Este, esta, como usar? esse ou essa: Respondido por Reinaldo Passadori, do Instituto Passadori – Educação Corporativa No mundo da informação é indiscutível que a língua escrita faz toda a diferença no momento da comunicação, pois, pode modificar uma mensagem dependendo da forma como é escrita. Pensando assim, procuro ser o mais pontual possível para que você entenda como usar esse, este, essa ou esta de modo a perceber de forma prática, a regra e sua aplicabilidade na fala, ou na comunicação escrita. Veja abaixo as diferenças entre estas palavras pequenas e tão parecidas. Vamos a uma breve definição: Pronome é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo. Quando acompanha, determina-o no espaço ou no contexto. Os pronomes demonstrativos este, esta, estes, estas marcam a posição próxima de quem fala. Exemplo: “Este livro eu comprei em uma grande livraria”. Também podem marcar um tempo próximo ou simultâneo à fala. Exemplo: “Estes têm sido os melhores anos de minha vida”. Indicam o que ainda vai ser dito. Exemplo: “Minha opinião é esta: não há o que fazer”. Entenda as diferenças Tanto para escrever como para falar, é importante diferenciar este de esse. O primeiro relaciona-se a quem está falando; o segundo, ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. “Compro esta casa (aqui)”. O pronome esta indica que a casa está perto da pessoa que fala. “Compro essa casa em sua cidade (aí)”. O pronome essa indica que a casa está perto da pessoa com quem falo, ou distante da pessoa que fala. O pronome este/esta também se refere ao tempo presente ou futuro muito próximo. Exemplo: “Esta noite vou ao cinema”. Já o pronome esse/essa refere ao passado ou futuro próximo. Exemplo: “Nesse ano viajei a Londres”. Levando em consideração estas simples definições, acredito que após esta breve explicação, eu possa contribuir para a melhoria na escrita e na comunicação por si só. Fonte: Exame Não se atrapalhe, forma correta! fale de Sandra Ceraldi Carrasco Confira explicações sobre os desvios da norma culta e o emprego correto de algumas expressões que são faladas erroneamente no dia a dia! 1) AONDE / ONDE / DONDE *Aonde você vai? (verbos que indicam movimento) *Onde estão os livros? (verbos que indicam estaticidade) *Donde você provém? (verbos que indicam origem) 2) MAS / MAIS *Ele é tão bom, mas é pobre. (conjunção adversativa) *Ele fez mais gracejos hoje. (advérbio de intensidade) 3) MAU / MAL *Mau é antônimo de bom (adjetivo) *Mal é antônimo de bem (advérbio) *Ele escolheu um mau momento para sair. *O vento faz mal às videiras. 4) CESSÃO / SESSÃO /SECÇÃO / SEÇÃO *Ele fez uma cessão de seus livros. (doar, ceder) *Nós comparecemos a uma sessão de cinema. (reunião) *O agasalho está na seção / secção de esportes. (repartição, departamento) 5) HÁ / A *Há muito tempo ele não nos visita. (tempo transcorrido) *Daqui a três meses ele virá. (tempo futuro) 6) SENÃO / SE NÃO *Faça tudo correto, senão o depósito não será efetuado. (caso contrário) *Se não vier, irei embora. (se por acaso não) 7) AO INVÉS DE / EM VEZ DE *Ao invés do que previu a meteorologia, choveu bastante. (ao contrário de) *Em vez de ficar falando, prefiro sair. (em lugar de) 8) AO ENCONTRO / DE ENCONTRO *Aquelas atitudes vão ao encontro do que eles pregavam. (a favor de) *Sua atitude veio de encontro ao que eu esperava. (contra) 9) ACERCA DE / HÁ CERCA DE / A CERCA DE / A CERCA / CERCA DE *Discutimos acerca dos fatos. (a respeito de) *O aluno entrou há cerca de uma hora. (tempo transcorrido) *O aluno entrará a cerca de uma hora. (tempo futuro) *A cerca de meu sítio necessita de reparos. (substantivo) *Cerca de mil pessoas compareceram. (aproximadamente) 10) DEMAIS / DE MAIS *Elas estudaram demais. (advérbio de intensidade). *Não haviam feito nada de mais. (locução prepositiva = de menos) *Tragam-me os demais presentes. (pronome indefinido) 11) A FIM DE / AFIM *Ele saiu rápido a fim de chegar cedo. (locução prepositiva = finalidade) *O genro é um parente afim. (adjetivo semelhança) *Tratava-se de ideais afins.