O Livro de Mateus Cristo, o Rei David Roper O Livro de Mateus é o primeiro dos relatos do evangelho e o primeiro livro do Novo Testamento. Ele é o primeiro em praticamente todas as listas dos livros do Novo Testamento. Talvez ele tenha sido colocado em primeiro lugar porque, segundo uma antiga tradição (não inspirada), ele foi escrito antes dos outros três relatos da vida de Cristo. Outra possível razão para essa posição é que ele teria sido o relato mais popular dentre os quatro: os escritores do segundo e terceiro séculos citaram Mateus mais freqüentemente do que Marcos, Lucas e João. Qualquer que seja a razão para ser o primeiro relato, a posição e ênfase do Livro de Mateus tornao o elo perfeito entre o Antigo e o Novo Testamento. O Antigo Testamento termina com os judeus à espera do Rei prometido há tanto tempo, o Messias deles. O Novo Testamento se abre com o Livro de Mateus declarando que Jesus é esse Rei! INTRODUÇÃO AO LIVRO DE MATEUS O Autor do Livro A inscrição do Livro de Mateus (“segundo Mateus”) provavelmente não fazia parte do volume original. Apesar disso, os escritores do primeiro século eram unânimes em acreditar que Mateus escrevera o livro que hoje leva seu nome. A natureza do livro concorda com o pouco que se sabe sobre o caráter de Mateus. Mateus, cujo nome significa “dádiva, ou dom, de Deus”, também era conhecido como Levi, que significa “unido em harmonia”. (Compare Mateus 9:9 com Marcos 2:14.) Ele residia em Cafarnaum (Marcos 2:1, 14), uma grande cidade na costa noroeste do mar da Galiléia, e seu pai chamava-se Alfeu (Marcos 2:14). Mateus trabalhava para o governo romano como publicano, ou seja, cobrador de impostos (Mateus 10:3). A maioria dos judeus o considerava um traidor. “Publicano” e “pecador” eram sinônimos na mente deles (veja Mateus 9:10, 11; 11:19). Um dia Jesus viu Mateus sentado na coletoria em Cafarnaum e disse: “Segue-me! Ele se levantou e, deixando tudo, o seguiu” (Lucas 5:27, 28). Logo após esse chamado, Mateus ofereceu uma recepção a Jesus e convidou seus colegas publicanos e outros párias da sociedade (Mateus 9:9–17; Lucas 5:29–39). O nome de Mateus encontra-se em todas as listas dos doze apóstolos (Mateus 10:3; Marcos 3:18; Lucas 6:15; Atos 1:13). Ele teria participado do trabalho que os apóstolos realizaram em Jerusalém em Atos 1 a 7, mas não temos nenhuma informação confiável em relação ao seu ministério desse ponto em diante. A tradição não-inspirada antiga diz que ele pregou na Judéia por uns quinze anos e depois viajou a terras distantes. A mesma tradição diz que ele escreveu seu relato do evangelho para suprir “pela escrita, a sua ausência”. Não há provas positivas, porém, de que o livro tenha circulado sem esse título. Eusébio, História Eclesiástica 3.34.16; Irineu, Contra Heresias 3.1.1. Mateus era judeu; como os que trabalhavam numa coletoria (Mateus 9:9), ele estaria acostumado a redigir relatórios. Alguns pensam que seu nome de nascimento era Levi e que Jesus teria lhe dado o nome “Mateus”, assim como deu a Simão o nome de “Pedro”. Veja uma exposição sobre publicanos/cobradores de impostos na edição “Conheça o Mestre, 2”, de A Verdade para Hoje. Eusébio, História Eclesiástica 4.24.6. Uma Pergunta sobre o Livro Muitos escritores primitivos sugeriram que Mateus escreveu o livro originalmente no aramaico do primeiro século e que este teria sido, mais tarde, traduzido para o grego, ou por Mateus ou por outra pessoa. Merrill Tenney escreveu que essa tradição “tem sido rejeitada freqüentemente, visto não ter aparecido nenhum vestígio de um original hebraico e a linguagem do Evangelho não dar indícios de ter sido uma tradução grega”. Jack Lewis disse que “a maioria dos estudiosos” insiste que “nosso livro é um livro grego escrito em grego” e acrescentou: “Nem as citações, nem os manuscritos de um Evangelho