Universidade Estadual de Santa Cruz Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente - MDR&MA POLLYANNA ALVES DIAS COSTA DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA ILHÉUS - BAHIA 2012 POLLYANNA ALVES DIAS COSTA DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC. Orientadora: Profª. Drª. Vitória Solange Coelho Ferreira Co-orientador: Prof. Dr. Marcelo Inácio Ferreira Ferraz ILHÉUS - BAHIA 2012 C837 Costa, Pollyanna Alves Dias. Dengue : uma análise socioambiental da área urbana do município de Itabuna, Bahia / Pollyanna Alves Dias Costa. – Ilhéus, BA: UESC/PRODEMA, 2012. 80 f. : Il. ; anexos. Orientadora: Vitória Solange Coelho Ferreira. Co-orientador: Marcelo Inácio Ferreira Ferraz. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA, 2012. Inclui bibliografias. 1. Dengue. 2. Dengue – Aspectos sociais – Itabuna (BA). 3. Dengue – Aspectos ambientais. 4. Arboviroses. I. Título. CDD 614.571 DEDICATÓRIA A todos que de forma anônima ou reconhecidamente, ao longo dessas duas décadas, tem dedicado seus esforços no combate a dengue e demais doenças infecciosas que afligem a população deste país. AGRADECIMENTOS A Deus, Divino Criador, causa primária de todas as coisas. Aos meus pais, José e Vera Dias, instrumentos divinos da minha criação, pela dedicação e cuidado da vida inteira. Minha gratidão é ainda maior pelo amor, cuidado e presença constante na vida dos meus filhotes: Marina e Artur. A Márcio, com quem continuo a dividir os meus mais preciosos sonhos, para quem qualquer especificação de agradecimento seria insuficiente. Obrigada por você existir em nossas vidas. “Se todos fossem no mundo iguais a você, que maravilha viver”! A Dan Lobão pelo apoio, incentivo e motivação decisivos para a realização deste mestrado. Por fazer do diagrama do elefante mais do que um elo de ligação, foi a chave para a conexão da minha vida com as ciências ambientais. Também por ter me apresentado à Kátia Curvelo, a quem agradeço pela colaboração no processo de seleção. À Vitória Solange, orientadora desta pesquisa, pelos valiosos ensinamentos, por quem desde a graduação tenho o mais sincero sentimento de respeito e admiração pela dedicação aos estudos. A Marcelo Ferraz, co-orientador deste estudo, pela aceitação, acolhimento, motivação, tranquilidade na condução e orientação constante. Sou muito grata à sua disponibilidade. À Maria Schaun, por quem tenho um sincero carinho. Pela eficiência e apoio a todos nós. Estou certa de que o PRODEMA/UESC não seria o mesmo sem você. Ao colegiado e coordenação do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente da UESC na pessoa do Prof. Salvador Trevisan, coordenador do curso. A todos os professores do PRODEMA/UESC. Em especial ao Prof. Paulo Terra, minha admiração e gratidão pela oportunidade de conviver com a face mais bela do mundo acadêmico. Aos professores Milton Ferreira e Neylor Calazans pelo apoio e incentivo constante. Aos colegas de turma, Arthur, Bárbara, Camila, Daniel, Elis, Francine, Henrique, Juliana, Leonardo, Melba, Michele, Nayara, Paulo, Renata, Taciana e Tereza, pela felicidade do nosso encontro, pelo convívio saudável e pelo aprendizado mútuo que nos proporcionamos neste ano de ‘efervescência’ de aulas e convivência diária. Às colegas Inatiane Martins e Natiane Carvalho pelo importante incentivo e motivação para a inscrição no processo de seleção. À Isabela, colega e amiga, pelo apoio no processo de seleção e colaboração na coleta dos dados para a pesquisa. À Ângela, colega da Vigilância Epidemiológica de Itabuna, pela disponibilidade constante em fornecer dados para a pesquisa. À Aline, amiga de sempre, e à Rose Paz pela ajuda que me concederam para além da língua vernácula. Um agradecimento especial à Jeane, para quem minha gratidão já seria justificada pelo profissionalismo, competência e exemplo que é para todos nós que trabalhamos na Saúde Coletiva. Soma-se a esta gratidão, sentimentos de carinho, respeito, fraternidade e amizade. Obrigada pelo incentivo, motivação, encorajamento, orientação, disponibilidade... Obrigada por tudo. Aos colegas de Departamento da Secretaria Municipal de Saúde, Jaqueline, Matias, Iolanda, Matheus e Joanne pelo apoio, incentivo e carinho nesta caminhada. Ao Núcleo de Planejamento, Informação e Gestão Estratégica da Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna na pessoa de Roberta Fulgêncio, por ter concedido permissão para o cumprimento das atividades do mestrado e por ter suportado minhas ausências. À CEPLAC pelo fornecimento dos dados da Estação Meteorológica do Centro de Pesquisas. A todos os profissionais envolvidos com o Sistema de Informação do Sistema Único de Saúde. À UESC, pela oportunidade do cumprimento de mais uma etapa acadêmica. Meu respeito e reconhecimento à importância desta instituição para o desenvolvimento da região. Tenho muito orgulho de ser filha desta casa. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Ciclo de vida do Aedes Aegipty.............................................................. 21 Figura 2: O vetor de transmissão........................................................................... 22 Figura 3: Distribuição do Aedes Aegipty no mundo............................................... 26 Figura 4: Mapa de risco de ocorrência do dengue no Brasil.................................. 28 Figura 5: Mapa de localização de Itabuna............................................................. 31 Figura 6: Relação do coeficiente de incidência de dengue com Índice de 39 Infestação Predial no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA...... Figura 7: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores 40 notificações no biênio 2002/2003 no município de Itabuna - Bahia....................... Figura 8: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores 41 notificações no ano de 2005 no município de Itabuna – Bahia.............................. Figura 9: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores 42 notificações no ano de 2009 no município de Itabuna - Bahia............................... Figura 10: Notificação de dengue segundo sexo, no período de 2001 a 2010 no 43 município de Itabuna – BA..................................................................................... Figura 11: Notificação de dengue segundo faixa etária no período de 2001 a 45 2010 no município de Itabuna – BA....................................................................... Figura 12: Série histórica de notificações de dengue segundo os meses de ocorrência, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010 no município de Itabuna – BA........................................................................................................... 47 Figura 13: Notificação de dengue no período de janeiro de 2001 a dezembro de 48 2010 segundo os meses do ano no município de Itabuna – BA............................ LISTA DE TABELAS Tabela 1: Número de casos confirmados e coeficiente de incidência de dengue do município de Itabuna - Bahia no período de 2001 a 2010................................. 36 Tabela 2: Índice de Infestação Predial anual do município de Itabuna - Bahia no período de 2006 a 2010.................................................................................... 37 Tabela 3: Coeficiente de incidência de dengue e Índice de Infestação Predial anual no período de 2006 a 2010 no município de Itabuna - 38 Bahia....................................................................................................................... Tabela 4: Distribuição percentual segundo anos de estudo das notificações de dengue no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – Bahia................... 44 Tabela 5: Matriz de Correlação de Pearson para notificação de dengue, temperatura e precipitação no município de Itabuna – Bahia no período de 2001 49 a 2010..................................................................................................................... Tabela 6: Proporção de cobertura dos serviços de saneamento básico no município de Itabuna - Bahia no período de 2001 a 2010...................................... 50 LISTA DE APÊNDICES Quadro 1: Notificação do dengue por bairros do município de Itabuna, no período 2001 a 2010.............................................................................................. 60 Quadro 2: Notificação de dengue segundo escolaridade no município de Itabuna, no período 2001 a 2010........................................................................... 64 Quadro 3: Notificação de dengue segundo sexo no município de Itabuna, no período 2001 a 2010.............................................................................................. 64 Quadro 4: Distribuição populacional do Município de Itabuna, segundo sexo no período 2001 a 2010.............................................................................................. 65 Quadro 5: Distribuição populacional do Município de Itabuna segundo faixa etária, no período de 2001 a 2010......................................................................... 65 Quadro 6: Notificação de dengue segundo faixa etária no município de Itabuna, no período 2001 a 2010......................................................................................... 66 Quadro 7: Distribuição de dengue segundo mês de notificação no município de Itabuna, no período 2001 a 2010........................................................................... 66 Quadro 8: Temperatura média mensal do município de Itabuna, no período 2001 a 2010........................................................................................................... 67 Quadro 9: Precipitação mensal do município de Itabuna, no período 2001 a 2010........................................................................................................................ 67 Figura 15: Diagrama de Dispersão da notificação de dengue e sua relação com os níveis de temperatura do período de 2001 a 2010, no município de Itabuna.................................................................................................................... 68 Figura 16: Diagrama de Dispersão da notificação de Dengue e os níveis de precipitação pluviométrica do período de 2001 a 2010, no município de Itabuna.................................................................................................................... 68 Tabela 7: Abastecimento de água no município de Itabuna – Bahia, no período de 2001 a 2010...................................................................................................... 69 Tabela 8: Esgotamento sanitário no município de Itabuna – Bahia, no período de 2001 a 2010...................................................................................................... 69 Tabela 9: Destino do lixo no município de Itabuna – Bahia, no período de 2001 a 2010..................................................................................................................... 70 LISTA DE ANEXOS Anexo 1: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2001 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB............................................................................. 71 Anexo 2: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2002 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB............................................................................. 72 Anexo 3: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2003 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB............................................................................. 73 Anexo 4: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2004 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB............................................................................. 74 Anexo 5: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2005 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB............................................................................. 75 Anexo 6: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2006 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB............................................................................. 76 Anexo 7: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2007 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB............................................................................. 77 Anexo 8: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2008 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB............................................................................. 78 Anexo 9: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2009 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB............................................................................. 79 Anexo 10: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2010 da Zona Geral do município de Itabuna – SIAB................................................................... 80 LISTA DE ABREVIATURAS CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente DC – Dengue Clássica FHD – Febre Hemorrágica do Dengue IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IIP - Índice de Infestação Predial MMA – Ministério do Meio Ambiente OMS – Organização Mundial de Saúde PDR – Plano Diretor de Regionalização RNA – Ácido Ribonucléico SCD – Síndrome do Choque do Dengue SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação SIG – Sistema de Informação Geográfica SISFAD – Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue SMS – Secretaria Municipal de Saúde SPSS – Statistical Package for the Social Sciences SUS – Sistema Único de Saúde DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA DA ÁREA URBANA DO RESUMO O dengue é um desafio e grave problema de Saúde Pública no mundo, principal doença (re)emergente da atualidade e a mais importante arbovirose que afeta o ser humano. O presente estudo analisou a ocorrência de dengue e os fatores sociais e ambientais na área urbana do município de Itabuna, Bahia, no período de 2001 a 2010. O Brasil enfrenta constante risco de surtos e epidemias e, no Estado da Bahia, Itabuna caracteriza-se como um município prioritário para o Programa de Controle da Dengue. Foi realizado um estudo epidemiológico observacional, exploratório, de série temporal do tipo ecológico, tendo o município de Itabuna como unidade agregada de observação e a ocorrência dos casos de dengue na população representando a unidade de análise. Os dados coletados foram obtidos em fontes secundárias. As variáveis selecionadas como dependentes foram: coeficiente de incidência de dengue e notificação (mensal e anual); as variáveis independentes foram: bairro de ocorrência, sexo, faixa etária, escolaridade, temperatura, precipitação e saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo). O município conviveu com o dengue durante todos os anos do período estudado, apresentando caráter endêmico com comportamento epidêmico para os anos 2002, 2003, 2005, 2008 e 2009. O risco epidemiológico de infecção por dengue para a população