Vimpat - HC-863-A20-0026-PT

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ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Comprimido revestido por película rosado, oval gravado com “SP” numa das faces e “50” na outra.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem
generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia.
4.2
Posologia e modo de administração
Posologia
Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por
dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após
uma semana.
Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg
duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por
dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos.
De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat,
recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana).
População especial
Compromisso renal
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado
(CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso
renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes
hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a
seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser
feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade
farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes
com compromisso renal (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso
renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático
grave (ver secção 5.2).
Idosos (a partir dos 65 anos)
Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em
doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com
aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção
5.2).
População pediátrica
Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência
de dados de segurança e eficácia.
4.3
Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Tonturas
O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de
lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que
estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8).
Ritmo e condução cardíaca
Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida. A lacosamida
deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou
doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se
especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas
cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do
intervalo PR.
Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização.
Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada
fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na
experiência pós-comercialização (ver secção 4.8).
Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex.
pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter
auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos
doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas.
Ideação e comportamento suicída
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos
anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e
controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento
do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este
risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à
lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento
suicida, devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores
de cuidados aos docentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de
ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8).
4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao
aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes
tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não
demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com
administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina.
Dados in vitro
Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in
vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6,
2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1 não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas
observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é
transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e
CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil.
Dados in vivo
A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A
lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida
200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A
lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após
toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia).
O omeprazol, inibidor do CYP2C19, (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo
da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19
afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida..
É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex.
fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um
aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas
foram possivelmente baseadas nos dados in vitro.
A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos
fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o início e fim de
tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução.
Medicamentos anti-epilépticos
Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações
plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida
não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional
demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores
enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica
geral da lacosamida em 25%.
Contraceptivos orais
Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e
os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram
afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos.
Outros
Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da
digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina.
Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool.
A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco
provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral.
Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com
epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada
na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das
malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao
tratamento e/ou doença não foi elucidativa.
O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da
patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto.
Risco associado à lacosamida
Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais
não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade
em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para
o ser humano.
A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se
o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir
engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada.
Amamentação
Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais
demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento
deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva.
Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas
potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar
estas actividades.
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises
parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com
lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais
frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São
geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a
dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos
indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo.
A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados
com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção
adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas.
Lista de reacções adversas em forma tabelar
No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os
ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1%
relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em
muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de
frequência.
Classes de sistemas de
órgãos
Doenças do sistema
imunitário
Perturbações do foro
psiquiátrico
Muito
frequentes
Frequentes
Depressão
Estado confusional (1)
Insónia(2)
Pouco frequentes
Hipersensibilidade ao
medicamento(2)
Agressividade(2)
Agitação(2)
Humor eufórico(2)
Perturbação psicótica(2)
Tentativa de suicídio(2)
Ideação suicída(2)
Doenças do sistema
nervoso
Tonturas
Cefaleias
Afecções oculares
Afecções do ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Diplopia
Doenças
gastrointestinais
Náuseas
Perturbações no
equilíbrio
Coordenação anómala
Perturbações da
memória
Perturbação cognitiva
Sonolência
Tremor
Nistagmo
Hipoestesia(1)
Disartria(1)
Perturbações na
atenção(1)
Visão turva
Vertigens
Acufenos(1)
Bloqueio auriculoventricular(2)
Bradicardia(2)
Fibrilhação auricular(2)
Flutter auricular(2)
Vómitos
Obstipação
Flatulência
Dispesia(1)
Xerostomia(1)
Afecções hepatobiliares
Afecções dos tecidos
cutâneos e subcutaneos
Afecções
musculosqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Prurido
Erupção Cutânea(2)
Espasmos musculares(1)
Testes da função
hepática alterados(2)
Angioedema(2)
Urticária(2)
Alterações da marcha
Astenia
Fadiga
Irritabilidade(1)
Queda
Laceração cutânea
Complicações de
intervenções
relacionadas com lesões
e intoxicações
(1)
Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num
conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima
definidos.
(2)
Reacções adversas relatadas durante a experiência pós-comercialização.
Descrição das reacções adversas seleccionadas
A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose.
Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio
auriculo-ventricular, síncope, bradicardia).
Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio
auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida
200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior nestes estudos. Contudo, durante a experiência póscomercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao
tratamento com lacosamida.
Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os
doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo
(0,3%).
A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo
ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização.
Anomalias nas análises laboratoriais
Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em
doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos
concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar
Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo.
Reacções de Hipersensibilidade Multi-órgão
Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes
antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e
erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram
raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de
hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada.
4.9
Sobredosagem
A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas
clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao
sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose.
A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi
12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos.
O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas
permanentes.
Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma
sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se
necessário (ver secção 5.2).
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18
Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido
funcionalizado.
Mecanismo de acção
O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres
humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram
que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da
voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis.
Efeitos farmacodinâmicos
A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de
crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas.
Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína,
valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou
aditivos.
Eficácia e segurança clínica
A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia)
foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de
12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios
controlados, embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de
tolerar esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é
recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos,
envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram
desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida, quando administrada
concomitantemente com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou
sem generalização secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de
crises foi de 23%, 34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia,
respectivamente.
Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante visando atingir
a monoterapia com lacosamida.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral
dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração
plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A
extensão de absorção não é alterada pelos alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às
proteinas plasmáticas.
Biotransformação
95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da
lacosamida ainda não foi completamente caracterizado.
Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da
dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%.
A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente
20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de
alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na
urina.
Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a
formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in
vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando
comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em
metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o
omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas
nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A
concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da
concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica
conhecida.
Eliminação
A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e
biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi
recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes.
O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A
farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e
inter individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio são
atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação de
aproximadamente 2.
Farmacocinética em grupos de doentes especiais
Género
Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a
concentração plasmática de lacosamida.
Compromisso renal
A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso
renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob
hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada.
A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas
de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil
foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de
hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento
durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na
doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade
farmacológica associada ao metabolito.
Compromisso hepático
Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas
de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de
exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a
redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da
lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver
secção 4.2).
Idosos (idade superior a 65 anos)
Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva
registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente. Este resultado
deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23
%, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição.
Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos.
Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal
comprometida (ver secção 4.2)
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas
marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou
inexistentes para a exposição humana.
Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães
anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução
da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias
começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima
recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus,
foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação
auriculo-ventricular.
Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos,
com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram
aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos
enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra
alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos.
Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado
efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros
durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da
massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de
exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o
potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi
possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna.
Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1.
Lista dos excipientes
Núcleo:
Celulose microcristalina
Hidroxipropilcelulose
Hidroxipropilcelulose (pouco substituída)
Sílica coloidal anidra
Crospovidona
Esterato de magnésio
Revestimento:
Álcool polivinílico
Macrogol 3350
Talco
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro ((E172), laca de alumínio de indigotina (E132)
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável
6.3
Prazo de validade
4 anos
6.4
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio.
Embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de manuseamento
Não existem requisitos especiais
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/001-003
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 29 Agosto 2008
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
{MM/AAAA}
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/.
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Comprimido revestido por película amarelo escuro, oval gravado com “SP” numa das faces e “100” na
outra.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem
generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia.
4.2
Posologia e modo de administração
Posologia
Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por
dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após
uma semana.
Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg
duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por
dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos.
De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat,
recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana).
População especial
Compromisso renal
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado
(CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso
renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes
hemodializados, recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a
seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser
feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade
farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes
com compromisso renal (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso
renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático
grave (ver secção 5.2).
Idosos (a partir dos 65 anos)
Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização de lacosamida em
doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com
aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção
5.2).
População pediátrica
Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência
de dados de segurança e eficácia.
4.3
Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Tonturas
O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de
lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que
estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8).
Ritmo e condução cardíaca
Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida,. A lacosamida
deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou
doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se
especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas
cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do
intervalo PR.
Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização.
Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada
fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na
experiência pós-comercialização (ver secção 4.8).
Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex.
pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter
auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos
doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas.
Ideação e comportamento suicída
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos
anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e
controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento
do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este
risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à
lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento
suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores
de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de
ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8).
4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao
aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes
tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não
demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com
administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina.
Dados in vitro
Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in
vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6,
2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas
observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é
transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e
CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil.
Dados in vivo
A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A
lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida
200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A
lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após
toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia).
O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo
da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19
afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida..
É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex.
fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um
aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas
foram possivelmente baseadas nos dados in vitro.
A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos
fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de
tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução.
Medicamentos anti-epilépticos
Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações
plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida
não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional
demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores
enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica
geral da lacosamida em 25%.
Contraceptivos orais
Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e
os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram
afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos.
Outros
Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da
digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina.
Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool.
A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco
provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral.
Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com
epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada
na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das
malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao
tratamento e/ou doença não foi elucidativa.
O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da
patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto.
Risco associado à lacosamida
Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais
não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade
em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para
o ser humano.
A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se
o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir
engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada.
Amamentação
Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais
demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento
deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva.
Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas
potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar
estas actividades.
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises
parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com
lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais
frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São
geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a
dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos
indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo.
A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados
com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção
adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas.
Lista de reacções adversas em forma tabelar
No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os
ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência ≥ 1% no grupo com lacosamida e >1%
relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em
muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de
frequência.
Classes de sistemas de
Muito
Frequentes
Pouco frequentes
órgãos
Doenças do sistema
imunitário
Perturbações do foro
psiquiátrico
frequentes
Doenças do sistema
nervoso
Tonturas
Cefaleias
Afecções oculares
Afecções do ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Diplopia
Depressão
Estado confusional(1)
Insónia(2)
Perturbações no
equilíbrio
Coordenação anómala
Perturbações da
memória
Perturbação cognitiva
Sonolência
Tremor
Nistagmo
Hipoestasia(1)
Disartria(1)
Perturbações na
atenção(1)
Visão turva
Vertigens
Acufenos(1)
Bloqueio auriculoventricular(2)
Bradicardia(2)
Fibrilhação auricular(2)
Flutter auricular(2)
Testes da função
hepática alterados(2)
Afecções hepatobiliares
Doenças
gastrointestinais
Afecções dos tecidos
cutâneos e subcutaneos
Afecções
musculosquléticas e dos
tecidos conjuntivos
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Hipersensibilidade ao
medicamento(2)
Agressividade(2)
Agitação(2)
Humor eufórico(2)
Perturbação psicótica(2)
Tentativa de suicídio(2)
Ideação suicída(2)
Náuseas
Vómitos
Obstipação
Flatulência
Dispesia(1)
Xerostomia(1)
Prurido
Erupção cutânea(2)
Espasmos musculares(1)
Alterações da marcha
Astenia
Fadiga
Irritabilidade(1)
Queda
Laceração cutânea
Angioedema(2)
Urticária(2)
Complicações de
intervenções
relacionadas com lesões
e intoxicações
(1)
Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num
conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima
definidos.
(2)
Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização.
Descrição das reacções adversas seleccionadas
A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose.
Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio
auriculo-ventricular, síncope, bradicardia).
Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio
auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida
200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior, nestes estudos. Contudo, durante a experiência póscomercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao
tratamento com lacosamida.
Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os
doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo
(0,3%).
A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo
ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização.
Anomalias nas análises laboratoriais
Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em
doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos
concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar
Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo.
Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão
Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes
antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e
erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram
raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de
hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada.
4.9
Sobredosagem
A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas
clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao
sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose.
A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi
12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos.
O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas
permanentes.
Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma
sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se
necessário (ver secção 5.2).
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18
Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido
funcionalizado.
Mecanismo de acção
O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres
humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram
que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da
voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis.
Efeitos farmacodinâmicos
A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de
crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas.
Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína,
valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou
aditivos.
Eficácia e segurança clínica
A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia)
foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de
12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios
controlados, embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de
tolerar esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é
recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos,
envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram
desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente
com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização
secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi de 23%,
34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente.
Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante, visando
atingir a monoterapia com lacosamida.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral
dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração
plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A
extensão de absorção não é alterada pelos alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às
proteinas plasmáticas.
Biotransformação
95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da
lacosamida ainda não foi completamente caracterizado.
Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da
dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%.
A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente
20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de
alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na
urina.
Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a
formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in
vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando
comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em
metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o
omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas
nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A
concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da
concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade
farmacológica conhecida.
Eliminação
A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e
biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi
recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes.
O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A
farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e
inter-individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio
são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação
de aproximadamente 2.
Farmacocinética em grupos de doentes especiais
Género
Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a
concentração plasmática de lacosamida.
Compromisso renal
A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso
renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob
hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada.
A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas
de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil
foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de
hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento
durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na
doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade
farmacológica associada ao metabolito.
Compromisso hepático
Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas
de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de
exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a
redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da
lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver
secção 4.2).
Idosos (idade superior a 65 anos)
Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva
registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado
deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23
%, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição.
Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos.
Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal
comprometida (ver secção 4.2)
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas
marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou
inexistentes para a exposição humana.
Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães
anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução
da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias
começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima
recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus,
foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação
auriculo-ventricular.
Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos,
com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram
aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos
enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra
alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos.
Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado
efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros
durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da
massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de
exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o
potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi
possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna.
Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1.
Lista dos excipientes
Núcleo:
Celulose microcristalina
Hidroxipropilcelulose
Hidroxipropilcelulose (pouco substituída)
Sílica coloidal anidra
Crospovidona
Esterato de magnésio
Revestimento:
Álcool polivinílico
Macrogol 3350
Talco
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro amarelo (E172)
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável
6.3
Prazo de validade
4 anos
6.4
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio.
Embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de manuseamento
Não existem requisitos especiais
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/004-006
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 29 Agosto 2008
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
{MM/AAAA}
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/.
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Comprimido revestido por película de cor salmão, oval gravado com “SP” numa das faces e “150” na
outra.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem
generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia.
4.2
Posologia e modo de administração
Posologia
Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por
dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após
uma semana.
Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg
duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por
dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos.
De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat,
recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana).
População especial
Compromisso renal
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado
(CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso
renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes
hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a
seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser
feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade
farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes
com compromisso renal (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso
renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático
grave (ver secção 5.2).
Idosos (a partir dos 65 anos)
Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em
doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com
aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção
5.2).
