Métodos e Exames Complementares em Pediatria NEONATOLOGIA TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM NASCIDO (TTRN) Radiografia o Aumento de volume pulmonar o Opacidades laminares o Derrame pleural (linhas B de Keller) o Espessamento de fissuras DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA Radiografia o Pulmão hipoventilado o Opacidade homogênea com aspecto granular o Broncograma aéreo Complicações do tratamento em RNPT o Enfisema o Pneumotórax o Broncodisplasia pulmonar Em RNPT, o principal local de sangramento é nos núcleos da base – sulco subtalâmico. HEMORRAGIA SUBEPENDIMÁRIA Classificação I, II, III e IV. Melhor exame: Ecografia Transfontanela. ENCEFALOPATIA PERIVENTRICULAR Área de Gliose. Evolução depende do estímulo externo, a área de gliose não corresponde a um pior DNPM. INFECÇÕES CRÔNICAS INTRAÚTERO TORCHS E AIDS Calcificações Intracerebrais o Iniciar com ecografia áreas hipoecóicas com sombra acústica. o Retardar Rx devido à radiação. o Tomografia áreas hipodensas, periventriculares. Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria CONDUTA NO TCE Trauma craniano aberto ou fechado, com evidência de envolvimento cerebral demonstrado por alterações de nível de consciência ou sinais de déficit neurológico focal. Causas: o < 3 anos: quedas o < 2 anos: 24% das lesões são secundárias a abuso ou maus tratos. Mecanismo da lesão: o Injúria cerebral primária Impacto severidade da lesão. Contusão, laceração, lesão axonal difusa e ruptura. Aceleração e desaceleração. Anamnese dirigida o Condições do trauma Score de Injúria Consenso AAP o TCE Leve Rx de Fx de crânio traço linear contínuo. DOR ABDOMINAL Padrão ouro: Ecografia Abdominal Intussepção o Íleo-cólico é o mais comum. o Ecografia: “alça dentro de alça” Capa de gordura extra e intra. o Radiografia: Distensão intestinal Apendicite o Ecografia: Espessamento da parede do apêndice. Apêndice > 4 mm apendicite. Coleção apendicite supurada. Pré-requisitos para exame de imagem Sinais vitais estáveis Acesso EV Monitoramento Cooperativa e sedação Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Modalidades de Imagem o Rx Simples o Ecografia abdominal o Tomografia Abdominal Líquido livre (área hipoecóica) o US + tomografia abdominal o US - observação clínica ou tomografia abdominal CRIANÇA ESPANCADA Causa mais comum de morte em crianças menores de 2 anos. 41% tem história anterior de abuso. Fatores de Risco: o Pobreza o Ignorância o Drogas o Solidão Principal Mecanismo: o Aceleração – desaceleração. o Fx de fise (Rx com reação de periósteo). o Fx de fêmur < 1 ano espancamento. o Fx de costela (principalmente arco posterior). o Edema interfalceno muito sugestivo! o Lesão traumática de fígado chute no abdome. Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria GASOMETRIA Leitura do pH e das pressões parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue. Avaliação: o Ventilação (PaCO2) o Oxigenação (PaO2) o Condição acidobásica (pH, PaCO2, HCO3). o Diagnóstico o Evolução clínica o Resposta à terapia Cuidados pré-analíticos: o Amostra: sangue arterial ou venoso o Seringas especiais pré-heparinizadas. Com anticoagulante liofilizado, evitando diluição da amostra. Se medição concomitante de íons, é importante ressaltar que o anticoagulante... o Após coleta, tampar a seringa e homogeneizar evitando a formação de coágulos. o Evitar bolhas de ar nas amostras. o Antes de introduzir no analisador, homogeneizar a amostra. Locais de coleta: o ARTERIAL Radial, braquial, femoral ou dorsal do pé. Na criança, preferência pela radial. Após coleta, compressão por pelo menos 2 minutos. Discrasia sanguínea, hemofilia evitar coleta de sangue por muito tempo. Dorsal do pé associada a muita necrose. Bisel para cima, agulha a 45°, puncionar