A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia Dra. Sandra Ferreira -Licenciatura em Medicina Dentária no Instituto Superior de Ciências do Saúde – Sul 1996 -Pós-graduação em Ortodontia na New York University College of Dentistry -Pós Graduação em Ortodontia em Barcelona, ministrada por o Prof Drº José Durán Von Arx -Especialização em Implantologia e Prótese sobre Implantes pela ABENO– São Paulo - Formação especializada em Implantologia Universidade de Sevilha 2011 - “Experto Universitário em Implantologia Oral Clínica” – aluna 2012 - Prática clínica dedicada a Implantologia e Ortodontia na Clínica Maxillaris em Leiria - Coordenadora de Formação na Clínica Maxillaris – Leiria Dr. Ertty Silva - Especialista em Ortodontia - Idealizador dos Sistemas Ertty - Autor do livro: Sistemas Ertty: Ortodontia | DTM | Oclusão - Professor do Curso de Ortodontia na Clínica Maxillaris- Leiria Dr. Sergio Pinho - Especialista em Ortodontia - Co-autor do livro: Sistemas Ertty: Ortodontia | DTM | Oclusão - Professor do Curso de Ortodontia na Clínica Maxillaris- Leiria. Dr. Carlos Gasque - Especialista em ortodontia pela AORP – Ribeirão Preto - Curso de Atualização em Oclusão – PUC-RJ - Curso de Especialização em Prótese Dentária – PUC-RJ - Professor do Curso de Ortodontia na Clínica Maxillaris-Leiria Dra. Daniela Sanches - Licenciatura em Medicina Dentária – Instituto Superior de Ciências de Saúde Norte – 1998 - Pós graduação em Ortodontia em CEOSA em Madrid e MBT no Porto. - Mestrado em Barcelona – Univ. Autónoma em Barcelona com o Prof. Dr. José Durán Von Arx. - Professora do Curso de Ortodontia na Clínica Maxillaris- Leiria MAXILLARIS | LEIRIA 1 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia A IMPORTÂNCIA DA TOMOGRAFIA TRIDIMENSIONAL NO DIAGNÓSTICO EM ORTODONTIA • Resumo Este artigo tem como objectivo demonstrar a aplicação da Tomografia Computadorizada Cone Beam em Ortodontia, e as suas vantagens em relação aos exames convencionais de diagnóstico. • Introdução O diagnóstico por imagem tem sofrido constantes avanços tecnológicos, sendo amplamente utilizado em Medicina Dentária. Com a descoberta dos Rxs por Rountgen em 1895, as variações de angulação propostas por Clark, o desenvolvimento da Radiografia Panorâmica por Paatero, o desenvolvimento da Tomografia Computadorizada por Hounsfield e Comark,(1) temos assitido a uma aplicação cada vez maior do diagnóstico por imagem em Ortodontia. A Tomografia Computadorizada (TC) pode ser definida como um método de diagnóstico por imagem, que utiliza a radiação x e permite obter a reprodução de uma secção do corpo humano em qualquer um dos 3 planos do espaço. Adicionalmente, a TC evidência as relações estruturais em profundidade, enquanto as radiografias convencionais projetam apenas num plano todas as estruturas atravessadas pelos rxs. No final da década de 90, um tomógrafo pequeno e de menor custo (Comparado ao tomógrafo convencional), foi desenvolvido especialmente para o exame da região maxilofacial. Este Tomógrafo foi denominado de Cone Beam (Tomografia Computadorizada de feixe cónico) devido à forma de feixe de rx. • Tomografia Cone Beam (CBCT) Na Tomografia Cone Beam, o sistema de tubo detetor realiza apenas uma volta de 360 graus em volta do crânio do paciente, e em cada grau, o aparelho adquire uma imagem da cabeça muito semelhante a uma teleradiografia, sob diferentes perspetivas(2). Estas imagens sequenciais são chamadas de imagem base. No final do exame, o computador acoplado ao aparelho vai reconstruir estas imagens bidimensionais de forma a gerar uma imagem tridimensional do crânio do paciente com formato cilíndrico. A transformação da imagem bidimensional em tridimensional é realizada por cálculo matemático de algoritmos no software do Tomógrafo. (3) Antes do exame, o técnico pode selecionar o tamanho do FOV ou Field of View , ou seja, a dimensão do campo de aquisição do exame, que pode variar de 5 a 22 cm. Para a Ortodontia e Cirurgia Ortognática, o campo de visão ideal (FOV estendido ou EFOV) vai da calote craniana (ou pelo menos da glabela) ao osso hióide, com dimensão de 17cm de diâmetro e 22cm de