Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Parte Um – Organização do corpo humano Definir os termos anatomia e fisiologia e identificar as diferentes formas como podem ser estudados. Anatomia: é a ciência que estuda a estrutura do corpo. Descreve por exemplo, a forma e o tamanho dos ossos do corpo, bem como a relação entre a estrutura de uma parte do corpo e a sua função. Anatomia geral: estuda as estruturas que podem ser observadas sem o auxílio do microscópio e podem ser abordadas numa perspectiva descritiva ou topográfica. o Anatomia descritiva: o corpo é estudado por sistemas e aparelhos. Um sistema ou aparelho é constituído por um grupo de estruturas que tem uma ou mais funções em comum (sistema cardiovascular, sistema nervoso, etc.). o Anatomia topográfica: o corpo é estudado por áreas, isto é, em cada uma das regiões, tais como a cabeça, o abdómen ou o braço todos os sistemas e aparelhos são estudados simultaneamente. Anatomia de superfície: estuda a forma externa do corpo e da sua relação com as estruturas internas. Isto implica o uso de técnicas imagiológicas como por exemplo o Raio-X, ultrassons, ressonâncias magnéticas, etc. Fisiologia: é a ciência que estuda os processos ou funções do organismo vivo. Os principais objectivos desta são compreender e prever as respostas do organismo aos diferentes estímulos e perceber de que forma o organismo mantém certas condições, dentro de uma estreita amplitude de valores, num ambiente permanentemente em mudança. Patologia: é a ciência que se dedica ao estudo de todos os aspectos da doença, com ênfase na causa e desenvolvimento das condições anómalas, bem como das alterações estruturais e funcionais resultantes da doença. Descrever e dar exemplos dos diferentes níveis da organização do corpo. 1. Nível químico: átomos combinam-se para formar moléculas. 2. Nível celular: as moléculas formam organelos que constituem a célula. 3. Nível dos tecidos: células semelhantes e as substâncias envolvem-se para constituir tecidos. 4. Nível dos órgãos: diferentes tecidos combinam-se para formar órgãos (bexiga). 5. Nível do sistema orgânico: órgãos como bexiga e rins constituem um sistema orgânico. 6. Nível do organismo: sistemas orgânicos formam um organismo. Enumerar as seis características de vida. As características essenciais da vida são: Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Organização: situação na qual as partes de um organismo têm relações específicas umas com as outras e interagem para executar funções especificas. A ruptura deste estado de organização pode resultar da perda de função e na morte. Metabolismo: conjunto das reacções químicas que ocorrem num organismo. O metabolismo é necessário às funções vitais, tais como a capacidade de resposta, crescimento, desenvolvimento e reprodução. Capacidade de resposta: propriedade de um organismo para se aperceber de alterações no seu ambiente interno e externo e se adaptar a elas. Crescimento: ocorre quando as células aumentam em tamanho ou número, produzindo um avolumar de todo o organismo ou de parte dele. Desenvolvimento: modificação que o organismo sofre ao longo do tempo, inicia-se com a fertilização e termina com a morte. O desenvolvimento implica, geralmente, o crescimento mas implica também a diferenciação e a morfogénese. o Diferenciação: alteração da estrutura e função das célula, de indiferenciada a especializada. o Morfogénese: alteração na forma dos tecidos, dos órgãos e de todo o organismo. Reprodução: formação de novas células ou organismos. Sistemas e órgãos do corpo Sistema tegumentar Sistema esquelético Sistema muscular Sistema nervoso Sistema endócrino Aparelho cardiovascular Sistema linfático Aparelho respiratório Aparelho digestivo Aparelho urinário Sistema reprodutor da mulher e do homem. Definir homeostase. Dar exemplos de feedback negativo e positivo. Homeostase: é a existência e a manutenção de um meio ambiente relativamente constante dentro do corpo. As células do nosso corpo estão rodeadas por um líquido que tem várias variáveis – volume, temperatura e constituição química – estas, têm que se manter dentro dos limites estreitos para que as células funcionem correctamente. Feedback negativo: a palavra “negativo” significa que qualquer desvio do setpoint é reduzido ou contrariado. A maioria dos sistemas do corpo humano é regulada por mecanismo de retroacção negativa. Exemplos: pressão arterial. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Feedback positivo: o termo “positivo” significa que sempre que há um desvio do valor normal, a resposta do sistema é no sentido de aumentar esse desvio. Este mecanismo não é homeostático e são raros os indivíduos saudáveis. A retroacção positiva cria um ciclo que se afasta da homeostase e que, em alguns casos, provoca a morte. Diminuição da pressão arterial abaixo da amplitude normal. Nascimento de um bebé – contracções do colo do útero. Terminologia e planos do corpo. Posições do corpo: A posição anatómica de um ser humano é de pé, erecto, com a face orientada para a frente, os braços pendentes ao longo do corpo e a palma das mãos também orientada para a frente. Um individuo está em supinação quando deitado de costas e pronação quando de barriga para baixo. Termos descritivos ou de referência: Termo Direito Esquerdo Superior Inferior Cefálico Caudal Anterior Posterior Ventral Dorsal Proximal Distal Definição Exemplo Referente ao lado direito do Ouvido direito corpo Referente ao lado esquerdo O olho esquerdo do corpo Estrutura acima da outra O queixo é superior ao umbigo Estrutura abaixo de outra O umbigo é inferior ao queixo Mais perto da cabeça que O queixo é cefálico em outra estrutura (sinónimo de relação ao umbigo superior) Mais perto da cauda que O umbigo é caudal em outra estrutura ( sinónimo de relação ao queixo inferior) A frente do corpo O umbigo é anterior à coluna vertebral Parte de trás do corpo A coluna vertebral é posterior ao esterno Refere-se ao ventre O umbigo é ventral à coluna (sinónimo de anterior) vertebral Referente ao dorso (sinónimo A coluna vertebral é dorsal de posterior) ao esterno. Mais próximo do ponto de O cotovelo é proximal ao inserção no corpo punho Mais distante do ponto de O punho é distal ao cotovelo inserção no corpo Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Lateral (externo) Em direcção oposta à linha média do corpo Em direcção à linha média do corpo Referente à superfície Mediano (interno) O mamilo é lateral ao esterno O dorso do nariz é mediano em relação ao olho A pele é superficial ao músculo Referente a algo distante da Os pulmões são profundos superfície, interior relativamente às costelas. Superficial Profundo Partes e regiões do corpo: O corpo pode ser divido em membros, superiores (Braço, antebraço, punho e mão), inferiores (coxa, perna, tornozelo e pé), e regiões medianas ou axiais: cabeça, pescoço e tronco (tórax, abdómen e pélvis). Superficialmente, o abdómen pode ser dividido em quadrantes ou em nove regiões (ver figura) (úteis para localizar órgãos internos ou descrever localização de um tumor). Sup.Direito Inf.Direito Sup. Esquerdo Hipocôndrio direito Epigastro Flanco direito Reg.Umbilical Hipocôndrio esquerdo Flanco esquerdo Inf. Esquerdo Quadrantes Região inguinal direito Hipogastro Região inguinal esquerda Regiões Planos: Um plano divide ou secciona o corpo tornando possível observar o seu interior e a sua estrutura. Planos do corpo: o Uma secção sagital mediana divide o corpo em duas partes iguais, esquerda e direita. Um corte parassagital produz duas partes desiguais, esquerda e direita. o Um plano horizontal divide o corpo em duas partes, superior e inferior. o Um plano frontal (coronal) divide o corpo em posterior e anterior. Secções de um órgão: o Um corte longitudinal de um órgão divide-o ao longo do eixo maior. o Um corte transversal faz um ângulo recto com o eixo maior de um órgão. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre o Um corte oblíquo faz um ângulo com o eixo maior diferente do ângulo recto. Cavidades corporais: A cavidade torácica é subdividida pelo mediastino. O diafragma separa a cavidade torácica da abdominal. A cavidade abdominal contém o estômago, os intestinos, o fígado, o baço, o pâncreas e os rins. A cavidade pélvica é rodeada pelos ossos pélvicos e contém a bexiga, parte do intestino grosso e os órgãos reprodutores internos. Membranas Serosas: As cavidades do tronco são revestidas por membranas serosas. A porção pariental de uma membrana serosa reveste a parede da cavidade e a porção visceral está em contacto com os órgãos internos. o As membranas serosas segregam um líquido que preenche o espaço entre as membranas visceral e pariental. As membranas serosas protegem os órgãos da fricção o As membranas pleurais envolvem os pulmões, o pericárdio, envolve o coração e o peritoneu delimita as cavidades abdominal e pélvica envolvendo os órgãos nelas contidos. Os epíplonos são porções do peritoneu que suportam os órgãos abdominais e proporcionam uma via de acesso aos vasos sanguíneos e nervos para os órgãos. Os órgãos retroperitoneus localizam-se “por detrás” do peritoneu pariental. Parte Dois - Suporte e Movimento Sistema Tegumentar Descrever as funções do sistema tegumentar: Visão do conjunto do sistema tegumentar: O sistema tegumentar tem as seguintes funções: Protecção Sensibilidade Regulação da temperatura Produção de vitamina D Excreção Descrever a estrutura e função da hipoderme: Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Hipoderme: é um tecido conjuntivo laxo que contém fibras de colagénio e de elastina, está