancer Research (LICR) em New York, EUA INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS / PARTICIPANTES Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Depto. Neurologia: Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer em São Paulo (LICR): Ludwig Institute for Cancer Research (LICR) em New York, USA: Faculdade de Medicina da USP Hospital Alemão Oswaldo Cruz Instituto Butantan Rede Nacional de Unidades de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino (MS / MCT / FINEP / CNPq) Subprojeto 3. Estudo de fase II da injeção intra-tumoral neoajuvante da vacina de DNAhsp65 em pacientes portadores de carcinoma epidermóide da cavidade oral. Nesse ensaio clínico, os pacientes serão tratados no Serviço de cirurgia de cabeça e pescoço do HCFMUSP sob responsabilidade do Dr. Pedro Michaluart Jr. Um dos objetivos desse estudo é a avaliação imunológica dos pacientes tratados, que será feita sob responsabilidade da Dra. Verônica Coelho e do Dr. Edécio Cunha Neto. Objetivos Estabelecer a eficácia da vacina de DNA codificando uma proteína de choque térmico de M. leprae (hsp65) no tratamento de do carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço. . Já encerramos um ensaio de fase I com sucesso utilizando essa vacina de DNA, o que motivou o ensaio de fase II proposto nessa etapa. 72 Desenho experimental e Métodos Estudo de Fase 2 prospectivo, aberto e não-randomizado da aplicação intra-tumoral da vacina de DNA-HSP65 (Heat Shock Protein) do Mycobacterium leprae como um tratamento neo-adjuvante.Iremos definir se a utilização desta vacina em pacientes com uma condição clínica e imunológica melhor que os incluídos na Fase I pode ser útil como uma estratégia neo-adjuvante à cirurgia. Assim, 60 pacientes com diagnóstico recente de carcinoma de cavidade oral, localmente invasivos receberão três aplicações de 400mcg com duas semanas de intervalo entre elas. Após as injeções (dias 0, 14 e 28), o paciente será submetido à ressecção do tumor conforme protocolo de tratamento da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HCFMUSP. A fim de verificarmos se a vacina é capaz de reduzir significativamente o tamanho do tumor, serão realizadas tomografias antes do inicio das injeções e pouco antes da cirurgia. Como o tratamento desses pacientes inclui a ressecção completa do tumor, analisaremos nos espécimes diversos aspectos histopatológicos e moleculares potencialmente relacionados à intervenção proposta. A presença de inflamação tumoral, detectável clinicamente e/ou histologicamente, será analisada e correlacionada com a atividade/resposta à vacina (surrogate marker). A toxicidade causada pela vacina será avaliada local e sistemicamente utilizando o NCI-CTC (National Institute of Cancer-Common Toxicity Criteria). Ainda, como objetivo secundário, os pacientes serão avaliados em relação à sobrevida livre de doença e à sobrevida global a longo prazo. SELEÇÃO DOS PACIENTES Critérios de Inclusão Pacientes com confirmação histológica de carcinoma epidermóide de cavidade oral. Tumor mensurável diretamente e através de tomografia (maior diâmetro superior a 20mm). Paciente não podem ter sido submetidos a tratamento com radioterapia ou quimioterapia previamente ao inicio do protocolo. Tumor passível de ressecção cirúrgica. Idade maior ou igual a 18 anos. ECOG performance status menor ou igual a 2 (Karnofsky maior ou igual a 70%) Expectativa de vida maior que seis meses. Capacidade de compreender e assinar o consentimento informado oferecido. Pacientes devem ter funções orgânicas e medulares normais. Critérios de Exclusão Pacientes recebendo qualquer outra droga em investigação. Pacientes com metástases a distância. 73 História prévia de reações alérgicas atribuídas a componentes químicos similares ou composições biológicas semelhantes a vacinas de DNA. História de doença auto-imune sistêmica com acometimento de órgãos internos (por exemplo, hepatite auto-imune, retocolite ulcerativa inflamatória). Portador de Imunodeficiência primária ou secundaria a drogas (e.g.transplantados). Doenças incontroláveis como insuficiência cardíaca progressiva sintomática, angina pectoris instável, arritmia cardíaca ou doenças psiquiátricas que possam limitar o cumprimento dos requerimentos para o estudo. Pacientes portadores de HIV podem apresentar tumores de comportamento diferente dos tumor epidermóide clássico de Cabeça e Pescoço. Portanto, pacientes HIV-positivos em uso ou não de terapia anti-retroviral são excluídos deste estudo, Entretanto esta população poderá ser incluídas em estudos futuro, que visam especificamente o tratamento de tumores dentro desta população. Pacientes do sexo feminino em idade fértil e que não estejam utilizando um método seguro de contracepção ou com desejo de engravidar. Mulheres grávidas, devido a falta de informação sobre o risco desta vacina em humanos durante a gestação. PLANO DE TRATAMENTO Aplicação da vacina de DNA O tratamento será administrado em regime ambulatorial, através da aplicação da vacina de DNA intra-tumoral nestes pacientes. A dose de 400 mcg da vacina será injetada buscando uma distribuição ampla dentro da massa tumoral, com um volume total de 1,5ml. Esta aplicação poderá ser realizada com a utilização de medicações sedativas, como midazolan intramuscular, para maior conforto dos pacientes, caso haja necessidade. Nenhuma droga em investigação ou tratamento alternativo dos descritos abaixo será ministrado para os pacientes incluídos neste estudo. Tratamento de suporte Todos os pacientes submetidos a aplicação da vacina estarão em regime ambulatorial, sendo que estará reservada vaga em leito de enfermaria caso ocorram efeitos adversos graves ou limitantes, até a completa resolução do efeito observado. Apoio nutricional e de controle de dor serão oferecidos aos pacientes, com uso de analgésicos, anti-inflamatórios ou opiáceos, de acordo com a intensidade do sintoma álgico, seguindo esquema padronizado no serviço. Em caso de reação local intensa, com dor, edema e/ou sangramento local, os pacientes serão tratados sintomaticamente, sendo que o uso de corticóide sistêmico poderá ser considerado caso haja resposta inflamatória local intensa. Qualquer toxicidade sistêmica será tratada de acordo com a necessidade e os conhecimentos clínicos vigentes. Infecções 74 locais serão tratadas com antibióticos em esquemas habituais e de acordo com a gravidade do caso e a localização da infecção. Duração da terapia Na falta de atrasos no tratamento devido a efeitos adversos, o tratamento deve continuar até completar três aplicações com duas semanas de intervalo ou até que ocorra um dos seguintes critérios: • Progressão evidente da doença, • Doenças intercorrentes que possam impedir a continuação da aplicação do tratamento, • Efeito(s) adverso(s) inaceitável(is), de acordo com o CTC, efeitos de grau igual ou superior a 4, • Paciente decida desistir do estudo, ou • Alterações gerais ou específicas nas condições do paciente que sejam consideradas inaceitáveis, no julgamento do investigador, para a continuação do tratamento. Todos os pacientes serão acompanhados indefinidamente no ambulatório do serviço. ATRASO DE APLICAÇÕES/MODIFICAÇÕES NA APLICAÇÃO Em caso de efeitos adversos limitantes às atividades diárias do paciente, a próxima aplicação da vacina pode ser adiada em uma semana. Em caso de efeitos adversos inaceitáveis, com eventos adversos de grau 4 ou superior, o paciente poderá ser afastado do estudo clínico a critério do investigador principal. Caso haja múltiplos eventos adversos atribuíveis ao uso da vacina em grau 3 ou superior, a suspensão do ensaio clinico será considerada em conjunto com o Comitê de ètica do HCFMUSP (CAPPesq). ESTUDOS CORRELATOS/ESPECIAIS • Exames de rotina para mapear o surgimento de toxicidade sistêmica (hemograma, função hepática, função renal, bioquímica, auto-anticorpos de rotina e atividade inflamatória) e testes de hipersensibilidade tardia. • Estudo histológico sobre o impacto do uso intra-tumoral da vacina para avaliar infiltrado inflamatório dentro do tumor após o uso da vacina. Caso haja inflamação, haverá uma busca de caracterizar o perfil das células inflamatórias presentes na massa tumoral. • Capacidade imunogênica da vacina. detectar a fase de surgimento de algum anticorpo durante o tratamento. Qualquer sinal ou sintoma sugestivo de manifestação clinica autoimunidade poderá se utilizar desta soroteca para se mapear a fase exata do surgimento de um auto-anticorpo (e.g. anti-DNA). Esta soroteca também será utilizada para detecção e elevação de títulos de anticorpos anti-HSP humanos e de Mycobacterium sp. A soroteca somente será utilizada com o objetivo de se detalhar o surgimento de autoanticorpos ou mensurar a resposta imune desencadeada pela vacina. Nenhum outro estudo será realizado neste material sem previa autorização do Comitê de Ética. 75 • Coleta de Células mononucleadas sangüíneas periféricas para ensaios de proliferação in vitro de linfócitos a diversos antígenos (peptídeos, proteínas de HSP humanas e derivadas do Mycobacterium sp.). Estes ensaios serão realizados seriadamente em um subgrupo de pacientes. NOTA: Esta é uma sinopse do Protocolo que será adotado. Uma versão mais detalhada será submetida às Comissões de Ética em Pesquisa das Instituições envolvidas e a ANVISA para aprovação do estudo. Equipe Pedro Michaluart Jr (Cordenador), Serviço de cirurgia de cabeça e pescoço do HCFMUSP Verônica Coelho – InCor – HC-FMUSP Edécio Cunha Neto – FMUSP Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro Bastos - ENSP – FIOCRUZ - RJ Maria Regina Alves Cardoso – FSP, USP Guilherme Loureiro Werneck - - ENSP – FIOCRUZ - RJ Esper Kallas - FMSP 76 G. Alergia As doenças alérgicas representam um grupo heterogêneo de manifestações clínicas que atingem cerca de 30% da população mundial. Antígenos de ácaros, animais domésticos, alimentos, pólens, fungos, venenos de himenópteros e medicamentos estão envolvidos na imunopatogênese de doenças como a rinite, asma, dermatite atópica, urticária, anafilaxia, entre outras. Um dos grandes problemas encontrado é a identificação de novos alérgenos. Muitas fontes potenciais sequer foram detectadas, principalmente em se tratando de alérgenos regionais. Além disso há os casos de reatividade cruzada, provocados pela semelhança entre epitopos de proteínas alergênicas diferentes. A imunoterapia alérgeno-específica (SIT), designada como “vacinas” para alergia, é a única forma de tratamento capaz de atuar de forma definitiva modificando a resposta imune alérgica, promovendo controle de sintomas e podendo prevenir o desenvolvimento de novas sensibilizações e asma. O sucesso da SIT é dependente da qualidade dos extratos empregados e da dose de alérgeno utilizada. Os extratos alergênicos utilizados atualmente na SIT são misturas heterogêneas, e sua padronização é difícil de ser realizada. O uso de alérgenos recombinantes para SIT oferece diversas vantagens sobre os extratos alergênicos tradicionais, que incluem: produção de alérgenos de forma consistente, em quantidades essencialmente ilimitadas e com alto grau de pureza, permitindo excelente controle de qualidade e padronização; desenvolvimento, através de engenharia genética, de variantes hipoalergênicas com redução significante da reatividade IgE, mas mantendo a capacidade de estimular células T reguladoras, que permitiriam o uso de doses mais altas de alérgeno com riscos menores de reações adversas. Estudos controlados demonstraram a eficácia e segurança do uso de alérgenos recombinantes de polens (variantes hipoalergênicas ou cocktails desses alérgenos) para imunoterapia em pacientes com rinite alérgica. Além disso, alérgenos recombinantes de várias fontes têm sido usados em testes cutâneos de hipersensibilidade imediata para diagnóstico de alergia, aumentando especificidade, sendo seguros e não associados a risco maior de reações adversas quando comparados a extratos alergênicos convencionais. Subprojeto 1. Caracterização Molecular dos Antígenos Imunodominantes de Novas Fontes de Alérgenos Regionais (Projeto GENAR). Diante do grande número de pacientes que procuram os diversos serviços médicos que compõem o grupo do iii com a suspeita clínica de alergias a novos alérgenos ainda não identificados, o presente subprojeto desenvolverá uma metodologia sistemática para a identificação de novos alérgenos e estudos de reatividade cruzada, utilizando principalmente a abordagem proteômica. O Grupo de Estudo de Novos Alérgenos Regionais (GENAR), constituído pelo Grupo de Pesquisa em Biologia Estrutural e Zooquímica do IBRC-UNESP, pela a Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da USP e Disciplina de Imunologia Clínica do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da 77 USP, utilizará conhecimentos clínicos, técnicas de biologia molecular, biologia estrutural e proteômica, para identificar a caracterizar as proteínas antigênicas de diferentes fontes de alérgenos regionais, tais como artrópodes de hábitos domésticos, venenos de Himenópteros, medicamentos e alimentos. Aproveitando-se da experiência de trabalho em rede gerada nos últimos 6 anos dentro do iii. A identificação das proteínas imunogênicas principais será realizada através de protocolos de análise proteômica, onde as proteínas dos extratos da fonte alergênica serão separadas por eletroforese bidimensional, submetidas então a protocolos de immunobloting com o soro de pacientes alérgicos, identificadas com o uso de protocolos combinados de espectrometria de massa e ferramentas de bioinformática proteômica. As proteínas identificadas como alérgenos principais serão purificadas e/ou manipuladas geneticamente, para sua produção na forma recombinante, para então serem utilizadas em estudos de biologia estrutural e em protocolos de imunoterapia. Objetivos: 1. Detectar e identificar os alérgenos de alimentos, venenos e medicamentos ainda não descritos na literatura dentre os pacientes atendidos pelo Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do HCFMUSP; 2. Identificar possíveis reatividades cruzadas entre estes novos alérgenos identificados e alérgenos já descritos na literatura; 3. Criar uma sistemática de investigação da clínica ao laboratório para a identificação de novos alérgenos regionais, utilizando como modelo inicial amostras de sangue de pacientes alérgicos à mandioca; Subprojeto 2. Implantação de um centro de referência no atendimento de pacientes com asma grave. A asma é uma doença com prevalência mundial estimada em 10%, e por isto um problema de saúde pública, que vem despertando interesse crescente nos pesquisadores (GINA, 2008). Desde 1970, apesar de todo avanço da medicina, existem evidências mostrando que a prevalência da asma aumentou em certas regiões geográficas. Os Hospitais Universitários recebem os casos mais complexos e graves. É importante salientar que a asma grave de difícil controle, embora corresponda a não mais do que 5% de todos pacientes asmáticos, é responsável por cerca de 50% do custo total da doença. Também está associada a uma morbimortalidade maior, com um risco 15 vezes maior de visitas ao serviço de emergência e 20 vezes maior de internações. Atualmente a asma é considerada uma síndrome, ou ao menos uma doença com diversos fenótipos. Os dois principais, são a asma alérgica e a não alérgica. Ao contrário da asma alérgica, cuja fisiopatogenia está bem caracterizada, a etiologia e os mecanismos envolvidos na asma não alérgica não estão elucidados. Alergia desencadeada por antígenos 78 desconhecidos (fungos), infecção persistente (por clamídia, micoplasma ou vírus) e autoimunidade são algumas possibilidades. Estas são questões fundamentais para o entendimento da fisiopatologia da asma e conseqüentemente de avanços em seu tratamento o estabelecimento da relação entre os diversos aeroalérgenos desencadeantes do processo, a determinação de parâmetros válidos de controle da doença para pacientes dentro da realidade sócio-econômica-cultural do Brasil, o entendimento do processo fisiopatológico na asma não alérgica, e a investigação de novos marcadores laboratoriais e agentes terapêuticos para esta doença. Subprojeto 2.1: Alergia respiratória: reação cruzada entre antígenos do Dermatophagoides pteronyssinus e Blomia tropicalis. Os ácaros Blomia tropicalis (Blo t) Dermatophagoydes pteronyssinus (Der p) são encontrados em elevada freqüência na poeira domésticas, principalmente nos países tropicais. A importância desses ácaros nas doenças respiratórias alérgicas já foi previamente descrita por vários autores e a sensibilização por esses ácaros é significantemente elevada em asmáticos. Nos últimos anos, muitos alérgenos da Blo t e Der p vêm sendo clonados e seqüenciados, alguns mostrando homologia. Diversos estudos da literatura demonstraram significante reatividade cruzada entre Blo t e Der p e alguns autores mostram que o extrato de Der p pode inibir 33% da ligação de IgE do extrato de Blo t, e extrato de Blo t pode inibir 13% da ligação da IgE ao Der p. Apesar desses diversos estudos demonstraram variável grau de reatividade cruzada alergênica, estes são realizados in vitro, e apenas um estudo realizou provocação brônquica para determinar o impacto clínico desta reatividade cruzada. Em alguns casos, talvez seja necessário conduzir testes de provocação para definir o alérgeno relevante do ponto de vista clínico e começar tratamento apropriado com imunoterapia específica. Objetivos: 1. Estudar a resposta in vivo através de broncoprovocação de pacientes sensibilizados concomitantemente a Blo t e Der p. 2. Estudar o perfil de especificidade da IgE destes pacientes através de Western Blot. 3. Estudar a influência da imunoterapia antígeno-específica com um ou com ambos os antígenos na apresentação clínica da doença e em seus parâmetros laboratoriais Subprojeto 2.2: Validação de um questionário de aferição do controle da asma. Não existe uma unanimidade sobre qual é a melhor maneira para aferir o controle da asma, provavelmente porque não exista um único método e sim diversos critérios que devem ser avaliados em conjunto. Trabalhos têm demonstrado que nem sempre há uma correlação entre eles, enfatizando a necessidade de analisar em grupo mais de um método de aferição. Por exemplo, o FEV1, um dos índices mais utilizados no acompanhamento dos pacientes, 79 pode não manter correlação com o óxido nítrico exalado e com os questionários de aferição do controle da asma. Estes últimos foram criados com o objetivo de estruturar e padronizar a avaliação do paciente e englobam dados clínicos, de função pulmonar e até de inflamação. Alguns questionários estão validados e recebem graduação em escores que permitem o seguimento dos doentes. Entretanto, não existe um questionário validado para a língua portuguesa de fácil aplicação e ampla utilização e que seja aplicável à realidade da maiorira dos pacientes no Brasil. O Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do HC da FMUSP elaborou um questionário para o acompanhamento de pacientes com asma que será validado através de sua comparação com os critérios do GINA, as medidas espirométricas, a celularidade do escarro induzido e a mensuração do óxido nítrico exalado. O questionário é composto por seis itens que devem ser avaliados em um sistema de graduação de 0-7, através de uma média semanal do observado no último mês. Participarão do estudo 80 pacientes. A validação do questionário que permitirá a melhor avaliação do controle dos pacientes com asma. Nosso objetivo neste subprojeto é: 1. Validar um questionário de avaliação do controle da asma apropriado para os pacientes brasileiros. Subprojeto 2.3: Caracterização do padrão imunopatológico na asma não alérgica Os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no desenvolvimento da asma, principalmente da forma não alérgica, não estão completamente esclarecidos. Sabe-se que a asma envolve uma resposta inflamatória heterogênea de vias aéreas, onde muitas células participam. Além da asma alérgica, caracterizada pela resposta de linfócitos auxiliares com perfil Th2 e subseqüente inflamação eosinofílica. Existe um crescente reconhecimento de formas não eosinofílicas de asma, particularmente em indivíduos com doença grave e asma não alérgica. Vários estudos consideram os neutrófilos como os responsáveis pelo infiltrado celular não eosinofílico. A neutrofilia na asma poderia ser conseqüência da própria doença ou de seu tratamento, com uso prolongado de corticóide. A asma brônquica é caracterizada por hiper-responsividade e inflamação das vias aéreas. Dados da literatura têm demonstrado que este processo inflamatório na realidade é sistêmico e portanto marcadores sistêmicos de inflamação podem ser úteis na avaliação do paciente asmático. Vários marcadores dessa inflamação vêm sendo estudados, mas é necessário encontrar novos métodos, acessíveis, reprodutíveis, não invasivos, para reforçar as medidas de inflamação na asma. A proteina C reativa é um reagente de fase aguda secretado, principalmente pelos hepatócitos, na presença de IL-6. Recentemente, a dosagem de proteína C reativa ultra-sensível vem sendo usada para detectar pequenas variações nos níveis plasmáticos desta proteína, e estas medidas têm sugerido um baixo 80 grau de inflamação sistêmica em algumas doenças. Alguns estudos mostraram relação de aumentos nos níveis da proteína C reativa ultra-sensível com aumento de hiperresponsividade nas vias aéreas e baixo VEF1, sugerindo que este marcador e a inflamação sistêmica possam estar associados com a piora respiratória. Os pacientes asmáticos selecionados dos ambulatórios do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do HC da FMUSP caracterizados conforme o GINA e divididos em dois grupos – asma alérgica e asma não alérgica – através de histórias pessoal e familiar para atopia, da dosagem de IgE sérica, do teste de puntura, da dosagem in vitro específica para inalantes e da provocação brônquica com antígenos ácaro. Esperamos assim identificar possíveis diferenças entre os mecanismos fisiopatogênicos das asmas alérgicas e não alérgicas. Objetivos: 1. Estudar nas amostras obtidas de diversos materiais biológicos destes pacientes a quantidade de mRNA para citocinas, quimiocinas e seus receptores e de mediadores próinflamatórios associados a eosinófilos, basófilos e mastócitos. 2. Estudar o perfil do proteômico diferencial no tecido pulmonar nestes dois grupos de asmáticos. 3. Dosagem sérica de proteína C reativa ultra-sensível e fibrinogênio no sangue de pacientes asmáticos sensibilizados ao Dermatophagoydes pteronissinus após broncoprovocação e comparar com a resposta de indivíduos com asma não alérgica. 4. Estudar a expressão de mRNA de citocinas, quimiocinas e seus receptores nos leucócitos circulantes por PCR em tempo real. Subprojeto 3: Imunoterapia e imunodiagnóstico em alergia respiratória Previamente, nós determinamos que 80% dos pacientes alérgicos a ácaros apresentam testes cutâneos positivos para os alérgenos Derp 1 e Derp 2, produzidos como proteínas recombinantes (r). Uma grande proporção de pacientes também apresentou IgE específica para Derp 1 e Derp 2 no soro. No presente projeto, nós propomos desenvolver um estudo clínico para avaliar a segurança e eficácia de uma nova vacina para tratar pacientes com asma e rinite que são alérgicos a ácaros, usando os alérgenos recombinantes Derp 1 e Derp 2 produzidos sob condições de boas práticas de manufatura (good manufacturing practices, GMP). Nós esperamos que o tratamento com essa vacina proverá controle ou diminuição dos sintomas a longo prazo, melhora da qualidade de vida, e diminuição do uso de medicações controladoras da asma e rinite, que embora eficazes, estão associadas a efeitos adversos e a sobrecarga econômica para os pacientes e suas famílias. Trata-se do primeiro estudo realizado no mundo utilizando alérgenos recombinantes de ácaros para imunoterapia alérgeno-específica, que poderá resultar em tratamento mais eficaz de asma e 81 rinite, com potencial de beneficiar uma grande quantidade de pacientes que sofrem com essas doenças. No nosso meio, a alergia a barata é secundária apenas a alergia a ácaros como causa de asma. Identificamos a tropomiosina como alérgeno principal de barata Periplaneta americana, e mostrou que a tropomiosina de barata apresenta elevado grau de similaridade de seqüência com tropomiosina de Ascaris lumbricoides. Houve ótima correlação de ligação de IgE humana a tropomiosinas recombinantes de barata e Ascaris, sugerindo reatividade cruzada. A relação entre infecções por parasitas e desenvolvimento de alergia e asma ainda não é clara, alguns parasitas como Schistosoma parecer ter efeito protetor, enquanto que outros como Ascaris não apresentam esse efeito. Nós especulamos que a reatividade IgE a tropomiosina de Ascaris poderia promover alergia e asma por reatividade cruzada com tropomiosinas homólogas de barata e ácaros podem exercer No presente subprojeto, a investigação da reatividade cruzada IgE e da resposta de células T em pacientes alérgicos a barata, e a elaboração de modelo animal, serão usados para avaliar o potencial terapêutico da tropomiosina como vacina. Usando um painel de alérgenos recombinantes de barata (de P. americana: rPer a 7 – tropomiosina; rPer a 1; de Blattella germanica: rBla g 2, rBla g 4, rBla g 5), encontramos positividade em testes cutâneos em 50% dos pacientes alérgicos a barata, indicando a necessidade de identificação de novos alérgenos desse inseto para uso em diagnóstico. Propomos identificar novos alérgenos de P. americana, a espécie domiciliar de barata mais comum em nosso meio, usando análise proteômica, e produzir painel mais amplo de alérgenos recombinantes utilizando técnicas de clonagem molecular. O subprojeto deve resultar em melhora da especificidade do diagnóstico de alergia a barata, usando alérgenos recombinantes ao invés de extratos brutos, não padronizados de barata, para testes cutâneos de hipersensibilidade imediata e medida de anticorpos IgE específicos no soro. Objetivos: 1. Desenvolver um estudo clínico para avaliar a eficácia e segurança de nova vacina para pacientes alérgicos a ácaros, usando os alérgenos principais Derp 1 e Derp 2 produzidos como proteínas recombinantes sob condições GMP. 2. Identificar e produzir novos alérgenos de barata P. americana para possibilitar formulação de um painel de alérgenos recombinantes para uso em diagnóstico de alergia a barata. 3. Investigar a reatividade cruzada IgE e a resposta de células T a tropomiosinas de barata e A. lumbricoides em pacientes com asma, e avaliar a capacidade dessas tropomiosinas em causar inflamação eosinofílica e hiperratividade brônquica em modelo experimental. 82 Equipe: Coordenadores de subprojetos: Fábio F. Morato Castro, Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia, FMUSP Pedro Giaviana Bianchi Jr., Serviço de Alergia e Imnologia Clínica, FCFMUSP Mario Sergio Palma, Centro de Estudos de Insetos Sociais, UNESP Luisa Karla P. Arruda, Disciplina de Imunologia Clínica do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Demais pesquisadores do iii: Osmar Malaspina Colaboradores Nacionais: Cristina Kokron, Serviço de Alergia e Imnologia Clínica, FC-FMUSP Clóvis Eduardo Santos Galvão, Serviço de Alergia e Imnologia Clínica, FCFMUSP Rosana Câmara Agondi Leite, Serviço de Alergia e Imnologia Clínica, FCFMUSP Myrthes Toledo Barros, Serviço de Alergia e Imnologia Clínica, FC-FMUSP Antonio Abílio Motta, Serviço de Alergia e Imnologia Clínica, FC-FMUSP Luiz Augusto Marcondes, Serviço de Alergia e Imnologia Clínica, FC-FMUSP Andréa Cohon, Serviço de Alergia e Imnologia Clínica, FC-FMUSP Carlos Medeiros, Hospital Vital Brazil, Instituto Butantan Keity Souza Santos, InCor, HC-FMUSP Bibiana Monson de Souza, Centro de Estudos de Insetos Sociais, UNESP Lucilene Delazari dos Santos, Centro de Estudos de Insetos Sociais, UNESP Lilian Mari M. Cesar-Tognolli , Centro de Estudos de Insetos Sociais, UNESP Roberta Nocelli, Centro de Estudos de Insetos Sociais, UNESP Heliana Clara Salles, Centro de Estudos de Insetos Sociais, UNESP Maria Alice Da Cruz-Hofling, UNICAMP Virginia P. L. Ferriani Élcio O. Vianna Yara Curi , Instituto Butantan Marco Antonio Stephano, Faculdade de Ciências Faracêuticas - USP Hisako Gondo Higashi Ana Beatriz Rossetti Santos Fabíola Reis Oliveira Estudantes de pós-graduação Ariana Campos Yang, Doutorado - FMUSP 83 Cíntia Arens, Mestrado - FMUSP Fabiane Pomienciski, Mestrado - FMUSP Ludmila Tais Yazbek Gomieiro, Mestrado - FMUSP Samantha Carlos de Oliveira, Mestrado - FMUSP Nicoli Baptista Barão Saidemberg, Doiutorado - UNESP Paulo Cesar Gomes, Mestrado - FMUSP Daniel Menezes Saidemberg, Mestrado - FMUSP Alessandra Vaso Rodrigues, Mestrado - FMUSP Fernanda Pessoa de Salles, Mestrado - FMUSP Michelle Christiane Rodrigues Barbosa, Doutorado - FMRP Patrícia Polles de Oliveira Jorge, Mestrado - FMRP Maria Fernanda Ferraro, Mestrado - FMRP Thais Nocitti, Mestrado - FMRP Estudantes de graduação: Virgínia M. Resende José Roberto Pinto Nathalia Batista Dias Lorenzo Briganti Colaboradores estrangeiros: Terumi Nakajima, Hoshy University, Japão Abba Kastin, Alabama University, EUA Martin D. Chapman, Indoor Biotechnologis, Inc., Charlottesville, VA, USA Fatima Ferreira-Briza, University of Salzburg, Austria 84 3. PLATAFORMAS O Instituto de Investigação em Imunologia (iii) desenvolve um trabalho em rede para a produção do conhecimento científico, visando traduzir os conhecimentos gerados na pesquisa básica para a aplicação clínica. Aliado à pesquisa de tradução, compartilhamos também os diferentes saberes dos integrantes desta rede para a formação e ensino de alunos, técnicos e pesquisadores dentro do nosso Instituto. Para potencializar o trabalho em rede e o treinamento de pessoal, desenvolvemos, ao longo desses anos de existência do iii, diversas plataformas que possibilitam o funcionamento matricial com as diferentes linhas de pesquisa temáticas. Na presente proposta contamos com 7 plataformas: 1. Imunogenômica, 2. Proteômica, 3. Epidemiologia e Ensaios Clínicos, 4. Produção de Imunobiológicos, 5. Bioinformática, 6. Qualidade, e 7. Ensino e Interação com a Sociedade. Essas plataformas atravessam praticamente todas as áreas temáticas do iii. Destacamos a importante inclusão de propostas de interação com a sociedade, dentro da Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade, na qual combinaremos atividades de divulgação com o compartilhamento de conhecimento. Abaixo descrevemos sucintamente estas plataformas. A. PLATAFORMA DE IMUNOGENÔMICA Implantação do BIGiii - Banco de Informação Genética do iii É crescente a compreensão de que o estudo da variação genética individual é de vital importância na compreensão das patologias que afetam o ser humano, como salientado, recentemente, em editorial da revista Science (24 de abril de 2008). Na busca de mapear a suscetibilidade a doenças multifatoriais e poligênicas, um número muito grande de estudos, publicados, em anos recentes, tem dado uma nova dimensão à diversidade genética humana. Um bom exemplo é dos estudos conduzidos pela Wellcome Trust Case Control Consortium. A avaliação dos genomas individualizados mostrou haver uma enorme quantidade de variações na forma de polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) e também estruturais, como adições, deleções, seqüências repetitivas. Por outro lado, há, nos diversos genes estudados, combinações destas variantes formando haplótipos, que se distribuem diferencialmente pelas diversas etnias (HapMap, 2005) e se mostram associados às doenças. Mesmo quando cada gene tem uma contribuição pequena no fenótipo, é importante dissecar a somatória dos efeitos, pois a existência de múltiplos fatores genéticos e ambientais leva grupos de pacientes a apresentar histórias clínicas e necessitar terapêuticas individualizadas (Loscalzo et al., 2007). Assim, o estudo de um grande número de indivíduos portadores de uma mesma doença e a comparação com outras enfermidades correlacionadas, possibilita a identificação dos mecanismos fisiopatológicos importantes em cada uma delas (Todd JA, 2006). 85 A análise do perfil genético na população brasileira é um desafio permanente, devido não só ao alto grau de miscigenação que vem ocorrendo desde o início da colonização pelos portugueses, mas também por um histórico de muitas correntes migratórias com distribuição diversificada pelas regiões do país. A região de maior interesse, no contexto desta proposta, é a região sudoeste, e, em especial, a região metropolitana da grande São Paulo. É desta macrorregião que se origina a maioria dos pacientes registrados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, portadores das doenças alvo dos estudos do iii: atopia e alergia, febre reumática, AIDS, imunodeficiências, tumores, além do grupo de transplantados. O plantel genético, nestes pacientes, inclui componentes majoritários caucasóides, ameríndios e negros de diversas etnias, além da contribuição de povos asiáticos e do Oriente Médio. Integrantes da equipe do iii têm muitos anos de experiência na área de suscetibilidade genética a doenças infecciosas e auto-imunes. Estes estudos foram baseados no conceito de gene candidato, com escolha de polimorfismos, preferencialmente com relevância funcional, em genes importantes na fisiopatologia destas doenças. Esta abordagem é trabalhosa e o alelo mutante deve ser relativamente comum já que o poder de identificar alelos de baixo risco (com razão de chances abaixo de 2,5) é limitado. No entanto, efetuamos diversos estudos com sucesso, indicando que, se tomarmos certos cuidados no momento de definir as populações em estudo (Bracken et al., 2002), podemos identificar associações de interesse. Conciliar as novas técnicas de varredura genômica com as restrições inerentes às características genéticas e socio-econômicas no país é o desafio que aqui nos propomos a enfrentar. Buscamos amealhar informação sobre genes de resposta imune, que nos permita dissecar a suscetibilidade genética às doenças, evitando varreduras genômicas generalizadas, de alto custo e que envolvem, de modo geral, estudos multicêntricos com grande número de amostras. Há enorme variabilidade presente nos genes de resposta imune, como apontado em revisão recente (Lazarus et al., 2002). Dados obtidos no laboratório de Imunologia do InCor ilustram a diversidade e complexidade presentes no perfil genético da população paulista. Análise de haplótipos da região do MHC (6p21), englobando uma região de aproximadamente 2 MB, com dados de variantes polimórficas analisadas em apenas 7 0 genes (dados apresentados no 15 Workshop Internacional de Histocompatibilidade, 2008) mostrou uma variabilidade alélica insuspeita em haplótipos já consagrados na literatura. O polimorfismo nos genes ligados à resposta imune ainda está para ser mapeada em toda a sua extensão e o projeto aqui delineado visa dar continuidade na aquisição deste conhecimento e ao mesmo tempo, fornecer subsídios para estudos de suscetibilidade genética a doenças, e em especial, as doenças que são o foco de estudos do iii. Identificar os fatores genéticos envolvidos nos diversos aspectos da patogênese de uma doença, é importante para se alcançar diagnósticos mais precisos, delinear novas estratégias 86 terapêuticas e no moderno campo da farmacogenômica, avaliar a resposta à imunoterapia e às vacinas. Assim, o objetivo principal desta plataforma é estabelecer o primeiro Banco Brasileiro de Informação Genética em Imunologia (BIGiii), para aplicação no estudo de doenças típicas do Brasil, numa primeira fase, em andamento no iii. Análise preliminar de tamanho amostral indica que um N de 1000 amostras seja suficiente. Esse cálculo se baseia em SNPs já analisados, ao longo dos últimos anos (22 SNPs em genes não-HLA), com freqüências do alelo raro entre 3,3 e 43,5%. Essas amostras serão de 2 tipos, cada uma com um N de 500: 1) amostras pediátricas de sangue periférico, de indivíduos não relacionados, obtidas durante estudo da coorte Butantan (plataforma de Epidemiologia, linha de pesquisa em asma e alergia) e 2) amostras de sangue periférico de indivíduos adultos não relacionados, com dados demográficos similares aos da população de pacientes em tratamento no complexo hospitalar do HC-FMUSP. Coleta será feita obedecendo as diretrizes da resolução CNS 347 de 13 de janeiro de 2005. Os leucócitos resultantes serão submetidos à transformação por EBV, com o intuito de perenizar a fonte de informação. O mapeamento dos polimorfismos utilizará a plataforma Illumina (PI) em processo de aquisição pela pesquisadora Ester Cerdeira Sabino. Para mapeamento de polimorfismos, a PI baseia-se no uso de SNPs tipo "tag" (etiquetados), escolhidos conforme dados obtidos no HapMap Project. O painel para o ensaio deverá ser preparado para incluir marcadores de ancestralidade (em torno de 50) e genes candidatos para as diversas doenças em estudo pela equipe do iii. Os SNPs deverão, na medida do possível, ser funcionalmente relevantes, localizados em genes para citocinas, quimiocinas e respectivos receptores, genes de resposta inata como receptores tipo Toll e KIR, moléculas de adesão e de "homing", entre outros. A previsão é de que cada array para genotipagem por SNPs seja representativo de aproximadamente 300 genes. Na arquitetura do banco, visando o uso posterior em estudos que incluem grupos de pacientes, está prevista a sua interconexão com o prontuário eletrônico e com o banco de amostras, ambos em fase de implementação pelo iii. Finalmente, haverá também conexão com as plataformas de Bioinformática (ferramentas de análise), Epidemiologia e Ensaios Clínicos (estatística e amostragem) e Ensino e relação com a sociedade (formação de recursos humanos). Equipe:Anna Carla Goldberg (Coordenadora) Maria Regina Cardoso Alves Ester Cerdeira Sabino Edécio Cunha-Neto Sandro José de Souza Estudantes de pós-graduação: Amanda Farage Frade (Doutorado) Outros membros da equipe: Maria Lucia Carnevale Marin Sandra Emiko Oshiro 87 B. PLATAFORMA DE PROTEÔMICA Proteômica é o estudo de identificação funcional, caracterização estrutural e de interação entre uma proteína alvo e outras proteínas que interagem com o “alvo”. Ela trabalha com um conjunto de técnicas experimentais, que possibilita a identificação funcional do complemento protéico completo, expresso pelo genoma de uma determinada célula. Diferenças nos proteomas, tais como aqueles obtidos por células em diferentes estágios de