Apontamentos 1º Semestre

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Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Parte Um – Organização do corpo humano
Definir os termos anatomia e fisiologia e identificar as diferentes formas como podem ser
estudados.
Anatomia: é a ciência que estuda a estrutura do corpo. Descreve por exemplo, a forma e o
tamanho dos ossos do corpo, bem como a relação entre a estrutura de uma parte do corpo e a
sua função.


Anatomia geral: estuda as estruturas que podem ser observadas sem o auxílio do
microscópio e podem ser abordadas numa perspectiva descritiva ou topográfica.
o Anatomia descritiva: o corpo é estudado por sistemas e aparelhos. Um sistema
ou aparelho é constituído por um grupo de estruturas que tem uma ou mais
funções em comum (sistema cardiovascular, sistema nervoso, etc.).
o Anatomia topográfica: o corpo é estudado por áreas, isto é, em cada uma das
regiões, tais como a cabeça, o abdómen ou o braço todos os sistemas e
aparelhos são estudados simultaneamente.
Anatomia de superfície: estuda a forma externa do corpo e da sua relação com as
estruturas internas. Isto implica o uso de técnicas imagiológicas como por exemplo o
Raio-X, ultrassons, ressonâncias magnéticas, etc.
Fisiologia: é a ciência que estuda os processos ou funções do organismo vivo. Os principais
objectivos desta são compreender e prever as respostas do organismo aos diferentes
estímulos e perceber de que forma o organismo mantém certas condições, dentro de uma
estreita amplitude de valores, num ambiente permanentemente em mudança.
Patologia: é a ciência que se dedica ao estudo de todos os aspectos da doença, com ênfase na
causa e desenvolvimento das condições anómalas, bem como das alterações estruturais e
funcionais resultantes da doença.
Descrever e dar exemplos dos diferentes níveis da organização do corpo.
1. Nível químico: átomos combinam-se para formar moléculas.
2. Nível celular: as moléculas formam organelos que constituem a célula.
3. Nível dos tecidos: células semelhantes e as substâncias envolvem-se para constituir
tecidos.
4. Nível dos órgãos: diferentes tecidos combinam-se para formar órgãos (bexiga).
5. Nível do sistema orgânico: órgãos como bexiga e rins constituem um sistema orgânico.
6. Nível do organismo: sistemas orgânicos formam um organismo.
Enumerar as seis características de vida.
As características essenciais da vida são:
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre

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
Organização: situação na qual as partes de um organismo têm relações específicas
umas com as outras e interagem para executar funções especificas. A ruptura deste
estado de organização pode resultar da perda de função e na morte.
Metabolismo: conjunto das reacções químicas que ocorrem num organismo. O
metabolismo é necessário às funções vitais, tais como a capacidade de resposta,
crescimento, desenvolvimento e reprodução.
Capacidade de resposta: propriedade de um organismo para se aperceber de
alterações no seu ambiente interno e externo e se adaptar a elas.
Crescimento: ocorre quando as células aumentam em tamanho ou número,
produzindo um avolumar de todo o organismo ou de parte dele.
Desenvolvimento: modificação que o organismo sofre ao longo do tempo, inicia-se
com a fertilização e termina com a morte. O desenvolvimento implica, geralmente, o
crescimento mas implica também a diferenciação e a morfogénese.
o Diferenciação: alteração da estrutura e função das célula, de indiferenciada a
especializada.
o Morfogénese: alteração na forma dos tecidos, dos órgãos e de todo o
organismo.
Reprodução: formação de novas células ou organismos.
Sistemas e órgãos do corpo
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
Sistema tegumentar
Sistema esquelético
Sistema muscular
Sistema nervoso
Sistema endócrino
Aparelho cardiovascular
Sistema linfático
Aparelho respiratório
Aparelho digestivo
Aparelho urinário
Sistema reprodutor da mulher e do homem.
Definir homeostase. Dar exemplos de feedback negativo e positivo.
Homeostase: é a existência e a manutenção de um meio ambiente relativamente constante
dentro do corpo. As células do nosso corpo estão rodeadas por um líquido que tem várias
variáveis – volume, temperatura e constituição química – estas, têm que se manter dentro dos
limites estreitos para que as células funcionem correctamente.
Feedback negativo: a palavra “negativo” significa que qualquer desvio do setpoint é reduzido
ou contrariado. A maioria dos sistemas do corpo humano é regulada por mecanismo de
retroacção negativa.

Exemplos: pressão arterial.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Feedback positivo: o termo “positivo” significa que sempre que há um desvio do valor normal,
a resposta do sistema é no sentido de aumentar esse desvio. Este mecanismo não é
homeostático e são raros os indivíduos saudáveis. A retroacção positiva cria um ciclo que se
afasta da homeostase e que, em alguns casos, provoca a morte.


Diminuição da pressão arterial abaixo da amplitude normal.
Nascimento de um bebé – contracções do colo do útero.
Terminologia e planos do corpo.
Posições do corpo:


A posição anatómica de um ser humano é de pé, erecto, com a face orientada para a
frente, os braços pendentes ao longo do corpo e a palma das mãos também orientada
para a frente.
Um individuo está em supinação quando deitado de costas e pronação quando de
barriga para baixo.
Termos descritivos ou de referência:
Termo
Direito
Esquerdo
Superior
Inferior
Cefálico
Caudal
Anterior
Posterior
Ventral
Dorsal
Proximal
Distal
Definição
Exemplo
Referente ao lado direito do Ouvido direito
corpo
Referente ao lado esquerdo O olho esquerdo
do corpo
Estrutura acima da outra
O queixo é superior ao
umbigo
Estrutura abaixo de outra
O umbigo é inferior ao
queixo
Mais perto da cabeça que O queixo é cefálico em
outra estrutura (sinónimo de relação ao umbigo
superior)
Mais perto da cauda que O umbigo é caudal em
outra estrutura ( sinónimo de relação ao queixo
inferior)
A frente do corpo
O umbigo é anterior à coluna
vertebral
Parte de trás do corpo
A
coluna
vertebral
é
posterior ao esterno
Refere-se
ao
ventre O umbigo é ventral à coluna
(sinónimo de anterior)
vertebral
Referente ao dorso (sinónimo A coluna vertebral é dorsal
de posterior)
ao esterno.
Mais próximo do ponto de O cotovelo é proximal ao
inserção no corpo
punho
Mais distante do ponto de O punho é distal ao cotovelo
inserção no corpo
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Lateral (externo)
Em direcção oposta à linha
média do corpo
Em direcção à linha média do
corpo
Referente à superfície
Mediano (interno)
O mamilo é lateral ao esterno
O dorso do nariz é mediano
em relação ao olho
A pele é superficial ao
músculo
Referente a algo distante da Os pulmões são profundos
superfície, interior
relativamente às costelas.
Superficial
Profundo
Partes e regiões do corpo:
O corpo pode ser divido em membros, superiores (Braço, antebraço, punho e mão), inferiores
(coxa, perna, tornozelo e pé), e regiões medianas ou axiais: cabeça, pescoço e tronco (tórax,
abdómen e pélvis).
Superficialmente, o abdómen pode ser dividido em quadrantes ou em nove regiões (ver figura)
(úteis para localizar órgãos internos ou descrever localização de um tumor).
Sup.Direito
Inf.Direito
Sup. Esquerdo
Hipocôndrio
direito
Epigastro
Flanco direito
Reg.Umbilical
Hipocôndrio
esquerdo
Flanco esquerdo
Inf. Esquerdo
Quadrantes
Região inguinal
direito
Hipogastro
Região inguinal
esquerda
Regiões
Planos:
Um plano divide ou secciona o corpo tornando possível observar o seu interior e a sua
estrutura.


Planos do corpo:
o Uma secção sagital mediana divide o corpo em duas partes iguais, esquerda e
direita. Um corte parassagital produz duas partes desiguais, esquerda e direita.
o Um plano horizontal divide o corpo em duas partes, superior e inferior.
o Um plano frontal (coronal) divide o corpo em posterior e anterior.
Secções de um órgão:
o Um corte longitudinal de um órgão divide-o ao longo do eixo maior.
o Um corte transversal faz um ângulo recto com o eixo maior de um órgão.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
o
Um corte oblíquo faz um ângulo com o eixo maior diferente do ângulo recto.
Cavidades corporais:




A cavidade torácica é subdividida pelo mediastino.
O diafragma separa a cavidade torácica da abdominal.
A cavidade abdominal contém o estômago, os intestinos, o fígado, o baço, o pâncreas
e os rins.
A cavidade pélvica é rodeada pelos ossos pélvicos e contém a bexiga, parte do
intestino grosso e os órgãos reprodutores internos.
Membranas Serosas:



As cavidades do tronco são revestidas por membranas serosas. A porção pariental
de uma membrana serosa reveste a parede da cavidade e a porção visceral está
em contacto com os órgãos internos.
o As membranas serosas segregam um líquido que preenche o espaço entre
as membranas visceral e pariental. As membranas serosas protegem os
órgãos da fricção
o As membranas pleurais envolvem os pulmões, o pericárdio, envolve o
coração e o peritoneu delimita as cavidades abdominal e pélvica
envolvendo os órgãos nelas contidos.
Os epíplonos são porções do peritoneu que suportam os órgãos abdominais e
proporcionam uma via de acesso aos vasos sanguíneos e nervos para os órgãos.
Os órgãos retroperitoneus localizam-se “por detrás” do peritoneu pariental.
Parte Dois - Suporte e Movimento
Sistema Tegumentar
Descrever as funções do sistema tegumentar:
Visão do conjunto do sistema tegumentar:
O sistema tegumentar tem as seguintes funções:





Protecção
Sensibilidade
Regulação da temperatura
Produção de vitamina D
Excreção
Descrever a estrutura e função da hipoderme:
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Hipoderme: é um tecido conjuntivo laxo que contém fibras de colagénio e de elastina, está
localizada sobre a derme e é o que une a pele aos ossos e músculos subjacentes e lhe fornece
(à pele) vasos sanguíneos e nervos. Constitui também um local de armazenamento de gordura.
Descrever os componentes da pele e as suas funções. Explicar os factores que afectam a cor da
pele.
Pele:
A pele é constituída por duas camadas.