localizada sobre a derme e é o que une a pele aos ossos e músculos subjacentes e lhe fornece (à pele) vasos sanguíneos e nervos. Constitui também um local de armazenamento de gordura. Descrever os componentes da pele e as suas funções. Explicar os factores que afectam a cor da pele. Pele: A pele é constituída por duas camadas. Derme: o Constituída por tecido conjuntivo, divide-se em duas camadas. o A camada reticular é a principal e é formada por um tecido conjuntivo denso irregular, que consiste principalmente em colagénio. o A camada papilar tem projecções designadas por papilas e é constituída por tecido conjuntivo laxo, bem irrigado por capilares. Epiderme: o A epiderme é constituída por epitélio pavimentoso estratificado dividido em cinco camadas – basal, espinhosa, granulosa, translúcida, e córnea (ordenadas da mais profunda para a mais superficial). o Essas camadas vão ganhando queratina e tornando-se mais achatadas, da mais profunda para a mais superficial. o A queratinização é a transformação de células vivas da camada basal, em células pavimentosas mortas da camada córnea. o A queratina mole encontra-se na pele e no interior dos pêlos, enquanto que a queratina dura se encontra nas unhas e no exterior dos pêlos. A queratina dura torna as células mais duradouras e estas células não descamam. Pele espessa e pele fina: A pele espessa possui todas as cinco camadas epiteliais. A derme sob a pele espessa origina as impressões digitais e plantares. Este tipo de pele não tem pelos e corresponde a zonas de fricção como a palma das mãos, dos pés. Pele fina contém menos fiadas de células por camada, e a camada translúcida encontra-se geralmente ausente. Os pêlos encontram-se neste tipo de pele. Cor da pele: Os melanócitos produzem melanina dentro dos melanossomas e transferem depois s melanina para os queratinócitos. O tamanho e a distribuição dos melanossomas determinam a cor da pele. A produção de melanina é determinada geneticamente mas pode ser influenciada por hormonas e pela radiação ultravioleta. O caroteno, um pigmento vegetal que é ingerido, pode causar uma aprência amarela na pele. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre O aumento do fluxo sanguíneo produz uma cor vermelha na pele, enquanto que a sua diminuição torna a pele pálida. A diminuição do conteúdo de oxigénio no sangue produz uma cor azulada que se denomina cianose. Anexos da pele: Descrever os tipos de pêlo e a estrutura deste. Analisar os seus estádios de crescimento. Descrever as glândulas da pele e as suas secreções. Descrever as partes constituintes da unha e explicar como as unhas são produzidas. Pêlo: O lanugo (pêlo fetal) é substituído perto do momento do nascimento por pêlos definitivos (pestanas, sobrancelhas, e couro cabeludo) e por penugem. Durante a puberdade, a penugem pode ser substituída por pêlos terminais. O pêlo é constituído por células epiteliais mortas queratinizadas sendo composto por um eixo central de células com queratina mole, chamada medula, que é rodeada por um cortéx de células com queratina dura. Este cortéx é recoberto pela cutícula, camada única de células preenchidas com queratina dura. Um pêlo possui 3 partes: haste, raiz, bulbo piloso O bulbo piloso produz o pêlo, em ciclos que envolvem uma fase de crescimento e uma fase de repouso. A cor do pêlo é determinada pela quantidade e tipo de melanina presente. A contracção dos músculos erectores do pêlo que são músculos lisos, “arrepia o pêlo”, e produz “pele de galinha” – piloerecção. Glândulas: As glândulas sebáceas produzem sebo, que engordura o pêlo e a superfície da pele. As glândulas sudoriparas merócrinas produzem suor que arrefece o corpo. As glândulas sudoriparas apócrinas produzem uma secreção orgânica que pode ser degradada por bactérias e originar o odor corporal. Outras glândulas da pele são as glândulas ceruminosas que contribuem para a produção de cerúmen (cera dos ouvidos) e as glândulas mamárias, que produzem o leite. Unhas: A unha é constituída por uma raiz ungueal e pelo corpo ungueal, que assenta no leito ungueal. Parte da raiz ungueal, a matriz ungueal, produz o corpo da unha, composto por várias camadas de células contendo queratina dura. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Sistema Esquelético – Ossos e tecido ósseo O sistema esquelético é constituído por ossos, cartilagens, tendões e ligamentos. (nota: Os tendões ligam os músculos esqueléticos aos ossos, e os ligamentos fixam ossos a ossos) Enumerar as principais funções do sistema esquelético: O sistema esquelético suporta o peso do corpo (suporte), protege os órgãos que envolve (protecção), possibilita o movimento do corpo ( movimento), armazena minerais e gorduras (armazenamento) e é o local de produção de células sanguíneas ( Produção de elementos sanguíneos) Cartilagem Descrever a estrutura e o crescimento da cartilagem hialina A cartilagem hialina consiste em células especializadas que produzem uma matriz em torno das células. Os condroblastos produzem cartilagem e tornam-se condrócitos. Os condrócitos encontram-se localizados nas lacunas envolvidas pela matriz. A matriz cartilagena contém fibras de colagénio (conferem resistência) e proteoglicanos ( retém água). O pericôndrio rodeia a cartilagem e tem duas camadas: o Externa(1): contém fibroblastos o Interna: contém condroblastos (1): é na camada externa do pericôndrio onde os vasos sanguíneos e nervos passam, não entrando na matriz. A cartilagem cresce por crescimento aposicional (cartilagem nova é acrescentada à superfície da existente, pelos condroblastos da camada interna do pericôndrio) e por crescimento intersticial (cartilagem nova é formada no seio da cartilagem já existente, pelos condrócitos que se dividem e produzem matriz adicional). Anatomia Óssea: Enumerar as principais formas de ossos e descrever as suas estruturas. Configuração dos ossos: Os ossos podem ser classificados como longos, curtos, achatados e irregulares. Estrutura dos ossos longos: 1. A diáfise (osso compacto) é o corpo de um osso longo e as epífises (osso esponjoso) são as extremidades. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre 2. A placa epifisária é o local de crescimento ósseo em comprimento, quando pára, esta ossifica e passa-se a chamar linha epifisária. 3. O canal medular é um espaço no interior da diáfise. 4. A medula vermelha é o local de produção de células sanguíneas e a medula amarela consiste na gordura. 5. O periósteo cobre a superfície externa do osso a. A camada exterior contém vasos sanguíneos e nervos b. A camada interior contém osteoblastos, osteoclatos e células progenitoras de osteocondrais. c. As fibras perfurantes sustentam o periósteo, os ligamentos ee os tendões, mantendo-os no seu lugar. 6. O endósteo reveste a cavidades no interior do osso e contém osteoblastos, osteoclastos e células progenitoras de osteocondrais. 7. A maior parte dos ossos dos membros superiores e inferiores. (colocar aqui as imagens da página 176 do livro) Resumo: (colocar quadro 6.1 da página 177) Estrutura dos ossos Achatados, Curtos e Irregulares: São formados externamente por osso compacto, que envolve osso esponjoso Não são alongados pelo que não apresentam diáfises. Alguns ossos achatados e irregulares do crânio contêm espaços cheios de ar denominados seios, revestidos por membrana mucosa. Histologia dos ossos: Matriz óssea: É constituída aproximadamente por cerca de 35% de material orgânico (colagénio) e 65% de material inorgânico (hidroxiapatite). O colagénio confere resistência e flexibilidade A hidroxiapatite suporta as forças de compressão. Células ósseas Osteoblastos Produzem colagénio e proteoglicanos (matriz). A ossificação ou osteogénese é a formação de ossos pelos osteoblastos. Os osteoblastos unem-se uns aos outros através de prolongamentos celulares e rodeiam-se por matriz óssea para se tornarem osteócitos. Têm origem nas células progenitoras osteocondrais. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Osteócitos: Encontram-se localizados nas lacunas, que se ligam entre si através dos canalículos. Osteoclastos: Com a cooperação dos osteoblatos destroem (reabsorvem) tecido ósseo. Têm origem nas células estaminais na medula óssea vermelha. Osso reticular e lamelar: O osso reticular contem fibras de colagénio orientadas em várias direcções diferentes. O osso lamelar está organizado em camadas finas, chamadas lamelas, com fibras de colagénio orientadas paralelamente umas às outras. Osso esponjoso e osso compacto: O osso esponjoso tem numerosos espaços o As lamelas combinam-se para formar trabéculas, esteios ósseos que se interligam para formar uma estrutura entrelaçada, com espaços preenchidos por medula óssea e vasos sanguíneos. o As trabéculas orientam-se ao longo de linhas de tensão e dão resistência estrutural. O osso compacto é denso e contém poucos espaços. o O osso compacto é constituído por lamelas organizadas: lamelas circunferenciais que cobrem a superfície exterior dos ossos compactos; lamelas concêntricas que rodeiam os canais centrais formando osteons; as lamelas intersticiais são remanescências de outras lamelas abandonadas após a remodelação óssea. o Os canais no interior do osso compacto providenciam um meio de troca pura de gases, nutrientes e produtos de excreção: a partir do periósteo ou do endósteo, os canais perfurantes transportam vasos sanguíneos para canais centrais e os canaliculos ligam os canais centrais aos osteócitos. Desenvolvimento ósseo: Indicar os dois padrões de formação óssea e descrever as características de cada um. Durante o desenvolvimento fetal existem dois padrões de formação de tecido ósseo, denominados por ossificação de membrana ou membranosa e ossificação endocondral. Estes termos referem-se ao tecido onde a formação do osso tem lugar: ossificação membranosa, em membranas do tecido conjuntivo, e ossificação endocondral, na cartilagem. Ambos os processos de ossificação começam por produzir osso reticular que depois, é remodelado. Após remodelação, o osso fromado por ossificação membranosa não se distingue do formado por ossificação endocondral. