COMISSÃO DE AÇÕES E CÂMBIO DOS ESTADOS UNIDOS Washington, D.C. 20549 FORMULÁRIO 20-F REGISTRO DE DECLARAÇÃO EM CUMPRIMENTO DA SEÇÃO 12(b) OU (g) DO ATO DE COMÉRCIO DE AÇÕES DE 1934 OU RELATÓRIO ANUAL EM CUMPRIMENTO DA SEÇÃO 13 OU 15(d) DO ATO DE COMÉRCIO DE AÇÕES DE 1934 Para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 OU RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO EM CUMPRIMENTO DA SEÇÃO 13 OU 15(d) DO ATO DE COMÉRCIO DE AÇÕES DE 1934 OU RELATÓRIO DE COMPANHIA-FANTASMA EM CUMPRIMENTO DA SEÇÃO 13 OU 15(d) DO ATO DE COMÉRCIO DE AÇÕES DE 1934 Arquivo da Comissão Número: 001-34129 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRAS (nome exato da registrante conforme especificado em seu estatuto) BRAZILIAN ELECTRIC POWER COMPANY (tradução do nome da registrante em inglês) República Federativa do Brasil (jurisdição da companhia ou organização) Avenida Presidente Vargas, 409 – 9o andar, Edifício Herm. Stoltz – Centro, CEP 20071-003, Rio de Janeiro, RJ, Brasil (endereço da sede executiva) Ações registradas ou a serem registradas em cumprimento da Seção 12(b) do Ato: Título de cada classe Nome do Mercado de registro Ações de Depósito Americanas (American Depositary Shares, ADSs), comprovadas por Certificados de Depósito Americano, cada uma representando uma Ação Ordinária Bolsa de Valores de Nova Iorque Ações Ordinárias, sem valor nominal* Bolsa de Valores de Nova Iorque Ações de Depósito Americanas, comprovadas por Certificados de Depósito Americano, cada uma representando uma Ação Preferencial da classe B Bolsa de Valores de Nova Iorque Ações Preferenciais, sem valor nominal* Bolsa de Valores de Nova Iorque * Não para comércio, mas somente em relação ao registro de Ações de Depósito Americanas em cumprimento dos requerimentos do SEC. Títulos registrados ou a serem registrados de acordo com a Seção 12(g) do Ato: Nenhum. Títulos para as quais existe a obrigação de reportar de acordo com a Seção 15(d) do Ato: Nenhum. O número de ações em circulação para cada uma das classes de capital da emissora ou ações ordinárias, em 31 de Dezembro de 2012 era: 1,087,050,297 146,920 265,436,883 Acões Ordinárias Acões Preferecias Class A Acões Preferecias Class B Indique, selecionando a opção correspondente, se a registrante é uma emissora conhecida e experiente, conforme a definição da Regra 40 do Ato dos Títulos. Sim Não Se esse relatório é anual ou relatório provisório, indique se a registrante não é obrigada a arquivar os relatórios de acordo com a Seção 13 ou 15(d) do Ato de Comércio de Títulos de 1934. Sim Não Indique, selecionando a opção correspondente, se a registrante (1) já proveu todos os relatórios exigidos pela Seção 13 ou 15(d) do Ato de Comércio de Títulos de 1934 dentro dos últimos 12 meses (ou dentro de qualquer período mais breve, no qual seja exigido que a registrante apresente tais relatórios), e (2) está sujeita a tais requerimentos de apresentação nos últimos 90 dias. Sim Não Indique, selecionando a opção correspondente, se a registrante enviou eletronicamente e publicou em seu website, caso este exista, todos os Arquivos Interativos de Dados que devem ser enviados e publicados em cumprimento da regra 405 das Regulamentações S-T (§ 232.405 deste capítulo) dentro dos últimos 12 meses (ou dentro de qualquer período mais breve, no qual seja exigido que a registrante envie ou publique tais arquivos). Sim Não Indique, selecionando a opção correspondente, se a registrante é uma companhia de grande-porte de protocolo acelerado, ou uma companhia de protocolo acelerado, ou uma companhia sem protocolo acelerado. Consulte a Regra 12-b-2 do Ato de Câmbio para a definição de “companhia de grande-porte de protocolo acelerado e companhia de protocolo acelerado”. Companhia de Grande-Porte de protocolo Acelerado Companhia de protocolo Acelerado Companhia sem protocolo Indique, selecionando a opção correspondente, qual a base de contabilidade utilizada pela registrante para preparar suas demonstrações financeiras incluídas neste registro: U.S. GAAP IFRS Outro Indique, selecionando a opção correspondente, qual item de demonstração financeira a registrante optou por seguir. Item 17 Item 18 Se este for um relatório anual, indique, selecionando a opção correspondente, se a registrante é uma companhia-fantasma (conforme definição contida na Regra 12b-2 do Ato de Câmbio). Yes No CONTENTS Página ITEM 1. ITEM 2. ITEM 3. ITEM 4. ITEM 4A. ITEM 5. ITEM 6. ITEM 7. ITEM 8. ITEM 9. ITEM 10. ITEM 11. ITEM 12. ITEM 12.D. ITEM 13. ITEM 14. ITEM 15. ITEM 15T. ITEM 16A. ITEM 16B. ITEM 16C. ITEM 16D. ITEM 16E. ITEM 16F. ITEM 16G. ITEM 17. ITEM 18. ITEM 19. Identidade dos diretores, gerência sênior e conselheiros Estatísticas e prazos esperados da oferta Informações-Chave Informações sobre a Companhia Comentários não resolvidos de funcionários Revisão e prospectos de operações e finanças Diretores, gerência sênior e funcionários Acionistas Majoritários e transações com empresas do grupo Informações Financeiras Oferta e Listagem Informações adicionais Informações quantitativas e qualitativas sobre os riscos de mercado Descrição de outros títulos além de participações societárias Ações de Depósito Americano (American Depositary Shares) Atrasos, dívidas de dividendos e inadimplência Modificações graves nos direitos de detentores de títulos e uso dos rendimentos Controles e procedimentos Controles e procedimentos Especialista do comitê de financeiro de auditoria Código de ética Principais taxas e serviços contábeis Isenção dos padrões de listagem para comitês de auditoria Compras de títulos de participações societária pela emissora e compradores afiliados Mudança de contador certificador da registrante Governança corporativa Demonstrativos financeiros Demonstrativos financeiros Provas 5 5 5 22 67 67 87 93 95 99 109 120 121 121 121 121 121 123 123 123 123 124 124 124 125 125 125 126 APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAÇÕES Neste relatório anual, exceto quando indicado ou quando o contexto assim exigir, todas as referências a “nós”, “nosso”, “nossos”, “nos” ou termos semelhantes, referem-se à Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras e suas subsidiárias consolidadas. Preparamos nossos demonstrativos financeiros consolidados de acordo com os Padrões Internacionais de Relatórios Financeiros (International Financial Reporting Standards, “IFRS”) conforme publicado pela Junta Internacional de Padrões de Contabilidade (International Accounting Standards Board, “IASB”). Os últimos demonstrativos financeiros consolidados disponíveis sob a U.S. GAAP dos Estados Unidos que foram registrados com a Comissão de Câmbio e Comércio de Ações dos Estados Unidos foram os demonstrativos referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009. Em 2011, adotamos certas mudanças na apresentação de nossos demonstrativos financeiros com o objetivo de tornar a apresentação de demonstrativos financeiros de todas as empresas em nosso grupo mais consistente. Assim, incluímos e eliminamos um número limitado de linhas em nosso balancete, declaração de receita e declaração de fluxo de caixa a partir de e incluindo os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012, 2011 e 2010. Como resultado dessa mudança em apresentação, para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, R$236 milhões em ativos circulantes foram indevidamente classificados como ativos não-circulantes. Em relação à declaração de receita, para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, a Conta de Consumo de Combustível (“CCC”) foi apresentada como outra despesa operacional, mas é agora apresentada como outra receita operacional, o que resultou em uma diminuição de R$82 milhões nas despesas operacionais, e um acréscimo correspondente de R$82 milhões na receita operacional. Em nossa declaração de fluxo de caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, dividendos recebidos foram classificados originalmente como atividades de investimento e, devido ao fato de sermos uma companhia de participações, agora os apresentamos como atividades operacionais. Isso resultou em uma diminuição de R$601 milhões nas atividades de investimento de 2010, conforme permitido pelo parágrafo 14 da IAS 7. Em 2011, reclassificamos R$843,0 milhões relacionados a provisões para perdas de investimento (ativos) e provisões para passivos operacionais. Neste relatório anual, o termo “Brasil” se refere à República Federativa do Brasil e a frase “governo brasileiro” se refere ao governo federal do Brasil. O termo “Banco Central” se refere ao Banco Central. Os termos “real” e “reais” e o símbolo “R$” se referem à moeda brasileira. Os termos “dólar americano” e “dólares americanos” e o símbolo “U.S.$” se referem à moeda dos Estados Unidos da América. Certos números neste documento foram sujeitas a ajustes de arredondamento. Assim também, números são apresentados em totais e certas tabelas podem não ser a agregação matemática das números que as precedem. Termos contidos neste relatório anual têm os seguintes significados: • Eletrobras Amazonas Energia, ou Amazonas Energia: Amazonas Energia S.A., companhia de distribuição de propriedade integral da Eletrobras e operante no estado do Amazonas. Amazonas Energia foi estabelecida em 2008 como resultado de uma fusão entre Ceam e Manaus Energia S.A.; • ANDE: Administración Nacional de Electricidad; • ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica; • Tarifa ou taxa média: renda total de vendas dividida pelo total de MWh vendido em cada período relevante, incluindo eletricidade não faturada. Receita total de vendas, para fins de cálculo da taxa ou tarifa média, inclui tanto o faturamento bruto, antes da dedução de alíquota de ICMS quanto outras taxas e vendas não faturadas de eletricidade sobre as quais impostos ainda não foram recolhidos. • Rede básica: linhas de transmissão interligadas, represas, transformadores de energia e equipamentos de alta-voltagem com voltagem igual ou superior a 230kV, ou instalações de menor voltagem conforme determinação da ANEEL; • BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; • Lei das Sociedades Anônimas: Lei No. 6.404 de 15 de Dezembro de 1976, conforme seus adendos; • Taxa de capacidade: taxa pela compra ou venda com base em capacidade contratada firme, quer a mesma seja utilizada ou não; • CCC: Conta de Consumo de Combustível; • CCEAR: Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado; • CDE: Conta de Desenvolvimento Energético; -1- • Ceam: Eletrobras Amazonas Energia, companhia de distribuição que operava no estado do Amazonas. Em Março de 2008, a Ceam se fundiu com Manaus Energia S.A. A entidade resultante de tal fusão é a Amazonas Energia S.A.; • CGEE: Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica; • Eletrobras CGTEE, ou CGTEE: Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica, subsidiária de geração da Eletrobras; • CMN: Conselho Monetário Nacional, a mais alta autoridade responsável pela política monetária e financeira do Brasil; • CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear S.A.; • CNPE: Conselho Nacional de Política Energética, agência de conselho para o Presidente da República do Brasil para a formulação de políticas e diretrizes no setor de energia; • Concessionárias ou companhias concessionárias: companhias para as quais o governo brasileiro transfere direitos de fornecer serviços de energia elétrica (geração, transmissão, distribuição) para uma certa região segundo acordos assinados entre tais companhias e o governo brasileiro, em cumprimento da Lei No. 8.987 (de fevereiro de 1995), conforme seus adendos, e Lei No. 9.074 (Lei do Setor de Energia, de 7 de julho de 1995), e seus adendos (em conjunto, as “Leis de Concessão”); • Distribuição: transferência de eletricidade das linhas de transmissão em pontos de fornecimento da rede e sua entrega a consumidores através do sistema de distribuição. A Eletricidade chega a tais consumidores residenciais, pequenas indústrias, propriedades comerciais e utilidades públicas a uma voltagem de 220/127 volts; • Distribuidor: uma entidade que fornece energia elétrica a um grupo de consumidores através de uma rede de distribuição; • DNAEE: Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica; • Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico: Lei No. 10,848, promulgada em 15 de março de 2004, conforme seus adendos, que regulamenta as operações de companhias no setor de eletricidade; • Eletrobras Distribuição Alagoas, ou Distribuição Alagoas: Companhia Energética de Alagoas (Ceal); • Cepel: Centro de Pesquisas de Energia Elétrica; • Eletrobras: Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras; • Eletrobras Chesf, ou Chesf: Companhia Hidrelétrica do São Francisco, companhia de transmissão, subsidiária da Eletrobras; • Eletrobras Distribuição Acre, ou Distribuição Acre: Companhia de Eletricidade de Acre (Eletroacre); • Eletrobras Distribuição Piauí, ou Distribuição Piauí: Companhia Energética de Piauí (Cepisa); • Eletrobras Distribuição Rondônia, ou Distribuição Rondônia: Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron); • Eletrobras Distribuição Roraima, ou Distribuição Roraima, antigamente chamada Boa Vista Energia S.A., uma companhia de distribuição que opera na cidade de Boa Vista, no estado de Roraima; • Eletrobras Eletronorte, ou Eletronorte: Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A., subsidiária de geração e transmissão da Eletrobras; • Eletrobras Eletronuclear, ou Eletronuclear: Eletrobras Termonuclear S.A., uma subsidiária de geração da Eletrobras; • Eletrobras Eletropar, ou Eletropar: Eletrobras Participações S.A., uma empresa de participações subsidiária criada para realizar investimentos em participações acionárias (antigamente, Light Participações S.A. – LightPar); • Eletrobras Eletrosul, ou Eletrosul: Eletrosul Centrais Elétricas S.A., subsidiária de geração e transmissão da Eletrobras; • Eletrobras Furnas, ou Furnas: Furnas Centrais Elétricas S.A., subsidiária de geração e transmissão da; • Taxa de energia: a taxa variável pela compra ou venda baseada no consumo real de eletricidade; • Lei Contra Crimes Ambientais: Lei No. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e seus adendos; • Consumidor final (usuário final): aquele que utiliza a eletricidade para suas próprias necessidades; • FND: Fundo National de Desestatização; • Consumidores livres: clientes que foram conectados ao sistema após 8 de julho de 1995 e têm demanda contratada superior a 3MW a qualquer nível de voltagem; ou clientes que foram conectados ao sistema antes de 8 de julho de 1995 e têm demanda contratada superior a 3MW a um nível de voltagem igual ou superior a 69kV; • Gigawatt ( GW): um bilhão de watts; • Gigawatt hora ( GWh): um gigawatt de energia fornecido ou demandado por uma hora, ou um bilhão de watts hora; -2- • Alta voltagem: classe nominal de sistema de voltagem igual ou superior a 100.000 volts (100kV) e inferior a 230.000 volts (230kV); • Usina hidrelétrica ou instalação hidrelétrica ou unidade de energia hidrelétrica (UEH): unidade de geração que utiliza água para mover o gerador de eletricidade; • IRFS: International Financial Reporting Standards, Padrões Internacionais de Relatação de Reporte Financeiro, conforme publicado pela Junta Internacional de Padrões de Contabilidade (International Accounting Standards Board); • INPC-M: Índice Geral de Preços-Mercado, o índice de preços geral do Brasil, semelhante ao índice de preços do varejo; • INB: Indústrias Nucleares Brasileiras, companhia governamental brasileira, responsável pelo processamento de urânio usado como energia para o fornecimento de eletricidade nas Usinas Nucleares Angra I e Angra II; • Capacidade instalada: nível de eletricidade que pode ser fornecido por uma certa unidade de geração a plena força em condições específicas designadas pelo fabricante; • Rede de Energia Interligada: sistemas ou redes para a transmissão de energia, ligadas entre si por um ou mais conectores (linhas e/ou transformadores); • Sistema isolado: instalações de geração no norte do Brasil não conectadas à rede nacional de transmissão; • Itaipu: Itaipu Binacional, instalação hidrelétrica de geração de participação igualitária dos governos do Brasil e Paraguai; • Kilowatt (kW): 1.000 watts; • Kilowatt Hora (kWh): um kilowatt de energia fornecido ou demandado por uma hora; • Kilovolt (kV): mil volts; • Megawatt (MW): um milhão de watts; • Megawatt hora (MWh): um megawatt de energia fornecido ou demandado por uma hora, ou um milhão de watts hora; • Companhia de economia mista: em concordância com a Lei das Sociedades Anônimas, é uma empresa com acionistas do setor privado e público, mas controlada pelo setor público; • MME: Ministério de Minas e Energia; • MRE: Mercado Regulado de Energia; • Política Nacional do Meio Ambiente: Lei No. 6.938, de 31 de agosto de 1981, e seus adendos; • Região Nordeste: os estados do Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe; • ONS: Operador Nacional do Sistema; • Lei do Setor de Energia: Lei No. 9.074 de 7 de julho de 1997, e seus adendos; • Procel: Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica; • Proinfa: Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia; • RGR: Reserva Global de Reversão, fundo que administramos, patrocinado por consumidores e fornecendo remuneração a todas as concessionárias pela não renovação desapropriação de suas concessões utilizadas como fundos de expansão e melhorias do setor de energia elétrica; • Taxa Selic: taxa oficial do governo aplicada a fundos negociados pela compra e venda de títulos da dívida pública estabelecida pelo sistema especial de administração e acordo; • Pequenas Usinas Hidrelétricas: usinas hidrelétricas com capacidade de 1 MW a 30 MW; • Substação: agrupamento de equipamentos que troca e/ou carrega ou regula a voltagem da eletricidade em sistemas de transmissão e distribuição; • TFSEE: Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica; • Usina termelétrica ou unidade de energia termelétrica (thermoelectric power unity, “TPU”): unidade de geração que utiliza combustível tal como carvão, petróleo, diesel, gás natural ou hidro-carbono como fonte de energia para mover o gerador de energia; • Transmissão: a transferência bruta de eletricidade da instalação de geração para o sistema de distribuição na estação de carga através da rede de transmissão (em linhas com capacidade entre 69 kV e 525 kV); • TWh: Terawatt hora (1,000 Gigawatts hora); • Fundo UBP: Fundo de Uso de Bem Publico; -3- • U.S. GAAP - generally accepted accounting principles in the United States: princípios contábeis comumente aceitos nos Estados Unidos; • Volt (V): unidade básica de energia elétrica comparável à pressão de água em libras por polegada quadrada; e • Watt: unidade básica de energia elétrica. DECLARAÇÃO PREVENTIVA SOBRE INFORMAÇÕES FUTURAS Este relatório anual inclui certas informações futuras, como declarações sobre nossas intenções, crenças ou atuais expectativas, ou as de nossos executivos a respeito de, entre outras coisas, nossos planos financeiros, tendências que afetam nossa condição financeira ou resultados operacionais e o impacto de planos e estratégias futuras. Tais informações futuras estão sujeitas a riscos, incertezas e contingências incluindo, mas não limitadas a: • condições gerais econômicas, regulamentares e comerciais no Brasil e no exterior; • variações cambiais, inflação e o valor do real em relação ao dólar americano; • mudanças no volume e padrões de utilização de eletricidade dos clientes; • condições competitivas na geração, transmissão e mercados de distribuição de eletricidade no Brasil • efeitos da concorrência; • nosso nível de dívida; • as chances de recebermos pagamento relacionados a contas a receber; • mudanças na quantidade de chuva e níveis de água nos reservatórios utilizados para abastecer nossas instalações hidrelétricas de geração de energia; • nossos planos de financiamento e capital de despesa; • nossa capacidade de servir nossos clientes de forma satisfatória; • regulamentações governamentais acerca de taxas de eletricidade, uso de eletricidade, concorrência em nossa área de concessão e outros fatores existentes e futuros; • nossa capacidade de executar nossa estratégia de negócios, incluindo nossa estratégia de crescimento; • adoção de medidas através da delegação de autoridade em relação a nossos acordos de concessão; • mudanças em outras leis e regulamentações, incluindo, entre outras, aquelas que afetam impostos e questões ambientais; • ações futuras que possam ser realizadas pelo governo brasileiro, nosso acionista majoritário; • o resultado de nossos procedimentos fiscais, civis e legais; e • outros fatores de risco mencionados sob “Item 3.D, Fatores de risco.” As informações futuras aferidas também incluem informações a respeito de nossos projetos de expansão de capacidade que se encontram nas fases de planejamento e desenvolvimento. Além dos riscos e incertezas mencionados acima, nossos potenciais projetos de expansão envolvem riscos de engenharia, construção, regulamentação e outros riscos significantes, que podem: • atrasar ou evitar a execução bem-sucedida de um ou mais projetos; • aumentar o custo dos projetos; e • resultar na falha de instalações em operar ou gerar receita de acordo com nossas expectativas. As palavras “acreditar”, “poder”, “irão”, “estimar”, “continuar”, “antecipar”, “intenção”, “esperar” e palavras semelhantes têm o sentido de identificar declarações de informações futuras. Não assumimos qualquer responsabilidade em atualizar publicamente ou revisar qualquer declaração de informação futura resultante de novas informações, eventos futuros ou de qualquer outra forma. Levando em consideração tais riscos e incertezas, as informações futuras, eventos e circunstâncias discutidos neste relatório anual podem não ocorrer. Ou ainda, resultados e performance podem ser significativamente diferentes daqueles esperados em nossas informações futuras. -4- PARTE I ITEM 1. IDENTIDADE DOS DIRETORES, GERÊNCIA SÊNIOR E CONSELHEIROS Não se aplica. ITEM 2. ESTATÍSTICAS E PRAZOS ESPERADOS DA OFERTA Não se aplica. ITEM 3. INFORMAÇÕES-CHAVE Histórico As informações financeiras selecionadas apresentadas neste documento devem ser lidas em conjunto com nossos demonstrativos financeiros e observações relacionadas, que aparecem em outra parte deste relatório anual. Os seguintes parágrafos discutem algumas características importantes da apresentação das informações financeiras selecionadas e nossos demonstrativos financeiros. Tais características devem ser consideradas ao se avaliar as informações financeiras selecionadas. A. Dados Financeiros Selecionados Balanço Patrimonial Consolidado Exercício Fiscal Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (em milhares de Reais) ATIVO Circulante Caixa e equivalente de caixa ......................................... 4.429.375 Caixa restrito ................................................................. 3.509.323 Títulos e valores mobiliários ......................................... 6.622.611 Clientes.......................................................................... 4.496.963 Ativo financeiro - Concessões e Itaipu.......................... 579.295 Financiamentos e empréstimos ..................................... 1.976.191 Conta de Consumo de Combustível - CCC ................... 1.240.811 Remuneração de participações societárias .................... 118.790 Imposto de Renda e Contribuição Social ...................... 2.810.134 Direito de ressarcimento................................................ 7.115.200 Almoxarifado ................................................................ 454.635 Estoque de combustível nuclear .................................... 360.751 Indenizações - Lei 12.783/2013 .................................... 8.882.836 Instrumentos financeiros derivativos ............................. 252.620 Outros ............................................................................ 1.493.009 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE ....................... 44.342.544 4.959.787 3.034.638 11.252.504 4.352.024 2.017.949 2.082.054 1.184.936 197.863 1.947.344 3.083.157 358.724 388.663 — 195.536 1.607.493 36.662.672 9.220.169 2.058.218 6.774.073 3.779.930 1.723.522 1.359.269 1.428.256 178.604 1.825.905 1.704.239 378.637 297.972 — 283.220 1.557.857 32.569.871 Não circulante Realizável a longo prazo Direito de ressarcimento................................................ 901.029 Financiamentos e empréstimos ..................................... 7.747.286 Clientes.......................................................................... 1.482.946 Títulos e valores mobiliários ......................................... 404.337 Estoque de combustível nuclear .................................... 481.495 Imposto de Renda e Contribuição Social ...................... 6.931.626 Cauções e depósitos vinculados .................................... 2.829.912 Conta de Consumo de Combustível - CCC ................... 521.097 Ativo financeiro - Concessões e Itaipu..........................44.834.877 Instrumentos financeiros derivativos ............................. 223.099 Adiantamentos para futuro aumento de Capital ............ 4.000 Indenizações - Lei 12.783/2013 .................................... 5.554.436 Outros ............................................................................ 830.754 72.746.894 500.333 7.651.336 1.478.994 398.358 435.633 5.774.286 2.316.324 727.136 46.149.379 185.031 4.000 — 701.763 66.322.573 371.599 8.300.171 1.706.292 769.905 523.957 4.338.682 1.750.678 785.327 40.643.712 297.020 7.141 — 1.165.529 60.660.013 -5- Exercício Fiscal Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (em milhares de Reais) Investimentos .......................................................................... 5.398.299 Imobilizado .......................................................................... 47.407.102 Intangível ............................................................................. 2.300.740 Total do ativo não circulante ............................................ 127.853.035 5.510.192 53.214.861 2.371.367 127.418.993 4.724.647 46.682.498 2.263.972 114.331.130 Total do ativo...................................................................... 172.195.578 164.081.665 146.901.001 Exercício Fiscal Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (em milhares de Reais) Passivo e patrimônio líquido Circulante Financiamentos e empréstimos ......................................... 4.447.175 Debêntures ........................................................................ 316.899 Passivo financeiro .............................................................52.862 Empréstimo compulsório ..................................................12.298 Fornecedores ..................................................................... 7.490.802 Adiantamento de clientes .................................................. 469.892 Imposto de Renda e Contribuição Social .......................... 1.257.016 Conta de Consumo de Combustível - CCC....................... 1.369.201 Remuneração aos acionistas.............................................. 3.977.667 Créditos do Tesouro Naciona ............................................ 131.047 Obrigações estimadas ........................................................ 1.444.992 Obrigações de Ressarcimento ........................................... 5.988.698 Benefício pós-emprego ..................................................... 118.553 Provisões para contingências ............................................ 267.940 Encargos Setoriais ............................................................. 1.308.152 Arrendamento mercantil ................................................... 162.929 Concessões a pagar - Uso do bem Público ........................40.131 Instrumentos financeiros derivativos ................................ 185.031 Programa de Demissão Voluntária.................................... — Pequisa e Desenvolvimento ............................................. Participação nos lucros ..................................................... — Outros ............................................................................... 1.808.362 Total do passivo circulante ...................................................... 30.849.647 4.005.326 739.237 — 16.331 6.338.102 413.041 1.032.521 3.079.796 4.373.773 109.050 802.864 1.955.966 451.801 240.190 901.692 142.997 35.233 269.718 93.137 274.722 296.547 552.765 26.124.809 1.868.465 — — 16.925 5.165.765 341.462 1.102.672 2.579.546 3.424.520 92.770 772.071 759.214 330.828 257.580 584.240 120.485 25.098 237.209 — 219.538 227.563 243.560 18.369.511 Não circulante Financiamentos e empréstimos ......................................... 45.204.025 Créditos do Tesouro Nacional...........................................37.072 Debêntures ........................................................................ 409.228 Adiantamento de clientes .................................................. 830.234 Empréstimo compulsório .................................................. 321.894 Obrigação para desmobilização de ativos ......................... 988.490 Provisões operacionais ...................................................... 1.005.908 Conta de Consumo de Combustível - CCC....................... 2.401.069 Provições para contingencies ............................................ 5.288.394 Benefício pós-emprego ..................................................... 4.628.570 Contratos onerosos ............................................................ 4.905.524 Obrigações de ressarcimento ............................................ 1.801.059 Arrendamento mercantil ................................................... 1.860.104 Remuneração aos acionistas.............................................. — Concessões a pagar - Uso do bem Público ........................ 1.577.908 Adiantamentos para futuro aumento de capital ................. 161.308 Instrumentos financeiros derivativos ................................ 291.252 Encargos Setoriais ............................................................. 428.501 Programa de Demissão Voluntária.................................... — Pequisa e Desenvolvimento .............................................. — Imposto de Renda e Contribuição Social .......................... 1.414.884 38.408.352 155.676 279.410 879.452 211.554 408.712 843.029 954.013 4.652.176 2.256.132 96.204 1.475.262 1.775.544 3.143.222 1.534.532 148.695 197.965 385.724 0 0 1.902.522 31.269.971 250.485 710.536 928.653 141.425 375.968 — 785.327 3.901.289 2.066.702 — 1.091.271 1.694.547 5.601.077 1.089.726 5.173.856 303.331 -6- 273.671 284.820 1.217.649 Exercício Fiscal Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (em milhares de Reais) Outros ............................................................................... 509.914 Total do passivo não circulante ............................................... 74.065.338 1.046.362 60.754.538 840.776 58.001.080 Patrimônio líquido Capital social.................................................................... 31.305.331 Reservas de capital ........................................................... 26.048.342 Reservas de lucros............................................................ 10.836.414 Ajustes de avaliação patrimonial ..................................... 208.672 Dividendo Adicional Proposto ......................................... 433.962 Outros resultados abrangentes acumulados...................... (1.748.776) Participação de acionistas não controladores ................... 196.648 Total do patrimônio líquido .................................................... 67.280.593 31.305.331 26.048.342 18.571.011 220.915 706.018 (8.111) 358.812 77.202.318 26.156.567 26.048.342 16.804.851 163.335 753.201 377.818 226.296 70.530.410 Total do passivo e do patrimônio líquido .............................. 172.195.578 164.081.665 146.901.001 Declaração Consolidada de Receita Exercício Fiscal Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (em milhares de Reais) Receita operacional líquida 34.064.477 Despesas operacionais Pessoal, Material e Serviços ......................................... 8.439.302 Partecipação nos lucros ................................................ — Energia comprada para revenda ................................... 4.573.673 Encargos sobre uso da rede elétrica .............................. 1.763.953 Construção - Distribuição ............................................. 1.345.519 Construção - Transmissão ............................................ 3.681.603 Combustível para produção de energia elétrica ............ 708.711 Remuneração e ressarcimento ...................................... 1.651.724 Depreciação e Amortização .......................................... 1.658.161 Provisões operacionais ................................................. 5.326.991 Resultado a compensar de Itaipu .................................. 491.859 Doações e contribuições ............................................... 380.101 Outras ........................................................................... 2.257.666 32.396.316 29.532.744 26.832.085 7.670.716 317.035 3.386.289 1.420.934 711.740 3.567.868 162.673 1.328.994 1.549.988 2.848.749 655.290 289.964 1.305.765 25.389.902 7.370.713 296.270 4.315.084 1.353.839 810.475 2.143.009 252.502 1.087.341 1.498.059 2.497.262 441.057 261.006 669.434 23.090.468 Resultado operacional antes do resultado financeiro ......................................................................... 1.668.161 4.142.842 3.741.617 Resultado financeiro Receitas Financeiras Receitas de juros, comissões e taxas ............................ 767.534 Receita de aplicações financeiras ................................. 1.731.870 Acréscimo moratório sobre energia elétrica ................. 230.597 Atualizações monetárias ............................................... 858.049 Variações cambiais ....................................................... 421.013 Remuneração das Indenizações - Lei 12.783/13 .......... — Outras receitas financeiras ............................................ 326.379 757.450 1.664.517 359.208 652.949 669.731 — 158.471 781.872 1.537.435 393.987 616.141 — — 394.890 -7- Exercício Fiscal Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (em milhares de Reais) Despesas Financeiras ............................................................. Encargos de dívidas ...................................................... (2.333.643) Encargos de arrendamento mercantil ........................... (412.152) Encargos sobre recursos de acionistas .......................... (572.322) Decorrentes de variação do câmbio .............................. — Outras despesas financeiras .......................................... (384.816) (1.708.670) (350.861) (1.178.989) — (789.353) (1.675.821) (332.449) (1.298.647) (431.497) (350.033) 632.509 234.453 (364.122) Resultado antes das participações societárias .................... 2.300.670 4.056.037 3.377.495 Resultado das participações societárias ............................. 468.584 482.785 669.755 Resultado operacional antes da lei 12.783/2013 ................ 2.769.254 Efeitos - Lei 12.783/2013 .................................................. (10.085.380) 4.538.822 — Resultado operacional após da lei 12.783/2013 ................. 4.538.822 Imposto de renda ...................................................... Contribuição social sobre o lucro líquido ................. (7.316.126) 244.688 145.786 — — 4.047.250 (474.994) (301.809) (1.074.606) (419.659) Lucro (prejuízo) líquido do exercício ............................. (6.925.652) 3.762.019 2.552.985 Parcela atribuida aos controladores.................................... Parcela atribuida aos não controladores ............................. Lucro (prejuízo) por ação................................................... (6.878.915) (46.737) (5,09) 3.732.565 29.454 2,60 2.247.913 305.072 2,25 A lei brasileira das corporações e nosso estatuto social ditam que devemos pagar dividendos obrigatórios a nossos acionistas iguais a, no mínimo, 25% de nossa renda líquida ajustada para o exercício anterior. Além disso, nosso estatuto social nos exige dar: (i) prioridade na distribuição de dividendos às ações preferenciais da classe “A”, a 8% ao ano sobre o capital ligado a tais ações; e (ii) prioridade na distribuição de dividendos às ações preferenciais da classe “B” emitidas em ou após 23 de Junho de 1969, a 6% ao ano sobre o capital ligado a tais ações. Adicionalmente, ações preferenciais devem receber dividendos de 10% sobre os dividendos pagos a ações ordinárias. A tabela a seguir demonstra nossos dividendos declarados para os exercícios indicados: Esercício 2012(1) 2011(1) 2010(1) (R$) Ações Ordinárias ............................................................................................... 0,40 Ações Preferenciais Classe A ............................................................................ 2,18 Ações Preferenciais Classe B ............................................................................ 1,63 (1) Juros sobre capital próprio -8- 1,23 2,17 1,63 0,83 2,17 1,63 As tabelas a seguir apresentam um resumo de dividendos/juros sobre capital próprio declarado por ação para os exercícios apresentados, tanto para a época quanto conforme o ajuste de nossa divisão de ações 500:1 realizada em 2007. Dividendos por ação Pago(2) Declarado 31/12/2007 R$ Ação ordinária .................... 0,40155520020 Preferencial A ..................... 2,01949731106 Preferencial B ..................... 1,51462298231 Correspondente em 20/08/2007 (1) Correspondente em 20/08/2007(1) 15/06/2008 U.S.$ R$ U.S.$ R$ U.S.$ R$ U.S.$ 0,22670084130 1,14012155539 0,85509116599 0,40155520020 2,01949731106 1,51462298231 0,22670084130 1,14012155539 0,85509116599 0,41587767968 2,09152777855 1,56864583289 0,24648985282 1,23964424997 0,92973318687 0,41587767968 2,09152777855 1,56864583289 0,24648985282 1,23964424997 0,92973318687 Pago (2) Declarado 31/12/2008 R$ Correspondente em 20/08/2007 U.S.$ Ação ordinária ....................1,484883733 Preferencial A .....................2,174044374 Preferencial B .....................1,630533280 0,635380288 0,930271448 0,697703586 R$ (1) U.S.$ 1,484883733 2,174044374 1,630533280 0,635380288 0,930271448 0,697703586 30/04/2009 R$ U.S.$ 1,548692924 2,267468532 1,703562217 0,662684178 0,970247553 0,728952596 R$ U.S.$ 1,548692924 2,267468532 1,703562217 0,662684178 0,970247553 0,728952596 Declarado Pago Declarado Pago 18/05/2010 31/12/2010 29/06/2011 R$ U.S.$ 0,713305484 3,785446066 2,839084549 R$ U.S.$ 1,548692924 2,267468532 1,703562217 0,662684178 0,970247553 0,728952596 R$ 1,231779162 2,178256581 1,633692440 1,386686902 3,622391585 2,716794551 R$ 2,310571353 4,085973695 3,064480279 R$ 1,280047007 2,263612588 1,697709445 1,380084480 3,605144321 2,703859099 Declarado (4) 29/05/2012 U.S.$ U.S.$ 0,877358220 2,291890859 1,718918690 Pago 31/12/2011 R$ U.S.$ 0,832245170 2,174043683 1,630533280 Declarado (1) (2) (3) (4) Correspondente em 20/08/2007 (1) 31/12/2009 Ação ordinária .................... 0,4096631540 Preferencial A ..................... 2,1740443750 Preferencial B ..................... 1,6305332814 Ação ordinária .................... Preferencial A ..................... Preferencial B ..................... (3) 31/12/2012 U.S.$ 0,641820601 1,134984250 0,851238189 R$ 0,399210837 2,178256581 1,633692440 U.S.$ 0,195356416 1,065944008 0,799458008 Ajustado para refletir a divisão de ações. Ajustado pela variação da taxa Selic. Assembléia Geral de Acionistas. A Eletrobras espera pagar os dividendos declarados em 31 de dezembro de 2012 até o final do ano de 2013. Controles de câmbio e taxas de câmbio internacional O sistema de câmbio internacional brasileiro permite a compra e venda de moedas internacionais e a transferência internacional de reais por qualquer pessoa física ou jurídica, qualquer que seja o montante, sujeita a certos procedimentos regulamentares. Desde 1999, o Banco Central permite a livre flutuacão da taxa de câmbio real/dólar Americano, e desde então, a taxa de câmbio real/dólar americano tem tido flutuações significativas. Até o início de 2003, o valor do real caiu em relação ao dólar americano e então começou a se estabilizar. Houve uma valorização do real em relação ao dólar americano no período de 2004 a 2007. Em 2008, como resultado da decadente crise econômico-financeira mundial, o real teve uma desvalorização de 31,9% em relação ao dólar americano, e em 31 de Dezembro de 2008, a taxa de câmbio do real em relação ao dólar americano era de R$2,34 por U.S.$1,00. Em 2009, o real teve uma valorização de 25,5% em relação ao dólar americano, devido à melhoria nas condições financeiras do Brasil. Em 2010, o real teve uma valorização de 4,3% em relação ao dólar americano. Em 2011, houve uma desvalorização de 12,6% do real em relação ao dólar americano. Em 2012, houve uma valorização de 8,9% do real em relação ao dólar americano. No passado, o Banco Central interveio esporadicamente para controlar a instabilidade nas taxas de câmbio estrangeiro. Não podemos prever se o Banco Central ou se o governo brasileiro continuarão a permitir que o real flutue livremente ou se intervirão na taxa de câmbio do mercado através de um sistema de banda de moeda ou outras medidas. Não podemos garantir que o real não sofrerá desvalorizações significativas ou que continuará a se valorizar em relação ao dólar americano no futuro próximo. . -9- A tabela a seguir demonstra as taxas de câmbio final, média, alta e baixa de cada período, publicadas pelo Banco Central, expressa em reais por dólar. Reais per dollar norte-americano Final do ano Final do periodo Dezembro 31, 2008 ........................................................................................2,3370 Dezembro 31, 2009 ........................................................................................1,7412 Dezembro 31, 2010 ........................................................................................1,6662 Dezembro 31, 2011 ........................................................................................1,8758 Dezembro 31, 2012 ........................................................................................2,0435 (1) Media(1) 1,8374 1,9905 1,7593 1,6746 1,9550 Baixa Alta 1,5593 1,7024 1,6554 1,5345 1,7024 2,5004 2,4218 1,8811 1,9016 2,1121 Representa a média das taxas finais de cada mês, a começar por Dezembro do exercício anterior até o ultimo mês do período indicado. A tabela a seguir demonstra as taxas de mercado comercial/taxas de mercado de venda de câmbio estrangeiro final, alta e baixa publicadas pelo Banco Central expressa em reais por dólar para os períodos indicados. Reais per dollar norte-americano Mês Final do periodo Novembro 2012 ............................................................................................... 2,1074 Dezembro 2012 ............................................................................................... 2,0435 Janeiro 2013 .................................................................................................... 1,9883 Fevereiro 2013................................................................................................. 1,9754 Março 2013 ..................................................................................................... 2,0138 April 2013 (até 24 April 2013) ........................................................................ 2,0244 Media 2,0678 2,0778 2,0331 1,9733 1,9828 2,0020 Baixa Alta 2,0312 2,0435 1,9883 1,9570 1,9528 1,9736 2,1074 2,1121 2,0471 1,9893 2,0185 2,0244 A lei brasileira determina que, sempre que houver sério desequilíbrio no saldo de pagamentos do país, ou quando houver sérias razões para a previsão de sério desequilíbrio, restrições temporárias podem ser impostas nos envios de capital estrangeiro ao exterior. Não podemos garantir que tais medidas não serão tomadas pelo governo brasileiro no futuro próximo. Veja mais informações sob “Item 3.D, Fatores de Risco – Riscos Relacionados ao Brasil”. Atualmente, mantemos nossos registros e livros financeiros em reais. Para mais fácil apresentação, entretanto, certas informações financeiras consolidadas presentes neste relatório anual foram apresentadas em dólar americano. Vide “Item 8, Informações Financeiras”. B. Capitalização e Endividamento Não se aplica. C. Razões Para a Oferta e Utilização dos Lucros Não se aplica. D. Fatores de Risco. Riscos relacionados à Eletrobras A renovação das concessões da Eletrobras que tinham previsão de expirar entre 2015 e 2017, nos termos da Lei n.º 12.783/2013, poderá causar um efeito adverso sobre os resultados operacionais da Eletrobras. Em 11 de setembro de 2012, o Governo Federal promulgou a Medida Provisória n.º 579/2012, a qual foi posteriormente convertida na Lei n.º 12.783/2013 (“Lei n.º 12.783”), visando regular os termos e condições para a renovação das concessões de geração, distribuição e transmissão de energia elétrica que tinham previsão de expirar entre 2015 e 2017. A lei estabelece que as concessionárias poderiam renovar, uma única vez, suas concessões de geração e transmissão por um período adicional de 30 anos, desde que aceitem certas condições postas pela ANEEL, tais como a aceitação de tarifas revisadas, conforme calculadas pela ANEEL, e a submissão ao padrões de qualidade determinados pela agência. Em 04 de dezembro de 2012, a Eletrobras renovou as concessões de geração e transmissão da Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Eletrosul e Eletrobras Furnas que tinham previsão de expirar entre 2015 e 2017 por um período adicional de 30 anos, nos termos da Lei n.º 12.783. Ao renovar tais concessões, a Eletrobras aceitou a aplicação das tarifas revisadas significativamente reduzidas, bem como da Receita Anual Permitida em remuneração para suas atividades de geração e transmissão, - 10 - nos termos das Portarias n.º 578 e n.º 579 do Ministério de Minas e Energia. A renovação, por 30 anos, das concessões de geração e transmissão assegura à Eletrobras geração de receitas desses ativos no longo prazo, entretanto, no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, os efeitos da Lei n.º 12.738 e, especialmente, a redução significativa das tarifas relacionadas às concessões que tinham previsão de expirar em entre 2015 e 2017, a partir de 01 de janeiro de 2013, resultaram ao registro de uma perda não recorrente de R$10,1 bilhões. Adicionalmente, a Eletrobras espera que, no futuro, suas receitas advindas das concessões renovadas nos termos da Lei n.º 12.738 serão significativamente menores, e poderão resultar em prejuízos para a Eletrobras para os anos de 2013 e seguintes. O valor das indenizações que serão pagas após a renovação das concessões vincendas entre 2015 e 2017 poderá ser insuficiente para cobrir os custos dos investimentos realizados pela Eletrobras em tais concessões. Ao concordar e prosseguir com a renovação das concessões vincendas entre 2015 e 2017, a Eletrobras aceitou receber indenização referente à parte dos bens reversíveis não amortizados de tais concessões. No entanto, a Eletrobras poderá, até 31 de dezembro de 2013, pleitear valor indenizatório perante a ANEEL (i) com relação aos ativos de transmissão que entraram em operação comercial até 2000, e (ii) de valores referentes à modernização de ativos de geração perante a ANEEL, nos termos da Lei n° 12.783. É possível que o valor da indenização seja inferior ao valor que a Eletrobras contabilizou e do investimento efetivamente realizado pela Eletrobras em tais concessões de geração e transmissão, o que poderá afetar adversamente seus negócios, condições financeiras e resultados operacionais de maneira adversa. O valor das tarifas que a Eletrobras calculou com base em seus custos, despesas e receitas estimadas poderá ser superior ao valor das tarifas que serão efetivamente implementadas. A Lei n° 12.783 estabeleceu, dentre outras condições, o valor das tarifas a serem cobradas pelas concessionárias, com base em custos de operação e manutenção, encargos, tributos e pagamento pelo uso dos sistemas de transmissão e distribuição. Ao concordar com os termos da renovação antecipada de suas concessões vincendas entre 2015 e 2017, a Eletrobras utilizou certas premissas referentes aos ativos da Eletrobras Furnas, da Eletrobras Chesf e da Eletrobras Eletrosul, as quais podem não se materializar ao longo do tempo, principalmente no que se refere à redução de custos estimada. Neste caso, os valores das tarifas podem ser menores do que os inicialmente previstos, o que poderá afetar seus negócios, condições financeiras e resultados operacionais de maneira adversa. Não há certeza de que os contratos de concessão ainda vigentes da Eletrobras serão renovados e quais serão os termos das renovações caso elas sejam concedidas. A Eletrobras conduz suas atividades de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica de acordo com os contratos de concessão celebrados com o Governo Federal, por meio da ANEEL. O Governo Federal poderá renovar as concessões existentes ainda não renovadas e não submetidas ao regime estabelecido pela Lei n° 12.783/2013 por um período adicional de 30 (trinta) anos sem a necessidade de realização de um novo procedimento licitatório. Caso tal renovação seja solicitada pela Eletrobras, o Governo Federal poderá aprová-la em termos mais desfavoráveis que os atuais. Aproximadamente 37,5% dos ativos de geração, a totalidade dos ativos de distribuição e 5,8% dos ativos de transmissão da Eletrobras, excluindo-se Itaipu e as usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2, estão sujeitos a esta condição. Considerando a discricionariedade do Governo Federal na renovação de concessões, a Eletrobras poderá enfrentar significativa concorrência de terceiros interessados no processo de renovação das concessões. Consequentemente, a Eletrobras não pode garantir que seus contratos de concessão serão renovados ou renovados nos mesmos termos de sua celebração. Adicionalmente, os acionistas da Eletrobras poderão optar por não renovar as concessões vincendas caso os termos da renovação não sejam favoráveis, o que poderá afetar adversamente os negócios, condições financeiras e resultados operacionais da Eletrobras. O valor dos títulos da dívida pública emitidos pela União Federal em pagamento por créditos da Eletrobras contra Itaipu poderá ser inferior ao valor dos créditos. A Lei n° 12.783 autorizou a União Federal a adquirir, respeitada a equivalência econômica, créditos que a Eletrobras detém contra Itaipu Binacional referentes ao financiamento da construção da usina hidrelétrica de Itaipu, mediante pagamento na forma de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal. Caso esta cessão ocorra, e o valor dos títulos da dívida pública emitidos pela União não correspondam ao valor econômico dos créditos da Eletrobras contra Itaipu, os negócios, condições financeiras e resultados operacionais da Eletrobras podem ser afetado de maneira adversa. As concessões de geração hidrelétrica renovadas nos termos da Lei n° 12.783 estão sujeitas ao regime de alocação de quotas de garantia física de energia. Ao aprovar a renovação das concessões de geração hidrelétrica, as empresas de geração da Eletrobras devem cumprir o regime de alocação de cotas de garantia física e de potência às empresas de distribuição que também tiveram suas concessões renovadas nos termos da referida lei. Assim, a Eletrobras não poderá acessar o ambiente de contratação livre de energia para vender tal energia, que - 11 - geralmente apresenta valores mais altos, o que poderá afetar os negócios, condições financeiras e resultados operacionais da Eletrobras de forma adversa. Somos controlados pelo governo brasileiro, cujas atuais políticas e prioridades afetam diretamente nossas operações e podem gerar conflitos de interesses com nossos investidores. O governo brasileiro, sendo nosso acionista majoritário, buscou (e pode continuar a buscar) alguns de seus objetivos macroeconômicos e sociais através de nós, utilizando, principalmente, fundos do governo brasileiro por nós administrados. Tais fundos são o Fundo RGR, a CCC e a CDE. O governo do Brasil também tem o poder de nomear oito dos dez membros de nosso Conselho de Administração e, através deles, a maioria dos executivos responsáveis por nossa administração diária. Além disso, o governo brasileiro atualmente possui a maioria de nossas ações com direito a voto. Consequentemente tem a maioria dos votos em nossas reuniões de acionistas, o que lhe dá o poder de aprovar a maioria das questões prescritas por lei, incluindo: (i) venda total ou parcial de nossas subsidiárias; (ii) aumento de nosso capital social através da emissão de novas ações; (iii) nossa política de distribuição de dividendos, desde que a mesma esteja de acordo com a distribuição mínima de dividendos prevista em lei; (iv) emissão de títulos no mercado doméstico e internacional; (v) fusões e cisões corporativas; (iv) troca de nossas ações e outros títulos; e (vii) o resgate de classes diferentes de nossas ações, independente da aprovação por acionistas de classes sujeitas a resgate. Nossa operação tem impacto no desenvolvimento comercial, industrial e social promovido pelo governo brasileiro. O governo brasileiro requereu no passado e pode requerer no futuro que façamos investimentos, acarretemos custos ou participemos em transações (que podem incluir, por exemplo, a exigência de novas aquisições) que talvez não sejam consistentes com nosso objetivo de maximizar nossos lucros. A Eletrobras está sujeita a regras que limitam o endividamento das empresas do setor público e pode não ser capaz de obter recursos suficientes para implementar seu programa de investimento proposto. O orçamento atual da Eletrobras indica investimentos de, aproximadamente, R$10,2 bilhões em 2013. A Eletrobras não pode garantir que conseguirá financiar seu programa de investimentos com base no fluxo de caixa ou recursos externos. Além disso, como uma empresa controlada pela União, a Eletrobras está sujeita a certas regras que limitam seu endividamento e investimentos e deve submeter sua proposta de orçamento anual, incluindo estimativas de montante e fontes de financiamento, para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e para o Congresso Nacional, para aprovação. Dessa forma, caso as operações da Eletrobras não se enquadrem nos parâmetros e condições estabelecidos por essas regras e pelo Governo Brasileiro, a Eletrobras poderá ter dificuldade na obtenção de financiamentos. Se a Eletrobras não for capaz de obter tais financiamentos, sua capacidade de investimento em expansão e manutenção de suas atividades poderá ser adversamente impactada, o que poderá afetar a execução da sua estratégia de crescimento, e, particularmente, o investimento em projetos de grande escala, o que poderá impactar adversamente os resultados operacionais e financeiros da Eletrobras. A Companhia possui uma série de subsidiárias cujo desempenho influencia significativamente seus resultados. A Eletrobras conduz seus negócios principalmente por meio de suas subsidiárias operacionais, incluindo a Eletrobras Eletronorte, Eletrobras CGTEE, Eletrobras Eletronuclear, Eletrobras Chesf, Eletrobras Furnas e Eletrobras Eletrosul e Itaipu. A capacidade da Eletrobras de cumprir suas obrigações financeiras é, portanto, relacionada em parte ao fluxo de caixa e do lucro dessas subsidiárias e à distribuição ou transferência desses ganhos para a Eletrobras na forma de dividendos, empréstimos ou outros adiantamentos e pagamentos. Algumas dessas subsidiárias estão, ou poderão no futuro vir a estar, sujeitas a contratos de empréstimos que exigem que qualquer endividamento destas subsidiárias com a Companhia esteja subordinado a estes contratos de empréstimo. As subsidiárias da Eletrobras são entidades jurídicas distintas da Companhia. Qualquer direito que a Eletrobras possa ter de receber bens de qualquer subsidiária ou outros pagamentos após sua liquidação ou reorganização será efetivamente subordinado aos créditos dos credores das subsidiárias (incluindo as autoridades fiscais, os credores comerciais e os financiadores da subsidiária), salvo na medida em que a Eletrobras seja credora dessa subsidiária, caso em que os créditos da Eletrobras ainda permaneceriam subordinados a qualquer prioridade nos ativos desta subsidiária e a parcela de endividamento desta subsidiária que seja prioritária em relação à dívida com a Eletrobras. Os montantes que a Eletrobras recebe da Conta de Consumo de Combustível podem diminuir. O Governo Brasileiro introduziu a Conta de Consumo de Combustível (“Conta CCC”), em 1973. A finalidade da Conta CCC é gerar reservas financeiras devidas às empresas de distribuição e algumas empresas de geração (as quais devem fazer contribuições anuais para a Conta CCC) para cobrir alguns dos custos da operação de usinas termelétricas em caso de condições hidrológicas adversas. Apesar de o Governo Brasileiro ter anunciado que a Conta CCC será gradualmente eliminada, a Eletrobras (juntamente com outras - 12 - empresas do setor elétrico) continua a receber os reembolsos a partir dessa conta. No período recente, os montantes reembolsados pela Conta CCC à Eletrobras e a outras empresas do setor foram superiores às contribuições feitas por estas à Conta CCC. Após a promulgação da Lei n.º 12.783, a Eletrobras não tem mais a obrigação de fazer contribuições à Conta CCC. Apesar disso, a Conta CCC não foi extinta. Os saldos disponíveis continuarão sendo distribuídos às empresas de geração e distribuição que incorram em despesas adicionais em razão do uso de usinas termelétricas em caso de condições hidrológicas desfavoráveis. De modo a assegurar a continuação da viabilidade da Conta CCC, a Lei n.º 12.783 permite que sejam feitas transferências entre a Conta de Desenvolvimento Energético (“CDE”) e a Conta CCC. No entanto, a Eletrobras não pode garantir que vai continuar a receber os reembolsos da Conta CCC e qualquer redução nos valores recebidos pela Eletrobras pode afetar adversamente sua condição financeira e resultados operacionais. A Eletrobras pode não conseguir implementar sua estratégia. A capacidade da Eletrobras de implementar os principais tópicos de sua estratégia dependem de uma série de fatores, dentre os quais, sua capacidade de: Implementar um plano de eficiência operacional visando redução de custos, aumento de receitas e melhoria da qualidade e confiabilidade de seus serviços; Expandir seus negócios de forma sustentável e lucrativa; e Implementar melhorias ao seu plano de negócios, governança corporativa e gestão. A Eletrobras não pode assegurar que tais objetivos serão atingidos integralmente ou com sucesso. Qualquer impacto nos elementos principais da estratégia da Eletrobras poderão afetar adversamente sua condição financeira e resultados operacionais. Caso quaisquer dos ativos da Eletrobras sejam considerados ativos dedicados à prestação de um serviço público essencial, eles não estariam disponíveis para liquidação na hipótese de falência e poderiam não estar sujeitos a penhora. Em 09 de fevereiro de 2005, o Governo Brasileiro promulgou a Lei n.º 11.101 (“Nova Lei de Falências”), que entrou em vigor em 9 de junho de 2005 e rege a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência, além de substituir o processo judicial de reorganização de dívidas conhecido como concordata pelos processos de recuperação judicial e recuperação extrajudicial. A Nova Lei de Falências estipula que suas disposições não se aplicam às empresas públicas e sociedades de economia mista, como a Eletrobras, enquanto a Constituição Federal Brasileira estabelece que as sociedades de economia mista que realizarem atividades econômicas estarão sujeitas ao regime jurídico aplicável a empresas privadas com relação a questões civis, comerciais, trabalhistas e tributárias. Adicionalmente, a Lei n.º 12.767/2012 estabelece que os regimes de recuperação judicial ou extrajudicial não serão aplicados a concessionárias de serviço público de energia elétrica, salvo posteriormente à extinção da concessão. Dessa forma, não está claro se as disposições da Nova Lei de Falências referentes à recuperação judicial e extrajudicial e à falência se aplicarão ou não à Eletrobras. A Eletrobras acredita que uma parte substancial de seus ativos, inclusive os ativos de geração, a rede de transmissão e a limitada rede de distribuição, poderia ser considerada pelos tribunais brasileiros como sendo dedicada à prestação de um serviço público essencial. Nesse caso, estes ativos não estarão disponíveis para liquidação na hipótese de falência da Eletrobras ou disponíveis para penhora judicial. Ainda, em conformidade com a lei brasileira e com os termos dos contratos de concessão assinados pela Eletrobras, os ativos da Eletrobras poderão ser revertidos para o Governo Brasileiro no caso de falência e/ou de recuperação judicial ou extrajudicial, sendo que a Eletrobras não pode assegurar que a compensação recebida será igual ao valor de mercado dos ativos e, dessa forma, a condição financeira e os resultados das operações da Eletrobras poderiam ser adversa e significativamente afetados. A Eletrobras poderá ser responsabilizada, caso haja um acidente nuclear envolvendo sua subsidiária Eletrobras Termonuclear S.A. (“Eletrobras Eletronuclear”). A subsidiária Eletrobras Eletronuclear, como operadora de duas usinas de energia nuclear, poderá ser responsabilizada na hipótese de um acidente nuclear. A Convenção de Viena sobre Responsabilidade Civil por Acidentes Nucleares (“Convenção de Viena”) foi internalizada pelo ordenamento jurídico brasileiro em 1993. A Convenção de Viena estipula que um operador de uma usina nuclear, como a Eletrobras Eletronuclear, que atue em um país que seja signatário da Convenção de Viena e que tenha adotado legislação própria para a implementação da mesma, estará sujeito a ser responsabilizado por danos em um montante ilimitado no caso de um acidente nuclear (exceto quanto houver cobertura por seguro). A Eletrobras Eletronuclear é regulada por diversas agências federais e estatais. Em 31 de dezembro de 2012, as usinas Angra 1 e Angra 2, da Eletrobras Eletronuclear, possuíam seguro no valor total de US$ 1.000 milhões caso ocorresse um acidente nuclear. Em adição à responsabilidade por danos decorrentes de acidente nuclear, a Eletrobras Eletronuclear contratou seguro para cobrir riscos operacionais devido a potencial falha de equipamentos, no montante de - 13 - US$ 390,4 milhões por unidade. A Eletrobras não pode assegurar que suas coberturas de seguro serão suficientes na hipótese de um acidente nuclear. Assim, qualquer acidente nuclear poderá ter um efeito adverso relevante na condição financeira e resultado operacional da Eletrobras. A autoridade regulatória nuclear brasileira (CNEN) não determinou nenhuma medida de segurança adicional existente ou planejada para a operação de usinas nucleares em resposta ao acidente em Fukushima, no Japão. A Eletrobras Eletronuclear atendeu a todas as solicitações feitas pelo CNEN relacionadas à avaliação das lições aprendidas em razão do acidente em Fukushima, incluindo a realização de “testes de estresse” desenvolvidos para as usinas nucleares europeias seguindo as diretrizes estabelecidas pela Comissão Europeia. As condições dos locais em que se localizam as usinas nucleares brasileiras passou, mesmo antes do acidente de Fukushima, por um extenso processo de reavaliação, relacionado ao processo de licenciamento para a construção da terceira usina (Angra 3) no mesmo local. Os resultados da reavaliação confirmaram a adequação dos critérios de segurança. A tecnologia aplicada às usinas nucleares brasileiras e o projeto, incorporando medidas de segurança adicionais, tais como sistemas de alimentação de emergência duplos e alternativas para o resfriamento passivo dos reatores, devem suportar acidentes em magnitudes superiores aos inicialmente previstos. Apesar disso, a Eletrobras Eletronuclear implementou um programa extenso para avaliar e expandir suas margens de segurança atuais, e destinou investimentos de aproximadamente US$150 milhões em tal programa até 2016. Assim, o acidente em Fukushima não afetou a geração de energia nuclear no Brasil. As plantas nucleares da Eletrobras permanecem em operação e seus projetos continuam conforme planejado. Não temos fontes alternativas de matérias-primas básicas utilizadas por nossas usinas térmicas e nucleares. Nossas usinas térmicas operam à base de carvão e/ou petróleo e nossas usinas nucleares operam à base de urânio processado. Em ambos os casos, somos inteiramente dependentes de terceiros para o fornecimento de tais matérias-primas. Caso o fornecimento de tais matérias primas se torne indisponível por qualquer razão, não temos fontes alternativas de fornecimento e, portanto, a capacidade de nossas usinas térmicas e/ou nucleares de gerarem energia elétrica seria afetada negativamente, o que pode afetar negativamente nossa condição financeira e resultados operacionais. As empresas de distribuição da Eletrobras operam sob condições de mercado desafiadoras e historicamente, em termos agregados, têm incorrido em perdas. Os negócios de distribuição da Eletrobras são conduzidos principalmente nas regiões norte e nordeste do Brasil, representando 12,1% da receita operacional líquida da Eletrobras no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012. Essas regiões figuram entre as regiões mais pobres do país e as subsidiárias de distribuição da Eletrobras sofrem com prejuízos comerciais (decorrentes, principalmente, de desvios ilegais de energia elétrica) e níveis relativamente altos de inadimplência por parte dos consumidores dessas regiões. Historicamente, em termos agregados, as subsidiárias de distribuição da Eletrobras têm incorrido em perdas que afetaram adversamente o resultado consolidado da Eletrobras. Em maio de 2008, a Eletrobras adotou uma nova estrutura administrativa para as atividades de distribuição. Consequentemente, a Eletrobras vem implementando diversas medidas com o objetivo de reduzir perdas comerciais e renegociar dívidas de consumidores inadimplentes com suas subsidiárias de distribuição. Contudo, a Eletrobras não pode assegurar que as medidas adotadas para tentar remediar a situação terão sucesso e que os prejuízos sofridos pelas empresas de distribuição serão reduzidos substancialmente, tampouco que as condições nos mercados em que tais subsidiárias atuam não irão se deteriorar. Adicionalmente, as tarifas praticadas pela Eletrobras para a venda de energia elétrica a seus consumidores são estabelecidas pela ANEEL, nos termos dos respectivos contratos de concessão e da regulamentação brasileira aplicável, que estabelece mecanismos que permitem reajustes periódicos. A ANEEL estabelece o montante de qualquer reajuste pela análise dos custos de cada empresa de distribuição e seu custo médio ponderado de capital (WACC). O terceiro ciclo de revisão tarifária resultou em um WACC de 7.5% para as empresas de distribuição de energia. Tendo em vista que os indicadores macroeconômicos do Brasil melhoraram recentemente, o novo WACC poderia implicar em custos reduzidos de energia, enquanto outros custos permaneceriam estáveis. Assim, as subsidiárias de distribuição de energia elétrica da Eletrobras poderão incorrer em perdas, e poderão continuar a afetar negativamente sua situação financeira e seus resultados. Podemos incorrer em perdas e dispender tempo e dinheiro na defesa de litígios pendentes e processos administrativos. Atualmente, somos parte em vários processos cíveis, administrativos, ambientais, trabalhistas e fiscais movidos contra a Companhia. As referidas demandas envolvem quantias substanciais em dinheiro e outras reparações. Vários litígios individuais representam uma parte significativa do valor total das demandas contra a Companhia. Efetuamos provisões para todos os valores em litígio que representam perda provável na visão de nossos advogados e com relação a aqueles litígios que são cobertos pela legislação, decretos administrativos, decretos ou sentenças desfavoráveis. Em 31 de dezembro de 2012, provisionamos um valor total aproximado de R$ 5.556 milhões no com relação aos nossos processos judiciais, dos quais R$ 636 milhões se referiam a processos fiscais, R$ 3.780 milhões relacionados com processos cíveis e R$ 1.139 milhões relacionados com processos trabalhistas. (Vide “Item 8.A, Demonstrações Financeiras Consolidadas e Outras Informações – Litígio”). - 14 - Caso as demandas que envolvem um valor significativo e para as quais não há provisão sejam sentenciadas contra nós, ou caso as perdas estimadas se tornem significativamente maiores do que as provisões efetuadas, o custo total de decisões desfavoráveis poderiam exercer um efeito adverso sobre nossa condição financeira e resultado operacional. Além disso, nossa Administração poderá ser obrigada a direcionar seu tempo e atenção na defesa dessas demandas, fato que a impediria focar emnosso negócio principal. Dependendo do resultado, certos litígios podem resultar em restrições em nossas operações e exercer efeito adverso sobre certos negócios. A cobertura de seguros da Eletrobras pode ser insuficiente para cobrir potenciais perdas. O negócio desenvolvido pela Eletrobras está sujeito, de forma geral, a diversos riscos e perigos, incluindo acidentes industriais, disputas trabalhistas, condições geológicas inesperadas, mudanças no ambiente regulatório, riscos ambientais e meteorológicos, além de outros fenômenos naturais. Além disso, a Eletrobras e/ou suas controladas são responsáveis por perdas e danos causados a terceiros em decorrência de falhas da prestação dos serviços de geração, transmissão e distribuição. Os seguros contratados pela Eletrobras cobrem somente parte das perdas que podem ocorrer. A Eletrobras acredita possuir seguros em valores adequados para cobrir danos de incêndio, responsabilidade por acidentes de terceiros e riscos operacionais em suas usinas. Se a Eletrobras for incapaz de renovar suas apólices de seguro de tempos em tempos ou surgirem perdas ou outros sinistros que não estejam cobertos por seguro ou que excedam o limite segurado, a Eletrobras poderá estar sujeita a perdas inesperadas em valores substanciais. Julgamentos no exterior podem não ser oponíveis aos diretores ou conselheiros da Eletrobras Todos diretores e conselheiros da Eletrobras indicados neste formulário de referência residem no Brasil. A Eletrobras, seus diretores e conselheiros e membros do Conselho Fiscal, não concordaram em aceitar a citação processual nos Estados Unidos. Substancialmente todos os ativos da Eletrobras, bem como os bens dessas pessoas, estão localizados no Brasil. Dessa forma, pode não ser possível proceder à citação dessas pessoas em processos nos Estados Unidos ou em outras jurisdições fora do Brasil, penhorar seus bens ou executá-las ou executar contra a Eletrobras, nos tribunais dos Estados Unidos ou em outras jurisdições fora do Brasil, sentenças proferidas com base nas disposições sobre responsabilidade civil das leis sobre valores mobiliários dos Estados Unidos ou as leis de outras jurisdições. Se a Eletrobras não for capaz de corrigir as deficiências materiais em seus controles internos, a confiabilidade de seus relatórios financeiros e a elaboração das demonstrações financeiras podem ser adversamente afetados. Em conformidade com regulamentos da SEC, a gestão da Eletrobras, incluindo o Diretor Presidente e o Diretor Financeiro, avalia a eficácia de seus controles e procedimentos de divulgação de informações, incluindo a eficácia dos controles internos da Eletrobras sobre relatórios financeiros. Os controles internos da Eletrobras sobre relatórios financeiros são desenvolvidos para fornecer uma garantia razoável quanto à confiabilidade dos relatórios financeiros e a elaboração das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Como resultado da avaliação da administração sobre a eficácia da divulgação de informações, controles e procedimentos da Eletrobras em 2012, a administração julgou que esses controles e procedimentos não foram eficazes devido a deficiências materiais nos controles internos dos relatórios financeiros. Estas deficiências incluíram a falta de desenvolvimento e manutenção de controles operacionais eficazes pela Eletrobras sobre: Os critérios estabelecidos pelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) como base para elaboração dos relatórios financeiros, incluindo: deficiências dos controles internos que não foram remediadas no período adequado; ausência de processos adequadamente implementados para avaliação de riscos visando garantir que controles efetivos que detectariam e evitariam erros materiais nas demonstrações financeiras foram adequadamente desenvolvidos e implementados, com base nos riscos conhecidos pela Eletrobras; ausência de controles de tecnologia da informação efetivos, incluindo aquelas relacionadas à segregação de função, segurança, concessão e monitoramento de acesso para os programas e dados financeiros; Os processos de monitoramento e aprovação referentes às ao registro de lançamentos contábeis recorrentes e não recorrentes; A precisão e completude dos depósitos judiciais e processos judiciais, incluindo a realização de revisões e atualizações periódicas de tais informações, assim como a atualização do prognóstico de perda para fins de provisionamento; A precisão e completude, bem como a revisão e monitoramento, dos planos de previdência complementar (planos de aposentadoria) patrocinados pela Companhia; O cálculo do impairment de ativos. Particularmente, não há evidências sobre a análise das informações financeiras utilizadas para tal cálculo; e - 15 - A revisão e monitoramento adequados com relação à divulgação de informações e à preparação de demonstrações financeiras e relatórios correlatos. Adicionalmente, a Eletrobras não apresentava equipe interna suficiente na área de contabilidade. Em resposta às conclusões da Administração, a Eletrobras formou um grupo de trabalho composto por representantes de certas áreas de sua operação. Este grupo de trabalho estabeleceu metas a serem cumpridas pelos diretores e gerentes de cada área. Adicionalmente, a Eletrobras está trabalhando junto a consultores externos que auxiliaram a Companhia na fase de testes e seguem a ajudando na elaboração de ações específicas para remediar as fraquezas materiais existentes. Na hipótese de incapacidade da Eletrobras para corrigir estas deficiências materiais, a confiabilidade dos relatórios financeiros e da elaboração de suas demonstrações financeiras podem ser adversamente afetados, o que poderá afetar adversamente a Eletrobras e a sua reputação. Riscos Relacionados ao Brasil O governo brasileiro exerceu, e continua a exercer, influência significativa sobre a economia do Brasil. As condições políticas e econômicas do país têm um impacto direto sobre nossos negócios, condição financeira, resultados operacionais e prospectos. A economia brasileira se caracteriza pelo significativo envolvimento do governo brasileiro, que frequentemente muda políticas monetárias, de crédito e outras para influenciar a economia do país. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação afetam outras políticas que frequentemente envolvem controle de salário e preços, desvalorização do real, controle sobre envio de fundos ao exterior, intervenção do Banco Central para afetar a taxa de juros básica e outras medidas. Não podemos prever, e não temos controle nenhum sobre as medidas ou políticas que o governo brasileiro possa tomar no futuro. Nosso negócio, condição financeira, resultados operacionais e prospectos podem ser afetados negativamente por mudanças nas políticas do governo brasileiro, assim como por fatores gerais, incluindo, mas não limitados a: • o crescimento econômico brasileiro; • inflação; • taxas de juros; • variações em taxas de câmbio; • políticas de controle de câmbio; • liquidez do capital doméstico e mercados de empréstimo; • políticas fiscais e mudanças em leis de impostos; e • outras políticas diplomáticas, sociais, econômicas e de cunho politico, ou acontecimentos dentro do ou que afetem o Brasil. Mudanças, ou incertezas acerca da implementação, nas políticas mencionadas acima podem contribuir para instabilidade econômica no Brasil, aumentando assim a volatilidade do mercado de títulos brasileiro e o valor dos títulos do Brasil comercializados no exterior. A estabilidade do real é afetada por sua relação com o dólar americano, pela inflação e políticas do governo brasileiro sobre taxas de câmbio. Nosso negócio pode ser negativamente afetado por qualquer recorrente volatilidade que afete nossos recebíveis e obrigações em moeda estrangeira. A moeda brasileira já experimentou altos níveis de volatilidade no passado. O governo do Brasil implementou diversos planos econômicos, e tem usado uma grande variedade de mecanismos de controle de moeda estrangeira, incluindo desvalorização repentina, desvalorização pequena e periódica durante a qual a ocorrência de mudanças variaram de diárias a mensais, sistemas de mercado de câmbio flutuante, controle de câmbio e mercado de câmbio paralelo. De tempos em tempos, houve significativa variação entre o dólar americano e real e outras moedas. Em 31 de dezembro de 2012, a taxa de câmbio entre o real e o dólar era de R$2,0435 para U.S.$1,00. O real pode não manter seu atual valor ou o governo brasileiro pode implementar mecanismos de controle de moeda estrangeira. Qualquer interferência governamental sobre a taxa de câmbio, ou a implementação de mecanismos de controle de moeda estrangeira, pode levar à desvalorização do real, o que pode reduzir o valor de nossos recebíveis e tornar nossas obrigações em moeda estrangeira mais onerosas. Além do que diz respeito a nossas receitas e recebíveis denominados em dólares americanos, tais desvalorizações podem afetar negativamente nossos negócios, operações e prospectos. Em 31 de dezembro de 2012, aproximadamente 38,93% de nosso endividamento consolidado, que equivale a R$19.330 milhões em tal data, era denominado em moeda estrangeira, do qual R$19.007 milhões (ou aproximadamente 38,28%) era denominado em dólares americanos, e aproximadamente R$9.419 milhões (ou aproximadamente 48,73%) de tal endividamento estrangeiro era em relação à dívida de Itaipu. - 16 - A inflação, e as medidas do governo brasileiro para suprimir a inflação, podem ter uma contribuição significativa na incerteza do Brasil e afetar negativamente nossos resultados operacionais. Historicamente, o Brasil já viveu altas taxas de inflação. A inflação e algumas medidas tomadas pelo governo brasileiro para suprimíla tiveram, de forma geral, fortes efeitos negativos na economia brasileira. Desde a introdução do real em 1994, a taxa de inflação do Brasil se mantém significativamente mais baixa que em períodos anteriores. Entretanto, pressões inflacionárias persistem, e as políticas adotadas para conter tais pressões e incertezas a respeito de uma possível futuro intervenção governamental contribuíram para a incerteza econômica. O Brasil pode vivenciar altos níveis de inflação no futuro. Pressões de custos inflacionários podem levar a mais intervenções governamentais, incluindo a introdução de políticas que podem ter um efeito negativo em nosso negócio, condição financeira, resultados operacionais e prospectos. Riscos Relacionados à Indústria de Energia do Brasil Não podemos prever se a constitucionalidade Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico será mantida; caso não o seja, poderemos enfrentar tanto incertezas quanto custos no realinhamento de nosso negócio. Em 2004, o governo brasileiro promulgou a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, uma legislação abrangente que prevê o escopo para a regulamentação do setor de energia elétrica no Brasil. Dentre outras mudanças, a nova lei (i) modifica as regras relacionadas à compra e venda de eletricidade entre companhias de geração e distribuição; (ii) estabelece novas regras para o leilão de companhias de geração; (iii) criou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e novas entidades divisionais; e (iv) modificou as responsabilidades do Ministérios de Minas e Energia e da ANEEL. Alinhamos nosso negócio a este novo escopo. Contudo, a constitucionalidade da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico está sendo questionada na Supremo Tribunal Federal. O Supremo Tribunal ainda não emitiu sua decisão final neste caso, apesar de recentemente ter aceitado negar um pedido de suspensão da efetividade da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico enquanto a questão continua pendente. Se o Tribunal Superior determinar que a Lei do Novo Modelo do Setor Elétricos é inconstitucional, isso resultaria em considerável incerteza no Brasil quando ao escopo apropriado do setor de energia, o que pode afetar negativamente a operação de nosso negócio. Ademais, não temos como prever os termos de quer escopo alternativo para a regulamentação da eletricidade no país. Provavelmente enfrentaremos custos para o realinhamento de nosso negócio a fim de cumprir as exigências de tal escopo, qualquer que seja. Isso resultaria em um efeito negativo em nossa condição financeira e resultados operacionais. A Eletrobras poderá ser penalizada pela ANEEL por deixar de cumprir com os termos de seus contratos de concessão e poderá não recuperar o valor integral de seu investimento na hipótese de qualquer de seus contratos de concessão ser cancelado. A Eletrobras realiza suas atividades de geração, transmissão e distribuição em conformidade com contratos de concessão celebrados com o Governo Brasileiro por meio da ANEEL. A duração dessas concessões varia de 20 a 35 anos. A ANEEL poderá impor penalidades à Eletrobras caso esta deixe de cumprir qualquer obrigação prevista nos contratos de concessão. Dependendo da gravidade do descumprimento, essas penalidades poderão incluir advertências, multas substanciais (em alguns casos até 2% das receitas do exercício social imediatamente anterior à avaliação), restrições às operações da Eletrobras, intervenção ou término da concessão. A título de exemplo, em 22 de março de 2010, a controlada Eletrobras Furnas foi multada em R$53,7 milhões pela ANEEL, que entendeu ter havido falhas no sistema de proteção das subestações de Itaberá (SP) e Ivaiporã (PR), o que teria motivado a pane elétrica e interrupção no fornecimento de energia elétrica, em 10 de novembro de 2009. A ANEEL também poderá cancelar as concessões antes de seu vencimento na hipótese de a Eletrobras não cumprir com suas exigências, ter a falência decretada ou ser dissolvida, ou na hipótese de a ANEEL determinar que esse cancelamento atende ao interesse público. Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras acreditava estar em conformidade com todas os termos e condições relevantes de suas concessões. Contudo, a Eletrobras não pode assegurar que não será penalizada pela ANEEL pela violação de seus contratos de concessão ou que suas concessões não serão canceladas futuramente. Na hipótese de a ANEEL cancelar qualquer uma das concessões da Eletrobras antes do respectivo prazo de vencimento, a concessionária não poderá mais operar aquela atividade e receberá uma indenização pelos investimentos não amortizados da concessão. Essa indenização, contudo, poderá não ser suficiente para recuperar integralmente os investimentos feitos pela Eletrobras, o que poderá causar um efeito adverso relevante em sua condição financeira e resultado operacional. A Eletrobras poderá sofrer processo de intervenção administrativa se estiver prestando seus serviços de forma inadequada ou em violação de disposições contratuais, regulamentares e legais pertinentes. Em agosto de 2012, o Governo Federal publicou uma medida provisória, posteriormente convertida na Lei n° 12.767/2012, permitindo a intervenção administrativa, pela ANEEL, em concessões de serviço público de energia elétrica, com o objetivo de assegurar a - 17 - prestação adequada e o fiel cumprimento de normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes. Se a ANEEL decretar a intervenção em concessões, por meio de processo administrativo devidamente instaurado, os administradores deverão apresentar plano de recuperação e correção de falhas e transgressões que ensejaram a intervenção. Caso o plano de recuperação seja indeferido ou não apresentado nos prazos previstos pela regulamentação, a ANEEL poderá adotar medidas como declaração de caducidade, operações societárias para alocação de ativos, alteração de controle societário da empresa sob intervenção, dentre outras medidas. Caso as concessionárias da Eletrobras sejam submetidas a processos de intervenção administrativa, a Eletrobras e suas subsidiárias poderão estar sujeitas a processos de reorganização institucional a serem implementados com base no plano de recuperação proposto pelos administradores, o que poderá afetar adversamente os resultados operacionais e condição financeira da Eletrobras. Adicionalmente, caso o plano de recuperação não seja aceito, a Eletrobras e suas controladas poderão estar sujeitas às determinações da ANEEL descritas acima, o que poderá afetar adversamente os resultados operacionais e condição financeira da Eletrobras. As atividades de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica são reguladas e supervisionadas pelo Governo Federal. Alterações regulatórias que venham a ser implementadas ou o cancelamento das concessões antes dos prazos de vencimento poderão impactar adversamente os negócios da Eletrobras, e quaisquer quantias pagas a título de indenização pelo cancelamento de concessões podem ser inferiores ao valor real dos investimentos feitos. De acordo com a legislação brasileira, a ANEEL tem competência para regular e fiscalizar as atividades das concessionárias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, como a Eletrobras e suas controladas, inclusive em relação a investimentos, despesas adicionais, tarifas cobradas, repasse do preço da energia comprada às tarifas cobradas por essas concessionárias, entre outras matérias. As alterações regulatórias no setor elétrico são de difícil previsão e poderão ter impacto adverso sobre as atividades, negócios e resultados da Eletrobras e de suas controladas. As concessões podem ser terminadas antes do prazo de concessão por encampação ou caducidade. O poder concedente pode promover a encampação em caso de razão de interesse público, nos termos da lei, quando retoma a prestação do serviço público pelo período remanescente da concessão. O poder concedente pode também promover a caducidade da concessão após a condução de processo administrativo conduzido pela ANEEL ou pelo Ministério de Minas e Energia que resulte na constatação de que a concessionária (a) não prestou serviços adequados por um período superior a 30 dias consecutivos e não apresentou nenhuma alternativa aceitável à ANEEL ou ao ONS, ou violou as normas e leis aplicáveis; (b) não mais apresenta as condições técnicas, financeiras ou econômicas para prestar os serviços de forma adequada; e/ou (iii) não quitou as multas aplicadas pelo poder concedente. As penalidades aplicáveis estão previstas na Resolução n.º 63 da ANEEL, de 12 de maio de 2004, e incluem advertências, multas substanciais (em certos casos de até 2,0% da receita auferida no exercício social anterior à avaliação), restrições às operações da concessionária, intervenção e até a extinção da concessão. Nas hipóteses de encampação ou caducidade da concessão, a Eletrobras pode contestar tais medidas e poderá ter o direito de receber uma indenização pelos investimentos feitos nos ativos expropriados que não foram completamente amortizados ou depreciados. Contudo, o montante de indenização que a Eletrobras receber pode não ser suficiente para recuperar integralmente seus investimentos, o que poderia afetar adversamente sua situação financeira e resultados operacionais. A ANEEL determina as tarifas de geração, transmissão e distribuição com base em critérios determinados em lei. A Eletrobras realiza suas atividades de geração, transmissão e distribuição em conformidade com contratos de concessão celebrados com o Governo Federal por meio da ANEEL e, em alguns casos, com tarifas determinadas pela ANEEL. As concessões renovadas em 2012, nos termos da Lei n°12.783/2013 foram vinculadas à determinação de novas tarifas e Receita Anual Permitida – RAP pela agência reguladora. Caso a ANEEL questione ou indefira os pedidos de ajuste de tarifas com base nos investimentos incorridos pela Eletrobras, sua condição financeira e seus resultados operacionais poderão ser adversamente afetados. A Eletrobras está sujeita a leis e regulamentos ambientais e relativos à saúde e segurança do trabalho, os quais poderão se tornar mais rigorosos no futuro e resultar em maiores responsabilidades e dispêndios de capital. As operações da Eletrobras estão sujeitas à legislação federal, estadual e municipal sobre saúde, segurança do trabalho e meio ambiente, bem como à supervisão por parte de agências do Governo Brasileiro responsáveis pela implementação dessas leis. Entre outras medidas, estas leis exigem que a Eletrobras obtenha licenças ambientais para a construção de suas instalações ou para a instalação e operação de novos equipamentos necessários às suas atividades. As regras sobre essas matérias são complexas e podem ser alteradas ao longo do tempo, tornando a capacidade de cumprimento das exigências mais difícil ou até mesmo impossível, prejudicando, assim, as operações atuais ou futuras de geração, transmissão e distribuição de energia. O Ministério do Meio Ambiente, por exemplo, exigiu que a Eletrobras cumprisse um programa de 33 etapas, referente à saúde, segurança e meio ambiente como requisito para conceder à Eletrobras permissão para operar o projeto do rio Madeira. Além disso, indivíduos, organizações não - 18 - governamentais e o público têm certos direitos de iniciar processos judiciais buscando a obtenção de liminares para suspender ou cancelar os processos de licenciamento. Da mesma forma, autoridades governamentais brasileiras podem tomar medidas para obrigar a Eletrobras a remediar qualquer falha no cumprimento das leis aplicáveis. Essas medidas poderão incluir, dentre outras, a imposição de multas, a revogação de licenças e a suspensão das operações. Essas falhas poderão ainda resultar em responsabilidade criminal, independentemente da responsabilidade de realizar reparação ambiental e indenizar terceiros pelo dano ambiental. A Eletrobras não pode prever com precisão o efeito que o cumprimento de novos normativos ambientais, de saúde ou segurança do trabalho, poderá ter sobre suas atividades. Se não garantir as licenças apropriadas, a estratégia de crescimento da Eletrobras poderá ser significativamente afetada, o que poderá afetar adversamente os resultados operacionais e condição financeira da Eletrobras. A regulamentação ambiental requer que a Eletrobras realize estudos de impacto ambiental sobre os projetos futuros e obtenha as permissões regulatórias necessárias. A Eletrobras precisa realizar estudos de impactos ambientais e obter licenças para seus projetos atuais e futuros. A Eletrobras não pode assegurar que tais estudos sobre impacto ambiental serão aprovados pelo Governo Brasileiro, que a oposição pública não resultará em atrasos e/ou modificações de qualquer projeto proposto ou que as leis e a regulamentação não mudarão ou serão interpretados de uma forma que possa afetar adversamente suas operações ou planos para os projetos nos quais tenha investimentos. A Eletrobras vê a preocupação pela proteção ambiental como uma tendência crescente no setor elétrico. As mudanças nas normas ambientais, bem como as mudanças na política de cumprimento de normas ambientais existentes, poderão afetar adversamente a condição financeira da Eletrobras e o resultado das suas operações ao atrasarem a implementação dos projetos de energia elétrica, aumentando os custos de expansão, ou sujeitando a Eletrobras a multas administrativas pelo não cumprimento das normas ambientais. A Eletrobras é afetada pelas condições hidrológicas e seus resultados operacionais poderão ser afetados. As condições hidrológicas poderão afetar adversamente as operações da Eletrobras. Por exemplo, as condições hidrológicas que resultem em baixa capacidade de geração de eletricidade no Brasil poderão ocasionar a implementação de programas de reduções obrigatórias na geração ou consumo de eletricidade. O período mais recente de baixa precipitação pluviométrica ocorreu nos anos anteriores a 2001 e, consequentemente, o Governo Brasileiro instituiu um programa para reduzir o consumo de eletricidade, de 1º de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002. Adicionalmente, em 2012, os níveis de precipitação foram relativamente baixos, o que reduziu os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas da Eletrobras. Consequentemente, a Eletrobras teve que se valer de usinas termelétricas para gerar a energia esperada de suas usinas hidrelétricas, a custos significativamente maiores. Uma nova ocorrência de condições hidrológicas desfavoráveis que resulte em baixo suprimento de eletricidade no mercado brasileiro poderá causar, entre outras coisas, a implementação de programas amplos de conservação de eletricidade, incluindo reduções compulsórias no consumo de eletricidade ou a imposição de encargos específicos sobre o setor para financiar a utilização de usinas termelétricas, que frequentemente possuem custos mais elevados por MW de energia produzido se comparados a usinas hidrelétricas. Assim, é possível que períodos prolongados com baixo índice de precipitação afetem negativamente os resultados financeiros da Eletrobras no futuro. A capacidade de geração poderá ser afetada, ainda, por eventos naturais, como inundações que venham a danificar as instalações da Eletrobras, o que, por sua vez, poderá afetar adversamente a sua condição financeira e os resultados operacionais da Eletrobras. A construção, expansão e operação das instalações e equipamentos para a geração, transmissão e distribuição de eletricidade envolvem riscos significativos que poderão levar à perda de receitas ou ao aumento de despesas. A construção, expansão e operação de instalações e equipamentos para a geração, transmissão e distribuição de eletricidade envolve muitos riscos, incluindo: a incapacidade de obter permissões e aprovações governamentais necessárias; a indisponibilidade de equipamentos; interrupções no suprimento; paralisações de obras; paralisação da mão de obra; agitação social; interrupções ocasionadas pelas condições do tempo e hidrológicas; - 19 - problemas de engenharia e ambientais não previstos; aumentos das perdas de eletricidade, incluindo perdas técnicas e comerciais; atrasos na construção e na operação, ou aumentos nos custos previstos; e indisponibilidade de financiamento adequado. Por exemplo, passamos por paralisações de mão de obra durante a construção das usinas hidrelétricas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte. A Eletrobras não possui cobertura de seguros para alguns destes riscos, especialmente aqueles advindos de condições meteorológicas. Adicionalmente, a implementação de investimentos no setor de transmissão sofreu atrasos devido à dificuldade em se obter as autorizações e aprovações governamentais. Por sua vez, tal atraso resultou em atrasos nos investimentos em geração devido à falta de investimento em linhas de transmissão para escoar a produção. Se a Eletrobras enfrentar qualquer dos problemas acima, poderá não conseguir gerar, transmitir e distribuir eletricidade em montantes consistentes com suas projeções, o que poderá ter um efeito adverso sobre a sua condição financeira e resultado operacional. A Eletrobras é objetivamente responsável por quaisquer danos resultantes do fornecimento inadequado de eletricidade para as companhias de distribuição, e as apólices de seguro contratadas poderão não abranger esses danos. De acordo com a lei brasileira, a Eletrobras tem responsabilidade objetiva por perdas e danos resultantes do fornecimento inadequado de eletricidade para as empresas de distribuição, tais como interrupções súbitas ou perturbações decorrentes dos sistemas de geração, transmissão ou distribuição. Consequentemente, a Eletrobras poderá ser responsabilizada por estes danos diretos independentemente de culpa pela sua ocorrência. Em função da incerteza envolvida nestas questões, a Eletrobras não mantém quaisquer provisões com relação a potenciais danos, e as contingências decorrentes destas interrupções ou perturbações podem não estar cobertas pelas apólices de seguro ou podem ultrapassar os limites de cobertura dessas apólices. Dessa forma, caso a Eletrobras seja considerada responsável pelo pagamento de indenizações em montantes substanciais, sua condição financeira e seus resultados operacionais poderão ser adversamente afetados em montantes superiores àqueles provisionados. Riscos relativos às Ações em ADSs A Eletrobras possui ações preferenciais com direito a voto extremamente limitado. De acordo com a Lei e com o Estatuto Social, os titulares de ações preferenciais não têm direito a votar nas Assembleias Gerais, exceto em circunstâncias específicas. Isto significa, entre outras coisas, que um acionista preferencialista não tem direito a votar em operações societárias, inclusive em fusões ou incorporações. Dessa forma, o principal acionista, que detém a maioria das ações ordinárias com direito de voto e que exerce controle sobre a Eletrobras, tem condições de aprovar determinadas medidas corporativas sem a aprovação dos acionistas preferencialistas. Portanto, o investimento nas ações preferenciais não é adequado para aqueles que consideram os direitos de voto um fator importante na decisão de investimento. Exercer o direito de voto no que diz respeito a ações ordinárias e preferenciais requer passos processuais adicionais. Quando acionistas que possuem ações ordinárias têm direito a voto, e nas limitadas circunstâncias em que acionistas que possuem ações preferencias podem votar, eles podem exercer seu direito de voto no que diz respeito a ações representadas por ADSs somente de acordo com as provisões do acordo de depósito relacionado às ADSs. Não existem provisões na lei brasileira ou em nosso estatuto social que limite a liberdade que acionistas detentores de ADSs têm de exercer seu direito de voto através do banco de depósito no que diz respeito às ações subjacentes. Porém, há limitações práticas na liberdade que os acionistas detentores de ADSs têm de exercer seu direito a voto devido aos passos processuais adicionais incluídos na comunicação com tais acionistas. Por exemplo, acionistas detentores de nossas ações receberão notificações diretas nossas e serão capazes de exercer seu direito de voto ao comparecerem à assembleia pessoalmente ou ao votar através de sua representação. Acionistas detentores de ADSs, por outro lado, não receberão notificações diretas nossas. Ao invés, de acordo com o acordo de depósito, enviaremos a notificação ao banco de depósito, que por sua vez, assim que possível, enviará por correio aos acionistas detentores de ADSs a notificação acerca de tal assembleia e uma declaração sobre a maneira na qual as instruções podem ser transmitidas aos acionistas. Para exercer seu direito a voto, os acionistas detentores de ADS devem então informar ao banco de depósito sobre como votar por suas ações. Devido a esse passo processual adicional que envolve o banco de depósito, o processo para o exercício do direito de voto é mais longo para os acionistas detentores de ADSs do que para os acionistas detentores de ações. ADSs para as quais o banco de depósito não receber instruções de voto dentro do prazo necessário não passarão por votação durante qualquer assembleia. Se a Eletrobras emitir novas ações ou se os acionistas venderem ações futuramente, o preço de mercado das ações pode ser reduzido. A emissão pela Eletrobras ou a venda de uma quantidade substancial de ações, ou a suposição de que isto possa ocorrer, poderá diminuir o preço de mercado das ações ordinárias e preferenciais da Eletrobras, em razão de sua diluição. Caso a Eletrobras emita - 20 - novas ações ou se os acionistas da Companhia optarem por vender as ações de sua titularidade, o preço das ações ordinárias e preferenciais de emissão da Companhia podem apresentar redução significativa. Essas emissões ou vendas ainda poderão tornar mais difícil a emissão de ações futuramente, em uma data e com um preço considerados apropriados pela Eletrobras, podendo também dificultar a venda dessas ações por seus titulares por qualquer preço ou acima do preço que pagaram por elas. Acontecimentos políticos, econômicos e sociais, bem como a percepção de riscos em outros países, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e países de economia emergente, podem prejudicar o preço de mercado dos valores mobiliários brasileiros, inclusive das ações da Eletrobras. O mercado de capitais brasileiro é influenciado pelas condições econômicas e de mercado de outros países, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia e países de economia emergente. Embora a conjuntura econômica nesses países possa ser significativamente diferente da conjuntura econômica no Brasil, a reação dos investidores aos acontecimentos nesses outros países pode causar um efeito adverso sobre o valor de mercado dos valores mobiliários de emissores brasileiros, especialmente aqueles listados em bolsa de valores. Crises nos Estados Unidos, União Europeia e em outros países de economia emergente podem reduzir o interesse dos investidores nos emissores brasileiros, incluindo a Eletrobras. Por exemplo, os preços das ações listadas na BM&FBOVESPA foram historicamente afetados por flutuações da taxa de juros dos Estados Unidos, bem como por variações dos principais índices de ações norte-americanas. Eventos em outros países e em outros mercados de capitais podem afetar o valor de mercado das ações da Eletrobras, tendo em vista que, no futuro, poderia dificultar ou impedir o acesso ao mercado de capitais ou à obtenção de financiamento para investimentos em termos aceitáveis. A crise financeira internacional que se iniciou no segundo semestre de 2008 apresentou consequências substanciais, incluindo no Brasil, tais como volatilidade dos mercados acionário e de crédito, dificuldade de obtenção de crédito, aumento das taxas de juros, desaceleração econômica, flutuações de câmbio e pressão inflacionária, entre outros, que poderiam afetar adversamente a Eletrobras e o preço de valores mobiliários de emissores brasileiros, incluindo as ações de emissão da Eletrobras. A persistência da incerteza na Europa, especialmente com relação à Grécia, Espanha, Itália e Portugal, intensificou as preocupações sobre a sustentabilidade fiscal e risco de inadimplemento por estes países, implicando, consequentemente, em redução dos níveis de confiança dos investidores e volatilidade nos mercados. Adicionalmente, as estimativas de crescimento nos Estados Unidos continuam baixas, considerando certos critérios de poupança, políticas fiscais mais rígidas e taxas de crescimento global reduzidas. A contínua deterioração financeira de tais países aparentemente afetaram adversamente a economia global e, indiretamente, os mercados emergentes, incluindo o Brasil e China, que já começaram a demonstrar sinais de redução de sua taxa de crescimento. Controles de câmbio e restrições a remessas de dinheiro ao exterior podem afetar negativamente os acionistas detentores de ADSs. Você pode sofrer efeito negativo pela imposição de restrições no envio de dinheiro a investidores financeiros, proveniente dos lucros de seus investimentos no Brasil e da conversão de reais para moedas estrangeiras. O governo brasileiro impôs restrições de remessas de dinheiro por aproximadamente três meses no final de 1989 e início de 1990. Restrições como essas prejudicariam ou evitariam a conversão de dividendos, distribuição ou lucros de qualquer venda de nossas ações, seja qual for o caso, de reais para dólares americanos e o envio de dólares americanos para o exterior. Não podemos garantir-lhe que o governo brasileiro não tomará medidas semelhantes no futuro. Trocar ADSs por ações subjacentes pode ter consequências desfavoráveis. Como um acionista detentor de ADSs, você é beneficiado pelo certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro obtido pelo depositário de nossas ações preferenciais subjacentes às ADSs no Brasil, o que permite que o depositário converta os dividendos e outras distribuições relacionadas às ações preferenciais para moedas não-brasileiras e envie o lucro para o exterior. Ao entregar suas ADSs em troca de ações preferenciais, você terá o direito de continuar a contar com o certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro do depositário por apenas cinco dias úteis a contar da data da troca. A partir de então, quando da disposição de, ou distribuições relacionadas às ações preferenciais, a menos que você obtenha seu próprio certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro ou seja qualificado diante da regulamentação brasileira de investimento estrangeiro que dão a alguns investidores estrangeiros o direito de comprar e vender ações nos mercados de valores do Brasil sem obter certificados eletrônicos de registro de capital estrangeiro individuais, você não poderá enviar remessas de moeda estrangeira para o exterior. Além disso, caso você não se qualifique nas regulamentações de investimento estrangeiro, de forma geral, seus dividendos, distribuição e lucro de nossas ações preferenciais estarão sujeitos a impostos menos favoráveis. Caso você decida buscar obter seu próprio certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro, poderá estar sujeito a despesas ou sofrer atrasos no processo de inscrição, o que pode atrasar seu recebimento de dividendos ou distribuição relacionados a nossas ações preferenciais ou o retorno de seu capital de forma rápida. O certificado eletrônico de registro de capital estrangeiro do depositário também pode ser afetado negativamente por mudanças futuras na legislação. - 21 - Você pode não conseguir exercer seus direitos de preferência relacionados às ações preferenciais ou ordinárias. Você pode não conseguir exercer seus direitos de preferência relacionados às ações preferenciais ou ordinárias subjacentes a suas ADSs, a menos que uma declaração de registro sob o Ato De Títulos dos Estados Unidos de 1933, conforme seus adendos (o “Ato dos Títulos”), esteja em efeito em relação a tais direitos ou uma isenção das exigências de registro do Ato dos Títulos esteja disponível. Não somos obrigados a apresentar tal declaração de registro a respeito das ações ligadas a esses direitos de preferência, e não podemos garantir que você apresentará tal declaração de registro. A menos que apresentemos uma declaração de registro ou que uma isenção de registro se aplique, você poderá receber somente o lucro líquido da venda de seus direitos de preferência pelo depositário ou, caso os direitos de preferência não possam ser vendidos, poderão ser prescritos e assim sua posição de proprietário a respeito das ações preferenciais ou ordinárias será terminada. Mudanças na legislação fiscal do Brasil podem ter um impacto negativo nos impostos aplicáveis à disposição de nossas ações ou ADSs. Lei No. 10.833 de 29 de Dezembro de 2003 prevê que a disposição de bens localizados no Brasil por um estrangeiro não residente tanto para um brasileiro residente quanto para um não residente está sujeita a impostos no Brasil, independente de a disposição ocorrer dentro ou fora do país. Essa provisão resulta na imposição de imposto de renda sobre os ganhos provenientes da disposição de nossas ações ordinárias ou preferenciais por um não residente do Brasil para outro não residente do Brasil. Não há diretrizes judiciais acerca da aplicação da Lei No. 10.833 de 29 de dezembro de 2003 e, assim, não podemos prever se cortes brasileiras decidirão que é aplicável à disposição de nossas ADSs entre não residentes do Brasil. Contudo, caso a disposição de bens seja interpretada de forma a incluir a disposição de nossas ADSs, da mesma forma, tal lei fiscal resultaria na imposição de imposto retido na disposição de nossas ADSs por um não residente do Brasil para outro. Considerando que todo lucro ou prejuízo reconhecido por um acionista dos Estados Unidos (conforme definido sob “Item 10.E, Impostos – Consequências Negativas de Imposto de Renda Federal Americano) será, geralmente, tratado como uma fonte americana de lucro ou prejuízo a menos que tal crédito seja aplicado (sujeito à limitações cabíveis) sobre impostos devidos em outra renda considerada derivada de fontes estrangeiras, tal acionista americano pode não conseguir utilizar seu crédito fiscal estrangeiro proveniente de qualquer imposto brasileiro sobre a disposição de nossas ações ordinárias ou preferenciais ou de nossas ITEM 4. ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA Visão Geral A Eletrobras está envolvida, diretamente e por meio de suas subsidiárias, na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no Brasil. Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras detinha aproximadamente 35% da capacidade instalada de geração de energia elétrica no Brasil (35,6% em 31 de dezembro de 2011). Por meio de suas subsidiárias, a Eletrobras também era responsável por aproximadamente 53% da capacidade instalada de transmissão acima de 230 kv no Brasil em 31 de dezembro de 2012 (53,1% em 31 de dezembro de 2011). As receitas da Eletrobras decorrem principalmente de: geração de energia elétrica e sua venda para as empresas distribuidoras de energia elétrica e para os consumidores livres; a transmissão de energia elétrica em favor das outras concessionárias de energia elétrica; e a distribuição de energia elétrica para os consumidores finais. A. Histórico e Desenvolvimento Visão geral Nossa companhia foi estabelecida em 11 de junho de 1962 como uma sociedade anônima de economia mista e duração ilimitada. Estamos sujeitos à lei brasileira das sociedades anônimas. Nossa sede executiva está localizada na Avenida Presidente Vargas, 409, 13o andar, Edifício Herm. Stolz, CEP 20071-003, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Nosso número de telefone é +55 21 2514 6331. Nosso razão social é Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras e nosso nome fantasia é Eletrobras. Investimentos de Capital Nos últimos cinco anos, a Eletrobras aplicou uma média de R$5,4 bilhões anualmente em investimentos de capital. Aproximadamente 39% desse total foi investido em de geração, 34% em transmissão e, o restante, em atividades de distribuição e outras atividades. - 22 - O principal negócio da Eletrobras é a geração, transmissão e distribuição de energia, e a Companhia pretende investir significativamente nesses segmentos nos próximos anos. O Governo Federal seleciona as empresas concessionárias para a construção de novas usinas de geração de energia e linhas de transmissão por meio de leilões. Assim, é difícil prever o montante preciso que a Eletrobras investirá nesses segmentos no futuro. Entretanto, a Companhia está trabalhando para conquistar um número significativo de concessões, seja individualmente ou por meio de consórcios incluindo participantes do setor privado. O Plano Decenal do Setor Elétrico prevê que o Brasil terá um total de 148.969km de linhas de transmissão e 182.408MW de capacidade instalada de geração em 2021. Estas estimativas correspondem a aproximadamente R$269 bilhões em investimentos no setor elétrico brasileiro. Sendo o maior participante deste mercado atualmente, em termos de comprimento de linhas de transmissão, a Eletrobras espera participar na maioria desses novos investimentos. De acordo com o seu plano de negócios, a Eletrobras acredita que investirá aproximadamente R$52,4 bilhões em seus negócios de geração, transmissão e distribuição nos próximos cinco anos. Para esses investimentos, a Eletrobras estima utilizar capital gerado por suas atividades geradoras de caixa, bem como por meio do acesso ao mercado de capitais local e internacional, além de financiamentos bancários. Os investimentos de capital da Eletrobras no exercício social findo em 31 de dezembro de 2012 totalizaram R$5.924,1 milhões, em comparação a R$6.775,2 milhões e R$5.279,4 milhões em 2011 e 2010, respectivamente. B. Estratégias da Companhia Os principais objetivos estratégicos da Eletrobras são alcançar um crescimento sustentável e rentabilidade, mantendo sua posição de liderança no setor elétrico brasileiro. Para atingir estes objetivos, as principais estratégias da Companhia são as seguintes: Melhorar a eficiência operacional. As atividades da Eletrobras têm sido focadas historicamente em suas operações no mercado brasileiro de geração, transmissão e distribuição de energia, bem como em seu papel anterior como financiador de terceiros, incluindo, historicamente, suas subsidiárias. A Eletrobras pretende reduzir seus custos operacionais por meio de uma série de medidas, que incluem (i) a implementação de um plano de incentivo ao desligamento voluntário de colaboradores e regulamentação de um plano de mobilidade dos mesmos, de forma a estimular o desenvolvimento de seus colaboradores, (ii) padronização de processos, sistemas de controle e gestão, inclusive para a operação e manutenção dos seus ativos; (iii) centralização de atividades administrativas e procedimentais; e (iv) aprovação de um procedimento licitatório simplificado. A Eletrobras acredita que todas estas medidas possibilitarão a otimização de seus custos e o aprimoramento da qualidade e segurança dos serviços prestados pela Companhia, sem prejuízo da qualidade e confiabilidade de seus serviços. Expandir seus negócios de forma sustentável e rentável. Em função da posição de liderança da Eletrobras no setor elétrico brasileiro, da escala de suas operações e da expertise de sua administração, a Eletrobras acredita estar em posição privilegiada para explorar as oportunidades de crescimento no setor elétrico no Brasil de forma sustentável. A Companhia acredita que existem oportunidades para promover seu crescimento por meio de sua participação: (i) em projetos de geração e transmissão no Brasil com parceiros estratégicos, que permitirão que a Eletrobras mantenha sua posição de liderança bem como assegure sua rentabilidade; e (ii) no desenvolvimento de projetos de geração e transmissão no exterior, para os quais a taxa de retorno seja superior àquelas obtidas no Brasil, principalmente nos segmentos de geração de energia com uso de fontes renováveis e integração de sistemas elétricos; Aprimorar nosso modelo de negócios, governança e gestão. A Eletrobras pretende aprimorar seu modelo de negócios, governança corporativa e gestão por meio de um estudo que visa a criação de um novo modelo integrado de negócios que se aplicável a todas as suas atividades. Tal estudo terá seu foco primordialmente nos seguintes tópicos: (i) reorganização do negócio de distribuição de energia; (ii) criação de subsidiárias para gerir investimentos em projetos de infraestrutura já em curso ou relativos a novos projetos, bem como análise de possíveis fusões e/ou operações que permitiriam à Companhia agregar ativos e unificar sua gestão; (iii) criação de centros de serviços compartilhados para capturar sinergias e ganhos de escala em todo o grupo Eletrobras; e (iv) criação de nova gestão para assuntos regulatórios. Além disto, as ações da Eletrobras são listadas no segmento Nível 1 da BM&FBOVESPA e na NYSE. Consequentemente, a Companhia é obrigada a cumprir diversos regulamentos, e acredita que, pelo cumprimento desses regulamentos, conseguirá manter elevados padrões de governança corporativa. Os atuais padrões de governança corporativa da Companhia estão incluídos no PAE, nos manuais de auditoria e administração, no regulamento interno do Conselho de Administração e Comitê de Auditoria e no Estatuto Social. A Companhia também é signatária do Pacto Global das Nações Unidas, a maior iniciativa do mundo de responsabilidade corporativa, e é membro do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBOVESPA. A Companhia se esforça para continuar a ser uma empresa competitiva, que enfatiza a responsabilidade social e ambiental juntamente com o desenvolvimento e qualidade de vida para seus empregados. - 23 - Geração Nossa principal atividade é a geração de energia elétrica. As receitas líquidas derivadas das atividades de geração (incluindo receitas financeiras da controladora) representaram 70,6%, 64,7% e 68,6% do total de nossas receitas líquidas para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010, respectivamente. Nos termos da Lei n. 5.899, de 5 de julho de 1973, e do Decreto n. 4.550, de 27 de dezembro de 2002, a Eletrobras é responsável pela venda da energia produzida por Itaipu para empresas de distribuição de energia nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Em 31 de dezembro de 2011, a Eletrobras possuía uma capacidade instalada de 42.333 MW, comparado a 41.621 MW em 31 de dezembro de 2011 (considerando os 350MW de Candiota III, que entrou em operação a partir de 03 de janeiro de 2011) e 41.360 MW em 31 de dezembro de 2010. O aumento de nossa capacidade instalada ao longo dos períodos indicados reflete o crescimento contínuo da Companhia. Adicionalmente, a Eletrobras possui aproximadamente 11.631 MW em projetos já planejados no Brasil até 2015, que estão em fase de construção, e a Companhia iniciou estudos de viabilidade para aproximadamente 20.000 MW adicionais. O mapa a seguir mostra a localização geográfica de nossos bens de geração em 31 de dezembro de 2012: Concessões Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras operava seus ativos de geração por meio das seguintes concessões ou autorizações concedidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”): Concessões/Autorizações Estado Tipo de Usina - 24 - Capacidade Instalada (MW) Final da Concessão/ Autorização Serviço Iniciado ou que deverá iniciar Concessões/Autorizações Estado Eletrobras CGTEE São Jerônimo ............................................. Rio Grande do Sul Presidente Médici ...................................... Rio Grande do Sul Nutepa ....................................................... Rio Grande do Sul Candiota III ............................................... Rio Grande do Sul Eletrobras Chesf Funil(1) ........................................................ Bahia Pedra(1) ....................................................... Bahia Araras ........................................................ Ceará Curemas ..................................................... Bahia Paulo Afonso Complex and Moxotó (Apolônio Sales) ..................... Bahia Sobradinho ................................................ Bahia Luiz Gonzaga ............................................ Pernambuco Boa Esperança ........................................... Piauí/Maranhão Xingó ......................................................... Sergipe/Alagoas Piloto ......................................................... Bahia Camaçari.................................................... Bahia Dardanelos (7) .............................................. Mato Grosso Eletrobras Eletronorte Rio Acre .................................................... Acre Rio Branco II ............................................. Acre Rio Branco I .............................................. Acre Santana ...................................................... Amapá Rio Madeira ............................................... Rondônia Coaracy Nunes .......................................... Amapá Tucurui ...................................................... Pará Samuel ....................................................... Rondônia Curuá-Una(2) ............................................... Pará Senador Arnon Afonso Farias de Mello .................................................... Roraima Serra do Navio(5) ........................................ Amapá Dardanelos (7) ............................................. Mato Grosso Tipo de Usina Térmica Térmica Térmica Térmica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Térmica Hidrelétrica Térmica Térmica Térmica Térmica Térmica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Térmica Térmica Hidrelétrica Eletrobras Eletronuclear(3) Angra I ...................................................... Rio de Janeiro Angra II ..................................................... Rio de Janeiro Nuclear Nuclear Eletrobras Eletrosul Cerro Chato I ............................................. Rio Grande do Sul Cerro Chato II............................................ Rio Grande do Sul Cerro Chato III .......................................... Rio Grande do Sul Passo São João .......................................... Rio Grande do Sul Mauá .......................................................... Paraná Eólica Eólica Eólica Hidrelétrica Hidrelétrica Eletrobras Holding Mangue Seco 2.................................................... Rio Grande do Norte Eólica - 25 - Capacidade Instalada (MW) Final da Concessão/ Autorização Serviço Iniciado ou que deverá iniciar Julho 2015 Julho 2015 Julho 2015 Janeiro 2024 April 1953 Janeiro1974 Fevereiro 1968 Janeiro 2011 30.00 20.00 4.00 3.52 Dezembro 2042(8) Dezembro 2042(8) Julho 2015 Novembro 2024 Março 1962 April 1978 Fevereiro 1967 Junho 1957 4,280.00 1,050.30 1,479.60 237.30 3,162.00 2.00 360.00 261.00 Dezembro 2042(8) Dezembro 2022(8) Dezembro 2042(8) Dezembro 2042(8) Dezembro 2042(8) Julho 2015 Agosto 2027 Julho 2042(8) Janeiro 1955 April 1979 Fevereiro 1988 Janeiro 1970 April 1994 Fevereiro1949 Fevereiro 1979 Agosto 2011 45.49 32.75 18.65 177.74 119.35 78.00 8,535.00 216.75 30.30 Indefinido Indefinido Indefinido Indefinido Indefinido Dezembro 2042(8) Julho 2024 Setembro 2029 Julho 2028 April 1994 April 1981 Fevereiro 1998 Janeiro 1993 April 1968 Outubro 1975 Novembro 1984 Julho 1989 Julho 1977 Indefinido Maio 2037 Julho 2042(8) Dezembro 1990 Novembro 2008 Agosto 2011 Indefinido Indefinido Janeiro 1985 Setembro 2000 Agosto 2045 Agosto 2045 Agosto 2045 Agosto 2041 Julho 2042(8) Novembro 2011 Setembro 2011 Maio 2011 Julho 2012 Novembro 2012 Julho 2045 Setembro 2011 20.00 446.00 24.00 350.00 85.92 23.30 261.00 640.00 1,350.00 30.00 30.00 30.00 77.00 363.00 26.00 Concessões/Autorizações Estado Eletrobras Furnas Corumbá I ................................................. Goiás Serra da Mesa ........................................... Goiás Eletrobras Furnas ................................... Minas Gerais Itumbiara ............................................... Minas Gerais/Goiás Marimbondo .......................................... São Paulo/Minas Gerais Peixoto (Mascarenhas de Moraes) ............................................. Minas Gerais Porto Colômbia ..................................... Minas Gerais Manso .................................................... Mato Grosso Funil(1) .................................................... Minas Gerais Estreito .................................................. São Paulo Campos(4) ............................................... Rio de Janeiro Santa Cruz ............................................. Rio de Janeiro Peixe Angical(5) ...................................... Tocantins Baguari(5) ................................................ Minas Gerais Retiro Baixo(5) ........................................ Minas Gerais Foz do Chapecó(5)................................... Rio Grande do Sul Serra do Facão(5)..................................... Goiás Santo Antônio ..................................... Rondônia Tipo de Usina Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Capacidade Instalada (MW) 375,00 1.275,00 1.216,00 2.082,00 Final da Concessão/ Autorização Serviço Iniciado ou que deverá iniciar Novembro 2014 Dezembro 2042(8) Novembro 2038 Fevereiro 2020 April 1997 April 1998 Março 1963 Fevereiro 1980 1.440,00 Dezembro 2042(8) April 1975 476,00 320,00 212,00 216,00 1.050,00 30,00 932,00 452,00 140,00 82,00 855,00 212,60 3.150,40 April 1973 Março 1973 Outubro 2000 April 1969 Janeiro 1969 April 1977 Março 1967 Junho 2006 Novembro 2009 Março 2010 Agosto 2010 Outubro 2010 Março 2012 Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Térmica Térmica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Hidrelétrica Itaipu(6) Itaipu Binacional ....................................... Paraná Hidrelétrica Eletrobras Amazonas Energia Aparecida ..........................................Amazonas Mauá ..................................................Amazonas Balbina ..............................................Amazonas UT CO Cidade Nova .........................Amazonas UT AS São José.................................Amazonas UT FO Flores ....................................Amazonas UTE Iranduba ....................................Amazonas UTE Distrito ......................................Amazonas Electron (TG) ....................................Amazonas Outros ................................................Amazonas Térmica Térmica Hidrelétrica Térmica Térmica Térmica Térmica Térmica Térmica Térmica Outubro 2023 Dezembro 2042(8) Fevereiro 2035 Dezembro 2042(8) Dezembro 2042(8) Julho 2007 Dezembro 2042(8) Novembro 2036 Agosto 2041 Agosto 2041 Novembro 2036 Novembro 2036 Junho 2043 14.000,00 Não se aplica 282,05 738,10 277,50 29,70 73,40 124,70 66,60 51,30 121,10 439,00 Indefinido Indefinido Março 2027 Indefinido Indefinido Indefinido Indefinido Indefinido Indefinido Indefinido — Fevereiro 1984 April 1973 Janeiro 1989 Agosto 2008 Fevereiro 2008 Agosto 2008 Novembro 2010 Outubro 2010 Junho 2005 — Eletrobras Distribuição Rondônia Rio Vermelho ............................................ Rondônia Pequena Hidrelétrica Central - 26 - 2,60 Indefinido Novembro 1986 Concessões/Autorizações Estado Tipo de Usina Usinas em Construção Simplício .........................................Rio de Janeiro/Minas Hidrelétrica Gerais Batalha.............................................Minas Gerais/Goiás Hidrelétrica São Domingos ........................................... Mato Grosso do Sul Hidrelétrica Pequena Hidrelétrica Barra do Rio Chapéu ................................. Santa Catarina Central Pequena Hidrelétrica João Borges ........................................ Santa Catarina Central Angra III ............................................. Rio de Janeiro Nuclear Casa Nova .......................................... Bahia Eólica Mauá 3 ................................................ Amazonas Térmica Empresa de Propósito Específico Jirau ...................................................Rondônia Belo Monte ........................................Pará São Pedro do Lago ............................Bahia Pedra Branca .....................................Bahia Sete Gameleiras .................................Bahia Miassaba 3 ............................................... Rio Grande do Norte Teles Pires ..................................................... Mato Grosso/Pará Rei dos Ventos 1 ....................................... Rio Grande do Norte Rei dos Ventos 3 ....................................... Rio Grande do Norte Livramento Complex ................................. Rio Grande do Sul Santa Vitória do Palmar Complex ................................................... Rio Grande do Sul Famosa I ......................................................... Rio Grande do Norte Pau-Brasil ....................................................... Ceará Rosada ............................................................ Rio Grande do Norte São Paulo ........................................................ Ceará (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) Hidrelétrica Hidrelétrica Eólica Eólica Eólica Eólica Hidrelétrica Eólica Eólica Eólica Eólica Eólica Eólica Eólica Eólica Capacidade Instalada (MW) Final da Concessão/ Autorização 333,70 Agosto 2041 52,50 Agosto 2041 48,00 Dezembro 2037 15,00 Dezembro 2035 Serviço Iniciado ou que deverá iniciar Fevereiro 2013 Maio 2013 Março 2013 Janeiro 2013 19,00 1.405,00 180,00 589,61 Dezembro 2035 Indefinido Janeiro 2045 Indefinido April 2013 Junho 2016 Agosto 2013 April 2014 3.750,00 11.233,00 30,00 28,80 30,00 68,50 1.820,00 58,45 60,12 78,00 Agosto 2043 Agosto 2045 Fevereiro 2046 Fevereiro 2046 Fevereiro 2046 Agosto 2045 Dezembro 2046 Dezembro 2045 Dezembro 2045 April 2047 April 2013 Fevereiro 2015 Janeiro2013 Janeiro 2013 Janeiro 2013 April 2013 Setembro 2014 Junho 2013 Maio 2013 Março 2013 Março 2047 Maio 2042 Março 2042 Setembro 2042 Março 2042 Novembro 2013 Julho 2014 Julho 2014 Julho 2014 Julho 2014 258,00 22,50 15,00 30,00 17,50 Aprovação para a renovação de licenças ambientais tanto para Funil quanto para Pedra foi solicitada mas as licenças ainda não foram concedidas. Porém, isso não afeta as operações de nenhuma das usinas. Esta usina foi transferida da Celpa para a Eletrobras Eletronorte em dezembro de 2005 como pagamento de dívidas pendentes devidas pela Celpa para a Eletrobras Eletronorte relacionadas à venda de energia. As usinas nucleares estão autorizadas a operar por 40 anos a contar da data do início de suas operações. Alguns anos antes da devida data de vencimento, as respectivas companhias de energia nuclear podem solicitar a prorrogação de suas licenças do CNEN. Para obter tal prorrogação, o CNEN pode solicitar a substituição de certos equipamentos. Por exemplo, no caso de Angra I, o CNEN solicitou a substituição de um gerador de vapor em seguida de nossa solicitação para a prorrogação da licença por 20 anos. Esta usina não está em operação. Serra do Navio, Peixe Angical, Baguari, Retiro Baixo, Foz do Chapecó, Serra do Facão e Santo Antônio são entidades de propósito especial nas quais temos participação societária de 49.0%, 40.0%, 15.0%, 49.0%, 49.5% , 40.0% e 39.0%, respectivamente. Os números na tabela são referentes à capacidade total de cada usina. Itaipu não opera de acordo com uma concessão, mas sim sob o Tratado de Itaipu que vence em 2023. Temos 50.0% da Itaipu Binacional. Nossas subsidiárias Eletrobras Eletronorte e Eletrobras Chesf ambas tinham 24.0% desta unidade. O número na tabela se refere à capacidade total da usina. Renovação de acordo com a Lei No. 12,783. Fonte: fontes internas. Tipos de Usinas - 27 - As usinas hidrelétricas responderam por 89,7% do total da energia gerada pela Eletrobras em 2012, comparado a 90,7% em 2011 e 91,0% em 2010. A Eletrobras também gera energia elétrica por meio de usinas termelétricas e eólicas. As usinas termelétricas responderam por 4,0% do total da energia gerada pela Eletrobras em 2012, comparado a 2,9% em 2011 e 2,8% em 2010. Por sua vez, as usinas nucleares representaram 6,3% do total de energia gerado pela Eletrobras em 2012, comparado a 6,4% em 2011 e 6,3% em 2010. A tabela abaixo indica o volume total de energia gerado nos períodos indicados, medidos em megawatts/hora, dividido por tipo de usina: Exercício encerrado em 31 de dezembro de Exercício Fiscal Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010(2) (MWh) (1) (2) (3) Tipo de usina: Hidrelétrica(1) ....................................................................... 229.916.793 Térmica ...............................................................................10.353.648 Nuclear................................................................................16.006.532 221.787.327 7.013.394 15.644.251 209.030.648 6.369.683 14.543.807 Total(3) ................................................................................. 256.276.973 244.444.973 229.944.139 Considerando 100% da usina de Itaipu. Sem considerar a energia gerada pelas Sociedades de Propósito Específico nas quais detemos participação. Sem considerar os MWh gerados pelas usinas eólicas. Usinas Hidrelétricas As usinas hidrelétricas correspondem à fonte de energia elétrica de melhor eficiência em termos de custo para a Eletrobras, embora esta eficiência dependa significantemente de fatores meteorológicos, tal como o volume de chuvas. Com base na experiência da Eletrobras nos diferentes tipos de usinas, a Companhia acredita que os custos de construção de usinas hidrelétricas são maiores que os de usinas termelétricas. Entretanto, a vida útil média de usinas hidrelétricas é mais longa. A Eletrobras usa suas usinas hidrelétricas para fornecer a maior parte da energia gerada pela Companhia durante períodos de pico em épocas de alta demanda. Durante períodos de mudanças abruptas na oferta e demanda, as usinas hidrelétricas também oferecem maior flexibilidade de produção se comparadas a outras formas de geração de energia, tendo em vista que o operador da usina tem condições de instantaneamente aumentar ou diminuir o fluxo de energia dessas usinas, em contraste às usinas termelétricas e nucleares, para as quais qualquer ajuste requer um período de tempo para sua implementação. Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras possuía e operava 29 usinas hidrelétricas. Adicionalmente, detinha uma participação direta de 50,0% em Itaipu (sendo que os demais 50,0% são detidos por uma entidade governamental paraguaia) e participações indiretas nas usinas de Peixe Angical (40,0%), Serra do Facão (49,5%), Retiro Baixo (49,0%), Foz do Chapecó (40,0%), Baguari (15,0%), Dardanelos (49,0%) e Santo Antônio (49,0%). A Eletrobras detém, ainda, participações indiretas nas usinas de Serra Mesa (48,5%), Manso (70,0%) e Mauá (49,0%). O Operador Nacional do Sistema (“ONS”) é o responsável exclusivo pela determinação, a cada ano, do volume de energia a ser gerado por cada uma das usinas da Eletrobras. Em 31 de dezembro de 2012, a capacidade instalada total das usinas hidrelétricas da Eletrobras era de 35.674 MW (incluindo 50,0% da geração de Itaipu e as participações acima mencionadas). A tabela a seguir evidencia informações sobre as usinas hidrelétricas detidas pela Eletrobras diretamente e por meio de parcerias em 31 de dezembro de 2012 e para o exercício então findo: Capacidade Instalada(1) Energia Garantida(2) Início dos Serviços (MW) Usinas hidrelétricas:: Curuá-Una(3) ......................................................................... 30,3 Peixoto (Mascarenhas de Morais) ........................................ 476,0 Curemas ............................................................................... 35,2 Paulo Afonso complex and Moxotó ....................................4.281,6 Funil (Eletrobras Chesf)....................................................... 30,0 Eletrobras Furnas .................................................................1.216,0 - 28 - 24.00 295.00 1.90 2.225.00 14.73 598.00 1977 1973 1957 1955 1962 1963 Capacidade Instalada(1) Energia Garantida(2) Início dos Serviços (MW) Araras................................................................................... 4,0 Funil (Eletrobras Furnas) ..................................................... 216,0 Estreito .................................................................................1.050,0 Boa Esperança ..................................................................... 237,0 Porto Colômbia .................................................................... 320,0 Coaracy Nunes(3) .................................................................. 78,0 Marimbondo ........................................................................1.440,0 Pedra .................................................................................... 20,0 Sobradinho ...........................................................................1.050,0 Luiz Gonzaga .......................................................................1.479,0 Itumbiara ..............................................................................2.082,0 Tucurui complex ..................................................................8.535,0 Samuel(3) ............................................................................... 216,8 Balbina(3) .............................................................................. 277,5 Xingó ...................................................................................3.162,0 Corumbá I ............................................................................ 375,0 Serra da Mesa(4) ....................................................................1.275,0 Manso(4) ................................................................................ 212,0 Peixe Angical(5) .................................................................... 452,0 Baguari(7) .............................................................................. 140,0 Retiro Baixo (8) ..................................................................... 82,0 Serra do Facão (9) .................................................................. 212,6 Foz do Chapecó (10) ............................................................... 855,0 Itaipu(6)..................................................................................14.000,0 Dardanelos(11) ........................................................................ 261,0 Santo Antônio(12) ...................................................................3.150,0 Mauá(13) ................................................................................. 363,0 Passo São João ..................................................................... 77,0 Rio Vermelho....................................................................... 2,6 — 121,00 495,00 143,00 185,00 — 726,00 6,84 531,00 959,00 1.015,00 4.140,00 92,7 — 2.139,00 209,00 671,00 92,00 271,00 80,00 39,00 182,40 432,00 8.577,00 154,90 2.218,0 117,8 39,0 2,0 1967 1969 1969 1970 1973 1975 1975 1978 1979 1988 1980 1984 1989 1989 1994 1997 1998 2000 2006 2009 2010 2010 2010 1985 2011 2012 2012 2012 1986 (1) A capacidade instalada de Itaipu é de 14.000MW. Itaipu é detida em partes iguais pelo Brasil e pelo Paraguai. (2) Energia assegurada corresponde ao montante máximo anual que cada usina é autorizada a vender em leilões ou fornecer ao Sistema Interligado Nacional, conforme determinado pelo ONS. Qualquer volume de energia produzida além do limite da energia assegurada é vendida no Ambiente Livre de Contratação. (3) As usinas de Balbina, Curuá-Una, Samuel e Coaracy Nunes integram o sistema isolado e não possuem restrições quanto a volumes de energia assegurada. (4) A Eletrobras detém participações de 48,46% da usina de Serra Mesa e 70,0% da usina de Manso. Os números indicados nesta tabela referem-se à capacidade/utilização integral de cada usina. (5) A Eletrobras detém participação de 40,0% da usina de Peixe Angical. Os números indicados nesta tabela referem-se à capacidade/utilização integral da usina. (6) A Eletrobras detém participação de 50,0% da usina de Itaipu. Os números indicados nesta tabela referem-se à capacidade/utilização integral da usina. (7) A Eletrobras detém participação de 15,0% da usina de Baguari. Os números indicados nesta tabela referem-se à capacidade/utilização integral da usina. (8) A Eletrobras detém participação de 49,0% da usina de Retiro Baixo. Os números indicados nesta tabela referem-se à capacidade/utilização integral da usina. (9) A Eletrobras detém participação de 49,5% da usina de Serra do Facão. Os números indicados nesta tabela referem-se à capacidade/utilização integral da usina. (10) A Eletrobras detém participação de 40,0% da usina de Foz do Chapecó. Os números indicados nesta tabela referem-se à capacidade/utilização integral da usina. (11) A Eletrobras detém participação de 49,0% da usina de Dardanelos. (12) A Eletrobras detém participação de 49,0% da usina de Santo Antônio. (13) A Eletrobras detém participação de 49,0% da usina de Mauá. - 29 - A tabela a seguir descreve as usinas hidrelétricas detidas pela Eletrobras, sua energia assegurada e seu índice de efetiva utilização em 31 de dezembro de 2012. A energia assegurada é apresentada nesta tabela em megawatts/hora de forma a permitir sua comparação à energia efetivamente gerada. Energia Garantida Energia Gerada(1) ( MWh) (1) (2) (3) (4) (5) Real Utilização Operacional (%) Usinas hidrelétricas: Funil (Eletrobras Chesf).......................................................... 129.035 Pedra ....................................................................................... 59.918 Araras...................................................................................... 0 Curemas .................................................................................. 16.644 Paulo Afonso complex and Moxotó .......................................19.491.000 Sobradinho .............................................................................. 4.651.560 Luiz Gonzaga .......................................................................... 8.400.840 Boa Esperança ........................................................................ 1.252.680 Xingó ......................................................................................18.737.640 Coaracy Nunes(2) ..................................................................... — Tucurui complex ........................................................................ 36.266.400 Samuel ....................................................................................... 812.052 Corumbá I ..................................................................................1.830.840 Curuá-Una(2) ............................................................................... 210.240 Serra da Mesa(3) ..........................................................................2.848.459 Furnas ........................................................................................5.238.480 Itumbiara ....................................................................................8.891.400 Marimbondo ..............................................................................6.359.760 Peixoto (Mascarenhas de Morais) ..............................................2.584.200 Porto Colômbia ..........................................................................1.620.600 Manso(3) ...................................................................................... 564.144 Funil (Eletrobras Furnas) ...........................................................1.059.960 Estreito .......................................................................................4.336.200 Balbina(2) .................................................................................... — Passo São João ........................................................................... 341.640 Mauá(5) ........................................................................................ 505.645 Rio Vermelho............................................................................. 17.520 36.107 2.072 0 7.081 17.331.057 4.112.861 7.943.888 1.103.018 19.181.306 395.557 39.236.437 771.421 1.665.633 222.751 3.134.339 6.431.994 6.758.940 7.755.094 3.099.334 2.101.308 407.076 1.840.557 4.996.933 1.140.281 208.010 60.566 15.155 27,91 3,46 — 42,54 88,92 88,42 94,56 88,05 102,37 — 108,19 95,00 90,98 105,95 110,04 122,78 76,02 121,94 119,93 129,66 72,16 173,64 115,24 — 60,89 11,98 86,50 Total .......................................................................................... 126.226.857 129.958.776 102,96(4) Excluindo (i) Itaipu, que não é de propriedade igual entre Brasil e Paraguai; e (ii) qualquer energia gerada através de nossa participação em SPEs. As usinas de Balbina, e Coaracy Nunes são partes do sistema isolado e não têm restrição de energia garantida. Temos 48.46% da usina Serra Mesa e 70.0% da usina Manso. Essa porcentagem é baseada na média de utilização operacional. Temos 49.0% da usina Mauá. Para maiores informações sobre as usinas hidrelétricas operadas pelas subsidiárias Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte e Eletrobras Furnas, vide subitem “Concessões” acima. Concessionárias de usinas hidrelétricas no Brasil devem pagar taxas pelo uso da água aos estados brasileiros e municípios nos quais a usina está localizada ou nos quais poderá haver inundação de terras pelo reservatório da usina. Essas taxas são estabelecidas de forma independente por cada estado e/ou município, conforme aplicável, são baseadas no montante de energia gerada por cada usina e pagas diretamente aos estados e municípios. O valor total dessas taxas pagas pela Eletrobras nos Estados e Municípios nos quais opera corresponderam a R$1.652 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, comparado a R$1.329 milhões em 2011 e R$1.087 milhões em 2010. Estas taxas são registradas em nossas demonstrações financeiras como custos operacionais. Nossas subsidiárias obtiveram concessões para a construção de 10 novas usinas hidrelétricas. A tabela abaixo evidencia maiores informações sobre tais usinas: - 30 - Capacidade Instalada Início da Construção Início dos Serviços(1) (MW) Novas usinas: Barra do Rio Chapéu .......................................................... 15,2 Batalha ................................................................................ 52,5 Simplício ............................................................................. 337,7 São Domingos ..................................................................... 48,0 Santo Antônio(2) ................................................................... 3.150,0 Jirau .................................................................................... 3.750,0 Belo Monte ......................................................................... 11.233,0 João Borges......................................................................... 19,0 Teles Pires........................................................................... 1.820,0 Santo Cristo ........................................................................ 19,5 (1) (2) Outubro 2008 Junho 2008 Março 2007 Agosto 2009 Setembro 2008 Dezembro 2009 Junho 2011 Junho 2010 Agosto 2011 Agosto 2013 Janeiro 2013 Maio 2013 Fevereiro 2013 Março 2013 Março 2012 April 2013 Fevereiro 2015 Março 2013 April 2015 Dezembro 2014 Datas estimadas com base no cronograma atual das obras. Nove turbinas operando, totalizando 644MW de capacidade instalada. Simplício e Paulistas (Batalha) serão operadas somente pela Eletrobras Furnas. São Domingos, João Borges e Santo Cristo serão operadas somente por nossa subsidiária Eletrobras Eletrosul. Santo Antônio será operada por Furnas e parceiros. Teles Pires será operada por nossas subsidiárias Eletrobras Furnas e Eletrobras Eletrosul com parceiros. Jirau será operada por nossas subsidiárias Eletrobras Eletrosul e Eletrobras Chesf juntamente com terceiros. Belo Monte será operada por Eletrobras Holding, Eletrobras Eletronorte e Eletrobras Chesf. Pretendemos financiar essas usinas com o fluxo de caixa de operações e, caso seja necessário, com o financiamento obtido no mercado internacional de capitais e/ou agências multilaterais. Em 19 de agosto de 2011, o IBAMA concedeu à Companhia Hidrelétrica Teles Pires uma licença de instalação para a construção da Usina Hidrelétrica Teles Pires no rio Teles Pires. A represa da usina será localizada entre os estados do Mato Grosso e Pará. A Companhia Hidrelétrica Teles Pires é uma SPE cujos acionistas são Teles Pires Participações S.A. (50,1%), Eletrobras Eletrosul (24,5%), Eletrobras Furnas (24,5%) e Odebrecht Participações e Investimentos (0,9%). Essas empresas formam o consórcio Teles Pires Energia Eficiente. Usinas Termelétricas Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras possuía e operava 122 usinas termelétricas. Adicionalmente, detinha uma participação de 49,0% na usina de Serra do Navio. Usinas termelétricas incluem unidades movidas a carvão e a óleo. A capacidade instalada total das usinas termelétricas da Eletrobras, em 31 de dezembro de 2012, correspondia a 4.566 MW, em comparação a 4.535 MW em 31 de dezembro de 2011 e 4.150 MW em 31 de dezembro de 2010. A tabela a seguir evidencia informações sobre as usinas termelétricas da Eletrobras em 31 de dezembro de 2012 e no exercício social então findo: Capacidade Instalada Energia Gerada(2) Energia Garantida(1) (MW) (MWh) (MWh) Usinas térmicas: P. Médici (Candiota) ....................................................................446,00 S. Jerônimo (Candiota) ................................................................ 20,00 Candiota III ..................................................................................350,00 Nutepa (Candiota) ........................................................................ 24,00 Santa Cruz....................................................................................932,00 Campos ........................................................................................ 30,00 Camaçari ......................................................................................346,80 Electron ........................................................................................121,11 Rio Madeira .................................................................................119,40 Santana.........................................................................................177,74 RioBranco I.................................................................................. 18,65 RioBranco II ................................................................................ 32,75 - 31 - 722.496 42.430 1.912.261 112 466.342 0 6.378 10.586 0 1.057.609 0 0 2.203.140 110.376 2.557.920 53.436 6.018.120 183.960 2.013.048 — — — — — Capacidade Instalada Energia Gerada(2) Energia Garantida(1) (MW) (MWh) (MWh) Rio Acre ....................................................................................... 45,49 Mauá ............................................................................................738,10 Senador Arnon Farias de Mello ................................................... 85,92 Aparecida .....................................................................................282,50 Cidade Nova ................................................................................ 29,70 São José ....................................................................................... 73,40 Flores ...........................................................................................124,70 Distrito ......................................................................................... 51,30 Iranduba ....................................................................................... 66,60 Outros do Sistema Isolado ...........................................................438,95 200.087 2.260.648 0 948.791 90.181 272.952 429.720 158.454 151.595 1.472.797 Total................................................................................... 4,555 10.203.439 — — — — — — — — — — 13.140.000 (1) A energia assegurada é estabelecida apenas com relação a usinas integrantes to Sistema Interligado Nacional, não sendo aplicável a usinas do sistema isolado. A maioria das usinas termelétricas da Eletrobras integram o sistema isolado. (2) O montante de energia gerado não inclui a energia gerada por meio da participação da Eletrobras em Sociedades de Propósito Específico. Em dezembro de 2005, a subsidiária Eletrobras CGTEE recebeu uma autorização para iniciar a construção de uma expansão da usina termelétrica de Candiota. Esta expansão aumentou a capacidade instalada da usina termelétrica de Candiota em 350 MW e demandou investimentos de aproximadamente R$939 milhões. A construção da expansão foi iniciada em julho de 2006 e o início da operação comercial se deu em janeiro de 2011. As usinas termelétricas da Eletrobras operam a base de carvão e/ou óleo. O combustível para as usinas termelétricas é entregue por meio de rodovias, ferrovias, tubulações ou por meio fluvial, de acordo com a localização da usina. Apesar de a Eletrobras não ter alternativas caso o fornecimento desses insumos se torne indisponível ou antieconômico, a Companhia possui capacidade adicional em suas usinas hidrelétricas, e está aumentando seus investimentos em linhas de transmissão que, quando concluídas, permitirão à Eletrobras compensar parcialmente qualquer interrupção no fornecimento. Atualmente, a Eletrobras não está sujeita a volatilidade de preços com relação a esses insumos, já que o Governo Federal e órgãos controlados por este regulam os preços, que são determinados anualmente. A Eletrobras visa operar suas usinas termelétricas em um nível consistente e eficiente, de forma que constituam uma fonte contínua de produção de energia elétrica. As usinas termelétricas são significantemente mais ineficientes e possuem vida útil significantemente inferior às usinas hidrelétricas. A Companhia teve uma despesa bruta com aquisição de combustível para produção de energia de R$709 milhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, comparado a R$163 milhões em 2011 e R$253 milhões em 2010, sendo que estes custos são reembolsados por meio de recursos da Conta de Consumo de Combustíveis (“CCC”), nos termos da lei n. 12.111, de 9 de dezembro de 2009. A Eletrobras recuperou, por meio de reembolsos feitos pela CCC, montante substancial do valor correspondente aos excessos de custos operacionais das usinas termelétricas, que corresponde à diferença entre o custo operacional de uma usina termelétrica e o custo de uma usina hidrelétrica. O Governo Federal criou a CCC em 1973 com o objetivo de constituir reservas financeiras para cobrir os custos do uso, na Rede Básica e no Sistema Interligado Nacional, de usinas termelétricas a base de combustível fóssil (que apresentam custos operacionais mais elevados que usinas hidrelétricas), caso uma situação de falta de oferta de energia criasse a necessidade de aumentar a produção de tais usinas termelétricas. Os consumidores das empresas distribuidoras de energia elétrica no Brasil contribuem anualmente com um montante para a Conta CCC, que funciona, em termos práticos, como um seguro contra situações extraordinárias, tais como uma diminuição do volume de chuvas, que poderia implicar maior utilização das usinas termelétricas. O montante total anual de contribuição é calculado com base nos custos estimados de combustíveis de todas as usinas termelétricas no ano em questão. A partir de tal estimativa, é alocada a cada empresa de distribuição uma contribuição proporcional baseada no total de eletricidade vendida por esta distribuidora no ano anterior. Em 1993, o escopo da Conta CCC foi ampliado para incluir parte dos custos de geração termelétrica de energia em redes isoladas e não integradas localizadas em áreas remontas da região Norte do Brasil. As subsidiárias Eletrobras Furnas, Eletrobras Chesf, Eletrobras CGTEE e Eletrobras Eletronorte recebem reembolsos da Conta CCC relativos aos custos de combustível de suas usinas termelétricas, reduzindo os custos operacionais de tais usinas. A Eletrobras administra a Conta CCC. Os reembolsos feitos pela Conta CCC relativos aos custos de combustível de usinas termelétricas conectadas à Rede Básica estão sendo descontinuados a partir do desenvolvimento de um mercado atacadista competitivo. Caso a Conta CCC seja totalmente descontinuada, a Eletrobras e suas subsidiárias terão que suportar integralmente os custos operacionais de suas usinas termelétricas. - 32 - As tabelas abaixo contêm informações sobre a quantidade de combustível adquirida para uso nas usinas termelétricas da Eletrobras e os preços pagos nos períodos indicados: Exercício findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (milhares de R$) Tipo de Combustível Carvão .......................................................................................... 144.000 Óleo leve ......................................................................................4.571.130 Óleo pesado .................................................................................. 36.000 Gás ............................................................................................... 100.690 Urânio........................................................................................... 309.600 Tipo de Combustível 5.161.400 95.719 3.872.179 30.529 30.549 294.800 4.323.776 68.435 2.346.923 38.329 2.160 270.842 2.726.689 Exercício findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 Tipo de combustível Carvão (toneladas) ...............................................................2.711.544 Óleo leve (litros) .................................................................. 1.063.497.912 Óleo pesado (toneladas) ....................................................... 33.725 Gás (m3) .................................................................... 259.552.623 Urânio (kg) ................................................................ 282.010 1.957.566 681.019.419 25.879.055 46.446.077 263.345 1.142.228 611.848.980 28.865.267 2.155 293.669 Usinas Nucleares As usinas nucleares correspondem a uma fonte de energia relativamente cara para a Eletrobras. O Governo Federal, entretanto, tem interesse estratégico na continuidade da existência de usinas nucleares no Brasil e é obrigado, por lei, a deter a propriedade e controle sobre tais usinas. Assim, a Eletrobras acredita que continuará detendo 99,9% da Eletrobras Eletronuclear. Por meio da Eletrobras Eletronuclear, a Eletrobras opera duas usinas nucleares, Angra 1, com capacidade instalada de 640 MW, e Angra 2, com capacidade instalada de 1.350 MW. Adicionalmente, a Eletrobras Eletronuclear iniciou a construção de uma nova usina nuclear, conhecida como Angra 3, no segundo semestre de 2009. O prazo de construção está estimado entre três e cinco anos e meio. Em 05 de março de 2009, o IBAMA concedeu uma licença de instalação para a Eletrobras Eletronuclear, com validade de seis anos e, em 09 de março de 2009, o CNEN emitiu uma licença parcial de construção à Eletrobras Eletronuclear. Uma vez construída, a Eletrobras estima que Angra 3 terá uma capacidade instalada de 1.405 MW, e o custo total de construção será de aproximadamente R$13,1 bilhões. A tabela abaixo contém informações sobre as usinas nucleares da Eletrobras em 31 de dezembro de 2012: Capacidade Instalada (MW) Usina nuclear: Angra I ........................................................................... 640 Angra II .......................................................................... 1.350 Total............................................................................... 1.990 Energia Gerada (MWh) Energia Garantida(1) (MWh) 5.361.303 10.645.229 16.006.532 4.465.848 10.553.172 15.019.020 Início dos Serviços(2) Janeiro 1, 1985 Setembro 1, 2000 (1) A energia assegurada não é determinada pelo ONS ou qualquer outro órgão regulador para as usinas nucleares da Eletrobras. (2) Início das atividades operacionais de Angra 1 em janeiro de 1985 e de Angra 2 em setembro de 2000. A Eletrobras estima que Angra 1 operará com 82,33% de sua capacidade em 2013, em linha com os padrões do setor. Assim, a energia assegurada de Angra 1 em 2013 corresponderá a 4.125.411,94 MWh/ano. A Eletrobras estima que a Angra 2 operará com 99% de sua capacidade em 2013, em linha com os padrões do setor. Assim, a energia assegurada de Angra 2 corresponderá a 9.748.693,15 MWh/ano em 2013. - 33 - Tanto Angra 1 quanto Angra 2 utilizam urânio adquirido nos termos de um contrato celebrado com a Indústrias Nucleares Brasileiras – INB, uma empresa detida pelo Governo Federal e responsável pelo processamento de urânio utilizado em usinas nucleares. Os elementos combustíveis são enviados por meio de caminhões para as usinas nucleares, nos termos do contrato. A Eletrobras Eletronuclear tem a responsabilidade pela entrega segura do combustível. Até o momento, a Eletrobras Eletronuclear (bem como a Eletrobras Furnas, antiga detentora de Angra 1) não apresentou qualquer dificuldade no transporte de combustível para Angra 1 ou Angra 2. Adicionalmente, resíduos nucleares de baixo teor (tais como filtros ou certas resinas) são armazenados em recipientes projetados para este fim em um depósito temporário na área das usinas. Assim como em vários outros países, o Brasil ainda não possui uma solução permanente de armazenamento de resíduos nucleares. Os resíduos nucleares de teor elevado (tal como combustível nuclear usado) são armazenados em células de combustível das usinas (dispositivos de armazenamento localizados na área de resfriamento de combustível). O passivo associado ao descomissionamento das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 passou a ser registrado simultaneamente à entrada em operação das duas unidades, em 1985 e 2000, respectivamente. O montante dessa provisão é fundamentado por um relatório técnico de um grupo de trabalho da Eletrobras Eletronuclear criado em 2001. Com relação a Angra 1, o custo estimado de descomissionamento (com data base em 31 de dezembro de 2010) é de US$307 milhões e, com relação a Angra 2, US$426 milhões. A vida útil econômica das usinas é estimada em 40 anos. A Eletrobras Eletronuclear registra provisões mensais proporcionais correspondentes ao valor presente dos custos estimados de descomissionamento de Angra 1 e Angra 2. A energia elétrica gerada pela Eletrobras Eletronuclear até o fim do ano de 2012 era usualmente vendida para a subsidiária Eletrobras Furnas conforme uma tarifa regulada, determinada pela ANEEL (Lei n.° 12.111, de 09 de dezembro de 2009). Esta tarifa regulada corresponde à aquisição de combustível nuclear pela Eletrobras Eletronuclear e correção monetária (com base no IPCA). Entretanto, para vender sua energia para as empresas de distribuição, a Eletrobras Furnas tem que participar de leilões públicos, nos quais outras empresas de geração, coletivamente, registram lances que refletem o custo máximo da energia que cada empresa pretende fornecer, sendo que as empresas de distribuição pagam um valor pela energia correspondente à média desses lances. Consequentemente, o preço pelo qual a Eletrobras Furnas vende sua energia nos leilões é superior ao valor pago à Eletrobras Eletronuclear pela energia adquirida junto a esta. Entretanto, historicamente, o contrário ocorreu e a Eletrobras registrou perdas consolidadas em relação à energia elétrica gerada pela Eletrobras Eletronuclear (ou seja, a tarifa da energia de Eletrobras Eletronuclear tem sido reajustada com base em um índice superior ao reajuste tarifário aplicado à Eletrobras Furnas). A Companhia analisou diferentes medidas voltadas à redução dessas perdas caso esta situação volte a ocorrer, incluindo a substituição da Eletrobras Furnas na cadeia de fornecimento acima descrita pela própria Eletrobras, que, por sua vez, não tem a obrigação de vender energia elétrica exclusivamente por meio de leilões. A partir de 1º de janeiro de 2013, os pagamentos pela energia gerada pela Eletrobras Eletronuclear serão divididos, pro-rata, entre todas as concessionárias de distribuição de energia, nos termos da regulamentação a ser emitida pela ANEEL. Venda da Energia Elétrica Gerada A Eletrobras vendeu, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, aproximadamente R$19.003 milhões da energia por ela gerada (líquida da energia adquirida para revenda, de ICMS e outros tributos), comparado a R$18.414 milhões em 2011 e R$18.103 milhões em 2010. Essas vendas são feitas exclusivamente a empresas distribuidoras de energia (que correspondem à principal fonte de venda da energia gerada) ou a consumidores livres. A Eletrobras detém algumas empresas de distribuição que atuam nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, e vende uma parcela relativamente pequena da energia por ela gerada para essas distribuidoras, que não correspondem a um aumento de nossas receitas no segmento de geração, conforme indicado no item “Distribuição” abaixo. A Eletrobras vende a energia gerada por meio de contratos de fornecimento com consumidores finais industriais e mediante leilões para venda de energia a empresas de distribuição. A tabela abaixo indica as vendas de energia gerada nas regiões atendidas pela Eletrobras nos períodos indicadas, classificadas por tipo: Exercício Findo em 31 de Dezembro, 2012 (milhares de R$) Tipo de venda: Através de leilões e contratos iniciais (cobrançade energia) ............11.374.177 Através de acordos de livre mercado ou contratos bilaterais (cobrança de energia) ....................... 5.264.239 Itaipu ..................................................... 6.720.217 Total .............................................. 23.358.633 2011 (MWh) (milhares de R$) 2010 (MWh) (milhares de R$) (MWh) 123.899.079 11.089.516 121.534.206 7.028.630 117.050.494 47.820.840 97.533.631 3.748.996 5.769.310 54.777 .952 91.522.813 4.398.180 8.203.198 65.792.556 85.302.628 269.253.550 20.607.822 267.834.971 19.588.008 254.784.279 - 34 - A Tabela abaixo indica a quantidade de energia vendida através de leilões: Exercício Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 Média de Capacidade (MW): 1º Leilão ................................................................................... 11.003 2º Leilão ................................................................................... 644 3º Leilão ................................................................................... — 4º Leilão ................................................................................... 396 5º Leilão ................................................................................... 180 11.003 644 — 396 180 11.003 644 — 396 180 Total ....................................................................... 12.223 Energia (MWh) a.a. ................................................................. 107.073.480 Tarifa média (R$/MWh) .......................................................... 64,77 Receita estimada (milhares de R$) .......................................... 6.935.149 12.223 107.073.480 64,77 6.935.149 12.223 107.073.480 64,77 6.935.149 Com relação aos contratos de fornecimento, o valor de cada venda é determinado com base em um encargo de capacidade ou em um encargo sobre energia (ou, em certos casos, em ambos). O preço baseado em capacidade é baseado em uma quantidade de capacidade assegurada, especificada em uma quantidade fixa de MW, e independe do volume de energia elétrica efetivamente entregue. De outro lado, o preço baseado em energia é baseado no montante de energia elétrica efetivamente utilizado pelo comprador (expresso em MWh). A aquisição, pela Eletrobras, de energia junto a Itaipu, bem como sua venda para as distribuidoras, são feitas com base em capacidade assegurada (incluindo o pagamento de tarifa de transmissão pago à Eletrobras Furnas). As vendas de energia elétrica realizadas por meio das subsidiárias Eletrobras Chesf e Eletrobras Eletronorte a consumidores finais, especialmente industriais, são faturadas tanto com base em capacidade assegurada quanto com base em energia entregue. No que tange às vendas realizadas por meio de leilões, os convites para participação nos processos são preparados pela ANEEL e, em caso de sucesso, são celebrados contratos de compra e venda de energia com as respectivas empresas de distribuição prevendo um montante de energia proporcional à demanda estimada de tais distribuidoras durante o período contratual. Transmissão Transmissão de Energia Elétrica As receitas do segmento de transmissão da Eletrobras são fixadas anualmente pela ANEEL. As receitas líquidas (incluindo receitas financeiras da controladora) das atividades de transmissão da Eletrobras corresponderam a 25,5% de sua receita líquida total no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012 (comparado a 26,3% em 2011 e 22,0% em 2010). A energia gerada pela Eletrobras é transportada por meio da rede de linhas de transmissão brasileira, com aproximadamente 52.516 km de linhas de transmissão com tensão acima de 230kV detidos pela Eletrobras em 31 de dezembro de 2012 (53.923 km e 53.790 km em 31 de dezembro de 2011 e 2010, respectivamente). Se incluídas as parcerias mantidas com empresas privadas em sociedades de propósito específico e consórcios, a Eletrobras detinha aproximadamente 55.118 km de linhas de transmissão acima de 138kV em operação em 31 de dezembro de 2012. No Brasil, a maioria das usinas hidrelétricas está localizada a distâncias significativas dos maiores centros urbanos e, portanto, para chegar aos consumidores, um sistema complexo de transmissão foi desenvolvido. As atividades de transmissão de energia envolvem a transmissão da maior parte da energia elétrica das usinas de geração para os sistemas de distribuição localizados nos grandes centros, em voltagens muito altas (de 230kV a 750kV), por meio de uma rede de transmissão. Há um sistema interligado no Brasil que conecta as regiões Norte e Nordeste do país com as regiões Sul e Sudeste. É preciso coordenar os sistemas de transmissão para otimizar os investimentos e custos operacionais e para assegurar a confiabilidade e as condições adequadas de fornecimento de carga por meio da Rede Básica. - 35 - O mapa abaixo demonstra a localização geográfica de nossos ativos de transmissão em 31 de dezembro de 2012: - 36 - Concessões de Transmissão Em 31 de dezembro de 2012, as atividades de transmissão da Eletrobras eram conduzidas de acordo com as seguintes concessões outorgadas pela ANEEL (excluindo atividades de transmissão realizadas por meio de sociedades de propósito específico): Extensão Total Níveis de Voltagem Média de anos remanescentes da concessão (km) Eletrobras Furnas .................................................................... 19.420,0 Eletrobras Chesf...................................................................... 18.973,8 Eletrobras Eletrosul ................................................................ 10.006,1 Eletrobras Eletronorte ............................................................. 9.983,0 Eletrobras Amazonas Energia ................................................. 673,0 (kV) 69 – 750 69 – 500 69 – 500 69 – 500 69 – 230 29,6 29,8 30,0 29,6 Não se aplica Devido ao desenvolvimento de potenciais hidrelétricos na região amazônica, que demanda a transmissão de elevadas quantidades de energia, o Brasil desenvolveu o Sistema Interligado Nacional. Uma rede nacional de transmissão dá às geradoras de energia acesso aos consumidores em todas as regiões. A Eletrobras Furnas e a Eletrobras Eletronorte construíram o primeiro sistema de transmissão norte-sul ligando as regiões norte e sul do Brasil, consistindo de aproximadamente 1.250km linhas de transmissão de 500kV e que entrou em operação em 1998. Um segundo sistema de transmissão, cuja construção foi financiada pelo setor privado, entrou em operação em 2004. A tabela abaixo indica a extensão das linhas de transmissão detidas pela Eletrobras (em quilômetros) por subsidiária e por voltagem em 31 de dezembro de 2012: 750 kV 600 kV (DC)(1) 525/500 kV 345 kV 230 kV 138 kV 132/ 13.8kV Total Companhia: Eletrobras Chesf ............................. — Eletrobras Eletronorte .................... — Eletrobras Eletrosul ........................ — Eletrobras Furnas ........................... 2.698,0 Eletrobras Amazonas Energia ........ — — — — 1.612,0 — 5.163,8 3.243,3 2.945,5 4.571,5 — — — — 6.220,5 — 13.019,0 5.577,8 5.150,6 1.949,0 364,9 454,4 959,1 1.841,3 2.204,0 — 336,6 202,8 68,7 165 308,1 18.973,8 9.983,0 10.006,1 19.420,0 672,9 Total(2) ....................................... 1.612,0 15.924,1 6.220,5 26.061,3 5.458,8 1.081,2 59.055,9 2.698,0 (1) CD significa corrente direta. (2) Esta tabela não inclui linhas de transmissão detidas por sociedades de propósito específico nas quais a Eletrobras possui participação. Caso tais linhas de transmissão fossem incluídas, a extensão total seria de 61.721 km. A tabela a seguir demonstra o percentual do total da rede de transmissão acima de 230kV no Brasil sob a responsabilidade da Eletrobras (números consolidados) em 31 de dezembro de 2012, considerando a participação destes em sociedades de propósito específicos: 600 kV (DC)(1) 750 kV 525/500 kV 400 kV 345 kV 230 kV Total Entidade: Eletrobras ............................................................................100,00 Outros ................................................................................. 0,00 100,00 0,00 48,43 51,57 — 100,00 61,81 38,19 56,24 42,76 53,17 46,83 Total ...................................................................................100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 (1) CD significa corrente direta. Exceto com relação a um pequeno percentual das linhas de transmissão da Eletrobras Eletronorte localizadas no sistema isolado, as linhas de transmissão no Sistema Interligado Nacional são totalmente integradas. Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras detinha aproximadamente 53% de todas as linhas de transmissão no Brasil (de 230kV ou tensão superior) e, consequentemente, a Companhia recebeu tarifas pagas por empresas que transmitem energia elétrica por meio dessas linhas. As receitas operacionais líquidas correspondentes a tais tarifas corresponderam a R$8.869 milhões no exercício social - 37 - encerrado em 31 de dezembro de 2012, comparado a R$7.779 milhões em 2011 e R$5.895 milhões em 2010. A Eletrobras, por possuir também atividades de geração de energia, também arca com tarifas relacionadas à transmissão de energia junto a linhas de transmissão que não são detidas pela Companhia. Considerando a totalidade das linhas de transmissão no Brasil (de 230kV ou tensão superior), isso significa que a Eletrobras arca com tarifas de transmissão com relação a 47% do total de linhas de transmissão no Brasil. As perdas de eletricidade no sistema de transmissão da Eletrobras corresponderam, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, a aproximadamente 2,19% do total da energia elétrica transmitida no sistema. A Eletrobras opera suas atividades como parte de um sistema elétrico nacional integrado e coordenado para todo o Brasil. A Lei das Concessões autoriza a Eletrobras a cobrar tarifas pelo uso de seu sistema de transmissão por outras empresas elétricas. Por meio da subsidiária Eletrobras Furnas, é cobrada uma tarifa referente à transmissão da energia elétrica gerada em Itaipu e adquirida para revenda (de R$4.655,09 por MW/mês a partir de 31 de dezembro de 2012). A tarifa de transmissão para a energia de Itaipu é utilizada para remunerar a Eletrobras Furnas, que detém a respectiva linha de transmissão, pela disponibilização do sistema para uso exclusivo das instalações. Este sistema é composto pelas linhas de transmissão Itaipu / Ivaiporã (750 kV) e Itaipu / Ibiuna (600 kV CD), que não integram a Rede Básica. Expansão das Atividades de Transmissão As principais empresas de transmissão da Eletrobras participaram de uma iniciativa de planejamento relacionada à expansão da rede de transmissão do Programa de Ações Estratégicas 2009/2012 (PAE) por meio do Grupo de Estudos Regional em Transmissão (GET), responsável por tais iniciativas de expansão regionalmente. Adicionalmente, tais empresas de transmissão participaram nos estudos de integração das redes regionais e usinas. As iniciativas do PAE incluíram, dentre outras, estudos sobre a integração da usina hidrelétrica de Belo Monte, focando em meios alternativos de transmissão para permitir a distribuição da energia elétrica da usina de Belo Monte para as regiões Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil. Distribuição Distribuição de Energia Elétrica As atividades de distribuição de energia elétrica da Eletrobras correspondem a uma parcela relativamente pequena de suas operações. As receitas líquidas das atividades de distribuição (incluindo receitas financeiras da controladora) corresponderam a 12,1% do total das receitas líquidas da Companhia no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, comparado a 8,3% no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2011 e 10,9% em 2010. Empresas de Distribuição As seguintes empresas do Sistema Eletrobras são responsáveis por atividades de distribuição, nos termos de concessões outorgadas pela ANEEL: Eletrobras Eletronorte: responsável pela distribuição de energia diretamente a consumidores industriais por meio de sua subsidiária integral Eletrobras Distribuição Roraima. A concessão da Eletrobras Eletronorte tem vigência até 07 de julho de 2015; Eletrobras Amazonas Energia: responsável pela distribuição de energia para a cidade de Manaus, estado do Amazonas, nos termos de concessão com vigência até 07 de julho de 2015; Eletrobras Distribuição Alagoas: responsável pela distribuição de energia no estado de Alagoas, nos termos de concessão com vigência até 12 de julho de 2015; Eletrobras Distribuição Piauí: responsável pela distribuição de energia no estado de Piauí, nos termos de concessão com vigência até 12 de julho de 2015; Eletrobras Distribuição Rondônia: responsável pela distribuição de energia no estado de Rondônia, nos termos de concessão com vigência até 12 de julho de 2015; Eletrobras Distribuição Acre: responsável pela distribuição de energia no estado de Acre, nos termos de concessão com vigência até 12 de julho de 2015; e - 38 - Eletrobras Distribuição Roraima (anteriormente denominada Boa Vista Energia S.A.): responsável pela distribuição de energia na cidade de Boa Vista, capital do estado de Roraima, nos termos de concessão com vigência até 07 de julho de 2015. A tabela abaixo indica alguns números operacionais relevantes das empresas de distribuição de energia elétrica da Eletrobras em 31 de dezembro de 2012: Número de Consumidor es Número de Municipalidad es Linhas de Distribuição (km) Eletrobras Amazonas Energia .................................................... 777.465 Eletrobras Distribuição Alagoas ................................................. 949.669 Eletrobras Distribuição Piauí ...................................................... 1.062.094 Eletrobras Distribuição Rondônia .............................................. 548.553 Eletrobras Distribuição Acre ...................................................... 222.570 Eletrobras Distribuição Roraima ................................................ 92.695 62 102 224 52 22 1 22.113 39.816 66.142 52.130 16.591 3.143 Companhia Subestações 50 37 78 57 14 3 A Eletrobras Distribuição Alagoas, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras Distribuição Rondônia e a Eletrobras Distribuição Acre eram anteriormente detidas pelos estados brasileiros nos quais cada empresa atua. A Companhia Energética de Roraima, detida pelo estado de Roraima, transferiu os ativos e passivos correspondentes à cidade de Boa Vista para uma a Eletrobras Distribuição Roraima, controlada pela Eletrobras Eletronorte. Inicialmente, a Eletrobras realizou investimentos no capital em cada uma dessas empresas em 1996 com o objetivo de melhorar sua condição financeira e prepará-las para um processo de privatização. A Eletrobras Amazonas Energia foi constituída em 2008 como resultado da fusão entre a Ceam e a Manaus Energia S.A. A Ceam também era anteriormente detida pelo estado brasileiro no qual operava e a Eletrobras também realizou investimentos no capital da Ceam em 1996 com o objetivo de melhorar sua condição financeira e prepará-las para um processo de privatização. A Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Alagoas, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Roraima e Eletrobras Distribuição Acre atuam sob condições particularmente desafiadoras de mercado – as regiões Norte e Nordeste do Brasil estão entre as mais pobres do país. Um dos principais desafios contínuos da Eletrobras com relação a estas empresas é a redução de perdas comerciais (principalmente em razão de furto de energia elétrica) e da inadimplência dos consumidores apresentadas por estas empresas. A Eletrobras tem tentado endereçar esses problemas por meio do desenvolvimento de mecanismos que tornem o furto de energia elétrica mais difícil e por meio da renegociação de dívidas dos consumidores dessas empresas. Estrutura Corporativa para as Atividades de Distribuição Em maio de 2008, a Eletrobras introduziu uma nova estrutura para a administração de suas atividades de distribuição. Até esta data, os investimentos na Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Alagoas, Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Roraima e na Eletrobras Distribuição Acre eram geridos por meio do Comitê Gestor das Empresas Federais de Distribuição (um comitê diretivo) que focava em, dentre outros assuntos, na proposição de estratégias e metas financeiras visando melhorar a condição financeira dessas empresas. De acordo com a nova estrutura, o comitê foi extinto. A nova estrutura envolve um diretor executivo na Eletrobras, atualmente o Sr. Marcos Aurélio Madureira da Silva, atuando como diretor presidente de cada uma das empresas de distribuição. Cada uma das empresas distribuidoras terá, adicionalmente, o mesmo diretor financeiro, diretor de engenharia, diretor comercial e diretor regulatório, indicado pelo diretor presidente. Sistema de Distribuição e Transmissão A rede de transmissão e distribuição da Eletrobras consiste de diversas linhas de transmissão aéreas e subestações com limites de voltagem variados. Os clientes atendidos por meio da rede de distribuição são classificados de acordo com a voltagem do suprimento. No que tange à distribuição para distribuidoras estaduais e clientes industriais, a energia elétrica é distribuída em voltagens maiores (até 750kV), enquanto a distribuição de energia para clientes residenciais e determinados clientes comerciais é realizada em voltagens inferiores (230kV, 138kV ou 69kV). Desempenho do Sistema As tabelas a seguir contêm informações relativas às perdas de energia sofridas pelas empresas de distribuição da Eletrobras, bem como a frequência (FEC) e duração (DEC) de interrupções de fornecimento por consumidor por ano para os períodos indicados: - 39 - Exercício Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 Perdas técnicas ............................................................................................... 9,61% Perdas comerciais ..........................................................................................21,40% 9,57% 24,71% 9,57% 25,60% Total das perdas de eletricidade .....................................................................31,01% 34,28% 35,17% Panes elétricas:: Frequência das interrupções de energia por cliente/ano (número de interrupções) ................................................................. 31,4 Duração das interrupções por cliente/ano (em horas) .......................... 38,7 Tempo médio de resposta (em minutos) .............................................. 9,61% 31,5 39,3 9,57% 33,5 40,6 9,57% Perdas de Energia Elétrica Existem dois tipos de perdas de energia elétrica: perdas técnicas e perdas comerciais, Perdas técnicas correspondem àquelas que ocorrem no curso ordinário das atividades de distribuição de energia elétrica. Perdas comerciais são resultantes de conexões ilegais, fraude ou erros de faturamento. O total de perdas de energia elétrica das empresas de distribuição da Eletrobras corresponderam a 31,01% do total da energia gerada e adquirida no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, comparado a 34,28% no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 e 35,17% em 2010. A redução das perdas comerciais nas empresas de distribuição representam um desafio constante para a Eletrobras. As perdas comerciais nessas empresas totalizaram uma média de 21% do total da energia gerada e adquirida nos últimos anos. A Companhia tem se esforçado para endereçar esses problemas por meio de desenvolvimento de procedimentos que tornem o furto de energia elétrica mais difícil e também aumentando a fiscalização dos consumidores. Além disso, a Companhia tem também aumentado os processos de renegociação de dívidas junto aos consumidores das empresas distribuidoras para diminuição da inadimplência. Por exemplo, a Eletrobras instalou um sistema para monitorar o consumo de energia por grandes clientes por meio de equipamentos de telemedição. Consequentemente, em 2012, a Eletrobras Amazonas Energia conseguiu recuperar R$53 milhões depois de autuar 16.500 instalações, das quais 3.000 tinham ligações clandestinas. Em 2012 a Eletrobras conseguiu recuperar R$174 milhões de clientes inadimplentes de suas empresas de distribuição. Em 2012, as empresas de distribuição da Eletrobras apresentaram redução das perdas. Particularmente, a Eletrobras Distribuição Alagoas e a Eletrobras Distribuição Rondônia reduziram suas perdas em 2,95 pontos percentuais e 4,96 pontos percentuais, respectivamente. Em fevereiro de 2011, a Eletrobras celebrou um contrato de financiamento com o Banco Mundial no valor de US$495 milhões. Esses recursos serão utilizados no “Projeto de Reabilitação da Eletrobras Distribuição” (nome dado pelo Banco Mundial para o “Projeto Energia +” da Eletrobras), com o objetivo principal de melhorar a qualidade dos serviços e a condição financeira e econômica das empresas de distribuição da Eletrobras. Quando implementado, este projeto visará reduzir as perdas e, consequentemente, reforçar as receitas operacionais das empresas de distribuição. A tabela a seguir indica a informação relacionada a perdas totais nas atividades de distribuição da Eletrobras divididas por empresa: Exercício Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (percentual) Companhia: Eletrobras Distribuição Alagoas ............................................................................ 27,00 Eletrobras Distribuição Piauí ................................................................................. 30,35 Eletrobras Distribuição Rondônia .......................................................................... 22,82 Eletrobras Distribuição Acre ................................................................................. 20,99 Eletrobras Amazonas Energia ................................................................................ 39,06 Eletrobras Distribuição Roraima............................................................................ 12,29 29,95 33,03 27,78 23,38 41,84 15,78 31,51 33,57 29,08 24,48 42,37 16,14 Interrupções de Energia Com relação ao Sistema Interligado Nacional, a Eletrobras visa responder a pedidos de reparos entre uma hora e meia e duas horas e meia, dependendo da escala e da natureza do problema. O tempo de resposta médio da Eletrobras no Sistema Interligado Nacional foi - 40 - de 4,39 horas no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012. A tabela a seguir indica os tempos de resposta médios, em horas, para solicitações de reparos no Sistema Interligado Nacional: Exercício Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 Companhia: Eletrobras Distribuição Alagoas ................................................ Eletrobras Distribuição Piauí .................................................... Média ........................................................................................ 3,98 4,80 4,39 2,22 5,60 3,91 Por sua vez, com relação às atividades de distribuição no sistema isolado, a Eletrobras visa responder a pedidos de reparos entre meia hora e duas horas, dependendo da escala e da natureza do problema. O tempo de resposta médio da Eletrobras no sistema isolado foi de 3,78 horas no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012. A tabela a seguir indica os tempos de resposta médios, em horas, para solicitações de reparos no sistema isolado: Exercício Findo em 31 de Dezembro, Companhia: Eletrobras Distribuição Acre .................................................... Eletrobras Distribuição Rondônia ............................................ Eletrobras Amazonas Energia .................................................. Eletrobras BoaVista Energia .................................................... Média ....................................................................................... 2012 2011 6,30 4,86 2,86 1,10 3,78 4,91 5,43 2,41 1,46 3,55 Consumidores A tabela abaixo indica o volume total de energia elétrica distribuído (em MWh), por tipo de consumidor, para os períodos indicados: Exercício Findo em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (MWh) Distribuição para: Concessionárias estatais ........................................................ Industrial ............................................................................... Residencial............................................................................ Comercial.............................................................................. Outros(1) ................................................................................ (1) 2.203.984 3.143.629 5.564.719 3.315.134 995.035 1.872.815 2.978.936 4.907.094 2.871.517 949.814 1.358.030 2.814.782 4.574.356 2.662.126 1.373.239 Total ..................................................................................... 15.222.501 13.580.176 12.781.533 Estes números incluem a distribuição para consumidores rurais e para o governo. Tarifas A Eletrobras classifica seus consumidores em dois grupos diferentes, Grupo A e Grupo B, baseado no nível de voltagem no qual a energia elétrica é fornecida aos clientes. Cada consumidor é inserido em uma faixa tarifária determinada, definida por lei e baseada na respectiva classificação, embora alguns descontos baseados em volume de energia possam ser aplicados. Os consumidores do Grupo B pagam tarifas mais altas, que remunera os custos agregados em todos os subsistemas nos quais a energia elétrica flui até o fornecimento ao cliente. Há tarifas diferenciadas no Grupo B por tipo de consumidor (tais como residencial, comercial, rural e industrial). Consumidores do Grupo A pagam tarifas mais baixas, de acordo com categorias de consumo estabelecidas pela ANEEL, tendo em vista que sua demanda de energia se dá em voltagens em tensão elevada, o que requer um uso menor do sistema de distribuição. As tarifas cobradas pela venda de energia elétrica a consumidores finais são fixadas com base nos respectivos contratos de concessão e na regulamentação da ANEEL, que estabelecem um limite máximo nas tarifas e preveem reajustes anuais, periódicos e outros reajustes extraordinários. Para maiores informações sobre a regulação tarifária, vide item 7.5 deste Formulário de Referência. - 41 - Consumidores do Grupo A recebem energia elétrica a 2,3kV ou superior. As tarifas para consumidores do Grupo A são baseadas no nível de voltagem, na época do ano e no horário do dia nos quais a energia elétrica é fornecida, embora os consumidores possam optar por uma tarifa diferenciada em períodos de pico. As tarifas para consumidores do Grupo A integram dois componentes: um encargo de capacidade e um encargo sobre energia. O encargo de capacidade, expresso em reais por MW, é baseado no maior de (i) capacidade firme contratada; (2) capacidade efetivamente utilizada. O encargo sobre energia, expresso em reais por MWh, baseia-se no volume de energia elétrica efetivamente consumido. As tarifas cobradas dos consumidores Grupo A são inferiores às cobradas dos consumidores do Grupo B pois os consumidores do Grupo A consomem energia em limites mais altos de voltagem e, assim, evitam os custos associados à redução da voltagem elétrica necessária para o consumo de energia pelos consumidores do Grupo B. Os consumidores do Grupo B recebem energia elétrica em voltagens inferiores a 2,3kV (220V e 127V). As tarifas para consumidores Grupo B consiste exclusivamente de um encargo sobre a energia consumida e baseia-se na classificação do consumidor. Procedimento de Faturamento O procedimento utilizado pela Eletrobras para faturamento e pagamento pelo fornecimento de energia elétrica a seus consumidores é determinado de acordo com a categoria do consumidor. A leitura dos medidores e faturamento se dá mensalmente para consumidores de baixas voltagens, exceto por consumidores rurais, para os quais os medidores são lidos em intervalos que variam entre um e três meses, conforme autorizado pela regulamentação. As contas são preparadas a partir dos resultados das leituras ou tomando por base o uso estimado. As contas para consumidores de baixa voltagem são emitidas no prazo de cinco dias úteis a contar do faturamento. Em caso de inadimplência, uma notificação é emitida ao consumidor juntamente com a fatura do mês subsequente, e um prazo de 15 dias é concedido para a satisfação do débito. Caso o pagamento não seja recebido no prazo de três dias úteis após o período de 15 dias, o fornecimento de energia do consumidor é suspenso. Clientes de alta voltagem são faturados mensalmente, com prazo de pagamento de cinco dias úteis após a emissão da fatura. Em caso de não pagamento, uma notificação é enviada ao consumidor dois dias após o vencimento, concedendo um prazo de 15 dias para a efetivação do pagamento. Caso o pagamento não seja feito no prazo de três dias úteis após o aviso, o consumidor está sujeito á interrupção do fornecimento de energia. Em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010, a inadimplência de consumidores representou uma média de 11,4% (incluindo a Eletrobras Distribuição Acre) e 11,5%, 18,5% e 15,7% das receitas líquidas anuais, respectivamente. Esses índices de inadimplência geralmente se mantiveram estáveis nos últimos anos e a Eletrobras não acredita que serão alterados em um futuro próximo. Aquisição de Energia Elétrica para Distribuição A Eletrobras adquiriu 16.585 GWh de energia elétrica para distribuição no exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, comparado a 15.576 GWh em 2011 e 14.285 GWh em 2010. As empresas de distribuição da Eletrobras adquirem energia elétrica por meio de leilões, junto a um grupo de empresas de geração que fazem lances estabelecendo o valor máximo de suprimento de energia elétrica. Após o recebimento de todos os lances, seu preço médio é calculado e este é o preço pago pela energia pelas distribuidoras. A aquisição é feita perante todas as empresas de geração que fizeram lances. Atividades de Financiamento e Empréstimos concedidos pela Eletrobras Empréstimos concedidos pela Eletrobras A lei brasileira permite que a Eletrobras empreste recursos apenas para suas subsidiárias. Historicamente, a lei permitiu à Eletrobras atuar como financiadora de suas subsidiárias e de empresas públicas de energia sob seu controle. Embora algumas dessas empresas não mais se encontram no Sistema Eletrobras, a maioria dos empréstimos feitos envolvem partes relacionadas. Anteriormente à privatização do setor elétrico brasileiro, iniciada em 1996, as atividades de financiamento constituíam uma grande parte de suas operações, já que a maioria das empresas atuando no setor eram públicas, o que permitia à Companhia financiar estas empresas. Entretanto, em razão da privatização, a quantidade de empresas para as quais podemos emprestar recursos diminuiu e as atividades de financiamento não são mais uma parte relevante de nossos negócios. Os valores totais de empréstimos registrados no balanço patrimonial consolidado da Companhia eram de R$9,7 bilhões, R$9,7 bilhões e R$9,7 bilhões em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010, respectivamente. Desse total, os montantes de R$5,8 bilhões, R$5,8 bilhões e R$5,7 bilhões em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010, respectivamente, correspondiam a empréstimos para Itaipu. Empréstimos relacionados às empresas de distribuição de energia totalizavam R$3,9 bilhões em 31 de dezembro de 2012, R$3,8 bilhões em 31 de dezembro de 2011 e R$4,0 bilhões em 31 de dezembro de 2010. Fontes de Recursos A Eletrobras obtém recursos para suas atividades de financiamento mediante empréstimos junto a instituições financeiras e ofertas de títulos no mercado de capitais internacional. Em 31 de dezembro de 2012, a dívida de longo prazo consolidada da Eletrobras era de R$45.204 milhões, comparada a R$38.408 milhões e R$31.270 milhões em 31 de dezembro de 2011 e 2010, respectivamente, sendo - 42 - que a maioria da dívida em moeda estrangeira era expressa em dólares americanos (aproximadamente 38,22% nos últimos três exercícios sociais). Para maiores informações sobre o endividamento da Companhia, vide item 10.1(f) deste Formulário de Referência. Adicionalmente, a Eletrobras utiliza empréstimos perante o Fundo RGR, por ela administrado, para repasses a suas subsidiárias e a outras empresas do setor elétrico. Em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010, a taxa de juros aplicável a esses recursos era de 5,0% e a Companhia cobra uma taxa de administração de até 2,0% dos recursos repassados a subsidiárias e a outras entidades. Subsidiárias A Eletrobras atua como sócio minoritário em empresas de geração e transmissão e joint ventures do setor privado. A Companhia também tem autorização para prestar garantias aos empreendimentos nos quais participa do capital. E Eletrobras constantemente considera a realização de investimentos em diversas dessas companhias, focando principalmente naquelas em linha com sua estratégia de reforço de suas atividades principais de geração e transmissão de energia elétrica. As participações atualmente detidas correspondem a empresas e joint ventures privadas do setor privado. A participação nesses empreendimentos é determinada primordialmente no mérito e nos critérios de rentabilidade estabelecidos em nossos controles de gestão. A tabela abaixo indica uma estimativa do percentual de participação da Eletrobras em empresas de geração e linhas de transmissão em 31 de dezembro de 2012: Sociedade de Propósito Específico/Consórcio Transmissão Interligação Elétrica do Madeira S.A. Objeto do investimento 600 kV Linha de transmissão de 2.375 km Participação da Eletrobras Eletrobras Chesf (24,5%) Eletrobras Furnas (24,5%) Circuito Retificador e Estação Inversora Norte Brasil Transmissora de Energia S.A. 600kV Linha de transmissão de 2.375 km: Eletrobras Eletronorte (24,5%) Eletrobras Eletrosul (24,5%) SE Coletora – Araraquara 2. Porto Velho Estação Transmissora de Energia S.A. 500/±600 kV Estação de Conversão e Inversão 01 Eletrobras Eletronorte (100,0%) Manaus Transmissora de Energia S.A. 500 kV Linha de transmissão de 587 km: Eletrobras Chesf (19,5%) Eletrobras Eletronorte (30,0%) Oriximiná – Silves; 500 kV linha de transmissão de 224 km e Subestação Itacoatiara e Cariri: Silves –Lechuga STN – Sistema de Transmissão Nordeste S.A.(2) 500 kV Linha de transmissão de 546 km: Eletrobras Chesf (49,0%) Teresina-Sobral-Fortaleza Intesa – Integração de Energia S.A.(2) 500 kV Linha de transmissão de 695 km: Colinas-Miracema-Gurupí-Peixe NovaSerra da Mesa 2 Eletrobras Chesf (12,0%), Eletrobras Eletronorte (37,0%) Porto Velho Transmissora de Energia S.A. 230 kV Linha de transmissão de 17 km: 500/230 kV SE Coletora Porto Velho Eletrobras Eletrosul (100,0%) - 43 - Sociedade de Propósito Específico/Consórcio Ártemis – Transmissora de Energia S.A.(2) Objeto do investimento 525 kV Linha de transmissão de 476 km: S. Santiago-Ivaporã-Cascavel Participação da Eletrobras Eletrobras Eletrosul (100,0%) Transenergia Renovável 230/138 kV Linha de transmissão de 635 km: Conecta usinas de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) Eletrobras Furnas (49,0%) Brasnorte Transmissora de Energia S.A.(2) 230kV Linha de transmissão de 402 km: Jauru-Juba-C2; LT Maggi-Nova Mutum Eletrobras Eletronorte (49,7%) RS Energia – Empresa de Transmissão de Energia do Rio Grande do Sul S.A.(2) 525 kV Linha de transmissão de 260 km: Campos Novos-Nova Santa Rita e 230 kV Linha de transmissão de 33 km SE Monte Claro – SE Garibaldi Eletrobras Eletrosul (100,0%) Companhia Transleste de Transmissão S.A.(2) 345 kV Linha de transmissão de 139 km: Montes Claros-Irapé Eletrobras Furnas (24,0 24,5%) Amazônia Eletronorte Transmissora de Energia S.A. – Aete(2) 230 kV Linha de transmissão de 193 km: Coxipó-Cuiabá-Rondonópolis e SE Seccionadora Cuiabá Eletrobras Eletronorte (49,0%) Etau – Empresa de Transmissão do Alto Uruguai(2) S.A. 240 kV Linha de transmissão de 187 km: Campos Novos-Barra Grande-Lagoa Vermelha-Santa Marta Eletrobras Eletrosul (27,4%) - 44 - Sociedade de Propósito Específico/Consórcio Uirapuru Transmissora de Energia S.A.(2) Objeto do investimento 525 kV Linha de transmissão de 122 km: Ivaiporã-Londrina Participação da Eletrobras Eletrobras Eletrosul (100,0%) Companhia Transudeste de Transmissão S.A.(2) 345 kV Linha de transmissão de 144 km: Itutinga-Juiz de Fora Eletrobras Furnas (25,0%) Companhia Transirapé de Transmissão S.A.(2) 345 kV Linha de transmissão de 61 km: Irapé-Araçuaí Eletrobras Furnas (25,0 24,5%) Companhia Centroeste de Minas S.A. 345 kV Linha de transmissão de 63 km: Eletrobras Furnas-Pimenta II Eletrobras Furnas (49,0%) Linha Verde Transmissora de Energia S.A. 230 kV Linha de transmissão de 987 km: Porto Velho – Jauru Eletrobras Eletronorte (49,0%) Rio Branco Transmissora de Energia S.A. 230 kV Linha de transmissão de 487 km: Porto Velho-Abunã-Rio Branco Eletrobras Eletronorte (100,0%) Transmissora Matogrossense de Energia S.A. 500 kV Linha de transmissão de 348 km: Jauru – Cuiabá and SE Jauru Eletrobras Eletronorte (49,0%) Transenergia São Paulo S.A. Itatiba Subestação, 500 kV Eletrobras Furnas (49,0%) Transenergia Goiás S.A 230 kV Linha de transmissão de 188 km: Serra da Mesa-Niquelândia-Barro Alto Eletrobras Furnas (49,0%) Consórcio Goiás Transmissão 500 kV Linha de transmissão de 193 km: Rio Verde Norte –Trindade. e 230 kV Linha de transmissão de 66 km: Xavantes-Trindade-Carajás e SE Trindade Eletrobras Furnas (49,0%) Consórcio MGE Transmissão 500 kV Linha de transmissão de 248 km: Mesquita-Viana 2. and 345 kV Linha de transmissão de 10 km: Viana – Viana 2 e SE Viana 2 Eletrobras Furnas (49,0%) TDG Transmissora Delmiro Gouveia SA 230 kV Linha de transmissão de 96 km: São Luiz II – São Luiz III e SE Pecém e SE Aquiraz II Eletrobras Chesf (49,0%) Interligação Elétrica Garanhus SA 500 kV Linha de transmissão de 653 km: Luiz Gonzaga – Garanhus, Garanhus – Campina Grande III e Garanhus – Pau Ferro and 230 kV Linha de transmissão de 13 km: Garanhus – Angelim I Eletrobras Chesf (49,0%) Transnorte Energia SA 500 kV Linha de transmissão de 715 km: Engenheiro Lechuga – Equador (RR) – Boa Vista e SEs Eletrobras Eletronorte (49,0%) Costa Oeste Transmissora de Energia SA 230 kV Linha de transmissão de 143 km Cascavel Oeste –Umuarama Eletrobras Eletrosul (49,0%) Marumbi Transmissora de Energia SA 525 kV Linha de transmissão de 28 km: Curitia – Curitia Leste Eletrobras Eletrosul (20,0%) - 45 - Sociedade de Propósito Específico/Consórcio Objeto do investimento Participação da Eletrobras Transmissora Sul Brasileira de Energia SA 525 kV Linha de transmissão de 495 km: Salto Santiago – Itá – Nova Santa Rita and 230 kV Linha de transmissão de 303 km: Nova Santa Rita – Camaquã – Quinta Eletrobras Eletrosul (80,0%) Consórcio Caldas Novas SE Corumbá 345/138 kV – 2 x 75 MVA Eletrobras Furnas (49,9%) Madeira Energia SA UHE Santo Antonio com 3.150 MW Eletrobras Furnas (39,0%) Energia Sustentável do Brasil UHE Jirau com 3.750 MW Eletrobras Chesf (20,0%) Eletrobras Eletrosul (20,0%) Foz do Chapecó Energia S.A. UHE Foz do Chapecó com 855 MW Eletrobras Furnas (40,0%) Enerpeixe S.A.(2) UHE Peixe Angical com 452 MW Eletrobras Furnas (40,0%) Consórcio Energético Cruzeiro do Sul S.A. UHE Mauá com 361 MW Eletrobras Eletrosul (49,0%) Serra de Facão S.A. UHE Serra do Facão com 213 MW Eletrobras Furnas (49,5%) Energetica Águas da Pedra S.A. – EAPSA (Aripuanã; Água Das Pedras) UHE Dardanelos com 261 MW Eletrobras Chesf (24,5%), Eletrobras Eletronorte (24,5%) Baguari I Geração de Energia Elétrica S.A.(2) UHE Baguari with 140 MW Eletrobras Furnas (15,0%) Retiro Baixo Energética S.A. UHE Retiro Baixo com 82 MW Eletrobras Furnas (49,0%) AMAPARI Energia S.A.(2) TPU Serra do Navio com Pequena UHE Capivara com 53 MW Eletrobras Eletronorte (49,0%) Norte Energia S.A. UHE Belo Monte com 11.233 MW Eletrobras Eletronorte (19,9%) Eletrobras Chesf (15,0%) Eletrobras Holding (15,0%) Brasventos Eolo Geradora de Energia S.A. Parque Eólico Rei doVentos I com 58 MW Eletrobras Furnas (24,5%) Eletrobras Eletronorte (24,5%) Rei dos Ventos 3 Geradora de Energia S.A. Parque Eólico Rei dos Ventos 3 com 60MW Eletrobras Furnas (24,5%) Eletrobras Eletronorte (24,5%) Brasventos Miassaba 3 Geradora de Energia S.A. Parque Eólico Miassaba 3 cmo 68 MW Eletrobras Furnas (24,5%) Eletrobras Eletronorte (24,5%) Companhia Hidrelétrica Teles Pires UHE Teles Pires com 1.820 MW Eletrobras Eletrosul (24,5%) Eletrobras Furnas (24,5%) Cerro Chato I S.A. Parque Eólico Cerro Chato I com 30 MW Eletrobras Eletrosul (100,0%) Cerro Chato II S.A. Parque Eólico Cerro Chato I I com 30 MW Eletrobras Eletrosul (100,0%) Cerro Chato III S.A. Parque Eólico Cerro Chato III com30 MW Eletrobras Eletrosul (100,0%) Geração - 46 - Sociedade de Propósito Específico/Consórcio Objeto do investimento Participação da Eletrobras Eólica Mangue Seco 2 Geradora e Comercializadora de Energia Elétrica Eólica Mangue Seco 2 com 26 MW Chuí Holding S.A. Eólicas Chuí I a V com 98 MW e Eólicas Eletrobras Eletrosul (49,0%) Minuano VI and VII com 46 MW Livramento Holding S.A. Eólicas Cerro Chato IV, V e VI, Ibirapuitã e Trindade com 78 MW Eletrobras Eletrosul (49,0%) Santa Vitória do Palmar Holding S.A. Eólicas Geribatu I até X com 258 MW Eletrobras Eletrosul (49,0%) São Pedro do Lago S.A. Eólica São Pedro do Lago com 30 MW Eletrobras Chesf (49,0%) Pedra Branca S.A. Eólica Pedra Branca com 30 MW Eletrobras Chesf (49,0%) Sete Gameleiras S.A. Eólica Sete Gameleiras com 30 MW Eletrobras Chesf (49,0%) Central Geradora Eólica Famosa I S.A. Eólica Famosa I com 23 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Central Geradora Eólica Pau – Brasil S.A. Eólica Pau – Brasil com 15 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Central Geradora Eólica Rosada S.A. Eólica Rosada com 30 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Central Geradora Eólica São Paulo Eólica São Paulo com 18 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Energia dos Ventos I Eólica Goiabeira com 19 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Energia dos Ventos II Eólica Ubatuba com 13 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Energia dos Ventos III Eólica Santa Catarina com 16 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Energia dos Ventos IV Eólica Pitombeira com 27 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Brasnorte Transmissora de Energia S.A.