População pediátrica
Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência
de dados de segurança e eficácia.
4.3
Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Tonturas
O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de
lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que
estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8).
Ritmo e condução cardíaca
Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida,. A lacosamida
deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou
doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se
especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas
cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do
intervalo PR.
Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização.
Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada
fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na
experiência pós-comercialização (ver secção 4.8).
Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex.
pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter
auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos
doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas.
Ideação e comportamento suicída
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos
anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e
controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento
do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este
risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à
lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento
suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores
de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de
ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8).
4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao
aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes
tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não
demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com
administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina.
Dados in vitro
Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in
vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6,
2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas
observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é
transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e
CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil.
Dados in vivo
A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A
lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida
200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A
lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após
toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia).
O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo
da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19
afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida.
É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex.
fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um
aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas
foram possivelmente baseadas nos dados in vitro.
A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos
fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de
tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução.
Medicamentos anti-epilépticos
Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações
plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida
não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional
demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores
enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica
geral da lacosamida em 25%.
Contraceptivos orais
Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e
os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram
afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos.
Outros
Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da
digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina.
Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool.
A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco
provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral.
Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com
epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada
na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das
malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao
tratamento e/ou doença não foi elucidativa.
O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da
patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto.
Risco associado à lacosamida
Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais
não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade
em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para
o ser humano.
A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se
o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir
engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada.
Amamentação
Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais
demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento
deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva.
Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas
potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar
estas actividades.
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises
parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com
lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais
frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São
geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a
dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos
indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo.
A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados
com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção
adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas.
Lista de reacções adversas em forma tabelar
No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os
ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1%
relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em
muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de
frequência.
Classes de sistemas de
órgãos
Doenças do sistema
imunitário
Perturbações do foro
psiquiátrico
Muito
frequentes
Frequentes
Depressão
Estado confusional (1)
Insónia(2)
Pouco frequentes
Hipersensibilidade ao
medicamento(2)
Agressividade(2)
Agitação(2)
Humor eufórico(2)
Perturbação psicótica(2)
Tentativa de suicídio(2)
Ideacção suicída(2)
Doenças do sistema
nervoso
Tonturas
Cefaleias
Afecções oculares
Afecções do ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Diplopia
Doenças
gastrointestinais
Náuseas
Perturbações no
equilíbrio
Coordenação anómala
Perturbações da
memória
Perturbação cognitiva
Sonolência
Tremor
Nistagmo
Hipoestesia(1)
Disartria(1)
Perturbações na
atenção(1)
Visão turva
Vertigens
Acufenos(1)
Bloqueio auriculoventricular(2)
Bradicardia(2)
Fibrilhação auricular(2)
Flutter auricular(2)
Vómitos
Obstipação
Flatulência
Dispesia(1)
Xerostomia (1)
Afecções hepatobiliares
Afecções dos tecidos
cutâneos e subcutaneos
Afecções
musculosqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Prurido
Erupção cutânea(2)
Espasmos musculares(1)
Testes da função
hepática alterados(2)
Angioedema(2)
Urticária(2)
Alterações da marcha
Astenia
Fadiga
Irritabilidade(1)
Queda
Laceração cutânea
Complicações de
intervenções
relacionadas com lesões
e intoxicações
1)
Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num
conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima
definidos.
(2)
Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização.
Descrição das reacções advsersas seleccionadas
A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose.
Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio
auriculo-ventricular, síncope, bradicardia).
Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio
auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida
200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior, nestes estudos. Contudo, durante a experiência pós-
comercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao
tratamento com lacosamida.
Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os
doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo
(0,3%).
A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo
ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização.
Anomalias nas análises laboratoriais
Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em
doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos
concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar
Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo.
Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão
Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes
antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e
erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram
raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de
hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada.
4.9
Sobredosagem
A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas
clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao
sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose.
A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi
12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos.
O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas
permanentes.
Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma
sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se
necessário (ver secção 5.2).
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18
Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido
funcionalizado.
Mecanismo de acção
O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres
humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram
que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da
voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis.
Efeitos farmacodinâmicos
A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de
crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas.
Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína,
valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou
aditivos.
Eficácia e segurança clínica
A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia)
foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de
12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios
controlados embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de tolerar
esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é
recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos,
envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram
desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente
com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização
secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi de 23%,
34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente.
Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante visando atingir
a monoterapia com lacosamida.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral
dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração
plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A
extensão de absorção não é alterada pelos alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às
proteinas plasmáticas.
Biotransformação
95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da
lacosamida ainda não foi completamente caracterizado.
Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da
dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%.
A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente
20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de
alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na
urina.
Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a
formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in
vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando
comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em
metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o
omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas
nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A
concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da
concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica
conhecida.
Eliminação
A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e
biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi
recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes.
O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A
farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e
inter-individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio
são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação
de aproximadamente 2.
Farmacocinética em grupos de doentes especiais
Género
Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a
concentração plasmática de lacosamida.
Compromisso renal
A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso
renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob
hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada.
A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas
de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil
foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de
hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento
durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na
doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade
farmacológica associada ao metabolito.
Compromisso hepático
Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas
de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de
exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a
redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da
lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver
secção 4.2).
Idosos (idade superior a 65 anos)
Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva
registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado
deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23
%, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição.
Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos.
Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal
comprometida (ver secção 4.2)
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas
marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou
inexistentes para a exposição humana.
Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães
anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução
da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias
começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima
recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus,
foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação
auriculo-ventricular.
Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos,
com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram
aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos
enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra
alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos.
Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado
efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros
durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da
massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de
exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o
potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi
possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna.
Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1.
Lista dos excipientes
Núcleo:
Celulose microcristalina
Hidroxipropilcelulose
Hidroxipropilcelulose (pouco substituída)
Sílica coloidal anidra
Crospovidona
Esterato de magnésio
Revestimento:
Álcool polivinílico
Macrogol 3350
Talco
Dióxido de titânio (E171)
Óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro preto ((E172),
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável
6.3
Prazo de validade
4 anos
6.4
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio.
Embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película (embalagens múltiplas contêm 3
embalagens de 56 comprimidis).
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de manuseamento
Não existem requisitos especiais
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/007-009
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 29 Agosto 2008
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
{MM/AAAA}
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/.
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
Comprimido revestido por película azul, oval gravado com “SP” numa das faces e “200” na outra.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem
generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia.
4.2
Posologia e modo de administração
Posologia
Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por
dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após
uma semana.
Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg
duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por
dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos.
De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat,
recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana).
População especial
Compromisso renal
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado
(CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso
renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes
hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a
seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser
feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade
farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes
com compromisso renal (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso
renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático
grave (ver secção 5.2).
Idosos (a partir dos 65 anos)
Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em
doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com
aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção
5.2).
População pediátrica
Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência
de dados de segurança e eficácia.
4.3
Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Tonturas
O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de
lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que
estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8).
Ritmo e condução cardíaca
Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida. A lacosamida
deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou
doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se
especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas
cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do
intervalo PR.
Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização.
Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada
fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na
experiência pós-comercialização (ver secção 4.8).
Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex.
pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter
auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos
doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas.
Ideação e comportamento suicída
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos
anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e
controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento
do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este
risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à
lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento
suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores
de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de
ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8).
4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao
aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes
tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não
demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com
administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina.
Dados in vitro
Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in
vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6,
2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas
observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é
transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e
CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil.
Dados in vivo
A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A
lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida
200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A
lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após
toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia).
O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo
da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19
afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida.
É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex.
fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um
aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas
foram possivelmente baseadas nos dados in vitro.
A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos
fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de
tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução.
Medicamentos anti-epilépticos
Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações
plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida
não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional
demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores
enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica
geral da lacosamida em 25%.
Contraceptivos orais
Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e
os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram
afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos.
Outros
Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da
digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina.
Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool.
A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco
provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral.
Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com
epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada
na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das
malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao
tratamento e/ou doença não foi elucidativa.
O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da
patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto.
Risco associado à lacosamida
Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais
não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade
em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para
o ser humano.
A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se
o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir
engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada.
Amamentação
Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais
demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento
deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva.
Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas
potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar
estas actividades.
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo de perfil de segurança
Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises
parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com
lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais
frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São
geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a
dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos
indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo.
A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados
com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção
adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas.
Lista de reacções adversas em forma tabelar
No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os
ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1%
relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em
muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de
frequência.
Classes de sistemas de
órgãos
Doenças do sistema
imunitário
Perturbações do foro
psiquiátrico
Muito
frequentes
Frequentes
Depressão
Estado confusional (1)
Insónia(2)
Pouco frequentes
Hipersensibilidade ao
medicamento(2)
Agressividade(2)
Agitação(2)
Humor eufórico(2)
Distúrbio psicótico(2)
Tentativa de suicídio(2)
Ideação suicída(2)
Doenças do sistema
nervoso
Tonturas
Cefaleias
Afecções oculares
Afecções do ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Diplopia
Doenças
gastrointestinais
Náuseas
Perturbações no
equilíbrio
Coordenação anómala
Perturbações da
memória
Perturbação cognitiva
Sonolência
Tremor
Nistagmo
Hipoestesia(1)
Disartria(1)
Perturbações na
atenção(1)
Visão turva
Vertigens
Acufenos(1)
Bloqueio auriculoventricular(2)
Bradicardia(2)
Fibrilhação auricular(2)
Flutter auricular(2)
Vómitos
Obstipação
Flatulência
Dispesia(1)
Xerostomia (1)
Afecções hepatobiliares
Afecções dos tecidos
cutâneos e subcutaneos
Afecções
musculosqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Prurido
Erupção cutânea(2)
Espasmos musculares(1)
Testes da função
hepática alterados(2)
Angioedema(2)
Urticária(2)
Alterações da marcha
Astenia
Fadiga
Irritabilidade(1)
Queda
Laceração cutânea
Complicações de
intervenções
relacionadas com lesões
e intoxicações
(1)
Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num
conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima
definidos.
(2)
Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização.
Descrição das reacções adversas seleccionadas
A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose.
Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio
auriculo-ventricular, síncope, bradicardia).
Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio
auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida
200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior, nestes estudos. Contudo, durante a experiência pós-
comercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao
tratamento com lacosamida.
Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os
doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo
(0,3%).
A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo
ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização.
Anomalias nas análises laboratoriais
Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em
doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos
concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar
Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo.
Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão
Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes
antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e
erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram
raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de
hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada.
4.9
Sobredosagem
A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas
clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao
sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose.
A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi
12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos.
O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas
permanentes.
Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma
sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se
necessário (ver secção 5.2).
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18
Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido
funcionalizado.
Mecanismo de acção
O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres
humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram
que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da
voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis.
Efeitos farmacodinâmicos
A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de
crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas.
Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína,
valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou
aditivos.
Eficácia e seguranca clínica
A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia)
foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de
12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios
controlados embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de tolerar
esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é
recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos,
envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram
desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente
com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização
secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi 23%, 34% e
40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente.
Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante visando atingir
a monoterapia com lacosamida.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral
dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração
plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A
extensão de absorção não é alterada pelos alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às
proteinas plasmáticas.
Biotransformação
95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da
lacosamida ainda não foi completamente caracterizado.
Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da
dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%.
A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente
20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de
alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na
urina.
Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a
formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in
vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando
comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em
metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o
omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas
nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via.
A concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da
concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica
conhecida.
Eliminação
A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e
biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi
recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes.
O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A
farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e
inter-individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio
são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação
de aproximadamente 2.
Farmacocinética em grupos de doentes especiais
Género
Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a
concentração plasmática de lacosamida.
Compromisso renal
A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso
renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob
hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada.
A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas
de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil
foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de
hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento
durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na
doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade
farmacológica associada ao metabolito.
Compromisso hepático
Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas
de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de
exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a
redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da
lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver
secção 4.2).
Idosos (idade superior a 65 anos)
Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva
registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado
deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23
%, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição.
Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos.
Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal
comprometida (ver secção 4.2)
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas
marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou
inexistentes para a exposição humana.
Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães
anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução
da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora.
Estas alterações transitórias começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a
administração da dose máxima recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães
anestesiados e macacos Cynomolgus, foi observado atraso da condução auricular e ventricular,
bloqueio auriculo-ventricular e dissociação auriculo-ventricular.
Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos,
com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram
aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos
enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra
alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos.
Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado
efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros
durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da
massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de
exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o
potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi
possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna.
Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1.
Lista dos excipientes
Núcleo:
Celulose microcristalina
Hidroxipropilcelulose
Hidroxipropilcelulose (pouco substituída)
Sílica coloidal anidra
Crospovidona
Esterato de magnésio
Revestimento:
Álcool polivinílico
Macrogol 3350
Talco
Dióxido de titânio (E171)
Laca de alumínio de indigotina (E132)
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável
6.3
Prazo de validade
4anos
6.4
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio.
Embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película (embalagens múltiplas contêm 3
embalagens de 56 comprimidis).
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de manuseamento
Não existem requisitos especiais
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/010-012
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 29 Agosto 2008
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
{MM/AAAA}
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/.
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película
Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida.
Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida.
Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida.
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido revestido por película
50 mg:
Comprimido revestido por película rosado, oval gravado com “SP” numa das faces e “50” na outra.
100 mg:
Comprimido revestido por película amarelo escuro, oval gravado com “SP” numa das faces e “100” na
outra.
150 mg:
Comprimido revestido por película de cor salmão, oval gravado com “SP” numa das faces e “150” na
outra.
200 mg:
Comprimido revestido por película azul, oval gravado com “SP” numa das faces e “200” na outra.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem
generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia.
4.2
Posologia e modo de administração
Posologia
Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por
dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após
uma semana.
Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg
duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por
dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos.
De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat,
recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana).
A embalagem de inicio de tratamento de Vimpat contém 4 embalagens diferentes (uma para cada
dosagem) com 14 comprimidos cada, para as primeiras 2 a 4 semanas de tratamento, dependendo da
resposta e tolerabilidade do doente.
As embalagens são comercializadas com “semana 1 (2, 3 ou 4)”.
No primeiro dia de tratamento, o doente inicia Vimpat comprimidos 50 mg, duas vezes por dia.
Durante a segunda semana, o doente toma Vimpat comprimidos 100 mg, duas vezes por dia.
Dependendo da resposta e tolerabilidade, Vimpat comprimidos 150 mg podem ser tomados 2 vezes
por dia durante a terceira semana e Vimpat comprimidos 200 mg duas vezes por dia durante a quarta
semana.
População especial
Compromisso renal
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado
(CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com insuficiência
renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com compromisso renal terminal. Em doentes
hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a
seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser
feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade
farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes
com compromisso renal (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso
renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático
grave (ver secção 5.2).
Idosos (a partir dos 65 anos)
Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em
doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com
aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção
5.2).
População pediátrica
Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência
de dados de segurança e eficácia.
4.3
Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância ou a qualquer um dos excipientes.
Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Tonturas
