ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Comprimido revestido por película Comprimido revestido por película rosado, oval gravado com “SP” numa das faces e “50” na outra. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia. 4.2 Posologia e modo de administração Posologia Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após uma semana. Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos. De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat, recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana). População especial Compromisso renal Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado (CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes com compromisso renal (ver secção 5.2). Compromisso hepático Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado. A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave (ver secção 5.2). Idosos (a partir dos 65 anos) Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção 5.2). População pediátrica Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência de dados de segurança e eficácia. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Tonturas O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8). Ritmo e condução cardíaca Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida. A lacosamida deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do intervalo PR. Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização. Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização (ver secção 4.8). Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex. pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas. Ideação e comportamento suicída Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento suicida, devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados aos docentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8). 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina. Dados in vitro Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1 não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil. Dados in vivo A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida 200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia). O omeprazol, inibidor do CYP2C19, (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19 afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida.. É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex. fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas foram possivelmente baseadas nos dados in vitro. A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o início e fim de tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução. Medicamentos anti-epilépticos Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica geral da lacosamida em 25%. Contraceptivos orais Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos. Outros Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina. Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool. A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral. Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao tratamento e/ou doença não foi elucidativa. O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto. Risco associado à lacosamida Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada. Amamentação Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva. Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar estas actividades. 4.8 Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo. A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas. Lista de reacções adversas em forma tabelar No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1% relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Classes de sistemas de órgãos Doenças do sistema imunitário Perturbações do foro psiquiátrico Muito frequentes Frequentes Depressão Estado confusional (1) Insónia(2) Pouco frequentes Hipersensibilidade ao medicamento(2) Agressividade(2) Agitação(2) Humor eufórico(2) Perturbação psicótica(2) Tentativa de suicídio(2) Ideação suicída(2) Doenças do sistema nervoso Tonturas Cefaleias Afecções oculares Afecções do ouvido e do labirinto Cardiopatias Diplopia Doenças gastrointestinais Náuseas Perturbações no equilíbrio Coordenação anómala Perturbações da memória Perturbação cognitiva Sonolência Tremor Nistagmo Hipoestesia(1) Disartria(1) Perturbações na atenção(1) Visão turva Vertigens Acufenos(1) Bloqueio auriculoventricular(2) Bradicardia(2) Fibrilhação auricular(2) Flutter auricular(2) Vómitos Obstipação Flatulência Dispesia(1) Xerostomia(1) Afecções hepatobiliares Afecções dos tecidos cutâneos e subcutaneos Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Prurido Erupção Cutânea(2) Espasmos musculares(1) Testes da função hepática alterados(2) Angioedema(2) Urticária(2) Alterações da marcha Astenia Fadiga Irritabilidade(1) Queda Laceração cutânea Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações (1) Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima definidos. (2) Reacções adversas relatadas durante a experiência pós-comercialização. Descrição das reacções adversas seleccionadas A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose. Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio auriculo-ventricular, síncope, bradicardia). Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida 200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior nestes estudos. Contudo, durante a experiência póscomercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao tratamento com lacosamida. Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo (0,3%). A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização. Anomalias nas análises laboratoriais Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo. Reacções de Hipersensibilidade Multi-órgão Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada. 4.9 Sobredosagem A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose. A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi 12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos. O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas permanentes. Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se necessário (ver secção 5.2). 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18 Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido funcionalizado. Mecanismo de acção O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis. Efeitos farmacodinâmicos A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas. Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína, valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou aditivos. Eficácia e segurança clínica A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia) foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de 12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios controlados, embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de tolerar esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos, envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida, quando administrada concomitantemente com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi de 23%, 34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente. Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante visando atingir a monoterapia com lacosamida. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A extensão de absorção não é alterada pelos alimentos. Distribuição O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às proteinas plasmáticas. Biotransformação 95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da lacosamida ainda não foi completamente caracterizado. Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%. A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente 20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na urina. Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica conhecida. Eliminação A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes. O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e inter individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação de aproximadamente 2. Farmacocinética em grupos de doentes especiais Género Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a concentração plasmática de lacosamida. Compromisso renal A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada. A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade farmacológica associada ao metabolito. Compromisso hepático Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver secção 4.2). Idosos (idade superior a 65 anos) Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente. Este resultado deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23 %, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição. Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos. Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal comprometida (ver secção 4.2) 5.3 Dados de segurança pré-clínica Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou inexistentes para a exposição humana. Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus, foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação auriculo-ventricular. Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos, com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos. Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna. Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Núcleo: Celulose microcristalina Hidroxipropilcelulose Hidroxipropilcelulose (pouco substituída) Sílica coloidal anidra Crospovidona Esterato de magnésio Revestimento: Álcool polivinílico Macrogol 3350 Talco Dióxido de titânio (E171) Óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro ((E172), laca de alumínio de indigotina (E132) 6.2 Incompatibilidades Não aplicável 6.3 Prazo de validade 4 anos 6.4 Precauções especiais de conservação O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio. Embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de manuseamento Não existem requisitos especiais 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/001-003 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 29 Agosto 2008 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {MM/AAAA} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/. 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Comprimido revestido por película Comprimido revestido por película amarelo escuro, oval gravado com “SP” numa das faces e “100” na outra. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia. 4.2 Posologia e modo de administração Posologia Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após uma semana. Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos. De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat, recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana). População especial Compromisso renal Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado (CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes hemodializados, recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes com compromisso renal (ver secção 5.2). Compromisso hepático Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado. A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave (ver secção 5.2). Idosos (a partir dos 65 anos) Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização de lacosamida em doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção 5.2). População pediátrica Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência de dados de segurança e eficácia. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Tonturas O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8). Ritmo e condução cardíaca Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida,. A lacosamida deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do intervalo PR. Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização. Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização (ver secção 4.8). Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex. pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas. Ideação e comportamento suicída Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8). 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina. Dados in vitro Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil. Dados in vivo A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida 200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia). O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19 afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida.. É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex. fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas foram possivelmente baseadas nos dados in vitro. A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução. Medicamentos anti-epilépticos Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica geral da lacosamida em 25%. Contraceptivos orais Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos. Outros Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina. Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool. A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral. Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao tratamento e/ou doença não foi elucidativa. O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto. Risco associado à lacosamida Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada. Amamentação Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva. Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar estas actividades. 4.8 Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo. A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas. Lista de reacções adversas em forma tabelar No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência ≥ 1% no grupo com lacosamida e >1% relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Classes de sistemas de Muito Frequentes Pouco frequentes órgãos Doenças do sistema imunitário Perturbações do foro psiquiátrico frequentes Doenças do sistema nervoso Tonturas Cefaleias Afecções oculares Afecções do ouvido e do labirinto Cardiopatias Diplopia Depressão Estado confusional(1) Insónia(2) Perturbações no equilíbrio Coordenação anómala Perturbações da memória Perturbação cognitiva Sonolência Tremor Nistagmo Hipoestasia(1) Disartria(1) Perturbações na atenção(1) Visão turva Vertigens Acufenos(1) Bloqueio auriculoventricular(2) Bradicardia(2) Fibrilhação auricular(2) Flutter auricular(2) Testes da função hepática alterados(2) Afecções hepatobiliares Doenças gastrointestinais Afecções dos tecidos cutâneos e subcutaneos Afecções musculosquléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Hipersensibilidade ao medicamento(2) Agressividade(2) Agitação(2) Humor eufórico(2) Perturbação psicótica(2) Tentativa de suicídio(2) Ideação suicída(2) Náuseas Vómitos Obstipação Flatulência Dispesia(1) Xerostomia(1) Prurido Erupção cutânea(2) Espasmos musculares(1) Alterações da marcha Astenia Fadiga Irritabilidade(1) Queda Laceração cutânea Angioedema(2) Urticária(2) Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações (1) Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima definidos. (2) Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização. Descrição das reacções adversas seleccionadas A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose. Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio auriculo-ventricular, síncope, bradicardia). Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida 200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior, nestes estudos. Contudo, durante a experiência póscomercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao tratamento com lacosamida. Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo (0,3%). A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização. Anomalias nas análises laboratoriais Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo. Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada. 4.9 Sobredosagem A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose. A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi 12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos. O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas permanentes. Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se necessário (ver secção 5.2). 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18 Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido funcionalizado. Mecanismo de acção O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis. Efeitos farmacodinâmicos A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas. Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína, valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou aditivos. Eficácia e segurança clínica A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia) foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de 12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios controlados, embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de tolerar esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos, envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi de 23%, 34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente. Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante, visando atingir a monoterapia com lacosamida. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A extensão de absorção não é alterada pelos alimentos. Distribuição O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às proteinas plasmáticas. Biotransformação 95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da lacosamida ainda não foi completamente caracterizado. Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%. A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente 20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na urina. Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica conhecida. Eliminação A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes. O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e inter-individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação de aproximadamente 2. Farmacocinética em grupos de doentes especiais Género Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a concentração plasmática de lacosamida. Compromisso renal A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada. A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade farmacológica associada ao metabolito. Compromisso hepático Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver secção 4.2). Idosos (idade superior a 65 anos) Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23 %, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição. Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos. Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal comprometida (ver secção 4.2) 5.3 Dados de segurança pré-clínica Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou inexistentes para a exposição humana. Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus, foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação auriculo-ventricular. Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos, com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos. Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna. Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Núcleo: Celulose microcristalina Hidroxipropilcelulose Hidroxipropilcelulose (pouco substituída) Sílica coloidal anidra Crospovidona Esterato de magnésio Revestimento: Álcool polivinílico Macrogol 3350 Talco Dióxido de titânio (E171) Óxido de ferro amarelo (E172) 6.2 Incompatibilidades Não aplicável 6.3 Prazo de validade 4 anos 6.4 Precauções especiais de conservação O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio. Embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de manuseamento Não existem requisitos especiais 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/004-006 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 29 Agosto 2008 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {MM/AAAA} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/. 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Comprimido revestido por película Comprimido revestido por película de cor salmão, oval gravado com “SP” numa das faces e “150” na outra. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia. 4.2 Posologia e modo de administração Posologia Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após uma semana. Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos. De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat, recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana). População especial Compromisso renal Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado (CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes com compromisso renal (ver secção 5.2). Compromisso hepático Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado. A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave (ver secção 5.2). Idosos (a partir dos 65 anos) Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção 5.2). População pediátrica Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência de dados de segurança e eficácia. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Tonturas O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8). Ritmo e condução cardíaca Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida,. A lacosamida deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do intervalo PR. Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização. Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização (ver secção 4.8). Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex. pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas. Ideação e comportamento suicída Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8). 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina. Dados in vitro Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil. Dados in vivo A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida 200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia). O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19 afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida. É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex. fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas foram possivelmente baseadas nos dados in vitro. A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução. Medicamentos anti-epilépticos Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica geral da lacosamida em 25%. Contraceptivos orais Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos. Outros Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina. Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool. A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral. Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao tratamento e/ou doença não foi elucidativa. O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto. Risco associado à lacosamida Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada. Amamentação Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva. Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar estas actividades. 4.8 Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo. A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas. Lista de reacções adversas em forma tabelar No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1% relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Classes de sistemas de órgãos Doenças do sistema imunitário Perturbações do foro psiquiátrico Muito frequentes Frequentes Depressão Estado confusional (1) Insónia(2) Pouco frequentes Hipersensibilidade ao medicamento(2) Agressividade(2) Agitação(2) Humor eufórico(2) Perturbação psicótica(2) Tentativa de suicídio(2) Ideacção suicída(2) Doenças do sistema nervoso Tonturas Cefaleias Afecções oculares Afecções do ouvido e do labirinto Cardiopatias Diplopia Doenças gastrointestinais Náuseas Perturbações no equilíbrio Coordenação anómala Perturbações da memória Perturbação cognitiva Sonolência Tremor Nistagmo Hipoestesia(1) Disartria(1) Perturbações na atenção(1) Visão turva Vertigens Acufenos(1) Bloqueio auriculoventricular(2) Bradicardia(2) Fibrilhação auricular(2) Flutter auricular(2) Vómitos Obstipação Flatulência Dispesia(1) Xerostomia (1) Afecções hepatobiliares Afecções dos tecidos cutâneos e subcutaneos Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Prurido Erupção cutânea(2) Espasmos musculares(1) Testes da função hepática alterados(2) Angioedema(2) Urticária(2) Alterações da marcha Astenia Fadiga Irritabilidade(1) Queda Laceração cutânea Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações 1) Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima definidos. (2) Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização. Descrição das reacções advsersas seleccionadas A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose. Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio auriculo-ventricular, síncope, bradicardia). Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida 200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior, nestes estudos. Contudo, durante a experiência pós- comercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao tratamento com lacosamida. Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo (0,3%). A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização. Anomalias nas análises laboratoriais Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo. Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada. 4.9 Sobredosagem A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose. A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi 12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos. O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas permanentes. Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se necessário (ver secção 5.2). 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18 Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido funcionalizado. Mecanismo de acção O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis. Efeitos farmacodinâmicos A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas. Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína, valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou aditivos. Eficácia e segurança clínica A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia) foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de 12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios controlados embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de tolerar esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos, envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi de 23%, 34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente. Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante visando atingir a monoterapia com lacosamida. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A extensão de absorção não é alterada pelos alimentos. Distribuição O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às proteinas plasmáticas. Biotransformação 95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da lacosamida ainda não foi completamente caracterizado. Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%. A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente 20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na urina. Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica conhecida. Eliminação A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes. O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e inter-individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação de aproximadamente 2. Farmacocinética em grupos de doentes especiais Género Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a concentração plasmática de lacosamida. Compromisso renal A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada. A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade farmacológica associada ao metabolito. Compromisso hepático Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver secção 4.2). Idosos (idade superior a 65 anos) Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23 %, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição. Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos. Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal comprometida (ver secção 4.2) 5.3 Dados de segurança pré-clínica Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou inexistentes para a exposição humana. Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus, foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação auriculo-ventricular. Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos, com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos. Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna. Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Núcleo: Celulose microcristalina Hidroxipropilcelulose Hidroxipropilcelulose (pouco substituída) Sílica coloidal anidra Crospovidona Esterato de magnésio Revestimento: Álcool polivinílico Macrogol 3350 Talco Dióxido de titânio (E171) Óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro preto ((E172), 6.2 Incompatibilidades Não aplicável 6.3 Prazo de validade 4 anos 6.4 Precauções especiais de conservação O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio. Embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película (embalagens múltiplas contêm 3 embalagens de 56 comprimidis). É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de manuseamento Não existem requisitos especiais 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/007-009 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 29 Agosto 2008 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {MM/AAAA} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/. 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Comprimido revestido por película Comprimido revestido por película azul, oval gravado com “SP” numa das faces e “200” na outra. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia. 4.2 Posologia e modo de administração Posologia Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após uma semana. Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos. De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat, recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana). População especial Compromisso renal Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado (CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes com compromisso renal (ver secção 5.2). Compromisso hepático Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado. A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave (ver secção 5.2). Idosos (a partir dos 65 anos) Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção 5.2). População pediátrica Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência de dados de segurança e eficácia. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Tonturas O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8). Ritmo e condução cardíaca Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida. A lacosamida deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do intervalo PR. Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização. Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização (ver secção 4.8). Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex. pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas. Ideação e comportamento suicída Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8). 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina. Dados in vitro Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil. Dados in vivo A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida 200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia). O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19 afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida. É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex. fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas foram possivelmente baseadas nos dados in vitro. A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução. Medicamentos anti-epilépticos Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica geral da lacosamida em 25%. Contraceptivos orais Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos. Outros Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina. Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool. A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral. Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao tratamento e/ou doença não foi elucidativa. O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto. Risco associado à lacosamida Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada. Amamentação Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva. Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar estas actividades. 4.8 Efeitos indesejáveis Resumo de perfil de segurança Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo. A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas. Lista de reacções adversas em forma tabelar No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1% relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Classes de sistemas de órgãos Doenças do sistema imunitário Perturbações do foro psiquiátrico Muito frequentes Frequentes Depressão Estado confusional (1) Insónia(2) Pouco frequentes Hipersensibilidade ao medicamento(2) Agressividade(2) Agitação(2) Humor eufórico(2) Distúrbio psicótico(2) Tentativa de suicídio(2) Ideação suicída(2) Doenças do sistema nervoso Tonturas Cefaleias Afecções oculares Afecções do ouvido e do labirinto Cardiopatias Diplopia Doenças gastrointestinais Náuseas Perturbações no equilíbrio Coordenação anómala Perturbações da memória Perturbação cognitiva Sonolência Tremor Nistagmo Hipoestesia(1) Disartria(1) Perturbações na atenção(1) Visão turva Vertigens Acufenos(1) Bloqueio auriculoventricular(2) Bradicardia(2) Fibrilhação auricular(2) Flutter auricular(2) Vómitos Obstipação Flatulência Dispesia(1) Xerostomia (1) Afecções hepatobiliares Afecções dos tecidos cutâneos e subcutaneos Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Prurido Erupção cutânea(2) Espasmos musculares(1) Testes da função hepática alterados(2) Angioedema(2) Urticária(2) Alterações da marcha Astenia Fadiga Irritabilidade(1) Queda Laceração cutânea Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações (1) Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima definidos. (2) Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização. Descrição das reacções adversas seleccionadas A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose. Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio auriculo-ventricular, síncope, bradicardia). Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida 200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior, nestes estudos. Contudo, durante a experiência pós- comercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao tratamento com lacosamida. Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo (0,3%). A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização. Anomalias nas análises laboratoriais Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo. Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada. 4.9 Sobredosagem A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose. A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi 12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos. O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas permanentes. Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se necessário (ver secção 5.2). 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18 Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido funcionalizado. Mecanismo de acção O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis. Efeitos farmacodinâmicos A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas. Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína, valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou aditivos. Eficácia e seguranca clínica A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia) foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de 12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios controlados embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de tolerar esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos, envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi 23%, 34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente. Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante visando atingir a monoterapia com lacosamida. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A extensão de absorção não é alterada pelos alimentos. Distribuição O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às proteinas plasmáticas. Biotransformação 95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da lacosamida ainda não foi completamente caracterizado. Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%. A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente 20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na urina. Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica conhecida. Eliminação A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes. O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e inter-individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação de aproximadamente 2. Farmacocinética em grupos de doentes especiais Género Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a concentração plasmática de lacosamida. Compromisso renal A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada. A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade farmacológica associada ao metabolito. Compromisso hepático Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver secção 4.2). Idosos (idade superior a 65 anos) Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23 %, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição. Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos. Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal comprometida (ver secção 4.2) 5.3 Dados de segurança pré-clínica Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou inexistentes para a exposição humana. Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus, foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação auriculo-ventricular. Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos, com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos. Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna. Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Núcleo: Celulose microcristalina Hidroxipropilcelulose Hidroxipropilcelulose (pouco substituída) Sílica coloidal anidra Crospovidona Esterato de magnésio Revestimento: Álcool polivinílico Macrogol 3350 Talco Dióxido de titânio (E171) Laca de alumínio de indigotina (E132) 6.2 Incompatibilidades Não aplicável 6.3 Prazo de validade 4anos 6.4 Precauções especiais de conservação O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio. Embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película (embalagens múltiplas contêm 3 embalagens de 56 comprimidis). É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de manuseamento Não existem requisitos especiais 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/010-012 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização: 29 Agosto 2008 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {MM/AAAA} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/. 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida. Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida. Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida. Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Comprimido revestido por película 50 mg: Comprimido revestido por película rosado, oval gravado com “SP” numa das faces e “50” na outra. 100 mg: Comprimido revestido por película amarelo escuro, oval gravado com “SP” numa das faces e “100” na outra. 150 mg: Comprimido revestido por película de cor salmão, oval gravado com “SP” numa das faces e “150” na outra. 200 mg: Comprimido revestido por película azul, oval gravado com “SP” numa das faces e “200” na outra. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia. 4.2 Posologia e modo de administração Posologia Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após uma semana. Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por dia).Vimpat pode ser tomado com ou sem alimentos. De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat, recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana). A embalagem de inicio de tratamento de Vimpat contém 4 embalagens diferentes (uma para cada dosagem) com 14 comprimidos cada, para as primeiras 2 a 4 semanas de tratamento, dependendo da resposta e tolerabilidade do doente. As embalagens são comercializadas com “semana 1 (2, 3 ou 4)”. No primeiro dia de tratamento, o doente inicia Vimpat comprimidos 50 mg, duas vezes por dia. Durante a segunda semana, o doente toma Vimpat comprimidos 100 mg, duas vezes por dia. Dependendo da resposta e tolerabilidade, Vimpat comprimidos 150 mg podem ser tomados 2 vezes por dia durante a terceira semana e Vimpat comprimidos 200 mg duas vezes por dia durante a quarta semana. População especial Compromisso renal Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado (CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com insuficiência renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com compromisso renal terminal. Em doentes hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes com compromisso renal (ver secção 5.2). Compromisso hepático Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado. A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave (ver secção 5.2). Idosos (a partir dos 65 anos) Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção 5.2). População pediátrica Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência de dados de segurança e eficácia. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância ou a qualquer um dos excipientes. Existência de bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Tonturas O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8). Ritmo e condução cardíaca Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida. A lacosamida deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca ou doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do intervalo PR. Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização. Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização (ver secção 4.8). Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex. pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas. Ideação e comportamento suicída Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8). 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina. Dados in vitro Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil. Dados in vivo A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida 200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia). O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19 afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida. É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex. fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas foram possivelmente baseadas nos dados in vitro. A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução. Medicamentos anti-epilépticos Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica geral da lacosamida em 25%. Contraceptivos orais Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos. Outros Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina. Não estão disponíveis dados sobre a interacção da lacosamida com o álcool. A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral. Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao tratamento e/ou doença não foi elucidativa. O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto. Risco associado à lacosamida Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada. Amamentação Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva. Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar estas actividades. 4.8 Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo. A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. A reacção adversa mais frequente, associada à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas. Lista de reacções adversas em forma tabelar No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1% relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Classes de sistemas de órgãos Doenças do sistema imunitário Perturbações do foro psiquiátrico Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Tonturas Cefaleias Afecções oculares Afecções do ouvido e do labirinto Cardiopatias Diplopia Doenças gastrointestinais Náuseas Frequentes Depressão Estado confusional (1) Insónia(2) Pouco frequentes Hipersensibilidade ao medicamento(2) Agressividade(2) Agitação(2) Humor eufórico(2) Distúrbio psicótico(2) Tentativa de suicício(2) Ideacção suicída(2) Perturbações no equilíbrio Coordenação anómala Perturbações da memória Perturbação cognitiva Sonolência Tremor Nistagmo Hipoestesia(1) Disartria(1) Perturbações na atenção(1) Visão turva Vertigens Acufenos(1) Bloqueio auriculoventricular(2) Bradicardia(2) Fibrilhação auricular(2) Flutter auricular(2) Vómitos Obstipação Flatulência Dispesia(1) Xerostomia (1) Afecções hepatobiliares Afecções dos tecidos cutâneos e subcutaneos Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Prurido Erupção cutânea(2) Espasmos musculares(1) Testes da função hepática alterados(2) Angioedemna(2) Urticária(2) Alterações da marcha Astenia Fadiga Irritabilidade(1) Queda Laceração cutânea Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações (1) Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima definidos. (2) Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização. Descrição das reacções adversas seleccionadas A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose. Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio auriculo-ventricular, síncope, bradicardia). Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida 200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior, nestes estudos. Contudo, durante a experiência póscomercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao tratamento com lacosamida. Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo (0,3%). A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização. Anomalias nas análises laboratoriais Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo. Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada. 4.9 Sobredosagem A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose. A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi 12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos. O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas permanentes. Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se necessário (ver secção 5.2). 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18 Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido funcionalizado. Mecanismo de acção O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis. Efeitos farmacodinâmicos A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas. Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína, valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou aditivos. Eficácia e segurança clínica A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia) foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de 12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios controlados, embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de tolerar esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é recomendada a dose de 600 mg/dia. A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos, envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi de 23%, 34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente. Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante, visando atingir a monoterapia com lacosamida. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção A lacosamida é rápida e completamente absorvida após administração oral. A biodisponibilidade oral dos comprimidos de lacosamida é aproximadamente 100%. Após administração oral, a concentração plasmática de lacosamida inalterada aumenta rapidamente, atingindo a C máx 0,5 a 4 horas depois. A extensão de absorção não é alterada pelos alimentos. Distribuição O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às proteinas plasmáticas. Biotransformação 95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da lacosamida ainda não foi completamente caracterizado. Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%. A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente 20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na urina. Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da concentração plasmática da lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica conhecida. Eliminação A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes. O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e inter- individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação de aproximadamente 2. Farmacocinética em grupos de doentes especiais Género Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a concentração plasmática de lacosamida. Compromisso renal A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada. A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade farmacológica associada ao metabolito. Compromisso hepático Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver secção 4.2). Idosos (idade superior a 65 anos) Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23 %, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição. Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos. Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal comprometida (ver secção 4.2) 5.3 Dados de segurança pré-clínica Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou inexistentes para a exposição humana. Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus, foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação auriculo-ventricular. Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos, com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos. Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna. Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Núcleo: Celulose microcristalina Hidroxipropilcelulose Hidroxipropilcelulose (pouco substituída) Sílica coloidal anidra Crospovidona Esterato de magnésio Revestimento: Álcool polivinílico Macrogol 3350 Talco Dióxido de titânio (E171) Comprimidos de 50 mg: óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro ((E172), laca de alumínio de indigotina (E132) Comprimidos de 100 mg: óxido de ferro amarelo (E172) Comprimidos de 150 mg: óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro preto ((E172), Comprimidos de 2000 mg: laca de alumínio de indigotina (E132) 6.2 Incompatibilidades Não aplicável 6.3 Prazo de validade 4 anos 6.4 Precauções especiais de conservação O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Blisters de PVC/PVDC selados com folha de alumínio. A embalagem de início de tratamento contém 4 embalegens de cartão com 14 comprimios de 50 mg, 100 mg, 150 mg e 200 mg cada. 6.6 Precauções especiais de manuseamento Não existem requisitos especiais 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/013 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização:29 Agosto 2008 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {MM/AAAA} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/. 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada ml de solução para perfusão contém 10 mg de lacosamida 1 frasco de 20 ml de solução para perfusão contém 200 mg de lacosamida Excipientes: Cada ml de solução para perfusão contém 2,99 mg de sódio. Lista completa de excipientes, ver secção 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução para perfusão Solução límpida, incolor. 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicações terapêuticas Vimpat é indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises parciais com ou sem generalização secundária em doentes a partir dos 16 anos com epilepsia. Vimpat solução para perfusão é uma alternativa para doentes quando a administração oral, temporariamente, não é possível. 