estado de santa catarina

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ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EIDEMIOLÓGICA
GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA DE AGRAVOS
Aos Profissionais de Saúde e População Catarinense
DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A TUBERCULOSE 2007
PROPOSTA DE AÇÕES
“Tuberculose em algum lugar, problema de todos nós”.
O Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose é comemorado anualmente em 24 de
março, para chamar a atenção sobre um dos maiores problemas de saúde pública do
mundo. A tuberculose permanece afetando a saúde e o desenvolvimento da humanidade,
com um terço da população mundial infectada, 8 milhões de doentes e quase 2 milhões de
mortes a cada ano. No Brasil, a cada ano adoecem 80.000 pessoas e quase 5.000 morrem
devido à doença, que é curável sob tratamento.
AÇÕES PROPOSTAS:
1 – Atividades da Parceria Brasileira Contra a TB
Atividades de promoção e busca de casos:
Na semana entre os dias 18 a 24 de março, as instituições que formam o Fórum Parceria
Brasileira Contra a Tuberculose em parceria com as Secretarias Municipais e Estaduais
de Saúde farão em todos os locais sob sua área de atuação, orientação sobre
tuberculose, informando ser uma doença prevalente em nosso país, sua prevenção
através da vacina com BCG nas crianças, como identificar os suspeitos sintomáticos
respiratórios (tosse com expectoração por 3 semanas ou mais), onde realizar exame de
escarro e o correto tratamento por 6 meses, sem interrupção.
Atividades com Organizações Religiosas:
Através da Pastoral da Saúde, membro da Parceria Brasileira Contra a TB, no dia 24 de
março, Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, por ocasião da realização dos cultos
religiosos, será incluído nos avisos finais dos mesmos, breve informação sobre a
tuberculose; como suspeitar da doença; como preveni-la; quais os grupos de pessoas
vulneráveis ao adoecimento e qual a conduta a tomar frente a uma pessoa suspeita.
2. Atividades com as SES e SMS:
Atividades de Informação, Educação e Comunicação:
Durante toda a semana no período de 21 a 24 de março, todos os serviços públicos de
saúde deverão realizar ações educativas em sala de espera, com palestras e exposição,
abordando aspectos clínicos da doença, seus modos de prevenção e sobre a certeza da
cura com o tratamento correto. Estas atividades educativas devem ser desenvolvidas em
linguagem acessível e deverão contemplar o uso de vídeos sobre o tema, uso de pequenas
peças de teatro ou outras atividades de comunicação de massa.
Atividades de Busca Ativa de Casos na Demanda do SUS:
Durante toda a semana no período de 21 a 24 de março de 2005, devem ser identificados
os sintomáticos respiratórios na demanda de usuários dos serviços de saúde, com
realização da coleta do escarro e realização de baciloscopia. Tal atividade, além de
aumentar a descoberta de casos, tem finalidade mobilizadora, uma vez que, gera um
intenso movimento de reflexão e discussão do problema da tuberculose, tanto na
população quanto nos profissionais que atuam nestes serviços de saúde.
Atividades de Mídia:
Na semana do dia 21 a 24 de março, deverão ser buscados espaços em toda e qualquer
mídia, principalmente rádio e televisão, em horários de maior audiência, nos quais os
profissionais de saúde concedam entrevistas, onde seja abordado o porquê do Dia
Mundial de Luta Contra a Tuberculose. Informações sobre a doença, sobre a
importância do tratamento correto, sobre as medidas de prevenção e onde os usuários
podem procurar os meios para o diagnóstico e tratamento adequados.
24 DE MARÇO
DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A TUBERCULOSE
A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por um microorganismo
conhecido como bacilo de Koch. É transmitida de pessoa a pessoa através da tosse e
espirro.
A tuberculose está intimamente ligada às questões sócio-econômicas, sendo uma das
doenças mais antigas que se tem relato na humanidade.
A tuberculose continua sendo um grave problema de saúde pública e foi incluída na lista
das prioridades do MS.
Estima-se que no mundo, aproximadamente 10 milhões de casos novos e 3 milhões de
mortes ocorram anualmente por TB. No Brasil, aproximadamente 100.000 casos novos
por ano, com uma taxa de em torno de 50 casos por 100.000 habitantes e de 5.000 a
6.000 mil óbitos anualmente.
Em Santa Catarina, cada ano registra-se em torno de 1.600 casos novos, com uma
incidência de 27 por 100.000 habitantes e 50 a 60 mortes ano por TB.
Acredita-se que um terço da população brasileira esteja infectada pelo bacilo da
Tuberculose e que 5 a 10 % destas pessoas irão adoecer.