(semelhantes) 12) TAMPOUCO / TÃO POUCO *Não falou nada, tampouco deu satisfação. (muito menos) *Temos tão pouco dinheiro. (advérbio de intensidade) ATENTE-SE AO USO DOS PORQUÊS! POR QUE: Início de perguntas; Substituindo a expressão ”por que motivo”; Pronome relativo. (pelo (a) (s) qual (s)). Exemplo: –Por que você faltou? (pergunta inicial) Gostaria de saber por que você faltou. (por que motivo) As ruas por que passamos são desertas. (pelas quais) POR QUÊ: final de perguntas,orações. Exemplo: –Você faltou, por quê? –Nem ela sabe por quê. PORQUE: usamos nas respostas, pode indicar explicação ou causa. Exemplo: Venha logo, porque o jantar será servido. Não compareci porque estava doente. PORQUÊ: indica o motivo, a causa, a razão. Antecedido por artigo. Exemplo: Quero saber o porquê do acidente. Bons Estudos! Professora Sandra Ceraldi Carrasco, consultora e especialista em Língua Portuguesa, autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras, com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é coordenadora do curso preparatório IPA. Contato: [email protected]. Fonte: JC de Concursos Acordo Ortográfico: emprego do hífen Sandra Ceraldi Carrasco O Acordo Ortográfico é um tema muito discutido atualmente nos concursos públicos e, a partir de 1º de janeiro de 2013, será cobrado em sua íntegra por todas as organizadoras do gênero. Por isso, a professora Sandra Ceraldi Carrasco explica o emprego do hífen pela ótica da reforma ortográfica. Acompanhe as orientações da especialista extraídas de seu livro “Acordo Ortográfico”, Madras Editora, que aborda de forma prática as novidades. Segundo o Acordo Ortográfico, o hífen será obrigatório diante de palavras iniciadas por “h” e letras iguais as dos prefixos. Ex.: inter-resistente, micro-ondas, anti-inflação, hiper- revolucionário, extra-hospitalar, pseudo-herói, ultra-humano, etc. Algumas regras permaneceram iguais como é o caso dos seguintes prefixos: além – (além-fronteira); aquém – (aquém-mar); ex – (ex-marido); recém- (recém-nascido); sem – (sem-vergonha); vice – (vice-presidente); pós – (pós-graduação); pré – (préescolar); pró – (pró-britânico), cujo hífen já era obrigatório. Entretanto, com os prefixos que usávamos o hífen apenas em casos especiais, respeitando-se vogal, “h”, “r” ou “s”, serão modificados da seguinte forma: somente o usaremos diante de “h” e da mesma letra do término do prefixo e início da outra palavra. Ex.: auto (por si mesmo) – autoescola; contra (contrário) –contrarrevolução; extra (além) – extrarrevolucionário; infra (inferior) –infraocular; intra(interior) – intraocular; neo (anterior) –neorrepublicano; pseudo (falso) – pseudorraposa; semi (metade) –semisselvagem; supra (superior) – suprarrenal; ultra (excesso) – ultrassônico; ante (antes) – antessala; anti (contra) – anti-inflamatório; arqui (superior) – arquirrabino; sobre (acima) –sobressaia. À mesma regra, encaixam-se os seguintes radicais e prefixos: aero, agro, alfa, beta, bi, bio, co, di, eletro, entre, foto, gama, geo, giga, hetero, hidro, hipo, homo, ili, ílio, iso, lacto, lipo, macro, maxi, mega, meso, micro, mini, mono, morfo, multi, nefro, neuro, paleo, peri, pluri, poli, psico, retro, tele, tetra e tri. Atenção para os seguintes casos: Ab, ob, sob, sub, hífen diante de “b”, “h”, “r”: abrupto, ob-reptício, sob-roda, sub-bibliotecário; Ad, hífen diante de “d”, “h” e “r”: ad-documental; adhistórico, ad-regimental; Pan e circum, hífen diante de vogal, “h”, “m”, “n”: panamericano, circum-meridiano, circum-navegação, circumhotel; Inter, super, nuper e hiper, hífen diante de “h” e “r”: Inter-racial,super-realista; nuper-herói, hiperhistórico. A obrigatoriedade do hífen ocorrerá com as seguintes expressões: Espécies Zoológicas. Ex.: peixe-boi; couve-flor; ervadoce; Compostos iniciados pelos advérbios bem e mal seguidos de palavras começadas por vogal ou “h”. Ex.: bem-estar; mal-estar; bem-humorado; mal-humorado. Entretanto, benfeito, benfeitor, malnascido; Na união de duas ou mais palavras contextualmente combinadas. Ex.: Liberdade-Igualdade-Fraternidade, ponte Rio-Niterói. Nas combinações históricas ou ocasionais de topônimos. Ex.: Áustria-Hungria, Tóquio-Rio de Janeiro; O hífen não será mais usado nas locuções substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar; adjetivas: cor de vinho, cor de mel;pronominais: cada um, quem quer que seja; adverbiais: à vontade, à vista, às pressas; prepositivas: abaixo de, a fim de, apesar de; conjuntivas: a fim de que, ao passo que. Algumas exceções: água-de-colônia, mais-que-perfeito, cor-derosa. Bons estudos a todos! Professora Sandra Ceraldi Carrasco, consultora e especialista em Língua