(2) 230kV Linha de transmissão de 402 km: Jauru-Juba-C2; LT Maggi-Nova Mutum Eletrobras Eletronorte (49,7%) TDG Transmissora Delmiro Gouveia SA 230 kV Linha de transmissão de 96 km: São Luiz II – São Luiz III e SE Pecém e SE Aquiraz II Eletrobras Chesf (49,0%) Norte Energia S.A. UHE Belo Monte com 11,233 MW Eletrobras Eletronorte (19,9%) Eletrobras Chesf (15,0%) Eletrobras Holding (15,0%) Energia dos Ventos V Eólica São Januário com 19 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Energia dos Ventos VI Eólica Nossa Senhora de Fátima com 29 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Energia dos Ventos VII Eólica Jandaia com 29 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Energia dos Ventos VIII Eólica São Clemente com 19 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Enegia dos Ventos IX Eólica Jandaia I com 19 MW Eletrobras Furnas (49,0%) Energia dos Ventos X Eólica Horizonte com 14 MW Eletrobras Furnas (49,0%) - 47 - Eletrobras Holding (49,0%) Sociedade de Propósito Específico/Consórcio Objeto do investimento Participação da Eletrobras Caiçara I SA Eólica Caiçara I com 30 MW Eletrobras Chesf (49,0%) Caiçara II SA Eólica Caiçara II com 21 MW Eletrobras Chesf (49,0%) Junco I SA Eólica Junco I com 30 MW Eletrobras Chesf (49,0%) Junco II SA Programas do Governo Federal Eólica JuncoII com 30 MW Eletrobras Chesf (49,0%) Programas do Governo Brasileiro Adicionalmente ao Proinfa, criado pelo Governo Federal em 2002 para criar incentivos ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia, a Eletrobras também participa em quatro outros programas do Governo Federal: Programa Reluz, um programa lançado para trazer iluminação básica às áreas públicas principais de certos municípios brasileiros; Programa Procel, destinado a promover a conservação de energia e a eficiência energética; Luz para Todos, voltado à disponibilização de energia elétrica para 12 milhões de pessoas no Brasil; e Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial, um programa voltado à coordenação das atividades de pesquisa e desenvolvimento no setor elétrico brasileiro e à promoção do desenvolvimento e fabricação dos equipamentos necessários para assegurar o desenvolvimento do setor. Os recursos utilizados pela Eletrobras em relação a estes programas advém diretamente do Governo Federal, na forma de recursos alocados ao setor e, portanto, a Eletrobras não utiliza recursos próprios para o desenvolvimento destes programas. A Companhia participa, ainda, de outras iniciativas, utilizando recursos próprios, tais como o Projeto Ribeirinhas, por meio do qual visa avaliar a aplicabilidade e sustentabilidade de tecnologias baseadas em fontes renováveis de energia em certas comunidades pequenas da região amazônica. Pesquisa e Desenvolvimento Veja “Item 5.C, Pesquisa e Desenvolvimento, Patentes e Licenças” Atividades Internacionais Em 31 de dezembro de 2012, A Eletrobras não possuía operações no exterior. Entretanto, como parte de sua estratégia, a Eletrobras segue explorando certas oportunidades nos mercados internacionais de energia elétrica internacional e identificando, seletivamente, oportunidades rentáveis em tais mercados, principalmente relacionadas à integração dos sistemas elétricos nas Américas. Como parte de seu plano de internacionalização, a Eletrobras estabeleceu escritórios de representação em Lima, no Peru, na Cidade do Panamá, Panamá, e Montevideu, Uruguai, de modo a atender às normas locais, que determinam que somente serão outorgadas concessões para sociedades que mantém um escritório de representação local. Tais escritórios também possibilitarão o contato da Eletrobras com parceiros na América Latina. A Companhia está ativamente buscando investir em projetos de geração em outros países LatinoAmericanos e, inclusive, já iniciou a comercialização de energia elétrica com alguns desses países. A Eletrobras detém, ainda, participações societárias em duas sociedades de propósito específico (SPE) no Peru e Nicarágua, que estão conduzindo estudos de viabilidade para projetos de geração hidrelétrica. Adicionalmente, a Eletrobras está em processo de obtenção das licenças necessárias para a construção, no Brasil, de um sistema de interconexão entre o Brasil e o Uruguai, a qual deve se iniciar em 2013. Como parte de sua estratégia de expansão, a Eletrobras também poderá identificar e implementar oportunidades de crescimento seletivas, incluindo linhas de transmissão e projetos de geração com fontes renováveis fora da América do Sul, tal como, notadamente, na África. - 48 - Aspectos Ambientais Aspectos Gerais Questões ambientais podem representar um impacto significante nas operações da Eletrobras. Por exemplo, grandes usinas hidrelétricas podem ocasionar a inundação de grandes áreas e a realocação de um grande número de pessoas. A Constituição Brasileira concede, tanto ao Governo Federal, quanto aos governos estaduais e municipais, o poder de elaborar leis com o objetivo de proteger o meio ambiente e também de regulamentar tais leis. Enquanto o Governo Federal tem a competência para promulgar regulações gerais sobre o meio ambiente, os governos estaduais e municipais têm competência para promulgar regulações ambientais mais específicas. Desta forma, a maioria das regulamentações ambientais no Brasil é estadual ou municipal, e não federal. Qualquer violação às leis e regulamentações ambientais pode resultar em responsabilidade criminal, independentemente da responsabilidade objetiva de remediar os danos ambientais e de indenizar as partes prejudicadas por estes danos. Tais omissões podem, ainda, sujeitar o infrator a penalidades administrativas como multas, suspensão de subsídios oriundos de entidades públicas ou, ainda, mandados judiciais determinando a interrupção, temporária ou permanente, das atividades ilegais. As empresas do setor energético brasileiro precisam observar uma série de restrições ambientais para que possam construir usinas hidrelétricas no Brasil. Para projetos cujos impactos são considerados relevantes, tais como projetos de geração cuja potência supera 10 MW, assim como linhas de transmissão acima de 230 kV, além de outros projetos ambientais sensíveis, primeiramente, deve-se proceder a um estudo básico sobre o impacto ambiental realizado por especialistas independentes, que farão recomendações para minimizar o impacto da usina no meio ambiente. Tal estudo, juntamente com um relatório ambiental específico preparado pela companhia, é submetido às autoridades governamentais federal, estaduais e municipais, conforme o impacto estimado, para análise e aprovação. Uma vez aprovado, o projeto passa por um processo de licenciamento composto por três etapas, quais sejam, uma licença para atestar a viabilidade do projeto, uma licença para iniciar a execução do projeto e uma licença de operação. Adicionalmente, a lei exige que a companhia aplique 0,5% dos custos totais de qualquer investimento em novos projetos com impacto ambiental relevante em medidas de preservação ambiental. Desde 1980, o setor elétrico brasileiro tem se esforçado para melhorar o tratamento dado aos aspectos sociais e ambientais no planejamento, na implementação e na operação de projetos ligados à energia elétrica. De forma geral, as subsidiárias da Eletrobras geradoras de energia elétrica estão em conformidade com a regulamentação ambiental aplicável no Brasil e com as políticas e princípios que guiam o setor elétrico. As instalações de geração e transmissão da Eletrobras são isentas de algumas exigências do licenciamento, por terem iniciado suas operações antes da promulgação da regulamentação ambiental aplicável. Não obstante, algumas autoridades ambientais lavraram autos de infração alegando ausência de licenças ambientais. Em 31 de dezembro de 2012, a subsidiária Eletrobras Eletronuclear operava duas usinas de energia nuclear no Estado do Rio de Janeiro, quais sejam Angra 1 e Angra 2. Como a Eletrobras Eletronuclear iniciou suas atividades antes da promulgação da legislação ambiental, Angra 1 foi licenciada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (“CNEN”), nos termos da regulamentação ambiental e nuclear em vigor naquela época. Um grupo de estudos formado pela Procuradoria Geral da República, o CNEN, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente – FEEMA, a Eletrobras Eletronuclear e a Eletrobras foi instalado para elaborar um Termo de Ajustamento de Conduta - TAC, de acordo com o qual as diretrizes para atualização do licenciamento ambiental deveriam ser estabelecidas. Angra 2 obteve todas as licenças ambientais necessárias a sua operação, contudo a Procuradoria Geral da República contestou as respectivas renovações, condicionando-as a um TAC que exige que a Eletrobras Eletronuclear deveria implementar um programa para melhorar seus planos de emergência, programas de monitoramento ambiental e sistemas de tratamento de efluentes. Até o cumprimento destas exigências, o IBAMA e o CNEN devem se abster de emitir qualquer licença definitiva ou autorizações para operação de Angra 2. Uma avaliação que compreende o cumprimento das obrigações impostas pelo TAC foi enviada pelo IBAMA à Procuradoria Geral da República em junho de 2006. Após avaliar a situação quanto ao atendimento dessas condições, o IBAMA emitiu um relatório concluindo que todas as condições técnicas indicadas no TAC fora cumpridas. Em setembro de 2011, o IBAMA informou que emitirá uma licença de operação unificada para as instalações nucleares em operação na planta CNAAA (Angra 1, Angra 2 e o centro de gestão de resíduos radioativos, incluindo todas as instalações inicialmente previstas). A Eletrobras acredita que a emissão de tal licença ocorrerá no primeiro semestre de 2013. Atualmente, ambas usinas nucleares possuem autorizações de operação permanente individuais. A autorização de Angra 1 é válida até agosto de 2024 e a de Angra 2, até junho de 2041. A Eletrobras Eletronuclear é objetivamente responsável por acidentes nucleares, na qualidade de operadora de usinas nucleares no Brasil. Conservação de Energia Nos últimos 20 anos, o governo brasileiro implementou uma série de medidas direcionadas à conservação de energia no setor elétrico. O governo brasileiro costuma financiar estas medidas, sendo que a Eletrobras é incumbida de administrá-las. O programa mais importante nesta área é o Procel. Fontes Alternativas de Eletricidade - 49 - O Programa de Conservação de Energia Elétrica – Procel foi criado em 1985 para melhorar a eficiência energética e a racionalização do uso das fontes naturais pelo território brasileiro. O Ministério de Minas e Energia coordena o programa e a Eletrobras é responsável por sua execução. O principal objetivo do Procel é incentivar a cooperação dos vários setores da sociedade brasileira a melhorar a conservação de energia tanto no âmbito da produção, quanto no âmbito do consumo. O Setor Energético Brasileiro Geral A Portaria No. 937, datada de 24 de novembro de 2010, emitida pelo Ministério de Minas e Energia (“MME”) definiu o Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica 2010-2019 (“PDE”), o qual possui o objetivo de estabelecer diretrizes para o governo brasileiro e todos os agentes integrantes da indústria brasileira de energia com o intuito de garantir a presença de um estoque de energia sustentável no Brasil, incluindo o de energia elétrica, levando em consideração necessidades ambientais, a economia brasileira e a capacidade técnica dos negócios. Os estudos realizados no PDE incluem um plano para os próximos dez anos e são submetidos a revisões anuais, as quais levam em consideração, entre outros aspectos, mudanças nas previsões de crescimento no consumo de energia elétrica e a reavaliação da viabilidade econômica e operacional dos projetos de geração, juntamente com estimativas relacionadas à expansão de linhas de transmissão. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”), em dezembro de 2011, quando levadas em consideração as unidades de geração do Sistema Interligado Nacional (“SIN”), os geradores de energia pertencentes aos sistemas isolados e os geradores privados, o Brasil possuía capacidade instalada total de 116.796 MW. Atualmente, o SIN é dividido em quatro subsistemas elétricos: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Um dos objetivos do PDE é completar a integração dos sistemas isolados de Manaus-Macapá ao subsistema do Norte até novembro de 2012. Em adição ao SIN, existem ainda os sistemas isolados, geralmente localizados nas regiões Norte de Nordeste do Brasil, que possuem como fonte única de energia elétrica aquela gerada por usinas termelétricas movidas a carvão e óleo, as quais são extremamente poluentes e geram custos que são de três a quatro vezes superiores, por exemplo, aos custos gerados por uma usina hidrelétrica. A Conta de Consumo de Combustível (“CCC”) foi introduzida pelo artigo 13, inciso III, da Lei No. 5.899, de 5 de julho de 1973, conforme alterada, com o propósito de criar reservas financeiras, constituídas por meio de contribuições pagas anualmente por companhias de geração, transmissão e distribuição, que teriam como objetivo garantir o reembolso de parte dos custos de operações relacionadas à utilização de energia termelétrica no caso de ocorrência de algum evento adverso que afetasse as condições hidrológicas. Tal reembolso seria feito às companhias geradoras e distribuidoras que suportam gastos com energia elétrica gerada por termelétricas. As reservas financeiras mencionadas seriam utilizadas também para subsidiar a energia elétrica gerada pelos sistemas isolados, com o propósito de permitir que os consumidores desses sistemas pudessem arcar com custos de energia elétrica equivalentes àqueles suportados pelos consumidores servidos pela geração hidrelétrica, devido à significativa discrepância entre os valores pagos pelos consumidores nas regiões Norte e Nordeste quando comparado aos valores cobrados dos consumidores nas regiões Sul e Sudeste. Dessa forma, a interconexão entre os sistemas isolados e o SIN possibilitaria que consumidores nos sistemas isolados tivessem acesso a fontes de energia hidrelétrica, o que resultaria na redução dos custos de produção e na convergência de preços das áreas mencionadas com as demais regiões do país. Com o propósito de promover uma significativa redução na conta CCC, o PDE pretende integrar os sistemas isolados ao SIN. Tal integração seria obtida por meio da construção de linhas transmissoras de Jauru/Vilhena (230kV), Tucuruí/Manaus (Cariri) (500kV) e Jurupari/Macapá (230kV), no menor intervalo de tempo possível, considerando que a análise preliminar para implementação do projeto de integração já foi concluída. Adicionalmente à integração dos sistemas isolados, o PDE também proporcionaria a expansão da geração elétrica por meio da melhoria da capacidade de geração, definida pelo PDE como a execução de um conjunto de trabalhos que têm por objetivo o aumento da capacidade e eficiência, conjuntamente com a modernização do parque energético já existente, o que não representaria muito em termos de capacidade assegurada, mas contribuiria para suprir o nível de aumento esperado na demanda energética. Segundo a ANEEL, a capacidade instalada total de geração de energia elétrica no Brasil em 2012 era de 120.660.741 KW, com 2.731 empreendimentos operantes. Atualmente, existem 177 empreendimentos sob construção e outros 542 com concessões outorgadas. Assim, uma capacidade de geração adicional de 27.500.695KW é esperada nos próximos anos. De acordo com o PDE, a capacidade instalada total brasileira de geração de energia está projetada para aumentar para 182,4 GW em 2021, dos quais 111.7 GW (61,25%) estão previstos para serem provenientes de hidrelétricas e 70,6 GW (38,75%) para serem provenientes de termelétricas e de outras fontes. - 50 - A Eletrobras atualmente controla aproximadamente 35% da capacidade instalada de geração de energia no Brasil e é responsável por aproximadamente 53% da capacidade instalada de transmissão acima de 230 kV. Adicionalmente, alguns estados brasileiros controlam entidades envolvidas na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. A parte restante do mercado é controlada por diversas empresas, incluindo Cemig, Copel, Tractebel, CPFL, Duke e Brasil Energia. Algumas dessas empresas associaram-se no passado. Em termos de receita líquida, a Eletrobras acredita ser a maior companhia geradora e transmissora de energia no Brasil. A Eletrobras participa principalmente de licitações relativas aos negócios de geração e transmissão de energia. Em 2012, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (“EPE”), o consumo de energia elétrica no Brasil alcançou 448.276GWh, o que representou um aumento de 3,5% quando comparado ao consumo total em 2011. O consumo de energia elétrica no Brasil em 2011 foi de 433.034 GWh segundo a EPE, o que representou um aumento de 4,2% comparado ao consumo total de 415.683 GWh em 2010. Histórico A Constituição brasileira prevê que o desenvolvimento, uso e venda de energia devem ser empreendidos diretamente pelo governo brasileiro ou indiretamente por meio de concessões, permissões ou autorizações. Historicamente, a indústria brasileira de energia tem sido dominada por concessionárias de geração, transmissão e distribuição controladas pelo governo brasileiro. A alteração desse cenário durante a administração de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), período durante o qual muitas companhias controladas pelo Estado foram privatizadas no esforço de aumentar a eficiência e competição no setor. Nos últimos anos, o Governo Federal tomou uma série de medidas para remodelar a indústria de energia. Geralmente, essas medidas focavam o aumento de participação de investimentos estrangeiros e a eliminação de restrições aos investimentos externos, aumentando, dessa forma, a competição global na indústria de energia brasileira. O Governo Federal tomou, particularmente, as seguintes medidas: A Constituição brasileira sofreu emenda em 1995 pela Emenda Constitucional No. 6 com o intuito de permitir que companhias estrangeiras investissem em companhias brasileiras que detêm concessões no setor de geração de energia. Anteriormente a esta emenda, todas as concessões no setor de geração de energia eram controladas por indivíduos brasileiros, por entidades controladas por indivíduos brasileiros ou pelo governo brasileiro; O Governo Federal promulgou a Lei No. 8.987, em 13 de fevereiro de 1995, a qual foi modificada pelas Leis No. 11.196, de 21 de novembro de 2005, No. 11.445, de 5 de janeiro de 2007 (“Lei de Concessões”) e promulgou também a Lei No. 9.074, em 7 de julho de 1995 (“Lei das Concessões de Energia”) que, juntas: (i) exigem que todas as concessões que tenham como objeto serviços relacionados ao fornecimento de energia passem por processos públicos de licitação; (ii) permitiu gradualmente que certos consumidores de energia, com demanda significativa, designados como “Consumidores Livres” comprassem energia elétrica diretamente de fornecedores que detêm concessões; (iii) previu a criação de entidades de geração as quais, por meio de concessões, permissões ou autorizações, poderão gerar e vender, por conta e risco próprios, o total ou parte de sua produção de energia para Consumidores Livres, concessionárias de distribuição e agentes comerciais, entre outros (“Produtores Independentes de Energia”); (iv) garantiu aos Consumidores Livres e aos fornecedores de energia acesso a todos os sistemas de distribuição e transmissão; e (v) eliminou a necessidade de instauração de procedimentos licitatórios para construção e operação de projetos de energia com capacidade entre 1MW a 30MW (as chamadas Pequenas Centrais Hidrelétricas – “PCHs”) apesar de ser necessária a outorga de autorização ou permissão pela ANEEL ou pelo MME, conforme o caso; A partir de 1995, parcelas do controle acionário detidas por nós e por vários estados em determinadas companhias de geração e distribuição foram vendidas para investidores privados. Conjuntamente a isto, alguns governos estatais também venderam sua participação em grandes companhias de distribuição; Em 1998, o Governo Federal promulgou a Lei No. 9.648 (“Lei do Setor Elétrico”) para reformular a estrutura básica do setor energético. A Lei do Setor Elétrico prevê: o a instituição de um órgão autorregulado responsável pela coordenação, compra e venda de energia elétrica disponível no sistema interligado ou Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE, entidade que substituiu o sistema anterior de geração regulamentada de preços e contratos de fornecimento. O Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE foi posteriormente substituído pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (“CCEE”); o a exigência de que as companhias de distribuição e geração celebrassem contratos de fornecimento de energia - 51 - iniciais (“Contratos Iniciais”), geralmente com compromissos “take or pay”, a preços e volumes aprovados pela ANEEL. A principal finalidade dos Contratos Iniciais era assegurar às companhias de distribuição acesso a um fornecimento de energia estável, a preços que garantissem taxa fixa de retorno às companhias de geração de energia elétrica durante o período de transição, estabelecendo assim um mercado de energia competitivo e livre; o a criação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (“ONS"), uma entidade privada sem fins lucrativos responsável pelo gerenciamento operacional das atividades de geração e transmissão do SIN; e o a instituição de licitações públicas para concessões relativas à construção e operação de usinas de geração e de instalações de transmissão; Em 2001, o Brasil enfrentou uma séria crise energética que durou até o fim de fevereiro de 2002. Como resultado, o Governo Federal implementou medidas que incluíam: o um programa de racionamento do consumo energético nas regiões mais adversamente afetadas, quais sejam, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste; e o a criação da Câmara de Gestão de Crise de Energia Elétrica (“GCE”), que instituiu uma série de medidas emergenciais que previam a redução do consumo energético em pontos estratégicos para consumidores residenciais, comerciais e industriais nas regiões afetadas, por meio da introdução de regimes de tarifas especiais que encorajavam a redução do consumo energético. Em março de 2002, a GCE suspendeu as medidas emergenciais e o racionamento energético como resultado do grande aumento do fornecimento de energia elétrica (devido ao aumento significativo do nível das represas), e uma redução moderada na demanda, e em conformidade com tais condições, o Governo Federal promulgou, em abril de 2002, novas medidas que, entre outras estipulações, estabelecia um ajuste extraordinário de tarifa para compensar perdas financeiras nas quais incorreram os fornecedores de energia como resultado do racionamento obrigatório de energia elétrica; Em 15 de março de 2004, o Governo Federal promulgou a Lei nº 10.848 (“Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico”), e em 30 de julho de 2004 publicou o Decreto nº 5.163, em um esforço para reestruturar o setor elétrico, tendo como principal objetivo propiciar aos consumidores garantia de fornecimento de energia, combinada com tarifas baixas, lei esta que foi regulada por um número de decretos publicados pelo Governo Federal em julho e agosto de 2004, e ainda está sujeita a futuras regulamentações. Ver “Questionamentos sobre a Constitucionalidade da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico”; e No fim de 2012, o Governo Federal promulgou duas medida provisórias (“MP”) que alteraram consideravelmente o panorama geral do setor elétrico brasileiro, sendo elas a MP n.º 577, de 29 de agosto de 2012, e a MP n.º 579, de 11 de setembro de 2012. Ambas foram convertidas, respectivamente, nas leis n.º 12.767, de 27 de dezembro de 2012 (“Lei n.º 12.767/2012”) e n.º 12.783, de 11 de janeiro de 2013 (“Lei 12.783/2013”). Em termos gerais, as MPs regulamentaram a renovação das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como a intervenção do poder concedente nas concessões. Concessões As companhias ou consórcios que visem a construção ou operação de instalações de geração, transmissão ou distribuição de energia elétrica no Brasil devem requerer ao MME ou à ANEEL, por delegação do MME, enquanto poder concedente, a outorga de concessão, permissão ou autorização, conforme o caso. As concessões outorgam direitos para gerar, transmitir ou distribuir energia elétrica em uma área específica, por prazo específico, apesar de poder ser revogada a qualquer momento com base apenas na discricionariedade do MME, seguindo consulta à ANEEL. Este prazo é usualmente de 35 anos para novas concessões de geração e de 30 anos para novas concessões de transmissão ou distribuição. A Lei de Concessões identifica, entre outras estipulações, as condições que a concessionária deverá atender ao prestar serviços de energia elétrica, os direitos dos consumidores e as obrigações da concessionária e do poder concedente. Ademais, a concessionária deverá observar os regulamentos em vigor que regem o setor elétrico. As principais disposições da Lei de Concessões estão resumidas a seguir: Serviço adequado. A concessionária deverá prestar serviço adequado para satisfazer igualmente, entre outros fatores, a regularidade, continuidade, eficiência, segurança e acessibilidade do serviço. Servidões. A concessionária poderá utilizar terrenos públicos ou solicitar que o poder concedente declare de utilidade pública imóveis privados, de forma a beneficiar a concessionária. Neste caso, a concessionária deverá indenizar os proprietários - 52 - afetados. Responsabilidade objetiva. A concessionária tem responsabilidade objetiva por todos os danos decorrentes da execução dos seus serviços. Mudanças no controle societário. O poder concedente deverá aprovar qualquer alteração direta ou indireta no controle societário da concessionária. Intervenção pelo poder concedente. O poder concedente poderá intervir na concessão, mediante procedimento administrativo, para assegurar a prestação adequada dos serviços pela concessionária, bem como a plena observância por ela das disposições contratuais e regulatórias aplicáveis. O procedimento de intervenção foi regulamentado por meio da MP n.º 577, convertida na Lei n.º 12.767/2012. Extinção da concessão. O contrato de concessão poderá ser extinto por meio de encampação e/ou caducidade. A encampação corresponde ao término antecipado de uma concessão por razões relacionadas ao interesse público, devendo ser expressamente estabelecida por lei. A caducidade deverá ser declarada pelo poder concedente após a emissão de decisão administrativa final no sentido de que, entre outros fatores: (i) houve falha na prestação de serviços adequados ou no cumprimento das leis e regulamentações aplicáveis; (ii) a concessionária não mais possui capacidade técnica, financeira ou econômica para a prestação adequada de serviços; ou (iii) não cumprimento pela concessionária das penalidades imputadas pelo poder concedente. A concessionária poderá contestar qualquer encampação ou caducidade em esfera judicial e terá direito de receber indenização pelos investimentos por ela realizados em bens reversíveis que não tenham sido integralmente amortizados ou depreciados, após dedução de quaisquer valores correspondentes a multas, perdas e danos devidos pela concessionária. Advento do termo contratual. Quando do advento do termo contratual da concessão, todos os bens, direitos e prerrogativas que estiverem substancialmente relacionados à prestação dos serviços de energia elétrica serão revertidos ao Governo Federal. Após o término do contrato, a concessionária tem o direito de receber indenização pelos investimentos por ela realizados em bens reversíveis que não tenham sido integralmente amortizados ou depreciados até o momento do término contratual. Penalidades A Lei No. 9.427 de 26 de dezembro de 1996, conforme alterada, promulgada pelo Governo Federal e complementada por regulamentação da ANEEL, estabelece a imposição de sanções contra os agentes do setor elétrico e classifica as penalidades apropriadas, com base na natureza e relevância da violação (incluindo avisos, multas, suspensão temporária do direito de participar em licitações de novas concessões, permissões ou autorizações e caducidade). Para cada violação, as multas podem chegar a 2,0% do valor da receita da concessionária no período dos últimos 12 meses, anteriormente a qualquer auto de infração ou, no caso de produtores independentes ou autoprodutores, o valor estimado de energia produzida no mesmo período. Algumas infrações que podem resultar em multas são relacionadas às falhas do agente no que tange a solicitação de aprovação pela ANEEL, a seguir resumidas (de acordo com a Resolução No. 63/2004 da ANEEL, conforme alterada): ingressar em determinadas transações com partes relacionadas; venda ou cessão de ativos relacionados aos serviços prestados, bem como a constituição de qualquer gravame (incluindo qualquer depósito em garantia, caução, fiança, penhor ou hipoteca) sobre tais ativos ou qualquer outro ativo relacionado à concessão ou à receita ligada à prestação de serviços de energia elétrica; mudanças no controle societário do detentor da permissão ou concessão; e o não cumprimento do cronograma de início da operação comercial relativo às usinas de geração, conforme previamente aprovado pela ANEEL por meio do respectivo contrato. No que tange os contratos celebrados entre partes relacionadas que são submetidos à aprovação da ANEEL, esta pode impor restrições aos termos e condições desses contratos e, em circunstâncias extremas, determinar que o contrato seja imediatamente rescindido. Ademais, a ANEEL possui a função institucional de controlar as operações societárias do setor de energia, requerendo que estas operações (mudanças no controle dos agentes do setor de energia elétrica) sejam submetidas previamente à aprovação da ANEEL antes de serem implementadas. - 53 - Renovação de Concessões – Lei n.º 12.783/2013 O Governo Federal promulgou, recentemente, a MP n.º 579/2012, convertida na Lei n.º 12.783/2013. Dentre outras provisões, o principal objetivo do ato normativo é regular as condições de renovação de concessões dede geração, distribuição e transmissão de energia elétrica. A Lei n.º 12.783/2013 (i) estabelece as condições para a renovação de concessões dede geração, distribuição e transmissão de energia elétrica; (ii) assegura redução de tarifas; e (iii) cria um sistema de quotas caracterizado pela alocação da energia gerada por usinas hidrelétricas às concessionárias de distribuição do SIN. (i) Condições para a renovação das concessões de geração, distribuição e transmissão de energia elétrica O poder concedente poderá prorrogar o vencimento das concessões de geração, distribuição e transmissão de energia elétrica por um período máximo de 30 anos adicionais, desde que as concessionárias aceitem novas condições específicas impostas pela lei de modo a assegurar a continuidade do suprimento de energia e a redução das tarifas. Os principais termos e condições impostos pela Lei n.º 12.783/2013 para a renovação das concessões estão indicados a seguir: Geração hidrelétrica: a renovação é condicionada (i) às tarifas determinadas pela ANEEL, (ii) à comercialização de acordo com o sistema de alocação de quotas, e (iii) ao cumprimento de padrões de qualidade estabelecidos pela ANEEL; Autoprodutores: para a renovação das concessões, o autoprodutor deverá se submeter a pagamentos adicionais pelo uso de bens públicos que serão usados pelo Governo Federal para a redução das tarifas de energia cobradas dos consumidores; Geração termelétrica: a renovação deverá ser solicitada pela concessionária no mínimo 24 meses antes do término da concessão. Caso solicitada, a renovação será concedida por um período máximo de 20 anos; Transmissão de energia: a renovação das concessões de transmissão está sujeita à redução da receita anual permitida (“RAP”), que corresponde ao valor anual recebido pela concessionária pela prestação de serviços públicos de transmissão, conforme calculada pela ANEEL, bem como ao atendimento a padrões de qualidade estabelecidos pela ANEEL. Distribuição de energia: a renovação está sujeita a condições específicas estabelecidas em um aditivo ao contrato de concessão (que será celebrado com as empresas que solicitarem a renovação de suas concessões), de modo a otimizar os serviços das concessionárias de distribuição, bem com ao atendimento a padrões de qualidade estabelecidos pela ANEEL. As novas condições exigidas para a renovação das concessões serão formalizadas por meio de aditivos aos contratos de concessão. As concessões que não sejam renovadas de acordo com os termos e condições da Lei n.º 12.783/2013 serão revertidas para o poder concedente após o término do prazo de concessão e, posteriormente, submetidas a procedimentos competitivos conduzidos pela ANEEL, nos termos da Lei n.º 8.666/1993. Os ativos de geração, transmissão ou distribuição assim licitados serão concedidos ao vencedor do certame por um período de 30 anos. A concessionária atual permanecerá, nos termos da Lei n.º 12.783/2013, responsável pela prestação dos serviços públicos até a assunção da concessão pelo vencedor do certame. O Ministério de Minas e Energia determinará o valor dos investimentos não amortizados para as concessões que serão renovadas. Nos termos da determinação do Ministério, os valores de indenização para as empresas da Eletrobras são os seguintes: Contratos de Concessão de Geração Companhia Hidrelétrica Eletrobras Chesf .................................... Xingó Eletrobras Chesf .................................... Paulo Afonso IV Eletrobras Chesf .................................... Luiz Gonzaga (Itaparica) Eletrobras Furnas................................... Marimbondo Eletrobras Chesf .................................... Apolônio Sales (Moxotó) Eletrobras Furnas................................... Corumbá I Eletrobras Chesf .................................... Boa Esperança (Castelo Branco) Eletrobras Eletronorte............................ Coaracy Nunes - 54 - Potencial (M W) 3.162,0 2.462,40 1.479,6 1.440,0 400,0 375,0 237,3 68,0 Indemnização Início das (milhares de R$) operções R$ 2,929,832 Dezembro 16, 1994 R$ 360,473 Dezembro 1, 1979 R$ 1,730,602 Junho 13, 1988 R$ 64,368 Outubro 25, 1975 R$ 84,613 April 15, 1977 R$ 679,880 April 1, 1997 R$ 72,783 April 7, 1970 R$ 35,492 Dezembro 30, 1975 Contrato de Concessão de Trasmissão Contrato de Companhia Concessão Eletrobras Chesf .................................................................................... 061/2001-ANEEL Eletrobras Eletronorte ........................................................................... 058/2001-ANEEL Eletrobras Eletrosul ............................................................................... 057/2001-ANEEL Eletrobras Furnas .................................................................................. 062/2001-ANEEL Indemnização (milhares de R$) R$ 1.587.160 R$ 1.682.267 R$ 1.985.568 R$ 2.878.027 (ii) Redução de Tarifas Nos termos da Lei n.º 12.783/2013, a redução das tarifas resultará (i) da redução de encargos setoriais, tais como a CCC, a CDE e a RGR; (ii) dos novos cálculos de tarifas e RAPs das concessões renovadas, conforme indicado acima; e (iii) de investimentos pelo Governo Federal. (iii) Sistema de Alocação de Quotas A Lei n.º 12.783/2013 criou, também, um mecanismo de alocação, para o Ambiente Regulado, da energia gerada pelas usinas hidrelétricas conectadas ao SIN cujas concessões foram renovadas nos termos da nova regulamentação, com o propósito de aumentar o volume de energia disponível às concessionárias de distribuição e reduzir as tarifas cobradas do consumidor final. As quotas e a proporção da energia alocada às concessionárias de distribuição serão revistas periodicamente. Intervenção Administrativa nas Concessões Em agosto de 2012, o Governo Federal promulgou a Lei n.º 12.767/2012 para regular o processo de intervenção pela ANEEL sobre as concessionárias de modo a assegurar a qualidade dos serviços prestados e o cumprimento das obrigações legais, regulatórias e contratuais por tais concessionárias. Adicionalmente, a Lei n.º 12.767/2012 regulamentou a extinção ou encampação da concessão em caso de liquidação ou falência da concessionária, bem como o procedimento administrativo necessário para a extinção da concessão. A Lei n.º 12.767/2012 alterou o ordenamento ao regulamentar a vedação às concessionárias de energia de iniciarem procedimentos de recuperação judicial e extrajudicial. Principais Autoridades Regulatórias Ministério de Minas e Energia – MME O MME é o principal órgão regulador do Governo Federal no que concerne ao setor de energia elétrica, atuando como autoridade representante do Governo Federal, com capacidade de supervisão e elaboração de diretrizes e regulamentações. O Governo Federal, agindo principalmente por intermédio do MME, assumiu certos deveres que estavam anteriormente sob a responsabilidade da ANEEL, incluindo a elaboração de diretrizes que regem a outorga de concessões e a expedição de diretrizes que regem os leilões para concessões atinentes a serviços públicos e bens públicos. Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL O setor elétrico brasileiro é regulado pela ANEEL, uma agência reguladora federal independente. A principal função da ANEEL é regular e fiscalizar o setor elétrico, de acordo com a política determinada pelo MME, e responder a questões que sejam delegadas a ela pelo Governo Federal e pelo MME. As atuais responsabilidades da ANEEL incluem, entre outras: (i) administrar as concessões para atividades de geração, transmissão e distribuição de energia, incluindo a aprovação de tarifas de energia elétrica; (ii) promulgar regulamentos para o setor elétrico; (iii) implementar e regulamentar a exploração de recursos energéticos, incluindo o uso de energia hidrelétrica; (iv) promover licitações para as novas concessões; (v) julgar processos administrativos entre geradoras e compradores de energia elétrica; e (vi) definir critérios e metodologias para a determinação das tarifas de transmissão. Conselho Nacional de Política Energética – CNPE Em 6 de agosto de 1997, de acordo com o artigo 2° da Lei no. 9.478, o Conselho Nacional de Política Energética, ou CNPE, foi criado para assessorar o Presidente no que tange o desenvolvimento e criação de uma política energética nacional. O CNPE é presidido pelo MME e a maioria dos seus membros são funcionários do Governo Federal. O CNPE foi criado para aperfeiçoar o uso dos recursos - 55 - energéticos brasileiros, para garantir o suprimento de energia ao País e para revisar periodicamente o uso de fontes de energia tradicionais ou alternativas para determinar se o País está utilizando uma variedade de fontes de energia ou se é altamente dependente de uma fonte específica. Operador Nacional do Sistema – ONS O ONS foi criado em 1998 pela Lei No. 9.648, datada de 27 de maio de 1998. O ONS é uma entidade privada sem fins lucrativos, composta pelas concessionárias, outras entidades legais que detêm permissões ou autorizações no mercado de energia elétrica e consumidores conectados ao SIN. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico concedeu ao Governo Federal poder para nomear três diretores do ONS. O principal papel do ONS é coordenar e controlar as operações de geração e transmissão de energia no SIN, observadas a regulamentação e supervisão da ANEEL. Os objetivos e principais responsabilidades do ONS incluem, entre outros: planejamento operacional para o setor de geração de energia, organização do uso nacional do SIN e interconexões internacionais, garantindo que todas as partes no setor energético tenham acesso ao sistema de transmissão de forma não discriminatória, auxiliando na expansão do sistema de energia elétrica, propondo planos ao MME para expansão da rede básica de transmissão (nos quais as propostas devem ser levadas em consideração no planejamento de expansão do sistema de transmissão) e submetendo normas relacionadas à operação do sistema de transmissão para aprovação pela ANEEL. Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE Em 12 de agosto de 2004, o Governo Federal promulgou Decreto estabelecendo as regulamentações aplicáveis à nova Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Em 10 de novembro de 2004, a CCEE substituiu o Mercado Atacadista de Energia (“MAE”), mercado no qual as companhias de geração de energia, comerciantes de energia e importadores e exportadores de energia elétrica participavam e no qual o preço a vista da energia elétrica era determinado. A CCEE tornou-se responsável por todos os ativos e operações do MAE (que eram previamente regulados pela ANEEL). Um dos principais papéis da CCEE é conduzir licitações públicas no Ambiente de Contratação Regulado (ver “O Ambiente de Contratação Regulado”). Adicionalmente, a CCEE é responsável, entre outras atribuições: (i) pelo registro de todos os contratos de compra de energia nos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado, e contratos resultantes de ajustes de mercado e do volume de energia contratada no Ambiente de Contratação Livre, ver “Ambiente de Contratação Livre”; e (ii) por contabilizar e justificar as operações de curto prazo. Os membros da CCEE incluem companhias geradoras, distribuidoras e comercializadoras de energia, assim como Consumidores Livres. Seu conselho de administração é composto por quatro conselheiros escolhidos pelos seus membros e um conselheiro escolhido pelo MME, que atua como presidente do conselho de administração. O MME determina o preço máximo de venda de energia por meio de licitações, conforme exigido pelo Decreto No. 5.163, de 2004. Empresa de Pesquisa Energética – EPE Em 16 de agosto de 2004, o Governo Federal promulgou o decreto que criou a EPE, companhia estatal responsável pela condução de pesquisas estratégicas sobre o setor energético, incluindo, dentre outros, a energia elétrica, petróleo, gás, carvão e fontes de energia renováveis. A pesquisa mantida pela EPE é subsidiada pelo MME como parte de sua atuação no setor energético. Ademais, a EPE é a entidade encarregada da qualificação técnica de projetos, participando em licitações promovidas pela ANEEL para venda de energia. Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico – CMSE A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico autorizou a criação, sob o Decreto No. 5.175, de 9 de agosto de 2004, do Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico, que atua sob direção do MME. O CMSE é responsável pelo monitoramento das condições de fornecimento do sistema e pela proposição de medidas preventivas (incluindo medidas em demandas relacionadas à energia elétrica e à contratação de reservas de estoque) para restaurar as condições de serviço, quando aplicável. Transmissão de Energia Elétrica no Brasil O transporte de elevado volume de energia elétrica por longas distâncias é feito por meio de uma rede de linhas de transmissão e subestações de alta voltagem (variando de 230kV a 750kV), conhecida como Rede Básica. Qualquer agente do mercado de energia elétrica que produzir ou consumir energia elétrica tem o direito de utilizar a Rede Básica. As linhas de transmissão no Brasil são geralmente muito longas, uma vez que a maior parte das usinas hidrelétricas está usualmente afastada dos grandes centros de consumo de energia elétrica. Atualmente, o país possui um sistema praticamente interligado. Apenas os estados do Amazonas, Roraima, Amapá, Rondônia e parte do estado do Pará ainda permanecem desconectados do SIN. Nesses estados, o fornecimento é feito por pequenas usinas térmicas ou usinas hidrelétricas próximas às respectivas capitais. - 56 - O SIN proporciona a troca de energia elétrica entre diferentes regiões caso uma destas enfrente problemas relativos à geração de energia hidrelétrica devido a uma queda no nível de suas represas. Como a temporada de chuvas é diferente no sul, sudeste, norte e nordeste do Brasil, as linhas de transmissão de maior voltagem (500kV ou 750kV) tornaram possível o fornecimento de energia elétrica às regiões incapazes de produzir energia elétrica suficiente pelos centros geradores localizados em regiões mais favoráveis. A operação e gerenciamento da Rede Básica é de responsabilidade do ONS, o qual é responsável também pelo gerenciamento da transmissão de energia de usinas em condições otimizadas, envolvendo o uso de reservas hidrelétricas e de usinas termelétricas do SIN. O sistema de transmissão da Eletrobras, que consiste em um conjunto de linhas de transmissão conectadas a subestações, é constituído por aproximadamente 55.118 km de linhas de transmissão, correspondendo a aproximadamente 53% do total de linhas no Brasil com voltagem igual ou superior a 230kV. Além de operar e gerenciar esse sistema observando os padrões de desempenho e qualidade requeridos pela ANEEL, a Eletrobras participa ativamente na expansão das linhas de transmissão por meio de concessões em licitações conduzidas pela ANEEL, individualmente ou por meio de consórcios, bem como por meio de permissões para reforço do sistema atual. Os maiores projetos de transmissão sob desenvolvimento pela Eletrobras são: (i) LT 230 kV Funil – Itapebi C3 (BA); (ii) LT 230 kV Picos – Tauá II (PI/CE); (iii) LT 345 kV Tijuco Preto – Itapeti – Nordeste (SP); (iv) LT 500 kV Oriximiná – Itacoatiara – Cariri (PA/AM); (v) LT 600 kV Porto Velho – Araraquara (RO/SP); (vi) LT 230 kV Eunápolis – Teixeira de Freitas II C2 (BA); e (vii) LT 500 kV Bom Despacho 3 – Ouro Preto 2 (MG). O Brasil possui um total de seis interconexões médias ou grandes com outros países na América do Sul, quatro delas operadas por nós, conforme descrito abaixo: com o Paraguai, por meio de quatro linhas de transmissão de 500kV conectando a Usina de Itaipu à subestação Margem Direita (Paraguai) e à subestação Foz do Iguaçu, Brasil. O volume energético de 50 Hz de Itaipu é transportado para a subestação Ibiúna, em São Paulo, por meio de um sistema de transmissão de corrente contínua com capacidade de 6.300 MW; com o Uruguai, por meio da estação Rivera, conversora de frequência, no Uruguai, com capacidade de 70 MW e linha de transmissão de 230 kV conectada à subestação Livramento, Brasil; com a Argentina, por meio da estação Uruguaiana, conversora de frequência, no Brasil, com capacidade de 50 MW e linha de transmissão de 132 kV conectada a Paso de Los Libres, na Argentina; e com a Venezuela, por meio de uma linha de transmissão com capacidade de 200 MW, que conecta a cidade de Boa Vista, no estado de Roraima, à cidade de Santa Elena, na Venezuela. No ambiente de transição (2002-2005), houve um declínio gradual no volume de energia elétrica contratada sob os Contratos Iniciais, as companhias de geração pagavam pelo uso da rede de linhas de transmissão, enquanto se exigia dos distribuidores o pagamento de dois tipos de tarifas de transmissão: (i) tarifas nodais, associadas a cada ponto de conexão dos quais esses distribuidores demandavam voltagem; e (ii) a tarifa de transmissão, associada aos Contratos Iniciais, a qual foi aplicada a apenas parte da demanda contratada naquele ambiente. Uma vez que o volume contratado sob os Contratos Iniciais caíram para zero, as companhias geradoras, distribuidoras e vendedoras de energia elétrica e os Consumidores Livres tinham acordos de livre acesso governando o uso de linhas de transmissão em condições equivalentes às impostas aos agentes que ingressaram no mercado após o livre acesso ter se tornado compulsório. Neste ambiente de livre mercado, as tarifas de transmissão são determinadas com base no uso que cada parte efetivamente faz do Sistema Básico ao acessá-lo. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico; o Mercado Livre e o Mercado Regulado A lei do novo modelo do setor elétrico trouxe mudanças significativas à regulamentação da indústria de energia com o objetivo de: (i) remediar as deficiências do sistema elétrico brasileiro e (ii) criar incentivos para garantir o crescimento do setor de energia elétrica para suportar o desenvolvimento social e econômico do Brasil. Através desta lei, legisladores tentam proteger a distribuição dos consumidores cativos das concessionárias e tornar a continuidade de energia elétrica de baixo custo, com mínimo impacto ambiental, disponível. As características-chave da lei do novo modelo do setor elétrico incluem: • A criação: (i) do mercado regulado, no qual a compra e venda de energia elétrica deve seguir as regras impostas pela ANEEL e deve ocorrer através da CCEE; e (ii) de um mercado direcionado especificamente a certos participantes (por exemplo, consumidores livres e companhias de comercialização), que possibilitará um certo grau de concorrência em relação ao mercado regulado, chamado de Ambiente de Contratação Livre, no qual as partes interessadas são livres para negociar os termos e condições de seus acordos e compra e venda; - 57 - • Restrições a certas atividades de distribuidores, de forma a assegurar seu foco somente em seu negócio principal, para garantir serviços mais eficientes e confiáveis aos consumidores cativos; • Eliminação da auto-comercialização, para oferecer incentivo aos distribuidores para a compra de eletricidade aos preços mais baixos disponíveis ao invés da compra eletricidade de outras empresas do mesmo grupo; e • Respeito por contratos assinados antes da lei do novo modelo do setor elétrico, a fim de promover estabilidade às transações realizadas antes de sua promulgação. A lei do novo modelo do setor elétrico também nos exclui, assim como nossas subsidiárias, do Programa Nacional de Desestatização, que é um programa criado pelo governo brasileiro em 1990, com o objetivo de promover a privatização de companhias estatais. Questionamento da constitucionalidade da lei do novo modelo do setor elétrico Alguns aspectos da Medida Provisória No. 144, de 10 de dezembro de 2003, que deu início à lei do novo modelo do setor elétrico, estão sendo questionados na Tribunal Superior da União em processos no. 3090 e 3100. Os pedidos provisórios de ambos processos foram rejeitados pelo Tribunal Superior em decisão publicada em 26 de outubro de 2007. Uma decisão final nesta questão está sujeita ao voto da maioria de 11 juízes, contanto que um quórum de pelo menos oito juízes esteja presente. Até hoje, o Supremo Tribunal não chegou a uma decisão final e não sabemos quando tal decisão será alcançada. O Supremo Tribunal determinou por seis votos contra quatro, negar a medida provisória solicitada para a suspensão dos efeitos da lei do novo modelo do setor elétrico até que uma decisão final tenha sido tomada; contudo, uma decisão final continua pendente. Portanto, a lei do novo modelo do setor elétrico está em vigo desde 15 de Março de 2004 até a presente data. Independentemente da decisão final do Tribunal Superior da União, espera-se que certas partes da lei do novo modelo do setor elétrico acerca de restrições nas atividades realizadas por companhias de distribuição nãorelacionadas com a distribuição de eletricidade, incluindo a venda de energia por companhias de distribuição a consumidores livres e a eliminação da auto-comercialização permaneçam em pleno efeito e vigor. Se toda ou uma porção relevante da lei do novo modelo do setor elétrico for considerada inconstitucional pela Suprema Corte, o esquema regulatório apresentado pela lei do novo modelo do setor elétrico perde sua efetividade, gerando incerteza sobre como o governo brasileiro definirá as novas regras do setor de energia elétrica. Considerando que nós já compramos praticamente toda a eletricidade que precisamos através de nossas subsidiárias na ACR e ACL e que se espera que o repasse para tarifas de tal eletricidade continue a ser controlado pelo regime que antecede a lei do novo modelo do setor elétrico, qualquer que seja o resultado da decisão do Tribunal Superior, nós acreditamos que, em curto prazo, os efeitos de qualquer decisão sobre nossas atividades serão relativamente limitados. Os efeitos exatos de um resultado desfavorável nos processos legais para nós e para a indústria de energia elétrica como um todo não são facilmente previstos, mas podem afetar negativamente nosso negócio e resultados operacionais mesmo em curto prazo (vide “Fatores de risco – Riscos relacionados à indústria de energia elétrica no Brasil”). Ambientes de Comercialização de Energia Elétrica Nos termos da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, as operações de compra e venda de energia elétrica são conduzidas em dois diferentes segmentos de mercado: (1) o mercado regulado (Ambiente de Contratação Regulado), que contempla a compra por companhias de distribuição por meio de licitações públicas de toda a energia elétrica necessária para atender seus clientes, e (2) o mercado livre (Ambiente de Contratação Livre), que contempla a compra de energia elétrica por entidades não reguladas (tais como os Consumidores Livres e comercializadoras de energia elétrica). Contudo, a energia elétrica gerada por usinas qualificadas sob o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (“Proinfa”), usinas de energia nuclear e a Itaipu são regidas por um regime especial para a comercialização e, portanto, não estão sujeitas às normas dos mercados livre ou regulado. A energia elétrica gerada por Itaipu, a mais relevante dentre as fontes de energia sujeitas a regimes especiais incluindo o Decreto No. 4550, de 27 de dezembro de 2002, é vendida à Eletrobras e às concessionárias no mercado de energia elétrica do Sul e Centro-Sudeste proporcionalmente às suas participações nesses mercados. As tarifas pela energia elétrica gerada por Itaipu são fixadas com base no dólar americano e estabelecidas de acordo com um tratado entre o Brasil e o Paraguai. Consequentemente, tais tarifas aumentam ou decrescem de acordo com a variação da cotação do dólar americano em relação ao real. Alterações no preço da energia elétrica gerada por Itaipu são, contudo, sujeitas ao repasse integral nas tarifas de distribuição. Ambiente de Contratação Regulado As companhias de distribuição de energia devem atender à demanda do mercado por meio do fornecimento prioritário de energia elétrica adquirida em licitações no Ambiente de Contratação Regulado. As distribuidoras, contudo, devem adquirir energia elétrica de: (i) companhias geradoras que estão em conexão direta com essas, exceto por companhias de geração hidrelétrica com capacidade superior a 30 MW e algumas companhias de geração termelétrica; (ii) projetos de geração de energia elétrica que participam da fase inicial do Proinfa, e algumas companhias distribuidoras de energia elétrica dos mercados de energia do Sul e do Centro-Sudeste; e (iii) a usina hidrelétrica de Itaipu. Os leilões públicos de energia elétrica voltados para novos projetos de geração em andamento ocorrem: (i) cinco anos antes da data - 58 - inicial de entrega (ou leilões “A-5”); e (ii) três anos antes da estimada data inicial de entrega (ou leilões “A-3”). Leilões de energia elétrica relativos a instalações de geração de energia elétrica já existentes ocorrem um ano antes da data estimada inicial de entrega (ou leilões “A-1”). Leilões públicos de energia elétrica referentes à energia elétrica proveniente de fontes alternativas ocorrem entre os leilões A-1 e A-5. Adicionalmente, o Governo Federal, direta ou indiretamente por meio da ANEEL, realiza leilões públicos para a venda de energia elétrica para distribuidores de energia para permitir que estes distribuidores ajustem os seus volumes de energia elétrica conforme o necessário, de maneira a atender à demanda de seus consumidores, ou aos Ajustes de Mercado. Os leilões são organizados pela ANEEL em observância às diretrizes estabelecidas pelo MME, incluindo a exigência de utilizar o critério do menor lance para determinar o vencedor da licitação. Cada geradora que participa do leilão precisa celebrar um contrato de compra e venda de energia elétrica com as distribuidoras proporcionalmente à demanda estimada de energia elétrica dessas distribuidoras. Os Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (“CCEAR”), relativos aos leilões “A-5” e “A-3”, possuem prazo entre quinze e trinta anos, e aqueles referentes aos leilões “A-1” possuem prazo entre três e quinze anos. Os leilões da CCEARs de energia de fontes alternativas possuem prazo entre dez e trinta anos. A única exceção a essas regras está relacionada com a licitação para ajuste de mercado, na qual as companhias de geração e distribuição celebrarão contratos bilaterais de dois anos que devem ser registrados na ANEEL e na CCEE. As normas dispõem também que dever ser estabelecido um mecanismo de repasse de tarifas denominado Valor Anual de Referência, que limita o custo de aquisição de energia elétrica que pode ser repassado aos consumidores finais. O Valor Anual de Referência corresponde à média ponderada dos preços de energia nos leilões “A-5” e “A-3”, calculada com relação a todas as companhias de distribuição. O Valor Anual de Referência cria um incentivo para que as companhias de distribuição contratem suas demandas de energia previstas nos leilões “A-5”, nos quais se espera que os preços sejam mais baixos do que nos leilões “A-3”. A ANEEL permite às companhias o repasse de seus custos com a aquisição de energia elétrica para consumidores finais quando em conformidade com os seguintes critérios: (i) nos leilões A-5, é permitido às companhias o repasse de todos os custos aos consumidores, sujeitos às limitações abaixo; (ii) nos leilões A-3 é permitido às companhias: (a) o repasse de todos os custos com aquisição de energia elétrica nos leilões A-5, até o limite de 2% sobre a diferença entre a energia adquirida nos leilões A-3 ocorridos durante o ano e a demanda de energia das distribuidoras; e (b) repassar o custo de leilões A-5 ou A-3, prevalecendo o que tiver menor valor; (iii) nos leilões A-1, é permitido às companhias o repasse integral dos custos ao consumidor; (iv) nos leilões para ajuste de mercado e naqueles de aquisição de energia diretamente de uma usina de geração conectada ao sistema elétrico do distribuidor (exceto nos casos estabelecidos por lei), é permitido às companhias o repasse de todos os custos até o limite no Valor Anual de Referência para os consumidores; e (v) nos leilões de energia proveniente de fontes alternativas e outras determinadas pelo Governo Federal, é permitido às companhias o repasse de todos os custos ao consumidor. A ANEEL mantém o valor econômico do Valor Anual de Referência por meio de seu reajuste com o índice acordado nas CCEARs. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico estabeleceu as seguintes limitações para a capacidade das distribuidoras de repasse de custos ao consumidor: não haverá repasse de custos com compras de energia em volume superior a 103% da demanda efetivamente observada pela distribuidora; o repasse de custos com aquisição de energia elétrica proveniente de novos projetos de geração é equivalente à diferença entre o limite mínimo de compra (96% da energia contratada reposta de acordo com a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico) e a energia adquirida nos leilões A-1, que será limitada ao valor da média ponderada (em reais/MWh) dos preços de aquisição dos leilões A-1, exceto quando este limite for aplicado apenas: (i) nos primeiros três anos seguintes aos leilões A-1, nos quais o limite mínimo de compra não foi atingido; (ii) para os CCEARs relacionados à parcela de energia adquirida nos leilões A-3 e A-5 de maior preço; o MME estabelecerá o preço máximo de aquisição para energia elétrica gerada em projetos já existentes; e caso as distribuidoras não cumpram a obrigação de contratar integralmente sua demanda, o repasse dos custos da energia adquirida no mercado de curto prazo da CCEE será equivalente ao Preço de Liquidação das Diferenças (“PLD”) ou ao Valor Anual de Referência, o que for menor. Os leilões no mercado regulado, sujeitos às condições estipuladas nos respectivos pedidos de propostas, podem originar dois tipos de CCEARs: (i) Contratos de Quantidade de Energia; e (ii) Contratos de Disponibilidade de Energia, ambos definidos abaixo. Sob o Contrato de Quantidade de Energia, um gerador de energia elétrica se compromete a suprir uma determinada quantidade de - 59 - energia elétrica e assume o risco de o suprimento de energia poder ser afetado adversamente por condições hidrológicas e baixo nível de reservatórios, entre outras condições, o que poderia interromper o fornecimento de energia, sendo que, neste caso, será exigida do gerador a compra de energia elétrica em outra localidade, com o objetivo de cumprir com seus compromissos de fornecimento. Sob o Contrato de Disponibilidade de Energia, uma geradora se compromete a produzir uma quantidade específica disponível para o mercado regulado. Nesse caso, a receita do gerador é garantida e as companhias de distribuição assumem o risco de escassez de provisão. Contudo, o aumento nos preços da energia elétrica devido à escassez de provisão é repassado pelas companhias de distribuição aos consumidores. Juntos, esses tipos de contratos constituem os CCEARs. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico estabelece que todas as companhias de geração, distribuição e comercialização de energia, produtores independentes de energia elétrica e consumidores livres devem informar o MME, em primeiro de agosto de cada ano, sobre suas demandas estimadas de energia elétrica ou geração estimada de energia elétrica, de acordo com o caso, pelos próximos cinco anos. Para encorajar distribuidoras de energia elétrica a fazerem estimativas precisas e celebrarem CCEARs, os repasse de tarifas, conforme mencionado acima, são permitidos desde que a energia elétrica adquirida permaneça dentro dos 103,0% da demanda efetivamente observada pela companhia de distribuição. O excesso ou escassez de energia no que concerne a aquisição de energia elétrica no mercado regulado pelas distribuidoras podem ser compensados por meio de um mecanismo de compensação gerenciado pela CCEE. De acordo com a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, distribuidoras de energia possuem o direito de repassar a seus clientes os custos relacionados à energia elétrica adquirida por meio de leilões públicos, bem como quaisquer tributos e encargos setoriais relacionados às concessões, sujeito a certas limitações relacionadas à incapacidade das distribuidoras de realizar de forma precisa uma previsão de sua demanda. Ambiente de Contratação Livre O Ambiente de Contratação Livre abrange vendas livremente negociadas de energia elétrica entre concessionárias de geração, produtores independentes de energia, autoprodutores, comercializadoras de energia, importadores de energia e consumidores livres. O Ambiente de Contratação Livre também inclui os contratos bilaterais já existentes à época da promulgação da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico entre as geradoras e as distribuidoras até seus respectivos vencimentos. Após os vencimentos, tais contratos deverão ser celebrados nos termos das diretrizes da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico. Este período de transição tem o objetivo de assegurar que, se necessário, as construções de novas usinas de geração de energia elétrica de baixo custo possam ser finalizadas, fomentando, assim, a reentrada de consumidores livres no Ambiente de Contratação Regulada. Geradoras detidas pelo poder público podem vender energia elétrica a consumidores livres, desde que, para tanto, observem um processo público que assegure transparência e acesso igualitário a todas as partes interessadas, o que não se exige das geradoras privadas. Consumidores Livres Conforme a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, um consumidor livre pode optar por: (i) continuar a adquirir energia elétrica de uma companhia distribuidora local; (ii) adquirir energia elétrica diretamente de um produtor independente ou de um autoprodutor com excesso de energia elétrica; ou (iii) adquirir energia elétrica de uma comercializadora de energia elétrica. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico não permite às distribuidoras de energia elétrica vender energia elétrica a consumidores livres diretamente (exceto sob determinadas condições regulatórias). A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico também estabelece que a opção de se tornar um consumidor livre está sujeita ao prévio vencimento ou encerramento dos contratos de compra de energia elétrica celebrados com a empresa distribuidora de energia elétrica. Caso haja algum contrato de compra de energia elétrica com prazo indeterminado, a mudança para o Ambiente de Contratação Livre é permitida somente no ano posterior ao recebimento do aviso de migração pela empresa distribuidora de energia elétrica, desde que tal aviso seja enviado até o dia 15 de julho de cada ano. Uma vez que o consumidor tenha migrado para o Ambiente de Contratação Livre, ele só poderá retornar ao Ambiente de Contratação Regulada mediante aviso prévio à respectiva distribuidora com cinco anos de antecedência, ressalvada a possibilidade de a distribuidora reduzir tal prazo, a seu exclusivo critério. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico estabelece, a princípio, algumas condições e alguns limites de consumo e volume de energia elétrica para definir quais os consumidores qualificados como “consumidores livres”. Esses limites devem ser reduzidos gradualmente, a cada ano, pela ANEEL, com o objetivo de permitir o aumento do número de consumidores qualificados a fazer esta escolha, até o ponto em que todos os consumidores, de todas as classes, possam escolher seus fornecedores de energia elétrica. A lei garante aos fornecedores e aos consumidores livre acesso às redes de energia elétrica, sujeito ao pagamento de tarifa por sua utilização, bem como dos custos de conexão. Todos os custos regulatórios aos quais os consumidores cativos estão sujeitos são repassados a essas tarifas para assegurar o tratamento justo e igualitário entre consumidores livres e cativos. As condições acima tem o objetivo de (1) evitar a arbitragem entre mercados livres e cativos por Consumidores Livres, proibindo - 60 - migrações oportunistas, bem como de (2) proteger as distribuidoras de energia, tornando o mercado cativo mais previsível. Adicionalmente, a ANEEL deve regulamentar a migração para o Ambiente de Contratação Livre sem aumentar as tarifas do mercado cativo. Restrição às Atividades das Distribuidoras As distribuidoras de energia elétrica não podem, exceto se de outra forma previsto na Lei nº 9.074/1995: (i) desenvolver atividades relacionadas à geração ou transmissão de energia elétrica; (ii) vender energia elétrica a consumidores livres, exceto para aqueles localizados em sua área de concessão e sob as mesmas condições e tarifas praticadas com seus consumidores cativos no Ambiente de Contratação Regulado; (iii) deter, direta ou indiretamente, qualquer participação em qualquer outra sociedade, companhia ou parceria; ou (iv) desenvolver atividades que não estejam relacionadas às suas respectivas concessões, ressalvadas aquelas permitidas por lei ou pelo contrato de concessão pertinente. Companhias geradoras não podem deter participação que exceda 10,0% no capital social de companhias distribuidoras ou deter participações que lhe permitam exercer o controle de companhias distribuidoras. Extinção da Autocontratação Tendo em vista que a compra de energia elétrica para consumidores cativos será realizada por meio do Ambiente de Contratação Regulado, a denominada autocontratação não é mais permitida, exceto no caso de contratos que tenham sido devidamente aprovados pela ANEEL antes da promulgação da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico. As distribuidoras podem, contudo, realizar compras de energia junto a suas partes relacionadas se participarem de leilões no Ambiente de Contratação Regulado. Antes da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, tais companhias podiam atender a até 30,0% de suas necessidades por meio de energia elétrica adquirida de afiliadas. Restrições à Concentração Em 2000, a ANEEL estabeleceu limites à concentração de certos serviços e atividades no setor elétrico. Nos termos desses limites, com exceção das companhias participantes do Programa Nacional de Desestatização (as quais só precisariam atender a tais limites após a conclusão da sua reestruturação societária), nenhuma companhia de energia elétrica (incluindo suas controladoras e controladas) poderia (i) deter mais de 20,0% da capacidade instalada do Brasil, 25,0% da capacidade instalada das regiões Sul/Sudeste/Centro-Oeste ou 35,0% da capacidade instalada das regiões Norte/Nordeste, exceto se este percentual corresponder à capacidade instalada de uma única usina de geração; (ii) deter mais de 20,0% do mercado de distribuição do Brasil, 25,0% do mercado de distribuição do Sul/Sudeste/Centro-Oeste ou 35,0% do mercado de distribuição do Norte/Nordeste, exceto na hipótese de aumento na distribuição de energia elétrica que supere as taxas de crescimento nacional ou regional; ou (iii) deter mais de 20,0% do mercado brasileiro de comercialização com consumidores finais, 20,0% do mercado brasileiro de comercialização com consumidores não finais ou 25,0% da soma dos percentuais acima. De acordo com o parágrafo primeiro do artigo 31 da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, a Eletrobras e suas subsidiárias Eletrobras Furnas, Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Eletrosul e Eletrobras CGTEE foram excluídas do Programa Nacional de Desestatização. Neste sentido, estávamos sujeitos aos limites e condições impostas às participações dos agentes nas atividades do setor elétrico, nos termos da Resolução nº 278/2000 da ANEEL, cujo objetivo é atingir um ambiente de efetiva competição entre os agentes e prevenir a concentração nos serviços e atividades realizados por tais agentes no setor elétrico. Em 10 de novembro de 2009, a ANEEL emitiu a Resolução nº 378, que revogou e substituiu a Resolução nº 278/2000 e determinou que a ANEEL, ao identificar um ato que possa causar concorrência desleal ou resultar em controle relevante do mercado de geração, transmissão e distribuição, deverá notificar a Secretaria de Direito Econômico (“SDE”) do Ministério da Justiça, de acordo com o artigo 54 da Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994. Após a notificação, a SDE deverá notificar o órgão antitruste do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (“CADE”). Se necessário, a SDE solicitará à ANEEL que analise potenciais infrações à Resolução nº 378, enquanto o CADE decidirá se deverá ser aplicada uma punição pela prática de tais atos, que podem variar de multas pecuniárias à cisão da companhia, conforme disposto nos artigos 23 e 24 da lei mencionada acima. Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição e Transmissão A ANEEL fiscaliza a regulamentação de tarifas que regem o acesso aos sistemas de distribuição e transmissão e estabelece tarifas pelo uso e acesso aos referidos sistemas. As tarifas são: (i) pelo uso do sistema de distribuição local, ou Tarifa de Uso dos Sistemas de Distribuição (“TUSD”); e (ii) pelo uso do sistema de transmissão interligado, ou Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (ou “TUST”). Além disso, as companhias de distribuição atuantes no Sistema Interligado Sul/Sudeste estão sujeitas a encargos específicos pela transmissão da energia elétrica gerada em Itaipu e pelo acesso ao sistema de transmissão. TUSD A TUSD é paga por companhias de geração, consumidores livres e consumidores especiais pelo uso do sistema de distribuição da - 61 - concessionária de distribuição à qual tais companhias de geração e consumidores livres estão conectados, e é ajustada anualmente de acordo com o índice de inflação. O valor a ser pago pelo usuário ligado ao sistema de distribuição é calculado mediante a fórmula estabelecida e consolidada pela Resolução ANEEL nº 399/2010 e varia de acordo com diferentes fatores, incluindo, por exemplo, custos com a rede, custos operacionais, perdas de energia e outros. As distribuidoras da Eletrobras recebem a TUSD paga por consumidores livres localizados nas respectivas áreas de concessão e por outras companhias distribuidoras que estão conectadas ao nosso sistema de distribuição. TUST A TUST é paga pelos usuários, incluindo companhias geradoras, consumidores livres e consumidores especiais, pelo uso da rede básica de transmissão a que estão ligados. O montante a ser pago é calculado com base na fórmula estabelecida pela Resolução ANEEL nº 67/2004, conforme alterada pela Resolução ANEEL nº 442/2011, e pode variar em razão de diversos fatores. De acordo com os critérios estabelecidos pela ANEEL, os proprietários de diferentes trechos da rede de transmissão transferiram a coordenação de suas instalações para o ONS em troca do recebimento de pagamentos regulados devidos pelos usuários do sistema de transmissão. Os usuários da rede, incluindo as companhias de geração, companhias de distribuição e consumidores livres, assinaram contratos com o ONS legitimando-os a utilizar a rede de transmissão em troca do pagamento da TUST. Outros trechos da rede que sejam de propriedade de companhias de transmissão, mas que não sejam considerados parte da rede de transmissão, são disponibilizados diretamente aos usuários interessados mediante pagamento de tarifa específica à respectiva companhia de transmissão. Contrato para Acesso ao Sistema Intermediário de Conexão – Encargo de Acesso Algumas distribuidoras, especialmente no Estado de São Paulo, acessam a Rede Básica por meio de um sistema intermediário de conexão instalado entre as linhas de distribuição destas companhias e a Rede Básica. Esta conexão é formalizada mediante a assinatura de um Contrato para Acesso ao Sistema Intermediário de Conexão, celebrado com concessionárias transmissoras titulares destes sistemas. O pagamento efetuado às transmissoras pelo uso do sistema intermediário é regulado pela ANEEL e é calculado de acordo com o custo dos ativos utilizados, sendo eles de propriedade exclusiva ou de propriedade compartilhada entre os agentes do setor elétrico. O pagamento devido em razão ao uso do sistema intermediário de conexão é revisado anualmente pela ANEEL, de acordo com os índices inflacionários e os custos referentes aos ativos. Transporte de Energia Elétrica de Itaipu A usina de Itaipu possui uma rede de transmissão exclusiva operando em correntes alternada e contínua, que não são consideradas integrantes da Rede Básica ou do sistema intermediário de conexão. O uso do sistema da Itaipu é remunerado mediante uma tarifa específica, denominada tarifa de transporte de energia elétrica de Itaipu, devida pelas companhias titulares de parcelas da energia elétrica oriundas de Itaipu, na proporção de suas quotas. Tarifas de Distribuição As tarifas de distribuição estão sujeitas à revisão da ANEEL, que tem poderes para reajustar e revisar as tarifas em resposta às alterações dos custos de aquisição de energia e das condições de mercado. Ao reajustar as tarifas de distribuição, a ANEEL divide os custos das companhias de distribuição em (i) custos não gerenciáveis pela distribuidora (ou custos da Parcela A); e (ii) custos gerenciáveis pela distribuidora (ou custos da Parcela B). O reajuste de tarifas toma por base uma fórmula que leva em conta a divisão de custos entre as duas categorias. Os custos da Parcela A incluem, dentre outros, os seguintes: custos da energia elétrica comprada para revenda, nos termos dos Contratos Iniciais; custos da energia elétrica comprada de Itaipu; custos de energia elétrica comprada mediante contratos bilaterais que são livremente negociados entre as partes; e outras tarifas cobradas pela conexão ou uso dos sistemas de transmissão e distribuição. Os custos da Parcela B são determinados por exclusão dos custos da Parcela A na receita das companhias distribuidoras. O contrato de concessão de cada distribuidora prevê um reajuste tarifário anual. De modo geral, os custos da Parcela A são integralmente repassados aos consumidores. Os custos da Parcela B, contudo, são corrigidos monetariamente em conformidade com o Índice Geral de Preços do Mercado (“IGP-M”). - 62 - As concessionárias de distribuição de energia elétrica também têm direito a revisões periódicas a cada quatro ou cinco anos. Essas revisões têm o objetivo de: (i) assegurar receitas necessárias para cobrir de maneira eficiente os custos operacionais da Parcela B e a remuneração adequada dos investimentos considerados essenciais aos serviços, dentro do escopo de cada concessão da companhia; e (ii) determinar o fator X, que toma por base três componentes: (a) ganhos de produtividade previstos em razão do aumento de escala; (b) avaliações dos consumidores (verificadas pela ANEEL); e (c) custos trabalhistas. O fator X é utilizado para reajustar a proporção da alteração do IGP-M, utilizado nos reajustes anuais. Por conseguinte, quando da conclusão de cada revisão periódica, a aplicação do fator X exige que as companhias de distribuição compartilhem seus ganhos de produtividade com os consumidores finais. O repasse dos custos de aquisição de energia elétrica oriundos de contratos de fornecimento celebrados antes da promulgação da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico está sujeito a um limite máximo baseado em um valor estabelecido pela ANEEL para cada fonte de energia elétrica (tais como hidrelétrica, termelétrica e fontes alternativas de energia). Este limite é reajustado anualmente para refletir os aumentos nos custos incorridos pelas geradoras. Tal reajuste leva em consideração: (i) inflação; (ii) custos incorridos com moedas conversíveis; e (iii) custos relativos a combustíveis (tais como fornecimento de gás natural). Os custos incorridos correspondem a, no mínimo, 25,0% de todos os custos suportados pelas geradoras. Recentemente, os métodos utilizados pela ANEEL para calcular o reajuste anual das tarifas de distribuição foram questionados. Em 2008, a Comissão Federal de Revisão Orçamentária foi convocada especialmente para discutir os reajustes de tarifas de certas companhias, e concluiu que consumidores pagam mais que o necessário às companhias distribuidoras em momentos de alta demanda de energia elétrica. A Comissão Federal de Revisão Orçamentária concluiu que, desde 2002, estes pagamentos excedem os pagamentos estimados para as tarifas, o que aumenta indevidamente a receita das companhias distribuidoras. Este ganho adicional foi incorporado na Parcela B da tarifa de distribuição, que representa a fonte do lucro das companhias distribuidoras. A análise revelou que houve um ganho pelas companhias distribuidoras de aproximadamente R$7 bilhões durante o período 2002-2008, em uma média de R$1 bilhão por ano, em função de tal fato. Esse ganho excessivo deveria ter sido repassado aos consumidores, levando a uma redução das tarifas. Como as companhias não procederam desta forma, o PROCON de São Paulo propôs uma ação judicial, requerendo a restituição dos valores devidos aos consumidores. As companhias de distribuição não concordaram com a demanda de restituição. Como resultado, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI das Contas de Luz) foi instaurada para discutir potenciais soluções. O impasse adveio da metodologia utilizada para calcular os reajustes das tarifas. A ANEEL utilizou a receita total dos últimos doze meses sem levar em consideração a demanda futura de energia. Sendo assim, as concessionárias não consideraram o crescimento estimado de 5,0% por ano na demanda por energia quando efetuaram o cálculo, o que teria resultado em um ganho excessivo por estas companhias de distribuição. A ANEEL admitiu que o método de cálculo era falho e propôs corrigi-lo mediante a mudança da Portaria Ministerial nº 25/2002. Não houve consenso sobre a possibilidade ou não de alteração da ordem ministerial. Adicionalmente, as companhias de distribuição alegaram que qualquer modificação significaria um descumprimento de todos os contratos de concessão. Dessa forma, os reguladores decidiram aditar todos os contratos de concessão, com o objetivo de estabelecer um novo método de cálculo para os reajustes anuais de tarifa. No que se refere às quantias cobradas indevidamente, os reguladores decidiram efetivar as alterações nos contratos de concessão a partir de 2009. Adicionalmente, as concessionárias distribuidoras de energia elétrica têm direito a uma revisão extraordinária de tarifas, em uma análise caso a caso, para garantir o equilíbrio financeiro e compensá-las pelos custos imprevisíveis, incluindo tributos que alterem significativamente suas estruturas de custo. Programas de Incentivos às Fontes Alternativas de Energia Programa Prioritário de Termeletricidade Em 2000, um Decreto Federal criou o Programa Prioritário de Termeletricidade, ou PPT, com vistas a diversificar a matriz energética brasileira e diminuir sua forte dependência de usinas hidrelétricas. Os benefícios concedidos a usinas termelétricas nos termos do PPT incluem (i) garantia de fornecimento de gás por 20 anos, (ii) garantia de compra de energia por 20 anos, de acordo com regulamentação da ANEEL, assegurando, desta forma, que os custos relacionados à aquisição da energia produzida pelas usinas termelétricas sejam transferidos a tarifas, no limite de um valor estabelecido em norma determinada pela ANEEL, e (iii) acesso garantido a um programa especial de financiamento do BNDES para o setor elétrico. - 63 - Proinfa Em 2002, foi instituído o Proinfa pelo Governo Federal para criar certos incentivos ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia, tais como projetos de energia eólica, PCHs e projetos de biomassa. Assim como acontece em outros programas governamentais, a Eletrobras está envolvida na administração do Proinfa. Nos termos do Proinfa, a Eletrobras comprou energia gerada por essas fontes alternativas pelo período de 20 anos, repassando tal energia às distribuidoras de energia elétrica (que são responsáveis por incluírem os custos do programa em tarifas para todos os consumidores finais em sua respectiva área de concessão, exceto no caso de consumidores de baixa renda). Nessa fase inicial, o Proinfa é limitado à capacidade total contratada de 3.300MW (1.100 MW para cada uma das três fontes de energia alternativa). Em sua fase secundária, a qual será iniciada após o limite de 3.300 MW ser atingido, o Proinfa terá o objetivo de, pelo período de até 20 anos, contratar uma capacidade equivalente a 10,0% do consumo doméstico anual de energia elétrica. A produção de energia que será comercializada sob o programa Proinfa não será provida por concessionárias geradoras nem por produtores independentes de energia elétrica. Tal produção poderá ser provida apenas por produtores independentes autônomos, os quais não poderão ser controlados por ou afiliados a concessionárias geradoras ou produtores independentes de energia elétrica, ou controlados por ou afiliados às entidades controladoras daqueles. Pesquisa e Desenvolvimento Exige-se de concessionárias e companhias autorizadas a exercerem atividades de distribuição, geração ou transmissão pública de energia elétrica que invistam anualmente pelo menos 1,0% de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento na área de energia elétrica. Companhias que geram energia eólica, ou proveniente da biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas não estão sujeitas a esta exigência. Proinfa Em 2002, foi instituído o Proinfa pelo Governo Federal para criar certos incentivos ao desenvolvimento de fontes alternativas de energia, tais como projetos de energia eólica, PCHs e projetos de biomassa. Assim como acontece em outros programas governamentais, a Eletrobras está envolvida na administração do Proinfa. Nos termos do Proinfa, a Eletrobras comprou energia gerada por essas fontes alternativas pelo período de 20 anos, repassando tal energia às distribuidoras de energia elétrica (que são responsáveis por incluírem os custos do programa em tarifas para todos os consumidores finais em sua respectiva área de concessão, exceto no caso de consumidores de baixa renda). Nessa fase inicial, o Proinfa é limitado à capacidade total contratada de 3.300MW (1.100 MW para cada uma das três fontes de energia alternativa). Em sua fase secundária, a qual será iniciada após o limite de 3.300 MW ser atingido, o Proinfa terá o objetivo de, pelo período de até 20 anos, contratar uma capacidade equivalente a 10,0% do consumo doméstico anual de energia elétrica. A produção de energia que será comercializada sob o programa Proinfa não será provida por concessionárias geradoras nem por produtores independentes de energia elétrica. Tal produção poderá ser provida apenas por produtores independentes autônomos, os quais não poderão ser controlados por ou afiliados a concessionárias geradoras ou produtores independentes de energia elétrica, ou controlados por ou afiliados às entidades controladoras daqueles. Pesquisa e Desenvolvimento Exige-se de concessionárias e companhias autorizadas a exercerem atividades de distribuição, geração ou transmissão pública de energia elétrica que invistam anualmente pelo menos 1,0% de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento na área de energia elétrica. Companhias que geram energia eólica, ou proveniente da biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas não estão sujeitas a esta exigência. Encargos Regulatórios Reserva Geral de Reversão Em certas circunstâncias, as companhias de energia são indenizadas por bens utilizados em concessões se estas forem revogadas ou não renovadas. Em 1971, o Congresso Nacional criou a Reserva Global de Reversão, (“RGR”), destinada a prover recursos para esta indenização. Em fevereiro de 1999, a ANEEL determinou a imposição de um encargo exigindo que todas as distribuidoras e certas geradoras que operam sob regime de serviço público efetuassem contribuições mensais à RGR a uma taxa anual correspondente a 2,5% dos ativos imobilizados da companhia em operação, mas nunca superior a 3,0% das receitas operacionais totais em qualquer ano. Nenhuma concessão foi revogada ou deixou de ser renovada, e recentemente o Fundo RGR foi utilizado principalmente para financiar projetos de geração e distribuição. Com a introdução da MP No. 517/2010, o Fundo RGR foi programado para ser extinto em 2035, e a ANEEL exigiu a revisão de tarifas para que os consumidores sejam beneficiados em função da extinção do Fundo RGR. Nos termos da Lei n.º 12.783/2013, as concessões de distribuição, concessões de transmissão outorgadas após 12 de setembro de 2012 e todas as concessões de geração e transmissão renovadas não terão a obrigação de fazer contribuições à RGR a partir de 1º de janeiro - 64 - de 2013. Fundo de Uso de Bem Público O Governo Federal impôs um encargo aos Produtores Independentes de Energia que fazem uso de recursos hidrológicos, ressalvadas as Pequenas Centrais Hidrelétricas, similar ao encargo cobrado de companhias do setor público no que tange a RGR. Os Produtores Independentes de Energia são obrigados a efetuar contribuições ao Fundo de Uso de Bem Público, (“UBP”), de acordo com as normas de cada licitação para a outorga de concessões. A Eletrobras recebe os pagamentos do UBP até 31 de dezembro de 2002. Todos os pagamentos ao Fundo UBP após 31 de dezembro de 2002 foram efetuados diretamente ao Governo Federal. Conta de Consumo de Combustível As companhias de distribuição devem efetuar contribuições à Conta de Consumo de Combustível, (“CCC”). A CCC foi criada em 1973, para gerar reservas financeiras para cobrir a elevação de custos associada ao maior uso das usinas termelétricas, na hipótese de estiagem, em função do fato de os custos operacionais marginais das usinas termelétricas serem superiores aos custos das usinas hidrelétricas. Em fevereiro de 1998, o Governo Federal estabeleceu a progressiva extinção da CCC. Os subsídios provenientes da CCC foram progressivamente eliminados no período de três anos, começando a partir de 2003, para as usina termelétricas construídas anteriormente a fevereiro de 1998 e que pertençam atualmente ao SIN. As usinas termelétricas construídas depois desta data não terão o direito de receber subsídios da CCC. Em abril de 2002, o Governo Federal estabeleceu que os subsídios da CCC continuariam sendo pagos às usinas termelétricas localizadas nos sistemas isolados por um prazo de 20 anos, a fim de promover a geração de energia nessas regiões. Cada companhia de energia elétrica é obrigada a efetuar contribuição anual à CCC. As contribuições anuais são calculadas com base em estimativas do custo do combustível necessário para a operação das usinas termelétricas no ano subsequente. A CCC, por sua vez, reembolsa as companhias de energia por parcela substancial dos custos de combustível de suas usinas termelétricas. A CCC é administrada pela Eletrobras. A Lei No. 12.111 alterou a formula de cálculo do reembolso efetuado pela CCC em relação ao sistema isolado. O valor do reembolso efetuado pela CCC corresponde à diferença entre o custo total de geração da energia elétrica para o atendimento ao serviço público de distribuição de energia elétrica nos Sistemas Isolados, e a valoração da quantidade correspondente de energia elétrica pelo custo médio da potência e energia comercializadas no Ambiente de Contratação Regulada do SIN, conforme regulamento. O custo total da geração inclui o custo do combustível, da energia adquirida e da energia elétrica associada, custos com operação e manutenção para distribuição, depreciação de ativos, retorno sobre investimento, encargos do setor de energia, ICMS (desde que não tenha sido compensado pela empresa de distribuição) e outros custos associados aos serviços prestados em regiões remotas. As subsidiárias da Eletrobras que produzem energia no Norte do Brasil estão sendo reembolsadas pelos custos de sua produção por meio da CCC. Foram definidos limites para custos associados à geração de energia, e custos acima desses limites não são reembolsáveis. Entretanto, a Lei n.º 12.783/2013 extinguiu a apropriação dos benefícios de redução dos custos por consumo de combustíveis para as atividades de geração de energia. Conta de Desenvolvimento Energético Em 2002, o Governo Federal instituiu a Conta de Desenvolvimento Energético, (“CDE”), que é provida de recursos por meio de pagamentos anuais efetuados pelas concessionárias pelo uso de bens públicos, penalidades e multas impostas pela ANEEL e, desde 2003, taxas anuais a serem pagas por agentes que fornecem energia a consumidores finais, por meio de encargo a ser acrescido às tarifas pelo uso dos sistemas de transmissão e distribuição. Essas taxas são reajustadas anualmente. A CDE foi criada para dar suporte (1) ao desenvolvimento da produção de energia em todo o país, (2) à produção de energia por meio de fontes alternativas e (3) à universalização dos serviços de energia em todo o Brasil. A CDE ficará em vigor pelo prazo de 25 anos e é regulada pela ANEEL e administrada pela Eletrobras. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico estabelece que a omissão em efetuar contribuição à RGR, ao Proinfa, à CDE, à CCC ou a omissão em efetuar pagamentos devidos em virtude da compra de energia no ambiente regulado impedirá a parte inadimplente de receber reajuste tarifário (ressalvada a revisão extraordinária) ou de receber recursos decorrentes da RGR, CDE ou CCC. Mecanismo de Realocação de Energia O Mecanismo de Realocação de Energia, (“MRE”), proporciona proteção financeira contra os riscos hidrológicos para geradores hidrelétricos de acordo com as leis de comercialização de energia em vigor, para mitigar os riscos que afetam os geradores e garantir o uso otimizado das fontes hidrelétricas do SIN. O mecanismo garante que todos os geradores que participam do sistema poderão vender a quantidade de energia elétrica que haviam vendido sob contratos de longo prazo conforme determinado pela ANEEL, (“Energia Garantida”), independentemente de sua real - 65 - produção de energia, desde que as usinas participantes, em sua totalidade, tenham gerado energia elétrica suficiente para suprir a demanda. Em outras palavras, o mecanismo realoca energia elétrica, transferindo o excesso de energia elétrica daqueles geradores cuja geração ultrapassou o limite de sua energia assegurada, para aqueles cuja geração não conseguiu atingir o limite de energia assegurada. O envio efetivo da energia elétrica gerada é determinado pelo ONS, que leva em consideração a demanda nacional de energia, as condições hidrológicas do SIN e limitações em transmissões. O reembolso dos custos com geração da relocação de energia elétrica é realizado para compensar os geradores que realocam no sistema a energia que produziram em excesso ao limite de energia assegurada. As geradoras são reembolsadas por seus custos operacionais variáveis (exceto combustíveis) e custos relacionados ao uso de água. Os custos totais de energia elétrica realocada (de todas as geradoras que fornecem energia para o sistema de relocação) são combinados e pagos pelas geradoras que recebem energia elétrica do mecanismo. O mecanismo inclui todas as usinas hidrelétricas submetidas ao envio centralizado do SIN, pequenas estações hidrelétricas que optam por participar no mecanismo e usinas térmicas com envio centralizado, incluídas nos contratos iniciais e cujos custos são subsidiados pela CCC. Desde 2003, as usinas da CCC participam apenas parcialmente desse mecanismo, devido à gradual redução de subsídios. Taxa de Fiscalização da ANEEL – TFSEE A ANEEL também cobra uma taxa de supervisão dos agentes e concessionárias de serviços de energia elétrica. Esta é chamada de Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica e foi criada sob a lei No. 9.427 de 26 de dezembro de 1996, alterada pela Lei No. 12.111 de 9 de dezembro de 2009, e é cobrada no limite de 0,5% do benefício econômico anual auferido pelo agente ou concessionária. O benefício econômico é determinado com base na capacidade instalada das concessionárias autorizadas de geração e transmissão ou na receita anual com vendas autorizadas de geração ou transmissão. O benefício econômico é determinado com base no rendimento anual de vendas informado pelas concessionárias distribuidoras. Esta taxa é recolhida pela ANEEL em doze parcelas mensais. Compensação Financeira pelo Uso de Recursos Hídricos - CFURH Os estados, o Distrito Federal, os municípios e outros órgãos da administração pública direta recebem compensação financeira por parte de companhias geradoras devido à perda de terrenos produtivos ocasionada pelo uso de reservas hídricas com o intuito de provocar o alagamento destes terrenos, possibilitando a construção de usinas hidrelétricas e, consequentemente, a geração de energia elétrica. A CFURH é calculada com base no volume de produção de energia elétrica e é paga aos estados e municípios nos quais a usina ou reservatório está situado. A ANEEL é responsável pelo recolhimento e gerenciamento desta taxa. As PCHs não estão submetidas a tal cobrança, pois são isentas desta exigência. Encargo de Capacidade Emergencial (ECE) O Encargo de Capacidade Emergencial foi criado conforme o previsto no artigo 1° da Lei No. 10.438 de 26 de abril de 2002, alterada pela Lei No. 12.212, de 20 de janeiro de 2010. É avaliado proporcionalmente ao consumo individual final total de todos os consumidores servidos pelo SIN e classificado como um encargo específico. A ANEEL determinou que sua base de cálculo seria o custo da capacidade de geração contratada ou voltagem estimada pela Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE) em um determinado ano. Racionamento A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico estabelece que, caso o Governo Federal decrete uma redução compulsória no consumo de energia elétrica em determinada região, todos os contratos referentes à energia elétrica do Ambiente de Contratação Regulado, registrados no CCEE, devem ter seus volumes ajustados na mesma proporção da redução de consumo anunciada. Racionamento A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico estabelece que, caso o Governo Federal decrete uma redução compulsória no consumo de energia elétrica em determinada região, todos os contratos referentes à energia elétrica do Ambiente de Contratação Regulado, registrados no CCEE, devem ter seus volumes ajustados na mesma proporção da redução de consumo anunciada. Os Efeitos da Nova Lei de Falências na Eletrobras Em 9 de fevereiro de 2005, o Governo Federal promulgou a Lei nº 11.101, (“Nova Lei de Falências”). A Nova Lei de Falências, que entrou em vigor na mesma data, regula a recuperação judicial e extrajudicial e os procedimentos de liquidação e substitui a concordata (procedimento judicial de reestruturação de dívidas) pela recuperação judicial e extrajudicial. A Nova Lei de Falências prevê que suas regras não se aplicam às empresas públicas e às sociedades de economia mista. Contudo, a Constituição Federal brasileira estabelece que as sociedades de economia mista, como a Eletrobras, que exerçam atividade econômica, estarão sujeitas ao regime aplicável às - 66 - sociedades privadas no que diz respeito às matérias cível, comercial, trabalhista e tributária. Desta forma, não restou claro se as regras relativas à recuperação judicial e extrajudicial e aos procedimentos de liquidação da Nova Lei de Falências aplicam-se à Eletrobras. Recuperação Judicial Para requerer a recuperação judicial, o devedor precisa preencher os seguintes requisitos: (i) conduzir seus negócios de maneira regular por mais de dois anos; (ii) não estar com sua falência decretada (ou, na hipótese do devedor ter tido sua falência decretada no passado, todas as obrigações oriundas desde a decretação devem ter sido declaradas extintas por uma decisão judicial não sujeita a recurso); (iii) não ter requerido recuperação judicial ou recuperação judicial com base em plano especial nos últimos cinco ou oito anos, respectivamente; e (iv) não ter sido condenada por (ou não ter um controlador ou administrador que tenha sido condenado por) crime falimentar. Todas as ações existentes ao tempo do pedido de recuperação judicial estão sujeitas a tal procedimento (incluindo ações em potencial), com exceção das execuções fiscais, credores agindo como proprietários fiduciários de bens imóveis, locadores, proprietários ou promitentes vendedores de imóveis, incluindo empreendimentos imobiliários, ou proprietários cujos contratos de compra e venda contenham cláusula de reserva de domínio (Artigo 49, parágrafo terceiro da Nova Lei de Falências). A recuperação judicial pode ocorrer mediante a instauração de um ou mais dos seguintes mecanismos, dentre outros: (i) a concessão de termos e condições especiais para o pagamento de obrigações do devedor; (ii) cisão, incorporação, transformação da sociedade, incorporação de subsidiária integral ou a transferência de quotas ou ações; (iii) transferência do controle acionário; (iv) substituição total ou parcial da administração do devedor, bem como a concessão aos credores do direito de veto ou do direito de eleger administradores; (v) aumento de capital social; (vi) arrendamento de seus estabelecimentos; (vii) reduções salariais, compensação de horas e redução da jornada de trabalho, por meio de negociação coletiva; (viii) dação em pagamento ou novação das dívidas do devedor; (ix) constituição de sociedade de credores; (x) venda parcial de ativos; (xi) equilíbrio dos débitos financeiros do devedor; (xii) constituição de usufruto sobre a sociedade; (xiii) administração compartilhada da sociedade; (xiv) emissão de valores mobiliários; e (xv) criação de sociedade de propósito específico com o objetivo de receber os ativos do devedor. Entretanto, nos termos da Lei n.º 12.787/2012, as concessionárias de energia não podem mais propor procedimentos de recuperação judicial ou extrajudicial. Recuperação Extrajudicial A Nova Lei de Falências também criou o mecanismo da recuperação extrajudicial, pelo qual um devedor que se enquadre nos requisitos da recuperação judicial (conforme explicado acima) pode propor e negociar com seus credores um plano de recuperação extrajudicial, que deve ser submetido à aprovação judicial. Uma vez aprovado, tal plano irá constituir instrumento vinculante. A recuperação extrajudicial não é aplicável, contudo, a nenhuma ação relativa a débitos trabalhistas ou relativos à acidente de trabalho, bem como a nenhuma das ações excluídas do regime de recuperação judicial. Adicionalmente, o pedido de aprovação judicial de um plano de recuperação extrajudicial não constitui moratória em relação aos direitos, ações e execuções dos credores não sujeitos ao plano e tais credores ainda poderão requerer a falência do devedor. Conforme indicado acima, as concessionárias de energia não podem mais propor procedimentos de recuperação judicial ou extrajudicial. Liquidação A Nova Lei de Falências modificou a ordem na qual os créditos são classificados no âmbito de uma liquidação, que passou a ser, em ordem de prioridade: (i) créditos trabalhistas (limitado ao valor máximo de 150 salários mínimos por credor) e créditos trabalhistas relativos às indenizações por acidentes de trabalho; (ii) créditos com garantia real (limitado ao valor de tal garantia); (iii) créditos tributários (exceto por multas tributárias); (iv) créditos com privilégio especial (conforme definidos em outras leis); (v) créditos com privilégio geral (dentre outros, credores não garantidos que tenham contribuído com bens ou serviços ao devedor durante a recuperação judicial e credores assim definidos em outras leis); (vi) créditos quirografários (credores não incluídos nos itens acima, credores trabalhistas cujos créditos excedam 150 salários mínimos e credores cujos créditos excedem o valor de suas respectivas garantias); (vii) as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas; e (viii) créditos subordinados (conforme definido por lei ou contrato, e credores que sejam sócios ou administradores da sociedade devedora, desde que não haja relação de emprego). A Nova Lei de Falências estabelece que somente os credores titulares de créditos que excedam 40 salários mínimos podem dar início a um procedimento de liquidação. No entanto, é permitido aos credores propor uma ação coletivamente para atingir o valor mínimo mencionado acima. A Nova Lei de Falências, também aumentou (i) o prazo no qual o devedor deve apresentar sua defesa contra o pedido de falência, que passou de 24 horas para 10 dias; e (ii) o prazo de suspensão, durante o qual nenhum ativo pode ser vendido ou liquidado, que passou de 60 para 90 dias (contado da data do protocolo da petição requerendo a falência, do pedido de recuperação judicial ou do dia do primeiro protesto de um título por falta de pagamento pela sociedade). - 67 - C. Estrutura Organizacional As atividades de geração, transmissão e distribuição da Eletrobras são desenvolvidas no Brasil, por meio das seguintes subsidiárias regionais: Itaipu, uma usina em que a Eletrobras e uma entidade governamental paraguaia (ANDE) detêm, cada, uma participação de 50,0%, e que é uma das maiores hidrelétricas do mundo em volume de energia elétrica gerada; Eletrobras Furnas, que desenvolve atividades de geração e transmissão no sudeste e parte do centro-oeste do Brasil; Eletrobras Chesf, que desenvolve atividades de geração e transmissão na região Nordeste do Brasil; Eletrobras Eletronorte, que desenvolve atividades de geração, transmissão e distribuição no norte e parte do centrooeste do Brasil, além de ser a empresa por meio da qual é detida participação na Eletrobras Distribuição Roraima; Eletrobras Eletronuclear, que possui e opera duas usinas nucleares, Angra 1 e Angra 2, e está construindo uma terceira, Angra 3; Eletrobras Amazonas Energia, que desenvolve atividades de geração e distribuição no Estado do Amazonas. A Eletrobras Amazonas Energia opera no interior do Estado do Amazonas, uma área que era atendida, até março de 2008, pela Ceam, que era detida diretamente pela Eletrobras mas não mais existe como uma empresa operacional; Eletrobras Eletrosul, que desenvolve atividades de transmissão no Estado de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Paraná; Eletrobras Distribuição Piauí, que desenvolve atividades de distribuição no Estado do Piauí; Eletrobras Distribuição Alagoas, que desenvolve atividades de distribuição no Estado de Alagoas; Eletrobras Distribuição Rondônia, que desenvolve atividades de distribuição no Estado de Rondônia; Eletrobras CGTEE, que possui e opera usinas termelétricas na região sul do Brasil; e Eletrobras Distribuição Acre, que desenvolve atividades de distribuição no Estado do Acre. A Eletrobras é, também, a principal patrocinadora do Cepel, o maior centro de pesquisa tecnológica e desenvolvimento no setor elétrico na América Latina, além de deter participação majoritária na Eletropar, uma empresa holding que detém participações minoritárias nas seguintes distribuidoras brasileiras: (i) AES Eletropaulo Metropolitana de Eletricidade de São Paulo S.A – AES Eletropaulo; (ii) Energias do Brasil S.A. – Energias do Brasil; (iii) Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – CTEEP; (iv) Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – EMAE; e (v) Companhia Piratininga de Força e Luz – CPFL. O organograma a seguir mostra a estrutura acionária da Companhia e suas subsidiárias de forma resumida em 31 de dezembro de 2012 (a Companhia também detém participações minoritárias em 29 empresas de serviços públicos estaduais em todo o Brasil, que não estão indicadas neste organograma): - 68 - Note: IC representa capacidade instalada e TL linha de transmissão. Em 22 de fevereiro de 2008, o conselho de administração da subsidiária Eletrobras Eletrosul aprovou a aquisição de 69.352.857 ações, ou 51% do total das ações, de emissão da Empresa de Transmissão de Energia de Santa Catarina S.A. – SC Energia, além de 72.537 ações, ou 51% do total das ações, de emissão da Empresa de Transmissão de Energia do Rio Grande do Sul S.A. – RS Energia, ambas com atividades de transmissão de energia elétrica. As aquisições foram aprovadas pela ANEEL por meio da Resolução Autorizativa n. 1.665, de 18 de novembro de 2008, e a aquisição foi concluída em 11 de fevereiro de 2009. Esta aquisição representou um aumento da capacidade de transmissão da Eletrobras na região Sul do Brasil, por meio de 620km de linhas de transmissão (360km da SC Energia e 260km da RS Energia). Em 31 de janeiro de 2011, o conselho de administração da subsidiária Eletrobras Eletrosul aprovou a aquisição de 71.264.300 ações, ou 51% do total das ações, da Artemis Transmissora de Energia S.A., e 5.100.000 ações, ou 26% do total das ações, da Uirapuru Transmissora de Energia S.A., ambas com atividades de transmissão de energia elétrica. As aquisições foram aprovadas pela ANEEL por meio da Resolução Autorizativa n. 2.840, de 29 de março de 2011 e foram concluídas em 11 de agosto de 2011. A incorporação da Artemis Transmissora de Energia S.A. foi aprovada pelos acionistas da subsidiária Eletrobras Eletrosul em 11 de janeiro de 2013. Adicionalmente, a Eletrobras celebrou protocolos de intenções visando a aquisição, mediante certas condições, de participação majoritária em três sociedades nas quais já detém participação. Para maiores informações, vide item 6.5 deste Formulário de Referência. D. Ativo Imobilizado Nosso ativo imobilizado consiste em usinas de geração hidrelétrica e redes de transmissão situadas no território nacional. O valor contábil de nosso imobilizado em 31 de dezembro de 2012, 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 foi de R$ 47.407 milhões, R$ 53.215 milhões, R$ 46.682 milhões, respectivamente. Como resultado da atual grande capacidade de energia hidrelétrica ainda disponível no Brasil, acreditamos que a energia hidrelétrica continuará exercendo um papel relevante contribuindo para o crescimento no consumo de energia elétrica. - 69 - ÍTEM 4A. COMENTÁRIOS NÃO RESOLVIDOS DE FUNCIONÁRIOS Não se aplica. ÍTEM 5. REVISÃO E PROSPECTOS DE OPERAÇÕES E FINANÇAS A discussão a seguir deve ser lida em conjunto com nossos demonstrativos financeiros consolidados auditados inclusos em outra parte deste relatório anual. Visão geral De forma direta e através de nossas subsidiárias, estamos envolvidos na geração, transmissão e distribuição de eletricidade no Brasil. Nossa receita é proveniente principalmente: • da geração de eletricidade através de nossas subsidiárias e sua venda a companhias de distribuição e consumidores livres, que em 2012, 2011 e 2010 foi responsável por R$21.073 milhões, ou 70,6%, R$19.093 milhões, ou 65,2% e R$18.398 milhões, ou 74,0% de nossa receita total líquida, respectivamente; • da transmissão de eletricidade, que em 2012, 2011 e 2010 foi responsável por R$8.689 milhões, ou 27,6%, R$7.778 milhões, ou 28,3% e R$5.894 milhões, ou 23,5% de nossa renda total líquida, respectivamente; e • da distribuição de eletricidade a consumidores finais, que em 2012, 2011 e 2010 foi responsável por R$4.139 milhões, ou 15,8%, R$2.468 milhões, ou 18,4% e R$2.413 milhões, ou 13,9% de nossa renda total líquida, respectivamente. Os principais fatores determinantes de nosso desempenho financeiro são a demanda por eletricidade (que por sua vez é impactada pelas condições macroeconômicas e eventos externos tais como o racionamento de energia que ocorreu em 2001 e 2002) e o preço da eletricidade (que é determinado conforme exposto sob “Item 4.B A Indústria de Energia Elétrica no Brasil”). Apesar de os níveis de consumo de eletricidade hoje excederem aqueles que existiam antes da crise que ocorreu em 2001 e 2002, tal crise de energia continua a impactar nosso reconhecimento de receitas e, por consequência, nossos resultados operacionais. Efeitos da Lei n.