desenvolvimento, condições patológicas e/ou sob diferentes tipos de estímulos, podem fornecer informações valiosas para a melhor compreensão dos mecanismos celulares envolvidos e identificando proteínas–alvo para o desenvolvimento de drogas. A proteômica reduz sensivelmente o tempo necessário para o desenvolvimento de novos produtos e processos em biotecnologia. A arte desta ciência se baseia no limite da tecnologia, para detectar, microseqüenciar e identificar um enorme número de proteínas de organismos inteiros, tecidos e/ou células individuais. É uma ferramenta muito poderosa na comparação de diferentes estados de um sistema biológico, como por exemplo células normais x doentes, resistente x susceptível e trato positivo x normal. A proteômica se utiliza de tecnologia de ponta em bioquímica e fisicoquímica para separar/fracionar proteínas, geralmente por eletroforese 2D e/ou cromatografia líquida de alto desempenho multidimensional, seguida da realização da “impressão digital protéica”, onde proteínas em quantidades muito reduzidas, são digeridas por enzimas proteolíticas; os fragmentos gerados são identificados por suas massas moleculares e microsequenciados por técnicas de ultima geração em espectrometria de massas; os fragmentos de seqüências primárias conhecidas são utilizados numa busca por alinhamento virtual com proteínas existentes nos bancos de proteínas, permitindo sua identificação funcional. Os grupos de Biologia Estrutural do CEIS/IBRC-UNESP e de Imunologia do InCor têm colaborado no desenvolvimento de pesquisa e na formação de recursos humanos altamente qualificados em analises proteômicas. Neste sentido, nos últimos anos investimos (com recursos do CNPq e da FAPESP) na ampliação da capacidade de técnicas de separação de proteínas por eletroforese bidimensional e na montagem de uma facilidade completa junto ao InCor: sistemas de eletroforese 2D-PAGE de alta performance, incluindo a tecnologia DIGE - Eletroforese Bidimensional Diferencial (“Ettan™ DIGE System - 2-D Fluorescence Difference Gel Electrophoresis”), sistema de processamento de amostras de proteínas em gel robotizado, espectrometria de massas e bionformática proteômica). Desta maneira, a plataforma de análises proteômicas foi introduzida horizontalmente como ferramenta em diferentes abordagens experimentai dentro da linhas de pesquisas do iii, atendendo a vários sub projetos tais como: alergia a venenos de insetos, cardiomiopatia chagásica crônica, alergia a helmintos, febre reumática,leishmaniose, e transplante renal. A existência de um conjunto de pessoas e equipamentos capazes de utilizar estas técnicas em análise molecular e diagnóstico é fundamental, uma vez que a identificação precoce de marcadores protéicos de susceptibilidade a doença, assim como os marcadores genéticos, permitirá ações preventivas de saúde pública que podem economizar bilhões de dólares em 88 atenção secundária e terciária a saúde da população. E o desenvolvimento de métodos que sejam adequados a população miscigenada como a brasileira só será possível se as condições de pessoal e equipamento estiverem adequadas. À despeito de todos os investimentos materiais que temos feito, o grupo ainda necessita investir na plataforma proteômica, adquirindo um espectrômetro de massas, porque a demanda de nosso projetos pelo uso de um instrumento de alta performance é muito grande, uma vez que não dispomos deste tipo de espectrômetro em nosso laboratórios. Como resultado deste fato, frequentemente temos enviado nossos estudantes de pós-graduação ao exterior, em regimes de bolsa “curta duração”, para execução das analises necessárias a seus projetos. Deve-se considerar que a demanda geral dos projetos é muito grande, tornando muito elevados os custos de envio de estudantes ao exterior, além do fato de que não estamos conseguindo formar nossos próprios recursos humanos aqui no Brasil. A solução para este problema será a aquisição de um espectrômetro de massas do tipo MALDI-TOF-TOF para a plataforma de proteômica. Equipe: Mario Sergio Palma (coordenador) Edecio Cunha Neto Bibiana Monson de Souza Lucilene Delazari dos Santos Lilian Mari M. Cesar-Tognolli Roberta Nocelli Heliana Clara Salles Pós-graduandos: Priscila Teixeira-Doutorado Nicoli Baptista Barão Saidemberg-Doutorado Paulo Cesar Gomes-Mestrado Daniel Menezes Saidemberg-Mestrado Alessandra Vaso Rodrigues-Mestrado Fernanda Pessoa de Salles-Mestrado Técnico Superior: Andréia Kuramoto 89 C. PLATAFORMA DE EPIDEMIOLOGIA E ENSAIOS CLÍNICOS O desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas envolvendo biotecnologia (terapia gênica, anticorpos monoclonais, terapias celulares, proteínas recombinantes, etc.) sofreu uma grande e rápida expansão nos últimos anos, com algumas centenas de novas estratégias sendo testadas clinicamente, principalmente em áreas como câncer, doenças auto-imunes e transplantes. Entretanto, este avanço vem ocorrendo predominantemente em países de renda elevada e grande experiência científica acumulada, em termos de infraestrutura e recursos humanos altamente qualificados. No Brasil, há escassez de articulação de recursos humanos e tecnológicos necessários para desenvolver produtos promissores e realizar todas as fases necessárias, incluindo a de ensaios clínicos, inclusive fases 1 a 3, para viabilizar esses produtos na órbita da saúde pública e em escala comercial. No entanto, esses recursos existem no país, e pretendemos integrá-los em nossa proposta (Azevedo et al., 2007). Para enfrentar tais questões sugerimos, portanto, a estruturação de uma plataforma de epidemiologia e ensaios clínicos, que irá articular os diversos níveis de produção e os produtos elaborados pelas demais plataformas que compõem a presente proposta, permitindo que cada pesquisador da rede seja auxiliado e tenha suporte na estruturação dos ensaios clínicos que estão sendo planejados e nos que já estão em andamento. Além disso, esta plataforma deverá contribuir também para a qualidade dos estudos desenvolvidos pelo iii que utilizam outros desenhos de estudo (estudos de coorte, caso-controle, etc.). O que se pretende com a rede é estruturar uma linha de desenvolvimento de produtos de biotecnologia, com testes in vitro, produção, ensaios pré-clinicos e clínicos. O produto em questão será diferente em cada ocasião, porém a estrutura utilizada será comum. O protocolo necessário para se construir um dossiê sobre um produto derivado de biotecnologia é extenso e envolve múltiplos testes que descrevam toxicidade, ação, eficácia, farmacologia, características químicas, moleculares, métodos de preparação, produção, etc. Desta forma, torna-se inviável para um pesquisador interessado em desenvolver determinado produto derivado de biotecnologia implantar, isoladamente, uma estrutura complexa e dispendiosa para um único produto. Portanto, é necessária a implantação de estruturas multi-usuários que possam ser utilizadas por redes de pesquisadores no desenvolvimento de cada produto. Além disso, há diversas etapas envolvidas no planejamento e condução de ensaios clínicos de acordo com as boas práticas clínicas. Assim, grupos de pesquisadores interessados e com experiência no assunto poderão tornar o processo de estruturação, redação e implementação de um protocolo de pesquisa clínica mais eficiente, melhorando a qualidade dos ensaios clínicos. As normas internacionais de como um produto deve ser desenvolvido estão sendo unificadas pela Europa, Estados Unidos e Japão (vide International Conference on Harmonization for Development of Pharmaceutical Products www.ich.org). Portanto, um produto que vise ao mercado mundial deve seguir normas internacionais de 90 desenvolvimento, para que possa ser aprovado pelas agências reguladoras de cada país. Atualmente, as normas para o desenvolvimento de um produto estão sendo estruturadas pela legislação brasileira e a tendência é cada vez mais haver sincronização das exigências brasileiras com as exigências internacionais. Há poucos centros capacitados a desenvolver produtos e pouca experiência nacional no assunto. Há também diferenças grandes entre o desenvolvimento de produtos derivados de biotecnologia e drogas clássicas e estas diferenças devem ser abordadas e novos recursos humanos habilitados para tal desenvolvimento devem ser formados. Os avanços da genômica e proteômica, componentes centrais da presente proposta, colocam ainda desafios complexos aos conceitos, desenhos e métodos de análise habitualmente utilizados em epidemiologia e estatística. Novos desenhos vêm sendo propostos, como os estudos “case-only” (Botto e Khoury, 2004), assim como novas metodologias estatísticas, intensivas em recursos computacionais, apropriadas para a análise de bancos de dados de imensas dimensões, estrutura complexa e que violam pressupostos centrais da estatística clássica, como o da independência das observações (Chen et al., 2007). Considerando que a missão do iii é elevar a imunologia clínica brasileira ao mais alto padrão internacional e que uma das plataformas centrais da presente proposta refere-se à formação e ensino, a plataforma de epidemiologia e ensaios clínicos também deverá contribuir para esta meta por meio de programas de capacitação dos profissionais e alunos em métodos epidemiológicos e estatísticos, básicos e avançados. Objetivos Coordenar os esforços dos pesquisadores envolvidos no iii visando à elaboração de planos de desenvolvimento de produtos e linhas de pesquisa auxiliares. Propomos reunir a experiência acumulada dos vários pesquisadores do iii para criar planos de desenvolvimento de produtos que permitam estabelecer as metas e a tomada de decisões para iniciar e continuar com as fases de pesquisa clínica iniciais de produtos durante o período de vigência da proposta. Aqui serão reunidos conhecimentos de cientistas da área básica, clínicos, cirurgiões, epidemiologistas e especialistas em pesquisa clínica para proporem o avanço do conhecimento para fases clínicas de desenvolvimento. Manter e expandir a Unidade de Pesquisa Clínica da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia para conduzir ensaios clínicos com produtos candidatos em fases 1 a 3. A partir da Unidade já estabelecida, pretendemos manter as atividades dentro dos mais rigorosos padrões de boas práticas clínicas e expandir em resposta a demandas que forem emergindo da linha de desenvolvimento de novos produtos a partir dos grupos envolvidos no iii. 91 Criar uma estrutura compartilhada de desenho de estudos, administração e análise de dados e garantia de qualidade em pesquisa clínica. A plataforma de epidemiologia e ensaios clínicos será uma estrutura de confluência das necessidades regulatórias, analíticas e de desenvolvimento metodológico de forma a garantir que o planejamento, condução e análise dos estudos clínicos sigam normas internacionais de qualidade e permitam a utilização em âmbito internacional de seus produtos. Plano de trabalho Coordenar os esforços dos pesquisadores envolvidos no iii na elaboração de planos de desenvolvimento de produtos e linhas de pesquisa auxiliares. As atividades realizadas nos diferentes grupos têm proporcionado oportunidades extraordinárias para desenvolvimento de novos produtos. Nesse componente pretendemos coordenar esforços de diferentes profissionais para otimizar o debate na formulação de propostas de planos integrais de desenvolvimento de produtos que contemplem as áreas pré-clínicas, de produção, imunológica, clínica, e de assuntos regulatórios. Serão considerados o potencial de segurança, tolerabilidade, eficácia e viabilidade de custo e escalas de produção sob Boas Práticas de Manufatura.do produto candidato. Os planos farão o acompanhamento do produto em todas as áreas mencionadas, desde o processo de decisão de avançar aos testes clínicos até as primeiras fases de desenvolvimento. Os planos contemplarão metas para decisões avanço ou parada (“go / no go decisions”) no desenvolvimento do produto para uma aproximação racional da decisão de continuar o investimento em um determinado produto candidato. Manter e expandir a Unidade de Pesquisa Clínica da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia para conduzir ensaios clínicos com produtos candidatos em fases 1 a 3. Desde 2007, membros do iii vêm trabalhando para estabelecer a Unidade de Pesquisa Clínica na Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Desde Julho de 2008, a Unidade possui certificação internacional e está preparada para acolher os projetos das etapas de desenvolvimento clínico propostos. A constituição da equipe da Unidade de Pesquisa Clínica está apresentada na Figura abaixo: 92 ĞŶƚƌŽĚĞ WĞƐƋƵŝƐĂƐ ůşŶŝĐĂƐ ŝƐĐŝƉůŝŶĂĚĞ /ŵƵŶŽůŽŐŝĂ ůşŶŝĐĂ ĞůĞƌŐŝĂ WĞƐƋƵŝƐĂĚŽƌ WƌŝŶĐŝƉĂů ŽŽƌĚĞŶĂĚŽƌ 'ĞƌĂůĚĞĞƐƚƵĚŽƐ ^ƵďͲ ŝŶǀĞƐƚŝŐĂĚŽƌĞƐ ŚĞĨĞĚĞ ŶĨĞƌŵĂŐĞŵ ŶĨĞƌŵĞŝƌĂ ĚĞĞƐƚƵĚŽƐ ŚĞĨĞĚĞ &ĂƌŵĄĐŝĂ &ĂƌŵĂĐġƵƚŝĐĂƐ ĚŵŝŶŝƐƚƌĂĚŽƌ ĚŵŝŶŝƐƚƌĂĕĆŽ ZĞĐĞƉĐŝŽŶŝƐƚĂƐ ŽŽƌĚĞŶĂĚŽƌ ĚĞƐƐƵŶƚŽƐ ZĞŐƵůĂƚſƌŝŽƐ ŽŽƌĚĞŶĂĚŽƌ ĚĞĂĚŽƐ ƐƐŝƐƚĞŶƚĞĚĞĚĂĚŽƐ ĞƌĞŐƵůĂƚſƌŝŽ ŽŽƌĚĞŶĂĚŽƌĚĞ ZĞĐƌƵƚĂŵĞŶƚŽĞ ZĞƚĞŶĕĆŽ ŽŽƌĚĞŶĂĚŽƌĚĞ ĚƵĐĂĕĆŽ ŽŵƵŶŝƚĄƌŝĂĞ ĐŽŶƐĞůŚĂŵĞŶƚŽ ZĞĐƌƵƚĂĚŽƌĞƐͬ ƌĞƚĞŶƚŽƌĞƐ ĐŽŶƐĞůŚĂĚŽƌĞƐ Estrutura da Unidade de Pesquisa Clínica (descrita no final dessa plataforma) Plano de qualidade: Todas as atividades clínicas a serem desenvolvidas na Unidade adotam o Manual de Qualidade, aprovado pelos profissionais envolvidos na tarefa e o coordenador da Unidade. Esse plano foi também aprovado pelos National Institutes of Health e pela PPD Development, Inc., ambos envolvidos nas auditorias para liberar a Unidade para realizar projetos financiados por agências de fomento internacionais. O Manual de Qualidade está disponível para acesso de toda a equipe envolvida com a pesquisa, agências regulatórias e financiadoras dos projetos. Plano de manuseio de dados: Todos os dados clínicos obtidos nos projetos seguem normas operacionais padrão para armazenamento. Os dados seguem as normas de proteção da confidencialidade dos dados pessoas de todos os voluntários envolvidos nos projetos. Plano de Farmácia: O Plano Geral da Farmácia foi implantado no primeiro semestre de 2008. A partir desse plano, são gerados Planos Específicos para cada um dos protocolos de pesquisa. Cada protocolo só tem início após a aprovação de seu plano específico, que aborada todas as questões de obtenção do produto, armazenamento, preparação, administração e/ou distribuição e controle do uso. Documentação: Todos os documentos regulatórios são mantidos em arquivos gerais do centro ou específicos para cada protocolo. Esses documentos são guardados em armários dentro da Unidade e são mantidas cópias de segurança fora das dependências da Unidade, para assegurar sua integridade em caso de acidentes (um incêndio, por exemplo). São também mantidos registros de todas as certificações individuais e treinamentos específicos dos profissionais envolvidos nos projetos de pesquisa clínica. Procedimentos Operacionais Padrão e Operações Diárias: Virtualmente, todos os procedimentos repetidos realizados na Unidade, ações específicas da administração, 93 atividades médicas e atividades laboratoriais contam com Procedimentos Operacionais Padrão (POPs). Eles são revisados e implementados pelo coordenador da Unidade. Nossa experiência mostra que a qualidade de todas as etapas do trabalho será proporcional à capacidade de aderir aos procedimentos ditados pelos POPs. Esses POPs têm sido revistos e aprovados pelo NIH e pela PPD, atendendo às exigências de ambos. Todos os POPs possuem prazos de validade e novas versões devem passar por novas etapas de revisão e aprovação. Treinamento: Os profissionais da Unidade de Pesquisa Clínica passam por freqüentes treinamentos. Todos são certificados na execução de normas de boas práticas clínicas. Cada profissional também recebe treinamento específico, de acordo com sua função. Os certificados de treinamento são mantidos nos arquivos da Unidade. Dependendo do tipo de treinamento, é exigida sua revalidação periódica. Cadeia de responsabilidades e processo de tomada de decisão: A administração de uma Unidade de Pesquisa Clínica requer a capacidade de adaptar a um ambiente altamente dinâmico. patrocinadores, A demanda financiadores, gerada instituições pelas diferentes envolvidas, partes comunidade, interessadas, procedimentos específicos para cada protocolo e agências regulatórias evolui rapidamente e deve ser atendida. A Unidade está implementando um Plano de Gerenciamento Estratégico para assegurar que tais expectativas serão atendidas. Ele irá permitir que a Unidade traduza a estratégia em termos operacionais, alinhe o grupo de profissionais de forma sinérgica, estabeleça estratégias de trabalho e garanta a revisão contínua do processo. Isso pode ser conseguido pelo estabelecimento de um sistema de revisão da estrutura que considere as métricas da estratégia para todos os envolvidos e interessados na pesquisa. Já temos, inclusive, um processo sistemático de reuniões para revisão de metas e resultados. Relação com a comunidade e educação comunitária. Todas as atividades realizadas nessa plataforma serão conduzidas em interação contínua com representantes da comunidade. As atividades envolvendo essa interação estão descritas na plataforma de Ensino e Relação com a Comunidade. Criar uma estrutura compartilhada de desenho de estudos, administração e análise de dados e garantia de qualidade em pesquisa clínica. Será montada uma estrutura unificada compartilhada visando oferecer serviços de apoio necessário em desenho de estudos, administração e análise de dados e garantia de qualidade em pesquisa clínica para o desenvolvimento das diferentes linhas de pesquisa e atividades do iii. Esta estrutura permitirá maior eficiência no cumprimento de responsabilidades de promotor em cada um dos projetos e linhas de pesquisa atendendo as exigências de qualidade ética e de dados necessária no desenvolvimento de produtos e requerida pelas autoridades regulatórias brasileiras e estrangeiras. Ênfase será dada a tópicos relacionados ao desenho e implementação de mecanismos de administração 94 eficientes que permitam coleta de dados confiáveis, implementação de sistemas de farmacovigilância, e garantia de qualidade de processos de planejamento e condução dos estudos clínico-epidemiológicos. Adicionalmente, pretende-se desenvolver atividades de educação à distância, abordando tópicos básicos de epidemiologia, estatística e Boas Práticas Clínicas, estabelecendo uma interface também com o desenvolvimento do módulo de redação de artigos científicos. Os seminários, cursos e módulos de educação à distância serão coordenados pelos epidemiologistas do iii, em colaboração com colegas da Universidade da Califórnia, Berkeley, e com participação de professores convidados (brasileiros e estrangeiros) e bolsistas de pós-graduação e pós-doutorado. EQUIPE Esper G. Kallás Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro Bastos Maria Regina Alves Cardoso Guilherme Loureiro Werneck Dr Ricardo Palácios, colaborador da presente proposta, atuará como Coordenador Clínico dos projetos de pesquisa clínica. É médico e doutor em Infectologia e tem agido como coordenador geral de centros de pesquisa clínica em projetos financiados pelo NIH junto com o Dr. Kallas. Desde 2001 colabora habitualmente com a Iniciativa de Pesquisa em Vacinas e o Programa de Pesquisa em Doenças Tropicais da Organização Mundial da Saúde (WHO/IVR e WHO/TDR, respectivamente) como Monitor Clínico, Auditor e Coordenador Regional em diversos estudos clínicos. Também assessorou o Instituto de Inmunologia del Valle, em Colômbia, no desenvolvimento de ensaios clínicos de fase I e criação de testes de desafio (“challenge studies”) para candidatos a vacina contra Plasmodium vivax. 95 D. PLATAFORMA DE PRODUÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS Desenvolvimento de imunobiológicos: O iii, como fruto de projetos desenvolvidos dentro dos Institutos do Milênio, conta com um portfólio considerável de bioprodutos promissores para uso clínico. Entre as vantagens do iii para o desenvolvimento desses produtos podemos destacar a inovação tecnológica, acesso a hospitais e médicos especializados e acesso a pacientes. O desenvolvimento de imunobiológicos é uma das prioridades da política industrial brasileira (PITCE) e o mercado brasileiro requer novos medicamentos fabricados no País para reduzir importações. Os imunobiológicos resultantes de projetos do iii (7, descritos a seguir, em diferentes formulações) são de natureza recombinante ou são peptídeos sintéticos. Para a expressão de proteínas recombinantes geralmente o sistema bacteriano é o preferido, pela conhecimento acumulado e flexibilidade. Contudo, para obter a resposta clínica desejada a proteína deve ser ativa in vivo e estar disponível pelo tempo necessário à sua ação. Sistemas de expressão mais complexos, como células de mamíferos, devem ser considerados, levando em conta a complexidade estrutural da molécula, configuração e modificações pós-traducionais, sendo a glicosilação uma das mais importantes. A via de uso, injetável, oral ou tópico, representa outra forma de determinar qual a célula hospedeira adequada. O uso profilático, em vacinas recombinantes ou de DNA, indica a utilização de sistemas bacterianos. Células de mamíferos representam, muitas vezes, a escolha para proteínas terapêuticas. Cada caso de desenvolvimento para uso clínico precisa ter suas características estudadas desde o início, para aumentar a chance de sucesso. Outro aspecto importante no desenvolvimento de processos produtivos é a escala pretendida. Bactérias crescem muito mais rápido que células de mamíferos, com melhor rendimento. As últimas, por outro lado, sintetizam moléculas solúveis no sobrenadante de cultura, facilitando o processo. É interessante que a perspectiva de levar um produto ao ensaio clínico seja pensada desde o início, adequando a escala de bancada ao escalonamento. A cinética de produção e a estabilidade da molécula são parâmetros utilizados para identificar o modo de cultivo, por batelada ou contínuo em perfusão, de forma imobilizada ou em suspensão. Bactérias e leveduras são geralmente cultivadas por agitação em batelada ou batelada alimentada, às vezes com a adição de algum elemento indutor ao meio de cultura. Para o cultivo de células de mamíferos existem várias opções, que dependem do tipo da célula, da produtividade, complexidade estrutural e estabilidade da molécula. Produtos expressos em bactérias serão obtidos por fermentação em batelada, nos meios de cultura apropriados a cada caso, em planta GMP que será instalada nas instituições do setor público e privado citadas em cartas disponíveis para consulta (www.iii.org.br/info). Em princípio os resultados promissores obtidos em bancada serão levados ao aumento de escala, dependendo da quantidade necessária e da produtividade do clone. Os parâmetros serão modificados conforme a necessidade e em função dos 96 resultados, não sendo possível prever a priori as modificações. Produtos expressos em células de mamíferos terão o desenvolvimento de produção em condições GMP no Lab. de Anticorpos Monoclonais, I.Butantan. Peptídeos selecionados serão sintetizados com um sintetizador múltiplo de fase sólida Apex 396, utilizando a metodologia FMOC (Atherton E et al. 1989). Os acoplamentos serão realizados na direção usual de carboxi para o amino terminal sobre a resina TGR (King DS et al. 1990). A qualidade dos peptídeos será analisada por HPLC e Ettan Pro Maldi-Tof Mass Spectometer. Os sintetizadores estão localizados na unidade de síntese de peptídeos do Instituto do Coração-Faculdade de Medicina, e no ICB, USP. Para síntese de peptídeos em condições GMP para administração em humanos (ensaios clínicos) prevemos instalar equipamentos certificados (Endevour 90, Apptec) dentro de área do InCor, em ilhas de trabalho com ar filtrado. A plataforma de produção de imunobiológicos prevê a produção de proteínas recombinantes em bactérias e células de mamíferos, humanização e produção em escala piloto de anticorpos monoclonais, produção de peptídeos sintéticos com fins vacinais, síntese de peptídeos para ensaios in vitro, além da possibilidade de outros reagentes imunobiológicos. A coordenação da plataforma está a cargo de Ana Maria Moro que tem mais de 10 anos de experiência nesta área. Estudos pré-clínicos: A evolução rápida dos biofármacos, observada principalmente nos últimos 10 anos, exige por parte das agências regulatórias do mundo inteiro uma estratégia rápida de verificação da eficiência, mas principalmente da segurança destes novos produtos farmacêuticos. Assim, apesar de um estudo pormenorizado caso a caso, há uma tendência mundial em requerer-se um conjunto de testes mais específicos para biofármacos procurando agilizar e reduzir custos ao longo da cadeia produtiva dos mesmos. Tem sido considerado um consenso internacional o mínimo de realização dos seguintes ensaios: 1. Reação local com avaliação clínica e histopatologia detalhada (incluindo colorações específicas para cada caso); 2. Toxicidade sistêmica (em uma espécie roedora e outra não roedora), com realização de hemograma, leucograma, análises de bioquímica sérica, anatomopatologia e histopatologia completa (semelhante a um protocolo de Toxicidade com doses repetidas / 28 dias – OECD 407/408/409); 3. Estudos para a verificação da capacidade imunotoxicológica do novo bioproduto, seja um medicamento ou uma vacina (semelhante ao protocolo S8 – Immunotoxicological studies for human pharmaceuticals – ICH). Outros estudos poderão ser sugeridos e realizados segundo determinação das agências regulatórias levando em consideração especificidades e características de cada novo produto farmacêutico e sua proposta de utilização. O Pesquisador Luiz Carlos de Sá Rocha é o responsável por estudos pré-clínicos. 97 Pipeline de imunobiológicos: VACINA ANTI-ESTREPTOCOCO BETA-HEMOLÍTICO DO GRUPO A: Com potencial de agente vacinal e agente terapêutico, conta com patentes registradas no INPI e PCT e atualmente em fase de registro em 11 países Encontra-se atualmente em fase pré-clínica para análise de resposta imune e desafio em camundongos e mini-pigs, na formulação de peptídeo sintético. Não há produtos concorrentes com a mesma composição. Paralelamente, os produtos recombinantes expressos em E.coli em forma solúvel serão produzidos por fermentação em condições GMP em área classificada. VACINA DE DNA PARA HIV: A presente vacina, ao contrário das demais já testadas clinicamente, está baseada num desenho inovador e racional contendo epitopos conservados e promíscuos.Trata-se de vacina indutora de imunidade celular contra o HIV, que pode ter uso profilático ou terapêutico. Encaixa-se no conceito de necessidades médicas não atendidas. Possui patente no INPI, USPTO (EUA) e EPO (Europa). Necessita de testes pré-clínicos. Concebido como produto produzido em E.coli, encontra-se em estudo para produção em células VERO infectadas com vírus da febre amarela recombinante, contendo o DNA da vacina para HIV após otimização de códons. Enquanto produto de E.coli pode ser produzido em regime de campanha na mesma planta mencionada acima. No caso de produção em células VERO os potenciais parceiros são Instituto Butantan e BioManguinhos. Existe outro produto em pipeline para ser produzido em forma de peptídeo sintético. PROTEÍNA/PEPTÍDEO HIG-2. O gene HIG2 (hypoxia-induced gene 2), da via Wnt/betacatenina, tem sua expressão aumentada em células T CD4+ de memória de pacientes HIV+ progressores lentos; foi observado que sua expressão tem correlação negativa com o número de células T CD4+ circulantes em pacientes soropositivos, e ele induz proliferação de linfócitos T CD4+, ligando-se ao receptor Frizzled. Ele pode ser um regulador homeostático hipotético do número de células T CD4+ na infecção pelo HIV, com o efeito de refrear a queda nos linfócitos T CD4+ que ocorre na evolução para AIDS; potencializar seu efeito seria, portanto desejável em pacientes cronicamente infectados pelo HIV. Sabemos que um peptídeo sintético de 35 aminoácidos, correspondente à proteína, subtraída do peptídeo sinal, tem ação biológica e ligadora de receptores. Tencionamos produzir o fragmento ativo do HIG-2 em condições GMP, na forma de peptídeo sintético e de proteína recombinante produzida em células de mamífero, para uso testes pré-clínicos (aproveitando a grande conservação evolucionária nesta molécula, entre humanos e camundongos) e eventual uso em ensaios clínicos. ANTICORPO MONOCLONAL HUMANIZADO ANTI-CD3: Na forma original murina tem sido utilizado como agente de controle de rejeição de transplantes desde 1985. Capaz de modular respostas imunes celulares ao se ligar ao alvo CD3 presente em linfócitos, a forma 98 humanizada tem uso potencial mais amplo na indução de tolerância em doenças autoimunes, além dos transplantes. Anticorpos monoclonais representam hoje o segundo maior mercado de biofármacos, com projeção de mercado de 30bi dólares para 2010. Com a seqüência gênica do anti-CD3 humanizado pronta, estamos na fase de expressão estável em células CHO para posterior escalonamento de processo de produção e início de testes pré-clínicos e/ou clínicos. O produto será obtido pelo cultivo contínuo da célula CHO em biorreatores em área limpa classificada já existente no Lab. de Anticorpos Monoclonais do I.Butantan, que desenvolveu o processo de produção do anti-CD3 murino há vários anos. ALÉRGENOS RECOMBINANTES Der p 1 e Der p 2: A imunoterapia alérgeno-específica é eficaz para o tratamento de asma e rinite causadas por ácaros, e é o único tratamento capaz de modificar a história natural dessas doenças promovendo controle dos sintomas a longo prazo. Aproximadamente 80% dos nossos pacientes alérgicos a ácaro são sensibilizados aos alérgenos principais Der p 1 e Der p 2. Uma vacina com Der p 1 (não glicosilado, com remoção da seqüência pro) e Der p 2 recombinantes, será preparada em condições GMP, para uso em ensaio clínico para avaliar eficácia e segurança em pacientes com asma e rinite. O uso dessa vacina será investigado como tratamento adjuvante de pacientes com asma moderada e rinite, alérgicos a ácaros, fazendo uso contínuo de corticosteróide inalatório e beta2-agonista de ação prolongada, através de estudo duplo-cego, controlado com placebo. Será o primeiro estudo realizado no mundo utilizando alérgenos recombinantes de ácaros para imunoterapia alérgeno-específica, que poderá resultar em tratamento mais eficaz de asma e rinite, com potencial de beneficiar uma grande quantidade de pacientes que sofrem com essas doenças. Para esse estudo inicial envolvendo 80 pacientes por período de 2 anos e meio serão necessárias quantidades de 100 mg de cada um dos alérgenos, a serem produzidas sob condições GMP. PROTEÍNAS DE CHOQUE TÉRMICO (HSP)/PEPTÍDEOS: As proteínas constitutivas HSP têm sua expressão aumentada em condições de estresse. HSPs são reconhecidas pelo sistema imune e respondem com respostas pró-inflamatória ou imunorreguladora em várias doenças. Existem vários estudos clínicos em andamento pelo mundo com diferentes HSPs e em diversas doenças, porém não nenhum estudo clínico em transplante de órgãos, situação em que acreditamos poder haver indução de tolerância ao enxerto por peptídeos que identificamos e estamos testando em camundongos. Atualmente expressas em E.coli, estamos identificando outros sistemas de expressão, inclusive células de mamíferos, para contornar o problema de contaminação por endotoxinas. Dependendo do sistema escolhido, serão utilizadas as condições GMP de uma ou outra estrutura (campanha da planta piloto para bactérias recombinantes ou células de mamíferos no I.Butantan). Peptídeos sintéticos serão produzidos em planta definida para essa finalidade. 99 VACINAS CONTRA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA: Controlar a infecção por L.donovani/L.chagasi no hospedeiro canino representa uma das formas mais importantes de controlar a infecção humana. A vacina contém uma composição de elementos que estão para ser patenteados e não podem ser descritos no momento. Os resultados em hamsters e os dados preliminares em cães são promissores. A vacina está na fase de validação utilizando como desafio vetores de transmissão naturalmente infectados. O processo de produção da vacina vai atender as normas para vacinas veterinárias e assim será identificado um parceiro para a produção em fase piloto. Equipe Pesquisadores do iii Responsável: Ana Maria Moro – Instituto Butantan Luísa Guilherme – InCor-FMUSP Edécio Cunha Neto – InCor-FMUSP Verônica Coelho – InCor-FMUSP Luísa Karla Arruda – FMRP-USP Aldina Barral – FIOCRUZ-Bahia Mario Palma – UNESP-Rio Claro Marcelo Brígido – UnB-Brasilia Andréa Q. Maranhão-UnB-Brasília Luiz Carlos de Sá-Rocha – FMVZ-USP Colaboradores Maria Teresa A. Rodrigues - IBU Angélica Garbuio - IBU Flávia Serpieri - IBU Roselaine C. Targino - IBU André Inocêncio - IBU José Marcelino de Oliveira - IBU Dirceu C. Bertolino - IBU 100 E. PLATAFORMA DE BIOINFORMÁTICA A missão do Instituto de Investigação em Imunologia é baseada no desenvolvimento de novas terapias e biofármacos e sua apliação clínica. Nesses procedimentos é comum a defrontação de situações onde a análise experimental pode ser apoiada por uso de técnicas de bioinformática. Essas técnicas permitem a análise de um grande número de dados de seqüências biológicas com processamento de alto desempenho. A Bioinformática é uma disciplina nova e é interpretada, num amplo contexto, como sendo a aplicação de modelos matemáticos aliados ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de técnicas computacionais de processamento, armazenamento e de transmissão de dados de alto desempenho, para fins de entendimento de seqüências e estruturas biológicas. Nela estão incluídos métodos para analisar grandes bancos de dados de informação genômica e proteômica, tais como: seqüências de DNA, dados de expressão de DNA em micro-arranjos, seqüências protéicas, além de dados para a predição de estrutura tridimensional em macromoléculas biológicas. As pesquisas teóricas abrangidas por essa plataforma incluirão: alinhamento de seqüências gênicas e protéicas; descoberta de genes, detecção de genes relacionados a doenças humanas; predição e determinação de estrutura tridimensional de proteínas; predição de epitopos para linfócitos T; estudos da relação entre estrutura e função de proteínas; estudo da interação proteína-proteína; estudo da interação proteína-ligante; desenho de drogas baseado em estrutura tridimensional; caracterização de domínios funcionais e estruturais em seqüências de DNA; reconstrução da história evolutiva de espécies modernas; quantificação da diversidade genética em populações naturais e agrupamento de dados de micro-arranjos e suas estatísticas; identificação de vias moleculares envolvidas. Nosso objetivo nesta plataforma de bioinformática é respaldar os vários grupos relacionados ao Instituto com apoio logístico e formativo. A plataforma deverá propor procedimentos e abordagens que melhorem a qualidade do dado experimental ou mesmo subsidiar os grupos com alternativas metodológicas que ajudem a confirmar os dados experimentais. Além disso, a plataforma tentará detectar necessidades específicas de formação entre os participantes de cada grupo e proporá cursos de atualização e ou formação. Apesar da atividade da plataforma de bioinformática ter, fundamentalmente, um caráter norteador e de formação, ela também contará com um estrutura computacional já implementada no Laboratório de Bioinformática do Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer e no Laboratório de Biologia Molecular de UnB. Essa estrutura estará disponível para implementar rotinas e serviços temporários ou não para a resolução de problemas computacionais relativos aos projetos do Instituto. Equipe Responsáveis: Marcelo de Macedo Brígido (UnB) e Sandro José de Souza (ILPC) Aluno de pós-graduação: Roberto Ternes Arrial (Doutorado, UnB) 101 F. PLATAFORMA DE QUALIDADE Desde o início do iii, os grupos envolvidos trabalham para aprimorar a qualidade do trabalho. As reuniões regulares sempre dedicaram sessões específicas para discutir o assunto e várias propostas foram, inicialmente, implementadas. Entre elas, a adoção de normas comuns de adoção de procedimentos operacionais padrão e a organização de documentação científica e o registro de dados experimentais de acordo com normas internacionais. . A partir de 2008, iniciou-se um projeto piloto de implantação de normas de boas práticas laboratoriais (BPL) em um dos laboratórios participantes. A experiência revelou que, embora se trate de um longo e difícil processo, é fundamental a busca da qualidade no desenvolvimento do conhecimento científico, incluindo em instituições acadêmicas. A partir dessa experiência, estamos propondo uma série de ações para estender essa experiência para todos os grupos do iii. Nesta nova fase do nosso Instituto, estão sendo propostos estudos que irão avaliar o potencial de alguns produtos em ensaios clínicos de fase I e fase II. É imprescindível, portanto, adotar as recomendações de boas práticas clínicas (BPC) para realizar os projetos. O grupo de investigadores do iii já realiza pesquisa clínica há muitos anos. Desde 2008, foi estabelecida uma Unidade de Pesquisa Clínica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para realizar ensaios clínicos sob rigorosas normas nacionais e internacionais. Em agosto de 2008, o centro foi aprovado e registrado no National Institutes of Health (NIH) para conduzir projetos de pesquisa clínica, após várias etapas de auditoria. A partir desse projeto, propomos estender o treinamento em GCP para todos os centros envolvidos no iii que proponham realizar pesquisa clínica em humanos. A seguir, serão delineadas as estratégias para atingir tais metas. Objetivos 1. Boas Práticas Laboratoriais: Disseminar os conceitos de BPL para todos os laboratórios envolvidos no iii e criar os meios para implementar tais padrões. Verificar a implantação de tais metas durante a condução do projeto. 