INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU LEVANTAMENTO DE CASOS DE CINOMOSE CANINA NA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL ARTUSO, Dienifer Teixeira Discente no Curso de Medicina Veterinária- Nível VI e-mail: [email protected] FOLETTO, Robison Discente no Curso de Medicina Veterinária- Nível VI e-mail: [email protected] FLORES, Sabrina Pavan Discente no Curso de Medicina Veterinária- Nível VI e-mail: [email protected] KONIG, Fernanda Discente no Curso de Medicina Veterinária- Nível VI e-mail: [email protected] PICCOLI, Vanusa Rodrigues Discente no Curso de Medicina Veterinária- Nível VI e-mail: [email protected] ALMEIDA, Mauro Antônio de Docente no Curso de Medicina Veterinária [email protected] OLIVEIRA, Daniela dos Santos Docente no Curso de Medicina Veterinária [email protected] OLIVEIRA, Franciele de Docente no Curso de Medicina Veterinária [email protected] FACCIN, Angela Docente no Curso de Medicina Veterinária [email protected] GOTTLIEB, Juliana Docente no Curso de Medicina Veterinária [email protected] MAHL, Deise Luiza Docente no Curso de Medicina Veterinária [email protected] __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU ROSÉS, Thiago de Souza Docente no Curso de Medicina Veterinária [email protected] RITTER, Felipe Coordenador do Curso de Medicina Veterinária [email protected] RESUMO: A cinomose canina é uma patologia infectocontagiosa causada pelo vírus da cinomose canina (VCC). Altamente letal e de característica multissistêmica, evolui em quatro fases, desencadeando sintomas respiratórios, gastrointestinais, neurológicos e cutâneos. Este artigo tem o objetivo de identificar os cães acometidos pela cinomose canina, nos últimos seis meses, nas clínicas veterinárias do Norte do estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, realizou-se uma pesquisa a partir de questionários aplicados a 23 clínicas e um hospital veterinário, situados em diferentes municípios da referida região, durante os meses de setembro e outubro de 2015. Os dados revelaram que, no período em questão, foram registrados 364 casos de cinomose canina, distribuídos de forma bastante irregular entre os estabelecimentos pesquisados, conforme a técnica de diagnóstico empregada em cada local. Dentre os sintomas mais frequentes observou-se uma maior frequência dos neurológicos, seguidos pelos cutâneos, gastrointestinais, e respiratórios. Especificamente, os sintomas mais referidos foram: mioclonia (88%), diarréia (82%), hiperqueratose dos coxins plantares e focinho (78%) e secreção óculo-nasal mucopurulenta (72%). As técnicas diagnósticas mais utilizadas foram os sinais clínicos (100%) complementados por hemograma com pesquisa de corpúsculos de Letz (75%) e testes rápidos, como o TESTE de ELISA (75%). Já a forma de tratamento mais indicada foi a fluidoterapia associada a antibióticos (84%). A relação fatalidades/casos verificada ficou em 60% e vitimou em sua maioria animais vacinados incorretamente. Com isso, evidenciou-se que a vacinação correta e periódica é a principal forma de prevenção contra a patologia pesquisada. Palavras-chave: Cães; Doenças infecciosas; mioclonia. ABSTRACT: Canine distemper is an infectious disease caused by canine distemper virus (CDV). Highly lethal and multisystemic feature, evolves in four stages, triggering respiratory, gastrointestinal, neurological and skin symptoms. This article aims to identify affected dogs by canine distemper in the last six months in the northern veterinary clinics of the Rio Grande do Sul state. Therefore, we carried out a survey from questionnaires given to 12 clinics and veterinary hospital located in three different municipalities in that region. The data revealed that, in the universe and period in question, there were 364 cases of canine distemper, distributed quite unevenly among the establishments surveyed, according to the diagnostic technique used at each site. Among the most common symptoms we observed the prevalence of neurological, followed by cutaneous, gastrointestinal, and respiratory. Specifically, the most commonly reported symptoms were myoclonus (88%), diarrhea (82%), hyperkeratosis of foot pads and nose (78%) and nasal secretion-telescope mucopurulent (72%). The most frequent diagnostic techniques were the clinical signs (100%) complemented by hemogram with corpuscles search Letz (75 %) and rapid tests, such as ELISA (75%). Since the prevalent form of the fluid treatment was associated with antibiotics (84%). The relationship fatalities / cases was checked at 60% and mostly killed animals vaccinated incorrectly. With this, it became clear that the correct and regular vaccination is the main way to prevent the researched pathology. Keywords: dogs; Infectious diseases; myoclonus. 