O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de
lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que
estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8).
Ritmo e condução cardíaca
Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida. A lacosamida
deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou
doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se
especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas
cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do
intervalo PR.
Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização.
Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada
fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na
experiência pós-comercialização (ver secção 4.8).
Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex.
pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter
auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos
doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas.
Ideação e comportamento suicída
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos
anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e
controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento
do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este
risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à
lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento
suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores
de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de
ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8).
4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao
aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes
tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não
demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com
administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina.
Dados in vitro
Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in
vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6,
2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas
observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é
transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e
CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil.
Dados in vivo
A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A
lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida
200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A
lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após
toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia).
O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo
da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19
afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida.
É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex.
fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um
aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas
foram possivelmente baseadas nos dados in vitro.
A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos
fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de
tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução.
Medicamentos anti-epilépticos
Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações
plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida
não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional
demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores
enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica
geral da lacosamida em 25%.
Contraceptivos orais
Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e
os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram
afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos.
Outros
Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da
digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina.
Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool.
A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco
provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral.
Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com
epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada
na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das
malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao
tratamento e/ou doença não foi elucidativa.
O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da
patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto.
Risco associado à lacosamida
Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais
não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade
em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para
o ser humano.
A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se
o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir
engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada.
Amamentação
Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais
demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento
deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva.
Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas
potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar
estas actividades.
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises
parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com
lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais
frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São
geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a
dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos
indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo.
A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados
com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção
adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas.
Lista de reacções adversas em forma tabelar
No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os
ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1%
relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em
muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de
frequência.
Classes de sistemas de
órgãos
Doenças do sistema
imunitário
Perturbações do foro
psiquiátrico
Muito
frequentes
Doenças do sistema
nervoso
Tonturas
Cefaleias
Afecções oculares
Afecções do ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Diplopia
Doenças
gastrointestinais
Náuseas
Frequentes
Depressão
Estado confusional (1)
Insónia(2)
Pouco frequentes
Hipersensibilidade ao
medicamento(2)
Agressividade(2)
Agitação(2)
Humor eufórico(2)
Distúrbio psicótico(2)
Tentativa de suicício(2)
Ideacção suicída(2)
Perturbações no
equilíbrio
Coordenação anómala
Perturbações da
memória
Perturbação cognitiva
Sonolência
Tremor
Nistagmo
Hipoestesia(1)
Disartria(1)
Perturbações na
atenção(1)
Visão turva
Vertigens
Acufenos(1)
Bloqueio auriculoventricular(2)
Bradicardia(2)
Fibrilhação auricular(2)
Flutter auricular(2)
Vómitos
Obstipação
Flatulência
Dispesia(1)
Xerostomia (1)
Afecções hepatobiliares
Afecções dos tecidos
cutâneos e subcutaneos
Afecções
musculosqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Prurido
Erupção cutânea(2)
Espasmos musculares(1)
Testes da função
hepática alterados(2)
Angioedemna(2)
Urticária(2)
Alterações da marcha
Astenia
Fadiga
Irritabilidade(1)
Queda
Laceração cutânea
Complicações de
intervenções
relacionadas com lesões
e intoxicações
(1)
Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num
conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima
definidos.
(2)
Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização.
Descrição das reacções adversas seleccionadas
A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose.
Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio
auriculo-ventricular, síncope, bradicardia).
Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio
auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida
200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior, nestes estudos. Contudo, durante a experiência póscomercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao
tratamento com lacosamida.
Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os
doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo
(0,3%).
A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo
ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização.
Anomalias nas análises laboratoriais
Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em
doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos
concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar
Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo.
Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão
Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes
antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e
erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram
raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de
hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada.
4.9
Sobredosagem
A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas
clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao
sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose.
A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi
12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos.
O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas
permanentes.
Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma
sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se
necessário (ver secção 5.2).
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18
Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido
funcionalizado.
Mecanismo de acção
O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres
humanos ainda não está completamente caracterizado.
Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação
lenta dos canais de sódio dependentes da voltagem, resultando na estabilização das membranas
neuronais hiperexcitáveis.
Efeitos farmacodinâmicos
A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de
crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas. Em
estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína,
valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou
aditivos.
Eficácia e segurança clínica
A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia)
foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de
12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios
controlados, embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de
tolerar esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é
recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos,
envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram
desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente
com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização
secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi de 23%,
34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente.
Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante, visando
atingir a monoterapia com lacosamida.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral
dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração
plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A
extensão de absorção não é alterada pelos alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às
proteinas plasmáticas.
Biotransformação
95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da
lacosamida ainda não foi completamente caracterizado.
Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da
dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%.
A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente
20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de
alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na
urina.
Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a
formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in
vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando
comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em
metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o
omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas
nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A
concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da
concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica
conhecida.
Eliminação
A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e
biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi
recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes.
O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A
farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e
inter- individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio
são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação
de aproximadamente 2.
Farmacocinética em grupos de doentes especiais
Género
Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a
concentração plasmática de lacosamida.
Compromisso renal
A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso
renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob
hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada.
A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas
de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil
foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de
hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento
durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na
doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade
farmacológica associada ao metabolito.
Compromisso hepático
Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas
de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de
exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a
redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da
lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver
secção 4.2).
Idosos (idade superior a 65 anos)
Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva
registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado
deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23
%, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição.
Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos.
Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal
comprometida (ver secção 4.2)
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas
marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou
inexistentes para a exposição humana.
Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães
anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução
da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias
começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima
recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus,
foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação
auriculo-ventricular.
Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos,
com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram
aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos
enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra
alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos.
Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado
efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros
durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da
massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de
exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o
potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi
possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna.
Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1.
Lista dos excipientes
Núcleo:
Celulose microcristalina
Hidroxipropilcelulose
Hidroxipropilcelulose (pouco substituída)
Sílica coloidal anidra
Crospovidona
Esterato de magnésio
Revestimento:
Álcool polivinílico
Macrogol 3350
Talco
Dióxido de titânio (E171)
Comprimidos de 50 mg: óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro ((E172), laca de
alumínio de indigotina (E132)
Comprimidos de 100 mg: óxido de ferro amarelo (E172)
Comprimidos de 150 mg: óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172), óxido de
ferro preto ((E172),
Comprimidos de 2000 mg: laca de alumínio de indigotina (E132)
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável
6.3
Prazo de validade
4 anos
6.4
Precauções especiais de conservação
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio.
A embalagem de início de tratamento contém 4 embalegens de cartão com 14 comprimios de 50 mg,
100 mg, 150 mg e 200 mg cada.
6.6
Precauções especiais de manuseamento
Não existem requisitos especiais
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/013
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização:29 Agosto 2008
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
{MM/AAAA}
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/.
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada ml de solução para perfusão contém 10 mg de lacosamida
1 frasco de 20 ml de solução para perfusão contém 200 mg de lacosamida
Excipientes:
Cada ml de solução para perfusão contém 2,99 mg de sódio.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Solução para perfusão
Solução límpida, incolor.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem
generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia.
Vimpat solução para perfusão é uma alternativa para doentes quando a administração oral,
temporariamente, não é possível.
4.2
Posologia e modo de administração
Posologia
Vimpat deve ser administrado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes
por dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia,
após uma semana.
Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg
duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por
dia).
De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat,
recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana).
O tratamento com Vimpat pode ser iniciado tanto por via oral como IV.
A solução para perfusão deve ser administrada durante um período de 15 a 60 minutos, duas vezes por
dia. Vimpat solução para perfusão pode ser administrada via IV sem diluição. A conversão de
administração de, ou para, via oral e via IV pode ser feita directamente, sem titulação. A dose diária
total e a administração 2 vezes ao dia devem ser mantidas.
Existe experiência de administração de duas infusões de Vimpat, por dia, até 5 dias.
População especial
Compromisso renal
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado
(CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso
renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes
hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a
seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser
feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade
farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes
com compromisso renal (ver secção 5.2).
Compromisso hepático
Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso
renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático
grave (ver secção 5.2).
Idosos (a partir dos 65 anos)
Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em
doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com
aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção
5.2).
População pediátrica
Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência
de dados de segurança e eficácia.
4.3
Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau conhecido.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Tonturas
O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de
lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que
estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8).
Ritmo e condução cardíaca
Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida. A lacosamida
deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca
conhecidos ou doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca.
Deve ter-se especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de
problemas cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a
aumento do intervalo PR.
Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização.
Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada
fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na
experiência pós-comercialização (ver secção 4.8).
Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex.
pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter
auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos
doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas.
Ideação e comportamento suicída
Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos
anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e
controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento
do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este
risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à
lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento
suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores
de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de
ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8).
Este medicamento contém 2,6 mmol (ou 59,8 mg) de sódio por frasco, facto que de deve ser tido em
consideração em doentes com dieta restritiva em sódio.
4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao
aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes
tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não
demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com
administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina.
Dados in vitro
Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in
vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6,
2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1 não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas
observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é
transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e
CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil.
Dados in vivo
A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A
lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida
200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A
lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após
toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia).
O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo
da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19
afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida..
É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex.
fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um
aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas
foram possivelmente baseadas nos dados in vitro.
A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos
fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de
tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução.
Medicamentos anti-epilépticos
Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações
plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida
não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional
demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores
enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica
geral da lacosamida em 25%.
Contraceptivos orais
Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e
os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram
afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos.
Outros
Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da
digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina.
Não estão disponíveis dados sobre a interacçãio da lacosamida com o álcool.
A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco
provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Gravidez
Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral.
Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com
epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada
na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das
malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao
tratamento e/ou doença não foi elucidativa.
O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da
patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto.
Risco associado à lacosamida
Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais
não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade
em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para
o ser humano.
A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se
o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir
engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada.
Amamentação
Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais
demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento
deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar
máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva.
Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas
potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar
estas actividades.
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises
parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com
lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais
frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São
geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a
dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos
indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo.
A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados
com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. O reacção
adversa mais frequente, associado à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas.
Lista de reacções adversas em forma tabelar
No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os
ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1%
relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em
muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de
frequência.
Classes de sistemas de
órgãos
Doenças do sistema
imunitário
Perturbações do foro
psiquiátrico
Muito
frequentes
Doenças do sistema
nervoso
Tonturas
Cefaleias
Afecções oculares
Afecções do ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Diplopia
Doenças
gastrointestinais
Náuseas
Frequentes
Depressão
Estado confusional (1)
Insónia(2)
Hipersensibilidade ao
medicamento(2)
Agressividade(2)
Agitação(2)
Humor eufórico(2)
Distúrbio psicótico(2)
Tentativa de suicídio(2)
Ideação suicída(2)
Perturbações no
equilíbrio
Coordenação anómala
Perturbações da
memória
Perturbação cognitiva
Sonolência
Tremor
Nistagmo
Acufenos(1)
Disartria(1)
Perturbações na
atenção(1)
Visão turva
Vertigens
Zumbido(1)
Bloqueio auriculoventricular(2)
Bradicardia(2)
Fibrilhação auricular(2)
Flutter auricular(2)
Vómitos
Obstipação
Flatulência
Dispesia(1)
Xerostomia (1)
Afecções hepatobiliares
Afecções dos tecidos
cutâneos e subcutaneos
Afecções
musculosqueléticas e dos
tecidos conjuntivos
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Pouco frequentes
Prurido
Erupção cutânea(2)
Espasmos musculares(1)
Alterações da marcha
Astenia
Fadiga
Irritabilidade(1)
Dor ou desconforto no
local de administração(3)
Irritação (3)
Testes da função
hepática alterados(2)
Angioedema(2)
Urticária(2)
Eritema (3)
Complicações de
Queda
intervenções
Laceração cutânea
relacionadas com lesões
e intoxicações
(1)
Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num
conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima
definidos.
(2)
Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização.
(3)
Reacções adversas locais associadas à administração por via intravenosa
Descrição das reacções adversas seleccionadas
A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose.
Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio
auriculo-ventricular, síncope, bradicardia).
Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio
auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida
200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior nestes estudos. Contudo, durante a experiência póscomercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao
tratamento com lacosamida.
Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os
doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo.
(0,3%).
A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo
ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização.
Anomalias nas análises laboratoriais
Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em
doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos
concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar
Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo.
Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão
Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes
antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e
erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram
raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de
hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada.
4.9
Sobredosagem
A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas
clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao
sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose.
A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi
12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos.
O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas
permanentes.
Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma
sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se
necessário (ver secção 5.2).
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18
Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido
funcionalizado.
Mecanismo de acção
O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres
humanos ainda não está completamente caracterizado.
Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação
lenta dos canais de sódio dependentes da voltagem, resultando na estabilização das membranas
neuronais hiperexcitáveis.
Efeitos farmacodinâmicos
A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de
crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas.
Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína,
valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou
aditivos.
Eficácia e segurança clínica
A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia)
foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de
12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios
controlados embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de tolerar
esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é
recomendada a dose de 600 mg/dia.A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos,
envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram
desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente
com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização
secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi 23%, 34% e
40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente.
Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante visando atingir
a monoterapia com lacosamida.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração IV, a C max é atingida no final da perfusão. A concentração plasmática aumenta
proporcionalmente com a dose após administração oral (100-800 mg) e IV (50-300 mg).
Distribuição
O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às
proteinas plasmáticas.
Biotransformação
95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da
lacosamida ainda não foi completamente caracterizado.
Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da
dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%.
A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente
20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de
alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na
urina.
Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a
formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in
vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando
comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em
metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o
omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas
nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via.
A concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da
concentração plasmática de lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica
conhecida.
Eliminação
A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e
biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi
recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes.
O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A
farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e
inter- individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio
são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação
de aproximadamente 2.
Farmacocinética em grupos de doentes especiais
Género
Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a
concentração plasmática de lacosamida.
Compromisso renal
A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso
renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob
hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada.
A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas
de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil
foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de
hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento
durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na
doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade
farmacológica associada ao metabolito.
Compromisso hepático
Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas
de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de
exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a
redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da
lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver
secção 4.2).
Idosos (idade superior a 65 anos)
Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva
registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado
deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23
%, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição.
Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos.
Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal
comprometida (ver secção 4.2)
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas
marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou
inexistentes para a exposição humana.
Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães
anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução
da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias
começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima
recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus,
foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação
auriculo-ventricular.
Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos,
com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram
aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos
enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra
alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos.
Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado
efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros
durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da
massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de
exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o
potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi
possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna.
Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta.
6.
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1.
Lista dos excipientes
Água para preparações injectáveis
Cloreto de sódio
Ácido clorídrico (ajuste de pH)
6.2
Incompatibilidades
Este medicamento não pode ser misturado com outros medicamentos, excepto os mencionados na
secção 6.6.
6.3
Prazo de validade
3 anos
A estabilidade física e química foi demonstrada para períodos de 24 horas a temperaturas iguais ou
inferiores a 25ºC, para o produto diluído nos diluentes mencionados em 6.6.
De um ponto de vista microbiológico, o produto deve ser usado imediatamente. Se não
for usado imediatamente, o tempo e as condições de armazenagem, anteriores à utilização, são da
responsabilidade do utilizador e não devem, normalmente, ser superiores a 24 horas, a uma
temperatura entre 2 a 8 º C, excepto se a diluição ocorreu em condições assépticas controladas e
validadas
6.4
Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Frascos para injectáveis, incolores, de vidro (tipo I), com rolha de clorobutilo selado com
fluoropolímero.
Embalagens de 1x20 ml and 5x20 ml.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de manuseamento
Este medicamento é para uso único e qualquer solução não utilizada deve ser rejeitada.
Produto que apresente descoloração não deve ser utilizado. Verificou-se que Vimpat solução para
perfusão é física e quimicamente estável, quando misturado com os seguintes diluentes, durante um
mínimo de 24 horas, conservado em sacos de PVC, à temperatura ambiente controlada até 25ºC.
Diluentes:
Solução injectável de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%)
Solução injectável de glucose a 50 mg/ml (5% )
Solução injectável de Ringer-lactato
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/016-017
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização:29 Agosto 2008
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
{MM/AAAA}
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/.
ANEXO II
A.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL
PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B.
CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
A.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO
DO LOTE
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Aesica Pharmaceuticals GmbH
Alfred-Nobel Str. 10
D-40789 Monheim
Alemanha
B.
CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento sujeito a receita médica.

CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ
DO MEDICAMENTO
Não aplicável.

OUTRAS CONDIÇÕES
Sistema de farmacovigilância
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado deve assegurar que o
sistema de
farmacovigilância apresentada no Módulo 1.8.1 da Autorização de Introdução no Mercado, está
implementado e em funcionamento antes e enquanto o produto estiver no mercado.
Plano de Gestão do Risco
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado compromete-se a efectuar os estudos e
actividades de farmacovigilância adicionais detalhadas no Plano de Farmacovigilância, tal como
acordado na versão 5 do Plano de Gestão do Risco (PGR) apresentado no Módulo 1.8.2 do pedido da
Autorização de Introdução no Mercado, assim como todas as actualizações subsequentes do PGR
acordadas pelo CHMP.
De acordo com a Norma Orientadora do CHMP sobre Sistema de Gestão do Risco para medicamentos
de uso humano, qualquer actualização do PGR deve ser submetido ao mesmo tempo que o Relatório
Periódico de Segurança (RPS) seguinte.
Além disso, deve ser submetido um PGR actualizado:
 Quando for recebida nova informação que possa ter impacto nas actuais Especifiçações de
Segurança, no Plano de farmacovigilância ou nas actividades de minimização do risco.
 No período de 60 dias após ter sido atingido um objectivo importante (farmacovigilância ou
minimização de risco)
 A pedido da EMA
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
A. ROTULAGEM
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Cartonagem externa
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
14 comprimidos revestidos por película
56 comprimidos revestidos por película
168 comprimidos revestidos por película
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/001 14 comprimidos revestidos por película
EU/1/08/470/002 56 comprimidos revestidos por película
EU/1/08/470/003 168 comprimidos revestidos por película
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 50 mg
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
Rotulagem do blister
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
4.
NÚMERO DO LOTE
Lot
5.
OUTRAS
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Cartonagem externa
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
14 comprimidos revestidos por película
56 comprimidos revestidos por película
168 comprimidos revestidos por película
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/004 14 comprimidos revestidos por película
EU/1/08/470/005 56 comprimidos revestidos por película
EU/1/08/470/006 168 comprimidos revestidos por película
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 100 mg
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
Rotulagem do blister
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
4.
NÚMERO DO LOTE
Lot
5.
OUTRAS
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Cartonagem externa
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
14 comprimidos revestidos por película
56 comprimidos revestidos por película
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/007 14 comprimidos revestidos por película
EU/1/08/470/008 56 comprimidos revestidos por película
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 150 mg
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
APENAS PARA EMBALAGEM MÚLTIPLA
Embalagem com 168 comprimidos revestidos por película contendo 3 embalagens de 56
comprimidos revestidos por película (com blue box)
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
168 comprimidos revestidos por película
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/009
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 150 mg
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
APENAS PARA EMBALAGEM MÚLTIPLA
Embalagem intermédia
Embalagemcom 56 comprimidos revestidos por película de 150 mg (sem blue box)
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
56 comprimidos revestidos por película
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/009
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 150 mg
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
Rotulagem do blister
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
4.
NÚMERO DO LOTE
Lot
5.
OUTRAS
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Cartonagem externa
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
14 comprimidos revestidos por película
56 comprimidos revestidos por película
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/010 14 comprimidos revestidos por película
EU/1/08/470/011 56 comprimidos revestidos por película
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 200 mg
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
APENAS PARA EMBALAGEM MÚLTIPLA
Embalagem com 168 comprimidos revestidos por película contendo 3 embalagens de 56
comprimidos revestidos por película (com blue box)
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
168 comprimidos revestidos por película
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/012
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 200 mg
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
APENAS PARA EMBALAGEM MÚLTIPLA
Embalagem intermédia
Embalagemcom 56 comprimidos revestidos por película de 200 mg (sem blue box)
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
56 comprimidos revestidos por película
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/012
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 200 mg
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
Rotulagem do blister
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
4.
NÚMERO DO LOTE
Lot
5.
OUTRAS
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO
Embalagem externa – a embalagem de início de tratamento contém 4 embalagens com 14
comprimidos revestidos por película
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 50 mg
Vimpat 100 mg
Vimpat 150 mg
Vimpat 200 mg
comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Vimpat 50 mg
Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida
Vimpat 100 mg
Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida
Vimpat 150 mg
Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida
Vimpat 200 mg
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
A embalagem de início de tratamento contém 56 comprimidos revestidos por película para um
tratamento de 4 semanas de duração:
14 comprimidos revestidos por película de Vimpat 50 mg
14 comprimidos revestidos por película de Vimpat 100 mg
14 comprimidos revestidos por película de Vimpat 150 mg
14 comprimidos revestidos por película de Vimpat 200 mg
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/013
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 50 mg
Vimpat 100 mg
Vimpat 150 mg
Vimpat 200 mg
APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Embalagem intermédia –
Embalagem com 14 comprimidos revestidos – semana 1
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
14 comprimidos revestidos por película
Semana 1
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/013
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 50 mg
APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
Rotulagem do blister – semana 1
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
4.
NÚMERO DO LOTE
Lot
5.
OUTRAS
Semana 1
APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Embalagem intermédia –
Embalagem com 14 comprimidos revestidos – semana 2
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
14 comprimidos revestidos por película
Semana 2
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/013
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 100 mg
APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
Rotulagem do blister – semana 2
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
4.
NÚMERO DO LOTE
Lot
5.
OUTRAS
Semana 2
APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Embalagem intermédia –
Embalagem com 14 comprimidos revestidos – semana 3
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
14 comprimidos revestidos por película
Semana 3
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/013
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 150 mg
APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
Rotulagem do blister – semana 3
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
4.
NÚMERO DO LOTE
Lot
5.
OUTRAS
Semana 3
APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Embalagem intermédia –
Embalagem com 14 comprimidos revestidos – semana 4
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
14 comprimidos revestidos por película
Semana 4
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via oral.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/013
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Vimpat 200 mg
APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS
CONTENTORAS
Rotulagem do blister – semana 4
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
2.
NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
UCB Pharma SA
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP
4.
NÚMERO DO LOTE
Lot
5.
OUTRAS
Semana 4
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Cartonagem externa
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada ml de solução para perfusão contém 10 mg de lacosamida
1 frasco de 20 ml contém 200 mg de lacosamida
200 mg/ 20 ml
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Excipientes: cloreto de sódio, ácido clorídrico , água para preparações injectáveis
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
1x20 ml de solução para perfusão
5x20 ml de solução para perfusão
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via intravenosa.
Para administração única.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não conservar acima de 25 °C
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
A solução não utilizada deve ser rejeitada.
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/016
EU/1/08/470/017
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Foi aceite a justificação para não incluir a informação em Braille.
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
Frasco
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão
Lacosamida
2.
DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA
Cada ml de solução para perfusão contém 10 mg de lacosamida
Cada frasco de 20 ml contém 200 mg lacosamida.
200 mg/ 20 ml
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Excipientes: cloreto de sódio, ácido clorídrico , água para preparações injectáveis
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
20 ml de solução para perfusão
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via intravenosa.
Para administração única.
Consultar o folheto informativo.
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não conservar acima de 25°C
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
UCB Pharma SA
Allée de la Recherche 60
B-1070 Bruxelles
Bélgica
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/08/470/016
EU/1/08/470/017
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Foi aceite a justificação para não incluir a informação em Braille.
B. FOLHETO INFORMATIVO
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película
Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.

Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1.
O que é Vimpat e para que é utilizado
2.
Antes de tomar Vimpat
3.
Como tomar Vimpat
4.
Efeitos secundários possíveis
5.
Como conservar Vimpat
6.
Outras informações
1.
O QUE É VIMPAT E PARA QUE É UTILIZADO
Vimpat é usado no tratamento de certos tipos de epilepsia (ver abaixo) em doentes com idade igual ou
superior a 16 anos.
Vimpat é usado em doentes que estão já a tomar outro medicamento anti-epiléptico
A epilepsia é uma doença em que o doente tem crises repetidas (convulsões). Vimpat é utilizado para
o tipo de epilepsia em que as crises inicialmente afectam apenas um dos lados do cérebro, podendo
posteriormente estender-se a áreas maiores em ambos os lados do cérebro (crises parciais com ou sem
generalização secundária).
2.
ANTES DE TOMAR VIMPAT
NÃO tome Vimpat
o
se tem alergia (hipersensibilidade) à lacosamida ou a qualquer outro componente de Vimpat
(listados na Secção 6). Caso não tenha a certeza de ser alérgico, consulte o seu médico.
o
se tiver algum tipo de doença ao nível do ritmo cardíaco (bloqueio auriculo-ventricular de 2º
ou 3º grau)
Tome especial cuidado com Vimpat
Informe o seu médico:
o
se estiver a tomar algum medicamento que provoque uma alteração no ECG
(electrocardiograma) denominada aumento do intervalo PR, por exemplo, medicamentos
utilizados no tratamento de alguns tipos de irregularidades do ritmo cardíaco e insuficiência
cardíaca. Caso não tenha a certeza de que os medicamentos que toma possa provocar estes
efeitos, consulte o seu médico.
o
se tem uma condição associada a um distúrbio na condução eléctrica através do coração ou se
tem uma doença cardíaca grave como insuficiência cardíaca ou enfarte.
Vimpat pode causar tonturas, que podem aumentar o risco de acidente ou queda, pelo que deve ter
precaução acrescida até estar familiarizado com os efeitos que este medicamento possa ter.
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com anti-epilépticos como a lacosamida
teve pensamentos de auto-agressão ou suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos, deve
contactar imediatamente o seu médico.
Ao tomar Vimpat com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. É especialmente relevante caso
esteja a tomar medicamentos para problemas cardíacos (ver secção acima “Tome especial cuidado
com Vimpat”).
Ao tomar Vimpat com alimentos e bebidas
Pode tomar Vimpat com ou sem alimentos.
Como medida de precaução, não é recomendável tomar Vimpat com álcool pois Vimpat pode
provocar tonturas ou sensação de cansaço. A ingestão concomitante de álcool pode agravar estes
efeitos.
Gravidez e aleitamento
Se está grávida, não deve tomar Vimpat, uma vez que os efeitos na gravidez e no feto são
desconhecidos. Consulte imediatamente o seu médico caso esteja grávida ou a pensar engravidar:
ele/ela decidirá se deve tomar Vimpat.
O aleitamento não é recomendado durante o tratamento com Vimpat, pois desconhece-se se Vimpat
passa para o leite materno. Se estiver a amamentar, informe o seu médico imediatamente, ele/ela
decidirá se deve tomar Vimpat.
A pesquisa revelou um aumento de risco de malformações à nascença nos descendentes de grávidas
medicadas com anti-epilépticos. Por outro lado, o tratamento efectivo com anti-epilépticos não deverá
ser interrompido subitamente uma vez que o agravamento da doença é prejudicial para mãe e feto.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Vimpat pode causar tonturas e visão turva. Estes efeitos podem afectar a sua capacidade de condução
e de operar com ferramentas e máquinas. Não deve conduzir ou utilizar estes equipamentos até ser
estabelecida a forma com que este medicamento afecta a sua capacidade de realizar estas tarefas.
3.
COMO TOMAR VIMPAT
Tomar Vimpat sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou
farmacêutico se tiver dúvidas.
Dosagem
Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia, uma de manhã e outra à noite, às mesmas horas, todos os
dias. Vimpat é usado em tratamentos prolongados.
A dose inicial de Vimpat é geralmente 100 mg por dia – tomados 2 vezes no dia – 50 mg de manhã e
50 mg à noite. O seu médico pode aumentar a dose diária em 100 mg a cada semana, até ter atingido a
dose de manutenção entre 200 e 400 mg / dia, tomada duas vezes no dia. Tomará esta dose de
manutenção durante o seu tratamento a longo prazo.
O seu médico pode prescrever-lhe uma dose diferente, caso sofra de problemas renais.
Como tomar Vimpat comprimidos
Deve engolir o comprimido de Vimpat com um copo de água. Pode tomar Vimpat com ou sem
alimentos.
Duração do tratamento com Vimpat
Vimpat é usado como tratamento de longa duração. Deve continuar a tomar Vimpat até que o seu
médico lhe diga para interromper o tratamento.
Se tomar mais Vimpat do que deveria
Contactar o seu médico se tomou mais Vimpat do que deveria.
Caso se tenha esquecido de tomar Vimpat
Se se esqueceu de tomar uma dose por algumas horas, tome-a assim que se lembrar.
Se estiver já próximo da dose seguinte, não tome o comprimido esquecido. Tome Vimpat à hora a que
normalmente tomaria.
Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar
Se parar de tomar Vimpat
Não pare de tomar Vimpat sem consultar o seu médico, pois os sintomas poderão reaparecer com
agravamento.
Caso o seu médico decida interromper o seu tratamento com Vimpat, ele/ela informa-lo-á sobre o
modo como deve reduzir a dose progressivamente.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como todos os medicamentos, Vimpat pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se
manifestam em todas as pessoas.
A frequência dos efeitos secundários possíveis está definida de acordo com a seguinte convenção:
Muito frequentes (afecta mais que 1 doente em 10)
Frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 100)
Pouco frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 1.000)
Raros (afecta 1 a 10 doentes em 10.000)
Muito raros (afecta menos de 1 doente em 10.000)
Desconhecidos (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Muito frequentes: afecta mais que 1 doente em 10
o
Tonturas, dor de cabeça
o
Náuseas (sentir-se enjoado)
o
Visão dupla (diplopia)
Frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 100
o
Dificuldade em manter o equilíbrio, dificuldades de coordenação dos movimentos, problemas
de memória, sonolência, tremor, dificuldade de pensamento e em encontrar as palavras certas,
movimento rápido e involuntário dos olhos (nistagmo)
o
Visão turva
o
Sentimento de estar a andar à roda (vertigem)
o
Vómitos, obstipação, acumulação excessiva de gases no estômago ou intestino
o
Comichão
o
Quedas
o
Cansaço, dificuldade em caminhar, cansaço fora do comum e fraqueza (astenia)
o
Depressão
o
Confusão
o
Diminuição da capacidade de sentir ou da sensibilidade, dificuldade em articular palavras,
distúrbios da atenção
o
o
o
o
o
o
Ruídos no ouvido tais como zumbidos, sons de campainhas ou assobios
Indigestão, boca seca
Irritabilidade
Espasmos musculares
Erupção Cutânea
Dificuldade em dormir
Pouco frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 1000
o
Diminuição do número de batimentos cardíacos
o
Alterações da condução cardíaca
o
Sensação exagerada de bem-estar
o
Reacção alérgica pela toma do medicamento
o
Testes da função hepática alterados
o
Tentativa de suicídio
o
Pensamentos relacionados com suicídio ou em magoar-se a si mesmo
o
Palpitações e/ou pulso rápido ou irregular
o
Agressividade
o
Agitação
o
Pensamentos anómalos e/ou perda de sentido da realidade
o
Reacção alérgica grave a qual causa inchaço da face, garganta, mãos, pés, tornozelos ou parte
de baixo das pernas
o
Urticária
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5.
COMO CONSERVAR VIMPAT
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Vimpat após o prazo de validade impresso na embalagem e no blister.
O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a
proteger o ambiente.
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Vimpat
A substância activa é a lacosamida
1 comprimido de Vimpat contém 50 mg de lacosamida.
1 comprimido de Vimpat contém 100 mg de lacosamida.
1 comprimido de Vimpat contém 150 mg de lacosamida.
1 comprimido de Vimpat contém 200 mg de lacosamida.
Os outros componentes são:
Núcleo: celulose microcristalina, hidroxipropilcelulose, hidroxipropilcelulose (pouco substituída)
sílica coliodal anidra, crospovidona, esterato de magnésio
Revestimento: álcool polivinílico, Macrogol , talco, dióxido de titânio (E171), corantes*
*Os corantes são:
Comprimidos de 50 mg: óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro (E172), laca de
alumínio de indigotina (E132)
Comprimidos de 100 mg: óxido de ferro amarelo (E172)
Comprimidos de 150 mg: óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172), óxido de
ferro negro (E172),
Comprimidos de 2000 mg: laca de alumínio de indigotina (E132)
Qual o aspecto de Vimpat e conteúdo da embalagem
Vimpat comprimido revestido por película 50 mg é rosado, oval gravado com “SP” numa das faces e
“50” na outra.
Vimpat comprimido revestido por película 100 mg é amarelo escuro, oval gravado com “SP” numa
das faces e “100” na outra.
Vimpat comprimido revestido por película 150 mg é cor salmão, oval gravado com “SP” numa das
faces e “150” na outra.
Vimpat comprimido revestido por película 200 mg é azul, oval gravado com “SP” numa das faces e
“200” na outra.
Vimpat está disponível em embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película. É
possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular de Autorização de Introdução no Mercado : UCB Pharma SA, Allée de la Recherche 60, B1070 Bruxelles, Bélgica.
Fabricante: Aesica Pharmaceuticals GmbH,, Alfred-Nobel-Str. 10, 40789 Monheim am Rhein,
Germany.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular
da Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien
UCB Pharma SA/NV
Tel/Tél: + 32 / (0)2 559 92 00
Luxembourg/Luxemburg
UCB Pharma SA/NV
Tél/Tel: + 32 / (0)2 559 92 00
България
Ю СИ БИ България ЕООД
Teл.: + 359 (0) 2 962 30 49
Magyarország
UCB Magyarország Kft.
Tel.: + 36-(1) 391 0060
Česká republika
UCB s.r.o.
Tel: + 420 221 773 411
Malta
Pharmasud Ltd.
Tel: + 356 / 21 37 64 36
Danmark
UCB Nordic A/S
Tlf: + 45 / 32 46 24 00
Nederland
UCB Pharma B.V.
Tel.: + 31 / (0)76-573 11 40
Deutschland
UCB Pharma GmbH
Tel: + 49 /(0) 2173 48 48 48
Norge
UCB Nordic A/S
Tlf: + 45 / 32 46 24 00
Eesti
UCB Pharma Oy Finland
Tel: + 358 10 234 6800 (Soome)
Österreich
UCB Pharma GmbH
Tel: + 43 (1) 291 80 00
Ελλάδα
UCB Α.Ε.
Τηλ: + 30 / 2109974000
Polska
UCB Pharma Sp. z o.o.
Tel.: + 48 22 696 99 20
España
UCB Pharma, S.A.
Portugal
UCB Pharma (Produtos Farmacêuticos), Lda
Tel: + 34 / 91 570 34 44
Tel: + 351 / 21 302 5300
France
UCB Pharma S.A.
Tél: + 33 / (0)1 47 29 44 35
România
UCB Pharma Romania S.R.L.
Tel: + 40 21 300 29 04
Ireland
UCB (Pharma) Ireland Ltd.
Tel: + 353 / (0)1-46 37 395
Slovenija
Medis, d.o.o.
Tel: + 386 1 589 69 00
Ísland
Vistor hf.
Tel: + 354 535 7000
Slovenská republika
UCB s.r.o., organizačná zložka
Tel: + 421 (0) 2 5920 2020
Italia
UCB Pharma S.p.A.
Tel: + 39 / 02 300 791
Suomi/Finland
UCB Pharma Oy Finland
Puh/Tel: + 358 10 234 6800
Κύπρος
Lifepharma (Z.A.M.) Ltd
Τηλ: + 357 22 34 74 40
Sverige
UCB Nordic A/S
Tel: + 46 / (0) 40 29 49 00
Latvija
UCB Pharma Oy Finland
Tel: + 358 10 234 6800 (Somija)
United Kingdom
UCB Pharma Ltd.
Tel : + 44 / (0)1753 534 655
Lietuva
UCB Pharma Oy Finland
Tel: + 358 10 234 6800 (Suomija)
Este folheto foi aprovado pela última vez em { MM/AAAA }
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película
Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película
Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película
Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película
Lacosamida
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.

Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.

Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1.
O que é Vimpat e para que é utilizado
2.
Antes de tomar Vimpat
3.
Como tomar Vimpat
4.
Efeitos secundários possíveis
5.
Como conservar Vimpat
6.
Outras informações
1.
O QUE É VIMPAT E PARA QUE É UTILIZADO
Vimpat é usado no tratamento de certos tipos de epilepsia (ver abaixo) em doentes com idade igual ou
superior a 16 anos.
Vimpat é usado em doentes que estão já a tomar outro medicamento anti-epiléptico
A epilepsia é uma doença em que o doente tem crises repetidas (convulsões). Vimpat é utilizado para
o tipo de epilepsia em que as crises inicialmente afectam apenas um dos lados do cérebro, podendo
posteriormente estender-se a áreas maiores em ambos os lados do cérebro (crises parciais com ou sem
generalização secundária).
2.
ANTES DE TOMAR VIMPAT
NÃO tome Vimpat

se tem alergia (hipersensibilidade) à lacosamida ou a qualquer outro componente de Vimpat
(listados na Secção 6). Caso não tenha a certeza de ser alérgico, consulte o seu médico.

se tiver algum tipo de doença ao nível do ritmo cardíaco (bloqueio auriculo-ventricular de 2º
ou 3º grau)
Tome especial cuidado com Vimpat
Informe o seu médico:

se estiver a tomar algum medicamento que provoque uma alteração no ECG
(electrocardiograma) denominada aumento do intervalo PR, por exemplo, medicamentos
utilizados no tratamento de alguns tipos de irregularidades do ritmo cardíaco e insuficiência
cardíaca. Caso não tenha a certeza de que os medicamentos que toma possa provocar estes
efeitos, consulte o seu médico.

se tem uma condição associada a um distúrbio na condução eléctrica através do coração ou se
tem uma doença cardíaca grave como insuficiência cardíaca ou enfarte.
Vimpat pode causar tonturas, que podem aumentar o risco de acidente ou queda, pelo que deve ter
precaução acrescida até estar familiarizado com os efeitos que este medicamento possa ter.
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com anti-epilépticos como a lacosamida
teve pensamentos de auto-agressão ou suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos, deve
contactar imediatamente o seu médico.
Ao tomar Vimpat com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.É especialmente relevante caso
esteja a tomar medicamentos para problemas cardíacos (ver secção acima “Tome especial cuidado
com Vimpat”).
Ao tomar Vimpat com alimentos e bebidas
Pode tomar Vimpat com ou sem alimentos.
Como medida de precaução, não é recomendável tomar Vimpat com álcool pois Vimpat pode
provocar tonturas ou sensação de cansaço. A ingestão concomitante de álcool pode agravar estes
efeitos.
Gravidez e aleitamento
Se está grávida, não deve tomar Vimpat, uma vez que os efeitos na gravidez e no feto são
desconhecidos. Consulte imediatamente o seu médico caso esteja grávida ou a pensar engravidar:
ele/ela decidirá se deve tomar Vimpat.
O aleitamento não é recomendado durante o tratamento com Vimpat, pois desconhece-se se Vimpat
passa para o leite materno. Se estiver a amamentar, informe o seu médico imediatamente, ele/ela
decidirá se deve tomar Vimpat.
A pesquisa revelou um aumento de risco de malformações à nascença nos descendentes de grávidas
medicadas com anti-epilépticos. Por outro lado, o tratamento efectivo com anti-epilépticos não deverá
ser interrompido subitamente uma vez que o agravamento da doença é prejudicial para mãe e feto.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Vimpat pode causar tonturas e visão turva. Estes efeitos podem afectar a sua capacidade de condução
e de operar com ferramentas e máquinas. Não deve conduzir ou utilizar estes equipamentos até ser
estabelecida a forma com que este medicamento afecta a sua capacidade de realizar estas tarefas.
3.
COMO TOMAR VIMPAT
Tomar Vimpat sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou
farmacêutico se tiver dúvidas.
Dosagem
Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia, uma de manhã e outra à noite, às mesmas horas, todos os
dias. Vimpat é usado em tratamentos prolongados.
Início do tratamento (primeiras 4 semanas)
Esta embalagem (embalagem de início do tratamento) utiliza-se quando começa o tratamento com
Vimpat.
A embalagem contém 4 embalagens diferentes no seu interior, para as primeiras 4 semanas de
tratamento, sendo uma embalagem para cada semana.
Cada embalagem tem 14 comprimidos, correspondendo à toma de 2 comprimidos por dia, para 7 dias.
Cada embalagem contem uma dosagem diferente de Vimpat, para que possa aumentar a sua dose
gradualmente.
Vai iniciar o seu tratamento com uma dose baixa de Vimpat, geralmente 50 mg duas vezes por dia,
aumentando semanalmente. A tabela seguinte indica a dose diária geralmente adoptada durante as
primeiras 4 semanas de tratamento. O seu médico indicar-lhe-á se necessita de tomar as 4 embalagens.
Tabela: Início de tratamento (primeiras 4 semanas)
Semana
Embalagem a
Primeira dose
usar
(manhã)
Embalagem
50 mg
Semana 1
marcada com
(1 comprimido
“semana 1”
Vimpat 50 mg)
Embalagem
100 mg
Semana 2
marcada com
(1 comprimido
“semana 2”
Vimpat 100 mg)
Embalagem
150 mg
Semana 3
marcada com
(1 comprimido
“semana 3”
Vimpat 150 mg)
Embalagem
200 mg
Semana 4
marcada com
(1 comprimido
“semana 4”
Vimpat 200 mg)
Segunda dose
(noite)
50 mg
(1 comprimido
Vimpat 50 mg)
100 mg
(1 comprimido
Vimpat 100 mg)
150 mg
(1 comprimido
Vimpat 150 mg)
200 mg
(1 comprimido
Vimpat 200 mg)
Dose diária
TOTAL
100 mg
200 mg
300 mg
400 mg
Tratamento de manutenção (após as primeiras 4 semanas)
Após as primeiras 4 semanas de tratamento, o seu médico pode ajustar a dose que irá manter ao longo
do tratamento. Esta dose é chamada dose de manutenção e vai depender da sua resposta a Vimpat.
Para a generalidade dos doentes a dose de manutenção situa-se entre 200 mg e 400 mg por dia.
O seu médico pode prescrever-lhe uma dose diferente, caso sofra de problemas renais.
Como tomar Vimpat comprimidos
Deve engolir o comprimido de Vimpat com um copo de água. Pode tomar Vimpat com ou sem
alimentos.
Duração do tratamento com Vimpat
Vimpat é usado como tratamento de longa duração. Deve continuar a tomar Vimpat até que o seu
médico lhe diga para interromper o tratamento.
Se tomar mais Vimpat do que deveria
Contactar o seu médico se tomou mais Vimpat do que deveria.
Caso se tenha esquecido de tomar Vimpat
Se se esqueceu de tomar uma dose por algumas horas, tome-a assim que se lembrar.
Se estiver já próximo da dose seguinte, não tome o comprimido esquecido. Tome Vimpat à hora a que
normalmente tomaria.
Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar
Se parar de tomar Vimpat
Não pare de tomar Vimpat sem consultar o seu médico, pois os sintomas poderão reaparecer com
agravamento.
Caso o seu médico decida interromper o seu tratamento com Vimpat, ele/ela informa-lo-á sobre o
modo como deve reduzir a dose progressivamente.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como todos os medicamentos, Vimpat pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se
manifestam em todas as pessoas.
A frequência dos efeitos secundários possíveis está definida de acordo com a seguinte convenção:
Muito frequentes (afecta mais que 1 doente em 10)
Frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 100)
Pouco frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 1.000)
Raros (afecta 1 a 10 doentes em 10.000)
Muito raros (afecta menos de 1 doente em 10.000)
Desconhecidos (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Muito frequentes: afecta mais que 1 doente em 10

Tonturas, dor de cabeça

Náuseas (sentir-se enjoado)

Visão dupla (diplopia)
Frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 100

Dificuldade em manter o equilíbrio, dificuldades de coordenação dos movimentos, problemas
de memória, sonolência, tremor, dificuldade de pensamento e em encontrar as palavras certas,
movimento rápido e involuntário dos olhos (nistagmo)

Visão turva

Sentimento de estar a andar á roda (vertigem)

Vómitos, obstipação, acumulação excessiva de gases no estômago ou intestino

Comichão

Quedas

Cansaço, dificuldade em caminhar, cansaço fora do comum e fraqueza (astenia)

Depressão

Confusão

Diminuição da capacidade de sentir ou da sensibilidade, dificuldade em articular palavras,
distúrbios da atenção

Ruídos no ouvido tais como zumbidos, sons de campainhas ou assobios

Indigestão, boca seca

Irritabilidade

Espasmos musculares

Erupção cutânea

Dificuldade em dormir

Pouco frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 1000

Diminuição do número de batimentos cardíacos

Alterações da condução cardíaca

Sensação exagerada de bem-estar

Reacção alérgica pela toma do medicamento

Testes da função hepática alterados

Tentativa de suicídio

Pensamentos relacionados com suicídio ou em magoar-se a si mesmo

Palpitações e/ou pulso rápido ou irregular

Agressividade

Agitação

Pensamentos anómalos e/ou perda de sentido da realidade

Reacção alérgica grave a qual causa inchaço da face, garganta, mãos, pés, tornozelos ou parte
de baixo das pernas