aramaico anterior sobreviveram”. Nestes estudos sobre o Livro de Mateus, não vamos nos preocupar com uma hipotética versão anterior em aramaico; mas nos concentraremos no livro (escrito em grego) que Deus preservou para nós. O Propósito do Livro Mateus aparentemente tinha seus companheiros judeus em mente quando escreveu o livro: ele começou com uma genealogia judaica (1:1–17). Incluiu cerca de cem alusões ao Antigo Testamento, sendo mais de quarenta citações diretas. Enfatizou constantemente que Jesus cumpriu as profecias vétero-testamentárias (veja 1:23; 2:6, 15, 23). Usou termos familiares aos judeus, como “Filho de Davi” (1:1, 20; 9:27). Ele reforçou que Jesus foi enviado para “as ovelhas perdidas da casa de Israel” (15:24; veja também 10:6). O propósito de Mateus era mostrar que o tão esperado Messias/Rei de Israel chegara. O tema do livro foi anunciado no versículo de abertura: “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (1:1). Esta declaração une Cristo às duas alianças que Deus fez com Davi e Abraão. A aliança de Deus com Davi consistia na promessa de um Rei que se assentaria no seu trono para sempre (2 Samuel 7:8–13). A aliança de Deus com Abraão prometia que através dele todas as famílias seriam abençoadas (Gênesis 12:3).10 Merrill C. Tenney, O Novo Testamento, Sua Origem e Análise. São Paulo: Edições Vida Nova, 1972, p. 152. Jack P. Lewis, The Gospel According to Matthew,—Part 1 (“O Evangelho Segundo Mateus—Parte 1”). The Living Word Commentary Series, ed. Everett Ferguson. Austin, Tex.: Sweet Publishing Co., 1976, p. 9. O total exato das referências do Antigo Testamento varia de escritor para escritor, mas todos concordam que há muitas, muitas referências do Antigo Testamento em Mateus. 10 Henrietta C. Mears, Estudo Panorâmico da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1982, p. 313. “Messias” vem de uma palavra hebraica que significa “[o] ungido”. O equivalente grego é “Cristo” (João 1:41). A unção era usada na nomeação de sacerdotes (Êxodo 28:41; 29:7) e outros11; mas quando um judeu ouvia o termo “ungido de Deus”, ele pensava num rei (veja 1 Samuel 10:1; 24:6; Salmos 2:2, 6). A ênfase no relato de Mateus é o reinado de Jesus: os magos foram adorar o “Rei dos judeus” (2:2). Herodes subentendeu que Jesus seria um rei rival (2:3–9). O povo reconheceu que Ele era o Filho de Davi (9:27; 15:22; 20:30). Cristo entrou em Jerusalém como um rei (21:1–11; veja v. 5). Por cima de sua cruz havia a inscrição “O Rei dos Judeus” (27:37). Jesus prometeu que um dia Ele Se sentaria no trono como Juiz (25:31–33). Eric Hayden sugeriu que, no Livro de Mateus, “somos apresentados ao embaixador do Rei (João Batista12), à hora de provação do Rei (Suas tentações), ao manifesto do Rei (o sermão do monte), ao ministério do Rei (Seu ensino e milagres), à rejeição, morte e ressurreição do Rei”13. Como disse alguém: “Jesus nasceu rei, viveu como rei, falou como rei, morreu como rei, ressuscitou dos mortos e prometeu voltar outra vez como Rei dos reis”14. Mateus • • • • destaca o cumprimento das profecias tem um acentuado pano de fundo judaico enfatiza o ensino de Jesus contém um elemento apologético Mateus também enfocou o reino do Rei. A mensagem básica de João Batista, de Jesus e dos discípulos de Jesus foi que “está próximo o reino dos céus” (3:2; 4:17; 10:7). A palavra “reino” aparece mais de cinqüenta vezes em Mateus15. (Só a expressão “reino 11 Primeiro Reis 19:16 pode indicar que profetas eram ungidos. 12 A maioria das traduções refere-se a esse João como “Batista”. A expressão “batista” tem uma conotação diferente hoje do que tinha nos tempos bíblicos. “Batista” é uma palavra grega transliterada que significa literalmente “aquele que batiza”. Uma possível tradução seria “o batizador” ou “o imersor”. 