entre a 1° e a 2° dobra do punho. Parâmetro Avaliado: o pH: log negativo da atividade do íon hidrogênio. O pH afeta a estrutura a atividade de biomoléculas. o PaO2: pressão parcial de O2. o PaCO2: pressão parcial de CO2. o HCO3: concentração de bicarbonato no plasma/ indica função renal. o BE: desvio de base no sangue. o Sat O2: saturação de oxigênio funcional. Soluções Tampões: o Soluções que se combinam com ácidos e bases em excesso. o Objetivo: evitar variações de pH. o Função: regulam o pH do organismo. o Mecanismos reguladores de pH no organismo: Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Mecanismos renais Eliminam substâncias indesejáveis. Mecanismos respiratórios Sistemas tampões reagem com o ácido e base neutralizando-os. Mecanismo de Regulação: o Sangue (plasmáticos): tampão bicarbonato, hemoglobina e proteínas imediato. o Pulmões: tampão bicarbonato e hemoglobina minutos até horas. o Rins: tampão bicarbonato e fosfato horas até dias. Tampão bicarbonato: o Mecanismo químico – reação imediata. o Meio plasmático (extracelular) Bicarbonato de sódio. o pH do sangue pode ser determinado – conhecimento de suas alterações em função das variações de bicarbonato. o Primeira linha de defesa para evitar grandes modificações. Reação de tamponamento 𝐴𝐿+ + 𝑁𝑎𝐻𝐶𝑂3− ↔ 𝑁𝑎𝐴𝐿 + 𝐻2 𝐶𝑂3 Ácido forte Bicarbonato de Sódio Sal forte RIM H2O + CO2 PULMÃO Maior causa de excesso de bicarbonato ultracorreção em GECA. Reposição de bicarbonato: pH < 7,2 e Bic < 5,0. Valores de Referência Parâmetros Valores 7,35 – 7,45 35 – 45 mmHg 80 – 100 mmHg 22 – 27 mmHg 95 – 100% - 2 a + 2 mEq/L pH (> 12 m) PaCO2 PaO2 HCO3 Sat O2 BE ACIDOSE RESPIRATÓRIA Hipoventilação (obstrução): diminuição da eliminação de CO2 pelos pulmões. Causas: Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria o Vias aéreas: bronquites, bronquiolites e asma. o Parênquima pulmonar: DPOC, SARA. o Neuromuscular: deformidade da caixa torácica, distrofias musculares, miastenia grave, poliomielite. o Rebaixamento do SNC: anestésicos, morfina, BZD, AVC, infecção. o Outras: hipercapnia permissiva, hipoventilação, obesidade. Compensação: o Eliminação de ácidos pelos rins H+ o Recuperação renal HCO3- ALCALOSE RESPIRATÓRIA Hiperventilação Causas: o Hiperventilação por VM. o Uso de fármacos: salicilatos. o Alteração no SNC: ansiedade, AVC, dor, febre, meningite, trauma, tumores. o Hipóxia: altas altitudes, anemia grave, edema pulmonar, pneumonia. o Estímulo dos receptores torácicos: hemotórax, DP, embolia pulmonar e IC. o Efeito hormonal: gravidez, progesterona. Compensação: o Retenção de ácidos pelos rins H+ o Excreção renal de HCO3ACIDOSE METABÓLICA Aumento da produção de ácidos. Perda excessiva de bicarbonato. Causas: o Intoxicações (salicilatos, alcoóis). o Perda de bicarbonato: diarreia, alterações renais. o Incapacidade renal de eliminar H+: IRA, acidose tubular renal. o Acidose láctica (asfixia neonatal, choque) Compensação: o Recuperação de HCO3- pelos rins. o Hiperventilação eliminação de CO2. ALCALOSE METABÓLICA Perda excessiva de H+. Retenção excessiva de HCO3-. Causas: o Perda de H+: vômitos excessivos, diuréticos. o Incapacidade renal de reter H+: IRA. o Administração de álcalis (bicarbonato). Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Compensação: o Queda da recuperação de bicarbonato pelos rins. o Hipoventilação retenção de CO2. Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria PNEUMOLOGIA AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR ESPIROMETRIA Crescimento e desenvolvimento do sistema respiratório. Alteração da função pulmonar: qual distúrbio? Verificar resposta ao broncodilatador. Verificar resposta ao corticoide ou medicamento de longo prazo. Evolução da doença. Indicações e Contraindicações: Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Cuidados preliminares: o Infecção respiratória RECENTE: EVITAR! o Suspensão de medicamentos: Broncodilatadores – 12 horas Anti-histamínicos – 48 horas Anti-leucotrienos – 24 horas o Calibração do espirômetro. o Questionário: características clínicas da doença de base. o Exame clínico AUSCULTATÓRIO do tórax. o Dados antropométricos: PESO e ALTURA. Técnica de Execução: o Instruções e demonstrações do procedimento. o Posição do paciente. o Clipe nasal. o Normal e recomendações da ATS. o Inspiração rápida até a CPT (pausa inspiratória < 3 seg). o Estímulo vigoroso para realização de expiração máxima e mantida ENCORAJAMENTO. Curva Fluxo – Volume e Volume – Tempo: PLETISMOGRAFIA Pré-escolares Volumes pulmonares, cálculo da resistência das vias aéreas*, outras medidas. *É o dado mais importante obtido na pletismografia. Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria BRONCOPROVOCAÇÃO Com substância: histamina e metacolina. Por exercício: bicicleta ergométrica. Dúvida diagnóstica na asma. *Se há redução na curva espirométrica, há asma. AVALIAÇÃO DE ATOPIA TESTE CUTÂNEO ALÉRGICO: Indicações: o Detectar a produção de anticorpos IgE contra substâncias inaláveis e alimentos em quadros de: Rinite Dermatite Asma Conjuntivite Tosse, dispneia e outros sintomas respiratórios. Técnica o Escolher os extratos. o Limpar a pele e escolher o local. Antebraço crianças maiores. Dorso crianças menores. Contraindicações: o Lesão de pele – dermatografismo. o Uso de anti-histamínicos, outras drogas. Teste Positivo: o Pápula > 3 mm. DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE NA CRIANÇA Importância PPD: o Individual Diagnóstico da TB e diagnóstico diferencial. Avaliação de contatos (infecções em lactentes). Qual o significado do PPD? o Infecção por micobactéria Micobacterium tuberculosis (infecção latente/ doença). Atípicas/ M. bovis (BCG). Fatores que influenciam o PPD: o Tuberculina Tipo Potência Concentração Volume injetado o Técnica de aplicação (intradérmica). o Fatores ligados ao hospedeiro. Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Leitura o Em não vacinados com BCG ou vacinados há mais de 2 anos. o Leitura em 72 a 96 horas. 0 – 4 mm 5 – 9 mm ≥ 10 mm NÃO reator Reator FRACO Reator FORTE (doença) o Em menores de 2 anos vacinados. o Leitura em 72 a 96 horas. 0 – 10 mm 11 – 14 mm ≥ 15 mm NÃO reator Reator FRACO Reator FORTE (doença) FIBROSE CÍSTICA Mutações no gene CTR. Alteração na bomba de NaCl de todas as células de epitélio ciliados do organismo. Dosagem de cloro no suor o Estímulo do suor o Atual: lontoforese com discos de policarpina. Quantitativa – clássica – Gibson e Cooke. Por condutividade – analisador Sweat-Chek. o Importante – volume mínimo aceitável: 50 mg (ideal 75 mg) na técnica clássica. Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria HEMATOLOGIA INTERPRETAÇÃO DO HEMOGRAMA Hemograma Completo o Eritograma Diagnóstico de várias doenças o Leucograma Diagnóstico diferencial Raciocínio para solicitação de outros o Plaquetas exames o Descrição da morfologia das células sanguíneas: esfregaço de sangue periférico. ERITOGRAMA Contagem de hemácias Concentração de hemoglobina (Hb) Hematócrito (Ht) ou volume globular (VG) VCM CHCM HCM Reticulócitos1 (Visualização de reticulócitos: coloração de Ziehl – Nielsen). RDW: coeficiente de dispersão de tamanho da hemácia ao redor da média = medida de intensidade de anisocitose (VR: 11,5 a 14,5%) Anisocitose: o Microcitose (anemia ferropriva/ talassemias) o Macrocitose Pecilocitose o Ovalócitos o Eliptócitos o Dacriócitos (hemáticas em lágrimas) o Estomatocitose (forma rara de anemia hemolítica) o Acantócitos (hepatopatias) Outras anormalidades o Hemácias em foice (depranócitos) o Esferócitos2 (células menores, sem halo/ hipercromia) o Células em alvo (talassemias) 1 – Quando solicitar: Suspeita de anemia hemolítica Aplasia de medula óssea (MO) Hipoplasia. 