2. Boas Práticas Clínicas. Manter e aprimorar o padrão de qualidade e observação das BPC no iii, obedecendo às normas nacionais e internacionais, utilizando a estrutura da FMUSP para expandir as outras unidades do iii. Plano de trabalho 1. Boas Práticas Laboratoriais: Desde o início da constituição do iii temos trabalhado e discutido as muitas formas de atingir os padrões de BPL nos laboratórios envolvidos. Além dos diferentes fóruns de debate e várias iniciativas pontuais, iniciamos um projeto piloto no Laboratório de Investigação Médica 60 de implantação de BPL, que deverá concluir sua etapa de 102 implementação até o fim de 2008. Esse projeto piloto servirá como modelo para multiplicar a experiência aos outros laboratórios do iii de acordo com o plano a seguir: Treinamento e engajamento dos investigadores principais: Ficou bastante claro no projeto piloto que, antes mesmo de discutir a implementação da BPL, é necessário que os pesquisadores responsáveis por cada grupo entendam a necessidade e estejam dispostos a oferecer apoio ao processo, envolvendo toda sua equipe nesta forma de trabalho. Sem esse engajamento, a adequação a BPL não atinge seu objetivo. Iremos, portanto, iniciar reuniões com os responsáveis para debater o assunto e conscientizar sobre a necessidade das BPL. Em seguida, estabeleceremos estratégias para implantarmos BPL nos grupos interessados. Dada as características do iii, é natural esperar que os vários laboratórios sejam heterogêneos em sua estrutura e motivação. Não é possível, portanto, imaginar que um projeto único será capaz de atender às necessidades de laboratórios individuais. É fundamental fazer o diagnóstico da realidade de cada grupo e cada laboratório para assegurar qual o nível de complexidade e adequação de cada proposta. A implantação da qualidade é um processo que precisa atender às necessidades de cada local. A partir dessa etapa, serão propostos os projetos individuais. Diligência para diagnóstico da situação dos laboratórios interessados: Desde o início de 2008, temos trabalhado sob a consultoria de especialista em qualidade de laboratórios. Serão feitas diligências diagnósticas da situação dos laboratórios interessados para traçar um plano de objetivos e metas. Elaboração e implementação do Plano de Ação: A partir do diagnóstico, será elaborado um Plano de Ação, envolvendo o delineamento da missão do grupo e sua política de qualidade, criação do Grupo de Qualidade e elaboração do plano de treinamento. A seguir, serão iniciados o plano de treinamento, criados o Manual de Qualidade e o de Biossegurança e a montagem dos Procedimentos Operacionais Padrão. Criação dos Grupos de Auditoria Interna e Externa: Após encerrada a fase de criação dos Procedimentos Operacionais Padrão, serão criados os Grupos de Auditoria Interna e Externa, responsáveis por verificar o andamento das atividades e a observação às normas de BPL. Ambos deverão emitir relatórios regulares, cujos resumos serão compartilhados com a coordenação do iii. Certificação por agências regulatórias ou de qualidade: Cada laboratório deverá solicitar as auditorias para certificação, atendendo ao Plano de Ação elaborado inicialmente. A certificação poderá variar de acordo com cada laboratório participante, por atender necessidades diferentes. 103 2. Boas Práticas Clínicas: Manter e aprimorar os padrões de BPC na Unidade de Pesquisa Clínica: Na Unidade de Pesquisa Clinica da FM-USP, estamos trabalhando continuamente para atender a todas as exigências de condução de BPC nos estudos de pesquisa clínica. Estamos recebendo auditorias freqüentes do NIH e da PPD, Inc., que têm sistematicamente aprovado a atenção que temos tido às BPC. Todo o grupo tem formação e treinamentos documentados, os voluntários são tratados com ética e confidencialidade e toda a documentação regulatória atente às normas e recomendações nacionais e internacionais. Propomos ampliar a qualidade do nosso trabalho, com diversas ações que estão descritas na Plataforma de Epidemiologia e Estudos Clínicos. A necessidade de realizar os estudos clínicos que estão sendo propostos torna tal tarefa fundamental para atingir sucesso. Treinar outros grupos do iii para implementação de BCP: Durante todo o período do projeto, serão realizados cursos em BPC para os membros do iii. Esses cursos não só têm caráter motivacional, mas conferirão certificação no assunto aos que o fizerem. Propomos também que os interessados em realizar pesquisa com humanos venham à Unidade de Pesquisa Clínica para treinamentos. Tais treinamentos deverão ter duração e especificidade para cada caso. Funcionamento da Plataforma de Qualidade: A natureza da plataforma de Qualidade possui interface com todas as áreas temáticas do iii. Todos dos projetos propostos envolvem a implementação dos conceitos de qualidade pelos pesquisadores listados no iii. Para isso, serão realizadas reuniões presenciais, chamadas telefônicas em conferência e teleconferências usando a internet. Contamos com apoio administrativo para realizar os estudos de pesquisa clínica, que conta com gerenciamento financeiro, gerenciamento de assuntos regulatórios e a Plataforma de Qualidade, para assegurar a observância às boas práticas clínicas e laboratoriais. Já foi criada a Unidade de Gestão da Qualidade, para servir aos laboratórios participantes. Equipe Esper Kállas - FMUSP Ana Maria Mouro – IB Mario Palma - UNESP Cronograma de Execução da Plataforma de Qualidade Primeiro semestre: Cursos de BPL aos pesquisadores principais. Palestras motivacionais em BPL. Identificação das necessidades de cada grupo. Receber as auditorias regulares na Unidade de Pesquisa Clínica. Elaborar os cursos de treinamento em BPC. 104 Segundo semestre: Diligências locais para diagnóstico de cada situação. Proposição e início de elaboração de Plano de Ação para os laboratórios que deverão implementar BLP. Iniciar os treinamentos em BPC. Terceiro semestre: Implementação de BLP local. Treinamento em BPC na Unidade de Pesquisa Clínica. Quarto semestre: Implementação de BLP. Início de avaliações de progressos em implementação de BLP nos laboratórios participantes do iii. Treinamento em BPC na Unidade de Pesquisa Clínica. 105 G. PLATAFORMA DE ENSINO E INTERAÇÃO COM A SOCIEDADE Histórico É parte integral da Missão do iii, compartilhar saberes sobre práticas de formação e ensino, fundamental para a construção de um instituto sólido e solidário. Este trabalho em rede exige a construção de uma nova mentalidade voltada para o trabalho coletivo. É um processo em construção. Nesses primeiros anos do iii, além de estabelecermos diversas colaborações científicas entre os diferentes grupos, criamos, para as atividades educacionais, um núcleo responsável pelas questões de formação e ensino. Fizemos o diagnóstico da nossa situação nesta área – através de um questionário envolvendo pesquisadores, alunos e técnicos -, identificamos problemas e necessidades do iii, e estabelecemos diretrizes para a formação e ensino em nosso Instituto. As principais ações realizadas nesta plataforma foram: cursos periódicos, intercâmbios nacionais e internacionais de alunos e pesquisadores do iii, reuniões sistemáticas para a leitura crítica da literatura científica, investimento na formação para a escrita de artigos científicos e teses, sistematização dos cadernos de laboratório para o registro de dados de acordo com normas internacionais de boas práticas de laboratório e inovação das práticas clínicas com o auxílio da implantação de prontuário eletrônico. Também criamos um site do Instituto na internet (http://www.iii.org.br) e elaboramos boletins periódicos. Nova dimensão da proposta A anterior Plataforma de Ensino passa a incluir, agora, proposta mais orgânica de Interação com a Sociedade. Esta idéia já vinha sendo discutida dentro do iii e consideramos salutar que tenha sido incluída na Missão para os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia. Isto coloca como desafio combinar o trabalho de rede no âmbito do iii com o desenvolvimento de ações criativas fora dos muros da academia. Essas atividades, somadas a um trabalho de difusão e divulgação das descobertas realizadas em nosso instituto, permitirão que o iii ingresse em uma fase de maior maturidade, não apenas para “fazer ciência” de tradução de excelência, mas também para aprender a compartilhar o processo de fazer ciência e os saberes nele envolvidos, com crianças e jovens, em escolas públicas, com profissionais do sistema nacional de saúde e em outros espaços na sociedade. O diálogo entre os saberes populares, científicos e tecnológicos pode ser um instrumento para a inclusão social, despertando a curiosidade para o pensamento e descobertas científicos, identificando vocações, contribuindo para a construção de sujeitos mais críticos, criativos e transformadores da realidade. Ao mesmo tempo, poderá também ajudar a construir cientistas mais democráticos na relação com o conhecimento. Estamos certos de que esta nova vertente de ação do iii será muito importante para a construção de novos conhecimentos, também para todos os integrantes do iii. Na área de interface com o sistema nacional de saúde, temos uma frutífera experiência na oferta de cursos de manejo e tratamento das leishmanioses, em diversas 106 regiões do país. Tal interação facilita a disseminação das novas informações científicas e se reflete em benefício direto para o pacientes. Nesta mesma linha, participantes do iii estão envolvidos na elaboração de manuais de cuidados clínicos e de tratamento das leishmanioses por iniciativa do Ministério da Saúde. Pretendemos ampliar estas experiências para outras áreas de atuação do Instituto. Outra proposta inserida nessa nova plataforma abarcará estudos de percepção pública da ciência, com foco nos temas de saúde estudados pelo iii. Além dos três eixos tradicionais - conhecimento, interesse e atitudes –, a análise complementar do consumo de informação de temas pesquisados dentro do iii possibilitará um mapeamento de como e quanto os brasileiros se informam sobre tais temas. Acreditamos que essa será uma contribuição importante do iii, não só para a imprensa brasileira, mas também para a definição de políticas e estratégias de divulgação responsável da área. Esses estudos, combinados com mecanismos de participação social propostos, poderão ser um passo inicial importante na direção de alterar o quadro polarizado que se repete mundo afora: um alto interesse e atitude positiva sobre ciência e tecnologia caminhando junto com baixa compreensão dos mesmos assuntos. Desde julho de 2008, iniciamos esforços para estreitar os laços com seguimentos da sociedade. Na área temática de HIV, foi criado o Comitê de Acompanhamento Comunitário (CAC), que tem o objetivo de acompanhar as atividades de pesquisa que envolvam o interesse dos grupos de maior vulnerabilidade para infecção pelo HIV. Composto por representantes da sociedade civil organizada, o CAC tem como missão acompanhar os projetos dessa área temática, buscando contribuir com seu olhar crítico e dando sugestões para que as ações dos pesquisadores atendam às necessidades desse seguimento da sociedade. Proposta A nossa proposta dentro da Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade é desenvolver atividades educacionais no âmbito do iii e da interação com a sociedade, assim como atividades de difusão e comunicação com a sociedade. Pretendemos que esta plataforma seja um alicerce para o compartilhamento dos diversos saberes existentes dentro do iii, assim como um espaço aberto de debate científico/pedagógico e para o desenvolvimento de novos saberes e novas interações com a sociedade. Objetivos Objetivo geral Desenvolver atividades educacionais e de difusão e comunicação dentro do iii e com a sociedade. I. Educacionais 107 Objetivos específicos Dentro do iii: 1. Realizar cursos técnicos/práticos e teóricos/conceituais: (i) Escrita científica, (ii) Qualidade na pesquisa – BPL, BPC, Elaborações de POPs (Protocolos Operacionais Padrão), (iii) Estudos pré-clínicos, (iv) Ensaios clínicos, (v) Propriedade intelectual, (vi) Bioestatística/Epidemiologia (vii) Delineamento experimental, (viii) Biossegurança, (ix) Introdução à Bioinformática, (x) Cursos temáticos específicos, e (xi) Desenvolvimento de novos fármacos e biofármacos. 2. Realizar, periodicamente, encontros científicos e estratégicos da rede: (i) temáticos, (ii) congressos científicos com pesquisadores e alunos do iii 3. Realizar vídeo-conferências para a discussão de projetos 4. Estabelecer intercâmbios entre os diferentes grupos através de estágios e visitas 5. Manter o site do iii – dinâmico e ativo, com compartilhamento de resultados, seminários, cursos e demonstração de técnicas gravadas em vídeo. 6. Enviar boletins eletrônicos mensais com novidades sobre as atividades do iii e outras de interesse ao iii. Interação com a comunidade técnico-científica externa ao iii: 1. Realizar conferências e debates em congressos de interface com áreas de pesquisa com o iii 2. Disponibilizar informações geradas no iii de interesse à comunidade científica 3. Promover interações com outros Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia que tenham interface com o iii. 4. Estabelecer interação com empresas incubadoras, especialmente as de base biotecnológica, através da realização de seminários de temas comuns e pela oferta de cursos técnico/práticos, como (i) Escrita científica, (ii) Qualidade na pesquisa – BPL, BPC, Elaborações de POPs (Protocolos Operacionais Padrão), (iii) Ensaios clínicos, (iv) Propriedade intelectual, (v) Bioestatística/Epidemiologia (vi) Delineamento experimental, (vii) Biossegurança. Interação com a sociedade: Objetivos gerais 1. Estimular a curiosidade e a capacidade de pensar criticamente sobre como os conhecimentos científico e tecnológico são produzidos, principalmente na área da saúde e Imunologia, focos de estudo do nosso instituto. 2. Discutir como a metodologia científica em diálogo com outros saberes pode contribuir para mais uma leitura da realidade e para a busca de soluções de problemas. 3. Construir novos conhecimentos relacionados com temas na imunologia. Objetivos específicos 108 Para alunos e professores de escolas públicas – ensinos fundamental e médio: 1. Realizar oficinas temáticas envolvendo diversos temas de interesse àquele coletivo, com a participação de pesquisadores e alunos do iii. 2. Realizar cursos de temas de Imunologia para professores de biologia das escolas públicas e disponibilizar cursos no site do iii. 3. Realizar debates sobre temas de interesse daquele coletivo, com preparação prévia e disponibilização de material informativo. 4. Promover discussões sobre a ciência no Brasil e pesquisa de tradução. 5. Organizar visitas aos laboratórios de pesquisa do iii para acompanhamento de um dia na vida de pesquisador. 6. Produzir textos didáticos dirigidos a crianças e jovens nos moldes do que vem sendo publicado, inclusive por membros do presente projeto, para revistas de divulgação de excelência como Ciência Hoje e Ciência Hoje para Crianças. Para alunos de graduação: 1. Oferecer cursos temáticos de verão (Imunologia clínica, etc.). 2. Oferecer curso de Escrita científica 3. Organizar visitas aos laboratórios de pesquisa do iii para acompanhamento de um dia na vida de pesquisador. 4. Promover discussões sobre pesquisa de tradução. Para profissionais do sistema de saúde: 1. Realizar cursos e discussões sobre o diagnóstico e manejo clínico das doenças de atuação do iii para profissionais de saúde do SUS. 2. Disponibilizar vídeos dos cursos no site do iii. 3. Discutir sobre o estado da arte das pesquisas científicas na área de interesse e sobre o conceito de pesquisa de tradução. Para a sociedade em geral: 1. Participar junto a agremiações de pacientes e usuários, com cursos e discussões para a comunidade não acadêmica. 2. Participar de fóruns públicos, nos moldes daqueles habitualmente promovidos pela SBPC e sociedades específicas de fomento e difusão da ciência. II. Difusão de conhecimento e mecanismos de participação social dentro do iii Objetivo geral 109 Instituir mecanismos bilaterais de comunicação entre pesquisadores e sociedade, visando tanto a difusão dos conhecimentos gerados dentro do iii quanto a participação de diferentes setores da sociedade nos rumos das pesquisas. Objetivos específicos 1. Elaborar e consolidar uma política de comunicação para o iii, com um plano de comunicação institucional, sobretudo por meio do site, o que permitirá uma democratização do conhecimento gerado dentro do instituto: a. Divulgar notícias sobre trabalhos publicados pelos pesquisadores do iii, assim como atividades realizadas no âmbito do instituto, com ajuste de linguagem visando atingir um público mais amplo. b. Publicar reportagens especiais e/ou dossiês tratando dos temas estudados dentro do iii. c. Realizar entrevistas com pesquisadores do instituto e disponibilizá-las em formato vídeo no site. d. Criar um link com informações pertinentes às pesquisas e doenças estudadas no iii preparado para a população em geral e. Disponibilizar gravações de informações esclarecedoras objetivas em temas de interesse do público geral, em formato de Podcasts. f. Enviar material jornalístico, previamente selecionado, tanto para veículos de comunicação especializados quanto para a grande mídia. g. Estabelecer comunicação confiável com os órgãos de imprensa, com o objetivo de fazer do site do iii uma fonte segura para a obtenção de notícias e para a divulgação das ações institucionais, priorizando a agilidade e a qualidade das informações e a credibilidade do conteúdo publicado. h. Elaborar programação específica para divulgação no Dia da Imunologia (http://www.dayofimmunology.org/initiative) 2. Criar os Comitês de Acompanhamento Comunitário, compostos por representantes dos grupos da sociedade civil organizada, com interesse naquela área de pesquisa, quando for planejado um projeto de pesquisa que envolva seres humanos. Isto permitirá o diálogo mais próximo entre pesquisadores e a sociedade e incorporação de sugestões relevantes. 3. Realizar, em colaboração com o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp (Labjor), liderado por Carlos Vogt, pesquisas de percepção pública da ciência com foco nos temas estudados pelo iii. Tal mapeamento permitirá traçar políticas e estratégias responsáveis de divulgação científica. 110 a. Participar, inicialmente, da pesquisa de percepção pública da ciência com adolescentes em escolas públicas e privadas da cidade de São Paulo, a ser desenvolvida pelo grupo Labjor, ainda em 2008, introduzindo questões da imunologia como parte dessa pesquisa. b. Mapear como e onde os brasileiros se informam sobre os temas pesquisados dentro do iii, assim como o seu conhecimento, interesse e atitude a respeito de tais temas, em pesquisa dirigida a perguntas do tema do iii. ESTRATÉGIAS PARA A INTERAÇÃO COM A SOCIEDADE As nossas atividades educacionais incluirão: (i) cursos (ii) conferências, (iii) oficinas, (iv) debates, (v) visitas de campo, (vi) vídeos, (vii) publicações, (viii) criação de comitês da comunidade para acompanhamento de pesquisas. 1. Interação com escolas públicas – realizaremos inicialmente discussões com a participação de educadores que desenvolvem este tipo de trabalho, para a elaboração de projetos pilotos para o iii, nos diversos estados integrantes do iii. Com uma proposta elaborada, conversaremos com a direção de escolas públicas candidatas a esta experiência pedagógica. 2. Integrantes do iii de cada estado serão estimulados a desenvolver atividades de interação com a sociedade. Também poderemos, periodicamente, ter algumas atividades com pesquisadores de outros estados. Equipe da Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade Responsáveis: Verônica Coelho ( InCor- FMUSP) e Manoel Barral (Fiocruz BA) Núcleo: Anna Paula Sheppard Guembes – InCor - FMUSP Carolina Luque – InCor - FMUSP Georgia Porto Mundin – InCor - FMUSP Sandra Moraes – InCor – FMUSP e IMT-USP Todos Pesquisadores Principais do iii Colaboradores do iii na Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade: Carlos Vogt - Lab. de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor)/Unicamp. Colaborador na pesquisa sobre percepção da ciência e de temas de saúde e Imunologia relacionados ao iii. 111 Cristina Caldas - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) - Unicamp Difusão do iii e colaboradora na pesquisa sobre percepção pública da ciência e de temas de saúde e Imunologia relacionados ao iii. Gilson Volpato – UNESP – Botucatu – São Paulo – Cursos e oficinas de Escrita científica. Jackson Costa – Fiocruz – Bahia - Atividades educacionais para profissionais do SUS. Yurij Castelfranchi - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) Unicamp.Colaborador na pesquisa sobre percepção da ciência e de temas de saúde e Imunologia relacionados ao iii. Nélio Bizzo – Faculdade de Educação USP - Faculdade de Educação da USP - Discussão sobre atividades educacionais sobre ciência e temas do iii em escolas públicas. Paulo Roberto da Cunha – Fundação Instituto de Ensino para Osasco (UNIFIEO) – Colaboração na elaboração de material didático. 112 4. Metodologia Todas as metodologias descritas neste projeto são utilizadas corriqueiramente nos laboratórios do iii segundo protocolos-padrão (POP), o que permite uma comparação direta e correta dos dados obtidos pelos vários grupos de pesquisa, garantindo, portanto, a qualidade e a reprodutibilidade de nossos resultados. Várias destas metodologias agrupam-se nas plataformas de suporte técnico do iii, ficando, então, sob a supervisão especial de alguns grupos. Por estes motivos, as descrições deste item não serão feitas em detalhe nesta proposta. As metodologias específicas estão descritas dentro de cada subprojeto, quando pertinente. 1. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO, EXCLUSÃO E TRATAMENTO DOS PACIENTES Todos os pacientes selecionados para os diferentes estudos contidos nesta proposta serão amplamente informados de todos os aspectos técnicos e éticos de nossa pesquisa e deverão assinar Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para cada protocolo, antes da inclusão em cada respectivo projeto. Todos os processos de aprovação reguladora institucionais e nos diferentes níveis municipal, estadual e federal serão seguidas rigorosamente. Os critérios de seleção dos pacientes específicos para cada estudo estarão descritos em maior detalhe no item 5, Caracterização da Rede- Linhas de pesquisa. 2. MODELOS ANIMAIS Todos os procedimentos com animais seguirão as normas brasileiras e internacionais para o uso das espécies em questão. Estes procedimentos estão descritos em detalhe para cada projeto, assim como citado acima para a pesquisa com seres humanos. 2.1 Testes pre-clinicos de toxicidade aguda e eficiência/imunogenicidade: Os imunobiológicos serão avaliados nas formulações adequadas em grupos de animais comparados a grupos controle não tratados, de duas espécies distintas (camundongos e mini-pigs), conforme recomendações das agências regulatórias. A eficiência/imunogenicidade e a toxicidade aguda do imunobiológico serão avaliadas durante 30 dias com provas bioquímicas séricas, hemograma completo, urianálise, seguidos de necropsia e coleta de órgãos para análise histopatológica. Os ensaios serão realizados pela empresa Ciallyx. 3. TÉCNICAS IMUNOLÓGICAS 3.1. Imunofluorescência por citometria de fluxo: A avaliação da expressão de proteínas de superfície celular e de citocinas intracelulares será realizada através de protocolos bem estabelecidos na literatura e utilizados corriqueiramente em nossos laboratórios. A aquisição das amostras será realizada em aparelhos FACScan, FACScalibur, FACSCanto e Facs Aria (Becton Dickinson Immunocytometry Systems, San Jose, California) e a análise será feita através dos programas CellQuest, FACSDiva e FlowJo. Os laboratórios 113 envolvidos dominam diferentes protocolos de verificação de diferentes proteínas na superfície e no interior de diversas populações celulares. Além disso, possuem padronizadas técnicas de detecção de produção de citocinas, com destaque para IFN-gama, IL-2, TNFalfa, IL-4, IL-5 e IL-6. A detecção destas citocinas são habitualmente combinadas à caracterização fenotípica de linfócitos, permitindo a identificação de subpopulações celulares responsáveis pelas ações do sistema imune em estudo. 3.2. ELISPOT (Enzyme-linked immunospot assay): A produção de diferentes citocinas por linfócitos T será detectada usando os conjuntos BD para citocinas humanas ou murinas, conforme instruções do fabricante. Os “spots” revelados serão contados utilizando estereomicroscópio automatizado e software KS ELISPOT (Zeiss). 3.3. ELISA (Enzyme-liked immunosorbent assay): Em alguns casos, citocinas serão quantificadas por ELISA “sanduíche” utilizando curva-padrão e pares de anticorpos e citocinas recombinantes de acordo com as especificações do fabricante. Anticorpos IgE, IgG e IgG4 específicos para alérgenos de ácaros e baratas serão quantificados no soro de pacientes por ELISA quimérico, como descrito por Trombone et al (2002). 3.4. Dosagem de citocinas por CBA (Cytometric Bead Array): Alternativamente, citocinas poderão ser quantificadas por CBA, de acordo com as instruções do fabricante (BD Biosciences, CA, EUA). As amostras processadas serão adquiridas por citometria de fluxo e analisadas através do programa BD CBA. A concentração de cada amostra será calculada a partir de curvas-padrão. 3.5. Detecção da expressão protéica e modificações pós-traducionais por “WesternBlot”: Após separação de proteínas de extratos celulares por eletroforese em gel de poliacrilamida contendo SDS (SDS-PAGE), estas proteínas serão transferidas para membranas de nitrocelulose ou PVDF, onde serão realizados ensaios de western-blot para avaliar a expressão de proteínas de interesse, incluindo fosfoproteínas. As reações serão reveladas por quimioluminescência e documentadas após exposição a um filme de autoradiografia. 3.6 Antigen-chip: Com o objetivo de visualizar um perfil global da reatividade de autoanticorpos presentes no soro, em modelo murino, será utilizado um chip que possui spots de antígenos, especialmente peptídeos derivados de proteínas de choque térmico, a ser sondado por anticorpos presentes em soros dos camundongos experimentais. Este chip foi desenvolvido e previamente validado em modelo murino de diabetes mellitus (Quintana et al. 2004). 3.7 Bioplex®: O sistema Bioplex se utiliza de microesferas de poliestireno que são internamente marcadas com dois fluorocromos espectralmente distintos e é utilizado para detecção simultânea de até 100 analitos. Será utilizado para estudo de aloanticorpos no soro do paciente transplantado. 114 4. TÉCNICAS DE BIOLOGIA CELULAR 4.1. Separação das células mononucleares do sangue periférico (PBMC): As amostras serão obtidas de sangue, por centrifugação em solução de gradiente de FicollHypaque (d=1,077). As células serão ressuspendidas em meio DMEM enriquecido com aminoácidos, vitaminas, piruvato de sódio, L-glutamina, e antibióticos. A contagem das PBMC será feita em câmara de Neubauer. 4.2. Obtenção de células dendríticas a partir da medula óssea murinas: As células 6 dendríticas (DCs) serão diferenciadas a partir de medula óssea. As células (1,5x10 células/poço) serão ressuspensas em meio RPMI 5% FCS, 50mM β-Mercaptoetanol com rGMCSF (R&D Systems), e mantidas a 37ºC com 5% CO2. A partir do dia 3, será adicionada 10ng/ml IL-10 (R&D Systems) nos poços destinados à geração DCs tolerogênicas. No dia 10 serão adicionados 100 ng de LPS (Sigma) nos poços que desejamos obter DCs maduras. A 0 partir do 13 dia, todas as DCs estarão prontas para serem submetidas a protocolos de transferência. 4.3. Obtenção de subpopulações de células mononucleares: As células humanas e murinas serão obtidas a partir de PBMC e esplenócitos, respectivamente. A população será enriquecida de linfócitos com o fenótipo desejado através do processo de seleção positiva ou negativa com pérolas magnéticas ligadas aos anticorpos monoclonais correspondentes (Miltenyi Biotec GMBH, Alemanha). Alternativamente. utilizaremos o citômetro de fluxo de 7 cores com “sorter”/separador celular, utilizando anticorpos monoclonais adequados (FacsAria, Becton Dickinson, CA, EUA). 4.4. Ensaio in vivo de funcionalidade das células T CD4+CD25+Foxp3+: serão inoculadas células do baço de camundongos C57BL/6 juntamente com as células T CD4+CD25+ isoladas de linfonodos naive, geradas e isoladas da cultura in vitro; e a condição controle de somente de esplenócitos de camundongos C57BL/6. Os espenócitos dos recipientes serão analisados quanto ao numero de células de memória (CD4/CD8+CD45RB low CD44high) no 7 º e 21º dia após as inoculações. 4.5. Ensaio de degranulação de mastócitos: A degranulação de mastócitos será realizada através de medidas da liberação de grânulos marcados (β-D-glucosaminidase) que se co-localizam com a histamina nos grânulos dos mastócitos, segundo Hide et al. (1993). 4.6. Teste de ativação de basófilos. A determinação da ativação de basófilos obtidos por centrifugação em amostra anticoagulada com ACD (adenina-citrato-Dextrose) será feita pela identificação do aumento da expressão de marcadores de superfície CD63 por citometria de fluxo, após estimulação com os alérgenos 4.7. Ensaio de proliferação celular: No caso de ensaios de proliferação de linfócitos T 4 5 frente a DC maduras e imaturas, serão utilizados 5x10 linfócitos T com 2x10 DCs maduras e imaturas. Como controle positivo serão utilizadas PHA 2,5 µg/ml (para humanos) ou ConA o 1-5 µg/ml (para camundongos). Após incubação (3-4 dias) a 37 C, e 5% de CO2 as células serão tratadas com 0,5 µCi de 3H (Timidina Triciada, Amersham-Pharmacia). A leitura será em contador beta (Beta plate 1205-LKB). O índice de estimulação (IE) será calculado pela 115 razão entre a média de CPM do experimento com antígeno e a média de CPM do experimento sem antígeno, e serão considerados positivos IE≥2-2,5. Também será feito ensaio de inibição da proliferação de células T autólogas potencialmente supressoras, além de culturas com os diferentes antígenos pré-estabelecidos. Também será realizado o ensaio de diluição de CFSE. Células respondedoras serão marcadas com 2,5-5µM de CFSE (5,6 carboxyfluorescein diacetate succinimidylester) e incubadas com seus estímulos (peptídeos, o proteínas ou células) por 72-120 h a 37 C, 5% de CO2.e analisadas por citometria de fluxo, sendo calculado o índice de divisão celular, das células que dividem pelas que não se dividem 4.8. Cultura mista de linfócitos: Serão utilizados como respondedores esplenócitos de animais tolerantes. Estas células serão marcadas com 2,5-5µM de CFSE (5,6 carboxyfluorescein diacetate succinimidylester). Como estimuladoras serão utilizadas células o do doador estimuladas ou não. A co-cultura será mantida durante 72 horas a 37 C, 5% de CO2. No quarto dia, as células serão analisadas por citometria de fluxo. Será calculado o índice de divisão celular, das células que dividem pelas que não se dividem. Também serão realizadas culturas mistas de células dendríticas e células alogênicas em apoptose. 4.9. Determinação e quantificação de apoptose: É possível determinar qual a proporção de células que se encontra nas fases G1, S e G2 do ciclo celular, além de verificar a proporção delas em apoptose. Esta técnica pode, ainda, ser aliada à marcação para proteínas de superfície, permitindo a caracterização da evolução da divisão celular nas diferentes populações estudadas. Três eventos serão analisados: a) Externalização de resíduos de fosfatitilserina, que será acompanhada através da marcação com Anexina V-FITC (Martin et al., 1995); b) Fragmentação de DNA, verificada através da análise do conteúdo de DNA por citometria de fluxo (Nicoletti et al., 1991) e c) ensaio de MTT. 4.10. Protocolos para a indução de tolerância: para a indução de tolerância intranasal em camundongos serão utilizados peptídeos previamente selecionados. Para a indução de tolerância pela transferência celular utilizaremos os linfócitos T purificados da cultura de esplenócitos estimuladas com os peptídeos selecionados. O alotransplante de pele será realizado 1 dia após a última transferência celular. Utilizaremos células da mesma linhagem do camundongo receptor do aloenxerto. Para posterior análise de migração celular, utilizaremos células de camundongos da linhagem C57BL/6 transgênicos para GFP. Após 1 semana do transplante, avaliamos diariamente o enxerto de pele por critérios macroscópicos e por análise histopatológica no momento da rejeição e em caso de tolerância, após 100 dias. 4.11. Transplante de pele: o transplante de pele será realizado conforme adaptação do método descrito originalmente por Billingham et al (1951). Fragmentos de pele da cauda dos animais doadores serão implantados na região dorsal do receptor. 4.12. Análise histopatológica do enxerto: Após perda do enxerto (retração e diminuição de pelo menos 70% de sua área) os enxertos de pele serão fixados e submetidos a análise histopatológica seguindo os critérios específicos para rejeição. 116 5. TÉCNICAS BIOQUÍMICAS 5.1. Cromatografia de Fase Reversa de Alta Performance (HPLC): Será utilizada para purificação de peptídeos sintéticos, purificação de diferentes frações de misturas complexas e quantificação de nucleotídeos de adenina, creatina e fosfocreatina. Após a solubilização, as amostras serão fracionadas em coluna em HPLC sob fase reversa (HPLC SHIMADZU - Modelo LC-AD 10). Os picos de interesse serão re-fracionados em gradiente isocrático, no mesmo sistema de HPLC. 5.2. Síntese de peptídeos: A síntese dos peptídeos selecionados será realizada em um sintetizador múltiplo de fase sólida Apex 396 (Advanced ChemTech, Kentucky, USA), utilizando a metodologia FMOC (Atherton et al. 1989) e a resina TGR (Novabiochem, USA) (King et al. 1990). A qualidade dos peptídeos será analisada por espectrometria de massa e/ou HPLC (Akta, Amersham-GE, USA) e Ettan Pro Maldi-Tof Mass Spectrometer (Amersham-GE, USA). 5.3. Sequenciamento por Química Degradativa de Edman: Os peptídeos sintetizados e extensivamente purificados que apresentaram um único pico de massa molecular (m/z), em análises de espectrometria de massa, serão submetidos ao sequenciamento primário através da Química Degradativa de Edman em um PPSQ-21A (SHIMADZU). 5.4. Pesquisa de micropartículas (MPs) contendo QSOX: será estudada a partir do soro dos pacientes de diferentes grupos clínicos. MPs serão separadas por centrifugação e a contagem de MPs, expressão de fosfatidilserina e presença de QSOX investigada por citometria de fluxo; sua presença também será avaliada por Western blot. A atividade da QSOX será verificada pela fluorescência do ácido homovanílico na presença de DTT. 5.5. Análise global de expressão protéica: Extratos protéicos de células ou tecidos serão obtidos a partir da lise celular em tampões apropriados e separados por eletroforese bidimensional, onde a primeira dimensão é realizada com tiras de gradiente de pH imobilizado na faixa de 3-10, em sistema de focalização isoelétrica “Ettan IPGphor”, e a segunda dimensão é corrida em gel de poliacrilamida. O resultado final é observado através de coloração com Coomassie R-250, e a imagem é adquirida com o equipamento “ImageScanner” e analisada com o programa “ImageMaster 2D-Platinum” (Amersham Biosciences/GE healthcare). Avaliação de expressão diferencial pode ser feita usando a tecnologia 2D-DIGE (Ettan TM Differential 2D Gel Electrophoresis) onde as amostras são previamente marcadas com diferentes corantes fluorescentes e misturadas antes da focalização isoelétrica, sendo que a separação das proteínas de várias amostras é realizada no mesmo gel bidimensional, o que permite a detecção precisa de mudanças na expressão. As imagens dos géis bidimensionais contendo proteínas acopladas a fluoróforos são adquiridas com o equipamento “Typhoon 9410 Variable Mode Imager” (Amersham Biosciences/GE Healthcare), e as análises da expressão protéica diferencial são realizadas utilizando-se os programas “DeCyder Differential Analysis” e EDA (Extended Data Analysis) (ambos da Amersham Biosciences/GE healthcare). Os “spots” de interesse serão finalmente processados (recorte, digestão tríptica, retirada de corante, obtenção de peptídeos trípticos 117 em matriz de alpha-hydroxycinamic acid) sobre placas metálicas por sistema automatizado “Ettan Spot Handling Workstation”, e analisadas em um espectrômetro de massas Ettan MALDI-ToF/Pro” ou Espectrômetro de Massas ESI – triploquadrupolo QUATRO II (MICROMASS) ou mesmo num espectrômetro de massas MALDI-TOF/TOF a ser adquirido pelo projeto. A identificação das proteínas utilizando dados das análises MS e MS/MS será realizada com auxílio de ferramentas de informática como o MS-Fit http://prospector.ucsf.edu/;ou o Mascot http://www.matrixscience.com/ utilizando os banco de dados “NCBInr (non redundant)” ou “SwissProt” disponíveis na internet. Os protocolos de espectrometria de massas serão adaptados a partir do sistema descrito por Chassaigne & Lobinski (1998). 6. TÉCNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR 6.1. Seleção de peptídeos: O algoritmo TEPITOPE (Sturniolo et al. 1999) permite a seleção de seqüências previstas para se ligarem simultaneamente de forma promíscua a várias moléculas HLA-DR (Iwai LK et al. 2003). As seqüências das proteínas codificadas por todo o genoma do HIV-1 que apresentarem predição de ligação com no mínimo 18/25 moléculas HLA-DR, com o limiar de 3% serão selecionadas para síntese. Para as seqüências mutantes da protease do HIV-1, a seleção será similar, mas o limiar será maior (5%). 6.2. Extração de DNA e RNA: Os métodos empregados variam conforme a aplicação. Para a extração de DNA serão utilizadas colunas de purificação Qiagen ou técnicas padronizadas (usando fenol: clorofórmio, precipitação com sal ou uso de DTAB/CTAB) para obtenção de DNA em grandes quantidades. Para a extração do RNA 7 total, aproximadamente 10 células serão lisadas com 1 mL de uma mistura de fenol e isotiocianato de guanidina (Trizol, Life Technologies) e o RNA obtido purificado de acordo com protocolo do fabricante, 6.3. Avaliação da expressão gênica por RT-PCR ou Real-Time PCR: Células provenientes dos diversos pacientes ou linhagens celulares estabelecidas serão avaliadas quanto à expressão de genes de interesse utilizando técnicas de RT-PCR e Real-Time PCR. Após a conversão do RNA em cDNA (cDNA Cycle Kit for RT_PCR, Invitrogen), estes serão submetidos à amplificação por meio da metodologia padrão de RT-PCR. Para tanto oligonucleotídeos específicos para detecção dos referidos genes serão sintetizados a partir de seqüências obtidas pelo banco de dados blast (http://www.ncbi.nih.gov/BLAST). As análises por “Real Time PCR” serão realizadas em placas de 96 poços, usando os reagentes “SYBR-Green PCR Master Mix” (Applied Biosystems, USA) e o equipamento “Perkin-Elmer ABI Prism 7500 sequence detection system”. A normalização e a quantificação relativa serão realizadas pelo método ǻǻCt, de acordo com o manual de instruções do fabricante ABI PRISM 7500, sendo utilizado o GAPDH como gene endógeno. Os laboratórios já possuem painéis de oligonucleotídeos para análises de expressão de dezenas de citocinas, quimiocinas, receptores e outras moléculas imunológicas no homem e em outras espécies. 