Produção de alface em estufa agrícola com solo salinizado após o

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PURQUERIO LFV; TIVELLI SW; DE MARIA IC; ANDRADE CA; WUTKE EB;
ROSSE CE; OLIVEIRA AHV. 2011. Produção de alface em estufa agrícola com solo
salinizado após o cultivo de plantas extratoras de nutrientes. Horticultura Brasileira 29:
S172-S180
Produção de alface em estufa agrícola com solo salinizado após o cultivo
de plantas extratoras de nutrientes
Luis Felipe V Purquerio1; Sebastião W Tivelli2; Isabella C De Maria1; Cristiano A de
Andrade3; Elaine B Wutke1; Carlos E Rossi1; Afonso H V de Oliveira4.
1
IAC-APTA, C.Postal 28, 13012-970, Campinas-SP, [email protected], [email protected],
[email protected], [email protected]; 2UPD de São Roque, APTA, Av. Três de Maio, 900, 18133445, São Roque-SP, [email protected]; 3CNPMA/EMBRAPA, Rodovia SP 340, km 127,5, C.Postal 69,
13820-000, Jaguariúna-SP, [email protected]; 4UNESP, Rua Nelson Brihi Badur, 119, 11900000, Registro-SP, [email protected]
RESUMO
a aplicação de gesso. No primeiro cultivo
Em estufa agrícola de produção de
de alface, milheto e crotalária
hortaliças folhosas da empresa Hortisol,
localizada em São Carlos, SP, de 25 de
proporcionaram,
novembro de 2009 a 05 de julho de 2010
maiores médias de 2468 e 2529 g m-2 para
realizou-se experimento para avaliar a
produtividade e foram estatisticamente
produção de alface por três ciclos
diferentes do observado na área em
consecutivos
após
de
pousio (1916 g m-2). No segundo cultivo
crotalária
milheto
plantas
houve resultado idêntico ao do primeiro
extratoras de nutrientes e aplicação de
com 3169 g m-2 para milheto e 3149 g m-2
gesso para redução de salinidade do solo.
para crotalária, diferindo do pousio (2496
O delineamento experimental utilizado
g m-2). No terceiro cultivo a maior
foi o de blocos ao acaso, em esquema
produtividade
fatorial (3x2), com quatro repetições. Os
observada onde houve o cultivo de
tratamentos principais foram constituídos
crotalária, não diferindo estatisticamente
de crotalária júncea, milheto e pousio
do resultado observado para o milheto,
com crescimento de plantas infestantes
porém superando o obtido no pousio
(testemunha) e os secundários com e sem
(3455 g m-2).
e
a
utilização
como
Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011
respectivamente,
de
4679
g
m-2
as
foi
S172
PURQUERIO LFV; TIVELLI SW; DE MARIA IC; ANDRADE CA; WUTKE EB;
ROSSE CE; OLIVEIRA AHV. 2011. Produção de alface em estufa agrícola com solo
salinizado após o cultivo de plantas extratoras de nutrientes. Horticultura Brasileira 29:
S172-S180
Palavras-chave:
sativa;
witness (infesting plants grow) and the
Crotalaria juncea; Pennisetum glaucum;
secondary with and without gypsum use.
salinização do solo; ambiente protegido;
In the first lettuce crop, millet and
sustentabilidade.
crotalaria aloud respectively the biggest
ABSTRACT – Lettuce production in
lettuce yield averages of 2468 e 2529 g m-
soil salinizated greenhouse after the
2
growth of plants used to extract
resting area (1916 g m-2). In the second
nutrients
crop the results were the same saw in the
In a greenhouse used to produce leaf
first one with 3169 g m-2 for millet and
vegetables
Hortisol
3149 g m-2 for crotalaria, differing of
Company, in São Carlos, SP, Brazil, from
resting area (2496 g m-2). In the third crop
November 25, 2009 to July 05,2010 an
the biggest yield of 4679 g m-2 were
experiment was carried out to evaluate
observed were crotalaria were grown,
lettuce production in three consecutive
without statistical difference for millet,
crops after the utilization of crotalaria and
however overmatching the obtained in
millet as plants to extract nutrients and
resting area (3455 g m-2).
