Resumo

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V Congresso Estadual de Iniciação Científica e Tecnológica do IF Goiano
IF Goiano- Campus Iporá
21 a 23 de setembro de 2016
CRESCIMENTO DE TALINUM PANICULATUM EM CASA DE
VEGETAÇÃO
DE SOUSA, Gustavo Dorneles1; JAKELAITIS, Adriano2; PEREIRA, Leandro Spíndola³;
JONAS, Bruno Foganholi de Sousa³; DA SILVA, Lucas Dorneles³; LIMA, Suzete Fernandes³.
1
Estudante de Iniciação Científica – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde GO. [email protected]; 2Orientador – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano –
Campus Rio Verde - GO. [email protected]; 3Colaborador – Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano.
RESUMO: Talinum paniculatum pertence à família Talinaceae e é conhecida por beldroega, carne-gorda,
fura-tacho, bênção-de-Deus, joão-gomes e labrobró-de-jardim, sendo cultivada com fins medicinal e alimentar.
É considerada também planta invasora sendo encontrada em cultivos agrícolas. Esta pesquisa teve por objetivo
avaliar os padrões de crescimento de T. paniculatum cultivada em casa de vegetação no IF Goiano em Rio
Verde, GO. Foram realizadas seis avaliações aos 7, 14, 21, 35, 47 e 61 dias após o transplantio, determinandose, em seguida, a massas secas de raízes, caules, folhas e estruturas reprodutivas, número de folhas e altura das
plantas. Pôde-se observar um rápido crescimento inicial das plantas atingindo 60,5 cm aos 61 dias. A maior
produção de folhas ocorreu aos 56 dias com média de 70 folhas por planta. Aos 61 dias após o transplantio
foram observados maiores acúmulos de massa seca de raízes, seguidos por caules, folhas e estruturas
reprodutivas.
Palavras-chave: Curva de crescimento. Acúmulo de massa. Planta medicinal.
INTRODUÇÃO
Além de ser usada na medicina popular e
como uma hortaliça folhosa não convencional, T.
paniculatum é considerada uma planta daninha
comumente encontrada em cultivos agrícolas no
Brasil. Barbosa et al. (2014) relatam sua ocorrência
infestando várias culturas, como cana-crua, na
bananicultura, soja transgênica, milho, feijão comum
e até em ambiente urbano.
O estudo do crescimento das plantas é o meio
mais simples para entender a contribuição dos
processos fisiológicos para o crescimento vegetal.
Assim, torna-se possível o conhecimento da cinética
de produção de massa das plantas e sua distribuição
nos indivíduos (BENINCASA, 1988). Neste trabalho
objetivou-se avaliar os padrões de crescimento de
Talinum paniculatum cultivada em casa-devegetação.
MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada em casa-devegetação climatizada. Durante todo o período
experimental, a temperatura no interior da casa de
vegetação variou entre 22 a 29 ºC e a umidade relativa
entre 65 a 75%. Foi usado como substrato solo
(Latossolo Vermelho distroférrico) peneirado e
colocado em vasos de 8 litros.
Sementes de T. paniculatum foram semeadas
em bandejas plásticas e aos quinze dias após a
semeadura, as plântulas foram transplantadas para os
vasos. Os vasos foram irrigados sempre que
necessário.
O delineamento experimental usado foi o de
blocos casualizados, com quatro repetições. Os
tratamentos consistiram das épocas de coleta das
plantas que foram aos 7, 14, 21, 35, 47 e 61 dias após
o transplantio (DAT). Cada vaso com uma planta
constituiu uma unidade experimental.
No final de cada época foram avaliados a
altura das plantas que foi medida com régua
milimetrada da superfície do solo até o ápice da
planta, e o número de folhas. Os órgãos das plantas
(raízes, caules, folhas e estruturas reprodutivas)
foram separadas, acondicionadas em sacos de papel e
levadas a estufa de circulação forçada de ar a 65 ºC,
por 72 horas, até atingir peso constante, seguido da
pesagem.
Os resultados foram submetidos à análise de
variância pelo teste F e à análise de regressão (p ≤
0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com Barbosa et al (2014) devido a
dificuldade de controle de T. paniculatum, a
ocorrência dessa espécie em vários ambientes e a
interferência por ela causada, têm-se a necessidade de
gerar informações referentes a sua biologia. A
espécie apresenta porte herbáceo e nesta pesquisa foi
observado que o início do crescimento em altura foi
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IF Goiano- Campus Iporá
21 a 23 de setembro de 2016
aos 14 DAT até os 61 DAT atingindo altura máxima
de 60,5 cm (Figura 1).
O número de folhas de T. paniculatum
apresentou, a semelhança da massa seca das folhas,
comportamento quadrático com ponto de máximo aos
56 DAT atingindo em média 70 folhas por planta
(Figura 1). A planta apresenta folhas alternas ou
subopostas, mais concentradas na parte basal do caule
com limbo obovais ou oblanceoladas, ápices a
arredondados, bases cuneadas, glabras.
Figura 1 - Altura de plantas (AP) e número de
folhas (NF) de Talinum paniculatun em função das
épocas de coleta.
A maior participação em massa foi observada
para as raízes, seguido de caules, folhas e estruturas
reprodutivas (frutos com sementes) (Figura 2). O
início do acúmulo de massa seca das raízes iniciou
aos 21 DAT e se estendeu até os 61 DAT
apresentando 331 g por planta. Para a massa seca de
folhas observou-se comportamento quadrático com
ponto de máximo aos 47 DAT atingindo 2,22 g por
planta (Figura 2).
Semelhantemente ao que foi observado para
a massa seca de raízes o início do acúmulo de massa
seca de caule foi observado aos 21 DAT e se
estabilizou aos 42 DAT (Figura 2), atingindo
produção máxima de 2,50 g por planta. As estruturas
reprodutivas acumularam massa seca a partir dos 26
DAT chegando a 1,78 g por planta de massa seca.
Aos 7 DAT a proporção de massa seca para
os diferentes órgãos de T. paniculatum foi de 13, 10 e
75% para raiz, caule e folhas. Contudo a participação
das folhas foi diminuindo com o crescimento das
plantas atingindo 13,15% aos 61 DAT em relação a
massa seca total. E a participação de caules aumentou
atingindo 27,34% aos 61 DAT. O aumento da massa
seca das raízes foi a mais expressiva atingindo 38%
aos 61 DAT e as estruturas reprodutivas atingiram em
média 12% da massa seca total da planta após 35
DAT.
Figura 2 – Massa seca de raiz, caule, folhas e de
estruturas reprodutivas (ER) de Talinum
paniculatum em função das épocas de coleta.
CONCLUSÕES
T. paniculatum apresenta porte herbáceo com
maior participação das folhas no início do ciclo de
crescimento.
Somente o número de folhas e a massa seca
destas se ajustaram ao modelo quadrático e as demais
variáveis de crescimento a modelos não lineares.
Dentre os órgãos da planta verificou-se maior
acúmulo de massa seca nas raízes em relação a massa
seca total.
AGRADECIMENTOS
Ao Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano – IF Goiano pelo auxílio
financeiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, A.P.; SILVA, A.F.M.; ALBRECHT,
A.J.P.; BARROSO, A.A.M.; Victória Filho, R.;
ALBRECHT, L.P.A.; GARCIA, V.V. Controle
químico de Talinum paniculatum em três estádios de
desenvolvimento. Revista Brasileira de Herbicidas,
v.13, n.3, p.187-196, 2014.
BENINCASA, M.M.P. Análise de crescimento de
plantas: noções básicas. Jaboticabal: FUNEP, 1988.
42p.
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