de Itabuna é alto. O município apresentou alta incidência da doença chegando a 4.648 casos para cada 100.000 habitantes no ano de 2009. Em todos os anos do período estudado, os índices de infestação predial (IIP) estiveram muito acima do valor preconizado como satisfatório (1%), chegando a 19,6% para o ano de 2010. As maiores ocorrências nos anos epidêmicos de 2002, 2003, 2005 e 2009 foram nos bairros de Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; seguidos de São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo e Parque Boa Vista, representando as localidades de maior risco. O sexo feminino apresentou o maior número de notificação. Foi observado mudança na faixa etária com predominância inicial de 15 a 59 anos, com aumento para a faixa etária menor de 15 anos a partir de 2008. Os meses de março a maio foram os de maior intensidade do dengue, no entanto, foi encontrado registro da doença em todos os meses do ano. Houve significância estatística de correlação da temperatura média mensal com a ocorrência de dengue. O saneamento básico apresentou melhora gradativa. Embora 91% das residências possuam sistema de abastecimento de água, mas este abastecimento não é regular, 26% da população não possuem esgotamento sanitário e 12% não tem coleta para o lixo produzido, revelando um cenário de predisposição a adoecimentos. Uma associação de fatores que predizem a possibilidade de nova epidemia para Itabuna. Problemas complexos requerem soluções complexas. É preciso conciliar estratégias convencionais com inovações tecnológicas. Palavras-chave: Dengue. Fatores sociais. Fatores ambientais. Epidemia. Itabuna. DENGUE: A SOCIAL ENVIRONMENTAL ANALYSIS OF THE URBAN AREA OF THE CITY OF ITABUNA, BAHIA ABSTRACT Dengue is a serious challenge and public health problem in the world. Nowadays it is the main disease (re) emerging and the most important arbovirus that affects humans. The present study analyzed the occurrence of dengue and the social and environmental factors in the urban area of Itabuna, Bahia, in the period of 2001 to 2010. Brazil faces the constant risk of outbreaks and epidemics, and in the State of Bahia, Itabuna is characterized as a priority city for Dengue Control Program. It was done an epidemiological ecological study and Itabuna aggregates the unit of observation and the occurrence of dengue cases in the population representing the unit of analysis. The data were obtained from secondary sources. The selected dependent variables were: incidence rate of dengue and notification (annual and monthly). The independent variables were: boroughs that presented the cases of dengue, gender, age, educational level, temperature, precipitation and sanitation (water supply, sewage and garbage collection). The city has lived with dengue during all the years of the period studied. It showed endemic feature with epidemic manner for the years of 2002, 2003, 2005, 2008 and 2009. The epidemiological risk of dengue infection for the population of Itabuna is high. The city presented a high incidence of the disease reaching 4,648 cases per 100,000 inhabitants in 2009. In all the years of the period studied, the rates of building infestation were much higher than recommended as satisfactory (1%), reaching 19.6% for the year 2010. The highest occurrences of epidemics in the years 2002, 2003, 2005 and 2009 were in the neighborhoods of Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; followed by São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo and Parque Boa Vista, representing the locations of the greatest risk. There was a predominance of occurrence in females. It was observed changes in the age group with initial predominance starting from 15 to 59 years, increasing to the age group below 15 years from 2008. The months from March to May had the highest intensity of dengue; however, it was found the record of the disease in all the months of the year. There was a statistically significant correlation between monthly average temperature and the occurrence of dengue. Sanitation has improved gradually. Although 91% of households have water supply system, but this supply is not regular, 26% of the population do not have sanitation and 12% do not collect the waste produced, revealing a scene of a predisposition to illnesses. These factors predict the possibility of a new epidemic of dengue in Itabuna. Complex problems require complex solutions. It is necessary to combine technological innovations with conventional strategies. Keywords: Dengue. Social factors. Environmental factors. Epidemic. Itabuna. SUMÁRIO RESUMO.............................................................................................................. x ABSTRACT.......................................................................................................... xi 1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 13 1.1. Justificativa.................................................................................................... 16 1.2. Problema de pesquisa e hipóteses.............................................................. 19 1.3. Objetivos....................................................................................................... 19 1.3.1. Objetivo Geral............................................................................................ 19 1.3.2. Objetivos Específicos................................................................................. 19 2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 20 2.1. Do agente etiológico ao vetor de transmissão do Dengue........................... 20 2.2 Aspectos clínicos da doença......................................................................... 23 2.3. Aspectos históricos e epidemiológicos do Dengue....................................... 24 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................ 29 3.1. Delineamento da pesquisa............................................................................ 29 3.2. Local de estudo............................................................................................. 30 3.3. Análise dos dados......................................................................................... 32 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................... 35 4.1. Ocorrência anual do dengue e variáveis sociais........................................... 35 4.2. Ocorrência do agravo por mês...................................................................... 46 4.3. Correlação entre variáveis climáticas e a ocorrência mensal do dengue..... 49 4.4. Saneamento básico....................................................................................... 50 5. CONCLUSÕES................................................................................................ 52 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 56 APÊNCDICES.................................................................................................. 60 ANEXOS.......................................................................................................... 71 1. INTRODUÇÃO Os seres vivos se encontram em um meio condicionante de sua evolução, que é particularizada pelo patrimônio hereditário específico de cada espécie. Quando há mudança no meio, o organismo reage e, no intervalo permitido pelo patrimônio hereditário, readapta-se à nova realidade vigente. Por sua vez, essas transformações são, também, uma força impactante no meio coletivo, construindo um sistema complexo e cíclico que impele a reordenações seletivas. Os vínculos entre desenvolvimento, condições ambientais e saúde são muito estreitos e decorre, principalmente, da forma como são realizadas as intervenções humanas no ambiente. Dentre as ações de maiores potencialidades de impactos, estão as capazes de gerar o meio ambiente artificial, ou seja, gerar mudanças nos bens ambientais. Pode-se conceber o meio ambiente como o conjunto de forças e condições que envolvem e influenciam os seres e as coisas em geral. Como exemplo de fatores constituintes deste meio tem-se a água, o clima, o solo, a iluminação, a pressão, o teor de oxigênio, os seres vivos, modo de vida em sociedade e, especificamente para o ser humano, a educação, a companhia, a saúde, dentre outros. Para Pignatti (2004), na trilogia ecológica da medicina homem-agente-meio, o meio ambiente refere-se a uma combinação homogênea dos fatores físico-químicos, biológicos e sociais, caracterizado pelo entorno. Ampliando esta concepção, o Ministério do Meio Ambiente considera como o conjunto de condições, leis, influências, alterações e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (art. 3º, I, da Lei 6.938, de 14 31.8.81); sendo dividido em meio ambiente físico ou natural, cultural, artificial e do trabalho. Seguindo a mesma amplitude de abordagem, o Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA (2009) considera impacto ambiental como qualquer alteração nas propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia, decorrentes das atividades humanas, que direta ou indiretamente prejudiquem: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biodiversidade; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos naturais. Desde os primórdios da civilização é observada uma estreita relação entre saúde e meio ambiente. Nas discussões sobre o desenvolvimento social predominam duas correntes do pensamento, uma que procura ajustar o processo aos interesses econômicos e sociais imediatistas e outra em que predomina a visão de sustentabilidade duradoura. No que pese a existência deste debate, o setor saúde precisa ampliar os espaços de discussão e participar mais ativamente da discussão sobre desenvolvimento sustentável. Debate esse que, em nível mundial, teve início no final dos anos 60, na reunião do chamado Clube de Roma, e prosseguiu com inúmeros outros encontros ao longo do tempo, tendo sua maior referência na reunião mundial acontecida em 1992 no Rio de Janeiro: Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92). Neste encontro ficou estabelecida a “Agenda 21”, que definiu as normas gerais para o desenvolvimento social e econômico no século 21. Hall (2001, p. 20), citando Brundtland, define desenvolvimento sustentável como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às próprias necessidades”. Afirma ainda que o relatório da Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecido como Relatório Brundtland, identifica cinco princípios básicos para que se alcance a sustentabilidade: o conceito do planejamento holístico e a criação de estratégias; a importância de preservar processos ecológicos essenciais; a necessidade de proteger o patrimônio humano e a biodiversidade; a necessidade de buscar um tipo de desenvolvimento que permita à produtividade ser sustentada no 15 longo prazo para as gerações futuras; e a meta de atingir um melhor equilíbrio de justiça e oportunidades entre as nações. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA (2003) divulga como classificação para os problemas ambientais a divisão segundo “Agendas”. Define na “Agenda Verde” os aspectos referentes à preservação de florestas e biodiversidade; na “Agenda Azul” aqueles referentes à gestão de recursos hídricos; e na “Agenda Marrom” os pertinentes às questões ambientais relacionadas à urbanização, à industrialização, ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social, tais como a poluição do ar, da água e do solo, a coleta e reciclagem de lixo, o ordenamento urbano, a segurança química, dentre outros. Ainda segundo este Instituto, a reunião da Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, denominada Rio+10, como mecanismo para tentar amenizar as disputas entre os países desenvolvidos e os chamados em desenvolvimento, definiu dois níveis de enfoques e tolerância para as políticas públicas de desenvolvimento: países mais ricos, sem grandes problemas sociais ou econômicos e já tendo se desenvolvido com base em um modelo poluidor, priorizam a Agenda Verde; países em desenvolvimento, priorizando elevar os padrões sociais, concentram-se na Agenda Marrom. A questão ambiental tem adquirido uma importância maior devido a fatores globais, no entanto, os problemas locais têm impactado significativamente a saúde humana. É na forma da organização socioeconômica e ambiental que as doenças encontram espaço para ora emergirem, ora ganharem novas faces. (PIGNATTI, 2004). Historicamente, a forma de organização socioambiental e econômica tem determinado uma crescente modificação do meio ambiente e isto, tem contribuído para muitas doenças e agravos encontrarem força para surgirem ou (re) emergirem, sobretudo aquelas em que as condições ambientais podem ser os fatores determinantes para sua (re)produção, como é o caso do dengue. 16 1.1. Justificativa O Brasil protagoniza o cenário mundial, dos mais de três milhões de casos de dengue notificados à Organização Mundial de Saúde – OMS no período de 2000 a 2005. Segundo Morato e Silva (2008), cerca de 60% das notificações foram oriundas deste país. Vale ressaltar que esse não é um problema recente. Desde o século XIX o agravo vem ocorrendo de forma continuada, intercalada com períodos epidêmicos, sobretudo nos grandes centros urbanos das Regiões Sudeste e Nordeste. Apesar destas regiões serem responsáveis pela maior parte das notificações, a doença está presente em todos os estados da Federação, apenas o Estado de Santa Catarina nunca teve transmissão autóctone de dengue (BRASIL, 2009). O Brasil enfrenta constante risco de surtos e epidemias por apresentar condições urbanas ideais de reprodução e proliferação do Aedes aegypti e pela ineficácia das políticas públicas estabelecidas para o controle (TAUIL, 2011). No Estado da Bahia, o município de Itabuna se caracteriza como município prioritário para o Programa Estadual de Controle da Dengue, por possuir registro de transmissão epidêmica da Dengue nos anos de 2002, 2003, 2005, 2008 e 2009, e por apresentar alto Índice de Infestação Predial (IIP) do vetor e de transmissão da doença na sua forma mais grave. Itabuna vem tendo ao longo dos últimos cinco anos, um dos maiores IIP do Brasil, sendo considerado um município de alto risco para adoecimento, surtos, epidemias e óbitos por dengue no país. O período de 2001 a 2010 registrou 29.776 notificações, sendo o biênio 2008/2009 responsável por 17.302 destas notificações, com 09 óbitos, apresentando aumento expressivo das formas graves. Apesar dos esforços que vem sendo empreendidos para o controle desta arbovirose, as epidemias de grande magnitude e sua expansão geográfica continuam em curso. As intervenções sobre o problema transcendem o setor saúde que, isoladamente, não tem como resolver a complexidade dos fatores que favorecem a proliferação do vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti. Dentre as causas de proliferação, que simultaneamente caracterizam-se como óbice ao controle, tem-se o intenso trânsito de pessoas e a rápida 17 urbanização, associados a déficits nas estruturas de saneamento básico e ao acúmulo de lixo. Embalagens plásticas, pneus