13 Eric W. Hayden, Preaching Through the Bible (“Pregando Através da Bíblia”). Grand Rapids, Mich.: Zondervan Publishing House, 1964, p. 180. 14 Glen Gray e Tim Woodroof, Look at the Book (“Olhe para o Livro”). Lincoln, Neb.: igreja de Cristo em Lincoln, 1988, p. 169. 15 Alguns escritores encontram perto de cem referências ao reino de Cristo em Mateus. dos céus” aparece mais de trinta vezes16.) A maioria das parábolas do livro começam por: “O reino dos céus é semelhante a” (veja as parábolas do capítulo 13). Mateus pode ter escrito para leitores judeus, mas não só para judeus. Por inspiração, o apóstolo escreveu para todas as pessoas. O primeiro versículo do seu relato não só diz que Jesus era “o filho de Davi”, como também diz que Jesus era “o filho de Abraão”. Jesus foi o cumprimento da promessa a Abraão de que todas as nações da terra seriam abençoadas (Gênesis 12:3; 22:18; Gálatas 3:8). Mateus fez referências freqüentes a não-judeus (gentios) (4:14–16; 8:11, 12; 12:18, 21; 13:38; 15:22–28; 24:14). No começo do livro, dignitários gentios foram adorar Jesus (2:2–12); no seu encerramento, Jesus ordenou: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19a; grifo meu). O Livro de Mateus apresenta Jesus como o Salvador universal. As Características do Livro A maioria das características do Livro de Mateus está relacionada ao seu propósito. Como mencionamos acima, este relato do evangelho enfatiza a profecia cumprida. Vez após vez, ele afirma que isto ou aquilo aconteceu “para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta [ou profetas]” (veja Mateus 1:22; 2:15, 17, 23; 8:17). Mateus mostrou de maneira especial o fato de que a crucificação (uma pedra de tropeço para os judeus, 1 Coríntios 1:23) era um cumprimento da profecia (26:54, 56; 27:9). O livro deixa, portanto, claro que o “cristianismo não [era] uma ‘nova’ religião de um grupo de fanáticos, mas [era] a consumação de tudo o que os profetas predisseram”17. Como também notamos acima, o livro tem um acentuado pano de fundo judaico. Além de enfatizar o Messias/Rei de Israel e do Antigo Testamento, ele reflete vividamente o judaísmo dos dias de Mateus com suas diferentes escolas de pensamento, seus atos exteriores de piedade, seu amor pelo reconhecimento e suas atividades proselitistas18. Em decorrência da ênfase de Mateus sobre o reinado de Jesus, parte do material contido no seu 16 Mateus foi o único escritor de um relato do evangelho a usar o termo “reino dos céus”. 17 Gray e Woodroof, p. 169. 18 Discutiremos isto no decorrer dos estudos. Também poderíamos notar aspectos negativos da ênfase de Mateus sobre os judeus. Jesus era o Rei prometido, mas Ele não era o rei dos reis que os judeus esperavam, a ponto de O rejeitarem. Por conta disso, Mateus registrou algumas das afirmações mais severas contra os judeus encontradas no Novo Testamento (veja Mateus 23). relato não se encontra nos outros três relatos. Das quinze parábolas que ele registrou, onze só aparecem nele. Três dos milagres registrados nesse livro não se encontram nos demais Evangelhos. Ao todo, há cerca de trinta segmentos peculiares ao Livro de Mateus, e a maioria tem relação com o tema do Rei e do Seu reino. O livro tem uma forte ênfase no ensino de Jesus. Se Jesus é Rei, Ele tem o direito de formular leis. Mateus registrou cinco grandes discursos de Cristo19, incluindo o incomparável sermão do monte (5—7). Um aspecto ímpar do ensino de Jesus registrado por Mateus deve ser observado: dos quatro relatos do evangelho, só ele menciona a palavra “igreja” (16:18; 18:17). Os judeus estavam familiarizados com a idéia de uma assembléia ou congregação do Senhor (Êxodo 12:3, 6, 19, 47)20. Além disso, a palavra “sinagoga” tinha um significado semelhante ao da palavra ekklesia, o termo grego traduzido por “igreja”21. Mateus disse que as profecias do reino do Messias