gypsum
Lactuca
belonging
application
to
to
reduce
and were statistically different from the
soil
salinity. The experimental design were
Keywords: Lactuca sativa; Crotalaria
randomized blocks, in factorial scheme
juncea; Pennisetum glaucum; salt excess
(3x2) replicated four times. The main
in
treatments were crotalaria, millet ant
sustainability.
soil;
greenhouse;
vegetables;
INTRODUÇÃO
O cultivo em ambiente protegido é um sistema de produção agrícola especializado em que
se fornece proteção em relação a alguns fenômenos climáticos, otimizando-se o
aproveitamento dos insumos de produção e o controle de pragas e doenças. Com essas
vantagens têm-se ganho na produtividade e diminuição na sazonalidade da oferta, com
redução de riscos e mais competitividade pela possibilidade de se oferecer produtos de
qualidade o ano todo. Por outro lado, o custo para sua implantação é elevado, bem como há
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necessidade de conhecimento multidisciplinar para que o manejo do solo, da adubação e
das plantas sejam bem feitos (Castilla, 2005; Purquerio, 2006). Devido ao uso de insumos
sem conhecimento técnico, os agricultores, preocupados em garantir elevada produtividade,
fazem uso de elevadas quantidades de fertilizantes, promovendo, em vários casos, após três
anos de exploração, a salinização dessas áreas, inviabilizando seu uso. Além do sistema de
adubação utilizado (convencional ou fertirrigação) e da fonte do nutriente (química e ou
orgânica), o processo de salinização no cultivo protegido é agravado quando se cultivam
plantas de ciclo rápido (50 dias aproximadamente), como a alface, adubadas pelo agricultor
a cada novo plantio, sem utilização de análise química de solo como referência. Assim, são
comumente verificados, em estufas agrícolas salinizadas, teores de potássio acima de 6,0
mmolc dm-3, de fósforo acima de 120 mg dm-3, e de cálcio e magnésio acima de 7 e 8
mmolc dm-3, todos considerados muito elevados para os solos agrícolas (Raij et al., 1997).
A troca de local da estrutura, bem como a substituição do solo no seu interior, são opções
onerosas e inviáveis para o produtor brasileiro. Uma alternativa para a melhoria das
condições químicas e físicas do solo dentro das estruturas de ambiente protegido e com
custo mais acessível pode ser a realização de pelo menos um cultivo com plantas
reconhecidas como extratoras de nutrientes e que possam ser retiradas da área de seu
cultivo após o termino do mesmo. Dessa forma, a crotalária júncea (Crotalaria juncea L.) e
o milheto (Pennisetum glaucum L.) são espécies que podem ser utilizadas para essa
finalidade devido, ao rápido crescimento vegetativo em apenas 60 a 90 dias, com
estabelecimento de adequada quantidade de fitomassa (Wutke et al., 2008). Outra opção
mais acessível em termos de custo ao produtor para resolução do problema pode ser o uso
do gesso agrícola. Embora no Brasil o uso do gesso esteja mais relacionado à melhoria de
condições de fertilidade do solo em subsuperfície, mundialmente o principal uso desse
insumo é na correção de solos sódicos, devido à remoção do sulfato da zona radicular de
absorção por meio de lavagem do perfil (Barros et al., 2004). Assim o objetivo do presente
estudo foi o de verificar a produtividade de alface, por três ciclos consecutivos, em estufa
agrícola salinizada após o cultivo de crotalária júncea e milheto e aplicação de gesso.
