GEOGRAFIA DA INDUSTRIA BRASILEIRA- A ERA VARGAS 1930-1945 1950-1954) MODULO 04 GEOGRAFIA I CONTEXTO SOCIOPOLITICO • Crise de 1929 – queda da economia estadunidense . BRASIL • diminuição das exportações de café • enfraquecimento das oligarquias cafeeiras • perda de poder público. GOVERNO VARGAS • Nova composição de políticos ligada a setores do mercado interno. • Surgimento do empresariado industrial paulista. • A ideia de que o Brasil precisava de um novo rumo econômico, buscando a diminuição da dependência externa e que a industrialização seria a estratégia para dinamizar o mercado interno, que ainda era incipiente e fragmentado. INDUSTRIALIZAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES • Dificuldade de exportações, diminuição da entrada de divisas na economia dificultou o acesso a bens importados. • Surgiu o momento de se fabricar estes produtos, com investimentos internos livres de concorrência, podendo o produto ser de menor qualidade e de preços mais elevados. • O governo adotou uma política protecionista, ampliando assim a segurança da produção interna, com a desvalorização cambial e a proibição de importação de alguns itens. • O que encarecia a produção era a importação de bens de capital, como máquinas e equipamentos. • Vargas iniciou seu mandato em 1930. • Promoveu a consolidação da legislação trabalhista. • Intervenção do Estado na economia, inclusive atuando como empresário. • Estas duas características compuseram os principais pilares da política brasileira, neste momento. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA • A concentração fundiária e a tecnologia chegando ao campo (gradativamente), expulsou um grande contingente de pessoas para as cidades, transformando-as em mão de obra para as indústrias. • Com a consolidação do salário mínimo, os trabalhadores também começaram a atuar como consumidores. • PONTO NEGATIVO – a fixação do salário mínimo impediu a diferenciação qualitativa da mão de obra, pois padronizou os salários, mesmo em diferentes ramos de trabalho. ESTADO EMPRESÁRIO • Os investimentos privados eram investidos no setor de bens de consumo não duráveis, como indústrias têxtil e alimentícia. • Mas para o desenvolvimento industrial é fundamental a estruturação da indústria de base, que irá surgir no país a partir de investimentos estatais. • 1941 – criada a CSN – COMPANHIA SIDERURGICA NACIONAL • Criação da CVRD – COMPANHIA VALE DO RIO DOCE – extração de minérios. • Resolveu-se assim, o problema da produção de aço para as indústrias brasileira. • O Conselho Nacional da Economia (CNE), direcionavam as ações do Estado na esfera econômica. • 1953 – criação da PETROBRÁS , ELETROBRAS e também do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. • O crescimento da economia brasileira em base URBANO-INDUSTRIAL pode ser caracterizado, em sua fase inicial, como parte de um projeto nacionalista e desenvolvimentista, resultado principalmente da política econômica protecionista e de valorização do capital nacional. ESTADO DE SÃO PAULO – MAIOR INDUSTRIALIZAÇÃO DO PAÍS. Infraestrutura de transporte – ferrovia em sentido interior-litoral, ligando as cidades do interior ao Porto de Santos. Sistema bancário – permitiu a passagem do capital da cafeicultura em crise para as fábricas. Exército industrial de reserva – fartura de mão de obra que fora inserida no processo industrial e também representando o mercado consumidor. ORGANIZAÇÃO SOCIOESPACIAL DO PERÍODO • Integração das regiões economicamente desenvolvidas e de aglomerações urbanas(antigos arquipélagos econômicos). • Crescimento do transporte rodoviário, principalmente no sentido norte-sul, diminuindo as distâncias e promovendo uma disputa de vantagens comparativas entre os lugares. ECONOMIA DE AGLOMERAÇÃO • As industrias se concentraram em São Paulo, devido a boa infraestrutura do local e existência de outras fábricas que possibilitaram a criação do quadro de complementaridade industrial. • Atração de pessoas que migraram favorecendo a mão de obra necessária e de baixo custo e também a formação de um mercado consumidor interno. 1970 • São Paulo – 2,9% do território do país com 39% de participação de renda nacional. • Rio de Janeiro – 0,5% do território do país com 16% de participação de renda nacional.