Derme:
o Constituída por tecido conjuntivo, divide-se em duas camadas.
o A camada reticular é a principal e é formada por um tecido conjuntivo denso
irregular, que consiste principalmente em colagénio.
o A camada papilar tem projecções designadas por papilas e é constituída por
tecido conjuntivo laxo, bem irrigado por capilares.
Epiderme:
o A epiderme é constituída por epitélio pavimentoso estratificado dividido em
cinco camadas – basal, espinhosa, granulosa, translúcida, e córnea (ordenadas
da mais profunda para a mais superficial).
o Essas camadas vão ganhando queratina e tornando-se mais achatadas, da mais
profunda para a mais superficial.
o A queratinização é a transformação de células vivas da camada basal, em
células pavimentosas mortas da camada córnea.
o A queratina mole encontra-se na pele e no interior dos pêlos, enquanto que a
queratina dura se encontra nas unhas e no exterior dos pêlos. A queratina
dura torna as células mais duradouras e estas células não descamam.
Pele espessa e pele fina:


A pele espessa possui todas as cinco camadas epiteliais. A derme sob a pele espessa
origina as impressões digitais e plantares. Este tipo de pele não tem pelos e
corresponde a zonas de fricção como a palma das mãos, dos pés.
Pele fina contém menos fiadas de células por camada, e a camada translúcida
encontra-se geralmente ausente. Os pêlos encontram-se neste tipo de pele.
Cor da pele:


Os melanócitos produzem melanina dentro dos melanossomas e transferem depois s
melanina para os queratinócitos. O tamanho e a distribuição dos melanossomas
determinam a cor da pele. A produção de melanina é determinada geneticamente mas
pode ser influenciada por hormonas e pela radiação ultravioleta.
O caroteno, um pigmento vegetal que é ingerido, pode causar uma aprência amarela
na pele.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre

O aumento do fluxo sanguíneo produz uma cor vermelha na pele, enquanto que a sua
diminuição torna a pele pálida. A diminuição do conteúdo de oxigénio no sangue
produz uma cor azulada que se denomina cianose.
Anexos da pele:
Descrever os tipos de pêlo e a estrutura deste. Analisar os seus estádios de
crescimento. Descrever as glândulas da pele e as suas secreções. Descrever as partes
constituintes da unha e explicar como as unhas são produzidas.
Pêlo:






O lanugo (pêlo fetal) é substituído perto do momento do nascimento por pêlos
definitivos (pestanas, sobrancelhas, e couro cabeludo) e por penugem.
Durante a puberdade, a penugem pode ser substituída por pêlos terminais.
O pêlo é constituído por células epiteliais mortas queratinizadas sendo
composto por um eixo central de células com queratina mole, chamada
medula, que é rodeada por um cortéx de células com queratina dura. Este
cortéx é recoberto pela cutícula, camada única de células preenchidas com
queratina dura.
Um pêlo possui 3 partes: haste, raiz, bulbo piloso
O bulbo piloso produz o pêlo, em ciclos que envolvem uma fase de
crescimento e uma fase de repouso.
A cor do pêlo é determinada pela quantidade e tipo de melanina presente.
A contracção dos músculos erectores do pêlo que são músculos lisos, “arrepia
o pêlo”, e produz “pele de galinha” – piloerecção.
Glândulas:



As glândulas sebáceas produzem sebo, que engordura o pêlo e a superfície da
pele.
As glândulas sudoriparas merócrinas produzem suor que arrefece o corpo. As
glândulas sudoriparas apócrinas produzem uma secreção orgânica que pode
ser degradada por bactérias e originar o odor corporal.
Outras glândulas da pele são as glândulas ceruminosas que contribuem para a
produção de cerúmen (cera dos ouvidos) e as glândulas mamárias, que
produzem o leite.
Unhas:


A unha é constituída por uma raiz ungueal e pelo corpo ungueal, que assenta
no leito ungueal.
Parte da raiz ungueal, a matriz ungueal, produz o corpo da unha, composto por
várias camadas de células contendo queratina dura.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Sistema Esquelético – Ossos e tecido ósseo
O sistema esquelético é constituído por ossos, cartilagens, tendões e ligamentos.
(nota: Os tendões ligam os músculos esqueléticos aos ossos, e os ligamentos fixam ossos a ossos)
Enumerar as principais funções do sistema esquelético:

O sistema esquelético suporta o peso do corpo (suporte), protege os órgãos que
envolve (protecção), possibilita o movimento do corpo ( movimento), armazena
minerais e gorduras (armazenamento) e é o local de produção de células sanguíneas (
Produção de elementos sanguíneos)
Cartilagem
Descrever a estrutura e o crescimento da cartilagem hialina
A cartilagem hialina consiste em células especializadas que produzem uma matriz em torno
das células.



Os condroblastos produzem cartilagem e tornam-se condrócitos. Os condrócitos
encontram-se localizados nas lacunas envolvidas pela matriz.
A matriz cartilagena contém fibras de colagénio (conferem resistência) e
proteoglicanos ( retém água).
O pericôndrio rodeia a cartilagem e tem duas camadas:
o Externa(1): contém fibroblastos
o Interna: contém condroblastos
(1): é na camada externa do pericôndrio onde os vasos sanguíneos e nervos passam, não
entrando na matriz.

A cartilagem cresce por crescimento aposicional (cartilagem nova é acrescentada à superfície
da existente, pelos condroblastos da camada interna do pericôndrio) e por crescimento intersticial
(cartilagem nova é formada no seio da cartilagem já existente, pelos condrócitos que se dividem e
produzem matriz adicional).
Anatomia Óssea:
Enumerar as principais formas de ossos e descrever as suas estruturas.
Configuração dos ossos:
Os ossos podem ser classificados como longos, curtos, achatados e irregulares.
Estrutura dos ossos longos:
1. A diáfise (osso compacto) é o corpo de um osso longo e as epífises (osso
esponjoso) são as extremidades.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
2. A placa epifisária é o local de crescimento ósseo em comprimento, quando
pára, esta ossifica e passa-se a chamar linha epifisária.
3. O canal medular é um espaço no interior da diáfise.
4. A medula vermelha é o local de produção de células sanguíneas e a medula
amarela consiste na gordura.
5. O periósteo cobre a superfície externa do osso
a. A camada exterior contém vasos sanguíneos e nervos
b. A camada interior contém osteoblastos, osteoclatos e células
progenitoras de osteocondrais.
c. As fibras perfurantes sustentam o periósteo, os ligamentos ee os
tendões, mantendo-os no seu lugar.
6. O endósteo reveste a cavidades no interior do osso e contém osteoblastos,
osteoclastos e células progenitoras de osteocondrais.
7. A maior parte dos ossos dos membros superiores e inferiores.
(colocar aqui as imagens da página 176 do livro)
Resumo:
(colocar quadro 6.1 da página 177)
Estrutura dos ossos Achatados, Curtos e Irregulares:



São formados externamente por osso compacto, que envolve osso esponjoso
Não são alongados pelo que não apresentam diáfises.
Alguns ossos achatados e irregulares do crânio contêm espaços cheios de ar
denominados seios, revestidos por membrana mucosa.
Histologia dos ossos:
Matriz óssea:



É constituída aproximadamente por cerca de 35% de material orgânico (colagénio) e
65% de material inorgânico (hidroxiapatite).
O colagénio confere resistência e flexibilidade
A hidroxiapatite suporta as forças de compressão.
Células ósseas
Osteoblastos




Produzem colagénio e proteoglicanos (matriz).
A ossificação ou osteogénese é a formação de ossos pelos osteoblastos.
Os osteoblastos unem-se uns aos outros através de prolongamentos celulares e
rodeiam-se por matriz óssea para se tornarem osteócitos.
Têm origem nas células progenitoras osteocondrais.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Osteócitos:

Encontram-se localizados nas lacunas, que se ligam entre si através dos canalículos.
Osteoclastos:


Com a cooperação dos osteoblatos destroem (reabsorvem) tecido ósseo.
Têm origem nas células estaminais na medula óssea vermelha.
Osso reticular e lamelar:


O osso reticular contem fibras de colagénio orientadas em várias direcções
diferentes.
O osso lamelar está organizado em camadas finas, chamadas lamelas, com fibras
de colagénio orientadas paralelamente umas às outras.
Osso esponjoso e osso compacto:


O osso esponjoso tem numerosos espaços
o As lamelas combinam-se para formar trabéculas, esteios ósseos que se
interligam para formar uma estrutura entrelaçada, com espaços preenchidos
por medula óssea e vasos sanguíneos.
o As trabéculas orientam-se ao longo de linhas de tensão e dão resistência
estrutural.
O osso compacto é denso e contém poucos espaços.
o O osso compacto é constituído por lamelas organizadas: lamelas
circunferenciais que cobrem a superfície exterior dos ossos compactos;
lamelas concêntricas que rodeiam os canais centrais formando osteons; as
lamelas intersticiais são remanescências de outras lamelas abandonadas após
a remodelação óssea.
o Os canais no interior do osso compacto providenciam um meio de troca pura
de gases, nutrientes e produtos de excreção: a partir do periósteo ou do
endósteo, os canais perfurantes transportam vasos sanguíneos para canais
centrais e os canaliculos ligam os canais centrais aos osteócitos.
Desenvolvimento ósseo:
Indicar os dois padrões de formação óssea e descrever as características de cada um.
Durante o desenvolvimento fetal existem dois padrões de formação de tecido ósseo,
denominados por ossificação de membrana ou membranosa e ossificação endocondral. Estes termos
referem-se ao tecido onde a formação do osso tem lugar: ossificação membranosa, em membranas do
tecido conjuntivo, e ossificação endocondral, na cartilagem.
Ambos os processos de ossificação começam por produzir osso reticular que depois, é
remodelado. Após remodelação, o osso fromado por ossificação membranosa não se distingue do
formado por ossificação endocondral.
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