4.2 Posologia e modo de administração Posologia Vimpat deve ser administrado duas vezes por dia. A dose inicial recomendada é de 50 mg duas vezes por dia, a qual deverá ser aumentada para uma dose terapêutica inicial de 100 mg duas vezes por dia, após uma semana. Dependendo da resposta clínica e tolerabilidade, a dose de manutenção pode ser aumentada 50 mg duas vezes por dia, a cada semana, até uma dose diária máxima de 400 mg (200 mg duas vezes por dia). De acordo com a prática clínica corrente, caso seja necessário suspender o tratamento com Vimpat, recomenda-se que este seja retirado de forma gradual (ex: reduzir a dose diária em 200 mg/semana). O tratamento com Vimpat pode ser iniciado tanto por via oral como IV. A solução para perfusão deve ser administrada durante um período de 15 a 60 minutos, duas vezes por dia. Vimpat solução para perfusão pode ser administrada via IV sem diluição. A conversão de administração de, ou para, via oral e via IV pode ser feita directamente, sem titulação. A dose diária total e a administração 2 vezes ao dia devem ser mantidas. Existe experiência de administração de duas infusões de Vimpat, por dia, até 5 dias. População especial Compromisso renal Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso renal ligeiro a moderado (CLcr>30 ml/min). Recomenda-se uma dose máxima de 250 mg/dia em doentes com compromisso renal grave (CLcr≤ 30 ml/min) e em doentes com insuficiência renal terminal. Em doentes hemodializados recomenda-se um suplemento de até 50% da dose diária dividida, imediatamente a seguir a cada tratamento de hemodiálise. O tratamento de doentes com doença renal terminal deve ser feito com precaução dada a limitada experiência clínica e a acumulação do metabolito (sem actividade farmacológica conhecida). A titulação da dose deve ser efectuada com precaução em todos os doentes com compromisso renal (ver secção 5.2). Compromisso hepático Não é necessário qualquer ajuste de dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado. A titulação da dose deve ser efectuada com precaução, considerando a existência de compromisso renal. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave (ver secção 5.2). Idosos (a partir dos 65 anos) Não é necessária redução de dose em doentes idosos. A experiência de utilização da lacosamida em doentes idosos é limitada. Deve ser tida em conta a redução da depuração renal associada à idade com aumento dos níveis AUC, em doentes idosos (ver “doentes com compromisso renal” acima e secção 5.2). População pediátrica Vimpat não é recomendado em crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos devido à ausência de dados de segurança e eficácia. 4.3 Contra-indicações Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. Bloqueio auriculo-ventricular (AV) de segundo ou terceiro grau conhecido. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Tonturas O tratamento com lacosamida tem sido associado a tonturas, o que pode aumentar a ocorrência de lesões acidentais ou quedas. Assim, os doentes devem ser advertidos para tomarem precauções até que estejam familiarizados com os potenciais efeitos deste medicamento (ver secção 4.8). Ritmo e condução cardíaca Foi observado prolongamento do intervalo PR em ensaios clínicos com a lacosamida. A lacosamida deve ser utilizada com precaução em doentes com problemas conhecidos de condução cardíaca conhecidos ou doença cardíaca grave, como história de enfarte do miocárdio ou insuficiência cardíaca. Deve ter-se especial precaução no tratamento de doentes idosos, devido ao risco aumentado de problemas cardíacos ou na administração concomitante de lacosamida com produtos associados a aumento do intervalo PR. Foram notificados bloqueios AV de segundo grau ou superiores na experiência pós-comercialização. Nos ensaios controlados por placebo da lacosamida em doentes epilépticos, não foi notificada fibrilhação ou flutter auricular; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização (ver secção 4.8). Os doentes devem ser alertados dos sintomas de bloqueio AV de segundo grau ou superior (p. ex. pulso fraco ou irregular, sensação de atordoamento e desmaio) e dos sintomas de fibrilhação e flutter auricular (p. ex. palpitações, pulso rápido ou irregular, falta de ar). Deverá ser recomendado aos doentes procurar aconselhamento médico caso ocorra algum destes sintomas. Ideação e comportamento suicída Foram notificados casos de ideação e comportamento suicida em doentes tratados com medicamentos anti-epilépticos em várias indicações terapêuticas. Uma meta-análise de ensaios aleatorizados e controlados com placebo, de medicamentos anti-epilépticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento suicida. Não é ainda conhecido o mecanismo que explica este risco e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um aumento do risco associado à lacosamida. Assim, os doentes devem ser monitorizados quanto a sinais de ideação e comportamento suicida devendo ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e os prestadores de cuidados aos doentes) devem ser aconselhados a contactar o médico assim que surjam sinais de ideação e comportamento suicidas (ver secção 4.8). Este medicamento contém 2,6 mmol (ou 59,8 mg) de sódio por frasco, facto que de deve ser tido em consideração em doentes com dieta restritiva em sódio. 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção A lacosamida deve ser usada com precaução em doentes tratados com medicamentos associados ao aumento do intervalo PR (ex: carbamazepina, lamotrigina, pregabalina) assim como em doentes tratados com anti-arrítmicos de classe I. No entanto, em ensaios clínicos, a análise de sub-grupo não demonstrou uma magnitude aumentada no prolongamento do intervalo PR em doentes com administração concomitante de carbamazepina ou lamotrigina. Dados in vitro Os dados disponíveis sugerem que a lacosamida possui um potencial de interacção baixo. Estudos in vitro indicam que os enzimas CYP1A2, 2B6 e 2C9 não são induzidos e que os CYP1A1, 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2D6 e 2E1 não são inibidos pela lacosamida, nas concentrações plasmáticas observadas durante os ensaios clínicos. Um estudo in vitro indicou que a lacosamida não é transportada por glicoproteina-P no intestino. Dados in vitro demonstram que o CYP2C9, CYP2C19 e CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil. Dados in vivo A lacosamida não inibe nem induz os CYP2C19 e 3A4 numa extensão clinicamente relevante. A lacosamida não afectou a AUC do midazolam (metabolizado pelo CYP3A4, após toma de lacosamida 200 mg duas vezes ao dia) mas a C max do midazolam foi ligeiramente aumentada (30 %). A lacosamida não afectou a farmacocinética do omeprazol (metabolizado pelo CYP2C19 e 3A4, após toma de lacosamida 300 mg duas vezes ao dia). O omeprazol inibidor do CYP2C19 (40 mg/dia) não originou um aumento clinicamente significativo da exposição da lacosamida. Deste modo, é pouco provável que inibidores moderados do CYP2C19 afectem numa extensão clinicamente relevante a exposição sistémica à lacosamida.. É recomendada precaução no tratamento concomitante com inibidores fortes do CYP2C9 (ex. fluconazol) e CYP3A4 (ex. itraconazol, cetoconazol, ritonavir, claritromicina), o que pode originar um aumento da exposição sistémica à lacosamida. Tais interacções não foram estabelecidas in vivo mas foram possivelmente baseadas nos dados in vitro. A exposição sistémica da lacosamida pode ser moderadamente reduzida por indutores enzimáticos fortes, como a rifampicina ou a hipericão (Hypericum perfuratum), pelo que o inicio e fim de tratamento com estes indutores deva ser efectuado com precaução. Medicamentos anti-epilépticos Em estudos de interacção, a lacosamida não influenciou significativamente as concentrações plasmáticas da carbamazepina nem do ácido valpróico. As concentrações plasmáticas da lacosamida não foram afectadas pela carbamazepina ou ácido valpróico. A análise farmacocinética populacional demonstrou que o tratamento concomitante com outros medicamentos anti-epilépticos indutores enzimáticos (carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, em várias doses) reduziu a exposição sistémica geral da lacosamida em 25%. Contraceptivos orais Num estudo de interacção não ocorreram interacções clinicamente significativas entre a lacosamida e os contraceptivos orais etinilestradiol e levonorgestrel. As concentrações de progesterona não foram afectadas com a administração concomitante dos dois medicamentos. Outros Estudos de interacção demonstraram que a lacosamida não interfere com a farmacocinética da digoxina. Não houve interacção clinicamente significativa entre a lacosamida e a metformina. Não estão disponíveis dados sobre a interacçãio da lacosamida com o álcool. A lacosamida tem um perfil de ligação às proteínas inferior a 15%, pelo que são consideradas pouco provaveis interacções de competição pelo receptor proteico, com outros medicamentos. 4.6 Fertilidade, gravidez e aleitamento Gravidez Risco relacionado com a epilepsia e medicamentos anti-epilépticos, em geral. Para todos os medicamentos anti-epilépticos, foi observado que na descendência de mulheres com epilepsia, tratadas, a prevalência de malformações é duas a três vezes superior à prevalência observada na população em geral. (aproximadamente 3%). Na população tratada, foi observado um aumento das malformações associado à politerapia, no entanto, a extensão de responsabilidade atribuída ao tratamento e/ou doença não foi elucidativa. O tratamento anti-epiléptico efectivo não pode ser interrompido uma vez que o agravamento da patologia é prejudicial para ambos, mãe e feto. Risco associado à lacosamida Não existem dados adequados sobre o uso de lacosamida em mulheres grávidas. Estudos em animais não revelaram qualquer efeito teratogénico em ratos ou coelhos, mas foi observada embriotoxicidade em ratos e coelhos, em doses tóxicas maternas (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. A lacosamida não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário (se o benefício para a mãe for claramente superior ao risco potencial para o feto). Se a mulher decidir engravidar, a utilização deste medicamento deve ser cuidadosamente reavaliada. Amamentação Desconhece-se se a lacosamida é excretada no leite materno em seres humanos. Estudos animais demonstraram excreção de lacosamida no leite materno. Como medida de precaução, o aleitamento deve ser interrompido durante o tratamento com lacosamida. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Vimpat pode ter uma influência ligeira a moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. O tratamento com Vimpat foi associado a sonolência e visão turva. Assim sendo, os doentes deverão ser aconselhados a não conduzir nem utilizar máquinas potencialmente perigosas antes de conhecer os efeitos de Vimpat na sua capacidade para desempenhar estas actividades. 4.8 Efeitos indesejáveis Resumo do perfil de segurança Com base na análise de ensaios clínicos efectuados contra placebo, em 1308 doentes com crises parciais, foi notificada pelo menos 1 reacção adversa, num total de 61,9% de doentes tratados com lacosamida e 35,2% de doentes tratados com placebo. Os efeitos indesejáveis notificados mais frequentemente no tratamento com lacosamida foram tonturas, cefaleias, náuseas e diplopia. São geralmente de intensidade ligeira a moderada. Alguns dos efeitos notificados eram relacionados com a dose, podendo ser minimizados com a redução da mesma. A incidência e gravidade de efeitos indesejáveis associados ao SNC e gastrintestinal geralmente decresceu ao longo do tempo. A taxa de interrupção de tratamento associada a efeitos indesejáveis foi de 12,2% em doentes tratados com lacosamida e 1,6% em doentes tratados com placebo, no total dos ensaios controlados. O reacção adversa mais frequente, associado à interrupção do tratamento com lacosamida foram as tonturas. Lista de reacções adversas em forma tabelar No quadro seguinte estão listadas as frequências dos efeitos indesejáveis notificados durante os ensaios clínicos contra placebo (com uma taxa de incidência 1% no grupo com lacosamida e >1% relativamente ao placebo) e na experiência de pós-comercialização. As frequências definem-se em muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1000 a < 1/100). Os efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. Classes de sistemas de órgãos Doenças do sistema imunitário Perturbações do foro psiquiátrico Muito frequentes Doenças do sistema nervoso Tonturas Cefaleias Afecções oculares Afecções do ouvido e do labirinto Cardiopatias Diplopia Doenças gastrointestinais Náuseas Frequentes Depressão Estado confusional (1) Insónia(2) Hipersensibilidade ao medicamento(2) Agressividade(2) Agitação(2) Humor eufórico(2) Distúrbio psicótico(2) Tentativa de suicídio(2) Ideação suicída(2) Perturbações no equilíbrio Coordenação anómala Perturbações da memória Perturbação cognitiva Sonolência Tremor Nistagmo Acufenos(1) Disartria(1) Perturbações na atenção(1) Visão turva Vertigens Zumbido(1) Bloqueio auriculoventricular(2) Bradicardia(2) Fibrilhação auricular(2) Flutter auricular(2) Vómitos Obstipação Flatulência Dispesia(1) Xerostomia (1) Afecções hepatobiliares Afecções dos tecidos cutâneos e subcutaneos Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos Perturbações gerais e alterações no local de administração Pouco frequentes Prurido Erupção cutânea(2) Espasmos musculares(1) Alterações da marcha Astenia Fadiga Irritabilidade(1) Dor ou desconforto no local de administração(3) Irritação (3) Testes da função hepática alterados(2) Angioedema(2) Urticária(2) Eritema (3) Complicações de Queda intervenções Laceração cutânea relacionadas com lesões e intoxicações (1) Reacções adversas potencialmente importantes identificadas como tendo sido relatadas num conjunto de ensaios clínicos com uma taxa de incidência que não a mencionada nos critérios acima definidos. (2) Reacções adversas relatadas durante a experiência de pós-comercialização. (3) Reacções adversas locais associadas à administração por via intravenosa Descrição das reacções adversas seleccionadas A administração de lacosamida está associada ao aumento do intervalo PR relacionado com a dose. Podem ocorrer efeitos indesejáveis relacionados com o aumento do intervalo PR (ex: bloqueio auriculo-ventricular, síncope, bradicardia). Em ensaios clínicos com doentes epilépticos, a taxa de incidência associada à notificação de bloqueio auriculo-ventricular de primeiro grau é pouco frequente, 0,7%, 0%, 0,5% and 0% para a lacosamida 200 mg, 400 mg, 600 mg ou placebo, respectivamente. Não foram observados bloqueios auriculoventriculares de 2º grau ou superior nestes estudos. Contudo, durante a experiência póscomercialização foram descritos casos de bloqueio auriculo-ventricular de 2º e 3º grau associados ao tratamento com lacosamida. Em ensaios clínicos, a taxa de incidência associada à síncope é pouco frequente, não diferindo entre os doentes epilépticos tratados com lacosamida (0,1%) e os doentes epilépticos tratados com placebo. (0,3%). A fibrilhação ou o flutter auricular não foram notificados em ensaios clínicos de curto prazo; contudo ambos foram notificados em ensaios abertos de epilepsia e na experiência pós-comercialização. Anomalias nas análises laboratoriais Foram observadas anomalias nos testes da função hepática em ensaios controlados com lacosamida em doentes adultos com crises parciais, que estavam a tomar 1 a 3 medicamentos antiepilépticos concomitantes. Aumentos da ALT a ≥3XULN ocorreram em 0,7% (7/935) dos doentes a tomar Vimpat e em 0% (0/356) dos doentes a tomar placebo. Reacções de Hipersensiblidade Multi-órgão Foram descritas reacções de hipersensibilidade multi-órgão em doentes tratados com alguns agentes antiepilépticos. Estas reacções têm uma expressão variável mas tipicamente apresentam febre e erupção cutânea e podem ser associadas com o envolvimento de diferentes sistemas de órgãos. Foram raramente descritos potenciais casos com a lacosamida e se houver suspeita de reacção de hipersensibilidade multi-órgão, a lacosamida deve ser descontinuada. 4.9 Sobredosagem A experiência clínica de sobredosegam com lacosamida em seres humanos é limitada. Os sintomas clínicos (tonturas e náuseas) associados a doses de 1200 mg/dia estão maioritariamente associados ao sistema nervoso central e sistema gastrintestinal, sendo resolvidos com ajuste de dose. A maior sobredosagem notificada durante o programa de desenvolvimento clínico da lacosamida foi 12 g, administradas conjuntamente com doses tóxicas de vários outros medicamentos anti-epilépticos. O sujeito esteve inicialmente em estado comatoso tendo recuperado completamente, sem sequelas permanentes. Não existe antídoto específico para sobredosagem com lacosamida. O tratamento de uma sobredosagem com lacosamida deve englobar medidas gerais de suporte e pode incluir hemodiálise, se necessário (ver secção 5.2). 