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MATERIAIS E MÉTODOS
Em estufa agrícola de produção de hortaliças folhosas da empresa Hortisol, localizada em
São Carlos, SP, de 25 de novembro de 2009 a 05 de julho de 2010 realizou-se experimento
para avaliar a produtividade de alface em estufa agrícola salinizada após o cultivo de
crotalária júncea e milheto e aplicação de gesso. A estrutura utilizada foi do tipo “Arco”,
coberta com filme plástico de polietileno de baixa densidade (PEBD) de 100 µm, com
altura (pé-direito) de 2 m e dimensões de 6 x 50 m. Na Tabela 1 estão apresentados os
resultados dos atributos químicos do solo na estufa agrícola, nas profundidades de 0-0,2 e
0,2-0,4 m. Os teores de fósforo, enxofre, cálcio, magnésio e de todos os micronutrientes,
em ambas as profundidades, se mostraram acima dos considerados muito elevados para os
solos agrícolas, segundo RAIJ et al. (1997) (fósforo > 120 mg dm-3, cálcio e magnésio > 7 e
8 mmolc dm-3,enxofre S-SO4-2 > 10 mg dm-3, boro > 0,60 mg dm-3, cobre > 0,8 mg dm-3,
ferro > 12 mg dm-3, manganês > 5,0 mg dm-3 e zinco > 1,2 mg dm-3). Apenas os teores de
potássio, em ambas as profundidades, ficaram entre a faixa considerada alta e muito alta. O
solo foi classificado como franco-argiloarenoso. O delineamento experimental utilizado foi
o de blocos ao acaso, em esquema fatorial 3 x 2, com quatro repetições. Os tratamentos
principais foram: a) crotalária júncea, cv. IAC-1; b) milheto, cv. BRS-1501; c) testemunha
em pousio, com crescimento espontâneo de plantas infestantes. Os tratamentos secundários
foram a presença e ausência de gesso. Na testemunha onde houve o crescimento de plantas
infestantes, houve predominância de picão branco (Galinsoga ciliata (Raf.) Blake) porém,
verificaram-se também plantas de beldroega (Portulaca oleracea L.), capim marmelada
(Brachiaria plantaginea (Link) Hitche), serralha, (Sonchus oleraceus L.) e caruru
(Amaranthus sp.). A dose de gesso foi definida em função do teor de argila do solo na
profundidade de 0-0,2 m (RAIJ et al., 1997). Foi calculada a utilização de 0,165 kg m-2 de
gesso agrícola, porém, aplicou-se 0,231 kg m-2 pois o material estava com
aproximadamente 40% de umidade. As dimensões de cada parcela foram de 1,7 x 6 m,
totalizando-se uma área de 10,2 m2. Após o término de um cultivo de alface pelo produtor,
foi realizada operação de subsolagem a 0,4 m de profundidade e na sequência, três
canteiros foram levantados com auxilio de trator e enxada rotativa acoplada a um
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encanteirador. O gesso foi aplicado em 25 de novembro de 2009, a lanço, na superfície do
solo de cada canteiro, sendo em seguida incorporado a 0,05 m de profundidade com auxílio
de um rastelo. Após a incorporação foi aplicada uma lâmina de água três vezes superior à
capacidade máxima de retenção do solo na profundidade de 0-0,4 m, por sistema de
irrigação localizado por micro-aspersão, instalado na altura do pé direito da estrutura. A
semeadura da crotalária e do milheto foi realizada manualmente, a lanço, em 03 de
dezembro de 2009, nas parcelas, utilizando-se 30% a mais de sementes em relação às
quantidades 30 e 20 kg ha-1, recomendadas respectivamente para cada espécie. A irrigação
foi realizada por micro-aspersão. O corte (3 cm da superfície do solo) e a retirada das
plantas de dentro da estufa agrícola foram realizados 53 dias após a semeadura (DAS). Na
sequência foram realizados três cultivos de alface crespa, o primeiro com a cultivar Camila
e os dois seguintes com a cultivar Vera. No primeiro cultivo o transplante foi realizado em
09 de fevereiro e a colheita em 18 de março de 2010, totalizando 38 dias. No segundo
cultivo o transplante foi realizado em 24 de março e a colheita em 30 de abril de 2010,
