ATENÇÃO: O material a seguir é parte de uma das aulas da apostila de MÓDULO 3 que por sua vez, faz parte do CURSO de ELETROELETRÔNICA ANALÓGICA -DIGITAL que vai do MÓDULO 1 ao 4. A partir da amostra da aula, terá uma idéia de onde o treinamento de eletroeletrônica poderá lhe levar. Você poderá adquirir o arquivo digital da apostila completa (16 aulas), ou ainda na forma impressa que será enviada por por correio. Entre na nova loja virtual CTA Eletrônica e veja como: www.lojacta.com.br Além de ter a apostila e estuda-la, torne-se aluno e assim poderá tirar dúvidas de cada uma das questões dos blocos atrelados a cada uma das aulas da apostila, receber as respostas por e-mail, fazer parte do ranking de módulos e após a conclusão do módulo com prova final, participar do ranking geral e poder ser chamado por empresas do ramo de eletroeletrônica. Saiba mais como se tornar um aluno acessando nossa página de cursos: www.ctaeletronica.com.br/web/curso.asp APOSTILA ELETRÔNICA GERAL AULA 10 MÓDULO - 3 MODULAÇÃO EM AMPLITUDE E BANDAS LATERAIS AM - Amplitude Modulada - funcionamento Emissora de rádio AM - montagem prática Transmissão em DSB (Double Side Band) Detalhes técnicos da Modulação em Amplitude figura 1 PORTADORA RF AF SINAL DE AUDIO 20Hz à 20kHz (MODULANTE) SINAL MODULADO EM AM RF ELETRÔNICA AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO 101 APOSTILA ELETRÔNICA GERAL MÓDULO - 3 (sons), vídeo (imagens) e dados (informações digitais para processamento gerais). Ainda na figura 1, podemos ver que existe o sinal que deve ser levado, que é chamado de sinal modulante, pois vai fazer variar a amplitude da portadora. Este sinal deve possui frequência pelo menos três vezes mais baixa que a frequência da portadora. Podemos dar como exemplo o sinal de uma emissora AM que possui uma portadora em 1100 kHz e com um sinal de áudio modulante que deverá ter de 20Hz até 5kHz. Considerando a frequência máxima do áudio, que é de 5kHz, podemos dizer que a portadora será 220 vezes maior que a maior frequência do áudio. Poderíamos também usar para essa frequência máxima de áudio em 5kHz uma portadora de no mínimo 15kHz. Mas, como já vimos anteriormente, não são permitidas transmissões com frequências abaixo de 30kHz. Continuando ainda na figura 1, vemos que após o sinal de áudio (AF) “incidir” sobre a portadora, esta variará em amplitude (AM), podendo então ser transmitida. Vamos chamar o sinal de alta frequência de portadora de RF (rádio-frequência) ou simplesmente RF, cujas variações podem ser normalmente vistas, pelos ciclos que possuem uma alta ou baixa amplitude. Não há mais uma linha indicando a presença do sinal de áudio, mas podemos ver ainda o sinal de áudio, nas variações de amplitude deste sinal de RF (portadora). Assim, modulação AM, consiste em alterar as amplitudes de uma portadora através de um sinal modulante, geralmente audio (AF); para isso devemos aplicar o sinal de áudio junto com a portadora para que haja uma “soma” desses sinais, geralmente através de um amplificador; vamos tomar como exemplo o modulador de AM da figura 2. figura 2 +Vcc R3 PORTADORA (OSCILADOR) L3 C3 R1 RF C2 T1 C R2 +Vcc R4 T2 R7 C4 R5 R6 Neste circuito temos um oscilador, destacado pela área pontilhada, que servirá de portadora de alta frequência (RF). O objetivo aqui será polarizar o transistor através de R1 e R2, mantendo-o em determinada polarização. Quando ele começa a ser polarizado, sua tensão de coletor cai, o que gera também via acoplamento de C3, uma queda na tensão no lado de cima de L1, que por indução, coloca um potencial positivo no lado de baixo de L2, sendo este potencial levado até o capacitor C2, acoplando também esta variação positiva à base de T1, que incrementa sua polarização fazendo cair ainda mais a tensão de coletor. Como havíamos estudado anteriormente, isso é chamado de realimentação positiva e é a base de funcionamento dos circuito