2 – Anemia Hemolítica Autoimune Anemia ferropriva Microcitose Hipocromia RDW aumentados Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Hipocromia Hipercromia Policromatofilia: reticulócitos Inclusões eritrocitárias: Inclusão Ponteado basófilo Corpúsculos de Howell-Jolly Corpúsculos de Heinz Corpúsculos de Pappenheimer Roleaux eritrocitário Situações Talassemias Anemia megaloblástica Hepatopatias Intoxicação por chumbo Esplenectomizados Anemia megaloblástica Deficiência de G6PD Deficiência de piruvatoquinase Anemia Falciforme Esplenectomizados Hemocromatose Mieloma múltiplo Infecção bacteriana Lúpus LEUCOGRAMA Leucócitos o Neutrófilos o Linfócitos o Monócitos o Eosinófilos Nas crianças, pelo stress da coleta, já há um aumento de leucócitos. Infecções: bacterianas, virais, fúngicas, por protozoários. Processo inflamatório. Leucocitoses Leucemias. Anemia falciforme. Medicamentos: corticoesteróides. Infecções: virais Leucemias Leucopenias Aplasia de medula Medicamentos: dipirona, quimioterápicos Neutrófilos: o Neutropenia (contagem absoluta) Leve 1000 a 1500 cels/μL Moderada 500 a 1000 cels/μL Grave abaixo de 500 cels/μL (risco de sepse) Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Causas de Neutropenia Defeitos Intrínsecos na Célula Mielóide Fatores Extrínsecos Neutropenia cíclica Neutropenia congênita (Sd. Kostmann) Infecções Anemia aplástica Medicamentos Leucemias Anemia Megaloblástica Síndrome Mielodisplásicas Sequestro esplênico Anemia de Fanconi Neutropenia Familiar Benigna Neutrofilias – Causas: o Infecções crônicas o o Inflamações crônicas o o Tumores o o Rebote após neutropenia o o Doenças mieloproliferativas o Medicamentos: corticosteróides, ranitidina, lítio Estresse Hipóxia Esplenectomizados Exercício físico Observações: 1 – Neutrófilos: Bastonetes céls jovens, núcleos não divididos. Segmentados céls maduras, núcleos divididos. 2 – Granulações tóxicas grânulos nos neutrófilos. 3 – Corpúsculos de Dohle Infecções bacterianas graves Queimados Eosinofilias – Causas: o o o o o o Doenças alérgicas: asma, rinite, urticária, leite vaca Dermatites: pênfigos, dermatite atópica Parasitas, protozoários e helmintos Tumores: SNC, Linfomas, Dças Mieloproliferativas Após radioterapia, diálise peritoneal crônica, hemodiálise Aspirina Hipereosinofilia: o Sd. Loeffler o Leucemia mielóide aguda eosinofílica o Poliarterite nodosa Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Linfócitos: o Leucócitos agranulares, pouco citoplasma, cromatina densa. Linfocitose Linfopenias Infecções Virais EBV CMV Parotidite Rubéola Hepatites Infecções bacterianas: coqueluche Leucemias linfoides: linfócitos e linfoblastos Linfócitos Atípicos: EBV Corticoesteróides Quimioterápicos Radioterapia Monócitos o Leucócitos agranulares, núcleo em forma de rim ou feijão. o Monocitose: Leucemia Monocítica Aguda Doença de Gaucher Doença de Hodgkin Recuperação granulocítica Ricketsioses, brucelose, TB, Malária, Calazar Endocardite Colite Ulcerativa Basófilos o Células com granulações citoplasmáticas, núcleos assimétricos. o Basofilia: LMC Leucemia Basofílica Varicela Mixedema Policitemia Pós-esplenectomia Granulações Tóxicas nos Neutrófilos o Infecções bacterianas o Toxemias o Gravidez o G-CSF Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria PLAQUETAS Fragmentos citoplasmáticos de megacariócitos. VR: 150.000 a 400.000 céls/mm3. Plaquetopenias: Destruição Aumentada Causas Imunológicas Púrpura trombocitopênica autoimune Induzida por drogas Induzida por infecções Anafilaxia Após transplante Causas Não-Imunológicas SHU PTT CIVD IRC Hiperesplenismo Produção Diminuída