Ossificação de membrana:
o Alguns ossos cranianos, parte da mandíbula e as diáfises das clavículas
desenvolvem-se a partir de membranas.
o No interior das membranas, em centros de ossificação, os osteoblastos
produzem osso ao longo das fibras da membrana para formar osso esponjoso.
o Sob o periósteo, os osteoblastos depositam osso compacto para formar a
superfície exterior do osso.
o As fontanelas são áreas membranosas que não se encontram ossificadas no
momento do nascimento.
Ossificação endocondral:
o A maior parte dos ossos desenvolvem-se a partir de um modelo cartilógeneo.
o A matriz de cartilagem sofre calcificação e morre. Os osteoblastos formam
osso na matriz cartilagínea calcificada, produzindo osso esponjoso.
o Os osteoblastos constroem uma superfície exterior de osso compacto,
localizada sob o periósteo.
o Os centros de ossificação primários formam-se na diáfise durante o
desenvolvimento fetal. Os centros de ossificação secundários formação nas
epífises.
o A cartilagem articular das extremidades dos ossos e a placa epifisária são
cartilagens que não ossificam.
(colocar aqui os esquemas das páginas 185- 186)
Crescimento ósseo:
Explicar a forma como ocorre o crescimento ósseo e descrever os factores que o afectam
Ao contrário das cartilagens, os ossos não podem sofrer crescimento intersticial. O crescimento ósseo só
pode ser aposicional (formação de osso novo na superfície do osso antigo ou da cartilagem). Por
exemplo, as trabéculas crescem através da deposição na sua superfície, pelos osteoblastos, de nova
matriz óssea.

Crescimento do osso em comprimento:
o Os ossos longos e os prolongamentos ósseos alongam-se através de um
processo de crescimento na placa epifisária.
o O crescimento da placa epifisária envolve o crescimento intersticial da
cartilagem, seguida pelo crescimento ósseo aposicional.
o A placa epifisária encontra-se organizada em 4 zonas:
 Zona de cartilagem em repouso: a cartilagem une-se à epífise
 Zona de proliferação: produz-se cartilagem nova do lado epifisário da

placa, quando os condrócitos se dividem e formam pilhas de células.
Zona de hipertrofia: os condrócitos amadurecem e aumentam de tamanho.

Zona de calcificação: a matriz calcifica e os condrócitos morrem.
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
Osso calcificado: a cartilagem calcificada no lado diafisário na placa é
substituído por osso.
(Nota: A cartilagem nova forma-se na face epifisária da placa, à mesma velocidade com que se forma
osso novo na sua face diafisária. Por isso, a placa epifisária mantém a mesma espessura, mas o
comprimento da diáfise aumenta)

Crescimento na cartilagem articular:
o Envolve o crescimento intersticial da cartilagem, seguido pelo seu crescimento
ósseo aposicional.
o O crescimento da cartilagem articular resulta em epífises maiores e num
aumento do tamanho dos ossos que não têm placas epifisárias (ossos curtos).

Crescimento do osso em espessura:
o O crescimento aposicional do osso sobre o periósteo aumenta o diâmetro dos
ossos longos e as dimensões dos outros ossos.
o (Colocar aqui a figura 6.17 da página 189)

Factores que afectam o crescimento ósseo:
o A forma e tamanho potenciais de um osso e a estatura final de um indivíduo
adulto são determinados geneticamente.
o Factores como a nutrição e as hormonas podem modificar grandemente a
expressão desses factores genéticos.
o Factores como deficiência em vitamina C e D, que alteram o processo de
mineralização ou a produção de matriz orgânica, podem afectar o crescimento
ósseo.
o A hormona do crescimento, a hormona tiroideia, os estrogénios e a
testosterona estimulam o crescimento ósseo.
o Os estrogénios e testosterona estimulam o crescimento ósseo e o
encerramento da placa epifisária.
Remodelação óssea:
Explicar como ocorre a remodelação óssea e descrever a forma como o stresse mecânico afecta
a resistência do osso
Durante o processo de remodelação óssea, os osteoclastos removem o osso velho e os
osteoblastos depositam osso novo. A remodelação óssea converte o osso reticular em osso
lamelar, e está envolvida no crescimento ósseo, na modificação da configuração óssea, na
adaptação do osso ao stresse mecânico, na reparação óssea e na regulação dos iões cálcio no
organismo.
O osso ajusta-se ao stress mecânico por adição de tecido ósseo novo e através do
realinhamento, por remodelação.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Reparação óssea:
Descrever o processo de reparação óssea
O osso é um tecido vivo que pode ser reparado após uma lesão. Este processo tem 4
passos principais:
1. Formação do hematoma: os vasos sanguíneos são lesados devido a uma fractura no osso,
dando origem a hematoma (massa localizada de sangue extravasados dos vasos sanguíneos
mas confinado dentro de um órgão ou espaço).
2. Formação do calo ósseo: o calo ósseo é uma massa de tecido que se forma no local da
fractura e que une os topos ósseos fracturados. Forma-se um calo interno constituído por
fibras e cartilagem e um calo externo, que é um anel osteocartilagíneo, que estabilizam os
topos ósseos fracturados.
3. Ossificação do calo: os calos internos e externos ossificam, formando osso reticular.
4.
Remodelação óssea: a reparação não está completa enquanto o osso reticular do calo
interno e o osso morto adjacente ao local de fractura não forem substituídos por osso
compacto.
(Colocar figura 6.19 da página 194)
Homeostasia do cálcio:
Explicar o papel dos ossos na homeostasia do cálcio
O osso é o principal local de armazenamento de cálcio no corpo humano, e o
movimento de cálcio para dentro e para fora do osso contribui para determinar os níveis de
cálcio no sangue. O cálcio move-se para dentro do osso à medida que os osteoblastos
constroem o osso novo, e para fora à medida que os osteoclastos degradam o tecido ósseo.
Quando os níveis sanguíneos de cálcio são demasiado baixos, a actividade dos
osteoclastos aumenta.
Inversamente, se os níveis sanguíneos de cálcio forem demasiado elevados, a
actividade dos osteoclastos diminui. Os osteoclastos libertam menos cálcio do osso para o
sangue que aquele que é removido do sangue pelos osteoblastos, para produzir osso novo.
A PTH (reguladora dos níveis de cálcio) aumenta os níveis sanguíneos de cálcio
porque estimula a degradação óssea, a absorção do cálcio no intestino delgado e a
reabsorção do cálcio urinário. A calcitonina diminui o cálcio sanguíneo porque diminui
a destruição óssea.
Osteoblastos
Fluxo de Ca para dentro do osso.
Osteoclastos
Fluxo de Ca para fora do osso.
Calcemia Alta
Calcemia baixa
Aumenta actividade dos osteoclastos
Aumenta actividade dos osteoblastos.
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Efeito do envelhecimento no sistema esquelético:
Descrever o efeito do envelhecimento nos ossos




Com a idade perde-se matriz óssea, e a remanescente torna-se mais quebradiça.
A perda de osso esponjoso resulta do adelgaçamento e perda de trabéculas. A perda
de osso compacto dá-se principalmente na superfície interna dos ossos e implica uma
menor formação de osteons.
Diminui a formação de colagénio de hidroxipatite.
A perda óssea aumenta o risco de fracturas e causa deformidade, redução de estatura,
dor, rigidez e perda de dentes.
Sistema Esquelético – Anatomia Macroscópica
A anatomia macroscópica do sistema esquelético estuda os acidentes do osso, cartilagem,
tendões e ligamentos que se podem ver sem o uso do microscópio. Os ossos secos e preparados
revelam os acidentes principais, mas omitem as relações entre os ossos e as partes moles.
Considerações gerais:
Os ossos têm:
Provavelmente durante a vida
estavam inseridos, nesse tubérculo
ou nessa apófise, um ligamento ou
um tendão.


Tubérculo (saliência arredondada)
Apófises (prolongamentos)

Buraco (foramen) – estava ocupado por algo como nervo ou vaso sanguíneo.

Seios – cavidades cheias de ar revestidos por uma membrana mucosa. Composto apenas por
osso compacto
(Nota: por média o esqueleto de um adulto é composto por 206 ossos)
Esqueleto Axial:
O esqueleto axial divide-se em cabeça óssea, osso hióide, coluna vertebral e caixa torácica. O
esqueleto axial forma o eixo vertebral do corpo. Protege também o encéfalo, a medula espinhal e os
órgãos vitais alojados no tórax.
Cabeça Óssea:
Enumerar os acidentes ósseos do crânio mais importantes, observados de vários ângulos.
Enumerar e descrever os ossos no neurocrânio e do viscerocrânio.
A cabeça óssea ou caveira protege o encéfalo, suporta os órgãos d visão, da audição,
do olfacto e do paladar; e fornece alicerces para as estruturas responsáveis pela entrada do
ar, alimentos e água no organismo.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Vista superior do crânio:
(Figura 7.2 pagina 209)
Vista posterior do crânio:
(Figura 7.3 pagina 210)

As linhas curvas occipitais são pontos de inserção para músculos do pescoço.
Vista lateral do crânio:
(figura 7.4 pagina 211)





O meato auditivo externo transmite ondas sonoras ao tímpano.
Importantes músculos do pescoço inserem-se na apófise mastoideia.
As linhas curvas temporais são pontos de inserção do músculo temporal (mastigação).
O esfenóide é um único osso que atravessa o crânio
A arcada zigomática forma uma ponte entre os ossos temporal e malar, através da
superfície lateral do crânio.
Vista frontal do crânio:
(figura 7.6 e 7.8 7.9 da pagina 212)







