O tempo na filosofia. - Colégio Cenecista Dr. José Ferreira

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O tempo na filosofia.
Colégio Cenecista Dr. José Ferreira
Filosofia
Professor Uilson Fernandes
Material Complementar Resumido para estudos.
Pressupostos do conceito de Tempo nos sistemas filosóficos
de Platão - Santo Agostinho e Immanuel Kant
Oração ao Tempo...
Caetano Veloso
És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho
Tempo, tempo, tempo, tempo, vou te fazer um
pedido
Tempo, tempo, tempo, tempo
Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos
Tempo, tempo, tempo, tempo entro num acordo
contigo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Por seres tão inventivo e pareceres contínuo
Tempo, tempo, tempo, tempo és um dos deuses mais
lindos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Que sejas ainda mais vivo no som do meu estribilho
Tempo, tempo, tempo, tempo ouve bem o que te
digo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso
Tempo, tempo, tempo, tempo quando o tempo for
propício
Tempo, tempo, tempo, tempo
De modo que o meu espírito ganhe um brilho
definido
Tempo, tempo, tempo, tempo e eu espalhe
benefícios
Tempo, tempo, tempo, tempo
O que usaremos pra isso fica guardado em sigilo
Tempo, tempo, tempo, tempo apenas contigo e migo
Tempo, tempo, tempo, tempo
E quando eu tiver saído para fora do círculo
Tempo, tempo, tempo, tempo não serei nem terás
sido
Tempo, tempo, tempo, tempo
Ainda assim acredito ser possível reunirmo-nos
Tempo, tempo, tempo, tempo num outro nível de
vínculo
Tempo, tempo, tempo, tempo
Portanto peço-te aquilo e te ofereço elogios
Tempo, tempo, tempo, tempo nas rimas do meu
estilo
Tempo, tempo, tempo, tempo
O Tempo como problema filosófico.
• A questão do tempo, das relações entre o que
passou e o que estamos presenciando agora,
bem como o que poderá vir a ocorrer no
futuro são uma das facetas da discussão do
tempo na filosofia.
• A mudança, a transformação ou mesmo a
permanência dos eventos naturais sempre
fora uma questão que preocupou os filósofos.
A acepção de Platão
• Sendo coerente com suas teses fundamentais
em torno da distinção entre um mundo das
ideias perfeitas, imutáveis e imateriais de um
lado, e de outro lado o mundo imperfeito da
sensibilidade, Platão estrutura uma separação
fundamental entre Eternidade e Tempo.
A acepção de Platão
• Eternidade – ideia perfeita presente no
mundo das ideias. A eternidade é imutável,
logo não se altera, não possuindo início nem
fim e se coloca no plano do intangível, ou seja,
não pode ser mensurada.
A acepção de Platão
• Tempo – está relacionado diretamente com o
mundo sensível. O tempo é uma imagem
imperfeita da eternidade, por isso o
pressuposto da transformação é na realidade
um defeito do tempo, que se não sofresse
mudanças seria perfeito.
O tempo em Santo Agostinho
• Tempo está intimamente ligado a questão da
existência. A eternidade é um pressuposto e um
atributo de Deus, apenas Ele pode ser concebido
como eterno, sendo infinito, incriado, anterior ao
tempo. Neste sentido, nossa alma, enquanto
criação mais próxima de Deus (que não é sujeito
ao tempo) consegue perceber a partir da criação
do universo e do homem que o tempo se
apresenta para além de seu aspecto objetivo e
cronológico, sendo antes de tudo um bloco de
existência único.
O tempo em Kant.
• Na perspectiva kantiana, o tempo é condição
a priori ( não deriva da experiência) de toda e
qualquer representação.
• O tempo é uma forma pura da intuição
sensível, ou seja, é responsável por organizar
toda e qualquer experiência dos fenômenos (
aquilo que afeta a minha sensibilidade).
• O tempo desta forma é condição para que as
representações possam ser compreendidas.
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