O Acúmulo de Lixo no Alto Nossa Senhora de Fátima e a Incidência nos Casos de Dengue na Comunidade ESCOLA MUNICIPAL OCTÁVIO DE MEIRA LINS João Marcos Rangel1; Arthur André Silva1; Ryan Henrique Martins1; Maria Ana Paula Silva2 INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO A comunidade do Alto Nossa Senhora de Fátima vem apresentando muitos casos de dengue e atualmente, também da chikungunya, outra forma da doença. De alguma maneira, o mosquito Aedes Aegypti vem encontrando condições para se proliferar e contaminar moradores. Esse projeto visa, através das pesquisas identificar se o lixo, que também é um problema muito antigo e sério nesta comunidade, é o único causador do aumento desses casos de dengue. Do início ao fim do projeto, desde a escolha do tema até a conclusão, os dados de estudo, pesquisa, coleta de dados, contribuições e discussões com os componentes do grupo e orientadora, todas as etapas foram descritas no diário de bordo, pois, a intenção de elaborar e checar a hipótese: “Os casos de dengue no Alto Nossa Senhora de Fátima está relacionado diretamente ao acúmulo de lixo na comunidade”, necessitava de colher no campo, respostas às questões formuladas. O resultado foi a negação da hipótese, mas não sua exclusão, pois o lixo continua sendo um dos fatores que contribui com o aumento nos casos de dengue na comunidade. Após os resultados obtidos, iniciamos o trabalho diretamente com a comunidade, já que a prevenção é fundamental para a redução dos casos de dengue, chikungunya e zika vírus. OBJETIVO(S) > Contribuir para diminuir os focos de mosquitos Aedes aegypti, e os números de casos da dengue, chikungunya e Zika vírus na Comunidade do Alto Nossa Senhora de Fátima; > Analisar os impactos do lixo e as possibilidades de relação com o aumento nos números de casos da dengue na Comunidade do Alto Nossa Senhora de Fátima; > Compreender a necessidade de buscar soluções, a partir da mudança de hábitos, para o descarte do lixo doméstico, orientando os moradores em relação às ações concretas para se proteger da dengue; > Promover a sensibilização da população acerca dos riscos, prevenção e orientação sobre as formas de tratamento dos casos de dengue. METODOLOGIA Em primeiro lugar, foram realizados estudos através de pesquisas em sites que tratam da temática da dengue, bem como em jornais e revistas de circulação para obtermos maior conhecimento sobre a dengue e o aumento de casos, causas e consequências. A leitura de material de divulgação dos postos de saúde do bairro que tratam da doença como meio de prevenção, também forneceu dados de muita importância. Posteriormente, a saída para o campo. Foram feitas entrevistas e também orientações com entrega de panfletos diretamente nas casas da comunidade. Foto: Ana Paula Freire (2015) RESULTADOS De acordo com as etapas do projeto, a maioria das pessoas entrevistadas não considerou o lixo como causa exclusiva dos casos de dengue, mas citaram outras causas como responsáveis pelo aumento nas ocorrências: caixas de água e tonéis sem tampas, calhas sujas e abertas; água empoçada, jarros com plantas aquáticas, pneus e garrafas sem tampa nos quintais; calhas e canaletas com água empoçada e outros recipientes, todos considerados criadouros em potencial. Outros dados confirmaram o grande número nos casos de dengue ou chikungunya entre os moradores locais. Em um total de 120 pessoas pesquisadas e que responderam aos questionários, 79 responderam ter contraído uma ou outra doença, em detrimento das 41 que responderam nunca ter do dengue ou chikungunya Gráfico 01 Você contraiu dengue ou chikungunya? 79 SIM 41 NÃO AMOSTRA: 120 QUESTIONÁRIOS CONCLUSÃO O experimento provou que a principal hipótese formulada - “Os casos de dengue no Alto Nossa Senhora de Fátima estão relacionados, exclusivamente, ao acúmulo de lixo na comunidade” foi negada, pois 72 pessoas de um total de 120, não consideraram ser o lixo a grande causa dos casos da doença na comunidade. O lixo está longe de ser o único fator a oferecer risco para a dengue nesta comunidade, pois outros fatores são também responsáveis, tais como: entulhos, garrafas sem tampa, tonéis e caixas d água sem proteção de telas. De uma maneira geral, o projeto contribuiu para a sensibilização da população local em relação ao descarte correto do lixo doméstico e também à responsabilidade de cada um na busca pelo combate aos focos de dengue na comunidade. Gráfico 02 Você considera que a dengue, na sua comunidade, é causada apenas pelo acúmulo de lixo? 48 Consideram o lixo como causa exclusiva dos casos de dengue 72 Não consideram o lixo como causa exclusiva dos casos de dengue REFERÊNCIAS Foto: Ana Paula Freire (2016) / Espaço Ciência - Pernambuco BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Dengue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento. Ministério da Saúde/Fundação Nacional de Saúde. Brasília, 2002. _______. Ministério da Saúde. A Sociedade contra a Dengue. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 24 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde). _______. Dengue, Chikungunya e Zika. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/> Acesso: 08 ago 2015. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Microcefalia. Disponível em: <http://portal.fiocruz.br/pt-br> Acesso: 12 set 2015. INSTITUTO OSWALDO CRUZ. Dengue: vírus e vetor. Disponível em: <http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/curiosidades.html> Acesso em 10 ago 2015. MONTEIRO, Fernando; FERNANDES, Maria Lídia; JACOBI, Pedro Roberto. Educação e Sustentabilidade: Caminhos e Práticas para uma Educação Transformadora. São Paulo: Evoluir Cultural, 2011. PARANÁ. Eliminar o mosquito da Dengue também é sua responsabilidade. Paraná, 2015. Disponível em: <http://www.dengue.pr.gov.br/> Acesso em 10.08.2015. RECIFE. Guia de Ocupação dos Morros: Região Metropolitana do Recife. Programa Viva o Morro (material de divulgação produzido pela defesa civil). Recife, 2015. SCARTON, Suzy. Zika vírus e microcefalia: no que acreditar? Disponível em: <http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2015/12/geral/471966-virus-zika-e-microcefalia-em-que-confiar.html> Acesso: 08 set 2015. SILVA, Jesiel Souza; MARIANO, Zilda de Fátima; SCOPEL, Irací. A dengue no Brasil e as políticas de combate ao aedes aegypti: da tentativa de erradicação às políticas de controle. In: HYGEIA. Revista Brasileira de Geografia Médica e de Saúde. <www.hygeia.ig.ufu.br>/ISSN: 1989-1726. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/viewFile/16906/9317> Acesso: 11 set 2015. 1. Estudantes da Escola Octávio de Meira Lins, Prefeitura Municipal do Recife. 2. Professora Orientadora da Escola Octávio de Meira Lins e Licenciado em Geografia pela Universidade Católica de Pernambuco, Especialista em Ensino de História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Prefeitura Municipal do Recife. E-mail: [email protected].