inservíveis e diversos resíduos urbanos expostos no meio ambiente, mal acondicionados, não tratados convenientemente ou não recolhidos, permanecem por tempo suficiente para funcionar como criadouro para todo o ciclo de reprodução do mosquito. Contribuindo com este processo, a elevada circulação e concentração demográfica com acelerado e desordenado crescimento urbano tem gerado desdobramentos nocivos ao meio e consequentemente ao seres que nele vivem de forma incompatível com a visão de desenvolvimento sustentável. A indissociabilidade desta relação caracteriza a interdependência das questões de saúde e de qualidade de vida da população com o meio e a estabilidade deste com as ações humanas, tornando, desta forma, o ser humano agente indutor e receptor dos problemas ambientais. O Brasil é cada vez mais um país urbano. Nossas cidades cresceram em número e tamanho de uma maneira avassaladora nas últimas décadas. Passou de rural a urbano com mais de 80% da população vivendo em médios e grandes centros urbanos (THE LANCET, 2011). Alguns aspectos dessa urbanização influenciam na qualidade de vida, tais como saneamento, qualidade ambiental e adoecimentos. (MEIO AMBIENTE BRASIL, 2004) Nessa direção, o município de Itabuna tem como característica ser um pólo regional de confluência de pessoas da região para o comércio, serviços de saúde, universidade, faculdades, entre outros serviços. Com o desenvolvimento dos últimos anos, obteve um crescimento rápido e desordenado, sem planejamento urbano, com o processo de favelização caracterizada por condições precárias de urbanização, irregularidade de abastecimento de água e da coleta de lixo. Fatores estes, que são considerados, pelo Programa Nacional de Controle da Dengue, como determinantes para a manutenção de criadouros ideais para a fêmea do mosquito vetor colocar seus ovos. (BRASIL, 2009b) Fica evidente a necessidade do desenvolvimento de ações e instituição de políticas intersetoriais que venham contemplar as necessidades e problemas que impactam no processo saúde e doença, principalmente, considerando o conceito ampliado de saúde descrito na VIII Conferência Nacional de Saúde (1986), que a define como “resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, 18 meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde”1 (BRASIL, 1990). A Constituição Federal Brasileira dispõe que: a “saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (BRASIL, 1988. Art. 196) Observa-se que as condições sociais e ambientais são determinantes para o estado de saúde da população e, sobretudo, para o grande crescimento do número de casos de dengue. Assim sendo, será insuficiente estudar e intervir apenas em aspectos clínicos da doença, mantendo o modelo biomédico, que privilegia a intervenção na doença instalada. É necessário então, debruçar-se cada vez mais nos fatores que tem uma relação importante na permanência do vetor no nosso meio e na ocorrência da doença. E nesse caso, o meio ambiente tem um papel fundamental na prevenção e controle da dengue, quer seja em nível municipal, estadual, nacional e internacional. Apesar dos avanços tecnológicos, sobretudo na assistência ao indivíduo acometido pela doença, da forte e sistemática divulgação dos fatores que contribuem para a recorrência da doença e para a manutenção dos altos índices de infestação predial no nosso meio, em Itabuna, desconhece-se a singularidade dos fatores socioambientais que tem contribuído e determinado a manutenção da grave situação no município. Desta forma, este estudo permitirá o conhecimento e a análise de variáveis sociais e ambientais que contribuíram para a infecção pelo vírus do dengue na área urbana do município de Itabuna no período de 2001 a 2010. Assim, mais que o cumprimento de uma etapa acadêmica, espera-se, que o resultado deste estudo subsidie o planejamento e a implementação de ações transversais e interdisciplinares para enfrentamento efetivo da dengue no município, contribuindo para a redução da mortalidade advinda da doença, a melhoria do nível de qualidade de vida no município e para um desenvolvimento regional sustentável. Acima de qualquer outro aspecto, estes três contributos compõem a justificativa e a importância diferenciada desta pesquisa. 1 Art 3º da Lei Orgânica da Saúde (Leio 8.080/90). 19 1.2. Problema de pesquisa e hipótese Refletir acerca da ocorrência de dengue, durante os últimos dez anos, na área urbana do município de Itabuna instigou a investigação sobre qual a relação existente entre a ocorrência deste agravo e os fatores socioambientais? A presente questão teve outras subjacentes, a saber: onde se localizam estes casos? Sua ocorrência tem relação com as variações climáticas? Existe uma correlação entre proporção de saneamento básico e os coeficientes de incidência? Tendo por base estes questionamentos, foi definido como hipótese para o presente estudo a seguinte assertiva: admite-se que no município de Itabuna (BA), fatores sociais e ambientais estavam relacionados com a ocorrência de dengue no período de 2001 a 2010. 1.3. Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral Analisar a ocorrência de dengue e os fatores socioambientais da área urbana do município de Itabuna (BA), no período de 2001 a 2010. 1.3.2 Objetivos Específicos Descrever a ocorrência de dengue por ano segundo variáveis sociais; Identificar a ocorrência do agravo por mês; Correlacionar variáveis climáticas com a ocorrência mensal de dengue. Correlacionar a proporção de saneamento básico com os coeficientes de incidência da doença. 20 2. 2.1. REVISÃO DE LITERATURA Do agente etiológico ao vetor de transmissão do dengue O dengue é considerado como um desafio e grave problema de Saúde Pública no mundo, sendo a principal doença (re)emergente da atualidade, a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, com circulação do vírus nos cinco continentes, com transmissão fundamentalmente urbana e com grande potencial para o desenvolvimento de formas graves e letais. Segundo Flauzino et al (2009a), cerca de 2,5 bilhões de pessoas encontram-se em risco de infecção, particularmente em países tropicais, onde a umidade e a temperatura favorecem a proliferação do mosquito vetor. O agente etiológico, um vírus ácido ribonucléico (RNA), é classificado como um arbovírus, pertence ao gênero Flavivírus da família Flaviviridae. Atualmente, os vírus da dengue são os arbovírus mais difundidos geograficamente (SOUZA, 2008). Para a OMS, arbovírus são vírus mantidos na natureza através da transmissão biológica entre hospedeiros vertebrados suscetíveis, por artrópodos hematófagos. Atualmente são reconhecidos quatro sorotipos do vírus, classificados como: DENV1, DENV2, DENV3 E DENV4 (UJVARI, 2011). Inicialmente o vírus restringia-se aos macacos habitantes da península da Malásia, onde se originaram por mutações e permaneceram circulando entre mosquitos e primatas, segundo achados de microrganismos semelhantes em macacos da região (WANG, 2000). Com o desenvolvimento da urbanização, 21 grandes áreas foram desmatadas para a agricultura e habitação, produzindo desequilíbrio no ecossistema e invasão do habitat natural do vírus. Para Ujvari (2011), ao invadir o habitat dos primatas, o homem também invadiu o habitat dos vírus. Essa proximidade fez com que os mosquitos que se alimentavam através dos macacos, utilizassem também o ser humano como fonte de alimentos, assim, os vírus precursores do dengue se transferiram para humanos e abandonaram os primatas, surgindo uma arbovirose no Sudeste Asiático. As arboviroses são doenças virais transmitidas ao homem através de animais invertebrados do filo Arthropoda. Para o dengue, o principal mosquito vetor pertence à classe Insecta, da ordem Diptera, subordem Nematocera, família Culicidae, subfamília Culicinae, tribo Aedini, gênero Aedes, subgênero Stegomyia, e espécies aegypti e albopictus (SUCEN, 1997). O Aedes aegypti foi quem melhor se adaptou às áreas urbanas, vivendo preferencialmente no domicílio ou no seu entorno, por encontrar melhores condições para sua reprodução, uma vez que necessitam de alimentação sanguínea para amadurecimento do folículo ovariano e de reservatórios de água para sua ovoposição. Água limpa e parada funciona como criadouro ideal para o desenvolvimento do ciclo de vida do vetor, no entanto, existe também viabilidade para diferentes condições de temperatura, densidade e qualidade da água, inclusive em águas poluídas conforme descrito por Fernandes (2006). FIGURA 1: Ciclo de vida do Aedes aegipty. Fonte: www.dengue.org.br. 22 Este vetor está entre as espécies de mosquito que passa mais rapidamente pela fase imatura, apresenta duas fases no seu ciclo de vida, a primeira é a aquática, que inclui três estádios de desenvolvimento, o ovo, a larva (quatro estádios larvais) e a pupa; a segunda fase é a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto. A duração do ciclo de vida a partir da oviposição até a fase adulta é de aproximadamente 10 dias, em condições favoráveis, principalmente, de temperatura e alimentação (SUCEN, 1997). A transmissão se dá pela picada dos mosquitos vetores, no ciclo ser humano - Aedes aegypti - ser humano. A fêmea do mosquito é quem pica os humanos para obter sangue para amadurecimento do folículo ovariano e então, colocar seus ovos em qualquer superfície úmida. Assim, o mosquito vetor assume relevância desde o seu ciclo de reprodução, que se inicia nos criadouros caracterizados por quaisquer recipientes capazes de acumular água parada. FIGURA 2: O vetor de transmissão. Fonte: Laboratório Raikhel/UC-Riverside. A doença, portanto, ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti (BRASIL, 2006). 23 2.2. Aspectos clínicos da doença O Ministério da Saúde (BRASIL, 2006) descreve o dengue como uma doença febril, que pode ser de curso benigno ou grave. Dependendo de suas manifestações recebe a seguinte tipologia: infecção inaparente, dengue clássico (DC), febre hemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome do choque do dengue (SCD). No Dengue Clássico a primeira manifestação é a febre alta, de início abrupto, seguida de um ou mais dos seguintes sintomas: cefaléia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo. A hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento da febre (BRASIL, 2009). Alguns destes aspectos clínicos são mais freqüentes em determinadas idades. No caso da dor abdominal generalizada tem sido observada mais freqüentemente entre crianças e as manifestações hemorrágicas como petéquias, epistaxe, gengivorragia e metrorragia têm sido relatadas mais freqüentemente entre adultos, ao fim do período febril. A doença tem duração de cinco a sete dias, mas o período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física, e prolongar-se por várias semanas. No tocante à FHD os sintomas iniciais são semelhantes aos do DC, porém, há um agravamento do quadro no terceiro ou quarto dia de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório. A fragilidade capilar é evidenciada pela positividade da prova do laço2 que é uma manifestação hemorrágica induzida ou por manifestações hemorrágicas espontâneas que incluem petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia, hemorragia em diversos órgãos (gastrintestinal, intracraniana) e nos de punção venosa. Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o 3º e 7º dia de doença, geralmente precedido por dor abdominal. O choque é decorrente do aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência circulatória. É de curta duração e pode levar a óbito em doze a vinte e quatro horas ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada. Caracteriza-se por 2 Refere-se a obtenção por meio do esfignomanômetro, o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima do paciente, mantendo-se essa pressão por 5 minutos (no adulto) e 3 minutos (na criança); quando positiva, aparecem petéquias sob o aparelho ou abaixo do mesmo. Se o número de petéquias for de 20 ou mais (em adultos) e 10 ou mais (em crianças), em um quadrado com 2,5cm de lado, a prova é considerada positiva (BRASIL, 2006). 24 pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso e arterial, extremidades frias, pele pegajosa e agitação. Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade (BRASIL, 2006). A Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2009), definiu um critério de classificação das formas de FHD, em quatro categorias, de acordo com o grau de gravidade: Grau I – febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a única manifestação hemorrágica é a prova do laço positiva; Grau II – além das manifestações constantes do Grau I, somam-se hemorragias espontâneas como sangramentos de pele, petéquias, epistaxe, gengivorragia e outras; Grau III – colapso circulatório com pulso fraco e rápido, diminuição da pressão arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação; Grau IV – choque profundo, com pressão arterial e pulso imperceptíveis (síndrome do choque do dengue). 