118 6.4 Immunoscope. Os cDNA codificadores da CDR3 são amplificados por PCR utilizando iniciadores que anelam em sítios específicos das regiões V e C. Os produtos dessa reação são então marcados com iniciadores fluorescentes que se anelam nas regiões J ou C. Finalmente, os fragmentos amplificados são separados por eletroforese e visualizados por seqüenciamento de fluorescência. A digitalização das imagens será feita com o programa Genemapper® analysis software (Applied Biosystems). As proporções relativas de cada classe de tamanho de mRNA é calculada, a distribuição dos comprimentos das CDR3 pode ser exibida como um gráfico de probabilidade de distribuição (Miqueu et al. 2007). 6.5. Análise imunogenômica: Estudos de associação buscando encontrar o papel do polimorfismo de genes candidatos, incluindo resposta imune inata, e genes codificando citocinas inflamatórios e anti-inflamatórios e suas vias de sinalização serão testados com PCR-RFLP, “Real-Time TaqMan-PCR” e iScan System GoldenGate Custom genotyping Panels (Illumina, Hayward, CA) que permitem a análise de até 1536 SNP. Análises de combinação e “clustering” também serão realizadas. 6.6. Sequenciamento de DNA: Os alvos da amplificação por “nested PCR” com primers apropriados serão seqüenciados diretamente usando o kit ABI Prism Big Dye-Dye Terminator Cycle Sequencing Reaction Kit (Perkin Elmer, Foster City, CA, USA), em um seqüenciador automatizado (ABI Model 377, Perkin Elmer), de acordo com o protocolo do fabricante. 6.7. Modelagem molecular: Será utilizado o programa MODELLER para a modelagem molecular dos peptídeos com ação biológica relevante. O procedimento de modelagem se iniciará com um alinhamento de seqüências a serem modeladas (seqüências alvo) com estruturas tridimensionais conhecidas já descritas (modelos). Os modelos serão gerados usando as coordenadas atômicas do carbono α dos peptídeos modelos. Todo o processo de modelagem será processado em um computador PC (Intel Pentium 4 Dualcore). A total qualidade estereoquímica dos modelos finais será avaliada pelo programa PROCHECK. 6.8. Produção de anticorpos “humanizados”: A seqüência polipeptídica correspondente às cadeias leves do anticorpo anti-CD3 será sintetizada pelo método do PCR recombinante, com primers sobreponíveis, e clonada em vetor plasmidial para análise preliminar por sequenciamento de DNA. Clones contendo o domínio sintético com seqüência correta serão transferidos para vetores de expressão de anticorpos recombinantes em células de Pichia pastoris e células animais em cultura. Serão utilizados os vetores pPIg 16 e o pMacPS, respectivamente (Caldas et al., 2000). O anticorpo recombinante será preparado a partir de sobrenadante de cultura de clones (levedura ou CHO) transfectados com o vetor de expressão, purificados em coluna de proteína A-Sepharose. Anticorpos monoclonais para uso clínico serão purificados por seqüência cromatográfica de troca iônica, afinidade e gel filtração. A atividade ligante dos anticorpos será testada por FACS com linfócitos humanos + CD3 . Serão realizadas análises das implicações estruturais da humanização das cadeias 119 leve e pesada na capacidade de ligação ao antígeno dos anticorpos recombinantes, através de modelagem molecular por transposição de coordenadas da estrutura disponível do complexo OKT3/CD3. Conforme o impacto estrutural desses resíduos, eles serão classificados ou não para o procedimento de mutagênese 6.9. Produção de vacinas de DNA: Um gene sintético codificando os epitopos escolhidos é sub-clonado dentro de vetores de expressão de mamíferos pVAX1. (Genscript Corp, Piscataway, NJ, USA http://www.genscript.com/gene_synthesis.html). Os plasmídeos para estudos em roedores serão purificados usando o sistema Gigaprep (Qiagen, Inc). No caso de estudos clínicos a purificação será efetuada em planta piloto GMP usando sistema AKTA PILOT. 6.10. Produção de Imunobiológicos: Entre os projetos do iii, diferentes metodologias são possíveis, como a produção de proteínas recombinantes em bactérias, levedura e células de mamífero. As diferentes estratégias estão descritas nos projetos anexados (Alergias, Transplante, Doenças infecciosas, Imunodeficiências Primárias, Doenças autoimunes, HIV/AIDS, Câncer). Produtos expressos em bactérias serão obtidos por fermentação em tanques de agitação ou de alimentação, nos meios de cultura apropriados a cada caso, podendo haver a adição de indutores no meio de cultura em escala piloto e em instalações GMP. Em princípio os resultados promissores obtidos em bancada serão levados ao aumento de escala, dependendo da quantidade necessária e da produtividade do clone. Os parâmetros serão modificados conforme a necessidade e em função dos resultados, não sendo possível prever a priori as modificações. Para obtenção de produtos expressos em bactérias (proteínas e DNA recombinante) em condições cGMP para administração em humanos (ensaios clínicos) implementaremos uma planta piloto de fermentação em condições GMP. Produtos expressos em células de mamíferos serão obtidos em biorreatores e desenvolvidos em condições cGMP no Lab. de Biofármacos em Célula Animal, I.Butantan, de acordo com tipo de célula, complexidade estrutural e estabilidade da proteína desejada. 7. OBTENÇÃO DOS VENENOS DAS VESPAS Os venenos das espécies Agelaia pallipes pallipes e Polybia paulista serão fornecidos pelo Centro de Estudos de Insetos Sociais/Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Rio Claro-SP e extraídos conforme metodologia descrita em trabalhos anteriores. Após a captura, os insetos serão º imediatamente congelados a -80 C e levados ao laboratório para confirmar a identificação taxonômica. As vespas serão então dissecadas e o reservatório do veneno extraído de cada inseto, com o uso de microbisturís. Estes reservatórios serão cuidadosamente lavados em solução isotônica, perfurados e agitados suavemente em solução isotônica por 5 minutos a º º 4 C e centrifugados a 12000 rpm por 15 minutos a 4 C. 120 8. ANÁLISE ESTATISTICA DOS DADOS Utilizaremos testes paramétricos e não paramétricos, curvas de sobrevida, análises uni e multiparamétricas, desenho de ensaios e ensaios clínicos dentro da plataforma de bioestatística e epidemiologia. 121 5. CARACTERIZAÇÃO DA REDE Arranjo institucional O Instituto de Investigação em Imunologia (iii), criado em 2001, é hoje constituído por um núcleo de 33 pesquisadores de 18 grupos de pesquisa de 6 estados do Brasil. Há 6 anos, temos desenvolvido dentro do iii um trabalho em rede, compartilhando saberes para a produção do conhecimento científico, assim como para a formação e ensino, de forma continuada, de alunos, técnicos e pesquisadores. Trabalhamos em uma estrutura matricial, na qual desenvolvemos projetos de pesquisa temáticos, em 7 áreas de relevância médica no país, visando a tradução de conhecimentos da pesquisa básica para a aplicação clínica, e a geração de vacinas, produtos imunobiológicos e diagnósticos. Também criamos plataformas horizontais compartilhadas por todos, ou por diversos projetos temáticos verticais, alavancando o trabalho em rede e o desenvolvimento da rota científico/tecnológica de cada linha de pesquisa. Nesses primeiros anos de trajetória do iii, foram estabelecidas diversas colaborações científicas entre os diferentes grupos, gerando um grande número de publicações, disseminando tecnologias de ponta e concluindo a formação de 91 doutores, 94 mestres e 138 alunos de iniciação científica. O grande desafio tem sido a construção de uma mentalidade para o trabalho coletivo, em rede, compartilhando saberes e compartilhando o fazer. Nesta nova etapa, foram incorporados novos pesquisadores com expertises complementares às existentes no iii. Todos os grupos participantes assumiram o compromisso de realizar um trabalho em rede, disponibilizando seus conhecimentos para o instituto, assim como as expertises e infraestrutura de seus grupos, e propiciando a integração de seus alunos ao iii. Temos, hoje, 18 subprojetos dentro das 7 linhas de pesquisa temáticas. Todos os subprojetos têm interface com algum outro grupo do iii e outras surgirão A gestão geral do iii é sediada em São Paulo. A Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia e o Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da USP são as Instituições sede da coordenação do iii que tem como coordenador o Professor Jorge Kalil. Estas Instituições estão compromissadas com o desenvolvimento de projetos de pesquisa em imunobiológicos e vacinas em Febre Reumática, Doença de Chron, Leishmaniose, Infecção por HIV, Imunodeficiências, Alergias, Transplante e Câncer. Nessas instituições sede da coordenação do iii, disponibilizamos para todos algumas unidades de tecnologias avançadas, como unidade multiusuária de proteômica, análise por ELISPOT e genômica funcional, produção de proteínas recombinantes e unidade para síntese de peptídeos. Essas Instituições também são responsáveis, junto com a FIOCRUZ-BA, pela Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade, abrigando o núcleo do grupo de formação e ensino, assim como pela Plataforma de Ensaios Clínicos e Epidemiologia. 122 Cada instituição participante do iii tem compromisso com o desenvolvimento/colaboração de algum projeto dentro de alguma linha de pesquisa temática ou tem a responsabilidade por alguma plataforma horizontal, compartilhada com diversos projetos e grupos. Durante os primeiros anos, trabalhamos na integração do grupo como um todo, estreitamos interfaces entre os diversos subprojetos, gerando novas colaborações. Nesta nova etapa, este trabalho será intensificado e aprimorado visando um maior investimento na geração de vacinas moleculares ou celulares e imunobiológicos. Para a consolidação do ciclo das rotas científico-tecnológicas e a efetivação da produção de imunobiológicos e vacinas, contamos com expertise do Instituto Butantan na produção em média/larga escala em condições GMP e estamos estreitando relações com setores da indústria farmacêutica para a futura produção e comercialização desses produtos. Cada uma das Instituições envolvidas no projeto tem um representante, cada linha de pesquisa temática e cada plataforma horizontal tem um responsável, e cada subprojeto dentro destas linhas de pesquisa tem um responsável. Os recursos financeiros ficam sob a responsabilidade do grupo gestor (Caracterização da Rede). O novo desembolso seguirá a alocação prevista no orçamento. A proposta é manter a criação de uma reserva que o coordenador distribuirá segundo opções estratégicas surgidas durante o desenvolvimento do projeto. Para a viabilização do trabalho em rede, contamos com: reuniões periódicas para discussões científicas dos resultados, do estado da arte, e para a busca de novas estratégias dentro de cada linha de pesquisa, assim como sobre estratégias globais para a formação técnico-científica de nossos profissionais e alunos. Realizaremos cursos de interesse geral dos intergrantes do iii como escrita científica, qualidade e propriedade intelectual, etc. usando técnicas para ensino a distância. Contamos também com o site do iii (http://www.iii.org.br), no qual disponibilizamos diversos documentos, artigos publicados por pesquisadores do iii, e podcasts de seminários e discussões temáticas, e começaremos a disponibilizar uma área esecífica para interação com a sociedade, como descrito na Plataforma de Ensino e Relação com a Sociedade. O Núcleo Gestor do iii é constituído pelo Prof. Jorge Kalil (coordenador geral do iii), Prof. Manuel Barral (vice-coordenador), Dra. Ana Moro, Prof. Mario Palma, Dr. Esper Kállas e Prof. Luiz Vicente Rizzo. A Dra. Ana Moro (responsável pela plataforma de produção de imunobiológicos) participa pela importância que esta plataforma tem no escopo desta proposta, o Prof. Mario Palma (coordenador da plataforma de proteômica e participante de várias linhas de pesquisa e outras plataformas) pela representatividade dentro das linhas de pesquisa e pela importância da plataforma de proteômica dentro do fluxo de pesquisa básica no iii, o Dr. Esper Kállas (coordenador da plataforma de qualidade, de ensaios clínicos e epidemiologia e co-responsável pela linha de pesquisa em HIV/AIDS) pela importância das plataformas que ele representa dentro rota tecnológica proposta pelo instituto e o Prof. Luiz Vicente Rizzo (responsável pela linha de imunodeficiências) por representar o grupo 123 envolvido nos testes diagnósticos utilizados e a ser desenvolvidos pelo iii. O Núcleo Gestor do iii, tem reuniões a cada 6 meses para tratar das questões estratégicas do nosso Instituto, distribuição de recursos e planejamento das atividades. A cada reunião, os pesquisadores elaboram um relatório dos progressos obtidos no período, os problemas encontrados e as soluções propostas. Ao final da reunião, é apresentado pelo coordenador ou relatores da reunião, o plano estratégico definido para o próximo período. A nossa proposta é que as reuniões continuem sendo itinerantes uma vez que permitem o conhecimento dos diversos lugares de atuação do iii e a participação de colaboradores e alunos daquela localidade. Também realizaremos reuniões periódicas em função da necessidade de cada linha de pesquisa temática. A cada semestre será gerado um relatório do progresso das atividades de cada linha de pesquisa temática e plataforma horizontal, incluindo dados objetivos, problemas encontrados, soluções propostas e a previsão para o próximo período. Este relatório será disponibilizado num “site” na internet (http://www.iii.org.br). Terão acesso à estas informações todos os participantes do projeto, e o grupo de pesquisadores do iii (constituído pelos 33 investigadores principais descritos nesta proposta). Mantendo a mesma proposta da primeira etapa, reservamos a última reunião de cada ano para todos os integrantes do iii, incluindo alunos e alguns colaboradores nacionais e internacionais. Esta reunião tem o formato de congresso, com apresentação e discussão dos dados científicos e produtos obtidos em cada um dos subprojetos, assim como um balanço e discussão sobre as diversas plataformas horizontais. É um espaço importante de debate científico e de discussão sobre novos caminhos. A identificação de novas interfaces é continuamente estimulada nas reuniões, de forma a manter sempre ativa a construção de novas ramificações no nosso trabalho em rede. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES E CONTRIBUIÇÕES DENTRO DO iii: SÃO PAULO: Universidade de São Paulo (USP): 1) Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina (DICA-FMUSP); 2) Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (InCor-FMUSP) - Instituições sede da coordenação do iii. Projetos em Alergia, Doenças auto-imunes, HIV/AIDS, Imunodeficiências primárias, Transplante e Imunoregulação, e Câncer. Plataformas de Proteômica, de Ensino e Interação com a Sociedade, de Epidemiologia e Ensaios Clínicos, de Qualidade, e de Imunobiológicos; 3) Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina (MIFMUSP) – participação no projeto HIV/AIDS; 4) Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (DCCP-FMUSP) Projeto Câncer-Imunoterapia 5) Instituto de Ciências 124 Biomédicas (ICB-USP) – Projeto Imunodeficiências primárias; 6) Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (Epidemio-FSP-USP) – Plataforma de Epidemiologia e Ensaios Clínicos; 7) Núcleo de Terapia Celular (NUCEL-USP) – Plataforma Imunogenômica.; 8) Departamento de Pediatria - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (Pediatria-FMRP) – Projetos em Alergia. 9) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ-USP) Ensaios pré-clínicos na Plataforma de Imunobiológicos Instituto Butantan (IB): 10) Laboratório de Biofármacos em Célula Animal –Plataformas de Imunobiológicos e de Qualidade Instituto Ludwig de Pesquisa contra o Câncer (LICR): 11) Projeto CâncerImunoterapia e Plataforma de Bioinformática Universidade Estadual de São Paulo (UNESP): 11) Laboratório de Biologia Estrutural e Zooquímica - Instituto de Biociências de Rio Claro – Projeto Alergia e Plataformas Proteômica e de Qualidade. BAHIA: Fundação Oswaldo Cruz-Bahia (FIOCRUZ-BA): 12) Laboratório Integrado de Microbiologia e Imunorregulação (LIMI) – Sede da Vice-ccordenação do iii - Projetos Doenças infecciosas- Leishmaniose, Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade 13) Laboratório de Imunoparasitologia - (LIP) - Projetos Doenças infecciosasLeishmaniose. BRASÍLIA: Universidade de Brasília (UnB): 14) Laboratório de Biologia Molecular do Departamento de Biologia Celular – Instituto de Ciências Biológicas - Projetos em Transplante e Imunoregulação e HIV/AIDS, Plataforma de Bioinformática,. MINAS GERAIS: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): 15) Laboratório de Imunobiologia Departamento Bioquímica e Imunologia - Projeto em Doenças auto-imunes e Transplante RIO DE JANEIRO: Escola Nacional de Saúde Pública-Fundação Oswaldo Cruz (ENSP-FIOCRUZ): 16) Escola Nacional de Saúde Pública: Plataforma de Epidemiologia e Ensaios Clínicos 125 RIO GRANDE DO SUL: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS): 17) Laboratório de Nefrologia do Instituto de Pesquisas Biomédicas - Departamento de Medicina Interna – Projeto Transplante e Imunoregulação. SERGIPE Universidade Federal de Sergipe (UFS): 18) Campus de Ciências da Saúde. Projetos Doenças Infecciosas-Leishmaniose e Doenças auto-imunes. Plataforma de ensaios clínicos. 126 Interações dentro do iii Grupo/Linhas Pesquisa Alergias Transplante e Imunoregulação Imunodeficiências Primárias HIV/AIDS Doenças InfecciosasLeishmaniose Doenças Auto-imunes DICA-FMUSP InCor-FMUSP Epidemio-FSPUSP MI-FMUSP DCCP-FMUSP ICB-USP Nucel-USP FMVZ-USP Clín. MédicaFMRP I. Butantan I. Ludwig UNESP UnB FIOCRUZ-BALIMI FIOCRUZ-BA-LIP LI-ICB-UFMG ENSP-FIOCRUZ LVM-UFRJ PUCRS UFS Descrição do grupo proponente. São considerados membros nucleares do iii, 33 pesquisadores com nível de doutorado, efetivamente engajados em todas as etapas de construção do Instituto. Junto com esses pesquisadores nucleares, também participam do nosso Instituto 29 pósdoutorandos, 59 alunos de doutorado, 33 de mestrado, 69 de iniciação científica, 33 técnicos e 57 pesquisadores colaboradores nacionais e 15 colaboradores internacionais. A riqueza deste Instituto é aglutinar pesquisadores com conhecimentos e expertises complementares, em imunologia fundamental, imunologia clínica, biotecnologia e pesquisa clínica. Esses saberes somam-se e se traduzem em aplicação em saúde, e podem alavancar rota Câncer 127 científico/tecnológica, permitindo a geração de produtos diagnósticos, vacinais, imunobiológicos e inovando, assim, abordagens terapêuticas para doenças com base imunológica. O nosso instituto também é inovador na sua proposta de compartilhar a experiência pedagógica de formação continuada de pesquisadores, alunos e técnicos envolvidos no trabalho científico/tecnológico na imunobiologia médica. Pretendemos, deste modo, construir um espaço de formação com uma visão ampla, crítica, ética e criativa para a busca de novas soluções para problemas biomédicos de relevância no país. Grupo proponente: Jorge Kalil: Médico, Prof. Titular da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia e Diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pesquisador 1A do CNPq. Linhas de pesquisa principais: Imunologia de transplantes, Auto-imunidade, Imunogenética. Atividades no iii: Coordenador do iii. Investigador nos projetos de pesquisa em Alergia, Doenças autoimunes, Imunodeficiências primárias, Transplante e imuno-regulação, HIV/AIDS, e Câncer. Manoel Barral-Netto: Médico com doutorado em Patologia Humana. Pesquisador Titular do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz-FIOCRUZ, Chefe do Laboratório de Imuno-regulação (LIMI). Pesquisador 1-A do CNPq. Professor Titular da Disciplina de Imunologia - FAMEBUFBA. Principais linhas de pesquisa: Imunoparasitologia e Imunopatologia humana e experimental. Atividades no iii: Vice-coordenador do iii. Participação dos subprojetos em leishmaniose e nas plataformas de epidemiologia e ensaios clínicos, e educação e interação com a sociedade. Aldina Maria Prado Barral: Médica com doutorado em Patologia Humana, Pesquisadora Titular do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz-FIOCRUZ, Chefe do Laboratório de Imunoparasitologia (LIP). Pesquisadora 1-B do CNPq. Professor Adjunto da Disciplina de Imunologia - FAMEB-UFBA. Principais linhas de pesquisa: Imunoparasitologia e Imunopatologia humana e experimental. Atividades no iii: Participação dos subprojetos em leishmaniose e nas plataformas de imunogenômica, epidemiologia e educação e interação com a sociedade. Aluisio Augusto Cotrim Segurado: Médico infectologista, Livre-Docente em Doenças Infecciosas e Parasitarias pela Faculdade de Medicina da USP; Professor Associado do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitarias da FMUSP; Coordenador Científico do Serviço de Extensão ao Atendimento a Pacientes HIV/AIDS da Divisão de Clínica de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da FMUSP (SEAP-HIV/AIDSHC-FMUSP); Pesquisador do Laboratório de Investigação Médica em Virologia (LIM-52) do HC-FMUSP; Pesquisador Nível 2 do CNPq. Principais linhas de pesquisa: Retrovirologia clínica e laboratorial. Atividades no iii: Participação em subprojetos em infecção por HIV. 128 Amélia Maria Ribeiro de Jesus: Médica, doutorado em medicina (Imunologia Clínica), Professora Adjunto de Medicina, Pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular. Pesquisadora 1C do CNPq. Principais linhas de pesquisa: Imunologia e Imunogenética humana. Atividades no iii: Participação dos subprojetos em Febre Reumática, Imunodeficiências, Imunoprofilaxia e Imunoterapia na Leishmaniose Visceral e Plataforma de Formação e Ensino e Plataforma de Ensaio Clínico. Amilcar Tanuri: Médico, doutor em Genética. Professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro e é chefe do Laboratório de Virologia Molecular. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1D. Trabalhou de 2003 a 2006 como Research Fellow no Center for Disease Control (CDC) em Atlanta, USA, dentro do Global AIDS Program (GAP) atuando no combate ao HIV/AIDS na África Sub-Saariana. Tem experiência na área de Virologia e Genética, com ênfase em Retrovirologia, atuando principalmente nos seguintes temas: HIV1, (subtipos, diversidade genética), HIV, SIV, HCV, e resistência à droga. Atividades no iii: genotipagem, ensaios de neutralização, e resistência a inibidores da protease do HIV em subprojetos HIV/AIDS. Anna Carla Goldberg: Bióloga, Livre-Docente em Imunologia. Pesquisadora Associada do NUCEL. Pesquisador 1B do CNPq. Líder dos grupos de pesquisa do CNPq: Imunologia e Imunogenética Humana, Terapia Celular para Regeneração Hepática. Linhas de pesquisa principais: Polimorfismo Genético na população brasileira e em diversas doenças infecciosas e auto-imunes, Monitoração de marcadores de estresse celular em células beta pancreáticas, Diferenciação de hepatócitos a partir de células-tronco (modelo de ensaio préclínico). Atividades no iii: Responsável pela plataforma de Imunogenômica; Co-responsável pela linha de Imunodeficiências (leptina). Ana Maria Caetano de Faria: Médica, Doutora em Imunologia, Professora Associada 2 do Departamento de Bioquímica e Imunologia, ICB – UFMG, Sub-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia (UFMG), Pesquisadora 1B do CNPq, Chefe do Laboratório de Imunobiologia (UFMG), Principais linhas de pesquisa: Imunologia de Mucosas, Tolerância oral, Imunbiologia da Nutrição, Imunobiologia do Envelhecimento em modelos experimentais e humanos. Atividades no iii: Responsável pelo sub-projeto em Doença de Crohn e participação na área temática de Doenças auto-imunes. Anamaria Aranha Camargo: Bióloga, Doutora em Ciências. Diretora Associada e Membro Associado do Instituto Ludwig de Pesquisa Sobre o Câncer. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1C. Possui vasta experiência na área de Genética e Biologia Molecular, com ênfase em Genética Humana e Médica. Linhas de Pesquisa que atua: Análise de dados do projeto genoma humano do câncer; Isolamento de seqüência de DNA diferencialmente metiladas em tumores de mama; Caracterização do envolvimento de membros da família ADAM no processo de formação e progressão tumoral; Identificação in silico e caracterização experimental de novos antígenos tumorais da classe dos CT (câncer- 129 testis); Identificação de novos genes regulados pela super-expressão do oncogene c-erbB2 em tumores de mama; Atuação em redes de sequenciamento de genomas bacterianos (ONSA, BRGene, GeneSul). Atividades no iii: Coordenação dos estudos relacionados à biologia molecular e genética médica na área temática Câncer-imunoterapia. Ana Maria Moro: Bióloga, Doutora em Genética,, Pesquisador Científico VI do I. Butantan, Pesquisador 1D de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq, Diretora do Lab. de Anticorpos Monoclonais (IBU). Ex-diretora do Centro de Biotecnologia (IBU), Membro do Conselho de Produção e Desenvolvimento Tecnológico (IBU), Membro da Comissão Científica do PEACe (Protein Expression in Animal Cells), Sócio Ordinário da ESACT (European Society for Animal Cell Technology). Linhas principais de pesquisa: Desenvolvimento de linhagens celulares produtoras de anticorpos monoclonais humanizados, Desenvolvimento de processos de cultivo e purificação de biofármacos recombinantes em células de mamíferos em condições GMP. Atividades no iii: Participação na Área Temática Transplantes e responsável pela Plataforma de Imunobiológicos. Andrea Maranhão: Bióloga, Doutora em Biologia Molecular, Professora Adjunto IV da Universidade de Brasília, Departamento de Biologia Celular, Laboratório de Imunologia Molecular. Principais linhas de pesquisa: Humanização de Anticorpos de Interesse Clínico, Produção de Insumos Biológicos Recombinantes, Obtenção de Anticorpos Monoclonais por Phage Display. Atividades no iii: Participação nos subprojetos: “Obtenção de anticorpos humanizados anti-CD3 humano”, “Análise do perfil de reatividade do repertório de anticorpos de pacientes transplantados” e “Caracterização do potencial neutralizante de Ac anti-HIV obtidos por phage display”. Claudia Ida Brodskyn: Biomédica com doutorado em Imunologia. Pesquisadora Titular do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz-FIOCRUZ. Pesquisador 1-C do CNPq. Professora Adjunta da Disciplina de Imunologia - Inst. de Ciências da Saúde - UFBA. Principais linhas de pesquisa: Imunoparasitologia e Imunopatologia humana e experimental. Atividades no iii: Participação dos subprojetos em Doenças Infecciosas-leishmaniose e nas plataformas de epidemiologia e educação e interação com a sociedade. David Saitovitch: Médico, Doutor em Imunologia de Transplantes, Prof. adjunto do departamento de medicina interna da PUCRS, Médico do Serviço de Nefrologia do Hospital São Lucas da PUCRS. Linhas de pesquisa principais: Imunologia de transplante. Atividades no iii: Participação na área temática de transplantes, nos subprojetos de pacientes com longo tempo de transplante, nos modelos experimentais de transplantes de ilhotas pancreáticas em camundongos, e nos projetos com o anticorpo humanizado anti-CD3. Edecio Cunha-Neto: Médico e Livre-Docente em Imunologia Clínica e Alergia, Professor Associado do Departamento de Clínica Médica e Pesquisador do Instituto do Coração, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Chefe do Laboratório de Imunogia 130 Clínica e Alergia (LIM-60), Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia-FMUSP. É pesquisador 1B do CNPq. É membro do Comitê de Vacinas Anti-HIV do Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde. Atividades no iii: Coordenador da área temática HIV/AIDS no iii. Participa da plataforma de proteômica. Esper G. Kallás: Médico e Doutor em Imunologia. Médico pesquisador da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia da FMUSP/LIM-60, pesquisador nível 1D do CNPq, e Professor Adjunto da Disciplina de Doenças Infecciosas da Universidade de Rochester, NY. Coordena um grupo de pesquisa sobre patogênese do HIV no LIM-60, com colaborações nacionais e internacionais. Investigador principal de vários projetos que receberam financiamento dos NIH, incluindo o São Paulo Clinical Trials Unit e de um dos centros do protocolo iPrEx, que estudará uma nova estratégia de prevenção da transmissão do HIV, financiado também pela Fundação Bill & Melinda Gates. Membro do Comitê de Vacinas Anti-HIV do Programa Nacional de DST/AIDS do Ministério da Saúde e vem conduzindo pesquisa clínica desde 1993 e projetos no estudo da patogênese do HIV desde 1996. Atividades no iii: Divide a coordenação da área temática HIV/AIDS no iii. Ester Cerdeira Sabino: Médica, Livre Docente em Hematologia e Hemoterapia, e chefe do Departamento de Biologia Molecular da Fundação Pró Sangue Hemocentro de São Paulo. Pesquisadora nível 2 do CNPq e investigadora principal do projeto Retrovirus Epidemiological Donor Study II International. Sua principal linha de pesquisa é segurança transfusional e diversidade genética do HIV. Atividades no iii: Participação dos subprojetos de HIV e Imunogenética. Fábio F M Castro: Médico, Livre-docente em Imunologia Clínica e Alergia, Professor Associado da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia do Departamento de Clínica Médica da FMUSP; Supervisor do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas da FMUSP. Experiência clínica e de pesquisa na área de alergia e pesquisador principal de vários projetos de pesquisa clínica fase II, III e IV. Atividades no iii: Coordenador da área temática Alergia e do projeto GENAR (grupo de estudos de novos alérgenos regionais); Colaborador da implantação de bioinformática estrutural. Francisco Inácio P. Bastos: Médico, doutor em Saúde Pública, Pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz e pesquisador visitante honorário do Imperial College, Londres, Reino Unido. Pesquisadora nível 1B do CNPq. Desenvolve pesquisas voltadas especialmente para a epidemiologia e prevenção do abuso de drogas e do HIV/AIDS. Atividades no iii: Plataforma de epidemiologia e ensaios clínicos. Guilherme Werneck: Médico, doutor em Epidemiologia e pesquisador 1C do CNPq. Atualmente desenvolve suas atividades de pesquisa no Departamento de Endemias Samuel Pessoa da Escola Nacional de Saúde Pública da FIOCRUZ. Investigador principal de pesquisas financiadas pelo CNPq enfocando o desenvolvimento de métodos 131 epidemiológicos, estatísticos e computacionais aplicados ao estudo de doenças infecciosas. Atividades no iii: Apoio à análise estatística dos dados e formação de recursos humanos capacitados em métodos epidemiológicos e estatísticos. Participará da plataforma de epidemiologia e ensaios clínicos. Gustavo Amarante-Mendes: Biomédico, doutor em Imunologia. Professor Doutor no Depto. Imunologia ICB-USP. Pesquisador 1C do CNPq. Linhas de pesquisa principais: ativação e diferenciação celular, apoptose. Atividades no iii: Participação em estudos de ativação e morte celular programada em câncer e na plataforma de proteômica. Luisa Karla de Paula Arruda: Médica, Livre-Docente e Professora Associada da Disciplina de Imunologia Clínica do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Chefe do Serviço de Alergia e Coordenadora do Programa de Residência Médica em Alergia e Imunologia do Hospital das Clínicas da FMRP-USP. Chefe do Laboratório de Alergia da FMRP-USP. Pesquisadora nível 2 do CNPq. Principais linhas de pesquisa: Identificação, clonagem molecular e expressão recombinante de alérgenos de ácaros e barata; fatores de risco para o desenvolvimento de alergia e asma; imunoterapia alérgeno-específica; relação entre parasitoses e desenvolvimento de alergia e asma; estudo da reatividade cruzada IgE. Atividades no iii: Participação nos subprojetos em alergia Luiz Carlos de Sá Rocha: Médico veterinário, Doutor em Patologia Experimental e Comparada, Professor Doutor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia-FMVZUSP. Principais linhas de pesquisa: Toxicologia, organofosforados. Atividade no iii: Estudos pré-clínicos na plataforma de imunobiológicos. Luiz Vicente Rizzo: Médico, Professor titular de imunologia da USP, presquisador 1A do CNPq. Principais linhas de pesquisa: Imunodeficiências primárias, Imunologia Ocular, Transplantes. Atividades no iii: Coordenador do subprojeto de Imunodeficiências. Participa nos projetos de Imunodeficiências/Transplante e plataforma de Ensino e Integração com a Sociedade. Luiza Guilherme: Farmacêutica, Livre Docente em Imunologia. Pesquisadora do Laboratório de Imunologia do InCor-FMUSP. Pesquisador 1D do CNPq. Atividades no iii: Responsável pela linha de pesquisa Doenças auto-imunes e pelo subprojeto de desenvolvimento da vacina contra o estrepotococo. Marcelo M Brigido: Biólogo, Doutor em Bioquímica, Professor Associado I da Universidade de Brasília, Departamento de Biologia Celular, Laboratório de Imunologia Molecular. Pesquisador 2 do CNPq. Principais linhas de pesquisa: Humanização de Anticorpos de Interesse Clínico, Produção de Insumos Biológicos Recombinantes, Bioinformática e Genômica Comparativa. Atividades no iii: Participação nos subprojetos: “Obtenção de anticorpos humanizados anti-CD3 humano”, “Análise do perfil de reatividade do repertório de 132 anticorpos de pacientes transplantados” e “Caracterização do potencial neutralizante de Ac anti-HIV obtidos por phage display”. Maria Regina Alves Cardoso: Cirurgiã dentista, Doutora em Epidemiologia, Profa. Associada do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP. Pesquisador 2 do CNPq. Líder do grupo de pesquisa do CNPq: Observatório de Saúde Pública, Ambiente e Diversidade Social. Linhas de pesquisa principais: Epidemiologia do ciclo de vida e dos agravos à saúde, Ambiente e Saúde, Doenças respiratórias na infância. Atividades no iii: Co-responsável pela Plataforma de Epidemiologia e Ensaios Clínicos. Mario Sergio Palma: Químico, Livre Docente. Professor Adjunto da disciplina de Análise Proteômica do Instituto de Biociências de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Rio Claro, SP. Coordenador do Laboratório de Biologia Estrutural e Zooquímica do Centro de Estudos de Insetos Sociais (CEIS). Pesquisador 1B do CNPq. Experiências em pesquisa e desenvolvimento: Análise estrutural de macromoléculas (proteínas e peptídeos; Química de proteínas e peptídeos; Enzimologia geral; Síntese orgânica; Desenho de drogas. Atividades no iii: Responsável pela Plataforma Proteômica do iii, identificação de componentes peptídicos de ação inflamatória nos venenos de insetos; identificação das proteínas imunogênicas principais; Responsável pela implantação da Bioinformática Estrutural dentro do iii e pela elaboração das estratégias de análises. Osmar Malaspina: Biólogo, Professor Livre docente do Depto de Biologia e pesquisador do Centro de Esudos de Insetos Sociais do IB-UNESP, Rio Claro. Pesquisadora nível 1D do CNPq Atua nas áreas de Zoologia, com ênfase em Zoologia Aplicada e em Biologia Celular. Pesquisas com enfoque principal nos seguintes temas: insetos sociais (biologia, comportamento, controle, toxicidade, interação abelha-planta, conservação de polinizadores e produtos apícolas). Atuação no iii: Área temática de alergias Pedro Giavina Bianchi: Médico, Professor Livre-docente da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e Médico responsável pelo Ambulatórios do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Experiência em pesquisa clínica em pacientes com asma. Atividades no iii: Responsável pelos subprojetos de asma na Área de Alergia. Participação nos projetos de Doencas autoimunes-Vacina para a febre reumática e de Oncologia. Pedro Michaluart Junior: Médico e Doutor em Medicina, foi Research Fellow no Memorial Sloan Kettering Cancer Center de 1996 a 1998. Atualmente Professor colaborador da Faculdade de Medicina da USP, médico assistente do HCFMUSP, co-responsável pelo laboratório de investigações médicas 28 do HCFMUSP. Atividades no iii: Coordenará o ensaio clínico com DNA-Hsp65 no CA epidermoide cabeça e pescoço. 133 Roque Pacheco de Almeida: Médico, Professor adjunto de Clinica Médica da Universidade Federal de Sergipe, doutorado em medicina, Imunologia Clínica, Professor Adjunto de Medicina, Chefe do Laboratório de Biologia Molecular. Pesquisador 1D do CNPq. Principais linhas de pesquisa: Imunologia e Imunoterapia humana. Atividades no iii: Participação dos subprojetos em colaboração com Doenças Infecciosas-Leishmaniose, Doenças autoimunesFebre Reumática, Imunodeficiências primárias, e Plataformas de Ensino e Relação com a Sociedade e Plataforma de Epidemiologia e Ensaios Clínicos. Sandro José de Souza: Bioquímico e doutor em Bioquímica. Membro associado do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer. Pesquisador do CNPq - Nível 1D. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Bioinformática, Transcriptoma e Genômica, atuando principalmente nos seguintes temas: câncer e evolução molecular. Atividades no iii: Área temática de Câncer. Verônica Coelho: Médica com doutorado em Imunologia, Pesquisadora no Laboratório de Imunologia - Instituto do Coração. Pesquisadora 1D do CNPq. Coordena grupo de pesquisa em Imunologia de transplantes, auto-imunidade e imunorregulação e é responsável pelo Laboratório de Experimentação Animal do Laboratório de Imunologia - InCor. Linhas de Pesquisa principais: Imunologia de Transplantes, Auto-imunidade e Imunorregulação e terapia celular. Atividades no iii: Responsável pela linha de pesquisa temática Transplantes e Imunorregulação e pela Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade do iii (junto com o vice-coordenador, Manoel Barral). 