altura. MAXILLARIS | LEIRIA 2 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia FIG. 1 – Representação da imagem adquirida em aparelho de grande volume Com a Tomografia Computadorizada tipo feixe cônico ou CBCT ( Cone-Beam Computed Tomography), e a partir de um único exame, podem ser visualizados cortes nos 3 sentidos do espaço: Axial, Coronal e Sagital. A) B) C) FIG. 2 – Reconstrução multiplanar em Tomografia Computadorizada de feixe cônico: A) corte axial, B) corte coronal e C)Corte sagital Ao imaginarmos o paciente de pé, ou sentado, os cortes Axiais, dispõem-se paralelos ao solo e mostram a relação das raízes dentárias com o osso alveolar, a tábua óssea vestibular e lingual, assim como o septo ósseo interdentário. Os cortes Coronais ou Frontais revelam as dimensões transversas dos maxilares e da cavidade nasal, assim como a inclinação dos dentes posteriores, a extensão do seio maxilar e o contorno externo dos maxilares. Nos cortes Sagitais, especialmente no plano mediano, visualizamos a inclinação dos dentes anteriores, a espessura do palato, a dimensão antero posterior das vias aéreas superiores e a localização do canal incisivo. MAXILLARIS | LEIRIA 3 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia Além da reconstrução multiplanar, a CBCT, permite visualizar imagens no sentido vestíbulolingual, que são denominados atualmente de cortes parassagitais. O diagnóstico com a Tomografia Cone Beam é bem mais preciso, do que o efetuado através dos exames convencionais. A tomografia de feixe cónico não apresenta distorção nem ampliação de imagens, permitindo a reconstrução tridimensional das estruturas de interesse. FIG. 3 – Reconstrução em 3D obtida através da CBCT A CBCT começou por ser utilizada de forma restrita em Medicina. Aplicada à Medicina Dentária, esta técnica surgiu pela primeira vez no Japão em 1997 por Arai e al (4) na Universidade de Nihon, sendo este considerado o pai da Tomografia Cone Beam . Mozzo et al (5) em1998, apresentaram os resultados preliminares de “um novo aparelho de Tomografia Volumétrica para imagens odontológicas baseadas na técnica de feixe em forma de cone,” batizado como NewTom 9000. Entre os principais modelos, encontram-se o I-Cat ( Imaging Sciences- Kavo); Newtom 3G (Newtom Dental); 3D Accuitomo (J Morita MFG Comp, Japan); ProMax 3D ( Planmeca); CB MercuRay (Hitachi); Iluma (Imtec Imaging); PreXion (TeraRecon); Galilleos (Sirona); Picasso (Ewoo). • Aplicações Clínicas da tecnologia Cone Beam em Ortodontia Além dos cortes, podemos obter a partir da Tomografia Cone Beam de grande volume, reconstruções multiplanares com visão tridimensional e bidimensional, como teleradiografias laterais, frontal e radiografias panorâmicas. MAXILLARIS | LEIRIA 4 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia FIG. 4 – Reconstrução tridimensional de imagens em norma lateral, frontal e panorâmica De acordo com os dados de uma revisão bibliográfica atualizada, as principais aplicações da CBCT são: 1- Avaliação do posicionamento tridimensional dos dentes inclusos e a sua relação com os dentes e estruturas vizinhas (3)(6)(7)(8)(9). FIG. 5 – imagem 3D 2- Avaliação do grau de reabsorção radicular dos dentes adjacentes a caninos inclusos(9)(6)(7). B) B) A) FIG. 6 – A) Radiografia periapical - dente 13 incluso e sobreposto ao dente 12 B) mesma imagem em corte tomográfico. É visível a reabsorção radicular do incisivo lateral provocada pelo canino MAXILLARIS | LEIRIA 5 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia Num estudo realizado em 2006, Bjerklin, Ericson(8) verificaram que 43,7% dos casos de planeamento de caninos superiores retidos foram alterados após o estudo com Tomografia Cone Beam. 3- Visualização das tábuas ósseas vestibular e lingual/ palatina e a sua remodelação após movimentação dentária (9)(10)(11). Esta imagem permite ao Ortodontista informações sobre os movimentos dentários que poderá efetuar FIG. 7 – Relação dos dentes com tábua óssea 4- Avaliação das dimensões transversas das bases apicais (12)(13)(15) 5- Análise tridimensional e volumétrica das vias aéreas superiores. FIG. 8– Vias aéreas superiores A análise das vias aéreas superiores, convencionalmente é feita através de cefalogramas laterais. Um estudo recente (14), analisou 11 pacientes utilizando cefalogramas laterais e Tomografia Cone Beam. Neste estudo, verificou-se que há uma alteração moderada nas medidas da área e volume, quando analisadas através de cefalogramas. 