Os jogos de linguagem como método de argumentação na filosofia

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Os jogos de linguagem como método de argumentação na filosofia de
Wittgenstein
Giovane Rodrigues Silva
Departamento de Filosofia, FFLCH, USP
1. Objetivos
4. Conclusões parciais
Meu objetivo será fazer, nos próximos dois
anos, um exame tão minucioso quanto possível
das Investigações Filosóficas de Wittgenstein,
dando destaque ao uso dos jogos de
linguagem em sua estratégia expositiva.
Dividirei este trabalho de leitura e análise em
quatro blocos, correspondentes aos quatro
volumes dos comentários de Baker e Hacker:
2º semestre de 2006: §§ 1-184; 1º semestre de
2007: §§ 185-242; 2º semestre de 2007: §§
243-427; 1º semestre de 2008: §§ 428-693.
Os processos através dos quais se ensina e se
aprende a falar podem ser chamados de jogos
(Spiele) na medida em que o termo beneficia a
compreensão desses processos. Além disso,
Wittgenstein informa que a expressão “jogo de
linguagem” será atribuída a formas primitivas
de linguagem, e, de forma mais geral, à
linguagem e às atividades ligadas a ela. De
fato, usar a expressão “jogo de linguagem”
(Sprachspiel) põe em relevo uma série de
elementos do processo de aprendizagem da
linguagem: o jogo supõe jogadores, regras
constitutivas do jogo, objetos sem os quais não
se pode jogar, um contexto, um objetivo
qualquer, etc.
2. Material e/ou métodos
Utilizarei as duas principais obras de
Wittgenstein, o Tractatus Logico-Philosophicus,
e as Investigações Filosóficas, bem como os
volumes de comentários de Baker e Hacker,
além de alguns dos principais títulos constantes
da vasta bibliografia existente a respeito da
obra de Wittgenstein.
3. Resultados e discussão
Os jogos de linguagem, ao ocupar centralidade
na estrutura das Investigações Filosóficas,
subsidiam o projeto wittgensteiniano de terapia
filosófica; a análise desses jogos de linguagem
é o que possibilita boa parte das asserções de
Wittgenstein ao longo do livro. Para apontar
para o funcionamento e relevância desses
jogos como método de argumentação na
filosofia de Wittgenstein, e para demonstrar o
que já foi dito, discutiremos alguns dos temas
mais relevantes a serem apontados como itens
nas Investigações. Assim, partiremos de uma
análise da crítica de Wittgenstein à noção geral
do significado tal como encontrada em parte
representativa da história da filosofia.
5. Referências bibliográficas
[1] BAKER, G. P. and HACKER, P. M. S.
Wittgenstein: Understanding and Meaning.
Chicago:University of Chicago Presses, 1980.
[2] _________. Wittgenstein: Rules, Grammar
and Necessity: Oxford: Blackwell Publishers,
1988.
[3] HACKER, P. M. S. Wittgenstein: Meaning
and Mind. Chicago: University of Chicago
Presses, 1990.
[4] _________. Wittgenstein: Mind and Will.
Blackwell Publishers, 2000.
[5] WITTGENSTEIN, Ludwig. Philosophical
Investigations. Oxford: Blackwell Publishers,
2002.
[6] _________. Tractatus Logico-Philosophicus.
Routledge, 2001.
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