Anemia Aplásica Leucemias Agudas Neoplasias Malignas com infiltração MO Distúrbios Metabólicos QTX, RTX Anemia de Fanconi Síndrome Bernard – Soulier Síndrome de TAR Síndrome de Wiskott - Aldrich Macroplaquetas (Síndrome de Bernard-Soulier) Trombocitoses Primárias Policitemia vera Trombocitopenia essencial LMC Anemia Sideroblástica Idiopática Secundárias Sd Kawasaki Asplenia funcional ou cirurgia Corticoesteróides Anemia Ferropriva DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO Anamnese Antecedentes pessoais e familiares Uso de medicamentos Exame físico Paciente SEM histórico de sangramento com TAP e/ ou TTPA (KPTT) alterados. Causas possíveis. o Erro laboratorial o Deficiência de fatores que não causam sangramentos: XII, pré-calacreína, aminogênio. o Presença de inibidores transitórios: anticorpos pós-infecção. Pacientes COM histórico de sangramento: o TAP o TTPA Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria o Plaquetas TAP, TTPA e plaquetas normais: o Pesquisar Doença de Von Willebrand: TS, provas de agregação plaquetária, avaliação quantitativa de antígeno de Von Willebrand. o Deficiência de Fator XIII. o Alteração da função plaquetária: TS, provas de agregação plaquetária Púrpura de Bernard-Soullier, Trom... de Glanzman. TTPA alterado, TAP e plaquetas normais: o Hemofilias: A Fator VIII B Fator IX C Fator XI o Doença de Von Willebrand: TS, provas de agregação plaquetária, Ag de Von Willebrand. TAP alterado, TTPA e plaquetas normais: o Deficiência de vitamina K, Fator II, VII, IX e X. o Deficiência de Fator VII. o Descartar uso de warfarina. TTPA e TAP alterados, plaquetas normais: o Deficiência de vitamina K. o Disfunção de fibrinogênio: TT alterado. o Deficiência de Fator V, X. o Deficiência de mais de um fator. TTPA e TAP alterados, plaquetopenia: o CIVD o Insuficiência hepática TTPA e TAP normais, plaquetopenia: o Leucemias o Síndrome Mielodisplásicas o PTI o Anemia Aplásica o Anemia Megaloblástica o Colagenose: Lupus. HEMOGLOBINOPATIAS Eletroforese de Hb: o Hb A ou A1 – 95 a 98% o Hb A2 – 2 a 3% o Hb F – 0 a 2% (após 6 meses) o Hb F ao nascimento – 65 a 90%, < 2% 6 aos 12 meses. o Hb A2 > 3,5% talassemia (com ou sem Hb F). Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria o Hb S, Hb C: traço ou anemia falciforme. Doença da Membrana do Eritrócito o Esferócitos, Eliptócitos no esfregaço sanguíneo. o Prova de fragilidade osmótica AUMENTADA. o Esferócitos: AHAI (Coombs +). Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria ENDOCRINOLOGIA CRESCIMENTO Quando? Avaliação do Hormônio do Crescimento o Baixa estatura (real ou relativa) o Velocidade de crescimento baixa (< 25 P) o Ausência de causa pediátrica identificada Como? o Resposta a testes provocativos Clonidina Hipoglicemia insulínica (ITT) Avalio a produção de ACTH também. Nos EUA e Europa não e utiliza mais. Glucagon Induz uma hiperglicemia, a queda após liberação de insulina que libera também GH. L-dopa Teste do GHRH Teste da Clonidina ITT Glucagon PUBERDADE Causa: hipofisária, gonadal, suprarrenal. Pubarca: o Suprarrenais (meninos e meninas) o Testículos Meninos: início investigação pelos testículos, verificar se há aumento (T4 em diante). Bilaterial Central Unilateral Tumor Aumentado Testículos Normal Suprarrenal Suprarrenal (Adenocarcinoma, HCSR, idiopático): o 17-OH-progesterona o Andiostestosterona o S-DHEA (marcador de tumor) o Testosterona o Teste de supressão com dexametasona Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Testículo: o Testosterona Diminuída: exógena Aumentada: testículo ativado (autônomo ou causa central) o Teste do GnRH (LHRH) o β-HCG Telarca: o Estradiol Diminuído: exógena Aumentado: ovário ativado (autônomo ou causa central) o Teste do GnRH (LHRH) o β-HCG o Alguns tumores (fígado, teratoma, pulmão) pode produzir β-HCG. Etiologia Central (Hipófise): o Pubarca com testículo o Pubarca com telarca o Pubarca ou telarca progressivas o LH e FSH basais o Teste do GnRH OBESIDADE Colesterol total e frações Glicose Insulina o Basal o TTOG/ Curva Glicêmica o Relação Glicose/ Insulina Síndrome de Cushing obesidade com baixa estatura: o Cortisol basal o Ritmo circadiano do cortisol (8 e 16 horas) o Cortisol livre urinário de 24 horas o Teste de Supressão com Dexametasona DIABETES MELITUS Crianças com nictúria ou enurese. Crianças menores: emagrecimento, dor abdominal, CAD, desidratação sem diarreia. Em jejum (8 horas sem ingestão calórica): o 100 a 126 Glicose alterada Conduta: Repetir Se persistir alterada TTOG Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria o > 126 Glicemia elevada Conduta: Repetir Se persistir DIABETES Ao acaso (qualquer horário, independente da alimentação): o > 200 e com sintomas típicos DIABETES TTOG 2 horas: o 140 a 200 Tolerância Alterada a Glicose o > 200 DIABETES HIPOTIREOIDISMO Avaliação da função tireoidiana o TSH Clínica (hiper ou hipo) o HT TSH o < 0,1 tireotoxicose o 0,1 – 0,4 Hipertireoidismo subclínico o 0,5 – 5,0 Normal ou Hipertireoidismo subclínico o 6 – 19 Hipotireoidismo subclínico o ≥ 20 Hipotireoidismo HT o T4 total 5 a 11 μg/dL o T3 total 70 a 190 μg/dL o T4 livre 0,02% do T4 total o T3 livre 0,3% do T3 total TSH ↑ ↑ ↑ T4 total ↓ N ↑ T4 livre ↓ N ↑ N ↓ ↓ N ↓ ↓ N ↓ ↓ ↓ ↓ ↑ N ↓ ↑ Tireoidopatias Teste TRH Causa Hipotireoidismo primário Hipotireoidismo subclínico Resistência periférica à T3 Hipotireoidismo secundário Negativo Lesão hipofisária Hipotireoidismo central Positivo Hipotálamo Deficiência de TBG Síndrome do doente grave Doença de Graves Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria NEUROLOGIA Diagnóstico em neurologia: o EEG o Poligrafia Neonatal o TC o RNM o Polissonografia ELETROENCEFALOGRAMA Indicações: o Epilepsias o Transtornos circulatórios (isquemia lentificação) o Processos infecciosos tóxicos (lentificação da atividade de base meningite) o Enfermidades metabólicas e degenerativas o Demências o Diagnóstico diferencial nos transtornos psiquiátricos o Monitorização de efeito de algumas drogas o Morte encefálica Técnica: o Sistema Internacional 10 – 20 o Sono e vigília o Provas de ativação Hiperpneia – sono fotoestimulante o Duração mínima de 20 minutos, ideal de 60 a 90 minutos o Poligrafia neonatal – 90 minutos o Polissonografia Canal: diferença de potencial entre dois pontos Ritmos: o Delta – 1 a 3 Hz o Teta – 4 a 7 Hz o Alfa – 8 a 12 Hz o Beta – acima de 13 Hz Atividades Epileptiformes: o Espícula-onda (simétrica, envolve 2 hemisférios epilepsia generalizada) o Ponta-onda o Ponta-onda-lenta o Polipontas o Poliespículas Poliespícula onda generalizada epilepsia mioclônica juvenil Ondas trifásicas encefalopatia hepática Hipsarritmia Síndrome de West Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Síndrome Lennox-Gastaut VIDEOENCEFALOGRAFIA Dificuldade na classificação das crises epilépticas. Quantificação dos eventos epilépticos. Correlação do evento clínico – eletrográfico. POLISSONOGRAFIA EEG EMG ECG LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR) Produzido pelos plexos coroides. Reabsorvido nas vilosidades aracnoides. Volume 150 mL. Pressão (PIC) o 80 – 150 mmH2O o Crianças 40 – 100 mmH2O/ 20 – 25 cmH2O/ 15 mmHg o Pressão final = 50% da pressão inicial Função: o Proteção. Aspecto: o Límpido (água de rocha) o Límpido – xantocrômico o Turvo o Hemorrágico Punção lombar – Indicações: o Diagnóstico Doenças infecciosas Doenças inflamatórias e desmielinizantes Neoplasias Quadros demenciais Quadros HIC com exames de neuroimagem normais o Mapeamento ou estadiamento o Característica do perfil de ativação da