1 INTRODUÇÃO A cinomose canina é uma patologia infectocontagiosa causada pelo morbillivirus da família Paramyxoviridae espécie vírus da cinomose canina (VCC) (SWANGO, 1997, __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 2 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU SHERDING, 1998). Com característica clínica aguda, subaguda e crônica, essa enfermidade multissistêmica apresenta ocorrência mundial e sem sazonalidade, mas acomete preferencialmente filhotes de carnívoros entre três e seis meses de idade (QUINN et al., 2005). O VCC é relativamente lábil, e sua transmissão ocorre principalmente por aerossóis e gotículas contaminadas. Após o contato do vírus com o epitélio, ocorre a replicação viral nos macrófagos e disseminação para o sistema respiratório, gástrico e nervoso, com características sintomáticas específicas em cada sistema (QUINN et al., 2005, MANUAL Merck de Veterenária, 2008). Dessa forma, é considerado um importante patógeno devido à sua alta taxa de morbidade que varia de 25% a 75%. Por ter uma relação fatalidades/casos que varia entre 50 e 90%, conforme a cepa do vírus, a cinomose canina tem a segunda maior percentagem de fatalidades em cães, a qual é inferior somente à da raiva (SHELL, 1990, APPEL; SUMMERS, 1995, SWANGO, 1997). Os sinais clínicos dessa doença viral podem evoluir em quatro fases, com curso de duração de 10 dias que pode se prolongar por meses. Na fase respiratória, observa-se tosse seca ou produtiva, pneumonia, dificuldade respiratória, secreção nasal e ocular, febre (41 oC), inflamação da faringe e dos brônquios e aumento das tonsilas (FENNER et al., 1993). Na fase gastrointestinal, os sinais são vômito, diarreia eventualmente sanguinolenta, anorexia, febre, e predisposição a infecções bacterianas secundárias (QUINN et al., 2005, ZANINI; SILVA, 2006). A terceira fase neurológica, os sinais variam consideravelmente; com manifestação de convulsões e paralisia dos membros pélvicos, juntamente com sinais vestibulares, como ataxia e nistagismo, e cerebelares, como tremores e hipermetria (SHELL,1990). A quarta e última fase de manifestação da cinomose canina é a cutânea, caracterizada por dermatite com pústulas abdominais, hiperqueratose nos coxins podais (doença dos coxins ásperos) e focinho, hipoplasia de esmalte dentário, conjuntivite e lesões na retina (FENNER et al., 1993, SHERDING, 1998; ZANINI; SILVA, 2006). O tratamento para a infecção pelo vírus da cinomose é de suporte; não há medicamentos antivirais de valor especifico, assim como o uso de agentes quimioterápicos ou que sejam considerados bem-sucedidos na terapia da cinomose canina (SWANGO, 1997, SHERDING, 1998, MANUAL..., 2008). Ainda assim, costuma-se administrar antibióticos de amplo espectro nas infecções bacterianas secundárias do trato gastrointestinal e do sistema __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 3 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU respiratório. Para o controle dos ataques convulsivos, são indicados anticonvulsivantes, como fenobarbital, quando necessário (SHERDING, 1998). Já a administração de vacina de vírus da cinomose modificado por via endovenosa (EV) apresenta valor terapêutico (SWANGO, 1997; SHERDING, 1998), mas não possui efeito quando os sinais clínicos neurológicos tenham iniciado. Diante da complexidade clínica e da alta letalidade da doença, o presente trabalho tem como objetivo identificar os cães acometidos pela cinomose canina, por meio de históricos e protocolos de tratamento datados dos últimos seis meses, nas clínicas veterinárias da região Norte do Estado do Rio Grande do Sul. 2 MATERIAL E MÉTODOS A pesquisa foi realizada a partir de dados obtidos por meio de questionários aplicados a médicos veterinário de 23 clínicas e de um hospital veterinário, situados em diferentes municípios do norte gaúcho, entre os meses de setembro e outubro 2015. As perguntas referiam-se ao número de casos de cinomose canina atendidos em cada estabelecimento nos últimos seis meses e versavam sobre a forma de diagnóstico e o tratamento adotados em cada um; o histórico de vacinação e os sintomas apresentados pelos animais; bem como quantos deles vieram a óbito. Eram elas: Quantos casos de cinomose foram atendidos no período do mês de maio a outubro de 2015? Quais os principais sinais clínicos que os animais chegaram apresentando? Como se encontrava o protocolo de vacinação dos animais atendidos? Quais os exames realizados para confirmar ou descartar a suspeita de cinomose canina? Quais procedimentos e tratamento farmacológico utilizados? Dos animais atendidos com a patologia, quantos vieram a óbito? Por dificuldades inerentes ao trabalho de pesquisa, apenas 12 das 23 clínicas (representadas por letras de “A” a “L”, de acordo com a ordem progressiva de visitação), além do hospital veterinário (identificado pelas iniciais “HV” e separado dos demais estabelecimentos por conta de sua natureza hospitalar), responderam à solicitação de preenchimento dos questionários. Nenhum dos estabelecimentos, no entanto, permitiu o acesso dos pesquisadores às fichas e históricos dos pacientes. Assim, a investigação apresenta limitações quantitativas e qualitativas, visto que tanto o universo pesquisado precisou ser forçosamente reduzido quanto alguns dados não foram possíveis de serem coletados; caso da __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 4 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU idade dos animais atendidos, por exemplo. Tal condição, porém, não comprometeu a cientificidade nem a validade do trabalho. 3 RESULTADOS E ANÁLISE Os dados apontaram que, no universo e período em questão, foram registrados 364 casos de cinomose canina, distribuídos de forma bastante irregular entre os 13 estabelecimentos pesquisados, conforme apresentado na Figura 1. Figura 1: Distribuição dos casos de cinomose canina entre os estabelecimentos pesquisados. Enquanto 23,1% (3/13) das clínicas não registraram nenhum caso da patologia nos últimos seis meses (D, H e K), outros 23,1% (3/13) atenderam juntos a 236 animais com o diagnóstico em questão no mesmo período. Nos 53,8% (7/13) de estabelecimentos restantes, incluindo o Hospital Veterinário, o número de atendimentos variou entre quatro e 42 casos, somando 128. A divisão percentual entre os dois grupos de estabelecimentos que registraram casos da doença é demonstrada na Figura 2. __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 5 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 2: Divisão percentual dos casos de cinomose canina entre os estabelecimentos com atendimentos à doença. Enquanto apenas três clínicas (F, I e J) concentraram 65% dos casos da doença, os 35% restantes ficaram divididos entre outras seis mais o Hospital Veterinário (A, B, C, E, G, L e HV). Também entre estes últimos observou-se grande variação, que pode ser constatada na Figura 3. Figura 3: Distribuição dos casos de cinomose canina entre estabelecimentos com até 50 ocorrências da doença. Nesse grupo, as clínicas que mais atenderam a casos de cinomose canina (C e G) receberam uma quantidade similar de cães com este diagnóstico, respectivamente, 38 e 42. Com relação à terceira colocada (E), o número caiu pela metade (_ 19). Já a quarta clínica em número de atendimentos (B) recebeu 15 animais contaminados pelo VCC, três vezes mais que __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 6 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU o registrado por dois outros estabelecimentos (A e L) (_ 5). O menor número de atendimentos foi realizado pelo hospital veterinário (HV), com apenas quatro casos. A variação foi menor entre o grupo que concentrou o maior pencentual de casos da enfermidade, mas também se mostrou considerável. Os dados constam da Figura 4. Figura 4: Distribuição dos casos de cinomose canina entre estabelecimentos com mais de 50 ocorrências da doença. Entre esses estabelecimentos, as duas clínicas com maior número de casos (I e F) contabilizaram 96 e 83 atendimentos, respectivamente; a terceira (J) atendeu a 57 casos da doença. Como a cinomose canina apresenta ocorrência mundial, sem sazonalidade (QUINN et al., 2005), e sua incidência varia consideravelmente segundo o local e a técnica de diagnóstico (SANTOS, 2008), acredita-se que a variação no número de casos da doença atendidos tenha relação com a quantidade total de atendimentos de cada estabelecimento pesquisado no período; ou ainda que obedeça ao acaso. Porém, como um dos fatores que pode contribuir para desencadear a cinomose canina é a ausência ou falha de vacinação, a pesquisa investigou a situação vacinal dos animais infectados pelo VCC, conforme exposto na Figura 