seriam cumpridas na igreja de Cristo. Também devemos observar que há um elemento apologético distinto no livro. Uma das razões para o relato do nascimento de Cristo pode ser derrubar rumores da parte de judeus de que Jesus era filho ilegítimo. Observemos 28:11–15, em que Mateus apresentou uma explicação popular entre os judeus para o túmulo vazio. Mateus mostrou os fatos e depois, com efeito, desafiou os leitores a decidirem de que lado estavam: do lado da fé ou do lado dos descrentes. Assim como nos outros relatos do evangelho, a morte de Jesus pelos nossos pecados é o principal assunto do Livro de Mateus. Cerca de vinte e cinco por cento de todo o material textual do livro concentram-se na morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. A Data do Livro O uso da expressão “até ao dia de hoje” (27:8; 28:15) indica que se passou algum tempo desde que ocorreram os fatos sobre os quais ele escreveu. Por outro lado, o livro certamente foi escrito antes da destruição de Jerusalém (70 d.C.), a qual foi predita tão vividamente no capítulo 24. O livro provavelmente foi escrito entre os anos 50 e 70 d.C. A maioria 19 Os cinco grandes discursos encontram-se nos seguintes capítulos: 1) 5—7; 2) 10; 3) 13; 4) 18; 5) 24; 25. 20 Seria útil consultar a palavra “congregação” numa concordância. 21 “Sinagoga” é a transliteração de uma palavra composta grega que significa “conduzir juntos”, enquanto ekklesia significa “chamados para fora” (em outras palavras, aqueles que foram chamados juntamente). dos escritores conservadores fixaria a data do Evangelho segundo Mateus em 60 d.C. As Divisões do Livro O Livro de Mateus contém várias divisões naturais. As divisões biográficas são marcadas pelas palavras “daí por diante” em 4:17 e 16:21. O versículo 17 do capítulo 4 é o começo do ministério de Jesus, enquanto 16:21 é o começo do fim. As divisões por tópicos são marcadas por palavras como “quando Jesus acabou”, encontradas no final de seus discursos (7:28; 11:1; 13:53; 19:1; 26:1). Incorporar estes pontos divisórios num esboço abrangente é um desafio. Muitos esboços usam uma das duas palavras: “Messias” ou “Rei”. Tenney usou a palavra “Messias” em suas divisões: 1) As Profecias do Messias Realizadas, 2) Os Princípios do Messias Anunciados, e 3) O Poder do Messias Revelado22. Mears usou as palavras “Rei” e “reino”: 1) A Chegada do Rei, 2) A Proclamação do Reino, 3) A Rejeição do Rei e 4) O Triunfo do Rei23. John Phillips também usou a palavra “Rei”24 em seus subtítulos. Adaptamos dele as principais divisões para o esboço seguinte. ESBOÇO DO LIVRO DE MATEUS I.O REI REVELADO (1:1—9:38). A. Preparação para o Ministério de Jesus. 1. Genealogia de Jesus (1:1–17). 2. Nascimento e infância de Jesus (1:18— 2:23). a. Visita dos magos. b. Fuga para o Egito. c. Matança dos bebês. d. Volta a Nazaré. 3. Batismo de Jesus (3:1–17). a. Obra de João Batista (arauto do Messias). b. Clímax dessa obra: batismo de Jesus. 4. Tentação de Jesus (4:1–11). B. O poder do ministério de Jesus. 1. Começo do Seu ministério na Galiléia (4:12–17; veja afirmações sumárias desse ministério em 4:23–25; 9:35–38). 2. Seus primeiros discípulos (4:18–22). 22 Tenney, pp. 145. Mears, pp. 358–69. 24 John Phillips, Exploring the Scriptures (“Explorando as Escrituras”). Londres: Victory Press, 1965, pp. 194–95. 23 3. Sermão do Monte (5:1—7:29). 4. Milagres poderosos (e popularidade crescente; veja 8:1)—e acontecimentos intercalados. a. Cura de um leproso (8:2–4). b. Cura do servo de um centurião (8:5– 13). c. Cura da sogra de Pedro e de outros (8:14–17). d. Supostos discípulos (8:18–22). e. Ondas acalmadas (8:23–27). f. Cura de dois endemoninhados (8:28– 34). g. Cura de um paralítico (9:1–8). h. Chamado e banquete de Mateus (9:9–13). i. Uma pergunta sobre o jejum (9:14– 17). j. Cura de uma mulher enferma e ressurreição de uma menina (9:18–26). l. Cura de dois cegos (9:27–31). m. Cura de um homem possesso e a acusação de que isto foi realizado pelo chefe dos demônios (9:32–34). II.O REI RESISTIDO (10:1—16:12). A. Previsão da Resistência. 