º 12.783/2013 Em 2012, o Governo Federal promulgou a medida provisória n.º 579/2012, convertida na Lei n.º 12.783/2013, que alterou significativamente o setor elétrico brasileiro. A lei permitiu aos detentores de concessões para operar ativos de geração e transmissão de energia, cujo término estava previsto para o período entre 2015 e 2017, renovar tais concessões por um período máximo de 30 anos a contar de 1º de janeiro de 2013, mas sujeitos a níveis tarifários significativamente menores. Conforme opção outorgada pela lei, a Eletrobras e outras concessionárias poderiam se sujeitar a processos competitivos para renovar suas concessões de geração e transmissão. A Lei n.º 12.783 afetou, também, as concessões de distribuição, pela redução de tarifas, mas ainda não afetou a renovação de tais concessões. A Eletrobras manifestou seu interesse em renovar suas concessões de distribuição de acordo com os níveis tarifários reduzidos, mas a regulamentação ainda não foi promulgada. Nos termos da Lei n.º 12.783/2013, o Governo Federal concordou em indenizar a Eletrobras e outras concessionárias de energia elétrica pela parte do valor dos investimentos não amortizados realizados durante o prazo de concessão. Algumas indenizações já foram acordadas e pagas, enquanto outras foram estimadas para fins da elaboração das demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2012, com base em informações disponíveis. Determinadas indenizações serão pagas às concessionárias em prestações ao longo de vários anos, entretanto o valor integral dessas indenizações foi registrado nas referidas demonstrações financeiras. Consequentemente, a Eletrobras reconheceu uma perda de R$10,09 bilhões em suas demonstrações financeiras de 2012, com base nos impactos da renovação de suas concessões nos termos da Lei n.º 12.783/2013. Embora tenha sido uma perda não recorrente, a Eletrobras estima que, no futuro, as receitas decorrentes das concessões renovadas serão significativamente menores, e a Companhia poderá incorrer em prejuízos no exercício social de 2013 e seguintes. Os acionistas da Eletrobras aprovaram a renovação das concessões nos termos da nova lei apesar da perda não recorrente de R$10,09 bilhões e do impacto negativo significativo esperado nas receitas derivadas de tais concessões nos exercícios subsequentes. Contratos Onerosos A Eletrobras era parte de vários contratos de compra e venda de energia relativos às concessões cujo prazo de término se daria entre os anos de 2015 e 2017. Mediante a promulgação da Lei n.º 12.783/2013, diversos desses contratos se tornaram onerosos para a Eletrobras, tendo em vista que foram celebrados com base nos antigos níveis tarifários. A Eletrobras estimava que tais contratos, com - 70 - base nos antigos níveis tarifários, seriam lucrativos. Entretanto, com base nas novas tarifas reduzidas, os contratos resultarão em perdas adicionais para a Eletrobras. Principais Fatores que afetam nosso Desempenho Financeiro Condições Macroeconômicas Brasileiras A Eletrobras é afetada pelas condições da economia brasileira. O cenário macroeconômico brasileiro tem se caracterizado por uma crescente atividade econômica e uma trajetória consistente dos níveis de inflação. As taxas de câmbio, entretanto, têm sido voláteis. Com exceção do ano de 2009, muito afetado pela crise financeira internacional, o nível de atividade da economia Brasileira tem evoluído positivamente nos últimos anos. Em 2007, O PIB brasileiro cresceu 5,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, comparado a um crescimento de 3,7% em 2006. Neste mesmo ano, a taxa de inflação, medida pelo IPCA, foi de 4,5%, o que permitiu a redução da taxa básica de juros (SELIC) – para 11,25%. No ano de 2009, a economia brasileira demonstrou relativa resistência aos efeitos da crise financeira internacional deflagrada em 2008. Ainda assim, encerrou o ano com um nível de crescimento econômico próximo de zero, influenciada pelo desempenho desfavorável do setor industrial. Adicionalmente, as condições macroeconômicas e a estabilidade econômica permitiram ao Banco Central retomar a trajetória de redução das taxas de juros, de maneira que a taxa SELIC atingiu seu nível histórico mais baixo, equivalente a 8,7%, em julho de 2009, de acordo com dados do Banco Central. De forma semelhante, o Real apresentou valorização de 34,2% com relação ao Dólar ao longo do ano de 2009. As reservas internacionais, segundo o Banco Central, se mantiveram em patamares acima de US$200,0 bilhões (US$239,1 bilhões em 31 de dezembro de 2009), demonstrando uma melhoria considerável em comparação a 2008, de acordo com dados do Banco Central. Após verificar uma queda de 0,2% do PIB, em 2009, a economia brasileira recuperou-se em 2010, com um crescimento de aproximadamente 7,5%. Essa recuperação foi alavancada parcialmente pela vigorosa expansão do mercado interno. As políticas de transferência de renda, o aumento contínuo do salário mínimo, o crescimento da massa salarial e do crédito foram determinantes para esse resultado. Nesse compasso, o consumo das famílias tinha um crescimento estimado de 7,9%, que, em conjunto com o investimento de longo prazo, foram os principais fatores para um forte desempenho da demanda agregada em 2010. A formação bruta de capital fixo cresceu 25,59%, em 2010, atingindo uma taxa de investimento de 18,4%. Em 2011, o PIB apresentou crescimento de 2,73%, em razão do crescimento da demanda interna. A redução da taxa de crescimento em relação a 2010 resulta da redução do crescimento global. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, o PIB apresentou crescimento de 0,9%, apesar da crise financeira internacional. O IPCA apresentou um valor máximo de 5,84%, influenciado principalmente por fatores internos. Internamente, os preços de alimentos e bebidas exerceram pressão relevante sobre o índice de inflação. Quanto à política monetária, frente ao acirramento da crise financeira internacional, procurou melhorar as condições de liquidez da economia, reduzindo a taxa mínima de reservas. Adicionalmente, a Selic apresentou redução de 34,3% em 2012 (passando de 10,9% em 2011 para 7,2% em 2012). No que se refere à balança comercial líquida brasileira, segundo informações do Banco Central (Relatório de Inflação, dezembro de 2012), o Brasil apresentou um superávit de US$19,4 bilhões no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, com as exportações totalizando US$242,6 bilhões (uma redução de 5,3% em relação ao mesmo período de 2011), principalmente em razão do ritmo moderado da atividade econômica global e da reedição dos preços de commodities relevantes para o país, tais como o minério de ferro. As importações totalizaram US$223,1 bilhões no período, em comparação a US$226,2 bilhões em 2011, uma redução de 1,4%, principalmente em razão de um aumento de 0,4% nos preços e redução de 1,3% no volume de importações. Em termos de preços, os principais eventos foram o aumento nas categorias de bens de consumo duráveis (5,8%) e combustíveis e lubrificantes (3,3%), parcialmente compensados por uma redução de 1,1% em matérias primas e produtos intermediários. A redução do volume de importações refletiu, principalmente, reduções nas quantidades de bens de consumos duráveis importados (17,9%) e combustíveis e lubrificantes (4,8%), contrastando com um aumento de 9,6% no volume de bens de consumo não duráveis. Por sua vez, em 2011, o Brasil apresentou um superávit de US$29,8 bilhões com as exportações totalizando US$256,0 bilhões (26,8% acima do registrado em 2010), principalmente em razão da recuperação da economia mundial e do aumento dos preços das commodities. As importações registraram o valor de US$ 226,2 bilhões, comparado a US$ 181,6 bilhões em 2010, o que significa um crescimento de 24,5%. Esse crescimento foi impulsionado pela valorização do Real e pelo crescimento da demanda interna. A balança de pagamentos totalizou um superávit de US$ 49,1 bilhões em 2010, um superávit de US$58,6 bilhões em 2011 e um superávit de US$18,9 bilhões em 2012. As transações correntes apresentaram déficit de US$ 47,4 bilhões em 2010, um superávit de US$52,5 bilhões em 2011 e um déficit de US$54,2 bilhões em 2012 (o que equivale a 2,2%, 2,1% e 2,4% do PIB, respectivamente). - 71 - Os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos (IED) alcançaram o valor recorde de US$68,0 bilhões em 2012, com elevação de 0,6% na comparação com o resultado do ano anterior (US$67,7 bilhões). Já os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$8,2 bilhões em 2012, 76,6% inferior ao verificado em 2011. A taxa de câmbio, em 2012, apresentou baixa volatilidade se comparada ao período durante a crise financeira internacional. Assim, o influxo de capitais exerceu pouca pressão na taxa de câmbio. Consequentemente, a taxa de câmbio em relação ao dólar apresentou valorização ao longo de 2012, iniciando o ano cotado a R$1,87 e finalizando o ano em R$2,04. As políticas do Banco Central, tanto no mercado à vista como no mercado futuro de câmbio, fizeram com que as reservas internacionais crescessem 6,0%, somando US$373,1 bilhões em dezembro de 2012. A tabela abaixo apresenta o crescimento do PIB, inflação e taxa de câmbio para o Dólar nos períodos ou datas indicadas: Exercício Encerrado em 31 Dezembro, 2012 Taxa de crescimento do PIB .......................................................... 0,9% Inflação (IGP-M) ........................................................................... 7,82% Inflação (IPCA) ............................................................................. 5,84% Valorização (desvalorização) do real vs. dólar norte8,94% americano .................................................................................. Taxa de câmbio no final do período – US$ 1,00 ........................... R$ 2,0435 Taxa média de câmbio – US$ 1,00 ................................................ R$ 1,9544 2011 2010 2,7% 5,1% 6,5% R$ R$ 12,6% 1,8758 1,6746 7,53% 11,32% 5,91% R$ R$ 4,31% 1,666 1,756 Fontes: Fundação Getúlio Vargas, Ipeadata Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística and the Central Bank. Mercado de Energia Elétrica O consumo de energia elétrica registrou um aumento de 3,5% em 2012, superior ao crescimento do PIB no período (de 0,9%). Todas as classes de consumidores apresentaram crescimento no consumo de energia elétrica, com destaque para as classes outros clientes e comercial, que cresceram 4,9% e 7,9%, respectivamente. Por sua vez, o consumo de energia elétrica registrou uma elevação de 3,6% em 2011, taxa superior ao crescimento do PIB para o mesmo período, que registrou um aumento de 3,3%. Todas as classes de consumidores apresentaram crescimento no consumo de energia elétrica, com destaque para as classes residencial e comercial, que cresceram 4,6% e 6,3%, respectivamente. Após a estagnação econômica em 2009, o ano de 2010 apresentou uma forte recuperação da produção industrial e, consequentemente, do consumo industrial de energia elétrica. Em 2012, o consumo industrial de energia elétrica apresentou redução, devido à redução dos níveis de consumo nas regiões Nordeste e Sudeste. A região Centro-Oeste foi a região que mais expandiu o consumo industrial, com crescimento de 11,6%. O consumo de energia elétrica por região geográfica é apresentado na tabela abaixo: Consumo de Energia na Rede (GWh): Classe de Consumo Região Residencial Industrial Norte ................................................................... Norteste ............................................................... Sudeste ................................................................ Sul .............................................................. Centro-oeste ............................................... 6.762 21.294 61.593 18.692 9.224 14.114 28.796 100.771 31.297 8.493 Comercial Outros 4.141 11.598 43.364 13.747 6.436 3.858 13.592 29.572 14.349 6.582 2012 2011 Variação Total Total % 28.876 75.280 235.300 78.085 30.735 27.777 71.914 230.668 74.470 28.205 Fonte: Comitê Permanente de Análise e Monitoramento do Mercado de Energia Elétrica – Copam/EPE. - 72 - 3,95 4,68 2,01 4,86 8,97 Itaipu Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo, é detida conjuntamente pelo Brasil e Paraguai e foi criada de acordo com um tratado entre esses países, que também regula os termos de sua operação. Este tratado estabelece, ainda, a forma de contabilização dos resultados de Itaipu tanto pela Itaipu Binacional, companhia responsável pela operação de Itaipu, como pela Eletrobras no momento da consolidação dos resultados das operações de Itaipu Binacional. De acordo com as exigências do IFRS, a Eletrobras consolida os resultados de Itaipu em suas demonstrações financeiras. De acordo com o tratado de Itaipu, a Eletrobras deve vender não apenas os 50,0% da energia elétrica produzida por Itaipu que é detida pelo Brasil através da Eletrobras, como também a parcela de energia elétrica detida pelo Paraguai que não é usada por este país. Consequentemente, a Eletrobras vende aproximadamente 95,0% da energia elétrica produzida por Itaipu. Os Artigos 7º e 8º da Lei n. 5.899, de 5 de julho de 1973, estabelecem a estrutura por meio da qual as empresas de distribuição calculam o montante total de energia comprada junto a Itaipu. Apesar de Itaipu produzir um grande montante de energia elétrica, o tratado de Itaipu exige que as vendas da energia produzida por Itaipu sejam feitas sem fins lucrativos, ou seja, sem efeitos líquidos sobre os resultados da Eletrobras. Para cumprir tal exigência, os lucros provenientes da venda de energia de Itaipu são creditados em períodos subsequentes nas contas de energia dos consumidores residenciais e rurais através do Sistema Interligado Nacional (reduzindo, assim, as receitas da Eletrobras provenientes das vendas de energia) e as perdas são levadas em consideração pela ANEEL no cálculo das tarifas de energia elétrica nos períodos subsequentes (aumentando, assim, as receitas da Eletrobras provenientes das vendas de energia elétrica). Embora o resultado operacional líquido da Eletrobras não seja afetado pelas operações de Itaipu, diversos itens das demonstrações contábeis da Eletrobras são significativamente impactados por elas, principalmente a linha “energia adquirida para revenda”, tendo em vista que a maioria dos valores nela registrados correspondem a energia produzida por Itaipu. Este montante, que corresponde, após a consolidação dos resultados, à parcela detida pelo Paraguai da energia gerada por Itaipu, seria significativamente maior caso a Eletrobras não consolidasse a parcela de energia detida pelo Brasil. Adicionalmente, tendo em vista que as demonstrações contábeis de Itaipu Binacional são elaboradas em dólares norte-americanos e convertidas em reais com base na cotação de fechamento da moeda divulgada pelo Banco Central no fim do período, qualquer flutuação na taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano pode impactar significativamente o componente “Ganho monetário e câmbio” da linha “Despesa Financeira”. Os royalties pagos por Itaipu correspondem a grande parte do componente “Despesa financeira” da linha “Despesas operacionais”. Ao amparo da Lei n. 11.480, de 30 de maio de 2007, a Eletrobras foi capaz de aplicar um fator de reajuste a qualquer contrato financeiro celebrado entre esta e Itaipu, bem como a quaisquer cessões de crédito entre a Companhia e o Tesouro Nacional anterior a 31 de dezembro de 2007. O propósito deste fator de reajuste era o de compensar o impacto das taxas de inflação nos Estados Unidos aos pagamentos em dólares norte-americanos. Nesse sentido, o fator de reajuste é calculado com base no índice de preços ao consumidor (consumer price index - CPI) e em outro índice que acompanha as variações de preço na indústria. A lei n. 11.480 foi revogada e o Decreto n. 6.265, de 22 de novembro de 2007 foi promulgado, determinando que um fator equivalente ao anterior fator de reajuste seja repassado aos consumidores anualmente. A Eletrobras aplica o fator de reajuste à integralidade dos contratos de empréstimo celebrados com Itaipu, ainda que seja responsável por 30% do valor total. A Companhia contabiliza o saldo remanescente desses empréstimos como “Direitos de ressarcimento”, com efeito de compensação em suas demonstrações de resultados. A partir do exercício social de 2010, a Eletrobras passou a contabilizar quaisquer ganhos ou perdas relacionadas a Itaipu como um ativo financeiro em seu balanço patrimonial, e a registrar a receita correspondente em suas receitas operacionais, de modo a atender aos IFRS. Para maiores detalhes sobre o tratamento contábil de Itaipu, vide os itens II e IV da nota explicativa 3.11 das demonstrações financeiras da Eletrobras relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012. Variações na Taxa de Câmbio As flutuações no valor do real em relação ao dólar americano, particularmente as desvalorizações e/ou depreciações do real, tiveram e continuam tendo um efeito sobre os resultados da Eletrobras. Particularmente, em conformidade com o tratado de Itaipu, todas as receitas de Itaipu são determinadas em dólares americanos. Pelo fato de as demonstrações contábeis de Itaipu Binacional serem preparadas em dólares americanos e convertidas para reais à taxa de câmbio publicada pelo Banco Central ao final do período, qualquer movimentação na taxa de câmbio entre o real e o dólar americano pode ter um impacto importante sobre os resultados da Eletrobras, particularmente no componente “Ganho monetário e câmbio” da linha “Receitas(despesas) financeiras líquidas”. Entretanto, tendo em vista que, nos termos do tratado de Itaipu, suas operações não devem resultar em nenhum efeito líquido sobre os resultados da Eletrobras, qualquer perda ou ganho incorrido em consequência de uma valorização ou desvalorização do dólar americano em relação ao real será subsequentemente compensado por meio das tarifas cobradas dos consumidores residenciais e rurais. Nas demonstrações contábeis da Eletrobras, os efeitos decorrentes de Itaipu nas rubricas acima descritas são compensados e contabilizados na linha “Resultado a Compensar de Itaipu”. Até o momento da compensação, os resultados acumulados de ganhos ou - 73 - perdas das operações de Itaipu, líquidas dos ajustes de tarifas, são contabilizados no balanço patrimonial da Eletrobras como um ativo circulante, na linha “Direitos de ressarcimento”. Eletrobras Eletronorte Durante muitos anos, a subsidiária Eletrobras Eletronorte foi usada como instrumento para o desenvolvimento da região norte do Brasil, operando, de certa forma, como uma agência de desenvolvimento. Em particular, a Eletrobras Eletronorte forneceu energia elétrica nos termos de contratos de fornecimento celebrados a preços que não cobriam seus custos. A Eletrobras iniciou, em 2004, a renegociação destes contratos de fornecimento, firmados principalmente com empresas na indústria de fundição de alumínio, com o objetivo de rever as tarifas de forma a cobrir os custos operacionais da Eletrobras Eletronorte e liquidar gradativamente suas dívidas. A Eletrobras Eletronorte firmou um contrato em 11 de maio de com a ALBRAS – Alumínio Brasileiro S.A., sociedade localizada no norte do Brasil e produtora de alumínio, estabelecendo o fornecimento de energia elétrica para as operações industriais da ALBRAS, com base no preço internacional do alumínio. Este contrato entrou em vigor em 1º de junho de 2004. A ALBRAS pode terminar o contrato mediante aviso com dois anos de antecedência, se decidir interromper sua produção ou começar a usar seus próprios recursos para a geração de energia. A ALBRAS está sujeita ao pagamento de quaisquer quantias referentes ao término antecipado de contrato. O prazo total deste contrato é de 20 anos e o inclui um pagamento antecipado por energia de R$876 milhões. Para maiores informações, vide nota explicativa 21 de nossas demonstrações financeiras relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012. Uma das principais fontes de receita da Eletrobras Eletronorte advém da exploração da Usina Hidrelétrica de Samuel – UHE Samuel, cujo prazo inicial de concessão esgotou-se em setembro de 2009. Em 18 de julho de 2006, a Eletrobras Eletronorte encaminhou à ANEEL pedido de prorrogação do prazo de concessão da UHE Samuel e da consequente assinatura de um novo contrato de concessão. Em 11 de março de 2010, a ANEEL concedeu uma prorrogação da concessão da UHE Samuel por mais vinte anos. No exercício social encerrado em 31 de dezembro 2012, as perdas líquidas atribuídas à Eletrobras Eletronorte chegaram a R$738,6 milhões, comparados a ganhos de R$58,3 milhões em 2011 e R$154,2 milhões em 2010. Tarifas Reguladas de Distribuição No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012, 12,15% das receitas líquidas da Eletrobras decorreram da distribuição de energia elétrica. As empresas distribuidoras de energia elétrica em geral apresentam prejuízos, que provavelmente continuarão a ocorrer, dado que as tarifas que podem ser cobradas por elas são reguladas e reajustadas pela ANEEL. Receitas Fixas de Transmissão Diferentemente das receitas das atividades de distribuição e geração, as receitas da atividade de transmissão são fixadas pelo Governo Federal. Isto se aplica a todas as empresas de energia elétrica com operações de transmissão no Brasil. Consequentemente, as receitas da atividade de transmissão não aumentam nem diminuem com base no montante de energia elétrica transmitida. O Governo Federal estabelece uma taxa de receita fixa de transmissão a cada ano que os consumidores finais devem pagar e isto é repassado à Eletrobras e registrado como receita da atividade de transmissão. Assim, o lucro líquido da Eletrobras pode ser afetado pelo fato de que os custos neste setor não podem ser facilmente repassados para seus clientes. Políticas contábeis críticas A Eletrobras prepara suas demonstrações financeiras com base em estimativas e assunções decorrentes de sua experiência e diversos outros fatores que acredita serem razoáveis e relevantes. As práticas contábeis críticas que a Eletrobras adota são aquelas que acredita serem relevantes para determinar sua condição financeira e resultados operacionais, mas a definição de tais práticas é complexa e subjetiva, levando sua administração a fazer estimativas sobre eventos futuros ou incertos. A aplicação de suas práticas e estimativas contábeis críticas geralmente requer que sua administração se baseie em julgamentos sobre os efeitos de certas transações que afetam os seus ativos, passivos, receitas e despesas. Investimentos em Coligadas Sempre que necessário, as demonstrações financeiras das coligadas da Eletrobras são ajustadas para que suas políticas contábeis sejam conformadas às políticas e premissas adotadas pela Eletrobras, que aplica o método de equivalência patrimonial nos termos dos IAS 27 e 28. Impairment Nos termos do IAS 36 (“Impairment de Ativos”), a Eletrobras analisa o valor recuperável de seus ativos anualmente, além das situações em que tal avaliação é necessária. Caso a Companhia encontre evidências de que um determinado ativo pode não ser - 74 - recuperável, são estimadas as chances de sua recuperação. Quando o valor contábil residual excede o valor recuperável de tal ativo, a Eletrobras reduz o valor do ativo, sendo o montante de tal redução denominado impairment. O impairment é então reconhecido como uma provisão para o período. Caso não seja possível estimar o montante recuperável de um determinado ativo individualmente, é feita uma estimativa da probabilidade de recuperação da unidade de geração de caixa à qual o ativo pertence. Quando esta técnica é utilizada, é aplicado um desconto no montante determinado com base no valor presente do fluxo de caixa (antes dos impostos) que reflete as condições de mercado, no valor financeiro presente e nos riscos específicos do grupo a que pertence tal ativo. O montante recuperável do ativo ou da unidade de geração de caixa é revisto periodicamente. Tal reversão gera um impacto nas demonstrações do resultado da Eletrobras, bem como no valor contábil do ativo ou da unidade de geração de caixa. Provisões para Contingências A Eletrobras é parte em determinados processos judiciais e administrativos. Além dos empréstimos compulsórios, a Companhia registra provisões de acordo com o IAS 37 (“Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes”), o qual determina que a perda estimada deve ser registrada quando a informação disponível à época da publicação das demonstrações financeiras indica a probabilidade que um evento futuro pode gerar a desvalorização de um ativo, ou mediante a identificação de um passivo incorrido se tal passivo pode ser estimado. Nos termos do IAS 37, a Eletrobras não registra provisões se a chance de perda em uma demanda é considerada remota, ou razoavelmente possível. Adicionalmente, a Eletrobras não registra provisões para procedimentos administrativos sempre que tais demandas se tornam ações judiciais. Ao calcular suas provisões, a Companhia consulta os assessores legais internos e externos que a representam em tais demandas, e as estimativas são baseadas em uma análise dos possíveis resultados, levanto em consideração as estratégias de condução do processo aplicáveis. A Eletrobras solicita trimestralmente relatórios sobre os procedimentos conduzidos por assessores legais externos, que identificam os casos em que há potenciais perdas. A contabilização de contingências requer o uso de julgamento pela administração com relação às probabilidades estimadas e os limites de exposição a passivos potenciais, especialmente no contexto da legislação tributária brasileira, tendo em vista que tal legislação historicamente se mostrou incerta quanto ao seu escopo e aplicação. Benefícios a Empregados A Eletrobras patrocina plano de previdência complementar de contribuição definida que cobre praticamente todos os seus colaboradores. O passivo atuarial relativo a este plano é contabilizado nos termos do IAS 19 (“Benefícios a Empregados”) e é calculado por um atuário independente. Adicionalmente, a Eletrobras e algumas de suas subsidiárias também implementaram planos de saúde pós-emprego e subsidiam prêmios de seguro vitalícios como “Benefícios Pós-Emprego não relacionados a Previdência”. As estimativas da evolução dos custos de atendimento médico, as hipóteses biométricas e econômicas, bem como as informações históricas sobre custos incorridos e contribuições feitas pelos colaboradores também são levadas em consideração. Custos de Reparação por Danos Ambientais A Eletrobras incorre em determinados custos para reduzir o impacto que suas atividades operacionais têm no meio-ambiente. Esses custos incluem os custos de descomissionamento, que envolve uma série de medidas para interromper, de forma segura, as operações de suas usinas nucleares (Angra 1 e Angra 2), com o objetivo de reduzir os níveis residuais de radioatividade. A Companhia aplica o IAS 37 e a Interpretação IFRIC 1 (“Alterações aos Passivos de Restauração por Descomissionamento e Passivos Similares”) ao contabilizar esses custos. O IAS 37 determina o registro do valor justo da obrigação legal relacionada à obrigação de descomissionamento de um ativo no período em que incorrido. Quando uma nova obrigação legal é exigida, a empresa deve capitalizar os custos da obrigação por meio da promoção de um aumento no valor contábil do ativo imobilizado correspondente. A obrigação é trazida a valor presente em cada período, e o custo capitalizado é depreciado ao longo da vida útil do ativo correspondente. Mediante a liquidação, uma entidade liquida a obrigação pelo seu valor contabilizado ou incorre em um ganho ou perda. Por exemplo, no caso do descomissionamento nuclear, o IAS 37 exige que a Eletrobras contabilize o valor justo integral das obrigações correspondentes ao descomissionamento e um ativo correspondente, que por sua vez será depreciado ao longo da vida útil esperada de cada usina. A administração da Eletrobras tem que exercer julgamento na implementação dessa política e os seguintes fatores são relevantes nesse processo de decisão: (i) as estimativas devem cobrir os custos que são incorridos em um período de tempo longo e, assim, a administração tem que considerar incertezas inerentes a este processos, tais como alterações legislativas e o nível e natureza das operações; e (ii) o IAS 37 exige que a Companhia presuma as probabilidades de fluxos de caixa projetados e posições de longo prazo com relação a inflação para então determinar o crédito, ajustado pela taxa de juros sem prêmio e prêmios sobre riscos de mercado que não são aplicáveis às operações. Adicionalmente, possíveis mudanças das estimativas podem originar impactos significativos no lucro líquido, já que tais custos são descontados a valor presente considerando um longo período de tempo. Base de Cálculo para Indenização pelo Poder Concedente As demonstrações financeiras da Eletrobras são preparadas sob a premissa que suas concessões estão sujeitas a reversão ao final do período da concessão, enquanto existe um direito de plena indenização pelo poder concedente para investimentos ainda não - 75 - recuperados. A Eletrobras recentemente avaliou as várias interpretações legais e regulatórias da base de cálculo para montantes indenizáveis para concessões revertidas. Baseada nos termos contratuais de suas concessões e em suas interpretações legais e regulatórias, a Eletrobras, amparada por um parecer de um assessor legal independente, elaborou suas demonstrações financeiras baseada na premissa que a Companhia seria indenizada, para cada concessão, com base no valor contábil residual da concessão após seu término. Esta decisão afetou a base de cálculo dos ativos utilizados no segmento de geração, que estão sujeitos a cláusulas contratuais de indenização, bem como quaisquer outros ativos nos segmentos de transmissão e distribuição que se encaixem no escopo do IFRIC-12. Remuneração por Indenizações Nos termos da Lei 12.738/2013, o Governo Federal concordo em indenizar certos investimentos não amortizados realizados no âmbito das concessões da Eletrobras que tinham término previsto para o período entre 2015 e 2017 e foram renovadas, a partir de 1º de janeiro de 2013, mediante tarifas reduzidas. Apesar de alguns valores de indenização já terem sido acordados (e alguns valores já pagos), a Eletrobra estimou os montantes relativos a outros pagamentos de indenização incluídos na rubrica “remuneração por indenizações” na demonstração dos resultados das demonstrações financeiras relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012. Tais estimativas se basearam nas informações disponíveis à época em que foram preparadas e podem ser alteradas após a definição dos valores de indenização junto ao Governo Federal. Quaisquer mudanças seriam registradas como “ganhos ou perdas em indenizações”, incluindo ajustes inflacionários a tais ganhos ou perdas. Efeitos da Lei n.º 12.783/2013 A Eletrobras registrou os efeitos da Lei n.º 12.738/2013 (exceto pela remuneração por indenizações) em uma rubrica específica da demonstração de resultados. Esta rubrica se baseia em várias estimativas preparadas de acordo com o julgamento da Eletrobras. Por exemplo, as reduções nos valores das concessões renovadas a partir de 1º de janeiro de 2013 são baseadas, em parte, no volume de energia que as respectivas usinas vão gerar e as respectivas linhas de transmissão vão transmitir. Adicionalmente, tais montantes refletem impairments em unidades geradoras de caixa em razão dos valores reduzidos de tarifa baseados em estimativas de fluxos de caixa futuros, bem como ajustes em ativos compensáveis de modo a obter valores de reposição, baseados, em parte, em estimativas das indenizações a serem pagas às concessionárias nos termos da Lei n.º 12.783/2013. Contratos Onerosos A Eletrobras era parte de vários contratos de compra e venda de energia relativos às concessões cujo prazo de término se daria entre os anos de 2015 e 2017. Mediante a promulgação da Lei n.º 12.783/2013, diversos desses contratos se tornaram onerosos para a Eletrobras, tendo em vista que foram celebrados com base nos antigos níveis tarifários. A Eletrobras estimava que tais contratos, com base nos antigos níveis tarifários, seriam lucrativos. Entretanto, com base nas novas tarifas reduzidas, os contratos resultarão em perdas adicionais para a Eletrobras. Imposto de Renda A Eletrobras contabiliza os montantes referentes a imposto de renda nos termos do IAS 12 (“Imposto sobre a Renda”). O IAS 12 determina que a Companhia reconheça os efeitos de perdas fiscais diferidas e diferenças temporárias em suas demonstrações financeiras consolidadas. A Eletrobras reconhece uma provisão quando acredita que há uma elevada possibilidade de que não recuperará créditos fiscais no futuro. Este requisito exige que a Companhia realize estimativas sobre sua exposição fiscal atual e avalie as diferenças temporárias resultantes dos tratamentos fiscais e contábeis diferenciados atribuídos a determinados itens. Essas diferenças originam ativos e passivos fiscais diferidos, que são apresentados no balanço patrimonial consolidado. Dessa forma, a Eletrobras avalia a probabilidade de que seus créditos fiscais diferidos serão recuperados a partir de sua receita tributável futura. Caso a administração acredite que tal recuperação não será provável, é reconhecida uma provisão e uma despesa fiscal nas demonstrações do resultado. Qualquer redução da provisão gera o reconhecimento de um benefício fiscal nas demonstrações do resultado. A determinação da provisão para imposto de renda, bem como para ativos ou passivos fiscais diferidos exige julgamentos e estimativas pela administração. Para cada crédito fiscal futuro, a Companhia avalia a probabilidade que o ativo fiscal correspondente não será recuperado em sua totalidade ou em parte. Descrição dos Principais Itens de Linha Receitas Operacionais Venda de Energia Elétrica Nossas receitas são provenientes de geração, transmissão e distribuição de eletricidade, conforme abaixo: • receitas em nosso segmento de geração vêm da comercialização e venda da eletricidade que geramos (incluindo a eletricidade gerada por nossa participação no projeto Itaipu) a companhias de distribuição e consumidores livres e da revenda de eletricidade proveniente da participação paraguaia no projeto Itaipu não utilizada no Paraguai. Receitas de - 76 - nosso segmento de geração de eletricidade são registrados com base na quantidade fornecida a taxas específicas sob termos de contrato ou taxas regulatórias permanecentes; • receitas de nosso segmento de transmissão provêm da construção, operação e manutenção de redes de transmissão para outras concessionárias de eletricidade e certas receitas provenientes da aplicação de inflação e outros índices ao valor de nossos investimentos. Receitas recebidas de outras concessionárias que utilizam nossa rede de transmissão básica são reconhecidas no mês em que os serviços são fornecidos às outras concessionárias. Tais receitas são fixadas a cada ano pelo governo brasileiro. Essas receitas também incluem como receita financeira o valor calculado sobre recebíveis registrados como ativos financeiros (antigamente registrados como “Propriedade, Usinas e Equipamento”), com base nas taxas calculadas do recebimento de receita anual permitida, ou RAP (cujo cálculo é feito pelo RAP bruto menos o valor alocado para receita de operações e manutenção) até que o acordo de concessão para transmissão de energia termine; e • receitas de nosso segmento de distribuição provêm da venda a consumidores finais de eletricidade que compramos de companhias de geração e também de certa quantidade de eletricidade que geramos em usinas termelétricas em certas áreas isoladas da região norte do Brasil para distribuição, bem como certas receitas provenientes da construção, operação e manutenção de redes de distribuição. Vendas de distribuição de eletricidade a consumidores finais são reconhecidas quando energia é fornecida. Faturas para tais vendas são emitidas mensalmente. Receitas não faturadas do ciclo de faturamento até o final de cada mês são estimadas com base no faturamento do mês anterior e acumuladas no final do mês. Diferenças entre as receitas não faturadas estimadas e reais, caso existam, são reconhecidas no mês seguinte. Grande parte de nossas receitas, em qualquer ano, provém da venda e revenda de eletricidade de Itaipu. Contudo, o tratado entre Brasil e Paraguai, com base no qual Itaipu opera, dita que tais atividades não devem afetar nossa receita líquida. Outras Receitas Operacionais Outras receitas operacionais provêm de cobranças impostas a consumidores finais por atrasos em pagamentos relacionados à eletricidade vendida em nosso segmento de distribuição e, em menor escala, em outras receitas operacionais que não podem ser atribuídas a nossos segmentos de distribuição, geração ou transmissão, as quais registramos sob nosso segmento “corporativo”. Estas incluem principalmente taxas pela administração do fundo RGR e outros fundos governamentais. Também temos receitas operacionais proveniente de empresas de telecomunicações que utilizam certas partes de nossa infraestrutura para instalar linhas de telecomunicação. Imposto Sobre Receita O imposto sobre receita consiste no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, um imposto sobre vendas cobrado da receita bruta. Estamos sujeitos a alíquotas diferentes de ICMS nos diferentes estados em que atuamos, com ALIQUOTAS variando de 7,0% a 27,0%. De acordo com regulamentações aplicáveis, não somos responsáveis por quaisquer impostos ou receitas em nosso segmento de transmissão. Adicionalmente, estamos sujeitos a dois impostos federais sobre a receita bruta de entidades corporativas: o Programa de Integração Social – PIS/PASEP e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS. Taxas Regulatórias Sobre Receitas Essas deduções sobre receita bruta compõe pagamentos feitos à CCC, ao Fundo RGR, à CDE, ao PROINFA e taxas semelhantes impostas a participantes do setor de eletricidade. Taxas regulatórias são calculadas de acordo com formulas estabelecidas pela ANEEL, que variam de acordo com o tipo de cobranças do setor, portanto não há relação direta entre receitas e taxas do setor. Custos e Despesas Operacionais Pessoal, Material e Serviços Nossos custos operacionais e despesas relacionadas a pessoal, material e serviços consistem principalmente em despesas administrativas diárias para funcionários, equipamento e infraestrutura, bem como despesas relacionadas à terceirização de segurança, manutenção e consultores e conselheiros externos. Devido à natureza diversificada de tais despesas, podemos aplicar critérios subjetivos para alocar tais despesas em nossas atividades operacionais. Essas despesas não incluem matéria prima utilizada para a geração de energia. Eletricidade Comprada para Revenda Tanto nosso segmento de geração quanto o de distribuição compram eletricidade para revenda. A eletricidade comprada no segmento de distribuição é comprada de outros geradores. A eletricidade comprada no segmento de geração representa a porção paraguaia da energia de Itaipu que não é utilizada no Paraguai e que nós revendemos para companhias de distribuição e consumidores finais. - 77 - Combustível Para a Produção de Eletricidade O custo de combustível é um elemento significativo de nossas despesas operacionais. Esse custo, entretanto, é reembolsado em seguida pela CCC, de acordo com a Lei No. 12.111. Uso da Rede Esse custo representa cobranças pela transmissão de energia através das linhas de força de terceiros. Pagamento de Juros e Penalidades Esse custo representa pagamento de juros relacionados ao nosso financiamento com terceiros, bem como potenciais penalidades por pagamentos em atraso. Desvalorização e Amortização Isso representa a desvalorização e amortização de nossas propriedades, usinas e equipamentos. Registramos nossas propriedades, usinas e equipamentos como custos de construção e aquisição, conforme aplicável, menos a desvalorização acumulada calculada com base no método de linha reta, a taxas que levam em consideração a vida útil estimada dos ativos. Custos de reparo e manutenção que prolonguem a vida útil dos ativos relacionados são capitalizados, enquanto custos de rotina são cobrados de nosso resultado operacional. Juros relacionados à divida contraída com terceiros durante o período de construção estão capitalizados. Provisões Operacionais Reflete provisões que fazemos em relação a: (i) processos legais dos quais fazemos parte; (ii) reservas para contas dúbias e impedimentos; e (iii) custos de desinvestimento, que são os custos associados com a desativação de instalações nucleares (por exemplo, o fechamento seguro de instalações nucleares). Prejuízo Deferido de Itaipu Conforme descrito acima em “– Principais fatores afetando nosso desempenho financeiro – Itaipu”, o efeito líquido dos resultados operacionais de Itaipu estão registrados neste item de linha e os efeitos operacionais acumulados de Itaipu, após a compensação através do ajuste tarifário, é registrado em nosso balanco patrimonial ativos circulantes e não circulantes sob “Ativos Financeiros – Itaipu”. Doações e Contribuições Reflete despesas relacionadas a investimentos em novas techonolgias da informação e pesquisa e desenvolvimento, bem como investimentos em programas culturais e patrocínios. Outros Custos Operacionais Nossos outros custos operacionais compõem uma série de diversos custos acarretados por nós como parte de nossas operações diárias. Os elementos mais significativos são: (i) o custo do aluguel de bens tais como unidades de geração para o Sistema Isolado; (ii) custos de operação e manutenção de nossas instalações que fornecem serviços de eletricidade; (iii) custos de telecomunicação compondo principalmente custos acarretados por nossos serviços de telefonia e internet; (iv) custos de seguro, incluindo apólices para nossas instalações e propriedades; e (v) custo de descarte de bens, principalmente transformadores. Resultados de Participações Societárias Resultados provenientes o ajuste de nossa participação societária em outras empresas. Renda Financeira (Despesa), Líquida Renda Financeira Reflete a receita de juros e comissões que recebemos de empréstimos feitos de acordo com as determinações da lei brasileira que nos permite conceder empréstimos a certas companhias de utilidade pública (vide “Item 4.B, Visão Geral de Negócios – Atividades de Empréstimos e Financiamentos” para uma descrição de nossos empréstimos ativos concedidos a outras empresas brasileiras de serviços públicos). Despesas Financeiras Reflete principalmente o pagamento de dividendos a nossos acionistas, bem como despesas de dívidas e aluguel. Reflete também a variação da taxa de câmbio dólar/real em relacionada à Itaipu. - 78 - Câmbio Estrangeiro e Ganho Monetário (Perda) Ganho (perdas) em câmbio estrangeiro se relaciona principalmente a Itaipu, pois os demonstrativos financeiros da Itaipu Binacional são apresentados em dólares americanos, e isso representa nossa maior exposição ao risco da moeda estrangeira. A desvalorização ou depreciação do real em relação ao dólar americano aumenta nossa receita, pois aumenta o valor da contribuição de Itaipu, apesar de os efeitos dessa contribuição serem descontados, conforma já discutido anteriormente. A valorização do real diminui nossa receita pois ela diminui o valor da contribuição de Itaipu, apesar de o efeito dessa contribuição ser descontado, de forma semelhante, como sendo desvalorização do custo de construção de Itaipu. A. Resultados Operacionais As tabelas seguintes demonstram nossas receitas e despesas operacionais como uma porcentagem da receita operacional líquida: Exercício Findo em 31 de Dezembro, 2012 Receita Vendas de eletricidade: Distribuição ..................................................................................... 15,8% Geração ............................................................................................ 70,6% Transmissão ..................................................................................... 27,6% Outras receitas operacionais ......................................................................2,0% Imposto sobre a receita .............................................................................. (10,70)% Encargos regulatórios sobre a receita ........................................................ (5,3)% Receita operacional líquida ....................................................................... 100,0% Despesas Despesas operacionais ............................................................................... (95,1)% Despesas financeiras, líquidas ...................................................................1,9% Ganhos sobre os resultados de afiliadas ....................................................1,4% Lucro antes do imposto de renda e contribuição social ............................. (21,5)% Imposto de renda ....................................................................................... (1,1)% Participação minoritária ............................................................................ (0,1)% Lucro líquido ............................................................................................. (20,3)% 2011 2010 18,4% 65,2% 28,3% 4,1% (10,2)% (5,8)% 100,0% 13,9% 74,0% 23,5% 4,5% (10,3)% (5,7)% 100,0% (86,0)% 0,8% 1,6% 16,5% (3,7)% (0,1)% 12,6% (86,1)% (1,4)% 2,5% 15,1% (5,6)% (1,1)% 8,4% Demonstrações de Resultado Consolidadas Este tópico apresenta uma visão geral dos resultados consolidados da Eletrobras, que são discutidos em relação a cada segmento abaixo: Receita Operacional Líquida A receita líquida operacional em 2012 aumentou R$4.531 milhões, ou 15,3%, para R$34.064 milhões, comparado a R$29.533 milhões em 2011, tendo sido o aumento causado por: Um aumento de R$695 milhões, ou 16,0%, nas receitas de construção, que aumentaram de R$4.332 milhões em 2011 para R$5.027 milhões em 2012, principalmente em razão do aumento dos investimentos nos ativos de concessão, incluindo investimentos na expansão da rede de transmissão e no contínuo investimento em infraestrutura de distribuição. Essas receitas foram compensadas pelos respectivos custos de construção. Um aumento de R$1.591 milhões, ou 8,3%, nas receitas de geração, que passaram de R$20.684 milhões em 2011 para R$21.073 milhões em 2012, devido a (i) um aumento de 13,3% no volume de energia vendida, que passou de R$20.608 milhões em 2011 para R$23.357 milhões em 2012; (ii) um aumento do volume de energia vendida, de 268 MWh em 2011 para 269 MWh em 2012; (iii) um aumento na venda de energia por Itaipu e a valorização do dólar face o real em 2012, e (iv) um montante de reembolso de R$581 milhões em 2012 relacionado às tarifas cobradas da Eletrobras Eletronuclear. Um aumento de R$910 milhões, ou 11,7%, nas receitas de transmissão, que totalizaram R$7.779 milhões em 2011, em comparação a R$8.689 milhões em 2012, principalmente em razão de um ajuste no cálculo das tarifas de transmissão de modo a refletir, de forma adequada, a taxa de retorno contratual para o ativo financeiro, que resultou em um aumento de R$384 milhões nas receitas. Adicionalmente, as receitas de operação e manutenção apresentaram aumento, passando de R$1.979 milhões em 2011 para R$2.562 milhões em 2012. - 79 - Um aumento de R$2.060 milhões, ou 83,5%, nas receitas do segmento de distribuição, que passaram de R$2.467 milhões em 2011 para R$4.527 milhões em 2012, em razão de (i) um aumento de 120,7% no fornecimento de energia, cujo montante passou de R$1.954 milhões em 2011 para R$4.312 milhões em 2012; (ii) um aumento no volume de energia vendida, de 13,6MWh em 2011 para 15,2MWh em 2012, devido, em parte, a maior volume de venda de energia na região Norte do país, e (iii) um aumento de 160.000 consumidores de distribuição. Despesas Operacionais As despesas operacionais apresentaram aumento, em 2012, de R$7.006 milhões, ou 27,6%, atingindo R$32.396 milhões em 2012, em comparação a R$25.390 milhões em 2011. As principais razões que levaram ao aumento das despesas operacionais foram: Um aumento de 35,1% na energia comprada para revenda, que passou de R$3.386 milhões em 2011 para R$4.574 milhões em 2012, principalmente em razão de (i) um aumento no custo da energia comprada no mercado spot, e (ii) um grande volume de energia comprada e penalidades relacionadas à usina termelétrica Candiota III (fase C); Um aumento de R$748 milhões, ou 17,5%, em custos de construção, que passaram de R$4.280 milhões em 2011 para R$5.027 milhões em 2012, principalmente em razão do aumento dos investimentos relacionados à infraestrutura de distribuição, tais como na expansão da rede de distribuição; Um aumento de R$768 milhões, ou 10,0%, nas despesas com pessoal, que passaram de R$7.671 milhões em 2011 para R$8.439 milhões em 2012, principalmente devido a aumento no valor do bônus anual aos empregados; Um aumento de 335,7% em custos de combustível para produção de energia. Em 2012, esses custos totalizaram R$709 milhões, em comparação a R$163 milhões em 2011. A diferença foi causada pelo aumento da produção de gás em razão da necessidade de complementar a energia de fonte hidrelétrica com energia termelétrica, em parte por conta de atrasos na entrada em operação da usina de Candiota III (fase C); Um aumento de R$2.478 milhões, ou 87,0%, nas provisões operacionais, que totalizaram R$5.237 milhões em 2012 em comparação a R$2.849 milhões em 2011, em razão (i) prestação de garantia para a compra da usina de Jirau pela Eletrobras, no montante de R$1,6 bilhão, e (ii) o reconhecimento de uma provisão atuarial de R$0,8 bilhão. Um aumento de R$323 milhões, ou 24,3%, em remuneração e ressarcimento, que passou para R$1.652 milhões em 2012 em comparação a R$1.329 milhões em 2011, principalmente em razão de aumentos nos royalties devidos em consequência da entrada em operação de novas usinas hidrelétricas, incluindo as usinas de São Antônio, Passo São João e Mauá; Um aumento de R$343 milhões, ou 24,1%, em despesas de uso da rede elétrica, que passaram de R$1.421 milhões em 2011 para R$1.764 milhões em 2012, em razão do aumento nas tarifas e no uso de linhas de transmissão de terceiros, refletindo o aumento do volume de transmissão de energia no período; e Um aumento de R$952 milhões, ou 72,9%, em outros custos e despesas operacionais, que passaram de R$1.306 milhões em 2011 para R$2.258 milhões em 2012, principalmente em razão de aluguel de equipamentos para as linhas de distribuição relacionados à expansão da rede de distribuição. Os custos e despesas operacionais para 2011 aumentaram R$2.299 milhões, ou 10.0%, para R$25.390 milhões em 2011 de R$23.090 milhões em 2010. Como uma porcentagem da receita operacional líquida, os custos e despesas operacionais aumentaram para 86,1% em 2011, de 86,0% em 2010. Os principais fatores motivadores do aumento nos custos e despesas operacionais foram: um aumento de R$1.326 milhões, ou 44,9% nas despesas de construção para R$4.280 milhões em 2011 de R$2.953 milhões em 2010, devido principalmente a um aumento nas despesas de capital relacionadas a projetos de infraestrutura de transmissão, incluindo Rio Madeira e Tucuruí – linhas de transmissão de Manaus; um aumento de R$637 milhões, ou 95,1% nos custos e despesas de operação para R$1.306 milhões em 2011 de R$669 milhões em 2010, devido principalmente ao aluguel de equipamento para nossas instalações de distribuição como resultado da extensão de nossas rede de distribuição; um aumento de R$352 milhões, ou 14.1% nas provisões operacionais para R$2.849 milhões em 2011 de R$2.497 milhões em 2010, devido principalmente a (i) provisões operacionais feitas por Furnas e Eletronorte em 2011, no valor de R$498 milhões, para pagamentos a certos funcionários como incentive pela aposentadoria antecipada, e (ii) demais provisões para contingências, especificamente, uma provisão legal para a usina hidrelétrica de Balbina – para maiores informações, vide “Litígio – Desapropriação de Terras”; - 80 - um aumento de R$242 milhões, ou 22,3% na remuneração e reembolsos para R$1.329 milhões em 2011 de R$1.087 milhões em 2010, como resultado de crescentes cobranças de royalties devido ao volume maior de energia produzido em 2011; um aumento de R$214 milhões, ou 32,7% nos resultados para a compensação da Itaipu para R$655 milhões em 2011 de R$441 milhões em 2010, resultante do aumento da receita líquida de Itaipu; um aumento de R$132 milhões, ou 8,3% na desvalorização e amortização para R$1.724 milhões em 2011 de R$1.592 milhões em 2010, devido principalmente ao fato que novas usinas de geração, tais como Candiota III, Dardanelos, Cerro Chato e Mangue Seco, começaram a operar em 2011; um aumento de R$67 milhões, ou 5,0% das despesas de utilização da rede para R$1.421 milhões em 2011 de R$1.354 milhões em 2010, devido principalmente ao fato que utilizamos mais linhas de transmissão terceirizadas; um aumento de R$21 milhões, ou 6,6% da participação de funcionários e executivos em nossos resultados para R$317 milhões em 2011 de R$296 milhões em 2010, devido principalmente ao aumento de salários, que ocorreu em paralelo à inflação; e um aumento de R$0.3 milhões ou 4,1% nos custos de pessoal, material e serviços para R$7.671 milhões em 2011 de R$7.371 milhões em 2010, devido principalmente ao aumento médio de salários, em alinhamento com a inflação. Os aumentos em tais custos e despesas foram balanceados, em parte, por: uma diminuição de R$929 milhões, ou 21,5% na eletricidade comprada para a revenda para R$3.386 milhões em 2011 de R$4.315 milhões em 2010, devida principalmente (i) ao fato de a Eletrobras Amazonas Energia ter modificado a maneira em que registra os custos de eletricidade comprada para a revenda, que antes incluía custos agregados de combustível, o que já não mais se aplica, pois o gás natural é mais utilizado e seu custo faturado diretamente; e (ii) ao atraso no início das operações da usina de geração Candiota III do início de 2010 para janeiro de 2011, o que levou à compra de energia pela CGTEE durante 2010 para cumprir os contratos de venda assinados pela Candiota III; e uma diminuição de R$90 milhões, ou 35,7% em combustível para a produção de energia para R$163 milhões em 2011 de R$253 milhões em 2010, devida em grande parte ao fato que desde 2011, utilizamos principalmente gás natural para a produção de energia, ao invés de combustível. Resultado Financeiro O resultado financeiro correspondeu a receitas de R$633 milhões em 2012, comparados a despesas de R$234 milhões em 2011. Este aumento decorreu principalmente de um aumento nos valores de remuneração a acionistas, de R$1.179 milhões em 2011 para R$572 milhões em 2012, resultantes de (i) pagamento de um pequeno montante do dividendo anual que havia sido retido, (ii) redução da taxa Selic, e (iii) o recebimento de R$326 milhões relacionados à indenização de ativos nos termos da Lei n.º 12.783/2013. Resultado das Participações Societárias O resultado das participações societárias apresentou uma redução de R$14 milhões, ou 2,9%, passando de R$483 milhões em 2011 para R$469 milhões em 2012, refletindo ajustes realizados pela Eletrobras aos resultados de determinadas afiliadas em razão dos efeitos da Lei n.º 12.783/2013. Impacto da Lei n.º 12.783/2013 Em 2012, em razão da Lei n. 12.783/2013, a Eletrobras reconheceu uma perda contábil de R$10.085 milhões relativa a impairment (R$1.161 milhões), reconhecimento de valores de indenização (R$5.842 milhões) e à avaliação de contratos de concessão (R$3.082 milhões). Imposto de Renda e Contribuição Social Os montantes correspondentes a imposto de renda e contribuição social sofreram uma redução de R$1.488 milhões, correspondendo a um crédito de R$390 milhões em 2012, em comparação a uma despesa de R$1.098 milhões em 2011. Lucro Líquido Como resultado dos fatores discutidos acima, o lucro líquido da Eletrobras em 2012 apresentou uma redução de R$10.688 milhões, ou 284,1%, correspondendo a um prejuízo de R$6.926 milhões em 2012, comparado a um lucro de R$3.762 milhões em 2011. - 81 - Resultados do Segmento de Geração Receita Operacional Líquida A receita operacional líquida do segmento de geração apresentou um aumento de R$1.591 milhões, ou 8,3%, passando de R$19.093 milhões em 2011 para R$20.684 milhões em 2012, devido aos fatores abaixo descritos. Venda de Energia Elétrica A venda de energia elétrica apresentou um aumento de R$590 milhões em 2012, ou 3,2%, quando totalizou R$19.003 milhões, em comparação a R$18.413 milhões em 2011. Este aumento decorreu do aumento no volume de energia vendida por Itaipu, bem como na desvalorização do real face ao dólar, que resultou em aumento real das vendas de Itaipu. Outras Receitas Operacionais As outras receitas operacionais no segmento de geração apresentaram redução de R$470 milhões, ou 69,9%, totalizando R$202 milhões em 2012 em comparação a R$672 milhões em 2011, principalmente devido à redução da locação de equipamentos de geração a terceiros durante o ano, quando comparado ao ano anterior. Tributos sobre a Receita Os tributos sobre a receita apresentaram aumento de R$72 milhões, ou 3,6%, passando de R$2.013 milhões em 2011 para R$2.085 milhões em 2012, principalmente em razão do aumento da receita no período. Encargos Setoriais O montante referente a encargos setoriais apresentou uma redução de R$21 milhões, ou 1,8%, totalizando R$1.098 milhões em 2012, em comparação a R$1.119 milhões em 2011. Apesar do aumento das receitas, os montantes correspondentes a encargos setoriais apresentaram redução, como consequência do aumento das receitas de Itaipu. Despesas Operacionais As despesas operacionais para o segmento de geração aumentaram R$5.131 milhões, ou 37,5%, totalizando R$18.822 milhões em 2012 em comparação a R$13.691 milhões em 2011. Os principais componentes deste aumento foram: Um aumento de R$175 milhões, ou 22,79%, em outras despesas operacionais, que corresponderam a R$943 milhões em 2012, em comparação a R$768 milhões em 2011. Este aumento se deu em razão de um aumento no preço médio de equipamentos de geração de terceiros no Sistema Isolado, bem como de uma redução no valor recuperado por meio de reembolsos pela CCC por custos operacionais excessivos. A redução do reembolso pela CCC, apesar do aumento dos custos de combustíveis em 2012, se deu por uma mudança nos níveis de reembolso baseado em regulamentação da ANEEL, que implicaram redução dos montantes de reembolso para usinas menos eficientes; Um aumento de R$2.817 milhões, ou 201,0%, nas provisões operacionais, que totalizaram R$4.218 milhões em 2012, em comparação a R$1.401 milhões em 2011. O aumento se deu em razão da (i) prestação de garantia relativa à compra da usina de Jirau pela Eletrobras; no montante de R$1,6 bilhão, e (ii) o reconhecimento de uma provisão atuarial de R$0,8 bilhão; Um aumento de R$726 milhões, ou 53,9%, em despesas de uso da rede elétrica, que passaram de R$1.346 milhões em 2011 para R$2.072 milhões em 2012. O aumento foi causado pelo aumento do uso da rede de transmissão de terceiros, em razão do aumento do volume de energia gerada, bem como do reajuste anual de tarifas, baseado no índice de inflação; Um aumento de R$558 milhões, ou 19,5%, em energia comprada para revenda, que correspondeu a R$3.425 milhões em 2012, em comparação com R$2.867 milhões em 2011. Este aumento decorreu de (i) um aumento no custo da energia adquirida no mercado spot, e (ii) um grande volume de energia comprada e para satisfazer obrigações contratuais baseadas na estimativa da entrada em operação da usina termelétrica Candiota III (fase C) (que foi atrasada); Um aumento de R$546 milhões, ou 335%, na rubrica de combustível para produção de energia elétrica, que totalizou R$163 milhões em 2011, em comparação a R$709 milhões em 2012. Tal aumento foi causado por um aumento na produção de gás em razão da necessidade de complementar a geração de energia de fonte hidrelétrica com energia termelétrica, parcialmente em razão de atrasos na entrada em operação da usina de Candiota III (fase C); e - 82 - Um aumento de R$323 milhões, ou 24,3%, na rubrica remuneração e ressarcimento, que passou de R$1.329 milhões em 2011 para R$1.652 milhões em 2012. O aumento foi causado pelo aumento do volume de energia gerada e pelo aumento dos valores pagos aos Estados e Municípios onde o reservatório da usina de Candiota III se localiza. Resultados do Segmento de Transmissão Receita Operacional Líquida A receita operacional líquida do segmento de transmissão aumentou R$910 milhões, ou 11,7%, totalizando R$8.689 milhões em 2012, em comparação a R$7.779 milhões em 2011, devido aos fatores evidenciados abaixo. Transmissão de energia elétrica O montante correspondente à transmissão de energia elétrica apresentou aumento de R$968 milhões, ou 20,4%, em 2012, passando de R$4.743 milhões em 2011 para R$5.711 milhões em 2012, em razão do ajuste pela inflação à tarifa fixa estabelecida pelo Governo Federal, em como pela operação e construção de novas linhas de transmissão em 2012. Outras Receitas Operacionais As outras receitas operacionais do segmento de transmissão apresentaram redução de R$45 milhões, ou 28,8%, passando de R$156 milhões em 2011 para R$111 milhões em 2012, principalmente em razão da redução nos arrendamentos de ativos imobilizados, incluindo postes usados para transmissão de banda larga. Tributos sobre as Receitas Os tributos sobre as receitas apresentaram aumento de R$44 milhões, ou 15,3%, correspondendo a R$332 milhões em 2012, comparado a R$288 milhões em 2011, primordialmente em consequência do aumento da receita. Encargos Setoriais Os encargos setoriais apresentaram aumento de R$46 milhões, ou 10,6%, totalizando R$482 milhões em 2012, comparado a R$436 milhões em 2011, principalmente em consequência do aumento da receita. Despesas Operacionais As despesas operacionais para o segmento de transmissão apresentaram aumento de R$186 milhões, ou 2,6%, correspondendo a R$7.257 milhões em 2012, enquanto corresponderam a R$7.071 milhões em 2011. O principal componente da redução foi um aumento de R$166 milhões, ou 6,0%, em despesas com pessoal, que totalizaram R$2.932 milhões em 2012, comparado a R$2.766 milhões em 2011. Este aumento foi causado principalmente por reajustes salarias em linha com a inflação. Cobranças Regulatórias Sobre Receita As cobranças regulatórias sobre receita aumentaram R$46 milhões, ou 10,6%, para R$482 milhões em 2012 de R$436 milhões em 2011, primariamente como um resultado de maior receita. Para uma descrição dos cálculos de impostos sobre receita, consulte “– Descrição dos Principais Itens de Linha – Receitas Operacionais – Cobranças Regulatórias Sobre Receitas” acima. As cobranças regulatórias sobre receitas aumentaram R$31,3 milhões, ou 7,7%, para R$435,5 milhões em 2011 de R$404,2 milhões em 2010 primariamente como um resultado de maior receita. Para uma descrição dos cálculos de impostos sobre receita, consulte “– Descrição dos Principais Itens de Linha – Receitas Operacionais – Cobranças Regulatórias Sobre Receitas” acima. Custos e Despesas Operacionais Os custos e despesas operacionais para o segmento de transmissão aumentaram R$186 milhões, ou 2,6%, para R$7.257 milhões em 2012 de R$7.071 milhões em 2011. O principal elemento deste aumento foi um incremento de R$166 milhões, ou 6,0 %, na despesa de pessoal para R$2.932 milhões em 2012 de R$2.766 milhões em 2011. Tal aumento se deve principalmente ao aumento médio de salários em paralelo à inflação. - 83 - Os custos e despesas operacionais para o segmento de transmissão aumentaram R$1.513,3 milhões, ou 27,2%, para R$7.071,4 milhões em 2011 de R$5.558,1 milhões em 2010. Os principais elementos desse aumento foram: • um aumento de R$1.424,9 milhões, ou 66,5%,em despesas de construção para R$3.567,9 milhões em 2011 de R$2.143,0 milhões em 2010. Tal aumento se deve ao início da construção de diversas novas linhas de transmissão e a existente construção das linhas de transmissão Rio Madeira e Tucuruí – Manaus; • um aumento de R$212,4 milhões, ou 66,8%, em provisões operacionais para R$530,5 milhões em 2011 de R$318,2 milhões em 2010. Tal aumento se deve às provisões operacionais feitas por Furnas e Eletronorte em 2011, para o pagamento de incentivo à aposentadoria adiantada a alguns funcionários; • um aumento de R$154,6 milhões, ou 5,9%, em despesas de pessoal, material e serviços, para R$2.766,2 milhões em 2011 de R$2.611,5 milhões em 2010. Tal aumento se deve principalmente ao aumento na média salarial em paralelo com a inflação; e • um aumento de R$10,7 milhões, ou 6,6%, na participação de nossos funcionários e executivos em nossos resultados para R$173,5 milhões em 2011 de R$162,8 milhões em 2010, sendo que a participação de nossos funcionários e executivos é determinada em referência a seus salários, que por sua vez foram elevados de forma alinhada à inflação. Tais aumentos foram balanceados, em parte, por uma diminuição de R$168,6 milhões ou 74,6% em outras despesas operacionais para R$57,3 milhões em 2011 de R$225,9 milhões em 2010. Essa diminuição foi devida a menores custos corporativos e pagamentos de aluguel de equipamento. Resultados do Segmento de Distribuição Receita Operacional Líquida A receita operacional líquida para o segmento de distribuição apresentou aumento de R$2.060 milhões, ou 83,5%, totalizando R$4.527 milhões em 2012, comparado a R$2.468 milhões em 2011, devido aos fatores abaixo evidenciados. A receita operacional líquida para o segmento de distribuição aumentou R$54,8 milhões, ou 2,3%, para R$2.468 milhões em 2011 de R$2,413 milhões em 2010, devido aos fatores evidenciados abaixo. Venda de Energia Elétrica As vendas de energia elétrica apresentaram aumento de R$2.233 milhões, ou 70,6%, correspondendo a R$5.395 milhões em 2012, comparado a R$3.162 milhões em 2011. Este aumento decorreu de um aumento de 70,6% no volume de energia vendida, bem como de um aumento no número de consumidores (especialmente na região Norte do Brasil, em consequência do programa Luz para Todos) e na tarifa média para os consumidores finais. Outras Receitas Operacionais As outras receitas operacionais apresentaram aumento de R$49 milhões, ou 29,3%, totalizando R$216 milhões em 2012, comparado a R$167 milhões em 2011, principalmente devido a um ligeiro aumento nos arrendamentos de linhas de telecomunicações a terceiros, principalmente relacionados a telefonia celular. Tributos sobre a Receita Os tributos sobre a receita apresentaram aumento de R$529 milhões, ou 75,4%, totalizando R$1.231 milhões em 2012, em comparação a R$702 milhões em 2011, primordialmente em consequência do aumento da receita. Encargos Setoriais Os montantes correspondentes a encargos setoriais apresentaram aumento de R$82 milhões, ou 51,6%, correspondendo a R$241 milhões em 2012, em comparação a R$159 milhões em 2011, principalmente em razão do aumento da receita no período. Despesas Operacionais As despesas operacionais do segmento de distribuição apresentaram aumento de R$2.219 milhões, ou 87,6%, totalizando R$4.752 milhões em 2012 em comparação a R$2.533 milhões em 2011. Os principais motivos da redução foram: Um aumento de R$117 milhões, ou 45,0%, em provisões operacionais, que passaram de R$260 milhões em 2011 para R$377 - 84 - milhões em 2012. Esta redução decorreu do contrato celebrado entre a Telenorte II e a Eletrobras Distribuição Rondônia, uma distribuidora considerada onerosa, tendo em vista que o valor de venda da energia elétrica é inferior ao valor obtido com a geração de energia nos termos da Lei n.º 12.783/2013; Um aumento de R$628 milhões, ou 120,8%, no custo de energia comprado para revenda, que passou de R$520 milhões em 2011 para R$1.148 milhões em 2012. O aumento foi causado principalmente por um aumento no custo da energia elétrica no mercado spot. Um aumento de R$459 milhões, ou 76,1%, em despesas de construção, que corresponderam a R$1.062 milhões em 2012 em comparação a R$603 milhões em 2011, em consequência do aumento dos investimentos em construção para a expansão da rede de distribuição; Um aumento de R$184 milhões, ou 19,8%, nas despesas com pessoal, material e serviços, que totalizaram R$1.112 milhões em 2012, em comparação a R$928 milhões em 2011. Este aumento decorreu principalmente de aumentos salariais e outros encargos; Um aumento de R$276 milhões, ou 353,8%, em outras despesas operacionais, que corresponderam a R$354 milhões em 2012, em comparação a R$78 milhões em 2011, sendo o aumento causado principalmente pelo aumento das despesas de aluguel de equipamento utilizado para geração de energia no Sistema Isolado pela Eletrobra Distribuição Acre; e Um aumento de R$72 milhões, ou 97,3%, nas despesas de uso de rede elétrica, que totalizaram R$146 milhões em 2012, em comparação a R$74 milhões em 2011. Esta redução decorreu do aumento do uso das redes de terceiros. Um aumento de R$21 milhões, ou 6,6%, na participação de empregados e administradores nos resultados da Eletrobras, que passou de R$296 milhões em 2010 para R$317 milhões em 2011, principalmente em razão do aumento dos salários, em linha com a inflação do período; e Um aumento de R$0,3 milhão, ou 4,1%, nas despesas com pessoal, material e serviços, que passou de R$7.371 milhões em 2010 para R$7.671 milhões em 2011, principalmente devido a um aumento nos salários médios, em linha com a inflação. Custos e despesas operacionais para o segmento de distribuição diminuíram R$229 milhões, ou 8.3%, para R$2.533 milhões em 2011 de R$2.762 milhões em 2010. Os principais elementos dessa diminuição foram: • uma diminuição de R$175 milhões, ou 40,2%, em provisões operacionais para R$260 milhões em 2011 de R$435 milhões em 2010. Essa diminuição se deve principalmente a uma redução em nossas provisões operacionais para o segmento de distribuição resultante da renegociação de inúmeros contratos com consumidores inadimplentes; • uma diminuição de R$81 milhões, ou 10,0%, nas despesas de construção para R$729 milhões em 2011 de R$810 milhões em 2010, como resultado de investimentos em nossa infraestrutura de distribuição. Os custos de construção foram parcialmente balanceados por receitas de construção; e • uma diminuição de R$10 milhões, ou 11,9%, nas despesas de utilização da rede para R$74 milhões em 2011 de R$84 milhões em 2010, devido à menor utilização de redes terceirizadas. Tais diminuições foram compensadas, em parte, por: • um aumento de R$50 milhões, ou 6,1%, em despesas de pessoal, material e serviços para R$924 milhões em 2011 de R$874 milhões em 2010. Incremento que se deve, principalmente, ao aumento da média salarial em paralelo com a inflação; e • um aumento de R$43 milhões, ou 122,8%, em nossas despesas operacionais para R$78 milhões em 2011 de R$35 milhões em 2010. Tal aumento se deve principalmente a maiores despesas de aluguel de equipamento utilizado para a geração de energia no Sistema Isolado. B. Liquidez e Recursos de Capital Nossas principais fontes de liquidez vêm do dinheiro gerado por nossas operações e por empréstimos recebidos de diversas fontes, incluindo o Fundo RGR (estabelecido para remunerar concessionárias de eletricidade por despesas não compensadas quando suas concessões terminam), empréstimos de terceiros, incluindo certas agências internacionais, e da realização de vários investimentos que fizemos com o Banco do Brasil S.A., onde somos obrigados, por lei, a depositar qualquer bem monetário sobressalente. Além disso, em 20 de outubro de 2011, emitimos U.S.$1,75 bilhões em títulos a 5.75% válidos até 2021. - 85 - Precisamos de fundos principalmente para manter a atualização e expansão de nossas instalações de geração e transmissão e para saldar nossas obrigações de dívidas a vencer. Además, através de nossas subsidiárias, participamos de leilões de novas linhas de transmissão e novos contratos de geração. Caso tenhamos sucesso em tais licitações, precisaremos de fundos adicionais para financiar os investimentos necessários para expandir as operações necessárias. De tempos em tempos, consideramos novas oportunidades de investimento potenciais e podemos financiar tais investimentos com o dinheiro gerado por nossas operações, empréstimos, emissão de títulos de dívida e ações, aumento de capital ou outras fontes de financiamento que disponíveis no momento. Atualmente, somos capazes de financiar até R$1,2 bilhões em despesas de caixa com nossos recurso existentes, sem a necessidade de acessar o mercado de capitais. Esses fundos representam um a porção das receitas que geramos com nossas vendas de eletricidade e juros que recebemos de nossas atividades de empréstimo. As tabelas abaixo resumem a evolução dos fluxos de caixa líquidos da Eletrobras para os períodos apresentados: Exercício Encerrado em 31 de Dezembro, 2012 2011 2010 (milhares de R$) Fluxo de caixa líquido: Fornecido pelas atividades operacionais ............................ 13.826.590 Fornecido (utilizado em) atividades de investimento ........ (13.455.415) Fornecido por (utilizado em) atividades de (901.590) financiamento ................................................................ Total .................................................................................. (530.412) 4.286.867 (10.904.111) 8.244.780 (7.735.792) 2.356.861 93.887 (4.260.382) 602.875 Atividades Operacionais Os fluxos de caixa provenientes das atividades operacionais da Eletrobras resultam principalmente: da venda e transmissão de energia elétrica para uma base estável e diversificada de clientes no varejo e no atacado a preços fixos; e de depósitos restritos no âmbito de processos judiciais em casos em que a Eletrobras seja autora e seja obrigada a efetuar um depósito em favor do juízo aplicável. Os fluxos de caixa das atividades operacionais têm se mostrado suficientes para atender às necessidades operacionais e de investimentos de capital da Eletrobras para os períodos analisados. Em 2012, o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais apresentou um aumento de R$9,5 bilhões, passando de R$4,3 bilhões em 2011 para R$13,8 bilhões em 2012. Este aumento foi causado principalmente (i) pela aquisição de propriedades para as linhas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, (ii) por uma redução de R$8 bilhões em títulos e valores mobiliários, e (iii) R$3 bilhões em operações especiais. Em 2011, o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais apresentou uma redução de R$4,0 bilhões, passando de R$8,2 bilhões em 2010 para R$4,2 bilhões em 2011. Esta redução foi causada principalmente pela aquisição de propriedades para as linhas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e por aumentos de capital em SPEs. Fluxo de Caixa de Atividades de Investimento O fluxo de caixa da atividade de investimento da Eletrobras reflete principalmente: investimentos restritos, que são o caixa excedente que a Eletrobras tem que aplicar junto ao Banco do Brasil S.A. (ou em outros investimentos determinados pelo Governo Brasileiro); aquisições de certos investimentos - parcerias celebradas pela Eletrobras com terceiros do setor privado com relação à operação de novas usinas; aquisições de ativos fixos, consistindo principalmente de investimentos em equipamentos necessários para as atividades operacionais da Eletrobras; - 86 - receita decorrente dos: (i) títulos de dívida "CFT-E1" emitidos pelo Governo Brasileiro: estes títulos são indexados ao IGP-M, não produzem juros e venceram em agosto de 2012; (ii) títulos de dívida "NTN-P" emitidos pelo Governo Brasileiro: estes títulos são indexados à Taxa Referencial (ou TR), e rendem juros de 6,0% por ano e vencem em datas variadas a partir de fevereiro de 2012; e (iii) “Partes beneficiárias” emitidas pelas seguintes empresas: (i) Rede Lajeado Energia S.A., (ii) EDP Lajeado Energia S.A., (iii) CEB Lajeado S.A., e (iv) Paulista Lajeado Energia S.A. A Eletrobras recebe remuneração destes títulos com base nos lucros anuais que cada empresa aufere. Em 2012, o fluxo de caixa proveniente das atividades de investimento apresentou aumento de R$2,5 bilhões, ou 23,4%, passando de R$(10,9) bilhões em 2011 para R$(13,4) bilhões em 2012. Este aumento decorreu da aquisição de ativos fixos e ativos de concessões. Em 2011, o fluxo de caixa proveniente das atividades de investimento apresentou redução de R$3,1 bilhões, ou 41,0%, passando de R$(7,7) bilhões para R$(10,9) bilhões em 2011. Esta redução decorreu da aquisição de ativos fixos e ativos de concessões. Fluxo de Caixa de Atividades de Financiamento Os fluxos de caixa usados em atividades de financiamento da Eletrobras refletem principalmente a renda proveniente de juros que a mesma recebe de empréstimos feitos a empresas que operam no setor elétrico brasileiro, de curto e longo prazos. Em 2012, o fluxo de caixa das atividades de financiamento da Eletrobras apresentou redução de R$3,3 bilhões, passando de R$2,3 bilhões em 2011 para R$(901) milhões em 2012. Este aumento foi causado principalmente pelo pagamento de (i) dividendos, e (ii) empréstimos e financiamentos. Relação entre Rendimento Retido Adequado e Fluxo de Caixa Em 31 de dezembro de 2012, nosso balance refletia reservas retidas de R$8.566 bilhões, compostas por nossas reservas obrigatórias, porém não incluem remuneração não paga a acionistas (vide “Item 8.A, Declarações Financeiras Consolidadas e Outras Informações – Política de distribuição de dividendos”). Gastos de Capital Nos últimos cinco anos, investimos em média R$5,4 bilhões ao ano em projetos de capital. Aproximadamente 39% foram investidos em nosso segmento de geração, 34% em nosso segmento de transmissão e o restante em nosso segmento de distribuição e outros investimentos. Nosso principal negócio é a geração, transmissão e distribuição de energia, e pretendemos investir fortemente em tais segmentos nos próximos anos. As companhias que construirão novas unidades de geração e linhas de transmissão já foram escolhidas através de um processo de contratação pública. Portanto, é difícil prever os valores precisos que investiremos nesses segmentos de agora em diante. Contudo, estamos trabalhando para assegurar um número significativo de novos contratos, tanto singulars, quanto como parte de um consórcio envolvendo o setor privado. De acordo com o plano de 10 anos da EPE, estima-se que o Brasil terá 148.969 km de linhas de transmissão e 182.408 MW de capacidade instalada de geração até 2021. Tais investimentos da União representarão aproximadamente R$269 bilhões. Na posição de principal participante do mercado em extensão de linhas de transmissão, temos a expectativa de participar da maioria desses investimentos. Segundo o Plano de Negócios, acreditamos que durante os próximos cinco anos, investiremos uma média de aproximadamente R$52,4 bilhões em nossos negócios de geração, transmissão e distribuição. Para tais investimentos, esperamos utilizar fundos provenientes de nosso fluxo de caixa líquido, bem como ao acessar mercados de capital nacionais e internacionais e através de financiamentos bancários. Nossos gastos de capital em 2012, 2011 e 2010 foram de R$5,9 bilhões, R$6,8 bilhões e R$5,3 bilhões, respectivamente. C. Pesquisa e Desenvolvimento, Patentes e Licenças Pesquisa e Desenvolvimento - 87 - As atividades de pesquisa e desenvolvimento da Eletrobras são realizadas pelo Cepel, uma entidade sem fins lucrativos criada em 1974 com o objetivo de apoiar o desenvolvimento tecnológico do setor elétrico brasileiro. A Companhia é o principal patrocinador do Cepel e participa na coordenação de planejamento ambiental e programas de conservação de energia. Os clientes da Cepel são as subsidiárias operacionais da Eletrobras (incluindo Itaipu e Eletronuclear Eletrobras) e outras empresas brasileiras e estrangeiras concessionárias de energia elétrica. As atividades do Cepel visam atingir altos padrões de qualidade e produtividade no setor elétrico por meio de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. O Cepel possui uma rede de laboratórios para realizar as suas atividades e possui acordos de cooperação técnica com os diversos institutos internacionais de pesquisa e desenvolvimento em energia elétrica. O Cepel prioriza projetos estratégicos e estruturantes, com suas atividades concentradas em cinco departamentos: Departamento de Sistemas de Automação: este departamento se concentra no desenvolvimento de ferramentas para obtenção de dados, operação em tempo real de sistemas elétricos e análise de perturbações; Departamento de Sistemas Elétricos: este departamento se concentra no desenvolvimento de metodologias e programas de computador que fornecem as condições para a expansão, supervisão, controle e operação de sistemas chave; Departamento de Tecnologias Especiais: este departamento pesquisa a aplicação de tecnologias relacionadas com a utilização de materiais para instalações elétricas, eficiência energética e fontes renováveis, incluindo a análise da sustentabilidade e viabilidade econômica; Departamento de Instalação e Equipamentos: este departamento se concentra no desenvolvimento de tecnologias para melhorar os equipamentos utilizados na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica (modelos de computador, testes e técnicas de medição, sistemas de monitoramento e diagnóstico); Departamento de Otimização Energética e Meio Ambiente: este departamento se concentra no desenvolvimento de metodologias e programas de computador para o planejamento da expansão e operação de sistemas hidrotérmicos interligados e na avaliação integrada das questões ambientais. A Eletrobras possui, ainda, um centro de pesquisa central que realiza estudos científicos, medições, análises de especialistas e outros testes e análises que são relevantes para nossas principais operações. Este centro é certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, o que lhe permite certificar equipamentos elétricos. O Cepel também se concentra no desenvolvimento de projetos de eficiência energética, incluindo projetos relativos à geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis, tais como energia solar e eólica. Como parte deste enfoque, a estrutura do Cepel inclui os seguintes projetos: (i) o Centro de Referência parágrafo Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito, (ii) a Casa Solar Eficiente, e (iii) o Centro de Aplicação de Tecnologias Eficientes. Patentes e Licenças Temos “Eletrobras”, entre outras, como marca registrada junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI. Além disso, a Cepel possui vinte e sete patentes, Eletrobras Eletronorte possui trinta e sete patentes, Eletrobras Eletrosul possui duas patentes e Eletrobras Furnas possui nove patentes registradas junto ao INPI relacionadas a equipamentos e processos de manufatura. Adicionalmente, a Eletrobras Furnas tem uma patente registrada nos Estados Unidos e a Cepel tem seis patentes registradas fora do Brasil. Seguros Temos apólices de seguro contra incêndio, desastres naturais, acidentes envolvendo terceiros, certos outros riscos associados com o transporte e montagem de equipamento, construção de usinas e riscos múltiplos. Nossas subsidiárias e Itaipu são cobertas por apólices de seguro semelhantes. Não temos seguro contra risco de interrupção de negócios, pois não acreditamos que sinistros tão altos sejam justificados por tão baixo risco de interrupção, levando em consideração a energia disponível no Sistema Interligado de Energia. Acreditamos que as apólices de seguro que mantemos são tanto costumeiras no Brasil quanto adequadas para o negócio em que atuamos. D. Informações sobre Tendências A Administração da Eletrobras identificou as seguintes tendências, que contêm certas informações prospectivas e devem ser lidas em conjunto com o Item 4.1 deste Formulário de Referência. Fundamentalmente, a Companhia acredita que estas tendências possibilitarão à Eletrobras continuar crescendo em suas atividades e melhorar sua imagem corporativa: Há uma demanda constante por energia elétrica: diferentemente de certas indústrias que são particularmente vulneráveis a - 88 - condições cíclicas no mercado e/ou sazonalidade, a demanda por energia elétrica é constante. A Companhia acredita que continuará tendo a capacidade de fixar tarifas de acordo com as condições de mercado, particularmente no segmento de geração. Embora as tarifas no segmento de transmissão sejam fixadas pelo Governo Brasileiro anualmente, a Eletrobras acredita que estas tarifas continuarão aumentando na medida em que o PIB cresce. A participação em futuros leilões possibilitará o crescimento da Eletrobras: a Companhia espera participar de um número crescente de novos leilões de energia no futuro, assim como de novos leilões de transmissão e, consequentemente, será necessário investir em novas usinas de geração de energia (hidrelétrica, eólica, biomassa e térmica) e novas linhas de transmissão, para poder expandir a malha existente e manter sua participação de mercado atual. A Eletrobras acredita, também, que ao concentrar suas atividades na geração e transmissão, terá condições de maximizar seus lucros ao melhorar a eficiência de seus atuais ativos e capitalizar oportunidades decorrentes de novos ativos. Redução nos encargos regulatórios após a conclusão dos investimentos em infraestrutura: em períodos recentes, os resultados financeiros da Eletrobras foram impactados pelos encargos regulatórios estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Estes encargos, como a Conta de Consumo de Combustível (CCC) e a Reserva Global de Reversão (RGR), têm sido usados pelo Governo Brasileiro para investimentos em infraestrutura. Na medida em que estes investimentos estiverem concluídos, a Companhia acredita que a ANEEL reduzirá os níveis de encargos regulatórios, o que terá um efeito positivo nos resultados financeiros da Eletrobras. No entanto, a Companhia não acredita que haverá qualquer alteração nesse sentido no curto prazo. Assim, a Eletrobras acredita que a conclusão destes projetos de infraestrutura terão um efeito benéfico, no longo prazo, sobre sua capacidade de crescimento. Receitas de terceiros para manutenção das instalações: apesar do foco das atividades da Eletrobras continuar sendo os segmentos de geração e transmissão, a Companhia aumentou com sucesso suas receitas em períodos recentes por meio de sua experiência na prestação de serviços de manutenção para outras companhias da mesma indústria. A subsidiária Eletronorte tem sido a condutora chave para o desenvolvimento desses serviços. A Eletrobras espera que esta tendência continue, melhorando assim sua condição financeira. Enfoque maior nos problemas ambientais, saúde e segurança: existe uma tendência no Brasil e global para o aumento das preocupações voltadas à proteção do meio ambiente. Isto impacta a Eletrobras e seus negócios de diversas formas, incluindo negociação de questões sociais e políticas que possam surgir na construção de novos empreendimentos (particularmente em áreas remotas do Brasil) e metas a redução da emissão de carbono pelas instalações que se baseiam em combustível fóssil. Um dos desafios chave para na Companhia será equilibrar as questões ambientais frente ao crescimento de suas atividades, já que tais assuntos podem, naturalmente, determinar um aumento das pressões de custo. Existe, também, uma tendência crescente no Brasil de haver exigências mais severas na área de saúde e segurança com relação às permissões para operação dos empreendimentos no setor de energia, o que também impõe desafios de pressão de custo a tais projetos. Efeito da Lei n.° 12.783/2013: a Lei n. 12.783 continuará afetando a maneira pela qual a Eletrobras contabiliza suas concessões. A Eletrobras estima renovar contratos de concessão adicionais pelo período máximo de 30 anos mediante a aplicação de tarifas significativamente inferiores às atuais. Consequentemente, a Eletrobras estima que terá que rever, para baixo, os valores das concessões renovadas. Tais efeitos reduzem o fluxo de caixa operacional da Eletrobras, afetando sua capacidade de investimento. E. Acordos Não Incluídos no Balanço Patrimonial Nenhum de nossos acordos não incluídos no balance patrimonial são da espécie sobre a qual nos é exigido que forneçamos informações de acordo com o Item 5.E do Formulário 20-F. F. Obrigações Contratuais Demonstramos abaixo, por segmento, nossa dívida de longo prazo, obrigações de compra de longo prazo e obrigações de venda de longo prazo para os exercícios apresentados: - 89 - Pagamentos devidos por período em 31 de Dezembro de 2012 (R$ milhões) 2014 2015 2016 2017 e depois Obrigações de compra de longo prazo:: Generação ................................................................................................................... 631 Transmissão ................................................................................................................ — Distribuição ................................................................................................................ 1.237 586 — 987 556 — — 3.542 — — Total........................................................................................................................... 1.868 1.573 556 3.542 Nossas obrigações de arrendamento mercantil são as seguintes, a partir de 31 de dezembro de 2012: 31 de dezembro, 2012 (R$ milhões) Obrigações de arrendamento: Mais de um ano ................................................................................................... 298.231 Mais de um ano e menos de cinco anos ...............................................................1.491.157 Mais de cinco anos ..............................................................................................1.913.652 Valor presente dos pagamentos ........................................................................... 299.932 Nossas obrigações de aluguel são demonstradas abaixo, em 31 de dezembro de 2012: Pagamentos devidos por período em 31 de Dezembro 2013 (R$ milhões) até 1 ano 1 a 2 anos 2 a 5 anos mais de 5 anos Total 4.793 3.369 9.957 35.153 53.272 Em relação às obrigações de aposentadoria de benefício definido, a contribuição anual estimada da Companhia é de R$1.069 milhões. - 90 - ÍTEM 6. DIRETORES, GERÊNCIA SÊNIOR E FUNCIONÁRIOS A. Conselho de Administração e Gerência Sênior Somos administrados por nosso Conselho de Administração, composto de até dez membros, e por nossa Diretoria, que atualmente consiste em seis membros. Nosso estatuto social também prevê um Conselho Fiscal permanente, que é formado de seis membros. Em cumprimento de nosso estatuto social, todos os membros de nosso Conselho de Administração, Diretoria e Conselho Fiscal devem ser cidadãos brasileiros. Conselho de Administração Os membros de nosso Conselho de Administração são eleitos na assembleia geral de acionistas por um mandato renovável de um ano. Como nosso acionista majoritário, o governo brasileiro tem o direito de nomear sete membros de nosso Conselho de Administração, dos quais seis são nomeados pelo MME, e um pelo Ministério do Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. Acionistas minoritários têm o direito de eleger um membro, acionistas detentores de ações preferenciais sem direito a voto representando no mínimo dez por cento de nosso capital total têm direito de eleger um membro, e um diretor será eleito como representante dos funcionários da companha. Atualmente, nosso Conselho de Administração é composto de nove membros. Um dos membros do Conselho de Administração é nomeado Presidente do Conselho. O endereço do escritório de nosso Conselho de Administração é Av. Presidente Vargas, 409 13º andar – Rio de Janeiro. Tradicionalmente, nosso Conselho de Administração se reúne mensalmente e quando convocados pela maioria dos diretores ou pelo Presidente do Conselho. Dentre outras obrigações, nosso Conselho de Administração é responsável por: (i) estabelecer nossas diretrizes de negócios; (ii) determinar a organização corporativo de nossas subsidiárias ou qualquer participação societária nossa em outras empresas; (iii) aprovar nosso ingresso em qualquer acordo de empréstimo e determinar nossa política de financiamento; e (iv) aprovar qualquer garantia a favor de qualquer uma de nossas subsidiárias em relação a qualquer acordo financeiro. A tabela abaixo lista os atuais membros de nosso Conselho de Administração e seus respectivos cargos. O mandato de cada membro de nosso Conselho de Administração termina em nossa próxima Assembléia Ordinária de Acionistas. Todos os membros foram eleitos pelo governo brasileiro, com a exceção de Thadeu Figueiredo Rocha, eleito por nossos acionistas minoritários. Nome Posição Márcio Pereira Zimmermann ............................................................................................. Presidente Maurício Muniz Barreto de Carvalho ................................................................................ Diretor Marcelo Gasparino da Silva............................................................................................... Diretor Lindemberg de Lima Bezerra ............................................................................................ Diretor Wagner Bittencourt de Oliveira ......................................................................................... Diretor José Antonio Corrêa Coimbra ........................................................................................... Diretor José da Costa Carvalho Neto ............................................................................................. Diretor Thadeu Figueiredo Rocha .................................................................................................. Diretor Beto Ferreira Martins Vasconcelos.................................................................................... Diretor Márcio Pereira Zimmermann – Presidente e Membro do Conselho de Administração: Márcio Zimmerman foi nomeado como Presidente imediatamente após se tornar parte do Conselho de Administração em 30 de abril de 2010. Ele foi nomeado para um segundo mantado como Presidente do Conselho em 16 de junho de 2011. Márcio já foi Ministro de Minas e Energia de abril a dezembro de 2010, e desde dezembro de 2010, é o Secretário Executivo do mesmo ministério. No passado, foi Diretor de Engenharia da Eletrobrás, de outubro de 2001 até janeiro de 2003, e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Eletrobras Cepel de 2003 a 2004. Zimmerman é formado em engenharia eletrônica pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul, pós-graduado em engenharia de sistemas elétricos pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá e mestre em engenharia elétrica pela Pontifícia Universidade Católica of Rio de Janeiro. Maurício Muniz Barreto de Carvalho – Membro do Conselho: Maurício se tornou parte do Conselho de Administração em 16 de junho de 2011. Atualmente é Secretário do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, assumindo tal gabinete em maio de 2011. Já foi diretor da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) nas áreas de (1) administração e finanças e (2) desenvolvimento de gerentes e servidores de 1999 a 2002. Em 2003 foi nomeado chefe do Conselho de Acompanhamento, Avaliação, Auditoria e Capacidade do Ministério da Educação, posteriormente, do Conselho dos Programas de Inclusão Educacional. Foi Conselheiro Especial para a presidência da república de 2003 a 2007, quando foi feito Subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência, responsável por articular ações do governo e monitorar projetos estratégicos, principalmente o PAC. Carvalho é mestre em administração pública e planejamento urbano e bacharel em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Marcelo Gasparino da Silva – Membro do Conselho: Marcelo se tornou parte do Conselho de Administração em 03 de dezembro de 2012. Anteriormente foi Presidente do Conselho do escritório de advocacia Gasparino, Fabri, Lebarbenchon, Roman, Sachet & Marchiori, até 2006, onde se especializou em leis fiscais e comerciais de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Manaus, e serviu uma - 91 - variedade de clientes tais como Vale, CSN, Brasil Telecom, Paranapanema, Petrobrás Distribuidora e Claro. De 2007 a 2008, Marcelo foi um dos diretores executivos da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. (CELESC). É membro de diversos comitês e firmas legais e estatais. Atualmente é coordenador e consultor do comitê jurídico da CELESC. Participou do Programa Executivo de Fusões e Aquisições da Escola de Administração de Londres. É formado em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Também é formado em administração fiscal de negócios pela ESAG e atualmente busca seu MBA em controladoria, auditoria e finanças pela FGV. Lindemberg de Lima Bezerra – Membro do Conselho: Lindemberg se tornou parte de nosso Conselho de Administração em 16 de junho de 2011. É Chefe do Gabinete da Secretaria Nacional da Fazenda desde Julho de 2007. De 1997 a junho de 2007, Bezerra foi assistente de impostos e economia no Ministério da Fazenda. Formado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e mestre em economia pela Universidade de São Paulo. Wagner Bittencourt de Oliveira – Membro do Conselho: Wagner se tornou parte do Conselho de Administração em abril de 2007. Em 1975, participou de concurso publico e foi contratado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social – BNDES. Teve diferentes cargos durante sua carreira no BNDES: Diretor Divisional, Diretor Departamental, Superintendente e, desde dezembro de 2004, é Superintendente de Materiais Básicos, que incluem minas, metalurgia, cimento, papel e celulose, químicos, petroquímicos e fertilizantes. Wagner tem 20 anos de experiência executiva, tendo sido Secretário do Ministério de Integração Nacional (2001), Superintendente do SUDENE (2000 a 2001), Diretor Executivo da Companhia Ferroviária do Nordeste (1998 a 2000) e Superintendente da Área Industrial (1996 a 1998). Membro da diretoria de diversas empresas tais como Usiminas Mecânica e CADAM. Oliveira é engenheiro metalúrgico graduado pela PUC-RJ, com cursos de especialização em finanças e mercados de capitais. José Antonio Corrêa Coimbra – Membro do Conselho: José Antonio se tornou parte do Conselho de Administração em abril de 2009. Atualmente é Chefe do Gabinete do Ministério de Minas e Energia do Brasil e já publicou diversos artigos no Brasil e no exterior. No âmbito da Eletrobras, já foi diretor de engenharia da Eletrobras Eletronorte, e ali trabalhou de 1977 até 2005. Também é membro do Conselho de Administração da Eletrobras Eletronorte, bem como da Eletrobras Cepel. Coimbra é formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Pará, com mestrado em engenharia de produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. José da Costa Carvalho Neto – Membro do Conselho: José se tornou parte do Conselho de Administração em 16 de junho de 2011. Anteriormente, foi professor de usinas de energia na Pontifícia Universidade Católica-MG, de 1970 a 1977. Em seguida, foi Secretário Adjunto de Minas e Energia de Minas Gerais, nomeado em 1987. Foi Diretor de Distribuição (Chief Distribution Officer, CDO) da Cemig de 1991 a 1997, e já foi Superintendente, Gerente Departamental e Divisional, bem como Presidente da Cemig entre julho de 1998 e janeiro de 1999. Também já ocupou or cardos de Diretor Executivo da Arcadis Logos Energia, Membro do Conselho de Administração da Logos Engenharia e Enerconsult e Diretor da Orteng Equipamentos e Sistemas. Neto é bacharel e mestre em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais. Thadeu Figueiredo Rocha – Membro do Conselho: Thadeu se tornou parte de nosso Conselho de Administração em 18 de maio de 2012. Trabalhou na CEMIG, de 2001 a 2002 e, em 2003, começou a trabalhar na Eletrobras, onde realizou estudos sobre a análise de mercado de longo prazo do setor de energia e da Eletrobras, sobre o comportamento de grandes consumidores industriais, sobre condições econômicas regionais e nacionais, e políticas fiscais. Atualmente trabalha no departamento de comercialização da Eletrobras e também tem se comprometido com estudos relacionados ao PROINFA e mercados de carbono. Formado em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em administração de empresas pelo Centro Universitário (UNA) e em administração de energia e economia pelo Instituto Coppead de Administração of Universidade Federal do Rio de Janeiro e Instituto de Economia. Também é mestre e doutor em ciências políticas pela Universidade Federal Fluminense. Rocha tem MBA executivo em liderança e gerenciamento de empresas estatais pela Fundação Coge, Franklin Covey Business e Uniceub, e já participou de vários workshops e cursos relacionados ao setor de energia e economia geral. Beto Ferreira Martins Vasconcelos – Membro do Conselho: Eleito para nosso Conselho de Administração em 11 de agosto de 2011, e empossado em 18 de abril de 2012, Vasconcelos é bacharel em direito pela Universidade de São Paulo e pós-graduado em leis ambientais pela Universidade de São Paulo e biossegurança pela Universidade de Santa Catarina. Praticou direito privado em São Paulo de 2000 a 2003, antes de se tornar parte do governo federal, onde ocupou os cargos de Secretário Adjunto para Políticas de Tecnologia (2003-2004), Conselheiro do Ministro da Justiça (2004-2005), Subchefe Conselheiro para Assuntos Legais da Presidência da República (2005-2006), Secretário Executivo do Conselho Nacional de Biossegurança (2006- julho 2010) e Conselheiro Chefe para Assuntos Legais da Presidência da República e Presidente do Centro de Estudos Legais para a Presidência (2007 – Dezembro de 2010). Desde janeiro de 2011, é Subchefe do Gabinete da Presidência da República. Diretoria Nossa Diretoria atualmente é composta de seis membros, nomeados por nosso Conselho de Administração por tempo indefinido. Nossa Diretoria se reúne de forma regular e semanal, ou quando convocada pela maioria dos diretores ou pelo Presidente. Nossa diretoria determina nossas políticas gerais de negócios, é responsável por todas as questões relacionadas a nossa administração e operação diária e é o principal órgão de controle em relação à execução de nossas diretrizes. Não temos controle sobre os - 92 - compromissos de nosso Diretor Executivo ou Diretor Financeiro, pois tais compromissos são firmados por nosso acionista majoritário, o governo federal do Brasil. Nosso Diretor Administrativo é responsável por coordenar a administração geral de nosso negócio incluindo materiais, assuntos empregatícios, treinamento, apólices de seguro e administração de nosso patrimônio. O endereço do escritório de nossa Diretoria é Av. Presidente Vargas, 409 13º andar – Rio de Janeiro. Os atuais membros de nossa Diretoria foram nomeados por nosso Conselho Administrativo e seus nomes e cargos estão listados abaixo: Nome José da Costa Carvalho Neto Armando Casado de Araújo Valter Luiz Cardeal de Souza Miguel Colasuonno Marcos Aurélio Madureira da Silva José Antonio Muniz Lopes Posição Diretor Executivo Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidor Diretor de Geração Diretor Administrativo Diretor de Distribuição Dirwetor de Trasmissão José da Costa Carvalho Neto – Diretor Executivo: Vide “– Conselho de Administração.” Armando Casado de Araújo – Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidor: Armando tem mais de 30 anos de experiência no setor de energia domestica. Trabalhou para a Eletrobras Eletronorte como Superintendente Orçamentário desde 1977. Foi então nomeado Presidente da Integração Transmissão de Energia S.A. Trabalha na Eletrobras desde junho de 2008, quando se tornou assistente e substituto do Diretor Financeiro. Foi nomeado Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidor em 30 de março de 2010. Araújo é formado em administração de empresas pela Faculdade de Ciências Exatas, Administrativas e Sociais de Brasília, e já completou diversos cursos de pós-graduação em finanças. Valter Luiz Cardeal de Souza – Diretor de Geração: Valter Luiz é Diretor de Engenharia da Eletrobras desde 14 de janeiro de 2003. Atua no setor de eletricidade há mais de trinta e dois anos como funcionário da Companhia Estadual de Energia Elétrica S.A. (CEEE) onde, desde1971, já teve importantes cargos técnicos e administrativos como diretor das áreas de geração, transmissão e distribuição. No Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE), era Assistente Executivo do Gerente Geral, Coordenador do Departamento de Construção e Aplicação de Energia Elétrica e Coordenador e Diretor Substituto do Departamento de Economia e Finanças. É também Presidente do Conselho de Administração da Eletrobras Eletronorte e Eletrobras CGTEE. Souza é engenheiro elétrico e eletrônico, formado pela Pontifícia Universidade Católica Rio Grande do Sul, especializado em engenharia de energia, bem como em engenharia de produção. Miguel Colasuonno – Diretor Administrativo: Miguel foi nomeado Diretor Administrativo em 6 de março de 2008 e assumiu o cargo em 26 de abril de 2009. Foi prefeito de São Paulo de 1973 a 1975, presidente da Empresa Brasileira de Turismo – Embratur de 1980 a 1985, e presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo de 1986 a 1995. Também atuou como parte do conselho de São Paulo de 1992 a 2001, onde foi nomeado presidente do conselho. Colasuonno é professor da Universidade de São Paulo há sete anos. PhD em Relações Internacionais pela Vanderbilt University e pós graduado em economia, com especialização em comércio exterior pela Universidade de São Paulo. Marcos Aurélio Madureira da Silva – Diretor de Distribuição: Marcos foi nomeado Diretor de Distribuição em 12 de maio de 2011. Anteriormente, era funcionário da Companhia Energética de Minas Gerais S.A. – CEMIG, onde foi Diretor de Distribuição de 1998 a 2010. Também já foi Diretor de Operações e Diretor Comercial da Energisa Soluções e Diretor do Operador Nacional do Sistema Electrico (ONS). Silva é formado em engenharia elétrica e pós-graduado em administração de empresas e engenharia econômica. José Antonio Muniz Lopes – Diretor de Transmissão: José Antônio foi nomeado Diretor Executivo da Eletrobras em 6 de março de 2008. Na Assembléia Extraordinária de Acionistas em 4 de março de 2008, ele foi eleito como membro de nosso Conselho de Administração. Já ocupou diversos cargos executivos nas companhias do grupo Eletrobras, tais como Diretor Executivo e Diretos de Planejamento e Engenharia da Eletrobras Eletronorte de 1996 a 2003, Diretor Executivo, Diretor Presidente e Diretor Financeiro da Eletrobras Chesf de 1992 a 1993 e Diretor Executivo da Eletrobras de março de 2008 a fevereiro de 2011. Também já foi Sub-Diretor do Departamento Nacional do Desenvolvimento de Energia – DNDE do Ministério de Minas e Energia, onde também foi Secretário Executivo. Lopes é bacharel em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco. É especialista no setor de eletricidade brasileiro, no qual trabalha há mais de 30 anos. B. Remuneração A remuneração de nosso Conselho de Administração, Diretoria e Conselho Fiscal é determinada por nossos acionistas na Assembléia Ordinária de Acionistas, realizada nos primeiros quatro meses do exercício fiscal. Tal remuneração pode incluir um valor de participação nos lucros por decisão de nossos acionistas. Para 2012, 2011 e 2010 a remuneração agregada paga a Membros do Conselho de Administração, Diretores e membros do Conselho Fiscal (incluindo o pagamento feito por nossas subsidiárias e Itaipu, com exceção das companhias de distribuição) foi de - 93 - R$21.631.259,50, R$19.815.743,05 e R$18.417.084,63, respectivamente. O valor total agregado da participação nos lucros paga a nossos diretores (incluindo o pagamento feito por nossas subsidiárias e Itaipu) foi de R$2.631.834,89 para 2012, R$2.395.432,75 para 2011 e R$2.647.443,82 para 2010. A Diretoria é responsável pela divisão da remuneração entre seus membros, membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. Não reservamos ou acumulamos qualquer montante para fornecer pensão, aposentadoria ou benefícios semelhantes. C. Atos da Diretoria Contratos de Serviço Não temos contratos de serviço com nenhum membro de nosso Conselho de Administração, Diretoria ou Conselho Fiscal. Conselho Fiscal Nosso Conselho Fiscal foi estabelecido de forma permanente e é composto de cinco membros e cinco suplentes eleitos na assembleia anual de acionistas por mandatos renováveis de um ano. O governo brasileiro tem o direito de nomear três dos membros de nosso Conselho Fiscal, e tanto nossos acionistas minoritários quanto acionistas detentores de ações preferenciais sem direito a voto, representando no mínimo dez por cento de nosso capital total, podem eleger um membro cada. Os atuais membros de nosso Conselho Fiscal, apresentados na tabela a seguir, e seus respectivos suplentes foram eleitos durante a assembleia geral de acionistas realizada em 18 de maio de 2012, na qual somente elegemos quatro membros do Conselho Fiscal. Seus mandatos se finam na data da assembleia ordinária de acionistas, agendada para abril de 2013. Membro Suplente Jarbas Raimundo de Aldano Matos Danilo de Jesus Vieira Furtado Charles Carvalho Guedes Manuel Jeremias Leite Caldas Fernando Pessoa Lopes Ricardo de Paula Monteiro Jairez Elói de Souza Paulista Hailton Madureira de Almeida Fernando Cézar Maia D. Funcionários Em 12 de dezembro de 2012, tínhamos um total de 27.940 funcionários assalariados, em comparação com 28.370 e 28.310 funcionários em 31 de dezembro de 2011 e 2010, respectivamente. Eletrobras por si só, excluindo Itaipu e outras subsidiárias, tinha 1.269 funcionários em 31 de dezembro de 2012. Nos últimos cinco anos, não tivemos greves ou qualquer outra forma de suspensão de trabalho que tenha afetado nossas operações ou que tenha impactado nossos resultados de forma significativa. Como empresa de economia mista, não podemos contratar funcionários sem concurso public. Concurso público envolve a publicação de propaganda na imprensa brasileira para vagas em aberto e o convite a participarem de uma prova. O último concurso público aconteceu em 2010 e resultou na contratação de aproximadamente 35 novos funcionários. A tabela a seguir demonstra o número de funcionário por tempo de serviço: Quadro de Funcionários por Tempo de Serviço Quadro de Funcionários por Tempo de Serviço Em Até 5 Dezembro 31, 2012 ...................................................................6.802 Dezembro 31, 2011 ...................................................................7.867 6 a 10 5.263 4.165 11 a 15 1.331 1.416 16 a 20 21 ta 25 837 609 Mais de 25 4.486 5.510 9.222 8.802 A tabela a seguir demonstra o número de funcionários por departamento: Número de Funcionários Assalariados em 31 de dezembro, Departamento 2012 2011 Campo ........................................................................................................................15.415 Administrativo ...........................................................................................................12.525 17.247 11.122 Total ..........................................................................................................................27.940 28.370 - 94 - Total 27.940 28.370 Apesar de não nos ser permitido a contratação de funcionários terceirizados, nossas subsidiárias Eletrobras Eletronorte e Eletrobras Furnas empregam 2,004 terceiros a fim de cumprir com as regras estabelecidas pelo governo brasileiro durante o plano nacional de privatização. A tabela a seguir demonstra o número de funcionários terceirizados que trabalham na Eletrobras Eletronorte e Eletrobras Furnas: Número de Funcionários Terceirizados em 31 de dezembro, Controlada 2012 2011 Eletrobras Eletronorte .............................................................................................. 471 Eletrobras Furnas ..................................................................................................... 1.533 Total ........................................................................................................................ 2.004 507 1.541 2.048 A maioria de nossos funcionários fazem parte de sindicatos. Os principais sindicatos que representam nossos funcionários são Federação Nacional dos Urbanitários, Federação Nacional dos Engenheiros, Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros, Federação Nacional de Secretárias e Secretários, Federação Brasileira dos Administradores, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo, Sindicato dos Eletricitários de Furnas e DME e Sindicato dos Eletricitários do Norte e Noroeste Fluminense. Nosso relacionamento com nossos funcionários é dirigido pelo acordo coletivo assinado entre tais sindicatos e a Associação dos Empregados da Eletrobras, e renegociado a cada ano, no mês de maio. Tal acordo se aplica somente a funcionários da Eletrobras. Cada uma de nossas subsidiárias negocia seus próprio acordo coletivo, anualmente, com seus respectivos sindicatos. Geralmente enfrentamos greves de um dia em função de tais acordos coletivos. E. Detenção de Ações Nenhum membro de nosso Conselho Fiscal possui nenhuma de nossas ações. As tabelas a seguir demonstram a detenção de ações por membros de nosso Conselho de Administração e Diretoria: Conselho de Administração No. de ações ordinárias detidas Nome: Maurício Muniz Barreto de Carvalho ...................................................................... Lindemberg de Lima Bezerra .................................................................................. Wagner Bittencourt de Oliveira ............................................................................... Marcio Pereira Zimmermann ................................................................................... José Antonio Corrêa Coimbra ................................................................................. José da Costa Carvalho Neto ................................................................................... Marcelo Gasparino da Silva*................................................................................... Thadeu Figueiredo Rocha ........................................................................................ Beto Ferreira Martins Vasconcelos.......................................................................... 2 1 3 10 1 100 1 — — * Também possui uma ação preferencial da classe “B”. Diretoria No. de ações ordinárias detidas Nome: José da Costa Carvalho Neto .................................................................................. José Antonio Muniz Lopes ..................................................................................... Marcos Aurélio Madureira da Silva ........................................................................ Valter Luiz Cardeal de Souza ................................................................................. Miguel Colasuono ................................................................................................... Armando Casado de Araújo .................................................................................... - 95 - 100 1 — — — — ÍTEM 7. ACIONISTAS MAJORITÁRIOS E TRANSAÇÕES COM EMPRESAS DO GRUPO A. Acionistas Majoritários Em 31 de dezembro de 2012, o valor total agregado de nosso capital social em circulação era de R$31.305.331, composto de 1.087.050.297 ações ordinárias em circulação, em conjunto com 146.920 ações preferenciais da classe “A” em circulação e 265.436.883 ações preferenciais da classe “B” em circulação. Isso representava 80,4%, 0,01% e 19,6% de nosso capital social total, respectivamente. Em 31 de dezembro de 2012, tínhamos 42.486 beneficiários e 9 detentores registrados de ADSs representando ações ordinárias e 22.030 beneficiários e 6 detentores registrados de ADSs representando ações preferenciais. As tabelas a seguir apresentam informações relacionadas à posse beneficiária de nossas ações ordinárias e preferenciais em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011: Em 31 de dezembro de 2012 Acionista Governo brasileiro ...................... BNDES Participações S.A. ......... BNDES ....................................... FND ............................................ FGHAB ....................................... CEF ............................................. FGI .............................................. FGO ............................................ Outros ......................................... Sob a custódia BM&FBOVESPA ........ Residente.................. Não Residente .......... Banco J.P. Morgan Chase ................... Outros ................................ Residente.................. Não Residente .......... Ações Ordinárias (número) % Ações Preferenciais Classe A (número) % 591.968.382 54,46% 141.757.951 13,04% 76.338.832 7,02% 45.621.589 4,20% 1.000.000 0,09% 8.701.564 0,80% Ações Preferenciais Classe B (número) % 2.252 18.691.102 18.262.671 0,00% 7,04% 6,88% 221.661.979 20,39% 146.920 100,00% 8.750.000 3,30% 468.600 0,18% 219.262.258 82,60% 221.423.953 20,37% 62.118.451 5,71% 91.394.577 8,41% 85.508 85.507 1 58,20% 58,20% 0,00% 212.496.289 80,05% 90.872.349 34,24% 95.637.799 36,03% 18.580 18.553 27 12,65% 12,63% 0,02% 67.910.925 238.026 210.297 27.729 Total ........................................... 1.087.050.297 6,25% 0,02% 0,02% 0,00% 146.920 - 96 - 25.986.141 6.765.969 6.761.967 4.002 265.436.883 9,79% 2,55% 2,55% 0,00% Total (número) % 591.970.634 160.449.053 94.601.503 45.621.589 1.000.000 8.701.564 8.750.000 468.600 441.071.157 43,76% 11,86% 6,99% 3,37% 0,07% 0,64% 0,65% 0,03% 32,61% 386.456.775 137.875.099 154.684.610 28,57% 10,19% 11,44% 93.897.066 7.022.575 6.990.817 31.758 6,94% 0,52% 0,52% 0,00% 1.352.634.100 Em 31 de dezembro de 2011 Acionista Ações Ordinárias (número) % Governo brasileiro ...........................552.968.382 BNDES Participações S.A. ..............180.757.951 BNDES ............................................ 76.338.832 FND ................................................. 45.621.589 FGHAB ............................................ 1.000.000 CEF .................................................. 8.701.564 FGI ................................................... FGO ................................................. Outros ..............................................221.661.979 Sob a custódia BM&FBOVESPA .............221.439.414 Residente....................... 56.490.457 Não Residente ............... 88.700.063 Banco J.P. Morgan Chase ........................ 76.248.894 Outros ..................................... 222.565 Residente....................... 194.836 Não Residente ............... 27.729 Total 1.087.050.297 Ações Preferenciais Classe A (número) % 50,87% 16,63% 7,02% 4,20% 0,09% 0,80% Ações Preferenciais Classe B (número) % Total (número) % 2.252 18.691.102 18.262.671 0,00% 7,04% 6,88% 3,30% 0,18% 82,60% 552.970.634 40,88% 199.449.053 14,75% 94.601.503 6,99% 45.621.589 3,37% 1.000.000 0,07% 8.701.564 0,64% 8.750.000 0,65% 468.600 0,03% 441.071.157 32,61% 20,39% 146.920 100,00% 8.750.000 468.600 219.262.258 20,37% 5,20% 8,16% 84.997 84.996 1 57,85% 57,85% 0,00% 194.510.561 49.816.612 107.309.594 73,28% 18,77% 40,43% 416.034.972 30,76% 106.392.658 7,87% 196.009.658 14,49% 7,01% 0,02% 0,02% 0,00% 61.923 61.896 27 42,15% 42,13% 0,02% 37.384.355 24.751.697 24.747.695 4.002 14,08% 9,32% 9,32% 0,00% 113.633.249 25.036.185 25.004.427 31.758 146.920 265.436.883 8,40% 1,85% 1,85% 0,00% 1.352.634.100 B. Transações com Empresas do Grupo Somos os admnistradores de certos fundos, incluindo o fundo RGR, a CCC e a CDE, em nome do governo brasileiro, nosso acionista majoritário. Em certas ocasiões, agimos em conjunto com outras empresas estatais ou órgãos governamentais brasileiros. Tais atividades são principalmente em áreas de cooperação técnica e pesquisa e desenvolvimento. Em 2000, nosso Conselho de Administração aprovou a execução de um Acordo de Cooperação Técnica e Financeira entre a Eletrobras e o MME, para que nós realizemos estudos de viabilidade em relação à base hidrográfica do Brasil, com o objetivo de identificar locais potenciais para a futura construção de usinas hidrelétricas. O valor estimado desse contrato é de R$25 milhões, a ser pago à Eletrobras pelo MME. Entramos em um contrato de joint venture com a Petrobras Energia S.A., que também é de propriedade parcial do governo brasileiro, para a construção de uma usina termelétrica em Manaus. Também assinamos um acordo de escopo de trabalho para estabelecer a base e as condições para o desenvolvimento de contratos de comercialização de energia a serem executados entre a Eletrobras e a Petrobrás no futuro. Além disso, também fornecemos inúmeros empréstimos a nossas subsidiárias. Para maiores detalhes, por favor consulte a descrição sob “Item 4. B, Informações sobre a Companhia – Visão Geral de Negócios – Atividades de Empréstimo e Financiamento – Empréstimos Concedidos”. Existem certos acordos contratuais em vigor entre Eletrobras Eletronuclear e Eletrobras Furnas para a compra e venda de energia produzida pela Eletrobras Eletronuclear, que são descritos em maiores detalhes sob “Item 4.B, Informações sobre a Companhia – Visão Geral de Negócios de Usinas Nucleares”. Acreditamos que nossas transações com empresas relacionadas sejam conduzidas nos termos aceitáveis do mercado. Para maiores informações, consulte Nota 46 de nossos Demonstrativos Financeiros. C. Interesse de Especialistas e Conselho Não se aplica. - 97 - ÍTEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS A. Demonstrativos Financeiros Consolidados e outras informações Vide “Item 3.A, Dados Financeiros Selecionados” e “Item 18, Demonstrativos Financeiros.” Litígio Em 31 de dezembro de 2012, fazíamos parte de diversos processos jurídicos relacionados a causas civis, administrativas, ambientais, trabalhistas e fiscais abertas contra nós. Tais causas envolvem quantias significativas de dinheiro e outras soluções. Diversas disputas individuais resultam em uma parte significativa do total de processos abertos contra nós. Estabelecemos provisões para os valores das causas que apresentam perda provável, do ponto de vista de nossos conselheiros jurídicos, e para disputas cobertas por leis, decretos administrativos, decretos ou decisões de cortes desfavoráveis a nós. Em 31 de dezembro de 2012, o valor agregado das provisões totalizava aproximadamente R$5.556 milhões para nossos processos legais, dos quais R$637 milhões eram relacionados a processos tributáis, R$3.780 milhões eram relacionados a processos civis e R$1.139 milhões relacionados a processos trabalhistas. Processos Ambientais Somos obrigados a cumprir as rígidas leis e regulamentações ambientais que nos sujeitam à abertura de diversos processos administrativos e ambientais contra nós. Em 2002 e 2003, duas associações da comunidade do Cabeço abriram processos de classe independentes acerca de danos ambientais causados pela Eletrobras Chesf. A comunidade do Cabeço é localizada em uma ilha do Rio São Francisco. Ambas as associações alegam que as usinas hidrelétricas perturbaram o fluxo normal do rio e resultaram em um declínio da atividade de pesca, e gradual desaparecimento da ilha do rio. O juiz determinou que qualquer pedido de recurso deve esperar até que uma decisão final tenha sido promulgada. Em 9 de agosto de 2010, entramos com uma solicitação para o esclarecimento dessa decisão. Tal solicitação foi rejeitada em setembro de 2010. Entramos, a seguir, com um pedido para que seja reconsiderada a decisão de postergação do pedido de recurso, que por sua vez também foi rejeitada pelo juiz em 18 de outubro de 2010. O juiz deste caso agendou uma audiência com todas as partes envolvidas para 21 de maio de 2013 para definir o prazo e escopo do trabalho a ser realizado por especialistas. Não temos provisão a respeito deste litígio pois consideramos possível o risco de uma decisão desfavorável, e os valores totais envolvidos são de R$ 368,5 milhões e R$ 309,1 milhões. Processos Trabalhistas Em 31 de dezembro de 2012, fazíamos parte de diversos processos trabalhistas abertos por funcionários, ex-funcionários e funcionários de alguns de nossos provedores de serviço, abertos contra nós, envolvendo um valor total de R$1.139 milhões. A maioria desses processos são relacionados à remuneração por horas-extra e seus efeitos indiretos, equalização salarial, pagamentos de pensão e valores rescisórios. Apesar de sermos parte de um número significativo de processos trabalhistas, acreditamos que nenhum de tais processos, quando considerados individualmente, possam ter efeitos negativos em nossos resultados operacionais ou condição financeira. Em ligação às sucessivas tentativas do governo brasileiro em controlar as taxas de inflação, no passado, a lei exigia que empresas brasileiras desconsiderassem a taxa de inflação daquele ano quando do cálculo dos ajustes salariais de seus funcionários. Como a maioria as empresas brasileiras, somos ré em processos legais abertos no tribunal do trabalho por sindicatos ou indivíduos buscando remuneração por perda de renda resultante da implementação dos planos anti-inflacionários do governo brasileiro, principalmente: (i) o plano implementado em 1987 pelo Ministro das Finanças, Luiz Carlos Bresser Pereira (o Plano Bresser); (ii) o plano implementado no início de 1989 (o Plano Verão); e (iii) o plano implementado em 1990 pelo então Presidente, Fernando Collor de Melo (o Plano Collor). Alguns dos processos coletivos abertos contra nós acerca de tais planos foram jugados em definitiva pelo Tribunal Superior Federal em nosso favor. Em 31 de dezembro de 2012, ainda haviam processos individuais pendentes de julgamento, os quais não consideramos graves. Em 31 de dezembro de 2012, haviam poucas contingências trabalhistas sérias, e a perda na maioria de tais processos é considerada possível por nossos conselheiros jurídicos. Para maiores informações, vide Nota 31 de nossos demonstrativos financeiros para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012. Empréstimos Compulsórios Em cumprimento à Lei No. 4.156 de 28 de novembro de 1962, certos usuários finais de eletricidade foram obrigados a realizar “empréstimos compulsórios” (através de coletas por distribuidores) a fim de prover fundos para o desenvolvimento do setor de eletricidade. Consumidores industriais com consumo mensal superior a 2.000kWh de eletricidade eram obrigados a nos pagar um valor equivalente a 32,5% de cada conta de energia na forma de empréstimo compulsório, o qual poderíamos reembolsar dentro de 20 anos a contar do depósito. Juros sobre o empréstimo compulsório incorrem pelo IPCA – E, acrescidos de 6,0% ao ano. A Lei No. 7.181 de 20 de dezembro de 1983, prorrogou o programa até 31 de dezembro de 1993 e determinou que tais empréstimos podem, dependendo da aprovação dos acionistas, ser pago na forma de ações preferenciais emitidas a valor nominal ao invés de moeda. - 98 - Disponibilizamos aos consumidores, na primeira e segunda conversões de créditos do empréstimo compulsório, aproximadamente 42,5 bilhões de ações preferenciais da classe “B”, e na Terceira conversão de créditos do empréstimo compulsório, aproximadamente 27.2 bilhões de ações preferenciais da classe “B”. Além disso, nossos acionistas aprovaram, em 30 de abril de 2008, a emissão de ações preferenciais adicionais para clientes qualificados a valor nominal, como reembolso de nossos empréstimos compulsórios remanescentes. Se ações adicionais forem emitidas no futuro e o valor nominal de tais ações seja menor que seu valor de mercado, o valor das ações existentes atualmente em posse de nossos acionistas podem estar sujeitas à dispersão. Em 31 de dezembro de 2008, registramos aproximadamente R$215 milhões para dívidas do empréstimo compulsório que ainda não foram convertidas e que, a qualquer momento, por decisão de nossos acionistas, podem ser reembolsadas aos consumidores industriais, através da emissão de ações preferenciais da classe “B”, de acordo com os processos descritos acima. Em 31 de dezembro de 2012, haviam 5.670 processos legais pendentes abertos por consumidores contra nós, questionando ajustes monetários, inflação insuficiente e cálculos de juros relacionados ao reembolso de empréstimos compulsórios. De tais processos, 720 tiveram decisões desfavoráveis a nós e se encontram na fase de execução. O valor total envolvido em tais processos legais não é ajustado par correção monetária e requer uma avaliação para ser estimado mais precisamente. O valor total reclamado pelos requerentes nesses processos é de aproximadamente R$2.592 milhões. No curso da execução dos processos, fomos obrigados a penhorar alguns de nossos bens, principalmente consistindo em ações preferenciais de nossa propriedade em outras empresas do setor de eletricidade. Em 31 de dezembro de 2012, tínhamos uma provisão de R$1.085 milhões para cobrir perdas resultantes de decisões desfavoráveis em tais processos legais. Também estamos envolvidos em aproximadamente 2.317 processos legais pendentes relacionados ao reembolso do empréstimo compulsório, nos quais consumidores buscam exercer seu direito de opção e converter seus créditos apresentados em títulos pagáveis ao portador. Tais títulos são chamados “obrigações da Eletrobras”. Contudo, acreditamos que não haja mais nenhum risco no que diz respeito a tais títulos, pois os mesmos têm uma data de vencimento para sua apresentação, e tal data já se passou. Na mesma data, haviam 340 processos legais em relação à designação e reembolso monetário dos créditos do empréstimo compulsório. A Eletrobras acredita que tais designações sejam inválidas e nuas, pois não são expressamente permitidas pela legislação relevante. O Tribunal Superior de Justiça promulgará sua decisão, que guiará todas as decisões judiciais em tais processos. Porém, não existem garantias quanto à data em que tal julgamento ocorrerá. A Eletrobras considera possível a chance de perda nesses processos. Processos Tributários Eletrobras Furnas/COFINS – PASEP – FINSOCIAL Em 2001, recebemos avisos de infração relacionados aos impostos FINSOCIAL, COFINS e PASEP como resultado de sua exclusão da base de cálculo de certos empréstimos e transportes de energia de Itaipu, durante um período de 10 anos. O valor do processo era de R$1.099 milhões (ajustado por inflação a partir da cifra original de R$792 milhões). Em 12 de junho de 2008, com a promulgação do precedente No. 8 pelo Supremo Tribunl Federal, o período do questionamento do pagamento de tais impostos foi reduzido de dez para cinco anos e, por consequência, o valor dos processos reduzido para R$202,2 milhões. Em 31 de dezembro de 2012, tínhamos uma provisão de R$246 milhões, por recomendação de nossos conselheiros jurídicos. O restante do valor não foi provisionado pois o risco de uma decisão desfavorável a nós é considerado possível. Eletrobras Chesf / PIS/PASEP – COFINS O Supremo Tribunal Federal – STF declarou a inconstitucionalidade do parágrafo 1 do artigo 3 da Lei No. 9718/98, que aumentava a base de cálculo dos impostos PIS/PASEP e COFINS e criava, à época, um novo conceito de faturamento, que cobria as receitas totais de rendimento da pessoa jurídica, independente do tipo de atividade e classificação contábil adotadas. Tal provisão não tinha base constitucional, de foi posteriormente agregada à Constituição. A decisão do Supremo Tribunal Federal – STF somente beneficia empresas que sejam partes de recursos extraordinários julgados anteriormente. Com base no Código Tributário Nacional, em 9 de junho de 2005, a Eletrobras Chesf abriu processo administrativo diante da Receita Federal do Brasil, buscando o reconhecimento de seus créditos tributários e um reembolso de qualquer quantia paga em excesso como resultado de um aumento inconstitucional baseado nessas contribuições. Quando esse processo administrativo foi negado, a Eletrobras Chesf entrou com processos legais em julho de 2006 para garantir seu direito de reclamar tais créditos tributários do PIS/PASEP e COFINS, e obteve veredito positivo. Entretanto, o STF, ao analisar a constitucionalidade da Lei Complementar No. 118/2005, concluiu que as limitações de estatuto de dez anos aplicam-se somente a processos legais ou administrativos iniciados até 8 de junho de 2005. Baseado nesta decisão, o governo federal brasileiro questionou os valores dos créditos tributários e entrou com uma ação rescisória ante o 5a Tribunal Federal Regional, com o objetivo de reverter a decisão a favor da Eletrobras Chesf. Dessa forma, com base nas decisões promulgadas pelo STF, é provável que os recursos, atualmente em transitado, sejam enviados de volta aos tribunais iniciais para a revisão devido posição da Suprema Corte. Baseada na opinião de seu conselho jurídico em relação aos créditos da COFINS (sobre os quais a decisão final e definitiva já foi promulgada), no Comunicado Técnico No. 5 e na Deliberação CVM No. 549/2009, a Eletrobras Chesf registra, em seu item de linha “impostos e contribuições”, o valor dos créditos tributários correspondentes ao provável valor real estimado (valor original com correção monetária) de tais créditos, somando R$128,1 milhões, - 99 - que serão balanceados por impostos devidos pela Eletrobras Chesf. Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras Chesf também era parte de processo jurídico semelhante, atualmente em trâmites legais, em relação a possíveis créditos tributários do PIS/PASEP, que não estão reconhecidos em seus registros contábeis, referentes ao período entre fevereiro de 1999 e novembro de 2002, no valor de R$14,3 milhões, que serão balanceados por impostos federais devidos pela Chesf no futuro. Processos Civis Desapropriação de Terras Nossas subsidiárias são normalmente envolvidas em diversos processos jurídicos envolvendo a desapropriação de terras utilizadas para a construção de usinas hidrelétricas, principalmente nas regiões norte e nordeste. A maioria desses processos são referentes a indenizações pagas às populações afetadas pela construção de reservatórios e danos econômicos ou ambientais causados às populações afetadas ou cidades vizinhas. Os principais processos jurídicos relacionados à desapropriações de terras envolvendo nossas subsidiárias estão descritos abaixo. No norte do Brasil, a Eletrobras Eletronorte está envolvida em diversos processos legais relacionados à desapropriação de terras para a construção das usinas hidrelétricas de Balbina, no estado do Amazonas, e Tucuruí, no estado do Pará. Os processos relacionados à desapropriação de Balbina envolvem o valor a ser pago pela área desapropriada e a legalidade de propriedade da área reclamada pelos alegados proprietários. O valor total, provisionado, era de aproximadamente R$333 milhões. Recentemente, o Ministério Público Federal apresentou novas provas de que a área pertence à República Federal, e não ao estado do Amazonas. O governo brasileiro se uniu à Eletrobras Eletronorte nos processos envolvendo a usina hidrelétrica de Balbina. Dos 232 processos legais originais relacionados à desapropriação, somente 2 ainda permaneciam ativos em 31 de dezembro de 2012. A Eletrobras Eletronorte ganhou outros 8 processos e espera ter os mesmos resultados nos processos pendentes. Mendes Jr. Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras Chesf estava envolvida em processos litigiosos significativos com a Mendes Jr., uma empresa brasileira de construção. A Eletrobras Chesf e a Mendes Jr. assinaram um acordo em 1981 para certas obras de construção a serem realizadas pela Mendes Jr.. O acordo, conforme seus adendos, estabelecia que, em caso de atrasos em pagamentos devidos pela Eletrobras Chesf à Mendes Jr., a Mendes Jr. teria o direito de receber juros de inadimplência de 1,0% ao mês, mais a correção pelo índice de inflação. Durante a realização das obras, pagamentos da Eletrobras Chesf foram atrasados e a Eletrobras Chesf pagou, consequentemente, os juros de inadimplência à taxa de 1%, mais a correção, em tais pagamentos em atraso. Mendes Jr. Alega que como foi obrigada a se autofinanciar no mercado a fim de não interromper as obras de construção, tem direito a ser reembolsada por tal financiamento à taxas de juro de mercado, que eram muito mais altas do que a taxa de juros de inadimplência no contrato. O juiz de primeira instância julgou improcedente a solicitação de Mendes Jr. e a mesma entrou com recurso no Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (ou Tribunal TJPE). O Tribunal de Justiça aceitou a causa da Mendes Jr. e acabou por declarar a Eletrobras Chesf responsável por reembolsar os custos de financiamento da Mendes Jr. em relação aos pagamentos atrasados a taxas de mercado, além de emolumentos legais de 20.0% do valor da disputa, com o total sendo corrigido por juros a taxa de mercado até a data do pagamento. A Eletrobras Chesf entrou com recurso sobre a decisão do Tribunal de Justiça diante do Superior Tribunal de Justiça (ou STJ), que foi julgado improcedente por motivos de jurisdição. A Mendes Jr. então abriu um segundo processo junto ao Tribunal Estadual de Pernambuco para exigir que a Eletrobras Chesf realize o pagamento dos prejuízos reais acarretados pela Mendes Jr., e para a determinação do valor a pagar. Na execução do processo, a decisão do tribunal em primeira instância foi favorável à Mendes Jr., mas o Tribunal de Justiça promulgou decisão favorável à Eletrobras Chesf, anulando a decisão judicial em primeira instância para a execução do processo. A Mendes Jr. entrou com recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça junto ao STJ e ao Supremo Tribunal Federal, ambos negados. Concomitantemente, o governo brasileiro também solicitou que o STJ permita que o governo participe do processo como assistente da Eletrobras Chesf. Em dezembro de 1997, o STJ decidiu que: (i) o segundo processo deveria ser julgado novamente no tribunal; (ii) o governo brasileiro poderia participar do processo como assistente da Eletrobras Chesf; e (iii) o segundo processo deve ser julgado por tribunais federais do Brasil, ao invés dos tribunais estaduais onde foram abertos. O segundo processo foi julgado novamente em tribunais federais do Brasil para determinar o valor final a ser pago pela Eletrobras Chesf à Mendes Jr. Um especialista foi convocado para determinar o valor da causa, e sua conclusão foi questionada pela Eletrobras Chesf. Consequentemente, o tribunal decidiu por rejeitar a opinião do especialista mas fixou os critérios a serem aplicados para a determinação do valor devido. A Mendes Jr. entrou com recurso, pedindo ao tribunal que exija que a Eletrobras Chesf pague o valor determinado pelo especialista. A Eletrobras Chesf e o governo brasileiro também entraram com recurso, solicitando que o caso seja rescindido já que não há provas que a Mendes Jr. tenha obtido empréstimos para concluir a construção. Em 25 de outubro de 2010, o 5a Tribunal Regional Federal aceitou os recursos solicitados pela Eletrobras Chesf e pelo governo brasileiro e determinou que o processo é improcedente. A Mendes Jr. entrou com recurso contra essa decisão diante do 5a Tribunal Regional Federal, o qual foi negado. Mendes Jr. entrou com recurso contra essa negação, que atualmente está em trâmite diante do STJ. O valor inicial reclamado pelos autores era de aproximadamente R$7 bilhões (sem considerar a inflação). Em 31 de dezembro de 2012, não tínhamos provisões relacionadas a essa questão. Considerando a decisão do Tribunal Federal da 5a Região, o risco de perda neste processo litigioso foi considerado remoto. Vide Nota 31 dos Demonstrativos Financeiros. - 100 - Processo Litigioso Sobre o “Fator K” da Usina do Xingó Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras Chesf também estava envolvida em processo litigioso com o consórcio responsável pela construção da Usina do Xingó (ou Consórcio do Xingó). Relacionado à construção da usina do Xingó, a Eletrobras Chesf e o Consórcio do Xingó assinaram um acordo de construção, com adendo em 1988, para include ajustes inflacionários adicionais (chamado que “Fator K”) a ser acrescentado a certos pagamentos de correção monetária obrigatórios pela Eletrobras Chesf ao Consórcio do Xingó sob tal acordo. Esse adendo resultou em pagamentos realizados pela Eletrobras Chesf ao Consórcio do Xingó em valores mais altos do que os valores originais contidos na convocação para a licitação, que seriam pagos ao vencedor do processo de licitação. Em 1994, a Eletrobras Chesf por decisão própria, deixou de aplicar o Fator K a seus pagamentos ao Consórcio do Xingó (e consequentemente reduziu o valor dos pagamentos ao Consórcio do Xingó aos valores que a Eletrobrás Chesf teria pago se o fator K não tivesse sido aplicado a tais pagamentos) e entrou com processo contra o Consórcio do Xingó, em busca de reembolso por valores adicionais pagos em virtude do ajuste do fator K, declarando que o uso de tal sistema de correção mais favorável ao Consórcio do Xingó do que o sistema original determinado na convocação para o processo de licitação é ilegal em processos de licitação pública. O O Consórcio do Xingó também abriu processo contra a Eletrobras Chesf, requisitando pagamento total dos valores devidos com a aplicação do fator K. O processo da Eletrobras Chesf foi rejeitado e o processo do Consórcio do Xingó foi julgado favorável a seus autores, e a Eletrobras Chesf foi ordenada a pagar os valores correspondentes à aplicação do fator K. A Eletrobras Chesf e o governo brasileiro, que atua como assistente da companhia nesse processo, entraram com recurso junto ao STJ. Em Agosto de 2010, o STJ aceitou o recurso da Eletrobras Chesf para reduzir o valor da causa. O STJ também negou os outros recursos especiais apresentados pela Eletrobras Chesf e aceitou manteve a decisão do TJPE que julgou improcedente a ação declaratória ajuizada pela Eletrobras Chesf e manteve o recurso aberto pelos réus. Em 31 de dezembro de 2012, as partes envolvidas ainda não haviam sido informadas de tal decisão do STJ, que está sujeita a recursos. Se a decisão for final contra a Eletrobras Chesf, a mesma estará sujeita à execução final da sentença. Em março de 2012, o TJPE julgou a favor do Consórcio a respeito do pagamento pela Chesf de certos emolumentos legais do Consórcios e contra a Chesf a respeito do pagamento de todos os monumentos legais. O TJPE também aceitou a solicitação para maiores esclarecimentos por parte da Chesf e do governo brasileiro para a exclusão da incidência de “juros obrigatórios ou de mora” incluída nos “juros contratuais de mora”, a fim de manter no cálculo da liquidação somente os “juros contratuais de mora”. A Chesf também entrou com pedido de esclarecimento a respeito de alguns pontos da decisão do TJPE. Em 31 de dezembro de 2012, a Eletrobras Chesf tinha R$723,3 milhões provisionados em relação a esse processo, já que o risco de uma decisão desfavorável é considerado provável. A Eletrobras Chesf abriu processo contra a Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO) e Construções e Comércio e Mendes Júnior Engenharia S.A. (CONSTRAN), solicitando a invalidação parcial de um contrato de empreitada global assinado entre as partes referente à Xingó, uma usina hidrelétrica, com o objetivo de reaver os valores pagos, no valor de aproximadamente R$350 milhões. O Tribunal Federal Regional determinou que o Tribunal Estadual de Pernambuco era o foro competente para o julgamento dessa causa. O tribunal julgou a causa da Eletrobras Chesf improcedente. Em seguida, os réus entraram com recurso e obtiveram decisão favorável em primeira instância, que foi mantida em recurso pelo TJPE. Em 22 de abril de 2013, um pedido de esclarecimento feito pela Eletrobras Chesf ainda não havia sido julgado pelo Superior Tribunal de Justiça. Eletrobras Chesf – Processo Litigioso da Fazenda Aldeia Os curadores do patrimônio de Aderson Moura de Souza e sua esposa abriram processo por danos contra a Eletrobras Chesf, referentes a 14.400 hectares de terra. O juiz de primeira instância determinou que a causa era procedente e determinou que a Eletrobras Chesf pagasse R$50 milhões, equivalentes ao valor principal acrescido de juros e correção monetária. Em dezembro de 2008, a Eletrobras Chesf entrou com recurso junto ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Em março de 2009, o processo foi transferido para a esfera federal, que anulou a sentença por danos. O 1o Tribunal Regional Federal manteve parcialmente a primeira decisão, mas sua decisão foi suspensa já que um dos juízes solicitou a prorrogação no prazo de julgamento para este caso. Em 30 de setembro de 2011, uma ação rescisória foi ajuizada junto ao 1o Tribunal Regional Federal. Em 31 de dezembro de 2011, uma liminar para suspender a execução do processo principal foi concedida. Em 31 de dezembro de 2012, ainda não havíamos obtido a decisão legal sobre o recurso. A Eletrobras Chesf tem uma provisão de R$100 milhões referentes a esse processo, pois o risco de uma decisão desfavorável é considerado provável. Para uma discussão mais detalhada sobre esse processo, vide Nota 31 de nossos demonstrativos financeiros em, e para o exercício findo em 31 de dezembro 2012. Para uma discussão mais detalhada de nossos processos litigiosos e administrativos pendentes, vide a Nota 31 de nossos demonstrativos financeiros em, e para o exercício findo em 31 de dezembro 2012. Política de Distribuição de Dividendos A lei brasileira das corporações e nosso estatuto social determinam que devemos pagar a nossos acionistas uma distribuição obrigatória equivalente a, no mínimo, 25% de nossa receita líquida para o exercício anterior. Além disso, nosso estatuto social nos exige dar: (i) prioridade na distribuição dos dividendos a ações preferenciais da classe “A”, a 8% ao ano sobre o capital ligado a essas - 101 - ações; e (ii) prioridade na distribuição dos dividendos a ações preferenciais da classe “B” emitias em ou após 23 de junho de 1969, a 6% ao ano sobre o capital ligado a essas ações. Além disso, ações preferenciais devem receber dividendos de 10% acima dos dividendos pagos a ações ordinárias. A tabela a seguir demonstra nossos dividendos para os exercícios indicados: Exercício 2012 2011 2010 Ações Ordinárias (ELET 3) ................................................................................0,39 Ações Preferenciais Classe A (ELET 5) .............................................................2,17 Ações Preferenciais Classe B (ELET 6) .............................................................1,63 0,58 2,17 1,63 0,83 2,17 1,63 Em 31 de dezembro de 2012, nosso balanço continha dividendos retidos de anos anteriores no valor de R$3,4 bilhões, bem como R$0,9 milhões de dividendos acumulados declarados mas ainda não pagos a nossos acionistas, conforme permitido sob a lei brasileira das corporações. Nosso Conselho de Administração tem o poder de decidir quando tais dividendos serão pagos a nossos acionistas. Assim, nossa diretoria acredita que qualquer decisão de pagar os dividendos relacionados deve ser feita somente quando nosso Conselho de Administração considerar que tal pagamento não resultará em perda financeira. Para maiores informações, vide Nota 28 de nossos demonstrativos financeiros em, e para o exercício findo em 31 de dezembro 2012. B. Mudanças Significativas Nenhuma. - 102 - ITEM 9. OFERTA E LISTAGEM A. Detalhes da Oferta e Listagem Detalhes da Oferta e Listagem – Ações Ordinárias Nossas ações ordinárias começaram a ser negociadas nas bolsas de valores do Brasil em 7 de setembro de 1971. A tabela a seguir apresenta as maiores altas e baixas registradas nos preços finais de nossas ações ordinárias na BM&FBOVESPA e o valor diário médio aproximado do volume de negociação para os exercícios indicados. Reais nominais por ação ordinári Máximo Mínimo 2008 ................................................................................................... 31,25 2009 ................................................................................................... 38,75 2010 ................................................................................................... 42,00 2011 ................................................................................................... 25,40 2012 ................................................................................................... 19,36 19,64 24,07 21,00 15,35 6,16 Volume Médio Diário de Negociação Average (milhões de ações) 1,338 1,102 1,141 1,087 2,052 Fonte: Bolsa de Valores de São Paulo. A tabela a seguir apresenta as maiores altas e baixas registradas nos preços finais de nossas ações ordinárias na BM&FBOVESPA e o valor diário médio aproximado do volume de negociação para os trimestres indicados. Reais nominais por ação ordinária Máximo Mínimo 42,00 26,57 23,25 26,05 24,68 25,40 20,86 18,32 19,36 17,38 15,94 12,22 23,25 21,86 21,00 21,08 22,13 20,34 15,75 15,35 17,13 12,70 11,70 6,16 Volume Médio Diário de Negociação Average (milhões de ações) Primeiro trimestre de 2010 .......................................................... Segundo trimestre de 2010 .......................................................... Terceiro trimestre de 2010 ........................................................... Quarto trimestre de 2010 ............................................................. Primeiro trimestre de 2011 .......................................................... Segundo trimestre de 2011 .......................................................... Terceiro trimestre de 2011 ........................................................... Quarto trimestre de 2011 ............................................................. Primeiro trimestre de 2012 .......................................................... Segundo trimestre de 2012 .......................................................... Terceiro trimestre de 2012 ........................................................... Quarto trimestre de 2012 ............................................................. 1,610 1,136 0,810 1,033 1,229 1,141 1,068 0,935 0,852 2,898 1,611 2,896 Fonte: Bolsa de Valores de São Paulo. A tabela a seguir apresenta as maiores altas e baixas registradas nos preços finais de nossas ações ordinárias na BM&FBOVESPA e o valor diário médio aproximado do volume de negociação para os períodos indicados: Reais nominais por ação ordinária Máximo Mínimo Junho 2012 .......................................................................................14,39 Julho 2012........................................................................................14,68 Agosto 2012 .....................................................................................15,94 Setembro 2012 .................................................................................13,22 Outubro 2012 ...................................................................................12,22 Novembro 2012 ...............................................................................11,58 Dezembro 2012................................................................................ 7,45 Janeiro 2013 ..................................................................................... 8,10 Fevereiro 2013 ................................................................................. 7,12 12,83 13,12 13,02 11,70 11,10 6,16 6,32 6,40 6,13 Volume Médio Diário de Negociação (milhões de ações) - 103 - 1,524 0,784 1,364 2,823 1,293 5,025 2,608 3,325 1,594 Reais nominais por ação ordinária Máximo Mínimo Março 2013 ...................................................................................... 7,44 April 2013 (até o 5 April 2013) ...................................................... 6,95 6,25 6,45 Volume Médio Diário de Negociação (milhões de ações) 2,022 2,202 Fonte: Bolsa de Valores de São Paulo. Nos Estados Unidos, nossas ações ordinárias são negociadas na forma de ADSs. A tabela a seguir apresenta as maiores altas e baixas registradas nos preços finais de nossas ADSs na NYSE e o valor diário médio aproximado do volume de negociação para os períodos indicados: US$ por ADS (ações ordinárias) Máximo Mínimo Junho 2012 ........................................................................................... 7,07 Julho 2012............................................................................................ 7,17 Agosto 2012 ......................................................................................... 7,95 Setembro 2012 ..................................................................................... 6,52 Outubro 2012 ....................................................................................... 6,04 Novembro 2012 ................................................................................... 5,67 Dezembro 2012.................................................................................... 3,46 Janeiro 2013 ......................................................................................... 3,93 Fevereiro 2013 ..................................................................................... 3,58 6,31 6,48 6,50 5,82 5,56 3,17 3,01 3,10 3,07 Volume Médio Diário de Negociação (milhões de ações) US$ por ADS (ações ordinárias) Máximo Mínimo 1,216 0,676 1,039 1,372 1,034 1,948 1,229 1,440 0,947 Volume Médio Diário de Negociação (milhões de ações) Março 2013 .................................................................................... 3,78 April 2013 (até o 5 April 2013) .................................................... 3,46 3,12 3,17 1,092 1,402 Fonte: Bolsa de Valores de São Paulo. Detalhes e Listagem da Oferta – Ações Preferenciais A tabela a seguir apresenta as maiores altas e baixas registradas nos preços finais de nossas ações preferenciais da Classe B na BM&FBOVESPA e o valor diário médio aproximado do volume de negociação para os exercícios indicados. Reais nominais por ação ordinária Máximo Mínimo Volume Médio Diário de Negociação (milhões de ações) 2008 ................................................................................................27,60 2009 ................................................................................................33,90 2010 ................................................................................................35,19 2011 ................................................................................................31,46 2012 ................................................................................................27,49 Fonte: Bolsa de Valores de São Paulo. - 104 - 18,61 22,30 24,67 20,34 7,30 1,338 1,000 0,790 0,736 1,724 A tabela a seguir apresenta as maiores altas e baixas registradas nos preços finais de nossas ações preferenciais da Classe B na BM&FBOVESPA e o valor diário médio aproximado do volume de negociação para os trimestres indicados. Reais nominais por ação ordinária Máximo Mínimo Volume Médio Diário de Negociação (milhões de ações) Primeiro trimestre de2010................................................................35,19 Segundo trimestre de 2010...............................................................32,56 Terceiro trimestre de 2010 ...............................................................27,71 Quarto trimestre de 2010..................................................................30,72 Primeiro trimestre de 2011...............................................................30,62 Segundo trimestre de 2011...............................................................31,46 Terceiro trimestre de 2011 ...............................................................26,16 Quarto trimestre de 2011..................................................................26,98 Primeiro trimestre de 2012...............................................................27,49 Segundo trimestre de 2012...............................................................24,09 Terceiro trimestre de 2012 ............................................................... 21,2 Quarto trimestre de 2012..................................................................18,25 28,30 25,91 24,67 24,70 26,73 25,97 20,34 20,82 23,31 17,31 17,74 7,30 0,978 0,751 0,714 0,723 0,943 0,627 0,702 0,685 0,694 2,314 1,064 2,891 Fonte: Bolsa de Valores de São Paulo. A tabela a seguir apresenta as maiores altas e baixas registradas nos preços finais de nossas ações preferenciais da Classe B na BM&FBOVESPA e o valor diário médio aproximado do volume de negociação para os períodos indicados: Reais nominais por ação ordinária Máximo Mínimo Volume Médio Diário de Negociação (milhões de ações) Junho 2012 ......................................................................................19,80 Julho 2012.......................................................................................20,10 Agosto 2012 ....................................................................................21,20 Setembro 2012 ................................................................................19,20 Outubro 2012 ..................................................................................18,25 Novembro 2012 ..............................................................................16,80 Dezembro 2012...............................................................................10,48 Janeiro 2013 ....................................................................................13,70 Fevereiro 2013 ................................................................................12,62 Março 2013 .....................................................................................12,77 April 2013 (até o 5 April 2013) .....................................................12,75 17,94 18,64 18,55 17,74 15,95 7,30 9,15 9,69 11,44 10,93 11,90 0,744 0,633 0,862 1,751 0,857 5,628 2,489 2,803 1,567 1,471 1,670 Fonte: Bolsa de Valores de São Paulo. Nos Estados Unidos, nossas ações preferenciais Classe B são negociadas na forma de ADSs. A tabela abaixo demonstra os preços de venda máximos e mínimos de fechamento de nossas ADSs representando as ações preferenciais Classe B na NYSE e o volume médio diário de negociação aproximado nos períodos indicados: US$ por ADS (Classe B ações preferenciais) Máximo Mínimo Volume Médio Diário de Negociação (milhões de ações) Junho 2012 ......................................................................................... 9,60 Julho 2012.......................................................................................... 9,85 Agosto 2012 .......................................................................................10,45 Setembro 2012 ................................................................................... 9,50 Outubro 2012 ..................................................................................... 9,03 Novembro 2012 ................................................................................. 8,16 Dezembro 2012.................................................................................. 5,03 - 105 - 8,86 9,16 9,20 8,68 8,00 3,57 4,34 0,365 0,309 0,308 0,633 0,209 0,625 0,499 US$ por ADS (Classe B ações preferenciais) Máximo Mínimo Volume Médio Diário de Negociação (milhões de ações) Janeiro 2013 ....................................................................................... 6,60 Fevereiro 2013 ................................................................................... 6,52 Março 2013 ........................................................................................ 6,47 April 2013 (até o 5 April 2013) ........................................................ 6,25 4,70 5,65 5,50 5,76 0,342 0,289 0,232 0,278 Fonte: Bolsa de Valores de São Paulo. Temos um número não significativo de ações preferenciais da Classe A, sem efeito significativo no volume de negociações na BM&FBOVESPA. Como resultado, em 31 de dezembro de 2012, nosso capital social era composto de um total de 1.352.634.100 ações, das quais 1.087.050.297 são ações ordinárias, 146.920 são ações preferenciais da classe “A” e 265.436.883 são ações preferenciais da classe “B”. Não existem restrições contra a detenção de nossas ações ordinárias ou preferenciais por indivíduos ou empresas domiciliados fora do Brasil. O direto de converter pagamentos de dividendos e lucros de venda de ações para moeda estrangeira e o envio de tais valores para for a do Brasil está sujeito a restrições mediante regulamentações de investimento estrangeiro, que geralmente exigem, entre outras coisas, que os investimentos relevantes sejam registrados no Banco Central. O Banco Itaú S.A., como administrador de nossas ações preferenciais da classe “B” representadas pelas ADSs, registrou as ações preferenciais da classe “B” junto ao Banco Central em nome do Depositário que as deterá. Isso permite que os detentores de ADS convertam os dividendos, distribuições ou lucros de qualquer venda de tais ações preferenciais da classe “B” ou ações ordinárias, seja qual for, para dólares americanos e enviem tais montantes ao exterior. Contudo, os detentores de ADSs podem ser prejudicados por atrasos ou recusas no consentimento de qualquer aprovação governamental necessária para a conversão de pagamentos em moeda brasileira e remessas de dinheiro ao exterior para as ações preferenciais da classe “B” subjacentes a nossas ADSs. No Brasil existem diversos mecanismos disponíveis para investidores que negociam diretamente nas bolsas de valores do país ou em mercados de balcão organizados. Sob as regulamentações determinadas pela Resolução No. 2.689 promulgada pelo Conselho Monetário Nacional, investidores estrangeiros que queiram negociar diretamente em uma bolsa de valores no país ou em mercados de balcão organizados devem cumprir as seguintes exigências: • investimentos devem ser registrados com um administrador, sistema de compensação ou sistema depositário autorizado pelo CVM ou pelo Banco Central; • negociação de títulos estão restritas a transações realizadas em bolsas de valores ou mercados de balcão organizados autorizados pelo CVM; • devem ter um representante estabelecido no Brasil; • devem completar o formulário anexado à Resolução No. 2.689; e • devem se registar no CVM e registrar o fluxo de entrada de fundos no Banco Central. Se tais exigências forem cumpridas, investidores internacionais poderão negociar diretamente nas bolsas de valores ou mercados de balcão organizados do Brasil. Essas regras proporcionam tratamentos fiscais favoráveis a todos os investidores estrangeiros que invistam de acordo com as mesmas. Vide “Item 10.E, Impostos” . Tais regulamentações contêm certas restrições para transferências de títulos ao exterior, exceto no caso de reorganizações corporativas realizadas no exterior por um investidor estrangeiro. Um certificado de registro de capital estrangeiro foi emitido em nome do Depositário a respeito das ADSs e é mantido pelo Banco Itaú S.A., como administrador de nossas ações ordinárias e ações preferenciais da classe “B” representadas pelas ADSs, em nome do Depositário. Segundo esse certificado de registro de capital estrangeiro, espera-se que o Depositário seja capaz de converter dividendos e outras distribuições referentes a ações ordinárias e ações preferenciais da classe “B” representadas por ADSs para moeda estrangeira e enviar os lucros para fora do Brasil. Caso um detentor de ADSs negocie tais ADSs em troca de ações ordinárias ou ações preferenciais da classe “B”, tal acionista terá o direto de continuar a contar com o certificado de registro de capital estrangeiro do Depositário por cinco dias úteis após tal troca, período após o qual o acionista deve buscar obter seu próprio certificado de registro de capital estrangeiro com o Banco Central. A partir de então, qualquer acionistas com ações ordinárias ou ações preferenciais da classe “B” pode não ser capaz de converter os - 106 - lucros de venda ou distribuição referentes a tais ações ordinárias e preferenciais da classe “B” para moeda estrangeira e enviá-los ao exterior, a menos que esse acionista seja qualificado sob a Resolução No. 2.689 ou obtenha seu próprio certificado de registro de capital estrangeiro. Um acionista que obtém um certificado de registro de capital estrangeiro estará sujeito a tratamentos fiscais menos favoráveis no Brasil, em comparação ao um acionista detentor de ADSs. Vide “Item 10.E, Impostos – Considerações Fiscais Negativas sobre o Brasil.” Conforme a atual legislação brasileira, o governo brasileiro pode impor restrições temporárias sobre remessas de capital estrangeiro ao exterior no caso de sério desequilíbrio ou previsão de sério desequilíbrio nos pagamentos do saldo brasileiro. Por aproximadamente seis meses em 1989 e início de 1990, o governo brasileiro congelou todas as transferências internacionais de capital e dividendos em poder do Banco Central devidos a investidores societários internacionais, a fim de conservar as reservas de moeda estrangeira do país. Tais valores foram posteriormente liberados, de acordo com diretivas do governo brasileiro. Não há como garantir que o governo brasileiro não imporá restrições semelhantes a transferências internacionais no futuro. B. Plano de Distribuição Não se aplica. C. Mercados Nossas ações ordinárias são negociadas sob o símbolo “ELET3” e nossas ações preferenciais da classe “B” são negociadas sob o símbolo “ELET6” na BM&F BOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (ou BM&FBOVESPA). A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro negocia somente dívidas públicas federais, estaduais e municipais ou realiza leilões de privatização. Ações e Títulos são negociados exclusivamente na BM&FBOVESPA. Em 31 de dezembro de 2012, tínhamos aproximadamente 28.215 acionistas registrados. Nossas ADRs estão listadas na NYSE. Em 31 de dezembro de 2012, tínhamos registrados 42.486 beneficiários e nove acionistas detentores de ADSs rapresentando ações ordinárias e 22.030 beneficiários e seis acionistas detentores de ADSs representando ações preferenciais. Negociação, Acordo e Liquidação Regulamentação do Mercado Brasileiro de Títulos O mercado brasileiro de títulos é regido pela Comissão de Valores Mobiliários (a “CVM”), que tem autoridade regulatória sobre os mercados de ações e bolsas de valores do país, segundo Lei No. 6.385, promulgada em 7 de dezembro de 1976 (a “Lei de Mercado de Valores Mobiliários) e lei federal no. 6.404, promulgada em 15 de dezembro de 1976 (a “Lei das Sociedades Anônimas”), e também pelo Conselho Monetário Nacional (o “CMN”) e pelo Banco Central que possui, entre outros poderes, a autoridade de licenciamento de firmas de negociação e controla investimentos financeiros e transações de câmbio internacional. Os mercados brasileiros de títulos são regidos pela Lei de mercado de Valores Mobiliários e pela Lei das Sociedades Anônimas, bem como por regulamentações emitidas pela CVM, Banco Central e CMN. Essas leis e regulamentações determinam, entre outras coisas, exigências de informação aplicáveis aos emissores dos títulos negociados, restrições no comércio interno e manipulação de preços e proteção de acionistas minoritários. Em 3 de janeiro de 2002, a CVM publicou a Instrução No 358, que ealtera as regras aplicáveis à informação de fatos relevantes, que entrou em efeito em 18 de abril de 2002. A CVM também publicou diversas instruções relacionadas às exigências de informação, incluindo Instruções No. 361 e No. 400 para a regulamentação de ofertas públicas, Instrução No. 380 para a regulamentação de ofertas pela internet e Instrução No. 381 para a regulamentação de auditores independentes. Instrução No. 480 para a regulamentação do registro de emissores de títulos autorizados a negociar em mercados regulados no Brasil e Instrução No. 481 para a regulamentação de informação e a solicitação pública de substitutos para reuniões de acionistas. Instrução No. 480 também solicita que empresas de capital aberto publiquem um Formulário de Referência que mantém um registro permanentemente atualizado de informações relevantes sobre o emissor. Acreditamos atualmente estar em cumprimento de todas os padrões de governança aplicáveis no Brasil. Sob a Lei das Sociedades Anônimas, uma companhia somente pode ser uma companhia aberta, ou uma companhia fechada. Todas as companhias abertas estão registradas na CVM e sujeitas a exigências regulatórias de reporte. Uma empresa registrada com a CVM deve seus títulos negociados em uma bolsa de valores do Brasil, incluindo a BM&FBOVESPA, ou no mercado de balcão brasileiro. As ações de uma companhia aberta também podem ser negociadas em particular, dentro de certos limites. Para ser listada na BM&FBOVESPA, uma empresa deve primeiro solicitar seu registro junto à BM&FBOVESPA e à CVM e está sujeita exigências regulatórias e de informação. Negociações na BM&FBOVESPA Em 2000, as atividades de negociação de ações no Brasil foram reorganizadas através da execução de memoranda de entendimento pelas bolsas de valores regionais do Brasil. De acordo com tais memoranda, todas as negociações públicas de ações são realizadas exclusivamente na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA. - 107 - A BOVESPA era uma entidade sem fins lucrativos de propriedade seus membros – fins de negociação. Em 2008, a BOVESPA foi transformada em uma companha aberta e recebeu o nome de BM&FBOVESPA, como resultado de uma fusão entre a BOVESPA e a Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F. A BM&FBOVESPA atualmente é a mais importante instituição brasileira a intermediar transações do mercado societário e é a única bolsa de títulos, mercadorias e futuros do país. As negociações em tal bolsa são realizadas por firmas de negociação, membros da BM&FBOVESPA. As negociações de títulos na BM&FBOVESPA podem ser suspensas a pedido de uma companhia na previsão de um anúncio significativo. As negociações também podem ser suspensas por iniciativa da BM&FBOVESPA ou da CVM com base em, ou devido a, outros motivos, como a crença de que uma companhia tenha fornecido informações inadequadas sobre um evento significativo ou tenha fornecido respostas inadequadas a solicitações da CVM ou da BM&FBOVESPA. A negociação de títulos listados na BM&FBOVESPA, incluindo Novo Mercado e Níveis 1 e 2 do Segmento de Práticas Diferenciais de Governança Corporativa, pode ser realizada fora da bolsa de valores no mercado de balcão não organizado, em situações específicas. Apesar de o mercado brasileiro de títulos ser o maior da América Latina em termos de capitalização, o menor e menos líquido que os maiores mercados de títulos dos Estados Unidos e Europa. Además, a BM&FBOVESPA é consideravelmente menos líquida que a NYSE, ou outras grandes bolsas de valores no mundo. Apesar de todas as ações em circulação de uma empresa poderem ser negociadas na BM&FBOVESPA, menos da metade das ações listadas estão realmente disponíveis para negociação para o público, lembrete mantido por um pequeno grupo de indivíduos controladores, por entidades governamentais ou por um acionista majoritário. A relativa volatilidade e falta de liquidez do mercado de títulos brasileiro pode limitar significativamente sua capacidade de vender ações preferencias no momento e ao preço desejado e, por consequência, impactar negativamente o preço de mercado de tais títulos. A fim de reduzir sua volatilidade, a BM&FBOVESPA adotou um sistema “disjuntor” no qual sessões de negociação podem ser suspensas por um período de 30 minutos, uma hora ou mais tempo sempre que índices específicos da BM&FBOVESPA caiam abaixo dos limites de 10%, 15% e 20% respectivamente, em relação aos níveis desses índices na sessão anterior. Quando acionistas negociam ações na BM&FBOVESPA, e o negócio é concluído em até três dias úteis após a data da negociação. A entrega e pagamento das ações são realizados pela BM&FBOVESPA, que lida com acordos multilaterais tanto para obrigações financeiras quanto para transações envolvendo títulos. Segundo regulamentações aplicáveis, a conclusão financeira é realizada através do sistema do Banco Central e transações envolvendo a compra e venda de ações são concluídas através da BM&FBOVESPA. Todas as entregas contra pagamentos finais são irrevogáveis. Negociações nas bolsas de valores do Brasil por não-residentes do país estão sujeitas a processos de registro. Práticas de Governança Corporativa Em 2000, a BM&FBOVESPA introduziu três segmentos especiais de listagem, chamados de Níveis 1 e 2 de Práticas Diferenciais de Governança Corporativa e Novo Mercado, com o objetivo de abranger um mercado secundário para títulos emitidos por empresas brasileiras listadas na BM&FBOVESPA, encorajando tais empresas a seguir boas práticas de governança corporativa. Os segmentos de listagem foram desenvolvidos para a negociação de ações emitidas por companhias que voluntariamente decidem atuar com práticas de governança corporativa e para exigências de informação além daquelas já impostas pela lei brasileira. Tais regras geralmente aumentam os diretos dos acionistas e melhoram a qualidade das informações fornecidas aos mesmos. Recentemente, a BM&FBOVESPA revisou as regras dos Níveis 1 e 2 de Práticas Diferenciais de Governança Corporativa e Novo Mercado em duas ocasiões. A primeira leva de emendas às regras do Novo Mercado entraram em efeito em 6 de fevereiro de 2006, e a primeira leva de emendas aos Níveis 1 e 2 de Práticas Diferenciais de Governança Corporativa entraram em efeito em 10 de fevereiro de 2006. A segunda e mais recente leva de emendas às regras do Novo Mercado e Níveis 1 e 2 de Práticas Diferenciais de Governança Corporativa entraram em vigor em 10 de maio de 2011. Desde a data efetiva, para se tornar uma empresa de Nível 1, além das obrigações impostas pelas leis aplicáveis, uma emissora deve concordar em: (i) garantir que 25% de ações representando seu capital social total estejam efetivamente disponíveis para negociação; (ii) adotar procedimentos de oferta que favoreçam a diluída propriedade de ações sempre que fizer uma oferta pública; (iii) cumprir com os padrões mínimos de publicações trimestrais; (iv) seguir políticas de publicações mais restritas em relação às transações realizadas por seus acionistas controladores, membros de seu conselho administrativo e sua diretoria envolvendo títulos emitidos pela emissora; (v) enviar acordos de acionistas e planos de opção de ação já existentes para a BM&FBOVESPA; (vi) disponibilizar um calendário de eventos corporativos a seus acionistas; (vii) elaborar e publicar uma política de negociação de títulos aplicável à companhia, seus acionistas controladores, membros de conselhos e da diretoria, bem como os membros dos órgãos estatutários da companhia com funções técnicas e de consultoria; (viii) elaborar e publicar um código de conduta estabelecendo valores e princípios que serão as diretrizes para as atividades da companhia e relacionamento com a diretoria, funcionários, prestadores de serviços e outros órgãos e indivíduos afetados pela companhia; e (ix) proibir o duplo cargo do Presidente e Diretor Executivo (ou diretor executivo primário) da companhia. - 108 - Para se tornar uma empresa de Nível 2, além das obrigações impostas pelas leis aplicáveis, uma emissora deve concordar, entre outras coisas, em: (i) cumprir todas as exigências de listagem para empresas do Nível 1; (ii) conceder direitos de acompanhamento a todos os seus acionistas em relação a uma transferência de controle da companhia, oferecendo o mesmo preço pago por ação para ações ordinárias do bloco majoritário; (iii) conceder direito de voto a acionistas preferenciais em relação a certas reestruturações corporativas e transações com empresas do grupo, tais como (a) qualquer mudança da companhia para outra pessoa jurídica; (b) qualquer fusão, consolidação ou cisão da companhia; (c) aprovação de quaisquer transações entre a companhia e seu acionista majoritário, incluindo terceiros relacionados ao acionista majoritário; (d) aprovação de qualquer valorização de bens a serem entregues à companhia como pagamento de ações emitidas no aumento de capital social; (e) nomeação de um especialista para avaliar o valor justo das ações da companhia em relação a qualquer cancelamento de registro ou de listagem de oferta feita em nível 2; e (f) qualquer mudanças a esses direitos de voto, que prevalecerão enquanto o acordo de adesão ao Segmento Nível 2 com a BM&FBOVESPA estiver em efeito; (iv) ter um conselho de administração composto de no mínimo cinco membros, dos quais no mínimo 20% dos membros devem ser independentes, com mandatos limitados de dois anos; (v) preparar demonstrativos anuais em inglês, incluindo demonstrativos de fluxo de caixa, de acordo com padrões internacionais de contabilidade, tais como U.S. GAAP ou International Financial Reporting Standards – IFRS; (vi) ter oferta realizada pelo acionista majoritário da companhia (o preço mínimo das ações a serem oferecidas será determinado por um processo de avaliação), caso tal acionista opte por cancelar a listagem do Nível 2 do Segmento; (vii) cumprir exclusivamente as regras da Câmara de Arbitragem da BM&FBOVESPA para a resolução de disputas entre companhias e investidores; (viii) fazer com que o Conselho de Administração elabore e publique uma opinião prévia e justificada em relação a toda e qualquer oferta pública para a aquisição de ações emitidas pela companha, analisando, entre outros aspectos, os impactos da oferta nos interesses da companhia e seus acionistas, bem como na liquidez das ações emitidas pela companhia, contendo uma recomendação final e justificada para a aceitação ou rejeição da oferta pelos acionistas; e (ix) não incluir no estatuo social da companhia provisões que (a) restrinjam o número de votos que um acionista ou grupo de acionistas a porcentagem inferiores a 5% (cinco por cento) das ações com direto a voto, exceto em casos de expatriação ou dos limites impostos pelas leis e regulamentações aplicáveis à companhia; e, a menos que determinado contrariamente pelas leis e regulamentações (b) exijam um quórum qualificado para assuntos que devam ser submetidos à assembleia geral de acionistas, ou (c) restrinjam o exercício de voto favorável pelos acionistas ou os enfardem a votar a favor de uma supressão ou mudança do estatuto social. Para ser listado no segmento Novo Mercado da BM&FBOVESPA, um emissor precisa atender a todas as exigências descritas acima sob os Níveis 1 e 2, além de emitir somente ações ordinárias (com direito a voto). Em 26 de setembro de 2006, assinamos um acordo com a BM&FBOVESPA para listar nossas ações preferenciais no segmento do Nível 1, com efeito na data imediatamente a seguir da data de publicação do anúncio da listagem no Brasil, de acordo com o que concordamos a nos submeter, e continuamos a cumprir com todos os requerimentos de uma listagem do Nível 1. Investimento em Nossas Ações Preferenciais por Não Residentes do Brasil Investidores residentes fora do Brasil, inclusive investidores institucionais, estão autorizados a adquirir títulos capital, incluindo nossas ações preferenciais, na bolsa de valores brasileira, desde que cumpram com as exigências de registro estabelecidas na Resolução No. 2.689 do CMN e Instrução CVM No. 325 , a partir de 27 janeiro de 2000, conforme seus adendos. Com algumas poucas exceções, nos termos da Resolução No. 2.689, os investidores estão autorizados a realizar qualquer tipo de transação no mercado de capitais financeiras brasileiras envolvendo um título negociado em bolsa, futuro ou mercado de balcão organizado. Os investimentos e remessas para fora do Brasil de ganhos, dividendos, lucros ou outros pagamentos de nossas ações preferenciais são feitas através do mercado de câmbio Para se tornar um investidor Resolução nº 2.689, o investidor residente fora do Brasil deve: • nomear pelo menos um representante no Brasil, que será responsável pelo cumprimento de requisitos e procedimentos com o Banco Central e a CVM de registo e informação. Caso o representante seja um indivíduo ou uma empresa não financeira, o investidor deve nomear também uma instituição devidamente autorizada pelo Banco Central que será solidariamente responsável pelas obrigações do representante; • preencher o formulário de registro de investidor estrangeiro; • através de seu representante, registrar-se como investidor estrangeiro juntoà CVM e registrar o investimento no Banco Central; • nomear um representante no Brasil para fins de tributação; • obter um número da pessoa física (CPF) das autoridades fiscais federais brasileiras - Receita Federal (Secretaria da Receita Federal do Brasil); e • títulos e outros ativos financeiros detidos por investidores estrangeiros nos termos da Resolução n º 2.689 devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob a custódia de uma entidade devidamente licenciada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos por investidores estrangeiros são geralmente restritas a transações envolvendo títulos listados nas bolsas de valores brasileiras ou negociados em mercados de balcão organizado licenciados pelo CVM. - 109 - Diferenças significativas entre nossas Práticas de Governança Corporativa e os padrões de governança da NYSE Estamos sujeitos aos padrões de listagem de governança corporativa da NYSE. Como emissor privado estrangeiro, os padrões aplicáveis a nós são consideravelmente diferentes dos padrões aplicados a empresas norte-americanas. Segundo as normas da NYSE, devemos respeitar as seguintes regras de governança corporativa: (i) satisfazer os requisitos da Regra 10A-3 do Ato de Câmbio, incluindo ter um comitê de auditoria ou conselho fiscal, de acordo com uma isenção aplicável disponível para emissores estrangeiros privados, que atenda a determinados requisitos, como discutido abaixo, (ii) fornecer à NYSE, afirmações por escrito, anuais e semestrais, conforme exigido pelas regras de governança corporativa da NYSE, (iii) fornecer certificação imediata por nosso diretor executivo de qualquer não-cumprimento grave de quaisquer regras de governança corporativa, e (iv) devemos fornecer uma breve descrição das diferenças significativas entre nossas práticas de governança corporativa e práticas de governança corporativa da NYSE que devem ser seguidas por empresas americanas. A discussão das diferenças significativas entre nossas práticas de governança corporativa e aquelas exigidas das empresas cotadas dos Estados Unidos segue abaixo. Maioria de Conselheiros Independentes As regras da NYSE exigem que a maioria do conselho deve seja composta por conselheiros independentes. A independência é definida por vários critérios, inclusive a ausência de vínculo empregatício entre o conselheiro e a companhia. Embora a legislação brasileira não tem um requisito semelhante, as regras do Novo Mercado e Nível 2 exigem que as companhias listadas tenham um conselho de administração composto de no mínimo cinco membros, dos quais um mínimo de 20% dos diretores devem ser independentes de acordo com os diferentes critérios definidos nos regulamentos (como a ausência de vínculo empregatício entre o diretor e a companhia ou o acionista controlador). O segmento Nível 1 da BM&FBOVESPA em que estamos listados só exige que o conselho deve ser composto por um mínimo de três membros e não requer nenhuma participação de conselheiros independentes e, portanto, segundo a legislação brasileira e as regras do Nível 1, não e exigido de nosso Conselho de Administração nem de nossa administração que teste a independência dos conselheiros antes de sua eleição para o conselho. No entanto, tanto a Lei das Sociedades Anônimas e pela CVM estabeleceram normas que exigem que diretores atendam a certos requisitos de qualificação e que administrem a remuneração e as atribuições e responsabilidades do conselho de administração e diretoria da empresa, bem como as restrições aplicáveis eles aplicáveis. Enquanto nossos conselheiros satisfizerem as exigências de qualificação da legislação societária brasileira e pela CVM, bem como do segmento da BM&FBOVESPA Nível 1, não acreditamos que a maioria dos nossos conselheiros seria considerada independente segundo o teste da NYSE. Lei das Sociedades Anônimas e nosso estatuto social exigem que nossos conselheiros sejam eleitos por nossos acionistas em assembleia geral de acionistas. Sessões Executivas As regras da NYSE exigem que os conselheiros não-administrativos reunam-se regularmente sem a presença da do conselho de administração. A Lei das Sociedades Anônimas não tem uma disposição semelhante. De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, até um terço dos membros do Conselho de Administração poderão ser eleitos para a Diretoria Executiva. Os administradores não executivos não têm poderes expressos para atuar com controle sobre a gestão, e não há nenhuma exigência para que esses conselheiros se reúnam regularmente. Como resultado, os conselheiros não-administrativos em nosso conselho tipicamente não se reúnem em sessão executiva. Comitê de Nomeação / Governança Corporativa As regras da NYSE exigem que as companhias listadas tenham um comitê de nomeação / governança corporativa composto inteiramente por conselheiros independentes e regido por um estatuto escrito direcionando ao propósito específico do comitê e detalhando suas responsabilidades, que incluem, entre outras coisas, a identificação e seleção de candidatos qualificados ao Conselho e desenvolvimento de um conjunto de princípios de governança corporativa aplicável à companhia. A lei brasileira não tem um requisito semelhante. Comitê de Remuneração As regras da NYSE exigem que as companhias emissoras tenham um comitê de remuneração composto inteiramente por conselheiros independentes e regido por um estatuto escrito direcionando direcionando ao propósito específico do comitê e detalhando suas responsabilidades, que incluem, entre outras coisas, a revisão das metas corporativas relevantes à remuneração do diretor-presidente, avaliação do desempenho do diretor executivo, aprovação dos níveis de remuneração do diretor-presidente e recomendação da remuneração, remuneração de incentivo e planos baseados em participações. Não somos obrigados, pela legislação brasileira aplicável, a ter um comitê de remuneração. Nos termos da Lei das Sociedades Anônimas, o montante total disponível para remuneração de nossos conselheiros e diretores e para pagamentos de participação nos lucros aos nossos diretores é estabelecido pelos nossos acionistas na assembleia geral ordinária. O Conselho de Administração é responsável por determinar a remuneração individual e participação nos lucros de cada diretor, bem como a remuneração da diretoria e membros do comitê. Ao fazer tais determinações, o conselho analisa o desempenho dos diretores, inclusive o desempenho do nosso diretor executivo, que tipicamente isenta-se de discussões relativas ao seu desempenho e remuneração. Comitê de Auditoria As regras da NYSE exigem que as companhias listadas tenham um comitê de auditoria que: (i) seja composto por um mínimo de três conselheiros independentes que sejam especialistas financeiros, (ii) atenda as regras da SEC sobre comitês de auditoria de companhias - 110 - emissoras, (iii) tenha pelo menos um membro que seja contador ou administrador de empresas, e (iv) seja regido por um estatuto escrito direcionando a finalidade do comitê e detalhando suas responsabilidades. No entanto, como um emissor estrangeiro privado, precisamos apenas para cumprir a exigência de que o comitê de auditoria atenda às regras da SEC sobre comitês de auditoria para companhias listadas. Lei das Sociedades por Ações exige que as empresas tenham um Conselho Fiscal não permanente composto por três a cinco membros, eleitos os em assembleia geral de acionistas. Aprovação dos Acionistas dos Planos de ações As regras da NYSE exigem que seja dada aos acionistas a oportunidade de voto em todos os planos de remuneração por ações e respectivas revisões relevantes, com poucas exceções. Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, os acionistas devem aprovar todos os planos de opção de ações. Além disso, qualquer emissão de novas ações está sujeita à aprovação dos acionistas. As regras da NYSE exigem que as companhias adotem e divulguem diretrizes de governança corporativa. Embora a legislação brasileira aplicável não tem um requisito semelhante, adotamos práticas de governança corporativa, que são estabelecidos no Código de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa da Eletrobras ("Código das Práticas de Governança Corporativa da Eletrobras"). Além disso, também adotamos e observamos uma política de divulgação, que exige a publicação de todas as informações relevantes de acordo com as diretrizes estabelecidas pela CVM, bem como uma política de insider trading, que, entre outras coisas, estabelece períodos de blecaute e requer informações sobre gestão de todas as operações que envolvam nossos títulos. Código de Conduta e Ética nos Negócios As regras da NYSE exigem que as companhias listadas adotem e divulguem um código de conduta e ética para conselheiros, diretores e funcionários, e divulguem quaisquer exceções do código para conselheiros ou diretores. BM&FBovespa tem uma exigência de governança corporativa semelhante para as empresas que estão listadas nos segmentos Nível 1, Nível 2 ou no Mercado do Novo Mercado, e em 2010 nós introduzimos o Código de Ética Único das Empresas Eletrobras, que dispõe sobre os princípios éticos que devem ser observados por todos os membros do conselho de administração, diretores, funcionários, prestadores de serviço, estagiários e jovens aprendizes. Função da Auditoria Interna As regras da NYSE exigem que as companhias emissoras mantenham uma função de auditoria interna para fornecer avaliações contínuas sobre os processos de gestão de risco da empresa e do sistema de controle interno à administração e ao comitê de auditoria. A lei brasileira não tem um requisito semelhante. D. Acionistas Vendedores Não se aplica. E. Diluição Não se aplica. F. Despesas da Emissão Não se aplica. - 111 - ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS A. Capital Social Não se aplica. B. Memorando e Artigos de Associação Objeto Social Nosso estatuto social estabelece nossos propósitos corporativos: (1) construir e operar usinas e linhas de transmissão para gerar e distribuir energia elétrica e entrar em transações de negócios relacionados, tais como o comércio de energia elétrica; (2) cooperar com o governo para estabelecer a política energética nacional; (3) dar apoio financeiro às nossas subsidiárias; (4) promover e apoiar pesquisas de interesse do setor energético, ligadas à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, bem como estudos de aproveitamento de reservatórios para múltiplos fins; (5) contribuir para a formação do pessoal técnico necessário ao setor elétrico brasileiro, por meio de cursos de especialização, que também possa conceder assistência a entidades educacionais no Brasil ou no exterior, e (6) cooperar técnica e administrativamente com nossas subsidiárias e governo. Nosso Conselho de Administração não tem o poder de votar sobre sua remuneração ou para conceder empréstimo. Somente nossos acionistas podem aprovar questões como essas. Não há limites de idade estabelecidos para a aposentadoria dos membros do nosso Conselho de Administração. Descrição da Nosso Capital Social Visão Geral Somos uma empresa de economia mista, autorizada e constituída de acordo com a Lei brasileira n º 3.890-A, em 25 de abril de 1961. Estamos registrados no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob n º. 00.001.180/0001-26. Nosso capital social é dividido em três tipos de ações: ações ordinárias, ações preferenciais da classe "A" (emitidas até 23 de junho de 1969) e ações preferenciais da classe "B" (emitidas a partir 23 de junho de 1969). Em setembro de 2006, firmamos um acordo com a BM&FBOVESPA para listar nossas ações no segmento de governança corporativa da BM&FBOVESPA, e o Nível 1 entrou em vigor em 29 de setembro de 2006. A negociação de nossas ações no Nível 1 começou em 29 de setembro de 2006. História do Nosso Capital Social Em 2012, nosso capital social era de R $ 31.305 Milhões, em comparação com R $ 31.305 Milhões em 2011. Ações em Tesouraria Não temos ações em tesouraria e não temos um programa de recompra de nossas ações. Direitos Vinculados a Nossas Ações Ações Ordinárias Cada uma de nossas ações ordinárias confere ao seu titular direito a um voto em todas as questões submetidas à votação dos acionistas na assembleia geral ordinária ou um extraordinária de acionistas. Além disso, em caso de liquidação, os detentores de nossas ações têm o direito de tomar parte de todos os nossos ativos remanescentes, após o pagamento de todas as nossas obrigações, proporcionalmente, de acordo com suas respectivas participações no total das ações ordinárias emitidas e em circulação. Os detentores de nossas ações ordinárias têm direito a participar em todos os futuros aumentos de capital social. Ações preferenciais Nossas ações preferenciais têm atributos diferentes de nossas ações ordinárias pois os detentores de ações preferenciais não têm direito a voto nas assembleias gerais ordinárias ou extraordinárias de acionistas, mas têm o direito preferencial de reembolso de capital, distribuição de dividendos e prioridade na insolvência. Nossas ações preferenciais não podem ser convertidas em ações ordinárias. As ações preferenciais da Classe "A", bônus e ações relacionadas a essas ações, têm direito a dividendos de 8% ao ano, com prioridade para a distribuição de outros dividendos, a serem divididos igualmente entre eles. As ações preferenciais da Classe "B", bônus e ações relacionadas a essas ações, têm direito a dividendos de 6% ao ano, com prioridade para a distribuição de outros - 112 - dividendos, a serem divididos igualmente entre eles. Dividendos não pagos não são recebíveis nos anos seguintes. As ações preferenciais da Classe "A" e as ações preferenciais classe da "B", são consideradas iguais em caso de solvência. Além disso, as ações preferenciais têm direito a receber o dividendo pelo menos dez por cento acima do dividendo atribuído a cada ação ordinária. Transferência de Nossas Ações Nossas ações não estão sujeitas a quaisquer restrições de transferência. Sempre que uma transferência de titularidade de ações ocorre, a empresa de financiamento com que tais ações estejam depositadas pode cobrar do acionista o custo de transferência de quaisquer serviços relacionados com a transferência mesmo dentro do Brasil, sujeito a taxas máximas estabelecidas pela CVM. Direito de preferência Não há direito de preferência aplicáveis à transferência de nossas ações. Redenção Não podemos resgatar nossas ações. Registro Nossas ações são mantidas sob a forma escritural junto ao JP Morgan Chase Bank NA, que irá atuar como agente custodiante para nossas ações. A transferência de nossas ações será realizada por meio de escritural pelo JP Morgan Chase Bank NA em seu sistema de contabilidade, debitando a conta de ações do vendedor e creditando a conta de ações do comprador, mediante ordem escrita do cedente, ou autorização judicial ou ordem para afetar essas transferências. Notificação de Interesses em nossas ações Qualquer acionista que adquira ou se desfaça de 5% ou mais do nosso capital social de qualquer classe é obrigado a notificar a Companhia imediatamente após a conclusão da transação. Esta obrigação aplica-se também aos detentores de ADRs, debêntures conversíveis e opções de ações. Após o recebimento da notificação, a Companhia deve informar tal operação por meio de um aviso que deve ser carregados ao site da CVM e atualizar devidamente suas informações corporativas em seu Formulário de Referência, no prazo de sete dias úteis após a ocorrência de a transação. Assembleia Geral de Acionistas A legislação societária brasileira não permite aos acionistas aprovarem questões por consentimento escrito obtido como resposta a um procedimento de solicitação de aprovação. Todas as matérias sujeitas à aprovação dos acionistas devem ser aprovadas em uma assembleia geral devidamente convocada. Existem dois tipos de assembleias: ordinárias e extraordinárias. As assembleias ordinárias ocorrem uma vez por ano, no dentro de 120 do fim exercício e assembleias extraordinárias podem ser convocadas sempre que necessário. As assembleias de acionistas são convocadas pelo Conselho de Administração. Aviso de tais reuniões é enviado aos acionistas pelo correio, além de anúncios colocados em jornal de grande circulação em nosso principal mercado de negócios e em nosso website, pelo menos 15 dias antes da reunião. Assembleias gerais são realizadas em nossa sede, em Brasília. Acionistas poderão ser representados na assembleia geral de acionistas por procuradores de fato que sejam: (i) acionistas da empresa, (ii) advogados brasileiros, (iii) membros de nossa administração, ou (iv) uma instituição financeira. Nas assembleias devidamente convocadas, nossos acionistas podem tomar parte em qualquer decisão em relação ao nosso negócio. As decisões a seguir só podem ser tomadas por nossos acionistas em assembleia geral: • provação anual de nossas contas; • eleição e deposição os membros do nosso conselho de administração e do conselho fiscal; • alteração de nosso estatuto social; • aprovação de fusão, incorporação ou cisão; - 113 - • aprovação de dissolução ou liquidação, bem como a eleição e destituição dos liquidantes e a aprovação de suas contas; • concessão de prêmios em ações e aprovação de desdobramentos ou agrupamentos; • aprovação planos de opção de compra de ações para nossos administradores e empregados, e • aprovação do pagamento de dividendos. Conselho de Administração, Diretoria Executiva e Conselho Fiscal Nosso Estatuto Social prevê um Conselho de Administração, composto por dez membros, a Diretoria Executiva, de adesão plena, e um Conselho Fiscal permanente, composto por cinco membros. Qualificações Todos os membros do nosso Conselho Administrativo, Diretoria Executiva e Conselho Fiscal devem ser cidadãos brasileiros. Nosso estatuto social também prevê que certas pessoas não podem ser nomeados para a gestão da empresa, incluindo aqueles que: são desqualificados pela CVM, declaram falência, ou que tenham sido condenados por alguns delitos, tais como a corrupção e crimes contra a economia. As minutas das reuniões de acionistas ou diretores que nomeiam um membro do Conselho Administrativo ou da Diretoria Executiva, respectivamente, devem detalhar as qualificações dessa pessoa e especificar o período do seu mandato. Nomeação Os membros do nosso Conselho Administrativo são eleitos na assembleia geral de acionistas para um mandato renovável de um ano. Como nosso acionista majoritário, o governo brasileiro tem o direito de designar sete membros do nosso Conselho Administrativo, dos quais seis são nomeados pelo MME e um pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os outros detentores de ações ordinárias têm o direito de eleger um membro, os titulares de ações preferenciais sem direito a voto que representem pelo menos dez por cento do nosso capital total têm o direito de eleger um membro, e um membro deve ser eleito como representante dos empregados, por meio de uma eleição organizada pela empresa e pelas entidades sindicais. Um dos membros do Conselho Administrativo é nomeado presidente da empresa. Os membros da nossa Diretoria Executiva são eleitos pelo Conselho Administrativo por prazo indeterminado. O governo brasileiro tem o direito de nomear três dos membros do nosso Conselho Fiscal, e tanto os acionistas minoritários quanto os detentores de ações preferenciais têm o direito de indicar um membro cada. Assembleias De acordo com o nosso estatuto social, o Conselho Administrativo se reúne pelo menos uma vez por ano sem a presença do CEO, e duas vezes por ano com a presença de nossos auditores independentes. Historicamente, nosso Conselho Administrativo se reúne uma vez por mês e quando convocado pela maioria dos conselheiros ou pelo presidente. Entre outras atribuições, o Conselho Administrativo é responsável por: (i) estabelecer as diretrizes de negócios; (ii) determinar a organização social de nossas subsidiárias ou qualquer participação adquirida por nós em outras pessoas jurídicas; (iii) determinar nossas políticas de empréstimos e financiamentos; e (iv) aprovar qualquer garantia a favor de qualquer uma de nossas subsidiárias em qualquer acordo financeiro. Os diretores não podem participar de discussões ou votar em matérias que lhes interesse de outra forma. Nossa Diretoria Executiva se reúne ordinariamente a cada semana, ou quando convidado pela maioria dos diretores ou pelo presidente. Nossa Diretoria Executiva determina nossa política de negócios em geral, é responsável por todos os assuntos relacionados à administração e operações do dia-a-dia, e é o mais alto órgão de controle no que diz respeito à execução de nossas diretrizes. Os membro da Diretoria Executiva não podem participar de discussões ou votar em matérias que lhes interesse de outra forma. O Conselho Fiscal se reúne uma vez por mês. Obrigações de Divulgação Nossas obrigações de divulgação são determinadas pelo Manual de Divulgação e Uso de Informações Relevantes e Política de Negociação de Valores Mobiliários de Emissão da Eletrobras (emitida pelo Eletrobras), cuja cópia encontra-se disponível em nosso site. As informações encontradas neste website não estão incorporadas por referência neste relatório anual. - 114 - C. Contratos Relevantes Nossas operações de Itapu são feitas de acordo com um tratado firmado em 26 de Abril de 1973 entre o governo brasileiro e o Paraguai. A tradução deste tratado é incluída como anexo neste relatório anual. Os termos materiais deste tratado são descritos no "Item 5. Análise e Perspectiva Operacional e Financeira." D. Controles Cambiais O direito de converter dividendos ou pagamentos de juros e receitas provenientes da venda de ações em moeda estrangeira e de remeter esses valores para fora do Brasil está sujeito a restrições da legislação sobre investimentos estrangeiros que normalmente exige, entre outras coisas, que os investimentos relevantes tenham sido registrados com o Banco Central e aCVM. Tais restrições à remessa de capital estrangeiro para o exterior podem dificultar ou impedir o custodiante das ações preferenciais, representadas por ADSs, ou os detentores de ações preferenciais de converter dividendos, distribuições ou o produto de qualquer venda dessas ações preferenciais em dólares americanos, remetendo dólares para o exterior. Os detentores das nossas ADSs podem ser adversamente afetados por atrasos ou recusa de conceder qualquer aprovação governamental necessária para converter os pagamentos das ações preferenciais subjacentes às nossas ADSs em moeda brasileira, bem como para remeter os recursos para o exterior. A Resolução nº 1.927 do Conselho Monetário Nacional prevê a emissão de recibos de depósito em mercados estrangeiros com relação a ações de emissores brasileiros. Ela corrige e altera o Anexo V da Resolução nº 1.289 do Conselho Monetário Nacional, conhecido como Regulamentos do Anexo V. O programa ADS foi aprovado, conforme os Regulamentos do Anexo V, pelo Banco Central e pela CVM antes da emissão das ADSs. Assim, as receitas provenientes da venda de ADSs por detentores de ADRs fora do Brasil estão livres dos controles brasileiros sobre investimentos estrangeiros, e os detentores de ADSs terão direito a tratamento fiscal favorável. Vide "Item 10.E, Tributação - Considerações Sobre Impostos Brasileiros Relevantes." Nos termos da Resolução nº 2.689 do CMN, os investidores estrangeiros registrados na CVM podem comprar e vender ações brasileiras, incluindo nossas ações preferenciais nas bolsas de valores brasileiras, sem obter certificados de registro separados para cada transação. O registro está disponível para investidores estrangeiros qualificados, que incluem principalmente instituições financeiras estrangeiras, companhias de seguros, fundos de pensão e de investimento, instituições beneficentes estrangeiras e outras instituições que alcancem um certo capital mínimo e outros requisitos. A Resolução nº 2.689 também estende o tratamento fiscal favorável a investidores cadastrados. Vide "Item 10.E, Tributação - Considerações Sobre Impostos Brasileiros Relevantes." Nos termos da Resolução nº 2.689, os investidores estrangeiros devem: (i) nomear pelo menos um representante no Brasil com a capacidade de realizar atos relativos ao investimento estrangeiro; (ii) preencher o formulário de registro de investidor estrangeiro; (iii) obter registro como investidor estrangeiro junto à CVM; e (iv) registrar o investimento estrangeiro no Banco Central. Os títulos e outros ativos financeiros detidos por um investidor estrangeiro nos termos da Resolução nº 2.689 devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob a custódia de uma entidade devidamente licenciada pelo Banco Central ou pela CVM, ou ser registrado no