Portuguesa, autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras, com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é coordenadora do curso preparatório IPA. Contato:[email protected]. Fonte: JC de Concursos As gafes de muita gente percebe português comete e que não Por reconhecer os preconceitos que a língua cria, não sou fiscal do idioma nem polícia montada da gramática. Isso não significa que meus ouvidos ficarão surdos aos sons que por eles passam. O termo hipercorreção designa um erro em que o usuário, imaginando usar corretamente o idioma, desvia-se das regras. Dá-se também o nome de hiperurbanismo a esse fenômeno, pois configura a clara intenção de imitar o uso alheio em busca de prestígio, fato comum nas várias inter-relações que a vida urbana é rica em criar. Pensa-se usar o fino do idioma e, na realidade, incorre-se em erro. Uma imagem para a situação é o garboso cavaleiro que, ao tentar subir no cavalo, pega mais embalo que o necessário e cai do outro lado. Quer-se aplicar a norma culta, mas falta a destreza necessária. Há boa intenção, mas isso não basta. É comum, na fala do brasileiro, a marca de plural em apenas um elemento, como em “Só veio os menino”. Mas, em situação formal, ele tentará aplicar as regras gramaticais, em que predomina concordância global: “Só vieram os meninos”. Por isso, imagine-se em uma entrevista de emprego, quando indagado sobre há quanto tempo você parou de estudar. Frases como “Parei de estudar fazem dois anos” podem influir na seleção e, o que é pior, podem levar o entrevistador a pensar que era cedo para você parar de estudar. O verbo fazer não concorda com o tempo e isso gera um uso especial: “Parei de estudar faz dois anos”. O verbo haver é outro campeão em hipercorreção. “Haviam falhas no processo” ou “Se não houvessem tantos gols perdidos, a história do jogo seria outra” são exemplos de concordância plural em hora errada. Haver, no sentido de existir, forma uma oração sem sujeito e fica, nesse caso, no singular: “Havia falhas no processo” ou “Se não houvesse tantos gols perdidos, a história do jogo seria outra”. Os exemplos são variados e diversos, atingindo a todas as idades, regiões e bolsos, mas o exemplo que mais me toca (até pela proximidade regional do fenômeno) é o do caipira que, ciente de sua troca do “l” pelo “r” (como em “paster de vento” e “criatura mardosa”), quer disfarçar sua origem e procura falar como os “rapai” da cidade. E, no restaurante, pede ao garçom uma faca e um “galfo”, em vez de hipercorreção ou hiperurbanismo em ação. garfo. É a Fonte: Exame Mapa Mental de Português – Uso da Vírgula Mapa Mental de Português – Uso da Vírgula Mapa Mental de Português – Concordância Nominal Mapas mentais de Portugês sobre concordância nominal. Mapa Mental de Português – Concordância Verbal Diversos mapas mentais de Português sobre concordância verbal. Mapa Mental de Português – Voz Passiva Mapa Mental de Português – Voz Passiva 10 dicas para a construção de um artigo As dicas a seguir podem apresentar-se a um ligeiro olhar como simples. Entretanto, são de grande importância na construção textual de um artigo. 1) A principio destaca-se que o artigo cientifico é escrito na 3° pessoa. 2) Antes de escrever o artigo, levante o material que irá utilizar. Subsequentemente, organize o conteúdo. O levantamento do material é realizado antes da escrita, pois durante a construção do texto, ele pode abrir várias opções. Com material em mãos é mais fácil de manter-se na proposta original. Por outro lado, a pesquisa bibliográfica antes da construção textual, também é importante, pois abre horizontes e, por vezes, desmitifica o conceito prévio que o pesquisador detém sobre o tema. 3) Inicie o artigo contextualizando o tema abordado. Todo tema está inserido em um contexto, por exemplo, o trabalho em equipe está inserido nas organizações. Desta forma, evidencie importância das organizações e posteriormente a importância do trabalho em equipe. 4) Traga dados de pesquisas atuais, confrontando a teoria com a prática. 5) Utilize autores que defendem pensamentos distintos sobre o tema e confronte as ideias. 6) Toda pesquisa surge de um problema, sendo assim, se preciso lance uma questão após a contextualização e responda-a no decorrer do texto. 7) Evite expressões generalistas, tais como: “todo mundo”, “somente”, “apenas”, entre outras. 