a formação e a expansão do território brasileiro - cap

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A FORMAÇÃO E A EXPANSÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
 Portugal e Espanha => Pioneiros na expansão marítimo-comercial
iniciada no séc. XV e que resultou na conquista de novas terras.
 Assinatura do Tratado de Tordesilhas em 07 de junho de 1494.
Esse tratado dividia o mundo entre Portugal e Espanha e definiu o
primeiro limite territorial do Brasil:
 As terras a leste desse meridiano seriam portuguesas, e as terras
a oeste seriam espanholas (ver mapa da pág. 328).
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As BANDEIRAS OU ENTRADAS - expedições que buscavam
aprisionar indígenas para vendê-los como escravos e que tiveram
grande importância na ocupação do interior do território brasileiro.
Entretanto foi o Tratado de Madri, assinado em 1750, que praticamente
garantiu a extensão territorial que o Brasil tem hoje (Principio UTI
POSSIDETIS).
A posse das terras seria de quem de fato as ocupasse.
 As demais áreas do território brasileiro foram incorporadas no
decorrer dos séc. XIX e XX.
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 A atual configuração do território brasileiro compreende 8.514.876
km2.
A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS - a economia
colonial estava voltada para a exportação e as necessidades da
metrópole portuguesa.
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PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS DA ECONOMIA
COLONIAL:
ATIVIDADE AÇUCAREIRA
ATIVIDADE MINERADORA
Apogeu: século XVII (1601-1700)
Apogeu: séc. XVIII (entre 1740 e 1750)
Localização: Zona da Mata, litoral
Localização: Capitania de Minas Gerais
nordestino, principalmente Pernambuco (cidades de São João Del Rei, Vila
e Bahia.
Rica, Sabará, Vila do Príncipe e Arraial
do Tejuco).
Características:
Características:
 Plantação adaptada ao clima
 Aumento da população colonial com
litorâneo e ao solo massapé.
a grande imigração de portugueses
que vinham em busca de riquezas.
 Conhecimento prévio dos
 Deslocamento do eixo econômico
portugueses, que já cultivavam o
da colônia, do litoral nordestino
produto nos Açores.
(Salvador) para o interior para o
Sudeste (MG).
 Boa aceitação do açúcar na Europa  Desenvolvimento de inúmeras
(era raro e caro).
atividades econômicas secundárias e
dependentes da mineração, como a
pecuária (carne e couro), armas,
ferramentas, etc.
 Financiado pelo capital holandês.
 Mudança da sede do Governo-Geral
de Salvador para o Rio de Janeiro
(1793).
 Sistema de “Plantation”: Cultivo de
 Expansão do território através do
um único produto (monocultura),
povoamento de áreas
voltado para a exportação; m.d.o.
correspondentes aos atuais estados
escrava; grandes propriedades rurais
de Go, MT, e MS.
(latifúndio).
 A sociedade era basicamente
 Sociedade basicamente rural.
urbana.
O CAFÉ – A atividade cafeeira alterou profundamente a economia e a
sociedade brasileiras. Principais características:
 Entre 1881 e 1890, o café representou mais de 60% das receitas de
nossas exportações.
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 A mão de obra escrava foi substituída pela mão de obra assalariada
(imigrantes europeus).
 A rede ferroviária e as cidades expandiram-se em direção ao
interior, principalmente do estado de São Paulo.
 O porto de Santos (SP) passou o ser o mais importante do Brasil.
 Uma parte do capital oriundo das exportações cafeeiras foi investida
em indústrias.
A INTEGRAÇÃO NACIONAL – Até 1930, as principais atividades
econômicas desenvolvidas no Brasil – canavieira, mineradora e
cafeeira – destinaram-se ao mercado externo. A integração econômica
ou a organização de um espaço nacional integrado (modelo centro –
periferia) só ocorreu com a industrialização, iniciada na década de
1930 e consolidada a partir da década de 1950.
INDUSTRIALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO.
Com o processo de industrialização do Brasil e sua concentração
geográfica no Centro-Sul, especialmente em São Paulo, surge uma
nova forma de organização do espaço geográfico brasileiro: o modelo
centro-periferia, em substituição ao modelo bolsões de isolamento.
Características de cada um deles.
Modelo bolsões de isolamento:
1. Período pré-industrial.
2. Economia baseada nas atividades primárias e voltada para o
mercado externo (ver mapa da pág. 366).
3. Não havia integração entre as regiões, que eram isoladas uma
das outras  bolsões de isolamento ou arquipélago.
4. As áreas mais ricas eram aquelas que tinham seus produtos
valorizados no mercado internacional.
 Zona da Mata nordestina  açúcar  séc. XVI e XVII.
 Goiás e Minas Gerais  ouro e diamantes  séc. XVIII.
 Litoral do Maranhão  algodão  XVIII.
 Amazônia (Manaus e Belém)  borracha  fim do séc. XIX e
início do séc. XX (sofre concorrência com a borracha produzida na
Malásia e Indonésia e posteriormente com a borracha sintética =
declínio econômico).
 Vale do Paraíba e parte oeste de São Paulo  café  séc. XX.
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Modelo centro-periferia:
1. Ocorre uma integração do espaço geográfico do país.
2. Houve uma expansão das redes de transportes, inicialmente
ferrovias (séc. XIX) e posteriormente rodovias (séc. XX).
 Obs: Essas redes de transportes ligavam as diversas
regiões (periferias) do Brasil às duas principais
metrópoles do país: São Paulo e Rio de Janeiro
(centro).
3. Ocorre uma divisão territorial do trabalho, onde o Centro-Sul
(especialmente São Paulo) fornece bens industrializados,
recebendo das outras regiões (periferias) matérias-primas e
produtos agrícolas.
 Obs. O Centro-Sul passou a desempenhar um papel
semelhante ao dos países desenvolvidos (centro) e
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as demais regiões o papel de subdesenvolvidos
(periferia).
4. Ocorre o surgimento do centro-econômico nacional  que é
constituído pela megalópole1 nacional, isto é, toda aquela
área que vai da Grande São Paulo2 até o Grande Rio de
Janeiro3, incluindo a Baixada Santista, Campinas e seus
arredores e o Vale do Paraíba. Essa área abrange apenas
0,5% do território nacional, possuindo, porém 23% da
população nacional e produzindo quase 60% do valor da
produção industrial do país.
Megalópole – Termo usado quando duas ou mais metrópoles se fundem, formando praticamente uma só, ou
seja, ocorrendo uma conurbação.
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Grande São Paulo - É a maior área metropolitana do país, com mais de 18 milhões de habitantes. Inclui São
Paulo e as cidades interligadas a ela, como Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e
Diadema (o chamado ABCD), entre outras cidades.
3 Grande Rio de Janeiro - É a segunda área metropolitana do país, com cerca de 11 milhões de habitantes. Inclui
a cidade do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Nilópolis, São Gonçalo, Duque de Caxias, Niterói, etc.
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