osciladores. Após um determinado tempo, que é dado pelos valores de L1/L2 e C (circuito oscilante), a tensão do lado de cima de L1 começa a subir e com isso o lado de baixo de L2 começa a cair, realimentando a base de T1, diminuindo sua polarização e com isso subindo a tensão de coletor. Esse processo acaba gerando no coletor de C3 e na saída em R3 uma oscilação que nada mais é que uma variação constante, cuja frequência é determinada pelos valores de C e L1. Podemos ver que a polarização do emissor de T1 é feita por R4, mas também podemos ver que em paralelo com este resistor, temos o transistor T2, que apresentará uma resistência interna muito semelhante a R4, permitindo assim, que o valor total possa estar em torno da metade do valor de R4. O valor da resistência interna de T2, será determinada pelos resistores R7 e R8. Quando um sinal de áudio chega a base de T2, fará esta tensão de polarização variar para mais ou para menos, em relação à tensão que encontra-se na base, e com isso fazendo variar a resistência interna coletoremissor deste. Assim, aumenta-se ou diminui a corrente circulante por T1, permitindo maior ou menor amplitude na variação que ocorre no coletor de T1. Note que o indutor L3, presente no coletor de T1, possui uma baixa SAÍDA MODULADA reatância para frequências baixas, sendo praticamente de zero ohm. Mas, próximo à frequência de trabalho do oscilador, sua reatância é alta, permitindo variações relativas à AM portadora. L1 Assim, além de ter as variações de alta frequência no coletor de T1, ainda teremos variação na amplitude desta frequência, provocadas pelo L2 aumento ou diminuição da polarização do transistor T2. Podemos resumir este circuito como SINAL DE AUDIO sendo T2 um amplificador do sinal de audio (AF), que irá controlar a amplitude do oscilador, que servirá de portadora AF (RF) para este sinal de audio. 102 AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO ELETRÔNICA APOSTILA ELETRÔNICA GERAL MÓDULO - 3 Detalhes da Modulação AM figura 3 No caso de transmissão de sinais, o modelo adotato pelo serviço do “Naval Personel Training Publications Division”, e seguido pelo ocidente para definir o AM, diz que a "Amplitude Modulada é a variação da intensidade de saída de RF (Rádio Frequência) do transmissor a uma velocidade de áudio". A tensão de saída do radiotransmissor tem uma variação que oscila para cima e para baixo de seu valor nominal de acordo com a frequência de áudio. (Veja as formas de onda da figura 1). Para áudio em alta frequência, a radiofrequência terá uma variação em amplitude mais rápida, para áudio em baixa frequência, esta variação será mais lenta. Logo, a variação da portadora de RF deve corresponder em amplitude à variação causada pelo áudio. A resultante de modulação em amplitude para uma frequência de áudio fixa pode ser separada para análise do processo em três ondas distintas cuja amplitude é constante. O Sistema de Modulação em Amplitude é o sistema de modulação mais antigo (1906). Existem diversos tipos de sistemas de modulação em amplitude, destacando-se: AM-DSB (Amplitude Modulation Double SideBand), ou dupla banda lateral (veremos detalhes adiante). AM-SSB (Amplitude Modulation Single SideBand), ou banda lateral única. AM-VSB (Amplitude Modulation Vestigial SideBand), ou sistema com uma das bandas completas e um vestígio da outra banda, sendo que os detalhes disso será visto no módulo 5. AM-DSB/SC: Amplitude Modulation Double SideBand with Supressed Carrier. Além de ter modulação em amplitude gerando duas bandas laterais, a modulação é feita suprimindo a portadora quando não houver sinal modulante. Isto é feito quando temos sinais multiplexados, onde a portadora torna-se uma interferência indesejável para determinado sinal. Veremos detalhes disso na análise da codificação do sinal de cor para televisão (módulo 5). figura 4 figura 5 A modulação AM, pode ser também