1. Doze separados para um serviço especial (10:1–4). 2. Comissão limitada “às ovelhas perdidas de Israel”—incluindo instruções gerais sobre discipulado (10:5–42). (Sobre a previsão da resistência, veja vv. 14, 16– 18, 21–25, 28, 34–36, 39.) B. Fé e fidelidade louvadas. (Veja uma afirmação geral sobre o ministério de Jesus nesse período em 11:1.) 1. Questionamento de João—e a resposta de Jesus (11:2–19). 2. Repreensão de Jesus aos que não O aceitaram, e Sua exaltação aos que O aceitaram (11:20–27). (Veja o grande convite em vv. 28–30.) C. Antagonismo acelerado. (Veja afirmações gerais sobre Seu ministério nesse período em 14:34–36 e 15:29–31.) 1. Crítica referente ao sábado (12:1–13). 2. Conspiração para matá-lO (12:14). 3. Tentando evitar confronto (12:15–21). 4. Repetida a acusação de que Ele curou pelo poder do chefe dos demônios (12:22–37). 5. Desafio para que Ele dê um sinal (12:38– 45). 6. Submissão a Deus, a chave para um relacionamento com Jesus (12:46–50). 7. Parábolas sobre a verdadeira natureza do reino (13:1–52). 8. Jesus rejeitado em Nazaré (13:53–58). 9. Morte de João Batista (14:1–12). 10. Cinco mil homens alimentados (14:13– 21). 11. A fé vacilante de Pedro (14:22–33). 12. Cura em Genesaré (14:34–36). 13. Crítica referente à lavagem de mãos (15:1–20). 14. Cura da filha da Cananéia e outras curas (15:21–31). 15. Quatro mil homens alimentados (15:32– 39). 16. Jesus novamente desafiado a produzir um sinal (16:1–4). 17. Advertência sobre a influência dos fariseus e saduceus (16:5–12). III.O REI REJEITADO (16:13—27:66). A. Predição da morte de Jesus. 1. A boa confissão—e Jesus prediz Sua morte (16:13–28). 2. Transfiguração—e Jesus prediz Sua morte (17:1–13). 3. Cura de um menino endemoninhado— e mais sobre a morte aproximada de Jesus (17:14–23). B. Instruções necessárias antecipadas. 1. Uma pergunta sobre o pagamento de impostos (e o milagre da moeda no peixe) (17:24–27). 2. Instrução sobre crianças e humildade (18:1–14; veja também 19:13–15). 3. Instrução sobre relacionamentos (18:15– 20). 4. Instrução sobre perdão (18:21–35). 5. Uma pergunta sobre divórcio (19:1– 12). C. Chegada a Jerusalém (veja 19:1, 2). 1. O jovem rico—e as recompensas aos seguidores de Jesus (19:16–30). 2. A parábola dos trabalhadores na vinha—e outra predição da morte de Jesus (20:1–19). 3. A necessidade de ser servo—e a disposição de Jesus de morrer pelos outros (20:20–28). 4. Dois cegos curados em Jericó (20:29– 34). D. Começa a última semana. 1. Entrada triunfal e purificação do tem- plo, seguidas pela crítica por parte dos inimigos de Jesus (21:1–17). 2. Maldição da figueira estéril (21:18–22). 3. O dia das perguntas (terça-feira): a. Pergunta sobre a autoridade dos atos de Jesus (21:23–27). b. Parábolas que acusavam os principais sacerdotes e os fariseus (21:28— 22:14). c. Pergunta sobre o pagamento de impostos a César (22:15–22). d. Pergunta sobre a ressurreição (22:23– 33). e. Pergunta sobre o maior mandamento (22:34–40). f. Inimigos de Jesus silenciados por uma pergunta (22:41–46). g. Ais pronunciados para os escribas e fariseus (e Jerusalém) (23:1–39). h. Ensino sobre a destruição de Jerusalém e a segunda vinda. 1) Uma mensagem apocalíptica (24:1–51). 2) A parábola da dez virgens (25:1– 13). 3) A parábola dos talentos (25:14– 30). 4) Ensino sobre a segunda vinda e o julgamento (25:31–46). E. O fim se aproxima. 1. Outra predição da morte de Jesus (26:1, 2). 2. Intensificada a conspiração para matar Jesus (26:3–5). 3. Jesus ungido em Betânia (em antecipação à Sua morte) (26:6–13). 4. A conspiração dos inimigos de Jesus (26:14–16). F. A observância da festa da Páscoa. 