registro, compensação e sistemas de custódia autorizados pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos é restrita às operações realizadas em bolsas de valores ou mercados legalmente licenciados pela CVM. Capital Social Valores investidos em nossas ações por um detentor não-brasileiro que se qualifique nos termos da Resolução nº 2.689 e obtenha registro na CVM, ou pelo depositário representando um detentor de ADS, são elegíveis para registro junto ao Banco Central. Este registro (o valor assim registrado é referido como capital registrado) permite a remessa de moeda estrangeira para fora do Brasil, convertida à taxa de mercado comercial, adquirida com o produto de distribuições e montantes realizados com a alienação de nossas ações. O capital registrado por ação adquirida na forma de ADS, ou comprada no Brasil e depositada com o depositário em troca de uma ADS, será igual ao seu preço de compra (em dólares americanos). O capital registrado por ação retirado mediante ao cancelamento de uma ADS será o equivalente em dólares americanos considerando: (i) o preço médio de uma ação na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de ações foram negociadas no dia da retirada ou; (ii) se nenhuma ação foi negociada naquele dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de ações foram negociadas nos quinze pregões imediatamente anteriores à retirada. O equivalente em dólares americanos será determinado com base nas taxas médias do mercado comercial cotadas pelo Banco Central nessas datas. Um detentor estrangeiro de ações pode sofrer atrasos em efetuar o registro no Banco Central, o que pode atrasar as remessas para o exterior. Esse atraso pode afetar adversamente o montante em dólares americanos recebido pelo detentor não-brasileiro. Um certificado de registro foi emitido em nome do depositário com relação às ADSs, e é mantido pelo custodiante em nome do depositário. De acordo com o certificado de registro, o custodiante e o depositário podem converter dividendos e outras distribuições com relação às ações representadas por ADSs em moeda estrangeira e remeter o produto para fora do Brasil. No caso de um detentor de ADSs trocar suas ADSs por ações, tal detentor terá o direito de continuar a contar com o certificado de registro do depositário por cinco dias úteis depois da troca, após os quais esse detentor deve procurar obter seu próprio certificado de registro com o Banco Central. Depois disso, qualquer detentor de ações pode não ser capaz de converter em moeda estrangeira e remeter para fora do Brasil - 115 - os recursos obtidos com a alienação de, ou distribuições com relação a, tais ações, a menos que o titular seja um investidor devidamente qualificado nos termos da Resolução nº 2.689 ou obtiver seu próprio certificado de registro. Um detentor que obtiver um certificado de registro estará sujeito a um tratamento fiscal brasileiro menos favorável que um detentor de ADSs. Vide "Item 10.E, Tributação - Considerações Sobre Impostos Brasileiros Relevantes." Se o titular não se qualificar nos termos da Resolução nº 2.689 a registrar-se com a CVM e o Banco Central e a nomear um representante no Brasil, o detentor terá ficará sujeito a tratamento fiscal brasileiro menos favorável que um detentor de ADSs. Independente da qualificação de acordo com Resolução nº 2.689, os residentes em paraísos fiscais estão sujeitas a tratamento fiscal menos favorável que outros investidores estrangeiros. Vide "Item 10.E, Tributação - Considerações Sobre Impostos Brasileiros Relevantes." Segundo a atual legislação brasileira, o governo brasileiro pode impor restrições temporárias às remessas de capital estrangeiro para o exterior no caso de um sério desequilíbrio ou um grave desequilíbrio antecipado na balança de pagamentos do Brasil. Por aproximadamente seis meses em 1989 e no início de 1990, o governo brasileiro congelou todos os dividendos e repatriações de capital detidos pelo Banco Central que eram devidos a investidores estrangeiros, a fim de conservar as reservas de moeda estrangeira do Brasil. Esses valores foram posteriormente liberados de acordo com diretrizes do governo brasileiro. Não se pode haver garantia de que o governo brasileiro não imporá restrições similares às repatriações estrangeiras no futuro. Vide "Item 3.D, Fatores de Risco Riscos Relativos ao Brasil". E. Tributação A discussão a seguir aborda o material de imposto de renda do Brasil e Estados Unidos decorrentes da aquisição, detenção e alienação de nossas ações ou ADSs. Essa discussão não é uma discussão que abrange todas as considerações fiscais que possam ser relevantes para uma decisão de compra de nossas ações ou ADSs e não é aplicável a todas as categorias de investidores, alguns dos quais podem estar sujeitos a regras especiais, e não trata especificamente de todas as considerações tributárias brasileiras e de renda federal dos Estados Unidos aplicáveis a qualquer detentor particular. Ela é baseada nas leis tributárias do Brasil e dos Estados Unidos em vigor na data deste relatório anual, que estão sujeitas a mudanças, possivelmente com efeito retroativo, e a diferentes interpretações. Qualquer alteração na lei pode ter um impacto sobre as consequências descritas abaixo. Cada comprador em potencial deve consultar seu próprio consultor tributário sobre quaisquer particularidades decorrentes de imposto de renda ao investir em nossas ações ou ADSs no Brasil e nos Estados Unidos. Esta discussão também se baseia nas declarações do depositário e no pressuposto de que cada obrigação no contrato de depósito entre nós, JP Morgan Chase Bank NA, como depositário, e os detentores registrados e usufrutuários das ADSs, e quaisquer documentos relacionados , será realizada de acordo com seus termos. Embora atualmente não haja nenhum tratado de imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos, as autoridades fiscais dos dois países têm mantido discussões que podem culminar em tal tratado. Não podemos assegurar-lhes, no entanto, sobre se ou quando um tratado entrará em vigor ou como ele afetará os detentores de nossas ações ou ADSs. Considerações Tributárias Brasileiras Relevantes A discussão a seguir é um resumo das considerações tributárias brasileiras relevantes sobre a aquisição, propriedade e alienação de nossas ações ou ADSs por um detentor que não seja domiciliado no Brasil para fins de tributação brasileira, e que tenha registrado seu investimento nesses títulos com a Banco Central como um investimento em dólares dos EUA (em cada caso, o titular não-residente). As consequências fiscais descritas a seguir não levam em conta os efeitos de quaisquer tratados fiscais ou de reciprocidade de tratamento fiscal firmado entre o Brasil e outros países. A discussão também não aborda as consequências fiscais previstas nas leis tributárias de qualquer estado ou município do Brasil. Introdução Nos termos da legislação brasileira, os investidores estrangeiros podem investir em ações sob a Resolução nº 2.689 do Banco Central. A Resolução nº 2.689 permite que investidores estrangeiros investem nos mercados financeiros e capitais brasileiros, desde que alguns requisitos aqui descritos sejam cumpridos. De acordo com a Resolução nº 2.689, a definição de investidor estrangeiro inclui pessoas físicas, jurídicas, fundos mútuos, e outras entidades de investimento coletivo, domiciliadas ou com sede no exterior. Nos termos da Resolução nº 2.689, os investidores estrangeiros devem: (i) nomear pelo menos um representante no Brasil com poderes para praticar atos relativos ao investimento estrangeiro; (ii) preencher o formulário de registro de investidor estrangeiro; (iii) registrar-se como estrangeiro investidor junto à CVM e registrar o investimento estrangeiro junto ao Banco Central; (iv) nomear um representante no Brasil para fins de tributação; e (v) obter um número de identificação de contribuinte com as autoridades fiscais federais brasileiras (que serão solicitadas pela CVM). Para mais detalhes sobre as exigências a serem cumpridas, a fim de qualificar-se como investidor estrangeiro nos termos da Resolução nº 2.689, consulte o "Item 9.C, Mercados - Investimento em Ações Preferenciais por Não-Residentes no Brasil." - 116 - Títulos e de outros ativos financeiros pertencentes a investidores estrangeiros nos termos da Resolução nº 2.689 devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob a custódia de uma entidade devidamente licenciada pelo Banco Central ou pela CVM. Além disso, a negociação de títulos é restrita às operações realizadas em bolsas de valores ou mercados legalmente licenciados pelo CVM, exceto para transferências resultantes de uma reorganização societária, que ocorre após a morte de um investidor, por força de lei ou como consequência do fechamento das ações relevantes de uma bolsa de valores e o cancelamento do registro junto à CVM. Imposto de renda Para fins de tributação brasileira, há dois tipos de detentores não residentes de nossas ações ou ADSs: (i) detentores não residentes que não sejam residentes ou domiciliados em um "paraíso fiscal" (ex: um país ou local que não tribute a renda ou onde a alíquota máxima de imposto de renda é inferior a 20% ou onde a legislação interna imponha restrições à divulgação da composição acionária ou a titularidade do investimento) e que, no caso de titulares de nossas ações, são registradas perante o Banco Central e a CVM serem capazes de investir no Brasil, em conformidade com a Resolução nº 2.689 ("Detentor Registrado"); e (ii) outros detentores não residentes, que incluem todos e quaisquer não residentes no Brasil que investem em títulos de equidade de empresas brasileiras através de quaisquer outros meios e todos os tipos de investidores que estão localizados em paraíso fiscal. Os investidores mencionados no item (i) acima, que são registrados pelo Banco Central e pela CVM como sendo capazes de investir no Brasil de acordo com a Resolução nº 2.689, estão sujeitos a um regime fiscal favorável no Brasil, conforme descrito abaixo. No entanto, não pode haver garantia de que o atual tratamento preferencial para detentores de ADSs e detentores não residentes de ações preferenciais ou ordinárias nos termos da Resolução nº 2.689 continuará igual ou não será alterada no futuro. Dividendos. Os dividendos pagos por nós ao depositário em relação às ações subjacentes às ADSs, ou a um Detentor Não Residente em relação a nossas ações não estão sujeitos à retenção de imposto de renda brasileiro, na medida em que tais valores estão relacionados a lucros gerados a partir 1 de janeiro de 1996. Os dividendos relativos a lucros gerados antes de 31 de dezembro de 1995 podem estar sujeitos ao imposto brasileiro retido na fonte sob taxas variáveis, dependendo do ano em que os lucros foram gerados. Ganhos de Capital. Como regra geral, os ganhos de capital realizados como resultado de uma transação de alienação são a diferença positiva entre o montante recebido com a alienação das unidades e o respectivo custo de aquisição. Segundo a legislação brasileira, o imposto de renda sobre os ganhos podem variar dependendo do domicílio do detentor não residente, o tipo de registro do investimento pelo detentor não residente junto ao Banco Central e como a alienação é realizada, conforme descrito abaixo . (a) venda de ADS Os ganhos realizados fora do Brasil por um detentor não residente na alienação de ADSs a outro detentor não residente não estão sujeitos à tributação brasileira. No entanto, de acordo com a Lei nº 10.833, promulgada em 29 de dezembro de 2003, ou Lei nº 10.833, os ganhos reconhecidos na alienação de ativos localizados no Brasil por um titular não residente, quer a outros detentores não residentes ou titulares brasileiros, estão sujeitos à tributação no Brasil. Esta regra é aplicável independente de a alienação ser conduzida no Brasil ou no exterior. Embora acreditemos que as ADSs não se enquadram na definição de ativos localizados no Brasil para fins da Lei n° 10.833, porque elas representam títulos emitidos e renegociados em um mercado de câmbio no exterior, considerando o escopo geral e vago dessas disposições, bem como a falta de precedente das cortes em relação aos mesmos, somos incapazes de prever se tal entendimento prevalecerá nos tribunais do Brasil. É importante notar, contudo, que mesmo se as ADSs foram consideradas ativos localizados no Brasil, os investidores que sejam residentes em paraísos fiscais não poderiam candidatar-se à isenção de imposto de ganho de capital de acordo com o artigo 81 da Lei nº 8981/95. Se esse argumento não prevalecer, é importante mencionar que, em relação ao custo de aquisição a ser adotado para o cálculo de tais ganhos, a legislação brasileira tem conflitantes disposições relativas à moeda em que tal montante deve ser determinado. Nossa visão é que os ganhos de capital devem basear-se na diferença positiva entre o custo de aquisição das ações preferenciais ou ordinárias registrados no Banco Central do Brasil em moeda estrangeira e o valor da alienação das ações preferenciais ou ordinárias da mesma moeda estrangeira. No entanto, considerando que as autoridades fiscais não estão vinculadas a tal precedente, as avaliações foram emitidas adotando o custo de aquisição em moeda brasileira. (b) Conversão de ações em ADSs O depósito de nossas ações em troca de ADSs pode estar sujeito ao imposto brasileiro sobre ganhos de capital sob alíquota de 15%, ou 25%, no caso de investidores domiciliados em paraísos fiscais, se o custo de aquisição das ações, no caso de outros investidores do mercado de acordo com a Resolução nº 2.689, ou o valor de outra forma anteriormente registrado no Banco Central como investimento estrangeiro em ações preferenciais ou ordinárias for inferior a: (i) o preço médio por ação preferencial ou ordinária na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de tais ações tenha sido vendido no dia do depósito, ou o preço médio por ação preferencial ou ordinária na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de tais ações foram vendidas no dia do depósito; ou (ii) se nenhuma ação preferencial ou ordinária tiver sido vendida naquele dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira em que foram vendidos o maior número de ações preferenciais ou ordinárias nos 15 pregões imediatamente anteriores a tal depósito. - 117 - Neste caso, a diferença entre o valor previamente registado, ou o custo de aquisição, conforme o caso, e o preço médio das partes calculado conforme estabelecido acima, será considerado um ganho capital. Embora não haja uma orientação regulatória clara, tal tributação não se aplica ao caso de detentores não residentes registrados nos termos da Resolução nº 2.689 que não esteja situado em um paraíso fiscal. (c) Conversão de ADSs em ações Embora não haja uma orientação regulatória clara, a troca de ADSs por ações não deve estar sujeita à tributação brasileira. Os detentores não residentes podem trocar ADSs pelas ações subjacentes, vender as ações na bolsa de valores brasileira e remeter ao exterior o produto da venda no prazo de cinco dias úteis a partir da data da troca (com base no registro eletrônico do depositário), sem consequências fiscais. Após o recebimento das ações subjacentes em troca de ADSs, detentores não residentes também podem optar por registrar no Banco Central o valor em dólares dos EUA de tais ações como uma carteira de investimento estrangeiro nos termos da Resolução nº 2.689, que lhes permite o tratamento fiscal acima referido. Alternativamente, o detentor não residente também tem o direito de registrar no Banco Central o valor em dólares dos EUA de tais ações como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei 4131/62, e, neste caso, a respectiva venda estaria sujeita ao tratamento fiscal aplicável às operações realizadas por um detentor não residente que não seja um detentor registrado. (d) Ações Ordinárias e Preferenciais negociadas no Brasil Os ganhos de capital auferidos por titular não residente na alienação de ações vendidas na bolsa de valores brasileira (que inclui as operações realizadas no mercado legalmente organizado): • estão sujeitos ao imposto de renda na fonte sob alíquota de zero por cento, quando auferidos por um detentor não residente que (a) tenha registrado seu investimento no Brasil junto ao Banco Central. Um detentor registrado sob as normas da Resolução 2.689 e (b) não seja residente em um paraíso fiscal; e • estão sujeitos ao imposto de renda sob alíquota de 15% em relação aos ganhos realizados por um detentor não residente que não seja um detentor registrado (incluindo um detentor não residente que se enquadrar na Lei 4131/62) e os ganhos auferidos por residentes de paraíso fiscal que são proprietários. Neste caso, uma taxa de 0,005% sobre o preço de venda de renda retido na fonte será aplicável e retido pela instituição intermediária (ou seja, um corretor), que recebe a encomenda diretamente do detentor não residente, e que pode ser posteriormente compensado com qualquer imposto de renda devido sobre o ganho de capital que será recolhido pelo representante fiscal do detentor não residente no Brasil. Quaisquer outros ganhos realizados na alienação de unidades que não sejam realizadas na bolsa de valores brasileira: • estão sujeitos ao imposto de renda sob alíquota de 15% quando realizados por qualquer detentor não residente que não seja residente em paraíso fiscal, não importando se é um detentor registrado ou não; e • estão sujeitos ao imposto de renda sob alíquota de 25% quando realizado por um residente em paraíso fiscal, não importando se é um detentor registrado ou não. Nos casos acima, se os ganhos estão relacionados às operações realizadas no mercado não organizado legalmente com intermediação, o imposto de renda retido na fonte de 0,005% também será aplicável e retido pela instituição intermediária (ou seja, um corretor ) que recebe a ordem diretamente do detentor não residente, podendo ser posteriormente compensado com qualquer imposto de renda devido sobre o ganho de capital que será recolhido pelo representante fiscal do detentor não residente no Brasil. O titular não residente não precisará apresentar uma declaração fiscal brasileira às autoridades fiscais brasileiras. Qualquer exercício de direitos de preferência relativos às ações preferenciais ou ordinárias ou ADSs não estará sujeito ao imposto de renda retido na fonte brasileiro. Qualquer ganho sobre a venda ou cessão de direitos de preferência relativos às ações pelo depositário em nome dos detentores de ADSs estará sujeito a tributação de renda no Brasil de acordo com as mesmas regras aplicáveis à venda ou alienação de ações. Pagamentos dos Juros sobre o Capital Próprio. De acordo com a Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, conforme alterada, as empresas brasileiras podem efetuar pagamentos aos acionistas caracterizados como distribuições de juros sobre o capital próprio e tratar esses pagamentos como despesa dedutível para fins de apuração do imposto de renda de pessoa jurídica brasileira, e, a partir de 1997, da contribuição social sobre o lucro líquido, como medida em que certos limites sejam respeitados. Tais juros estão limitados à variação diária pro rata da TJLP (Taxa de Juros Longo Prazo), conforme determinado periodicamente pelo Banco Central, e da quantidade de dedução não poderá exceder o maior de: • 50% do lucro líquido (após a contribuição social sobre o lucro líquido e antes da provisão para imposto de renda e os valores atribuíveis aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio) para o período em relação ao qual o pagamento é feito; ou - 118 - • 50% da soma dos lucros acumulados e reservas de lucros a partir da data do início do período em relação ao qual o pagamento é feito. Os pagamentos de juros sobre o capital próprio em relação às ações ordinárias ou preferenciais pagos aos acionistas brasileiros residentes ou não residentes, inclusive detentores de ADSs, estão sujeitos à retenção de imposto de renda no Brasil sob alíquota de 15% ou 25%, no caso de acionistas domiciliados em paraísos fiscais, e serão dedutíveis por nós, desde que o pagamento de uma distribuição de juros seja aprovado pelos nossos acionistas. Essas distribuições podem ser incluídas, pelo seu valor líquido, como parte de qualquer dividendo obrigatório. Para que o pagamento de juros sobre o capital próprio seja incluído, a empresa é obrigada a distribuir aos acionistas um valor adicional para garantir que o valor líquido recebido por eles, após o pagamento do imposto de renda brasileiro retido na fonte aplicável acrescida do valor dos declarados dividendos, seja pelo menos igual ao dividendo obrigatório. Se nós pagarmos juros sobre o capital próprio, em qualquer ano, e o pagamento não for registrado como parte da distribuição obrigatória, nenhum valor adicional seria necessário a ser pago pela Companhia, no que diz respeito ao valor do dividendo obrigatório. O pagamento de juros sobre capital próprio pode ser determinado pelo nosso Conselho Administrativo. Nós não podemos garantir que nosso conselho administrativo não determinará que futuras distribuições de lucros possam ser feitas por meio de juros sobre o capital próprio os invés de por meio de dividendos. Os pagamentos de juros sobre o capital próprio para detentores não residentes poderão ser convertidos em dólares americanos e remetidos para fora do Brasil, sujeitos aos controles cambiais aplicáveis, na medida em que o investimento é registrado no Banco Central. Discussão sobre Jurisdições de Tributação Favorecida Em 24 de junho de 2008, a Lei nº 11.727 foi promulgada, estabelecendo o conceito de um "regime fiscal privilegiado". De acordo com esta nova lei, um "regime fiscal privilegiado" é considerado para aplicar a uma jurisdição que atenda a qualquer um dos seguintes requisitos: (1) que não tribute a renda ou a tribute sob alíquota máxima inferior a 20%; (2) que conceda benefícios fiscais a uma entidade ou indivíduo não residente (a) sem exigir atividade econômica substancial na jurisdição da referida entidade ou indivíduo não residente ou (b) à medida em que essa entidade ou indivíduo não residente não conduza à uma atividade econômica substancial na jurisdição de tal entidade ou indivíduo não residente; (3) que não tribute a renda gerada no exterior, ou que imponha impostos sobre a renda gerada no exterior sob uma alíquota máxima inferior a 20%; ou (4) que restrinja a divulgação da propriedade de bens e direitos de propriedade ou restrinja a divulgação sobre a execução das transações econômicas. Embora a interpretação da atual legislação tributária brasileira possa levar à conclusão de que o conceito acima mencionado de "regime fiscal privilegiado" deva aplicar-se somente para fins de fixação de preços e fina normas brasileiras de capitalização de transferência, não está claro se esse conceito também se aplicaria aos investimentos realizados nos mercados financeiros e de capitais brasileiros para os fins desta lei. Não há orientação judicial quanto à aplicação da Lei nº 11.727, de 24 de junho de 2008 e, portanto, não é possível prever se a Receita Federal ou os tribunais brasileiros podem decidir que o conceito de "regime fiscal privilegiado" seja aplicável ao considerar um titular não residente como um residente de paraíso fiscal na realização de investimentos nos mercados financeiro e de capitais brasileiros. No caso de o conceito de "regime fiscal privilegiado" ser interpretado como sendo aplicável às operações realizadas nos mercados financeiros e de capitais brasileiros, essa lei tributária resultaria, consequentemente, na imposição de tributação de um titular não residente que atenda aos requisitos do regime fiscal privilegiado da mesma forma e na mesma medida aplicável a um residente de paraíso fiscal. Além disso, a Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010, aplicou o conceito de regime fiscal privilegiado a outros rendimentos remetidos ao exterior. Embora o conceito de regime fiscal privilegiado não deva afetar o tratamento fiscal de um detentor não residente descrito acima, não é certo se a legislação ou interpretações por parte das autoridades fiscais brasileiras em relação à definição de "regime fiscal privilegiado" subsequente irá estender tal conceito ao tratamento fiscal de um detentor não residente descrito acima. Imposto sobre Câmbio e Transações Financeiras Operações de Câmbio (IOF / Câmbio) A legislação brasileira impõe um Imposto sobre Operações de Câmbio, ou "IOF / Câmbio", desencadeado pela conversão de reais em moeda estrangeira e sobre a conversão de moeda estrangeira em reais. Em conformidade com o Decreto nº 6306/07, conforme alterado, o IOF / Câmbio pode ser cobrado sobre operações de câmbio, afetando uma ou ambas a entrada ou saída de investimentos. As alíquotas do IOF são definidos pelo Poder Executivo brasileiro, e a maior taxa aplicável é de 25%. Atualmente, para a maioria das operações de câmbio, a taxa de IOF / Câmbio é de 0,38%. A taxa de IOF / Câmbio imposta sobre as operações de câmbio realizadas por investidor estrangeiro com o propósito de investir nos mercados financeiros e de capital podem variar ao longo do tempo, tal como definido pelo governo, e os preços podem ser diferentes em função do tipo de investimento, bem como o tempo no qual tal investimento é mantido no Brasil. O ingresso de recursos estrangeiros para a compra de ações nos termos da Resolução nº 2.689 está sujeito a 0% do IOF / Taxa de câmbio e a mesma taxa de impostos 0% sobre a remessa de dividendos e pagamentos de juros sobre o capital próprio. Embora não seja claramente regulamentada, a conversão de reais em dólares para o pagamento de dividendos aos detentores de ADSs também deve se - 119 - beneficiar do IOF / Câmbio sob taxa de 0%. O ingresso de recursos provenientes do estorno da ADS para fins de investimento em ações também está sujeito a uma taxa de IOF / Câmbio de 0%. Imposto sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários (IOF / Títulos) A legislação brasileira impõe um Imposto sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Mobiliários, conhecido como "IOF / Títulos". Atualmente, a taxa de IOF / Títulos aplicável às transações envolvendo ações ordinárias ou preferenciais é zero, embora o governo brasileiro possa aumentar essa taxa a qualquer momento, para até 1,5% ao dia, mas apenas em relação às operações futuras. A conversão de ações em ADRs ou de unidades em ADSs não era tributável antes de 17 de novembro de 2009. Após a promulgação do Decreto nº 7.011, de 18 de novembro de 2009, estas operações passaram a ser tributadas pelo IOF / Títulos sob alíquota de 1,5% sobre o valor da transação (obtido pela multiplicação do número de ações / unidades convertidas pelo fechamento do preço no dia antes da conversão, ou, no caso nenhuma negociação ter sido feita no mesmo dia, pelo último preço de fechamento disponível). Outros Impostos Brasileiros Relevantes Alguns estados brasileiros impõem imposto sobre doações e herança em doações ou legados feitos por pessoas físicas ou jurídicas não residentes ou domiciliadas no Brasil a pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas ou residentes nesses estados. Não há impostos brasileiros ou obrigações a pagar sobre selo, emissão, registro ou similares pelos detentores de nossas ações ou ADSs. Capital Registrado. O valor de um investimento em ações detidas por um detentor não brasileiro que se qualifique nos termos da Resolução nº 2.689 e obtenha registro na CVM, ou pelo depositário, conforme o depositário representando o detentor, está qualificado para registro junto ao Banco Central. Esse registro permite a remessa para fora do Brasil de qualquer produto de distribuições das ações e dos valores realizados em relação à alienação de tais ações. Os valores recebidos em moeda brasileira são convertidos em moeda estrangeira através da utilização da taxa de câmbio comercial. O capital registrado das ações preferenciais ou ordinárias compradas na forma de ADSs ou comprada no Brasil e depositada com o depositário em troca de ADSs será igual ao seu preço de compra (em dólares americanos) para o comprador. O capital registrado para as ações que são retirados mediante a entrega de ADSs, conforme o caso, será o equivalente ao preço médio das ações preferenciais ou ordinárias em dólares americanos, conforme o caso, em em uma bolsa de valores brasileira na qual o maior número de tais ações, conforme aplicável, foi vendido no dia da retirada. Se não houverem ações preferenciais ou ordinárias, conforme o caso, vendidas nesse dia, o capital social se refere ao preço médio na bolsa de valores brasileira na qual o maior número de tais ações, conforme o caso, foram vendidas nos 15 pregões imediatamente anteriores à retirada. O valor das ações preferenciais ou ordinárias dólar dos EUA, conforme o caso, é determinado com base na taxa de câmbio comercial média cotada pelo Banco Central nessa data ou, se o preço médio das ações for determinado de acordo com a última frase anterior, a média de tais taxas médias cotadas nas mesmas 15 datas utilizadas para determinar o preço médio das ações. Um detentor não residente de nossas ações pode enfrentar atrasos para efetuar tal ação, o que poderá atrasar as remessas para o exterior. Este atraso pode afetar adversamente o valor, em dólares, recebido pelo titular não residente. Consequências Relevantes do Imposto de Renda Federal dos Estados Unidos A discussão a seguir descreve as consequências relevantes do imposto de renda federal dos Estados Unidos na aquisição, detenção e alienação de nossas ações ou ADSs. Esta discussão aplica-se somente aos beneficiários de nossas ADSs ou ações que são de "Titulares americanos", conforme definido abaixo. Esta discussão é baseada no Código de Receita Interno dos EUA de 1986, conforme alterado, ou o Código, sua história legislativa, e Regulamentos do Tesouro propostos, definitivos e temporários, pronunciamentos administrativos do Serviço de Receita Interna dos Estados Unidos, ou IRS, e decisões judiciais, todos atualmente em vigor e todas as quais estão sujeitas a alterações (possivelmente com efeito retroativo) e a diferentes interpretações. Esta discussão também se baseia nas declarações do depositário e no pressuposto de que cada obrigação no contrato de depósito entre nós, JP Morgan Chase Bank, N.A., como depositário, e os detentores registrados e usufrutuários das ADSs, e quaisquer documentos relacionados , será realizada de acordo com seus termos. Essa discussão não pretende tratar de todas as consequências fiscais de renda federal dos Estados Unidos que podem ser relevantes para um detentor em particular, e pede-se que consultem seus próprios consultores tributários a respeito de sua situação fiscal específica. A discussão se aplica apenas aos detentores norte-americanos que detêm nossas ações ou ADSs como "bens de capital" (em geral, bens detidos para investimento) nos termos do Código, e não aborda as consequências tributárias que podem ser relevantes para detentores norte-americanos em situações fiscais especiais, incluindo, por exemplo: • instituições financeiras ou companhias de seguros; • organizações isentas de impostos; • corretoras de valores; • comerciantes de títulos que optem por marcação a mercado; • setor imobiliário, fundos de investimentos, companhias de investimento regulamentadas, parcerias ou relações de confiança concedentes; - 120 - • investidores cuja moeda funcional não é o dólar dos Estados Unidos; • expatriados dos Estados Unidos; • titulares que detenham nossas ações ou ADSs como parte de uma transação restrita, de expansão ou conversão; ou • titulares que detenham, direta, indireta ou implicitamente, 10% ou mais do total dos votos computáveis combinados, se houver, de nossas ações ou ADSs. Exceto onde especificamente descrito abaixo, esta discussão pressupõe que não somos uma empresa de investimento estrangeiro passivo, ou PFIC, para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. Favor ver a discussão no "Item 10.E, Tributação Consequências Relevantes do Imposto de Renda Federal dos Estados Unidos - Regras de Investimento Passivo de Empresas Estrangeiras" abaixo. Além disso, esta discussão não aborda as consequências tributárias mínimas alternativas para manter nossas ações ou ADSs, nem as consequências indiretas a detentores de participações societárias em sociedades ou outras entidades que detenham nossas ações ou ADSs. Além disso, esta discussão não trata do estado, local e consequências fiscais não-americanas para manter nossas ações ou ADSs. Você deve consultar seu próprio consultor tributário para lidar com a renda federal, estadual, local e outras consequências fiscais, nos Estados Unidos e fora dele, quanto à aquisição, detenção e alienação de nossas ações ou ADSs em suas circunstâncias particulares. Você é um "Titular dos EUA" se você for o proprietário beneficiário de ações ou ADSs e for, para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos: • um indivíduo cidadão ou residente dos Estados Unidos; • uma corporação ou qualquer outra entidade tributável como uma sociedade, criada ou organizada sob as leis dos Estados Unidos, de qualquer estado do mesmo, ou do Distrito de Columbia; • um espólio cuja renda está sujeita ao imposto de renda federal dos Estados Unidos, independente de sua origem; ou • um fundo, se um tribunal dos Estados Unidos for capaz de exercer fiscalização primária de sua administração e uma ou mais pessoas dos Estados Unidos tiverem a autoridade para controlar todas as decisões substanciais do fundo. Se uma sociedade detiver ações ou ADSs, o tratamento fiscal de um sócio em geral dependerá do status do sócio e das atividades da sociedade. Um potencial investidor, que é um sócio de uma sociedade detentora de nossas ações ou ADSs, deve consultar seu próprio consultor tributário. A propriedade de ADSs em Geral Para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos, se você é um detentor de ADSs, você geralmente será tratado como o proprietário das ações representadas pelas ADSs. Os depósitos e retiradas de ações por um detentor dos EUA em troca de ADSs geralmente não resultarão na realização de ganho ou perda para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. O Tesouro dos EUA manifestou preocupações de que as partes para as quais as receitas semelhantes às ADSs são liberadas pode tomar medidas que sejam inconsistentes com a reivindicação de créditos fiscais estrangeiros por detentores de ADSs que também seriam inconsistentes com a reivindicação da taxa de imposto reduzida descrita abaixo, aplicável aos dividendos recebidos por determinados detentores não corporativos norte-americanos. Assim, a análise da credibilidade dos impostos brasileiros e a disponibilidade da redução de taxa para dividendos recebidos por determinados detentores não corporativos poderiam ser afetadas por medidas tomadas pelas partes às quais os ADSs são liberados. Distribuições de Ações ou ADSs O valor bruto das distribuições feitas a você de dinheiro ou bens com respeito às suas ações ou ADSs, antes da redução de qualquer imposto brasileiro retido, será incluído em sua renda como receita de dividendos na medida em que tais distribuições são pagas fora do nosso lucro atual ou acumulado, conforme determinado pelos princípios do imposto renda federal dos EUA. Tais dividendos não serão passíveis de dedução de dividendos recebidos, geralmente permitido aos detentores norte-americanos corporativos. Sujeitos às limitações aplicáveis, inclusive segurando as limitações da época, e à discussão acima relativa às preocupações expressas pelo Tesouro dos EUA, os dividendos pagos a detentores de ADSs não-corporativos em anos fiscais americanos iniciados antes de 1 de janeiro de 2013, são tributados sob uma alíquota máxima de 15,0 %, e os dividendos pagos a detentores de ADSs não-corporativos em anos mais tarde tributáveis dos EUA serão tributados sob uma alíquota máxima de 20,0%. Detentores norte-americanos, em especial os detentores de ações norte-americanos, devem consultar seus próprios consultores fiscais sobre as implicações dessa legislação em suas circunstâncias particulares. Se você for um detentor americano e nós pagarmos um dividendo em reais, qualquer dividendo será incluído em sua renda bruta em um montante igual ao valor em reais pelo valor do dólar americano na data em que você o receber, ou, no caso de ADSs, o depositário, independente de haver ou quando o pagamento for de fato convertido para dólares americanos. Se o dividendo for - 121 - convertido em dólares americanos na data do recebimento, o detentor americano geralmente não deve ser obrigado a reconhecer ganho ou perda cambial em relação à receita de dividendos. Se você é um detentor americano, os dividendos pagos a você no que diz respeito às suas ações ou ADSs serão tratados como receita de origem estrangeira, o que pode ser relevante no cálculo da limitação de crédito fiscal estrangeiro. Sujeito a certas condições e limitações, o imposto brasileiro retido na fonte sobre os dividendos pode ser creditado contra o imposto de renda federal dos EUA. Em vez de reivindicar um crédito, você poderá, a seu critério, deduzir os impostos brasileiros creditáveis ao calcular sua renda tributável, sujeito às limitações geralmente aplicáveis sob a lei dos EUA. As regras que regem os créditos fiscais estrangeiros e deduções de impostos não-americanos são complexas e, portanto, você deve consultar seu próprio consultor tributário sobre a aplicabilidade dessas regras em suas circunstâncias particulares. Venda ou Troca ou outra Alienação Tributável de Ações ou ADSs Um detentor dos EUA geralmente reconhecerá ganho ou perda de capital sobre a venda, troca ou outra alienação tributável de nossas ações ou ADSs, medido pela diferença entre o valor do dólar americano do montante auferido e a base fiscal ajustada do detentor americano nas ações ou ADSs. Qualquer ganho ou perda será ganho de capital de longo prazo, ou perda, se as ações ou ADSs tiverem sido mantidas por mais de um ano. Ganhos de capital de longo prazo de certos detentores dos EUA (inclusive pessoas físicas) são passíveis de redução tarifária no imposto de renda federal dos Estados Unidos. A dedutibilidade de perdas de capital está sujeita a certas limitações nos termos do Código. Se um imposto brasileiro for retido na venda ou outra alienação de uma ação ou ADS, o montante auferido pelo detentor americanos incluirá o valor bruto do produto da venda ou outra alienação antes da dedução do imposto brasileiro. Ganho ou perda de capital, se houver, realizado por um detentor dos EUA sobre a venda, troca ou outra alienação tributável de uma ação ou ADS, geralmente será tratado como fonte de renda ou perda para fins de crédito fiscal estrangeiro nos Estados Unidos. Consequentemente, no caso da alienação de uma ação que está sujeita ao imposto brasileiro incidente sobre o ganho (ou, no caso de um depósito, em troca de uma ADS ou ação, conforme pode ser o caso), que não esteja registrada nos termos a Resolução nº 2.689, em que se impõe uma tributação brasileira sobre ganhos de capital, o detentor americano pode não ser capaz de se beneficiar do crédito fiscal estrangeiro referente ao imposto brasileiro, a menos que o detentor dos EUA possa aplicar o crédito contra o imposto de renda americano devido sobre outras receitas de fontes não-americanas na categoria de renda pertinente. Alternativamente, o detentor americano pode ter uma dedução para o imposto brasileiro se ele não optar por reivindicar um crédito de imposto estrangeiro para quaisquer impostos não norte-americanos pagos durante o ano-base Regras de Investimento Passivo de Empresas Estrangeiras Em geral, uma empresa não norte-americana é uma PFIC com relação a um detentor dos EUA se, por qualquer exercício fiscal em que o detentor americano detém ações da empresa fora dos Estados Unidos, pelo menos 75% de sua receita bruta for renda passiva ou pelo menos 50% do valor de seus ativos (determinado com base em uma média trimestral) produzir receita passiva ou for detido para a produção de renda passiva. Para este efeito, a renda passiva geralmente inclui, entre outras coisas, dividendos, juros, aluguéis, royalties e ganhos provenientes da alienação de ativos de investimento (sujeito a várias exceções). Com base na natureza da nossa renda atual e projetada, bens e atividades, não acreditamos que as ações ou ADSs do ano fiscal anterior fossem, e nem esperamos que sejam, ações de uma PFIC para fins de imposto de renda federal dos Estados Unidos. No entanto, a determinação de se as ações ou ADSs constituem ações de uma PFIC é uma determinação factual feita anualmente e, portanto, podem estar sujeitas a alterações. Porque essas determinações são baseadas na natureza de nossa receita e ativos ao longo do tempo, bem como alguns itens que não estão diretamente sob nosso controle, tais como o valor de nossas ações e ADSs, e envolvem a aplicação de regras fiscais complexas da aplicação dos quais para o nosso negócio nem sempre é totalmente claro, nenhuma garantia pode ser dada de que que não sejamos considerados uma PFIC para o atual ou qualquer ano fiscal passado ou futuro. Se formos tratados como uma PFIC em qualquer exercício fiscal durante o qual você for um detentor americano, várias consequências adversas podem se aplicar a você. Nem os ganhos nem os dividendos estariam sujeitos às taxas de imposto reduzidas acima discutidas se aplicam em determinadas situações. Pelo contrário, o ganho reconhecido por você em uma venda ou outra alienação de ações ordinárias ou ADSs seria alocado proporcionalmente ao longo do seu período para as ações ordinárias ou ADSs. Os valores alocados para o exercício tributável da venda ou alienação a qualquer ano antes de nos tornarmos uma PFIC seriam tributados como renda ordinária. O montante atribuído a cada outro exercício tributável estaria sujeito a imposto sob a taxa mais alta em vigor para pessoas físicas ou jurídicas, conforme o caso, e uma taxa de juros seria imposta sobre esse imposto como se não tivesse sido pago a partir da data original de vencimento para sua declaração de imposto de tal ano. Além disso, qualquer distribuição em relação às ações ordinárias ou ADSs superiores a 125 por cento da média das distribuições anuais sobre as ações ordinárias ou ADSs recebidas por você durante os três últimos anos ou, se menor, seu período de detenção, estariam sujeitas a tributação conforme descrito acima. Certas escolhas podem estar disponíveis (incluindo uma marca de eleição do mercado) para pessoas dos EUA que podem atenuar as consequências adversas resultantes da situação PFIC. Em qualquer caso, você estaria sujeito às exigências de apresentação de adicionais formulários de impostos dos Estados Unidos. - 122 - Retenção na Fonte e Relatório de Informações Em geral, os dividendos sobre nossas ações ou ADSs e os pagamentos dos proventos de uma venda, permuta ou outra alienação de ações ou ADSs pagos dentro dos Estados Unidos ou através de certos intermediários financeiros relacionados aos Estados Unidos a um detentor dos EUA estão sujeitos à relatórios de informações e podem estar sujeitos à retenção na fonte a uma alíquota máxima atual de 28% a menos que o titular: (i) estabelecer, se for necessário, que é um recebedor isento; ou (ii) no caso de retenção na fonte, fornecer um número de identificação de contribuinte certifica que ele é uma pessoa que está nos EUA e não perdeu a sua isenção de retenção na fonte. Você pode creditar quantias retidas de acordo com estas regras contra a sua responsabilidade por Estados Federal do imposto de renda, ou obter a restituição dos valores que excedam seu imposto de renda federal nos Estados Unidos, desde que as informações exigidas sejam fornecidas à Receita Federal. Legislações recentes introduziram novos requisitos de informação para determinados detentores norte-americanos. A penalidade para o não cumprimento destes, ou já existentes, relatórios de informação, pode ser significativa. Você deve consultar seus próprios assessores tributários relativos a quaisquer requisitos de informação dos Estados Unidos que podem surgir de sua titularidade ou alienação de ADSs ou ações preferenciais, à luz de suas circunstâncias particulares. F. Dividendos e Agentes Pagadores Não aplicável. G. Declaração de Especialistas Não aplicável. H. Documentos em Exibição As declarações contidas neste relatório anual com relação ao conteúdo de qualquer contrato ou outro documento são completares em todos os aspectos relevantes, porém, onde o contrato ou outro documento constituir uma exibição deste relatório anual, cada uma dessas declarações é qualificada em todos os aspectos pelas disposições do contrato atual ou outros documentos. Estamos sujeitos às exigências de informações do Exchange Act aplicáveis a um emissor privado estrangeiro. Assim, seremos obrigados a apresentar relatórios e outras informações na SEC, inclusive relatórios anuais no Formulário 20-F e os relatórios no Formulário 6-K. Você pode inspecionar relatórios, cópias de relatórios, e outras informações arquivadas ou fornecidos à SEC na Sala de Consulta Pública da SEC, localizada à 100 F Street, NE, Washington, DC 20549. Para mais informações, ligue para a SEC pelo telefone 1-800-SEC-0330. Além disso, a SEC mantém um site na internet que contém documentos, relatórios e outras informações sobre emitentes que, como nós, arquivam eletronicamente na SEC. O endereço desse site é http://www.sec.gov. Como emitente privado estrangeiro, estamos isentos sob o Exchange Act de, entre outras coisas, regras que estabelecem o fornecimento e o conteúdo de declarações para procuração, e membros do nosso Conselho Administrativo, da Diretoria Executiva e nossos principais acionistas estão isentos de relatórios e disposições de recuperação de lucros de curto prazo contidos na Seção 16 da Lei de câmbio. Além disso, como emissor privado estrangeiro, não será exigida nos termos da Lei de Mercado de Valores Mobiliários a apresentação de relatórios periódicos e demonstrações financeiras junto à SEC com frequência ou tão prontamente quanto as empresas americanas cujos títulos mobiliários estão registrados sob a Lei de Mercado de Valores Mobiliários. Nós também apresentamos relatórios periódicos e demonstrações financeiras à CVM, localizada na Rua Sete de Setembro, 111, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro 20159-900, Brasil. Os detentores de ADR também são obrigados a pagar taxas adicionais para determinados serviços prestados pelo depositário, conforme estabelecido na tabela abaixo: I. Informações de Subsidiárias Não aplicável. ITEM 11. INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO Os riscos inerentes a nossos instrumentos sensíveis ao mercado são as perdas potenciais que podem surgir de mudanças adversas nas taxas de juros e / ou taxas de câmbio. Estamos sujeitos ao risco de mercado decorrente de mudanças nas taxas de juros, pois tais mudanças podem afetar o custo em que obtemos financiamento. Estamos sujeitos ao risco cambial em relação à nossa dívida denominada em moeda estrangeira. Riscos de Taxas de Juros Além de empréstimos no valor total de R$19.331 milhões atrelados à taxa LIBOR, não temos qualquer dívida que esteja diretamente ligada às taxas de juros variáveis. Em 31 de dezembro de 2012, tínhamos R$30.320 milhões de dívida que estavam indexadas ao IGP- 123 - M. As variações nas taxas de juros podem impactar a inflação e, consequentemente, estamos indiretamente sujeitos a mudanças nas taxas de juros que podem aumentar o custo de financiamento. Em 31 de dezembro de 2012, 61,12% do nosso endividamento total de R$49.651 milhões estavam indexados ao IGP-M ou outros índices de inflação. Como resultado, nossa exposição ao risco de inflação brasileira foi de R$30.320 milhões em 31 de dezembro de 2012. Cada variação de 1,0% na taxa de IGP-M ou outro índice de inflação teria um impacto de R$303 milhões em nosso lucro líquido. Riscos da Taxa de Câmbio Desde 31 de dezembro de 2012, cerca de 38,93% do nosso endividamento total consolidado de R$49 bilhões foram denominados em moedas estrangeiras. Das nossas dívidas em moeda estrangeira em 2012, R$19 bilhões, ou cerca de 38,28% estavam denominados em dólares americanos. Temos uma exposição em moeda estrangeira afetando nossos ativos e passivos, devido aos empréstimos que prestamos aos Itaipu, cujas demonstrações financeiras são preparadas em dólares norte-americanos. A fim de nos proteger contra as flutuações de câmbio dólar / real dos EUA, a Diretoria Executiva aprovou a implementação de uma política de proteção em julho de 2007, que foi projetada para reduzir a exposição à estas variações de moeda estrangeira através da utilização de contratos de derivativos . Em 2008, celebramos contratos de derivativos de curto prazo, que expiraram em dezembro de 2008. Desde 1º de janeiro de 2009, não temos quaisquer contratos de derivativos em aberto e não estamos nos propondo a firmar contratos de derivativos, proporcionando alavancagem ou proteção ao crédito. Nossa estratégia geral é focar na proteção contra as flutuações cambiais. No entanto, estamos considerando ampliar nossa política de proteção para cobrir outros riscos de mercado, tais como taxas de juros e índices, bem como os derivativos embutidos. Como resultado, nossa exposição ao risco de taxa real de câmbio do dólar dos EUA foi de R$19 bilhões em 31 de dezembro de 2012. Cada variação de 1,0% no dólar dos EUA / taxa de câmbio real brasileira teria um impacto negativo de R$189 milhões em nosso lucro líquido. ITEM 12. DESCRIÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO AÇÕES 12.D. Ações Depositárias Americanas Taxas a pagar pelos detentores de nossas ADSs O banco JP Morgan Chase, NA, atua como depositário para ambas as ADSs ordinárias e preferenciais. Os detentores de ADRs são obrigados a pagar várias taxas ao depositário, e o depositário pode recusar-se a prestar qualquer serviço para o qual a taxa é avaliada até que a taxa aplicável tenha sido paga. Os detentores de ADRs são obrigados a pagar ao depositário: (i) uma taxa anual de U$ 0,02 por ADS para administrar o programa de ADR e (ii) os valores referentes às despesas incorridas pelo depositário ou seus agentes em nome de detentores de ADRs, incluindo as despesas decorrentes de conformidade com a legislação aplicável, impostos ou outros encargos governamentais, envio de fax, ou conversão de moeda estrangeira em dólares americanos. Em ambos os casos, o depositário pode decidir, a seu exclusivo critério, buscar o pagamento tanto por titulares de faturamento quanto deduzindo a taxa de um ou mais dividendos ou outras distribuições em dinheiro. Atribuições do Depositário Tarifa Emissão, entrega, redução, cancelamento ou resgate de ADSs U.S.$5,00 por 100 ADSs Qualquer distribuição em dinheiro aos titulares registrados de ADS U.S.$0,02 (ou menos) por ADSs Taxas de transferência (até a extensão não proibida pelas normas da bolsa de valores primária na qual as ADSs estão listadas) U.S.$1,50 por ADR ou ADRs Reembolsos de Depósitos De acordo com o contrato de depósito firmado entre o depositário e nós, o depositário nos reembolsa para certas despesas que incorremos em conexão com o programa de ADR. De 1 de Janeiro a 31 de dezembro de 2012, nosso banco depositário nos reembolsado a quantidade de $6.9 milhões de dólares americanos. - 124 - PARTE II ITEM 13. INADIMPLÊNCIA, DIVIDENDOS E INFRAÇÕES Não aplicável. ITEM 14. MODIFICAÇÕES RELEVANTES DOS DIREITOS DOS ACIONISTAS E USO DE RECURSOS Não aplicável. ITEM 15. CONTROLES AND PROCEDIMENTOS (a) Controles e procedimentos de divulgação Foi realizada uma avaliação sob a supervisão de, e com a participação de, a nossa administração, incluindo o Diretor Presidente e o Diretor Financeiro, da eficácia do projeto e operação de nossos controles e procedimentos de divulgação, inclusive os definidos na Lei de Mercado de Câmbio dos Estados Unidos 13a-15e, a partir do exercício findo em 31 de dezembro de 2012. Há limitações inerentes à eficácia de qualquer sistema de controles e procedimentos de divulgação, incluindo a possibilidade de erro humano e de fraude ou de desconsideração desses controles e procedimentos. Assim, mesmo controles e procedimentos eficazes só podem fornecer uma garantia razoável de atingir seus objetivos de controle. Como resultado desta avaliação, nosso Diretor Presidente e Diretor Financeiro concluíram que nossos controles e procedimentos de divulgação não foram eficazes em 31 de dezembro de 2012, e que o projeto e a operação de nossos controles e procedimentos de divulgação não foram eficazes para fornecer uma garantia razoável de que todas as informações relevantes sobre a nossa empresa foi relatada como necessária, porque fraquezas materiais na operação atual de nosso controle interno sobre os relatórios financeiros foram identificados como descrito abaixo. (b) Relatório Anual da Administração sobre Controles Internos dos Relatórios Financeiros Nossa administração é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados dos relatórios financeiros conforme definido nas Regras 13a-15 (f) e 15d-15 (f) sob a Lei de Mercado de Valores Mobiliários e o Exchange Act de1934. Nosso controle interno sobre os relatórios financeiros é um processo desenvolvido para fornecer uma garantia razoável em relação à confiabilidade dos relatórios financeiros e da preparação das demonstrações financeiras para fins externos de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Nosso controle interno sobre os relatórios financeiros incluem as políticas e procedimentos que (a) se referem à manutenção dos registros que, com detalhes razoáveis, refletem precisa e adequadamente as transações e disposições dos ativos; (b) fornecer uma garantia razoável de que as transações são registradas como necessário para permitir a preparação das demonstrações financeiras de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, e que as nossas receitas e despesas estão sendo feitas somente de acordo com autorizações da nossa administração e diretores; e (c) fornecem segurança razoável em relação à prevenção ou detecção oportuna de aquisição, uso ou disposição de nossos ativos que poderiam ter um efeito relevante sobre as demonstrações financeiras. Devido às suas limitações inerentes, o controle interno sobre o relatório financeiro pode não evitar ou detectar erros. Além disso, projeções de qualquer avaliação da eficácia do controle interno para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles possam se tornar inadequados devido a mudanças nas condições, e que o grau de cumprimento das políticas ou procedimentos pode se deteriorar. Nossa administração avaliou a eficácia de nossos controles internos sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2012. Ao fazer esta avaliação, a administração usou os critérios estabelecidos pelo Comitê das Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (COSO) em "Controle Interno – Estrutura Integrada." Com base nesta avaliação, a administração concluiu que, a partir de 31 de dezembro de 2012 , nossos controles internos sobre relatórios financeiros não eram eficazes porque existiram fraquezas materiais. A fraqueza material é uma deficiência de controle, ou a combinação de deficiências de controle, no controle interno sobre os relatórios financeiros, de tal forma que existe uma possibilidade razoável de que uma distorção relevante nas demonstrações financeiras anuais não serão evitadas ou detectadas em tempo hábil. As fraquezas materiais identificadas foram: 1. Não mantivemos controles internos efetivos sobre as demonstrações financeiras com base nos critérios COSO. As seguintes deficiências materiais relacionadas aos nossos controles sobre os relatórios financeiros foram identificados: 1) que não mantivemos um controle de ambiente eficaz, especificamente as deficiências de controle interno que não foram corrigidas em tempo hábil; 2) que não realizamos um processo de avaliação de riscos adequado para garantir que controles eficazes fossem adequadamente concebidos e implementados para prevenir e detectar distorções relevantes em nossas demonstrações financeiras, com base nos riscos conhecidos por nós; 3) que não implementamos e mantivemos controles adequados e efetivos de tecnologia da informação, incluindo - 125 - os relacionados com a segregação de funções, a segurança, e monitoramento ao acesso dos nossos programas de aplicação e dados financeiros. 2. Não mantivemos processos eficazes de revisão, acompanhamento e aprovação relativos ao registro de lançamentos contábeis recorrentes e não recorrentes. 3. Não mantivemos controles eficazes para garantir a integridade / precisão dos depósitos judiciais e processos legais, incluindo revisões periódicas / atualizações destes e as perdas esperadas para fins de exercício. 4. Não mantivemos controles eficazes para garantir a integridade / precisão ou a revisão / acompanhamento dos planos de benefícios pós-aposentadoria (previdência) patrocinados por nós. 5. Não projetamos e mantivemos controles efetivos adequados com relação ao cálculo do valor recuperável de ativos. Especificamente, não há evidência da análise da informação financeira que foi utilizado para o cálculo do valor recuperável de ativos. 6. Não mantivemos controles eficazes para garantir revisão / acompanhamento adequados relacionado à preparação das demonstrações financeiras e às divulgações, e o número insuficiente de funcionários da contabilidade interna. Não obstante à avaliação da administração que nossos controles e procedimentos de divulgação que não foram eficazes e demonstraram as deficiências materiais acima identificadas, acreditamos que nossas demonstrações financeiras incluídas neste relatório anual apresentam a posição financeira adequada, provenientes de operações e fluxos de caixa nos anos desse modo abrangidos em todos os aspectos relevantes. A eficácia do controle interno sobre os relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2012, foi auditada pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, uma empresa de auditoria independente, conforme declarado em seu relatório a partir da página F-1 das demonstrações financeiras deste Formulário 20-F. Providências adotadas De modo a remediar a fraqueza material relacionada aos controles internos sobre divulgação de informações financeiras, a Eletrobras estabeleceu lideranças de controles internos em suas diferentes áreas de negócios, e estabeleceu metas para os gerentes de tais áreas. A Companhia também promoveu cursos sobre riscos e controles internos a determinados funcionários na Universidade Corporativa e organizou seminários com conteúdo semelhante em suas subsidiárias. Adicionalmente, a Eletrobras está atualmente implementando controles internos de governança, risco e monitoramento visando a redução das deficiências. Com relação às providências para sanar a fraqueza material relacionada ao controle sobre a avaliação, monitoramento e aprovação de lançamentos manuais sobre itens recorrentes e não recorrentes em nossas demonstrações financeiras, a administração acredita que a implementação plena do software ERP (Enterprise Resource Planning) resultará na eliminação da fraqueza material. No que tange à remediação da fraqueza material relacionada aos processos judiciais, o departamento de contabilidade da Eletrobras e de suas subsidiárias que apresentaram tal fraqueza foram monitorados para assegurar a precisão das informações reportadas nas demonstrações financeiras. Com relação à fraqueza material relacionada aos controles sobre planos de previdência complementar, a Companhia implementou um programa destinado a criar controles efetivos sobre os processos e assegurar a precisão dos lançamentos para sanear a fraqueza material. Com relação à fraqueza material relacionada ao desenvolvimento e implementação de controles relacionados à contabilização de propriedades, plantas e equipamentos (PPE), especificamente, com relação ao cálculo de impairment, a administração acredita que segue estritamente a aplicação da Lei n.º 12.783/2013, e implementou os ajustes necessários impostos por tal lei em suas demonstrações financeiras. Adicionalmente, a Eletrobras acredita que esta fraqueza é não recorrente. De modo a remediar a fraqueza material relacionada à preparação e divulgação de demonstrações financeiras em IFRS, bem como à falta de pessoal interno na área de contabilidade, a Eletrobras está reavaliando a necessidade de contratar mais pessoal e de, potencialmente, promover uma reorganização de seu departamento de contabilidade e a aplicação mais eficiente de ferramentas de tecnologia da informação. (c) Mudanças no Controle Interno sobre os Relatórios Financeiros Além do que fora estabelecido acima, não houve nenhuma mudança em nosso controle interno sobre os relatórios financeiros que ocorreram durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 que tenha afetado ou possa vir a afetar materialmente nosso controle interno sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2012. - 126 - (d) Relatório de Certificação de Auditores Independentes Para relatório da PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, nossa empresa independente de contabilidade pública registrada, datada de 29 de abril de 2013, sobre a eficácia dos controles internos nos relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2011, ver "Item 18, Demonstrações Financeiras". ITEM 15T. CONTROLES E PROCEDIMENTOS Não aplicável. ITEM 16A. ESPECIALISTA FINANCEIRO DO COMITÊ DE AUDITORIA Nosso conselho administrativo determinou que Charles Carvalho Guedes, um membro do nosso Conselho Fiscal, é o "especialista financeiro do comitê de auditoria", conforme definido pelas atuais normas da SEC, e atende aos requisitos de independência da SEC e normas de listagem da NYSE. Para uma discussão sobre o papel do nosso Conselho Fiscal, consulte o "Item 6.C, Práticas do Conselho - Conselho Fiscal." ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA Adotamos um código de ética que se aplica a todos os nossos colaboradores, incluindo nosso diretor executivo, diretor financeiro, diretor de contabilidade e pessoas que exercem funções similares, bem como outros diretores e funcionários. Postamos este código de ética em nosso site no: http://www.eletrobras.com/elb/data/Pages/ LUMISB877EC49ENIE.htm. Cópias de nosso código de ética podem ser obtidas escrevendo para o endereço indicado na capa deste Formulário 20-F. Não concedemos quaisquer isenções implícitas ou explícitas de qualquer disposição do nosso código de ética desde a sua adoção. ITEM 16C. HONORÁRIOS E SERVIÇOS PRINCIPAIS A tabela a seguir apresenta, por categoria de serviço, o total das taxas por serviços prestados à Eletrobras pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, durante os exercícios fiscais encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010. 2012 2011 2010 (R$) Honorários de Auditoria ........................................... 9.356.316.00 Honorários Relacionados com Auditoria .................. — Honorários de Serviços Tributários .......................... — Outras Taxas ............................................................. — 7.860.000.00 230.000.00 — — 5.100.000.00 — — — Total .......................................................................... 9.356.316.00 8.090.000.00 5.100.000.00 Honorários de Auditoria Os honorários de auditoria consistem dos honorários totais faturados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, em conexão com a auditoria de nossas demonstrações financeiras anuais e controles internos, reexames intercalares de nossas cartas informativas trimestrais sobre alívio financeiro, procedimentos relacionados à auditoria de provisões de imposto de renda em conexão com o auditoria, e revisão de nossas demonstrações financeiras. Honorários Relacionados à Auditoria Honorários relacionados à auditoria foram pagos a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes pelo ano fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2011, que se referia a um relatório em conexão com uma certificação de sustentabilidade. Honorários Fiscais Nenhuma taxa de imposto foi pago à PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes para os exercícios fiscais encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010. Demais Honorários Nenhuma outra taxa de imposto foi pago à PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes para os exercícios fiscais encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010. - 127 - Políticas e Procedimentos Pré-Aprovados Em 27 de abril de 2005, foi adotado um código de ética que se aplica a todos os nossos colaboradores, incluindo nosso diretor executivo, financeiro, contábil e pessoas que exercem funções similares, bem como outros diretores e funcionários. O objetivo deste código é: (i) reduzir a possibilidade de erros de interpretação de princípios éticos, como resultado de interpretação pessoal subjetiva; (ii) ser uma referência formal e institucional para a conduta profissional dos nossos colaboradores, incluindo a ética manipulação de conflitos de interesses reais ou aparentes; (iii) fornecer um padrão para nossas relações internas e externas com nossos acionistas, investidores, clientes, colaboradores, parceiros, fornecedores, prestadores de serviços, sindicatos, concorrentes e a sociedade, o governo e os comunidades em que atuamos; e (iv) assegurar que nossas preocupações diárias com eficiência, competitividade e lucratividade incluam o comportamento ético. Nosso código de ética está disponível gratuitamente, solicitando uma cópia com o nosso Departamento de Relações com Investidores no seguinte endereço: Avenida Presidente Vargas, 409, 9º Andar, Edifício Herm. Stolz, CEP 20071-003 Rio de Janeiro, RJ, Brasil; telefone: +55 21 2514 6331 ou +55 21 2514 6333; fax: +55 21 2514 5964; e e-mail: [email protected]. Criamos, também , em 2008, um "canal de comunicação", a fim de receber "reclamações" de qualquer pessoa (desde que tal denúncia seja relatada pela primeira vez para o Conselho Fiscal), em relação a qualquer "conduta desonesta ou antiética", "contabilidade, controles de contabilidade interna, ou questões de auditoria", e quaisquer submissões igualmente confidenciais e anônimas de "preocupações" do mesmo tipo por nossos funcionários e colaboradores. O "canal de comunicação" pode ser acessado através do nosso site ou por carta enviada para a nossa sede, à atenção do nosso Conselho Fiscal. Desde sua criação, oito questões foram relatadas em nosso "canal de comunicação", as quais relacionadas à conduta pessoal e, portanto, não possuem impacto financeiro sobre os resultados de nossas operações. ITEM 16D. ISENÇÃO DAS NORMAS DE REGISTRO PARA OS COMITÊS DE AUDITORIA Nós designamos e habilitamos nosso Conselho Fiscal para desempenhar o papel de um comitê de auditoria nos termos do artigo 10A-3 da Lei de Mercado. Foi-nos exigido, tanto pela SEC quanto pelas regras do comitê da NYSE listados empresa de auditoria em conformidade com a Regra 10A-3 da Lei de Mercado, que exige que seja estabelecer um comitê de auditoria, composto por membros do nosso Conselho Administrativo, a atender aos requisitos especificados ou designar e habilitar nosso Conselho Fiscal para desempenhar o papel do comitê de auditoria com base na isenção estabelecida na Regra 10A-3 (c)(3) da Lei de Mercado. Acreditamos que o nosso Conselho Fiscal satisfaz a independência e outras exigências da Regra 10A-3 da Lei de Mercado, que se aplicaria n ausência de nossa dependência da isenção. ITEM 16E. COMPRAS DE TÍTULOS DE CAPITAL PELO EMISSOR E COMPRADORES AFILIADOS Não aplicável. ITEM 16F. MUDANÇA NO CERTIFICADO DE REGISTRO CONTÁBIL Não houve mudança no Certificado Contábil. ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA Vide "Item 9.C, Mercados - Diferenças Significativas entre nossas Práticas de Governança Corporativa e Padrões de Governança Corporativa da NYSE. PARTE III ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Vide "Item 18, Demonstrações Financeiras." ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Favor ver nossas demonstrações financeiras consolidadas a partir da página F-1. - 128 - ITEM 19. ANEXOS 2.1 Alteração e Consolidação de Contrato de Depósito datado de 18 de outubro de 2002 entre a Centrais Elétricas Brasileiras SA - Eletrobras e JP Morgan Chase Bank, NA, aqui incorporado como referência de nossa Declaração de Registro no Formulário 20-F, arquivado em 21 de julho de 2008, Arquivo nº 001-34129. 2.2 O valor total dos títulos de dívida de longo prazo da nossa empresa e suas subsidiárias sob qualquer instrumento não excede 10% do total de ativos da companhia e suas subsidiárias, em base consolidada. Nós concordamos em fornecer cópias de qualquer ou de todos esses instrumentos para a SEC, mediante solicitação. 3.2 Estatuto Social da Centrais Elétricas Brasileiras SA - Eletrobras, de 23 de dezembro de 2011. 4.1 Tratado de Itaipu assinado pelo Brasil e Paraguai - Lei nº 5.899 de 5 de julho de 1973, aqui incorporado como referência de nossa Declaração de Registro no Formulário 20-F, arquivado em 21 de julho de 2008, Arquivo nº 001-34129. 8.1 Lista de subsidiárias. 12.1 Norma 13a-14 (a) / 15d-14 (a) Certificação do Diretor Executivo das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras. 12.2 Norma 13a-14 (a) / 15d-14 (a) Certificação do Diretor Financeiro das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras. 13.1 Cláusula 906 Certificação do Diretor Executivo das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras. 13.2 Cláusula 906 Certificação do Diretor Financeiro das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras. - 129 - Assinaturas A registrante certifica que atende a todas as exigências para arquivamento do Formulário 20-F e que devidamente autorizou o signatário a assinar este relatório anual em seu nome. CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRAS Por: /s/ José da Costa Carvalho Neto Nome: José da Costa Carvalho Neto Cargo: Diretor Executivo Por: /s/ Armando Casado de Araújo Nome: Armando Casado de Araújo Cargo: Diretor Financeiro CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRAS E SUBSIDIÁRIAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS A partir de e para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010 Conteúdo Relatório dos Auditores Independentes Registrados no PCAOB ............................................................................................................F-1 Demonstrações Financeiras Auditadas .................................................................................................................................................... Balanço Patrimonial Consolidado ............................................................................................................................................................F-2 Demonstrações dos Resultados Consolidados .........................................................................................................................................F-5 Demonstrações Consolidadas das Mutações do Patrimônio Líquido.......................................................................................................F-8 Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de Caixa .................................................................................................................................F-9 F-11 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas ............................................................................................................ Relatório dos Auditores Independentes Registrados no PCAOB Ao Conselho Administrativo e aos Acionistas da Centrais Elétricas Brasileiras S.A.—Eletrobras Na nossa opinião, os balanços patrimoniais consolidados e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa apresentaram adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Centrais Elétricas Brasileiras S.A.—Eletrobras e suas subsidiárias em 31 de dezembro de 2012 e 2011, bem como os resultados das suas operações e fluxos de caixa para cada um dos três exercícios do período findo em 31 de dezembro de 2012, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade. Além disso, na nossa opinião, a Companhia não manteve, em todos os aspectos relevantes, controles internos efetivos sobre as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2012, com base nos critérios estabelecidos no Quadro de Controle Interno Integrado emitido pelo Comitê das Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway (COSO), pois existiam fraquezas materiais nos controles internos sobre relatórios financeiros naquela data, referente à i) falta de um ambiente de controle interno eficaz, considerando que: a) deficiências de controle interno não foram corrigidas em tempo hábil; b) a Companhia não implementou adequadamente um processo de avaliação de riscos para garantir que os controles eficazes fossem adequadamente concebidos e implementados para prevenir e detectar distorções relevantes em suas demonstrações financeiras, com base nos riscos conhecidos pela Companhia; e c) a Companhia não implementou e manteve controles eficazes e adequados de tecnologia da informação, incluindo aqueles relacionados à segregação de funções, segurança e monitoramento de acesso aos seus programas de aplicação e dados financeiros; (ii) falta de processos eficazes de avaliação, acompanhamento e aprovação relativas ao registro de lançamentos contábeis recorrentes e não recorrentes; (iii) falta de controles eficazes para garantir a integridade / precisão dos depósitos judiciais e processos legais, incluindo revisões periódicas / atualizações destes e as perdas esperadas para fins de acumulação, (iv) falta de controles eficazes para garantir a integridade / precisão ou a revisão / acompanhamento dos planos de benefícios pósaposentadoria (previdência) patrocinados pela Companhia; (v) falta de controles eficazes no que diz respeito ao cálculo da insuficiência ativos, mais especificamente, não existe qualquer evidência quanto à análise da informação financeira que foi utilizado para o cálculo da insuficiência ativos; e (vi) falta de controle eficaz para assegurar a adequada avaliação / monitoramento relacionado à preparação das demonstrações financeiras e divulgações relacionadas, e o número insuficiente de funcionários da contabilidade interna. A fraqueza material é uma deficiência, ou uma combinação de deficiências nos controles internos sobre relatórios financeiros, de tal forma que existe uma possibilidade razoável de que uma distorção relevante nas demonstrações financeiras anuais ou intermediárias não sejam evitadas ou detectadas em tempo hábil. As fraquezas materiais acima referidas são descritas no "Relatório Anual da Administração sobre Controles Internos dos Relatórios Financeiros" que o acompanha. Consideramos estas fraquezas materiais na determinação da natureza, época e extensão dos testes de auditoria aplicados em nossa auditoria das demonstrações financeiras consolidadas de 2012, e nossa opinião sobre a eficácia do controle interno da Companhia sobre os relatórios financeiros não afeta a nossa opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. A administração da Companhia é responsável por essas demonstrações financeiras, por manter um controle interno eficaz sobre relatórios financeiros, e pela avaliação da eficácia dos controles internos sobre relatórios financeiros, incluídos no relatório administrativo acima referido. Nossa responsabilidade é a de emitir um parecer sobre essas demonstrações financeiras e controles internos da Companhia sobre os relatórios financeiros com base em nossas auditorias integradas. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas do Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB - Estados Unidos). Essas normas requerem que planejemos e executemos uma auditoria para obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estejam isentas de distorções materiais, bem como verificar se o controle interno eficaz sobre relatórios financeiros foi mantido em todos os aspectos relevantes. Nossos exames das demonstrações financeiras consolidadas incluíram a constatação, com base em testes, das evidências que suportam os valores e as informações divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadas, a avaliação dos princípios contábeis utilizados e das estimativas significativas feitas pela administração, bem como a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas tomadas em conjunto. Nossa auditoria de controles internos sobre relatórios financeiros incluíram obter um entendimento dos controles internos sobre relatórios financeiros, avaliando o risco de que uma fraqueza material, e testes e avaliações do desenho e efetividade operacional dos controles internos baseados na avaliação de risco. Nossos exames também incluíram a realização de outros procedimentos que consideramos necessários nas circunstâncias. Acreditamos que nossos exames fornecem uma base razoável para nossas opiniões. Conforme descrito na nota 2.1, o Governo Federal do Brasil mudou as leis e regulamentos sobre concessões de geração, distribuição e transmissão de energia elétrica. Estas mudanças impactam tanto (i) a quantidade de tarifas que a empresa pode cobrar de seus clientes, que poderiam afetar a capacidade de recuperação de determinados ativos, e (ii) o valor da empresa será pago por certos ativos sob concessão no final do período de concessão. Como resultado, a empresa reconheceu uma provisão de perda para reduzir esses ativos ao seu valor recuperável estimado. Alguns dos valores a receber relacionados à modernização de usinas de geração, ativos de transmissão até maio de 2000 e ativos relacionados às usinas térmicas foram determinadas pela gerência com base em suas melhores estimativas e interpretação da legislação, conforme descrito na nota 4. Esses valores podem mudar de acordo com a aprovação final do regulador. Conforme divulgado na Nota 15 às demonstrações financeiras, as controladas do segmento de distribuição sofreram perdas recorrentes das operações e têm um patrimônio líquido negativo no valor de R$1.501.887 em 31 de dezembro de 2012. Conforme divulgado na Nota 15 às demonstrações financeiras, a empresa associada Centrais Elétricas do Pará S.A.–CELPA tem um capital de giro líquido negativo no valor de R$1.686.894 em 30 de junho de 2012, a informação mais recente. Além disso, a empresa associada Centrais Elétricas Mato-grossenses S.A.–CEMAT apresentou um capital de giro líquido negativo no valor de R$438.922. Os controles internos da empresa sobre relatórios financeiros é um processo desenvolvido para fornecer uma garantia razoável quanto à confiabilidade dos relatórios financeiros e da preparação das demonstrações financeiras para fins externos de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos da empresa sobre relatórios financeiros incluem as políticas e procedimentos que (i) dizem respeito à manutenção de registros que, em detalhes razoáveis, refletem precisa e adequadamente as transações e disposições dos ativos da empresa; (ii) fornecem uma garantia razoável de que as transações serão registradas conforme necessário para permitir a preparação das demonstrações financeiras de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos e que os recebimentos e pagamentos da companhia estão sendo feitos somente de acordo com autorizações da gerência e dos diretores da companhia; e (iii) fornecem garantia razoável quanto à prevenção ou detecção oportuna de aquisição, uso ou alienação de ativos da companhia que poderiam ter um efeito relevante sobre as demonstrações financeiras. Devido às suas limitações inerentes, o controle interno sobre o relatório financeiro pode não evitar ou detectar erros. Além disso, projeções de qualquer avaliação de efetividade para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles possam se tornar inadequados devido a mudanças nas condições, ou que o grau de cumprimento das políticas ou procedimentos pode se deteriorar. Nós não expressamos uma opinião ou qualquer outra forma de garantia sobre a declaração de gestão referente a correção das deficiências materiais incluídos no Relatório Anual da Administração sobre Controles Internos dos Relatórios Financeiros. Rio de Janeiro, 30 de Abril de 2013 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A – ELETROBRAS BALANÇOS PATRIMONIAIS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (em milhares de reais) ATIVO NOTA CIRCULANTE Caixa restrito............................................................................................................... ............. 5 Títulos e valores mobiliários................................................................................................ .... 5 Clientes................................................... ................................................................................ 6 Ativo financeiro - Concessões e Itaipu.................................................................................... 7 Financiamentos e empréstimos................................................................................................ 17 Conta de Consumo de Combustível - CCC.............................................................................. 9 Remuneração de participações societárias............................................................................... Tributos a recuperar......................................................................................................... ........ 10 Imposto de Renda e Contribuição Social................................................................................ 11 Direito de ressarcimento..................................................................................................... ..... 11 Almoxarifado.......................................................................................................................... 12 Estoque de combustível nuclear............................................................................................... Indenizações - Lei 12.783/2013............................................................................................... 13 Instrumentos financeiros derivativos....................................................................................... 8 Caixa restrito..................................................................................................................... .... 44 Outros ............................................................................................................................................. TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 31/12/201 2 31/12/2011 4.429.375 3.509.323 6.622.611 4.496.963 579.295 1.976.191 1.240.811 118.790 1.391.882 1.418.252 7.115.200 454.635 360.751 8.882.836 252.620 1.493.008 44.342.543 4.959.787 3.034.638 11.252.504 4.352.024 2.017.949 2.082.054 1.184.936 197.863 1.104.322 843.022 3.083.157 358.724 388.663 — 195.536 1.607.493 36.662.672 901.029 7.747.286 1.482.946 404.337 481.495 1.934.820 4.996.806 2.829.912 521.097 44.834.877 223.099 4.000 5.554.436 830.754 72.746.894 500.333 7.651.336 1.478.994 398.358 435.633 2.430.761 3.343.525 2.316.324 727.136 46.149.379 185.031 4.000 — 701.763 66.322.573 INVESTIMENTOS ........................................................................................................................ 15 5.398.299 5.510.192 IMOBILIZADO .............................................................................................................................. 16 47.407.102 53.214.861 ATIVO INTANGÍVEL ................................................................................................................... 18 TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.300.740 127.853.035 2.371.367 127.418.993 172.195.578 164.081.665 NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ............................................................................................... Direito de ressarcimento ................................................................................................................. 12 Financiamentos e empréstimos ....................................................................................................... 9 Clientes ........................................................................................................................................... 7 Títulos e valores mobiliários ........................................................................................................... 6 Estoque de combustível nuclear ...................................................................................................... 13 Tributos a recuperar ........................................................................................................................ 11 Imposto de Renda e Contribuição Social ........................................................................................ 11 Cauções e depósitos vinculados ...................................................................................................... Conta de Consumo de Combustível - CCC..................................................................................... Ativo financeiro - Concessões e Itaipu ........................................................................................... 17 Instrumentos financeiros derivativos .............................................................................................. 44 Adiantamentos para futuro aumento de Capital .............................................................................. 14 Indenizações - Lei 12.783/2013 ............................................................................................ 8 Outros ............................................................................................................................................. TOTAL DO ATIVO .................................................................................................. F-2 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A – ELETROBRAS DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012, 2011 E 2010 (em milhares de reais) PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO NOTE CIRCULANTE Financiamentos e empréstimos ........................................................................................................22 Debêntures .......................................................................................................................................23 Passivo financeiro ............................................................................................................................17 Empréstimo compulsório .................................................................................................................24 Fornecedores ....................................................................................................................................20 Adiantamento de clientes .................................................................................................................21 Tributos a recolher ...........................................................................................................................26 Imposto de Renda e Contribuição Social ......................................................................................... Conta de Consumo de Combustível - CCC......................................................................................25 Remuneração aos acionistas ............................................................................................................28 Créditos do Tesouro Nacional..........................................................................................................29 Obrigações estimadas....................................................................................................................... Obrigações de Ressarcimento ..........................................................................................................12 Benefício pós-emprego ....................................................................................................................30 Provisões para contingências ...........................................................................................................31 Encargos Setoriais ............................................................................................................................27 Arrendamento mercantil ..................................................................................................................22 Concessões a pagar - Uso do bem Público ......................................................................................33 Instrumentos financeiros derivativos ...............................................................................................44 Outros .............................................................................................................................................. 31/12/2012 31/12/2011 4.447.175 316.899 52.862 12.298 7.490.802 469.892 886.312 370.704 1.369.201 3.977.667 131.047 1.444.992 5.988.698 118.553 267.940 1.308.152 162.929 40.131 185.031 1.808.362 4.005.326 739.237 — 15.620 6.338.102 413.041 815.236 217.285 3.079.796 4.373.773 109.050 802.864 1.955.966 451.801 240.190 1.218.768 142.997 35.233 269.718 900.806 TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 30.849.647 26.124.809 NÃO CIRCULANTE Financiamentos e empréstimos ........................................................................................................22 Créditos do Tesouro Nacional..........................................................................................................29 Debêntures .......................................................................................................................................23 Adiantamento de clientes .................................................................................................................21 Empréstimo compulsório .................................................................................................................24 Obrigação para desmobilização de ativos ........................................................................................32 Provisões operacionais ..................................................................................................................... Conta de Consumo de Combustível - CCC......................................................................................25 Provisões para contingências ...........................................................................................................31 Benefício pós-emprego ....................................................................................................................30 Contratos onerosos ...........................................................................................................................35 Obrigações de ressarcimento ...........................................................................................................12 Arrendamento mercantil ..................................................................................................................22 Remuneração aos acionistas ............................................................................................................28 Concessões a pagar - Uso do bem Público.......................................................................................33 Adiantamentos para futuro aumento de capital ................................................................................34 Instrumentos financeiros derivativos ...............................................................................................44 Encargos Setoriais ............................................................................................................................27 Tributos a recolher ...........................................................................................................................26 Imposto de Renda e Contribuição Social .........................................................................................26 Outros .............................................................................................................................................. 45.204.025 37.072 409.228 830.234 321.894 988.490 1.005.908 2.401.069 5.288.394 4.628.570 4.905.524 1.801.059 1.860.104 — 1.577.908 161.308 291.252 428.501 635.269 779.615 509.914 38.408.352 155.676 279.410 879.452 211.554 408.712 843.029 954.013 4.652.176 2.256.132 96.204 1.475.262 1.775.544 3.143.222 1.534.532 148.695 197.965 385.724 773.500 1.129.022 1.046.362 74.065.339 60.754.538 31.305.331 26.048.342 10.836.414 31.305.331 26.048.342 18.571.011 TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social....................................................................................................................................37 Reservas de capital...........................................................................................................................37 Reservas de lucros ...........................................................................................................................37 F-3 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO NOTE 31/12/2012 31/12/2011 Ajustes de avaliação patrimonial ..................................................................................................... Dividendo Adicional Proposto ......................................................................................................... Outros resultados abrangentes acumulados ..................................................................................... 208,672 433,962 (1.748,776) TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO .......................................................................................... Participação de acionistas não controladores ................................................................................... 67,083,945 196,648 76,843,506 358,812 TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...................................................................................... 67,280,593 77,202,318 TOTAL DO PASSIVO E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ......................................................... 172,195,578 164,081,665 F-4 220,915 706,018 (8,111) CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRAS DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012, 2011 E 2010 (em milhares de reais) NOTA RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 31/12/2012 31/12/2011 31/12/2010 39 34.064,477 29,211,486 26,832,085 DESPESAS OPERACIONAIS Pessoal, Material e Serviços ....................................................................................... 41 Energia comprada para revenda .................................................................................. 42 Encargos sobre uso da rede elétrica ............................................................................ 42 Construção - Distribuição ........................................................................................... Construção - Transmissão ........................................................................................... Combustível para produção de energia elétrica .......................................................... Remuneração e ressarcimento ..................................................................................... Depreciação ................................................................................................................ Amortização ................................................................................................................ Doações e contribuições ............................................................................................. Provisões operacionais ................................................................................................ 43 Resultado a compensar de Itaipu ................................................................................ Outras .......................................................................................................................... 8,439,302 4,573,673 1,763,953 1,345,519 3,681,603 708,711 1,651,724 1,658,161 117,053 380,101 5,326,991 491,859 2,257,666 7.670.716 3.386.289 1.420.934 711.740 3.567.868 162.673 1.328.994 1.549.988 173.897 289.964 2.848.749 655.290 1.622.800 7.370.713 4.315.084 1.353.839 810.475 2.143.009 252.502 1.087.341 1.498.059 94.417 261.006 2.497.262 441.057 965.704 32,396,316 25.389.902 23.090.468 1.668.161 3.821.584 3.741.617 Receitas Financeiras Receitas de juros, comissões e taxas ........................................................................... Receita de aplicações financeiras ................................................................................ Acréscimo moratório sobre energia elétrica ............................................................... Atualizações monetárias ............................................................................................. Variações cambiais ..................................................................................................... Remuneração das Indenizações - Lei 12.783/13 ......................................................... Outras receitas financeiras .......................................................................................... 767.534 1.731.870 230.597 858.049 421.013 326.379 — 757.450 1.664.517 359.208 652.949 669.731 — 158.471 781.872 1.537.435 393.987 616.141 — — 394.890 Despesas Financeiras Encargos de dívidas .................................................................................................... Encargos de arrendamento mercantil .......................................................................... Encargos sobre recursos de acionistas ........................................................................ Decorrentes de varação do câmbio ............................................................................. Outras despesas financeiras ........................................................................................ (2.333.643) (412.152) (572.322) — (384.816) (1.708.670) (350.861) (1.178.989) — (789.353) (1.675.821) (332.449) (1.298.647) (431.497) (350.033) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO RESULTADO FINANCEIRO RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS ...................... RESULTADO DAS PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS .................................... 40 RESULTADO OPERACIONAL ANTES DA LEI 12.783/2013 ........................... 632.509 234.453 2.300.670 4.056.037 3.377.495 468.584 482.785 669.755 2.769.254 4.538.822 4.047.250 Efeitos - Lei 12.783/2013 ...........................................................................................2 (10.085.380) ) RESULTADO OPERACIONAL APÓS DA LEI 12.783/2013 .............................. (7.316.126)) Imposto de renda ......................................................................................................... 26 Contribuição social sobre o lucro líquido ................................................................... 26 F-5 244.688 145.786 — 4.538.822 (474.994) (301.809) (364.122) — 4.047.250 (1.074.606) (419.659) NOTA LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 31/12/2012 (6,925,652) PARCELA ATRIBUIDA AOS CONTROLADORES ............................................... PARCELA ATRIBUIDA AOS NÃO CONTROLADORES ..................................... LUCRO (PREJUÍZO) POR AÇÃO ............................................................................ F-6 (6,878,915) (46,737) (5.09) 31/12/2011 31/12/2010 3,762,019 2,552,985 3.732.565 29.454 2.60 2.247.913 305.072 2.25 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. – ELETROBRAS DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012, 2011 E 2010 (em milhares de reais) Lucro (prejuízo) líquido do exercício 31/12/2012 31/12/2011 31/12/2010 (6.925.652) 3.762.019 2.552.985 Outros componentes do resultado abrangente Cumulative translation adjustments ......................................................................................... 7.779 Ajuste ganhos e perdas atuariais .............................................................................................. (2.370.677) IR / CSSL diferidos ........................................................................................................ 806.030 Valor justo de instrumentos financeiros disponíveis para venda ............................................. (240.662) IR / CSSL diferidos ........................................................................................................ 81.825 'Hedge' de fluxo de caixa ......................................................................................................... — IR / CSSL diferidos ........................................................................................................ — Participação no resultado abrangente das subsidiárias, coligadas e sociedades de (37.818) controle compartilhado........................................................................................................ IR / CSSL diferidos ........................................................................................................ 