5. __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 7 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 5: Situação vacinal dos animais com diagnóstico de cinomose canina pesquisados. Em 95% desses casos (347/364), os protocolos de vacinação dos animais não estavam em dia. Apenas 5% dos animais (17/364) apresentavam, portanto, o protocolo de vacinação em conformidade. Do total de casos, 17% (62/364) não haviam sido vacinados contra o VCC; e 14% (50/364) estavam com o reforço em atraso. As evidências corroboram com o que preconiza a teoria sobre a importância da vacinação correta contra o VCC, considerada o principal método de prevenção dessa patologia (VIANNA & TEIXEIRA, 2014). De acordo com a literatura, a cinomose acomete cães de qualquer idade, raça e sexo, mas tem maior predileção por indivíduos não vacinados (FENNER, 2004). A associação de ausência de vacinação, exposição de filhotes não vacinados ao vírus após a perda da imunidade materna, infecção intrauterina se a mãe não for vacinada, e concentração insuficiente de anticorpos maternos transmitida aos filhotes (GREENE & APPEL 2006; TILLER; SMITH JR., 2008) é um dos principais fatores desencadeantes da patologia. Da mesma forma, sinaliza uma maior incidência da doença entre animais jovens, de três a seis meses de idade (NORRIS et al., 2006; SILVA et al., 2007). Esta condição parece agravada pelo fato de que a revacinação periódica é um procedimento ainda pouco frequente entre proprietários de cães no Brasil (SILVA et al, 2009). Diferentemente, em países onde a vacinação da população canina é regular, a frequência da doença clínica tem diminuído substancialmente, sendo relatados apenas focos esporádicos (MARTELLA et al., 2008). __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 8 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Quanto aos sintomas apresentados pelos animais, em 87,6¨% dos casos (319/364), foram observados sinais das quatro fases de evolução da doença, a saber: respiratória, gastrointestinal, nervosa, e cutânea, respectivamente (CRIVELLENTI, 2012; FENNER et al., 1993; GREENE & APPEL 2006). Conforme referido na literatura, observou-se que a cinomose canina apresenta uma fase inicial com sintomas inespecíficos, como apatia, anorexia e ocasionalmente febre; evoluindo com alterações respiratórias, gastrointestinais e nervosas. Esses sinais, por sua vez, podem ocorrer em sequência ou simultaneamente e também ser encontrados em outras coinfecções causadas pela imunossupressão do vírus da cinomose, como na coccidiose (ETTINGER & FELDMAN 1997, SWANGO 1997). Os sintomas de origem respiratória não foram observados em 0,55% dos casos (2/364), sendo estes ocorridos no Hospital Veterinário e representando metade dos casos da doença atendidos naquele local. Apesar de tais sintomas serem característicos da fase inicial da doença, não foi possível inferir se que os referidos casos encontravam-se em estágio avançado de evolução; obedeceram a condições de acessibilidade; o responderam a outro critério. Os sintomas respiratórios prevalentes entre os animais atendidos são apresentados na figura 6. Figura 6: Sintomas respiratórios prevalentes entre os animais pesquisados. Dentre eles, destacam-se: secreção óculo-nasal mucopurulenta, presente em 72% dos casos (262/362); tosse, observada em 65% (237/362); dispnéia, evidenciada em 54% dos __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 9 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU animais atendidos (198/362); e ruídos pulmonares, apresentados por 15% (54/362). Outros 9% das respostas (34/362) fizeram referência genérica a “sintomas respiratórios”, sem especificá-los. A ocorrência de pneumonia secundária, por imunoincompetência, não foi citada pelos profissionais, mas, através dos sintomas de secreção mucopurulenta, se trata a patologia, descrita como comum (SILVA et al., 2005). Já os sintomas gastrintestinais mostrarem-se ausentes em 0,02% (1/364) dos casos de cinomose canina. Novamente, essa ocorrência foi atendida pelo hospital veterinário. Porém, não foi possível determinar a causa da relação entre o local de assistência e a evolução dos sintomas, se por questões de acessibilidade, gravidade, ou outras. Já os sintomas gastrointestinais mais citados pelos entrevistados podem ser observados na Figura 7. Figura 7: Sintomas gastrointestinais prevalentes entre os animais pesquisados. Observa-se que, pela ordem, os sintomais referidos foram: diarréia, vômito, anorexia, e