As principais estruturas da cabeça que se vêm de frente são o frontal, o malar (maçã
do rosto), as maxilas e a mandíbula.
Nesta vista, as aberturas mais evidentes da cabeça são as órbitas e as fossas nasais. As
órbitas contêm os olhos.
O canal lacrimal passa da órbita para a cavidade nasal através do canal lacrimo-nasal, e
dá passagem às lágrimas, dos olhos para a fossa nasal respectiva.
O nervo óptico, que transmite o sentido da visão, passa de olho para a cavidade
craniana através do buraco óptico.
As fossas nasais têm uma abertura em forma de pêra que se abre adiante, estando
divididas em metades direita e esquerda por um septo nasal. O palato duro separa a
cavidade nasal da cavidade bucal.
A parede externa das fossas nasais apresenta três saliências ósseas, os cornetos nasais,
que estão orientados para baixo. Os cornetos contribuem para aumentar a área da
superfície das fossas nasais, pelo que facilita a humidificação, remoção de partículas e
aquecimento do ar inalado.
Os seios diminuem o peso do crânio e actuam câmaras de ressonância durante a
emissão da voz.
Interior da caixa craniana:
(figura 7.11 pagina 216)
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre




A apófise crista galli é o ponto de inserção de uma das meninges.
Os nervos olfactivos estendem-se para o tecto da cavidade nasal através da lâmina
crivada.
A sela turca é ocupada pela hipófise
A medula espinhal e encéfalo continuam-se ao nível do buraco occipital.
Vista inferior do crânio:
(figura 7.12 pagina 218)





Os côndilos occipitais são pontos de articulação entre a cabeça óssea e a coluna
vertebral.
O sangue chega ao encéfalo pelas artérias carótidas internas, que passam pelos canais
carotídeos, e pelas artérias vertebrais, que passam pelo buraco occipital.
A maior parte do sangue deixa o encéfalo pelas veias jugulares internas, que saiem
pelos buracos láceros posteriores.
As apófises estiloideias proporcionam pontos de inserção a três músculos envolvidos
no movimento da língua, osso hióide e faringe.
O palato duro forma o pavimento da cavidade nasal.
Osso Hióide:
 O osso hióide que “flutua” no pescoço, é o local de inserção para os músculos da
garganta e da língua.
Coluna vertebral:
Descrever o desenvolvimento das quatro maiores curvaturas da coluna vertebral. Enumerar as
características próprias das vértebras da região cervical, torácica, lombar e sagrada.

A coluna vertebral, situa-se na região posterior e mediana do tronco, e divide-se
em 4 porções:
o
o
o
o

É constituída por 33 ou 34 vertebras:
o
o
o
o
o

Região cervical (convexa para a frente)
Região torácica (convexa para trás)
Região lombar (convexa para a frente)
Região Sagrada e coccígea (convexa para trás)
7 cervicais
12 torácicas ou dorsais
5 lombares
5 sagradas ( fundem-se e formam o sacro)
4 ou 5 coccígeas (fundem-se e formam o cóccix)
Tem 5 funções:
o
o
o
Suporte;
Protege;
Permite a saída de nervos raquidianos (pelos buracos de conjugação)
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
o
o
Local de inserção muscular
Permite o movimento da cabeça e do tronco.
(Nota: a coluna no seu plano frontal não é completamente direita, tem algumas curvaturas que caiem
dentro da normalidade, vista lateralmente tem 4 curvaturas: cervical, dorsal, lombar e sacro-coccigea)
(figura 7.15 da página 225)
Discos intervertebrais:
 Os corpos vertebrais adjacentes estão separados pelos discos intervertebrais.
O disco tem uma cobertura exterior fibrosa (anel fibroso), envolvendo um
interior gelatinoso (anel pulposo).
 Com a idade o disco vai sendo comprimido de tal modo que diminui a distancia
entre as vértebras e assim a altura total do individuo diminui também.
Plano geral das vértebras:
 Uma vértebra típica é constituída por corpo, arco vertebral e diversas apófises.
o A parte do corpo e do arco vertebral (pedículo e lâmina) formam o
buraco vertebral, que contem e protege a medula espinhal.
o Os nervos raquidianos saem do canal raquidiano pelos buracos de
conjugação
o As apófises transversas e espinhosas servem como pontos de inserção
de músculos e ligamentos.
o As vértebras articulam-se entre si pelas apófises articulares superiores
e inferiores.
( figura 7.19 da página 227)
Diferenças regionais das vértebras:
 Vértebras cervicais:
o Têm corpos muito pequenos
o Apófises espinhosas parcialmente bifidas (bipartidas).
o Em cada apófise transversa existe um buraco transversário pelo qual
as artérias vertebrais se dirigem para a cabeça.
o Apenas as cervicais possuem buracos transversários.
o A primeira vértebra cervical – atlas (ver figura 7.22 a) )– não tem corpo
vertebral ( substituído pela apófise odontoideia da 2º vértebra cervical
– áxis-); não tem apófise espinhosa, mas tem grandes facetas
articulares superios onde se reúne os côndilos occipitais na base do
crânio.
o A segunda vértebra cervical – áxis (ver figura 7.22 b) ) – tem a apófise
odontoideia.
o A apófise espinhosa da 7º vértebra cervical, não é bífida, é bastante
pronunciada.
(figura 7.22 da página 228)
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre

Vértebras tóracicas:
o Têm apófises espinhosas longas e finas que se dirigem para baixo, e
apófises transversais relativamente compridas. Também possui hemifacetas.
(figura 7.23 da página 229)

Vértebras lombares:
o As vértebras lombares têm corpos largos e espessos e apófises
transversas e espinhosas fortes e rectangulares.
(figura 7.24 da pagina 230)
 Vertebras sagradas – sacro:
o As cinco vértebras estão fundidas num osso único – sacro.
o As apófises transversas fundem-se para formar as asas do sacro.
o As apófises espinhosas das primeiras 4 vértebras fundem-se para
formar a crista sagrada.
o A apófise espinhosa da quinta vértebra não se funde formando um
hiato sagrado, na extremidade inferior do sacro.
o O promontório sagrado serve como referencia que separa a cavidade
abdominal da cavidade pélvica.
 Cóccix:
o É a porção mais inferior da coluna vertebral
o Consiste em quatro vértebras fundidas ligadas ao sacro.
o São de tamanho muito reduzido e não possuem buracos vertebrais
nem apófises bem desenvolvidas.
(figura 7.25 da pagina 230)
Caixa torácica:
Descrever as partes constituintes da caixa torácica e explicar o seu funcionamento

A caixa torácica (formada pelas costelas, cartilagens costais associadas e esterno)
protege os órgãos torácicos e varia de volume durante a respiração.
Esterno:
o
o
o
o
Osso ímpar e mediano;
Porção mais volumosa
Face interior convexa
Constituído por 3 segmentos:
 Manúbio;
 Corpo;
 Apêndice xifoideu – pode ser de cartilagem ou osso e ter ou não um
buraco)
Costelas e cartilagens costais (12 pares):
o Classificam-se segundo a aderência ao esterno;
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre


Esternais ou verdadeiras (7 pares superiores) – articulam-se atrás com as
vértebras tóracicas e adiante unem-se ao esterno através das suas cartilagens
costais.
Asternais ou falsas (5 pares inferiores) – articulam-se com as vértebras
torácicas mas não se articulam directamente com o esterno
 Costelas ventro-condrais (aderentes) (8º,9º,10º) – reúnem-se
numa cartilagem comum, que por sua vez se insere no esterno,
através da fusão com a cartilagem costal das sétimas costelas.
 Costelas flutuantes (11º e 12º) – não têm qualquer ligação com o
esterno.
(figura 7.26 da pagina 231)
Esqueleto Apendicular:
Nomear e descrever os ossos da cintura escapular e do membro superior. Nomear os principais
acidentes desses ossos e descrever as suas funções. Nomear e descrever os ossos da cintura
pélvica e do membro inferior. Nomear os principais acidentes destes ossos e descrever as suas
funções.
O esqueleto apendicular consiste nos membros superiores e inferiores e cinturas que
ligam os membros ao resto do corpo.
Cintura escapular e membro superior:
(figura 7.28 da pagina 233)
Cintura escapular/ombro:
 Constituída por dois pares:
o Omoplata – osso achatado e triangular.
 A omoplata articula-se com o úmero e a clavícula. Serve como ponto
de inserção para músculos do ombro, dorso e braço.
o Clavícula – osso longo com uma ligeira curva sigmoide.
 Extremidade externa da clavícula articula-se com o acrómio.
 Extremidade interna articula-se com o manúbrio do esterno.
 A clavícula afasta o ombro do tronco, permitindo o movimento livre do
braço.
(figura 7.29 da pagina 234)
Braço:
 Constituído apenas por um osso – úmero
o Cabeça articula-se com cavidade glenoideia da omoplata.
o O côndilo articula-se com o rádio.
o A tróclea artivula-se com o cúbito
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
o
Os locais de inserção de músculos são o troquino e o troquiter, a impressão
deltoideia, o epicôndilo e a epitróclea.
(figura 7.30 da pagina 235)
Antebraço:
 Apresenta dois ossos – cúbito (corresponde ao mindinho) e rádio (corresponde ao
polegar).
o Cúbito:
 Extremidade superior:
 Olecrânio (cotovelo;
 Apófise coronoideia (forma de bico de corvo)
 Grande cavidade sigmoideia – articula-se com a tróclea do
úmero
 Pequena cavidade sigmoide ou chanfradura do cúbito.
o

Corpo ou diáfise:
 3 bordos e 3 fases - polígono triangular

Extremidade inferior:
 Cabeça – articula-se simultaneamente com o rádio e os ossos
do carpo.
 Apófise estiloideia – inserem-se ligamentos ao punho
Rádio:
 Extremidade superior:
 Cabeça/tacícula radial– é concava e articula-se com o côndilo
do úmero.
 Tuberosidade bicipal – é o ponto de inserção de um músculo.