8) Evite afirmações que possam gerar dúvida. Utilize linguagem mais branda e conduza o leitor ao um caminho, por meio de expressões como: “Entende-se que”, “pode-se perceber”, “notase”, entre outras. 9) Tenha cuidado com a conexão entre os parágrafos. 10) Construa argumentos sólidos, e, se preciso, fragmente o pensamento para que a ideia seja melhor compreendida. Por Ricardo da Silva Garcia para Site Administradores Concordância Verbal Em gramática o nome de concordância refere-se à circunstância de um adjetivo variar em gênero e número de acordo com o substantivo a que se refere (concordância nominal) e à de um verbo variar em número e pessoa de acordo com o seu sujeito (concordância verbal). CONCORDÂNCIA VERBAL diz respeito ao verbo em relação ao sujeito, o primeiro deve concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª) com núcleo do segundo. Ex.: A coreógrafa escolheu seu grupo. As coreógrafas escolheram seus grupos. Casos especiais: Sujeito Simples 1. Em regra geral, o verbo concorda com o núcleo em número e pessoa. Ex.: O trabalho cabe aos homens. 2. Sujeito coletivo, o verbo fica na terceira pessoa do singular. Ex.: A multidão, apavorada, saiu aos gritos. 3. Sujeito coletivo seguido de adjunto adnominal no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Ex.: Uma multidão de pessoas saiu aos gritos. Uma multidão de pessoas saíram aos gritos. 4. Sujeito representado por expressões partitivas como “a maioria de, a maior parte de, a metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo concorda tanto com o núcleo ficando no singular quanto com o substantivo ficando no plural. Ex.: A maioria dos alunos resolveu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar. 5. Caso esteja com a expressão “mais de um” utiliza-se o verbo no singular. Ex.: Mais de um aluno reprovou no teste final. 6. Caso esteja com a expressão “mais de um” repetida, utiliza-se o verbo no plural. Ex.: Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de doação de alimentos. 7. Sujeito tiver a expressão “um dos que”, o verbo fica no plural. Ex.: Este aluno foi um dos que tiraram as melhores notas no vestibular. 8. Casos com locuções pronominais como “algum de nós, qual de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário prestar atenção aos seguintes casos: 1. Se o primeiro pronome estiver no plural, o verbo poderá concordar com ele, como poderá concordar com o pronome pessoal. Ex.: Alguns de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão. 2. Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso no singular, o verbo poderá ficar no singular. Ex.: Algum de nós o receberá. 9. Quando a palavra “quem” representar o sujeito, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular ou poderá concordar com o antecedente desse pronome. Ex.: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. 10. Em casos que o sujeito aparece realçado pelo “que”, o verbo concordará com o termo que antecede essa palavra. Ex.: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. Sou eu que decido tudo. 11. Nos sujeitos que sejam representados por expressões que indiquem porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou com o substantivo a que se refere a porcentagem. Ex.: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. 50% do eleitorado apoiou a decisão. 1. Caso o verbo venha anteposto, ele concordará com o numeral. Ex.: Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários. 2. Em casos relativos a 1%, o verbo fica no singular. Ex.: 1% dos funcionários aprovou a decisão da diretoria. 3. C a s o o n u m e r a l e s t e j a a c o m p a n h a d o d e u m determinante, o verbo ficará no plural. Ex.: Os 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. 12. Sujeitos representados por pronomes de tratamento, o verbo ficará na terceira pessoa do singular ou do plural. Ex.: Vossas Majestades gostaram das homenagens. Vossa Majestade gostou da homenagem. 13. Casos relativos a sujeito representado por substantivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos que os determinam: 1. Diante de nomes de obras no plural, seguidos de verbo ser, este permanece no singular, contato que o predicativo também esteja no singular. Ex.: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis. 2. Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também permanece no plural. Ex.: Os Estados Unidos são uma potência mundial. 