2.3 Aspectos históricos e epidemiológicos do dengue O termo Dengue tem origem da expressão Zanzibar: Ki Denga Pepo que significa ataque repentino por um espírito mau (GUBLER, 1997). Na Espanha foi denominada Dengue em torno de 1800, nas Antilhas de Dinga em 1827 e no Caribe de Dyenga em 1828. Souza (2008) sugere as primeiras associações da ocorrência da doença com fatores relacionados à água e vetores: “Os primeiros relatos sugerindo a doença foram documentados na enciclopédia chinesa publicada durante a dinastia Chinesa (265 a 420 d.C) [...] A doença foi chamada de veneno da água pelos chineses, que entenderam que o quadro, de algum modo, estava correlacionado com insetos voadores e água.” (SOUZA, 2008. p. 2). O Aedes aegypti tem origem na Região Nordeste da África, de onde se espalhou para a Ásia e Américas, principalmente através do tráfego marítimo. A 25 presença do vetor em grande quantidade e a proximidade ao homem permitiu que começassem a circular com maior rapidez os quatro sorotipos do dengue. Existem relatos, conforme Souza (2008), que a partir do século VIII começaram a surgir episódios importantes de infecção pela dengue, como em Jacarta em 1779; Calcutá, 1824; Índia, 1909 e Taiwan, 1916. A re-introdução do vetor pode estar associada à Segunda Guerra Mundial de 1939 a 1945, período em que houve um aumento da densidade da infestação do mosquito no Sudeste da Ásia em função do cenário pós-guerra, com equipamentos abandonados no campo de batalha caracterizando a criação de criadouros artificiais, o deslocamento de grandes contingentes de refugiados, destruição de sistemas de abastecimento de água, destruição de cidades, urbanização desordenada e mudanças de ecossistemas (TAUIL, 2011). O dengue passou a ser uma infecção de natureza epidêmica, com acometimentos sucessivos em largos segmentos populacionais, surgindo assim, novas formas clínicas mais graves como a FHD e a SCD, inicialmente descritas no continente asiático, em Manila, Filipinas onde ocorreu a primeira epidemia de dengue do tipo hemorrágico em 1953 e 1954 (HALSTEAD, 1980). Posteriormente, ainda na década de 50, formas mais graves foram descritas em todos os países do Sudeste Asiático e mantém, ao longo dos anos, elevado número de casos com acometimento em crianças e alta taxa de letalidade (HOLMES, 2003). A África possui poucos registros da ocorrência da doença em períodos remotos, o único relato anterior ao ano de 1980 foi, segundo Souza (2008) uma epidemia em Durban na África do Sul em 1927/1928. Posteriormente, observam-se registros de epidemias em Angola e Senegal, 1986 e 1990; Ilhas Seychelles, 1977; Quênia, 1982; Moçambique e Sudão, 1985; Somália, 1982 e 1993 e Arábia Saudita em 1994, ressalta-se que as formas FHD e Síndrome do Choque do Dengue (SCD) não estão registradas na África como epidêmicas. Na Europa, surgiu no Mediterrâneo a partir de uma grave epidemia em 1927 e 1928 ocorrida na Grécia com o desenvolvimento de casos graves. Nas Américas, o comércio de escravos foi o fator preponderante para a sua expansão, instalando-se em cidades com precárias condições de saneamento, iniciando a transmissão de febre amarela e dengue. Ao longo dos anos, nos séculos XIX e XX, sucessivos surtos e epidemias foram assinalados, em especial no Caribe 26 e EUA. Após 1930, as epidemias no Caribe tornaram-se raras e, de 1946 a 1963, elas cessaram com as medidas de controle do vetor (SOUZA, 2008). Até 1970, com o Programa Continental de Erradicação do Aedes aegypti, o vetor praticamente desapareceu do continente americano com exceção apenas da Venezuela, EUA, Guianas e algumas áreas do Caribe. O dengue deixou de ser um problema de Saúde Pública, assim o Programa de Erradicação foi suspenso e paulatinamente, o mosquito foi reintroduzido a partir das áreas onde não havia sido erradicado (SOUZA, 2008). Em 1981, Cuba foi afetada por uma epidemia de grande relevância para a história do dengue nas Américas. Causada pelo sorotipo DENV2, foi o primeiro o primeiro registro de febre hemorrágica do dengue fora do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental (Ministério da Saúde, 2010). A doença se expandiu acompanhando a nova expansão geográfica do vetor. Até 1975, os sorotipos que circulavam nas Américas eram o DENV2 e o DENV3, apesar do DENV1 ter circulado na década de 1940. O DENV3 foi o responsável pelas primeiras epidemias em 1963 na Jamaica e em Porto Rico e o DENV2 em 1969 e 1970 nas Ilhas do Caribe a partir das áreas não erradicadas. Durante 1950 e 1980, o DENV2 circulou de forma contínua no continente e, atualmente, os quatro sorotipos circulam nas Américas (BRASIL, 2009). FIGURA 3: Distribuição do Aedes Aegipty no mundo. Fonte: OPAS/OMS, 2003. 27 No Brasil, chegou no século XVIII com os navios negreiros em função da grande resistência dos ovos deste artrópode que, sem estar em contato com água, podem permanecer viáveis por, aproximadamente, um ou dois ano. Há referências de epidemias desde o século XIX. Há relatos em São Paulo no ano de 1916 e em Niterói, no Rio de Janeiro, no entanto, estas epidemias não possuem registro laboratorial. A primeira epidemia, com registro clínico e laboratorial foi no biênio de 1981/1982, em Boa Vista/Roraima, causada pelos sorotipos DENV1 e DENV4. Em 1986, ocorreram epidemias no Rio de Janeiro e algumas capitais do Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, comumente associadas à introdução de novos sorotipos em áreas anteriores indenes. Na epidemia de 1986, identificou-se a ocorrência da circulação do sorotipo DENV1, a princípio no estado do Rio de Janeiro, disseminando-se, a seguir, para outros seis estados até 1990, ano em que no Rio de Janeiro foi identificada a circulação do DENV2 (BRASIL, 2009). Na década de 1990, a incidência sofreu um forte aumento, refletindo a dispersão do Aedes aegypti no território nacional. A presença do vetor associada à mobilidade da população levou à disseminação dos sorotipos 1 e 2 para 20 dos 27 estados do país. Entre os anos 1990 e 2000, várias epidemias foram registradas, sobretudo, nos grandes centros urbanos das Regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, responsáveis pela maior parte dos casos notificados. As Regiões Centro-Oeste e Norte mais tardiamente, pois as epidemias de dengue só foram registradas a partir da segunda metade dos anos de 1990 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010). 28 FIGURA 4: Mapa de risco de ocorrência do dengue no Brasil. Fonte: Ministério da Saúde, 2011. A circulação do DENV3, pela primeira vez, em dezembro de 2000, também no estado do Rio de Janeiro e, posteriormente, no Estado de Roraima em novembro de 2001. A epidemia de 2002 iniciou com rápida dispersão do DENV3 para outros estados. No primeiro semestre de 2004, 23 dos 27 estados do país já apresentavam a circulação simultânea dos sorotipos DENV1, DENV2 e DENV3 (BRASIL, 2009). Na Bahia, o monitoramento dos sorotipos virais no ano de 2011 demonstrou a predominância do DENV1, que foi identificado em 49 municípios, dentre eles, Ilhéus e Itabuna. O DENV2 foi identificado no município de Itabuna e em mais 12 municípios e o DENV3 foi isolado apenas no município de Boquira até o mês de junho. O DENV4 foi introduzido na Bahia em março de 2011 no município de Salvador e foi também identificado nos municípios de Dias D’Ávila, Feira de Santana e Wanderley. (SESAB, 2011). No município de Itabuna (BA), o primeiro sorotipo registrado foi o DENV2 em 1995, o DENV1 foi isolado pela primeira vez no ano de 1997 e o DENV3 circulou a partir de 2002. Atualmente predomina a circulação do DENV1 com a presença também do DENV2. Um padrão sazonal tem sido observado em todo o país. As maiores incidências coincidem com o verão em função da maior ocorrência de chuvas e aumento da temperatura nessa estação. É mais comum nos núcleos urbanos, onde há uma maior quantidade de criadouros naturais ou resultantes da ação do ser humano. No entanto, a doença pode ocorrer em qualquer localidade desde que exista a população humana suscetível, presença do vetor e circulação do vírus. 29 3. 3.1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Delineamento da pesquisa Sendo a metodologia epidemiológica uma variante da metodologia científica, o caminho adotado a ser percorrido foi um estudo epidemiológico observacional, exploratório, de série temporal do tipo ecológico. O estudo ecológico ou de agregado se centra mais na comparação de grupos, do que de indivíduos (MORGENSTERN, 1998) em uma área geográfica específica. Tem como principais objetivos a identificação de regiões sob risco em relação à média global do processo estudado e a busca de fatores potencialmente explicativos dos diferenciais de ocorrência encontrados, seja no campo da análise exploratória, mapeando doenças ou buscando modelos explicativos, identificando diferenciais de risco e apontando medidas preventivas. (CARVALHO, 2005) A escolha deste estudo justifica-se por abordar áreas geográficas bem delimitadas, analisando comparativamente variáveis, quase sempre por meio de correlação entre indicadores de condições de vida, ambientais e indicadores de saúde. Tem como vantagem facilidade de execução, baixo custo relativo, simplicidade analítica e capacidade de gerar hipóteses (ROUQUAYROL, 2003). Sua principal limitação refere-se a não poder provar conclusivamente causalidade e à associação que faz entre o fator de exposição e o evento, que pode não estar ocorrendo no nível do indivíduo, uma vez que tem como unidade de análise a população, ou seja, o agregado. 30 A unidade de análise representa o nível comum através do qual os dados de todas as variáveis são reduzidas e analisadas, representada neste estudo pela ocorrência dos casos de dengue na população. Ao tempo em que teve como unidade agregada de observação o município de Itabuna. Assim sendo, foi realizado um estudo ecológico abrangendo a população residente em Itabuna, Bahia. O universo amostral do estudo foi representado pelos casos de dengue notificados e residentes no município de Itabuna. Os dados coletados foram obtidos em fontes secundárias, a saber: o Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN, Sistema de Informação da Atenção Básica SIAB, Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue - SISFAD, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira - CEPLAC. O período estudado foi de janeiro de 2001 a dezembro de 2010. O projeto de pesquisa não foi encaminhado para submissão do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC em virtude da natureza do próprio estudo que não envolve seres humanos e por ter como base de dados fontes secundárias. 3.2. Local de estudo O estudo foi realizado no município de Itabuna (BA). Segundo o Plano Diretor de Regionalização da Bahia (PDR) – 2007, Itabuna encontra-se situado na Macrorregião Sul, na Microrregião de Itabuna e integra os 21 municípios da 7ª Diretoria Regional de Saúde. 31 FIGURA 5: Mapa de localização de Itabuna. Fonte: IBGE, 2009. Em relação ao Território Identidade, compõe o Território Litoral Sul. A sede do município está situada na Latitude Sul 14°48’ e Longitude Oeste 39°18’ e dista, por rodovia, 429 km de Salvador, capital do Estado da Bahia. O clima da região é quente e úmido, com temperatura média anual de 25°C, a umidade relativa do ar é de 88,5% e a pluviosidade média anual alcança 1.393mm com período de maior precipitação pluviométrica entre abril e junho. Em relação à vegetação, o município tem quase sua totalidade coberta pela Mata Hidrófila Sul Baiana, a Mata Atlântica Sul Baiana (ITABUNA, 2010). Limita-se, ao norte, com os municípios de Barro Preto e Itajuípe; ao sul, com Jussari e Buerarema; a leste, com Ilhéus e a oeste, com Itapé e Ibicaraí. Possui área de unidade territorial de 432 km2, uma população total de 204.667 habitantes e densidade demográfica de 473 habitantes por km2. (IBGE, 2011). O município possui quarenta e quatro bairros, cinquenta e sete loteamentos e dois distritos. 32 3.3. Análise dos dados Os dados receberam tratamento estatístico na perspectiva de responder aos objetivos específicos, estabelecendo um estudo espacial e estudo de análise de correlação. O Excel foi o programa escolhido para elaboração dos gráficos e tabelas. O software utilizado foi o Statistical Package for Social Science - SPSS na versão 6.1 para Windows. As variáveis selecionadas como dependentes foram: coeficiente de incidência de dengue e notificação (anual e mensal) da doença; as variáveis independentes foram: bairro de notificação, sexo, faixa etária, escolaridade, temperatura, precipitação e saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Considerando o primeiro objetivo específico, para descrever a ocorrência de dengue no município, foram coletados dados de notificações no SINAN e calculado o coeficiente de incidência (CI) anual do agravo através da seguinte forma: Nº de casos confirmados de dengue na população residente na área e no ano considerado CI = _____________________________________________ x 100.000 População residente exposta ao risco nesse período, nessa área e nesse ano Como medida epidemiológica, o coeficiente de incidência mede o risco epidemiológico, definido como a probabilidade de ocorrência de um determinado evento relacionado à saúde, estimado a partir do que ocorreu no passado recente (CARMO LUIZ E COHN, 2006). Para a descrição segundo variáveis sociais, foram identificadas as ocorrências de dengue de acordo com o bairro, sexo (masculino e feminino), faixa etária (menor de 1 ano; 1 a 4; 5 a 9; 10 a 14; 15 a 19; 20 a 29; 30 a 39; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69; 70 a 79; 80 anos e mais) e escolaridade (ignorado ou em branco; nenhum ano de estudo; de 1 a 3 anos de estudo, de 4 a 7 anos de estudo; de 8 a 11 anos de estudo; de 12 a mais anos de estudo; e não se aplica, para aqueles que não 33 estão em idade escolar). A análise da notificação por bairro foi estabelecida em estudo espacial com aplicação de um SIG e elaboração de três mapas temáticos, considerando os vinte bairros mais atingidos nos anos com registros epidêmicos: 2002/2003, 2005 e 2009. O biênio epidêmico 2008/2009 recebeu estudo espacial apenas para o ano de 2009 em função de não haver registro nos Sistemas de Informação de Saúde quanto à especificação do bairro de ocorrência para o ano de 2008. O georreferencimento foi feito através do Programa ArcGis, utilizando a base cartográfica de Itabuna. Os SIG podem ser utilizados como ferramenta de apoio à vigilância e monitoramento da Saúde Pública, contribuindo para o planejamento de ações de prevenção e controle das doenças (MEDRONHO, 1993). A distribuição por sexo, idade, escolaridade e a ocorrência do agravo por mês foi descrita com base em dados obtidos no SINAN e realizada análise a partir de gráficos elaborados no programa Excel e Statistica. As variáveis climáticas, precipitação e temperatura média mensal, foram obtidas da Estação Meteorológica do Centro de Pesquisas da CEPLAC. A descrição da associação entre a ocorrência mensal de dengue e variáveis climáticas como media mensal da temperatura em grau Celsius e precipitação total mensal (mm), foi construída a partir da matriz de correlação de Pearson com grau de significância de 5% com p valor igual ou menor que 0,05. O coeficiente de correlação Pearson (r) varia de -1 a 1, o sinal indica direção positiva ou negativa do relacionamento e o valor sugere a força da relação entre as variáveis. Uma correlação perfeita (-1 ou 1) indica que o escore de uma variável pode ser determinado exatamente ao se saber o escore da outra. No outro oposto, uma correlação de valor zero indica que não há relação linear entre as variáveis (FIGUEREDO FILHO; SILVA JÚNIOR, 2009). Os dados relacionados ao saneamento básico não representam a totalidade do município de Itabuna, em função da indisponibilidade de informações no IBGE, DATASUS, SEI e EMASA para o período estudado (os dados disponíveis datam até o ano de 2000). Foi observado que em outras pesquisas, estudos e o próprio anuário estatístico do município, utilizaram o Sistema de Informação da Atenção Básica, o SIAB como fonte para coleta de dados relativos ao saneamento a partir de 2001. O SIAB corresponde às informações sobre áreas onde existem serviços de Atenção Primária em Saúde do SUS ofertados à população. Para o município de Itabuna, a cobertura destes serviços não atinge a totalidade da população. No ano 34 de 2001 apenas 50% da população do município tinha cobertura dos serviços de Atenção Primária em Saúde e sucessivamente, 72%, 79%, 79%, 79%, 67%, 70%, 64%, 64% e 70% nos anos de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010. Assim, não foi realizada a correlação entre saneamento básico e o coeficiente de incidência de dengue a partir dos dados coletados. Optou-se por apresentar, apenas, a descrição da situação encontrada. 