Corpo ou diáfise:
 3 bordos e 3 fases

Extremidade inferior:
 Apófise estiloideia – inserem-se ligamentos do punho
Figura 7.31 da pagina 236
Punho:
 Composto por 8 ossos que constituem o CARPO
 Região de transição entre o antebraço e a mão.
 Os ossos do carpo articulam-se com o rádio e o cúbito e com a cabeça dos metacarpos.
o Fileira proximal:
 Escafóide
 Semi-lunar
 Piramidal
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
o
 Pisiforme
Fileira distal:
 Trapézio
 Trapezóide
 Grande osso
 Unciforme
Metacárpicos:
 São 5 e contam-se do polegar para o mendinho;
 Os espaços entre os metacárpicos são ocupados por tecidos moles;
Dedos:
 Contam-se do polegar para o mendinho (1º,2º,3º,4º e 5º dedo);
 Cada dedo é contituido por 3 falanges, excepto o polegar que é constituído por 2.
 Forma-se muitas vezes na junção entre a falange proximal do polegar e o respectivo
metacarpico do polegar um ou dois ossos sesamoideus.
Figura 7.32 da pagina 237
Cintura pélvica e membro inferior:
Cintura pélvica:
 É formada pelos ossos coxais direito e esquerdo – ossos ilíacos
 Os dois ossos coxais reúnem-se um com o outro adiante e com o sacro, atrás, para
formar a bacia óssea ou pelve e artiulam-se também com o fémur através do
acetábulo.
o Osso coxal é formado por:
 Ílion (virilha)
 Ísquion (anca)
 Púbis (pêlo genital)
Figura 7.36 da pagina 239
Comparação entre a bacia feminina e masculina:
Quadro 7.8 da pagina 241
Coxa:

O osso da coxa é o fémur (maior osso do corpo)
o Extremidade superior:
 Cabeça – articula-se com o acetábulo.
 Colo
 Grande trocâncer – pontos de inserção de músculos;
 Pequeno trocâncer – pontos de inserção de músculos.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
o
o
Corpo do fémur
Extremidade inferior:
 Côndilos interno e externo – articulam-se com a tíbia
 Epicôndilos internos e externos – inserção de músculos
 Tróclea – articula-se com a rótula
Figura 7.39 da pagina 241
Rótula:
 Tem a função de dar anexo ao tendão do quadricípete crural.
 Articula-se com a tróclea femural
Figura 7.40 da pagina 242
Perna:
 A perna é constituída pela tíbia e pelo perónio.
o Tíbia:
 Maior dos dois ossos;
 Parte interna da perna;
 Articula-se com o fémur, o perónio e o astrágalo.
 Apresenta 3 tuberosidades (anterior, interna e externa)
 O maléolo contribui para formar a face interna da articulação do
tornozelo.
o Perónio:
 Osso externo da perna;
 Não se articula com o fémur mas articula-se com a tíbia por uma
pequena cabeça proximal.
 O maléolo externo forma a face externa da articulação do tornozelo.
Figura 7.41 da pagina 242
Pé:





A porção proximal do pé é formada por 7 ossos társicos;
o Astrágalo
o Calcâneo
o Escafoide
o Cubóide
o 1º,2º e 3º cuneiforme
O astrágalo é onde se arucula a tíbia e o perónio.
O calcâneo está abaixo do astrágalo e suporta-o
O pé é formado pelos 5 ossos metatársicos (contados de dentro para fora – polegar
mindinho)
Os dedos dos pés são constituídos por 3 falanges excepto o dedo grande que tem
apenas 2.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre

As arcadas ósseas transferem peso do tornezelo para os dedos dos pés e permitem ao
pé acomodar-se a muitas posições diferentes.
Figura 7.43 e 7.44 da pagina 243 e 244.
Articulações e movimento
Articulação é o local onde os ossos se reúnem.
Designação das articulações:
As articulações designam-se de acordo com os ossos ou partes dos ossos envolvidos.
Classificação das articulações:
Esta classificação pode ser feita a dois níveis:
Classificam-se de acordo com o tipo
mais importante de tecido conjuntivo
que mantém contacto entre os ossos,
e a existência ou não de uma cápsula
articular cheia de líquido.

Estrutura:
o Fibrosas
o Cartilagíneas
o Sinoviais

Função/mobilidade:
o Sinartroses – imóveis ou muito pouco móveis
o Anfiartroses – semi-móveis
o Diartroses – móveis
1. Articulações fibrosas:
 Dois ossos unidos por tecido conjuntivo fibroso;
 Movimento ausente ou diminuto
 Cavidade articular ausente
 Classificam-se em :
o Suturas
o Sindesmoses
o Gonfoses
1.1. Suturas
 Ligações dos ossos do crânio;
 Raramente são lisas;
 Sutura coronal, sagital e lambdóide não estão completamente fundidas, logo
pode haver algum movimento;
 Podem ossificar;
 A sutura escamosa possui algum movimento por causa das fontanelas.
1.2. Sidesmoses:
 Ossos que a constituem estão afastados;
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre



Unidos por ligamentos à distância;
Ossos unidos por membranas inter-ósseas (rádio/cúbito e tíbia/periósteo)
Pode haver algum movimento, não muito.
Figura 8.3 da pagina 252
1.3. Gonfoses
 Articulações especializadas;
 Encaixe em cavidades;
 Mantidas no seu lugar por finos feixes de tecido conjuntivo.
 Os feixes de tecido conjuntivo entre os dentes e os seus encaixes são os
ligamentos peri-odontais.
 Exemplo deste tipo de articulação é os dentes.
Figura 8.4 da pagina 252
2. Articulações cartilagíneas:
 Ossos unidos por cartilagem hialina ou fibrocartilagem.
 Classificam-se em:
o Sincrodoses (cartilagem hialina)
o Sínfises (fibrocartilagem)
2.1. Sincondroses
 Movimento escasso
 A maioria das sincondroses forma sinostoses
 A junção de dois ossos faz-se por cartilagem hialina
 Exemplo : Placas epifisárias, articulações costo-esternais
Figura 8.5 da pagina 253
2.2. Sínfises
 Une dois ossos por fibrocartilagem por superfícies planas;
 São semi-móveis
 Exemplos: sínfise púbica, discos intervertebrais e sincondroses costo
esternais.
3. Articulações sinoviais:
 As articulações sinoviais são capazes de grande mobilidade. Consistem no
seguinte:
o Cartilagem articular nas extremidades dos ossos, proporcionando uma
superfície lisa para a articulação. Os meniscos podem proporcionar apoio
adicional.
o Uma cavidade articular rodeada por uma cápsula articular de tecido
conjuntivo fibroso que reúne os ossos mas lhes permite mobilidade, e uma
membrana sinovial, que produz líquido sinovial que lubrifica as
articulações.
 As bolsas sinoviais são extensões de articulações sinoviais que protegem a pele,
tendões ou osso das estruturas que poderiam exercer atrito sobre elas.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre







São as mais complexas das outras duas.
São a maior parte das articulações do esqueleto apendicular
Liquido sinovial tem proteínas e lípidos e serve para lubrificar as superfícies
articulares e nutre as cartilagens hialinas.
Os vasos sanguíneos não penetram na cartilagem nem entram na cavidade
articular;
Os nervos sensitivos entram na cápsula fibrosa mas não entram na cartilagem nem
na cavidade articular.
Classificam-se em:
o Antrodias
o Efipiartroses
o Trocleartroses
o Trocartroses
o Enartroses
o Condilartroses
O movimento destas pode ser:
o Mono axial – num plano
o Bi-axial – 2 planos (tornozelo)
o Multi-axial – vários planos (ombro)
3.1. Antrodias – planas:
 2 Superfícies planas opostas e aproximadamente iguais.
 Mono-axiais
 Não têm grande movimento.
 Exemplo: Apófises articulares entre as vértebras.
3.2. Efipiartroses – em sela
 2 Superfícies articulares em forma de sela.
 Orientadas em ângulo recto
 Bi-axiais
 Exemplo: articulações do carpo-metacárpica do polegar
Figura 8.9 da pagina 255
3.3. Trocleartroses – roldana
 1 superficie articular em forma de duplo cone;
 Mono-axial
 Exemplo: Cotovelo e o joelho
3.4. Trocartroses – cilíndricas
 Apófise óssea cilíndrica;
 Rotação em torno de um único eixo
 Anel parcialmente composto de osso e ligamento
 Exemplo: Articulação da cabeça do rádio com a extremidade proximal do
cúbito e apófise odontoideia do áxis no atlas.
Figura 8.11 da página 256
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
3.5. Enartroses – esféricas
 Consiste numa cabeça esférica na extremidade de um osso e num encaixe no
osso adjacente em que entra uma porção dessa cabeça.
 Multi-axial
 Exemplo: articulações do ombro e anca.
3.6. Condilatroses – elípticas
 As superfises articulares são mais de forma elíptica do que esférica.
 Bi-axiais
 Exemplo: Articulação occipito-atlodeia, mandíbula
Figura 8.13 da pagina 256
Tipos de movimento:


Movimentos de deslizamento – quando duas superfícies planas deslizam uma sobre a
outra.
Movimentos angulares – são a flexão/extensão, abdução/adução e flexão plantar e
dorsiflexão.
Figuras 8.14, 8.15 e 8.16 8.17 e 8.18 da página 257 e 258

Movimentos circulares – rotação, pronação/supinação e circundação
Figuras 8.19, 8.20 e 8.21 da pagina 258 e 259

Movimentos especiais – Elevação/abaixamento, projecção/retracção, didução,
inversão/eversão e oponência/retorno à posição neutra.
Figuras 8.22 a 8.26 da pagina 259 e 260.