1. Preparação da festa da Páscoa (26:17– 20). 2. Predição da traição de Judas (26:21–25). 3. Instituição da ceia do Senhor (26:26– 29). 4. Predição da deserção dos discípulos—e da negação de Pedro (26:30–35). 5. No Jardim do Getsêmani (26:36–46). 6. Jesus traído e preso (26:47–56). G. Os julgamentos de Jesus. 1. Perante Caifás (e a negação de Pedro) (26:57–75). 2. Perante Pilatos (e o suicídio de Judas) (27:1–26). H. Morte e sepultamento de Jesus detalhados. 1. Jesus açoitado e levado para o Gólgota (27:27–32). 2. Crucificação e morte de Jesus (27:33– 54). 3. Sepultamento de Jesus—e o túmulo “guardado” (27:55–66). IV. O REI RESSURRETO (28:1–20)! A. Anunciada a ressurreição de Jesus e Seu aparecimento às mulheres (28:1–10). B. A “explicação” mentirosa do túmulo vazio (28:11–15). C. Jesus aparece aos discípulos—e a grande comissão (28:16–20).25 25 Não incluímos nos esboços dos livros de Mateus, Marcos, Lucas e João a usual “conclusão”, por causa da natureza do material. Após apresentar o esboço, faça uma breve revisão e depois anuncie o assunto da lição seguinte. Como Ser um Cidadão do Reino de Deus O uso profético da palavra “reino” refere-se ao reino espiritual de Deus sobre os que se submeteram à Sua vontade em detrimento do mundo. Ele se refere a um reino e a um domínio—sendo que o reino é o reino espiritual de Deus sobre a vida e o domínio é a esfera espiritual onde esse reino de Deus é evidente. Esse governo régio de Cristo está incluso na palavra “igreja”. Quando um indivíduo submete sua vontade a Cristo, ele é levado para dentro do corpo de Cristo, a igreja. À medida que ele vive em submissão ao cabeça da igreja, Cristo Jesus, ele vive como parte do reino terreno de Deus. Por isso, “o reino de Deus” e “a igreja de Cristo” são expressões intercambiáveis, como revelou Jesus em Mateus 16:18 e 19. Você pode se tornar um cidadão do reino de Deus entregando sua vontade à vontade do Rei. Cristo disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21). Nenhum ser humano tem o direito de ditar os termos ou condições da cidadania; só o Senhor possui esse direito. Jesus disse mais: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). O apóstolo Pedro reforçou que “nascemos de novo” através da Palavra de Deus quando obedecemos à verdade dessa Palavra (1 Pedro 1:22, 23). A Palavra inspirada pelo Espírito (2 Pedro 1:21) nos ensina a crer em Jesus, a nos arrependermos de nossos pecados, a confessarmos nossa fé e a sermos batizados (imersos em água) (João 3:16; Lucas 13:3; Mateus 10:32; Marcos 16:16). À medida que seguimos as ordens do Rei, “nascemos da água e do Espírito” (João 3:5) e somos transportados da escuridão para o reino do Seu Filho (Colossenses 1:13). Como cidadãos do reino de Deus, nossos valores mudam. Não vemos o mundo como as pessoas o vêem. Estamos “no mundo”, mas não somos “do mundo” (João 17:11, 14). Aqueles que pertencem só a este mundo preocupam-se com seus bens, seu presente, seu futuro e as questões do mundo. Os cristãos não pertencem ao mundo; nós pertencemos a um reino espiritual, e não a este mundo físico. Nossa devoção é espiritual, e não secular. Embora ministremos aos doentes, alimentemos os famintos e trabalhemos para tornar o mundo um lugar melhor para se viver, a verdadeiro interesse dos nossos corações é eterno. Buscamos acima de qualquer outro interesse a salvação espiritual de todas as pessoas que conhecemos. Vivemos com objetivos espirituais, e não mundanos. As pessoas deste mundo compram e vendem novas posses; os cristãos buscam novas almas. Vemos a inutilidade das coisas desta vida quando as vemos através das lentes da eternidade. Você é um cidadão do reino de Deus? Está vivendo como um cidadão desse reino? © Copyright 2007 by A Verdade para Hoje TODOS OS DIREITOS RESERVADOS