1. J. Kalil 2. E. Cunha 3. E. Kallas 4. F.M. Castro 5. P.G. Bianch 6. L. Guilherme 7. V. Coelho 8. A. Segurado 9. PG. Michaluart 10. LV. Rizzo 11. G.A. Mendes 12. A.C. Goldberg 13. L.C. Rocha 14. M.R. Cardoso 15. A.M. Moro 16. O. Maslapina 17. M.S. Palma 18. L.K. Arruda 19. A.Camargo 20. S. Souza 21. R. Almeida 22. A. Jesus 23. C. Brodskyn 24. A. Barral 25. M. Barral 26. M.Brígido 27. A. Maranhão 28. Ester Sabino 29. G. Werneck 30. F. I. Bastos 134 31. A. Tanuri 32. D. Saitovitch 135 Intercâmbio científico dos pesquisadores envolvidos no projeto. Todos os projetos de pesquisa dentro do iii têm interface e colaboração com pelo menos outro grupo do Instituto. Nesta nova etapa do iii, retiramos do instituto projetos que não permitiam o trabalho colaborativo e estabelecemos novas interfaces entre os diferentes grupos integrantes do iii. Elaboramos duas tabelas para ilustrar as interações existentes entre as diferentes instituições, linhas de pesquisa e pesquisadores. O intercâmbio se dá através de visitas científicas dos pesquisadores e alunos aos grupos colaboradores, realização de experimentos em conjunto, estágios de treinamento em diferentes grupos do iii, discussões pela internet e em encontros do iii já descritos na Caracterização da Rede ou em reuniões específicas sobre uma das linhas de pesquisa, além da apresentação e publicação de trabalhos em conjunto. 136 INTERCÂMBIO DOS PESQUISADORES: PARTICIPAÇÃO EM LINHAS DE PESQUISA TEMÁTICAS Pesquisador/Linhas Pesquisa Jorge KalilINCOR/FMUSP Manoel Barral-FIOCRUZBA Aldina Barral-FIOCRUZBA Aluísio Segurado-MIFMUSP Amélia de Jesus-UFS Amilcar Tanuri-UFRJ Ana C. Faria-UFMG Ana Maria Moro-I. Butantan Anamaria CamargoI.Ludwig Andréa Q. Maranhão-UnB Anna C. Goldberg-NUCEL Claudia BrodskynFIOCRUZ-BA David Saitovitch-PUCRS Edecio Cunha Neto-DICAFMUSP Esper G. Kallás-DICAFMUSP Ester Sabino-F. Pró Sangue Fábio M. Castro-DICAFMUSP Francisco I. Bastos-ENSP Guilherme Werneck-ENSP Gustavo A. Mendes ICBUSP Luisa Karla Arruda-FMRP Luiz C. Sá Rocha-FMVZUSP Luiz Vicente Rizzo-ICBUSP Luiza Guilherme-INCOR Marcelo Brígido-UnB M. Regina Cardoso-FSP- Alergias Transplante e Imunoregulação Imunodeficiência s Primárias HIV/AIDS Doenças Tropicais Doenças Auto-imunes Câncer 137 USP Mario S. Palma-UNESP Osmar Malaspina-UNESP Pedro Bianchi -DICAFMUSP Pedro Michaluart DCCP/FMUSP Roque P. de Almeida-UFS Sandro J. de Souza-I. Ludwig Verônica Coelho-INCOR Pesquisador/Plataforma Jorge KalilINCOR/FMUSP Manoel Barral-FIOCRUZBA Aldina Barral-FIOCRUZBA Aluísio Segurado-MIFMUSP Amélia de Jesus-UFS Amilcar Tanuri-UFRJ Ana C. de Faria-UFMG Ana Maria Moro-I. Butantan Anamaria CamargoI.Ludwig Andréa Q. MaranhãoUnB Anna C. GoldbergNUCEL Claudia BrodskynFIOCRUZ-BA David Saitovitch-PUCRS Edecio Cunha NetoDICA-FMUSP Esper G. Kallás-DICAFMUSP Ester Sabino-F. Pró Sangue Fábio M. Castro-DICAFMUSP Francisco I. Bastos- Imunogenômica Proteômica Epidemiologia e Ensaios Clínicos Imunobiológicos Bioinformática Qualidade Ensino e interação c/ a socied. 138 ENSP Guilherme WerneckENSP Gustavo A. Mendes ICBUSP Luisa Karla ArrudaFMRP Luiz C. Sá Rocha-FMVZUSP Luiz Vicente Rizzo-ICBUSP Luiza Guilherme-INCOR Marcelo Brígido-UnB M. Regina Cardoso-FSPUSP Mario S. Palma-UNESP Osmar MalaspinaUNESP Pedro Bianchi -DICAFMUSP Pedro Michaluart DCCP/FMUSP Roque P. de AlmeidaUFS Sandro J. de Souza-I. Ludwig Verônica Coelho-INCOR 139 6. INFRAESTRUTURA Área, Instalações Disponíveis e Apoio Administrativo CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO – HC/FMUSP O tratamento dos pacientes incluídos no ensaio clínico proposto será realizado no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HCFMUSP que consiste de 18 leitos de internação, localizados no oitavo andar do Instituto Central do Hospital das Clínicas, e 10 salas atendimento ambulatorial, localizadas no prédio dos ambulatórios do HC. Disponibiliza ainda para os pacientes, atendimento psicológico e fonoaudiológico. Nesse serviço são realizadas anualmente aproximadamente 50 cirurgias com intenção curativa para carcinoma epidermóide de cavidade oral . O Serviço conta também com o laboratório de investigação médica número 28 que 2 fica localizado no segundo andar da Faculdade de Medicina da USP e tem 35m . Esse laboratório está equipado para fazer a coleta e armazenamento de material biológico e de dados pertinentes ao estudo. Os dois freezer -80ºC ficam localizados em sala específica na Faculdade de Medicina que possui gerador próprio. Centro de Estudos de Insetos Sociais (CEIS) – UNESP Cinco laboratórios (Entomologia, Microbiologia, Apicultura, Biologia Molecular e 2 Biologia Estrutural & Zooquímica). O CEIS possui 1800 m de área construída, de modernas instalações para pesquisa e administração, com estação de tratamento de água, geradores de energia, no-break e câmaras frias. Infra estrutura do Laboratório de Biologia Estrutural & 2 Zooquímica: cerca de 660m de área completamente equipada com 2 geradores de energia (Potencia total de 400 KWa), 3 sistema no-Brake (60 Kwa), dotados de ar condicionado central de 1200 BTU de potência, poço artesiano e sistemas de tratamento de água e resíduos químicos. O grupo conta com secretaria própria, realizando sua administração contábil internamente. Clínica Médica FMRP 2 O Laboratório compreende área de 110m para biologia molecular, produção de alérgenos recombinantes e métodos sorológicos. Colaborações internacionais incluem a companhia de biotecnologia Indoor Biotechnologies Inc., Charlottesville, VA, USA (Dr. Martin Chapman), e a University of Salzburg (Prof. Fátima Ferreira-Briza). 140 DIB-ICB-UFMG Laboratório com 100 m 2 contando com equipamento para cultura de células, biologia molecular, testes funcionais imunológicos. 2 Biotério Experimental do Laboratório de Imunobiologia – 150m contando com estrutura para manutenção de camundongos em experimentação, micro-isoladores para animais geneticamente modificados, área de lavagem, secagem e esterelização de material. Serviços de Acompanhamento Clínico – Serviço de Gastroenterologia do Hospital das Clínica-UFMG com ambulatório e leitos em número variável. DICA - FMUSP Um total de 12 leitos na Unidade de Internação no Hospital das Clínicas, 12 períodos ambulatoriais de 04 horas por semana com as seguintes unidades ambulatoriais: (1) alergias ocupacionais; (2) alergia a medicamentos; (3) rinite alérgica; (4) reações anafiláticas por venenos de insetos; (5) alergia infantil; (6) alergias de pele; (7) dermatite atópica e alergia alimentar; (8) Imunodeficiências secundárias; (9) Imunodeficiências primárias; (10) autoimunidade; (11) asma. Três Unidades de apoio diagnóstico e de tratamento: (1) Sala de testes cutâneos e de aplicações de imunoterapia alérgeno-específica; (2) Sala de espirometria e nasofibroscopia; (3) Cabine de provocação brônquica (única da América Latina). O Laboratório de Imunologia Clínica e Alergia-LIM60 tem uma área de 220 m2, dividida em laboratório multiusuário e de citometria, sala de biossegurança nível 2 para cultura celular e citômetro de fluxo “sorter” FACS ARIA, sala de biologia molecular, sala de computação, sala de criopreservação, sala de radioativos. ENSP – FIOCRUZ 2 Infra-estrutura física e de informática (20m ) para realização de atividades de processamento e análise de dados. EPIDEMIOLOGIA FSP-USP Salas equipadas com microcomputadores e impressoras. Laboratório de informática do Departamento de Epidemiologia da faculdade de Saúde Pública – USP. 141 FIOCRUZ -BA 2 Laboratórios FIOCRUZ BA: 180 m de área para atividades de biologia molecular, cultura de 2 células, citometria de fluxo e bioquímica. Biotério com roedores e um insetário de 30m para 2 manutenção de Lu. longipalpis. 50m de área administrativa. O grupo da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) possui um canil com aproximadamente 60m 2 e recentemente sofreu uma reforma que garantiu melhores condições de saneamento,com parte das paredes revestidas com azulejo,uma área de solarium e um espaço específico para a limpeza dos animais e exame clínico dos mesmos. Em Aracaju (SE) imunizaremos os cães sorologicamente negativos da própria área endêmica. Neste caso contaremos com a estrutura e suporte do Serviço de Zoonoses de Aracaju. Apoio administrativo: Possuímos uma secretaria de aproximadamente 50m2 com 2 computadores e dois funcionários (uma secretária e uma gestora de projetos) que, atualmente, são responsáveis pelas compras de reagentes e prestação de contas dos financiamentos em andamento. Possuem treinamento apropriado para esta finalidade. ICB-USP 2 2 Laboratório: 200 m para, biologia molecular área biolimpa (10 m ), citometria de fluxo com capacidade para “sorting”, cultura de células com todos os equipamentos, biotério de experimentação. Dispomos de serviços de citometria de fluxo, incluindo separação celular baseada em marcadores de superfície, um biotério SPF com 22 linhages isogênicas de camundongos e um serviço básico de histologia. Incor - FMUSP 2 Laboratório: 800 m de para cultura de tecidos, análise proteômica, síntese de peptídeos, citometria de fluxo, ELISA, ELISPOT, RAST, biologia molecular e tipagem de HLA. Biotério de experimentação com capacidade de alojar 300 camundongos em condições SPF. INSTITUTO BUTANTAN 2 Laboratório: Anticorpos Monoclonais com 540m de laboratório com 2 salas de cultivo celular, sala de biologia molecular, sala de cromatografia, sala de ensaios e área de apoio. 142 Parte do lab. foi recentemente reformada e hoje atende normas de Boas Práticas de Laboratório (GLP). Área limpa (GMP) certificada para produção e purificação em escala piloto de 2 produtos de células de mamíferos, com dimensões de 260m , sendo metade de área classificada 10.000 (ISO 7) e metade de área de apoio (pesagem, lavagem e esterilização de materiais, vestiários. Temos central de água purificada e central de gases (oxigênio, nitrogênio, gás carbônico, ar comprimido). Todas as áreas e equipamentos contam com gerador de emergência. Instituto Ludwig/HAOC/Instituto do Câncer/HC Instituto Ludwig: Laboratório para os testes de imunogenicidade. HAOC: Exames clínicos e laboratoriais HC – Instituto do Câncer: HC – bloco cirúrgico A coordenação administrativa, a logística e a interface entre as Instituições participantes do Projeto Imunoterapia do Câncer estarão sob a responsabilidade da Dra. Juçara Parra, do Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer. LVM-UFRJ 2 120m para virologia molecular; 30m2 para imunologia; 50m2 de área NB3 para cultivo de virus patogênicos. PUC-RS Laboratório de Nefrologia, Instituto de Ciências biomédicas da PUCRS: 36m 2 - laboratório que agrega nossa linha de pesquisa. Além disso, o IPB possui laboratórios de uso comum de apoio aos pesquisadores. SEAPHIV/AIDS-HC/FMUSP Fundado em 1994, o Serviço de Extensão ao Atendimento de Pacientes HIV/AIDS, da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - SEAPHIV/AIDS-HC/FMUSP é unidade destinado 143 ao ensino, pesquisa e assistência a pacientes adultos vivendo com o vírus da imunodeficiência humana - HIV e aids. Atende 3500 pacientes adultos infectados pelo HIV, 2 em regime de ambulatório e hospital-dia. Instalada numa area util de 1.300 m , dispoe de 10 consultórios médicos para atendimentos de infectologia e sala de apoio a atividades de pesquisa clinica. Universidade Federal de Sergipe (UFS), Campus de Ciências da Saúde: Laboratório de Biologia Molecular, localiza-se no prédio de Patologia do Hospital Universitário -. Consiste de 3 salas e 1 escritório, equipado com fluxo laminar (1), Freezer – 70 (1), máquina de PCR (1), estufa de CO2 (1), centrífugas (2), sistema de fotodocumentação de gel (1) 144 EQUIPAMENTOS CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO – HC/FMUSP Equipamentos disponíveis Freezer -80ºC mantidos em sala com gerador Crioplus Geladeira Tambores de nitrogênio Tambores de nitrogênio para transporte Microscópio Computadores Impressoras Câmera digital para documentação de procedimentos cirúrgicos quantidade 2 1 2 2 2 1 4 2 1 Centro de Estudos de Insetos Sociais (CEIS) – UNESP EQUIPAMENTOS - Descrição Ultra freezer Fluxo laminar Seqüenciador de DNA Sistema BOD Sistema central de tratamento de água Sistema de purificação de água – Milli-Q Termocicladores Espectrofotômetro UV-VIS HPLC Sistema de análise proteômica Seqüenciador de proteína/peptídeo automático Liofilizadores Ultra centrífuga refrigerada Centrífugas refrigeradas Leitor de microplaca UV’VIS Sistema de eletroforese 2-D FPLC Triple quadrupole mass spectrometer, Micromass, mod. Quatro II Speed-Vac Espectrofluorímetro Geradores No-break Quantidade 2 4 2 10 1 2 4 3 5 1 1 2 1 4 1 1 2 1 2 1 2 3 Clínica Médica FMRP-USP EQUIPAMENTOS - Descrição Leitor de ELISA ImunoCAP (Dosagem de IgE total e IgE específica) PhastSystem (análise de proteínas e DNA) Termociclador Quantidade 1 1 1 1 145 Sistema de eletroforese em gel Shaker incubator Micro-computadores Câmera digital Freezer -70oC Fluxo laminar Centrifuga refrigerada Microcentrífuga Espirômetro 1 1 5 1 1 1 1 1 1 DIB-ICB-UFMG EQUIPAMENTOS – Descrição 5 Microscópio de fluorescência com sistema de imagem Microscópio confocal Zeiss Citometro de fluxo FACSvantage Citometro de fluxo FACScan PCR Real Timer- PCR Seqüenciador MegaBase DNA Fluxo laminar Estufas de CO2 Centrífuga Refrigerada o Freezer -80 C Container de nitrogênio Sistema de imagem de gel para imagem e quantificação de bandas Leitor de Elisa Bio-rad Sistema de purificação Milli-Q Sistema de intravital com captação e gravação de imagem Autoclave Sistema de Eletroforese em gel horizontal Microcentrífuga Quantidade 1 1 1 1 2 1 1 2 2 1 1 1 1 1 2 1 2 2 1 FIOCRUZ –BA EQUIPAMENTOS - Descrição 12 Quantidade Câmara de fluxo laminar 6 Sistema de purificação de água 1 Microscópios 6 Microscopio de imunofluorescência (multiusuário) 1 Leitor de ELISA 1 Centrifugas refrigeradas 4 Microcentrifugas 2 Incubadoras de CO2 2 Ultracenrifuga (multiusuário) 2 Contador de cintilação (multiusuário) 1 Aparato de eletroforese 6 146 Termocicladores 2 FACS cell sorter (multiusuário) 1 Zeiss microscópio eletrônico (multiusuário) 1 FUNDAÇÃO PRÓ-SANGUE EQUIPAMENTOS - Descrição 1 Computador pessoal com acesso de alta velocidade a internet Impressora colorida a laser Lavadora de ELISA Leitora de ELISA Máquina de flocos de gelo Microcentrífuga Microscópio Termociclador (um “real-time”) Transiluminador – UV Servidor Dual Xeon E5405 Quad Core/2gh/12m cachê/FSB 1333mhz Cuba de eletroforese horizontal Fonte de eletroforese Capela de fluxo Sequenciador automático DNA ABI PRISM - Applied Biosystems Micro array- Iscan System Illumina Quantidade 10 1 2 2 1 4 1 5 1 1 3 2 4 1 1 ICB-USP EQUIPAMENTOS - Descrição 3 Cromatografia líquida de alta performance (HPLC/FPLC) – Capacidade industrial Akta Explorer 100 XT Termociclador Termociclador para análises em tempo real Sintetizador de peptídeos Fluorímetro e leitor de quimioluminescência para proteínas Aparelho para Citometria de Fluxo Aparelho para leitura de ensaios de ELISPOT Equipamento para congelamento de células em nitrogênio liquido Fluxo laminar Fluxo laminar P2 Computador pessoal com acesso de alta velocidade a internet Impressora Spectramax 190 Sistema de captação de imagem Alpha Innotech para eletroforese em gel Sistema de captação de imagem Leyka/Morphos para microscópio Microscópios Câmera digital com acessórios DICA-FMUSP Citometro de fluxo “sorter” FACS ARIA BD Citometro de fluxo 6 cores CANTO BD Citometro de fluxo 4 cores COULTER Leitor de ELISA Quantidade 3 4 1 1 1 2 1 6 4 1 18 10 1 1 1 8 3 1 1 1 1 147 Estufa CO2 Fluxo Laminar Microscópio Termociclador Aparelho de fotodocumentação Aparelho RAST Autoclave Balança Analítica Capela de bancada Cell harvester - Sistema de Vácuo/pressão Cell Harvester Molecular Devices Centrífugas refrigeradas Centrífuga Refrigerada (microcentrifuga) Centrífuga Refrigerada Espectrofotômetro Fonte Eletroforese Freezer - 80ºC Máquina de Gelo Purificador de água MILLIQ Purificador de água RIOS Nasofibroscópio Espirômetro Cabine de provocação brônquica 4 4 5 2 2 1 1 1 1 1 1 4 3 1 1 1 5 1 1 1 1 2 1 Incor - FMUSP EQUIPAMENTOS - Descrição 1 Computador pessoal com acesso de alta velocidade a internet Impressora colorida a laser Contador de 96 poços para incorporação de timidina Beta Matrix Contador de 96 poços para incorporação de timidina Betaplate Câmera de vídeo digital Capela de fluxo laminar Centrífuga Citômetro de fluxo Leitor automático de ELISPOT (KS Elispot, Zeiss) Container nitrogênio Espectrofotômetro Estante ventilada p/ camundongo Fonte de eletroforese 600V 400 MA 100W Sistema de secagem de gel Incubadora CO2 Lavadora de ELISA Leitora de ELISA Máquina de flocos de gelo Microcentrífuga Microscópio Termociclador (um “real-time”) Sistema ALPHA IMAGER 2200 para análise de gel Transiluminador - UV Quantidade 50 2 1 1 1 13 21 2 1 14 5 2 6 1 6 2 2 1 5 11 7 1 1 148 Sistema de liofilização THERMO SAVANT Limpador ULTRASONIC CLEANER Video COPY PROCESSOR Aparelho de rádiodetecção c/ cápsulas transmissoras LAMBDA DOT - Dispensador eletrônico / células Sistema p/ leitura de placas/tipagem HLA - Auto Scope Ettan Spot Handling workstation Scanner de alta resolução TYPHOON - DIGE, 9410, Fluorescence Laser Scanner Workstation, 2DDIGE system Single user DeCyder software, 2D-DIGE system Computador Pentium-4 e impressora para Spot Handling Workstation Computador Pentium-4 e impressora para o Scanner Computador Pentium-4 e impressora para o TYPHOON Sistema ROTOFOR, separação de proteínas por pI em fase solúvel Software para aquisição de imagens Software para tratamento e análise de imagens Software para aquisição de imagens eletroforese 2D Sistema de secagem a vácuo ª Cuba de 2 dimensão gel 2D, 6 géis, Ettan-Dalt-Six - Amersham Biosciences Cuba isoeletrofocalização IPG-PHOR - Amersham Biosciences Cuba de eletroforese vertical - BioRad/ Mini Protean 3 Fonte de eletroforese - Amersham Biosciences / EPS 601 Unidade FPLC Sintetizador automático de 8 peptídeos PSSM-8 Sintetizador automático de 96 peptídeos ACT 96 Unidades HPLC Liofilizador alto vácuo Capela de alto fluxo com 7 metros Sequenciador automático DNA ABI PRISM - Applied Biosystems Scanner p/ leitura de lâminas MICRORRAY GENEPIX 4000B - AmershamGE Real Time PCR System 7500 - Applied Biosystems Sistema de purificação de água - Millipore – Milli Ro Sistema de purificação de água - Millipore – Milli Q Aquecedor de tubos Autoclave horizontal digital de bancada microprocessada 33 lit. Bloco de prata p/ 768 amostras PE Câmera de vídeo Col. Digital Coletor de células c/ bomba à vácuo Detector fluorescência Estereomicroscópio com leitor automático de ELISA KS Elispot e Axiovision Fotodyne Coletor de frações Incubadora C02 Liofilizador alto vácuo Luz fibra ótica PCR PTC 100 Unidade de Separação rápida de proteínas Plataforma integrada p/ manuseio de proteína 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 2 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 3 2 1 1 1 11 1 1 2 1 1 149 Sistema de análises de imagem modelo ALPHA IMAGER 2200 Sistema de liofilização THERMO SAVANT Limpador ULTRASONIC CLEANER Video COPY PROCESSOR Micros computadores de uso pessoal ligados a internet rápida Servidor Dell Scanner HP Scanjet 5490 Câmera digital Projetor multimídia Sony VPL-cx1 Tela plana fixação teto p/ projeção Cabine p/ broncoprovocação Espirômetro simples Espirometro para broncoprovocação Nasofibroscópio Aparelho p/ análise composição corporal Bicicletas ergométricas 1 1 1 1 17 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 INSTITUTO BUTANTAN EQUIPAMENTOS - Descrição 13 Biorreator de fibras ocas Biorreator de leito fluidizado Sistema de cromatografia AKTA PILOT (GMP) Sistema de cromatografia HPLC – AKTA Purifier - Certificado Bombas e colunas de cromatografia BIAcore T-100 Certificado Citômetro Guava Easy Cyte Concentrador Pellicon Analisador de metabólitos BioProfile Estufas de CO2 Microscópios ClonePix – seleção de clones por fluorescência e distribuição robotizada Tanques de nitrogênio líquido com alarme Máquina de gelo em flocos Centrífugas (chão e mesa) Cabines de fluxo laminar Módulos de fluxo laminar Sistemas para eletroforese/eletrofocalização/blotting Sistema de fotodocumentação Colunas cromatográficas industriais InDEx Sistema central de água purificada com aparelhos de osmose reversa Gerador de emergência 440kVa Autoclaves Freezer ultra baixa temperatura Leitor de placa Espectrofotômetro com especificação USP Instituto Ludwig/HAOC/Instituto do Câncer/HC Quantidade 2 2 1 1 3 1 1 1 1 6 4 1 2 1 6 6 2 3 1 3 1 1 3 3 1 1 150 Equipamentos - Descrição Servidor/Processador AMD Athlon(tm) 64 Processor 3200+ - 2GHz Servidor/Processador AMD Athlon(tm) 64 Processor 3500+ - 2.2GHz Servidor/Processador Intel(R) Core(TM)2 Quad CPU Q6600 2.40GHz Servidor/Processador Intel(R) Core(TM)2 Quad CPU Q6600 @ 2.40GHz Servidor/Processador AMD Athlon(tm) 64 Processor 3400+ 2.4GHZ Servidor/Processador Compaq AlphaServer ES40 1024.00 MHz Servidor/Processador Pentium III – 700MHz Servidor/Processador AMD Athlon(tm) 64 Processor 3400+ - 2.4GHz Servidor/Processador AMD Athlon(tm) 64 X2 Dual Core Processor 4600+ 2,6GHz Intel(R) Core(TM)2 Quad CPU Q6600 @ 2.40GHz 2 X INTEL XEON E5405 2.00 12M 1333MHZ 771 AMD Athlon(tm) 64 Processor 3200+ - 2GHz Sequenciador Mega Bace (96 capilares)- GE Sequenciador 3130XL (16 capilares)- Applied Biosystems Centrífuga Eppendorf 5810R Real time 7300- Applied Biosystems Fluxo Laminar- Veco Leitor de Elisa- Bio Rad- modelo 550 microplate reader Termocicladores, Gene Amp PCR system 9700- Applied Biosystems Termociclador Eppendorf, Mastercycler Gradient Captura de imagem Multi Doc-IT- Digital Imaging System Quantidade 3 3 1 2 1 1 1 1 2 1 2 6 1 1 1 1 1 1 4 1 1 IMUNOGENÔMICA EQUIPAMENTO - Quantidade Citômetro FACSAria 1 PUC-RS ® Nikon “Stereo microscope teaching system”, Aparelho para medir função pulmonar em lactentes Seqüenciador de DNA Citômetro de Fluxo Sala de esterilização Sala de cultura de tecidos Termociclador automático Microcentrífuga Biotério/roedores 1 1 1 1 1 1 1 1 1 151 7. ORÇAMENTO JUSTIFICADO Orçamento- Justificativa O orçamento para esta proposta foi construído com alguns princípios que devem ser aqui esclarecidos. Em primeiro lugar, os custos de todas estas atividades propostas ultrapassam em muito o limite de R$ 9.000.000,00 para 3 anos, estabelecido no edital. A quase totalidade dos recursos já está distribuída pelos diversos projetos e, consequentemente, pelas Instituições e grupos envolvidos. Como trata-se de grupos de pesquisa consolidados e com estruturas laboratoriais já bem montadas, a ênfase da solicitação foi para estabelecer novas metodologias ou aprimorar já existentes e, que são essenciais para a proposta. Os equipamentos solicitados serão todos multiusuários e a prioridade foi dada para a estrutura da planta piloto de produtos biotecnológicos, principal gargalo do iii em seu estágio atual, e no qual serão gastos quase 25% dos recursos. Solicitamos, ainda, um citômetro de fluxo de 17 cores para análises mais sofisticadas de subpopulações celulares e uma máquina de PCR “real time” pela absoluta sobrecarga deste aparelho com o aumento explosivo do emprego desta tecnologia nos últimos anos. Esses três últimos equipamentos perfazem cerca de 15% do orçamento. Embora os projetos tenham necessidades de insumos e serviços consideráveis, limitamos os valores nesta fase. São verbas de manutenção do que existe. Foram previstos recursos para interação do Instituto com viagens e estadias de curto prazo (9%) e, reservados 12% dos recursos para despesas de valor complementar, atribuídas ao comitê gestor, bem abaixo do limite permitido pelo edital. As bolsas serão solicitadas para o Instituto como um todo e distribuídas de acordo com as necessidades dos projetos, após criteriosa avaliação de mérito pelos investigadores do iii. O número de bolsas foi baseado nas solicitações dos grupos. Os ensaios clínicos serão fundamentalmente custeados pelas Instituições participantes. Diagnósticos, cirurgia, acompanhamento clínico terão outros financiamentos. Os recursos alocados são para o acompanhamento imunológico e eventual exame não obtido na Instituição. O pessoal para o projeto de imunoterapia para câncer será contratado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz e o da operação das plantas piloto de produtos biotecnológicos será contratado pela empresa EMS S.A. As adaptações de área física e a construção da área limpa também serão contrapartidas institucionais. O Hospital das Clínicas, o Instituto do Coração e a EMS S.A. se propõem a abrigar esta planta e serão feitas negociações para a instalação no local de maiores vantagens para o iii. É fundamental salientar que o iii dará uma expressiva contrapartida, com a injeção de recursos de projetos específicos, infraestrutura, pessoal altamente qualificado e verbas adicionais das instituições envolvidas. 152 Após o primeiro triênio estão previstos anualmente 30% dos recursos para o comitê gestor para redirecionamento das ações. Verba limitada para reposição de equipamentos (16%), interação da rede (9%) e o restante para consumo e serviços (45%) onde a parte de recursos para ensaios clínicos será necessariamente mais expressiva. Segue o orçamento para grandes equipamentos. Abaixo também os orçamentos detalhados para os primeiros 3 anos e o orçamento resumido para 5 anos. 13 12 Equipamentos multiusuário de alto custo Citômetro de Fluxo LSRII Becton-Dickinson 17 cores Espectrômetro de massa MALDI-ToF-ToF Shimadzu Termociclador em tempo real 3000Mx5 Stratagene cabine de fluxo laminar em aço inox (3 peças) Equipamentos PLANTA PILOTO-FERMENTAÇÃO ÍTEM ESPECIFICAÇÃO 1 autoclave (A1) para descontaminação c/ gerador elétrico de vapor 2 autoclave (A2) para esterilização (de barreira) 3 forno de esterilização (de barreira) 4 fermentador 100L completo 5 sistema ultrafiltração molecular (tipo Pellicon) c/ acessórios/bombas 6 sistem ultrafiltação molecular (tipo Prostak completo c/bomba (semi-industrial) 7 sistema para clarificação e esterilização 8 sistema de teste de integridade de esterilização 9 freezer vertical -80ºC capacidade 326L 10 estufa de CO2 11 reator de processo com dupla camisa, agitador, coleta de amostra, pH, condutividade dKd> 100L 200L 153 760,000.00 760,000.00 60,000.00 1,580,000.00 2,200,000.00 54,000.00 200,000.00 270,000.00 R$ 252,000.00 207,000.00 275,000.00 396,000.00 36,000.00 378,000.00 21,600.00 46,800.00 48,600.00 11,160.00 154 DETALHAMENTO DO ORÇAMENTO DO INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO EM IMUNOLOGIA (iii) PARA 3 ANOS Projeto Cancer Item/Ano Custeio 1º a) Material de Consumo 2º 45,000.00 50,000.00 0.00 0.00 0.00 95,000.00 b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total 45,000.00 50,000.00 0.00 0.00 0.00 95,000.00 Total p/ 3 anos 3º 45,000.00 50,000.00 0.00 0.00 0.00 95,000.00 285,000.00 Doenças Infecciosas-Leishmania Item/Ano Custeio 1º a) Material de Consumo 2º 70,000.00 14,000.00 0.00 0.00 0.00 84,000.00 b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total 70,000.00 14,000.00 0.00 0.00 0.00 84,000.00 Total p/ 3 anos 3º 70,000.00 14,000.00 0.00 0.00 0.00 84,000.00 252,000.00 Alergia Item/Ano Custeio 1º a) Material de Consumo b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total 2º 3º 70,000.00 70,000.00 70,000.00 30,000.00 0.00 0.00 0.00 100,000.00 30,000.00 0.00 0.00 0.00 100,000.00 30,000.00 0.00 0.00 0.00 100,000.00 300,000.00 Total p/ 3 anos Autoimunidade - Febre Reumática Item/Ano Custeio a) Material de Consumo b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total Total p/ 3 anos 1º 2º 70,000.00 30,000.00 0.00 0.00 0.00 100,000.00 70,000.00 30,000.00 0.00 0.00 0.00 100,000.00 3º 70,000.00 30,000.00 0.00 0.00 0.00 100,000.00 300,000.00 155 Imunodeficiências Primárias Item/Ano Custeio 1º a) Material de Consumo b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total 2º 3º 48,000.00 18,000.00 0.00 0.00 60,000.00 126,000.00 14,000.00 12,000.00 0.00 0.00 0.00 26,000.00 14,000.00 12,000.00 0.00 0.00 0.00 26,000.00 178,000.00 1º 2º 3º 70,000.00 12,000.00 0.00 0.00 0.00 82,000.00 70,000.00 9,000.00 0.00 0.00 0.00 79,000.00 70,000.00 9,000.00 0.00 0.00 0.00 79,000.00 240,000.00 Total p/ 3 anos Transplante e Imunorregulação Item/Ano Custeio a) Material de Consumo b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total Total p/ 3 anos HIV/AIDS Item/Ano Custeio 1º a) Material de Consumo 2º 70,000.00 16,000.00 0.00 0.00 760,000.00 846,000.00 b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total 70,000.00 16,000.00 0.00 0.00 0.00 86,000.00 Total p/ 3 anos 3º 50,000.00 16,000.00 0.00 0.00 0.00 66,000.00 998,000.00 PLATAFORMAS Imunogenomica Item/Ano Custeio a) Material de Consumo b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total Total p/ 3 anos 1º 2º 70,000.00 12,000.00 0.00 0.00 24,000.00 106,000.00 70,000.00 12,000.00 0.00 0.00 12,000.00 94,000.00 3º 70,000.00 12,000.00 0.00 0.00 0.00 82,000.00 282,000.00 156 Imunobiológicos Item/Ano Custeio 1º 2º 3º a) Material de Consumo 70,000.00 50,000.00 0.00 0.00 1,200,000.00 1,320,000.00 70,000.00 50,000.00 0.00 0.00 800,000.00 920,000.00 70,000.00 50,000.00 0.00 0.00 200,000.00 320,000.00 2,560,000.00 1º 2º 3º b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total Total p/ 3 anos Qualidade Item/Ano Custeio a) Material de Consumo 0.00 30,000.00 0.00 0.00 0.00 30,000.00 b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total 0.00 30,000.00 0.00 0.00 0.00 30,000.00 0.00 30,000.00 0.00 0.00 0.00 30,000.00 90,000.00 Total p/ 3 anos Proteômica Item/Ano Custeio 1º a) Material de Consumo 2º 60,000.00 12,000.00 0.00 0.00 760,000.00 832,000.00 b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total 60,000.00 12,000.00 0.00 0.00 72,000.00 Total p/ 3 anos 3º 60,000.00 12,000.00 0.00 0.00 0.00 72,000.00 976,000.00 Ensino Item/Ano Custeio a) Material de Consumo b) Serviço de terceiros c) Diárias d) Passagens Bens de Capital Total Total p/ 3 anos 1º 2º 6,000.00 48,000.00 0.00 0.00 0.00 54,000.00 6,000.00 48,000.00 0.00 0.00 0.00 54,000.00 3º 12,000.00 48,000.00 0.00 0.00 0.00 60,000.00 168,000.00 157 Animação da rede Item/Ano Custeio 1º Reunião Anual 2º 3º 80,000.00 5,000.00 75,000.00 25,000.00 85,000.00 270,000.00 80,000.00 5,000.00 75,000.00 25,000.00 85,000.00 270,000.00 80,000.00 5,000.00 75,000.00 25,000.00 85,000.00 270,000.00 810,000.00 Item/Ano 1º Consumo Serviço de Terceiros Bens de Capital Diárias Passagens 649,000.00 322,000.00 2,804,000.00 140,000.00 130,000.00 4,045,000.00 2º 615,000.00 313,000.00 812,000.00 140,000.00 130,000.00 2,010,000.00 170,000.00 350,000.00 520,000.00 170,000.00 350,000.00 520,000.00 3º 601,000.00 313,000.00 200,000.00 140,000.00 130,000.00 1,384,000.00 7,439,000.00 170,000.00 351,000.00 521,000.00 1,561,000.00 9,000,000.00 Reunião Gestores Intercâmbio Nacional Consultores Internacionais Viagens ao exterior Total Total p/ 3 anos RESUMO ORÇAMENTO - 3 ANOS TOTAL SUBTOTAL GERAL 1 Bolsas (4DTI + 4PDJ+ 4AT-NM) Valor complementar TOTAL SUBTOTAL GERAL 2 TOTAL GERAL (1 + 2) Item/Ano Consumo Serviço de Terceiros Bens de Capital Diárias Passagens TOTAL SUBTOTAL GERAL 1 Bolsas (4DTI + 4PDJ+ 4AT-NM) Valor complementar TOTAL SUBTOTAL GERAL 2 TOTAL GERAL (1 + 2) 2º 615,000.00 313,000.00 812,000.00 140,000.00 130,000.00 2,010,000.00 170,000.00 350,000.00 520,000.00 1º 649,000.00 322,000.00 2,804,000.00 140,000.00 130,000.00 4,045,000.00 170,000.00 350,000.00 520,000.00 351,000.00 521,000.00 170,000.00 3º 601,000.00 313,000.00 200,000.00 140,000.00 130,000.00 1,384,000.00 RESUMO ORÇAMENTO DO INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO EM IMUNOLOGIA (iii) PARA 5 ANOS 158 1,051,000.00 1,070,000.00 170,000.00 4º 660,000.00 600,000.00 400,000.00 140,000.00 130,000.00 1,930,000.00 1,051,000.00 1,070,000.00 3,701,000.00 15,000,000.00 5º 660,000.00 600,000.00 400,000.00 140,000.00 130,000.00 1,930,000.00 11,299,000.00 170,000.00 159 8. INFORMAÇÕES COMPLMENTARES Projetos/ Auxílios aprovados nos últimos 5 anos ALERGIA Mário Sergio Palma - Auxílio Pesquisa, a Projeto Temático outorgado pela FAPESP (Proc. 06/57122-7), para o projeto intitulado “Procura de compostos-líderes para o desenvolvimento racional de novos fármacos e pesticidas a partir da bioprospecção da fauna de artrópodes”, no valor de R$ 1.585. 000,00. Vigência de 10/12/2007 a 09/12/2011. - Auxílio Pesquisa outorgado pelo CNPq (Proc. 472870/2004.1), vinculado ao projeto “Prospecção de Compostos Neuroativos nas Secreções das Aranhas Construtoras de Teias Aéreas Pela Procura de Compostos-Líderes Para o Desenvolvimento Racional de Novos Fármacos e Pesticidas Seletivos”, no valor de R$ 30 000,00. (Vigência: 10/12/2007 a 09/12/2011. - Auxílio Pesquisa outorgado pela FAPESP (Proc. nº 2005/00982-1), vinculado projeto “Identificação dos Antígenos Principais dos Venenos das Vespas Sociais Agelaia pallipes pallipes e Polybia paulista (Hymenoptera, Vespidae), no valor total de R$ 340 000,00. - Auxílio Pesquisa outorgado pela FAPESP (Proc. nº 2004/07942-2), vinculado ao projeto “Bioprospecção da Fauna de Artrópodes do Estado de São Paulo Pela Procura de Compostos-Líderes Para o Desenvolvimento Racional de Novos Fármacos e Pesticidas Seletivos”, no valor total de R$ 360 000,00. - Auxílio Pesquisa outorgado pela FINEP (Empenho 2004NE000810), convênio FNDCT/CTINFRA (Chamada Pública CT-BIOTEC- Anticorpos – MCT-FINEP 01/2003), para o projeto “Anticorpos Monoclonais e Policlonais: Produção em Larga Escala e Uso Clínico”, Vigência 03/09/2004 a 03/03/2008. Karla Arruda o - Programa de Apoio a Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes FAPESP Proc. n 1995/09690-0. Projeto intitulado: “Alérgenos de Barata: Imunoquímica, Biologia Molecular e Papel na Asma”, no valor total de R$ 300.000,00. Vigência: 01/12/1996 a 20/07/2005. Projeto concluído. - Auxílio Pesquisa – Regular, outorgado pela FAPESP 2005/05215-0. Projeto intitulado: “Tropomiosina recombinante de Ascaris lumbricoides: modelo para investigar a reatividade cruzada IgE entre invertebrados e o papel das parasitoses no desenvolvimento de alergia e asma”, no valor total R$ 43.055,00. Vigência: 01/07/2006 a 30/06/2009. AUTO-IMUNIDADE FR Luiza Guilherme 160 - “Desenvolvimento de vacina contra o estreptococo β-hemolítico do grupo A”, apoio FAPESP - PITE 00/14549-4/Laboratório Teuto. Vigência 2002 a 2007. Valor: R$ 4.390.000,00. - “Análise da expressão de quimiocinas e fatores de transcrição (Th1/Th2) nas lesões cardíacas de pacientes com febre reumática e doença reumática cardíaca”, apoio FAPESP Processo Nº2006/03578-0. Vigência: 2006-2008. Valor: R$ 96.814,63. - “Avaliação experimental de dois modelos de vacinas humanas utilizando adjuvante composto por um cocleato com capacidade de indução de IgA e IgG”, apoio FAPESP 07/50355-9. Vigência: 01/04/2007 a 31/05/2007. Valor: R$ 27.807,49. - “Estudo das células reguladoras em pacientes com cardite pós-estreptocócica”, apoio FAPESP/INSERM 06/58347-2. Vigência 2007 a 2008. Valor: R$ 37.234,90. - “Identificação das Cepas de S. pyogenes Isoladas na Cidade de São Paulo através de Genotipagem”, apoio FAPESP Processo 07/59262-3. Vigência: R$ 130.118,26. CÂNCER - “Genoma Clínico”, apoio da FAPESP - N° Processo 2 001/12900-9. Vigência : 01/05/2002 a 30/06/2005. Valor aprovado: R$ 48.185,49 e U$ 10,611.00. Contou ainda com apoio do Ludwig Institute for Cancer Research em foram de bolsas de estudo total aproximado de R$ 80.000,00. Estudo encerrado e aprovado. - “Desenvolvimento de microcápsulas biodegradáveis de liberação lenta contendo GM-CSF para uso intratumoral no tratamento de pacientes com carcinoma epidermóide avançado de cabeça e pescoço”, apoio da FAPESP - N° Processo 20 01/08821. Vigência: 01/03/2002 a 30/11/2007. Valor aprovado: R$ 96.919,10 e U$ 21,471.78. Estudo encerrado e aprovado. - “Busca de marcadores de agressividade em tumores de cabeça e pescoço”, apoio FAPESP. N° Processo 2004/12054-9. Vigência: 01/01/2 005 a 31/12/2008. Valor aprovado: R$ 51.841,00 e U$ 360,366.00. Esse projeto contou ainda com bolsas de estudo do Instituto Ludwig e do Hospital Israelita Albert Einstein que totalizaram aproximadamente R$ 40.000,00. Sandro de Souza - Bioinformatics Co-ordination, apoio FAPESP Nº 1999/04925-0. Vigência: 01/06/99 a 31/10/01. Valor: R$ 68.000,00. - Bioinformatics Co-ordination, apoio FAPESP Nº 1999/04925-0. Vigência: 01/06/99 a 31/10/01. Valor: U$ 292,700.00. - Bioinformatics, apoio FAPESP Nº 2000/08728-3. Vigência: 01/08/00 a 30/07-03. Valor: R$ 20.939,35. - Bioinformatics, apoio FAPESP Nº 2000/08728-3. Vigência: 01/07/00 a 30/07/03. Valor: R$ 49.500,02. 161 - Bioinformatics, apoio FAPESP Nº 2000/08728-3. Vigência: 01/07/00 a 30/07/03. Valor: U$ 26.055,28. - Computer programer, apoio Duke University. Vigência: 01/06/02 a 21/05/03. Valor: U$ 15,000.00. - ICOBICOBI-2004, apoio CNPq Nº 452189/03-9. Vigência: 25/10/04 a 28/10/04. Valor: R$ 20.000,00. - ICOBICOBI-2004 (registration fees), apoio Fees & Sponsorships. Vigência: 01/01/04 a 28/10/04. Valor: R$ 110.397,00. - ICOBICOBI-2004, apoio CAPES Nº 0228/04-04. Vigência 25/10/04 a 28/1004. Valor: R$ 20.000,00. - ICOBICOBI-2004, apoio FAPESP Nº 2004/07049-6. Vigência: 25/10/04 a 28/10/04. Valor: 20.000,00. - ICOBICOBI-2004, apoio FINEP Nº 01040430-00. Vigência: 14/10/04 a 27/12/04. Valor: R$ 15.000,00. - X-Meeting 2005, apoio FAPERJ. N/A. Vigência: 04/10/05 a 07/10/05. R$ 10.100,00. - Bolsa de produtividade em pesquisa, CNPq (taxa de bancada). Processo: 303097/2005-1. Vigência: 01/03/06 a 8/0/209 ?. Valor: R$ 36.000,00 - 1st International Conference of the AB3C, apoio FAPESP Nº 2005/55507-6. Vigência 04/10/05 a 07/10/05. Valor R$ 13.760,00. - "SAGE of Multiple Tumors for the Cancer Genome Anatomy Project", apoio Johns Hopkins University. 23XS073.Vigência: 29/07/05 a 28/07/06. Valor: U$ 12,800.00 . - Auxílio visitante exterior - regular, apoio FAPESP Nº 2006/54247-3. Vigência 25/07/06 a 08/08/06. Valor: R$ 6.323,00. - Conf. Inter. Assoc. Brasileira Bioinf. Biologia Computacional, apoio FAPESP- Nº 2007/55269-. Valor: R$ 30.000.00. - “Splicing alternativo: Integração de estratégias computacionais para a caracterização funcional de variantes identificados por mutações em sítios reguladores de splicing em tumores de cólon”, apoio FAPESP Nº2007/55790-5. Vigência: 1/12/07 a 30/11/ 09. Valor: R$ 26.992,26 e U$ 44,277.00. IMUNODEFICIÊNCIAS L.V. Rizzo - “Caracterização fenotípica e funcional das células T reguladoras em pacientes com uveíte”, apoio CNPq. Vigência 2007-2009. Valor: R$ 27.000,00 - “Caracterização fenotípica e funcional das células T reguladoras no olho de pacientes com uveítes auto-imunes sem comprometimento sistêmico”, apoio FAPESP. Vigência: 2007-2010. Valor: R$ 129.000,00. - “Regulation of the inflammatory response in the eye of patients with autoimmune uveitis, apoio Panamerican Association of Ophthalmology”. Vigência: 2008-2009. Valor: U$ 20.000,00. 