desidratação, comuns, respectivamente, a 82% (297/363), 63% (228/363), 44 % (159/363) e 16% (59/363) dos casos. Analogamente aos sintomas da fase respiratória, 5% dos questionários (19/363) mencionaram “sintomas gastrointestinais”, sem mais especificações. Conforme Baumann (1999), as diarreias, quando intensas e persistentes, como observado, mostraram-se grandes responsáveis pelo estado de debilidade dos animais pesquisados. A prevalência de sintomas nervosos assinalada por Summers et al., (1995) e Rosenfeld (2009) pôde ser constatada na prática, visto que, em 100% dos casos (364/364), os animais atendidos apresentavam algum tipo de comprometimento neurológico. O mesmo se aplica aos __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 10 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU sintomas cutâneos, presentes na totalidade de casos e indicativos da quarta e última fase de evolução da patologia (SHERDING, 1998; NELSON & COUTO, 1998). A Figura 8 demonstra os percentuais dos sintomas neurológicos que mais acometeram os animais atendidos. Figura 8: Sintomas neurológicos prevalentes entre os animais pesquisados. Presentes em todos os casos, os sintomas neurológicos mais referidos foram: mioclonia, 88% (323/364); convulsão, 50% (182/364); paresia dos membros posteiores, 16% (59/364) e ataxia, 12% (43/364). Relatou-se apenas 0,3% de animal com cegueira (1/364), mesmo índice de estado de choque. O percentual de casos descritos genericamente como de sintomas “nervosos” ou “neurológicos” alcançou 9,9% (34/364). Outro ponto de concordância entre referencial teórico e achados empíricos diz respeito à mioclonia, que apareceu como a manifestação neurológica clássica da infecção pelo VCC (KOUTINAS et al., 2004). Por fim, os sintomas de ordem cutânea que se mostraram mais prevalentes constam da Figura 9. __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 11 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 9: Sintomas cutâneos prevalentes entre os animais pesquisados. Dentre tais sintomas, observa-se: hiperqueratose dos coxins plantares e focinho, presente em 78% dos casos (284/364); e pústulas abdominais, com 57,5% de ocorrências (209/364); O índice de sintomas descritos como “dermatológicos” manteve-se em 9,3% (34/364). Confirmou-se a alta incidência de hiperqueratose dos coxins e focinho, a qual, por sua recorrência, faz com que a cinomose canina seja popularmente conhecida como “doença dos coxins ásperos” (MANUAL Merck de Veterenária, 2008). Tiller e Smith Jr (2008). Naturalmente, nem todos os sintomas descritos pelos autores foram observados na pesquisa de campo. Porém, a sintomatologia constante dos questionários encontrou-se inteiramente suportada pela teoria (ETTINGER; FELDMAN, 2014). O diagnóstico da infecção pelo vírus da cinomose é geralmente fundamentado nos sinais clínicos (GERBARA et al., 2004). Em observância a essa condição, anamnese, sinais clínicos e exames físicos foram formas de diagnóstico adotadas em 100% dos casos (364/364). Contudo, como a coexistência de várias outras doenças infecciosas torna difícil o diagnóstico, diferentes técnicas têm sido utilizadas como diagnóstico complementar da cinomose (SHELL, 1990), conforme demonstra a Figura 10. __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 12 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Figura 10: Técnicas de diagnóstico mais utilizadas pelos entrevistados. Nesse contexto, as técnica auxiliares mais prevalentes na presente pesquisa foram, empatadas tecnicamente, o teste rápido (ELISA) e o hemograma com pesquisa dos corpúsculos de Lentz, utilizados em 75% dos diagnósticos. Enquanto isso, a radiografia de tórax foi realizada em 10,5% dos diagnósticos (38/364). O PCR (técnica de reação em cadeia de polimerase), a mais eficiente hoje para o diagnóstico da cinomose, perfez 2,2% dos casos (8/364). O índice poderia ter sido maior se, pelo menos, 5% dos proprietários (19/34) de cães não tivessem se negado a custeá-lo em virtude do alto preço do mesmo, conforme respostas dadas ao questionário. Em menos de 0, 03% (1/364) dos casos, o respondente afirmou que não lançou mão de técnicas auxiliares ao exame clínico em virtude do óbito prematuro do animal. No que tange ao diagnóstico, a pesquisa apresentou dados que divergem da literatura em alguns aspectos. Se, por um lado, o hemograma e a radiografia, auxiliares no diagnóstico de 85,5% dos casos (310/364), não possibilitam a realização do diagnóstico diferencial