12.858 Outros componentes do resultado abrangente do exercício ............................................... (1.740.665) 15.878 (280.256) 95.287 152.385 (51.811) — — (6.747) 55.300 (18.802) 158.697 (53.957) 12.862 (4.373) (472.745) 155.336 (888.574) 295.920 (385.926) (449.674) Total do resultado abrangente do exercício ......................................................................... (8.666.317) 3.376.092 2.103.311 Parcela atribuída aos controladores .......................................................................................... (8.619.581) Parcela atribuída aos não controladores ................................................................................... (46.736) 3.346.639 29.453 1.798.239 305.072 (8.666.317) 3.376.092 2.103.311 F-7 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A – ELETROBRAS DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011 (em milhares de reais) Em 01 de janeiro de 2011 Integralização de capital Dividendos Adicionais Ajustes acumulados de conversão Ajuste Benefício pós-emprego Valor justo de instrumentos financeiros disponíveis para venda IR/CS diferido sobre outros resultados abrangentes Ajuste de Controladas / Coligadas Realização de ajuste de avaliação patrimonial Lucro (prejuízo) líquido do exercício Constituição de reservas Dividends proposal Aprovação do dividendo adicional pela AGO Em 31 de dezembro de 2011 CAPITAL SOCIAL RESERVAS DE CAPITAL 26.156.567 26.048.342 LEGAL 2.046.388 AJUSTES DE AVALIAÇÃO 'ESTATUTÁ DIVIDENDOS PATRIMONIAL RIAS ADICIONAIS REFLEXO 14.758.463 753.201 163.335 LUCRO / PREJUÍZOS ACUMULADO — OUTROS PATRIMÔ PATRIMÔNIO RESULTA NIO LÍQUIDO DOS LÍQUIDO NÃO PATRIMÔNIO ABRANGE CONTROL CONTROLADO LÍQUIDO NTES ADORA RES CONSOLIDADO 377.817 5.148.764 (213.862) (20.424) 186.629 1.793.393 26.048.342 2.233.017 16.337.994 Dividendos Adicionais Ajustes acumulados de conversão Ajuste Benefício pós-emprego Valor justo de instrumentos financeiros disponíveis para venda IR/CS diferido sobre outros resultados abrangentes Ajuste de Controladas / Coligadas Realização de ajuste de avaliação patrimonial Realização de reservas Lucro (prejuízo) líquido do exercício Dividends proposal Aprovação do dividendo adicional pela AGO Absorção de prejuízos 706.018 152.385 152.385 152.385 198.812 (472.746) 198.814 (394.742) 198.814 (394.742) — 20.424 3.732.566 — (1.066.955) — (8.111) 76.843.506 (706.018) (12.243) (855.681) 433.962 12.243 855.681 (6.878.916) (433.962) (433.962) 6.878.916 (6.878.916) 5.251.826 (967.061) 15.878 (280.256) — 29.453 3.762.020 — (1.066.955) 358.811 77.202.318 — (706.018) 220.915 103.062 70.530.410 15.878 (280.256) 3.732.565 (1.980.021) (1.066.950) 706.018 31.305.331 226.296 5.148.764 (967.061) 15.878 (280.256) (753.200) 78.004 70.304.114 — 11.780 (520.677) (706.018) 11.780 (520.677) (706.018) 11.780 (520.677) (197.844) (197.844) (197.844) 896.712 (1.930.636) 896.712 (1.930.636) — — (6.878.916) (433.962) (115.426) (46.737) — — 896.712 (2.046.062) — — (6.925.653) (433.962) — — Em 31 de dezembro de 2012 31.305.331 26.048.342 2.233.017 8.603.397 433.962 F-8 208.672 — (1.748.776) 67.083.945 196.648 67.280.593 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A – ELETROBRÁS DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (Em milhares de reais) NOTA 31/12/2012 31/12/2011 31/12/2010 ATIVIDADES OPERACIONAIS Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social (7.316.126) 4.538.822 4.047.250 1.775.214 (1.166.958 ) 526.646 (3.148.842) (468.584) 10.085.380 724.731 564.909 2.666.809 438.328 187.741 367.741 (157.364) 70.814 572.322 126.979 (143.117) 690.824 1.723.958 (1.029.289) 774.140 (2.774.166) (482.785) — 808.487 677.998 434.538 172.246 91.989 403.903 7.954 (44.627) 1.178.989 — 124.770 171.488 1.592.476 (387.617) 2.008.270 (2.525.754) (669.755) — 600.251 287.821 379.048 280.965 421.629 395.756 314.518 (462.230) 1.298.647 — (55.200) (741.403) 13.713.573 2.239.594 2.688.137 (46.612) 4.623.914 (4.432.739) (95.911) (17.950) (434.334) (91.309) (219.230) (4.106.884) (1.507.652) 214.603 (2.367) (946.673) 251.503 (569.962) 805.850 (1.213.885) (36.463) (9.164) (67.145) (249.688) (494.941) (6.316.700) (1.340.456) 1.045.106 (47.733) (113.374) 653.483 4.418.652 132.161 302.958 1.172.337 (44.466) 103.509 30.793 1.629.649 317.452 111.938 2.086.151 70 66.757 99.857 655.723 (5.193) (481.282) 6.391.253 3.321.212 2.422.083 Caixa proveniente das atividades operacionais 12.293.759 3.782.929 7.817.014 Pagamento de encargos financeiros .................................................................... Pagamento de encargos da reserva global de reversão ....................................... Recebimento de receita anual permitida ............................................................. (1.812.722) (257.580) 3.744.154 (1.368.244) (465.318) 2.315.642 (1.453.344) (864.871) 2.712.474 Ajustes para reconciliar o lucro com o caixa gerado pelas operações: Depreciação e amortização ................................................................................. Variações monetárias/cambiais líquidas ............................................................. Encargos financeiros ........................................................................................... Receita de ativo financeiro ................................................................................. Resultado da equivalência patrimonial ............................................................... Efeitos da Lei 12.783/2013 ................................................................................. Provisão para créditos de liquidação duvidosa ................................................... Provisão para contingências ............................................................................... Provisão para redução ao valor recuperável de ativos / contrato oneroso .......... Provisão para plano de benefício pós emprego ................................................... Provisão para perda com investimentos .............................................................. Encargos da reserva global de reversão .............................................................. Ajuste a valor presente / valor de mercado ......................................................... Participação minoritária no resultado ................................................................. Encargos sobre recursos de acionistas ................................................................ Baixa de ativos.................................................................................................... Instrumentos financeiros - derivativos ................................................................ Outras ................................................................................................................. (Acréscimos)/decréscimos nos ativos operacionais Contas a receber.................................................................................................. Títulos e valores mobiliários .............................................................................. Direito de ressarcimento ..................................................................................... Almoxarifado ...................................................................................................... Estoque de combustível nuclear ......................................................................... Ativo financeiro - concessões de serviço público ............................................... Outros ................................................................................................................. Acréscimos/(decréscimos) nos passivos operacionais Fornecedores ....................................................................................................... Adiantamento de clientes .................................................................................... Arrendamento mercantil ..................................................................................... Obrigações estimadas ......................................................................................... Obrigações de ressarcimento .............................................................................. Encargos setoriais ............................................................................................... Outros ................................................................................................................. F-9 39 40 2 43 43 43 43 43 NOTA 31/12/2012 31/12/2011 31/12/2010 Recebimento de encargos financeiros ................................................................. Pagamento de imposto de renda e contribuição social ....................................... Recebimento de remuneração de investimentos em partipações societárias ...... Depósitos judiciais .............................................................................................. 723.815 (1.010.379) 636.719 (491.175) 739.709 (1.132.758) 689.370 (274.462) Caixa líquido das atividades operacionais 13.826.591 4.286.866 8.244.781 7.623.386 (4.156.422) (5.032.645) (110.745) 885.457 (110.622) 7.273.908 (2.258.040) (4.062.839) (92.375) 1.376.452 119.755 3.829.260 (1.202.294) (3.143.565) (92.115) 1.049.035 (346.434) 468.975 (890.205) 600.869 (146.131) ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Empréstimos e financiamentos obtidos a longo prazo ........................................ Pagamento de empréstimos e financiamentos - principal ................................... Pagamento de remuneração aos acionistas ......................................................... Pagamento de refinanciamento de impostos e contribuições - principal ............ Empréstimo compulsório e reserva global de reversão ...................................... Outros ................................................................................................................. Caixa líquido das atividades de financimento (901.590) 2.356.861 93.887 ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Concessão de empréstimos e financiamentos ..................................................... Recebimento de empréstimos e financiamentos ................................................. Créditos de energia renegociados recebidos ....................................................... Aquisição de ativo imobilizado .......................................................................... Aquisição de ativos de concessão ....................................................................... Aquisição/aporte de capital em participações societárias ................................... Outros ................................................................................................................. 16 18 Caixa líquido das atividades de investimento Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício .......................................... Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício ............................................. F-10 5 5 (536.879) 1.834.949 313.865 (10.386.236) (144.768) (4.918.121) 381.778 (347.796) 1.123.886 277.728 (8.017.773) (139.612) (3.411.497) (389.045) (641.078) 2.871.385 342.745 (6.256.197) (359.219) (3.105.522) (587.907) (13.455.412) (10.904.110) (7.735.792) (530.412) (4.260.382) 4.959.787 4.429.375 9.220.169 4.959.787 (530.412) (4.260.382) 602.875 8.617.294 9.220.169 602.875 CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. Eletrobras (COMPANHIA ABERTA) CNPJ 00.001.180/0001-26 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM E PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 de Dezembro de 2012, 2011 e 2010 (Em milhões de reais) NOTA 1 - INFORMAÇÕES GERAIS Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) é uma empresa com sede em Brasília – DF – Setor Comercial Norte, Quadra 4, Bloco B, 100, sala 203 – Asa Norte, registrada na Comissão de Valores Mobiliários – CVM e na Comissão de Valores Mobiliários – SEC, com ações negociadas no mercados de ações das bolsas de valores de São Paulo (BOVESPA) – Brasil, Madri (Latibex) – Espanha, e Nova Iorque (NYSE) – Estados Unidos da América. A empresa é uma sociedade de economia mista controlada pelo Governo Federal. Sua finalidade comercial está estudando, projetando, construindo e operando usinas geradoras e de transmissão de energia elétrica e linhas de distribuição, bem como a realização de operações comerciais decorrentes dessas atividades. Seu objetivo também é a concessão de financiamento e prestação de garantias, no país e no exterior, para empresas de energia elétrica de serviço público que estão sob seu controle acionário e em favor de entidades técnico-científicas; promovendo e apoiando a pesquisa no setor elétrico, especialmente aquelas ligadas às atividades de geração, transmissão e distribuição, bem como a realização de estudos de bacias hidrográficas com aproveitamento para fins múltiplos; contribuir para a formação do pessoal técnico necessário ao setor elétrico brasileiro, bem como a preparação de operários qualificados, através de cursos especializados, o que também pode prestar assistência a escolas do país ou bolsas de estudo no exterior e assinar contratos com entidades que contribuem para a formação de pessoal técnico especializado; colaborar, técnica e administrativamente, com as empresas em que participa como acionista e com o Ministério de Minas e Energia do Brasil. A Companhia opera como detentora, gerindo investimentos em participações societárias, mantendo interesses controladores diretos em seis empresas de geração de energia e/ou transmissão elétrica, listadas abaixo: • Furnas Centrais Elétricas S.A. – FURNAS; • Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – ELETRONORTE; • Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – CHESF; • ELETROSUL Centrais Elétricas S.A.; • Eletrobras Termonuclear S.A. – ELETRONUCLEAR; e • Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – CGTEE. Além de controlar as empresas de geração e/ou transmissão de energia elétrica listadas acima, a Companhia detém o controle acionário direto de cinco distribuidoras de energia elétrica: • Boa Vista Energia; • Companhia de Eletricidade do Acre – Eletroacre; • Centrais Elétricas de Rondônia – Ceron; • Companhia Energética de Alagoas – Ceal; and • Companhia Energética do Piauí – Cepisa A Companhia também detém o controle acionário da Amazonas Energia - AmE, ainda sob o controle da Companhia, atuando na Geração e Distribuição e na Eletrobras Participações S.A. – Eletropar. Detém participações na Itaipu Binacional – Itaipu (sob controle conjunto do Tratado Internacional assinado pelos governos do Brasil e Paraguai), na Inambari Geração de Energia S.A. e na Centrales Hidroelectricas de Centroamérica S.A. – CHC. A Companhia é a controladora ou participa como acionista minoritária de várias outras empresas nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de eletricidade diretamente ou através de suas controladas. (Nota 15) F-11 A Companhia está autorizada, diretamente ou através de suas subsidiárias ou controladas, a associar, com ou sem aporte de recursos, a constituir consórcios empresariais em empresas ou deter participação, com ou sem poder de controle, no exterior, direta ou indiretamente, destinado a explorar a produção, transmissão ou distribuição de eletricidade. A Companhia é responsável, também, pela gestão de recursos setoriais, representados pela Reserva Global de Reversão - RGR, Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, Utilização do Bem Público - UBP e Conta de Consumo de Combustíveis - CCC. Estes fundos financiam programas do Governo Federal de acesso à universalização de energia elétrica, de eficiência da iluminação pública, de incentivo às fontes alternativas de energia, de conservação de energia elétrica e de compra de combustíveis fósseis utilizados nos sistemas isolados de geração de energia elétrica, cujas transações financeiras não afetam o lucro líquido da Companhia (exceto a taxa de administração em determinados Fundos). A Companhia também atua como agente de comercialização de energia elétrica da Itaipu Binacional e agente participante do Proinfa. A emissão destas demonstrações financeiras consolidadas foi autorizada pelo Conselho Administrativo em 27 de março de 2013. NOTA 2 - CONCESSÕES DE ENERGIA ELÉTRICA DE UTILIDADE PÚBLICA A Companhia, através de suas subsidiárias, detém diversas concessões de serviço público de eletricidade, cujas rupturas, capacidade instalada e datas de vencimento estão listadas abaixo: I – Geração de Energia Elétrica Capacidade Instalada (MW) Não auditado Ano de Vencimento Não auditado UHE Paulo Afonso II .......................................................................................... BA UHE Paulo Afonso III ........................................................................................ BA UHE Paulo Afonso IV ........................................................................................ BA UHE Apolônio Sales........................................................................................... BA UHE Luiz Gonzaga ............................................................................................. BA UHE Xingó ......................................................................................................... AL/SE UHE Sobradinho ................................................................................................. BA/PE UHE Belo Monte ................................................................................................ PA UHE Tucuruí ...................................................................................................... PA UHE Mauá .......................................................................................................... PR UHE Jirau ........................................................................................................... RO UTE Presidente Médici - Candiota I and II ........................................................ RS UTE Candiota III ................................................................................................ RS UTE Mauá .......................................................................................................... AM UTE Santa Cruz .................................................................................................. RJ 443 794 2.462 400 1.480 3.162 1.050 11.233 8.535 363 3.750 446 350 738 932 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2022 2045 2024 2042 2043 2015 2041 Indefinido 2042 UHE Furnas ........................................................................................................ MG UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho ............................................................... SP/MG UHE Marimbondo .............................................................................................. SP/MG UHE Mascarenhas de Moraes ............................................................................. MG UHE Itumbiara.................................................................................................... MG/GO UHE Corumbá I .................................................................................................. GO UHE Serra da Mesa ............................................................................................ GO UHE Peixe Angical ............................................................................................. TO UHE Foz do Chapecó ......................................................................................... RS UTN Angra I ....................................................................................................... RJ UTN Angra II ..................................................................................................... RJ UTN Angra III .................................................................................................... RJ UHE Santo Antônio ............................................................................................ RO Outros ................................................................................................................. Varios 1.216 1.050 1.440 476 2.082 375 1.275 452 855 640 1.350 1.405 3.150 15.633 2042 2042 2042 2023 2020 2042 2038 2036 2036 Indefinido Indefinido Indefinido 2043 — Concessões/Permissões Localização F-12 A geração de energia elétrica considera as seguintes premissas: a) a existência de períodos, tanto ao longo do dia quanto anualmente, em que há maior ou menor demanda de energia elétrica no sistema para o qual a usina, ou sistema de geração, está escalada; b) a existência, também, dos períodos em que as máquinas são retiradas de operação para manutenção, seja preventiva ou corretiva, e c) a disponibilidade de água no rio onde ela está localizada. A produção de energia elétrica nas usinas é de responsabilidade da Operação de Planejamento e Programação de Eletricidade, com períodos e dados que vão desde o anual até por hora ou dia, atualmente preparado pelo ONS – Operação Nacional do Sistema Elétrico, que estabelece os volumes e as fontes de geração necessárias para atender a demanda do país de forma otimizada, com base na disponibilidade da Bacia de água e de máquinas em operação, bem como os custos de geração e a viabilidade de transmissão dessa energia através do sistema interligado. II – Transmissão de Energia Elétrica: Concessões/Permissões Localização LT 230 kV - SE Ribeiro Gonçalves / SE Balsas ...........................................................MA/TO/PI LT Coxipó-Cuiabá-Rondonópolis (MT), 230 Kv ......................................................... MT LT Colinas, Miracema,gurupi, Peixe Nova da Serra 2 (TO/GO) em 500 kV ............... TO/GO LT Jauru-Juba-C2 (MT) e Maggi - Nova Mutum (MT), 230 kV, 30/138 kV .............. MT LT Oriximiná - Itacoatiara - Cariri (PA/AM), em 500kV ............................................ PA/AM LT Coletora Porto Velho (RO) - Araraquara (SP), 600kv ............................................ RO/SP LT Porto Velho - Samuel Ariquemes - Ji-Paraná - Pimenta Bueno - Vilhena (RO), Jaurú (MT), com , 230 kV ............................................................................. RO/MT LT Porto Velho - Abunã (RO) - Rio Branco (AC),230 kV .......................................... RO/AC LT Jaurú - Cuiabá (MT), e SE Jaurú,com 500 kV ........................................................ MT/SE LT 525 kV Campos Novos/Biguaçu/Blumenau ........................................................... SC LT 525 kV Itá/Nova Santa Rita .................................................................................... SC/RS LT 525 kV Caxias/Itá ................................................................................................... RS/SC LT 525 kV Areia/Curitiba I .......................................................................................... PR LT 525 kV Areia/Bateias .............................................................................................. PR LT 525 kV Campos Novos/Caxias ............................................................................... SC/RS LT 525 kV Itá/Salto Santiago ....................................................................................... SC/PR LT 525 kV Areia/Campos Novos ................................................................................. PR/SC LT 525 kV Areia/Ivaiporã ............................................................................................ PR LT 525 kV Ivaiporã/Salto Santiago .............................................................................. PR LT 525 kV Blumenau/Curitiba ..................................................................................... SC/PR LT 525 kV Ivaiporã/Londrina ...................................................................................... PR Outras LT de 525 kV .................................................................................................... — LT 230 kV Presidente Médice/Santa Cruz 1 ................................................................ RS LT 230 kV Dourados/Guaíra ........................................................................................ MS/PR LT 230 kV Monte Claro/Passo Fundo .......................................................................... RS LT 230 kV Anastácio/Dourados ................................................................................... MS LT 230 kV Passo Fundo/Nova Prata 2 ......................................................................... RS LT 230 kV Areia/Ponta Grossa .................................................................................... PR LT 230 kV Campo Mourão/Salto Osório 2 .................................................................. PR LT 230 kV Campo Mourão/Salto Osório 1 .................................................................. PR LT 230 kV Salto Osório/Xanxerê ................................................................................. PR/SC LT 230 kV Areia/Salto Osório 1 .................................................................................. PR LT 230 kV Areia/Salto Osório 2 .................................................................................. PR LT 230 kV Londrina/Assis 1 ........................................................................................ PR/SP LT 230 kV Blumenau/Palhoça ..................................................................................... SC LT 230 kV Biguaçu/Blumenau 2 .................................................................................. SC LT 230 kV Areia/São Mateus do Sul............................................................................ PR F-13 Extensão (km) Ano de Vencimento Não auditado Não auditado 95 193 695 402 586 2375 2039 2034 2036 2042 2038 2039 987 487 348 359 315 256 235 220 203 187 176 173 167 136 122 395 237 226 212 211 199 182 181 181 162 160 160 157 134 130 129 2039 2039 2039 2035 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2038 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 Concessões/Permissões Localização LT 230 kV Cascavel/Guaíra ......................................................................................... PR LT 230 kV Lageado Grande/Siderópolis ...................................................................... RS/SC LT 230 kV Jorge Lacerda “B”/Palhoça ........................................................................ SC LT 230 kV Curitiba/São Mateus do Sul ....................................................................... PR LT 230 kV Blumenau/Jorge Lacerda “B” .................................................................... SC LT 230 kV Campo Mourão/Apucarana ........................................................................ PR LT 230 kV Assis/Londrina ........................................................................................... SP/PR LT 230 kV Atlântida 2/Gravataí 3 ................................................................................ RS Outras LT de 230 kV .................................................................................................... — LT 138 kV Jupiá/Mimoso 1 .......................................................................................... SP/MS LT 138 kV Jupiá/Mimoso 3 .......................................................................................... SP/MS LT 138 kV Jupiá/Mimoso 4 .......................................................................................... SP/MS LT 138 kV Jorge Lacerda “A”/Palhoça 1 ..................................................................... SC LT 138 kV Campo Grande/Mimoso 1 .......................................................................... MS LT 138 kV Campo Grande/Mimoso 3 .......................................................................... MS LT 138 kV Campo Grande/Mimoso 4 .......................................................................... MS LT 138 kV Dourados das Nações/Ivinhema ................................................................. MS Outras LT de 138 kV .................................................................................................... — LT 132 kV Conversora de frequência de Uruguaiana/Paso de Los Libres ................... RS LT 69 kV Salto Osório/Salto Santiago ......................................................................... PR LT 345 kV Furnas - Pimenta II..................................................................................... MG LT 500 kV Rio Verde Norte - Trindade; LT 500/230 kV - 1200 MVA Subestação Trindade ................................................................................................ GO LT 230 kV Trindade - Xavantes ................................................................................... GO LT 230 kV Trindade - Carajás ...................................................................................... GO LT Coletora Porto Velho - Araraquara 2; LT 500/±600 kV - 3.150 MW, Subestação Estação retificadora 2 CA/CC e LT ±600/500 kV - 2.950 MW, Subestação Estação Inversora 02 CC/CA ................................................................ RO LT 500 kV Mesquita - Viana 2 ; LT 500/345kV 900 MVA - Viana 2 ......................... MG/ES LT 345 kV Viana 2 - Viana .......................................................................................... MG/ES 2 LT 138 kV Unidade Geradora - Sistema Interligado Nacional; LT 138 kV, Subestação Elevadora .............................................................................................. LT 230 kV Serra da Mesa - Niquelândia; LT 230 kV, Subestação Serra da Mesa......................................................................................................................... TO LT 230 kV Niquelândia - Barro Alto; LT 230 kV, Subestação Niquelândia e LT 230 kV, Subestação Barro Alto ............................................................................... TO LT 230 kV CS Barra dos Coqueiros - Quirinópolis ..................................................... MS/GO/MT LT 230 kV CD Chapadão - Jataí Taquari ..................................................................... MS/GO/MT LT 230 kV CS Palmeiras - Edéia ................................................................................. MS/GO/MT 2 LT 500 kV no seccionamento da LT Campinas - Ibiúna e a SE Itatiba 500/138 kV; LT 500/138 kV, Subestação Itatiba e LT 500 kV, Subestação Campinas e SE Ibiúna ................................................................................................................. SP LT 345 kV Montes Claros - Irapé................................................................................. MG LT 345 kV Itutinga - Juiz de Fora ................................................................................ MG LT 230 kV Milagres/Tauá (CE); LT 230 kV Subestação Tauá (CE) ........................... CE LT 230 kV Milagres/Coremas (CE/PB) ....................................................................... CE/PB LT 230 kV Paraíso/Açu II (RN) ................................................................................... RN LT 230 kV Funi/Itapebi (BA) ....................................................................................... BA LT 230 kV Ibicoara/Brumado (BA); LT 500/230 kV Subestação Ibicoara (PE) ......... BA/PE LT 230 kV Eunápolis/Teixeira de Freitas II (BA); LT 230/138 kV Subestação Teixeira de Freitas II (BA) ....................................................................................... BA LT 230 kV Picos/Tauá (PI/CE) .................................................................................... PI/CE LT 230 kV Jardim/Penedo (SE/AL) ............................................................................. SE/AL LT 500/230 kV Subestações Suape II(PE); LT 230/69 kV Suape III (PE)................... PE F-14 Extensão (km) Ano de Vencimento Não auditado Não auditado 126 122 121 117 116 114 114 102 1556 219 219 219 109 108 108 108 95 657 12 56 66 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2035 193 37 29 2040 2040 2040 2,375 248 10 2038 2040 2040 33 2035 105 2042 88 ND ND ND 2042 2039 2039 2039 1 138 144 208 120 135 198 95 2039 2034 2035 2035 2035 2037 2042 2037 152 183 110 24 2038 2037 2038 2039 Concessões/Permissões Localização LT 230 kV Pau Ferro/Santa Rita II (PE/PB) ................................................................ PE/PB LT 230 kV Paulo Afonso III/Zebu (AL); LT 230/69 kV Subestações Santa Rita II; LT 230/69 kV Zebu (AL); LT 230/69 kV Natal III (RN) ...................................AL/PB/RN LT 230 kV Eunápolis/Teixeira de Freitas II (BA) ........................................................ BA LT 500/230 kV Subestação Camaçari IV ..................................................................... BA LT 230/69 kV Subestação Arapiraca III; LT 230kV Circuito duplo rio LargoII/Penedo ........................................................................................................ AL LT 230 kV Paraíso/Açu (RN), circuito 3 ...................................................................... RN LT 230 kV Açu/Mossoró II (RN), circuito 2 ................................................................ RN LT 230 kV João Câmara / Extremoz II; LT 230 kV Subestação João Câmara (RN); LT 230 kV Subestação Extremoz II (RN) ..................................................... RN LT 230 kV Igaporã/Bom Jesus da Lapa II (BA); LT 230 kV Subestação Igaporã (BA) ......................................................................................................................... BA LT 230 kV Sobral III/Acaraú II (CE); LT 230 kV Subestação Acaraú (CE) ............... CE 83 subestações de transmissão; 15 subestações elevadoras .......................................... LT 500 kV Teresina(PI)/Sobral/Fortaleza(CE) ............................................................ PI/CE LT 500 kV Colinas/Miracema/ Urupi/ Peixe 2/Serra da Mesa (TO/GO) ..................... TO/GO LT 500 kV Oriximiná/Itacoatiara CD ........................................................................... LT 500 kV Itacoatiara/Cariri (PA/AM); LT 500/138 kV subestações Itacoatiara e LT 500/230 kV Cariri .............................................................................................. PA/AM LT +/- 600 kV Coletora Porto Velho (RO)/ Araraquara 2 (SP), 01 em CC; LT 500 kV/+/- 600kV - 3.150 MW Estação Retificadora 02 CA/CC; LT , +/- 600 kV/500kV - 2.950 MW Estação Inversora 02 CC/CA. ............................................ RO/SP LT 230 kV São Luiz II/ São Luiz III (MA); LT 500 kV Subestação Pecém II (CE) e LT 230 kV Aquiraz II (CE) .......................................................................... MA/CE SE - Campos Novos ...................................................................................................... SC SE - Caxias ................................................................................................................... RS SE - Gravataí ................................................................................................................ RS SE - Nova Santa Rita .................................................................................................... RS SE - Blumenau .............................................................................................................. SC SE - Curitiba ................................................................................................................. PR SE - Londrina ............................................................................................................... PR SE - Santo Ângelo ........................................................................................................ RS SE - Biguaçu ................................................................................................................. SC SE - Biguaçu ................................................................................................................. SC SE - Joinville ................................................................................................................ SC SE - Areia ..................................................................................................................... PR SE - Itajaí ...................................................................................................................... SC SE - Xanxerê................................................................................................................. SC SE - Jorge Lacerda “A” ................................................................................................ SC SE - Palhoça ................................................................................................................. SC SE - Siderópolis ............................................................................................................ SC SE - Assis ..................................................................................................................... SP SE - Joinville Norte ...................................................................................................... SC SE - Atlântida 2 ............................................................................................................ RS SE - Canoinhas ............................................................................................................. SC SE - Dourados............................................................................................................... MS SE - Caxias 5 ................................................................................................................ RS SE - Passo Fundo .......................................................................................................... RS SE - Tapera 2 ................................................................................................................ RS SE - Gravataí 3 ............................................................................................................. RS SE - Desterro ................................................................................................................ SC SE - Missões ................................................................................................................. RS SE - Anastácio .............................................................................................................. MS F-15 Extensão (km) Ano de Vencimento Não auditado Não auditado 97 2039 6 152 81 2039 2038 2040 45 123 69 2040 2040 2040 82 2040 115 97 18,260 546 695 375 2040 2040 2042 2034 2036 2038 212 2038 2,375 2039 96 2,466 2,016 2,016 2,016 1,962 1,344 1,344 1,344 300 672 691 672 525 450 400 384 364 336 300 249 225 225 215 168 166 165 150 150 150 2040 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2035 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2042 2039 2042 Concessões/Permissões Localização SE - Ilhota ..................................................................................................................... Other substations .......................................................................................................... F-16 SC — Extensão (km) Ano de Vencimento Não auditado Não auditado 100 405 2042 2042 III – Transmissão de Energia Elétrica: Concessões/ Permissões Região Geográfica Municípios atendidos Vencimento da Concessão Não auditado Não auditado Cia. de Eletricidade do Acre - Eletroacre .................................................. Estado do Acre Centrais Elétricas de Rondônia - Ceron ..................................................... Estado de Rondônia Companhia Energétca de Alagoas - Ceal ................................................... Estado de Alagoas Companhia Energética do Piauí - Cepisa ................................................... Estado do Piauí Amazonas Energia ..................................................................................... Estado do Amazonas Boa Vista Energia ...................................................................................... Estado de Roraima 22 52 102 224 62 1 2015 2015 2015 2015 2015 2015 Ver comentários sobre os efeitos da Lei 12.783/2013 em concessões detidas por subsidiárias da Companhia na Nota 2.1 2.1. Prorrogação das concessões de serviços públicos de energia elétrica Eletrobras, por meio de suas subsidiárias, tem 42,3 GW de capacidade instalada, 61,7 mil quilômetros de linhas de transmissão e seis distribuidoras de energia que atendem cerca de 3,7 milhões de consumidores, 4 (quatro) das quais com operações em sistemas isoladas da região Norte do Brasil. Em 11 de setembro de 2012, o Governo Federal editou a Medida Provisória nº 579, regulamentada pelo Decreto de Lei nº 7.805, de 14 de setembro de 2012, que trata de concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, com a redução dos encargos setoriais, com tarifas moderada, e outras medidas. Ações realizadas pelo Governo Federal também visam beneficiar os consumidores de energia elétrica através da redução de três componentes tarifários: geração de custos, custos de transmissão e encargos setoriais. Tal Medida Provisória foi convertida, em 11 de janeiro de 2013, na Lei nº 12.783/2013, e tornou-se regulamentada pelo Decreto nº 7.891, em 23 de janeiro de 2013. Através da referida Lei, as concessões de energia elétrica, de que tratam os artigos 17, §5º, 19 e 22 da Lei nº 9.074 de 7 de julho de 1995, que estavam com vencimento para 2015, foram prorrogados por mais 30 anos, de acordo com as condições estabelecidas na Lei e as respectivas alterações aos Contratos de Concessão. Portanto, a Lei nº 12.783/2013, ao lidar com as extensões de distribuição, transmissão de energia elétrica e concessões de geração alcançadas pelos artigos listados acima, impôs novas condições de extensão para as concessionárias, permitindo a prorrogação por um período de 30 anos, com a antecipação do prazo de vencimento destas concessões e celebração de termos aditivos aos respectivos Contratos de Concessão com o Poder Concedente estabelecendo novas condições. A extensão pressupõe a aceitação expressa dos critérios de remuneração, alocação de energia e padrões de qualidade contidos na Lei, considerando-se a indenização dos ativos, que ainda não tenham sido amortizados ou depreciados, com base no valor novo de reposição – VNR. As principais etapas para a implementação dos requisitos da Medida Provisória nº 579/2012 (atual Lei 12.783/2013), estão apresentadas a seguir: 12/09/2012 17/09/2012 10/15/2012 01/11/2012 01/11/2012 29/11/2012 04/12/2012 11/12/2012 19/12/2012 01/01/2013 11/10/2013 20/01/2013 05/02/2013 Publicação da Medida Provisória No. 579/2012. Edição do Decreto Regulatório No. 7,805/2012. Prazo para declarações de intereste para renovação dos contratos de concessões pelas empresas. Aprovação das minutas para contratos de concessões de geração e transmissão. Publicação das taxas de geração e de receitas permitidas de transmissão. Edição da Medida Provisória 591/2012, que alterou a Medida Provisória No. 579/2012. Prazo para assinatura dos aditivos dos contratos de concessão de geração e transmissão. Approvação da Tarifa de Uso dos Sistemas de Transmissão (Usage Rate of Transmission Systems) – TUST – valores. Provisional homologando resolução das quotas de energia para os distribuidores. Começo das novas receitas permitidas dos transmissores, TUST, e taxas de geração. Medida Provisória No. 579/2012 torna-se Lei No. 12.783/2013. Homologação final da resolução das quotas de energia para os distribuidores. Revisão da tarifa extraordinária dos dostribuidores para taxa de conhecimento pelos consumidores. Em 31 de outubro de 2012, o Ministério de Minas e Energia – MME – publicou a Portaria que definiu: (i) tarifas iniciais para usinas hidrelétricas estabelecidas no artigo 1º da Medida Provisória (Portaria nº 578); e F-17 (ii) receitas anuais permitidas das concessões de instalações de transmissão integrantes estabelecidas no capítulo 6 da Medida Provisória (Portaria nº 579). Além disso, o MME e o Departamento do Tesouro emitiram, em 1º de novembro de 2012, a Portaria Interministerial nº 580, que estabeleceu os valores de remuneração dos ativos de geração e transmissão afetadas pela Medida Provisória, referente aos preços de junho de 2012 e outubro de 2012, respectivamente, fazendo com que os valores de remuneração dos ativos de geração fossem ajustados em 29 de novembro de 2012, através da Portaria Interministerial nº 602. A legislação prevê que as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica que não sejam renovadas através da aceitação das condições apresentadas pelo Poder Concedente, certificados pela assinatura da Emenda aos contatos de concessão existentes, nos termos da Lei nº 12783/2013, sejam leiloados quando terminar o prazo atual (2015 – 2017), sob a forma de leilão ou concurso, por até trinta anos. Impactos nas atividades de geração diretamente afetados pela Lei nº 12.783/2013 Receber a remuneração dos ativos de geração não amortizados por valores definidos na Portaria nº 580 e nº 602 acima mencionados. O montante da indemnização será ajustado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA (artigo 3º da Portaria nº 580 citado) até a data do seu efetivo pagamento. O método de pagamento solicitado pelas subsidiárias da Companhia, conforme previsto pelo artigo 4º da Portaria nº 580 citado, é descrito na Nota 45. No artigo 2º do Decreto nº 7.850, anteriormente mencionado, até 31 de dezembro de 2013, a concessionária de geração deve apresentar à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), na forma definida pela Agência, quaisquer informações adicionais (Projeto de pós-Base) necessárias para o cálculo das ações de investimento ligadas a bens reversíveis realizadas até 31 de dezembro de 2012, ainda não amortizadas ou depreciadas (modernizações e melhorias). Posteriormente, os valores encontrados estarão sujeitos a indenização ou reconhecimento baseados em tarifa se o Poder Concedente assim o autorizar. No que diz respeito à geração térmica, os valores de indenização ainda estão a ser divulgados pelo órgão regulador. Alterações do preço para o regime tarifário, com revisão tarifária periódica nos mesmos modelos como os aplicados à atividade de transmissão até então. A tarifa será calculada com base nos custos de operação e manutenção, além da taxa de 10%. Além disso, no futuro pode ser incluída uma parcela dos ativos ainda não amortizados ou depreciados, desde que aprovados pela ANEEL. Novos investimentos (modernizações e melhorias) ocorridos após 31 de dezembro de 2012, desde que formalmente aprovado, será apresentado em tarifas futuras, considerando que o seu critério de remuneração ainda está para ser definido. Alocação de garantia física de energia e de quotas de potência das usinas hidrelétricas para as concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional – SIN, a ser definido pela ANEEL, que será destinada ao mercado regulado. Redução ou eliminação dos seguintes encargos regulatórios: Reserva Global de Reversão – RGR, Conta de Desenvolvimento Energético – CDE e Conta de Consumo de Combustíveis – CCC. Impactos nas atividades de transporte diretamente afetados pela Lei n º 12.783/2013 Recebimento de indenização dos ativos de transmissão amortizados adquiridos após 31 de maio de 2000 (RBNI), por valores definidos na Portaria nº 580, anteriormente mencionado. O montante da indemnização será ajustado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA (artigo 3º da Portaria nº 580 citado) até a data do seu efetivo pagamento. O método de pagamento solicitado pelas subsidiárias da Companhia, conforme previsto pelo artigo 4º da Portaria nº 580 citado, é descrito na Nota 45. Concessionárias de transmissão deverão enviar à ANEEL todas as informações relativas aos ativos adquiridos antes de 31 de maio de 2000 (RBSE), ainda não depreciados ou amortizados, necessárias para o cálculo do complemento de indenização dentro de um prazo a ser definido pelo poder concedente, conforme §8º do artigo 15 da Lei nº 12.783/2013, que, quando acordado, será pago em 30 anos, atualizado na forma da regulamentação. A tarifa (nova Receita Anual Permitida – RAP) será calculada para cobrir os custos de operação e manutenção, inicialmente, 10%. Adicionalmente, no futuro, pode ser incluída uma parcela dos ativos ainda não amortizados ou depreciados, desde que aprovados pela ANEEL. Novos investimentos (reforços e melhorias) ocorridos após 31 de dezembro de 2012, desde que formalmente aprovados, serão apresentados em tarifas futuras, considerando que o seu critério de remuneração ainda está a ser definido. Eliminação da Reserva Global de Reversão – RGR e Conta de Consumo de Combustíveis – CCC e redução da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE para 25% da taxa atual. F-18 Impactos sobre as empresas de distribuição em geral • Revisão Tarifária Extraordinária da Parcela A, com impactos a partir de 01 de fevereiro de 2013, para capturar a redução de custos resultantes da geração e transmissão de novas concessões. • Redução ou eliminação de encargos regulatórios (CDE, CCC e RGR). • Eliminação dos impactos da variação cambial na compra de energia de Itaipu para os consumidores, considerando-se que o Tesouro Nacional vai assumir esse custo. • Os componentes: poder de compra, taxas de regulação e custos de transporte de energia formam Parcela A – custos não gerenciáveis pela concessionária, na redefinição da tarifa que é feita em cada aniversário do contrato de concessão (anualmente). Assim sendo, não são esperadas alterações na margem dessas concessionárias. • Possível impacto sobre os custos de compra da energia devido à alocação de cotas de garantia física de energia e da potência das Usinas Hidrelétricas para o mercado regulado (cativo-distribuidores), considerando a necessidade de compra de energia no mercado aberto para cobrir as demandas de consumidores até então. De acordo com o artigo 27 da Lei 12.783/13, que altera o artigo 3º §16 da Lei nº 12.111/2009: "§16 – a quantidade de energia a ser considerada para o serviço do sistema público de distribuição de energia elétrica nos sistemas isolados será limitada a eficiente níveis de perdas, de acordo com regulamentação da ANEEL". Para este fim, a Audiência Pública ANEEL nº AP-107/2012, que tem o objetivo de obter subsídios e informações adicionais para definir o orçamento da Conta de Consumo de Combustíveis – CCC, para o ano de 2013, está com o seu tempo de contribuição, devido à troca de documentos, ainda não encerrado. Incertezas nas atividades de distribuição diretamente afetadas pela Lei nº 12.783/13 Em 15 de outubro de 2012, distribuidoras cujas concessões expiram em 2015 tinham o direito de manifestar seu interesse em estender suas concessões por um período adicional de 30 anos, o que elas fizeram. Até o presente momento, os critérios para prorrogação de tais contratos não foram regulados pelo Poder Público e, portanto, a assinatura do contrato de concessão das distribuidoras que manifestaram interesse não ocorreu em 15 outubro de 2012, o que só ocorrerá com o vencimento da concessão atual. Não há garantias de que o Poder Concedente irá aprovar uma extensão de acordo com as novas condições, dependendo de vários critérios, os quais serão analisados pelo Poder Concedente. Há uma previsão de ativos não amortizados indenização no final da concessão. A Companhia tinha como prazo limite para rever e aceitar as condições de indenização e taxas a data estipulada pelo Poder Público para a assinatura da adenda ao contrato de concessão de geração e transmissão, prevista para 4 de dezembro de 2012, sendo os aditivos contratuais assinados na mesma data . A extensão pressupõe a aceitação expressa destas condições pelas concessionárias: I – remuneração por taxa calculada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL para cada usina hidrelétrica; II – alocação de garantia física de energia e de cotas de usinas hidrelétricas às concessionárias de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional serviço público – SIN, a ser definido pela ANEEL, de acordo com a regulamentação do concedente; e III – adeguadação aos padrões de serviço de qualidade estabelecidos pela ANEEL. As concessões de geração de energia termelétrica com vencimento em 2015 podem ser prorrogadas, a critério do poder concedente, uma única vez, por um período de até 20 anos, se ainda não foram estendidas. As concessões de transmissão de energia elétrica obtidas por §5º do art. 17 da Lei n º9.074, de 1995, poderão ser prorrogadas, a critério do poder concedente, uma única vez, por um período de até 30 anos. A extensão pressupõe a aceitação expressa das seguintes condições pelas concessionárias: I – receita fixa de acordo com critérios estabelecidos pela ANEEL; e II – submissão aos padrões de serviço de qualidade estabelecidos pela ANEEL. Dada sua importância, este assunto foi submetido à deliberação da 160a Assembléia Geral Extraordinária realizada em 3 de dezembro de 2012, que decidiu aprovar a extensão dos Contratos de Concessão Nos. 062/2001 – ANEEL e 004/2004 – ANEEL (Eletrobras Furnas); Nos. 058/2001 – ANEEL e 02/2012 – ANEEL (Eletrobras Eletronorte); Nos. 061/2001 – ANEEL e 006/2004 – ANEEL (Eletrobras Chesf); e nº 057/2001 – ANEEL (Eletrobras Eletrosul) sob a Medida Provisória nº 579 de 11/09/2012, Decreto nº 7.805 de 14/09/2012, Portaria MME nº 578 de 31/10/2012, Portaria MME nº 579 de 31/10/2012 e Portaria Interministerial nº 580/MME/MF de 01/11/2012. F-19 Os efeitos dessas mudanças na Lei 12.783/2013 são os seguintes: Efeitos sobre a declaração de renda em 2012 Total Geração (7.337.859) Ganho (perda) com indenizações das concessões (1.802.402) prorrogadas ..................................................................... Ajuste ao Valor Novo de Reposição dos ativos (2.825.060) indenizáveis .................................................................... Contratos onerosos .............................................................. (1.591.200) Parcela não recuperável de ativos - impairment .................. (1.119.198) Transmissão (3.106.703) Ganho (perda) com indenizações das concessões (1.242.395) prorrogadas ..................................................................... Ajuste ao Valor Novo de Reposição dos ativos indenizáveis .................................................................... (331.602) Contratos onerosos .............................................................. (1.491.195) Parcela não recuperável de ativos - impairment .................. (41.511) Distribuição 359.182 Ajuste ao Valor Novo de Reposição dos ativos indenizáveis .................................................................... 359.182 Total (10.085.380) Efeitos patrimoniais em 2012 Saldos em 31/12/2012 - antes dos efeitos da Lei 12.783/2013 Imobilizado Intangível Ativo financeiro Contratos onerosos Provisão / Impairment Geração ................................ 51.269.690 1.221.929 — (1.691.928) (1.682.718) Transmissão ......................... — 160.288 29.433.205 — (60.283) Distribuição ..........................1.410.976 837.779 4.236.765 (131.200) — Total Efeitos no resultado de 2012 da Lei 12.783/2013 (7.337.859) (3.106.703) 359.182 195.419 41.974.533 150.785 26.577.291 — 6.713.502 52.680.666 2.219.996 33.669.970 (1.823.128) (1.743.001) (10.085.380) 346.204 75.265.326 Total dos ativos (passivos) após impactos da Lei 12.783/2013 Saldos em 31/12/2012 - após dos efeitos da Lei 12.783/2013 Imobilizado Intangível Ativo financeiro Geração....................................................................... 41.974.533 36.398.730 1.221.929 1.483.540 Transmissão............................................................... 26.577.291 — 160.288 19.624.390 Distribuição................................................................ 6.713.502 1.410.976 837.779 4.595.947 Total Atualização monetária da indenização Total dos ativos (passivos) após impactos da Lei 12.783/2013 75.265.326 37.809.706 2.219.996 25.703.877 Indenização a receber 6.153.462 (3.283.128) 8.283.810 (1.491.196) — (131.200) 14.437.272 (4.905.524) Para fins de apresentação, os ativos administrativos foram alocados para as atividades de geração e distribuição. F-20 Contratos onerosos Ativos de concessões estendidas cujas indenizações ainda não foram aprovadas pelo Poder Concedente Geração Modernizações e melhorias ................................................... 1.483.540 Geração térmica ..................................................................... 1.684.047 Transmissão Modernizações e melhorias (RBNI) .....................................841.814 Rede básica - serviços existentes (RBSE) ............................. 7.490.046 Total ............................................................................. 11.499.447 Tarifas de Concessão de Geração de Energia Elétrica para 2013 – Portaria MME 578/2012 Concessionária Potência (MW) Usina Hidrelétrica CHESF ............................................................................... Complexo Paulo Afonso CHESF ............................................................................... Xingó CHESF ............................................................................... Luiz Gonzaga (Itaparica) Furnas ................................................................................ Marimbondo Furnas ................................................................................ Furnas Furnas ................................................................................ Estreito Furnas ................................................................................ Corumbá I Furnas ................................................................................ Porto Colômbia CHESF ............................................................................... Boa Esperança Furnas ................................................................................ Funil Eletronorte ......................................................................... Coaracy Nunes CHESF ............................................................................... Funil CHESF ............................................................................... Pedra CHESF ............................................................................... Araras Tarifa (R$/kW.) 4.279,60 3.162,00 1.479,60 1.440,00 1.216,00 1.048,00 375,30 319,20 237,30 216,00 76,95 30,00 20,01 4,00 29,92 35,61 42,67 39,22 40,60 41,58 57,59 60,94 66,74 66,59 100,25 103,71 82,65 38,86 Receita anual de Concessão de Transmissão de Energia Elétrica permitida para 2013 – Portaria MME 579/2012 Concessionária Contrato de Concessão Indenização CHESF ................................061/2001-ANEEL Eletronorte ...........................058/2001-ANEEL Eletrosul ..............................057/2001-ANEEL Furnas ..................................062/2001-ANEEL 517.607 276.252 406.109 629.803 1.829.771 * Valores de Indenização dos Contratos de Concessão de Geração, Portaria 580/MME/MF, alterada pela Portaria MME/MF 602 Concessionária Usina Hidrelétrica CHESF ................................................................ Xingó CHESF ................................................................ Paulo Afonso IV CHESF ................................................................ Luiz Gonzaga (Itaparica) Furnas .................................................................. Marimbondo CHESF ................................................................ Apolônio Sales (Moxotó) Furnas .................................................................. Corumbá I CHESF ................................................................ Boa Esperança (Castelo Branco) Eletronorte ........................................................... Coaracy Nunes Potência (MW) 3.162,00 2.462,40 1.479,60 1.440,00 400,00 375,00 237,30 67,98 Indenização 2.929.832 12/16/94 360.473 12/1/79 1.730.602 6/13/88 64.368 10/25/75 84.613 4/15/77 679.880 4/1/97 72.783 4/7/70 35.492 12/30/75 5.958.043 Total F-21 Início de operação * Valores de Indenização dos Contratos de Concessão de Transmissão, Portaria 580/MME/MF Concessionária Contrato de Concessão Indenização CHESF ........................................ 061/2001-ANEEL Eletronorte ................................... 058/2001-ANEEL Eletrosul ...................................... 057/2001-ANEEL Furnas .......................................... 062/2001-ANEEL 1.587.161 1.682.268 1.985.568 2.878.028 8.133.025 * Referem-se a valores originais e não incluem juros ou correção monetária NOTA 3 – RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Estas políticas foram aplicadas de forma consistente em todos os exercícios apresentados, salvo quando indicado o contrário. 3.1. Base de preparação A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o julgamento da Gerência da Companhia sobre a processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e que são mais complexas, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são relevantes para as demonstrações financeiras consolidadas, estão apresentadas na Nota 4. As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos, conforme descrito nas práticas contábeis a seguir. Geralmente o custo histórico é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos. (a) demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) emitidas pelo Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB). (b) alterações nas políticas e divulgações contábeis (b.1) Novas e revisadas regras adotadas sem efeitos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas Alterações à IFRS 7 – Divulgações – Transferências de ativos financeiros As alterações ao IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Um aumento em provas necessárias aumenta as exigências de divulgação para transações envolvendo ativos financeiros. Estas mudanças visam dar mais transparência às exposições de risco quando um ativo financeiro é transferido, mas o cedente ainda mantém algum nível de exposição no ativo. As alterações também exigem a divulgação da transferência de ativos financeiros quando eles não são igualmente distribuídos ao longo do período. Esta regra entrou em vigor em 1º de janeiro de 2012 e não teve impacto nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia. Alteração à IAS 12 - Impostos diferidos: recuperação de ativos subjacentes Alterações à IAS 12 – Imposto de Renda apresentam uma exceção aos princípios gerais do IAS 12 no sentido de que a mensuração dos ativos e passivos fiscais diferidos deve refletir os efeitos fiscais decorrentes da forma pela qual a entidade espera recuperar o valor contábil de um ativo. Especificamente, de acordo com as alterações, espera-se que a propriedade de investimento mensurada pelo modelo de valor justo de acordo com o IAS 40 – Propriedade para Investimento sejam recuperadas através da venda para fins de mensuração dos impostos diferidos, a menos que a premissa não seja válida em determinadas circunstâncias. Esta regra entrou em vigor em 1º de janeiro de 2012 e não teve impacto individual sobre as demonstrações financeiras da Companhia e de suas subsidiárias. (b.2) Normas novas e revisadas e interpretações já emitidas e ainda não adotadas Novos regulamentos e comentários sobre consolidação, acordos de participação, filiados e divulgações Em maio de 2011, um pacote de cinco normas de consolidação, acordos de participação e respectivas divulgações foi emitido, incluindo o IFRS 10, IFRS 11, IFRS 12, IAS 27 (revista em 2011) e IAS 28 (revista em 2011). F-22 A IFRS 10 substitui partes da IAS 27, Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas, que lidam com as demonstrações financeiras consolidadas. SIC-12 Consolidação – Entidades de Propósito Específico serão eliminadas com a aplicação da IFRS 10. De acordo com a IFRS 10, existe uma única base de consolidação, isto é, o controle. Além disso, a IFRS 10 inclui uma nova definição de controle que contém três elementos: (a) poder sobre uma investida, (b) exposição, ou direitos, a retornos variáveis de seu envolvimento com a investida, e (c) capacidade de usar o seu poder sobre a investida para afetar o valor de retorno do investidor. Orientações mais abrangente foram incluídas na IFRS 10 para abordar cenários complexos. A IFRS 11 substitui a IAS 31, Participação em Empresas Conjuntas. A IFRS 11 trata de situações em que um acordo de participação com duas ou mais partes que têm controle conjunto deve ser classificado. SIC-13 Empresas Conjuntas – Contribuições Não Monetárias do Investidor serão eliminados com a aplicação do IFRS 11. De acordo com a IFRS 11, os acordos de participação são classificados como operações conjuntas ou joint ventures, de acordo com os direitos e as obrigações das partes nos acordos. Por outro lado, de acordo com a IAS 31, existem três tipos de contratos de participação: entidades conjuntamente controladas, ativos conjuntamente controlados e operações controladas em conjunto. Além disso, de acordo com a IFRS 11, empresas conjuntas devem ser contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial, enquanto entidades controladas em conjunto, de acordo com o IAS 31, podem ser contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial ou pelo método proporcional de contabilidade. A IFRS 12 é uma regra de divulgação aplicável às entidades que possuem participações em controladas, acordos de participação, consolidadas e / ou entidades estruturadas não consolidadas. Em geral, os requisitos de divulgação de acordo com a IAS 12 são mais amplas que os padrões atuais. Em junho de 2012, alterações à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12 foram emitidas para esclarecer certas regras de transição na aplicação da IFRS pela primeira vez. Estas cinco regras, juntamente com as respectivas alterações relacionadas às regras de transição, são aplicáveis para períodos anuais iniciando em ou após 1 de Janeiro de 2013. A administração espera que a implementação destas cinco regras tenham um efeito significativo sobre os valores apresentados nas demonstrações financeiras. Por exemplo, a adoção da IFRS 10 pode afetar na contabilização de investimentos em empresas listadas na nota 14.b, atualmente classificada como Coligadas da Companhia. Dada a nova definição de controle e diretrizes de controle adicionais previstas na IFRS 10, devido à adoção da IFRS 10, algumas destas empresas podem ser consideradas subsidiárias da Companhia. Se qualquer uma destas empresas consolida-se como uma subsidiária da Companhia, seus ativos líquidos, bem como receitas e despesas, são apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração consolidada do resultado ou em outros resultados abrangentes, respectivamente, ao invés de ser apresentado em uma única conta nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. A administração irá realizar uma análise detalhada para determinar os efeitos da adoção da IFRS 10 na data de sua adoção. A adoção da IFRS 11 irá resultar em mudanças na contabilidade dos investimentos mantidos pelas entidades conjuntamente controladas pelo Grupo, de acordo com a IAS 31, listada na nota explicativa 3.2 e atualmente contabilizada pelo método de consolidação proporcional. De acordo com a IFRS 11, essas entidades controladas em conjunto são classificadas como joint venture e registradas pelo método de equivalência patrimonial, resultando na gravação da participação proporcional dos ativos líquidos, lucros líquidos e outros resultados abrangentes da entidade em uma única conta, que será apresentado no balanço consolidado, bem como na demonstração consolidada do resultado e do resultado abrangente como "investimento em empresas conjuntas" e "participação nos lucros (prejuízos) de empresas conjuntas", respectivamente. Com base na avaliação preliminar feita pela Companhia e, se as regras da IFRS 10 e IFRS 11 tivessem sido adotadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, estima-se que os ativos e passivos totais seria de R$141.320.515 e R$74.053.384, respectivamente, em 31 de dezembro de 2012 (em comparação aos valores de R$ 172.195.578 e R$ 104.914.985, respectivamente, apresentados nas demonstrações financeiras consolidadas), que a receita operacional líquida seria de R$ 26.954.473 em 31 de dezembro de 2012 (em comparação com o montante de R$ 34.0644.77 apresentado nestas demonstrações financeiras consolidadas), e que o lucro líquido e o patrimônio não seriam afetados. F-23 Outras normas e interpretações novas e revisadas já emitidas e ainda não adotadas Norma Exigências-chave Data de vigência Alteração ao IAS 1 - "Apresentação das Demonstrações Financeiras" com relação a outros resultados abrangentes A principal modificação resultante destas Exercício fiscal iniciado depois 1° de julho alterações foi a exigência de que de 2012 asentidades agrupem os itens apresentados em outros resultados abrangentes com base na possibilidade de serem ou não potencialmente reclassificáveis para lucros ou perdas, subsequentemente (ajustes de reclassificação). As alterações não estabelecem quais itens devem ser apresentados em outros resultados abrangentes. IFRS 9 - "Instrumentos Financeiros" O IFRS 9 é a primeira norma emitida Exercício fiscal iniciado depois 1° de como parte de um projeto maior para janeiro de 2015 substituir o IAS 39. O IFRS 9 mantém, mas simplifica, o modelo de mensuração combinada e estabelece duas principais categorias de mensuração para ativos financeiros: custo amortizado e valor justo. A base de classificação depende do modelo de negócios da entidade e das características do fluxo de caixa contratual do ativo financeiro. A orientação do IAS 39 sobre redução do valor recuperável de ativos financeiros e contabilidade de hedge continua aplicável. IFRS 13 – “Mensuração a Valor Justo” O objetivo do IFRS 13 é aprimorar a consistência e reduzir a complexidade da mensuração ao valor justo, fornecendo uma definição mais precisa e uma única fonte de mensuração do valor justo e suas exigências de divulgação para uso em IFRS. As exigências, que estão bastante alinhadas entre IFRS e US GAAP, não ampliam o uso da contabilização ao valor justo, mas fornecem orientações sobre como aplicá-lo quando seu uso já é requerido ou permitido por outras normas IFRS ou US GAAP. Emenda ao IFRS 7 e IAS 32 – Compensação Emendas ao IAS 32 esclarecem medidas de ativos financeiros e passivos e adotadas relativas as demandas de divulgações relacionadas compensação de ativos e passivos. Especialmente, as emendas esclarecem o significado de “agora a companhia tem o direito de compensar” e “simultanemante a realização e liquidação”. As emendas ao IFRS 7 determinam que as informações divulgadas sobre o direito de compensação e relativas a contratos (como obrigações de garantias) por instrumentos financeiros sujeitos a compensação de contratos similares. F-24 Exercício fiscal iniciado depois 1° de janeiro de 2013 Exercício fiscal iniciado depois 1° de janeiro de 2013 (IFRS 7 – itens divulgados) e depois de 1° de janeiro de 2014 (IAS 32) Norma Exigências-chave Data de vigência Melhorias anuais ao IFRSs ciclo 2009 – 2011 (Maio de 2012) Emendas ao IAS 16 Exercício fiscal iniciado depois 1° de janeiro de 2013 Emendas ao IAS 16 esclarece que as partes de reposição, equipamentos de reposição e serviços relacionados aos equipamentos devem ser classificados como imobilizado de acordo com a definição de imobilizado do IAS 16, ao invés de estoque. Emendas ao IAS 32 Emendas ao IAS 32 esclarecem que o imposto de renda relativos aos pagamentos de acionistas e custos de transações de patrimônio devem ser contabilizados de acordo com o IAS 12 – imposto de renda. A Companhia está avaliando o impacto destes Pronunciamentos e Orientações sobre suas Demonstrações Financeiras. Não existem outras normas de IFRS ou interpretações de IFRIC não eficazes, ainda que possam afetar negativamente o Grupo. 3.2. Bases de consolidação e investimentos em subsidiárias As seguintes políticas contábeis aplicam-se na preparação das demonstrações financeiras consolidadas. (a) Subsidiárias As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras da Companhia e de suas subsidiárias, inclusive as entidades de propósito específico. O controle é obtido quando a Companhia tem o poder de controlar as políticas financeiras e operacionais de uma entidade, a fim de receber os benefícios de suas atividades. As demonstrações financeiras das subsidiárias controladas em conjunto são consolidadas proporcionalmente à sua participação. O lucro das operações das subsidiárias adquiridas ou vendidas durante o exercício estão inclusos nas demonstrações consolidadas do resultado e do resultado abrangente a partir da data da aquisição efetiva até a data da venda efetiva, conforme o caso. Sempre que necessário, as demonstrações financeiras das coligadas são ajustadas para adequar suas políticas contábeis às estabelecidas pela Companhia. Todas as transações, saldos, receitas e despesas entre as subsidiárias da Companhia são eliminada integralmente nas demonstrações financeiras consolidadas. As demonstrações financeiras consolidadas refletem os saldos de ativos e passivos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, e das operações para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 da controladora e de suas controladas, direta e indiretamente controladas, e controladas em conjunto. As demonstrações financeiras elaboradas em moeda funcional diferente da utilizado pela controladora são convertidas para a moeda de apresentação utilizada no Brasil, para a equidade e para fins de consolidação, e as diferenças de câmbio são contabilizadas como ajustes de conversão acumulados. A controladora e as empresas controladas encontram-se substancialmente localizadas no Brasil. A Companhia adota as seguintes práticas de consolidação principais: a) Eliminação dos investimentos da empresa investidora nas empresas investidas, tendo em vista a sua participação no patrimônio líquido dos respectivos acionistas; b) Eliminação de contas a receber e a pagar entre empresas; c) Eliminação de receitas e despesas entre empresas; d) Destaque de outros acionistas não controladores no Patrimônio Líquido e na Demonstração do Resultado das empresas investidas. F-25 A empresa utiliza critérios de consolidação integral e proporcional, conforme descrito na tabela abaixo. Os juros são estabelecidos sobre o capital total da filial: Controladas (Consolidação total) 31/12/2012 31/12/2011 Participação Participação Direta Amazonas Energia ............................................................................................... Ceal ...................................................................................................................... Cepisa .................................................................................................................. Ceron ................................................................................................................... CGTEE ................................................................................................................ Chesf .................................................................................................................... Eletroacre ............................................................................................................. Eletronorte ........................................................................................................... Eletronuclear ........................................................................................................ Eletropar .............................................................................................................. Eletrosul ............................................................................................................... Furnas .................................................................................................................. RS Energia ........................................................................................................... Porto Velho Transmissora ................................................................................... Boa Vista Energia ................................................................................................ Estação Transmissora .......................................................................................... Artemis ................................................................................................................ Rio Branco Transmissora .................................................................................... Cerro Chato I ....................................................................................................... Cerro Chato II ...................................................................................................... Cerro Chato III..................................................................................................... Sul Brasileira ....................................................................................................... Uirapuru ............................................................................................................... Indireta Direta Indireta 100% 100% 100% 100% 100% 100% 94% 99% 100% 84% 100% 100% — — 100% — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 100% 100% — 100% 100% 100% 90% 90% 90% 80% 75% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 93% 99% 100% 84% 100% 100% — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 100% 100% 100% 100% 100% 100% 90% 90% 90% 80% 75% 50% 29% 15% 50% — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 20% 35% — 49% 31% 50% 25% 25% 50% 49% 40% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 40% 50% 29% 15% 50% — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 20% 35% — 49% 31% 50% 25% 25% 50% 49% 40% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 40% Controladas em Conjunto (Consolidação proporciona) Itaipu .................................................................................................................... Inambari ............................................................................................................... Norte Energia ....................................................................................................... CHC ..................................................................................................................... Amazônia Eletronorte .......................................................................................... Baguari ................................................................................................................ Brasnorte ........................................................................................................ Bransventos Eolo Geradora de Energia ......................................................... Brasventos Miassaba 3 .................................................................................. Caldas Novas Transmissão ............................................................................ Centro Oeste de Minas ................................................................................... Chapecoense .................................................................................................. Cia de Transm. Centroeste de Minas ............................................................. Construtora Integração ................................................................................... Costa Oeste .................................................................................................... Cerro dos Trindades ....................................................................................... Chui ............................................................................................................... Chui I ............................................................................................................. Chui II ............................................................................................................ Chui IV .......................................................................................................... Chui V ........................................................................................................... Enerpeixe ....................................................................................................... F-26 Controladas (Consolidação total) Cerro Chato IV .............................................................................................. Cerro Chato V ................................................................................................ Cerro Chato VI .............................................................................................. Ibirapuitã ........................................................................................................ Integração Transmissora ................................................................................ Interligação Elétrica Garanhuns ..................................................................... Energia Sustentável do Brasil ........................................................................ Interligação Elétrica do Madeira .................................................................... Empresa de Transm. do Alto Uruguai ........................................................... Goiás Transmissão ......................................................................................... Linha Verde Transmissora ............................................................................. Livramento Holding....................................................................................... Madeira Energia ............................................................................................ Manaus Construtora ....................................................................................... Manaus Transmissora .................................................................................... Marumbi ........................................................................................................ MGE Transmissão ......................................................................................... Minuano I ...................................................................................................... Minuano II ..................................................................................................... Norte Brasil Transmissora ............................................................................. Pedra Branca .................................................................................................. Rei dos Ventos 3 Geradora ............................................................................ Retiro Baixo ................................................................................................... São Pedro do Lago ......................................................................................... Serra do Facão ............................................................................................... Santa Vitória do Palmar Holding ................................................................... Sete Gameleiras ............................................................................................. Sistema de Transmissão Nordeste ................................................................. Teles Pires...................................................................................................... Transleste de Transmissão ............................................................................. Transmissão Delmiro Gouveia ...................................................................... Transenergia Goiás ........................................................................................ Transenergia Renovável ................................................................................ Transenergia São Paulo ................................................................................. Transirapé de Transmissão ............................................................................ Transudeste .................................................................................................... Verace I.......................................................................................................... Verace II ........................................................................................................ Verace III ....................................................................................................... Verace IV ....................................................................................................... Verace V ........................................................................................................ Verace VI ....................................................................................................... Verace VII ..................................................................................................... Verace VIII .................................................................................................... Verace IX ....................................................................................................... Verace X ........................................................................................................ 31/12/2012 31/12/2011 Participação Participação Direta Indireta Direta Indireta — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 49% 49% 49% 49% 49% 49% 40% 49% 27% 49% 49% 49% 39% 20% 50% 20% 49% 49% 49% 49% 49% 25% 49% 49% 50% 49% 49% 49% 49% 24% 49% 49% 49% 49% 25% 25% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% — — — — — — — — — — — — — — — 49% 49% 49% 49% 49% 49% 40% 49% 27% 49% 49% 49% 39% 20% 50% 20% 49% 49% 49% 49% 49% 25% 49% 49% 50% 49% 49% 49% 49% 24% 49% 49% 49% 49% 25% 25% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% 49% — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — — As demonstrações financeiras consolidadas incluem saldos e transações de fundos exclusivos cujos únicos acionistas são a Companhia e suas subsidiárias, compostas por títulos públicos e privados e debêntures de empresas classificadas como de baixo risco e alta liquidez de títulos. Os fundos exclusivos, cujas demonstrações financeiras são regularmente revisadas / auditadas, estão sujeitos às obrigações restritas ao pagamento de serviços de gestão de ativos, atribuídas à operação dos investimentos, e não há obrigações financeiras relevantes. F-27 (b) Investimentos em associadas Empresas associadas são entidades sobre as quais a Companhia tem influência significativa, mas não o controle, geralmente através de uma participação de 20% a 50% dos direitos de voto. Entidades controladas em conjunto são todas as entidades sobre as quais a Companhia possui controle compartilhado com uma ou mais partes. Influência significativa é o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da investida, sem exercer controle individual ou conjunto sobre essas políticas. Investimentos em coligadas e controladas em conjunto são avaliados pelo método de equivalência patrimonial e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor justo. Investimento em entidades coligadas e controladas em conjunto inclui o ágio identificado na aquisição, líquido de eventuais perdas por imparidade acumuladas. Investimentos em coligadas são ajustados proporcionalmente à participação da Companhia no lucro ou prejuízo e outros resultados abrangentes da coligada. Quando a participação da Companhia nas perdas de uma associada excede seu interesse em que o associado (incluindo qualquer participação de longo prazo que, essencialmente, esteja incluída no investimento líquido do associado), a Companhia não reconhece sua participação em perdas adicionais. Os prejuízos adicionais são reconhecidos somente se a Companhia tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas ou tiver realizado pagamentos em nome da coligada. (c) Interesse em empresas conjuntas Uma empresa conjunta é um acordo contratual através do qual a Companhia e outras partes exercem uma atividade econômica sujeita a controle conjunto, uma situação em que as decisões sobre políticas estratégicas financeiras e operacionais relacionadas às atividades da empresa conjunta requerem a aprovação de todas as partes que compartilham ações. Sempre que uma subsidiária da Companhia executa diretamente suas atividades por meio de uma empresa conjunta, a participação da Companhia em ativos controlados em conjunto e quaisquer passivos incorridos em conjunto com os outros acionistas controladores é contabilizado nas Demonstrações Financeiras das respectivas subsidiárias e classificados de acordo com sua natureza. Passivos incorridos e despesas diretamente relacionadas ao interesse em ativos conjuntamente controlados são contabilizados pelo regime de competência. Eventuais ganhos provenientes da venda ou uso da participação da Companhia nos rendimentos de ativos conjuntamente controlados e sua participação em quaisquer despesas incorridas pela empresa conjunta são reconhecidas quando for provável que os benefícios econômicos associados às transações serão transferidos para / de a Companhia e seu valor pode ser mensurado de forma confiável. A Companhia divulga seu interesse em entidades controladas em conjunto em suas informações financeiras consolidadas, usando o método de consolidação proporcional. Participação da Companhia nos ativos, passivos e resultado das entidades controladas em conjunto são combinadas com os itens correspondentes da informação financeira consolidada da Companhia, linha por linha. 3.3 Empresas do Grupo com diferentes moedas funcionais a) Procedimentos de consolidação proporcional da entidade conjuntamente controlada Itaipu Binacional As Demonstrações Financeiras da entidade conjuntamente controlada Itaipu Binacional são originalmente elaboradas em dólares (moeda funcional). Os ativos e passivos foram convertidos para reais pela taxa de câmbio de 31 de dezembro de 2012 – US$1,00 – R$2,0435, divulgada pelo Banco Central do Brasil (31 de dezembro de 2011 – US$ 1,00 – R$1,8758), e as contas declarações de renda na média mensal taxa de câmbio. O lucro / prejuízo a compensar da Itaipu Binacional é indicado como ativo financeiro. O retorno sobre o capital próprio (dividendos, conforme estabelecido pelo Tratado Bilateral Brasil – Paraguai) pagos pela Itaipu Binacional é contabilizado como receita na controladora e é eliminado na consolidação; e Todos os resultados gerados pela Itaipu Binacional nas demonstrações consolidadas, proporcionais à participação acionária da Companhia (50%), são eliminados na consolidação como contrapartida do Resultado a Compensar da Itaipu Binacional. b) Conversão em moeda estrangeira (b.1) Moeda funcional e de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada empresa do Grupo são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a empresa atua ("moeda funcional"). A moeda funcional da entidade conjuntamente controla Itaipu Binacional entre Brasil e Paraguai é o dólar dos EUA. A moeda funcional da Sociedade de Propósito Específico, que opera no ambiente econômico internacional, geralmente é a moeda do país em que a SPE mencionada opera. F-28 As demonstrações de resultado e fluxo de caixa das investidas que operam com moeda funcional diferente da controladora, são convertidas para reais pela taxa de câmbio média mensal. Os ativos e passivos são convertidos pela taxa final, e demais itens do patrimônio líquido são convertidos pela taxa histórica. Variações cambiais sobre os investimentos com uma moeda funcional diferente da controladora são registradas no patrimônio líquido como ajuste acumulado de conversão, sendo transferidas para o resultado do ano passado, quando os investimentos foram feitos. As Demonstrações Financeiras Consolidadas são apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação da controladora. (b.2) Transações e saldos Na elaboração das demonstrações financeiras de cada empresa, as transações em moeda estrangeira, ou seja, qualquer moeda diferente da moeda funcional de cada empresa, são contabilizadas de acordo com as taxas de câmbio em vigor na data de cada transação. No final de cada ano fiscal, os itens monetários em moeda estrangeira são reconvertidos pelas taxas de câmbio em vigor. Itens não monetários mensurados pelo custo histórico em uma moeda estrangeira devem ser convertidos, utilizando a taxa de câmbio em vigor na data da transação. O câmbio de ganhos e perdas nos itens monetários são contabilizados no resultado do exercício em que incorrem, com exceção de variações cambiais decorrentes de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira relacionadas a ativos em construção para uso produtivo futuro, que estão inclusos no custo desses ativos quando consideradas como ajustes aos custos com juros dos empréstimos aos quais se referem. Para fins de divulgação, nas demonstrações financeiras consolidadas, ativos e passivos de operações no exterior da Companhia são convertidos para reais utilizando as taxas de câmbio em vigor no final do ano. As contas de resultado são convertidas pela taxa de câmbio média do ano, a menos que as taxas de câmbio tenham flutuado significativamente durante o ano, e, neste caso, são utilizadas as taxas de câmbio na data da transação. Variações cambiais resultantes dessas conversões, se houver, são classificadas como resultados abrangentes e acumulados no patrimônio líquido, sendo atribuído à participação de não controladores, se apropriado. 3.4. Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários, e outros investimentos de alta liquidez de curto prazo, com vencimentos originais de até três meses e com risco insignificante de mudança de valor. 3.5. Clientes e permissões para créditos de liquidação duvidosa As contas a receber de clientes (consumidores e revendedores) são compostas de créditos decorrentes da prestação e fornecimento de energia eléctrica, incluindo os relacionados à energia comercializada no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, e são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado menos a provisão para devedores duvidosos. As contas a receber são normalmente liquidadas no prazo de 45 dias, o que é uma razão pela qual os valores contábeis representam substancialmente os valores justos nas datas de encerramento do ano fiscal. O saldo inclui o fornecimento de energia ainda não faturado decorrente substancialmente das atividades de distribuição medido por estimativas, baseadas no histórico de consumo de MW/h. Se o prazo de recebimento corresponde a um ano ou menos, as contas a receber serão classificadas no ativo circulante. Caso contrário, serão demonstrados como ativo não circulante (Nota 8). 3.6. Conta de Consumo de Combustíveis – CCC De acordo com a Lei nº 8.631, de 4 de março de 1993, a Companhia administra os valores relativos aos pagamentos de impostos feitos pelas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica para crédito na Conta de Consumo de Combustíveis – CCC, correspondentes às quotas anuais destinadas aos gastos com combustível para geração de eletricidade. Os valores registrados no ativo atual e compensação por passivo atual, correspondem à disponibilidade de recursos mantidos em conta bancária vinculada e às quotas não pagas pelas concessionárias. Os valores registrados no ativo circulante são atualizados pela rentabilidade do investimento e representam caixa restrito, não estando disponível para ser usado para outros fins. As operações com CCC não afetam o resultado da Companhia para o ano. F-29 3.7. Garantias e Depósitos Vinculados Os valores registrados são alocados para o cumprimento legal e / ou contratual. São mensurados pelo custo de aquisição, acrescido de juros e atualização monetária com base em disposições legais e ajustado para perdas, quando aplicável. Esses ativos são considerados empréstimos e recebíveis, e sua redenção está condicionada à conclusão dos processos judiciais a que esses depósitos estão ligados. 3.8. Depósito (almoxarifado) Os materiais de almoxarifado, classificados no ativo circulante, estão registrados ao custo médio de aquisição, que não excede os seus custos de reposição ou valor líquido de realização. Os custos de estoques são determinados pelo método do custo médio. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado dos estoques, menos todos os custos estimados para conclusão, e custos necessários para realizar a venda. 3.9. Estoque de combustível nuclear É composto por urânio concentrado no inventário. Os serviços relacionados e outros elementos de combustível nuclear usados nas usinas termonucleares Angra I e Angra II são registrados com base em seus custos de aquisição. Em sua fase inicial de formação, minério de ferro e serviços necessários para a produção de urânio são adquiridos e contabilizados como ativo não circulante – ativos de longo prazo, estabelecidos sob a rubrica Estoque de Combustível Nuclear. Após concluir o processo de fabricação, a parcela relativa à previsão do consumo para os próximos 12 meses é classificada no ativo circulante. O consumo dos elementos de combustível nuclear é destinado à renda de forma proporcional, considerando-se a eletricidade gerada mensalmente de forma eficaz em relação ao total de eletricidade previsto para cada elemento combustível. A Companhia realiza a contagem de estoque periódica e as avaliações dos elementos de combustível nuclear que passaram pelo processo de geração de energia elétrica e são armazenadas no depósito de combustível usado. 3.10. Ativos Fixos A Companhia avaliou que parte de seus ativos de geração, incluindo a geração de energia nuclear e de certos ativos de uso corporativo que não se qualificam como estando no âmbito da IFRIC 12 – Contratos de Concessão de Serviços (Nota 3.13). Até 31 de dezembro de 2011, esses ativos foram demonstrados pelo valor de custo deduzidos de depreciação e pela perda de redução do valor recuperável acumulado. Em 31 de dezembro de 2012, apoiado por seus contratos de concessão e as regras aplicadas para o ativo de indenização estabelecido pela Lei 12.783/2013 (ver nota 2.1), a Companhia considerou a reversão do ativo líquido residual ao Poder Concedente ao final do serviço público de concessão de geração de eletricidade. Assim, para os ativos não estendidos, ele passou a adotar a premissa de que serão indenizados pelo Valor Novo de Reposição (VNR) depreciado, calculado com base na metodologia, os parâmetros e critérios básicos utilizados pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE no cálculo de indenização das concessionárias diretamente afetadas pela Medida Provisória 591/2012 e Lei subsequente 12.783/2013, mantendo-se o menor valor entre o valor contábil e o valor realizável líquido estimado. Os custos de empréstimos são registrados, no caso de ativos qualificáveis, e capitalizados de acordo com a política contábil da Companhia. Estes ativos fixos são classificados nas categorias adequadas do ativo fixo quando concluídos e prontos para o uso pretendido. A depreciação desses ativos inicia-se quando eles estão prontos para o uso pretendido na mesma base dos outros ativos fixos. A depreciação é calculada com base na vida útil estimada de cada ativo pelo método linear, de modo que o valor do custo menos o seu valor residual após sua vida útil seja integralmente baixado (exceto para terrenos e construções em andamento). A Companhia considera que a vida útil estimada de cada ativo é semelhante às taxas de depreciação estabelecidas pela ANEEL, que são consideradas como aceitáveis pelo mercado por expressam adequadamente a vida útil dos bens. Além disso, em relação à compreensão do quadro regulamentar atual das concessões, incluindo as MP e Lei da Companhia acima mencionadas, considera-se a indenização no final da concessão com base no menor valor entre o VNR ou o valor contábil líquido, este fator a ser considerado na mensuração de ativos fixos (ver detalhes na Nota 16). Ativos mantidos por meio de arrendamento financeiro são depreciados pela vida útil esperada, como ativos detidos pela Companhia, ou por um período mais curto, quando aplicável, nos termos do respectivo contrato de leasing. Um item do ativo fixo é baixado após alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso contínuo do ativo. Quaisquer ganhos ou perdas na venda ou baixa de bens do ativo fixo são determinados pela diferença entre os valores recebidos na venda e o valor contábil e são reconhecidos na demonstração de resultados anuais. F-30 3.10.1. Custos de empréstimo O custo de aquisição de ativos fixos em curso é mensal acrescido de juros e, se for o caso, a variação cambial incorrida sobre empréstimos e financiamentos considerando os seguintes critérios para capitalização: a) O período de capitalização ocorre quando o ativo qualificável está em construção, e a capitalização de juros cessa quando o item está disponível para uso; b) Os juros são capitalizados com base na taxa média ponderada dos empréstimos e financiamentos em aberto na data de capitalização ou em taxas de empréstimos específicos, ou para aqueles bens em que não obtiveram empréstimos específicos, as taxas desses empréstimos específicos; c) Juros capitalizados mensalmente não excedem o valor das despesas de juros incorridos no período de capitalização; d) Os juros capitalizados são depreciados considerando os mesmos critérios e vida útil estimada estabelecido para o item ao qual foram incorporados. Os ganhos sobre investimentos decorrentes da aplicação temporária dos recursos de empréstimos e financiamentos específicos, ainda não gastos com o ativo qualificável, são deduzidos dos custos de empréstimos e financiamentos elegíveis para capitalização, sempre que o efeito for material. Todos os demais custos de empréstimos e financiamentos são reconhecidos na demonstração de resultados do exercício em que são incorridos. 3.11. Contratos de concessão A Companhia possui contratos de concessão nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de eletricidade, firmados com o poder concedente (Governo Federal), por períodos que variam de 20 anos a 35 anos, sendo todos os contratos, por segmento, muito semelhantes em termos de direitos e obrigações da concessionária e do Poder Concedente. Os termos das principais concessões estão descritas na nota explicativa 2, e as alterações e os efeitos decorrentes da Lei 12.783/2013 são demonstradas na nota 2.1. I – Sistema Tarifário a) O sistema tarifário de distribuição de energia elétrica é controlado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, e tais tarifas são reajustadas anualmente e revisadas no final de cada período de quatro anos, com o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessionária, considerando investimentos conservadores feitos e a estrutura de custo e despesa da empresa de referência. Os serviços são cobrados diretamente aos usuários, com base no volume da energia elétrica consumida e a tarifa autorizada. b) O sistema tarifário de transmissão de energia é regulada pela ANEEL e há revisões periódicas de tarifas, sendo estabelecida uma Receita Anual Permitida – RAP, atualizada anualmente pela taxa de inflação e sujeita a revisões periódicas para cobrir novos investimentos e ocasionais problemas de equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão. Ressalta-se que este sistema de carregamento será alterado a partir da renovação das concessões diretamente afetadas pela Lei 12.783 / 2013 (ver nota 2.1). c) O sistema tarifário de geração de eletricidade foi, em geral, baseado em uma tarifa regulada até 2004 e, após esta data, em conexão com as mudanças nos regulamentos para o setor, que passou de uma base tarifária de um sistema de preços. As empresas de geração de energia são livres para participar de leilões de energia elétrica para o mercado regulado, com, neste caso, um preço base, e o preço final é estabelecido em uma competição entre os participantes do leilão. Além disso, as empresas de geração de energia elétrica podem assinar contratos de venda bilaterais com os consumidores de qualificação na categoria de consumidores livres (definição baseada na energia exigida em MW). Ressalta-se que este sistema de carregamento será alterado a partir da renovação das concessões diretamente afetadas pela Lei 12.783 / 2013 (ver nota 2.1). II – Concessões de Transmissão e Distribuição Os contratos de concessão regularm a exploração de distribuição de energia elétrica e dos serviços públicos de transmissão pela Companhia, onde: 1) Distribuição de energia elétrica a) O contrato estabelece quais os serviços o operador deve prestar e para quem (classe de consumidores) os serviços devem ser prestados; F-31 b) O contrato estabelece padrões de desempenho para os serviços públicos, relacionados à manutenção e melhoria da qualidade do serviço para os consumidores, e a concessionária é necessária, no final da concessão, para devolver a infraestrutura nas mesmas condições em que a recebeu no momento da assinatura desses contratos. Para cumprir com esta obrigação, são realizados investimentos constantes durante o prazo da concessão. Assim, os ativos vinculados à concessão podem ser substituídos, às vezes, até o final da concessão; c) Ao término da concessão, os ativos vinculados à infra-estrutura devem reverter ao poder concedente mediante o pagamento de uma indenização determinada pelo valor novo de reposição depreciado (VNR). 2) Transmissão de energia elétrica a) O preço (tarifa) é regulada e denominado Receita Anual Permitida (RAP). A empresa de transmissão de energia elétrica não pode negociar preços com usuários. Para alguns contratos, a RAP é fixa e atualizada monetariamente por índice de preços uma vez por ano. Para os demais contratos, a RAP é atualizada monetariamente por índice de preços uma vez por ano, e é revisada a cada cinco anos. Geralmente, a RAP para qualquer empresa de transmissão de energia elétrica está sujeita à revisão anual devido ao aumento de ativos e despesas operacionais decorrentes de modificações, melhorias e ampliação de instalações. O nível de tarifas (RAP) será alterado a partir da renovação das concessões diretamente afetadas pela Lei 12.783 / 2013 (ver nota 2.1). b) Os bens são reversíveis no final da concessão, com direito a indenização (caixa) do poder concedente sobre os investimentos ainda não amortizados, determinados pelo valor novo de reposição – VNR. II.1 Adoção da IFRIC 12 – Contratos de Concessão, aplicável aos contratos de concessão público-privados nos quais a entidade pública: a) Controla ou regula os tipos de serviços que podem ser prestados, com recursos para a infraestrutura subjacente; b) Controla ou regula o preço dos serviços prestados; c) Controla / detém um interesse significativo na infraestrutura no final da concessão. Uma concessão pública-privada apresenta, geralmente, as seguintes características: a) Uma infraestrutura subjacente à concessão, que é utilizada para a prestação de serviços; b) Um acordo / contrato entre o concedente e o operador; c) O operador presta um conjunto de serviços durante a concessão; d) O operador recebe uma compensação ao longo do prazo do contrato de concessão, seja diretamente do poder concedente, de usuários da infraestrutura, ou de ambos; e) Infraestruturas são transferidas para o concedente no final da concessão, geralmente de forma gratuita ou também por pagamento. De acordo com a IFRIC 12, as infraestruturas de concessão que beneficiam a regra não são reconhecidos pela concessionária como ativos fixos, uma vez que não se considera que o operador esteja no controle de tais ativos, sendo então reconhecido de acordo com um dos seguintes modelos contábeis, dependendo do tipo de compromisso de compensação assumido pelo concedente no âmbito do contrato: 1) Modelo de ativo financeiro Este modelo é aplicável quando o concessionário tem o direito incondicional de receber determinadas quantias monetárias independente do nível de utilização das infraestruturas no âmbito da concessão, e resulta no registro de um ativo financeiro, o que foi classificado como empréstimo e recebível (geração e transmissão) ou disponível para venda (distribuição). 