162 - “Toxoplasmose ocular: caracterização de aspectos moleculares e celulares da resposta imune ocular e sistêmica e sua associação a forma clínica da doença”, apoio CNPq. Vigência: 2003-2005. Valor R$ 50.000,00. DOENÇAS INFECCIOSAS –LEISHMANIA Amélia de Jesus e Roque Almeida - “Parasite antigenic differences and Host Genetic in tegumentary leishmanisis”, apoio NIH RO3 Grant 1R03AI70909-01. Vigência: 2007–2009. Valor: 150.000,00. - “Immune Response and Imunogenetics in Leprosy”, apoio FAPITEC-SE. Vigência: 20082008. Valor: 20.000,00. -“Evaluation of the Impact f Schistosomiasis in the State of Sergipe using Geographic Information System (GIS)”, apoio CNPq / FAPITEC. Vigência 2008-2009. Valor: 36.000,00. -“Características fenotípicas de Leishmanias braziliensis que têm efeito na resposta imune e influenciam a apresentação clínica e resposta ao tratamento na leishmaniose tegumentar”, apoio CNPq. Vigência: 2008-2009. Valor: R$ 72.000,00. -“Imunoterapia na leishmaniose visceral”, apoio FAPITEC-SE. Vigência: 2008-2008. Valor: R$ 14.500,00 DOENÇAS INFECIOSAS – BAHIA FIOCRUZ Manoel e Aldina Barral - “Estudo integrado nas leishmanioses” Edital Doenças Negligenciadas, apoio CNPq. Vigência: 08/01/2007 a 30/12/2009. Valor: R$ 700.000,00. - “Mecanismos de Controle e Imonoprofilaxia na Leishmaniose-Cyted”, apoio Cyted/CNPq. Vigência: 01/01/2007 a 01/01/2010. Valor: R$ 163.349,70. -“Efeito da saliva de Lutzomyia longipalpis no Recrutamento Celular e na Infecção por Leishmania Chagasi no Modelo Bolsão Inflamatório” Edital Universal, apoio CNPq. Vigência: 21/07/2005 a 21/072007. Valor: R$ 40.000,00. -“Avaliação proteômica funcional da saliva de Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) (Diptera: Phlebotominae) PAPES IV”, apoio CNPq. Vigência: 16/03/2006 a 06/03/2008. Valor: R$ 60.000,00. - “AI30639-9- Pathogenesis of Leishmaniasis: Host, Parasite and Vector”, apoio NIH -USA – TMRC. Vigência: 09/2002 a 06/2007. Valor: U$ 598,419.00. - “Potencial Biotecnológico das Proteínas da Saliva de Lutzomyia longipalpis –Renorbio”, apoio CNPq. Vigência: 01/09/2006 a 01/09/2009. Valor: R$ 1.002.923,16. - “Avaliação da imunidade protetora de candidatos a vacinas de DNA responsáveis pela codificação de proteínas salivares de L. longipalpis e Leishmania chagasi no modelo de Leishmaniose Visceral em hamsters”. Edital Universal, apoio CNPq. Vigência: 01/10/2006 a 01/10/2008. Valor: R$50.000,00. 163 -“Avaliação da Imunidade protetora da saliva de Lutzomia Longipalpis na infecção por Leishmania braziliensis PAPES IV”, apoio CNPq. Vigência: 01/03/2006 a 01/03/2008. Valor: R$ 45.000,00. - “Intervenção imunológica utilizando moléculas recombinantes para o controle e regulação de doenças infecciosas – Casadinho”, apoio CNPq. Vigência: 31/08/2004 a 20/05/2005. Valor: R$ 374.127,6. -“Modulação da Resposta Imune Induzida pela Infecção por Toxoplasma e por saliva Flebotomíneos. PROCAD”, apoio CAPES. Vigência: 03/04/2006 a 0312/2009. Valor: R$ 83.332,00. - “Programa de cooperação Internacional Brasil /Espanha Capes DGU 139/07”, apoio CAPES. Vigência: 18/04/2007 a 18/04/2009 prorrogáveis por mais 2 anos. Valor: R$ 57.822,00 . -“Imunopatogênese celular e molecular da leishmaniose, HTLV-1 e vasculites /Pronex”, apoio FAPESB. Vigência: 01/12/2006 a 30/11/2009. Valor: R$ 758.977,00. Aluisio Segurado - “Escape da viremia plasmática de HIV em pacientes sob terapia anti-retroviral de alta potência”, apoio FAPESP – Auxílio-Pesquisa (Processo Nº 2005/50468-2). Vigência: 2005 a 2007. Valor: R$ 58.857,50. - “Avaliação da excreção cervicovaginal do vírus da imunodeficiência humana do tipo 1 (HIV1) em mulheres menopausadas e em idade fértil”, apoio FAPESP – Auxílio-Pesquisa (Processo Nº 2005/50182-1). Vigência: 2006 a 2008. Valor: R$ 112.871,25. Francisco Bastos - “Avaliação do teste Oral para o HIV em usuários de drogas brasileiros”, financiado pelo NIDA/NIH (# R21 DA017025). Vigência: 2006 a 2007. Valor: R$ 300.000,00. -.“Coorte de mulheres vivendo com HIV/AIDS: incidência de co-infecções, saúde sexual e reprodutiva”, financiado pela Fundação Ford, PAPES IV-FIOCRUZ & OMS. Vigência: 2006 a 2007. Valor: R$ 300.000,00. - “PROSUL - integração de bases de dados de Brasil, Argentina e Uruguai”, financiado pelo CNPq. Vigência: 2006 a 2007. Valor: R$ 50.000,00. - “Modelos computacionais de grande porte para aplicação de teoria de decisão Bayesiana no controle de doenças infecciosas e avaliação dos padrões espaciais de consumo de drogas ilícitas na cidade do Rio de Janeiro”, parcialmente financiado pela FAPERJ. Vigência: 2007- . Valor: R$ 35.000,00 - “Psychosocial Factors Associated with the Sexual Health and Well-Being of People Living with HIV/AIDS Receiving Treatment From Public Health Clinics in Rio de Janeiro, Brazil”, financiado pela Fundação Ford. Vigência: 2008- . Valor: R$ 360.000,00. - “Taxas de infecção de HIV e sífilis e inventário de conhecimento, atitudes e práticas de risco relacionadas às infecções sexualmente transmissíveis entre usuários de drogas em 10 164 municípios brasileiros”, financiado pelo Ministério da Saúde. Vigência: 2008. Valor: R$ 800.000,00 Anna Carla Goldberg - "Papel do polimorfismo genético na resposta imune em humanos: abordagem por genotipagem e análise de expressão gênica”, Auxílio Temático, FAPESP. Vigência: 2002 a 2006. Valor: R$ 339.500,00 e U$ 328,773.00 (U$ 415,000.00). - "Identificação do auto-antígeno na hepatite auto-imune tipo 1: análise proteômica através de géis bidimensionais e Western blotting”, Auxílio a Pesquisa, CNPq, Edital Universal 2006: Vigência: 2006 a 2008. Valor: R$ 31,500.00 (U$ 15,000.00). - "Diferenciação de hepatócitos a partir de células tronco e desenvolvimento de ensaio préclínico visando o transplante em pacientes com insuficiência hepática". Auxílio a Pesquisa, FAPESP. Vigência: 2007 a 2009. Valor: R$ 167.080,00 e U$ 21,152.00. - “Estudo integrado nas leishmanioses”. Auxílio a Pesquisa, CNPq, Edital Doenças Negligenciadas. Vigência: 2007 a 2009. Valor: R$ 430.000,00 (U$ 215,000.00). - “Terapia celular como alternativa terapêutica do Diabetes mellitus e de outras doenças”. Apoio FINEP. Vigência: 2004 a 2008. Edital CT-Saúde. Valor: R$ 2.252.910,00 (valor aproximado U$ 750,000.00). - CNPq Edital CT-Biotecnologia: RECT-NUCEL: Células-Tronco de Lesões em Doenças Degenerativas (Diabetes, Hepatopatias, Neuropatias, Lesões Ósseas e Lesões Renais). Vigência: 2006 a 2008. (subprojeto Diferenciação de hepatócitos a partir de células tronco de cordão umbilical: modelo de ensaio pré-clínico visando transplante-ponte em pacientes com hepatopatias,). Valor: R$ 443.000,00 (valor aproximado U$ 200,000.00). - Chamada Pública MCT/FINEP/Ação Transversal – Equipamentos Multiusuários – 04/2006. Aquisição e Implantação de Citômetro de Fluxo no Núcleo de Terapia Celular e Molecular. Valor: R$ 1.086.050,00 (U$ 500,000.00). Maria Regina Cardoso - “Poluição ambiental urbana e outros fatores relacionados à ocorrência de chiado na infância: um estudo de coorte na cidade de São Paulo, Brasil - Projeto Chiado”, financiado pelo CNPq. Valor: R$ 240.000,00. Vigência: 2004-2007. - “Qualidade microbiológica de águas de consumo humano em assentamento periurbano, município de Suzano (SP)”, financiado pela FAPESP. Valor: R$ 68.000,00. Vigência: 2007atual. - “Estudo de prevalência de base populacional das infecções pelos vírus das hepatites A, B e C nas capitais do Brasil”, financiado pelo Ministério da Saúde. Valor: R$ 3.000.000,00. Vigência: 2006-atual. - “Avaliação do Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar”, financiado pelo Ministério da Saúde - ANVISA. Valor: R$ 480.000,00. Vigência: 2001-2006. 165 -. “Latin-american multicentre study on antibiotic resistance of Streptococcus pneumoniae isolated from children with severe pneumonia”, financiado pela Organização Panamericana da Saúde (PAHO) e pela Organização Mundial da Saúde (WHO). Valor: U$ 450.000,00. Vigência: 2001-2005. Amilcar Tanuri - “Chemokines: A Measure of Pediatric HIV Disease Activity”, co-investigador R01 NIH, junto com Dr. De’Vicco, Institute of Human Virology, University of Mariland, USA. Vigência: 01/09/1999 – Atual. Valor: U$ 450,000.00. - “Monitoring HIV drug resistance in Brazil”, Ministério da Saúde-Programa Nacional de AIDS. Vigência: 01/01/1998 – Atual. Valor: U$ 500,000.00. - “Monitoring the quality of antiretroviral compounds used in the fabrication of generic HIV drugs in Brazil”, Programa Nacional de DST-AIDS, financiamento Farmanguinhos, Fiocruz/Ministério da Saúde. Vigência: 01/01/2000 – Atual. Valor: U$ 600,000.00. - “Developing of a NS5b HCV antiviral inhibitor”, Projeto Tecnológico FINEP/Subvenção econômica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Laboratório Farmacêutico Cristália. Vigência: 2007 a 2010. Valor: U$ 1,550,000.00. Marcelo Brígido - “Desenvolvimento de Medicamentos Recombinantes para Uso em Hematologia/Hemoterapia”, financiamento BNDES/HEMOBRAS/COPPETEC. Vigência: 2008 a 2011. Valor: R$ 480.000,00. - “Humanização de Anticorpos Anti Antígeno da Hepatite B HBsAg”, financiamento Biomanguinhos. Vigência: 2006 a 2008. Valor: R$ 120.000,00. - “Produção de Fatores Plasmáticos Recombinantes”, Rede Nacional Fator VIII, financiamento FINEP/MCT/MS. Vigência: 2001 a 2008. Valor: R$ 1.250.000,00. - “Humanização do Anticorpo Anti-CD3”, relacionado ao projeto de obtenção de anti-CD3 recombinantes – Plataforma de transplantes, financiamento Edital Universal. Vigência: 2008 a 2010. Valor: R$ 97.000,00. - “Produção de Antígeno recombinante de Hantavírus: caracterização molecular e elaboração de kits de diagnóstico”, financiamento CNPq. Vigência: 2005 a 2007. Valor: R$ 97.000,00. - “Obtenção de anticorpos anti-nematóide por Phage Display, financiamento Prodetab. Vigência: 2003 a 2004. Valor: R$ 104.000,00. Ana Maria Moro - “Anticorpos Monoclonais e Policlonais como Ferramentas Imunoterapêuticas: Produção em Larga Escala e Uso Clínico”, financiamento FINEP. Vigência: 10/2004 a 03/2008. Valor: R$ 498.959,93. 166 - “Anticorpos Monoclonais para Tratamento de Câncer: Desenvolvimento e Testes Clínicos”, financiamento MCT/MS/FINEP, Ação Transversal – Cooperação ICTs-Empresas. Vigência: 11/2006 a 10/2008 (prorrogação em andamento). Valor: R$ 6.197.136,62 (FINEP/MS) + contrapartida da empresa. - “Linhagens Celulares de Alta Produtividade e Estabilidade de Anticorpos Monoclonais Humanizados para Terapia de Câncer”, financiamento FAPESP. Vigência: 10/2007 a 09/2010. Valor: R$ 72.460,64 + US$ 647.185,85 + contrapartida da empresa. Guilherme Loureiro Werneck - "Fatores associados à incidência da leishmaniose visceral em Teresina, Piauí: abordagens hierárquicas e espaço-temporais" financiamento CNPq. Vigência: 2005 a 2008. Valor: R$ 32.100,00. - "Desenvolvimento e implementação de modelos hierárquicos e espaço-temporais para a identificação de fatores associados à incidência da leishmaniose visceral em dois cenários distintos de transmissão", financiamento CNPq. Vigência: 2006 a 2009. Valor: R$ 49.794,45. - "Impacto da heterogeneidade dos padrões de contato social na dinâmica das doenças de transmissão direta: o caso da coqueluche", financiamento CNPq. Vigência: 2003 a 2006. Valor: R$ 14.260,00. - "Fatores associados à incidência da leishmaniose visceral em Teresina, Piauí: abordagens hierárquicas e espaço-temporais", financiamento PAPES/Fiocruz. Vigência: 2008 a 2010. Valor: R$ 40.000,00. - "Avaliação do impacto da modificação da composição do chumbinho na incidência de intoxicações exógenas no Rio de Janeiro"; financiamento ANVISA/Bayer CropScience. Vigência: 2002 a 2006. Valor: R$ 400.000,00. - "Leishmaniose visceral em meio urbano: avaliação das estratégias de controle utilizando uma abordagem espacial", financiamento Ministério da Saúde. Vigência: 2003 a 2007. Valor: R$150.000,00. HIV Como coordenador: A) Coordenador, Auxílio NIH ( National Institutes of Health, USA): 1 R03 AI06696101A1HIV-1 PROTEASE CD4+ T CELL EPITOPES AND DRUG-INDUCED MUTATIONS 2007-2009, US$ 162.000,00 B)Coordenador do Projeto “Imunogenicidade de diferentes formulações candidatas a vacina anti-HIV-1 contendo epitopos promíscuos para linfócitos T CD4+ e plasmídeos codificando o gene vif, rico em epitopos para linfócitos T CD8+” Programa Nacional de DST e AIDS, Ministério da Saúde, valor captado R$ 500.000,00, 2007-2008 167 C) Coordenador, Auxílio à pesquisa ICGEB (International Center for Genetic Engineering and Biotechnology/United Nations, Trieste, Itália), CRP/BRA05-01, Identification of novel promiscuous CD4+ T cell epitopes from HIV-: recognition by HIV-1 patients and assessment of immunogenicity with HLA-transgenic mice 2006-2008. Euros 48.000,00 D) Coordenador brasileiro do projeto ANRS 1294, financiado pela agência governamental francesa ANRS, intitulado: Crossreactivity of dominant CD4+ T cell epitopes contained in French HIV-1 strains circulating in Brazil: relevance for future definition of vaccines, 20052007 Euros 34.000,00 E)Processo FAPESP NUPLITEC 04/15331-3, que resultou na patente nacional e no PCT PI0504117-1, depositada no INPI em 05/09/2005. Inventores EDECIO CUNHA-NETO, JORGE KALIL, SIMONE GONÇALVES DA FONSECA, e depositantes FAPESP, USP e Fundação Zerbini “Epitopos, combinação de epítopos, usos de epítopos ou sua combinação, composição, usos da composição, vacinas profiláticas anti-HIV-1, vacinas terapêuticas, método para a identificação de epítopos e métodos para o tratamento ou prevenção F) Coordenador, Auxílio à Pesquisa FAPESP, processo 00-08404-3: Identificação de epitopos imunodominantes de antígenos protetores do Paracoccidiodes braziliensis e Schistosoma mansoni e estudo do reconhecimento molecular destes peptídeos por células T humanas , 2000-2006 US$ 80.000,00 G) Coordenador, Auxílio à Pesquisa FAPESP, processo 01/00729-3: Identificação de fatores virológicos, genéticos e imunológicos associados ao fenótipo de não progressão da doença do HIV: Estudo de marcadores de virulência do HIV, genotipagem de co-receptor CCR5, e expressão de painel abrangente de citocinas em amostras de sangue periférico de pacientes portadores do HIV não progressores e progressores acompanhados na Casa da AIDS , 2001-2006 US$ 100.000,00 Como colaborador: A) Colaborador, Bases moleculares dos mecanismos patogenéticos da doença de Chagas, Projeto DECIT/MS 2007-2008 (Coord. Bianca Zingales) R$ 350.000,00 B) Pesquisador, Programa Institutos do Milênio/MCT – “Instituto de Investigação em Imunologia” – Areas Cardiopatia chagásica crônica e HIV, 2005-2008 (Coordenador Prof. Jorge Kalil) R$ 4.400.000,00 C) Colaborador, Projeto PITE FAPESP 00/1459-4, “Desenvolvimento de vacina contra o estreptococo b-hemolitico do grupo A 2001-2006 (Coord. Dra. Luiza Guilherme Guglielmi) R$ 9.000.000,00 168 D) Projeto Temático, FAPESP 01/09850. "Papel do polimorfismo genético na resposta imune em humanos: abordagem por genotipagem e análise de expressão gênica”, 2002-2006 (Coordenador: Anna Carla Goldberg) R$ 339.500,00 e US$ 328.773,00 E) Programa Equipamentos Multi-usuários 2, FAPESP 04/08932-0, “Eletroforese Bidimensional diferencial e identificação proteica por “peptide mass fingerprinting”no estudo da fisiopatologia de doenças humanas” 2005-2007, (Coordenador Prof Jorge Kalil) R$ 204.451,50 e US$ 272.602,00 169 Esper Kallas U01 AI69420 Janeiro 2007 a Dezembro 2013 Financiamento: NIH, U$ 4,500,000.00 São Paulo Clinical Trials Unit Global IPrEx Maio 2008 a Abril 2012 Financiamento: NIH, U$ 1,900,000.00 Chemoprophylaxis of HIV in men who have sex with men V520 – 023, HVTN 502 Kallas EG (Site PI) Setembro 2005 a Dezembro 2009 Financiamento: Merck & Co., Inc., R$ 600,000.00 A multicenter, double-blind, randomized, placebo-controlled phase II proof-of concept study a evaluate the safety and efficacy of a 3-dose regiment of the Merck adenovirus serotype 5 HIV-1 gag/nef/pol vaccine (MRKAd5 HIV-1 gag/nef/pol) in adults at high risk of HIV-1 infection. R01 AI060379-01 (Douglas F. Nixon, PI) Abril 2005 a Março 2010 Financiamento: NIH, U$125,000.00 Cell mediated immunity in HIV-infected children Role: Co-investigador R21 AI073230-01A1 (Watkins DI and Kallas EG, PIs) Abril 2008 a Março 2013 Financiamento: NIH/NIAID, U$ 390,000.00 Vif-specific CD8 responses in individuals that control HIV replication 04/10918-6 Fevereiro 2005 a Janeiro 2007 Financiamento: FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo), R$ 120,000.00 Caracterização de linfócitos CD25+CD4+ de infectados pelo HTLV-I, co-infectados ou não pelo HIV-1. 001-01-LI-DIPA Fevereiro 2002 a Dezembro 2007 Financiamento: Brazilian Ministry of Health and the Health Department of the City of Sao Paulo, Brazil, R$ 375,000.00 Resposta imune celular em recém infectados pelo HIV-1, identificados pelo teste de duplatestagem (detuned) Cellular immune response a HIV antigens in HIV recently infected subjects, identified by the dual testing strategy V520 – 018, HVTN 050 Setembro 2003 a Dezembro 2008 Financiamento: Merck & Co., Inc., R$ 500,000.00 A worldwide, phase I, dose-escalating study of the safety, alerability, and immunogenicity of a 3-dose regimen of the MRKAd5 HIV-1 gag vaccine in healthy adults. Goals: Evaluate safety, alerability, and immunogenicity of a novel HIV vaccine candidate in an international, 8 countries, 4 continent study. 170 F) Projeto de Pesquisa FAPESP 05/00982-1 - Caracterização Molecular dos Antígenos principais dos Venenos das Vespas Agelaia pallipes pallipes e Polybia paulista” 2005-2007 (CoordenadorMario Sergio Palma) US$ 48.000,00 G) Pesquisador, Programa Institutos do Milênio/MCT - Instituto de Investigação em Imunologia (iii) 2002-2005 ESTER SABINO REDS International Study – NHLBI US 3.000.000 Ester Sabino co PI 2006-2010 FAPESP – Temático HIV (Ricardo Diaz PI), Esper Kallas e Ester Sabino co PI Publicações 2005-2008 (509 publicações) 2005 1. A, Porto et al. Journal of Infectious Diseases, v. 191, n. 4, p. 612-618, 2005. 2. ABEL, L et al. Microbes and Infection, v. 7, p. 1184-1195, 2005. 3. ALMEIDA, R. P. et al. Gazeta Médica da Bahia, Salvador - Bahia, v. 75, n. 1, p. 8391, 2005. 4. ALMEIDA, R. P. et al. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 73, n. 1, p. 79-81, 2005. 5. ANDRADE, B B et al. Gazeta Médica da Bahia, Salvador-Bahia, v. 75, n. 1, p. 75-82, 2005. 6. ANDRADE, B B et al. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 77, n. 4, p. 665693, 2005. 7. ANDRADE, Edmar Vaz de et al. Biochimica et Biophysica Acta. G, General Subjects, Holanda, v. 1726, n. 3, p. 293-301, 2005. 8. ANDRADE, Rosangela Vieira et al. Revista Iberoamericana de Micologia, Venezuela, v. 22, p. 203-212, 2005. 9. ANTONELLI, L et al. Immunology Letters, v. 101, n. 2, p. 226-230, 2005. 10. ARRUDA, L. K. Current Allergy And Asthma Reports, Estados Unidos, v. 5, n. 5, p. 411-416, 2005. 11. ARRUDA, L. K. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 31, p. 3-4, 2005. 12. ARRUDA, L. K. Allergy & Clinical Immunology News, v. 17, p. 243-245, 2005. 13. ARRUDA, L. K. et al. Current Opinion in Allergy and Clinical Immunology, v. 5, p. 399-402, 2005. 14. ARRUDA, L. K. et al. 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British Journal of Psychiatry, v. 193, p. 25-30, 2008. 191 Lista dos pesquisadores e alunos formados-Situação atual Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Aldina Maria Prado Barral Nome do aluno Grau Ano de conclusão Dorlene Maria Cardoso de Aquino Doutorado 2007 Professora da UFMA Maria Jania Teixeira Doutorado 2005 Funcionária da UFC e Professora de Pós Graduação da UFC Arlene de Jesus Mendes Caldas Doutorado 2004 Professora adjunta do curso de enfermagem da UFMA Situação atual Maria da Gloria Bomfim Arruda Doutorado 2001 Chefia do Serviço de Hematologia/CTMO Hospital Universitário Prof. Edgard Santos Tânia Maria Correia Silva Doutorado 1999 Médica da UFBA e colaborada na Fiocruz Jackson Mauricio Lopes Costa Doutorado 1997 Pesquisador Titular da Fundação Oswaldo Cruz Petter Franco Entriger Pós-Doutorado 2008 Em andamento/Fiocruz Camila Indiani Pós-Doutorado 2006 Tecnologista da Fiocruz Luis Fabiano Oliveira Pós-Doutorado 2008 Pós-Doc no NIH Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Aluisio Segurado Nome do aluno Grau Ano de conclusão Crispim Cerutti Jr Mestrado 1998 Professor Adjunto - UFES Arnaldo Etzel Mestrado 1999 Professor Doutor – UNILUS, Santos-SP Claudia Biasutti Mestrado 2002 Professora – universidade privada, ESJ Jose Marcos Pereira Costa Mestrado 2005 Médico infectologista, Hospital Heliópolis, SP Situação atual 192 Flavio Augusto Padua Milagres Mestrado 2006 Médico infectologista - TO Mildred Pitman de Castro Mestrado 2007 Assistente Social Supervisora – SEAPHIV/AIDS- HC-FMUSP Carla Baggetti Ferraz de LIma Mestrado 2008 Biologista - Cia. Industrial fabricante de reagentes Arnaldo Etzel Doutorado 2004 Professor Doutor – UNILUS, Santos-SP Ricardo Tapajos Martins Coelho Pereira Doutorado 2005 Médico assistente, HCFMUSP Claudia Courtouke Guedes Doutorado 2008 Professora – universidade privada, SP Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Amélia Ribeiro de Jesus Nome do aluno Grau Ano de conclusão Andre Luiz Muniz Doutorado 2006 Médico do Serviço de Neurologia do Hospital São Rafael Lea Castellucci Doutorado PósDoutorado 2003 Pesquisadora do Serviço de Imunologia do HUPES, UFBA Lucas P. Carvalho Doutorado 2004 Pós-doutorando na University of Pensilvania Tânia Luna Mestrado 2006 Doutorado na UFBA Situação atual Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Amilcar Tanuri Nome do aluno Grau Ano de conclusão Renato S Rodarte Mestrado 1998 Professor Adjunto II, Universidade Federal de Alagoas/UFAL Luciana Jesus Costa Mestrado 1998 Professor Adjunto I,UFRJ Simone Morais da Costa Mestrado 1998 Tecnologista, FIOCRUZ Situação atual 193 Andreia Palluch Mestrado 2000 Senior Medical Writer, Eisai, London Daniella Ishimaru Mestrado 2000 Pesquisadora associada, LTVP, UFRJ Cecília Jacques Gonçalves de Almeida Mestre 1999 Pesquisador assistente, FIOCRUZ Marcelo Alves Soares Mestre 1997 Professor Adjunto III, UFRJ Ana Beatriz Furlanetto Pacheco Doutorado 2000 Professor Adjunto III, UFRJ Renato Aguiar Santana Mestre 1992 Professor Adjunto I, UFRJ Patricia Alvarez Baptista Brindeiro Doutorado 2006 Tecnologista , FIOCRUZ Rodrigo M. Brindeiro Doutorado 1999 Professor Adjunto III, UFRJ Luis Mario Janini Doutorado 1999 Professor Adjunto II, UFESP Agdemir Waléria Aleixo Doutorado 2006 Pesquisadora no setor de genética e biologia molecular, UFMG Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Ana Maria Caetano de Faria Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual Bruna de Paula Santos Mestrado 2008 Recém-egressa Andrezza Fernanda Santiago Springett Mestrado 2008 Doutoranda, UFMG Danielle de Abreu Foschetti Mestrado 2007 Professora de Biologia Raphaela Mendes Fernandes de Souza. Mestrado 2007 Doutoranda, UFMG Alice Oliffson Kamphorst Leal da Silva. Mestrado 2004 Doutoranda, Rockefeller University, NY, EUA 194 Michele Mendes Barsante. Mestrado 2001 (Falecida em 2008) Professora Adjunta UFJF Elaine Speziali de Faria Mestrado e Doutorado 1999 / 2004 Professora de Imunologia da UNIVALE, MG Sabine Madsen Ficker Mestrado 1998 Profissional liberal Tatiani Uceli Maioli Doutorado 2008 Pós-doutoranda, UFMG Andrea Catão Alves Doutorado 2008 UFMG Fabiano Comin Doutorado 2007 Pós-doutorando, UFMG 2006 Coordenadora do Programa de PósGraduação e professora do curso de Nutrição UNI-BH, MG 2003 Professora da UNIMONTESMG/Pesquisadora Colaboradora da FIOCRUZ Joana Ferreira do Amaral Mariléia Chaves Andrade Juscilene da Silva Menezes Doutorado Doutorado Doutorado 2001 Pós-doutoranda no California Institute of Technology (CALTECH), EUA EUA Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Anamaria Camargo Nome do aluno Grau Ano de conclusão Giseli Klassen PósDoutorado 2004 UFPR - Professora Raphael B Parmigiani PósDoutorado 2008 LICR - Pesquisador Newton Valério Verbisck PósDoutorado 2003 UFABC - Professor José Claudio Casali Rocha Doutorado 2002 INCA - Pesquisador Fabiana Bettoni Doutorado 2003 Pós-Doutorando - LICR Fabricio Falconi Costa Doutorado 2004 Pós-Doutorando – CMRC, USA Situação atual 195 Natanja Sara Kirschbaum Slager Doutorado 2005 Israel, empresa de bioinformática Daniela Ierardi Doutorado 2005 Pós-Doutorando - UNIFESP Ana Paula Medeiros Silva Doutorado 2006 Pós-Doutorando - LICR Mônica Caamaño Cristovão Poli Doutorado 2007 AC Camargo - Hematologia Gerusa Gabriele Seniski Mestrado 2008 Paulo Henrique Baldan Pineda Mestrado 2007 UNIP - Professor Murilo Vieira Mestrado 2006 Doutorando - USP Felicia Peterson Cavalhero Metrado 2005 Doutorando - LICR Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Ana Maria Moro Nome do aluno Grau Ano de conclusão Maria Teresa A. Rodrigues Doutorado 1996 Pesquisadora IV do Laboratório Ney Silvio Laignier Mestrado 1999 Tem empresa de paisagismo Angélica Garbuio Mestrado 2002 Biotecnológa II do Laboratório Noemi Morimatsu Taga Mestrado 2003 Trabalha na indústria farmacêutica Situação atual Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual 196 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Anna Carla Goldberg Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual Rafael Ioschpe Mestrado 2005 Trabalha em indústria farmacêutica - monitor de pesquisa clínica Josely Marchi Chiarella Mestrado 1995 Diretora Geral da Eppendorf do Brasil Kellen Christina Faé Mestrado e Doutorado 1999 / 2003 Sandra Aparecida Drigo Mestrado e Doutorado Pós-Doutorado UNESP2000 / 2004 Botucatu Paulo Lisboa Bittencourt Doutorado 2000 Coordenador do Serviço de Gastroenterologia, Hospital Português, BA Maria Lúcia Carnevalli Marin Mestrado 2002 Biologista e pesquisadoraInCor Rajendranath Ramasawmy Pós-Doutorado 2006 Pesquisador Visitante - UFBA Humberto Miguel Pós-Doutorado Garay Malpartida 2007 Prof. Doutor EACH-USP Pós-Doutorado no exterior Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Claudia Ida Brodskyn Nome do aluno Grau Ano de conclusão Robson Amaro da Silva Doutorado 2008 Professor UFBA, campus de Vitória da Conquista Cecília Beatriz Fiúza Favali Doutorado 2007 Bioquímica do LACEN e Professora Adjunta da FTC Regis B. B. Gomes Doutorado 2006 Pós-Doc no NIH Situação atual Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual 197 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador David Saitovitch Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual Edgar Chagas Dieffenthaeller Mestrado 2000 Professor Adjunto da Pontifícia Universidade Católica do RS Auri Ferreira dos Santos Doutorado 2001 Médico Nefrologista, Hospital Don Vicente Schrer, Porto Alegre Nícea Bastos Mestrado 2002 Nutricionista, Hospital de Clinicas de Porto Alegre Luciana Roesh Schreiner Mestrado 2002 Médica Endocrinologista, Hospital São Lucas PUCRS Patricia Sesterheim Mestrado 2002 Doutoranda - PUCRS Gibsi P. Rocha Mestrado 2002 Médica Psiquiatra - PUCRS Florencia Maria Barbé Mestrado 2002 Professora Substituta - PUCRS Maria Alice Dotta Mestrado 2002 Doutoranda - UFRGS Luciano Diogo Mestrado 2002 Professor Adjunto PUCRS Luciano Percival Krug Doutorado 2003 Biólogo - Empresário Regina Schroeder Mestrado 2003 Bióloga – Santa Casa de Porto Alegre Vanessa Ramos Kirsten Mestrado 2004 Nutricionista - Professora da Universidade Federal de Santa Maria Luis Alberto Michet da Silva Doutorado 2004 Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Maria Andrea Carla Bauer Doutorado 2005 Médica Nefrologista do Hospital São Lucas PUCRS Sandra Regina Fernandes Mestrado 2005 Bióloga – Coordenadora do Laboratório de Imunologia do Hospital Don Vicente Scherer – Porto Alegre Salvador Gullo Neto Mestrado 2005 Cirurgião geral do Hospital São Lucas da PUCRS – Doutorando PUCRS 198 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual Florencia Maria Barbé Doutorado 2006 Professora Substituta - PUCRS Karine Berdichewski Mestrado 2006 Médica Anestesista do Hospital São Lucas PUCRS Fabiana Piovesan Mestrado 2007 Professora Adjunta da Universidade de Passo Fundo Izabel Cristina Schander de Almeida Doutorado 2007 Médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Marcelo Junges Hartmann Mestrado 2008 Cirurgião Geral do Hospital São Lucas da PUCRS Luciano Diogo Doutorado 2008 Professor Adjunto da Pontifícia Universidade Católica do RS Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Edecio Cunha-Neto Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual Lucia Cristina Jamli Abel Doutorado 1999 Coordenadora dos cursos de Pós graduação Latu Sensu da UNIP Marcia Aparecida Duranti Doutorado 2000 Monitora de Ensaios Clínicos Francisco Max Damico Doutorado 2002 Pesquisador ICB USP Leo Kei Iwai Doutorado 2004 Pós-Doutorando, Diabetes Center, Medical School, EUA Simone Gonçalves Fonseca Doutorado 2004 Pesquisadora FMUSP Joslin Harvard Bióloga da Sandra Drigo Doutorado 2004 Coordenadora do curso de Farmácia da Faculdade Sudoeste Paulista e PósDoutorado no Lab. Neogene de Botucatu/UNESP Lucila Campos Mestrado 2004 Gerente-Médica da Roche Produtos Clínicos e Farmacêuticos S.A 199 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual Renata Cristina Ferreira Mestrado 2004 Docente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Angelina Morand Bianchi Bilate Mestrado Doutorado Pós-Doutorado 2007 Pós Doutorado, University, EUA New York Formação de recursos humanos e situação profissional atual * Orientador Nome aluno grau Ano conclusão Situação atual Esper G. Kallás Marcos Davi dos Santos Mestre 2001 Médico Infectologista Mariana Mellilo Sauer Mestre 2002 Médica Infectologista, pesquisadora, aluna de pós-doutorado Marta Anésia Viana Mestre 2004 Técnica em citometria, coordenadora de divisão do Laboratório Diagnósticos da América Mestre 2005 Técnica em imunologia, Santa Casa de São Paulo Tânia Maria da Silva Mestre 2005 Técnica do Laboratório Central do Hospital São Paulo Hugo Marcelo Ribeiro Barbosa Mestre 2007 Doutora 2001 Doutora 2007 Débora Cristina Rocha Denise S. S. Rodrigues Mariana Mellilo Sauer Médico Infectologista Recém-Doutora pela FAPESP, pesquisadora do Instituto Clemente Ferreira Médica Infectologista, pesquisadora, aluna de pós-doutorado Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual 200 Ester Sabino Cesar de Almeida Neto Doutorado 2008 Chefe do Departamento de aconselhamento da Fundação PróSangue/Hemocentro de São Paulo Luciano Vieira de Araújo Doutorado 2008 Pós-doutorado Erika Maria do Nascimento Doutorado 2007 Médica, CRT/AIDS Walter Kleine Neto Mestrado 2007 Biologista da Fundação PróSangue Sabri Sababani Doutorado 2005 Pós-doutorado 2004 Biologista da Fundação PróSangue Suzete Ferreira Claudia Cortese Barreto Doutorado 2001 Biologista da Fundação PróSangue Marilia A Rossini -- 2000 Chefe de Laboratório. Insituto Adolfo Lutz Anna Shoko Nishya Mestrado 2000 Biologista da Fundaçao ProSangue Rubia A F Santana -- 1999 Biologista do Hospital Albert Einstein Camilo Anssarah Sobrinho -- -- Maria Cecilia Araripe Sucupira -- 1997 Pós- doutorado Pesquisadora UNIFESP Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Izabella Cordeiro Freire Saad Rached Doutorado 2003 Serviço de Alergia do Hospital Municipal de São Paulo Mestrado 2003 -- Mestrado 2004 -- Doutorado 2004 -- Paulo Márcio Fabio Gonçalves Barros Fernandes Morato Castro Rosangela Carboni Castro Silvia Helena Grosso Esher Situação atual 201 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Soraya Regina Gonçalves de Andrade Mestrado 2006 -- 2006 Professora substituta da Disciplina Medicina Interna I – Universidade Federal de Sergipe Maria Fernanda Malaman Doutorado Situação atual Carlos Roberto de Medeiros Doutorado 2007 Aguarda inscrição para pósdoutorado neste programa, desenvolvendo atividades de pesquisa – Responsável pela Diretoria do Instituto do Butantã Veridiana Aun Rufino Pereira Doutorado 2007 Hospital do Servidor Público Estadual do Estado de São Paulo Formação de recursos humanos e situação profissional atual * Orientador Nome aluno grau Ano conclusão Situação atual Francisco Bastos Sonia Izecksohn Garcia Mestre 1996 Psicóloga da UERJ Mestre 1999 Psiquiatra da UFRJ Ana Lúcia S. Bentes Mestre 1999 Beatriz Grinsztejn Doutor 2001 Pesquisadora FIOCRUZ Claudia TV de Souza Doutor 2001 Pesquisadora FIOCRUZ Kátia Coutinho Mestre 2001 Analista de C&T, iniciativa privada Mestre Doutora 2002 2007 Pesquisadora FIOCRUZ Doutora 2002 Pesquisadora FIOCRUZ Nélson do Rosário Caldas Sylvia Teixeira Maria Goretti Fonseca Psiquiatra do M. da Saúde 202 Mariana Hacker Claudia Cunha Sabrina Oliveira Mestre Doutora 2002 2006 Pesquisadora FIOCRUZ Mestre 2004 Doutoranda UFRJ Mestre 2004 Ass. Pesquisa FIOCRUZ Mestre 2005 Doutoranda UFMG Mestre Doutora 2005 2008 Pesquisadora FIOCRUZ Mestre 2005 Gerente informática FIOCRUZ Mestre Doutora 2005 2008 Pesquisadora visitante da Universidade da Escócia Doutora 2005 Coordenadora de assistência, iniciativa privada Mestre 2006 Médica no Espírito Santo Doutora 2006 Pesquisadora FIOCRUZ Mestre 2006 Gerente de vigilância, Niterói, RJ Mestre 2007 Aux. de pesquisa, FIOCRUZ Doutorado 2007 Pesquisadora Universidade Federal do Espírito Santo Doutorado 2007 Professor da Universidade de Volta Redonda, RJ Mestre 2007 Doutora 2008 Aline Dayrell Mônica Malta Maria Estela Leite Elize Massard da Fonseca Ana Simões Junia Rodrigues Ruth Friedman Maristela Bernardi Vivian Studart Rita Checon Silva Julio Aragão Antonio Souza Maria de Lourdes Oliveira Doutorando IMS-UERJ Pesquisadora FIOCRUZ 203 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Guilherme Loureiro Werneck Nome do aluno Grau Ano de conclusão Nádia Cristina P Rodrigues Mestrado 2002 Professor, UERJ Ana Claudia Montenegro Mestrado 2002 Profissional liberal, fisioterapia Valeska T da Silva Mestrado 2002 Profissional liberal, médica Enilce Sally Mestrado 2002 Professor, UFF Marcos J do Lago Doutorado 2002 Professor, UERJ Rosana Costa Doutorado 2002 Professor, UFRJ Paula M. Luz Mestrado 2003 Pesquisador, Fiocruz José Cerbino Neto Mestrado 2003 Pesquisador, Fiocruz Mariana T Aires Mestrado 2003 Médico, UFRJ Marisa Santos Mestrado 2004 Médica, INCL Virginia R M Correia Doutorado 2004 Especialista em SIG, INPE Wilza Andrade B Felippe Mestrado 2005 Enfermeira, Instituto Nacional do Câncer Alessandra Amorim Mestrado 2006 Professora, Universidade Severino Sombra Marcus V Gouvêa Mestrado 2006 Médico Veterinário, Ministério da Agricultura Felipe Canavez Mestrado 2007 Professor, Centro Universitário de Volta Redonda Otília Pimenta Azevedo Mestrado 2007 Enfermeira, Ministério da Saúde Situação atual 204 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Flávia Santos Barbosa Doutorado 2007 Pós-doutoranda, UERJ Rogério Costa Gondim Doutorado 2007 Professor, UFC Alexandre dos Santos Brito Doutorado 2007 Professor Visitante, UFRJ Fabio Silva Aguiar Mestrado 2008 Médico, UFRJ Simone M Santos Doutorado 2008 Consultora, Fiocruz Situação atual Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno D Crevat Jorge Kalil Grau Doutorado Ano de conclusão Situação atual 1982 Pesquisador da Escola Veterinária Nacional de Lyon, França, Unidade de Patologia Infecciosa G Paranhos Mestrado 1986 Equipe de Citologia Analítica e Citogenética Molecular do Hospital Edouard Herriot, Lyon, France Terezinha Maria de Paiva Mestrado 1988 Pesquisadora Científica do Instituto Adolfo Lutz Claudia Macaúbas Mestrado 1991 Departamento de Microbiologia e Imunologia da Universidade de Stanford, CA, EUA 1992 Vice Diretora do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração, Pesquisadora IC pelo CNPq e Pesquisadora II no Laboratório de Imunologia/InCor 1992 Médico do Corpo Clínico dos Hospitais Sírio-Libanês e Hospital Alemão Oswaldo Cruz de São Paulo Luiza Guilherme Guglielmi Wagner Felipe de Souza Weidebach Doutorado Mestrado 205 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Edecio CunhaNeto Grau Doutorado Ano de conclusão Situação atual 1994 Professor Associado, Dep. Clínica Médica, e Pesquisador do Instituto do Coração, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Chefe do Laboratório de Imunogia Clínica e Alergia (LIM-60), Disciplina de Imunologia Clínica e AlergiaFMUSP Verônica Coelho Doutorado 1994 Médica Pesquisadora no Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (InCor) e Professora colaboradora da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia da FMUSP Mônica Spadafora Ferreira Mestrado 1995 Pesquisadora científica IV do Instituto Butantan Ricardo Moliterno Doutorado 1995 Professor Associado C da Universidade Estadual de Maringá Teresa Tié Oshiro Mocelin Mestrado 1996 Médico do Hospital Universitário de Londrina, Centro de Ciências da Saúde Francisco de Assis Salomão Monteiro Mestrado Doutorado Médico pesquisador do 1994/1997 Laboratóro de Imunologia do Instituto do Coração Silvia de Oliveira Sampaio Mestrado Doutorado 1990/1998 Médica Patologista Clínica do Laboratório DASA Newton Lucchiari Doutorado 1998 Professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina e Professor Doutor da Universidade do Extremo Sul Catarinense Carlos Alberto Mayora Aita Mestrado 1998 Professor Adjunto da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Lucia Jamli Abel Doutorado 1999 Professora titular da Universidade Paulista Edilamara Rodrigues Oliveira Mestrado 2003 Médico Andréa Cohon Doutorado 2004 Médica Assistente da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia, HC-FMUSP Clóvis Eduardo Santo Galvão Pós-Doc 2004 Médico Assistente da Disciplina de Imunologia Clínica e Alergia, HC-FMUSP 206 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Leo Kei Iwai Pós-Doc 2004 Pós doutor - Joslin Diabetes Center, Harvard Medical School, EUA Situação atual Ricardo José Giordano Pós-Doc 2005 Cientista pesquisador da Universidade do Texas MD Anderson Cancer Center, EUA Professor do Dep. Bioquímica, IQ-USP Idania Marrero Pós-Doc 2005 Pós doutoranda do La Jolla Allergy and Immunology Institute, San Diego, EUA Gustavo Silveira Graudenz Pós-Doc 2006 Gerente técnico na Nalco Brasil e membro da força tarefa de qualidade do ar e prevenção de doenças transmissíveis pela – International Society For Indoor Air Quality Kellen Cristina Faé Pós-Doc 2006 Pós-doutor, Instituto Max Planck ,Berlim, Alemanha Rosemeire Aparecida Silva Doutorado 2006 Biologista do InCor/HCFMUSP Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo Simone Gonçalves Fonseca Pós-Doc 2007 Biologista/Pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Carla Regina da Silva Corrêa Ronda Mestrado 2007 Analista de Laboratório de Pesquisa do Instituto do Coração Juçara Zulli Mohovic Doutorado 2008 