chamada de CONVOLUÇÃO (termo muito usado em nível superior) que nada mais é do que a geração de uma função (portadora com sinal modulante) a partir da combinação de outras duas funções (portadora separada do sinal de áudio). A modulação AM, também pode ser feita em sinais diversos, como mostrados nas figuras 3, 4 e 5. Nelas podemos ver que as modulações chegam a atingir quase 100%, ou seja, quando o sinal modulante está zerado, a portadora se apresenta com um potencial também de quase zero por cento de amplitude. ELETRÔNICA AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO 103 APOSTILA ELETRÔNICA GERAL MÓDULO - 3 EMISSORA DE RÁDIO AM A emissora de rádio (ou estação) será a responsável por modular o sinal da portadora através do sinal de áudio. Os programas de rádio geralmente dedicados às músicas e notícias tem como base a voz humana e os sons da melodia (instrumentos musicais), que formam o sinal de áudio (AF); este deverá ser transmitido pela antena da emissora e via ar chegar até nossas residências e serem captadas pelo aparelho receptor de rádio. Para isso o sinal AF deverá modular (neste caso em AM) uma portadora que através da antena será transformado em ondas eletromagnéticas de mesma frequência (RF) da portadora que levará pelo ar as informações do sinal AF; no receptor de rádio essas ondas eletromagnéticas serão captadas pela antena interna ao aparelho e novamente transformadas em sinal elétrico, cuja frequência continua sendo a mesma da portadora (oscilador local da emissora), com as informações do sinal AF gerado na emissora. Podemos resumir num diagrama em blocos simplificado (figura 6) uma emissora de rádio. EMISSORA DE RÁDIO AF MODULADOR AM AMPLIF. AF figura 6 RF AMPLIF. RF OSCILADOR LOCAL ANTENA AM O 1° bloco é o amplificador de AF que irá amplificar o sinal de áudio, o bloco do oscilador local representa a frequência da portadora da emissora que será diferente para cada emissora, o bloco central irá modular a portadora de acordo com as variações do áudio e por ultimo o bloco amplificador de RF que irá amplificar o sinal já modulado para ser transmitido pela antena. MONTAGEM DE UM TRANSMISSOR AM DE BAIXA POTÊNCIA - Newton C. Braga O transmissor AM que descrevemos nesse artigo pode enviar sinais a alguns metros de distância, podendo ser usado como microfone volante para ouvir conversas através de paredes, ou ainda para demonstração de seu princípio de funcionamento. Seus sinais podem ser recebidos em qualquer rádio AM de ondas médias ou curtas. O esquema desse pequeno circuito é apresentado na figura 7. Como Funciona O circuito consiste em um oscilador Hartley onde a bobina L1 e CV determinam a frequência de operação. Podemos enrolar a bobina de modo que o transmissor opere tanto na faixa de ondas médias quanto de ondas curtas. Na faixa de ondas curtas o alcance será maior, podendo chegar a algumas dezenas de metros (e até mais) se uma antena for usada. Essa antena será ligada ao coletor de Q1. No oscilador Hartley a realimentação que mantém as oscilações é dada por R1 e C1. O microfone para modular os sinais é ligado diretamente à base do transistor. Usamos um microfone cerâmico de alta impedância, uma vez que outros tipos não servem para essa configuração. O circuito pode ser alimentado por quatro ou seis pilhas pequenas ou médias. Não recomendamos o uso de bateria de 9 V, pois sendo o consumo do transmissor algo elevado, ela se esgotaria rapidamente. Também pode ser usada uma pequena fonte de alimentação, como a ilustrada na figura 8, caso o aparelho seja de uso fixo. figura 8 Montagem figura 7 Na figura 7 temos o diagrama completo do transmissor,. A montagem pode ser realizada numa ponte de terminais, se o leitor for inexperiente ou desejar uma configuração mais simples. A disposição dos componentes na ponte de terminais é apresentada na 104 AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO ELETRÔNICA