totalizando 37 dias e o terceiro ciclo teve seu transplante em 12 de maio e a colheita em 05
de julho de 2010, totalizando 54 dias. Para os três cultivos o espaçamento de 0,30 x 0,30m
foi utilizado e as mudas transplantadas com três a quatro folhas definitivas. Cada canteiro
de alface teve cinco linhas de plantio, sendo colocada uma linha de fita gotejadora
(irrigação localizada por gotejamento) entre duas linhas de alface, num total de quatro
linhas por canteiro. O produtor realizou seu manejo de adubação convencional durante os
cultivos de alface. Na adubação de plantio utilizou 15 kg de formulado 4-14-8 e 150 kg de
esterco de galinha, aplicados em área total, em todos os cultivos, em 300 m-2. No segundo e
terceiro cultivos também utilizou 15 kg de farelo de mamona, além da adubação de plantio
anterior. Em cobertura via fertirrigação se utilizou, em todos os cultivos: a) cinco dias após
o transplante (DAT), 110g de nitrato de cálcio (NC), 100g de mono amônio fosfato (MAP),
270g de nitrato de potássio (NP), 60g de sulfato de magnésio (SM); b) dez DAT, 450g de
formulado 6-12-36, 380g de NC; c) 15 DAT, 300g de NC, 400g de MAP, 350g de NP,
150g de SM; d) 25 DAT, 300g de NC, 350g MAP, 800g de NP, 170g de SM; e) 30 DAT,
900g de formulado 6-12-36, 350g de NC; f) 35 DAT, 370 g de NC, 300 g de MAP, 800 g
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salinizado após o cultivo de plantas extratoras de nutrientes. Horticultura Brasileira 29:
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de NP, 230 g de SM. Apenas no último cultivo utilizou aos 45 DAT 370 g de NC, 300 g de
MAP, 800 g de NP, 230 g de SM. Por ocasião das colheitas foram determinadas as
características: a) diâmetro da cabeça (cm); b) número de folhas; c) massa fresca e seca da
parte aérea das plantas (g); d) produtividade (kg m-2). Os dados obtidos foram analisados
estatisticamente por análise de variância com teste F. Quando houve significância foi
aplicado o teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, para comparação das médias
dos tratamentos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não houve efeito estatístico da interação dos tratamentos para nenhuma característica
avaliada. Houve diferença estatística entre as plantas de cobertura e a parcela de pousio
para todas as características avaliadas na alface no primeiro cultivo. No segundo e terceiro
cultivos houve diferença para a massa fresca e produtividade e no terceiro cultivo para a
massa seca. Não houve efeito significativo do gesso sobre a alface, com exceção da massa
seca das plantas nos três ciclos de cultivo e ao diâmetro da planta no terceiro ciclo (Tabela
2). Não houve diferença entre o milheto e crotalária para as características massa fresca da
planta e produtividade de alface. Estes tratamentos proporcionaram, respectivamente, as
maiores médias de 222 e 227 g para massa fresca por planta e 2468 e 2529 g m-2 para
produtividade e foram estatisticamente diferentes do observado na área em pousio de 172 g
e 1916 g m-2. Onde houve o cultivo de crotalária e milheto, houve melhoria nas condições
de cultivo próximo a zona do sistema radicular das plantas de alface, principalmente pela
redução dos teores de nutrientes no solo que desceram no perfil do mesmo e foram
extraídos pelas plantas de cobertura (dados não apresentados). No segundo cultivo houve
resultado idêntico ao do primeiro, onde a massa fresca por planta e produtividade foram
maiores nos tratamentos com crotalária e milheto (285 e 283 g e 3169 e 3149 g m-2) que
diferiram da área de pousio (224 g e 2496 g m-2). Devido ao grande preço conseguido com
a alface na época em que o primeiro e segundo cultivo foram realizados, o produtor colheu
as plantas de alface precocemente, com 38 e 37 DAT, respectivamente. Portanto, em
