produção de mudas de berinjela com uso de pó

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Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.12, n.2, p.163-170, 2010
ISSN 1517-8595
163
PRODUÇÃO DE MUDAS DE BERINJELA COM USO DE PÓ DE COCO
Maria Aparecida Moreira1, Fernando Moraes Dantas 3, Flávio Gabriel Bianchini2,
Pedro Roberto Almeida Viégas 1
RESUMO
O objetivo desse trabalho foi testar diversos tipos de substratos e dosagens de adubação para a
produção de mudas de berinjela, produzidas em ambiente protegido. No primeiro experimento
foram testadas, seis combinações de substratos, utilizando solo, esterco e pó de coco, com
adubação ou não, totalizando 12 tratamentos. A adubação foi feita utilizando 12 gramas por litro
de fosfato orgânico enriquecido com nitrogênio (N) e potássio (K) na formulação (3-12-6)
(Biosafra) misturado ao substrato. Avaliou-se: índice de velocidade de germinação,
porcentagem de germinação, altura de mudas, matéria fresca e seca de parte aérea, e matéria
fresca e seca de raiz. No segundo experimento foram avaliados os efeitos de cinco doses de
adubo (0, 3, 6, 12 e 24g de biosafra/L de substrato) no desenvolvimento de mudas de berinjela,
com o melhor substrato determinado no primeiro experimento, avaliando-se: número de folhas
(NF), altura de mudas (Alt), comprimento de raiz (CR), matéria fresca (MFA) e seca de parte
aérea (MSA), e matéria fresca (MFR) e seca de raiz (MSR). Nos dois experimentos, o
delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 4 repetições, utilizando-se 8
plantas por parcela. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias
comparadas pelo teste de Scott-Knott e por análise de regressão ao nível de 5% de
probabilidade. O melhor substrato foi o pó de coco adubado. No segundo experimento, para
todas as variáveis analisadas as doses de adubo foram significativas e as variáveis atingiram o
ponto máximo quando se utilizou a dose entre 16,30 e 20,41g de adubo.
Palavras-chave: Propagação, pó de coco, Solanum melongena.
EGGPLANT SEEDLING PRODUCTION IN COCONUT DUST SUBSTRATE
ABSTRACT
The purpose of this work was to test types of substrata and dosages of fertilization for the
production of eggplant seedlings in greenhouse. In the first experiment, six substrates
combinations, using soil, cattle manure, and coconut dust were tested with and without
fertilizers, totaling 12 treatments in all. The fertilizers were obtained by using 12 g.L-1 of
organic phosphate, enriched with nitrogen (N) and potassium (K) in the formularization (3-126) (Biosafra) mixed to the substrata. The rate of germination speed, germination percentage,
height of seedlings, aerial part, fresh and dry matter, and fresh and dry root matter were
calculated. In the second experiment, valued effects of five manure dosages (0, 3, 6, 12, 24g of
Biosafra/L) were observed in the development of seedling eggplants with the best substrate
determined in the first experiment, being taken into account: leaves number (NF), seedlings
height (Alt), root length (CR), aerial part of fresh matter (MFA) and aerial part of dry matter
(MSA), root fresh matter (MFR) and root dry matter (MSR). In two experiments, the
experimental delineation was randomized, with four repetitions and eight plants for package.
The data obtained were subjected to the analysis and the means compared by the Scott-Knott
test and by regression analysis. The best substrate was the fertilized coconut dust. In the second
experiment, for all analyzed variables, the manure dosages were significant and the variables
were obtained with manure dosage ranging from 16, 30 and 20, 41g.