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Ossificação de membrana: o Alguns ossos cranianos, parte da mandíbula e as diáfises das clavículas desenvolvem-se a partir de membranas. o No interior das membranas, em centros de ossificação, os osteoblastos produzem osso ao longo das fibras da membrana para formar osso esponjoso. o Sob o periósteo, os osteoblastos depositam osso compacto para formar a superfície exterior do osso. o As fontanelas são áreas membranosas que não se encontram ossificadas no momento do nascimento. Ossificação endocondral: o A maior parte dos ossos desenvolvem-se a partir de um modelo cartilógeneo. o A matriz de cartilagem sofre calcificação e morre. Os osteoblastos formam osso na matriz cartilagínea calcificada, produzindo osso esponjoso. o Os osteoblastos constroem uma superfície exterior de osso compacto, localizada sob o periósteo. o Os centros de ossificação primários formam-se na diáfise durante o desenvolvimento fetal. Os centros de ossificação secundários formação nas epífises. o A cartilagem articular das extremidades dos ossos e a placa epifisária são cartilagens que não ossificam. (colocar aqui os esquemas das páginas 185- 186) Crescimento ósseo: Explicar a forma como ocorre o crescimento ósseo e descrever os factores que o afectam Ao contrário das cartilagens, os ossos não podem sofrer crescimento intersticial. O crescimento ósseo só pode ser aposicional (formação de osso novo na superfície do osso antigo ou da cartilagem). Por exemplo, as trabéculas crescem através da deposição na sua superfície, pelos osteoblastos, de nova matriz óssea. Crescimento do osso em comprimento: o Os ossos longos e os prolongamentos ósseos alongam-se através de um processo de crescimento na placa epifisária. o O crescimento da placa epifisária envolve o crescimento intersticial da cartilagem, seguida pelo crescimento ósseo aposicional. o A placa epifisária encontra-se organizada em 4 zonas: Zona de cartilagem em repouso: a cartilagem une-se à epífise Zona de proliferação: produz-se cartilagem nova do lado epifisário da placa, quando os condrócitos se dividem e formam pilhas de células. Zona de hipertrofia: os condrócitos amadurecem e aumentam de tamanho. Zona de calcificação: a matriz calcifica e os condrócitos morrem. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Osso calcificado: a cartilagem calcificada no lado diafisário na placa é substituído por osso. (Nota: A cartilagem nova forma-se na face epifisária da placa, à mesma velocidade com que se forma osso novo na sua face diafisária. Por isso, a placa epifisária mantém a mesma espessura, mas o comprimento da diáfise aumenta) Crescimento na cartilagem articular: o Envolve o crescimento intersticial da cartilagem, seguido pelo seu crescimento ósseo aposicional. o O crescimento da cartilagem articular resulta em epífises maiores e num aumento do tamanho dos ossos que não têm placas epifisárias (ossos curtos). Crescimento do osso em espessura: o O crescimento aposicional do osso sobre o periósteo aumenta o diâmetro dos ossos longos e as dimensões dos outros ossos. o (Colocar aqui a figura 6.17 da página 189) Factores que afectam o crescimento ósseo: o A forma e tamanho potenciais de um osso e a estatura final de um indivíduo adulto são determinados geneticamente. o Factores como a nutrição e as hormonas podem modificar grandemente a expressão desses factores genéticos. o Factores como deficiência em vitamina C e D, que alteram o processo de mineralização ou a produção de matriz orgânica, podem afectar o crescimento ósseo. o A hormona do crescimento, a hormona tiroideia, os estrogénios e a testosterona estimulam o crescimento ósseo. o Os estrogénios e testosterona estimulam o crescimento ósseo e o encerramento da placa epifisária. Remodelação óssea: Explicar como ocorre a remodelação óssea e descrever a forma como o stresse mecânico afecta a resistência do osso Durante o processo de remodelação óssea, os osteoclastos removem o osso velho e os osteoblastos depositam osso novo. A remodelação óssea converte o osso reticular em osso lamelar, e está envolvida no crescimento ósseo, na modificação da configuração óssea, na adaptação do osso ao stresse mecânico, na reparação óssea e na regulação dos iões cálcio no organismo. O osso ajusta-se ao stress mecânico por adição de tecido ósseo novo e através do realinhamento, por remodelação. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Reparação óssea: Descrever o processo de reparação óssea O osso é um tecido vivo que pode ser reparado após uma lesão. Este processo tem 4 passos principais: 1. Formação do hematoma: os vasos sanguíneos são lesados devido a uma fractura no osso, dando origem a hematoma (massa localizada de sangue extravasados dos vasos sanguíneos mas confinado dentro de um órgão ou espaço). 2. Formação do calo ósseo: o calo ósseo é uma massa de tecido que se forma no local da fractura e que une os topos ósseos fracturados. Forma-se um calo interno constituído por fibras e cartilagem e um calo externo, que é um anel osteocartilagíneo, que estabilizam os topos ósseos fracturados. 3. Ossificação do calo: os calos internos e externos ossificam, formando osso reticular. 4. Remodelação óssea: a reparação não está completa enquanto o osso reticular do calo interno e o osso morto adjacente ao local de fractura não forem substituídos por osso compacto. (Colocar figura 6.19 da página 194) Homeostasia do cálcio: Explicar o papel dos ossos na homeostasia do cálcio O osso é o principal local de armazenamento de cálcio no corpo humano, e o movimento de cálcio para dentro e para fora do osso contribui para determinar os níveis de cálcio no sangue. O cálcio move-se para dentro do osso à medida que os osteoblastos constroem o osso novo, e para fora à medida que os osteoclastos degradam o tecido ósseo. Quando os níveis sanguíneos de cálcio são demasiado baixos, a actividade dos osteoclastos aumenta. Inversamente, se os níveis sanguíneos de cálcio forem demasiado elevados, a actividade dos osteoclastos diminui. Os osteoclastos libertam menos cálcio do osso para o sangue que aquele que é removido do sangue pelos osteoblastos, para produzir osso novo. A PTH (reguladora dos níveis de cálcio) aumenta os níveis sanguíneos de cálcio porque estimula a degradação óssea, a absorção do cálcio no intestino delgado e a reabsorção do cálcio urinário. A calcitonina diminui o cálcio sanguíneo porque diminui a destruição óssea. Osteoblastos Fluxo de Ca para dentro do osso. Osteoclastos Fluxo de Ca para fora do osso. Calcemia Alta Calcemia baixa Aumenta actividade dos osteoclastos Aumenta actividade dos osteoblastos. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Efeito do envelhecimento no sistema esquelético: Descrever o efeito do envelhecimento nos ossos Com a idade perde-se matriz óssea, e a remanescente torna-se mais quebradiça. A perda de osso esponjoso resulta do adelgaçamento e perda de trabéculas. A perda de osso compacto dá-se principalmente na superfície interna dos ossos e implica uma menor formação de osteons. Diminui a formação de colagénio de hidroxipatite. A perda óssea aumenta o risco de fracturas e causa deformidade, redução de estatura, dor, rigidez e perda de dentes. Sistema Esquelético – Anatomia Macroscópica A anatomia macroscópica do sistema esquelético estuda os acidentes do osso, cartilagem, tendões e ligamentos que se podem ver sem o uso do microscópio. Os ossos secos e preparados revelam os acidentes principais, mas omitem as relações entre os ossos e as partes moles. Considerações gerais: Os ossos têm: Provavelmente durante a vida estavam inseridos, nesse tubérculo ou nessa apófise, um ligamento ou um tendão. Tubérculo (saliência arredondada) Apófises (prolongamentos) Buraco (foramen) – estava ocupado por algo como nervo ou vaso sanguíneo. Seios – cavidades cheias de ar revestidos por uma membrana mucosa. Composto apenas por osso compacto (Nota: por média o esqueleto de um adulto é composto por 206 ossos) Esqueleto Axial: O esqueleto axial divide-se em cabeça óssea, osso hióide, coluna vertebral e caixa torácica. O esqueleto axial forma o eixo vertebral do corpo. Protege também o encéfalo, a medula espinhal e os órgãos vitais alojados no tórax. Cabeça Óssea: Enumerar os acidentes ósseos do crânio mais importantes, observados de vários ângulos. Enumerar e descrever os ossos no neurocrânio e do viscerocrânio. A cabeça óssea ou caveira protege o encéfalo, suporta os órgãos d visão, da audição, do olfacto e do paladar; e fornece alicerces para as estruturas responsáveis pela entrada do ar, alimentos e água no organismo. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Vista superior do crânio: (Figura 7.2 pagina 209) Vista posterior do crânio: (Figura 7.3 pagina 210) As linhas curvas occipitais são pontos de inserção para músculos do pescoço. Vista lateral do crânio: (figura 7.4 pagina 211) O meato auditivo externo transmite ondas sonoras ao tímpano. Importantes músculos do pescoço inserem-se na apófise mastoideia. As linhas curvas temporais são pontos de inserção do músculo temporal (mastigação). O esfenóide é um único osso que atravessa o crânio A arcada zigomática forma uma ponte entre os ossos temporal e malar, através da superfície lateral do crânio. Vista frontal do crânio: (figura 7.6 e 7.8 7.9 da pagina 212) As principais estruturas da cabeça que se vêm de frente são o frontal, o malar (maçã do rosto), as maxilas e a mandíbula. Nesta vista, as aberturas mais evidentes da cabeça são as órbitas e as fossas nasais. As órbitas contêm os olhos. O canal lacrimal passa da órbita para a cavidade nasal através do canal lacrimo-nasal, e dá passagem às lágrimas, dos olhos para a fossa nasal respectiva. O nervo óptico, que transmite o sentido da visão, passa de olho para a cavidade craniana através do buraco óptico. As fossas nasais têm uma abertura em forma de pêra que se abre adiante, estando divididas em metades direita e esquerda por um septo nasal. O palato duro separa a cavidade nasal da cavidade bucal. A parede externa das fossas nasais apresenta três saliências ósseas, os cornetos nasais, que estão orientados para baixo. Os cornetos contribuem para aumentar a área da superfície das fossas nasais, pelo que facilita a humidificação, remoção de partículas e aquecimento do ar inalado. Os seios diminuem o peso do crânio e actuam câmaras de ressonância durante a emissão da voz. Interior da caixa craniana: (figura 7.11 pagina 216) Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre A apófise crista galli é o ponto de inserção de uma das meninges. Os nervos olfactivos estendem-se para o tecto da cavidade nasal através da lâmina crivada. A sela turca é ocupada pela hipófise A medula espinhal e encéfalo continuam-se ao nível do buraco occipital. Vista inferior do crânio: (figura 7.12 pagina 218) Os côndilos occipitais são pontos de articulação entre a cabeça óssea e a coluna vertebral. O sangue chega ao encéfalo pelas artérias carótidas internas, que passam pelos canais carotídeos, e pelas artérias vertebrais, que passam pelo buraco occipital. A maior parte do sangue deixa o encéfalo pelas veias jugulares internas, que saiem pelos buracos láceros posteriores. As apófises estiloideias proporcionam pontos de inserção a três músculos envolvidos no movimento da língua, osso hióide e faringe. O palato duro forma o pavimento da cavidade nasal. Osso Hióide: O osso hióide que “flutua” no pescoço, é o local de inserção para os músculos da garganta e da língua. Coluna vertebral: Descrever o desenvolvimento das quatro maiores curvaturas da coluna vertebral. Enumerar as características próprias das vértebras da região cervical, torácica, lombar e sagrada. A coluna vertebral, situa-se na região posterior e mediana do tronco, e divide-se em 4 porções: o o o o É constituída por 33 ou 34 vertebras: o o o o o Região cervical (convexa para a frente) Região torácica (convexa para trás) Região lombar (convexa para a frente) Região Sagrada e coccígea (convexa para trás) 7 cervicais 12 torácicas ou dorsais 5 lombares 5 sagradas ( fundem-se e formam o sacro) 4 ou 5 coccígeas (fundem-se e formam o cóccix) Tem 5 funções: o o o Suporte; Protege; Permite a saída de nervos raquidianos (pelos buracos de conjugação) Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre o o Local de inserção muscular Permite o movimento da cabeça e do tronco. (Nota: a coluna no seu plano frontal não é completamente direita, tem algumas curvaturas que caiem dentro da normalidade, vista lateralmente tem 4 curvaturas: cervical, dorsal, lombar e sacro-coccigea) (figura 7.15 da página 225) Discos intervertebrais: Os corpos vertebrais adjacentes estão separados pelos discos intervertebrais. O disco tem uma cobertura exterior fibrosa (anel fibroso), envolvendo um interior gelatinoso (anel pulposo). Com a idade o disco vai sendo comprimido de tal modo que diminui a distancia entre as vértebras e assim a altura total do individuo diminui também. Plano geral das vértebras: Uma vértebra típica é constituída por corpo, arco vertebral e diversas apófises. o A parte do corpo e do arco vertebral (pedículo e lâmina) formam o buraco vertebral, que contem e protege a medula espinhal. o Os nervos raquidianos saem do canal raquidiano pelos buracos de conjugação o As apófises transversas e espinhosas servem como pontos de inserção de músculos e ligamentos. o As vértebras articulam-se entre si pelas apófises articulares superiores e inferiores. ( figura 7.19 da página 227) Diferenças regionais das vértebras: Vértebras cervicais: o Têm corpos muito pequenos o Apófises espinhosas parcialmente bifidas (bipartidas). o Em cada apófise transversa existe um buraco transversário pelo qual as artérias vertebrais se dirigem para a cabeça. o Apenas as cervicais possuem buracos transversários. o A primeira vértebra cervical – atlas (ver figura 7.22 a) )– não tem corpo vertebral ( substituído pela apófise odontoideia da 2º vértebra cervical – áxis-); não tem apófise espinhosa, mas tem grandes facetas articulares superios onde se reúne os côndilos occipitais na base do crânio. o A segunda vértebra cervical – áxis (ver figura 7.22 b) ) – tem a apófise odontoideia. o A apófise espinhosa da 7º vértebra cervical, não é bífida, é bastante pronunciada. (figura 7.22 da página 228) Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Vértebras tóracicas: o Têm apófises espinhosas longas e finas que se dirigem para baixo, e apófises transversais relativamente compridas. Também possui hemifacetas. (figura 7.23 da página 229) Vértebras lombares: o As vértebras lombares têm corpos largos e espessos e apófises transversas e espinhosas fortes e rectangulares. (figura 7.24 da pagina 230) Vertebras sagradas – sacro: o As cinco vértebras estão fundidas num osso único – sacro. o As apófises transversas fundem-se para formar as asas do sacro. o As apófises espinhosas das primeiras 4 vértebras fundem-se para formar a crista sagrada. o A apófise espinhosa da quinta vértebra não se funde formando um hiato sagrado, na extremidade inferior do sacro. o O promontório sagrado serve como referencia que separa a cavidade abdominal da cavidade pélvica. Cóccix: o É a porção mais inferior da coluna vertebral o Consiste em quatro vértebras fundidas ligadas ao sacro. o São de tamanho muito reduzido e não possuem buracos vertebrais nem apófises bem desenvolvidas. (figura 7.25 da pagina 230) Caixa torácica: Descrever as partes constituintes da caixa torácica e explicar o seu funcionamento A caixa torácica (formada pelas costelas, cartilagens costais associadas e esterno) protege os órgãos torácicos e varia de volume durante a respiração. Esterno: o o o o Osso ímpar e mediano; Porção mais volumosa Face interior convexa Constituído por 3 segmentos: Manúbio; Corpo; Apêndice xifoideu – pode ser de cartilagem ou osso e ter ou não um buraco) Costelas e cartilagens costais (12 pares): o Classificam-se segundo a aderência ao esterno; Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Esternais ou verdadeiras (7 pares superiores) – articulam-se atrás com as vértebras tóracicas e adiante unem-se ao esterno através das suas cartilagens costais. Asternais ou falsas (5 pares inferiores) – articulam-se com as vértebras torácicas mas não se articulam directamente com o esterno Costelas ventro-condrais (aderentes) (8º,9º,10º) – reúnem-se numa cartilagem comum, que por sua vez se insere no esterno, através da fusão com a cartilagem costal das sétimas costelas. Costelas flutuantes (11º e 12º) – não têm qualquer ligação com o esterno. (figura 7.26 da pagina 231) Esqueleto Apendicular: Nomear e descrever os ossos da cintura escapular e do membro superior. Nomear os principais acidentes desses ossos e descrever as suas funções. Nomear e descrever os ossos da cintura pélvica e do membro inferior. Nomear os principais acidentes destes ossos e descrever as suas funções. O esqueleto apendicular consiste nos membros superiores e inferiores e cinturas que ligam os membros ao resto do corpo. Cintura escapular e membro superior: (figura 7.28 da pagina 233) Cintura escapular/ombro: Constituída por dois pares: o Omoplata – osso achatado e triangular. A omoplata articula-se com o úmero e a clavícula. Serve como ponto de inserção para músculos do ombro, dorso e braço. o Clavícula – osso longo com uma ligeira curva sigmoide. Extremidade externa da clavícula articula-se com o acrómio. Extremidade interna articula-se com o manúbrio do esterno. A clavícula afasta o ombro do tronco, permitindo o movimento livre do braço. (figura 7.29 da pagina 234) Braço: Constituído apenas por um osso – úmero o Cabeça articula-se com cavidade glenoideia da omoplata. o O côndilo articula-se com o rádio. o A tróclea artivula-se com o cúbito Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre o Os locais de inserção de músculos são o troquino e o troquiter, a impressão deltoideia, o epicôndilo e a epitróclea. (figura 7.30 da pagina 235) Antebraço: Apresenta dois ossos – cúbito (corresponde ao mindinho) e rádio (corresponde ao polegar). o Cúbito: Extremidade superior: Olecrânio (cotovelo; Apófise coronoideia (forma de bico de corvo) Grande cavidade sigmoideia – articula-se com a tróclea do úmero Pequena cavidade sigmoide ou chanfradura do cúbito. o Corpo ou diáfise: 3 bordos e 3 fases - polígono triangular Extremidade inferior: Cabeça – articula-se simultaneamente com o rádio e os ossos do carpo. Apófise estiloideia – inserem-se ligamentos ao punho Rádio: Extremidade superior: Cabeça/tacícula radial– é concava e articula-se com o côndilo do úmero. Tuberosidade bicipal – é o ponto de inserção de um músculo. Corpo ou