Movimentos combinados – envolvem dois ou mais dos movimentos supracitados
Amplitude do movimento é a quantidade de movimento, activo (músculos) ou passivo
(força externa), permitido numa articulação. Esta amplitude pode ser influenciado por
vários factores como: superfícies articulares, cartilagem, tendões, ligamento e
músculos, dor e o “uso”.
Descrição de algumas articulações:


Articulação tempero-mandibular ou tempero-maxilar é uma articulação complexa
(bicondilartrose conjugada), entre ossos temporal e mandibular. É capaz de executar
movimentos de elevação/abaixamento, propulsão e retropulsão e lateralidade ou didução.
O ombro é uma articulação esférica (enartrose), entre a cabeça do úmero e a cavidade
glenoideia da omoplata, que permite um amplo leque de movimentos. É reforçada por
ligamentos e pela coifa dos rotadores. O tendão de longa porção do bicípite braquial atravessa
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre





a cápsula articular. A articulação do ombro pode executar movimentos de flexão/extensão,
abdução/adução, rotação e circundação.
A articulação do cotovelo é uma articulação em roldana complexa (troco-condilo-trocartrose)
entre o úmero, o cúbito e o rádio. O movimento é limitado a flexão e extensão.
A anca é uma articulação em esfera (enartrose) entre a cabeça do fémur e o acetábulo do
coxal, altamente reforçada por ligamentos e capaz de executar um amplo leque de
movimentos, como a flexão, extensão, abdução, adução, rotação e circundação.
O tornozelo +e uma articulação especial em tróclea entre a tíbia, o perónio e o astrágalo que
permite flexão/extensão e inversão/eversão do pé.
Os ligamentos das arcadas plantares seguram os ossos de maneira a definir um arco e
transferem o peso do pé.
O joelho é uma articulação complexar troclear (bicôndilo menisco trocleartrose) entre
fémur e a tíbia (e a rótula) e é suportado por muitos ligamentos. A articulação permite
flexão/extensão e uma ligeira rotação da perna.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Sistema Muscular: Histologia e Fisiologia
Há três tipos de tecido muscular: esquelético, liso e cardíaco. Sendo que, a contracção do
primeiro está dependente da nossa vontade, enquanto que os outros dois não.
Funções do sistema muscular:
1. Movimento corporal
2. Manutenção da postura: permite ficar sentado ou em pé.
3. Respiração: movimentos necessários à respiração pelo qual o tórax é responsável.
4. Produção de calor corporal: da contracção dos músculos esqueléticos resulta calor,
que é crítico para a manutenção da temperatura corporal.
5. Comunicação: estão envolvidos em todos os aspectos da comunicação, como o falar,
escrever, gestos e expressões faciais.
6. Constrição de órgãos e vasos: a contracção dos músculos lisos nas paredes dos órgãos
internos e nos vasos provoca a constrição destes.
7. Batimento cardíaco
Características gerais do funcionamento do músculo:
Propriedades/características dos músculos:




Contractilidade: capacidade que o musculo tem para se contrair.
Excitabilidade: capacidade que o musculo tem para responder a estímulos.
Extensibilidade: músculo pode ser estirado (alargado).
Elasticidade: depois de estirado o músculo retorna ao seu comprimento em repouso
original.
Tipos de tecido muscular:
Quadro 9.1 da pagina 281
Estrutura do músculo-esquelético
Os músculos esqueléticos compõem-se de fibras musculares esqueléticas, associadas a pequenas
quantidades de tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e nervos. As fibras musculares esqueléticas são
células musculares cilíndricas. As fibras musculares derivam do mioblasto. A alternância de bandas
claras e bandas escuras dá à fibra muscular um aspecto estriado. O nome da membrana celular das
fibras musculares é chamado de sarcolema.
Tecido conjuntivo:
O tecido conjuntivo serve para acumular as fibras musculares e une os músculos aos
tendões ou insere-os nos ossos.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre

Lâmina externa: é composta por fibras reticulares e envolve cada uma das fibras
musculares.

Endomísio: rede delicada de tecido conjuntivo laxo que envolve as fibras musculares
por fora da lâmina externa.


Perimísio: tecido conjuntivo mais denso que envolve os feixes de fibras musculares.
Epimísio: tecido conjuntivo denso, fibroso e colagénio que recobre o musculo (
conjunto de vários feixes musculares)

Fáscia: tecido conjuntivo fibroso que envolve o corpo, formando uma bainha sob a
pele; também separa cada músculo e , em alguns casos, envolve grupos musculares. A
fáscia em torno dos músculos chama-se de epimísio.
Nervos e vasos sanguíneos:


Os neurónios motores estendem-se em associação com as artérias e veias pelo
tecido conjuntivo dos músculos esqueléticos.
A nível do perimísio, os axónios dos neurónios motores ramificam-se e cada
ramo projecta-se para uma fibra muscular, formando uma sinapse.
Fibras musculares:



Fibra muscular é uma célula única que consiste numa membrana celular
(sarcolema), citoplasma (sarcoplasma), diversos núcleos e miofibrilhas.
As miofibrilhas compõem-se de duas espécies de filamentos proteicos:
miofilamentos de actina ( miofilamentos finos) e miofilamentos de miosina
(miofilamentos grossos).
Os miofilamentos de actina e miosina organizam-se em unidades altamente
organizadas chamadas sarcómeros, que se unem topo a topo para formar
miofibrilhas.
Miofilamentos de actina e miosina:
 Cada miofilamento de actina é composto por duas cadeias de actina
fibrosa (actina F), uma série de moléculas de tropomiosina e uma série
de moléculas de troponina
 Os monómeros de actina F são actina globular (actina G). estes têm
um lugar especifico a que se podem ligar moléculas de miosina
durante a contracção muscular.
 A tropomiosina é uma proteína alongada que se insinua na fenda de
dupla hélice de actina F. cobre sete locais activos de actina G.
 A troponina compõem-se de três sub-unidades: uma que se liga à
actina, a segunda que se liga à tropomiosina e a terceira que se liga a
iões cálcio.
 O complexo de tropomiosina e troponina regula a interecção entre os
locais activos da actina G e a miosina.
 Os miofilamentos de miosina compõem-se de muitas moléculas de
miosina alongadas., com a forma de um taco de golfe.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
 Cada molécula de miosina consiste em duas moléculas de miosina
pesada – porção cilíndrica. E duas cabeças que se estendem
lateralmente.
 As cabeças de miosina têm três propriedades importantes: podem
ligar-se a sítios activos da actina, formando pontes; a cabeça liga-se à
porção cilíndrica da molécula de miosina por uma zona encurvada que
se pode dobrar e estreitar durante a contracção; as cabeças têm
actividade de ATPase, actividade enzimática que desdobra ATP,
libertando energia.
Figura 9.4 da pagina 284
Sarcómeros: unidades que se repetem
Figura 9.5 da pagina 285
Notas:
As zonas onde há sobreposição de miofilamentos são escuras, pois são mais espessas. As zonas
onde não há sobreposição de miofilamentos são claras, pois são menos espessas.
Durante a contracção o sarcómero modifica-se em algumas bandas.
Modelo de Deslizamento dos Filamentos:
Os miofilamentos de actina e miosina não mudam de comprimento durante a
contracção. O que acontece é que esses miofilamentos deslizam uns pelos outrso de uma
forma que leva ao encurtamento dos sarcómeros.
A banda I e zonas H tornam-se mais estreitas durante a contracção e a banda A
mantem um comprimento constante.
Por isso, quando os sarcómeros encurtam, as miofibrilhas, as fibras musculares, os
feixes e os músculos encurtam, produzindo a contracção muscular.
Fisiologia das Fibras do Músculo-esquelético:
Os axónios das células nervosas estendem-se do éncefalo e da medula espinhal para as
fibras dos músculos esqueléticos. O sistema nervoso controla as contracções dos músculos
esqueléticos através de sinais eléctricos, chamados potenciais de acção, que são transmitidos
ao longo dos neurónios até às fibras musculares.
Os potenciais de acção transmitidos pelos neurónios estimulam a produção de
potenciais de acção nas fibras musculares, que as levam a contrair.
Potenciais de membrana:

As membranas celulares são polarizadas, o que significa que existe ma
diferença de carga, potencial de membrana em repouso, através da membrana
celular. A membrana fica polarizada quando a tendência para iões K+ para se
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
difundirem para fora da célula é resistida pelas cargas negativas das moléculas
no interior da célula.
Canais iónicos:



O potencial de acção é a reversão do potencial da membrana em repouso, de
modo a que o interior da membrana celular se torna positivo.
Os canais iónicos são responsáveis pela produção de potenciais de acção e são
específicos.
Existem dois tipos de canais de membrana que produzem potenciais de acção:
o Canais com portão ligando: canais que abrem em resposta à ligação do
o
ligando a um receptor que é parte do canal iónico.
Canais com portão de voltagem: estes canais abrem e fecham em resposta
a pequenas alterações de carga através da membrana celular.
Potenciais de acção:




A estimulação de uma célula pode causar despolarização da sua membrana.
Portanto, entende-se por despolarização quando o interior da membrana
celular se torna menos negativa, isto resulta de um aumento da
permeabilidade da membrana celular ao Na+.
Se a polarização atingir o limiar, produz-se um potencial de acção de tipo tudo
ou nada.
A repolarização é o regresso do potencial de membrana ao valor de repouso,
isto acontece pois, os canais de Na+ encerram e os canais de K+ abrem por
curtos instantes.
A propagação dos potenciais de acção ao longo da membrana celular dos
neurónios e das fibras musculares esqueléticas ocorre de uma forma tudo ou
nada.
Junção neuromuscular- onde se dá a recepção de estímulos:



O terminal pré-sináptico do axónio está separado da membrana pós-sináptica
da fibra muscular pela fenda sináptica.
A acetilcolina libertada do terminal pré-sináptico liga-se a receptores da
membrana pós-sináptica, alterando, assim, a permeabilidade da membrana e
produzindo um potencial de acção.
Após a ocorrência de um potencial de acção, a acetilcolinesterase desdobra a
acetilcolina em ácido acético e colina. A colina é reabsorvida no terminal présináptico para formar acetilcolina.
Figura 9.12 da pagina 292.
Acoplamento Excitação Contracção:
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
O acoplamento excitação-contracção começa na junção neuromuscular, com a produção de
um potencial de acção no sarcolema. O potencial de acção propaga-se ao longo de todo o
sarcolema da fibra muscular. Quando o potencial de acção atinge os túbulos T, as membranas
destes sofrem despolarização, porque os túbulos T são invaginações do sarcolema. Os túbulos
T transportam a despolarização para o interior da fibra muscular. Uma vez que os tubulos T
atingem a área das tríades, a sua despolarização leva à abertura dos canais de cálcio com
portão de voltagem. Quando os canais de cálcio do reticulo sacroplamático se abrem, os iões
de cálcio difundem-se rapidamente do reticulo sacroplasmático para o sarcoplasma que rodeia
as miofibrilhas. Os iões de cálcio ligam-se à troponina dos miofilamentos de actina. A
combinação dos iões de cálcio com a troponina faz com que o complexo troponinatropomiosina se afunde no espaço entre as duas moléculas de actina F, expondo assim os
locais activos dos miofilamentos de actina. Estes locais activos expostos ligam-se às cabeças
das moléculas de miosina para formarem pontes. O movimento das pontes leva à contracção.
Figura 9.14 da pagina 295.
Anexo:
Acoplamento excitação-comtracção: mecanismo pelo qual um potencial de acção leva á contracção de uma
fibra muscular.
Túbulos T: invaginações tubulares do sarcolema. O lúmen de cada tubulo T esta preenchido por líquido
extracelular e continuo com o exterior da fibra muscular.
Reticulo sacroplasmático: REL altamente especializado que está suspenso no sarcoplasma entre os túbulos T .
Tríade: conjunto de um túbulo T com duas cisternais terminais adjacentes.
Cisternais terminais: alargamentos do reticulo sacroplasmático.
Movimento das pontes:
 Durante uma contracção, cada molécula de miosina sofre muitas vezes o ciclo
de formação, movimento, libertação e retorno à posição original de ponte.
 Para cada ciclo de formação, movimento e libertação de uma ponte é
necessária uma molécula de ATP – choque de potência.
 O ATP é também necessário ao transporte dos iões de cálcio para o reticulo
sacroplamático e para manter as [] normais através da membrana celular.
Relaxamento muscular:
 O relaxamento resulta do transporte activo de iões cálcio para o reticulo
sacroplamático.
 Os iões cálcio difundem-se a partir da troponina, evitando a formação de mais
pontes.
Fisiologia do músculo-esquelético:
Contracção muscular:
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre





A contracção muscular é o encurtamento de um musculo em resposta a um
estimulo que causa um potencial de acção em uma ou mais fibras musculares.
Fase de latência: período de entre entre a aplicação do estimulo e o inicio da
contracção.
Fase encurtamento: tempo durante ocorre a contracção.
Fase de relaxamento: tempo durante ocorre relaxamento.
O potencial de acção é um fenómeno eléctrico enquanto que a contracção é
um fenómeno mecânico.
Figura 9.16 da pagina 297
Intensidade do estímulo e contracção muscular:
 Numa dada situação, uma fibra muscular, ou unidade motora, contrai-se com
uma força constante em resposta a cada potencial de acção, o que se chama a
lei do tudo ou nada da contracção muscular.
 Para um músculo no seu todo, um estímulo crescente produz uma resposta
variável de força de contracção, crescendo à medida que mais unidades
motoras são recrutadas (somação de múltiplas unidades motoras).
Figura 9.18 da pagina 299
Frequência do estímulo e contracção muscular:
 Não é necessário o relaxamento de uma fibra muscular antes de um segundo
potencial de acção poder estimular uma segunda contracção.
 À medida que aumenta a frequência de potenciais de acção numa fibra
muscular esquelética, aumenta também a frequência de contracções.
 Tétano incompleto – quando à relaxamento parcial antes da segunda
contracção.
 Tétano completo- não há relaxamento entre as duas contracções.
 A tensão produzida por um músculo aumenta à medida que aumenta a
frequência das contracções – somação de múltiplas ondas.
 Este fenómeno é apoiado por dois fenómenos:
o No segundo estímulo entra mais cálcio, contudo ainda existe dentro da
célula quantidades elevadas deste, que não saíram pois não houve
relaxamento (parcial ou completo).
o À medida que a frequência de estímulos aumenta não tem de haver
energia gasta a estirar o tecido conjuntivo, sendo a energia toda
remetida para a contracção muscular.
Tipos de contracção muscular:
Quadro 9.3 da pagina 301.
Nota:
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
No quotidiano não apenas utilizamos uma única tipologia de contracção, mas sim várias ao mesmo
tempo.
Comprimento versus tensão:
 Tensão activa: força aplicada a um objecto a ser levantado quando o musculo se


contrai. (ate um certo ponto, à medida que aumenta o comprimento de um musculo, a
sua tensão activa aumenta também. Caso esse comprimento seja ultrapassado, a
tensão começa a decrescer).
Tensão passiva: tensão aplicada na carga quando o musculo está estirado (esticado),
mas não estimulado.
Tensão total: tensão activa + tensão passiva.
Fadiga:
 A fadiga é a diminuição da capacidade de executar trabalho e a reduzida eficácia na
execução que se segue normalmente a um período de actividade.
 Esta fadiga pode ser:
o Fadiga Psicológica: a mais frequente. É mediada pelo SNC os músculos mantêm a sua
o
capacidade funcional mas o individuo tem a “impressão” de que não é possível um
trabalho muscular suplementar.
Fadiga Muscular: resulta da depleção de ATP.
o
Fadiga sináptica: dá-se na junção neuromuscular. Existe depleção de acetilcolina
libertada, isto é, não há vesículas para a transportarem ate à membrana pós-sinaptica.
Contractura fisiológica e “Rigor Mortis”:
 A contractura fisiológica (incapacidade de os músculos se contraírem ou relaxarem) e o
“rigor mortis” (rigidez muscular após a morte) resultam da insuficiência de ATP.
Fontes de energia:
 A energia para a contracção muscular provem do ATP.
 A energia necessária à formação de ATP provem de três fontes:
o Creatina fosfato: o ATP pode ser sintetizado por reacção de ADP com a
o
o
o
creatina fosfato, reacção que origina ATP e creatina. O ATP com esta origem é
usado para assegurar energia durante o exercício intenso por um curto
período de tempo.
Respiração Anaeróbia: dá-se na ausência de oxigénio e resulta do
desdobramento de glucose em ATP e ácido láctico. A respiração anaeróbia é
menos eficiente do que a respiração aeróbia, mas é mais rápida. Os níveis de
ácido láctico aumentam com a respiração anaeróbia.
Respiração Aeróbia: exige oxigénio e desdobra glucose para produzir ATP,
CO2 e água. É muito mais eficaz que a anaeróbia, mas é mais lento. Esta
produz energia para a contracção muscular em condições de repouso ou
durante o desenrolar de exercícios de longa duração.
Carência de oxigénio: após a respiração anaeróbia, a respiração aeróbia é
superior à normal, restaurando os níveis de creatina fosfato e convertendo
ácido láctico em glucose.
Fibras Lentas e Rápidas:
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre


Nem todos os músculos esqueléticos têm capacidades funcionais idênticas. Diferem
em vários aspectos, incluindo a existência de fibras musculares que contêm formas
ligeiramente diferentes de miosina. A miosina das fibras musculares de contracção
lenta faz com que as fibras se contraiam mais lentamente, sendo células mais
resistentes à fadiga. Enquanto que a miosina presente nas fibras musculares de
contracção rápida faz com que as fibras se contraiam mais rapidamente e estas células
se fatiguem depressa.
A proporção dos tipos de fibras varia de musculo para musculo.
Quadro 9.4 da pagina 306.
Distribuição das fibras musculares de contracção rápida e lenta:
 Os bons corredores de velocidade têm uma maior percentagem de fibras
musculares de contracção rápida e os bons corredores de fundo têm uma
maior percentagem de fibras de contracção lenta nos músculos dos membros
inferiores.
Efeitos do exercício:
 Os aumentos (hipertrofia) ou diminuições (atrofia) das dimensões dos
músculos resultam de alterações no tamanho das fibras musculares.
 O exercício anaeróbio desenvolve fibras fatigáveis de contracção rápida. O
exercício aeróbio desenvolve fibras de contracção lenta e transforma as fibras
fatigáveis de contracção rápida em fibras de contracção rápida resistentes à
fadiga.
Produção de calor:
 À medida que ocorrem reacções químicas nas células, alguma energia é libertada na
forma de calor.
 Quando a temperatura corporal desce abaixo de certo nível o SN responde
provocando calafrios, que consistem em rápidas contracções dos músculos
esqueléticos que produzem abalos ou contracções sem movimentos eficientes.
Músculo liso:
1. As células musculares lisas são em forma de fuso, com um único núcleo. Têm
miofilamentos de actina e miosina mas não são estriadas.
2. O reticulo sacroplamático é pouco desenvolvido e as cavernas podem funcionar como
um sistema de tubulos T, pois este tipo de musculo não possui tubulos T.
3. Os iões cálcio entram na célula para iniciar a contracção; a calmodulina liga-se aos iões
de cálcio e activa uma enzima que transfere um grupo fosfato do ATP para a miosina.
Quando os grupos fosfatos estão ligados à miosina, ocorre formação de pontes.
4. O relaxamento ocorre quando a fosfatase de miosina remove um grupo fosfato da
molécula de miosina:
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
a. Se o fosfato é removido quando as pontes estão ligadas, o relaxamento é
muito lento – estrado trancado.
b. Se o fosfato é removido quando as pontes não estão ligadas, o relaxamento é
rápido.
Tipos de músculo liso:
 Músculo liso visceral ou unitário: mais comum. As fibras musculares lisas viscerais

contraem-se lentamente, têm junções sinápticas (funcionam por isso como uma
unidade única) e podem ser auto-rítmicas.
Músculo liso multiunitário: as fibras musculares lisas multiunitárias contraem-se
rapidamente em resposta a estímulos neuronais e funcionam de forma independente.
Propriedades eléctricas do músculo liso:
 As ondas de despolarização e repolarização propagam-se de célula para célula
em pequenas distâncias e causam contracções.
 A entrada de iões de cálcio e sódio para dentro da célula produz contracções
espontâneas. O movimento de cálcio e sódio para dentro da célula esta
envolvida na despolarização.
 O sistema nervoso autónomo e as hormonas podem inibir ou estimular
potenciais de acção (e, desta forma, as contracções) as hormonas também
podem estimular ou inibir as contracções sem afectar o potencial de
membrana.
Propriedades funcionais do músculo liso:
 Tem quatro propriedades funcionais que o musculo esquelético não tem:
o Alguns músculos viscerais são auto-rítmicos.
o O musculo liso tende a contrair-se em resposta a um súbito
estiramento, mas não a um lento aumento de comprimento.
o O musculo liso tem uma tensão relativamente constante – tónus do
musculo liso, por um longo período de tempo e mantém a mesma
tensão em resposta um aumento gradual no comprimento do musculo
liso.
o A amplitude de contracção produzida pelo músculo liso também
permanece constante, apesar de variar o comprimento do musculo.
 O musculo liso não desenvolve carência de oxigénio.
Regulação do musculo liso:
 O musculo liso é inervado pelo sistema nervoso autónomo e é involuntário.
 As hormonas são importantes na regulação do musculo liso. Algumas
hormonas podem aumentar a permeabilidade de cálcio nas membranas de
alguns músculos lisos e, por isso, provocar contracções sem alteração de
potencial de repouso.
Músculo Cardíaco:
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre

As fibras musculares cardíacas são estriadas, têm um único núcleo, são ligadas por
discos intercalares (por isso, funcionando como uma unidade única) e são capazes de
auto-ritmicidade.
Efeitos do envelhecimento no musculo esquelético:
 Varias alterações que diminuem a massa muscular, aumentam o tempo que o musculo
leva para se contrair em resposta ao estímulo nervoso, reduzem a resistência muscular
e aumentam o tempo de recuperação.
 As fibras musculares diminuem em número, as unidades motoras diminuem em
número e o tempo de recuperação aumenta.
Sistema muscular: Anatomia geral
Generalidades:








A maior parte dos músculos esqueléticos estendem-se de um osso a outra e cruza pelo
menos uma articulação.
A contracção muscular provoca habitualmente o movimento, puxando um dos ossos
na direcção do outro, em torno de uma articulação móvel.
Inserção de origem: extremidade menos móvel de um musculo
Inserção terminal: extremidade mais móvel do musculo.
Aponevrose: tendão muito largo
Agonista: musculo que provoca acção quando se contrai.
Antagonistas: músculos que trabalham em oposição a outros músculos, movendo
estrutura na direcção oposta.
Os principais responsáveis por um movimento designa-se por musculo principal. Os
fixadores estabilizam a acção dos anteriores.
Formas dos músculos:
A forma dos músculos é determinada principalemente pelo arranjo dos feixes musculares.
 Peniforme
o
o



Unipeniforme – so tem feixes de um lado do tendão.
Bipeniforme – se tiver feixes dos dois lados do tendão.
multipeniforme – feixes dispõem-se em muitos lados do tendão.
o
Paralelos – feixes dispõem-se paralelamente ao maior eixo do musculo.
Convergentes – base mais larga que a porção distal.
Circulares - feixes dispostos em círculo em torno de uma abertura e actuam como
esfíncteres, encerrando essa abertura.
Nomenclatura:
Movimentos efectuados pelos músculos:
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
A contracção dos músculos gera uma força que actua sobre os ossos (alavancas), cruzando
articulações (fulcros), de forma a criar movimento. Há três classes de alavancas:
 Alavancas de classe I – o fulcro localiza-se entre a potencia e a resistência (cabeça)
 Alavancas de classe II – a resistência encontra-se entre o fulcro e a potencia ( pé, em
bicos de pés)

Alavancas de classe III – a potencia localiza-se entre o fulcro e a resistência ( acção
do bicipete braquial (P) a puxar o rádio (A) para flectir o cotovelo (F) e levantar a mão
(R) .
Músculos da cabeça:





Músculos da Cabeça e Pescoço:
As origens destes músculos situam-se principalmente nas vértebras cervicais (excepto
o esternocleidomastoideu)
Fazem a flexão, extensão, rotação, abdução e adução da cabeça.
Os anteriores fazem sempre a flexão.
Os posteriores sempre a extensão.
Os laterais sempre movimentos de abdução e adução.
Músculos que movem a cabeça
Músculos
Anteriores:
Pequeno e grande recto anterior da cabeça
Posteriores:
Pequeno e grande complexo
Pequeno e grande oblíquo
Rectos posteriores da cabeça
Semi-espinhoso da nuca
Esplénio da cabeça
Trapézio· (*)
Laterais:
Recto lateral da cabeça
Esterno-cleido-mastoideu(*1)
Acção
Flexão da cabeça
Extensão
Extensão e rotação da cabeça
Extensão e rotação
Rotação e extensão da cabeça
Rotação e extensão da cabeça
Abdução e extensão da cabeça
Abdução da cabeça
Contracção unilateral:
Rotação para o lado oposto e extensão da
cabeça
Contracção bilateral:
Flexão do pescoço
(*)Inserção origem – proturberância do occipital – t10
Inserção terminal – clavícula/omoplata
(*1) Inserção origem – manúbrio e a porção interna da clavícula
Inserção terminal – apófise mastoideia e linha curva occipital superior.
Músculos da expressão facial:

As origens dos musculos faciais são nos ossos do crânio ou nas fascias; as
terminações são na pele, provocando o movimento da pele na face, dos lábios
e das pálpebras.
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Músculos da expressão facial
Músculos
Orelha:
Acção
Auricular anterior
Auricular posterior
Auricular superior
Puxa a orelha para a frente (anteriormente)
Puxa a orelha para trás
Puxa a orelha para cima e para trás
Beijo:
Bucinador
Orbicular dos lábios
Queixo:
Triangular dos lábios
Quadrado do mento
Borla do mento
Retrai o ângulo da boca; Achata a bochecha
Encerra os lábios
Deprime o ângulo da boca ( )
Deprime o lábio inferior
Eleva e enruga a pele do queixo; eleva o lábio
superior.
Sorriso:
Canino
Rissorius de Santorini
Grande e pequeno zingomático
Levantador do lábio superior
Levantador comum do lábio superior e da asa
do nariz
Testa:
Occipitofrontal
Levantador da pálpebra superior
Orbital das pálpebras
Supraciliar
Eleva o ângulo da boca
Abdução do ângulo da boca
Elevação e abdução do lábio superior.
Eleva o lábio superior
Eleva a asa do nariz e o lábio superior
Enruga a testa
Eleva a pálpebra superior
Encerra o olho
Deprime a porção mediana das sobrancelhas
e puxa as sobrancelhas uma para a outra,
como no franzir a testa.
Nariz:
Nasal
Pirâmide do nariz
Dilata a narina
Cria rugas horizontais entre os olhos, como
ao franzir a testa.
Músculo da mastigação:


Três pares de musculos fecham a mandíbula,mas a gravidade é que a abre.
A abertura forçada da mandíbula é efectuada pelos musculos pterigdoieus
externos e pelos musculos hiodeus.
Músculos da mastigação
Músculos
Temporal
Massetér
Pterigoideu interno
Pterigoideu externo
Acção
Eleva e retrai a mandíbula
Eleva e projecta
Projecção e elevação
Projecção e depressão
Músculos Hoideus
Músculos
Acção
Anatomofisiologia - Teórica 1º semestre
Supra hioideus:
Ou fixa o osso ou retrai a mandibula
Eleva o hióde; abaixa e retrai a mandíbula
Projecção do hióide; abaixa a mandíbula
Eleva o pavimento da boca e a língua; abaixa
a mandíbula quando o hiode está fixado.
Eleva o hióide
Ou fixam o osso hióide ou eleva a faringe
Digástrico
Genio-hioideu
Milo-hioideu
Estilo-hioideu
Infra-hioideus
Omo-hioideu
Esterno-hioideu
Esternotiroideu
Tiro-hioideu

Abaixa o hioide;fixa o hioide nessa posição
Abaixa a laringe; fixa o hioide
Abaixa o hoide e eleva a cartilagem tiroideia
da laringe; fixa o hioide nessa posição.
Tem sempre uma inserção no osso hioide e outra numa das estruturas vizinhas.
Músculos da língua:


Os intrínsecos mudam a forma da língua
Os extrínsecos mudam a forma da língua e movem-na.
Músculos da lingua
Músculos
Intrínsecos
Longitudinal
Transverso
Vertical
Acção
Mudam a forma da lingua
Extrínsecos:
Genoglosso
Hioglosso
Estiloglosso
Palatoglosso
Abaixamento e protrusão da língua
Retracção e abaixamento do bordo lateral da
língua
Retracção da língua
Eleva a parte posterior da lingua
Músculos da deglutinação e da laringe:


Encerrar a laringe;
Palato mole: encerrar as coanas (orifícios das fossas nasais) durante a deglutinação;
Músculos da deglutinação e da laringe
Músculos
Acção
Laringe
Aritenoideus oblíquo e transverso
Encerram a abertura da laringe
Cricoarítnoideus lateral e posterior
Cricotiroideu
Tensão das cordas vocais
Tiroaritenoideu
Encurta as cordas vocais
Vocal
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Palato-mole:
Levantador do véu do palato
Palatoglosso
Palatofaríngeo
Tensor do véu do palato
Úvula
Faringe:
Constritor inferior, superior e médio
Salpingofaríngeo
Estilofaringeo
Encerram as fossas nasais
Eleva o palato mole
Estreitas as fauses;eleva parte posterior da
língua
Estreita as fauses; baixa o palato; eleva a
faringe.
Dá tensão ao palato mole; abre as trompas
de Eustáquio.
Eleva a úvula
Estreitamento da faringe
Estreitar a faringe na deglutição
Eleva a faringe; abre a trompa de Eustáquio
ao engolir.
Eleva a faringe
Movimento do Globo Ocular:

Seis musculos com origem nos ossos que constituem a orbita inserem-se no globo
ocular, fazendo-o mover dentro dela.
Músculos que actuam sobre o olho
Músculos
Rectos
Superior
Inferior
Externo e interno
Acção
Eleva e desvia internamente o olhar
Baixa e desvia internamente o olhar
Desvia internamente o olhar
Oblíquos
Superior
Inferior
Eleva a parte posterior do olho; Orienta
interiormente a pupila e baixa o olhar.
Eleva e desvia internamente o olhar
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