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: Outros anti-epilépticos código ATC: N03AX18 Substância activa, lacosamida (R-2-acetamido-N-benzil-3-metoxipropionamida) é um aminoácido funcionalizado. Mecanismo de acção O exacto mecanismo de acção pelo qual a lacosamida exerce o seu efeito anti-epiléptico em seres humanos ainda não está completamente caracterizado. Estudos electrofisiológicos in vitro revelaram que a lacosamida aumenta selectivamente a inactivação lenta dos canais de sódio dependentes da voltagem, resultando na estabilização das membranas neuronais hiperexcitáveis. Efeitos farmacodinâmicos A lacosamida demonstrou induzir protecção de convulsão num largo número de modelos animais de crises parciais e primariamente generalizadas, atrasando a ocorrência de crises provocadas. Em estudos não-clínicos, a lacosamida em associação com levetiracetam, carbamazepina, fenitoína, valproato, lamotrigina, topiramato ou gabapentina revelou efeitos anticonvulsivantes sinérgicos ou aditivos. Eficácia e segurança clínica A eficácia de Vimpat como terapêutica adjuvante nas doses recomendadas (200 mg/dia, 400 mg/dia) foi estabelecida em 3 estudos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo com duração de 12 semanas. Vimpat 600 mg/dia também revelou ser eficaz como terapêutica adjuvante em ensaios controlados embora com eficácia semelhante a 400 mg/dia, sendo os doentes menos capazes de tolerar esta dose devido a efeitos indesejáveis ao nível do SNC e sistema gastrintestinal. Assim, não é recomendada a dose de 600 mg/dia.A dose máxima recomendada é de 400 mg/dia. Estes estudos, envolvendo 1308 doentes de aproximadamente 23 anos, com história de crises parciais, foram desenhados para avaliar a eficácia e segurança da lacosamida quando administrada concomitantemente com 1-3 anti-epilépticos, em doentes com crises parciais não controladas, com ou sem generalização secundária. A proporção de doentes com uma redução de 50% na frequência de crises foi 23%, 34% e 40% para placebo, lacosamida 200 mg/dia e lacosamida 400 mg/dia, respectivamente. Não há dados suficientes sobre a interrupção de medicação antiepiléptica concomitante visando atingir a monoterapia com lacosamida. 5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção Após administração IV, a C max é atingida no final da perfusão. A concentração plasmática aumenta proporcionalmente com a dose após administração oral (100-800 mg) e IV (50-300 mg). Distribuição O volume de distribuição é aproximadamente 0,6 L/Kg. A lacosamida liga-se em menos de 15% às proteinas plasmáticas. Biotransformação 95% da dose é excretada pela urina, sob a forma de fármaco ou metabolitos. O metabolismo da lacosamida ainda não foi completamente caracterizado. Os principais compostos excretados pela urina são a lacosamida inalterada (aproximadamente 40% da dose) e o seu metabolito O-desmetil, em menos de 30%. A fracção polar que se propõe ser constituída por derivados da serina representou aproximadamente 20% na urina, mas foi detectada apenas em quantidades reduzidas (0 - 2%) no plasma humano de alguns voluntários. Quantidades reduzidas (0,5 - 2%) de metabolitos adicionais foram encontradas na urina. Dados in vitro demostram que o CYP2C9, CYP2C19 e o CYP3A4 têm a capacidade de catalizar a formação do metabolito O-desmetil, mas o principal isoenzima catalizador não foi ainda confirmado in vivo. Não foi identificada diferença clinicamente significativa na exposição da lacosamida, quando comparadas as farmacocinéticas em metabolizadores fortes (EMs, com CYP2C19 funcionais) e em metabolizadores fracos (PMs, sem CYP2C19 funcionais). Além disso, um estudo de interacção com o omeprazol (inibidor do CYP2C19) demonstrou não existirem alterações clinicamente significativas nas concentrações plasmáticas da lacosamida, indicando uma importância mínima para esta via. A concentração plasmática do metablito O-desmetil-lacosamida é aproximadamente 15% da concentração plasmática de lacosamida. Este principal metabolito não possui actividade farmacológica conhecida. Eliminação A lacosamida é primariamente eliminada da circulação sistémica por excreção renal e biotransformação. Após administração oral e intravenosa de lacosamida marcada radioactivamente, foi recuperado na urina cerca de 95% do composto radioactivo administrado e menos de 0,5% nas fezes. O tempo de semi vida de eliminação da substância inalterada é aproximadamente 13 horas. A farmacocinética é proporcional à dose e constante ao longo do tempo, com baixa variabilidade intra- e inter- individual. Após administração duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas em equilíbrio são atingidas em 3 dias. A concentração plasmática aumenta de acordo com um factor de acumulação de aproximadamente 2. Farmacocinética em grupos de doentes especiais Género Os ensaios clínicos indicam que o género não possui influência clinicamente significativa sobre a concentração plasmática de lacosamida. Compromisso renal A AUC da lacosamida sofreu um aumento de aproximadamente 30% em doentes com compromisso renal ligeiro e moderado e 60% no grave, assim como em doentes com doença renal terminal sob hemodiálise, comparativamente com indivíduos saudáveis, enquanto a C max não foi afectada. A lacosamida é efectivamente removida do plasma por hemodiálise. Após um tratamento de 4 horas de hemodiálise a AUC da lacosamida é reduzida em aproximadamente 50%. Deste modo, recomendase um suplemento da dose após hemodiálise (ver secção 4.2). A exposição do metabolito O-desmetil foi aumentada várias vezes em doentes com compromisso renal moderado e grave. Na ausência de hemodiálise, em doentes com doença renal terminal, os níveis aumentaram e mantiveram o aumento durante as 24 horas de amostragem. Desconhece-se se a exposição aumentada ao metabolito, na doença renal terminal poderia estar na base do efeito, mas não foi identificada qualquer actividade farmacológica associada ao metabolito. Compromisso hepático Doentes com compromisso hepático moderado (Child-Pugh B) revelaram concentrações plasmáticas de lacosamida mais elevadas (aproximadamente 50% mais altas que AUC norm ). O aumento de exposição dever-se-á parcialmente à diminuição da função renal nestes doentes. Estima-se que a redução da depuração não-renal nos doentes do estudo é responsável pelo aumento de 20% da AUC da lacosamida. A farmacocinética da lacosamida não foi estudada no compromisso hepático grave (ver secção 4.2). Idosos (idade superior a 65 anos) Num estudo em idosos, incluindo 4 doentes, homens e mulheres, >75 anos de idade, a área sob a curva registada foi aumentada em 30 % e 50% face a homens mais novos, respectivamente.Este resultado deve-se parcialmente à baixa massa corporal. A diferença de massa corporal normalizada é de 26 e 23 %, respectivamente. Foi também observada uma variabilidade aumentada na exposição. Neste estudo, a depuração renal da lacosamida foi ligeiramente reduzida em idosos. Não se considera necessária uma redução de dose, salvo se indicada em casos de função renal comprometida (ver secção 4.2) 5.3 Dados de segurança pré-clínica Nos estudos de toxicidade, a concentração plasmática de lacosamida obtida foi similar ou apenas marginalmente mais elevada que a observada nos doentes, o que determina margens baixas ou inexistentes para a exposição humana. Um estudo de segurança farmacológico com administração intravenosa de lacosamida em cães anestesiados revelou aumentos transitórios no intervalo PR, na duração do complexo QRS e redução da pressão arterial, provavelmente devidos à acção cardiodepressora. Estas alterações transitórias começaram no mesmo intervalo de concentrações verificado após a administração da dose máxima recomendada. Para doses intravenosas de 15-60 mg/Kg, em cães anestesiados e macacos Cynomolgus, foi observado atraso da condução auricular e ventricular, bloqueio auriculo-ventricular e dissociação auriculo-ventricular. Em estudos de toxicidade de dose repetida, foram observadas alterações hepáticas ligeiras em ratos, com início a níveis de exposição 3 vezes superiores à exposição clínica. Estas alterações incluíram aumento de peso do órgão, hipertrofia dos hepatócitos, aumento das concentrações plasmáticas dos enzimas hepáticos e aumento do colestrol total e triglicéridos. Não foi observada qualquer outra alteração histopatológica, além da hipertrofia dos hepatócitos. Em estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, em roedores e coelhos, não foi observado efeito teratogénico mas verificou-se aumento no número de nados-mortos e mortes de cachorros durante o periparto, assim como uma ligeira redução do número de cachorros vivos por ninhada e da massa corporal dos cachorros, para doses maternas tóxicas em ratos, correspondentes a níveis de exposição sistémica semelhantes aos esperados durante a exposição clínica. Os dados sobre o potencial embriofetotóxico e teratogénico da lacosamida são insuficientes uma vez que não foi possível testar níveis mais elevados de exposição em animais, devido à toxicidade materna. Estudos em ratos revelaram que a lacosamida e /ou os seus metabolitos atravessam a placenta. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1. Lista dos excipientes Água para preparações injectáveis Cloreto de sódio Ácido clorídrico (ajuste de pH) 6.2 Incompatibilidades Este medicamento não pode ser misturado com outros medicamentos, excepto os mencionados na secção 6.6. 6.3 Prazo de validade 3 anos A estabilidade física e química foi demonstrada para períodos de 24 horas a temperaturas iguais ou inferiores a 25ºC, para o produto diluído nos diluentes mencionados em 6.6. De um ponto de vista microbiológico, o produto deve ser usado imediatamente. Se não for usado imediatamente, o tempo e as condições de armazenagem, anteriores à utilização, são da responsabilidade do utilizador e não devem, normalmente, ser superiores a 24 horas, a uma temperatura entre 2 a 8 º C, excepto se a diluição ocorreu em condições assépticas controladas e validadas 6.4 Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 25°C 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Frascos para injectáveis, incolores, de vidro (tipo I), com rolha de clorobutilo selado com fluoropolímero. Embalagens de 1x20 ml and 5x20 ml. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. 6.6 Precauções especiais de manuseamento Este medicamento é para uso único e qualquer solução não utilizada deve ser rejeitada. Produto que apresente descoloração não deve ser utilizado. Verificou-se que Vimpat solução para perfusão é física e quimicamente estável, quando misturado com os seguintes diluentes, durante um mínimo de 24 horas, conservado em sacos de PVC, à temperatura ambiente controlada até 25ºC. Diluentes: Solução injectável de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) Solução injectável de glucose a 50 mg/ml (5% ) Solução injectável de Ringer-lactato 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/016-017 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Data da primeira autorização:29 Agosto 2008 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO {MM/AAAA} Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu/. ANEXO II A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote Aesica Pharmaceuticals GmbH Alfred-Nobel Str. 10 D-40789 Monheim Alemanha B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Medicamento sujeito a receita médica. CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO Não aplicável. OUTRAS CONDIÇÕES Sistema de farmacovigilância O Titular da Autorização de Introdução no Mercado deve assegurar que o sistema de farmacovigilância apresentada no Módulo 1.8.1 da Autorização de Introdução no Mercado, está implementado e em funcionamento antes e enquanto o produto estiver no mercado. Plano de Gestão do Risco O Titular da Autorização de Introdução no Mercado compromete-se a efectuar os estudos e actividades de farmacovigilância adicionais detalhadas no Plano de Farmacovigilância, tal como acordado na versão 5 do Plano de Gestão do Risco (PGR) apresentado no Módulo 1.8.2 do pedido da Autorização de Introdução no Mercado, assim como todas as actualizações subsequentes do PGR acordadas pelo CHMP. De acordo com a Norma Orientadora do CHMP sobre Sistema de Gestão do Risco para medicamentos de uso humano, qualquer actualização do PGR deve ser submetido ao mesmo tempo que o Relatório Periódico de Segurança (RPS) seguinte. Além disso, deve ser submetido um PGR actualizado: Quando for recebida nova informação que possa ter impacto nas actuais Especifiçações de Segurança, no Plano de farmacovigilância ou nas actividades de minimização do risco. No período de 60 dias após ter sido atingido um objectivo importante (farmacovigilância ou minimização de risco) A pedido da EMA ANEXO III ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO A. ROTULAGEM INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Cartonagem externa 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 14 comprimidos revestidos por película 56 comprimidos revestidos por película 168 comprimidos revestidos por película 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/001 14 comprimidos revestidos por película EU/1/08/470/002 56 comprimidos revestidos por película EU/1/08/470/003 168 comprimidos revestidos por película 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 50 mg INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS Rotulagem do blister 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. OUTRAS INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Cartonagem externa 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 14 comprimidos revestidos por película 56 comprimidos revestidos por película 168 comprimidos revestidos por película 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/004 14 comprimidos revestidos por película EU/1/08/470/005 56 comprimidos revestidos por película EU/1/08/470/006 168 comprimidos revestidos por película 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 100 mg INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS Rotulagem do blister 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. OUTRAS INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Cartonagem externa 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 14 comprimidos revestidos por película 56 comprimidos revestidos por película 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/007 14 comprimidos revestidos por película EU/1/08/470/008 56 comprimidos revestidos por película 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 150 mg INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO APENAS PARA EMBALAGEM MÚLTIPLA Embalagem com 168 comprimidos revestidos por película contendo 3 embalagens de 56 comprimidos revestidos por película (com blue box) 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 168 comprimidos revestidos por película 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/009 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 150 mg INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO APENAS PARA EMBALAGEM MÚLTIPLA Embalagem intermédia Embalagemcom 56 comprimidos revestidos por película de 150 mg (sem blue box) 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 56 comprimidos revestidos por película 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/009 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 150 mg INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS Rotulagem do blister 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. OUTRAS INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Cartonagem externa 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 14 comprimidos revestidos por película 56 comprimidos revestidos por película 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/010 14 comprimidos revestidos por película EU/1/08/470/011 56 comprimidos revestidos por película 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 200 mg INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO APENAS PARA EMBALAGEM MÚLTIPLA Embalagem com 168 comprimidos revestidos por película contendo 3 embalagens de 56 comprimidos revestidos por película (com blue box) 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 168 comprimidos revestidos por película 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/012 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 200 mg INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO APENAS PARA EMBALAGEM MÚLTIPLA Embalagem intermédia Embalagemcom 56 comprimidos revestidos por película de 200 mg (sem blue box) 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 56 comprimidos revestidos por película 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/012 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 200 mg INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS Rotulagem do blister 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. OUTRAS INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO Embalagem externa – a embalagem de início de tratamento contém 4 embalagens com 14 comprimidos revestidos por película 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 50 mg Vimpat 100 mg Vimpat 150 mg Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Vimpat 50 mg Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida Vimpat 100 mg Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida Vimpat 150 mg Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida Vimpat 200 mg Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO A embalagem de início de tratamento contém 56 comprimidos revestidos por película para um tratamento de 4 semanas de duração: 14 comprimidos revestidos por película de Vimpat 50 mg 14 comprimidos revestidos por película de Vimpat 100 mg 14 comprimidos revestidos por película de Vimpat 150 mg 14 comprimidos revestidos por película de