diáfise: 3 bordos e 3 fases Extremidade inferior: Apófise estiloideia – inserem-se ligamentos do punho Figura 7.31 da pagina 236 Punho: Composto por 8 ossos que constituem o CARPO Região de transição entre o antebraço e a mão. Os ossos do carpo articulam-se com o rádio e o cúbito e com a cabeça dos metacarpos. o Fileira proximal: Escafóide Semi-lunar Piramidal Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre o Pisiforme Fileira distal: Trapézio Trapezóide Grande osso Unciforme Metacárpicos: São 5 e contam-se do polegar para o mendinho; Os espaços entre os metacárpicos são ocupados por tecidos moles; Dedos: Contam-se do polegar para o mendinho (1º,2º,3º,4º e 5º dedo); Cada dedo é contituido por 3 falanges, excepto o polegar que é constituído por 2. Forma-se muitas vezes na junção entre a falange proximal do polegar e o respectivo metacarpico do polegar um ou dois ossos sesamoideus. Figura 7.32 da pagina 237 Cintura pélvica e membro inferior: Cintura pélvica: É formada pelos ossos coxais direito e esquerdo – ossos ilíacos Os dois ossos coxais reúnem-se um com o outro adiante e com o sacro, atrás, para formar a bacia óssea ou pelve e artiulam-se também com o fémur através do acetábulo. o Osso coxal é formado por: Ílion (virilha) Ísquion (anca) Púbis (pêlo genital) Figura 7.36 da pagina 239 Comparação entre a bacia feminina e masculina: Quadro 7.8 da pagina 241 Coxa: O osso da coxa é o fémur (maior osso do corpo) o Extremidade superior: Cabeça – articula-se com o acetábulo. Colo Grande trocâncer – pontos de inserção de músculos; Pequeno trocâncer – pontos de inserção de músculos. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre o o Corpo do fémur Extremidade inferior: Côndilos interno e externo – articulam-se com a tíbia Epicôndilos internos e externos – inserção de músculos Tróclea – articula-se com a rótula Figura 7.39 da pagina 241 Rótula: Tem a função de dar anexo ao tendão do quadricípete crural. Articula-se com a tróclea femural Figura 7.40 da pagina 242 Perna: A perna é constituída pela tíbia e pelo perónio. o Tíbia: Maior dos dois ossos; Parte interna da perna; Articula-se com o fémur, o perónio e o astrágalo. Apresenta 3 tuberosidades (anterior, interna e externa) O maléolo contribui para formar a face interna da articulação do tornozelo. o Perónio: Osso externo da perna; Não se articula com o fémur mas articula-se com a tíbia por uma pequena cabeça proximal. O maléolo externo forma a face externa da articulação do tornozelo. Figura 7.41 da pagina 242 Pé: A porção proximal do pé é formada por 7 ossos társicos; o Astrágalo o Calcâneo o Escafoide o Cubóide o 1º,2º e 3º cuneiforme O astrágalo é onde se arucula a tíbia e o perónio. O calcâneo está abaixo do astrágalo e suporta-o O pé é formado pelos 5 ossos metatársicos (contados de dentro para fora – polegar mindinho) Os dedos dos pés são constituídos por 3 falanges excepto o dedo grande que tem apenas 2. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre As arcadas ósseas transferem peso do tornezelo para os dedos dos pés e permitem ao pé acomodar-se a muitas posições diferentes. Figura 7.43 e 7.44 da pagina 243 e 244. Articulações e movimento Articulação é o local onde os ossos se reúnem. Designação das articulações: As articulações designam-se de acordo com os ossos ou partes dos ossos envolvidos. Classificação das articulações: Esta classificação pode ser feita a dois níveis: Classificam-se de acordo com o tipo mais importante de tecido conjuntivo que mantém contacto entre os ossos, e a existência ou não de uma cápsula articular cheia de líquido. Estrutura: o Fibrosas o Cartilagíneas o Sinoviais Função/mobilidade: o Sinartroses – imóveis ou muito pouco móveis o Anfiartroses – semi-móveis o Diartroses – móveis 1. Articulações fibrosas: Dois ossos unidos por tecido conjuntivo fibroso; Movimento ausente ou diminuto Cavidade articular ausente Classificam-se em : o Suturas o Sindesmoses o Gonfoses 1.1. Suturas Ligações dos ossos do crânio; Raramente são lisas; Sutura coronal, sagital e lambdóide não estão completamente fundidas, logo pode haver algum movimento; Podem ossificar; A sutura escamosa possui algum movimento por causa das fontanelas. 1.2. Sidesmoses: Ossos que a constituem estão afastados; Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Unidos por ligamentos à distância; Ossos unidos por membranas inter-ósseas (rádio/cúbito e tíbia/periósteo) Pode haver algum movimento, não muito. Figura 8.3 da pagina 252 1.3. Gonfoses Articulações especializadas; Encaixe em cavidades; Mantidas no seu lugar por finos feixes de tecido conjuntivo. Os feixes de tecido conjuntivo entre os dentes e os seus encaixes são os ligamentos peri-odontais. Exemplo deste tipo de articulação é os dentes. Figura 8.4 da pagina 252 2. Articulações cartilagíneas: Ossos unidos por cartilagem hialina ou fibrocartilagem. Classificam-se em: o Sincrodoses (cartilagem hialina) o Sínfises (fibrocartilagem) 2.1. Sincondroses Movimento escasso A maioria das sincondroses forma sinostoses A junção de dois ossos faz-se por cartilagem hialina Exemplo : Placas epifisárias, articulações costo-esternais Figura 8.5 da pagina 253 2.2. Sínfises Une dois ossos por fibrocartilagem por superfícies planas; São semi-móveis Exemplos: sínfise púbica, discos intervertebrais e sincondroses costo esternais. 3. Articulações sinoviais: As articulações sinoviais são capazes de grande mobilidade. Consistem no seguinte: o Cartilagem articular nas extremidades dos ossos, proporcionando uma superfície lisa para a articulação. Os meniscos podem proporcionar apoio adicional. o Uma cavidade articular rodeada por uma cápsula articular de tecido conjuntivo fibroso que reúne os ossos mas lhes permite mobilidade, e uma membrana sinovial, que produz líquido sinovial que lubrifica as articulações. As bolsas sinoviais são extensões de articulações sinoviais que protegem a pele, tendões ou osso das estruturas que poderiam exercer atrito sobre elas. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre São as mais complexas das outras duas. São a maior parte das articulações do esqueleto apendicular Liquido sinovial tem proteínas e lípidos e serve para lubrificar as superfícies articulares e nutre as cartilagens hialinas. Os vasos sanguíneos não penetram na cartilagem nem entram na cavidade articular; Os nervos sensitivos entram na cápsula fibrosa mas não entram na cartilagem nem na cavidade articular. Classificam-se em: o Antrodias o Efipiartroses o Trocleartroses o Trocartroses o Enartroses o Condilartroses O movimento destas pode ser: o Mono axial – num plano o Bi-axial – 2 planos (tornozelo) o Multi-axial – vários planos (ombro) 3.1. Antrodias – planas: 2 Superfícies planas opostas e aproximadamente iguais. Mono-axiais Não têm grande movimento. Exemplo: Apófises articulares entre as vértebras. 3.2. Efipiartroses – em sela 2 Superfícies articulares em forma de sela. Orientadas em ângulo recto Bi-axiais Exemplo: articulações do carpo-metacárpica do polegar Figura 8.9 da pagina 255 3.3. Trocleartroses – roldana 1 superficie articular em forma de duplo cone; Mono-axial Exemplo: Cotovelo e o joelho 3.4. Trocartroses – cilíndricas Apófise óssea cilíndrica; Rotação em torno de um único eixo Anel parcialmente composto de osso e ligamento Exemplo: Articulação da cabeça do rádio com a extremidade proximal do cúbito e apófise odontoideia do áxis no atlas. Figura 8.11 da página 256 Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre 3.5. Enartroses – esféricas Consiste numa cabeça esférica na extremidade de um osso e num encaixe no osso adjacente em que entra uma porção dessa cabeça. Multi-axial Exemplo: articulações do ombro e anca. 3.6. Condilatroses – elípticas As superfises articulares são mais de forma elíptica do que esférica. Bi-axiais Exemplo: Articulação occipito-atlodeia, mandíbula Figura 8.13 da pagina 256 Tipos de movimento: Movimentos de deslizamento – quando duas superfícies planas deslizam uma sobre a outra. Movimentos angulares – são a flexão/extensão, abdução/adução e flexão plantar e dorsiflexão. Figuras 8.14, 8.15 e 8.16 8.17 e 8.18 da página 257 e 258 Movimentos circulares – rotação, pronação/supinação e circundação Figuras 8.19, 8.20 e 8.21 da pagina 258 e 259 Movimentos especiais – Elevação/abaixamento, projecção/retracção, didução, inversão/eversão e oponência/retorno à posição neutra. Figuras 8.22 a 8.26 da pagina 259 e 260. Movimentos combinados – envolvem dois ou mais dos movimentos supracitados Amplitude do movimento é a quantidade de movimento, activo (músculos) ou passivo (força externa), permitido numa articulação. Esta amplitude pode ser influenciado por vários factores como: superfícies articulares, cartilagem, tendões, ligamento e músculos, dor e o “uso”. Descrição de algumas articulações: Articulação tempero-mandibular ou tempero-maxilar é uma articulação complexa (bicondilartrose conjugada), entre ossos temporal e mandibular. É capaz de executar movimentos de elevação/abaixamento, propulsão e retropulsão e lateralidade ou didução. O ombro é uma articulação esférica (enartrose), entre a cabeça do úmero e a cavidade glenoideia da omoplata, que permite um amplo leque de movimentos. É reforçada por ligamentos e pela coifa dos rotadores. O tendão de longa porção do bicípite braquial atravessa Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre a cápsula articular. A articulação do ombro pode executar movimentos de flexão/extensão, abdução/adução, rotação e circundação. A articulação do cotovelo é uma articulação em roldana complexa (troco-condilo-trocartrose) entre o úmero, o cúbito e o rádio. O movimento é limitado a flexão e extensão. A anca é uma articulação em esfera (enartrose) entre a cabeça do fémur e o acetábulo do coxal, altamente reforçada por ligamentos e capaz de executar um amplo leque de movimentos, como a flexão, extensão, abdução, adução, rotação e circundação. O tornozelo +e uma articulação especial em tróclea entre a tíbia, o perónio e o astrágalo que permite flexão/extensão e inversão/eversão do pé. Os ligamentos das arcadas plantares seguram os ossos de maneira a definir um arco e transferem o peso do pé. O joelho é uma articulação complexar troclear (bicôndilo menisco trocleartrose) entre fémur e a tíbia (e a rótula) e é suportado por muitos ligamentos. A articulação permite flexão/extensão e uma ligeira rotação da perna. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Sistema Muscular: Histologia e Fisiologia Há três tipos de tecido muscular: esquelético, liso e cardíaco. Sendo que, a contracção do primeiro está dependente da nossa vontade, enquanto que os outros dois não. Funções do sistema muscular: 1. Movimento corporal 2. Manutenção da postura: permite ficar sentado ou em pé. 3. Respiração: movimentos necessários à respiração pelo qual o tórax é responsável. 4. Produção de calor corporal: da contracção dos músculos esqueléticos resulta calor, que é crítico para a manutenção da temperatura corporal. 5. Comunicação: estão envolvidos em todos os aspectos da comunicação, como o falar, escrever, gestos e expressões faciais. 6. Constrição de órgãos e vasos: a contracção dos músculos lisos nas paredes dos órgãos internos e nos vasos provoca a constrição destes. 7. Batimento cardíaco Características gerais do funcionamento do músculo: Propriedades/características dos músculos: Contractilidade: capacidade que o musculo tem para se contrair. Excitabilidade: capacidade que o musculo tem para responder a estímulos. Extensibilidade: músculo pode ser estirado (alargado). Elasticidade: depois de estirado o músculo retorna ao seu comprimento em repouso original. Tipos de tecido muscular: Quadro 9.1 da pagina 281 Estrutura do músculo-esquelético Os músculos esqueléticos compõem-se de fibras musculares esqueléticas, associadas a pequenas quantidades de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e nervos. As fibras musculares esqueléticas são células musculares cilíndricas. As fibras musculares derivam do mioblasto. A alternância de bandas claras e bandas escuras dá à fibra muscular um aspecto estriado. O nome da membrana celular das fibras musculares é chamado de sarcolema. Tecido conjuntivo: O tecido conjuntivo serve para acumular as fibras musculares e une os músculos aos tendões ou insere-os nos ossos. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Lâmina externa: é composta por fibras reticulares e envolve cada uma das fibras musculares. Endomísio: rede delicada de tecido conjuntivo laxo que envolve as fibras musculares por fora da lâmina externa. Perimísio: tecido conjuntivo mais denso que envolve os feixes de fibras musculares. Epimísio: tecido conjuntivo denso, fibroso e colagénio que recobre o musculo ( conjunto de vários feixes musculares) Fáscia: tecido conjuntivo fibroso que envolve o corpo, formando uma bainha sob a pele; também separa cada músculo e , em alguns casos, envolve grupos musculares. A fáscia em torno dos músculos chama-se de epimísio. Nervos e vasos sanguíneos: Os neurónios motores estendem-se em associação com as artérias e veias pelo tecido conjuntivo dos músculos esqueléticos. A nível do perimísio, os axónios dos neurónios motores ramificam-se e cada ramo projecta-se para uma fibra muscular, formando uma sinapse. Fibras musculares: Fibra muscular é uma célula única que consiste numa membrana celular (sarcolema), citoplasma (sarcoplasma), diversos núcleos e miofibrilhas. As miofibrilhas compõem-se de duas espécies de filamentos proteicos: miofilamentos de actina ( miofilamentos finos) e miofilamentos de miosina (miofilamentos grossos). Os miofilamentos de actina e miosina organizam-se em unidades altamente organizadas chamadas sarcómeros, que se unem topo a topo para formar miofibrilhas. Miofilamentos de actina e miosina: Cada miofilamento de actina é composto por duas cadeias de actina fibrosa (actina F), uma série de moléculas de tropomiosina e uma série de moléculas de troponina Os monómeros de actina F são actina globular (actina G). estes têm um lugar especifico a que se podem ligar moléculas de miosina durante a contracção muscular. A tropomiosina é uma proteína alongada que se insinua na fenda de dupla hélice de actina F. cobre sete locais activos de actina G. A troponina compõem-se de três sub-unidades: uma que se liga à actina, a segunda que se liga à tropomiosina e a terceira que se liga a iões cálcio. O complexo de tropomiosina e troponina regula a interecção entre os locais activos da actina G e a miosina. Os miofilamentos de miosina compõem-se de muitas moléculas de miosina alongadas., com a forma de um taco de golfe. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Cada molécula de miosina consiste em duas moléculas de miosina pesada – porção cilíndrica. E duas cabeças que se estendem lateralmente. As cabeças de miosina têm três propriedades importantes: podem ligar-se a sítios activos da actina, formando pontes; a cabeça liga-se à porção cilíndrica da molécula de miosina por uma zona encurvada que se pode dobrar e estreitar durante a contracção; as cabeças têm actividade de ATPase, actividade enzimática que desdobra ATP, libertando energia. Figura 9.4 da pagina 284 Sarcómeros: unidades que se repetem Figura 9.5 da pagina 285 Notas: As zonas onde há sobreposição de miofilamentos são escuras, pois são mais espessas. As zonas onde não há sobreposição de miofilamentos são claras, pois são menos espessas. Durante a contracção o sarcómero modifica-se em algumas bandas. Modelo de Deslizamento dos Filamentos: Os miofilamentos de actina e miosina não mudam de comprimento durante a contracção. O que acontece é que esses miofilamentos deslizam uns pelos outrso de uma forma que leva ao encurtamento dos sarcómeros. A banda I e zonas H tornam-se mais estreitas durante a contracção e a banda A mantem um comprimento constante. Por isso, quando os sarcómeros encurtam, as miofibrilhas, as fibras musculares, os feixes e os músculos encurtam, produzindo a contracção muscular. Fisiologia das Fibras do Músculo-esquelético: Os axónios das células nervosas estendem-se do éncefalo e da medula espinhal para as fibras dos músculos esqueléticos. O sistema nervoso controla as contracções dos músculos esqueléticos através de sinais eléctricos, chamados potenciais de acção, que são transmitidos ao longo dos neurónios até às fibras musculares. Os potenciais de acção transmitidos pelos neurónios estimulam a produção de potenciais de acção nas fibras musculares, que as levam a contrair. Potenciais de membrana: As membranas celulares são polarizadas, o que significa que existe ma diferença de carga, potencial de membrana em repouso, através da membrana celular. A membrana fica polarizada quando a tendência para iões K+ para se Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre difundirem para fora da célula é resistida pelas cargas negativas das moléculas no interior da célula. Canais iónicos: O potencial de acção é a reversão do potencial da membrana em repouso, de modo a que o interior da membrana celular se torna positivo. Os canais iónicos são responsáveis pela produção de potenciais de acção e são específicos. Existem dois tipos de canais de membrana que produzem potenciais de acção: o Canais com portão ligando: canais que abrem em resposta à ligação do o ligando a um receptor que é parte do canal iónico. Canais com portão de voltagem: estes canais abrem e fecham em resposta a pequenas alterações de carga através da membrana celular. Potenciais de acção: A estimulação de uma célula pode causar despolarização da sua membrana. Portanto, entende-se por despolarização quando o interior da membrana celular se torna menos negativa, isto resulta de um aumento da permeabilidade da membrana celular ao Na+. Se a polarização atingir o limiar, produz-se um potencial de acção de tipo tudo ou nada. A repolarização é o regresso do potencial de membrana ao valor de repouso, isto acontece pois, os canais de Na+ encerram e os canais de K+ abrem por curtos instantes. A propagação dos potenciais de acção ao longo da membrana celular dos neurónios e das fibras musculares esqueléticas ocorre de uma forma tudo ou nada. Junção neuromuscular- onde se dá a recepção de estímulos: O terminal pré-sináptico do axónio está separado da membrana pós-sináptica da fibra muscular pela fenda sináptica. A acetilcolina libertada do terminal pré-sináptico liga-se a receptores da membrana pós-sináptica, alterando, assim, a permeabilidade da membrana e produzindo um potencial de acção. Após a ocorrência de um potencial de acção, a acetilcolinesterase desdobra a acetilcolina em ácido acético e colina. A colina é reabsorvida no terminal présináptico para formar acetilcolina. Figura 9.12 da pagina 292. Acoplamento Excitação Contracção: Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre O acoplamento excitação-contracção começa na junção neuromuscular, com a produção de um potencial de acção no sarcolema. O potencial de acção propaga-se ao longo de todo o sarcolema da fibra muscular. Quando o potencial de acção atinge os túbulos T, as membranas destes sofrem despolarização, porque os túbulos T são invaginações do sarcolema. Os túbulos T transportam a