Urticária
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5.
COMO CONSERVAR VIMPAT
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Vimpat após o prazo de validade impresso na embalagem e no blister.
O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a
proteger o ambiente.
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Vimpat
A substância activa é a lacosamida
1 comprimido de Vimpat 50 mg contém 50 mg de lacosamida.
1 comprimido de Vimpat 100 mg contém 100 mg de lacosamida.
1 comprimido de Vimpat 150 mg contém 150 mg de lacosamida.
1 comprimido de Vimpat 200 mg contém 200 mg de lacosamida.
Os outros componentes são:
Núcleo: celulose microcristalina, hidroxipropilcelulose, hidroxipropilcelulose (pouco substituída)
sílica coliodal anidra, crospovidona, esterato de magnésio
Revestimento: álcool polivinílico, Macrogol , talco, dióxido de titânio (E171), corantes*
*Os corantes são:
Comprimidos de 50 mg: óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro ((E172), laca de
alumínio de indigotina (E132)
Comprimidos de 100 mg: óxido de ferro amarelo (E172)
Comprimidos de 150 mg: óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172), óxido de
ferro negro ((E172),
Comprimidos de 2000 mg: laca de alumínio de indigotina (E132)
Qual o aspecto de Vimpat e conteúdo da embalagem
Vimpat comprimido revestido por película 50 mg é rosado, oval gravado com “SP” numa das faces e
“50” na outra.
Vimpat comprimido 100 mg é amarelo escuro, oval gravado com “SP” numa das faces e “100” na
outra.
Vimpat comprimido revestido por película 150 mg é cor salmão, oval gravado com “SP” numa das
faces e “150” na outra.
Vimpat comprimido revestido por película 200 mg é azul, oval gravado com “SP” numa das faces e
“200” na outra.
A embalagem de inicio de tratamento contém 56 comprimidos revstidos por película em qatro
embalagens:
- a embalagem marcada com “semana 1” contém 14 comprimidos de 50 mg
- a embalagem marcada com “semana 2” contém 14 comprimidos de 100 mg
- a embalagem marcada com “semana 3” contém 14 comprimidos de 150 mg
- a embalagem marcada com “semana 4” contém 14 comprimidos de 200 mg
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular de Autorização de Introdução no Mercado : UCB Pharma SA, Allée de la Recherche 60, B1070 Bruxelles, Bélgica.
Fabricante: Aesica Pharmaceuticals GmbH, Alfred-Nobel-Str. 10, 40789 Monheim am Rhein,
Germany.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular
da Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien
UCB Pharma SA/NV
Tel/Tél: + 32 / (0)2 559 92 00
Luxembourg/Luxemburg
UCB Pharma SA/NV
Tél/Tel: + 32 / (0)2 559 92 00
България
Ю СИ БИ България ЕООД
Teл.: + 359 (0) 2 962 30 49
Magyarország
UCB Magyarország Kft.
Tel.: + 36-(1) 391 0060
Česká republika
UCB s.r.o.
Tel: + 420 221 773 411
Malta
Pharmasud Ltd.
Tel: + 356 / 21 37 64 36
Danmark
UCB Nordic A/S
Tlf: + 45 / 32 46 24 00
Nederland
UCB Pharma B.V.
Tel.: + 31 / (0)76-573 11 40
Deutschland
UCB Pharma GmbH
Tel: + 49 /(0) 2173 48 48 48
Norge
UCB Nordic A/S
Tlf: + 45 / 32 46 24 00
Eesti
UCB Pharma Oy Finland
Tel: + 358 10 234 6800 (Soome)
Österreich
UCB Pharma GmbH
Tel: + 43 (1) 291 80 00
Ελλάδα
UCB Α.Ε.
Τηλ: + 30 / 2109974000
Polska
UCB Pharma Sp. z o.o.
Tel.: + 48 22 696 99 20
España
UCB Pharma, S.A.
Tel: + 34 / 91 570 34 44
Portugal
UCB Pharma (Produtos Farmacêuticos), Lda
Tel: + 351 / 21 302 5300
France
UCB Pharma S.A.
Tél: + 33 / (0)1 47 29 44 35
România
UCB Pharma Romania S.R.L.
Tel: + 40 21 300 29 04
Ireland
UCB (Pharma) Ireland Ltd.
Tel: + 353 / (0)1-46 37 395
Slovenija
Medis, d.o.o.
Tel: + 386 1 589 69 00
Ísland
Vistor hf.
Tel: + 354 535 7000
Slovenská republika
UCB s.r.o., organizačná zložka
Tel: + 421 (0) 2 5920 2020
Italia
UCB Pharma S.p.A.
Tel: + 39 / 02 300 791
Suomi/Finland
UCB Pharma Oy Finland
Puh/Tel: + 358 10 234 6800
Κύπρος
Lifepharma (Z.A.M.) Ltd
Τηλ: + 357 22 34 74 40
Sverige
UCB Nordic A/S
Tel: + 46 / (0) 40 29 49 00
Latvija
UCB Pharma Oy Finland
Tel: + 358 10 234 6800 (Somija)
United Kingdom
UCB Pharma Ltd.
Tel : + 44 / (0)1753 534 655
Lietuva
UCB Pharma Oy Finland
Tel: + 358 10 234 6800 (Suomija)
Este folheto foi aprovado pela última vez em { MM/AAAA }
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão
Lacosamida
Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.
o
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
o
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
o
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
o
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1.
O que é Vimpat e para que é utilizado
2.
Antes de tomar Vimpat
3.
Como tomar Vimpat
4.
Efeitos secundários possíveis
5.
Como conservar Vimpat
6.
Outras informações
1.
O QUE É VIMPAT E PARA QUE É UTILIZADO
Vimpat é usado no tratamento de certos tipos de epilepsia (ver abaixo) em doentes com idade igual ou
superior a 16 anos.
Vimpat é usado em doentes que estão já a tomar outro medicamento anti-epiléptico
A epilepsia é uma doença em que o doente tem crises repetidas (convulsões). Vimpat é utilizado para
o tipo de epilepsia em que as crises inicialmente afectam apenas um dos lados do cérebro, podendo
posteriormente estender-se a áreas maiores em ambos os lados do cérebro (crises parciais com ou sem
generalização secundária).
Vimpat solução para perfusão é uma alternativa de tratamento por um curto período de tempo, quando
a administração oral (através da boca) não é possível.
2.
ANTES DE TOMAR VIMPAT
NÃO tome Vimpat
o
se tem alergia (hipersensibilidade) à lacosamida ou a qualquer outro componente de Vimpat
(listados na Secção 6). Caso não tenha a certeza de ser alérgico, consulte o seu médico.
o
se tiver algum tipo de doença ao nível do ritmo cardíaco (bloqueio auriculo-ventricular de 2º
ou 3º grau)
Tome especial cuidado com Vimpat
Informe o seu médico:
o
se estiver a tomar algum medicamento que provoque uma alteração no ECG
(electrocardiograma) denominada aumento do intervalo PR, por exemplo, medicamentos
utilizados no tratamento de alguns tipos de irregularidades do ritmo cardíaco e insuficiência
cardíaca. Caso não tenha a certeza de que os medicamentos que toma possa provocar estes
efeitos, consulte o seu médico.
o
se tem uma condição associada a um distúrbio na condução eléctrica através do coração ou se
tem uma cardíaca grave como insuficiência cardíaca ou sofreu enfarte.
Vimpat pode causar tonturas, que podem aumentar o risco de acidente ou queda, pelo que deve ter
precaução acrescida até estar familiarizado com os efeitos que este medicamento possa ter.
Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com anti-epilépticos como a lacosamida
teve pensamentos de auto-agressão ou suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos, deve
contactar imediatamente o seu médico.
Ao tomar Vimpat com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.É especialmente relevante caso
esteja a tomar medicamentos para problemas cardíacos (ver secção acima “Tome especial cuidado
com Vimpat”).
Ao tomar Vimpat com alimentos e bebidas
Pode tomar Vimpat com ou sem alimentos.
Como medida de precaução, não é recomendável tomar Vimpat com álcool pois Vimpat pode
provocar tonturas ou sensação de cansaço. A ingestão concomitante de álcool pode agravar estes
efeitos.
Gravidez e aleitamento
Se está grávida, não deve tomar Vimpat, uma vez que os efeitos na gravidez e no feto são
desconhecidos. Consulte imediatamente o seu médico caso esteja grávida ou a pensar engravidar:
ele/ela decidirá se deve tomar Vimpat.
O aleitamento não é recomendado durante o tratamento com Vimpat, pois desconhece-se se Vimpat
passa para o leite materno. Se estiver a amamentar, informe o seu médico imediatamente, ele/ela
decidirá se deve tomar Vimpat.
A pesquisa revelou um aumento de risco de malformações à nascença nos descendentes de grávidas
medicadas com anti-epilépticos. Por outro lado, o tratamento efectivo com anti-epilépticos não deverá
ser interrompido subitamente uma vez que o agravamento da doença é prejudicial para mãe e feto.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Vimpat pode causar tonturas e visão turva. Estes efeitos podem afectar a sua capacidade de condução
e de operar com ferramentas e máquinas. Não deve conduzir ou utilizar estes equipamentos até ser
estabelecida a forma com que este medicamento afecta a sua capacidade de realizar estas tarefas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Vimpat
Este medicamento contém 2,6 mmol (ou 59,8 mg) de sódio por frasco, facto que deve ser tido em
consideração em doentes com dietas restritivas de sódio.
3.
COMO TOMAR VIMPAT
A solução para perfusão é uma alternativa para curtos períodos de tempo, quando a administração por
via oral (boca), não é possível. Deve ser administrado na veia por um profissional de saúde.
É possível substituir directamente a administração oral por perfusão e vice-versa.
A sua dose diária e frequência de administração permanecem as mesmas.
Dosagem
Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia, uma de manhã e outra à noite, às mesmas horas, todos os
dias.
A dose inicial de Vimpat é geralmente 100 mg por dia – tomados 2 vezes no dia – 50 mg de manhã e
50 mg à noite. A dose de manutenção é entre 200 e 400 mg / dia.
O seu médico pode prescrever-lhe uma dose diferente, caso sofra de problemas renais.
Como é que Vimpat é administrado
Vimpat é administrado como uma perfusão na veia (intravenoso) por um profissional de saúde. A
perfusão decorre durante 15 – 60 minutos.
Duração do tratamento Vimpat
O seu médico decidirá durante quantos dias vai receber as perfusões. Existe experiência de perfusão
de Vimpat duas vezes ao dia, até 5 dias. Para tratamentos de longa duração, está disponível Vimpat
comprimidos.
Se parar de tomar Vimpat
Caso o seu médico decida interromper o seu tratamento com Vimpat, ele/ela informa-lo-á sobre o
modo como deve reduzir a dose progressivamente. Esta medida previne o reaparecimento dos
sintomas ou o seu agravamento.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou
farmacêutico.
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS
Como todos os medicamentos, Vimpat pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se
manifestam em todas as pessoas.
A frequência dos efeitos secundários possíveis está definida de acordo com a seguinte convenção:
Muito frequentes (afecta mais que 1 doente em 10)
Frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 100)
Pouco frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 1.000)
Raros (afecta 1 a 10 doentes em 10.000)
Muito raros (afecta menos de 1 doente em 10.000)
Desconhecidos (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis)
Muito frequentes: afecta mais que 1 doente em 10
o
Tonturas, dor de cabeça
o
Náuseas (sentir-se enjoado)
o
Visão dupla (diplopia)
Frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 100
o
Dificuldade em manter o equilíbrio, dificuldades de coordenação dos movimentos, problemas
de memória, sonolência, tremor, dificuldade de pensamento e em encontrar as palavras certas,
movimento rápido e involuntário dos olhos (nistagmo)
o
Visão turva
o
Sentimento de estar a andar à roda (vertigem)
o
Vómitos, obstipação, acumulação excessiva de gases no estômago ou intestino
o
Comichão
o
Quedas
o
Cansaço, dificuldade em caminhar, cansaço fora do comum e fraqueza (astenia)
o
Depressão
o
Confusão
o
Diminuição da capacidade de sentir ou da sensibilidade, dificuldade em articular palavras,
distúrbios da atenção
o
Ruídos no ouvido tais como zumbidos, sons de campainhas ou assobios
o
Indigestão, boca seca
o
Irritabilidade
o
Espasmos musculares
o
Erupção cutânea
o
Dificuldade em dormir
Pouco frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 1000
o
Diminuição dos batimentos cardíacos
o
Alterações da condução cardíaca
o
Sensação exagerada de bem-estar
o
Reacção alérgica pela toma do medicamento
o
Testes da função hepática alterados
o
Tentativa de suicídio
o
Pensamentos relacionados com suicídio ou em magoar-se a si mesmo
o
Palpitações e/ou pulso rápido ou irregular
o
Agressividade
o
Agitação
o
Pensamentos anómalos e/ou perda de sentido da realidade
o
Reacção alérgica grave a qual causa inchaço da face, garganta, mãos, pés, tornozelos ou parte
de baixo das pernas
o
Urticária
Administração intravenosa
A administração intravenosa foi associada a efeitos secundários locais tais como:
Frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 100
o
Dor ou desconforto no local da injecção
o
Irritação
Pouco frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 1000
o
Vermelhidão
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
5.
COMO CONSERVAR VIMPAT
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Vimpat após o prazo de validade impresso na embalagem e no frasco. O prazo de validade
corresponde ao último dia do mês indicado.
Não conservar acima de 25°C.
Cada frasco de Vimpat solução para perfusão deve ser utilizado uma única vez (dose única). A solução
não utilizada deve ser rejeitada.
Só deve ser utilizada solução livre de partículas e sem coloração.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu
farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a
proteger o ambiente.
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Vimpat
A substância activa é a lacosamida
1 ml de Vimpat solução para perfusão contém 10 mg de lacosamida.
1 frasco contém 20 ml e Vimpat solução para perfusão, equivalente a 200 mg de lacosamida.
Os outros componentes são: cloreto de sódio, ácido clorídrico e água para preparações injectáveis..
Qual o aspecto de Vimpat e conteúdo da embalagem
Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão é uma solução clara e incolor.
Vimpat solução para perfusão está disponível em embalagens de 1 frasco e 5 frascos. Cada frasco
contém 20 ml.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular de Autorização de Introdução no Mercado : UCB Pharma SA, Allée de la Recherche 60, B1070 Bruxelles, Bélgica.
Fabricante: Aesica Pharmaceuticals GmbH, Alfred-Nobel-Str. 10, 40789 Monheim am Rhein,
Germany.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular
da Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien
UCB Pharma SA/NV
Tel/Tél: + 32 / (0)2 559 92 00
Luxembourg/Luxemburg
UCB Pharma SA/NV
Tél/Tel: + 32 / (0)2 559 92 00
България
Ю СИ БИ България ЕООД
Teл.: + 359 (0) 2 962 30 49
Magyarország
UCB Magyarország Kft.
Tel.: + 36-(1) 391 0060
Česká republika
UCB s.r.o.
Tel: + 420 221 773 411
Malta
Pharmasud Ltd.
Tel: + 356 / 21 37 64 36
Danmark
UCB Nordic A/S
Tlf: + 45 / 32 46 24 00
Nederland
UCB Pharma B.V.
Tel.: + 31 / (0)76-573 11 40
Deutschland
UCB Pharma GmbH
Tel: + 49 /(0) 2173 48 48 48
Norge
UCB Nordic A/S
Tlf: + 45 / 32 46 24 00
Eesti
UCB Pharma Oy Finland
Tel: + 358 10 234 6800 (Soome)
Österreich
UCB Pharma GmbH
Tel: + 43 (1) 291 80 00
Ελλάδα
UCB Α.Ε.
Τηλ: + 30 / 2109974000
Polska
UCB Pharma Sp. z o.o.
Tel.: + 48 22 696 99 20
España
UCB Pharma, S.A.
Tel: + 34 / 91 570 34 44
Portugal
UCB Pharma (Produtos Farmacêuticos), Lda
Tel: + 351 / 21 302 5300
France
UCB Pharma S.A.
Tél: + 33 / (0)1 47 29 44 35
România
UCB Pharma Romania S.R.L.
Tel: + 40 21 300 29 04
Ireland
UCB (Pharma) Ireland Ltd.
Tel: + 353 / (0)1-46 37 395
Slovenija
Medis, d.o.o.
Tel: + 386 1 589 69 00
Ísland
Vistor hf.
Slovenská republika
UCB s.r.o., organizačná zložka
Tel: + 354 535 7000
Tel: + 421 (0) 2 5920 2020
Italia
UCB Pharma S.p.A.
Tel: + 39 / 02 300 791
Suomi/Finland
UCB Pharma Oy Finland
Puh/Tel: + 358 10 234 6800
Κύπρος
Lifepharma (Z.A.M.) Ltd
Τηλ: + 357 22 34 74 40
Sverige
UCB Nordic A/S
Tel: + 46 / (0) 40 29 49 00
Latvija
UCB Pharma Oy Finland
Tel: + 358 10 234 6800 (Somija)
United Kingdom
UCB Pharma Ltd.
Tel : + 44 / (0)1753 534 655
Lietuva
UCB Pharma Oy Finland
Tel: + 358 10 234 6800 (Suomija)
Este folheto foi aprovado pela última vez em { MM/AAAA }
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu
A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais de saúde
Vimpat solução para perfusão pode ser administrado sem diluição ou pode ser diluida com as
seguintes soluções: cloreto de sódio 0,9%, 9 mg/ml (0.9%), glucose 50 mg/ml ou solução de Ringerlactato.
Cada frasco de Vimpat solução para perfusão deve ser usado em administração única exclusiva.
Qualquer solução não utilizada deve ser rejeitada (ver secção 3).
Anexo IV
CONCLUSÕES CIENTÍFICAS E FUNDAMENTOS PARA A ALTERAÇÃO DO RESUMO DAS
CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO, DA ROTULAGEM E DO FOLHETO INFORMATIVO
APRESENTADOS PELA AGÊNCIA EUROPEIA DE MEDICAMENTOS
Conclusões científicas
Resumo da avaliação científica do Vimpat xarope 15 mg/ml
1. Antecedentes
O Vimpat (lacosamida) recebeu autorização através do procedimento centralizado em 29 de Agosto
de 2008. É indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises epilépticas parciais, com
ou sem generalização secundária, em doentes epilépticos com idade igual ou superior a 16 anos.
Encontra-se disponível na forma de comprimidos revestidos por película (50, 100, 150 e 200 mg),
xarope (15 mg/ml) e solução injectável (10 mg/ml).
Relativamente à formulação em xarope de 15 mg/ml, foi notificado um defeito de qualidade, que
dizia respeito à formação de um precipitado no medicamento.
O surgimento de um precipitado no Vimpat xarope foi notificado pela primeira vez à Agência
Europeia de Medicamentos (EMA) em Outubro de 2010 e consistia na queixa de uma farmácia
relativamente a um precipitado num frasco de Vimpat xarope. Este lote específico do xarope foi
recolhido. O titular da Autorização de Introdução no Mercado (AIM) realizou uma análise da causa
subjacente com o propósito de investigar os motivos por detrás da formação do precipitado. Em
Abril de 2011, o titular da AIM forneceu um relatório à EMA que demonstrava que o precipitado tinha
sido positivamente identificado como lacosamida, ou seja, a substância activa do medicamento. Na
medida em que, com excepção do lote abrangido pela queixa de Outubro de 2010 e que foi
recolhido, nenhuma das amostras retidas apresentava precipitação, considerou-se também que a
ocorrência do precipitado estava confinada a um único lote.
Esse lote específico foi fabricado de um modo ligeiramente diferente do habitual (tempo de mistura
dos compostos mais curto do que o habitual) e pensou-se que, por esse motivo, a lacosamida não
se tinha dissolvido completamente. Foram realizados estudos adicionais de solubilidade que
demonstraram que a solubilidade da lacosamida na matriz de xarope é, na realidade, inferior a
15 mg/ml e, por conseguinte, a formulação em xarope estava supersaturada relativamente à
lacosamida. O titular da AIM comprometeu-se a estudar o fenómeno de precipitação de forma mais
aprofundada.
Em 17 de Junho de 2011, a empresa forneceu um novo relatório à EMA. Algumas farmácias tinham
apresentado queixas adicionais relacionadas com os precipitados presentes no xarope Vimpat.
Desta vez, as amostras retidas do xarope apresentavam precipitação em 16 lotes num total de 21.
A análise adicional dos frascos de Vimpat xarope demonstrou a existência de um risco significativo
de distribuição não uniforme da lacosamida nos frascos, o que podia levar a uma subdosagem ou a
uma sobredosagem. O titular da AIM comunicou também não ser possível qualquer solução técnica
nessa fase.
O titular da AIM propôs proceder a uma recolha voluntária de Vimpat xarope, sugerindo que a
acção mais adequada consistiria em, a longo prazo, substituir Vimpat 15 mg/ml xarope pela
formulação de 10 mg/ml do xarope (um medicamento actualmente aprovado nos EUA).
Tendo em consideração o referido acima, a Comissão Europeia iniciou um procedimento em
conformidade com o artigo 20.º do Regulamento (CE) n.º 726/2004. Em 8 de Julho de 2011, a
Comissão Europeia solicitou ao CHMP que avaliasse as preocupações acima mencionadas, bem
como o seu impacto no perfil de risco-benefício de Vimpat xarope 15 mg/ml, e que emitisse um
parecer sobre as medidas necessárias para assegurar a utilização segura e eficaz de Vimpat xarope
15 mg/ml, bem como que avaliasse se a Autorização de Introdução no Mercado para este
medicamento deveria ser mantida, alterada, suspensa ou retirada.
2. Aspectos relativos à qualidade
O CHMP considerou o surgimento da precipitação de lacosamida no Vimpat 15 mg/ml xarope um
defeito de qualidade grave. O motivo da precipitação prende-se com o facto de a formulação se
apresentar supersaturada relativamente à lacosamida. Estudos recentes sugerem uma solubilidade
saturada de cerca de 13,7 mg/ml de lacosamida na matriz do xarope a 20 C e que o xarope de
15 mg/ml está num estado metaestável de não equilíbrio. Não se observou precipitação após a
libertação do medicamento, mas esta ocorre com a passagem do tempo e de forma imprevisível.
As experiências realizadas pelo titular da AIM relativamente às características de solubilidade da
lacosamida na matriz do xarope a diferentes temperaturas demonstram que a alteração das
condições relativas à temperatura de conservação para o xarope de 15 mg/ml para evitar o
problema da precipitação de lacosamida não constitui uma forma adequada de proceder.
Os resultados de estudos limitados sobre a homogeneidade após a agitação são inconclusivos.
Estudos previamente apresentados nos quais frascos de Vimpat xarope 15 mg/ml com precipitação
foram agitados durante 10 ou 20 segundos revelaram que estes tempos de mistura eram
inadequados para proporcionar uma solução homogénea. De um modo geral, a agitação dos frascos
de Vimpat 15 mg/ml xarope durante 30 segundos melhorou a homogeneidade. Contudo, foi ainda
possível observar um certo grau de falta de homogeneidade. Por conseguinte, não foi possível
concluir que seria benéfico recomendar que os doentes agitassem o frasco antes da utilização.
Na medida em que não foi prevista qualquer solução técnica, o titular da AIM está a proceder à
recolha voluntária de Vimpat 15 mg/ml xarope desde 15 de Setembro de 2011. Durante a reunião
de Julho de 2011, o CHMP tomou conhecimento de que o titular da AIM tencionava apresentar um
pedido relativo a um xarope de 10 mg/ml como substituto do xarope de 15 mg/ml.
3. Aspectos clínicos
Observou-se nos frascos afectados do medicamento que a lacosamida pode estar irregularmente
distribuída no interior do frasco, levando, deste modo, a uma possível subdosagem ou
sobredosagem do doente. Uma subdosagem pode resultar em convulsões com consequências
potencialmente graves para o doente e uma sobredosagem pode aumentar as taxas de
acontecimentos adversos.
Por conseguinte, o risco para os doentes que continuam a tomar Vimpat xarope 15 mg/ml, com a
possibilidade de flutuações da dose, é mais elevado do que o risco de uma mudança electiva e
controlada para outra forma farmacêutica de lacosamida ou para outro medicamento
antiepiléptico.
Caso se opte por uma mudança para outro tratamento antiepiléptico, recomenda-se que esta seja
feita gradualmente, de acordo com a prática clínica actual (ou seja, reduzir a dose diária em 200 mg
todas as semanas). De um ponto de vista clínico, alguns doentes que não são capazes de engolir
comprimidos beneficiam claramente da continuação de Vimpat xarope. Actualmente, o titular da AIM
dispõe de uma autorização nos EUA para uma solução oral com uma dosagem diferente (ou seja,
10 mg/ml). O CHMP tomou conhecimento da intenção da empresa de disponibilizar esse
medicamento através dos sistemas nacionais para prescrição com base em cada doente identificado.
4. Discussão geral e avaliação risco-benefício
O surgimento de precipitação de lacosamida no Vimpat 15 mg/ml xarope causada por
supersaturação do xarope foi considerado um defeito de qualidade grave.
As análises sugeriram também que a concentração de lacosamida não está distribuída de forma
homogénea no xarope devido à sedimentação dos cristais de lacosamida no fundo do frasco, o que
pode ter impacto na dose administrada. Não se observou cristalização após a libertação do
medicamento, mas esta ocorre com a passagem do tempo e de forma imprevisível.
Não existe uma solução técnica possível e, devido à não homogeneidade da concentração da
lacosamida no frasco, esta situação pode resultar em subdosagem ou sobredosagem. Uma exposição
inferior à pretendida pode resultar em convulsões com consequências potencialmente graves para o
doente e uma exposição superior pode aumentar as taxas de acontecimentos adversos.
Tendo estes factos em consideração, a relação risco-benefício do Vimpat xarope 15 mg/ml deixou
de ser considerada positiva em condições normais de utilização.
5. Conclusão geral
Tendo considerado na globalidade os dados fornecidos pelo titular da AIM por escrito, o CHMP
conclui que a relação risco-benefício não é positiva para Vimpat xarope 15 mg/ml em condições
normais de utilização.
Por conseguinte, o CHMP recomenda a alteração da Autorização de Introdução no Mercado do
Vimpat, de forma a eliminar a formulação em xarope da Autorização de Introdução no Mercado.
As alterações do Resumo das Características do Medicamento, da Rotulagem e do Folheto
Informativo estão estabelecidas, respectivamente, nos Anexos I, IIIA e IIIB.
Fundamentos para a alteração do Resumo das
Características do Medicamento, da Rotulagem e do Folheto
Informativo