35 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1. Ocorrência anual do dengue e variáveis sociais Para a descrição da ocorrência do dengue, inicialmente, foi calculado o coeficiente de incidência anual do agravo. O Ministério da Saúde através da Secretaria de Vigilância à Saúde considera municípios com risco muito alto para a infecção por dengue, aqueles em que a incidência seja igual ou maior que 100 casos confirmados para cada 100.000 habitantes. O município de Itabuna alcançou nos anos de 2002, 2003, 2008 e 2009, incidência por 100.000 habitantes de 381, 1.868, 818 e 4.648 respectivamente, confirmando a forte epidemia sofrida neste período. O ano de 2005 obteve incidência de 76/100.000, ano em que foi declarado surto epidêmico considerando o risco epidemiológico. O ano de 2010, embora tenha tido uma melhora expressiva quando comparado com o ano epidêmico anterior, também apresentou uma alta incidência atingindo uma relação de 282 casos confirmados para cada 100.000 habitantes (Tabela 1). Portanto, considerando o coeficiente de incidência, o risco de infecção por dengue para a população de Itabuna é alto; soma-se a esse risco a análise do Índice de Infestação Predial - IIP. 36 Tabela 1: Número de casos confirmados e coeficiente de incidência de dengue do município de Itabuna - Bahia no período de 2001 a 2010. ANO CASOS CONFIRMADOS POPULAÇÃO COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA (100.000 habitantes) 95 2001 188 197.830 2002 758 199.074 381 2003 3740 200.186 1868 2004 4 201.296 2 2005 156 203.815 76 2006 6 205.099 3 2007 23 206.336 11 2008 1737 212.245 818 2009 9931 213.654 4648 2010 577 204.667 282 Fonte: SINAN/SMS, 2011. O IIP global não demonstra a heterogeneidade da distribuição deste índice nos diversos bairros. Os IIP global fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde/Vigilância Epidemiológica demonstram (Tabela 2) valores excessivamente altos uma vez que o Ministério da Saúde preconiza que o valor satisfatório seja menor que 1%; estando em estado de alerta entre 1,0 e 3,9% e situação de risco os municípios que apresentarem IIP maior de 4,0%. 37 Tabela 2: Índice de Infestação Predial anual do Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010. ANO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO PREDIAL 2001 Não disponível 2002 Não disponível 2003 Não disponível 2004 Não disponível 2005 Não disponível 2006 10,67 2007 16,7 2008 16,9 2009 11,0 2010 19,6 Fonte: SISFAD/SMS, 2011. O levantamento e acompanhamento do IIP é um fator que pode prever a ocorrência de epidemias, surtos e acometimentos, uma vez que o IIP permite, a partir da pesquisa larvária, conhecer o grau de infestação, dispersão e densidade do Aedes nas localidades. O índice de Infestação Predial é calculado através da divisão do número de imóveis positivos dividido pelo n° de imóveis trabalhados vezes 100. (imóveis positivos / imóveis trabalhados x 100). O município de Itabuna apresentou no ano de 2006, o IIP de 10,67% como o menor valor já mensurado. Para os anos de 2007 e 2008 o IIP foi de 16,7 e 16,9 respectivamente, o ano de 2009 sofreu uma queda para 11% e em 2010 houve um brusco aumento para 19,6%. Considerando que o IIP é preditivo para a ocorrência de dengue, os dados de comparação do coeficiente de incidência com os IIP sugerem incoerência. 38 Tabela 3: Coeficiente de incidência de dengue e Índice de Infestação Predial anual no período de 2006 a 2010, no Município de Itabuna-Bahia ANO IIP (%) COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA (100.000 habitantes) 2006 10,67 3 2007 16,7 11 2008 16,9 818 2009 11,0 4648 2010 19,6 282 Fonte: SINAN/SISFAD/SMS, 2011. A Tabela 3 apresenta o IIP e o coeficiente de incidência de dengue, onde observa-se que em 2006, com o índice de 10,67%, a incidência foi de 3 casos confirmados para cada 100.000 habitantes. No ano de 2007 houve um incremento de 6% com o IIP de 16,7% e o coeficiente de incidência de 11 casos para cada 100.000 habitantes, no entanto, no ano de 2008 quando o incremento foi de 0,2 houve uma epidemia com 818/100.000, valores estes que sugerem subnotificação dos dados em anos anteriores. É importante considerar que o ano de 2009 teve uma queda de 4,1% do IIP e, ainda assim, apresentou a explosão epidêmica de 4.648 casos para cada 100.000 habitantes. O ano de 2010 apresentou um incremento de 8,6% no IIP chegando a 19,6% e um coeficiente de incidência de 282/100.000 o que, em parte, pode ser explicado pela disponibilidade de suscetíveis e imunidade adquirida pela infecção por sorotipo, o que pode também ser um indicativo de fragilidade dos dados. Esta discussão é evidenciada pelo gráfico a seguir (Figura 7): 39 Figura 6: Relação do coeficiente de incidência de dengue com o Índice de Infestação Predial no período de 2006 a 2010 no município de Itabuna – BA. Em estudo realizado no município de Paracambi, Cunha et.al. (1997) sugerem que existe uma relação direta entre baixo número de casos de dengue com o baixo índice de infestação predial, os autores relacionaram a baixa incidência da doença em função do baixo IIP. No entanto, Teixeira (2009) concluiu que áreas muito infestadas podem ter sido altamente acometidas pelo agravo em períodos anteriores gerando esgotamento de suscetíveis e refletindo na baixa incidência por dengue, apesar da alta infestação do vetor de transmissão. Para a descrição da ocorrência de dengue por bairros, os casos notificados na área urbana do município foram georreferenciados nos anos em que houve registro epidêmico considerando os bairros com as maiores ocorrências. O primeiro período mapeado foi o biênio epidêmico 2002/2003, onde Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Pedro, Ferradas, Nova Ferradas, São Caetano, Conceição, Santa Inês, Corbiniano Freire, Sarinha, Daniel Gomes, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, São Roque, Monte Cristo, Parque Boa Vista e João Soares representaram os vinte bairros de maior acometimento no período, conforme é evidenciado pela Figura 8. 40 Figura 7: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores notificações no biênio 2002/2003 no município de Itabuna - Bahia. Fonte: SINAN/SMS, 2011. 41 No ano de 2005, declarado como ano de surto epidêmico, as maiores ocorrências foram oriundas dos bairros São Caetano, Centro, Mangabinha, Santo Antônio, Fátima, Califórnia, Jardim Primavera, Conceição, Pontalzinho, Ferradas, URBIS IV, Santa Inês, Sarinha, Jaçanã, Vila Anália, São Pedro, Pedro Jerônimo, Novo Horizonte, São Lourenço e Banco Raso (Figura 9). Figura 8: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores notificações no ano de 2005 no município de Itabuna - Bahia. Fonte: SINAN/SMS, 2011. 42 Para o biênio 2008/2009, a representação espacial só foi possível para o ano de 2009, uma vez que em 2008 não houve registro das ocorrências com especificações por bairro. Conforme a Figura 10, as maiores ocorrências no ano epidêmico de 2009 foram registradas para nos bairros: Fátima, Santa Rita, Castália, Santo Antônio, Santa Inês, Centro, Lomanto, Parque Boa Vista, Carlos Silva, ACM, São Caetano, Califórnia, Corbiniano Freire, Centro Comercial, Conceição, Mangabinha, Berilo, Maria Pinheiro e Monte Cristo. Figura 9: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores notificações no ano de 2009 no município de Itabuna - Bahia. Fonte: SINAN/SMS, 2011. 43 Os diferentes anos epidêmicos não apresentaram distribuição espacial uniforme, houve alteração das maiores ocorrências nos bairros do município ao longo do período estudado. No entanto, houve bairros que se apresentaram com predominância em todos os anos estudados, estes bairros foram: Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; seguidos de São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo e Parque Boa Vista. A partir desta informação, pode-se afirmar que estas localidades representam o maior risco de infecção por dengue. 70 60 50 40 Ignora Masculino 30 Feminino 20 10 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Figura 10: Notificação de dengue segundo sexo, no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA . Fonte: SINAN/SMS, 2011. Quanto ao sexo, observou-se que as ocorrências dos casos de dengue no município de Itabuna apresentaram pequena variação, sendo ligeiramente maior no sexo feminino, entretanto, esta informação não significa predileção por sexo, uma vez que o resultado segue uma proporção aproximada da distribuição demográfica segundo sexo da população residente no período. Flauzino (2009b) elaborou uma pesquisa feita com revisão de 22 estudos sobre dengue que relacionavam indicadores socioeconômicos e ambientais com unidades de agregação, onde 07 estudaram o bairro como unidade de análise para variáveis sociais, em 03 houve predominância do sexo feminino, nos demais não houve diferença estatística em relação ao sexo. 44 Tabela 4: Distribuição percentual segundo anos de estudo das notificações de dengue, no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – Bahia. Anos de Estudo ANO Ign/Branco Nenhum 1a3 4a7 8 a 11 12 a + Não se aplica 2001 1,6 71,2 0,0 8,2 3,0 0,9 15,0 2002 3,2 69,6 0,0 14,0 5,0 1,2 7,0 2003 3,3 61,8 7,6 10,2 9,6 2,9 4,5 2004 5,3 37,7 7,9 14,9 24,6 3,5 6,1 2005 0,5 83,0 1,5 3,7 5,1 1,1 5,1 2006 2,6 14,3 5,8 22,1 37,7 9,7 7,8 2007 19,2 1,6 7,2 25,6 28,0 10,4 8,0 2008 61,7 0,0 2,2 11,1 11,4 0,7 13,0 2009 61,2 0,1 2,0 3,7 11,6 1,2 20,2 2010 86,9 0,1 0,8 1,2 1,3 0,1 9,6 Fonte: SINAN/SMS, 2011. Os dados relacionados à escolaridade apresentam maior percentual de ignorados ou em branco para os anos de 2008, 2009 e 2010, demonstrando a má qualidade no registro e dificultando uma análise que melhor se aproxime da realidade. Chama atenção os maiores percentuais de casos de dengue entre indivíduos com nenhum ano de estudo observado nos anos de 2001 a 2005, o que necessita de um posterior estudo para verificar a qualidade desta informação. Quanto à idade, foi observado mudanças nas faixas etárias no decorrer do período estudado. A notificação de casos de dengue foi predominante na faixa etária de 15 a 59 anos no período de 2001 a 2007, sendo que a partir de 2008 houve um aumento do número de casos para a faixa etária menor de 15 anos com predominância do aumento entre 5 e 9 anos (Figura 12). 45 Figura 11: Notificação de dengue segundo faixa etária, no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA. 46 Fonte: SINAN/SMS, 2011. As menores faixas etárias passaram a ser o grupo de maior risco em função daforte circulação do sorotipo DENV2 com a prsença do DENV1, para os quais a maioria dos adultos tiveram contato anteriormente e desenvolveram imunidade para este sorotipo. Provavelmente, os nascidos a paritr do ano 2000 tiveram maior contato com o DENV3 e contato mínimo com o DENV2 e o DENV1, situação que assemelha-se ao padrão epidemiológico da Bahia (DIVEP/SESAB, 2011). Estudo realizado por Teixeira et.al. (2001) no município de Salvador, encontrou, nos três primeiros anos de estudo, maiores ocorrências na faixa etária de 20 a 29 anos e nos anos seguintes, os maiores valores foram encontrados em crianças com idade inferior a 10 anos. A infecção por qualquer um dos sorotipos do vírus do dengue confere imunidade permanente ao indivíduo, o que significa dizer que uma pessoa terá dengue apenas quatro vezes durante sua existência. Assim, o deslocamento de faixas etárias de acometimento do agravo não obedece a uma predileção do mosquito vetor ou da doença e sim, é determinado pela presença de diferentes sorotipos do vírus e pela presença de indivíduos suscetíveis e expostos ao risco de adoecerem. A distribuição de dengue é maior em faixas etárias menores quando há um esgotamento de suscetíveis nas maiores faixas etárias. Teixeira et. al. (1999) também sugere que há subnotificação nas menores faixas etárias em função do confundimento com doenças virais e febris próprias da primeira infância. 4.2. Ocorrência do agravo por mês Um aspecto importante a ser considerado é a descrição do agravo de acordo com os meses do ano. A ocorrência do dengue apresentou, neste estudo, maior intensidade nos meses de março, abril e maio, entretanto, vale ressaltar as características dos anos epidêmicos. No primeiro biênio epidêmico 2002/2003, o dengue já se apresentou fortemente nos meses de janeiro e fevereiro, mantendo um número alto de 47 ocorrências até o mês de maio. Em 2005, o mês de fevereiro apontou como o início do surto epidêmico que seguiu até o mês de julho. No biênio 2008/2009, o ano de 2008 iniciou com o comportamentamento sazonal endêmico esperado para o agravo, no entanto, registrou um forte aumento nos meses de março a julho, voltando a aumentar o número de ocorrências nos meses de novembro e dezembro. Em 2009 o maior número de notificações foi registrado no mês de janeiro e manteve a explosão epidêmica até junho; de julho a dezembro, apesar da significativa diminuição de casos, ainda ocorreu um número alto de registros da doença. Figura 12: Série histórica de notificações de dengue segundo os meses de ocorrência no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010 no município de Itabuna – BA. Fonte: SINAN/SMS, 2011. Apesar de no município de Itabuna, as maiores ocorrências de dengue compreenderem os meses de março a maio, foi observado que há um resultado relevante para os meses de janeiro a junho, o que difere da maioria das regiões do país. Outro resultado importante, foi o registro da doença encontrado em todos os meses do ano durante todo o período estudado, conforme figura 14. Baseado nesta 48 informação e na análise da Série Histórica (Figura 13) é possível afirmar que, neste município, o comportamento da doença é cíclico podendo ser denominado de endêmico-epidêmico. 6000 5000 Ocorrências 4000 3000 2000 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Junho Maio Abril Março Janeiro 0 Fevereiro 1000 Mês Figura 13: Notificação de dengue no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010 segundo os meses do ano no município de Itabuna – BA. Fonte: SINAN/SMS, 2011. Estes resultados corroboram com Teixeira (2009) que, ao estudar o contexto socioambiental do dengue no município do Rio de Janeiro entre 1996 e 2006, constatou a ocorrência de transmissão em todos os meses de todos os anos estudados, o que caracterizou o comportamento da doença como endêmico. Sabroza et. al (1992) obteve a mesma análise para o município do Rio de Janeiro, definindo o processo de transmissão de dengue como endêmico-epidêmico. 49 4.3. Correlação entre variáveis ambientais com a ocorrência mensal do dengue. Para estabelecer a correlação da ocorrência do dengue com variáveis climáticas (níveis de temperatura e de precipitação pluviométrica), foi utilizado o coeficiente de Pearson. No período de 2001 a 2010 a maior correlação foi observada entre a ocorrência do dengue e a temperatura com correlação positiva de 23,6%; a precipitação apresentou uma correlação muito baixa de apenas 6,8%. A Tabela 5 representa a matriz de correlação entre a ocorrência de dengue e variáveis climáticas. Tabela 5: Matriz de Correlação de Pearson para notificação de dengue, temperatura e precipitação no município de Itabuna – Bahia no período de 2001 a 2010. Ocorrência Temperatura Precipitação Ocorrência 1 0,236* 0,068NS Temperatura 0,236* 1 0,198** Precipitação 0,068NS 0,198** 1 Nota: * significativo a 10%; ** significativo a 5%; NS – não significativo. Estatisticamente houve significância de correlação da ocorrência de dengue apenas com a temperatura, no entanto, esta correlação não mede a causalidade, e a partir deste resultado, não é possível afirmar que a precipitação não deve ser estudada para explicar a permanência do dengue no cenário municipal. A região cacaueira tem uma média pluviométrica alta com chuvas constantes, fator este que pode ter influenciado na não significância para esta pesquisa. As altas temperaturas associadas a períodos chuvosos formam um cenário ideal para o desenvolvimento do mosquito vetor que ao final das chuvas, quando da evaporação da água, instalam-se perfeitos criadouros para o Aedes aegypti. 