Médica Beatriz Simonsen Stolf Pós-Doc 2008 Professora Doutora do Departamento de Parasitologia do ICB-USP Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Luisa Karla Arruda Nome do aluno Grau Ano de conclusão Ana Beatriz R. Santos Mestrado e Doutorado 2000/2004 Ataíde Ademir Camara Doutorado 2003 Situação atual Pos-Doc Lab Alergia FMRPUSP Clinica privada, Hospital Santa Lídia 207 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Kátia Regina Coimbra Tobias Mestrado 2002 Docente em Porto Velho, Rondonia Cíntia Arens Mestrado 2003 Doutorado FMUSP Michelle Christiane R. Barbosa Mestrado 2006 Doutorado Lab Alergia FMRPUSP Ana Paula F. Trombone Mestrado 2002 Pos-Doc Depto. Imunologia FMRP-USP Cecília Isumi Saito Miyahara Mestrado 2006 Clínica privada Alessandra Santos Zampolo Mestrado 2007 Sem vínculo no momento Situação atual Formação de recursos humanos e situação profissional atual Luiz Carlos de Sá-Rocha Nome aluno grau Ano conclusão Situação atual Sady Alexis Chauvaty Mestrado 2003 Realizando doutoramento em Piracicaba / SP – ESALQ/USP Clarissa Niciporciukas Mestrado 2003 Exercendo atividades em Clínica Veterinária Particular própria Daniel Wagner Hamada Cohn Mestrado 2005 Realizando doutoramento em São Paulo / SP FMVZ/USP Luciana Mirotti Mestrado 2006 Realizando doutoramento na Inglaterra na área de Imunologia Adriana Correa Mestrado 2007 Professora de Imunologia da UNISA - Universidade Santo Amaro Sandra Freiberger Affonso Doutorado 2007 ContratadaFMVZ-USP / Depto de Anatomia / Técnica de nível superior Denise Kinoshita Mestrado 2008 Realizando doutoramento em São Paulo / SP FMVZ/USP Formação de recursos humanos e situação profissional atual 208 Pesquisador Luiz Vicente Rizzo Nome do aluno Grau Ano de conclusão José Álvaro Pereira Gomes Mestrado 1996 Professor Colaborador, UNIFESP Pedro GiavinaBianchi Doutorado 2001 Assistente Médico do HCFMUSP Adriana Lima Vallochi Doutorado 2002 Pesquisadora – FIOCRUZ Maria Auxiliadora Monteiro Frazão Sibinelli Doutorado 2002 Professora – Depto. Oftalmologia Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Situação atual Myrna Serapião dos Snatos Doutorado 2003 Diretora do Banco de Olhos do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo Luciana Vieira de Moraes Doutorado 2003 Pesquisadora – Instituto Gulbenkian - Portugal Marco Antônio de Campos Machado Doutorado 2005 Assistente Médico no Hospital São Paulo Alessandra Gonçalves Commodaro Doutorado 2005 Pós-doutoranda no Depto. de Oftalmologia, UNIFESP Rafael Assunção Larocca Mestrado 2006 Gisele Vanessa Baracho Doutorado 2006 Pós-doutoranda no La Jolla Immunology Institute, EUA Lília Rios Tsukuda Doutorado 2007 Quintilles – Ensaios Clínicos Internacionais Miguel Ferreira Mouta Jr. Mestrado 2007 Jean Pierre Schatzmann Perón Doutorado 2008 Pós-doutor no Depto. de imunologia do ICB/USP Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Luiza Guilherme Daniele Diefenbach Mestrado 2001 Situação atual Interior de Santa Catarina 209 Flávio Ferraz de Paes Alcântara Doutorado 2006 Lab. Biologia Molecular do HC-FMUSP Juliana Mattos de Almeida Bessa Mestrado 2005 Cytos – Zurick/Suissa Kellen Cristina Faé Doutorado 2003 Instituto Max Planck, Berlim, Alemanha Sandra Emiko Oshiro Mestrado 2000 Analista do Lab. de Imunologia do InCor Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Manoel Barral-Netto Nome do aluno Grau Ano de conclusão Vera Sílvia de Freitas Vinhas Doutorado 2007 Funcionária da UFBA Sebastião Martins de Souza Neto Doutorado 2007 Professor da UFBA, campus Barreiras Clarissa Romero Teixeira Doutorado 2006 Pós-Doutorando no NIH, EUA André Luiz Barbosa Báfica Doutorado 2006 Professor na UFSC Jorge Clarencio de Souza Andrade Doutorado 2005 Funcionário da FIOCRUZ Theolis Costa Barbosa Doutorado 2002 Pós-Doutoranda na Tecnologista FIOCRUZ Marcos Célio Almeida Doutorado 2002 Professor da UnB Margarida Maria de Lima Pompeu Doutorado 2001 Professora da UFC Aristides Cheto Queiroz Doutorado 1999 Professor da UFBA Marcelo Chalhoub Doutorado 1999 Professor da Escola Bahiana de Medicina Sérgio Marcos Arruda Doutorado 1998 Pesquisador da FIOCRUZ Claudia Ida Brodskyn Doutorado 1996 Pesquisador da FIOCRUZ Situação atual Itália, 210 Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Ivan Pereira Nascimento Pós-Doutorado 2008 Situação atual Em andamento/Fiocruz Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Diorge Paulo de Souza Mestrado 2003 Funcionário da ANVISA -- 2004 Doutorado no Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer - SP Patrícia Luiza Nunes da Costa Mestrado 2004 Doutorado na Faculdade de Medicina da USP Hernandez Moura Silva Mestrado 2008 Doutorado na Universidade de Canberra - Austrália Carolina Rezende de Melo Silva Mestrado 2007 Mestrado em Imunologia – USP -SP Gabriela Menezes -- 2007 Funcionária da ANVISA Simone de Oliveira Reis Marcelo Brigido Situação atual Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Maria Regina Alves Cardoso Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual Antônio Sérgio Melo Barbosa Mestrado 1999 Técnico e pesquisador em Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo Elizete Cavalcante C. Barros Doutorado 2001 Docente de universidade privada Sandra Regina Brasil Stolf Pukinskas Mestrado 2002 Pesquisadora do Instituto Adolfo Lutz, São Paulo Carolina Moura de Souza Mestrado 2002 Gestora de serviço municipal de saúde no interior do estado de São Paulo 2003 Pesquisadora da CETESB (Companhia de Tecnologia e Saneamento Básico – Estado de São Paulo) Rúbia Kuno Mestrado 211 Rudge Pinto de Figueiredo Mestrado 2003 Técnica e pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba - UFPb Paulo Fernando Garreta Harkot Mestrado 2003 Docente de universidade privada Ellen Regina Sola Mestrado 2004 Gestora de serviço de saúde privado Laura Caruso Ribeiro Mestrado 2004 Chefe de serviço de fonoaudiologia do Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo Marcos Eduardo Fernades Mestrado 2005 Veterinário, iniciativa privada Rafael de Carvalho Cacavallo Mestrado 2005 Nutricionista, iniciativa privada Andressa Aparecida Simardi Mestrado 2006 Fonoaudióloga de secretaria municipal de saúde do interior de São Paulo e doutoranda Érica Gervásio Mestrado 2008 Fisioterapeuta de hospital público de São Paulo Marina Morettin Mestrado 2008 Doutoranda Antônio Sérgio Melo Barbosa Doutorado 2006 Técnico e pesquisador em Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo Silvana Maria Bruno da Costa Doutorado 2003 Fonoaudióloga e cirurgiã dentista. Pesquisadora da USP Ribeirão Preto. 2006 Docente de universidade privada Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Mario Sergio Palma Nome do aluno Grau Ano de conclusão Domingos Oliveira Mestrado 1992 Docente na Univ. Fed. Uberlândia, Uberlândia, MG Helena Costa Mestrado 1994 Pesquisadora – CEPLAC, Ilhéus, BA Marcia R. Oliveira Mestrado 1996 Docente Univ. Est. Londrina, Londrina, PR Situação atual 212 Renato Fontana Doutorado 2001 Docente Univ. São Caetano, São Paulo, SP Heliana C. Sales Doutorado 2003 Docente Univ. São Caetano, São Paulo, SP Lilian M. Cesar Doutorado 2005 Pós-Doutorado, IBRCUNESP, Rio Claro, SP Maurício R. Marques Doutorado 2006 Assessor Científico da GE Biotechnology, São Paulo, SP Bibiana M. Souza Doutorado 2006 Pós-Doutorado, IBRCUNESP, Rio Claro, SP Lucilene D. Santos Doutorado 2007 Pós-Doutorado, IBRCUNESP, Rio Claro, SP Keity S. Santos Doutorado 2008 Pós-Doutorado, InCor-HCUSP, São Paulo, SP Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Osmar Malaspina Daniela H. Cavalheri mestrado 2001 Mendelson de Lima doutorado 2004 Gleiciani Burger Patrício mestrado 2007 Situação atual Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Pedro Giavina Bianchi Lúcia Helena da Costa Eduardo Pinto Grau Mestrado Ano de conclusão 2006 Situação atual Aguarda inscrição para doutorado neste programa; desenvolve atividades de pesquisa 213 Rosana Câmara Agondi Leite Doutorado 2008 Médica pesquisadora na DICA-HCFMUSP Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Pedro Michaluart Junior Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual Rodney Smith Doutorado 2006 Médico assistente do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HCFMUSP 2006 Médica colaboradora do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HCFMUSP. Maria Teresa Assumpção Machado Sodré Doutorado Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Roque Almeida Nome do aluno Grau Ano de conclusão Anselmo Souza Mestrado 2008 Mestrado Ângela Giudice Mestrado 2005 Doutorado Serviço de Imunologia do HUPES, UFBA Helio Gomes Souza Mestrado 2004 Professor da Fac. de Med. Veterinária-UNIME Jussamara Brito Doutorado 2005 Professora da Escola Baiana de Medicina Leticia Santos Rezende Mestrado 2003 Professora da Universidade Federal de do Recôncavo Bahiano, BA Lívia Maria Nossa Moitinho Mestrado 2004 Médica do Hospital Universitário-UFBA Maria Elisa Rosas Mestrado 2007 Mestrado Situação atual Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Sandro de Souza Natanja Sara Kirschbaum Salger Doutorado 2005 Situação atual Setor privado em Biotecnologia, Israel 214 Maria Dulcetti Vibranovski Doutorado 2005 Pós-Doutorando da Universidade de Chicago, EUA Robson Francisco de Souza Doutorado 2008 Pós-Doutorando, USP Elza Helena Andrade Barbosa Durhan Doutorado 2007 Setor privado - patentes Noboru Jô Sakabe Doutorado 2007 Pós-Doutorando da Universidade de Chicago, EUA Pedro Alexandre Favoretto Galante Doutorado 2007 Pesquisador Sênior, Instituto Ludwig Daniel Vidal Doutorado Em andamento Suzana Esquina Doutorado Em andamento Jorge Stephano de Souza Doutorado Em andamento Julio César Nunes Mestrado 2008 Caetano Giminez Carezato Mestrado 2004 Fábio Passetti Mestrado 2000 Gustavo Franca Mestrado Em andamento Adriana Brunstein PósDoutorado 2002 Silvia Kuve PósDoutorado 2002 Doutorando, UNIFESP Pesquisador do INCA Professor Visitante, UNIFESP Formação de recursos humanos e situação profissional atual Pesquisador Nome do aluno Grau Ano de conclusão Situação atual 215 Verônica Coelho Karina Gil Portugal Mestrado 1998 Doutorado 2002 Universidade de Freiburg – Alemanha. Pesquiadora Merck Sorona, Genebra Carlos Alberto Mayora Aita Mestrado 1998 Professor Adjunto da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PR Clarissa de Brito Granja Doutorado 2000 Pesquisadora no Centro Colombiano de Investigação em Aqüicultura em Bogotá, Colômbia Francine Brambate Carvalhinhos Lemos Doutorado 2001 PRODOC/ CAPES, FMUSP, SP Claudia Verônica Guerra Cevallos Doutorado 2002 Médica Pesquisadora no Equador Idania Glafira Marrero Suárez Doutorado 2002 Pós-Doutoranda, TPIMS, EUA Mônica Spadafora Ferreira Doutorado 2003 Pesquisadora científica do Laboratório de Imunoquímica do Instituto Butantan, SP Cristina de Araújo Caldas Doutorado 2005 Pesquisadora Colaboradora da Unicamp, SP Rafael Ioschpe Mestrado 2004 Coordenador de ensaio clínico na ICON Clinical Research Ernesto Luna Vázquez Doutorado 2005 Pós-Doutorando associado do Departamento de Microbiologia e Imunologia da Universidade de Miami, EUA Gabriel Victora Mestrado 2006 Doutorado, NYUSM, EUA Adalberto Socorro da Silva Doutorado 2007 Pesquisador no Piauí Georgia Porto Mundin Doutorado 2008 PRODOC/ CAPES, FMUSP, SP 216 9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO OBJETIVOS SEMESTRES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ALERGIA Grupo de Estudos de Novos Alergenos Regionais (GENAR) Caracterização clínica das alergias a mandioca Caracterização bioquímica do extrato de mandioca Caracterização imunológica do extrato de mandioca Caracterização clínica das alergias ao veneno da formiga S. saevissima Caracterização bioquímica do veneno da formiga Solenpsis saevissima Caracterização imunológica do veneno de S. saevissima Asma Observação de Reação cruzada D. pteronyssinus e B. tropicalis Questionário de aferição de controle de asma Determinar a existência de padrões imunopatológicos na asma não alérgica Avaliar a dosagem de proteína C reativa Alergia Respiratória Reatividade cruzada IgE e da resposta de células T Produção de Der p 1 e Der p 2 recombinantes GMP Ensaio Clínico com Der p 1 e Der p 2 TRANSPLANTE E IMUNORREGULAÇÃO Hsp60 e células dendríticas Produção do anticorpo anti-DEC205 acoplado a diferentes peptídeos da Hsp60. Identificar peptídeos/fragmentos da Hsp60 capazes de induzir um perfil de expressão gênica imunorregulador ou inflamatório in vitro e teste da capacidade imunorreguladora desses peptídeos e do anti-DEC205+pep Hsp60 Análise de ligantes dos peptídeos de Hsp60 por microscopia confocal. Ensaio pré-clínico (toxicidade)/prod.GMP/ensaio clínico fase I Células T reguladoras Caracterizar imunofenotipicamente, as células dendríticas geradas a partir de células de medula óssea de camundongos BALB/c + + Gerar células T reguladoras CD4 CD25 em co-cultura com células dendríticas (DCs) e células autólogas de linfonodo (BALB/c) na presença de células alogênicas (C57BL/6) em apoptose com análise fenotípica e de prod. citocinas Determinar a capacidade imunomoduladora das células + + CD4 CD25 sobre a população de células de memória in vivo Tolerância operacional no transplante humano Analisar a resposta celular dirigida a antígenos alogênicos, autólogos e virais, mediante a análise da expressão gênica e protéica de um painel de fatores de transcrição e citocinase perfil 217 fenotipico Análise da resposta humoral: repertório global de aloanticorpos, perfil perfil global de reatividade de auto-anticorpos, (ImmunoChip) no soro, e repertório de CDR3 presente nos receptores de células B no sangue Análise do perfil de peptídeos ligantes de anticorpos presentes no soro e peptídeos miméticos de antígenos humanos Analisar o repertório de micropartículas do soro e a expressão de Q-SOX Analisar o perfil de expressão protéica na urina Anticorpo humanizado anti-CD3: aplicação clínica e avaliação da atividade imunorreguladora 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Construção de anticorpos anti-CD3 quimeras e humanizados Analisar a afinidade dos anticorpos ligantes da molécula CD3 in vitro Analisar o efeito dos anticorpos na indução de proliferação, produção de citocinas e na expressão de fatores de transcrição imunorreguladores, em células mononucleares do sangue periférico, além do efeito dos anticorpos na geração de células T com atividade supressora, in vitro Realizar testes pré-clínicos/produção GMP/ensaio clínico fase I IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS Estabelecer o perfil de mutações conhecidas em todos os pacientes portadores de ICV acompanhados dentro do iii Estabelecer o perfil de mutações em genes candidatos em todos os pacientes portadores de ICV acompanhados dentro do iii Determinar as características clínicas e laboratoriais dos pacientes que respondem in vitro a reposição de leptina Determinar se a reposição de leptina resulta também em uma reaquisição da capacidade de produzir anticorpos nos pacientes responsivos à reposição deste hormônio HIV/ AIDS Decifrando a genética e a função KIR na infecção recente pelo HIV-1 pela bioinformática Resposta Vif-específica mediada por células T CD8+ em indivíduos que controlam a replicação do HIV Resposta imune celular contra epítopos crípticos na AIDS Vacina anti-HIV de epitopos promíscuos de classe II Desenvolvimento de nova vacina candidata construída com o vírus vacinal da febre amarela Teste de vacina baseada em epitopos crípticos Identificação de alvos progressão para a AIDS terapêuticos para intervenção na Resposta contra epitopos mutantes induzidos por inibidores de protease no tratamento do HIV Caracterização do potencial neutralizante de Ac anti-HIV obtidos por phage display DOENÇAS TROPICAIS Leishmaniose 218 Testar a imunogenicidade do plasmídeo C + as proteínas acidas ribosomais. Esquemas de prime-booster Verificar proteção pela infecção dos cães por via intradérmica de parasitas +saliva Avaliar protecão de cães imunizados e mantidos na area endêmica Investigar os efeitos das proteínas recombinantes da saliva de Lu. longipalpis na biogênese/função de corpúsculos lipídicos Determinar os efeitos biologicos da saliva (recrutamento, ativação de leucócitos e potencial pro-apoptótico) Investigar a atividade imunomodulatória de proteínas recombinantes da saliva de L. longipalpis em macrófagos peritoneais Caracterizar a estrutura molecular dos componentes biologicamente relevantes por técnicas de análise da estrutura molecular (modelagem molecular por técnicas de bioinformática) Avaliar a resposta terapêutica de pacientes com leishmaniose visceral a N-acetilcisteína (NAC) como adjuvante ao tratamento padrão com antimonial pentavalente, comparado ao tratamento somente com antimonial, através de estudo clínico randomizado e duplo cego. Avaliar a resposta terapêutica de cães de rua da cidade de Aracaju com leishmaniose visceral a N-acetilcisteína (NAC) como adjuvante ao tratamento padrão com antimonial pentavalente, comparado ao tratamento somente com antimonial, em estudo clínico randomizado e cego. AUTO-IMUNIDADE Febre Reumática 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Ensaios pré-clínicos em mini – pigs com agente vacinal em formulações de peptídeo sintético/ proteína recombinante com adjuvantes (Alum e AFCo1) Produção do agente vacinal em GMP (peptídeo sintético e proteína recombinante) Ensaios Clínicos de Fase I – o desenho será efetuado a partir dos resultados dos ensaios pré-clínicos (quantidade e número de dose do agente vacinal e acompanhamento clínico/ laboratorial) Ensaios Clínicos de Fase II – em função dos resultados obtidos na fase I e acompanhamento mais prolongado Identificação de cepas do S. pyogenes Confirmar capacidade do epitopo vacinal em induzir células T reguladoras, com potencial terapêutico em pacientes com doença reumática cardíaca Ensaio Clínico Fase III – em função dos resultados Fase II Doença de Crohn Estudo da produção de citocinas e células T reguladoras após administração oral de antígenos Componente da dieta a ser substituído; peptídeos de hsp60 reguladores a serem usados Complemento dietético composto de aminoácidos balanceados para uso em camundongo Estudo pré-clínico em camundongos IL-10-/- que desenvolvem 219 colite espontânea Complemento dietético composto de aminoácidos balanceados para uso em humanos Estudo clínico em pacientes com Doença de Crohn (Fases I e II) CÂNCER Preparação do material do estudo com impressão de manuais Submissão para comitês de ética Produção da vacina Inclusão de pacientes Acompanhamento dos pacientes Testes imunológicos Avaliação dos resultados Publicação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 220 10. 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Zara F, et al Sex Transm Infect 2004;80:108-112. 288. Zhou X, et al.,Microbiology 2004;150:2565-2573. 289. Zolla-Pazner S. Nat Rev Immunol. 2004, 4(3):199-210 290. Zolla-Pazner S. Nat Rev Immunol. 2004, 4(3):199-210 291. Zwierzina, H. European Journal of Cancer ,1999, 35, S1-S62. PARTE C – PROJETOS ADICIONAIS 0 PARTE C - PROJETOS ADICIONAIS SUMÁRIO 1. Projeto H: Doença de Chagas ...................................................................................... 01 1.1. Subprojeto 1: Análise proteômica do miocárdio de doadores de órgãos e de pacientes com cardiomiopatia chagásica crônica, idiopática e isquêmica ............... 03 1.2. Subprojeto 2: Migração de células T de memória e células Treg periféricas para o miocárdio de portadores de Cardiomiopatia Chagásica Crônica: expressão de quimiocinas e seus receptores em células T periféricas e polimorfismo genético .................................................................................................................... 04 1.3. Subprojeto 3: Identificação e caracterização de genes de susceptibilidade associados a evolução para a cardiopatia chagásica crônica utilizando tecnologia de pesquisa de polimorfismos de alta densidade ..................................................... 06 1.4. Equipe ............................................................................................................... 06 2. Projeto I: Células tronco mesenquimais ........................................................................ 07 2.1. Equipe ............................................................................................................... 12 3. Projeto J: Dengue .......................................................................................................... 12 3.1. Equipe ............................................................................................................... 14 4. Metodologias ................................................................................................................. 14 5. Desenvolvimento previsto em cada área temática/subprojeto ...................................... 14 6. Literatura citada ............................................................................................................. 14 1 PARTE C - PROJETOS ADICIONAIS 1. PROJETO H: DOENÇA DE CHAGAS A patogênese da cardiopatia da doença de Chagas crônica ainda é assunto de intenso debate. Embora a necessidade da persistência do T. cruzi seja inquestionável, o fato que apenas 30% dos infectados evoluem para a cardiopatia chagásica crônica – e desses somente um terço apresenta as formas graves, com disfunção ventricular acentuada ou arritmias graves – indica a existência de outros fatores patogenéticos. Existem pelo menos três principais mecanismos patológicos que poderiam explicar o desenvolvimento da cardiomiopatia chagásica crônica: disautonomia, distúrbios da microcirculação e danos teciduais causados por processos inflamatórios e imunológicos. A cardiomiopatia chagásica é essencialmente uma miocardite. O processo inflamatório, apesar de mais intenso na fase aguda, é clinicamente silencioso - porém incessante – durante anos em pacientes na fase crônica da doença, ou mesmo em pacientes com a forma indeterminada da doença de Chagas. O infiltrado inflamatório de células mononucleares, rico em células T, desempenha um papel fundamental na patogenia da doença. Isto é baseado em vários indícios: i) o pior prognóstico da doença de Chagas, em comparação com cardiomiopatias de etiologia não-inflamatória, ii) a relação entre freqüência de miocardite e severidade da cardiomiopatia nos pacientes, e iii) a correlação entre a dilatação do ventrículo esquerdo e a intensidade da miocardite em hamsters sírios cronicamente infectados por T. cruzi (Marin-Neto et al., 2007). A escassez de parasitas T. cruzi no tecido cardíaco intensamente inflamado de pacientes com cardiomiopatia chagásica crônica levanta dúvidas sobre se a inflamação do miocárdio é desencadeada por antígenos de T. cruzi. Segundo a hipótese auto-imune da patogênese da doença de Chagas, células T infiltrantes do miocárdio poderiam reconhecer proteínas do coração como resultado de uma infecção crônica induzida pelo T. cruzi. Ao longo dos anos, um número significativo de estudos descreveu o reconhecimento auto-imune de neuroantigenos, receptores cardiovasculares, proteínas altamente conservadas e miosina cardíaca por anticorpos ou células T de pacientes com doença de Chagas ou de animais experimentalmente infectados (Cunha-Neto et al., 2006). Linfócitos T CD8+ capazes de reconhecer antígenos do T. cruzi (Fonseca et al., 2005) e línfócitos T CD4+ capazes de reconhecer cruzadamente auto-antígenos (miosina cardíaca) e antígenos de T. cruzi, foram encontrados no miocárdio de pacientes com cardiomiopatia chagásica, indicando que tanto antígenos de T. cruzi como do miocárdio podem desempenhar um papel na manutenção da lesão miocárdica induzida pela inflamação (Cunha-Neto et al., 1996). Dados de modelos animais indicam que citocinas inflamatórias desempenham um papel central na infecção aguda pelo T. cruzi. Pouco depois do início da infecção aguda, moléculas do T. cruzi ligam-se a receptores em macrófagos e células dendríticas (Bafica et al, 2006) desencadeando intensa resposta inflamatória inata, através dos receptores de patógenos (“Toll-like receptors”, TLR) (Bafica et al, 2006). Em consequência, são gerados linfócitos T específicos para T. cruzi e produtores da poderosa citocina inflamatória interferon-γ 2 (IFN-γ) (Cunha-Neto et al. 2009). Tais linfócitos migram para tecidos onde há inflamação induzida por T. cruzi, em resposta a moléculas quimioatraentes ou quimiocinas, participando da resposta imune contra o parasita (Teixeira et al., 2002). Esta resposta de células T inflamatórias e anticorpos conduz ao controle - mas não a completa eliminação - do parasitismo de tecidos e do sangue. Alterações imunológicas encontradas na doença de Chagas latente são consistentes com o baixo grau de infecção persistente por T. cruzi. Estes incluem títulos moderados a elevados de anticorpos IgG anti-T. cruzi, aumento dos níveis plasmáticos de TNFα e IFN-γ produzidos por células T CD4+ e CD8+ específicas para T. cruzi, e suprime a produção da citocina anti-inflamatória IL-4. O subgrupo de pacientes que desenvolvem cardiomiopatia chagásica apresenta uma série de alterações imunológicas consistente com uma produção exacerbada de IFN-γ e TNF-α. Diferentes estudos têm demonstrado que esses pacientes exibem um aumento do número de linfócitos T produtores de IFN-γ no sangue periférico (Bilate et al. 2008), com número reduzido de linfócitos T reguladores em relação a pacientes na forma indeterminada da doença de Chagas (Araujo et al. 2007). Entre os pacientes que apresentavam disfunção ventricular, os níveis plasmáticos de TNF-Į e CCL2 são mais elevados do que os níveis apresentados por pacientes na fase indeterminada ou pacientes que apresentam alterações no ECG, mas sem disfunção ventricular (revisado em Bilate et al., 2008). A resposta Th1 exacerbada observada no sangue periférico é refletida na constituição do infiltrado inflamatório encontrado no miocárdio de pacientes com cardiomiopatia chagásica (Abel et al. 2001; Cunha-Neto al et, 2005). As células mononucleares do infiltrado inflamatório contêm macrófagos; linfócitos T produtores de IFN-γ; células T CD8+ citotóxicas; e outras células T CD4+. Diversas quimiocinas expressas no miocárdio de pacientes chagásicos, atraem monócitos e linfócitos T produtores de IFN-γ para o coração. A produção local de citocinas como IFN-γ, TNF-Į e outras indicam ativação de linfócitos T e macrófagos. A sinalização por TGF-ȕ pode estar relacionada com a acentuada fibrose encontrada em lesões cardíacas (Araújo-Jorge et al. 2008). A expressão aumentada de moléculas de adesão e HLA de classes I e II no miocárdio são secundárias à exposição crônica de citocinas, e facilitam o fluxo de células inflamatórias e apresentação de antígenos. A sinalização por IFN-γ também foi observada no miocárdio de pacientes com cardiomiopatia chagásica. Experimentos in vitro mostraram que o IFN-γ pode provocar profundas mudanças no programa de expressão gênica de cardiomiócitos, incluindo a indução da expressão gênica do programa hipertrófico e alterações no metabolismo energético (Cunha-Neto et al., 2005). Sendo assim, estas observações sugerem que células T produtoras de IFN-γ migram ao coração, onde a inflamação crônica mediada por IFN-γ poderia desempenhar um papel patogenético significativo, ambos sustentando a inflamação e agindo diretamente sobre cardiomiócitos. 3 1.1. SUBPROJETO 1: ANÁLISE PROTEÔMICA DO MIOCÁRDIO DE DOADORES DE ÓRGÃOS E DE PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA, IDIOPÁTICA E ISQUÊMICA Justificativa Resultados preliminares de expressão gênica e análise proteômica em miocárdio de pacientes CCC obtidos por nosso grupo sugerem uma significante sinalização de IFN-gama, aumento da expressão de genes envolvidos com hipertrofia, e alterações do metabolismo energético, estes consistentes com dados da literatura. Através da análise proteômica, utilizando eletroforese bidimensional com marcação fluorescente (DIGE), resultados preliminares mostram expressão reduzida das proteínas creatina quinase, de proteínas envolvidas na beta-oxidação e de componentes do complexo da ATP sintase em miocárdio de pacientes CCC em comparação ao miocárdio de indivíduos sem cardiomiopatias (manuscrito em preparação). Dados da literatura têm mostrado que o IFN-gama, principal citocina inflamatória produzida no miocárdio de pacientes CCC, deprime a produção de ATP por mitocôndrias de cardiomiócitos em cultura, e seria capaz de inibir a expressão da proteína e do gene que codifica a creatina quinase. Assim, com o objetivo de aprofundar as analises de expressão protéica no miocárdio de pacientes com CCC, CDI e CI e de indivíduos sem cardiomiopatias pretendemos realizar a separação protéica por eletroforese bidimensional com marcação fluorescente (DIGE) e detecção protéica por espectrometria de massa. Estas análises nos permitirão detectar um número muito maior de proteínas, inclusive as que apresentam menor expressão. Acreditamos que desta forma poderíamos entender melhor os mecanismos patogênicos envolvidos na insuficiência cardíaca e também estudar a influência do infiltrado inflamatório em danos cardíacos observados em pacientes com CCC. Estudos também mostram que pacientes com CCC do sexo masculino apresentam uma menor sobrevida quando comparados com pacientes com CCC, de mesma classe funcional de insuficiência cardíaca, porém do sexo feminino. Além disso, pacientes infectados do sexo masculino têm uma maior taxa de progressão para formas mais graves da CCC. Assim, pretendemos também realizar uma análise proteômica diferencial entre estes pacientes, utilizando a tecnologia DIGE. Esta análise permitirá avaliar os mecanismos associados à evolução diferencial nos dois sexos. Objetivo Visto que pacientes com Cardiomiopatia Chagásica Crônica (CCC) apresentam um pior prognóstico em comparação a pacientes com cardiomiopatias de etiologia não inflamatória, como cardiomiopatia dilatada idiopática (CDI) e cardiomiopatia isquêmica (CI), o objetivo geral deste trabalho é avaliar a expressão protéica diferencial no miocárdio destes pacientes e de indivíduos sem cardiomiopatia. Assim, pretendemos contribuir para o melhor entendimento dos mecanismos envolvidos na patogênese da CCC. Para tal, estabelecemos os seguintes objetivos específicos: 4 Objetivos específicos Estudar o perfil de expressão protéica no miocárdio de indivíduos sem cardiomiopatias, • criando desta forma um conhecimento básico das proteínas presentes em um coração saudável. Analisar a expressão protéica diferencial entre o miocárdio de pacientes com CCC, CDI • e CI, e de indivíduos sem cardiomiopatias através da tecnologia de proteoma. Comparar a expressão protéica no miocárdio de pacientes com CCC do sexo • masculino e do sexo feminino, através da análise proteômica, com a finalidade de compreender melhor o porquê do pior prognóstico que pacientes do sexo masculino apresentam em relação às pacientes do sexo feminino. Através dos objetivos anteriores pretendemos traçar mecanismos que possam estar • envolvidos no processo patológico da CCC e das outras cardiomiopatias de etiologia não inflamatória, sendo que as proteínas chaves destes mecanismos serão validadas com anticorpos monoclonais específicos. 1.2. SUBPROJETO 2: MIGRAÇÃO DE CÉLULAS T DE MEMÓRIA E CÉLULAS TREG PERIFÉRICAS PARA O MIOCÁRDIO DE PORTADORES DE CARDIOMIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA: EXPRESSÃO DE QUIMIOCINAS E SEUS RECEPTORES EM CÉLULAS T PERIFÉRICAS E POLIMORFISMO GENÉTICO Justificativa Recentemente, observamos expressão significativamente aumentada de IL-18, das quimiocinas CCL3/MIP-1Į, CCL4/MIP-1ȕ, CCL5/RANTES, CXCL9/Mig, CXCL10/IP-10, CCL17/TARC, CCL19/ELC ligantes dos receptores CCR5, CXCR3, CCR4 e CCR7 e, assim + + como células mononucleares CCR5 e CXCR3 , em amostras de miocárdio de pacientes com cardiopatia chagásica crônica terminal, consistente com a presença de células do tipo Th1 de memória, provavelmente provenientes do sangue periférico. Não detectamos, por outro lado, citocinas do tipo Th2, TGF-ȕ no miocárdio, embora tenhamos detectado células mononucleares + CCR4 e expressão de CCL17/TARC, típicas de células Th2 mas que podem ser coexpressas em células do tipo Th1. Estes resultados sugerem a incapacidade de mecanismos reguladores da intensa resposta Th1 vigente no miocárdio CCC. A presença de células T expressando receptores CCR5 e CXCR3, assim como as células T de memória e células T reguladoras já foi documentada no sangue periférico de pacientes com IND e CCC. Em conjunto com os nossos resultados, os dados sugerem que quimiocinas e seus receptores podem estar envolvidas na migração diferencial de linfócitos T nos casos das formas IND e CCC; e que haja uma migração diferencial de linfócitos T circulantes para o infiltrado inflamatório cardíaco na CCC, com migração efetiva de células T do tipo Th1 de memória, e migração pouco significativa de células T reguladoras Foxp3+, Tr1, e Th2. É possível que a intensidade dos fenômenos de migração celular estejam relacionados a níveis diferenciais de expressão das quimiocinas ligantes de CCR5 e CXCR3, secundários a polimorfismos genéticos funcionais. Nossa hipótese é que pacientes em estágios mais avançados da doença apresentem maior expressão dos 5 receptores de quimiocinas CCR5 e CXCR3 em células na periferia, que migrariam mais facilmente para o miocárdio em resposta as quimiocinas lá produzidas. Objetivo Investigar a expressão de receptores de quimiocinas e quimiocinas, que apresentam importante expressão no miocárdio de pacientes com CCC, em monunucleares do sangue periférico de pacientes chagásicos com diferentes formas clínicas cardíacas e pacientes com a + + forma indeterminada da doença, identificando as subpopulações de células T CD4 e TCD8 efetoras e de memória, e células T regulatórias que expressem esses receptores e quimiocinas e investigar possíveis diferenças imunogenéticas que possam participar da susceptibilidade diferencial ao desenvolvimento da forma cardíaca da doença de Chagas. Objetivos Específicos • Caracterizar imunofenotipicamente, por citometria de fluxo, as subpopulações de + + - + - linfócitos T CD4 e T CD8 de memória central (CD45RA CCR7 CD27 ) e efetora - - + + + + (CD45RA CCR7 CD27 ) e células T regulatórias (CD4 CD25 Foxp3 ), ex vivo e in vitro estimuladas com antígenos de T. cruzi co-expressando os receptores CCR5, CXCR3 e CCR4 no sangue periférico de pacientes chagásicos com diferentes formas clínicas cardíacas e pacientes com a forma indeterminada da doença. • + + Caracterizar funcionalmente as subpopulações de células TCD4 e TCD8 de memória central e efetora, e células regulatórias, além de monócitos no sangue periférico de pacientes chagásicos com diferentes formas clínicas cardíacas e pacientes com a forma indeterminada da doença, quanto à produção intracitoplasmática de CCL4/MIP1ȕ, CCL5/RANTES, CCL17/TARC, CXCL9/Mig, CXCL10/IP-10 e IL-18. • Avaliar a expressão de IL-18, CCL4/MIP-1ȕ, CCL5/RANTES, CCR5, CCL17/TARC, CCR4, CXCL9/Mig, CXCL10/IP-10 e CXCR3 em PBMC através de qRT-PCR. • Investigar as implicações do polimorfismo genético de IL-18, CCL4/MIP-1ȕ, CCL5/RANTES, CCR5, CXCR3, CXCL9/Mig, CXCL10/IP-10, CCL17/TARC e CCL19/ELC, nas populações de pacientes IND, CCC e CCC grave, observando se polimorfismos genéticos estão associados as diversas formas de CCC, e se tais polimorfismos estão associados a variações nos níveis de produção/expressão gênica. 1.3. SUBPROJETO 3: IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE GENES DE SUSCEPTIBILIDADE ASSOCIADOS A EVOLUÇÃO PARA A CARDIOPATIA CHAGASICA CRÔNICA UTILIZANDO TECNOLOGIA DE PESQUISA DE POLIMORFISMOS DE ALTA DENSIDADE. Justificativa Os mecanismos relacionados ao fato de que apenas um terço dos pacientes infectados desenvolve a cardiomiopatia chagásica são pouco compreendidos. A agregação familiar de casos sugere a existência de um componente genético. Polimorfismos de nucleotídeo único 6 (Single nucleotide polymorphisms - SNPs) de genes da resposta imune/inflamatória, tais como a molécula MAL/TIRAP, envolvido na transdução de sinal inflamatório dos receptores de moléculas do T. cruzi, do tipo TLR; as citocinas pró-inflamatórias IL-1ȕ, TNF-α, LTĮ e IL-12ȕ; a quimiocina CCL2 e o receptor de quimiocinas CCR5, têm sido associados ao desenvolvimento da cardiopatia chagásica. Dentre os pacientes com cardiomiopatia chagásica e disfunção ventricular, os portadores de polimorfismo genético associado à alta produção de TNFĮ apresentaram sobrevida significativamente reduzida (Cunha Neto et al. 2009). Dado o importante papel desempenhado por essas moléculas inflamatórias nas várias fases da patogênese, é provável que variantes genéticas possam influenciar o curso da doença de Chagas. Objetivo O projeto tem como objetivo principal realizar um estudo genético com alto poder de associação em grande número de pacientes com doença de Chagas clinicamente caracterizados, com as formas polares assintomática e CCC com disfunção ventricular, utilizando tecnologia de pesquisa de polimorfismos de alta densidade, e assim identificar fatores genéticos que predispõem indivíduos a doença de Chagas crônica. Objetivos específicos • Efetuar análises de polimorfismos genéticos de larga escala na população estudada, para obter uma lista primária de genes associados com gravidade da doença (CCC). • Estender as análises de genes polimórficos, já efetuados no Laboratório de Imunologia do InCor, para aperfeiçoamento da amostragem. • Caracterizar os genes associados à doença de Chagas, para a obtenção de uma lista definitiva de polimorfismos que são relevantes para o controle da susceptibilidade humana a CCC. • Efetuar análise “in silico” dos polimorfismos associados para avaliar se podem modificar o nível de transcrição gênica. • Realizar testes funcionais nos polimorfismos associados a CCC por avaliação da expressão de mRNA em PBMC de pacientes chagásicos. 