O Comité teve em conta a notificação de um procedimento desencadeado pela Comissão
Europeia nos termos do artigo 20.º do Regulamento (CE) n.º 726/2004.

O Comité reviu todos os dados disponíveis relativos ao defeito de qualidade relacionado com
a formação de um precipitado de lacosamida com aspecto de flocos no Vimpat xarope
15 mg/ml causada por supersaturação.

O Comité considerou que a concentração de lacosamida não é distribuída de forma
homogénea no xarope devido à sedimentação dos cristais da lacosamida no fundo do frasco e
é possível que isto tenha impacto na dose administrada, resultando em subdosagem ou
sobredosagem, com a potencial consequência de Vimpat xarope 15 mg/ml não ser eficaz ou
aumentar o risco de ocorrência de acontecimentos adversos.

O Comité teve igualmente em conta que não existe qualquer solução técnica para este
defeito e que o titular da Autorização de Introdução no Mercado já está a proceder
voluntariamente à recolha de Vimpat xarope 15 mg/ml.
Por conseguinte, considerando os dados disponíveis, o Comité concluiu que a relação riscobenefício de Vimpat xarope 15 mg/ml não é positiva em condições normais de utilização.
Por conseguinte, o CHMP recomendou a alteração da Autorização de Introdução no Mercado para o
Vimpat, de forma a eliminar a formulação em xarope, bem como a alteração da Informação do
Medicamento, conforme estabelecido nos Anexos I, IIIA e IIIB.
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