despolarização para o interior da fibra muscular. Uma vez que os tubulos T atingem a área das tríades, a sua despolarização leva à abertura dos canais de cálcio com portão de voltagem. Quando os canais de cálcio do reticulo sacroplamático se abrem, os iões de cálcio difundem-se rapidamente do reticulo sacroplasmático para o sarcoplasma que rodeia as miofibrilhas. Os iões de cálcio ligam-se à troponina dos miofilamentos de actina. A combinação dos iões de cálcio com a troponina faz com que o complexo troponinatropomiosina se afunde no espaço entre as duas moléculas de actina F, expondo assim os locais activos dos miofilamentos de actina. Estes locais activos expostos ligam-se às cabeças das moléculas de miosina para formarem pontes. O movimento das pontes leva à contracção. Figura 9.14 da pagina 295. Anexo: Acoplamento excitação-comtracção: mecanismo pelo qual um potencial de acção leva á contracção de uma fibra muscular. Túbulos T: invaginações tubulares do sarcolema. O lúmen de cada tubulo T esta preenchido por líquido extracelular e continuo com o exterior da fibra muscular. Reticulo sacroplasmático: REL altamente especializado que está suspenso no sarcoplasma entre os túbulos T . Tríade: conjunto de um túbulo T com duas cisternais terminais adjacentes. Cisternais terminais: alargamentos do reticulo sacroplasmático. Movimento das pontes: Durante uma contracção, cada molécula de miosina sofre muitas vezes o ciclo de formação, movimento, libertação e retorno à posição original de ponte. Para cada ciclo de formação, movimento e libertação de uma ponte é necessária uma molécula de ATP – choque de potência. O ATP é também necessário ao transporte dos iões de cálcio para o reticulo sacroplamático e para manter as [] normais através da membrana celular. Relaxamento muscular: O relaxamento resulta do transporte activo de iões cálcio para o reticulo sacroplamático. Os iões cálcio difundem-se a partir da troponina, evitando a formação de mais pontes. Fisiologia do músculo-esquelético: Contracção muscular: Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre A contracção muscular é o encurtamento de um musculo em resposta a um estimulo que causa um potencial de acção em uma ou mais fibras musculares. Fase de latência: período de entre entre a aplicação do estimulo e o inicio da contracção. Fase encurtamento: tempo durante ocorre a contracção. Fase de relaxamento: tempo durante ocorre relaxamento. O potencial de acção é um fenómeno eléctrico enquanto que a contracção é um fenómeno mecânico. Figura 9.16 da pagina 297 Intensidade do estímulo e contracção muscular: Numa dada situação, uma fibra muscular, ou unidade motora, contrai-se com uma força constante em resposta a cada potencial de acção, o que se chama a lei do tudo ou nada da contracção muscular. Para um músculo no seu todo, um estímulo crescente produz uma resposta variável de força de contracção, crescendo à medida que mais unidades motoras são recrutadas (somação de múltiplas unidades motoras). Figura 9.18 da pagina 299 Frequência do estímulo e contracção muscular: Não é necessário o relaxamento de uma fibra muscular antes de um segundo potencial de acção poder estimular uma segunda contracção. À medida que aumenta a frequência de potenciais de acção numa fibra muscular esquelética, aumenta também a frequência de contracções. Tétano incompleto – quando à relaxamento parcial antes da segunda contracção. Tétano completo- não há relaxamento entre as duas contracções. A tensão produzida por um músculo aumenta à medida que aumenta a frequência das contracções – somação de múltiplas ondas. Este fenómeno é apoiado por dois fenómenos: o No segundo estímulo entra mais cálcio, contudo ainda existe dentro da célula quantidades elevadas deste, que não saíram pois não houve relaxamento (parcial ou completo). o À medida que a frequência de estímulos aumenta não tem de haver energia gasta a estirar o tecido conjuntivo, sendo a energia toda remetida para a contracção muscular. Tipos de contracção muscular: Quadro 9.3 da pagina 301. Nota: Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre No quotidiano não apenas utilizamos uma única tipologia de contracção, mas sim várias ao mesmo tempo. Comprimento versus tensão: Tensão activa: força aplicada a um objecto a ser levantado quando o musculo se contrai. (ate um certo ponto, à medida que aumenta o comprimento de um musculo, a sua tensão activa aumenta também. Caso esse comprimento seja ultrapassado, a tensão começa a decrescer). Tensão passiva: tensão aplicada na carga quando o musculo está estirado (esticado), mas não estimulado. Tensão total: tensão activa + tensão passiva. Fadiga: A fadiga é a diminuição da capacidade de executar trabalho e a reduzida eficácia na execução que se segue normalmente a um período de actividade. Esta fadiga pode ser: o Fadiga Psicológica: a mais frequente. É mediada pelo SNC os músculos mantêm a sua o capacidade funcional mas o individuo tem a “impressão” de que não é possível um trabalho muscular suplementar. Fadiga Muscular: resulta da depleção de ATP. o Fadiga sináptica: dá-se na junção neuromuscular. Existe depleção de acetilcolina libertada, isto é, não há vesículas para a transportarem ate à membrana pós-sinaptica. Contractura fisiológica e “Rigor Mortis”: A contractura fisiológica (incapacidade de os músculos se contraírem ou relaxarem) e o “rigor mortis” (rigidez muscular após a morte) resultam da insuficiência de ATP. Fontes de energia: A energia para a contracção muscular provem do ATP. A energia necessária à formação de ATP provem de três fontes: o Creatina fosfato: o ATP pode ser sintetizado por reacção de ADP com a o o o creatina fosfato, reacção que origina ATP e creatina. O ATP com esta origem é usado para assegurar energia durante o exercício intenso por um curto período de tempo. Respiração Anaeróbia: dá-se na ausência de oxigénio e resulta do desdobramento de glucose em ATP e ácido láctico. A respiração anaeróbia é menos eficiente do que a respiração aeróbia, mas é mais rápida. Os níveis de ácido láctico aumentam com a respiração anaeróbia. Respiração Aeróbia: exige oxigénio e desdobra glucose para produzir ATP, CO2 e água. É muito mais eficaz que a anaeróbia, mas é mais lento. Esta produz energia para a contracção muscular em condições de repouso ou durante o desenrolar de exercícios de longa duração. Carência de oxigénio: após a respiração anaeróbia, a respiração aeróbia é superior à normal, restaurando os níveis de creatina fosfato e convertendo ácido láctico em glucose. Fibras Lentas e Rápidas: Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Nem todos os músculos esqueléticos têm capacidades funcionais idênticas. Diferem em vários aspectos, incluindo a existência de fibras musculares que contêm formas ligeiramente diferentes de miosina. A miosina das fibras musculares de contracção lenta faz com que as fibras se contraiam mais lentamente, sendo células mais resistentes à fadiga. Enquanto que a miosina presente nas fibras musculares de contracção rápida faz com que as fibras se contraiam mais rapidamente e estas células se fatiguem depressa. A proporção dos tipos de fibras varia de musculo para musculo. Quadro 9.4 da pagina 306. Distribuição das fibras musculares de contracção rápida e lenta: Os bons corredores de velocidade têm uma maior percentagem de fibras musculares de contracção rápida e os bons corredores de fundo têm uma maior percentagem de fibras de contracção lenta nos músculos dos membros inferiores. Efeitos do exercício: Os aumentos (hipertrofia) ou diminuições (atrofia) das dimensões dos músculos resultam de alterações no tamanho das fibras musculares. O exercício anaeróbio desenvolve fibras fatigáveis de contracção rápida. O exercício aeróbio desenvolve fibras de contracção lenta e transforma as fibras fatigáveis de contracção rápida em fibras de contracção rápida resistentes à fadiga. Produção de calor: À medida que ocorrem reacções químicas nas células, alguma energia é libertada na forma de calor. Quando a temperatura corporal desce abaixo de certo nível o SN responde provocando calafrios, que consistem em rápidas contracções dos músculos esqueléticos que produzem abalos ou contracções sem movimentos eficientes. Músculo liso: 1. As células musculares lisas são em forma de fuso, com um único núcleo. Têm miofilamentos de actina e miosina mas não são estriadas. 2. O reticulo sacroplamático é pouco desenvolvido e as cavernas podem funcionar como um sistema de tubulos T, pois este tipo de musculo não possui tubulos T. 3. Os iões cálcio entram na célula para iniciar a contracção; a calmodulina liga-se aos iões de cálcio e activa uma enzima que transfere um grupo fosfato do ATP para a miosina. Quando os grupos fosfatos estão ligados à miosina, ocorre formação de pontes. 