A tuberculose é doença de caráter crônico e insidioso. E o paciente pode ficar longo
tempo sem ser reconhecido como doente. Um paciente portador de bacilos da
tuberculose contamina em torno de 15 a 20 pessoas por ano.
Os principais sintomas:
ƒ TOSSE E ESCARRO
3 SEMANAS;
ƒ FALTA DE APETITE;
ƒ EMAGRECIMENTO;
POR
MAIS
DE
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
DOR NO PEITO;
SUORES NOTURNOS;
CANSAÇO FÁCIL;
FEBRE BAIXA NO FINAL DA TARDE.
ƒ
ƒ
Deve-se estar atento para identificar os portadores de tuberculose dentro da
nossa comunidade.
Deve-se suspeitar de todo paciente com os sintomas descritos acima,
especialmente daqueles com tosse com expectoração por mais de três semanas.
O diagnóstico é simples e consiste no exame do escarro para identificação do bacilo.
Devem ser coletadas duas amostras de escarro: uma durante a primeira consulta médica
ou quando da suspeita por profissional ou agente de saúde. A outra amostra deverá ser
colhida na manhã seguinte em jejum e encaminhada à unidade de saúde.
Porém, não é incomum que o paciente permaneça sintomático por longo tempo só sendo
diagnosticado quando a doença esteja avançada, e tendo contaminado um grande número
de pessoas. Isto ocorre por diversas razões, mais principalmente:
1) Falta de acesso do paciente ao serviço médico.
2) Dificuldade dos profissionais de saúde de identificar o paciente portador de tuberculose
como tal e sim considerar como infecção respiratória comum.
3) Quando ocorre a suspeita, dificuldades em realizar exames de escarro, RX de tórax, ou
outros exames.
4) Referenciamento para serviço mais especializado, sendo que o paciente não consegue
agendamento da consulta.
5) Situações especiais como drogadição, alcoolismo, coinfecção HIV/TB, morador de rua,
paciente institucionalizado, etc...
Outra questão é a do tratamento. O tratamento é eficaz quando feito corretamente e a
cura é a regra. Embora haja tratamento medicamentoso eficaz com cura de
praticamente 100% dos pacientes, o índice de cura é muito baixo, ficando muito aquém
dos necessários 85% (no Brasil em torno de 63%). Isto se dá por baixa adesão do
paciente ao tratamento, principalmente por:
1) Falta de entendimento do paciente da necessidade de tratar por no mínimo seis meses,
quando ele apresenta melhoras logo no início do tratamento.
2) Dificuldade do(s) profissional(ais) de saúde de transmitir esta necessidade ao paciente.
3) Intolerância a um ou mais componentes do medicamento, e dificuldade do(s)
profissional(ais) de saúde em conduzir apropriadamente a questão.
4) Obstáculos ao acesso ao serviço de saúde, agendamento, horários disponíveis, distância do
domicílio, grau de adoecimento que dificultem locomoção, dinheiro para passagem de
ônibus ou condução, alimentação, etc
5) Mudança de endereço, cidade, viagem, trabalho etc
6) Situações especiais como alcoolismo, drogadição, morador de rua, morador de instituição
asilar ou prisional, doença mental, doença sistêmica, imunossupressão.
7) Co-infecção HIV/TB.
Para melhorar os índices de diagnóstico e cura da Tuberculose é necessário envolvimento
de toda a sociedade em especial das instituições de saúde. É imprescindível melhorar a
adesão, evitar abandono, garantir a conclusão do tratamento, para que não se desenvolva
falência ou resistência aos tuberculostáticos.
Outro aspecto, extremamente importante para o sucesso do controle da TB, diz respeito
à implantação do DOT’S universal, descentralização do diagnóstico e tratamento com
inserção das Equipes Saúde da Família.
SITUAÇÃO DA TUBERCULOSE EM SANTA CATARINA
O Programa de Controle de Tuberculose em Santa Catarina desde sua implantação
vem se organizando e implementando suas ações de controle da tuberculose através das
normas e diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde. Para o cumprimento de suas
metas, chama-se a atenção para a concentração de esforços e recursos buscando
descentralizar as ações tanto no coletivo como no individual com ênfase na melhoria da
qualidade de vida do doente.
No Plano de Ação Anual foram elencadas algumas prioridades, as quais se
destacam: (i) Aumento da busca de sintomáticos respiratórios; (ii) Aumento da adesão ao
tratamento (implantação do tratamento supervisionado/DOTS, em todos os municípios
prioritários); (iii) Melhoria do controle de qualidade da rede de laboratórios
(implementação da rede de laboratórios para exames de baciloscopia e descentralização
da cultura); e (iv) Melhoria da qualidade da informação contida no SINAN-TB.
