CRESCIMENTO ECONOMICO E AS TRASFORMAÇOES SOCIOESPACIAIS NA AREA DO CARAJÁSA(AMAZONIA BRASILEIRA). A comunicação baseia-se em resultados de um projeto de pesquisa executado no âmbito da UFMA /CNPq voltado a acompanhar as conseqüências do avanço de grandes empreendimentos na Amazônia sobre a economia local, financiado pela FAPEMA(Fundação Amparo a Pesquisa do Marnahao-Brasil).A presente comunicação realiza uma analise exploratória sobre o crescimento econômico da região do Projeto Grande Carajás (Pará e Maranhão) nas ultimas décadas com objetivo de analisar as mudanças ocorridas na estrutura produtiva na economia local que os empreendimentos econômicos, dominados por oligopólios voltados a extração mineral e vegetal.Na pesquisa se procurar também detectar a dinâmica dos diferentes setores e atividades econômicas ao longo destas décadas (1985/2010 ), bem como ação dos diferentes agentes (governo e grandes empresas) que estão por trás deste processo de desenvolvimento econômico(excludente) e suas implicações socioeconômicas para o desenvolvimento local.Neste sentido as series históricas das contas nacionais (IBGE) e base De dados do IPEA,Ministério da Industria e Comercio foram uteis e indispensáveis.Contemporaneamente quais as transformações ocorridas nesta região citada,tendo como horizonte temporal o Projeto Grande Carajás (1985) ? Que resultado concreto em termos de desenvolvimento socioeconômico pode-se apresentar a sociedade local provenientes desta maior inserção na economia local no global? Sabe-se que o excedente produzido e apropriado pode ser mensurado em termos de PIB ou de exportação efetivada nas ultimas décadas,essas atingiram somas significativas. A partir desta premissa poder-se-ia fazer uma serie de questões que ainda estão para ser respondidas. Uma boa questão a responder é onde e como se efetivou a formação deste excedente, em que atividade ele se concentra, e quem se apropriou do mesmo? Porque se deu desta forma monopolizada e centralizada e não de outra? E, por ultimo, isso tem haver com o perfil econômico, demográfico, social e ambiental que temos nesta região da Amazônia? Esse fenômeno de transformação em andamento, intensificada ultimamente com a maior inserção internacional decorrente do boom das commodities não é especifico desta área examinada, mas aqui assume especificidade em razão da opção “realizada” pela elite mandante, na verdade, para mesma isso é indiferente. Esse formato de “desenvolvimento” baseado em enclaves é imposto pelo governo federal a serviço dos interesses capitalistas. Portanto esses processos sócio-econômicos, espaciais e relações de trabalho que temos refletem a ação das forcas de mercado e do Estado sob diferentes aspectos e período. Resultando daí um perfil de desenvolvimento socioeconômico que favorece uma minoria “eficiente” e muito bem articulada com o poder e penaliza a maioria apática, desorganizada e despolitizada,constituída por povos e comunidades tradicionais,pequenos produtores e a população urbana das cidades formadas no entorno destes grandes empreendimentos da cidades de Marabá(PA),Açailandia(Ma) e Imperatriz(Ma).Nestes locais,morada do capitalismo selvagem, a camada inferior é aquela da economia elementar e auto-suficiente é a mais ampla, o que ele denomina da camada de vida material ou da não-economia, nesta o capitalismo crava suas raízes, mas nunca consegue realmente penetrar. Acima dela, se encontra a “economia de mercado com suas comunicações horizontais entre os diferentes mercados: aqui, certa medida de coordenação automática costuma ligar a oferta, procura e os preços “E, por fim depois desta, andar intermediário está a “zona do antimercado, dos predadores e vigora a lei da selva, este é o verdadeiro lar do capitalismo” (ARRIGHI, 1994, p.10). No capitalismo para ele o controle sempre esteve nas mãos do grande capital, ou na camada de cima ou andar superior da economia, onde atuam com desenvolturas as grandes empresas, os grandes predadores, que controlam a parte importante do mercado e, portanto do excedente produzido isso é possível porque há associação de interesse entre o estado e a economia. Há uma promiscuidade essencial para o processo de acumulação capitalista é impossível pensar historicamente o avanço das forças produtivas sem essa muleta ou alavanca emprestada pelo estado. “O capitalismo só triunfa quando identifica com o estado, quando é o estado!” Isso valia para o período pré-capitalista e também para atualidade, o exemplo atual deste conluio é a roda viva da divida interna que privilegia o capital especulativo em detrimento de atividades produtivas geradora de emprego e renda e o controle dos investimentos do PAC por esse grupo do andar de cima . A estrutura deverá contemplar, alem da introdução e conclusão três partes,a primeiro se analisa o crescimento econômico regional ;outra se verifica o desdobramento desta dinâmica econômica em termos setoriais, e por ultimo os resultados para a sociedade local que esses empreendimentos tem proporcional a população local, Palavras-chave: Crescimento Econômico; Transformação Socioespacial; Amazônia; Economia Local.