conclusivo da infecção pelo vírus da cinomose em cães (APPEL & SUMMERS, 1999), essa confirmação pode ser obtida de forma precisa pela identificação de corpúsculos de inclusão, que podem ser observados nos epitélios do estômago, pelve renal, bexiga, conjuntiva, coxins digitais, e em células do sistema nervoso central. Por meio deles, a presença do vírus da cinomose canina pode ser atestada em células associadas à exsudato, em células epiteliais e em neutrófilos (GREENE, 1998). Contudo, para Batista et al., (2000) __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 13 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU e Alleman et al., (1992), a presença de corpúsculos de inclusão em cães com cinomose é pouco frequente. Logo, a ausência dos mesmos não exclui a infecção pelo VCC. Da mesma forma, a recorrência do uso do teste rápido ELISA nas clínicas pesquisadas, apesar de este ser rápido e de baixo custo, não se justifica plenamente pelo aporte teórico. Para muitos autores, esse método sorológico apresenta um valor diagnóstico limitado, já que animais acometidos pela cinomose canina podem ou não apresentar títulos mensuráveis de anticorpos (APPEL & SUMMERS, 1999). Além disso, não se trata de uma técnica praticada facilmente na clínica de pequenos animais, especialmente porque os títulos não aparecem na fase aguda (HARRUS; BARK; WANER, 1997) da enfermidade. Apesar de estar sendo empregada com sucesso em diferentes tipos de amostras biológicas provenientes de cães com sinais clínicos sistêmicos e neurológicos (SHIN et al., 1995; SILVA et al., 2005) e de apresentar taxas de sensibilidade e de especificidade elevadas, o método de diagnóstico ante mortem PCR foi usado por apenas 2,2% dos estabelecimentos visitados. Uma das razões para tanto, além do alto preço do exame para o proprietário do animal, pode ser a grande ocorrência de resultados falso-negativos que podem ser apresentados por essa técnica, da qual se destacam o método de extração do ácido nucleico e a seleção do material biológico a ser utilizado para o diagnóstico (NEGRÃO et al. 2006). Ainda de acordo com a análise dos questionários, os estabelecimentos pesquisados desenvolveramm uma variada gama de tratamentos para a cinomose canina, conforme exposto na Figura 11. Figura 11: Terapias mais realizadas pelos entrevistados. __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 14 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Dentre esses tratamentos, o mais comum mostrou ser a administração de antibióticos, imunoestimulantes, analgésicos, e de medicamentos para sintomas respiratórios, gastrointestinais, e neurológicos, aplicada a 100% dos casos (364/364); seguido pela fluidoterapia, utilizada em 84% dos animais tratados (307/364). A limpeza de secreções com soro fisiológico foi realizada em 64% dos atendimentos; o isolamento do animal, praticado em 59% dos casos (214/364); o uso de ribavarina, citado em 31% das respostas (114/364); a nutrição parental, utilizada com 28% dos animais (101/364); e a acupuntura, relatada em 10,5% dos questionários (38/364). As afirmações de que o tratamento varia de acordo com cada caso somaram 9,3% (34/364). Não foram relados casos de eutanásia. Os dados corroboram a inexistência de um tratamento bem definido para a cinomose canina, indicando-se a terapia de suporte baseada na utilização de fluidoterapia, para estabilizar o déficit hidroeletrolítico de ácido-base (CRIVELLENTI, 2012), e também na administração de vitaminas e antibióticos de amplo espectro (ETTINGER & FELDMAN, 2014), para combater as coinfecções. Contudo, o emprego da ribavirina, comum no tratamento de hepatite viral humana (GRACI & CAMERON 2006), em espécies caninas contaminadas pelo VCC, conforme observado nesta pesquisa, é referido por muitos autores. Segundo Elia et al., (2007), a ribavirina provoca mutações no vírus da cinomose canina, acarretando erros catastróficos no genoma do RNA viral, pois interferiria com a RNA polimerase por competição com os nucleósidos naturais, produzindo erro na terminação da cadeia do vírus. Dessa forma, o antiviral apresenta fortes efeitos inibitórios sobre a replicação do VCC, conforme resultados preliminares. De acordo com Mangia (2008), a utilização da substância em cães naturalmente infectados apresentando sinais de doença neurológica foi eficaz no tratamento, no contexto da melhoria clínica, com 70% dos animais tratados com ribavirina e 80% dos cães tratados com ribavirina associada ao (Dimetil