50 Esta análise corrobora com o descrito por Leite (2010) no município de Campinas, onde a característica de concomitância de alta temperatura com grande volume de chuva revelou-se como indicador potencial para manutenção do ciclo da doença. Constam nos apêndices os diagramas de dispersão do período de 2001 a 2010 para a ocorrência de dengue e sua relação com os níveis de temperatura (Figura 14) e de precipitação pluviométrica (Figura 15). 4.4. Saneamento básico. Os serviços de Saneamento Básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo) apresentaram uma melhora gradativa ao longo do período estudado (Tabela 6). Tabela 6: Proporção de cobertura dos serviços de saneamento básico no município de Itabuna no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA. ANO ABASTECIMENTO DE ÁGUA (%) ESGOTAMENTO SANITÁRIO (%) COLETA DE LIXO (%) 2001 82 61 63 2002 86 67 74 2003 87 70 79 2004 88 70 80 2005 90 71 82 2006 88 69 82 2007 89 70 84 2008 89 71 85 2009 90 71 86 2010 91 71 88 Fonte: SIAB/SMS, 2011 51 No entanto, vale ressaltar que apesar da melhora evidente na proporção de cobertura, estes dados não demonstram a qualidade do serviço de saneamento ofertado. Embora 91% das residências tenham sistema de abastecimento de água, este abastecimento não é regular, sobretudo nos bairros periféricos, esta irregularidade obriga as pessoas a acumular água em recipientes para uso doméstico e suprir suas necessidades humanas básicas instalando, intradomicílio ou no peridomicílio, criadouros artificiais para o Aedes aegypti, o que garante a permanência do mosquito vetor. Apesar de receberem serviços de Atenção Primária à Saúde, 26% da população coberta pelo SIAB ainda vivem sem esgotamento sanitário e 12% não tem a coleta para o lixo que produz, revelando um cenário de predisposição a adoecimentos. A melhoria do saneamento básico é condição necessária, mas não suficiente para garantir a eliminação de doenças como a dengue, a complexidade existente em torno da doença, exige ações integradas dos diversos setores da sociedade. Para Tauil (2001), a existência do dengue está relacionada com as condições de urbanização, habitação, coleta regular de lixo, abastecimento permanente de água encanada e educação escolar. 52 5. CONCLUSÕES Conhecer a história natural do dengue, de seu vetor e, acima de tudo, conhecer o comportamento da doença considerando as especificidades de cada localidade, permite avaliar os fatores envolvidos na expansão do agravo e contribuir para ações mais eficazes no enfrentamento do dengue que tanto tem desafiado a Saúde Pública. Nesse sentido, o presente estudo realizou uma análise socioambiental da ocorrência de dengue no município de Itabuna – Bahia no período de 2001 a 2010. O município conviveu com o dengue durante todos os anos do período estudado, apresentando caráter endêmico com comportamento epidêmico para os anos 2002, 2003, 2005, 2008 e 2009. Esta análise revelou que o risco epidemiológico de infecção por dengue para a população de Itabuna é alto. O município apresentou alta incidência da doença no período estudado, chegando a 4.648 casos para cada 100.000 habitantes no ano de 2009. Em todos os anos do período estudado, os índices de infestação predial (IIP) estiveram muito acima do valor preconizado como satisfatório pelo Ministério da Saúde que é de 1,0. O primeiro valor disponível de IIP foi para o ano de 2006 que chegou a 10,6 e o último valor foi de 19,6 para o ano de 2010. Confirmando mais um fator de risco para infecção por dengue em Itabuna-Bahia. Houve anos em que apesar do IIP estar muito acima do valor satisfatório, a incidência da doença foi baixa, o que sugere uma fragilidade dos dados, mas que também pode ser melhor explicado pelo esgotamento de suscetíveis. 53 As maiores ocorrências nos anos epidêmicos de 2002, 2003, 2005 e 2009 foram nos bairros de Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; seguidos de São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo e Parque Boa Vista, representando, assim, as localidades de maior risco. Diferenciais intra-urbanos, condições de vida, densidade populacional e serviços de saneamento devem ser melhor estudados nestas localidades para o planejamento efetivo das ações de prevenção e controle de dengue. Houve predominância da ocorrência no sexo feminino, o que não significa predileção por sexo, uma vez que o resultado segue a proporção aproximada da distribuição demográfica segundo sexo da população residente no período. O estudo apresentou mudança na faixa etária com predominância inicial de 15 a 59 anos, a partir de 2008 houve uma aumento para a faixa etária menor de 15 anos chamando atenção para o crescimento do número de casos na idade entre 5 e 9 anos por um provável recrudescimento do sorotipo DENV 2. O deslocamento de faixa etária é determinado pela presença de sorotipos do vírus, pela presença de indivíduos suscetíveis e expostos a adoecerem. A distribuição de dengue é maior em faixas etárias menores quando há introdução de novos sorotipos do vírus ou quando há esgotamento de suscetíveis. Os meses de março a maio foram os de maior intensidade do dengue, no entanto, foi encontrado registro da doença em todos os meses do ano. O dengue no município de Itabuna é constante com comportamento cíclico, variando de endêmico a epidêmico. Dentre as variáveis climáticas (temperatura e precipitação), estatisticamente houve significância de correlação da ocorrência de dengue apenas com a temperatura. A região cacaueira tem média pluviométrica alta com chuvas constantes o que pode ter influenciado na não significância neste estudo. As altas temperaturas associadas a períodos chuvosos formam um cenário ideal para o desenvolvimento do Aedes aegypti que ao final das chuvas, quando da evaporação de água, instalam-se perfeitos criadouros para o mosquito vetor. O saneamento básico apresentou melhora gradativa ao longo do período estudado. Apesar da melhora na proporção de cobertura, não foi demonstrado a qualidade do serviço de saneamento prestado. Embora 91% das residências tenham 54 sistema de abastecimento de água, este abastecimento não é regular, sobretudo nos bairros periféricos, o que obriga o acúmulo de água em recipientes, instalando criadouros artificiais para o Aedes aegypti, garantindo a permanência do mosquito vetor. 26% da população coberta pelo SIAB não possuem esgotamento sanitário e 12% não tem coleta para o lixo produzido, revelando um cenário de predisposição a adoecimentos. A gravidade da doença que se constitui como um problema de Saúde Pública é muito maior em função da complexidade e dos macro-fatores que envolvem o “problema-dengue”, tais como a urbanização e crescimento desordenado, geração de resíduos urbanos, abastecimento de água irregular, ausência de coleta regular de lixo, violência impedindo o acesso de agentes aos domicílios, movimento populacional (turismo e migração) e mudanças climáticas. Problemas complexos requerem soluções complexas. O dengue segue sua história natural em Itabuna a espera de ações que interrompam este processo. O cenário atual que se apresenta é de um município que possui cerca de 97% da população vivendo na área urbana, convivendo com uma doença que é de transmissão fundamentalmente urbana, apresentando um alto índice de infestação predial (19,6% em 2010), com a possibilidade de re-emergência do sorotipo DENV3 e da introdução do DENV4 que já está em circulação na Bahia. Uma associação de fatores que predizem a possibilidade de uma nova epidemia para Itabuna. O mosquito vetor é o único elo vulnerável na cadeia de transmissão do dengue, ainda não há tratamento etiológico e não está disponível uma vacina segura e efetiva. O controle e a vigilância vetorial tem que continuar, mas é preciso ir além, conciliando estratégias convencionais com inovações tecnológicas, utilizando ferramentas de monitoramento, descrição espacial e mapas de risco para atuação nos territórios de maior vulnerabilidade. Ações estratégicas precisam ser articuladas, os saberes multi, inter e transdisciplinares devem ser utilizados orientados pelo conhecimento da situação epidemiológica e das particularidades do município respeitando sua dinâmica populacional e diferenciais intra-urbanos. A Secretaria Municipal de Saúde não pode ser responsabilizada pela totalidade dos casos. Detectar epidemias e evitar mortes por dengue é tarefa dos profissionais de saúde, mas combater a permanência do dengue no meio é tarefa de 55 todos os entes governamentais e não governamentais. O modelo de controle da doença não pode ser homogeneizado e fixo, a comunidade precisa ser envolvida, os indivíduos são co-responsáveis pelo seu adoecimento, as ações padronizadas precisam dialogar com os valores e hábitos cotidianos das pessoas. O município de Itabuna deve somar esforços para sair dos primeiros lugares do ranking de maior risco para infecção por dengue no Brasil e ser muito mais do que um pólo de referência para o comércio e serviços de saúde de alta complexidade. Pode ser um exemplo de busca pelo desenvolvimento sustentável a partir da priorização da “Agenda Marrom” onde questões ambientais relacionadas à urbanização e ao desenvolvimento social se constituirão em formas de organização social, econômica e ambiental que modificarão o meio com equilíbrio para que a dengue e outras doenças não encontrem forças para surgirem ou re-emergirem. 56 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Constituição da República Federativa de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento \de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica – 6. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. 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Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 ACM ALTO MARON 2 3 6 0 8 0 ALTO MIRANTE ANTIQUE 2009 2010 457 0 12 2 45 5 14 58 0 15 1 INFORMADO 1 17 78 0 24 1 BANANEIRA 0 0 2 8 1 BANCO RASO 4 13 44 2 BERILO 1 5 5 CAIXA D`AGUA 0 4 CALIFORNIA 22 CARLOS SILVA 6 77 6 117 0 0 31 1 83 3 93 13 0 3 0 245 0 7 0 9 1 338 2 98 416 7 162 12 360 54 0 2 1 1 1 0 458 0 CASTALIA 2 17 43 1 29 1 602 11 CENTRO 27 123 326 6 275 10 528 53 299 0 BAIRRO NAO 1 CENTRO COMERCIAL CONCEICAO 13 63 218 3 117 6 285 37 FREIRE 1 12 13 0 11 0 305 2 DANIEL GOMES 1 8 15 1 8 2 31 3 FATIMA 45 121 524 9 218 13 695 60 FERNANDO GOMES 0 0 6 0 3 0 88 3 FERRADAS 7 40 262 4 114 9 1 146 9 CORBINIANO 61 Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 FONSECA 3 16 39 2 22 3 108 6 GOES CALMON 1 4 19 0 20 1 36 3 ITAMARACA 0 0 2 0 2 0 159 1 JACANA 6 20 40 3 97 1 67 12 0 0 2 0 2 0 40 0 0 2 97 3 110 1 JARDIM DAS ACACIAS JARDIM DE ALÁ JARDIM GRAPIUNA 2 1 13 0 8 3 JARDIM ITALAMAR JAD. PRIMAVERA 5 25 31 1 120 4 191 16 JAD VITORIA 2 8 18 1 34 0 152 10 JOAO SOARES 5 33 179 1 31 3 153 9 JORGE AMADO 0 2 16 0 77 1 177 12 LOMANTO 8 52 59 0 20 5 517 22 195 0 LOTEAMENTO N. Srª das GRAÇAS MANGABINHA 20 49 115 2 241 5 280 32 MANOEL LEAO 4 2 15 0 10 0 61 5 MARIA PINHEIRO 2 14 127 4 45 4 228 8 MONTE CRISTO 3 19 171 4 64 4 211 13 3 2 MORUMBI MUTUNS 0 6 4 0 1 0 79 0 NOVA CALIFORNIA 5 11 32 3 20 2 112 4 1 0 NOVA ESPERANÇA NOVA FERRADAS 14 85 165 2 30 3 114 17 NOVA ITABUNA 3 34 60 0 43 2 143 20 62 Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 NOVO FONSECA 0 5 23 0 8 0 60 4 NOVO HORIZONTE 2 26 148 2 88 3 162 9 NOVO JACANA 1 1 8 0 37 0 83 3 CAETANO 3 31 25 1 39 1 172 7 ODILON 4 14 8 0 8 1 34 1 PQ BOA VISTA 5 22 100 1 36 1 485 11 PQ SANTA CLARA 7 3 PARQUE VERDE 3 4 147 34 60 0 184 20 0 1 NOVO SAO PEDRO JERONIMO 11 63 125 5 89 2 PEDRO JORGE PONTALZINHO 18 44 169 4 117 4 ROÇA DO POVO SANTA CATARINA 1 2 7 0 4 0 156 0 SANTA CLARA 1 3 31 0 7 0 87 1 SANTA INES 6 64 193 7 102 3 536 30 SANTA RITA 0 1 0 0 0 0 613 0 SANTO ANTONIO 63 114 360 9 238 13 602 82 SAO CAETANO 22 124 146 10 280 10 385 62 SAO JUDAS TADEU 2 9 9 0 12 1 184 6 SAO LOURENCO 6 18 59 1 87 3 128 3 SAO PEDRO 26 86 261 1 90 0 154 27 SAO ROQUE 6 39 103 0 63 2 111 19 SARINHA 4 55 56 3 102 3 142 18 SINVAL PALMEIRA 6 21 13 1 36 2 167 12 63 Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 TRAVEIROLÂNDIA 2009 2010 10 0 URBIS IV 6 25 30 1 110 1 59 7 VALE DO SOL 1 3 13 0 3 1 64 2 VILA ANALIA 3 17 27 1 94 1 80 12 VILA DAS DORES 48 1 VILA PALOMA 72 0 VILA ZARA 1 4 17 1 25 2 26 5 ZILDOLANDIA 2 7 14 0 23 0 21 6 ZIZO 4 17 54 1 23 0 38 2 ZONA RURAL 0 11 13 0 13 0 34 2 13560 854 Total 418 1747 Fonte: SINAN/SMS, 2011 5143 114 3702 154 1 1 64 Quadro 2: Notificação de dengue segundo escolaridade no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010. ESCOLARIDADE Anos de Estudo 1a3 4a7 8 a 11 12 a mais 304 0 35 13 04 64 56 1226 0 247 88 21 123 2003 180 3374 416 559 525 160 245 2004 06 43 09 17 28 04 07 2005 19 3150 58 142 193 41 194 2006 04 22 09 34 58 15 12 2007 24 02 09 32 35 13 10 2008 1462 - 52 262 270 16 308 2009 8942 18 293 540 1695 180 2949 2010 925 01 08 13 14 01 102 Ano Ign/Branco Nenhum 2001 07 2002 Não se aplica Fonte: SINAN/SMS, 2011 Quadro 3: Notificação de dengue segundo sexo no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010. SEXO Ano 2001 Ignorado 1 Masculino 215 Feminino 211 Total de Notificações 427 2002 12 721 1028 1761 2003 - 2338 3119 5459 2004 4 46 68 114 2005 - 1601 2192 3797 2006 - 65 89 154 2007 - 58 67 125 2008 - 1003 1366 2369 2009 - 6319 8614 14933 2010 - 528 536 1064 Fonte: SINAN/SMS, 2011 65 Quadro 4: Distribuição populacional do Município de Itabuna segundo sexo, no período 2001 a 2010. Sexo Pop Geral 2001 Masculino Feminino Total 94.940 102.890 197.830 2002 95.534 103.540 199.074 2003 96.070 104.116 200.186 2004 96.603 104.693 201.296 2005 97.815 106.000 203.815 2006 98.426 106.673 205.099 2007 99.035 107.301 206.336 2008 101.864 110.381 212.248 2009 102.526 111.128 213.654 2010 96.936 107.731 204.667 Fonte: DATASUS/MS, 2011 Quadro 5: Distribuição populacional do Município de Itabuna segundo faixa etária, no período de 2001 a 2010. POPULAÇÃO Faixa Etária <1 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 3.439 3.461 3.480 3.499 3.543 3.565 3.397 3.400 3.322 2.818 1a4 5a9 10 a 14 14.014 18.055 21.244 14.101 18.169 21.379 14.178 18.270 21.498 14.258 18.372 21.616 14.437 18.602 21.888 14.528 18.720 22.025 13.971 17.460 17.210 14.085 18.028 17.457 13.857 18.141 17.428 11.042 15.549 17.230 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 e + 23.826 36.090 28.475 22.196 13.657 9.395 5.001 2.438 23.976 36.316 28.654 22.335 13.743 9.454 5.032 2.454 24.110 36.520 28.815 22.400 13.820 9.507 5.061 2.467 24.244 36.722 28.974 22.585 13.896 9.560 5.089 2.481 24.546 37.182 29.337 22.867 14.070 9.679 5.152 2.512 24.701 37.416 