3. Casos em que o artigo figura no singular ou que ele nem aparece, o verbo permanece no singular. Ex.: Estados Unidos é uma potência mundial. Sujeito Composto 1. Em regra geral, o verbo vai para o plural. Ex.: João e Maria foram passear no bosque. 2. Quando os núclos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes o verbo ficará no plural seguindo-se a prioridade de 1ª, 2ª e 3ª pessoa. Ex.: Eu (1ª singular) e ele (3ª singular) nos tornaremos (1ª plural) amigos. Tu (2ª singular) e ele (3ª singular) vos tornareis (2ª plural) / se tornarão (3ª plural, mais comum) amigos. 3. Quando o sujeito está posposto, o verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural concordando com ambos. Ex.: Chegou(aram) ontem o técnico e os jogadores. 4. Quando o sujeito está anteposto, o verbo fica no plural. Ex.: O técnico e os jogadores chegaram ontem a São Paulo. 5. Com núcleos em correlação, verbo concorda com o mais próximo ou fica no plural. Ex.: O cientista assim como o médico pesquisa(m) a causa do mal. 6. Ligado por OU, o verbo no singular caso tenha valor de exclusão ou inclusão. plural dependendo se tiver valor de Ex.: Valdir ou Leão será o goleiro titular. (exclusão) A poluição sonora ou poluição do ar são nocivos à saúde. (inclusão, adição) 7. Ligado por COM, o verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o plural. Ex.: O professor, com os alunos, resolveu o problema. O maestro com a orquestra executaram a peça clássica. 8. Ligado por NEM, o verbo no plural e, às vezes, no singular. Ex.: Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Catifunda. 9. Quando os sujeitos forem resumidos por “nada, tudo, ninguém” o verbo concordará com o aposto resumidor. Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu. 10. Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto… como/ assim… como/ não só… mas também, etc.) o que comumente ocorre é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular. Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo. Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo. Verbo acompanhado da palavra SE 1. SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente. Ex.: Viam-se ao longe as primeiras casas. Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida. 2. SE = índice de indeterminação do sujeito: verbo sempre na 3ª pessoa do singular. Ex.: Necessitava-se naqueles dias de novas idéias. Morria-se de tédio durante o inverno. Verbos impessoais São aqueles que não possuem sujeito, como os que indicam fenômenos. Portanto, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular. “Haver” no sentido de “existir”, indicando “tempo” ou no sentido de “ocorrer” ficará na terceira pessoa do singular. É impessoal, ou seja, não admite sujeito. “Fazer” quando indica “tempo” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e deverá ficar na terceira pessoa do singular. Ex.: Durante o inverno, nevava muito. Vai para dez meses que tudo terminou. Havia sérios problemas na cidade. Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar. Deve haver sérios problemas na cidade. Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar. Verbo SER 1. Indicando tempo, distância: concorda com o predicativo. Ex.: Hoje é dia 3 de outubro, pois ontem foram 2 e o amanhã serão 4. 2. Com sujeito que indica quantidade e predicativo que indica suficiência, excesso: concorda com o predicativo. Ex.: Vinte milhões era muito por aquela casa. 3. Com sujeito e predicativo do sujeito: concorda com o que prevalecer. 4. 5. 6. 7. Ex.: O homem sempre foi suas idéias. A Pátria não é ninguém; somos todos nós. Se o sujeito do verbo ser ou parecer for constituído pelos pronomes: isto, isso, aquilo, tudo e o predicativo estiver no plural, o verbo irá para o plural: Ex.: Isto são ossos duros de roer. Aquilo pareciam-me bisbilhotices… Eram tudo falcatruas de profissional incompetente. Se o sujeito designar pessoa, o verbo concordará com ele: Ex.: Ela era as alegrias da casa. Jaime foi os terrores de seu bairro. Se o sujeito é constituído de um substantivo e o verbo ser vem seguido de pronome pessoal, o verbo concordará com o pronome: Ex.: Os funcionários mais aplicados somos nós. Os maiores diretores sois vós. Os verdadeiros profissionais são eles. Nas orações interrogativas com utilização de quem, o verbo concorda com o substantivo ou pronome que lhe segue: Ex.: Quem são os profissionais dessa organização? Quem és tu? Quem sós vós?