doença o Controle tratamento o Medida da PIC o Procedimento: Obter consentimento informado. Paciente em DL, com as costas a beira da mesa. Paciente deve dobrar os joelhos e flexioná-los até o abdome, flexionar a cabeça com queixo no Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria tórax. Também poderá ser feito sentado sobre a mesa, inclinado para frente. Para medir a PIC sempre DL. Palpar a linha entre as duas cristas ilíacas, demarca L4 – L5 ou L3 – L4. Usar luvas estéreis. Limpar área e usar campos estéreis. Anestesiar o local. o Contraindicações: Síndrome HIC, não investigada, não tratada adequadamente, pelo risco de herniação. Distúrbio de coagulação marcante. Infecção no local da punção, cutânea ou profunda. Puncionar sem febre. Choque. Durante uma crise epiléptica. Coma. o Exame Citológico: Citologia global Citologia específica Linfócitos meningites virais agudas, meningites crônicas, processo inflamatório inespecífico. Linfócitos atípicos processo infeccioso viral agudo, processo infeccioso crônico reagudizado, fase precoce de neoplasia. o Bioquímica: Glicose Teor de PTNs Cloretos Lactato Ureia Atividade enzimática – TGO, LDH, ADA Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Proteínas < 45 mg/dL (RN até 120 mg/dL) Glicose 45 – 80 mg/dL Leucócitos 1 até 4 – 5 céls/ mm3 RN até 30 céls/ mm3 Hemácias 0,3 céls/ mm3 Cloreto 100 – 129 mEq/mL Em caso de acidente de punção considerar 700 hem/ 1 leuc. POTENCIAL EVOCADO Respostas elétricas do SN frente à estimulação sensitiva ou motora. Avaliar função sensorial quando o exame clínico não é contundente. Investigação de sintomas subjetivos com a finalidade de esclarecer se são de origem orgânica. Avaliação do mecanismo das deficiências neurológicas e do grau de recuperação. Monitorização das funções cerebrais em estados críticos ou risco nas neurocirurgias (TE). Diagnóstico complementar de morte encefálica. Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria CARDIOLOGIA RADIOGRAFIA EM CARDIOPATIA Criança sentada ou em pé. Levocardia: coração centralizado com a ponta para a esquerda. Cúpula diafragmática E é mais baixa porque uma porção do coração repousa sobre esta. Quando coração em dextro, cúpula direita é mais baixa. Quando ponta do coração “olha” para o fígado 100% de ser cardiopatia. Situs inversus com levocardia: estomago à D, fígado à E, coração em posição normal (porém AD voltado para a esquerda – sempre do lado do fígado). Se há DEXTROCARDIA investigar doença extra-cardíaca: o Hérnia Diafragmática o Pneumotórax Área cardíaca aumentada: o Miocardiopatia metabólica o Doença de Ebstein o Atresia pulmonar + insuficiência de triscupíde Hipertrofia de AE (Sinais) o Prolongamento do brônquio E caí acima do seio costofrênico (normal é cair em cima). o Duplo contorno. o Presença do 4° arco. o Compressão do esôfago. o Clínica: Dispneia por congestão pulmonar. CIV (↑ fluxo pulmonar ↑ AE) cardiopatia mais comum Dispneia. ECOCARDIOGRAMA Implantação da válvula tricúspide é mais baixa que a bicúspide. Transposição corrigida das grandes artérias, não há clínica. Ventrículo único TGA é cardiopatia acianótica mais comum porém com maior mortalidade. Inversão da circulação pulmonar – congestão venocapilar. Crianças que vomitam em excesso investigar vasos da base Duplo Arco Aórtico (esôfago e traqueia no meio). Origem anômala da subclávia D se origina da aorta descendente. Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria GASTROENTEROLOGIA EDA PEDIÁTRICA Impacto no diagnóstico, tratamento e prognóstico que resultem em melhora no cuidado do paciente. Atenção: ansiedade (crianças, familiares e pediatra). Antes do procedimento: o Jejum de 6 horas. o > 3 anos – aparelho de adulto o < 3 anos – aparelho pediátrico o Gastrocópio (neonatos) Diagnóstico: o Disfagia/ odinofagia o Dor abdominal crônica o Vômitos/ hematêmese o Diarreia crônica o DRGE o Anorexia alimentar Classificação: o Savary-Miller Adultos o Savary-Miller Modificada o Los-Angeles (mais utilizada atualmente em adultos) o Hetzenl-Dentel Crianças o Tytgat Úlcera gástrica principal causa em pediatria é AINES (Ibuprofeno). Acompanhamento: o Esôfago de Barret o Úlcera ou esofagite o Varizes de esôfago o Pólipos gástricos e duodenais Não indicada: o RGE simples o Dor abdominal sem sintoma de alarme o Estenose hipertrófica de piloro o Perfuração visceral Terapêutica: o Retirada de corpo estranho o Estenose de esôfago (simples o complexas) o Varizes de esôfago o Posicionamento de sonda o Gastrostomia endoscópica Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria COLONOSCOPIA Investigação HDB Investigação de dor abdominal (DII) Anemia ferropriva inexplicada Pólipos Não Indicada: o Diarreia aguda autolimitada o Sangue digerido com causa já demonstrada Periódica: o Vigilância displasia/ malignidade Terapêutica: o Polipectomia o Retirada de corpos estranhos o Dilatação o Hemostasia de sangramento Contraindicações: o Megacólon tóxico o Colite fulminante CÁPSULA ENDOSCÓPICA Pesquisa ID Doença de Crohn Tumores Sangramentos DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO RxEED Vantagens Disponibilidades Anormalidade anatômica/ funcional Desvantagens Técnica não padronizada Exposição à radiação Condições não fisiológicas Baixa especificidade para esofagite Não avalia eficácia do tratamento Cintilografia Vantagens Não invasiva Baixa exposição à radiação Detecção de aspiração pulmonar Avaliação de esvaziamento gástrico Desvantagens Técnica e padrões normais padronizados Raphael Moura 2012 não Métodos e Exames Complementares em Pediatria Ultrassonografia o Não invasivo o Avalia apenas RGE pós-prandial o Avaliação do esvaziamento gástrico Manometria Vantagens Desvantagens Ausência de radiação Técnica não padronizada Curta duração Stress altera os resultados Diagnóstico etiológico Indicação cirúrgica pHmetria o Técnica de investigação com maior sensibilidade e especificidade para detecção e quantificação o Indicação STMs atípicos, respiratórios e ORL STMs típicos que não respondem ao tratamento Avaliação da resposta ao tratamento clínico o Não indicada Regurgitação em lactentes Esofagite de refluxo (EDA/ Histologia) Disfagia Impedânciometria Intraluminal Esofágica Vantagens Detecta refluxo não ácido Desvantagens Valores normais não padronizados Análise demorada ALERGIA ALIMENTAR: Diagnóstico: o Anamnese o Exame físico Exame laboratorial só dentro do contexto clínico! o Exame laboratorial o Resposta à dieta de exclusão o Desencadeamento ou desafio Laboratório: o IgE total e contagem de eosinófilos. o IgE específica: RAST – VPP 50% Prick test – VPN 95% Lactentes sintomáticos com APLV, o mecanismo é não IgE mediado. Raphael Moura 2012 Métodos e Exames Complementares em Pediatria Pacth test Alérgeno em contato com a pele por 48 horas. o Teste tolerância com sobrecarga oral de lactose: Jejum Dosagem 6 horas Glicemia Soluçao de lactose 10% 2g/kg 18 - 20 min nova glicemia 20 mg/dL acima do inicial o Teste do Hidrogênio Expirado Jejum 8 horas concentraçao 2g/kg de açúcar VO H2 no ar expirado Concentraçao de H2 no ar expirado a cada 30 min por 3 4 horas > 20 ppm em relação ao valor de jejum = Má-absorçao. CONSTIPAÇAO INTESTINAL Enema Opaco o Sem preparo intestinal. o Doença de Hirschsprung. Manômetria Anorretal: o Especificidade 95%. o Sedação não interfere. o Útil no seguimento o Distúrbio retal contração EAI (Doença de Hirschsprung). Biópsia Retal: o HE Ausência de células ganglionares. Acetil-colinesterase Provem de fibras nervosas da lamina própria e muscalaris mucosae. Raphael Moura 2012