6- Diagnosticar assimetrias esqueléticas e dentárias, uma vez que o crânio pode ser visualizado em tamanho real e sem magnificação. MAXILLARIS | LEIRIA 6 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia FIG. 10 lado 7-– Cânio Análise cefalómetrica tridimensional(15)(16)(17)(19)(21) direito e esquerdo Vários estudos demonstraram que a Cefalometria convencional tem limitações de metodologia e confiabilidade, nomeadamente, falta de reprodutibilidade e erros nos pontos de identificação, levando a distorção da imagem. Pequenas assimetrias do meato auditivo externo, podem também provocar rotação da cabeça e alteração dos resultados. Adams et al (18), mostraram as limitações da cefalometria 2 D. Ao comparar as distâncias no espaço bi e tridimensional, verificaram que há um aumento das verdadeiras medidas na análise bidimensional, dando-nos uma visão distorcida do crescimento crânio- facial. De acordo com McKee et al(20), as angulações dentárias mesio-distais quando medidas na radiografia panorâmica não são rigorosas. Com a Tomografia Cone Beam, é possível visualizar de uma forma precisa a inclinação e o torque radicular. 8- Avaliação e previsão da movimentação dentária. 9- Avaliação de defeitos ósseos na região de fissura lábio palatina. 10- Análise qualitativa e quantitativa do osso, para colocação de implantes e mecanismos utilizados para ancoragem ortodôntica. 11- Medição exata do diâmetro mesiodistal dos dentes permanentes não erupcionados para avaliação da relação dente/osso na dentição mista. 12- Avaliação da articulação temporomandibular e consequente posição do condilo na cavidade glenóide. Visualização da anatomia e tamanho dos condilos individualmente FIG. 11– Análise das articulações direita e esquerda 13- Permite simulações biomecânicas, simulações de planos cirúrgicos ortodônticos e permite obter medidas através de pontos digitalizados em coordenadas 3D. (22) 14- Prototipagem- os Tomógrafos Cone Beam, exportam imagens com o padrão Dicom. É possível enviar os dados do paciente para o laboratório de prototipagem para a confeção de modelos sólidos, que são representações precisas tridimensionais da anatomia do paciente MAXILLARIS | LEIRIA 7 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia Exposição à radiação através da Tomografia Cone Beam A dose de radiação a que o paciente é submetido com a CBCT é significativamente menor que a multislice CT, é 3 a 7 vezes superior à dose exposta para a aquisição de uma Ortopantomografia e 40% inferior às doses obtidas com a Tomografia Computorizada convencional. A soma efetiva das doses de radiação da Ortopantomografia, da Cefalometria lateral e de uma série radiográfica total à boca, é mais elevada do que a dose exposta a uma tomografia Cone Beam (Gibbs(50). A dose de radiação de um exame Cone Beam, dependerá da marca, do modelo do aparelho, das configurações de kilovoltagem, miliamperagem, tempo de exposição e abrangência do volume do exame (23)(2) A Dose de radiação de um exame de Tomografia Cone Beam dos principais modelos comercializados atualmente, equivale em média a um exame periapical de toda a boca (24), de 4 a 10 radiografias panorâmicas (2) , a 1,3 a 6,4% da exposição a uma tomografia médica da face(25)(23)/5)(26)(2) e a uma viagem transatlântica. Exposição à radiação natural ~3 milliSeiverts(mSv) por ano mSv estimado Exposição diária a radiação natural Vôo: Londres a Los Angels 0.008 0.080 (27) ~1 dia ~10 dias Imagem dentária mSv estimado Radiação natural equivalente 1 Rx intra oral ( filme) Série completa de Rx intra oral (filme) 2D radiografia panorâmica (digital) Tomografia cone beam (inclui vários campos de visão) 3D cone beam (i-CAT - 0.3 voxel, 13x16 cm) Tomografia médica computadorizada ao crânio <0.0083 mSv (28) ~1 dia 0.170 mSv (29) ~22 dias 0.014 – 0.024 mSv (29) ~2 - 3 dias 0.003 – 1.073 mSv(30)(31) ~8 - 134 dias 0.087 mSv (32) ~11 dias 0.860 mSv (32) ~108 dias Radiação equivalente natural TAB 3 (35) MAXILLARIS | LEIRIA 8 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia Imagem médica mSv estimado CT abdómen CT corpo CT colonografia Mamografia CT gastrointestinal superior CT gastrointestinal inferior 10 mSv 10 mSv 10 mSv 0.080 mSv 6-8 mSv 2-4 mSv Radiação equivalente natural 3 anos 3 anos 3 anos 10 dias 2.5 anos 1 ano • Discussão Perante estas evidências, algumas questões se colocam: Será este o exame de eleição em Ortodontia? Na nossa opinião - SIM Senão vejamos Seremos nós capazes de fazer um diagnóstico correto, baseados apenas nos exames convencionais? Nalguns casos, talvez! E nos restantes? E em que casos? Serão estes exames suficientes para nos indicar quais os casos que necessitam de exames mais específicos?! Deveremos nós submeter o nosso paciente á exposição de radiação de uma Tomografia Cone beam para diagnóstico em Ortodontia? Frisamos, que ao efetuar uma série radiográfica periapical expomos o nosso paciente á mesma radiação do que a uma Tomografia de feixe cónico, se acrescentarmos uma Teleradiografia, uma Ortopantomografia, um exame das Atm`s…. Realçamos, que a exposição á radiação de uma Tomografia de feixe cónico equivale á mesma exposição de um voo transatlântico. Não é comum deixar de viajar para evitar a radiação… Serão os chamados “achados radiológicos” verdadeiros achados?! Ou estão presentes mais vezes e nós não utilizamos os meios de que dispomos para os identificar? Será a contenção fixa resultado da instabilidade do resultado? Da incerteza do diagnóstico?! Deveremos nós limitarmo-nos a “melhorar”, ou deveremos proporcionar ao nosso paciente um tratamento de excelência, de forma personalizada e individualizada, baseados num diagnóstico rigoroso?! MAXILLARIS | LEIRIA 9 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia • Conclusão Conhecer amplamente os detalhes anatómicos dos pacientes, vislumbrar as reações do osso alveolar mediante a movimentação dentária e compreender os efeitos colaterias das terapias significa reconhecer os nossos limites e praticar uma Ortodontia com mais segurança. Com a definição de novos conceitos gerados pela visão tridimensional do crâneo, a expetativa é que a Tomografia de feixe cónico altere conceitos e paradigmas, redefinindo metas e planos terapêuticos em Ortodontia, sempre com o objetivo de proporcionar ao nosso paciente, tratamentos de excelência e com estabilidade a longo prazo. MAXILLARIS | LEIRIA 10 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia • Caso Clínico No caso apresentado, e após interpretação Tomográfica, verificou-se que o paciente tem uma assimetria mandibular, devido á diferença de tamanho entre o lado direito e esquerdo da mandíbula. Essa diferença é de 8,70mm. MAXILLARIS | LEIRIA 11 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia MAXILLARIS | LEIRIA 12 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia • Conclusão Conhecer amplamente os detalhes anatómicos dos pacientes, vislumbrar as reações do osso alveolar mediante a movimentação dentária e compreender os efeitos colaterias das terapias significa reconhecer os nossos limites e praticar uma Ortodontia com mais segurança. Com a definição de novos conceitos gerados pela visão tridimensional do crâneo, a expetativa é que a Tomografia de feixe cónico altere conceitos e paradigmas, redefinindo metas e planos terapêuticos em Ortodontia, sempre com o objetivo de proporcionar ao nosso paciente, tratamentos de excelência e com estabilidade a longo prazo. MAXILLARIS | LEIRIA 13 A importância da tomografia tridimensional no diagnóstico em ortodontia Referências bibliográficas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. Brooks SL, Computed Tomography. Dent Clin North Am Dent 1993; 37(4) : 575-90 Scarfe WC, Farman AG, Sukovic P. Clinical applications of cone beam computed tomography in dental practice. J. Can. Dent. Assoc. of Tawc. 2006;72(1);75-80 Scarfe WC, Farman AG. What is cone beam CT and how does it work? Dent. Clin. North AM. 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