função do manejo adotado pelo produtor em questão, as plantas de alface não conseguiram
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atingir a massa fresca e produtividade potencial das cultivares. No terceiro cultivo a
colheita não ocorreu precocemente, ela foi realizada com 54 DAT, de maneira que a massa
fresca por planta e produtividade foram maiores que nos dois primeiros cultivos. A maior
massa, de 421 g e a maior produtividade de alface, de 4679 foram observadas onde houve o
cultivo de crotalária, não diferindo estatisticamente do resultado observado para o milheto,
porém superando o obtido no pousio (311 g e 3455 g m-2) (Tabela 2). Com a aplicação do
gesso, nos três cultivos, notou-se apenas aumento numérico na massa fresca por planta e
produtividade de alface, porém sem diferença estatística. Para massa seca houve diferença
no primeiro e terceiro cultivos, onde as plantas cultivadas sobre crotalária (11,5 e 18,9 g) e
milheto (12,1 e 19,3 g) superaram as do pousio (9,2 e 15,3 g). No segundo cultivo não
houve diferença estatística para massa seca. Com relação ao gesso, diferença estatística foi
constatada apenas no primeiro cultivo para a massa seca das plantas de alface, obtendo-se
ganho nessa característica com a aplicação de mesmo (11,7 g planta-1) em comparação à
sua não utilização (10,1 g planta-1). No primeiro ciclo de cultivo, nos tratamentos com
crotalária e milheto os valores de diâmetro da cabeça foram estatisticamente superiores
(37,0 e 37,5 cm, respectivamente) e distintos do pousio (35,0 cm). No segundo e terceiro
cultivos não houve diferença entre os tratamentos sendo os diâmetros médios verificados de
37,4 e 41,0 cm, respectivamente. O gesso influenciou estatisticamente apenas as plantas do
terceiro cultivo, onde não houve aplicação, constatou-se maior valor de 42,1 cm. Para a
característica número de folhas apenas no primeiro cultivo houve diferença estatística, onde
as plantas de alface cultivadas sobre o tratamento de pousio apresentou a menor média (20
folhas por planta) (Tabela 2). De modo geral as plantas de alface cultivadas após a
crotalária e o milheto apresentaram melhor produtividade, e a aplicação de gesso não
influiu significativamente na produtividade.
AGRADECIMENTOS
À empresa Hortisol LTDA, pela colaboração e à Fundação de Amparo a Pesquisa Agrícola
do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo financiamento (processo 08/52305-1).
Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011
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REFERÊNCIAS
BARROS MFC, FONTES MPF; ALVAREZ VH, RUIZ HA. 2004. Recuperação de solos
afetados por sais pela aplicação de gesso de jazida e calcário no Nordeste do Brasil.
Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambienta 8: 59-64.
CASTILLA N. 2005. Invernaderos de plástico – Tecnologia y manejo. Madrid: Mundi
Prensa. 462p.
PURQUERIO LFV; TIVELLI SW. 2006. Manejo do ambiente em cultivo protegido.
Informações
tecnológicas.
Disponível
em
http://iac.impulsahost.com.br/imagem_informacoestecnologicas/58.pdf>. Acessado em
7 de fevereiro de 2011.
RAIJ Bvan; CANTARELLA H; QUAGGIO JA; FURLANI AMC. 1997. Recomendações
de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. Campinas: IAC. 265p.
WUTKE EB; CALEGARI A; WILDNER LP; AMABILE RF. 2008. Leguminosas
alimentícias e adubos verdes. IN: ALBUQUERQUE ACS; SILVA AG. (EDS. TÉC.).
Agricultura tropical: quatro décadas de inovações tecnológicas, institucionais e
políticas. BRASÍLIA: EMBRAPA Informação Tecnológica. 251-274p.
Tabela 1. Atributos químicos de solo em estufa agrícola, nas profundidades (Prof.) 0-0,2 e 0,20,4 m [soil chemicals attributes in greenhouse in depth (Prof.) of 0-0,2 and 0,2-0,4 m]. São Carlos,
IAC, 2009.