Keywords: propagation, coconut dust, Solanun melongena
1
2
3
Eng. Agron. Professor adjunto Departamento Eng. Agronômica/DEA/UFS: [email protected]
Eng. Agron. Mestrando Departamento de Engenharia Agronomica/DEA/UFS: [email protected]
Eng. Agron. Departamento de Engenharia Agronomica/DEA/UFS: [email protected]
164
Produção de mudas de berinjela com uso de pó de coco
INTRODUÇÃO
A berinjela (Solanum melongena) é uma
planta tipicamente tropical e uma das culturas
oleráceas mais exigentes em temperatura,
sendo, inclusive, favorecida pelo calor
(Filgueira, 2005). A implantação da cultura é
feita através de muda e, segundo Filgueira
(2003), apesar do transplante de mudas
prolongar o ciclo da cultura, esta prática eleva a
produtividade e a qualidade do produto, além de
reduzir a quantidade de semente gasta.
A produção de mudas de qualidade é uma
das etapas mais importantes no cultivo de
hortaliças (Silva Júnior et al., 1995), pois delas
depende o desempenho final das plantas nos
canteiros de produção. Segundo Minami
(1995), 60% do sucesso de uma cultura residem
no plantio de mudas de boa qualidade.
Há necessidade de se verificar
experimentalmente, para cada espécie vegetal,
qual o substrato ou a melhor mistura de
substratos que permita obter mudas de
qualidade. Os substratos para produção de
mudas de olerícolas vêm sendo estudados
intensivamente, de forma a proporcionar
melhores condições de desenvolvimento e
formação de mudas de qualidade, em um curto
período de tempo, além do fator econômico
(Silva Júnior & Visconti, 1991).
O desenvolvimento da atividade de
produção e comercialização especializada de
mudas de hortaliças está baseado no grau de
desenvolvimento empresarial e, principalmente,
na pesquisa de melhores fontes e combinações
de substratos (Menezes Junior & Fernandes,
1998).
Com a modernização da agricultura e a
segmentação do mercado, surgiu a especulação
na atividade de produção de mudas (Luz et al.,
2000).
Existem
substratos
comerciais
empregados nesta atividade que são de boa
qualidade, porém seu custo é elevado. Uma
medida adequada consiste em utilizar substratos
regionais que possam ser obtidos facilmente, tal
como o pó de coco. (Meerow, 1994; Pragana,
1998).
A necessidade de caracterizar materiais
encontrados nas diferentes regiões do país e
torna-las disponíveis como substrato agrícola é
fundamental, pois, além de ser uma alternativa
para produzir os custos de produção, daria
destino ao resíduo acumulado.
A obtenção de mudas em bandejas traz
vantagens como ótima germinação, manejo
facilitado, uniformidade das mudas, economia
Moreira et al.
de água, menor dano as raízes no momento do
transplante (Taveira,1994; Minami, 1995;
Tessarioli Neto, 1995).
A qualidade de um substrato para
semeadura de hortaliças em bandejas depende
de sua estrutura física e de sua composição
química. Deve ser leve, absorver e reter
adequadamente a umidade e conter macro e
micronutrientes em níveis suficientes, pois as
espécies olerícolas, regra geral, crescem
rapidamente, sendo bastante exigentes (Silva
Junior & Visconti,1991), além disso deve
oferecer um ambiente favorável para o
desenvolvimento das raízes, como porosidade,
capacidade de retenção de água e textura
adequada (Meletti, 2000). Deve ainda estar
isento de elementos minerais ou qualquer outra
substância em concentração fitotóxica, assim
como de fitopatógenos, pragas e plantas
indesejáveis (Carneiro, 1995; Minami, 1995). O
substrato condiciona, ainda, uma grande
facilidade na retirada das mudas no transplante,
o que é muito importante para o melhor
desenvolvimento da planta (Filgueira, 2003),
pois com a diminuição dos danos causados as
raízes, devido ao transplante, a planta sofrerá
um menor estresse. Um bom substrato não deve
conter solo, devido à presença de fitopatógenos
e sementes de plantas daninhas e por dificultar a
retirada da muda com torrão (Filgueira, 2000).
Uma medida adequada consiste em
utilizar substratos regionais que possam ser
obtidos facilmente, tal como o pó de coco
(resíduo orgânico derivado do mesocarpo
fibroso do coco), que pode ser usado em
substituição a vermiculita e devido as suas
propriedades se torna um excelente material
orgânico para formulação de substratos (Nunes,
2000).