29.521 23.011 14.159 9.740 5.185 2.528 19.058 41.891 29.787 25.584 17.675 10.784 6.456 3.063 18.762 42.615 31.292 26.349 18.885 11.305 6.823 3.274 18.149 42.222 32.246 26.539 19.641 11.639 7.047 3.423 17.574 39.464 31.880 26.283 20.340 11.924 7.084 3.479 Fonte: DATASUS/MS, 2011 66 Quadro 6: Notificação de dengue segundo faixa etária no Município de ItabunaBahia, no período de 2001 a 2010. Ano de Notificação Faixa Etária < 1 Ano 2001 14 2002 14 2003 26 2004 1 2005 25 2006 5 2007 6 2008 50 2009 431 2010 18 1a4 37 56 112 5 104 3 3 143 1630 53 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 e + 42 35 41 99 78 36 22 11 10 2 124 157 183 389 342 245 135 79 26 11 228 379 612 1340 1067 817 467 235 135 41 7 10 16 35 19 14 6 1 0 0 153 260 376 972 715 579 331 175 78 29 9 12 23 41 24 21 8 5 2 1 4 4 12 36 22 15 12 9 2 0 336 254 183 499 348 272 156 74 32 10 2191 1799 1271 2780 1803 1409 929 426 185 64 121 88 107 298 157 101 61 29 22 5 Fonte SINAN/SMS, 2011 Quadro 7: Distribuição de dengue segundo mês de notificação no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010. OCORRÊNCIA MENSAL (nº de casos notificados) Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2001 16 31 75 65 92 50 29 8 11 23 17 10 2002 57 257 359 497 249 55 42 45 55 48 54 43 2003 105 443 1191 2473 1049 95 63 19 6 3 6 6 2004 11 13 16 4 - 11 5 15 5 - 15 19 2005 62 263 1156 1502 532 130 38 20 18 13 30 33 2006 24 14 33 21 14 5 3 4 3 3 9 21 2007 13 8 18 21 3 7 9 2 5 9 11 19 2008 16 9 102 688 407 444 302 44 17 84 139 117 2009 447 2347 5532 4374 1064 298 147 262 132 90 110 130 2010 133 155 153 117 91 79 50 40 82 38 52 74 Fonte SINAN/SMS, 2011 67 Quadro 8: Temperatura média mensal do Município de Itabuna-Bahia no período de 2001 a 2010. TEMPERATURA MÉDIA MENSAL (°C) Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 24,4 24,8 26,2 25,2 25,3 24,7 25,5 24,3 25,4 25,9 25,6 23,1 25,3 25,3 25,8 25,9 25,0 25,2 25,3 26,1 25,1 24,9 25,4 24,9 25,8 25,8 24,8 25,1 25,7 26,1 24,3 26,1 25,0 24,3 24,7 24,8 24,4 25,0 25,3 25,2 26,7 22,9 23,5 23,5 23,6 22,9 22,8 23,6 23,6 24,2 22,0 22,0 25,2 22,0 22,6 22,1 21,5 21,9 22,4 21,9 21,5 21,5 21,1 22,6 21,3 20,7 21,2 20,9 22,2 21,5 21,0 21,3 21,7 21,3 21,8 21,5 20,9 21,4 22,2 21,1 22,4 22,9 22,3 22,1 22,9 22,3 21,8 22,5 23,6 22,1 23,2 23,2 23,1 23,6 23,7 23,4 22,4 23,8 24,9 24,0 24,6 24,4 24,4 24,3 23,6 24,1 23,9 25,0 25,5 24,8 24,8 25,2 25,5 25,1 24,3 25,1 24,4 24,8 25,8 25,3 Fonte: CEPLAC, 2011 Quadro 9: Precipitação mensal do Município de Itabuna-Bahia no período de 2001 a 2010. PRECIPITAÇÃO MENSAL (mm) ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2001 85,0 51,7 162,4 99,7 137,2 133,6 96,2 159,1 45,3 197,1 58,3 424,2 2002 357,2 250,6 161,9 167,7 89,2 149,6 11,7 155,0 130,5 54,2 121,6 195,7 2003 42,3 78,1 169,8 110,3 231,9 99,1 154,2 128,0 65,3 66,9 61,1 47,0 2004 134,1 138,6 308,8 139,4 149,4 134,0 126,9 6,6 22,1 114,6 187,4 22,5 2005 248,8 205,3 203,2 231,9 216,8 207,0 69,9 143,5 95,6 62,9 234,3 111,5 2006 141,7 28,3 198,2 184,5 40,6 228,8 76,0 55,7 74,8 199,7 128,7 190,2 2007 132,0 315,7 127,0 132,5 113,4 69,4 138,3 90,4 152,6 98,2 141,7 114,4 2008 70,2 83,0 151,3 84,6 81,6 133,6 108,2 74,0 16,3 34,4 123,8 210,4 2009 123,9 82,5 93,2 225,3 113,3 73,2 150,6 116,3 65,5 172,7 168,7 22,4 2010 194,1 159,8 126,2 209,2 62,7 53,7 262,5 113,2 82,0 134,1 118,1 149,1 Fonte: CEPLAC, 2011 68 Figura 14: Diagrama de dispersão da notificação do dengue e sua relação com os níveis de temperatura do período de 2001 a 2010 no Município de Itabuna-Bahia. Figura 15: Diagrama de dispersão da notificação do dengue e os níveis de precipitação pluviométrica do período de 2001 a 2010 no Município de Itabuna-Bahia. 69 Tabela 7: Abastecimento de água no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010. ABASTECIMENTO DE ÁGUA Poço ou Nascente 769 Ano 2001 Rede Pública 21.406 Outros 1.895 2002 32.732 1.084 2.109 2003 36.627 1.173 2.104 2004 37.417 1.147 2.063 2005 38.377 1.158 1.195 2006 33.849 1.004 1.478 2007 35.603 1.026 1.442 2008 34.433 877 1.167 2009 35.350 685 1.372 2010 38.948 653 1.284 Fonte: SIAB/SMS, 2011 Tabela 8: Esgotamento sanitário no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010. ESGOTAMENTO SANITÁRIO Fossa 1.256 Ano 2001 Esgoto 15.986 2002 25.484 1.804 8.637 2003 29.440 1.909 8.555 2004 29.984 1.940 8.703 2005 30.940 1.912 8.668 2006 26.446 2.232 7.653 2007 28.261 2.512 7.298 2008 27.410 2.487 6.580 2009 28.198 2.595 6.614 2010 31.861 2.660 6.364 Fonte: SIAB/SMS, 2011 Céu Aberto 6.828 70 Tabela 9: Destino do lixo no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010. DESTINO DO LIXO Queimado/Enterrado 768 Ano 2001 Coletado 16.580 Céu aberto 6.722 2002 28.209 1.006 6.710 2003 33.328 870 5.706 2004 34.359 846 5.422 2005 35.715 800 5.005 2006 31.471 759 4.101 2007 33.789 833 3.449 2008 32.799 829 2.849 2009 33.758 808 2.841 2010 37.644 Fonte: SIAB/SMS, 2011 751 2.490 71 ANEXOS CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2001 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Sexo | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 91 | 3.802 | 2.303 | 3.260 | 5.651 | 6.090 | 14.949 | 4.514 | 2.898 | 3.577 | 47.135 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 83 | 3.782 | 2.326 | 3.414 | 5.584 | 6.382 | 17.020 | 5.405 | 3.379 | 4.294 | 51.669 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 174 | 7.584 | 4.629 | 6.674 | 11.235 | 12.472 | 31.969 | 9.919 | 6.277 | 7.871 | 98.804 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 2| | 138| 7| | 11| 8| | | 3| 10 a 19 | 174| | | | | 0,01| | 0,46| 0,02| | 0,04| 0,03| | | 0,01| anos | 1,45| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 496| 28| 1| 1.188| | 96| 6.128| 19| 1| 16| 20 anos | 470| | | | | 0,72| 0,04| 0,00| 1,73| | 0,14| 8,94| 0,03| 0,00| 0,02| e mais | 1,56| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 498| 28| 139| 1.195| | 107| 6.136| 19| 1| 19| Total | 644| | | | | 0,50| 0,03| 0,14| 1,21| | 0,11| 6,21| 0,02| 0,00| 0,02| | 1,53| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 40.757| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 24.071| 59,06 | | Rede publica | 21.406 | 88,93 | | Coleta publica | 16.580 | 68,88 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 15.767| 88,04 | | Poco ou nascente | 769 | 3,19 | | Queimado/Enterrado | 768 | 3,19 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 55.647| 81,23 | | Outros | 1.895 | 7,87 | | Ceu aberto | 6.722 | 27,93 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 3.343| 3,38 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 18.466| 76,71| | Sistema de Esgoto | 15.986 | 66,41 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 257 | 1,07 | | Fossa | 1.256 | 5,22 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 204 | 0,85 | | Ceu aberto | 6.828 | 28,37 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 11.822 | 49,11 | | Madeira | 4.513 | 18,75 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 739 | 3,07 | | Material aproveitado | 251 | 1,04 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 4.054 | 16,84 | | Outros | 379 | 1,57 | | Energia Eletrica | 21.774 | 90,46 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 7.455 | 30,97 | 72 CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2002 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------| | | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 459 | 5.153 | 3.238 | 4.842 | 8.038 | 8.456 | 22.084 | 6.954 | 4.394 | 5.337 | 68.955 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 481 | 5.006 | 3.317 | 4.784 | 8.014 | 8.731 | 25.165 | 8.060 | 5.254 | 6.671 | 75.483 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 940 | 10.159 | 6.555 | 9.626 | 16.052 | 17.187 | 47.249 | 15.014 | 9.648 | 12.008 | 144.438 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 3| 2| 188| 10| | 25| 13| 2| | 3| 10 a 19 | 236| | | | | 0,01| 0,00| 0,43| 0,02| | 0,06| 0,03| 0,00| | 0,01| anos | 1,41| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 636| 25| | 1.980| | 149| 9.707| 26| 1| 18| 20 anos | 645| | | | | 0,63| 0,02| | 1,96| | 0,15| 9,60| 0,03| 0,00| 0,02| e mais | 1,43| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 639| 27| 188| 1.990| | 174| 9.720| 28| 1| 21| Total | 881| | | | | 0,44| 0,02| 0,13| 1,38| | 0,12| 6,73| 0,02| 0,00| 0,01| | 1,42| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 40.757| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 35.926| 88,15 | | Rede publica | 32.732 | 91,11 | | Coleta publica | 28.209 | 78,52 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 22.918| 89,25 | | Poco ou nascente | 1.084 | 3,02 | | Queimado/Enterrado | 1.006 | 2,80 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 84.464| 83,54 | | Outros | 2.109 | 5,87 | | Ceu aberto | 6.710 | 18,68 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 8.033| 5,56 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 29.449| 81,97| | Sistema de Esgoto | 25.484 | 70,93 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 276 | 0,77 | | Fossa | 1.804 | 5,02 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 250 | 0,70 | | Ceu aberto | 8.637 | 24,04 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 19.186 | 53,40 | | Madeira | 5.317 | 14,80 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 965 | 2,69 | | Material aproveitado | 266 | 0,74 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 4.118 | 11,46 | | Outros | 367 | 1,02 | | Energia Eletrica | 33.069 | 92,05 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 11.656 | 32,44 | +--------------------------------------------+ 73 CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2003 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | | Faixa Etaria (anos) | | Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------| | | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 239 | 5.391 | 3.549 | 5.279 | 8.543 | 9.162 | 24.557 | 7.928 | 4.953 | 6.034 | 75.635 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 234 | 5.323 | 3.441 | 5.135 | 8.615 | 9.537 | 28.180 | 9.180 | 5.982 | 7.702 | 83.329 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 473 | 10.714 | 6.990 | 10.414 | 17.158 | 18.699 | 52.737 | 17.108 | 10.935 | 13.736 | 158.964 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 4| 2| 179| 13| | 23| 19| 2| | 2| 10 a 19 | 266| | | | | 0,01| 0,00| 0,39| 0,03| | 0,05| 0,04| 0,00| | 0,00| anos | 1,47| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 635| 24| | 2.333| | 158| 11.066| 22| 3| 28| 20 anos | 755| | | | | 0,56| 0,02| | 2,06| | 0,14| 9,77| 0,02| 0,00| 0,02| e mais | 1,48| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 639| 26| 179| 2.346| | 181| 11.085| 24| 3| 30| Total | 1.021| | | | | 0,40| 0,02| 0,11| 1,48| | 0,11| 6,97| 0,02| 0,00| 0,02| | 1,48| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 50.047| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 39.904| 79,73 | | Rede publica | 36.627 | 91,79 | | Coleta publica | 33.328 | 83,52 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 24.476| 88,77 | | Poco ou nascente | 1.173 | 2,94 | | Queimado/Enterrado | 870 | 2,18 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 96.482| 85,22 | | Outros | 2.104 | 5,27 | | Ceu aberto | 5.706 | 14,30 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 9.690| 6,10 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 33.922| 85,01| | Sistema de Esgoto | 29.440 | 73,78 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 260 | 0,65 | | Fossa | 1.909 | 4,78 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 233 | 0,58 | | Ceu aberto | 8.555 | 21,44 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 21.839 | 54,73 | | Madeira | 4.871 | 12,21 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 1.086 | 2,72 | | Material aproveitado | 308 | 0,77 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 4.270 | 10,70 | | Outros | 310 | 0,78 | | Energia Eletrica | 37.192 | 93,20 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 12.709 | 31,85 | +---------------------------------------------+ 74 CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2004 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | | Faixa Etaria (anos) | | Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------| | | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 284 | 4.531 | 3.518 | 5.219 | 8.375 | 9.035 | 25.549 | 8.186 | 5.173 | 6.378 | 76.248 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 261 | 4.499 | 3.314 | 5.101 | 8.438 | 9.454 | 29.176 | 9.541 | 6.260 | 8.117 | 84.161 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 545 | 9.030 | 6.832 | 10.320 | 16.813 | 18.489 | 54.725 | 17.727 | 11.433 | 14.495 | 160.409 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 3| 2| 157| 11| | 17| 16| | | | 10 a 19 | 276| | | | | 0,01| 0,00| 0,36| 0,03| | 0,04| 0,04| | | | anos | 1,54| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 635| 23| 1.227| 2.330| | 160| 11.215| 26| 3| 39| 20 anos | 956| | | | | 0,54| 0,02| 1,05| 1,99| | 0,14| 9,60| 0,02| 0,00| 0,03| e mais | 1,80| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 638| 25| 1.384| 2.341| | 177| 11.231| 26| 3| 39| Total | 1.232| | | | | 0,40| 0,02| 0,86| 1,46| | 0,11| 7,00| 0,02| 0,00| 0,02| | 1,74| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 50.324| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 40.627| 80,73 | | Rede publica | 37.417 | 92,10 | | Coleta publica | 34.359 | 84,57 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 23.150| 85,32 | | Poco ou nascente | 1.147 | 2,82 | | Queimado/Enterrado | 846 | 2,08 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 100.181| 85,72 | | Outros | 2.063 | 5,08 | | Ceu aberto | 5.422 | 13,35 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 9.735| 6,07 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 34.743| 85,52| | Sistema de Esgoto | 29.984 | 73,80 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 249 | 0,61 | | Fossa | 1.940 | 4,78 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 224 | 0,55 | | Ceu aberto | 8.703 | 21,42 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 22.591 | 55,61 | | Madeira | 4.787 | 11,78 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 1.049 | 2,58 | | Material aproveitado | 313 | 0,77 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 4.118 | 10,14 | | Outros | 311 | 0,77 | | Energia Eletrica | 37.815 | 93,08 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 12.869 | 31,68 | +---------------------------------------------+ 75 CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2005 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | | Faixa Etaria (anos) | | Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------| | | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 279 | 3.905 | 3.169 | 5.088 | 8.287 | 8.682 | 26.404 | 8.473 | 5.478 | 6.733 | 76.498 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 256 | 3.868 | 3.045 | 4.995 | 8.456 | 8.976 | 29.952 | 10.006 | 6.668 | 8.671 | 84.893 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 535 | 7.773 | 6.214 | 10.083 | 16.743 | 17.658 | 56.356 | 18.479 | 12.146 | 15.404 | 161.391 