Prof.
m
0-0,2
0,2-0,4
M.O.
g dm-3
32
22
pH
CaCl2
5,8
5,8
P
S
mg dm-3
1086 67
728
73
Na
K
Ca
Mg
------ mmolc dm-3 ----1
5,8 112,8 26,3
1
4,8
78,8 18,8
Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011
B
Cu
Fe
Mn
Zn
--------------- mg dm-3 ------------1,1
9,8
68
16,9
25,4
0,9
5,1
48
9,3
11,7
S179
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Tabela 2. Diâmetro da cabeça (DC), número de folhas (NF), massa fresca (MF) e seca da planta
(MS) e produtividade (PROD) de alface em função do cultivo de crotalária e milheto e do uso de
gesso em estufa agrícola para três cultivos consecutivos [head diameter (DC), leaves number (NF),
fresh (MF) and dry mass per plant (MS) and yield of lettuce in function of crotalaria and millet
growth and gypsum utilization in greenhouse for three consecutive crops]. São Carlos, IAC, 2010.
Tratamentos
MF
MS
PROD
DC
NF
------------ g -----------g m-2
o
1 CULTIVO (cv. Camila 38 DAT)
1
Infestantes /pousio
172,5 b2
9,2 b
1917 b
35,0 b
20,0 b
Crotalária
222,2 a
11,5 a
2469 a
37,0 a
21,5 ab
Milheto
227,7 a
12,1 a
2530 a
37,5 a
22,3 a
DMS
36,1
1,9
400
1,8
1,5
Sem Gesso
198,2 a
10,1 a
2202 a
35,9 a
20,9 a
Com Gesso
216,7 a
11,7 b
2408 a
37,0 a
21,6 a
DMS
24,1
1,2
268
1,2
1,0
CV%
13,4
13,6
13,4
3,8
5,5
2o CULTIVO (cv. Vera 37 DAT)
Infestantes/pousio
224,7 b
10,5 a
2496 b
36,6 a
18,9 a
Crotalária
283,5 a
12,8 a
3149 a
37,8 a
19,7 a
Milheto
285,3 a
12,8 a
3169 a
38,2 a
19,8 a
DMS
56,8
2,6
631
1,9
1,9
Sem Gesso
260,9 a
11,6 a
2899 a
37,3 a
19,2 a
Com Gesso
268,0 a
12,4 a
2977 a
37,7 a
19,7 a
DMS
38,0
1,6
422
1,3
1,3
CV%
16,5
16,5
16,5
3,8
7,5
3o CULTIVO (cv. Vera 54 DAT)
Infestantes/pousio
311,0 b
15,3 b
3455 b
39,9 a
21,1 a
Crotalária
421,1 a
18,9 a
4679 a
41,2 a
22,7 a
Milheto
384,5 ab
19,3 a
4276 ab
42,2 a
21,7 a
DMS
80,9
2,9
898
2,7
1,8
Sem Gesso
365,4 a
17,8 a
4059 a
42,1 a
22,0 a
Com Gesso
379,3 a
17,9 a
4214 a
40,1 b
21,6 a
DMS
54,1
2,0
601
1,8
1,2
CV%
16,7
12,9
16,7
5,0
6,5
Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011
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ROSSE CE; OLIVEIRA AHV. 2011. Produção de alface em estufa agrícola com solo
salinizado após o cultivo de plantas extratoras de nutrientes. Horticultura Brasileira 29:
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1
Infestantes: picão branco (Galinsoga ciliata (Raf.) Blake), beldroega (Portulaca oleracea L.), capimmarmelada (Brachiaria plantaginea (Link) Hitche), serralha, (Sonchus oleraceus L.) e caruru (Amaranthus
sp.) [invasive species: Galinsoga ciliata (Raf.) Blake, Portulaca oleracea L., Brachiaria plantaginea (Link)
Hitche, Sonchus oleraceus L. and Amaranthus sp.]
2
Médias na coluna, seguidas de mesma letra, não são diferentes entre si, pelo teste de Tukey (p<0,005)
[Means followed by the same letter in columns are not different through Tukey test (p< 0.05)].
Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011
S181
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