Vimpat 200 mg 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/013 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 50 mg Vimpat 100 mg Vimpat 150 mg Vimpat 200 mg APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Embalagem intermédia – Embalagem com 14 comprimidos revestidos – semana 1 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 50 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 14 comprimidos revestidos por película Semana 1 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/013 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 50 mg APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS Rotulagem do blister – semana 1 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. OUTRAS Semana 1 APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Embalagem intermédia – Embalagem com 14 comprimidos revestidos – semana 2 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 100 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 14 comprimidos revestidos por película Semana 2 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/013 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 100 mg APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS Rotulagem do blister – semana 2 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. OUTRAS Semana 2 APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Embalagem intermédia – Embalagem com 14 comprimidos revestidos – semana 3 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 150 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 14 comprimidos revestidos por película Semana 3 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/013 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 150 mg APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS Rotulagem do blister – semana 3 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. OUTRAS Semana 3 APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Embalagem intermédia – Embalagem com 14 comprimidos revestidos – semana 4 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada comprimido revestido por película contém 200 mg de lacosamida 3. LISTA DOS EXCIPIENTES 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 14 comprimidos revestidos por película Semana 4 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via oral. Consultar o folheto informativo antes de utilizar 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/013 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Vimpat 200 mg APENAS PARA EMBALAGEM DE INÍCIO DE TRATAMENTO INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS Rotulagem do blister – semana 4 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida 2. NOME DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA 3. PRAZO DE VALIDADE EXP 4. NÚMERO DO LOTE Lot 5. OUTRAS Semana 4 INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO Cartonagem externa 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada ml de solução para perfusão contém 10 mg de lacosamida 1 frasco de 20 ml contém 200 mg de lacosamida 200 mg/ 20 ml 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Excipientes: cloreto de sódio, ácido clorídrico , água para preparações injectáveis 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 1x20 ml de solução para perfusão 5x20 ml de solução para perfusão 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via intravenosa. Para administração única. Consultar o folheto informativo antes de utilizar. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Não conservar acima de 25 °C 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL A solução não utilizada deve ser rejeitada. 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/016 EU/1/08/470/017 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Foi aceite a justificação para não incluir a informação em Braille. INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO Frasco 1. NOME DO MEDICAMENTO Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão Lacosamida 2. DESCRIÇÃO DA SUBSTÂNCIA ACTIVA Cada ml de solução para perfusão contém 10 mg de lacosamida Cada frasco de 20 ml contém 200 mg lacosamida. 200 mg/ 20 ml 3. LISTA DOS EXCIPIENTES Excipientes: cloreto de sódio, ácido clorídrico , água para preparações injectáveis 4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO 20 ml de solução para perfusão 5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO Via intravenosa. Para administração única. Consultar o folheto informativo. 6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS Manter fora do alcance e da vista das crianças. 7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO 8. PRAZO DE VALIDADE EXP: 9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO Não conservar acima de 25°C 10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL 11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO UCB Pharma SA Allée de la Recherche 60 B-1070 Bruxelles Bélgica 12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO EU/1/08/470/016 EU/1/08/470/017 13. NÚMERO DO LOTE Lote: 14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO Medicamento sujeito a receita médica. 15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO 16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE Foi aceite a justificação para não incluir a informação em Braille. B. FOLHETO INFORMATIVO FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Neste folheto: 1. O que é Vimpat e para que é utilizado 2. Antes de tomar Vimpat 3. Como tomar Vimpat 4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar Vimpat 6. Outras informações 1. O QUE É VIMPAT E PARA QUE É UTILIZADO Vimpat é usado no tratamento de certos tipos de epilepsia (ver abaixo) em doentes com idade igual ou superior a 16 anos. Vimpat é usado em doentes que estão já a tomar outro medicamento anti-epiléptico A epilepsia é uma doença em que o doente tem crises repetidas (convulsões). Vimpat é utilizado para o tipo de epilepsia em que as crises inicialmente afectam apenas um dos lados do cérebro, podendo posteriormente estender-se a áreas maiores em ambos os lados do cérebro (crises parciais com ou sem generalização secundária). 2. ANTES DE TOMAR VIMPAT NÃO tome Vimpat o se tem alergia (hipersensibilidade) à lacosamida ou a qualquer outro componente de Vimpat (listados na Secção 6). Caso não tenha a certeza de ser alérgico, consulte o seu médico. o se tiver algum tipo de doença ao nível do ritmo cardíaco (bloqueio auriculo-ventricular de 2º ou 3º grau) Tome especial cuidado com Vimpat Informe o seu médico: o se estiver a tomar algum medicamento que provoque uma alteração no ECG (electrocardiograma) denominada aumento do intervalo PR, por exemplo, medicamentos utilizados no tratamento de alguns tipos de irregularidades do ritmo cardíaco e insuficiência cardíaca. Caso não tenha a certeza de que os medicamentos que toma possa provocar estes efeitos, consulte o seu médico. o se tem uma condição associada a um distúrbio na condução eléctrica através do coração ou se tem uma doença cardíaca grave como insuficiência cardíaca ou enfarte. Vimpat pode causar tonturas, que podem aumentar o risco de acidente ou queda, pelo que deve ter precaução acrescida até estar familiarizado com os efeitos que este medicamento possa ter. Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com anti-epilépticos como a lacosamida teve pensamentos de auto-agressão ou suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos, deve contactar imediatamente o seu médico. Ao tomar Vimpat com outros medicamentos Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. É especialmente relevante caso esteja a tomar medicamentos para problemas cardíacos (ver secção acima “Tome especial cuidado com Vimpat”). Ao tomar Vimpat com alimentos e bebidas Pode tomar Vimpat com ou sem alimentos. Como medida de precaução, não é recomendável tomar Vimpat com álcool pois Vimpat pode provocar tonturas ou sensação de cansaço. A ingestão concomitante de álcool pode agravar estes efeitos. Gravidez e aleitamento Se está grávida, não deve tomar Vimpat, uma vez que os efeitos na gravidez e no feto são desconhecidos. Consulte imediatamente o seu médico caso esteja grávida ou a pensar engravidar: ele/ela decidirá se deve tomar Vimpat. O aleitamento não é recomendado durante o tratamento com Vimpat, pois desconhece-se se Vimpat passa para o leite materno. Se estiver a amamentar, informe o seu médico imediatamente, ele/ela decidirá se deve tomar Vimpat. A pesquisa revelou um aumento de risco de malformações à nascença nos descendentes de grávidas medicadas com anti-epilépticos. Por outro lado, o tratamento efectivo com anti-epilépticos não deverá ser interrompido subitamente uma vez que o agravamento da doença é prejudicial para mãe e feto. Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Condução de veículos e utilização de máquinas Vimpat pode causar tonturas e visão turva. Estes efeitos podem afectar a sua capacidade de condução e de operar com ferramentas e máquinas. Não deve conduzir ou utilizar estes equipamentos até ser estabelecida a forma com que este medicamento afecta a sua capacidade de realizar estas tarefas. 3. COMO TOMAR VIMPAT Tomar Vimpat sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. Dosagem Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia, uma de manhã e outra à noite, às mesmas horas, todos os dias. Vimpat é usado em tratamentos prolongados. A dose inicial de Vimpat é geralmente 100 mg por dia – tomados 2 vezes no dia – 50 mg de manhã e 50 mg à noite. O seu médico pode aumentar a dose diária em 100 mg a cada semana, até ter atingido a dose de manutenção entre 200 e 400 mg / dia, tomada duas vezes no dia. Tomará esta dose de manutenção durante o seu tratamento a longo prazo. O seu médico pode prescrever-lhe uma dose diferente, caso sofra de problemas renais. Como tomar Vimpat comprimidos Deve engolir o comprimido de Vimpat com um copo de água. Pode tomar Vimpat com ou sem alimentos. Duração do tratamento com Vimpat Vimpat é usado como tratamento de longa duração. Deve continuar a tomar Vimpat até que o seu médico lhe diga para interromper o tratamento. Se tomar mais Vimpat do que deveria Contactar o seu médico se tomou mais Vimpat do que deveria. Caso se tenha esquecido de tomar Vimpat Se se esqueceu de tomar uma dose por algumas horas, tome-a assim que se lembrar. Se estiver já próximo da dose seguinte, não tome o comprimido esquecido. Tome Vimpat à hora a que normalmente tomaria. Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar Se parar de tomar Vimpat Não pare de tomar Vimpat sem consultar o seu médico, pois os sintomas poderão reaparecer com agravamento. Caso o seu médico decida interromper o seu tratamento com Vimpat, ele/ela informa-lo-á sobre o modo como deve reduzir a dose progressivamente. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS Como todos os medicamentos, Vimpat pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. A frequência dos efeitos secundários possíveis está definida de acordo com a seguinte convenção: Muito frequentes (afecta mais que 1 doente em 10) Frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 100) Pouco frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 1.000) Raros (afecta 1 a 10 doentes em 10.000) Muito raros (afecta menos de 1 doente em 10.000) Desconhecidos (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Muito frequentes: afecta mais que 1 doente em 10 o Tonturas, dor de cabeça o Náuseas (sentir-se enjoado) o Visão dupla (diplopia) Frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 100 o Dificuldade em manter o equilíbrio, dificuldades de coordenação dos movimentos, problemas de memória, sonolência, tremor, dificuldade de pensamento e em encontrar as palavras certas, movimento rápido e involuntário dos olhos (nistagmo) o Visão turva o Sentimento de estar a andar à roda (vertigem) o Vómitos, obstipação, acumulação excessiva de gases no estômago ou intestino o Comichão o Quedas o Cansaço, dificuldade em caminhar, cansaço fora do comum e fraqueza (astenia) o Depressão o Confusão o Diminuição da capacidade de sentir ou da sensibilidade, dificuldade em articular palavras, distúrbios da atenção o o o o o o Ruídos no ouvido tais como zumbidos, sons de campainhas ou assobios Indigestão, boca seca Irritabilidade Espasmos musculares Erupção Cutânea Dificuldade em dormir Pouco frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 1000 o Diminuição do número de batimentos cardíacos o Alterações da condução cardíaca o Sensação exagerada de bem-estar o Reacção alérgica pela toma do medicamento o Testes da função hepática alterados o Tentativa de suicídio o Pensamentos relacionados com suicídio ou em magoar-se a si mesmo o Palpitações e/ou pulso rápido ou irregular o Agressividade o Agitação o Pensamentos anómalos e/ou perda de sentido da realidade o Reacção alérgica grave a qual causa inchaço da face, garganta, mãos, pés, tornozelos ou parte de baixo das pernas o Urticária Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. COMO CONSERVAR VIMPAT Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize Vimpat após o prazo de validade impresso na embalagem e no blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de Vimpat A substância activa é a lacosamida 1 comprimido de Vimpat contém 50 mg de lacosamida. 1 comprimido de Vimpat contém 100 mg de lacosamida. 1 comprimido de Vimpat contém 150 mg de lacosamida. 1 comprimido de Vimpat contém 200 mg de lacosamida. Os outros componentes são: Núcleo: celulose microcristalina, hidroxipropilcelulose, hidroxipropilcelulose (pouco substituída) sílica coliodal anidra, crospovidona, esterato de magnésio Revestimento: álcool polivinílico, Macrogol , talco, dióxido de titânio (E171), corantes* *Os corantes são: Comprimidos de 50 mg: óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro (E172), laca de alumínio de indigotina (E132) Comprimidos de 100 mg: óxido de ferro amarelo (E172) Comprimidos de 150 mg: óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro (E172), Comprimidos de 2000 mg: laca de alumínio de indigotina (E132) Qual o aspecto de Vimpat e conteúdo da embalagem Vimpat comprimido revestido por película 50 mg é rosado, oval gravado com “SP” numa das faces e “50” na outra. Vimpat comprimido revestido por película 100 mg é amarelo escuro, oval gravado com “SP” numa das faces e “100” na outra. Vimpat comprimido revestido por película 150 mg é cor salmão, oval gravado com “SP” numa das faces e “150” na outra. Vimpat comprimido revestido por película 200 mg é azul, oval gravado com “SP” numa das faces e “200” na outra. Vimpat está disponível em embalagens de 14, 56 e 168 comprimidos revestidos por película. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante Titular de Autorização de Introdução no Mercado : UCB Pharma SA, Allée de la Recherche 60, B1070 Bruxelles, Bélgica. Fabricante: Aesica Pharmaceuticals GmbH,, Alfred-Nobel-Str. 10, 40789 Monheim am Rhein, Germany. Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado: België/Belgique/Belgien UCB Pharma SA/NV Tel/Tél: + 32 / (0)2 559 92 00 Luxembourg/Luxemburg UCB Pharma SA/NV Tél/Tel: + 32 / (0)2 559 92 00 България Ю СИ БИ България ЕООД Teл.: + 359 (0) 2 962 30 49 Magyarország UCB Magyarország Kft. Tel.: + 36-(1) 391 0060 Česká republika UCB s.r.o. Tel: + 420 221 773 411 Malta Pharmasud Ltd. Tel: + 356 / 21 37 64 36 Danmark UCB Nordic A/S Tlf: + 45 / 32 46 24 00 Nederland UCB Pharma B.V. Tel.: + 31 / (0)76-573 11 40 Deutschland UCB Pharma GmbH Tel: + 49 /(0) 2173 48 48 48 Norge UCB Nordic A/S Tlf: + 45 / 32 46 24 00 Eesti UCB Pharma Oy Finland Tel: + 358 10 234 6800 (Soome) Österreich UCB Pharma GmbH Tel: + 43 (1) 291 80 00 Ελλάδα UCB Α.Ε. Τηλ: + 30 / 2109974000 Polska UCB Pharma Sp. z o.o. Tel.: + 48 22 696 99 20 España UCB Pharma, S.A. Portugal UCB Pharma (Produtos Farmacêuticos), Lda Tel: + 34 / 91 570 34 44 Tel: + 351 / 21 302 5300 France UCB Pharma S.A. Tél: + 33 / (0)1 47 29 44 35 România UCB Pharma Romania S.R.L. Tel: + 40 21 300 29 04 Ireland UCB (Pharma) Ireland Ltd. Tel: + 353 / (0)1-46 37 395 Slovenija Medis, d.o.o. Tel: + 386 1 589 69 00 Ísland Vistor hf. Tel: + 354 535 7000 Slovenská republika UCB s.r.o., organizačná zložka Tel: + 421 (0) 2 5920 2020 Italia UCB Pharma S.p.A. Tel: + 39 / 02 300 791 Suomi/Finland UCB Pharma Oy Finland Puh/Tel: + 358 10 234 6800 Κύπρος Lifepharma (Z.A.M.) Ltd Τηλ: + 357 22 34 74 40 Sverige UCB Nordic A/S Tel: + 46 / (0) 40 29 49 00 Latvija UCB Pharma Oy Finland Tel: + 358 10 234 6800 (Somija) United Kingdom UCB Pharma Ltd. Tel : + 44 / (0)1753 534 655 Lietuva UCB Pharma Oy Finland Tel: + 358 10 234 6800 (Suomija) Este folheto foi aprovado pela última vez em { MM/AAAA } Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Vimpat 50 mg comprimidos revestidos por película Vimpat 100 mg comprimidos revestidos por película Vimpat 150 mg comprimidos revestidos por película Vimpat 200 mg comprimidos revestidos por película Lacosamida Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Neste folheto: 1. O que é Vimpat e para que é utilizado 2. Antes de tomar Vimpat 3. Como tomar Vimpat 4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar Vimpat 6. Outras informações 1. O QUE É VIMPAT E PARA QUE É UTILIZADO Vimpat é usado no tratamento de certos tipos de epilepsia (ver abaixo) em doentes com idade igual ou superior a 16 anos. Vimpat é usado em doentes que estão já a tomar outro medicamento anti-epiléptico A epilepsia é uma doença em que o doente tem crises repetidas (convulsões). Vimpat é utilizado para o tipo de epilepsia em que as crises inicialmente afectam apenas um dos lados do cérebro, podendo posteriormente estender-se a áreas maiores em ambos os lados do cérebro (crises parciais com ou sem generalização secundária). 