4. O relaxamento ocorre quando a fosfatase de miosina remove um grupo fosfato da molécula de miosina: Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre a. Se o fosfato é removido quando as pontes estão ligadas, o relaxamento é muito lento – estrado trancado. b. Se o fosfato é removido quando as pontes não estão ligadas, o relaxamento é rápido. Tipos de músculo liso: Músculo liso visceral ou unitário: mais comum. As fibras musculares lisas viscerais contraem-se lentamente, têm junções sinápticas (funcionam por isso como uma unidade única) e podem ser auto-rítmicas. Músculo liso multiunitário: as fibras musculares lisas multiunitárias contraem-se rapidamente em resposta a estímulos neuronais e funcionam de forma independente. Propriedades eléctricas do músculo liso: As ondas de despolarização e repolarização propagam-se de célula para célula em pequenas distâncias e causam contracções. A entrada de iões de cálcio e sódio para dentro da célula produz contracções espontâneas. O movimento de cálcio e sódio para dentro da célula esta envolvida na despolarização. O sistema nervoso autónomo e as hormonas podem inibir ou estimular potenciais de acção (e, desta forma, as contracções) as hormonas também podem estimular ou inibir as contracções sem afectar o potencial de membrana. Propriedades funcionais do músculo liso: Tem quatro propriedades funcionais que o musculo esquelético não tem: o Alguns músculos viscerais são auto-rítmicos. o O musculo liso tende a contrair-se em resposta a um súbito estiramento, mas não a um lento aumento de comprimento. o O musculo liso tem uma tensão relativamente constante – tónus do musculo liso, por um longo período de tempo e mantém a mesma tensão em resposta um aumento gradual no comprimento do musculo liso. o A amplitude de contracção produzida pelo músculo liso também permanece constante, apesar de variar o comprimento do musculo. O musculo liso não desenvolve carência de oxigénio. Regulação do musculo liso: O musculo liso é inervado pelo sistema nervoso autónomo e é involuntário. As hormonas são importantes na regulação do musculo liso. Algumas hormonas podem aumentar a permeabilidade de cálcio nas membranas de alguns músculos lisos e, por isso, provocar contracções sem alteração de potencial de repouso. Músculo Cardíaco: Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre As fibras musculares cardíacas são estriadas, têm um único núcleo, são ligadas por discos intercalares (por isso, funcionando como uma unidade única) e são capazes de auto-ritmicidade. Efeitos do envelhecimento no musculo esquelético: Varias alterações que diminuem a massa muscular, aumentam o tempo que o musculo leva para se contrair em resposta ao estímulo nervoso, reduzem a resistência muscular e aumentam o tempo de recuperação. As fibras musculares diminuem em número, as unidades motoras diminuem em número e o tempo de recuperação aumenta. Sistema muscular: Anatomia geral Generalidades: A maior parte dos músculos esqueléticos estendem-se de um osso a outra e cruza pelo menos uma articulação. A contracção muscular provoca habitualmente o movimento, puxando um dos ossos na direcção do outro, em torno de uma articulação móvel. Inserção de origem: extremidade menos móvel de um musculo Inserção terminal: extremidade mais móvel do musculo. Aponevrose: tendão muito largo Agonista: musculo que provoca acção quando se contrai. Antagonistas: músculos que trabalham em oposição a outros músculos, movendo estrutura na direcção oposta. Os principais responsáveis por um movimento designa-se por musculo principal. Os fixadores estabilizam a acção dos anteriores. Formas dos músculos: A forma dos músculos é determinada principalemente pelo arranjo dos feixes musculares. Peniforme o o Unipeniforme – so tem feixes de um lado do tendão. Bipeniforme – se tiver feixes dos dois lados do tendão. multipeniforme – feixes dispõem-se em muitos lados do tendão. o Paralelos – feixes dispõem-se paralelamente ao maior eixo do musculo. Convergentes – base mais larga que a porção distal. Circulares - feixes dispostos em círculo em torno de uma abertura e actuam como esfíncteres, encerrando essa abertura. Nomenclatura: Movimentos efectuados pelos músculos: Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre A contracção dos músculos gera uma força que actua sobre os ossos (alavancas), cruzando articulações (fulcros), de forma a criar movimento. Há três classes de alavancas: Alavancas de classe I – o fulcro localiza-se entre a potencia e a resistência (cabeça) Alavancas de classe II – a resistência encontra-se entre o fulcro e a potencia ( pé, em bicos de pés) Alavancas de classe III – a potencia localiza-se entre o fulcro e a resistência ( acção do bicipete braquial (P) a puxar o rádio (A) para flectir o cotovelo (F) e levantar a mão (R) . Músculos da cabeça: Músculos da Cabeça e Pescoço: As origens destes músculos situam-se principalmente nas vértebras cervicais (excepto o esternocleidomastoideu) Fazem a flexão, extensão, rotação, abdução e adução da cabeça. Os anteriores fazem sempre a flexão. Os posteriores sempre a extensão. Os laterais sempre movimentos de abdução e adução. Músculos que movem a cabeça Músculos Anteriores: Pequeno e grande recto anterior da cabeça Posteriores: Pequeno e grande complexo Pequeno e grande oblíquo Rectos posteriores da cabeça Semi-espinhoso da nuca Esplénio da cabeça Trapézio· (*) Laterais: Recto lateral da cabeça Esterno-cleido-mastoideu(*1) Acção Flexão da cabeça Extensão Extensão e rotação da cabeça Extensão e rotação Rotação e extensão da cabeça Rotação e extensão da cabeça Abdução e extensão da cabeça Abdução da cabeça Contracção unilateral: Rotação para o lado oposto e extensão da cabeça Contracção bilateral: Flexão do pescoço (*)Inserção origem – proturberância do occipital – t10 Inserção terminal – clavícula/omoplata (*1) Inserção origem – manúbrio e a porção interna da clavícula Inserção terminal – apófise mastoideia e linha curva occipital superior. Músculos da expressão facial: As origens dos musculos faciais são nos ossos do crânio ou nas fascias; as terminações são na pele, provocando o movimento da pele na face, dos lábios e das pálpebras. Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Músculos da expressão facial Músculos Orelha: Acção Auricular anterior Auricular posterior Auricular superior Puxa a orelha para a frente (anteriormente) Puxa a orelha para trás Puxa a orelha para cima e para trás Beijo: Bucinador Orbicular dos lábios Queixo: Triangular dos lábios Quadrado do mento Borla do mento Retrai o ângulo da boca; Achata a bochecha Encerra os lábios Deprime o ângulo da boca ( ) Deprime o lábio inferior Eleva e enruga a pele do queixo; eleva o lábio superior. Sorriso: Canino Rissorius de Santorini Grande e pequeno zingomático Levantador do lábio superior Levantador comum do lábio superior e da asa do nariz Testa: Occipitofrontal Levantador da pálpebra superior Orbital das pálpebras Supraciliar Eleva o ângulo da boca Abdução do ângulo da boca Elevação e abdução do lábio superior. Eleva o lábio superior Eleva a asa do nariz e o lábio superior Enruga a testa Eleva a pálpebra superior Encerra o olho Deprime a porção mediana das sobrancelhas e puxa as sobrancelhas uma para a outra, como no franzir a testa. Nariz: Nasal Pirâmide do nariz Dilata a narina Cria rugas horizontais entre os olhos, como ao franzir a testa. Músculo da mastigação: Três pares de musculos fecham a mandíbula,mas a gravidade é que a abre. A abertura forçada da mandíbula é efectuada pelos musculos pterigdoieus externos e pelos musculos hiodeus. Músculos da mastigação Músculos Temporal Massetér Pterigoideu interno Pterigoideu externo Acção Eleva e retrai a mandíbula Eleva e projecta Projecção e elevação Projecção e depressão Músculos Hoideus Músculos Acção Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Supra hioideus: Ou fixa o osso ou retrai a mandibula Eleva o hióde; abaixa e retrai a mandíbula Projecção do hióide; abaixa a mandíbula Eleva o pavimento da boca e a língua; abaixa a mandíbula quando o hiode está fixado. Eleva o hióide Ou fixam o osso hióide ou eleva a faringe Digástrico Genio-hioideu Milo-hioideu Estilo-hioideu Infra-hioideus Omo-hioideu Esterno-hioideu Esternotiroideu Tiro-hioideu Abaixa o hioide;fixa o hioide nessa posição Abaixa a laringe; fixa o hioide Abaixa o hoide e eleva a cartilagem tiroideia da laringe; fixa o hioide nessa posição. Tem sempre uma inserção no osso hioide e outra numa das estruturas vizinhas. Músculos da língua: Os intrínsecos mudam a forma da língua Os extrínsecos mudam a forma da língua e movem-na. Músculos da lingua Músculos Intrínsecos Longitudinal Transverso Vertical Acção Mudam a forma da lingua Extrínsecos: Genoglosso Hioglosso Estiloglosso Palatoglosso Abaixamento e protrusão da língua Retracção e abaixamento do bordo lateral da língua Retracção da língua Eleva a parte posterior da lingua Músculos da deglutinação e da laringe: Encerrar a laringe; Palato mole: encerrar as coanas (orifícios das fossas nasais) durante a deglutinação; Músculos da deglutinação e da laringe Músculos Acção Laringe Aritenoideus oblíquo e transverso Encerram a abertura da laringe Cricoarítnoideus lateral e posterior Cricotiroideu Tensão das cordas vocais Tiroaritenoideu Encurta as cordas vocais Vocal Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre Palato-mole: Levantador do véu do palato Palatoglosso Palatofaríngeo Tensor do véu do palato Úvula Faringe: Constritor inferior, superior e médio Salpingofaríngeo Estilofaringeo Encerram as fossas nasais Eleva o palato mole Estreitas as fauses;eleva parte posterior da língua Estreita as fauses; baixa o palato; eleva a faringe. Dá tensão ao palato mole; abre as trompas de Eustáquio. Eleva a úvula Estreitamento da faringe Estreitar a faringe na deglutição Eleva a faringe; abre a trompa de Eustáquio ao engolir. Eleva a faringe Movimento do Globo Ocular: Seis musculos com origem nos ossos que constituem a orbita inserem-se no globo ocular, fazendo-o mover dentro dela. Músculos que actuam sobre o olho Músculos Rectos Superior Inferior Externo e interno Acção Eleva e desvia internamente o olhar Baixa e desvia internamente o olhar Desvia internamente o olhar Oblíquos Superior Inferior Eleva a parte posterior do olho; Orienta interiormente a pupila e baixa o olhar. Eleva e desvia internamente o olhar