sulfóxido) DMSO (MANGIA 2008). Um estudo conduzido por Scagliarini et al., (2006) demonstrou que os maiores efeitos inibitórios sobre o crescimento viral ocorram com 40 e 20 ug / ml 24 horas após a infecção, enquanto que, após 48 e 72 horas pós-infecção, apenas 40 ug / ml foi capaz de inibir a replicação viral por 1 log em comparação com o controle não tratado. É importante ressaltar, porém, que a ação da ribavirina parece não surtir substanciais efeitos diretos no vírus quando este já se encontra disseminado no SNC (VIANA &TEIXEIRA, 2015). __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 15 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Por sua vez, a acupuntura, também mencionada pelos respondentes, vem sendo empregada no tratamento da cinomose com o objetivo de estimular os pontos cutâneos locais específicos, visando a promover um equilíbrio do organismo e a recuperação do paciente com encefalite e paralisia dos membros após a regressão dos sintomas agudos (MATTHIESEN, 2004). Ainda que não praticada pelos entrevistados, a eutanásia é recomendada quando o animal apresenta sinais neurológicos progressivos graves e incapacitantes (SHERDING, 1998, ZANINI & SILVA, 2006). A relação fatalidades/casos verificada na presente pesquisa foi alta como sugere a literatura. A informação é apresentada na Figura 12. Figura 12: Relação fatalidades/casos entre os animais pesquisados. O percentual de 60% (219/364) está de acordo com o estimado pelos pressupostos teóricos, o qual varia entre 50% e 90% (SHELL, 1990, APPEL & SUMMERS, 1995, SWANGO, 1997). Isoladamente, a clínica com maior média de letalidade registrou 80% de óbitos; já aquela que apresentou o menor percentual de mortes de animais com cinomose canina contabilizou 32%. Nos demais estabelecimentos pesquisados esse índice foi de 60% em média. A menor letalidade ocorreu na clínica que registrou o maior percentual de animais com a vacinação em dia. Os dados reforçam, assim, a importância da correta prática vacinal. 4 CONCLUSÃO __________________________________________________________________________________________ Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 16 INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI FACULDADES IDEAU Com a presente pesquisa, é possível concluir que a frequência dos casos de cinomose canina varia consideravelmente segundo o local e a técnica de diagnóstico, mas que, na maioria dos casos, o curso de evolução da patologia obedece a quatro fases distintas, caracterizadas pela preponderância de sintomas respiratórios, gastrointestinais, neurológicos, e cutâneos. Os dois últimos tipos destes são os mais prevalentes na Região do estudo, sendo observados em 100% dos casos. Além disso, o presente estudo mostrou que secreção óculo-nasal mucopurulenta, diarreia, mioclonia, e hieperqueratose dos coxins plantares e focinho representam os sintomas mais comuns em cada fase, respectivamente, entre os animais analisados. No que se refere ao diagnóstico da infecção pelo vírus da cinomose, a conduta mais comum entre os estabelecimentos pesquisados é a observação de sinais clínicos complementada por hemograma com pesquisa de corpúsculos de Lentz e testes rápidos, como o ELISA, aplicada a 75% dos casos de cinomose canina. Como não há um tratamento bem definido para a cinomose canina, a terapia é de suporte. Nesse sentido, as práticas que apareceram com maior destaque nesta pesquisa foram a fluidoterapia e a administração de antibióticos, presentes em 84% e 100% dos tratamentos realizados, respectivamente. Observou-se ainda que a ribavirina desponta, preliminarmente, como um antiviral eficaz na inibição da replicação do VCC de acordo com relatos dos profissionais entrevistados. Por limitações inerentes a esta investigação, não foi possível estabelecer se há uma faixa etária preferencial para a infecção pelo referido vírus. Porém, a pesquisa aponta que a vacinação correta e periódica é a principal forma de prevenção contra essa doença, cuja relação fatalidades/casos na presente pesquisa foi de 60%, concordando com o citado pela literatura. REFERÊNCIAS ALLEMAN, A.R.; CHRISTOPHER, M.M.; STEINER, D.A. et al., Identification of intracytoplasmic inclusion bodies in mononuclear cells from the cerebrospinal fluid of dog with canine distemper. Veterinary Pathology, v.29, p. 84-85, 1992. APPEL, M.J.G. & SUMMERS, B.A. 1995. Pathogenicity of morbilliviruses for terrestrial carnivores. Vet. 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