No estado as taxas de incidência em tuberculose sempre foram relativamente
baixas (27/100.000 hab.) comparando com outros estados. No entanto, alguns municípios
apresentam taxas iguais e/ou maiores que a do Brasil e de outros paises onde a situação
da tuberculose é grave. Destacam-se aqui algumas variáveis do perfil epidemiológico da
TB no estado:
ƒ Os municípios de Balneário Camboriú, Blumenau, Camboriú, Criciúma, Florianópolis,
Itajaí, Joinville, Navegantes e São José são prioritários para a tuberculose,
principalmente devido ao grande número de casos, altas taxas de incidência e ao
alto percentual da co-infecção (TB/HIV/Aids), albergando 60% dos casos.
ƒ Os 1.550 casos anuais (em média) estão distribuídos segundo a forma: 78%
pulmonares, 18% extrapulmonares e 4% pulmonares+extra;
ƒ Entre os casos pulmonares 46% são bacilíferos;
ƒ Em SC 88% dos casos de tuberculose foram submetidos ao exame HIV.
ƒ Percentual de co-infecção Tb/HIV/Aids = 18 %
ƒ Cerca de 70% dos casos estão entre a faixa etária de 20 a 50 anos
ƒ 55% dos casos são da raça branca
ƒ 64% dos casos têm 4 a 11 anos de escolaridade
ƒ 66% são do sexo masculino
Ocorreram grandes avanços nestes últimos anos, tais como a ampliação da discussão
sobre o problema da tuberculose; a padronização dos treinamentos; novas estratégias
foram utilizadas para sensibilizar e comprometer os profissionais de saúde e gestores
municipais, bem como a melhoria no resultado de algumas metas. Entre esses avanços do
programa podem-se citar alguns como:
ƒ Melhoria na qualidade das informações;
ƒ Expansão do tratamento supervisionado/DOTS para 45% dos pacientes em
tratamento (ver gráfico);
ƒ Descentralização das ações para 85% das US’s dos municípios prioritários;
ƒ Descentralização das ações para 46% das US’s do estado;
ƒ Aumento da busca de sintomáticos respiratórios (SR) para 65% da meta;
ƒ Aumento do número de laboratórios que realizam baciloscopia e cultura de
escarro;
ƒ
ƒ
Expansão do número de laboratórios (65%) que são submetidos ao controle de
qualidade do Lacen, sendo que, atualmente mais de 90% das baciloscopias (lâminas
de todo o estado) são submetidas ao controle de qualidade;
Realização de 27 treinamentos, totalizando mais de 900 profissionais de saúde
treinados somente em 2006.
2003
ANO
2004
% de cobertura dos municípios com PCT
implantado
75,4
% de US com tratamento supervisionado
INDICADORES
2005
2006
78,5
91,1
96,0
-
33,0
40,0
46,0
% detecção de casos novos
94%
92%
91%
89,4
% de sintomáticos respiratórios examinados
52,0
59,0
65,0
66,0
% de pacientes que realizaram tratamento
supervisionado
18,0
26,0
40,0
45,0
20
24
27
27
Nº de treinamentos realizados
Percentual de pacientes em DOTS
2002 a 2006
Percentual
60
40
20
0
02'
03'
04'
05'
06'
Ano
Não deixe a
TUBERCULOSE
derrubar você.
A Tuberculose é uma doença grave e contagiosa, causada pelo “Bacilo de Koch”, que
ataca preferencialmente o pulmão. Mas ela tem cura. Se você apresenta os sintomas
abaixo, procure imediatamente a unidade de saúde mais próxima de sua casa.
SINTOMAS DA TUBERCULOSE
- tosse e escarro por mais de três semanas
- falta de apetite
- emagrecimento
- dor no peito
- suores noturnos
- cansaço fácil
- febre baixa no final de tarde
COMO SE PEGA A TUBERCULOSE
- através do ar que respiramos (tosse e espirro)
- através da convivência com doentes de tuberculose
em ambientes fechados, com pouca ventilação
- em condições de alimentação, habitação e saúde precárias
COMO SE CURA A TUBERCULOSE
- procurando a unidade de saúde mais próxima
- fazendo gratuitamente o exame de escarro
- não interrompendo o tratamento
- tomando os remédios todos os dias
PROCURE UMA UNIDADE DE SAÚDE. O TRATAMENTO É DE GRAÇA.
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