2. ANTES DE TOMAR VIMPAT NÃO tome Vimpat se tem alergia (hipersensibilidade) à lacosamida ou a qualquer outro componente de Vimpat (listados na Secção 6). Caso não tenha a certeza de ser alérgico, consulte o seu médico. se tiver algum tipo de doença ao nível do ritmo cardíaco (bloqueio auriculo-ventricular de 2º ou 3º grau) Tome especial cuidado com Vimpat Informe o seu médico: se estiver a tomar algum medicamento que provoque uma alteração no ECG (electrocardiograma) denominada aumento do intervalo PR, por exemplo, medicamentos utilizados no tratamento de alguns tipos de irregularidades do ritmo cardíaco e insuficiência cardíaca. Caso não tenha a certeza de que os medicamentos que toma possa provocar estes efeitos, consulte o seu médico. se tem uma condição associada a um distúrbio na condução eléctrica através do coração ou se tem uma doença cardíaca grave como insuficiência cardíaca ou enfarte. Vimpat pode causar tonturas, que podem aumentar o risco de acidente ou queda, pelo que deve ter precaução acrescida até estar familiarizado com os efeitos que este medicamento possa ter. Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com anti-epilépticos como a lacosamida teve pensamentos de auto-agressão ou suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos, deve contactar imediatamente o seu médico. Ao tomar Vimpat com outros medicamentos Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.É especialmente relevante caso esteja a tomar medicamentos para problemas cardíacos (ver secção acima “Tome especial cuidado com Vimpat”). Ao tomar Vimpat com alimentos e bebidas Pode tomar Vimpat com ou sem alimentos. Como medida de precaução, não é recomendável tomar Vimpat com álcool pois Vimpat pode provocar tonturas ou sensação de cansaço. A ingestão concomitante de álcool pode agravar estes efeitos. Gravidez e aleitamento Se está grávida, não deve tomar Vimpat, uma vez que os efeitos na gravidez e no feto são desconhecidos. Consulte imediatamente o seu médico caso esteja grávida ou a pensar engravidar: ele/ela decidirá se deve tomar Vimpat. O aleitamento não é recomendado durante o tratamento com Vimpat, pois desconhece-se se Vimpat passa para o leite materno. Se estiver a amamentar, informe o seu médico imediatamente, ele/ela decidirá se deve tomar Vimpat. A pesquisa revelou um aumento de risco de malformações à nascença nos descendentes de grávidas medicadas com anti-epilépticos. Por outro lado, o tratamento efectivo com anti-epilépticos não deverá ser interrompido subitamente uma vez que o agravamento da doença é prejudicial para mãe e feto. Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Condução de veículos e utilização de máquinas Vimpat pode causar tonturas e visão turva. Estes efeitos podem afectar a sua capacidade de condução e de operar com ferramentas e máquinas. Não deve conduzir ou utilizar estes equipamentos até ser estabelecida a forma com que este medicamento afecta a sua capacidade de realizar estas tarefas. 3. COMO TOMAR VIMPAT Tomar Vimpat sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. Dosagem Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia, uma de manhã e outra à noite, às mesmas horas, todos os dias. Vimpat é usado em tratamentos prolongados. Início do tratamento (primeiras 4 semanas) Esta embalagem (embalagem de início do tratamento) utiliza-se quando começa o tratamento com Vimpat. A embalagem contém 4 embalagens diferentes no seu interior, para as primeiras 4 semanas de tratamento, sendo uma embalagem para cada semana. Cada embalagem tem 14 comprimidos, correspondendo à toma de 2 comprimidos por dia, para 7 dias. Cada embalagem contem uma dosagem diferente de Vimpat, para que possa aumentar a sua dose gradualmente. Vai iniciar o seu tratamento com uma dose baixa de Vimpat, geralmente 50 mg duas vezes por dia, aumentando semanalmente. A tabela seguinte indica a dose diária geralmente adoptada durante as primeiras 4 semanas de tratamento. O seu médico indicar-lhe-á se necessita de tomar as 4 embalagens. Tabela: Início de tratamento (primeiras 4 semanas) Semana Embalagem a Primeira dose usar (manhã) Embalagem 50 mg Semana 1 marcada com (1 comprimido “semana 1” Vimpat 50 mg) Embalagem 100 mg Semana 2 marcada com (1 comprimido “semana 2” Vimpat 100 mg) Embalagem 150 mg Semana 3 marcada com (1 comprimido “semana 3” Vimpat 150 mg) Embalagem 200 mg Semana 4 marcada com (1 comprimido “semana 4” Vimpat 200 mg) Segunda dose (noite) 50 mg (1 comprimido Vimpat 50 mg) 100 mg (1 comprimido Vimpat 100 mg) 150 mg (1 comprimido Vimpat 150 mg) 200 mg (1 comprimido Vimpat 200 mg) Dose diária TOTAL 100 mg 200 mg 300 mg 400 mg Tratamento de manutenção (após as primeiras 4 semanas) Após as primeiras 4 semanas de tratamento, o seu médico pode ajustar a dose que irá manter ao longo do tratamento. Esta dose é chamada dose de manutenção e vai depender da sua resposta a Vimpat. Para a generalidade dos doentes a dose de manutenção situa-se entre 200 mg e 400 mg por dia. O seu médico pode prescrever-lhe uma dose diferente, caso sofra de problemas renais. Como tomar Vimpat comprimidos Deve engolir o comprimido de Vimpat com um copo de água. Pode tomar Vimpat com ou sem alimentos. Duração do tratamento com Vimpat Vimpat é usado como tratamento de longa duração. Deve continuar a tomar Vimpat até que o seu médico lhe diga para interromper o tratamento. Se tomar mais Vimpat do que deveria Contactar o seu médico se tomou mais Vimpat do que deveria. Caso se tenha esquecido de tomar Vimpat Se se esqueceu de tomar uma dose por algumas horas, tome-a assim que se lembrar. Se estiver já próximo da dose seguinte, não tome o comprimido esquecido. Tome Vimpat à hora a que normalmente tomaria. Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar Se parar de tomar Vimpat Não pare de tomar Vimpat sem consultar o seu médico, pois os sintomas poderão reaparecer com agravamento. Caso o seu médico decida interromper o seu tratamento com Vimpat, ele/ela informa-lo-á sobre o modo como deve reduzir a dose progressivamente. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS Como todos os medicamentos, Vimpat pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. A frequência dos efeitos secundários possíveis está definida de acordo com a seguinte convenção: Muito frequentes (afecta mais que 1 doente em 10) Frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 100) Pouco frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 1.000) Raros (afecta 1 a 10 doentes em 10.000) Muito raros (afecta menos de 1 doente em 10.000) Desconhecidos (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Muito frequentes: afecta mais que 1 doente em 10 Tonturas, dor de cabeça Náuseas (sentir-se enjoado) Visão dupla (diplopia) Frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 100 Dificuldade em manter o equilíbrio, dificuldades de coordenação dos movimentos, problemas de memória, sonolência, tremor, dificuldade de pensamento e em encontrar as palavras certas, movimento rápido e involuntário dos olhos (nistagmo) Visão turva Sentimento de estar a andar á roda (vertigem) Vómitos, obstipação, acumulação excessiva de gases no estômago ou intestino Comichão Quedas Cansaço, dificuldade em caminhar, cansaço fora do comum e fraqueza (astenia) Depressão Confusão Diminuição da capacidade de sentir ou da sensibilidade, dificuldade em articular palavras, distúrbios da atenção Ruídos no ouvido tais como zumbidos, sons de campainhas ou assobios Indigestão, boca seca Irritabilidade Espasmos musculares Erupção cutânea Dificuldade em dormir Pouco frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 1000 Diminuição do número de batimentos cardíacos Alterações da condução cardíaca Sensação exagerada de bem-estar Reacção alérgica pela toma do medicamento Testes da função hepática alterados Tentativa de suicídio Pensamentos relacionados com suicídio ou em magoar-se a si mesmo Palpitações e/ou pulso rápido ou irregular Agressividade Agitação Pensamentos anómalos e/ou perda de sentido da realidade Reacção alérgica grave a qual causa inchaço da face, garganta, mãos, pés, tornozelos ou parte de baixo das pernas Urticária Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. COMO CONSERVAR VIMPAT Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize Vimpat após o prazo de validade impresso na embalagem e no blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de Vimpat A substância activa é a lacosamida 1 comprimido de Vimpat 50 mg contém 50 mg de lacosamida. 1 comprimido de Vimpat 100 mg contém 100 mg de lacosamida. 1 comprimido de Vimpat 150 mg contém 150 mg de lacosamida. 1 comprimido de Vimpat 200 mg contém 200 mg de lacosamida. Os outros componentes são: Núcleo: celulose microcristalina, hidroxipropilcelulose, hidroxipropilcelulose (pouco substituída) sílica coliodal anidra, crospovidona, esterato de magnésio Revestimento: álcool polivinílico, Macrogol , talco, dióxido de titânio (E171), corantes* *Os corantes são: Comprimidos de 50 mg: óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro ((E172), laca de alumínio de indigotina (E132) Comprimidos de 100 mg: óxido de ferro amarelo (E172) Comprimidos de 150 mg: óxido de ferro amarelo (E172), óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro negro ((E172), Comprimidos de 2000 mg: laca de alumínio de indigotina (E132) Qual o aspecto de Vimpat e conteúdo da embalagem Vimpat comprimido revestido por película 50 mg é rosado, oval gravado com “SP” numa das faces e “50” na outra. Vimpat comprimido 100 mg é amarelo escuro, oval gravado com “SP” numa das faces e “100” na outra. Vimpat comprimido revestido por película 150 mg é cor salmão, oval gravado com “SP” numa das faces e “150” na outra. Vimpat comprimido revestido por película 200 mg é azul, oval gravado com “SP” numa das faces e “200” na outra. A embalagem de inicio de tratamento contém 56 comprimidos revstidos por película em qatro embalagens: - a embalagem marcada com “semana 1” contém 14 comprimidos de 50 mg - a embalagem marcada com “semana 2” contém 14 comprimidos de 100 mg - a embalagem marcada com “semana 3” contém 14 comprimidos de 150 mg - a embalagem marcada com “semana 4” contém 14 comprimidos de 200 mg Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante Titular de Autorização de Introdução no Mercado : UCB Pharma SA, Allée de la Recherche 60, B1070 Bruxelles, Bélgica. Fabricante: Aesica Pharmaceuticals GmbH, Alfred-Nobel-Str. 10, 40789 Monheim am Rhein, Germany. Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado: België/Belgique/Belgien UCB Pharma SA/NV Tel/Tél: + 32 / (0)2 559 92 00 Luxembourg/Luxemburg UCB Pharma SA/NV Tél/Tel: + 32 / (0)2 559 92 00 България Ю СИ БИ България ЕООД Teл.: + 359 (0) 2 962 30 49 Magyarország UCB Magyarország Kft. Tel.: + 36-(1) 391 0060 Česká republika UCB s.r.o. Tel: + 420 221 773 411 Malta Pharmasud Ltd. Tel: + 356 / 21 37 64 36 Danmark UCB Nordic A/S Tlf: + 45 / 32 46 24 00 Nederland UCB Pharma B.V. Tel.: + 31 / (0)76-573 11 40 Deutschland UCB Pharma GmbH Tel: + 49 /(0) 2173 48 48 48 Norge UCB Nordic A/S Tlf: + 45 / 32 46 24 00 Eesti UCB Pharma Oy Finland Tel: + 358 10 234 6800 (Soome) Österreich UCB Pharma GmbH Tel: + 43 (1) 291 80 00 Ελλάδα UCB Α.Ε. Τηλ: + 30 / 2109974000 Polska UCB Pharma Sp. z o.o. Tel.: + 48 22 696 99 20 España UCB Pharma, S.A. Tel: + 34 / 91 570 34 44 Portugal UCB Pharma (Produtos Farmacêuticos), Lda Tel: + 351 / 21 302 5300 France UCB Pharma S.A. Tél: + 33 / (0)1 47 29 44 35 România UCB Pharma Romania S.R.L. Tel: + 40 21 300 29 04 Ireland UCB (Pharma) Ireland Ltd. Tel: + 353 / (0)1-46 37 395 Slovenija Medis, d.o.o. Tel: + 386 1 589 69 00 Ísland Vistor hf. Tel: + 354 535 7000 Slovenská republika UCB s.r.o., organizačná zložka Tel: + 421 (0) 2 5920 2020 Italia UCB Pharma S.p.A. Tel: + 39 / 02 300 791 Suomi/Finland UCB Pharma Oy Finland Puh/Tel: + 358 10 234 6800 Κύπρος Lifepharma (Z.A.M.) Ltd Τηλ: + 357 22 34 74 40 Sverige UCB Nordic A/S Tel: + 46 / (0) 40 29 49 00 Latvija UCB Pharma Oy Finland Tel: + 358 10 234 6800 (Somija) United Kingdom UCB Pharma Ltd. Tel : + 44 / (0)1753 534 655 Lietuva UCB Pharma Oy Finland Tel: + 358 10 234 6800 (Suomija) Este folheto foi aprovado pela última vez em { MM/AAAA } Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão Lacosamida Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento. o Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. o Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico. o Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas. o Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Neste folheto: 1. O que é Vimpat e para que é utilizado 2. Antes de tomar Vimpat 3. Como tomar Vimpat 4. Efeitos secundários possíveis 5. Como conservar Vimpat 6. Outras informações 1. O QUE É VIMPAT E PARA QUE É UTILIZADO Vimpat é usado no tratamento de certos tipos de epilepsia (ver abaixo) em doentes com idade igual ou superior a 16 anos. Vimpat é usado em doentes que estão já a tomar outro medicamento anti-epiléptico A epilepsia é uma doença em que o doente tem crises repetidas (convulsões). Vimpat é utilizado para o tipo de epilepsia em que as crises inicialmente afectam apenas um dos lados do cérebro, podendo posteriormente estender-se a áreas maiores em ambos os lados do cérebro (crises parciais com ou sem generalização secundária). Vimpat solução para perfusão é uma alternativa de tratamento por um curto período de tempo, quando a administração oral (através da boca) não é possível. 2. ANTES DE TOMAR VIMPAT NÃO tome Vimpat o se tem alergia (hipersensibilidade) à lacosamida ou a qualquer outro componente de Vimpat (listados na Secção 6). Caso não tenha a certeza de ser alérgico, consulte o seu médico. o se tiver algum tipo de doença ao nível do ritmo cardíaco (bloqueio auriculo-ventricular de 2º ou 3º grau) Tome especial cuidado com Vimpat Informe o seu médico: o se estiver a tomar algum medicamento que provoque uma alteração no ECG (electrocardiograma) denominada aumento do intervalo PR, por exemplo, medicamentos utilizados no tratamento de alguns tipos de irregularidades do ritmo cardíaco e insuficiência cardíaca. Caso não tenha a certeza de que os medicamentos que toma possa provocar estes efeitos, consulte o seu médico. o se tem uma condição associada a um distúrbio na condução eléctrica através do coração ou se tem uma cardíaca grave como insuficiência cardíaca ou sofreu enfarte. Vimpat pode causar tonturas, que podem aumentar o risco de acidente ou queda, pelo que deve ter precaução acrescida até estar familiarizado com os efeitos que este medicamento possa ter. Um pequeno número de pessoas que iniciaram tratamento com anti-epilépticos como a lacosamida teve pensamentos de auto-agressão ou suicídio. Se a qualquer momento tiver estes pensamentos, deve contactar imediatamente o seu médico. Ao tomar Vimpat com outros medicamentos Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.É especialmente relevante caso esteja a tomar medicamentos para problemas cardíacos (ver secção acima “Tome especial cuidado com Vimpat”). Ao tomar Vimpat com alimentos e bebidas Pode tomar Vimpat com ou sem alimentos. Como medida de precaução, não é recomendável tomar Vimpat com álcool pois Vimpat pode provocar tonturas ou sensação de cansaço. A ingestão concomitante de álcool pode agravar estes efeitos. Gravidez e aleitamento Se está grávida, não deve tomar Vimpat, uma vez que os efeitos na gravidez e no feto são desconhecidos. Consulte imediatamente o seu médico caso esteja grávida ou a pensar engravidar: ele/ela decidirá se deve tomar Vimpat. O aleitamento não é recomendado durante o tratamento com Vimpat, pois desconhece-se se Vimpat passa para o leite materno. Se estiver a amamentar, informe o seu médico imediatamente, ele/ela decidirá se deve tomar Vimpat. A pesquisa revelou um aumento de risco de malformações à nascença nos descendentes de grávidas medicadas com anti-epilépticos. Por outro lado, o tratamento efectivo com anti-epilépticos não deverá ser interrompido subitamente uma vez que o agravamento da doença é prejudicial para mãe e feto. Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Condução de veículos e utilização de máquinas Vimpat pode causar tonturas e visão turva. Estes efeitos podem afectar a sua capacidade de condução e de operar com ferramentas e máquinas. Não deve conduzir ou utilizar estes equipamentos até ser estabelecida a forma com que este medicamento afecta a sua capacidade de realizar estas tarefas. Informações importantes sobre alguns componentes de Vimpat Este medicamento contém 2,6 mmol (ou 59,8 mg) de sódio por frasco, facto que deve ser tido em consideração em doentes com dietas restritivas de sódio. 