O pó de coco possui excelentes
qualidades físicas e químicas quando usado
como substrato, tais como alta retenção de
umidade,
resistência
a
degradação,
uniformidade, ser livre de patógenos e ervas
daninhas. No entanto, a sua alta relação C/N
pode provocar uma deficiência de nitrogênio na
produção de mudas (Vavrina, 1998 a e 1998 b,
Arenas et al., 2002). Para se corrigir a carência
de nutrientes nos substratos, pode-se usar a
suplementação de nutrientes (Bezerra, 2003),
com adubação ou uso de solução nutritiva
(Cañizares et al., 2002).
A presença da matéria orgânica na
formulação do substrato é fundamental pelo
papel que exerce na formação e estabilização
dos agregados do solo, melhorando a
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Produção de mudas de berinjela com uso de pó de coco
porosidade,
beneficiando
as
condições
aeróbicas, a drenagem e o armazenamento da
água (Tesdall & Oades, 1982). O uso de
materiais orgânicos na composição de um
substrato
melhora
a
permeabilidade,
contribuindo para a agregação de partículas
minerais e para correção da acidez (Miranda et
al., 1998).
O objetivo desse trabalho foi testar
diversos tipos de substratos e dosagens de
adubação para a produção de mudas de
berinjela produzidas em ambiente protegido.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram realizados dois experimentos,
sendo o primeiro para definir o melhor
substrato e a necessidade de adubação para
produção das mudas. No segundo experimento
testou-se a dosagem ideal de adubação.
Os experimentos foram realizados em
ambiente
protegido,
tipo
telado,
do
Departamento de Engenharia Agronômica
(DEA) no Campus da Universidade Federal de
Sergipe (UFS).
A semeadura foi feita em bandejas de
isopor com 128 células contendo os substratos
de acordo com os tratamentos. A cultivar
utilizada foi Florida Market.
No primeiro experimento foi feito
desbaste dez dias após emergência, após avaliar
as variáveis porcentagem de germinação e
índice de velocidade de germinação, deixando
uma planta por célula. No segundo experimento
foi feito logo após a emergência, deixando-se a
planta mais vigorosa.
A irrigação foi feita manualmente com
uma aplicação diária.
Experimento 1:
Os tratamentos utilizados foram: solo, pó
de coco, solo + pó de coco (1:1), solo + esterco
(1:1), pó de coco + esterco (1:1) e pó de coco+
esterco + solo (1:1:1) com ou sem adubação. A
adubação foi feita utilizando 12 gramas por litro
de fosfato orgânico enriquecido com nitrogênio
(N) e potássio (K) na formulação 3-12-6
(Biosafra) misturado ao substrato.
As avaliações foram feitas aos 29 dias
após semeadura, onde foi avaliado número de
folhas, altura das plantas, matéria fresca e seca
da parte aérea e matéria fresca e seca da raiz,
porcentagem de germinação e índice de
velocidade de germinação.
Foram feitas as seguintes análises físicas
e químicas do substratos: Nitrogênio total (%),
Moreira et al.
165
Carbono total (%), Matéria orgânica (g/dm3),
relação C/N, condutividade elétrica (dS/m), pH
(H2O) e Densidade Aparente (g.cm3).
O delineamento experimental foi
inteiramente
casualizado,
com
quatro
repetições, sendo a unidade experimental
constituída por oito plantas. Os dados obtidos
foram submetidos à análise de variância e as
médias comparadas pelo teste de Scott-Knott ao
nível de 5% de probabilidade para o primeiro
experimento e regressão no segundo
experimento.
Experimento 2:
Nesse experimento testou-se a dose de
adubo ideal utilizando como substrato o
resultado do experimento 1 (pó de coco). A
adubação foi feita utilizando as doses de 0, 3, 6,
12 e 24 gramas, por litro, de fosfato orgânico
enriquecido com nitrogênio (N) e potássio (K)
na formulação (3-12-6) (Biosafra), misturado ao
substrato.