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 3| 4| 147| 14| | 19| 12| 1| | | 10 a 19 | 196| | | | | 0,01| 0,01| 0,36| 0,03| | 0,05| 0,03| 0,00| | | anos | 1,12| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 625| 31| 1.276| 2.533| | 164| 11.747| 31| 3| 51| 20 anos | 1.006| | | | | 0,52| 0,03| 1,06| 2,11| | 0,14| 9,79| 0,03| 0,00| 0,04| e mais | 1,82| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 628| 35| 1.423| 2.547| | 183| 11.759| 32| 3| 51| Total | 1.202| | | | | 0,39| 0,02| 0,88| 1,58| | 0,11| 7,29| 0,02| 0,00| 0,03| | 1,65| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 58.233| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 41.520| 71,30 | | Rede publica | 38.377 | 92,43 | | Coleta publica | 35.715 | 86,02 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 21.933| 81,76 | | Poco ou nascente | 1.158 | 2,79 | | Queimado/Enterrado | 800 | 1,93 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 103.824| 86,49 | | Outros | 1.985 | 4,78 | | Ceu aberto | 5.005 | 12,05 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 9.910| 6,14 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 35.849| 86,34| | Sistema de Esgoto | 30.940 | 74,52 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 231 | 0,56 | | Fossa | 1.912 | 4,61 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 202 | 0,49 | | Ceu aberto | 8.668 | 20,88 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 23.251 | 56,00 | | Madeira | 4.643 | 11,18 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 969 | 2,33 | | Material aproveitado | 266 | 0,64 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 4.009 | 9,66 | | Outros | 329 | 0,79 | | Energia Eletrica | 38.476 | 92,67 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 13.291 | 32,01 | +---------------------------------------------+ 76 CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2006 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | | Faixa Etaria (anos) | | Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------| | | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 187 | 3.236 | 2.423 | 4.345 | 6.941 | 7.041 | 23.171 | 7.471 | 4.921 | 6.004 | 65.740 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 173 | 3.218 | 2.346 | 4.101 | 7.002 | 7.233 | 26.149 | 8.769 | 5.995 | 7.700 | 72.686 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 360 | 6.454 | 4.769 | 8.446 | 13.943 | 14.274 | 49.320 | 16.240 | 10.916 | 13.704 | 138.426 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 1| 4| 118| 12| | 14| 9| | | | 10 a 19 | 158| | | | | 0,00| 0,01| 0,35| 0,04| | 0,04| 0,03| | | | anos | 1,11| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 541| 28| 1.128| 2.313| | 149| 10.499| 26| | 43| 20 anos | 907| | | | | 0,52| 0,03| 1,08| 2,21| | 0,14| 10,05| 0,02| | 0,04| e mais | 1,87| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 542| 32| 1.246| 2.325| | 163| 10.508| 26| | 43| Total | 1.065| | | | | 0,39| 0,02| 0,90| 1,68| | 0,12| 7,59| 0,02| | 0,03| | 1,69| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 51.275| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 36.331| 70,86 | | Rede publica | 33.849 | 93,17 | | Coleta publica | 31.471 | 86,62 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 18.030| 80,53 | | Poco ou nascente | 1.004 | 2,76 | | Queimado/Enterrado | 759 | 2,09 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 90.924| 87,05 | | Outros | 1.478 | 4,07 | | Ceu aberto | 4.101 | 11,29 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 8.601| 6,21 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 31.540| 86,81| | Sistema de Esgoto | 26.446 | 72,79 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 189 | 0,52 | | Fossa | 2.232 | 6,14 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 164 | 0,45 | | Ceu aberto | 7.653 | 21,06 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 20.387 | 56,11 | | Madeira | 3.799 | 10,46 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 771 | 2,12 | | Material aproveitado | 245 | 0,67 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 3.392 | 9,34 | | Outros | 394 | 1,08 | | Energia Eletrica | 33.457 | 92,09 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 11.781 | 32,43 | +---------------------------------------------+ 77 CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2007 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | | Faixa Etaria (anos) | | Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------| | | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 155 | 3.440 | 2.568 | 4.578 | 7.631 | 6.795 | 24.070 | 7.804 | 5.318 | 6.378 | 68.737 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 154 | 3.328 | 2.423 | 4.315 | 7.686 | 7.067 | 27.098 | 9.170 | 6.359 | 8.239 | 75.839 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 309 | 6.768 | 4.991 | 8.893 | 15.317 | 13.862 | 51.168 | 16.974 | 11.677 | 14.617 | 144.576 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 6| 2| 132| 7| | 17| 9| 1| | | 10 a 19 | 144| | | | | 0,02| 0,01| 0,36| 0,02| | 0,05| 0,02| 0,00| | | anos | 0,98| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 513| 22| 1.285| 2.449| | 136| 11.249| 37| 1| 32| 20 anos | 872| | | | | 0,47| 0,02| 1,19| 2,26| | 0,13| 10,39| 0,03| 0,00| 0,03| e mais | 1,71| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 519| 24| 1.417| 2.456| | 153| 11.258| 38| 1| 32| Total | 1.016| | | | | 0,36| 0,02| 0,98| 1,70| | 0,11| 7,79| 0,03| 0,00| 0,02| | 1,55| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 51.275| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 38.071| 74,25 | | Rede publica | 35.603 | 93,52 | | Coleta publica | 33.789 | 88,75 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 19.418| 80,21 | | Poco ou nascente | 1.026 | 2,69 | | Queimado/Enterrado | 833 | 2,19 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 95.450| 88,14 | | Outros | 1.442 | 3,79 | | Ceu aberto | 3.449 | 9,06 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 8.532| 5,90 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 33.672| 88,45| | Sistema de Esgoto | 28.261 | 74,23 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 247 | 0,65 | | Fossa | 2.512 | 6,60 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 146 | 0,38 | | Ceu aberto | 7.298 | 19,17 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 22.430 | 58,92 | | Madeira | 3.496 | 9,18 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 712 | 1,87 | | Material aproveitado | 227 | 0,60 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 3.460 | 9,09 | | Outros | 283 | 0,74 | | Energia Eletrica | 35.722 | 93,83 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 11.469 | 30,13 | +---------------------------------------------+ 78 CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2008 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | | Faixa Etaria (anos) | | Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------| | | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 150 | 2.964 | 2.181 | 3.986 | 7.000 | 6.390 | 22.958 | 7.421 | 5.322 | 6.279 | 64.651 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 134 | 2.849 | 2.147 | 3.765 | 6.919 | 6.562 | 25.819 | 8.853 | 6.327 | 8.225 | 71.600 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 284 | 5.813 | 4.328 | 7.751 | 13.919 | 12.952 | 48.777 | 16.274 | 11.649 | 14.504 | 136.251 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 6| 2| 121| 7| | 15| 8| 1| | 3| 10 a 19 | 111| | | | | 0,02| 0,01| 0,38| 0,02| | 0,05| 0,02| 0,00| | 0,01| anos | 0,82| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 470| 22| 1.304| 2.383| | 137| 11.030| 37| 1| 25| 20 anos | 735| | | | | 0,45| 0,02| 1,25| 2,29| | 0,13| 10,59| 0,04| 0,00| 0,02| e mais | 1,49| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 476| 24| 1.425| 2.390| | 152| 11.038| 38| 1| 28| Total | 846| | | | | 0,35| 0,02| 1,05| 1,75| | 0,11| 8,10| 0,03| 0,00| 0,02| | 1,35| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 51.275| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 36.477| 71,14 | | Rede publica | 34.433 | 94,40 | | Coleta publica | 32.799 | 89,92 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 17.345| 80,04 | | Poco ou nascente | 877 | 2,40 | | Queimado/Enterrado | 829 | 2,27 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 92.461| 88,77 | | Outros | 1.167 | 3,20 | | Ceu aberto | 2.849 | 7,81 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 7.484| 5,49 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 32.528| 89,17| | Sistema de Esgoto | 27.410 | 75,14 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 258 | 0,71 | | Fossa | 2.487 | 6,82 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 123 | 0,34 | | Ceu aberto | 6.580 | 18,04 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 21.773 | 59,69 | | Madeira | 3.036 | 8,32 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 612 | 1,68 | | Material aproveitado | 229 | 0,63 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 3.335 | 9,14 | | Outros | 303 | 0,83 | | Energia Eletrica | 34.937 | 95,78 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 10.757 | 29,49 | +---------------------------------------------+ 79 CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2009 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | | Faixa Etaria (anos) | | Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------| | | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 228 | 2.712 | 2.171 | 3.640 | 6.829 | 6.241 | 23.000 | 7.659 | 5.585 | 6.543 | 64.608 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 244 | 2.572 | 2.173 | 3.478 | 6.789 | 6.441 | 25.939 | 9.097 | 6.780 | 8.598 | 72.111 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 472 | 5.284 | 4.344 | 7.118 | 13.618 | 12.682 | 48.939 | 16.756 | 12.365 | 15.141 | 136.719 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 10| 2| 133| 8| | 15| 9| 1| | 3| 10 a 19 | 123| | | | | 0,03| 0,01| 0,43| 0,03| | 0,05| 0,03| 0,00| | 0,01| anos | 0,93| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 467| 14| 1.403| 2.519| | 129| 11.473| 45| 2| 30| 20 anos | 747| | | | | 0,44| 0,01| 1,33| 2,38| | 0,12| 10,84| 0,04| 0,00| 0,03| e mais | 1,48| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 477| 16| 1.536| 2.527| | 144| 11.482| 46| 2| 33| Total | 870| | | | | 0,35| 0,01| 1,12| 1,85| | 0,11| 8,40| 0,03| 0,00| 0,02| | 1,37| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 53.413| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 37.407| 70,03 | | Rede publica | 35.350 | 94,50 | | Coleta publica | 33.758 | 90,25 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 16.794| 80,99 | | Poco ou nascente | 685 | 1,83 | | Queimado/Enterrado | 808 | 2,16 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 94.850| 89,58 | | Outros | 1.372 | 3,67 | | Ceu aberto | 2.841 | 7,59 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 7.628| 5,58 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 33.660| 89,98| | Sistema de Esgoto | 28.198 | 75,38 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 235 | 0,63 | | Fossa | 2.595 | 6,94 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 112 | 0,30 | | Ceu aberto | 6.614 | 17,68 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 22.706 | 60,70 | | Madeira | 2.698 | 7,21 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 583 | 1,56 | | Material aproveitado | 254 | 0,68 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 3.581 | 9,57 | | Outros | 448 | 1,20 | | Energia Eletrica | 35.934 | 96,06 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 10.537 | 28,17 | +---------------------------------------------+ 80 CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2010 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | | Faixa Etaria (anos) | | Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------| | | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Masculino | 196 | 2.565 | 2.241 | 3.654 | 6.658 | 6.614 | 24.004 | 8.192 | 6.236 | 7.413 | 67.773 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Feminino | 186 | 2.514 | 2.160 | 3.586 | 6.692 | 6.914 | 27.229 | 9.765 | 7.721 | 9.950 | 76.717 | |--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------| | Numero de Pessoas | 382 | 5.079 | 4.401 | 7.240 | 13.350 | 13.528 | 51.233 | 17.957 | 13.957 | 17.363 | 144.490 | +--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ | Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida | | Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------| | (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | | | | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 0 a 14 | 9| 2| 147| 6| | 10| 6| 3| | 2| 10 a 19 | 125| | | | | 0,03| 0,01| 0,48| 0,02| | 0,03| 0,02| 0,01| | 0,01| anos | 0,92| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | 15 anos e mais | 496| 13| 1.546| 3.069| | 143| 13.212| 41| 2| 35| 20 anos | 753| | | | | 0,43| 0,01| 1,36| 2,69| | 0,13| 11,59| 0,04| 0,00| 0,03| e mais | 1,38| | | |-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------| | Total | 505| 15| 1.693| 3.075| | 153| 13.218| 44| 2| 37| Total | 878| | | | | 0,35| 0,01| 1,17| 2,13| | 0,11| 9,15| 0,03| 0,00| 0,03| | 1,29| | | +-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+ +-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | N. de familias estimadas | 53.413| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % | |----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| | N. de familias cadastradas | 40.885| 76,55 | | Rede publica | 38.948 | 95,26 | | Coleta publica | 37.644 | 92,07 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 7 a 14 anos na escola | 16.972| 82,43 | | Poco ou nascente | 653 | 1,60 | | Queimado/Enterrado | 751 | 1,84 | |----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | 15 anos e mais alfabetizados | 103.588| 90,84 | | Outros | 1.284 | 3,14 | | Ceu aberto | 2.490 | 6,09 | |----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Pessoas cobertas c/ plano saude | 10.891| 7,54 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ |-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % | | N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------| |-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 37.522| 91,77| | Sistema de Esgoto | 31.861 | 77,93 | | Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| +-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 211 | 0,52 | | Fossa | 2.660 | 6,51 | +---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------| | TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 103 | 0,25 | | Ceu aberto | 6.364 | 15,57 | |---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Filtracao | 26.149 | 63,96 | | Madeira | 2.523 | 6,17 | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+ | Fervura | 571 | 1,40 | | Material aproveitado | 206 | 0,50 | | | No | % | |------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------| | Cloracao | 3.777 | 9,24 | | Outros | 320 | 0,78 | | Energia Eletrica | 39.621 | 96,91 | |------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+ | Sem tratamento | 10.388 | 25,41 | +---------------------------------------------+