3. COMO TOMAR VIMPAT A solução para perfusão é uma alternativa para curtos períodos de tempo, quando a administração por via oral (boca), não é possível. Deve ser administrado na veia por um profissional de saúde. É possível substituir directamente a administração oral por perfusão e vice-versa. A sua dose diária e frequência de administração permanecem as mesmas. Dosagem Vimpat deve ser tomado duas vezes por dia, uma de manhã e outra à noite, às mesmas horas, todos os dias. A dose inicial de Vimpat é geralmente 100 mg por dia – tomados 2 vezes no dia – 50 mg de manhã e 50 mg à noite. A dose de manutenção é entre 200 e 400 mg / dia. O seu médico pode prescrever-lhe uma dose diferente, caso sofra de problemas renais. Como é que Vimpat é administrado Vimpat é administrado como uma perfusão na veia (intravenoso) por um profissional de saúde. A perfusão decorre durante 15 – 60 minutos. Duração do tratamento Vimpat O seu médico decidirá durante quantos dias vai receber as perfusões. Existe experiência de perfusão de Vimpat duas vezes ao dia, até 5 dias. Para tratamentos de longa duração, está disponível Vimpat comprimidos. Se parar de tomar Vimpat Caso o seu médico decida interromper o seu tratamento com Vimpat, ele/ela informa-lo-á sobre o modo como deve reduzir a dose progressivamente. Esta medida previne o reaparecimento dos sintomas ou o seu agravamento. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico. 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS Como todos os medicamentos, Vimpat pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. A frequência dos efeitos secundários possíveis está definida de acordo com a seguinte convenção: Muito frequentes (afecta mais que 1 doente em 10) Frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 100) Pouco frequentes (afecta 1 a 10 doentes em 1.000) Raros (afecta 1 a 10 doentes em 10.000) Muito raros (afecta menos de 1 doente em 10.000) Desconhecidos (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis) Muito frequentes: afecta mais que 1 doente em 10 o Tonturas, dor de cabeça o Náuseas (sentir-se enjoado) o Visão dupla (diplopia) Frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 100 o Dificuldade em manter o equilíbrio, dificuldades de coordenação dos movimentos, problemas de memória, sonolência, tremor, dificuldade de pensamento e em encontrar as palavras certas, movimento rápido e involuntário dos olhos (nistagmo) o Visão turva o Sentimento de estar a andar à roda (vertigem) o Vómitos, obstipação, acumulação excessiva de gases no estômago ou intestino o Comichão o Quedas o Cansaço, dificuldade em caminhar, cansaço fora do comum e fraqueza (astenia) o Depressão o Confusão o Diminuição da capacidade de sentir ou da sensibilidade, dificuldade em articular palavras, distúrbios da atenção o Ruídos no ouvido tais como zumbidos, sons de campainhas ou assobios o Indigestão, boca seca o Irritabilidade o Espasmos musculares o Erupção cutânea o Dificuldade em dormir Pouco frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 1000 o Diminuição dos batimentos cardíacos o Alterações da condução cardíaca o Sensação exagerada de bem-estar o Reacção alérgica pela toma do medicamento o Testes da função hepática alterados o Tentativa de suicídio o Pensamentos relacionados com suicídio ou em magoar-se a si mesmo o Palpitações e/ou pulso rápido ou irregular o Agressividade o Agitação o Pensamentos anómalos e/ou perda de sentido da realidade o Reacção alérgica grave a qual causa inchaço da face, garganta, mãos, pés, tornozelos ou parte de baixo das pernas o Urticária Administração intravenosa A administração intravenosa foi associada a efeitos secundários locais tais como: Frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 100 o Dor ou desconforto no local da injecção o Irritação Pouco frequentes: afecta 1 a 10 doentes em 1000 o Vermelhidão Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. 5. COMO CONSERVAR VIMPAT Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilize Vimpat após o prazo de validade impresso na embalagem e no frasco. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado. Não conservar acima de 25°C. Cada frasco de Vimpat solução para perfusão deve ser utilizado uma única vez (dose única). A solução não utilizada deve ser rejeitada. Só deve ser utilizada solução livre de partículas e sem coloração. Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente. 6. OUTRAS INFORMAÇÕES Qual a composição de Vimpat A substância activa é a lacosamida 1 ml de Vimpat solução para perfusão contém 10 mg de lacosamida. 1 frasco contém 20 ml e Vimpat solução para perfusão, equivalente a 200 mg de lacosamida. Os outros componentes são: cloreto de sódio, ácido clorídrico e água para preparações injectáveis.. Qual o aspecto de Vimpat e conteúdo da embalagem Vimpat 10 mg/ml solução para perfusão é uma solução clara e incolor. Vimpat solução para perfusão está disponível em embalagens de 1 frasco e 5 frascos. Cada frasco contém 20 ml. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações. Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante Titular de Autorização de Introdução no Mercado : UCB Pharma SA, Allée de la Recherche 60, B1070 Bruxelles, Bélgica. Fabricante: Aesica Pharmaceuticals GmbH, Alfred-Nobel-Str. 10, 40789 Monheim am Rhein, Germany. Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado: België/Belgique/Belgien UCB Pharma SA/NV Tel/Tél: + 32 / (0)2 559 92 00 Luxembourg/Luxemburg UCB Pharma SA/NV Tél/Tel: + 32 / (0)2 559 92 00 България Ю СИ БИ България ЕООД Teл.: + 359 (0) 2 962 30 49 Magyarország UCB Magyarország Kft. Tel.: + 36-(1) 391 0060 Česká republika UCB s.r.o. Tel: + 420 221 773 411 Malta Pharmasud Ltd. Tel: + 356 / 21 37 64 36 Danmark UCB Nordic A/S Tlf: + 45 / 32 46 24 00 Nederland UCB Pharma B.V. Tel.: + 31 / (0)76-573 11 40 Deutschland UCB Pharma GmbH Tel: + 49 /(0) 2173 48 48 48 Norge UCB Nordic A/S Tlf: + 45 / 32 46 24 00 Eesti UCB Pharma Oy Finland Tel: + 358 10 234 6800 (Soome) Österreich UCB Pharma GmbH Tel: + 43 (1) 291 80 00 Ελλάδα UCB Α.Ε. Τηλ: + 30 / 2109974000 Polska UCB Pharma Sp. z o.o. Tel.: + 48 22 696 99 20 España UCB Pharma, S.A. Tel: + 34 / 91 570 34 44 Portugal UCB Pharma (Produtos Farmacêuticos), Lda Tel: + 351 / 21 302 5300 France UCB Pharma S.A. Tél: + 33 / (0)1 47 29 44 35 România UCB Pharma Romania S.R.L. Tel: + 40 21 300 29 04 Ireland UCB (Pharma) Ireland Ltd. Tel: + 353 / (0)1-46 37 395 Slovenija Medis, d.o.o. Tel: + 386 1 589 69 00 Ísland Vistor hf. Slovenská republika UCB s.r.o., organizačná zložka Tel: + 354 535 7000 Tel: + 421 (0) 2 5920 2020 Italia UCB Pharma S.p.A. Tel: + 39 / 02 300 791 Suomi/Finland UCB Pharma Oy Finland Puh/Tel: + 358 10 234 6800 Κύπρος Lifepharma (Z.A.M.) Ltd Τηλ: + 357 22 34 74 40 Sverige UCB Nordic A/S Tel: + 46 / (0) 40 29 49 00 Latvija UCB Pharma Oy Finland Tel: + 358 10 234 6800 (Somija) United Kingdom UCB Pharma Ltd. Tel : + 44 / (0)1753 534 655 Lietuva UCB Pharma Oy Finland Tel: + 358 10 234 6800 (Suomija) Este folheto foi aprovado pela última vez em { MM/AAAA } Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência Europeia de Medicamentos: http://www.ema.europa.eu A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais de saúde Vimpat solução para perfusão pode ser administrado sem diluição ou pode ser diluida com as seguintes soluções: cloreto de sódio 0,9%, 9 mg/ml (0.9%), glucose 50 mg/ml ou solução de Ringerlactato. Cada frasco de Vimpat solução para perfusão deve ser usado em administração única exclusiva. Qualquer solução não utilizada deve ser rejeitada (ver secção 3). Anexo IV CONCLUSÕES CIENTÍFICAS E FUNDAMENTOS PARA A ALTERAÇÃO DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO, DA ROTULAGEM E DO FOLHETO INFORMATIVO APRESENTADOS PELA AGÊNCIA EUROPEIA DE MEDICAMENTOS Conclusões científicas Resumo da avaliação científica do Vimpat xarope 15 mg/ml 1. Antecedentes O Vimpat (lacosamida) recebeu autorização através do procedimento centralizado em 29 de Agosto de 2008. É indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises epilépticas parciais, com ou sem generalização secundária, em doentes epilépticos com idade igual ou superior a 16 anos. Encontra-se disponível na forma de comprimidos revestidos por película (50, 100, 150 e 200 mg), xarope (15 mg/ml) e solução injectável (10 mg/ml). Relativamente à formulação em xarope de 15 mg/ml, foi notificado um defeito de qualidade, que dizia respeito à formação de um precipitado no medicamento. O surgimento de um precipitado no Vimpat xarope foi notificado pela primeira vez à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) em Outubro de 2010 e consistia na queixa de uma farmácia relativamente a um precipitado num frasco de Vimpat xarope. Este lote específico do xarope foi recolhido. O titular da Autorização de Introdução no Mercado (AIM) realizou uma análise da causa subjacente com o propósito de investigar os motivos por detrás da formação do precipitado. Em Abril de 2011, o titular da AIM forneceu um relatório à EMA que demonstrava que o precipitado tinha sido positivamente identificado como lacosamida, ou seja, a substância activa do medicamento. Na medida em que, com excepção do lote abrangido pela queixa de Outubro de 2010 e que foi recolhido, nenhuma das amostras retidas apresentava precipitação, considerou-se também que a ocorrência do precipitado estava confinada a um único lote. Esse lote específico foi fabricado de um modo ligeiramente diferente do habitual (tempo de mistura dos compostos mais curto do que o habitual) e pensou-se que, por esse motivo, a lacosamida não se tinha dissolvido completamente. Foram realizados estudos adicionais de solubilidade que demonstraram que a solubilidade da lacosamida na matriz de xarope é, na realidade, inferior a 15 mg/ml e, por conseguinte, a formulação em xarope estava supersaturada relativamente à lacosamida. O titular da AIM comprometeu-se a estudar o fenómeno de precipitação de forma mais aprofundada. Em 17 de Junho de 2011, a empresa forneceu um novo relatório à EMA. Algumas farmácias tinham apresentado queixas adicionais relacionadas com os precipitados presentes no xarope Vimpat. Desta vez, as amostras retidas do xarope apresentavam precipitação em 16 lotes num total de 21. A análise adicional dos frascos de Vimpat xarope demonstrou a existência de um risco significativo de distribuição não uniforme da lacosamida nos frascos, o que podia levar a uma subdosagem ou a uma sobredosagem. O titular da AIM comunicou também não ser possível qualquer solução técnica nessa fase. O titular da AIM propôs proceder a uma recolha voluntária de Vimpat xarope, sugerindo que a acção mais adequada consistiria em, a longo prazo, substituir Vimpat 15 mg/ml xarope pela formulação de 10 mg/ml do xarope (um medicamento actualmente aprovado nos EUA). Tendo em consideração o referido acima, a Comissão Europeia iniciou um procedimento em conformidade com o artigo 20.º do Regulamento (CE) n.º 726/2004. Em 8 de Julho de 2011, a Comissão Europeia solicitou ao CHMP que avaliasse as preocupações acima mencionadas, bem como o seu impacto no perfil de risco-benefício de Vimpat xarope 15 mg/ml, e que emitisse um parecer sobre as medidas necessárias para assegurar a utilização segura e eficaz de Vimpat xarope 15 mg/ml, bem como que avaliasse se a Autorização de Introdução no Mercado para este medicamento deveria ser mantida, alterada, suspensa ou retirada. 2. Aspectos relativos à qualidade O CHMP considerou o surgimento da precipitação de lacosamida no Vimpat 15 mg/ml xarope um defeito de qualidade grave. O motivo da precipitação prende-se com o facto de a formulação se apresentar supersaturada relativamente à lacosamida. Estudos recentes sugerem uma solubilidade saturada de cerca de 13,7 mg/ml de lacosamida na matriz do xarope a 20 C e que o xarope de 15 mg/ml está num estado metaestável de não equilíbrio. Não se observou precipitação após a libertação do medicamento, mas esta ocorre com a passagem do tempo e de forma imprevisível. As experiências realizadas pelo titular da AIM relativamente às características de solubilidade da lacosamida na matriz do xarope a diferentes temperaturas demonstram que a alteração das condições relativas à temperatura de conservação para o xarope de 15 mg/ml para evitar o problema da precipitação de lacosamida não constitui uma forma adequada de proceder. Os resultados de estudos limitados sobre a homogeneidade após a agitação são inconclusivos. Estudos previamente apresentados nos quais frascos de Vimpat xarope 15 mg/ml com precipitação foram agitados durante 10 ou 20 segundos revelaram que estes tempos de mistura eram inadequados para proporcionar uma solução homogénea. De um modo geral, a agitação dos frascos de Vimpat 15 mg/ml xarope durante 30 segundos melhorou a homogeneidade. Contudo, foi ainda possível observar um certo grau de falta de homogeneidade. Por conseguinte, não foi possível concluir que seria benéfico recomendar que os doentes agitassem o frasco antes da utilização. Na medida em que não foi prevista qualquer solução técnica, o titular da AIM está a proceder à recolha voluntária de Vimpat 15 mg/ml xarope desde 15 de Setembro de 2011. Durante a reunião de Julho de 2011, o CHMP tomou conhecimento de que o titular da AIM tencionava apresentar um pedido relativo a um xarope de 10 mg/ml como substituto do xarope de 15 mg/ml. 3. Aspectos clínicos Observou-se nos frascos afectados do medicamento que a lacosamida pode estar irregularmente distribuída no interior do frasco, levando, deste modo, a uma possível subdosagem ou sobredosagem do doente. Uma subdosagem pode resultar em convulsões com consequências potencialmente graves para o doente e uma sobredosagem pode aumentar as taxas de acontecimentos adversos. Por conseguinte, o risco para os doentes que continuam a tomar Vimpat xarope 15 mg/ml, com a possibilidade de flutuações da dose, é mais elevado do que o risco de uma mudança electiva e controlada para outra forma farmacêutica de lacosamida ou para outro medicamento antiepiléptico. Caso se opte por uma mudança para outro tratamento antiepiléptico, recomenda-se que esta seja feita gradualmente, de acordo com a prática clínica actual (ou seja, reduzir a dose diária em 200 mg todas as semanas). De um ponto de vista clínico, alguns doentes que não são capazes de engolir comprimidos beneficiam claramente da continuação de Vimpat xarope. Actualmente, o titular da AIM dispõe de uma autorização nos EUA para uma solução oral com uma dosagem diferente (ou seja, 10 mg/ml). O CHMP tomou conhecimento da intenção da empresa de disponibilizar esse medicamento através dos sistemas nacionais para prescrição com base em cada doente identificado. 4. Discussão geral e avaliação risco-benefício O surgimento de precipitação de lacosamida no Vimpat 15 mg/ml xarope causada por supersaturação do xarope foi considerado um defeito de qualidade grave. As análises sugeriram também que a concentração de lacosamida não está distribuída de forma homogénea no xarope devido à sedimentação dos cristais de lacosamida no fundo do frasco, o que pode ter impacto na dose administrada. Não se observou cristalização após a libertação do medicamento, mas esta ocorre com a passagem do tempo e de forma imprevisível. Não existe uma solução técnica possível e, devido à não homogeneidade da concentração da lacosamida no frasco, esta situação pode resultar em subdosagem ou sobredosagem. Uma exposição inferior à pretendida pode resultar em convulsões com consequências potencialmente graves para o doente e uma exposição superior pode aumentar as taxas de acontecimentos adversos. Tendo estes factos em consideração, a relação risco-benefício do Vimpat xarope 15 mg/ml deixou de ser considerada positiva em condições normais de utilização. 5. Conclusão geral Tendo considerado na globalidade os dados fornecidos pelo titular da AIM por escrito, o CHMP conclui que a relação risco-benefício não é positiva para Vimpat xarope 15 mg/ml em condições normais de utilização. Por conseguinte, o CHMP recomenda a alteração da Autorização de Introdução no Mercado do Vimpat, de forma a eliminar a formulação em xarope da Autorização de Introdução no Mercado. As alterações do Resumo das Características do Medicamento, da Rotulagem e do Folheto Informativo estão estabelecidas, respectivamente, nos Anexos I, IIIA e IIIB. Fundamentos para a alteração do Resumo das Características do Medicamento, da Rotulagem e do Folheto Informativo O Comité teve em conta a notificação de um procedimento desencadeado pela Comissão Europeia nos termos do artigo 20.º do Regulamento (CE) n.º 726/2004. O Comité reviu todos os dados disponíveis relativos ao defeito de qualidade relacionado com a formação de um precipitado de lacosamida com aspecto de flocos no Vimpat xarope 15 mg/ml causada por supersaturação. O Comité considerou que a concentração de lacosamida não é distribuída de forma homogénea no xarope devido à sedimentação dos cristais da lacosamida no fundo do frasco e é possível que isto tenha impacto na dose administrada, resultando em subdosagem ou sobredosagem, com a potencial consequência de Vimpat xarope 15 mg/ml não ser eficaz ou aumentar o risco de ocorrência de acontecimentos adversos. O Comité teve igualmente em conta que não existe qualquer solução técnica para este defeito e que o titular da Autorização de Introdução no Mercado já está a proceder voluntariamente à recolha de Vimpat xarope 15 mg/ml. Por conseguinte, considerando os dados disponíveis, o Comité concluiu que a relação riscobenefício de Vimpat xarope 15 mg/ml não é positiva em condições normais de utilização. Por conseguinte, o CHMP recomendou a alteração da Autorização de Introdução no Mercado para o Vimpat, de forma a eliminar a formulação em xarope, bem como a alteração da Informação do Medicamento, conforme estabelecido nos Anexos I, IIIA e IIIB.