As avaliações foram feitas 34 dias após
semeadura, onde foi avaliado número de folhas,
altura das plantas, comprimento de raiz, matéria
fresca e seca da parte aérea e matéria fresca e
seca da raiz.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pelos resultados obtidos (Tabela 1 e 2),
verificou-se que, para as variáveis altura das
plantas (AlT), índice de velocidade de
germinação (IVG), porcentagem de germinação
(PG), matéria fresca (MFA) e seca (MSA) de
parte aérea, matéria fresca (MFR) e seca (MSR)
de raiz , a interação entre os fatores adubação e
substrato foi significativo, onde o melhor
substrato foi o pó de coco (PC) adubado com
biosafra.
Para as variáveis MFA, MSA, MFR e
MSR, os substratos solo(S) e solo + esterco
(SE) apresentaram os piores resultados mesmo
quando adubados (Tabela 1).
Segundo Brandão (2000), pela massa de
matéria seca é possível saber qual substrato
forneceu maior quantidade de nutrientes para as
mudas. Filgueira (2005), afirma que um bom
enraizamento e o reinicio do desenvolvimento
da planta, após o choque do processo de
transplante são favorecidos por tecidos ricos em
matéria seca.
Na análise de regressão feita para a
adição de diferentes níveis de fosfato orgânico
enriquecido com nitrogênio (N) e potássio (K)
na formulação (3-12-6) (Biosafra) no substrato
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Produção de mudas de berinjela com uso de pó de coco
para a produção de mudas de berinjela,
observou-se diferença significativa para todas
as variáveis analisadas (Tabela 1).
Para todas as variáveis foi observado um
comportamento quadrático onde a resposta
máxima para número de folhas aconteceu com
16,3g de adubo produzindo o máximo de 4
Moreira et al.
folhas (Figura 1), suficiente para permitir o
transplantio.
A altura máxima das mudas foi obtida
com 18,46g de adubo (Figura 2) e o
comprimento máximo de raiz com 17,03g de
adubo (Figura 3).
4,5
s
a
lh 3
fo
e
d
o
re
1,5
m
ú
N
0
0
6
12
18
24
Doses (g)
Figura 1. Número de folhas de mudas de berinjela cultivadas em um
substrato com diferentes concentrações de adubo.
) 6
m
c
( 4,5
s
a
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l 3
p
e
d 1,5
a
r
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lt
A 0
0
6
12
18
24
Doses (g)
Figura 2: Altura de plantas de mudas de berinjela cultivadas em um
substrato com diferentes concentrações de adubo.
Figura 3: Comprimento de raiz de mudas de berinjela cultivadas em
um substrato com diferentes concentrações de adubo.
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Produção de mudas de berinjela com uso de pó de coco
Os valores máximos para as variáveis de
MFA e MFR foram obtidos com 19,13g e
19,44g de adubo respectivamente (Figuras 4 e
5)
A biomassa seca da parte aérea está
relacionada com a qualidade e quantidade de
folhas. Esta característica é muito importante
porque as folhas constituem uma das principais
fontes
de
fotoassimilados
(açúcares,
aminoácidos, hormônios, etc.) e nutrientes para
adaptação da muda pós-plantio, a qual
necessitará de boa reserva de fotoassimilados,
que servirão de suprimento de água e nutrientes
para as raízes no primeiro mês de plantio
(Bellote & Silva, 2000).
Moreira et al.
167
Nesse trabalho os valores máximos de
matéria seca foram obtidos com 20,14g de
adubo para matéria seca de parte aérea (Figura
6) e 20,41g para matéria seca de raiz (Figura 7).
Oliveira (2006), utilizando substratos orgânicos
para a produção de mudas de berinjela e
pimenta, encontrou resultados semelhantes de
matéria seca de parte aérea e raiz.