1.4. EQUIPE Pesquisadores: Edecio Cunha-Neto - Incor-FMUSP (Pesquisador responsável) Jorge Kalil - Incor-FMUSP Priscila Camillo Teixeira - Incor-FMUSP Pós-doutorandos Luciana Nogueira - Incor-FMUSP Amanda Frade - Incor-FMUSP 7 Estudantes Aline Siqueira (Mestrado) - Incor-FMUSP Mônica Santos (Iniciação Científica) - Incor-FMUSP Técnico Superior Andréia Kuramoto - Incor-FMUSP Eliane Conti Mairena - Incor-FMUSP Colaboradores Nacionais Noedir Stolf - Incor-FMUSP Alfredo Fiorelli - Incor-FMUSP Ronaldo Honorato - Incor-FMUSP Edimar Bocchi - Incor-FMUSP Charles Mady - Incor-FMUSP Bárbara Ianni - Incor-FMUSP Colaboradores Internacionais Christophe Chevillard - Universite de Marseille - INSERM (França) Alain Dessein - Universite de Marseille - INSERM (França) 2. PROJETO I: CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS As células tronco são células indiferenciadas com capacidade de se renovar e de originar diversos tipos celulares mais especializados (LEMOLI et al, 2005). Em vertebrados, as células tronco embrionárias – derivadas da massa celular interna do blastocisto, com 3 a 5 dias de diferenciação embrionária - são pluripotentes, sendo capazes de gerar qualquer tipo tecidual dos três folhetos embrionários (mesoderma, endoderma e ectoderma), além de se diferenciar em células germinativas. As células tronco adultas têm um espectro de diferenciação mais limitado do que as embrionárias. Elas são multipotentes - capazes de gerar diferentes tecidos estão presentes em diversos nichos do organismo adulto e são capazes de manter uma constante plasticidade e regeneração tecidual (NARDI & MEIRELLES 2006; KRAMPERA et al, 2006). As células tronco mesenquimais (MSC, do inglês, mesenchymal stem cells) são um tipo de célula tronco adulta encontradas em diversos tecidos do corpo, como medula óssea, rim, fígado, tecido adiposo e outros (NARDI & MEIRELLES 2006). Outras terminologias utilizadas para as MSC são baseadas nas suas características genotípicas, fenotípicas, imunofenotípicas, capacidade de aderência e de diferenciação células progenitoras: células tronco estromais e células tronco maduras (BAKSH, et al, 2004). Alguns pesquisadores defendem a terminologia células tronco perivasculares e não mesenquimais, por sua capacidade de se diferenciar não só em células de origem mesenquimal, mas também ectodermal e endodermal, além de sugerir que sua origem relaciona-se com as células perivasculares (MEIRELLES & NARDI, 2006). Acredita-se que as MSC atuem como um reservatório de células indiferenciadas que podem suprir a necessidade de regeneração celular de tecidos do seu microambiente, adquirindo assim, características fenotípicas do local. 8 As MSC ainda são pouco caracterizadas em relação às suas propriedades físicas, fenotípicas e funcionais, e as moléculas de superfície descritas para MSC não são específicas. Assim, a sua definição, é feita pela combinação de critérios: expressão de várias moléculas de superfície, a ausência de outras moléculas, a sua capacidade de aderência, a sua capacidade prolongada de proliferação e o seu potencial de diferenciação, in vitro, em pelo menos adipócitos, condrócitos e osteócitos (NARDI & MEIRELLES 2006; KOLF et al, 2007). As moléculas expressas na superfície das MSC dos diferentes tecidos são: moléculas de adesão vascular: CD105 (SH2, endoglina – células mesenquimais humanas, células de medula), CD73 (5´ecto-nucleotidase ligada à membrana – células B e T), CD106 (VCAM-1 - células endoteliais) e moléculas de adesão intercelular como CD44 (Pgp-1, Hermes – leucócitos e hemácias), CD90 (Thy-1 – neurônios, timócitos), CD29 (beta1 integrina – leucócitos) e STRO-1. Por outro lado, as MSC não expressam marcadores de superfície celular de células tronco hematopoiéticas (CD34, CD54) nem marcadores de monócitos (CD14) e linfócitos (CD3, CD45) (NARDI & MEIRELLES 2006; KRAMPERA et al, 2006; KOLF et al, 2007). A expressão de outras moléculas também foi descrita em MSC derivadas de medula óssea: como, quimiocinas (CCR1, CCR7, CCR9, CXCR4, CXCR5, CXCR9) (revisado em DOCHEVA et al, 2007), citocinas (IL-6, IL-7,IL -8, IL-11, IL-12, IL-14, IL-15, M-CSF, do inglês, Colony Stimulating Factor-1 in Macrophages), ligante de Flt-3, SCF (do inglês, Stem Cell Factor), (MAJUNDAR et al, 1998), receptores de citocinas (IL-1, IL-3, IL-4, IL-6, IL-7, LIF, do inglês, leukemia inhibitory factor), SCF, G-CSF (do inglês, Colony Stimulating Factor-1 in Granulocytes), IFN (do inglês, Interferon), TNFI, TNFII, TGFI, TGFII, bFGF (do inglês, Fibroblast Growth Factor), PDGF (do inglês, Platelet-derived growth factor), EGF (do inglês, Epidermal Growth Factor) (revisado em MINGUELL et al, 2001). Algumas moléculas têm a sua expressão induzida (GM-CSF) ou aumentada (G-CSF, M-CSF, LIF, IL-6, IL-11) na presença de citocinas pró-inflamatórias, como IL-1Į (HAYNESWORTH et al, 1996). Por sua plasticidade e seu potencial de diferenciação em diferentes tecidos, assim como por suas propriedades imunorreguladoras, as MSC têm sido utilizadas em terapias em diversos contextos de doenças cardíacas, doenças autoimunes, em transplantes, leucemias e diferentes tipos de câncer, doenças neurológicas, entre outras (revisado em STOLTZ et al, 2006). A capacidade imunossupressora das MSC foi descrita em estudos pré-clínicos em humanos e em modelos animais, e em estudos clínicos relacionados a doenças autoimunes e rejeições no contexto de transplantes. As MSC podem inibir uma resposta imune efetora, tanto mediada por fatores solúveis como pelo contato célula-célula. Em modelos animais, há relatos de uso de MSC juntamente com células beta das ilhotas pancreáticas transplantadas em camundongos (URBÁNA et al, 2007), com transplante de pele em camundongos, melhorando o GVHD (do inglês, Graft versus Host Disease) e a vascularização do enxerto (AKSU et al, 2008; TIAN et al, 2008). Em humanos, dentre os diversos estudos em que se utilizaram as MSC em ensaios clínicos, foi observada a eficácia do tratamento em: transplante de medula para tratar leucemias, pacientes com osteogenesis imperfecta, anemia aplástica grave, doenças 9 hematológicas malignas e GVHD grave avançada (revisado em Le BLANC et al, 2007), assim como em pacientes com diabetes mellitus (VOLTARELLI et al, 2006). Vários mecanismos têm sido implicados na atividade supressora das MSC. Alguns pesquisadores discutem que a sua função imunorreguladora está relacionada com sua a capacidade de inibir a proliferação de células T CD4 e CD8 e NK, mas não de células B (KRAMPERA et al. 2006). Outros relatam também efeito sobre as células B, porém, dependente da alta proporção de MSC (COMOLI et al., 2007). Diversos autores relatam que a inibição da proliferação dos linfócitos, mediada pelas MSC, não está relacionada com a falta de ativação dos mesmos ou com a indução de apoptose (KRAMPERA et al, 2006; AGGARWALL & PITTENGER, 2005). Outros relataram efeito regulador decorrente da ação do IFN-γ, produzido pelas células T e NK, nas MSC (KRAMPERA et al., 2006). O IFN-γ regula positivamente a expressão da enzima indoleamina 2-3 dioxigenase (IDO) que é produzida pelas MSC, e a IDO, por sua vez, catalisa a conversão do triptofano em kinurenina, inibindo a proliferação de células T, uma vez que esse animoácido tem um importante papel nesta proliferação de linfócitos T (KLYUSHNENKOVA et al., 2005).. Em contrate, outros pesquisadores, apesar de terem encontrado um aumento de IFN-γ, in vitro, quando houve supressão exercida pelas MSC, observam supressão não relacionada com a produção de IDO, mas sim com outras moléculas solúveis como TGF-ȕ (do inglês, Transforming Growth Factor) e HGF (do inglês, Hepatocyte Growth Factor), importantes na supressão da resposta imunológica mediada por células T (DI NICOLA et al (2002). Há ainda relatos sobre a capacidade da prostaglandina PGE2 (KRAMPERA, 2006), produzida pelas MSC, de inibir a proliferação de células T alogênicas (AGGARWALL & PITTENGER, 2005), induzir apoptose e produção de citocinas do tipo Th2 (HARRIS et al (2002). Outros pesquisadores relatam a inibição da produção de citocinas pró-inflamatórias (Th1) como TNF-Į (tumor necrosis factor- Į), IL-1 Į e IL-1ȕ, e indução da produção de citocinas reguladoras (Th2), como IL-3, IL-5, IL-10, e IL-13 (BATTEN et al , 2006, e AGGARWAL e PITTENGER, 2005). Outras moléculas e fatores descritos como relevantes na atividade imunorreguladora das MSC são: (i) PD-1 (do inglês, ligand programmed death receptor-1) uma molécula homóloga ao B7 que, na interação com seus ligantes PD-L1 (pouco expressa constitutivamente na membrana das MSC) e PD-L2, inbe a proliferação de células T e da secreção de citocinas como TGF-ȕ e IL-10, em modelos murinos (AUGELLO et al, 2005); (ii) indução (BATTEN et al, 2006; PREVOSTO et al, 2007; SELMANI et al, 2007), recrutamento (BATTEN et al, 2006) e + + + manutenção (DI IANNI et al, 2007) de células T reguladoras (Treg), CD4 CD25 Foxp3 , células Tr1 (produtoras de IL-10); . (iii) HLA-G, seja de superfície (HLA-G1) (de baixa expressão nas MSC) ou secretada pelas MSC (HLA-G5) (NASEF-b et al, 2007), que podem desempenhar papel imunorregulador pela sua interação com receptores inibitórios presentes em células NK, T e APC (revisado em CAROSELLA et al, 2008); (iv) óxido nítrico (NO), produzido pelas MSC de camundongos, sendo capaz de suprimir as células T pela inibição da fosforilação de STAT5 (fator de transcrição ativado por IL-2, IL-15 e induz Foxp3 em células T efetoras) (SATO et al , 2006). 10 A grande variedade de vias relacionadas com a atividade imunorreguladora das MSC indica a enorme plasticidade na sua atividade reguladora. No entanto, ainda há diversos elementos não esclarecidos que merecem ser estudados em maior profundidade. Também não se sabe se a grande variação de mecanismos descritos para a atividade supressora das MSC pode ser decorrente de heterogeneidade de populações celulares mesenquimais, se há variação dependente de interação com antígenos de diferentes naturezas, como por exemplo, aloantígenos, autoantígenos ou mesmos antígenos derivados de microorganismos. Ou ainda, que fatores ou contextos induzem a ativação de diferentes mecanismos supressores pelas MSC. Nesse sentido, o microambiente também pode ter um papel importante. O microambiente adiposo com seus diferentes fatores com atividade pró-inflamatória parece favorecer a quebra da homeostase e induzir a morte de células T reguladoras ali residentes, por apoptose. Foi descrito, recentemente, que a inflamação hepática induzida em camundongos alimentados com uma dieta rica em gordura estava associada à apoptose de células T reguladoras, com diminuição da expressão do gene protetor contra a apoptose, Bcl-2 (Ma et al., 2007). Alguns fatores produzidos pelos adipócitos, como a Leptina, podem favorecer o microambiente inflamatório, induzindo células Th1 e inibindo a proliferação de células T reguladoras (revisado por Matarese et al., 2007). Não obstante, pouco se sabe sobre o perfil imunológico e funcional das T reg presentes no tecido adiposo e sobre a sua interação com as MSC do mesmo microambiente, e mesmo sobre os diferentes tipos de células da resposta imune neste microambiente. Levantamos como hipótese que determinados autoantígenos presentes nos microambientes das MSC também podem ter efeito sobre a sua atividade imunorreguladora. As proteínas de choque térmico (Hsp, do inglês, Heat shock proteins) por suas importantes propriedades na manutenção da homeostase, parecem-nos interessantes moléculas a serem analisadas na interação com as MSC. As Hsp são proteínas bem conservadas filogeneticamente, expressas em todos os tipos celulares e são capazes de induzir respostas imunes tanto pró-inflamatórias como imunorreguladoras (revisado por Pockley et al., 2008), inclusive sendo capazes de induzir atividade imunorreguladora na interação direta com linfócitos T (Selmani Z, 2008 ). Em nosso grupo, temos investigado a resposta imune à Hsp60 no contexto do transplante (Granja et al, 2004); (Caldas et al, 2004) e em condições fisiológicas em humanos, e em modelos experimentais murinos (Luna et al, 2007), visando identificar regiões da Hsp60 e condições em que a Hsp60 (e seus peptídeos) seja capaz de induzir imunorregulação, para futura utilização na clínica. Identificamos alguns peptídeos da Hsp60, potencialmente imunorreguladores, com indução de alta frequência de células produtoras de IL-10 e FOXP3, tanto em células de indivíduos transplantados como em indivíduos saudáveis, também em camundongos (manuscritos aguardando solicitação de patente para publicação). No presente projeto, pretendemos analisar o efeito peptídeos da Hsp60 selecionados sobre as MSC em relação à sua atividade imunorreguladora. 11 Vários dos mecanismos descritos para a atividade imunorreguladora das MSC são mecanismos descritos nas diferentes vias de manutenção de tolerância periférica. Por exemplo, o TGF-ȕ tem efeitos imunorreguladores por células T reguladoras (Treg) e na interação das células T com as células dendríticas (DC) tolerogênicas. É relatado que a interação DC tolerogênicas/linfócitos T pode promover a diferenciação de T efetoras em células Treg, além + de induzir e estabilizar a expressão de FOXP3 , um fator de transcrição importante na atividade imunorreguladora de células T reg (revisado em TANG et al, 2008). A IDO também tem papel relevante na manutenção da tolerância materno-fetal (Munn, D.H. et al., 1998), além de ser produzida por DCs tolerogênicas e ter um papel no estado de supressão induzida por tumores (Uyttenhove, C. et al., 2003). A enorme sobreposição dos mecanismos imuorreguladores das MSC e de outras células do sistema imune com atividade reguladora sugere que as MSC também tenham um papel fisiológico na manutenção da tolerância periférica e que elas tenham interações diferenciais com as várias células do sistema imune. Assim, o desfecho de uma resposta imune seja na indução de uma resposta efetora pró-inflamatória, seja na sua regulação negativa envolve um balanço qualitativo e quantitativo de tipos celulares e fatores solúveis presentes dentro de um determinado microambiente. De forma semelhante, a atividade supressora exercida pelas MSC parece envolver uma variedade de mecanismos que podem depender tanto da heterogeneidade das populações de MSC – ainda pouco conhecidas - como da natureza do estímulo antigênico, do microambiente e de fatores solúveis nele presentes. Uma análise mais global da expressão de moléculas envolvidas tanto em imunorregulação, como na indução de uma resposta inflamatória, poderá nos fornecer informações importantes sobre os múltiplos fatores envolvidos na interação de células do sistema imune com as MSC, durante sua atividade supressora. Ademais, explorar o efeito da interação entre as MSC derivadas de tecido adiposo com as células T CD4+/CD25+ residentes no mesmo microambiente, poderá contribuir para a melhor compreensão sobre mecanismos envolvidos na comunicação entre esses dois tipos celulares e em potenciais efeitos sinérgicos imunorreguladores. Objetivos • Determinar a capacidade supressora das células mesenquimais humanas (MSC), in vitro, e a sua relação com a expressão gênica de um painel de moléculas da resposta imune, e outras relacionadas à apoptose e ativação celular, nos linfócitos T e nas MSC. • Avaliar o efeito da interação dos peptídeos da proteína de choque térmico 60 com as MSC na sua atividade supressora. • Avaliar o perfil imunofenotípico das populações celulares e das células T CD4/CD25 presentes na gordura. • Avaliar o efeito da interação entre as MSC e Treg, obtidas do mesmo microambiente de gordura, nos seus perfis imunofenotípicos e na atividade supressora. 12 2.1. EQUIPE: Pesquisadores Verônica Coelho, InCor- FMUSP (Responsável) Maristela Hernandez Colaboradores Nacionais: Jorge Kalil, InCor- FMUSP Luiza Guilherme, InCor- FMUSP Janaína Baptista Alves, InCor- FMUSP David Saitovitch, PUC, RS Kelen Cristina Ribeiro Malmegrim, FMRPUSP Colaboradores internacionais: Kellen Christina Faé, Max Planck Institute, Berlin Estudantes de pós-graduação: Carolina Lavini Ramos, FMUSP (Mestrado) Aprimoranda: Ana Paula Pacanaro, InCor- FMUSP 3. PROJETO J: DENGUE A Dengue é uma doença aguda considerada como um dos principais problemas de saúde pública em regiões tropicais e subtropicais do mundo, responsável por causar cerca de 25 mil mortes todos os anos, 95% bebês e crianças, e não há atualmente vacina ou drogas antivirais eficazes para auxiliar o controle da doença. O principal obstáculo para o desenvolvimento da vacina é o conhecimento limitado a respeito do agravamento anticorpodependente (Antibody Dependent Enhancement – ADE). A possibilidade de verificar quais células são infectadas na fase aguda em humanos, juntamente com avanços tecnológicos na análise por citometria de fluxo multiparamétrica (FACS), pode proporcionar uma oportunidade em paralelo para identificar precisamente células-alvo suscetíveis a infecção pelo vírus da Dengue e definir testes na hipótese do ADE. A partir de experimentos de desafio em primatas não-humanos e de coloração de tecidos humanos post-mortem, foi demonstrado que a infecção humana pode ser iniciada no sítio da inoculação do vírus, possivelmente nas células de Langerhans ou nas células dendríticas, e então, a infecção se espalha para os nódulos linfáticos regionais (LNs) e para o fígado via sistema linfático e circulatório respectivamente. O vírus da Dengue pode potencialmente infectar outros órgãos quando o mesmo atinge a circulação geral. Na teoria, qualquer célula apresentando receptor(es) permissivo(s) ao vírus da Dengue pode ser suscetível a infecção na ausência de anticorpos, enquanto que as células sanguíneas carregando FcRs também são capazes de ligar e internalizar complexos de vírus-anticorpo potencialmente infecciosos independente de receptor(es) para este vírus. Em ambos os exemplos a disseminação do vírus da Dengue seria facilitada. 13 Atualmente pouco é conhecido sobre as células-alvo do vírus da Dengue. Achados clínicos e laboratoriais indicam que: I) – As principais células alvo são de linhagem fagocitária mononuclear); II) – Muitos tipos de células humanas, incluindo monócitos/macrófagos, células dendríticas derivadas da linhagem de monócitos, células de Langerhans, células endoteliais, linhagens de células T, linhagens de células B e linhagens de hepatócitos são suscetíveis a infecção do vírus da Dengue in vitro; e III) – As células B primárias, NK, T CD4 e T CD8 podem ser também alvos de infecção do vírus in vivo e in vitro. Dados limitados a partir de autópsias em humanos revelam antígenos da Dengue e/ou RNA em monócitos/macrófagos ou linfócitos do: fígado, baço, timo e pulmão. Além disso, a infecção experimental da Dengue em primatas não-humanos demonstra a replicação do vírus em células semelhantes a macrófagos na maioria dos nódulos linfáticos e, interessantemente, uma infecção considerável em células desconhecidas das placas de Peyer. Os resultados podem contribuir para entender melhor a patogênese da doença e explorar novos meios de combater a epidemia, em especial os casos mais graves de Dengue. Objetivos Testes foram padronizados para detectar tanto o fenótipo quanto o número de células infectadas e a quantidade de vírus produzidos in vitro por células primárias humanas infectadas. Os resultados irão proporcionar um teste crítico para atestar ADE. As hipóteses mencionadas serão testadas desenvolvendo dois objetivos específicos: Objetivos Específicos • Identificar quantitativamente fenótipos de células infectadas no sangue periférico de indivíduos acometidos com Dengue febril e/ou Dengue hemorrágica; • Identificar respostas celulares contra o vírus da Dengue; • Caracterizar geneticamente os vírus da Dengue dos indivíduos infectados. O significado dos resultados deste estudo apresentará duas principais áreas de interesse da pesquisa em Dengue. Primeiramente, ajudará a responder uma questão chave relacionada à patogênese da doença: “Qual é a provável fonte celular de mediadores inflamatórios implicados na lesão microvascular de FHD?”. Esta resposta pode abrir a possibilidade de novas estratégias para a prevenção de FHD/DHF. Em segundo lugar, estes resultados concentrarão o foco dos esforços atuais na identificação de um receptor permissivo para o vírus da Dengue, ou receptores sorotipo-específicos, utilizando tipos celulares clinicamente relevantes para tais estudos. Por fim, visto que a infecção por diferentes sorotipos e/ou genótipos podem resultar em diferentes padrões de resposta imunológica, a caracterização genética do vírus é crucial. 14 3.1. EQUIPE: Pesquisadores: Esper Georges Kallás, FMUSP (Responsável) Edecio Cunha-Neto, FMUSP Colaboradores Nacionais: Daniela Santoro Rosa, UNIFESP Maria Candida Souza Dantas, FMUSP Colaboradores Internacionais: David I. Watkins, Universidade de Wisconsin, Madison Estudantes de pós-graduação: Andréia Manso de Matos, FMUSP Pós-doutores: Karina Carvalho Salmazi, FMUSP 4. METODOLOGIAS As metodologias que serão aplicadas na execução dos projetos adicionais estão descritas na Parte B do projeto (página 112) 5. DESENVOLVIMENTO PREVISTO EM CADA NOVA AREA TEMÁTICA/SUBPROJETO Etapas previstas Tema Subprojeto Estudo de Mecanismo Ident. Alvo molecular Intervenção Produção agente intervenção Pré-clínica Intervenção Pré-Clínica (animais) Prod. Agente interv. clinica Teste Clínico fase I/II Doença de Chagas Células Tronco Mesenquimais Dengue 6. LITERATURA CITADA Abel, L.C., Rizzo, L.V., Ianni, B., Albuquerque, F., Bacal, F., Carrara, D., Bocchi, E.A., Teixeira, H.C., Mady, C., Kalil, J. and Cunha-Neto, E. (2001). Chronic Chagas' disease cardiomyopathy patients display an increased IFN-gamma response to Trypanosoma cruzi infection. J Autoimmun 17, 99-107. 15 Aggarwal S, Pittenger MF. 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JUSTIFICATIVA DO ORÇAMENTO O orçamento para esta proposta foi construído em sintonia com a orientação dos documentos que regem a proposta: trata-se de solicitação de recursos complementares, para despesas de capital (equipamentos multiusuário de alto e médio custo) e despesas correntes, que servirão a diversos pesquisadores USP, em diversas áreas temáticas do projeto do grupo consolidado iii-INCT. É possível avaliar que o grupo tem sido capaz de obter auxílios em agências nacionais e internacionais nos últimos 5 anos com valores consideráveis. A ênfase da solicitação foi para estabelecer novas metodologias ou aprimorar já existentes e, que são essenciais para a proposta. No atual projeto, além de financiar novos equipamentos indispensáveis – em alguns casos repondo equipamentos de alto custo obsoletos em uso no iii-INCT até recentemente, vários com 20 anos de uso, avariados e sem possibilidade de reparos – solicitamos recursos para custeio, incluindo insumos, para acelerar o desenvolvimento de projetos transdisciplinares, como “seed money”. Pretendemos aplicar uma pequena parte dos recursos (5%) em visitas de curta duração a laboratórios científicos de colaboradores internacionais. Os equipamentos solicitados serão multiusuário e fazem parte das plataformas existentes no iii-INCT. Durante as negociações conseguimos descontos de até 30% do preço de catálogo para os equipamentos. A seguir descreveremos os equipamentos solicitados, bem como uma justificativa detalhada: 1.1. Espectrômetro de massa Na presente proposta estamos solicitando um equipamento de espectrometria de massa, do tipo MALDI-ToF/ToF (Matrix-assisted laser desorption/ionization - time-of-flight), modelo “UltrafleXtreme”, da marca Bruker. Tal equipamento permite a análise da razão massa/carga de peptídeos e proteínas assim como outras macromoléculas. O espectrômetro de massa é fundamental dentro das plataformas de proteômica e de produção de imunobiológicos. Um instrumento do tipo TOF/TOF permite não apenas a identificação de massas de peptídeos com alta resolução, mas também a seqüência de amino ácido precisas de peptídeos sintéticos ou clivados por enzimas por meio da funcionalidade do MS/MS. Isto é crucial para a moderna análise proteômica, a qual faz parte de projetos em diferentes áreas do nosso Instituto, como a doença de Chagas, transplante, câncer, alergia, autoimunidade, HIV / AIDS e febre reumática. Além disso, dentro da nossa estrutura, a espectrometria de massa é de fundamental importância para a análise de peptídeos sintéticos, que são produzidos em pequena e grande escala por nosso grupo para o uso em quase todas as áreas do Instituto, incluindo as três novas 2 áreas e em especial para a produção de vacinas para uso experimental. Este tipo de análise é atualmente realizado por colaboradores externos e tornou-se um ponto de gargalo em várias áreas do nosso Instituto, devido à alta demanda. Optamos pelo modelo de espectrômetro de massa “UltrafleXtreme” (Bruker), devido sua alta resolução e diversas utilidades. Permite não apenas o seqüenciamento e a identificação de peptídeos e proteínas em alta resolução, como também integra novas metodologias de análise de imagens de tecidos/células, e também de identificação microorganismos, as quais acreditamos ser de grande utilidade para diversas áreas de estudo integradas em nossos projetos. A Bruker é um dos fornecedores mais tradicionais de espectrômetros de massa, e seu aparelho é tido como um dos melhores do mercado. Além disso, o histórico de assistência técnica dessa linha de equipamentos é longo e consistente. O equipamento será instalado no Laboratório de Imunologia do InCor, que já conta com diversos equipamentos de análise proteômica, como aparelhos de eletroforese bidimensional, escâneres, incluindo um escâner de fluorescência, ferramentas de bioinformática e um sistema robotizado de processamento de géis bidimensionais; assim como equipamentos de síntese de peptídeos (um peptídeo por vez), como aparelhos de cromatografia líquida de alta performance, sintetizadores de larga escala, e liofilizadores. Um sintetizador de múltiplos peptídeos vai ser solicitado na presente proposta. É importante ressaltar também que este será o primeiro equipamento de espectrometria de massa – em especial com capacidade de seqüenciamento de novo com a tecnologia MS/MSdentro da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), bem como de todo o complexo do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP). Será um equipamento multiusuário atendendo não apenas as Instituições e grupos envolvidos no iii-INCT, como também grupos do complexo HC-FMUSP. 1.2. Sintetizador de peptídeos O Sintetizador de peptídeos modelo “OPS-230 Overture” (Protein Technologies Inc.) é um aparelho com 96 canais independentes, o qual permite a síntese de até 96 peptídeos diferentes. O sistema também permite usar até 6 protocolos diferentes. Este aparelho irá integrar a seção de síntese de peptídeo permitindo a síntese de uma variedade maior de peptídeos simultaneamente, imprescindível para suprir a demanda de projetos do nosso Instituto. Peptídeos sintéticos são a base para diversos projetos nas áreas temáticas de alergia, transplante e imunorregulação, HIV/AIDS, febre-reumática e auto-imunidade. 3 O equipamento será instalado no Laboratório de Imunologia do InCor, o qual já conta com diversos equipamentos de síntese de peptídeos, como aparelhos de cromatografia líquida de alta performance, sintetizadores de larga escala, sintetizadores de múltiplos peptídeos, liofilizadores e espectrometria de massa (a ser solicitado na presente proposta). 1.3. Centrífuga Estamos solicitando no presente edital uma centrífuga “Sorvall Superspeed Centrifuge” modelo “RC6 plus” com seus rotores, que irá pertencer ao parque de equipamentos da plataforma de produção de imunobiológicos. Este equipamento é de fundamental importância para a produção de plasmídeos de DNA e proteínas recombinantes e para produção dos vetores vacinais em larga escala, além de fracionamento de células e tecidos e purificação de proteínas. Será de grande utilidade nos projetos das áreas temáticas: transplante e imunorregulação, HIV/AIDS, febrereumática e auto-imunidade. 1.4. Freezer Vertical - 80ºC O freezer vertical – 80 ºC "Value Series", modelo “ULT-2186-4-D”, pode acomodar até 40 mil amostras. Servirá como repositório central dos materiais biológicos (RNA, células, tecido, plasma, etc) para as diversas áreas temáticas do Projeto. 2. ORÇAMENTO DETALHADO 2.1. Total de recursos solicitados: R$ 2.000.000,00 2.2. Custeio: R$ 805.697,50 2.3. Diárias: R$ 50.000,00 2.4. Passagens: R$ 50.000,00 2.5. Equipamentos e Material Permanente Importado 2.5.1. Espectrômetro de Massa (marca “Bruker Daltonics”), incluindo: “UltrafleXtreme MALDI TOF/TOF System”: US$ 605.000,00 (R$ 1.010.350,00) “Starter-Kit FlexImaging”: US$ 9.460,00 (R$ 15.798,20) “Biotools 3.2 SR1 software package”: US$ 9.680,00 (R$ 16.165,60) 4 “Mascot Server”: US$ 13.145,00 (R$ 21.952,15) Total: US$ 637.285,00 (R$ 1.064.265,90) Desconto concedido pela empresa: US$ 191.186,00 (R$ 319.280,62) Valor Total com desconto: US$ 446.099,00 (R$ 744.985,33) 2.5.2. Sintetizador de Peptídeos (marca “Protein Technologies Inc.”), incluindo: “OVERTURE Automated 96 Channel, Solid-Phase, Bio-Organic Synthesizer”: US$157.747,00 (R$ 263.437,49) Desconto concedido pela empresa: US$ 15.775,00 (R$ 26.344,25) Valor Total com desconto: US$ 141.972,00 (R$ 237.093,24) 2.5.3. Centrífuga (marca “SORVALL”), Incluindo: Centrífuga Modelo RC 6 Plus: US$ 26.000,00 (R$ 43.420,00) Rotor de velocidade de 8.500 rpm com capacidade de 06 tubos de 1000 ml, US$ 17.900,00 (R$ 29.893,00) Rotor de velocidade de 21.000 rpm com capacidade de 08 tubos de 50 ml, US$ 5.300,00 (R$ 8.851,00) Valor de frete interno US$ 400,00 (R$ 668,00) Valor Total: US$ 49.600,00 (R$ 82.832,00) 2.5.4. Freezer vertical (marca “REVCO”), incluindo: Freezer vertical de ultra-baixa temperatura Série Value, modelo ULT-2186-4-D: US$ 17.000,00 (R$ 28.390,00) Valor de frete interno US$ 600,00 (R$ 1.002,00) Valor Total: US$ 17.600,00 (R$ 29.392,00) 2.5.5. Total de Equipamentos e Material Permanente Importado: US$ 655.271,00 (R$ 1.094.302,50) OBS: Cotação do Dolar (Banco Central / 22/02/2011): US$1,000 = R$1,67 PARTE E – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 1 PARTE E - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO OBJETIVOS TRIMESTRES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 ALERGIA Grupo de Estudos Regionais (GENAR) de Novos Alergenos Caracterização clínica das alergias a mandioca Caracterização bioquímica do extrato de mandioca Caracterização imunológica do extrato de mandioca Caracterização clínica das alergias ao veneno da formiga S. saevissima Caracterização bioquímica do veneno da formiga Solenpsis saevissima Caracterização imunológica do veneno de S. saevissima Asma Observação de Reação cruzada D. pteronyssinus e B. tropicalis Questionário de aferição de controle de asma Determinar a existência de imunopatológicos na asma não alérgica padrões Avaliar a dosagem de proteína C reativa Alergia Respiratória Reatividade cruzada IgE e da resposta de células T Produção de Der p 1 e Der p 2 recombinantes GMP Ensaio Clínico com Der p 1 e Der p 2 TRANSPLANTE E IMUNORREGULAÇÃO Hsp60 e células dendríticas Produção do anticorpo anti-DEC205 acoplado a diferentes peptídeos da Hsp60. Identificar peptídeos/fragmentos da Hsp60 capazes de induzir um perfil de expressão gênica imunorregulador ou inflamatório in vitro e teste da capacidade imunorreguladora desses peptídeos e do anti-DEC205+pep Hsp60 Análise de ligantes dos peptídeos de Hsp60 por microscopia confocal. Ensaio pré-clínico clínico fase I (toxicidade)/prod.GMP/ensaio Células T reguladoras Caracterizar imunofenotipicamente, as células dendríticas geradas a partir de células de medula óssea de camundongos BALB/c + + Gerar células T reguladoras CD4 CD25 em cocultura com células dendríticas (DCs) e células 2 autólogas de linfonodo (BALB/c) na presença de células alogênicas (C57BL/6) em apoptose com análise fenotípica e de prod. citocinas Determinar a capacidade imunomoduladora das + + células CD4 CD25 sobre a população de células de memória in vivo Tolerância operacional no transplante humano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Analisar a resposta celular dirigida a antígenos alogênicos, autólogos e virais, mediante a análise da expressão gênica e protéica de um painel de fatores de transcrição e citocinase perfil fenotipico Análise da resposta humoral: repertório global de aloanticorpos, perfil perfil global de reatividade de auto-anticorpos, (ImmunoChip) no soro, e repertório de CDR3 presente nos receptores de células B no sangue Análise do perfil de peptídeos ligantes de anticorpos presentes no soro e peptídeos miméticos de antígenos humanos Analisar o repertório de micropartículas do soro e a expressão de Q-SOX Analisar o perfil de expressão protéica na urina Anticorpo humanizado anti-CD3: clínica e avaliação da imunorreguladora aplicação atividade Construção de anticorpos anti-CD3 quimeras e humanizados Analisar a afinidade dos anticorpos ligantes da molécula CD3 in vitro Analisar o efeito dos anticorpos na indução de proliferação, produção de citocinas e na expressão de fatores de transcrição imunorreguladores, em células mononucleares do sangue periférico, além do efeito dos anticorpos na geração de células T com atividade supressora, in vitro Realizar testes pré-clínicos/produção GMP/ensaio clínico fase I IMUNODEFICIÊNCIAS PRIMÁRIAS Estabelecer o perfil de mutações conhecidas em todos os pacientes portadores de ICV acompanhados dentro do iii Estabelecer o perfil de mutações em genes candidatos em todos os pacientes portadores de ICV acompanhados dentro do iii Determinar as características clínicas e laboratoriais dos pacientes que respondem in vitro a reposição de leptina Determinar se a reposição de leptina resulta também em uma reaquisição da capacidade de produzir anticorpos nos pacientes responsivos à reposição deste hormônio HIV/ AIDS Decifrando a genética e a função KIR na infecção 3 recente pelo HIV-1 pela bioinformática Resposta Vif-específica mediada por células T CD8+ em indivíduos que controlam a replicação do HIV Resposta imune celular contra epítopos crípticos na AIDS Vacina anti-HIV de epitopos promíscuos de classe II Desenvolvimento de nova vacina candidata construída com o vírus vacinal da febre amarela Teste de vacina baseada em epitopos crípticos Identificação de alvos terapêuticos para intervenção na progressão para a AIDS Resposta contra epitopos mutantes induzidos por inibidores de protease no tratamento do HIV Caracterização do potencial neutralizante de Ac anti-HIV obtidos por phage display DOENÇAS TROPICAIS Leishmaniose 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Testar a imunogenicidade do plasmídeo C + as proteínas acidas ribosomais. Esquemas de primebooster Verificar proteção pela infecção dos cães por via intradérmica de parasitas +saliva Avaliar protecão de cães imunizados e mantidos na area endêmica Investigar os efeitos das proteínas recombinantes da saliva de Lu. longipalpis na biogênese/função de corpúsculos lipídicos Determinar os efeitos biologicos da saliva (recrutamento, ativação de leucócitos e potencial pro-apoptótico) Investigar a atividade imunomodulatória de proteínas recombinantes da saliva de L. longipalpis em macrófagos peritoneais Caracterizar a estrutura molecular dos componentes biologicamente relevantes por técnicas de análise da estrutura molecular (modelagem molecular por técnicas de bioinformática) Avaliar a resposta terapêutica de pacientes com leishmaniose visceral a N-acetilcisteína (NAC) como adjuvante ao tratamento padrão com antimonial pentavalente, comparado ao tratamento somente com antimonial, através de estudo clínico randomizado e duplo cego. Avaliar a resposta terapêutica de cães de rua da cidade de Aracaju com leishmaniose visceral a Nacetilcisteína (NAC) como adjuvante ao tratamento padrão com antimonial pentavalente, comparado ao tratamento somente com antimonial, em estudo clínico randomizado e cego. AUTO-IMUNIDADE Febre Reumática 4 Ensaios pré-clínicos em mini – pigs com agente vacinal em formulações de peptídeo sintético/ proteína recombinante com adjuvantes (Alum e AFCo1) Produção do agente vacinal em GMP (peptídeo sintético e proteína recombinante) Ensaios Clínicos de Fase I – o desenho será efetuado a partir dos resultados dos ensaios préclínicos (quantidade e número de dose do agente vacinal e acompanhamento clínico/ laboratorial) Ensaios Clínicos de Fase II – em função dos resultados obtidos na fase I e acompanhamento mais prolongado Identificação de cepas do S. pyogenes Confirmar capacidade do epitopo vacinal em induzir células T reguladoras, com potencial terapêutico em pacientes com doença reumática cardíaca Ensaio Clínico Fase III – em função dos resultados Fase II Doença de Crohn 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Estudo da produção de citocinas e células T reguladoras após administração oral de antígenos Componente da dieta a ser substituído; peptídeos de hsp60 reguladores a serem usados Complemento dietético composto de aminoácidos balanceados para uso em camundongo Estudo pré-clínico em camundongos IL-10-/- que desenvolvem colite espontânea Complemento dietético composto de aminoácidos balanceados para uso em humanos Estudo clínico em pacientes com Doença de Crohn (Fases I e II) CÂNCER Preparação do material do estudo com impressão de manuais Submissão para comitês de ética Produção da vacina Inclusão de pacientes Acompanhamento dos pacientes Testes imunológicos Avaliação dos resultados Publicação DOENÇA DE CHAGAS Análise proteômica do miocárdio de doadores de órgãos e de pacientes com cardiomiopatia chagásica crônica, idiopática e isquêmica Migração de células T de memória e células Treg periféricas para o miocárdio de portadores de Cardiomiopatia Chagásica Crônica: expressão de quimiocinas e seus receptores em células T 5 periféricas e polimorfismo genético Identificacao e Caracterizacao de Genes de Susceptibilidade Associados a Evolução para a Cardiopatia Chagasica Crônica Utilizando Tecnologia de Pesquisa de Polimorfismos de Alta Densidade. CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Determinar a capacidade supressora das células mesenquimais humanas (MSC), in vitro, e a sua relação com a expressão gênica de um painel de moléculas da resposta imune, e outras relacionadas à apoptose e ativação celular, nos linfócitos T e nas MSC. Avaliar o efeito da interação dos peptídeos da proteína de choque térmico 60 com as MSC na sua atividade supressora. Avaliar o perfil imunofenotípico das populações celulares e das células T CD4/CD25 presentes na gordura. Avaliar o efeito da interação entre as MSC e Treg, obtidas do mesmo microambiente de gordura, nos seus perfis imunofenotípicos e na atividade supressora. DENGUE Identificar quantitativamente fenótipos de células infectadas no sangue periférico de indivíduos acometidos com Dengue febril e/ou Dengue hemorrágica; Identificar respostas celulares contra o vírus da Dengue; Caracterizar geneticamente os vírus da Dengue dos indivíduos infectados.