Segundo Brandão (2000), pela massa de
matéria seca é possível saber qual substrato
forneceu maior quantidade de nutrientes para as
mudas
0,25
0,2
) 0,15
g(
A 0,1
F
M
0,05
0
0
6
12
18
24
Doses (g)
Figura 4. Matéria fresca de parte aérea (MFA) de mudas de
berinjela cultivadas em um substrato com diferentes concentrações
de adubo.
0,25
0,2
)
g
( 0,15
R
F
M 0,1
0,05
0
0
6
12
18
24
Doses (g)
Figura 5. Matéria fresca de raiz (MFR) de mudas de berinjela
cultivadas em um substrato com diferentes concentrações de adubo.
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Produção de mudas de berinjela com uso de pó de coco
Moreira et al.
0,06
0,045
)
g
(
0,03
A
S
M
0,015
0
0
6
12
18
24
Doses (g)
Figura 6. Matéria seca de parte aérea (MSA) de mudas de
berinjela cultivadas em um substrato com diferentes
concentrações de adubo.
0,018
0,016
0,014
0,012
) 0,01
g
(
R0,008
S0,006
M
0,004
0,002
0
0
6
12
18
24
Doses (g)
Figura 7. Matéria seca de raiz (MSR) de mudas de berinjela
cultivadas em um substrato com diferentes concentrações de
adubo.
.
Tabela 1: Matéria fresca (MFA) e seca (MSA) de parte aérea e matéria fresca (MFR) e seca (MSR) de
raiz de mudas de berinjela em função da interação entre substrato e adubação.
Subst
PC
S
SPC
SE
PCE
SPCE
MFA (g)
C/adub
S/adub
927.56 aA 58.56 cB
195.72 cA 114.33 cB
622.07 bA 62.45 cB
247.41 cB 507.83 bA
692.53 bA 777.30 aA
704.43 bB 914.77 aA
MSA (g)
C/adub
S/adub
103.56 aA 8,54 dB
22.46 cA 12,04 dA
77.16 bA 10.26 dB
22.27 cB 53.04 cA
64.69 bA 76.62 bA
73.74 bB 111.15 aA
MFR (g)
C/adub
S/adub
607.88 aA 69.93 dB
147.42 cA 107.78 dA
543.05 aA 66.49 dB
142.49 cB 267.33 cA
364.02 bA 430.48 bA
527.15 aA 564.87 aA
MSR (g)
C/adub
S/adub
31.33 aA 4,19 cB
10.53 dA 7.20 cA
27.99 aA 5.48 cB
7.25 dB 17.37 bA
17.12 cA 23.00 bA
22.87 bB 32.53 aA
CV (%)
20,17
26,91
25.71
24.08
Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna, e maiúscula na linha não diferem entre si a 5% de probabilidade
pelo teste de Scott Knott.
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Produção de mudas de berinjela com uso de pó de coco
Moreira et al.
169
Tabela 2: Altura das plantas (ALT), porcentagem de germinação (PG) e índice de velocidade de
germinação (IVG) de mudas de berinjela em função da interação entre substrato e adubação (
Subst
ALT (cm)
PG (%)
IVG (%)
C/adub
S/adub
C/adub
S/adub
C/adub
S/adub
PC
3.84 aA 1.11 Db
72.91 aA 79.16 Aa
4.89 aA
5.73 aA
S
1.77 cA
1.71 cA
79.16 aA 77.08 Aa
4.20 aA
4.94 aA
SPC
3.06 bA
1.49 dA
65.62 aA 74.99 aA
4.40 aB
6.21 aA
SE
1.63 cA
2.00 cA
53.12 aA 13.54 Bb
2.17 bA
0,41 bB
PCE
2.67 bB
3.27 bA
48.95 aB 84.37 aA
1.69 bB
3.97 aA
SPCE
3.14 bB
3.78 aA
61.45 aB 85.41 aA
2.11 bB
4.95 aA
CV (%)
12.83
23.31
28.77
Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna, e maiúscula na linha não diferem entre si a 5% de probabilidade
pelo teste de Scott Knott.
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