2) Modelo de ativo intangível Este modelo é aplicável quando a concessionária, no âmbito da concessão, é compensada com base no grau de utilização de infraestruturas (risco de crédito e demanda) referente à concessão, e resulta no registro de um ativo intangível. 3) Modelo misto Este modelo é aplicado quando a concessão inclui, simultaneamente, obrigações de compensação garantidas pelas obrigações do concedente e remuneração, dependendo do nível de uso da infraestrutura da concessão. F-32 Com base nas características estabelecidas nos contratos de distribuição de concessão da Companhia e de suas subsidiárias de energia elétrica e nos requisitos da norma, os seguintes ativos são reconhecidos no negócio de distribuição da energia elétrica: a) Quota estimada dos investimentos não amortizados ou depreciados feitos até o final da concessão classificada como um ativo financeiro por ser um direito incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro diretamente do poder concedente, e b) Parcelas restante do ativo financeiro (valor residual) devem ser classificadas como ativo intangível, devido à sua recuperação estar sujeita à utilização do serviço público, neste caso, o consumo de energia elétrica pelos consumidores. A infraestrutura recebida ou construída para a atividade de distribuição é recuperada através de dois fluxos de caixa, como segue: a) Parcialmente através do consumo de energia elétrica por parte dos consumidores (faturamento mensal com base na medida de eletricidade e energia consumida / vendida) durante o prazo de concessão; e b) Parcialmente como indenização dos bens reversíveis no final da concessão, a ser recebida diretamente pelo poder concedente ou por quem ele delegar para esta tarefa. Esta indenização será baseada na proporção dos investimentos realizados em bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido feitos com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade dos serviços. As concessões de distribuição de energia elétrica da Companhia e suas subsidiárias não são caras. Portanto, não há obrigações financeiras fixas nem pagamentos a serem efetuados ao Poder Concedente. Para a atividade de transmissão de energia elétrica, a Receita Anual Permitida – RAP é recebida de empresas que utilizam a infraestrutura através da tarifa de uso do sistema de transmissão (TUST). Essas tarifas resultam da divisão de alguns valores específicos entre os usuários de transmissão; (i) a RAP de todas as empresas de transmissão; (ii) serviços prestados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS; e (iii) encargos regulatórios. O poder concedente delegou às empresas geradoras, distribuidoras, consumidores livres, empresas de importação e exportação, o pagamento mensal de RAP, que pode ser concedido pela transmissão do quadro regulamentar, constituindo um direito contratual incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro, assim o risco de crédito é baixo. Considerando que a Companhia não está exposta a riscos de crédito e que a demanda e a receita são obtidas com base na disponibilidade de linhas de transmissão, toda a infraestrutura foi registrada como ativos financeiros. O ativo financeiro inclui a indenização que deve ser paga com base em partes de investimentos vinculados aos bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade dos serviços. No negócio de geração de energia elétrica, com exceção da Itaipu e da Amazonas Energia, a IFRIC 12 não é aplicável, e a infraestrutura continua a ser classificada como um ativo imobilizado. No entanto, a regra é aplicável à distribuição e transmissão de energia elétrica, e estas empresas se qualificam no modelo misto (dividido) e no modelo financeiro, respectivamente. III. Concessões de Geração a) Geração hidráulica e térmica – as concessões, não diretamente afetadas pela Lei 12.783 / 2013 (ver nota 2.1), não estão no escopo da IFRIC 12, tendo em vista as características de preços em vez de tarifas reguladas. A única exceção refere-se à geração da Amazonas Energia, a qual é destinada exclusivamente para a operação de distribuição, e que tem um mecanismo de tarifas específica. A partir de 1 janeiro de 2013, as concessões diretamente afetadas pela Lei 12.783 / 2013, até então fora do âmbito da IFRIC 12, tornam-se parte do escopo de tais regulamentos, considerando a mudança no sistema de preços, tornando-se uma tarifa regulada para essas concessões ao longo dos modelos já aplicados às concessões de distribuição até então. b) Geração Nuclear – Tem um sistema tarifário definido. No entanto, difere de outros contratos de geração por ser uma permissão de concessão, sem prazo determinado para o fim da autorização, bem como as características de controle significativo dos ativos pelo cedente no final do período de autorização. c) Itaipu Binacional – a infraestrutura foi classificada como estando no âmbito da IFRIC 12, devido aos seguintes fatos específicos. IV. Itaipu Binacional a) A Itaipu Binacional é regida por um tratado bilateral assinado em 1973, no qual foram estabelecidas as condições tarifárias, considerando-se a base da formação de tarifa como sendo determinada exclusivamente para cobrir as despesas e o serviço de dívida desta Companhia; F-33 b) Os termos de base e troca tarifária estão em vigor até 2023, o que corresponde a uma parte significativa da vida útil da usina. A infraestrutura tem sido classificada como um ativo financeiro levando em consideração os seguintes aspectos: c) O fluxo financeiro foi criado principalmente para permitir o pagamento do serviço da dívida, com vencimento final em 2023; d) A negociação de energia elétrica da Itaipu foi sub-rogada para a Companhia, porém isto foi decorrente de contratos anteriormente assinados com as distribuidoras, em condições de pagamento previamente definidos. e) Nos termos da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, os compromissos de aquisição e transferência para as concessionárias de distribuição dos serviços de eletricidade da Itaipu Binacional, assinado até agora por Furnas e Eletrosul, subsidiárias da Eletrobras, com as concessionárias de distribuição de energia elétrica foram transferidos para a Companhia. Dívidas decorrentes da comercialização de energia elétrica da Itaipu Binacional foram renegociadas com a empresa, originária de contratos de financiamento. Estes contratos foram inicialmente registados pelo seu valor justo e, posteriormente, mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. f) Os termos do acordo de garantia de reembolso da empresa, mesmo em eventos de falta de capacidade de geração operacional ou problemas com a usina. V. Ativo financeiro – Concessões de Serviços Públicos A Companhia reconhece um crédito a receber do poder concedente (ou para quem o outorgante o tenha concedido) quando tem o direito incondicional de receber dinheiro ao final da concessão como indenização pelos investimentos realizados pelas empresas de distribuição, transmissão e geração de energia não recuperados por meio de serviços relacionados à concessão. Estes ativos financeiros são contabilizados pelo valor justo dos direitos e são calculados com base na parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados ou depreciados até o final da concessão. Ativos relacionados à distribuição de energia elétrica são remunerados com base na remuneração regulatória do WACC (Custo Médio Ponderado de Capital), sendo este fator incluído na base tarifária e os ativos relacionados à transmissão de energia elétrica são remunerados com base na taxa interna de retorno do empreendimento. No caso de geração, apenas os ativos relacionados às concessões diretamente afetadas pela Lei 12.783/2013 (ver nota 2.1) e formadas a partir da referida lei, são considerados ativos financeiros a serem pagos da mesma forma pelos transmissores, desde que a aquisição de tais ativos seja aprovado pelo MME e pela ANEEL. Estas contas a receber são classificadas como circulantes e não-circulantes, considerando a expectativa de recebimento destes valores, com base na data da extinção das concessões. 3.12. Ativos intangíveis A Companhia reconhece como um ativo intangível o direito de cobrar os usuários pela prestação de serviços de distribuição de energia (para a geração, a infraestrutura da Amazonas Energia, que tem relação exclusiva com a atividade de distribuição dessa mesma empresa, também é classificado como um ativo intangível). O ativo intangível é determinado como sendo o valor residual da receita de construção auferido para a construção ou aquisição da infraestrutura realizada pela Companhia e o valor do ativo financeiro relacionado com o direito incondicional de receber caixa ao final da concessão em forma de indenização. O ativo é apresentado líquido de amortizações e perdas por imparidade, quando aplicável. A amortização do ativo intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela Companhia ou o prazo final da concessão, o que ocorrer primeiro. O padrão de consumo dos ativos está relacionado à sua vida útil econômica nas quais os ativos construídos pela Companhia compõem a base de cálculo para medir a tarifa de prestação de serviços de concessão. A amortização do ativo intangível começa quando ele estiver disponível para uso, em seu local e nas condições necessárias para ser capaz de funcionar da forma esperada pela Companhia. A amortização cessa quando o ativo tiver sido totalmente consumido ou amortizado, não compreendendo a base de cálculo da tarifa de prestação dos serviços de concessão, o que ocorrer primeiro. A Companhia realiza o teste de recuperabilidade de seus ativos anualmente, utilizando o método do valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados pelos ativos (vide Nota 19). Os ativos intangíveis são compostos basicamente de direitos de uso da concessão, mas também incluem ágio na aquisição de investimentos e gastos específicos associados à aquisição de direitos, acrescidos dos respectivos custos de implementação, se for o caso. Os ativos intangíveis com vida útil definida adquiridos separadamente são registrados s custo, deduzido da amortização acumulada e das perdas por imparidade. A amortização é contabilizada pelo método linear com base na vida útil estimada dos ativos. A vida útil F-34 estimada e o método de amortização são revisados no fim de cada ano fiscal e os efeitos de quaisquer mudanças são oportunamente contabilizados. Os ativos intangíveis com vida útil indefinida adquiridos separadamente são registrados a custo, deduzido das perdas por imparidade acumuladas. 3.12.1. Concessões Onerosas (Uso do Bem Público – UBP) A Companhia e algumas controladas possuem contratos de concessão onerosa com a União para o uso de bens públicos para a geração de eletricidade em certas usinas. Os valores identificados nos contratos são apresentados a preços futuros e, portanto, a Companhia e tais subsidiárias ajustaram esses contratos para apresentar um valor com base na taxa de desconto calculada na data de vencimento. A responsabilidade de atualização devido à taxa de desconto e atualização monetária está sendo capitalizada no ativo durante a construção das usinas e será, a partir da data de início, reconhecido diretamente na demonstração do resultado. Estes ativos são registrados no ativo intangível como uma entrada correspondente do passivo não-circulante. 3.12.2 Gastos com Estudos e Projetos Os valores gastos com estudos e projetos, inclusive de viabilidade e aproveitamento hidrelétrico e de estoques de linhas de transmissão, são reconhecidos como despesas operacionais quando incorridos, até que a viabilidade econômica de sua exploração ou a outorga de concessão ou autorização sejam efetivamente provadas. Desde a concessão e/ou autorização de exploração do serviço público de energia elétrica, ou da confirmação da viabilidade econômica do projeto, as despesas são capitalizadas como custos de desenvolvimento do projeto. Atualmente a Companhia não possui valores capitalizados referentes a gastos com estudos e projetos. 3.13. Deficiência de ativos não financeiros, excluindo o ágio No final de cada exercício social, a Companhia avalia se há alguma evidência de que seus ativos não financeiros tenham sofrido quaisquer perdas por imparidade. No caso de existir tal evidência, o valor recuperável do ativo é estimado, a fim de medir a quantidade desta perda, se houver. Quando não for possível estimar o montante recuperável de um ativo, a Companhia calculará o montante recuperável da unidade geradora de caixa à qual o ativo pertence. Quando uma base de alocação razoável e consistente pode ser identificada, os ativos corporativos também são alocados em unidades geradoras de caixa individuais ou no menor grupo de unidades geradoras de caixa no qual uma base de alocação razoável e consistente possa ser identificada. O valor recuperável é o maior entre o valor justo menos os custos de venda ou o valor em uso. Na avaliação do valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados no valor presente a uma taxa de desconto que reflete uma avaliação atualizada do valor do dinheiro no tempo, e riscos específicos relacionados ao ativo para os quais os fluxos de caixa futuros estimados não foram ajustados . Se o valor recuperável de um ativo calculado (ou unidade geradora de caixa) for menor do que seu valor contábil, o valor do patrimônio líquido contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) será reduzido ao seu valor recuperável. A perda correspondente à redução do valor recuperável é reconhecida imediatamente na demonstração do resultado. Quando a perda por imparidade é revertida subsequentemente, há um aumento no valor contábil do ativo (ou unidade geradora de caixa) para a estimativa revisada de seu valor recuperável, considerando que ele não exceda o valor contábil que teria sido determinado caso nenhuma perda por imparidade tenha sido contabilizada para o ativo (ou unidade geradora de caixa) em exercícios anteriores. A reversão da perda por imparidade é reconhecida imediatamente na demonstração do resultado. Devido às perdas operacionais históricas sobre as empresas de distribuição da Eletrobras, a Companhia realiza anualmente o teste de recuperabilidade utilizando o método do valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados pelos ativos, resultando em um montante inferior ao montante registrado em empresas de distribuição (vide nota explicativa 18). Além disso, considerando que o valor patrimonial da empresa é maior que o valor de mercado, o teste de recuperabilidade também é realizado anualmente para outras unidades de negócio através do fluxo de caixa descontado, e esta avaliação é feita individualmente para cada contrato de concessão. 3.14. Ágio O ágio resultante de uma combinação de negócios é demonstrado a custo na data da combinação do negócio, líquido da perda acumulada, se for o caso. Para fins de teste do valor recuperável, o ágio é alocado em cada uma das unidades geradoras de caixa da Companhia (ou grupos de unidades geradoras de caixa) que irão se beneficiar das sinergias resultantes da combinação. F-35 Considerando que as operações de investimento da Companhia estão ligadas às operações no âmbito dos contratos de concessão, o ágio decorrente da aquisição de tais entidades representa o direito de concessão com vida útil definida, sendo reconhecido como um ativo intangível da concessão, e a amortização é calculada de acordo com a o prazo da concessão. 3.15. Combinações de negócios Nas demonstrações financeiras consolidadas, as aquisições de negócios são contabilizadas pelo método de aquisição. A contrapartida transferida em uma combinação de negócios é mensurada pelo valor justo, que é calculado pela soma dos valores justos dos ativos transferidos pela Companhia, dos passivos assumidos pela Companhia na data da aquisição com os ex-proprietários da adquirida, e o patrimônio de emissão da Companhia em troca do controle da adquirida. Os custos relacionados à aquisição são geralmente reconhecidos no resultado, quando incorridos. Na data de aquisição, os ativos adquiridos e passivos assumidos identificáveis são reconhecidos pelo valor justo na data da aquisição, exceto para: • ativos ou passivos fiscais diferidos e ativos e passivos relacionados a acordos de benefícios a empregados são reconhecidos e mensurados de acordo com o IAS 12 – Imposto de Renda e o IAS 19 – Benefícios a Empregados, respectivamente; • passivos ou instrumentos de patrimônio relacionados a acordos de pagamento baseados em ações da adquirida ou acordos de pagamento baseados nas ações do Grupo concluídos em lugar de acordos de pagamento da adquirida são medidos de acordo com a IFRS 2 – Pagamento Baseado em Ações na data de aquisição; e • ativos (ou grupos de alienação) classificados como mantidos para venda de acordo com a IFRS 5 – Ativos Não-Circulantes Mantido para Venda e Operações Descontinuadas são medidos por esta Regra. O ágio é mensurado como o excesso da soma da contrapartida transferida, o valor da participação minoritária na entidade adquirida, e o valor justo dos juros do adquirente anteriormente pertencentes à entidade adquirida (se houver) sobre os valores líquidos na data de aquisição dos ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos. Se, após a avaliação, o valor líquido dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos na data de aquisição for maior que a soma da contrapartida transferida, o valor da participação de minoritários na adquirida e do valor justo da participação do adquirente anteriormente detido na adquirida (se houver), o excesso é reconhecido imediatamente na demonstração de resultados como um ganho. Juros minoritários que correspondem aos juros atuais e conferem aos seus titulares o direito a uma parcela proporcional dos ativos líquidos da entidade em caso de liquidação podem ser inicialmente mensurados pelo valor justo ou com base na participação proporcional dos acionistas minoritários nos valores reconhecidos dos ativos líquidos identificáveis da adquirida. A seleção do método de medição é feita transação por transação. Outros tipos de juros minoritários são medidos pelo valor justo ou, quando aplicável, conforme descrito em outra IFRS. Quando a contrapartida transferida pela Companhia em uma combinação de negócios inclui ativos ou passivos resultantes de um acordo de contrapartida contingente, a contrapartida contingente é mensurada pelo valor justo na data de aquisição e incluída na contrapartida transferida em uma combinação de negócios. Mudanças no valor justo da contraprestação contingente classificadas como ajustes do período de mensuração são ajustadas retroativamente, com correspondentes ajustes no ágio. Os ajustes do período de mensuração representam ajustes decorrentes de informações adicionais obtidas durante o "período de mensuração" (que não pode exceder um ano a partir da data de aquisição) relacionados a fatos e circunstâncias existentes na data de aquisição. A contabilização subsequente de mudanças no valor justo da contraprestação contingente não classificada como ajuste do período de mensuração depende da classificação do contingente. A contrapartida contingente classificada como patrimônio não é reavaliada nas datas de declarações financeiras subsequentes e sua correspondente liquidação é contabilizada no patrimônio líquido. A contrapartida contingente classificada como ativo ou passivo é reavaliada em datas subsequentes das demonstrações financeiras de acordo com a IAS 39 ou IAS 37 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, conforme o caso, com o correspondente ganho ou perda reconhecido no resultado. Quando uma combinação de negócios é realizada em estágios, o juros anterior, detido pela Companhia na entidade adquirida é reavaliado ao valor justo na data de aquisição (isto é, a data em que a Companhia adquire o controle) e o correspondente ganho ou perda, se houver, é reconhecido na demonstração do resultado. Valores de ações adquiridas antes da data de aquisição que tenham sido previamente reconhecidos em "Outros resultados abrangentes" são reclassificados no resultado, na medida em que tal tratamento for adequado no caso tal participação ser alienada. Se a contabilização inicial de uma combinação de negócios estiver incompleta no final do período em que a combinação ocorrer, a Companhia registra os valores provisórios dos itens cuja contabilização estiver incompleta. Esses valores provisórios são ajustados durante o período de medição (ver acima), ou ativos e passivos adicionais são reconhecidos para refletir as novas informações relativas a fatos e circunstâncias existentes na data de aquisição que, se conhecidos, teriam afetado os valores reconhecidos naquela data. F-36 Combinações de negócios que ocorreram antes de 31 de dezembro de 2008 foram contabilizadas de acordo com a Instrução CVM 247/1996. Ágios e deságios apurados na aquisição de participação de não-controladores após 1 de Janeiro de 2009, data do primeiro uso da IFRS, são destinados integralmente ao contrato de concessão e reconhecidos no ativo intangível. 3.16. Tributação de impostos Despesas com imposto de renda e contribuição social representam a soma dos impostos correntes e diferidos, e a opção de cálculo do imposto de renda sobre a renda da empresa é feita através do método de renda tributável. 3.16.1. Impostos correntes A provisão para imposto de renda (IRPJ) e contribuição social (CSLL) está baseada no lucro tributável do ano. O lucro tributável difere do lucro apresentado na demonstração do resultado, porque exclui receitas ou despesas tributáveis ou dedutíveis em outros exercícios, além de excluir itens não tributáveis ou não dedutíveis de forma permanente. A provisão para imposto de renda e contribuição social é calculada individualmente para cada subsidiária da Companhia com base nas alíquotas em vigor no final do ano fiscal. 3.16.2. Impostos deferidos O imposto de renda e a contribuição social deferidos são reconhecidos com base nas diferenças temporárias no final de cada período de relatório entre os saldos de ativos e passivos reconhecidos nas demonstrações financeiras e as correspondentes bases fiscais usadas na apuração do lucro tributável, incluindo o balanço de prejuízos fiscais, quando aplicável. Os impostos passivos deferidos são, geralmente, reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis , e os impostos deferidos ativos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias dedutíveis, apenas quando for provável que a empresa apresente lucro tributável futuro em montante suficiente para utilizar tais diferenças temporárias dedutíveis. A recuperação do ativo fiscal deferido é revisada no final de cada período de relatório e, quando não for mais provável que lucros tributáveis futuros estejam disponíveis para permitir a recuperação do ativo total, ou parte dele, o saldo do ativo é ajustado pelo valor esperado a ser recuperado. Ativos e passivos fiscais deferidos são mensurados pelas taxas de imposto aplicáveis no período no qual se espera que o passivo seja liquidado ou o ativo seja realizado, com base nas alíquotas previstas na legislação tributária vigente no final de cada período de relatório, ou quando uma nova legislação tiver sido substancialmente aprovada. A mensuração dos ativos e passivos fiscais deferidos reflete as consequências fiscais resultantes da maneira pela qual a Companhia espera, no final de cada período de relatório, recuperar ou liquidar o valor contábil desses ativos e passivos. Impostos correntes e deferidos são reconhecidos no resultado, exceto quando correspondem a itens registrados em outros resultados abrangentes ou diretamente no patrimônio líquido, caso no qual os impostos correntes e deferidos também são reconhecidos em outros resultados abrangentes ou diretamente no patrimônio líquido, respectivamente. Onde os impostos correntes e deferidos são derivados da contabilização inicial de uma combinação de negócios, o efeito fiscal é considerado na contabilização da combinação de negócios. 3.17. Instrumentos financeiros Os ativos e passivos financeiros são reconhecidos quando uma entidade da Companhia é parte das disposições contratuais do instrumento. Os ativos e passivos financeiros são inicialmente mensurados pelo valor justo. Os custos de transação diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão de ativos e passivos financeiros (exceto por ativos e passivos financeiros contabilizados pelo valor justo no resultado) são acrescidos ou deduzidos do valor justo dos ativos ou passivos financeiros, se aplicável, após reconhecimento inicial. Os custos da transação diretamente atribuíveis à aquisição de ativos e passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado são imediatamente reconhecidos no resultado. 3.17.1. Ativos financeiros Os ativos financeiros são classificados nas seguintes categorias específicas: ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado, investimentos mantidos até o vencimento, ativos financeiros disponíveis para venda, e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da natureza e finalidade dos ativos financeiros e é determinada na data do reconhecimento inicial. (a) Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado Um ativo financeiro é classificado como mantido para negociação se: • for comprado principalmente para ser vendido no curto prazo; ou F-37 • no reconhecimento inicial for parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que o Grupo administra em conjunto e possuir um recente padrão de obtenção de lucros real a curto prazo ou • for um derivativo que não esteja designado como um instrumento eficaz de "hedge". Um ativo financeiro além dos mantidos para negociação pode ser projetado pelo valor justo por meio do resultado no reconhecimento inicial se: • tal designação eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência ou medida de reconhecimento que, de outra forma, iria surgir; ou • o ativo financeiro for parte de um grupo de ativos geridos ou passivos financeiros ou ambos; e • seu desempenho for avaliado com base no justo valor, de acordo com a estratégia documentada de gestão do risco ou de investimento da Companhia, e quando as informações sobre o agrupamento forem fornecidas internamente com a mesma base; ou • for parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos, e a IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração permitir que o contrato combinado (ativo ou passivo) seja totalmente designado ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros são classificados ao valor justo por meio do resultado quando são mantidos para negociação com o propósito de venda no curto prazo ou projetado pelo valor justo através de ganhos e perdas. Os ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado são demonstrados ao valor justo e os ganhos ou perdas resultantes são reconhecidos no resultado. Ganhos e perdas reconhecidos no resultado líquido incorporam outras receitas e despesas financeiras no resultado. (b) Investimentos mantidos até o vencimento Os investimentos mantidos até o vencimento correspondem aos ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis e data de vencimento fixa que a Companhia tem a intenção positiva e a capacidade de manter até o vencimento. Após o reconhecimento inicial, investimentos mantidos até o vencimento são mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de juros efetivos menos eventual perda por imparidade. (c) Empréstimos e recebíveis Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não são cotados em um mercado ativo. Empréstimos e recebíveis (inclusive contas a receber de clientes e outras, caixa e equivalentes de caixa, entre outros) são mensurados pelo custo amortizado utilizando o método de juros efetivos, deduzidos de eventuais perdas por imparidade. A receita de juros é reconhecida através da aplicação da taxa de juros efetiva. (d) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda correspondem a ativos financeiros não derivativos designados como disponíveis para venda, ou não, classificados como: 1) ativos financeiros a valor justo através de resultados, 2) investimentos mantidos até o vencimento, ou 3) empréstimos e recebíveis, que são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o valor justo do preço pago, incluindo despesas de transação. Após o reconhecimento inicial, são reavaliados ao valor justo por referência ao seu valor de mercado, sem quaisquer deduções referentes a custos da transação que possam vir a ocorrer até a sua venda. Mudanças no valor contábil dos ativos financeiros monetários disponíveis para venda devido à flutuação das taxas de câmbio (ver abaixo), a receita de juros calculados utilizando o método de taxa efetiva de juros, e os dividendos de ações de investimentos disponíveis para venda são reconhecidos no resultado. Outras mudanças no valor contábil dos ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidas em outros resultados abrangentes. Quando o investimento é alienado ou apresenta imparidade, o ganho ou perda acumulado anteriormente contabilizado nos outros resultados abrangentes é reclassificado para o resultado. 3.17.2. Imparidade nos ativos financeiros Ativos financeiros, exceto aqueles designados pelo valor justo por meio do resultado, são avaliados por indicadores de imparidade no final de cada período. As perdas por imparidade são reconhecidas se, e somente se, houver evidência objetiva de imparidade do ativo financeiro resultante de um ou mais eventos que ocorreram após seu reconhecimento inicial, com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros desse ativo. F-38 No caso de investimentos de capital classificados como disponíveis para venda, uma queda significativa ou grande no valor justo de um título abaixo de seu custo também é uma evidência de que os ativos se deterioraram. Se houver alguma evidência deste tipo de ativos financeiros disponíveis para venda, a perda acumulada (mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual menos qualquer perda por imparidade sobre a ativo anteriormente reconhecido na demonstração de resultados) será removida do balanço e reconhecida na demonstração do resultado consolidado. Perdas por imparidade reconhecidas na demonstração do resultado em instrumentos patrimoniais não são revertidas no âmbito da demonstração do resultado consolidado. Se, num período subsequente, o valor justo de um instrumento de dívida classificado como disponível para aumentar as vendas, e esse aumento puder ser objetivamente relacionado a um evento ocorrido após a perda por imparidade ter sido reconhecida no resultado, a perda por imparidade é revertida por meio de demonstração do resultado. Para certas categorias de ativos financeiros, tais como contas a receber, os ativos são avaliados coletivamente, mesmo que não haja nenhuma evidência de que eles serão registrados por um valor superior ao recuperável quando avaliados individualmente. Evidências objetivas de imparidade para a carteira de crédito podem incluir a experiência passada da Companhia na cobrança de pagamentos e o aumento no número de pagamentos em atraso após o prazo médio de recebimento, bem como mudanças observáveis nas condições econômicas nacionais ou locais relacionadas à inadimplência dos recebíveis. Para ativos financeiros registrados a custo amortizado, o valor da imparidade registada é a diferença entre o valor contábil do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados pela taxa de juros efetiva original do ativo financeiro. Para ativos financeiros registrados a custo, o valor da perda de imparidade é a diferença entre o valor contábil do ativo e o valor atual da estimativa dos fluxos de caixa futuros descontados pela taxa de retorno atual para um ativo financeiro similar. Esta perda de imparidade não é revertida em períodos subsequentes. O valor contábil do ativo financeiro é reduzido diretamente pela perda no valor recuperável para todos os ativos financeiros, com exceção das contas a receber, nas quais o valor contábil é reduzido pelo uso de uma provisão. Recuperações subsequentes de valores anteriormente provisionados são creditados ao subsídio. Mudanças no valor contábil da provisão são reconhecidas no resultado. Para ativos financeiros registrados a custo amortizado, se em um período subsequente o montante da perda por imparidade diminuir, e essa diminuição pode ser objetivamente relacionada a um evento ocorrido após a perda tenha sido reconhecida, a perda anteriormente reconhecida é revertida por meio do resultado, desde que o valor contábil do investimento na data dessa reversão não exceda o eventual custo amortizado caso a redução ao valor recuperável não fosse reconhecida. 3.17.3. Baixa de ativos financeiros A Companhia baixa um ativo financeiro apenas quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa provenientes desse ativo expiram ou são transferidos, juntamente com todos os riscos e benefícios da propriedade. Se a Companhia não transferir ou não detiver substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade do ativo financeiro, mas continuar controlando o ativo financeiro transferido, a Companhia reconhece a participação detida e o respectivo passivo nos valores que deve pagar. Se detiver substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade do ativo financeiro transferido, a Companhia continua reconhecendo esse ativo, além de um empréstimo garantido pela receita auferida. Após a baixa de um ativo financeiro, a diferença entre o valor contábil do ativo e a soma da contrapartida recebida e a receber, e o ganho ou perda reconhecido em outros resultados abrangentes e acumulados no patrimônio acumulado é reconhecida na demonstração do resultado. 3.17.4. Passivos financeiros e instrumentos patrimoniais Os instrumentos de dívida e capital emitidos por uma entidade do grupo são classificados como passivos financeiros ou patrimônio, de acordo com a natureza do acordo contratual e as definições de passivo financeiro e instrumento de patrimônio. Um instrumento de patrimônio é um contrato que evidencia uma participação residual nos ativos de uma empresa após a dedução de todos os seus passivos. Instrumentos de capital próprio emitidos pelo Grupo são reconhecidos quando os recursos são recebidos, líquidos de custos diretos de emissão. Os passivos financeiros são classificados como passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado ou em outros passivos financeiros. (a) Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado Os passivos financeiros são classificados ao valor justo por meio do resultado quando são mantidos para negociação a curto prazo ou designados pelo valor justo por meio do resultado. Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado são demonstrados ao valor justo, e os respectivos ganhos ou perdas são reconhecidos na demonstração do resultado. F-39 (b) Outros passivos financeiros Outros passivos financeiros, que incluem empréstimos e financiamentos, fornecedores e outras contas a pagar, são mensurados pelo valor justo amortizado utilizando o método de juros efetivo. O método de juros efetivo é utilizado para calcular o custo amortizado de um passivo financeiro e alocar sua despesa de juros durante o respectivo período. A taxa efetiva de juros é a taxa descontando exatamente os fluxos de caixa futuros estimados (inclusive honorários e pontos pagos ou recebidos, constituindo uma parte integrante da taxa efetiva de juros, custos de transação e outros prêmios ou descontos) ao longo da vida estimada do passivo financeiro ou, quando apropriado, por um período menor, para o reconhecimento inicial do valor contábil líquido. 3.17.5. Baixa de passivos financeiros A Companhia baixa passivos financeiros somente quando as obrigações da Companhia são extintas e canceladas ou quando expiram. A diferença entre o valor contábil do passivo financeiro reduzido e a contrapartida paga e a pagar é reconhecida no resultado. 3.17.6. Contratos de garantia financeira Os contratos de garantia financeira consistem em contratos que exigem que a empresa emissora faça pagamentos especificados, a fim de reembolsar o detentor por perdas decorrentes das circunstâncias, quando o devedor especificado não pagar na data de vencimento, de acordo com as condições iniciais ou alteradas de instrumento de dívida . As garantias financeiras são inicialmente reconhecidas nas demonstrações financeiras pelo seu valor justo sobre a data de emissão da garantia. Posteriormente, os passivos relacionados às garantias são mensurados pelo maior valor inicial menos a amortização das taxas reconhecidas e a melhor estimativa do valor exigido para liquidar a garantia. Essas estimativas são estabelecidas com base na experiência em transações similares e no histórico de perdas antigas junto ao julgamento da Administração da Empresa. As taxas recebidas são reconhecidas com base no método linear ao longo da vida útil da garantia. Quaisquer aumentos de passivos relacionados à garantias são indicados, quando incorridos, em despesas operacionais (ver Nota 22). 3.17.7. Instrumentos financeiros derivativos A Companhia possui instrumentos financeiros derivativos para proteger sua exposição à taxa de juros e riscos cambiais, incluindo contratos de câmbio, taxa de juros e swaps cambiais. A Nota 44 inclui informações detalhadas sobre os instrumentos financeiros derivativos. Certas empresas controladas em conjunto celebraram contratos de derivativos, e, em alguns casos, a política de contabilização de hedge foi aplicada. Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e, posteriormente, são reavaliados ao seu valor justo no final do ano fiscal. Ganhos ou perdas ocasionais são imediatamente reconhecidos no resultado, exceto quando o derivativo for designado, e for, efetivamente, um instrumento de hedge de fluxo de caixa; neste caso, o momento do reconhecimento no resultado depende da natureza da relação de hedge. 3.17.8. Derivativos embutidos Derivativos embutidos em contratos não-derivativos são tratados como um derivativo separado quando seus riscos e características não estão estritamente relacionados aos respectivos contratos, e estes não são mensurados pelo valor justo por meio do resultado. 3.17.9. Contabilização de hedge A Companhia possui uma política de contabilização de hedge, porém, com exceção das operações de certos SPEs, atualmente ela não tem operações classificadas como tal. Instrumentos financeiros derivativos designados em operações de hedge são inicialmente reconhecidos pelo valor justo na data em que o contrato de derivativo é contratado, sendo reapresentados, também, ao valor justo. Derivativos são apresentados como ativos financeiros quando o valor justo do instrumento for positivo, e como passivos financeiros quando o valor justo for negativo. No início da relação de hedge, a Companhia documenta a relação entre o instrumento de hedge e do item objeto de hedge com os seus objetivos de gestão dos riscos e sua estratégia para assumir várias operações de hedge. Além disso, no início do hedge e de forma contínua, a Companhia registra se o instrumento de hedge usado em uma operação de hedge for altamente eficaz na neutralização das alterações do valor justo ou no fluxo do item objeto que está sendo coberto de caixa, atribuíveis ao risco inerente para a cobertura. Para efeito de contabilização de hedge, a Companhia utiliza as seguintes classificações: (a) hedge de valor justo F-40 Mudanças no valor justo dos derivativos designados e qualificados como hedge de valor justo são contabilizadas no resultado do exercício, com as alterações no valor justo do item objeto que está sendo coberto atribuído ao risco protegido. Mudanças no valor justo dos instrumentos de hedge e no item objeto que está sendo coberto atribuível ao risco de hedge são reconhecidas no resultado. A contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente quando a Companhia cancela a relação de cobertura, o instrumento de cobertura expira ou é vendido, rescindido ou executado, ou quando já não se qualifica para contabilidade de cobertura. O ajuste a valor justo do item objeto de hedge, decorrente da cobertura de risco, é posteriormente registrado no resultado. (b) hedges de fluxo de caixa A parte efetiva das mudanças no valor justo dos derivativos que for designada e qualificada como hedge de fluxo de caixa é reconhecida em outros resultados abrangentes. Os ganhos ou perdas relacionados à parte efetiva são imediatamente reconhecidos no resultado. Os valores anteriormente reconhecidos em outros resultados abrangentes e acumulados no balanço patrimonial são reclassificados para o resultado no ano em que o item objeto a ser coberto for reconhecido na demonstração do resultado. A contabilidade de cobertura é descontinuada quando a Companhia cancela a relação de cobertura, o instrumento de cobertura expira ou é vendido, rescindido ou executado, ou quando já não se qualifica para contabilidade de cobertura. Quaisquer ganhos ou perdas reconhecidos em outros resultados abrangentes e acumulados no patrimônio naquele momento permanecem no patrimônio e são reconhecidos quando a transação prevista for finalmente reconhecida na demonstração do resultado. Quando ninguém espera que a transação prevista ocorra, os ganhos ou perdas acumulados e deferidos no patrimônio são imediatamente reconhecidos no resultado. 3.18. Benefícios pós-emprego 3.18.1. Passivos de aposentadoria A Companhia e suas subsidiárias patrocinam uma série de planos de previdência, que geralmente são financiados pelas contribuições para as companhias de seguros ou fundos fiduciários, determinados por cálculos atuariais periódicos. A Companhia patrocina planos de benefício definidos e de contribuição também definidos. Um plano de contribuição definido é um plano de pensão segundo o qual a Companhia paga contribuições definidas para uma entidade separada e não tem nenhuma obrigação legal ou construtiva de pagar contribuições se o fundo não possuir ativos suficientes para pagar, a todos os empregados, os benefícios relacionados aos serviços prestados pelos empregados no exercício atual e anterior ligados a este tipo de plano. Um plano de benefícios definido é diferente de um plano de contribuição definido, uma vez que tais planos de benefícios definidos estabelecem o valor de um benefício pós-emprego que um empregado receberá em sua aposentadoria, normalmente dependendo de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração. O passivo reconhecido no balanço relacionado aos planos de benefício definido é o valor justo do passivo de benefício definido na data do balanço menos o valor justo dos ativos do plano, com os ajustes não reconhecidos de custos de serviços anteriores. O passivo de benefício definido é calculado anualmente por atuários independentes, usando o método da unidade de crédito projetada. O valor presente na obrigação de benefício definido é determinado descontando o fluxo de caixas futuros estimados, usando taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham prazos de vencimento próximos aos do respectivo passivo do plano de pensão. Os ganhos e as perdas decorrentes de ajustes com base na experiência e nas mudanças das premissas atuariais são contabilizados em outros resultados abrangentes. Os custos de serviços anteriores são imediatamente reconhecidos no resultado, a menos que as alterações ao plano de pensão sejam condicionadas à continuidade do empregado no emprego por um período de tempo específico (o período no qual o direito é ganho). Neste caso, os custos de serviços anteriores são amortizados pelo método linear durante o período em que o direito foi conquistado. Em relação aos planos de contribuição definidos, a Companhia paga contribuições a planos de pensão públicos ou privados, de forma obrigatórias, contratuais ou voluntárias. Assim que as contribuições forem feitas, a Companhia não tem obrigações de pagamento adicionais relacionadas. As contribuições são reconhecidas como despesas de previdência, quando incorridas. Contribuições pré-pagas são reconhecidas como ativos uma vez que o reembolso em dinheiro ou a redução dos pagamentos futuros estiver disponível. A Companhia adota a prática da contabilidade total para ganhos e perdas atuariais em outros resultados abrangentes. 3.18.2 Outras obrigações pós-emprego Algumas subsidiárias da Companhia oferecem benefícios de assistência médica pós-aposentadoria aos seus empregados, bem como seguro de vida para funcionários ativos e inativos. O direito a esses benefícios é normalmente condicionado à continuidade do empregado no emprego até a idade de se aposentar e a conclusão de um tempo mínimo de serviço. Os custos esperados desses benefícios são acumulados durante o período de trabalho sob a mesma metodologia contábil utilizada para os planos de pensão de F-41 benefícios definidos. Ganhos e perdas decorrentes de ajustes com base na experiência e nas mudanças de pressupostos atuariais são debitados ou creditados em outros resultados abrangentes no período remanescente de serviço esperado dos empregados. Esses passivos são mensurados, anualmente, por atuários qualificados independentes. 3.18.3 Participação nos lucros A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação dos empregados e administradores nos lucros com base no lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes. A Companhia reconhece uma provisão quando está contratualmente obrigada ou quando houve uma prática anterior que criou uma obrigação não formalizada (passivo construtiva). 3.19. Provisões As provisões são reconhecidas como passivos presentes (legais ou presumidos) resultantes de eventos passados, em que seja possível estimar razoavelmente os valores de forma confiável e cuja liquidação seja provável. O valor reconhecido como provisão é a melhor estimativa das exigências para liquidar um passivo no final de cada período de relatório, considerando-se os riscos e as incertezas relativas à obrigação. Quando a provisão é mensurada com base nos fluxos de caixa estimados para liquidar a obrigação, seu valor contábil corresponde ao valor presente nestes fluxos de caixa (onde o efeito do valor temporal do dinheiro é relevante). Quando alguns ou todos os benefícios econômicos requeridos para a liquidação de uma provisão são esperados que sejam recuperados de um terceiro, um ativo é reconhecido se, e somente se, o reembolso for virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável. 3.19.1. Provisão para a desativação de ativos Conforme previsto no pronunciamento IAS 37 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, uma provisão é constituída ao longo da vida útil econômica de usinas termonucleares, com o objetivo de alocar, para o respectivo período de funcionamento, os custos a serem incorridos com sua desativação técnico-operacional, no final de sua vida útil, estimada em quarenta anos. Os valores são apropriados ao resultado do anos fiscal ao valor presente, com base em quotas anuais fixadas em dólares, na proporção de 1/40 dos gastos estimados, imediatamente registrados e convertidos pela taxa de câmbio no final de cada período de competência. (ver Nota 32). 3.19.2. Provisão para obrigações legais vinculadas a processos judiciais As provisões para contingências legais são registradas quando a perda é considerada provável, causando uma provável saída de recursos para liquidar a obrigação, e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com segurança, considerando a opinião dos assessores jurídicos, a natureza do processo, a similaridade com processos anteriores, a complexidade e o parecer do tribunal. 3.19.3. Contratos onerosos Passivos circulantes decorrentes de contratos onerosos são reconhecidos e mensurados como provisões. Um contrato oneroso existe quando os custos inevitáveis inerentes à sua conformidade com as disposições do contrato excedem os benefícios econômicos que se espera auferir ao longo do mesmo contrato. 3.20. Adiantamentos para futuro aumento de capital Adiantamentos de recursos recebidos do acionista controlador e destinados a investimentos de capital são irrevogavelmente concedidos. Eles são classificados como passivos não-circulantes e, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo e, posteriormente, corrigido pela taxa de juros SELIC. 3.21. Estoque de ações As ações ordinárias e preferenciais são classificadas no patrimônio líquido. Os custos incrementais atribuíveis à emissão de novas ações são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor recebida, líquida de impostos. Quando a Companhia compra suas próprias ações (ações em tesouraria), o valor pago, incluindo quaisquer custos adicionais diretamente atribuíveis (líquidos de imposto de renda), é deduzido do capital atribuível aos acionistas da Companhia até que as ações sejam canceladas ou reemitidas. Quando essas ações são, subsequentemente, reemitidas, qualquer valor recebido, líquido de qualquer transação adicional de custos diretamente atribuíveis e dos respectivos efeitos do imposto de renda e contribuição social, é incluído no capital atribuível aos acionistas da Companhia. F-42 3.22. Juros sobre o capital próprio e dividendos Os juros sobre o capital próprio é adicionado aos dividendos do exercício, calculados tendo um percentual sobre o patrimônio líquido como um limite, utilizando a Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP, estabelecida pelo governo brasileiro, conforme exigência legal, limitada a 50% do lucro líquido do exercício ou 50% das reservas de lucro, antes de incluir o lucro do próprio exercício, o que for maior. O valor dos dividendos acima do dividendo mínimo obrigatório estabelecido pela Lei ou outro instrumento legal, ainda não aprovados pela Assembléia Geral, são demonstrados no Patrimônio Líquido, em conta específica referida como dividendos adicionais propostos. 3.23. Outros resultados abrangentes Outros resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa que não são reconhecidos na demonstração do resultado. Componentes de outros resultados abrangentes incluem: a) Ganhos e perdas atuariais sobre os planos de pensão de benefício definido; b) Ganhos e perdas da conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior; c) Ajuste de Avaliação Patrimonial referente a ganhos e perdas na correção dos ativos financeiros disponíveis para venda; e d) Ajuste de avaliação patrimonial relacionada à quota efetiva dos ganhos e perdas de hedge de instrumentos em hedge de fluxo de caixa. 3.24. Reconhecimento de receita A receita é mensurada pelo valor justo recebido ou a receber em contrapartida, deduzida de quaisquer estimativas de devoluções concedidos ao comprador e outras deduções similares. 3.24.1. Venda de energia elétrica e serviços a) Geração e Distribuição A receita é mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber, deduzida de impostos e descontos ocasionais sobre ela. A receita proveniente da venda de energia elétrica e serviços é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos associados às transações fluirão para a Companhia, o valor da receita pode ser mensurado com confiabilidade, os riscos e benefícios relacionados à venda foram transferidos para o comprador, os custos incorridos ou a serem incorridos relacionados à transação podem ser razoavelmente quantificados, a Companhia não detiver mais controle ou responsabilidade sobre a energia vendida. Também inclui a receita de construção ligada ao segmento de distribuição de energia eléctrica e uma parte de geração de dentro do âmbito do IFRIC 12. b) Transmissão 1) Receita financeira decorrente da remuneração dos ativos financeiros até o final do período de concessão ganha proporcionalmente e que leva em conta a taxa média de investimentos. 2) Receita para cobrir os custos de operação e manutenção com base nos custos incorridos. 3) Receita de construção para as expansões que geram receita adicional. Considerando que estes serviços são prestados por terceiros, a Companhia não calcula as margens em construções. 3.24.2. Dividendos e receitas de juros A receita de dividendos de investimentos nas subsidiárias é reconhecida quando o direito do acionista de receber tais dividendos é estabelecido e dado que é provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para a Companhia e o valor da receita pode ser mensurado com segurança. A receita de ativos financeiros de juros é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para a Companhia e o valor da receita pode ser mensurado com segurança. A receita de juros é reconhecida pelo método linear com base no tempo e taxa de juros efetiva sobre o montante do principal em aberto, pela taxa efetiva de juros ser aquela que desconta exatamente de caixa futuros estimados recebidos durante a vida estimada do ativo financeiro relacionado ao montante líquido contábil inicial desse ativo. F-43 3.25. Leasing O leasing é classificado como financeiro sempre que os termos do contrato de arrendamento transferirem substancialmente todos os riscos e benefícios de propriedade do inquilino. Todos os outros arrendamentos são classificados como operacionais. Pagamentos relacionados ao leasing operacional são reconhecidos como despesas pelo método linear durante o período no qual o acordo está em vigor, exceto quando outra base é mais representativa para refletir o momento em que os benefícios econômicos do ativo arrendado são consumidos. Os pagamentos de contingentes decorrentes de contratos de arrendamento mercantil operacional são reconhecidos como despesas no ano em que são incorridos. Os ativos adquiridos através de contratos de arrendamento financeiro são depreciados com base na vida útil dos ativos. 3.26. Subsídios do Governo Os subsídios do governo não são reconhecidos até que haja uma garantia razoável de que a Companhia irá atender às condições relacionadas e que os subsídios serão recebidos. Os subsídios do governo são sistematicamente reconhecidos como receita durante os anos em que a empresa reconhece como despesas os custos relacionados que os subsídios pretendem compensar. Os subsídios do governo a receber como compensação por despesas já incorridas com a finalidade de dar suporte financeiro imediato à Companhia, sem custos futuros correspondentes, são reconhecidos no período em que são recebidos e apropriados para lucros acumulados, e não se destinam à distribuição de dividendos. 3.27. Paradas programadas Os custos incorridos antes e durante as paradas programadas de usinas e linhas de transmissão são contabilizados na demonstração de resultados do período em que são incorridos. 3.28. Rendimento líquido para o ano O resultado é apurado pelo regime de competência de anos contabilísticos. 3.29. Lucro básico e lucro diluído O lucro básico por quota é calculado pela divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia pela quantidade média ponderada de ações em circulação (total de ações menos as ações em tesouraria). O lucro diluído por quota é calculado ajustando o número médio ponderado de ações em circulação para presumir a conversão de todas as ações potenciais diluídas, de acordo com a IAS 33. 3.30. Apresentação de relatórios por segmentos de negócio Os segmentos operacionais são definidos como atividades de negócio onde é possível obter receitas e incorrer despesas, nos quais os relatórios operacionais são fornecidos para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é o Conselho Administrativo, que também é responsável pela tomada de decisões estratégicas da empresa, que adota os seguintes segmentos: (I) Geração; (II) Transmissão; (III) Distribuição; e (IV) Administração. Os resultados em operações financeiras são apresentados em conjunto com o segmento de geração. 3.31. Reclassificações A partir de 2011, a Companhia adotou algumas mudanças na apresentação das demonstrações financeiras em um esforço para fazer a apresentação das demonstrações financeiras de cada empresa do nosso grupo mais consistentes. Consequentemente, a Companhia adicionou e excluiu um número limitado de linhas de itens no balanço, o lucro da afirmação e demonstração de fluxo de caixa a partir de e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010. Com relação à declaração de renda, o subsídio de conta de combustível ("CCC") foi apresentado anteriormente como outras despesas operacionais, mas agora é apresentado como outras receitas operacionais, o que resultou em uma redução de R$ 82.683 milhões em despesas operacionais e um aumento correspondente das receitas operacionais. Na demonstração dos fluxos de caixa, para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2010, os dividendos recebidos foram originalmente classificados como atividades de investimento. Desde 31 de dezembro de 2011 as demonstrações financeiras, como resultado da atividade da empresa como uma empresa que investe no setor da energia, dividendos de R$ 600.869 em 2010 foram classificados como atividade operacional, de acordo com o parágrafo F-44 14 da IAS 7, o que permite sua classificação como investimento ou atividade operacional. Como parte deste processo, determinamos que R$236.076, que historicamente foi apresentado como um passivo de longo prazo, deveria ter sido apresentado como um passivo de curto prazo. Embora o impacto em 2010 seja imaterial, mudamos a apresentação para ser coerente com o período atual. Em 2012, a Companhia reclassificou o montante de R$843.029 milhões relacionados às provisões operacionais em investimentos de capital, apresentados no ano anterior como uma dedução dos investimentos, para uma rubrica específica no passivo não circulante. NOTA 4 – ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS CONTÁBEIS Na aplicação das políticas contábeis, a gerência da Companhia deve fazer julgamentos e estimativas sobre valores de receitas, despesas, ativos e passivos, bem como divulgar notas explicativas, na data das demonstrações financeiras, para esclarecer informação que não está prontamente disponível em outras fontes. As estimativas e as respectivas premissas estão baseadas na experiência histórica e em outros fatores considerados relevantes. As estimativas e premissas subjacentes são revisadas continuamente. Os efeitos das revisões feitas às estimativas contábeis são reconhecidos no período em que as estimativas são revistas, se a revisão afetar apenas este período, ou também em períodos posteriores, se a revisão afetar tanto o período atual quanto períodos futuros. Embora estas estimativas e premissas sejam continuamente monitoradas e revistas pela gerência da Empresa e suas subsidiárias, a materialização sobre o valor contábil das receitas, despesas, ativos e passivos é inerentemente incerta porque requer o uso de julgamento. A seguir estão as principais premissas de estimativas contábeis avaliadas como mais críticas pela administração da Companhia e suas subsidiárias em relação ao futuro e outras principais fontes de incerteza que podem levar a ajustes significativos nos valores contábeis de ativos e passivos para os próximos períodos: I. Ativos e passivos fiscais deferidos Os ativos e passivos fiscais deferidos são calculados e reconhecidos utilizando as taxas de imposto aplicáveis ao lucro tributável nos anos em que estas diferenças temporárias e prejuízos fiscais de imposto de renda e contribuições sociais negativas acumuladas devem ser realizadas. O prejuízo fiscal não expira, e sua compensação está limitada a um máximo de 30% do lucro tributável gerado em determinado ano fiscal. As estimativas de lucro tributáveis são baseadas em orçamentos anuais e planejamento estratégico, ambos revistos periodicamente. No entanto, o lucro tributável futuro pode ser maior ou menor que as estimativas feitas pela gerência, quando a necessidade ou não de registrar o montante do ativo fiscal deferido foi definida (ver nota 11). II. Imparidade de ativos de longa duração A administração da Empresa adota variáveis e premissas para determinar testes de recuperação de ativos de longa duração, a fim de determinar o valor recuperável de ativos e reconhecimento de imparidade, quando necessário. Nessa prática, aplica-se julgamentos baseados na experiência histórica na gestão do ativo, do grupo de ativos ou da unidade geradora de caixa que, eventualmente, não pode ser verificada no futuro, incluindo a vida útil estimada dos bens, que representa as práticas determinado pela ANEEL, quando aplicável sobre os ativos vinculados à concessão do poder, que pode variar em função da análise periódica da vida útil econômica dos ativos em vigor. Eles também impactam na determinação das variáveis e premissas utilizadas pela gerência da Companhia e de suas subsidiárias na determinação dos fluxos de caixa futuros, descontados para o reconhecimento de imparidade de ativos de longa duração, vários eventos inerentemente incertos. Entre estes, destacam-se os eventos de manutenção níveis de consumo de energia, a taxa de crescimento da atividade econômica do país, da disponibilidade dos recursos de água, além daqueles inerentes no final do período de concessão de energia eléctrica, especialmente como o valor da sua reversão para o fim do período de concessão. Neste ponto, adotamos a premissa de indenização contratual prevista pelo valor novo de reposição (VNR), que são os valores de indenização esperados ao final do prazo de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica da concessão (ver política de contabilidade Nota 3.11 e Nota 52). III. Base de determinação da indenização pelo poder concedente sobre concessões de serviços públicos A Medida Provisória 579, de 11 de Setembro 2012, convertida na Lei 12.783 / 2013, em 11 de janeiro de 2013, definiu o valor novo de reposição (VNR) como base para determinar os danos pelo concedente sobre concessões de serviços públicos. A Companhia adota, para as concessões ainda não concedidas, a premissa de que os bens são reversíveis no final dos contratos de concessão, com o direito de receber indenização do poder concedente sobre os investimentos ainda não amortizados pelo menor valor líquido contábil e o novo valor estimado substituído. Seguindo esta premissa, também se mantiveram as contas a receber relacionadas ao concedente Rede Básica do Sistema Existente – RBSE e os investimentos após o projeto básico de usinas e linhas de transmissão (modernização e melhorias) e ativos de geração térmica, que ainda estarão sujeitos a aprovação pela ANEEL (conforme divulgado na Nota 2.1). Até 31 de dezembro de 2011, foi adotada a premissa de que tais bens seriam compensados pelo valor contábil líquido ao final da concessão. F-45 IV. Vida útil dos ativos fixos A Administração da Companhia adota os critérios definidos na Resolução da ANEEL nº 367, de 2 de junho de 2009, na determinação da vida útil estimada dos ativos imobilizados, por entender que eles representam adequadamente tal duração (ver nota 15). V. Provisão para a desativação de ativos A Companhia reconhece passivos pela desativação dos ativos relacionados às suas usinas termonucleares. Para calcular o valor da provisão, premissas e estimativas são feitas em relação às taxas de desconto, o custo esperado para a desativação e remoção da usina inteira a partir do local e do período esperado dos custos a que se refere (ver nota 32). A estimativa de custo é baseada em requisitos legais e ambientais para a desativação e remoção de toda a planta, bem como os preços de bens e serviços a serem utilizados no final da vida útil. VI. Passivos atuariais Os passivos atuariais são determinados por cálculos atuariais preparados por atuários independentes com base na expectativa de vida do participante (conselho AT-2000), na idade média de aposentadoria e na inflação. No entanto, os resultados reais futuros das estimativas contábeis utilizadas nestas informações financeiras podem ser diferentes daqueles existentes e registrados nas demonstrações financeiras (ver Nota 30). VII. Provisão para causas trabalhistas, tributárias e cíveis As provisões para ações trabalhistas, tributárias e cíveis, quando aplicáveis, são feitas para o risco esperado de contingentes tributários, trabalhistas e cíveis como perda provável com base na opinião dos administradores e consultores jurídicos dentro e fora da empresa. Os valores provisionados são registrados com base no custo estimado dos resultados dos processos e procedimentos utilizados. Os riscos contingentes com a expectativa de uma possível perda são divulgados pela Administração, mas eles não são contabilizados (ver nota 31). VIII. Provisão para créditos de liquidação duvidosa – PCLD A Companhia registra uma provisão de contas a receber, que significa ter a incerteza sobre o seu recebimento. Esta provisão é calculada com base nos pressupostos definidos e descritos na Nota 7, baseados nos critérios das normas da ANEEL. IX. Mensuração dos instrumentos financeiros Conforme descrito na nota 44, a Administração da Companhia usa técnicas de avaliação que incluem informações que não são baseadas em dados observáveis de mercado para estimar o valor justo de certos tipos de instrumentos financeiros. A nota 44 apresenta informações sobre as principais premissas utilizadas para determinar o valor justo dos instrumentos financeiros, bem como a análise de sensibilidade dessas premissas. A Administração da Empresa e suas subsidiárias acreditam que as técnicas de avaliação selecionadas e as premissas utilizadas são adequadas para a determinação do valor justo de instrumentos financeiros. X. Contratos onerosos As presentes obrigações decorrentes de contratos onerosos são reconhecidas e mensuradas como provisões. Um contrato oneroso existe quando os custos inevitáveis para cumprir as obrigações decorrentes do contrato excedem os benefícios econômicos que se espera que sejam recebidos ao longo do mesmo contrato. A Companhia e suas subsidiárias utilizam os pressupostos relativos aos custos e benefícios econômicos de cada contrato para determinar a existência ou não de um contrato oneroso. A estimativa crítica na determinação do montante da provisão para a futura venda do contrato é o PLD médio histórico aprovado pela Administração da Companhia como base para o cálculo da provisão do contrato oneroso, exclusivamente para fins contábeis e da taxa de desconto aplicada aos fluxos de caixa. Os valores reais do PLD ao longo dos anos pode ser maior ou menor que as premissas utilizadas pela Companhia. Adicionalmente, a Companhia pode ter contratos onerosos sobre concessões onde o custo corrente esperado para operação e manutenção não está totalmente abrangidos pelas receitas (ver nota 35). NOTA 5 –CAIXA, EQUIVALENTES DE CAIXA E CAIXA RESTRITO 31/12/2012 I - Caixa e Equivalente de Caixa: Caixa e Bancos ................................................................... Aplicações Financeiras ....................................................... F-46 31/12/2011 535.145 3.894.230 389.191 4.570.596 4.429.375 4.959.787 31/12/2012 II - Caixa Restrito: Recursos da CCC .............................................................. Comercialização - Itaipu .................................................... Comercialização - PROINFA............................................. 31/12/2011 2.099.394 619.206 790.723 2.194.946 176.940 662.752 3.509.323 3.034.638 7.938.698 7.994.425 Caixa e equivalentes de caixa são mantidos com o Banco do Brasil S.A., de acordo com leis específicas para empresas de economia mista sob controle do Governo Federal, promulgada pelo Decreto de lei nº 1.290, de 3 de dezembro de 1973, e alterações da Resolução 2.917, de 19 de dezembro de 2001, do Banco Central do Brasil, que estabeleceu novos mecanismos para as empresas sob administração federal indireta. As aplicações financeiras de liquidez imediata são fundos de investimento extra-mercado, cuja remuneração é baseada na taxa média de juros SELIC. NOTA 6 – TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS A Companhia e suas subsidiárias classificam seus títulos de curto prazo como investimentos comerciais. A Companhia possui um programa de investimento de curto prazo, indicando a necessidade de negociar esses títulos antes do vencimento. Em relação aos investimentos de longo prazo, eles são considerados principalmente como mantidos até o vencimento, ajustados pelo seu valor presente relacionado e com a competência relacionada com base na metodologia pro rata. A repartição dos títulos e valores mobiliários é feito da seguinte forma: CIRCULANTE Titulos Agente Financeiro Custodiante LFT ................................................................................................. Banco do Brasil LTN................................................................................................. Banco do Brasil NTN-B ............................................................................................ Banco do Brasil NTN-F............................................................................................. Banco do Brasil CFT-E1 ........................................................................................... Banco do Brasil NTN-P: 741536............................................................................... Banco do Brasil NTN-P: 741566............................................................................... Banco do Brasil NTN-P: 741806............................................................................... Banco do Brasil TÍTULOS DE RENDA FIXA......................................................... OUTROS ........................................................................................ Vencimento Indexador 31/12/2012 Até 90 dias Até 90 dias Até 90 dias Até 90 dias 08/01/12 03/01/12 06/01/12 02/26/12 Pre-fixado Pre-fixado Pre-fixado Pre-fixado IGP-M TR TR TR 1.240.345 3.066.625 51.914 1.486.130 — — — — 130.129 647.468 9.751.563 563.120 69.762 19.751 263.450 86.583 62.708 17.032 129.078 289.457 6.622.611 11.252.504 TOTAL CIRCULANTE ................................................................. 31/12/2011 NÃO CIRCULANTE Agente Financeiro Custodiante Titulos LFT ............................................................................................................ Banco do Brasil NTN-B ....................................................................................................... Banco do Brasil NTN-P........................................................................................................ Banco do Brasil NTN-P........................................................................................................ Banco do Brasil NTN-P........................................................................................................ Banco do Brasil NTN-P: 740100.......................................................................................... Banco do Brasil NTN-P: 740100.......................................................................................... Banco do Brasil NTN-P: 741536.......................................................................................... Banco do Brasil NTN-P: 741566.......................................................................................... Banco do Brasil NTN-P: 741806.......................................................................................... Banco do Brasil NTN-P: 760199.......................................................................................... Banco do Brasil FINOR/FINAM ......................................................................................... PARTES BENEFICIÁRIAS ...................................................................... F-47 Vencimento Indexador 12/28/15 07/09/14 12/28/14 01/01/25 01/01/24 03/21/18 12/28/15 12/28/24 05/15/17 Pre-fixado Pre-fixado TR TR TR TR TR TR TR TR TR 31/12/2012 155 200 440 185 3 — — 2 — — — 1.602 146.728 31/12/2011 — — 332 178 — 41 7 2 92 3 127 3.064 163.740 NÃO CIRCULANTE Agente Financeiro Custodiante Titulos Vencimento Indexador 31/12/2012 31/12/2011 AÇÕES FUNDADORAS .......................................................................... OUTROS ................................................................................................... 246.888 8.134 212.419 18.353 TOTAL NÂO CIRCULANTE................................................................... 404.337 398.358 a) NTN-P – Títulos públicos recebidos como pagamento para a transferência de investimentos de capital dentro do escopo do Programa Nacional de Desestatização – PND. Estas obrigações têm uma remuneração equivalente à Taxa Referencial – variação TR, divulgada pelo Banco Central, com 6% de juros anual no valor atualizado com datas de resgate a partir fevereiro de 2012 (até 2024). b) RENDIMENTOS DE PARCERIAS – Referem-se aos rendimentos auferidos a partir de investimentos em parceria, o que corresponde a um rendimento médio equivalente à variação do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), mais juros anuais de 12% e 13% sobre o capital transferido, como mostrado abaixo: 31/12//2012 Tangará................................................................................. Guascor ................................................................................ 31/12/2011 146.728 — 117.770 45.970 146.728 163.740 c) AÇÕES DOS FUNDADORES – Títulos adquiridos devido à reestruturação do investimento da Eletrobras na INVESTCO S.A. Estes ativos garantem rendimentos anuais equivalentes a 10% do lucro das empresas mencionadas abaixo, pagos juntamente com os dividendos, e serão resgatados no vencimento previsto para outubro de 2032, por meio da sua conversão em ações preferenciais do capital social das referidas empresas, como mostrado abaixo: 31/12/2012 31/12/2011 Lajeado Energia ................................................................... Paulista Lajeado ................................................................... Ceb Lajeado ......................................................................... 451.375 49.975 151.225 451.375 49.975 151.225 Valor de face ........................................................................ 652.575 652.575 Ajuste a valor presente ......................................................... (405.688) (440.156) Valor presente ...................................................................... 246.887 212.419 d) FINOR/FINAM – Refere-se substancialmente aos certificados de investimentos decorrentes de incentivos fiscais destinados a projetos na área operacional das subsidiárias Chesf e Eletronorte. A Companhia mantém uma provisão para perdas na sua realização, constituída com base no valor de mercado, no montante de R$246.924 (31 de dezembro de 2011 - R$ 292.456), e declarou a respectiva redução de ativos. NOTA 7 – CONTAS A RECEBER CONSOLIDADO CIRCULANTE 31/12/2012 31/12/2011 A vencer Vencidos até 90 dias AES ELETROPAULO ....................................... 115.767 AES SUL ............................................................ 27.849 AMPLA .............................................................. 42.481 ANDE ................................................................. 63.659 CEA .................................................................... 344.535 CEB..................................................................... 13.499 CEEE-D .............................................................. 38.938 CELESC ............................................................. 49.627 CELG .................................................................. 56.373 CELPA ................................................................ 60.457 CELPE ................................................................ 45.982 2.464 1.256 1.829 — — 638 187 2.784 409 119 379 F-48 + de 90 dias — — 10 — — 106 — — — 12.453 56 Créditos Renegociados — — — — — — — — 72.535 9.405 — Total 118.231 29.105 44.320 63.659 344.535 14.243 39.125 52.411 129.317 82.434 46.417 Total 104.400 13.011 41.908 52.115 1.093.641 14.925 37.366 37.422 98.968 80.764 39.903 CONSOLIDADO CIRCULANTE 31/12/2012 31/12/2011 A vencer Vencidos até 90 dias CEMAR .............................................................. 35.712 CEMIG ............................................................... 80.377 CESP ................................................................... 4.529 COELBA ............................................................ 74.007 COELCE ............................................................. 41.987 COPEL ................................................................ 112.444 CPFL ................................................................... 42.054 EBE ..................................................................... 27.019 ELEKTRO .......................................................... 56.426 ENERGISA ......................................................... 21.211 ENERSUL .......................................................... 20.366 ESCELSA ........................................................... 26.232 LIGHT ................................................................ 91.463 PIRATININGA ................................................... 6.126 RGE .................................................................... 7.353 Tesouro Nacional ................................................ — Rolagem da Dívida dos Estados.......................... — Rolagem da Dívida dos Municípios .................... — Comercialização CCEE ...................................... 93.668 Clientes de Distribuição ...................................... — Uso da Rede Elétrica ........................................... 505.615 PROINFA ........................................................... 412.944 Consumidores ..................................................... 659.470 Poder público ...................................................... 125.378 Outros ................................................................. 758.558 951 3.367 — 1.758 1.612 1.759 981 637 232 296 272 1.009 1.311 — 659 — — — 23.535 — 3.393 7.741 341.318 57.661 13.281 (-)PCLD .............................................................. (745.727) 3.316.379 (46.213) 425.625 Créditos Renegociados + de 90 dias — 8 — 58 — — 165 — — 12 — 60 452 54 — — — — 295.650 — 56.841 56.419 445.669 388.846 139.546 (1.024.445) 371.960 Total Total — — — — — — — — — — — — — — — — 112.427 — — — 30.141 — 198.379 144.553 168.424 36.663 83.752 4.529 75.823 43.599 114.203 43.200 27.656 56.658 21.519 20.638 27.301 93.226 6.180 8.012 — 112.427 — 412.853 — 595.990 477.104 1.644.836 716.438 1.079.809 32.021 113.081 3.524 72.858 34.437 102.247 64.826 25.620 52.614 63.484 20.534 26.395 89.994 8.538 7.698 — 187.625 — 433.440 — 608.415 579.428 1.172.474 465.335 1.151.156 (352.865 ) 382.999 (2.169.250) 4.496.963 (2.578.143) 4.352.024 161.313 70.669 399.302 — — 1.029.710 66.368 — — — — 1.005.383 — 407.243 NÃO CIRCULANTE CELG ......................................................... CELPA ....................................................... CEA ........................................................... Acordo Reestr.Dívida Externa - Garantia .. Tesouro Nacional ....................................... Rolagem da dívida dos Estados ................. Rolagem da dívida dos Municípios ............ Outros ........................................................ (-) PCLD .................................................... — — — — — — — 258.827 (334) 258.493 3.574.872 — — — — — — — — — — — — — — — 7.956 — (7.956) 161.313 70.669 399.302 — — 1.029.710 — 310.939 (747.480 ) — — 1.224.453 1.482.946 1.478.994 1.607.452 5.979.909 5.831.018 425.625 371.960 577.722 (755.770) — I – Comércio de energia elétrica – PROINFA A comercialização de energia elétrica no âmbito do PROINFA (Programa de Incentivo às Energias Renováveis do Brasil) gerou, em 2012, um prejuízo de R$60.122 (31 de dezembro de 2011 – perda de R$ 48.906), não causando qualquer efeito sobre o resultado da Eletrobras. Este montante foi incluído na rubrica "Obrigações de Ressarcimento". O montante de R$ 477.104 (31 de dezembro de 2011 – R$ 579.428) do Proinfa, referindo-se à Controladora, está registrado no balanço do consumidor revendedor. II – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE F-49 Os valores relativos às operações praticadas no âmbito da CCEE são registrados com base em informações disponibilizadas pela Câmara a que se refere. A subsidiária Furnas mantém créditos no montante de R$ 293.560 referentes à comercialização de energia no âmbito do extinto MAE (ex-Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), referentes ao período de setembro de 2000 a setembro de 2002, cuja liquidação financeira está suspensa devido às ordens de restrição concedidas em ações judiciais propostas por concessionárias de distribuição de energia elétrica contra a ANEEL e o MAE, atualmente conhecido como CCEE. Dada a incerteza de sua realização, a subsidiária Furnas mantém Provisões para Créditos de Liquidações Duvidosas, no valor equivalente ao total de crédito, criada em 2007. De acordo com as regras estabelecidas no Acordo Geral do Setor Elétrico, a resolução dessas pendências implicaria em um novo cálculo, o que seria propósito de liquidação entre as partes sem a interveniência da CCEE. Neste sentido, a Administração pretende manter negociações com a ANEEL e a participação da CCEE, visando créditos de nivelamento, de modo a permitir uma solução negociada para a sua liquidação. III – Rolagem da dívida com os estados – Lei 8.727/1993 O valor a receber da rolagem da dívida com os estados é de R$ 1.142.137. A subsidiária Eletrosul detém 50% do total de créditos da União, que, quando atualizado pelo IGP-M, acrescido de juros de 12,68% ao ano, foi de R$578.654 em 31 de dezembro de 2012 (31 de dezembro de 2011 – R$ 607.391) , dos quais R$438.586 são ativos nãocirculantes (31 de Dezembro de 2011 – R$479.752) decorrentes da aquisição de ativos na qual a empresa tinha concessionárias de energia do Estado. A União assumiu e refinanciou a dívida, e a reprogramou em 240 parcelas, com vencimento a partir de abril de 1994. No vencimento de 20 anos, e permanecendo com o saldo a pagar, uma vez que a União passa apenas os fundos recebidos dos Estados que, por sua vez, estão limitados por lei em níveis de comprometimento de renda, as prestações serão prorrogadas por 120 meses. IV – Provisão para créditos de liquidação duvidosa – PCLD As subsidiárias registram e mantêr disposições, adotando os critérios de regras da ANEEL, com base na análise dos valores de contas a receber vencidas e nos históricos de perdas, cujo montante é considerado pela Administração como suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos esses ativos. O saldo é composto como segue: 31/12/2012 Consumidores............................................................... Revendedores............................................................. CEA............................................................................ CCEE - Energia de Curto Prazo................................. 31/12/2011 856.030 1.031.593 743.837 293.560 792.962 397.980 1.093.641 293.560 2.925.020 2.578.143 A movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa de clientes de eletricidade nas contas consolidadas são as seguintes: 31/12/2012 Saldo em 31 de dezembro de 2010 .......................................... 2.130.896 (+) Constituição ....................................................................... 666.480 ( - ) Reversão ........................................................................... (219.233) Saldo em 31 de dezembro de 2011 .......................................... 2.578.143 (+) Constituição ....................................................................... 1.050.795 ( - ) Reversão ........................................................................... (703.918) Saldo em 31 de dezembro de 2012 .......................................... 2.925.020 O registro e reversão da PCLD foi declarado na demonstração do resultado como provisão operacional (Nota 43). Os valores reconhecidos como PCLD são registrados como perda definitiva quando não há expectativa de recuperar esses fundos. A inversão que ocorreu em 2011 refere-se basicamente ao programa de parcelamento com os municípios e entidades públicas por parte das empresas de distribuição. F-50 Em 2012, a subsidiária Eletronorte fez reversões de um valor final baixo no valor de R$492.025, devido à renegociação feita com os valores a receber da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). A principal constituição de competência no período refere-se a R$204.049 que Furnas tem direito a receber da CELG, devido ao não reconhecimento desta parte da dívida com a Furnas (e que está sendo discutido). Para fins fiscais, a provisão excedente estabelecida em relação às disposições da Lei nº 9.430/1996 foi adicionada ao lucro tributável para fins de Imposto de Renda – IRPJ e também a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL. NOTA 8 – INDENIZAÇÕES – LEI 12.783/2013 Valor referente às indenizações a receber do poder concedente em relação às mudanças da Lei 12.783/2003, conforme nota 2.1: 31/12/2012 Geração – Projeto Básico....................................................... 6.153.462 Transmissão – Rede básica – novos 8.283.810 empreendimentos (RBNI) ...................................................... 14.437.272 Ativo circulante ..................................................................... 8.882.836 Ativo não circulante ............................................................... 5.554.436 14.437.272 See note 47.4. NOTA 9 – EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 31/12/2012 CONTROLADORA ENCARGOS CIRCULANTE Tx. Média PRINCIPAL Valor CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Controladas e Controlada em conjunto ITAIPU ......................................................................................................................................................... 7,45 CEMIG ......................................................................................................................................................... 7,12 COPEL ......................................................................................................................................................... 8,39 CEEE ............................................................................................................................................................ 6,57 AES ELETROPAULO ................................................................................................................................. 10,39 CELPE .......................................................................................................................................................... 6,13 CEMAT ........................................................................................................................................................ 6,27 CELTINS ...................................................................................................................................................... 6,26 ENERSUL .................................................................................................................................................... 6,17 CELPA ......................................................................................................................................................... 6,68 CEMAR ........................................................................................................................................................ 5,89 CESP............................................................................................................................................................. 9,36 COELCE ....................................................................................................................................................... 6,08 COSERN ...................................................................................................................................................... 6,00 COELBA ...................................................................................................................................................... 6,00 CER .............................................................................................................................................................. 8,76 CELG............................................................................................................................................................ 5,71 ESCELSA ..................................................................................................................................................... 6,01 GLOBAL ...................................................................................................................................................... 6,00 CELESC DIST. ............................................................................................................................................. 7,41 OUTRAS ...................................................................................................................................................... 6,36 F-51 — 635.640 5.185.677 — 635.640 5.185.677 2.134 1.399 341 324.055 211 21.953 9.885 508 52.374 2.247 12 460 60 920 3.848 542 395 61.330 1.242 50.679 85.068 51.431 5.821 108.978 9.911 344.384 112.212 12.786 66.288 77.605 47.008 13.939 3.080 24.241 13.873 7.178 13.202 44.100 41.201 126.763 315.893 180.383 42.745 1.321 31.048 — — 64.421 411.820 396.921 110.681 75.577 8.852 155.929 10.491 93.657 65.668 — 146.806 449.396 31/12/2012 CONTROLADORA ENCARGOS CIRCULANTE Tx. Média (-) PCLD ....................................................................................................................................................... PRINCIPAL Valor CIRCULANTE (140.086) NÃO CIRCULANTE — (263.027) 394.509 946.042 2.561.609 31/12/2011 CONSOLIDADO ENCARGOS CIRCULANTE Tx. Média PRINCIPAL Valor CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Controladas e Controlada em conjunto ITAIPU ........................................................................................................................ 7,45 CEMIG ........................................................................................................................ COPEL ......................................................................................................................... CEEE ........................................................................................................................... AES ELETROPAULO ................................................................................................ CELPE ......................................................................................................................... CEMAT ....................................................................................................................... CELTINS ..................................................................................................................... ENERSUL ................................................................................................................... CELPA ......................................................................................................................... CEMAR ....................................................................................................................... CESP ............................................................................................................................ COELCE ...................................................................................................................... COSERN...................................................................................................................... COELBA ..................................................................................................................... CER.............................................................................................................................. CELG ........................................................................................................................... ESCELSA .................................................................................................................... GLOBAL ..................................................................................................................... CELESC DIST. ............................................................................................................ OUTRAS ..................................................................................................................... (-) PCLD ...................................................................................................................... 7,12 8,39 6,57 10,39 6,13 6,27 6,26 6,17 6,68 5,89 9,36 6,08 6,00 6,00 8,76 5,71 6,01 6,00 7,41 6,36 — 540.249 5.342.343 — 540.249 5.342.343 2.352 1.616 865 311.636 292 1.875 617 461 11.279 1.995 233 506 75 922 941 40.310 443 — — 95.511 (130.475) 78.124 49.164 21.990 108.851 11.035 358.578 100.918 13.413 408.629 62.289 41.190 16.420 3.224 28.527 7.881 57.248 13.032 44.100 63.626 107.245 (395.133) 373.241 215.900 127.568 2.329 43.676 — — 71.360 — 414.612 149.636 84.245 11.732 154.570 13.117 12.681 76.318 — 86.429 471.581 — 341.454 1.200.351 2.308.993 341.454 1.740.600 7.651.336 Os financiamentos e empréstimos concedidos são efetuados com recursos próprios da Companhia, além de fundos do setor, bem como os fundos estrangeiros captados por meio de agências internacionais de desenvolvimento, instituições financeiras, e os decorrentes da oferta de títulos no mercado financeiro internacional . Todos os financiamentos e empréstimos são respaldados por contratos formais firmados com os mutuários. Os valores a receber são, em sua maioria, pagos em parcelas mensais, no prazo médio de 10 (dez) anos, e a taxa de juros média ponderada pelo saldo da carteira é de 6,15% ao ano. F-52 Os financiamentos e empréstimos concedidos com uma cláusula de ajuste monetário são responsáveis por quase 43% do total da carteira (48% em 31 de dezembro de 2011). Aqueles que preveem atualização com base em índices que representam um nível de preço doméstico são responsáveis por 57% do saldo da carteira (52% em 31 de dezembro de 2011). Os valores de mercado desses ativos são equivalentes aos seus valores contábeis, uma vez que estas são operações específicas do setor e são parcialmente financiadas com recursos de Fundos Setoriais, e que não encontram condições semelhantes como parâmetro de avaliação. O montante a longo prazo dos empréstimos e financiamentos concedidos com recursos ordinários e setoriais, incluindo as transferências, com base no fluxo de caixa estabelecido contratualmente, possuem vencimentos em parcelas variadas, como mostrado abaixo: 2014 1.092.437 2015 2016 2017 2018 964.967 824.459 783.693 749.750 Após 2018 3.331.981 Total 7.747.286 I – Eletropaulo / CTEEP – Ação judicial Em novembro de 1986, a Eletropaulo Eletricidade de São Paulo SA obteve um empréstimo através de Contrato de Abertura de Crédito ECF 1.046/1986. Durante a preparação deste acordo, o devedor levantou dúvidas sobre a periodicidade da atualização monetária incorrida sobre o empréstimo e a Eletropaulo entrou com uma ação de pagamento no tribunal, em dezembro de 1988. Em dezembro de 2010, a Eletrobras solicitou o início do processo de liquidação e, por essa razão, o processo foi submetido à análise pela 5ª Vara Cível. Em julho de 2011, a 5ª Vara Cível condenou AES Eletropaulo e a CTEEP para responder a proposta de liquidação por artigos, que foi respondida por ambas as empresas. A 5ª Vara Cível deverá exigir que a Eletrobras apresente suas considerações sobre o referido material. Em dezembro de 2012, a 5ª Vara Cível rejeitou os artigos de liquidação com base nos fatos trazidos aos autos, e imediatamente reconheceu a ELETROPAULO como o devedora de todas as dívidas. Contra esta decisão, um recurso de agravo foi entregue pela Eletropaulo e distribuído à 9ª Câmara Civil em janeiro de 2013, com o principal solicitando a necessidade de realização de prova pericial. Em fevereiro de 2013 foi proferida uma decisão descartando a necessidade de realização de provas periciais que revoga a decisão do juiz da 5ª Vara. Portanto, devido à fase atual do processo e às razões expostas, estimamos que obras especializado, se a Companhia não recorrer da decisão, devam começar durante o segundo trimestre de 2013. Vale ressaltar que, além da decisão acima, não foi emitido um mandado de pagamento para a Empresa quanto à parte incontroversa, que está à beira de ser recebido. Uma vez que o Procedimento de Liquidação Legal de Concessão terminou e depois de verificar os valores a serem pagos pela AES Eletropaulo e pela CTEEP, a empresa irá reiniciar a ação de execução contra as referidas empresas. No caso de a decisão final ser desfavorável à AES Eletropaulo e/ou à CTEEP, a Companhia terá um crédito de R$1.735.861, ajustado até 31 de dezembro de 2012, R$434.354 (R$422.816 em 31 de dezembro de 2011) já reconhecido em seus ativos , resultantes de empréstimos e financiamentos, correspondente ao montante considerado como incontestável pela Companhia. Em 18 de Março de 2013, a Companhia recebeu R$ 97.463 relativos à parcela incontroversa do montante devido à ação de consignação movida pela Eletropaulo questionado, na época, o valor entendido como devido por conta da dívida pactuada com a Eletrobras. II – Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa – PCLD A Companhia reconhece provisão para devedores duvidosos no montante de R$403.113 (31 de dezembro de 2011 – R$525.608) correspondente ao principal e à manutenção da dívida dos devedores faltosos. O valor da provisão é considerado suficiente pela Administração da Companhia para cobrir perdas com esses ativos, com base na análise do comportamento da carteira. F-53 A Companhia reconheceu provisão para créditos com a Celpa, subsidiária da Rede Energia, no valor de R$37.704. Esta provisão foi considerada necessária, considerando o processo de recuperação judicial da Celpa. Além disso, a Companhia registrou, em 2011, uma provisão para créditos com a Cemat e a Celtins, também subsidiárias da Rede Energia, no valor de R$74.626 e R$20.527. Estes subsídios eram necessários, considerando o cenário atual de ambas as entidades, que vêm passando por significativas dificuldades econômicas e financeiras (ver nota 15). Mudanças na provisão de créditos de liquidação duvidosa sobre os financiamentos e empréstimos concedidos pela Companhia são as seguintes: Saldo em 31 de dezembro de 2010 ........................................... 228.477 (+) Adições ............................................................................... 358.984 (-) Reversões ............................................................................. (61.853) Saldo em 31 de dezembro de 2011 ........................................... 525.608 (+) Adições ............................................................................... 181.048 (-) Reversões ............................................................................. (303.543) Saldo em 31 de dezembro de 2012 ........................................... 403.113 A gravação e anulação por escrito da PCLD foram contabilizadas na demonstração de resultados como provisões operacionais (ver nota 43). Os valores reconhecidos como PCLD são aqueles que levantam dúvidas quanto à sua realização, quando não há expectativa de recuperar os fundos, são reconhecidos como perda definitiva. NOTA 10 – REMUNERAÇÃO ACIONÁRIA Os valores abaixo referem-se a dividendos e juros sobre capital próprio a receber, líquidos de imposto retido na fonte, quando aplicável, resultantes de investimentos permanentes mantidos pela Companhia. 31/12/2012 CTEEP ................................................................................. CEMAR ............................................................................... Outros ................................................................................... 31/12//2011 — 25.491 93.299 79.644 15.706 102.513 118.790 197.863 NOTA 11 – IMPOSTOS A RECUPERAR E IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – ATIVOS I. Impostos a recuperar: 31/12//2012 Ativo circulante: Imposto de renda – fonte........................................ PIS/PASEP/COFINS compensáveis...................... ICMS a recuperar................................................... Outros..................................................................... Ativo não circulante:: ICMS a recuperar...................................................... PIS/COFINS a recuperar .......................................... F-54 31/12//2011 1.071.204 113.427 21.659 185.592 893.706 80.433 17.150 113.033 1.391.882 1.104.322 1.091.949 842.871 1.655.413 775.348 1.934.820 2.430.761 II. Imposto de Renda e Contribuição Social: 31/12/2012 31/12/2011 Ativo circulante: Antecipações de IRPJ e CSLL ........................................... 1.418.252 843.022 4.996.806 3.343.525 Ativo não circulante: IRPJ/CSLL Diferidos ............................................... F-55 III. Composição de imposto e contribuição social deferidos: 31/12/2012 Diferenças temporárias de IRPJ/CSLL: Variação Cambial Passiva.............................................. Provisão de Juros sobre o capital próprio...................... Provisão para Contingências.......................................... Provisão de créditos de liquidação duvidosa.................. Provisão p/ ajuste ao valor de mercado.......................... Provisões Operacionais.................................................. Ajuste da Lei 11.638/2007- RTT (IFRS)....................... Outros............................................................................. 31/12/2011 386.223 147.547 941.128 483.520 148.253 2.265.844 311.286 313.005 530.647 331.290 782.587 191.824 187.617 404.077 436.295 479.188 4,996,806 3,343,525 IV – ICMS, PIS/PASEP e COFINS Recuperáveis na Compra de Combustível Esses valores estão registrados no ativo não-circulante nas linhas de PIS e COFINS a recuperar e ICMS a recuperar. A Empresa espera realizar estas reivindicações, e, de acordo com o §8º da Lei 12.111/2009, taxas e contribuições serão reembolsadas ao CCC quando realizadas, mantendo, assim um passivo de igual valor sob Obrigações de Ressarcimento. V – Inconstitucionalidade de PIS/PASEP e COFINS O Supremo Tribunal Federal–- STF declarou a inconstitucionalidade do §1º do artigo 3º da Lei n º 9.718/98, que ampliou a base de cálculo do PIS/PASEP e COFINS e criou, na época, um novo conceito de faturamento, que, em seguida, cobriu o total de receitas auferidas pela pessoa jurídica, independente do tipo de atividade e classificação contábil adotada. Tal disposição não tinha qualquer fundamento constitucional para apoiá-la, sendo, posteriormente, objeto de emenda constitucional. Com base no Código Tributário Nacional – CTN, as empresas do Sistema Eletrobras buscam o reconhecimento de seus direitos de crédito e o reembolso do montante pago em excesso como resultado do aumento inconstitucional destas bases de cálculo sobre as contribuições. Até a conclusão destas demonstrações financeiras, não houve uma decisão final sobre tal questão. A Empresas do Sistema Eletrobras têm, portanto, o potencial de créditos tributários de PIS/PASEP e COFINS, que ainda estão sendo determinados e, portanto, não são reconhecidas nestas Demonstrações Financeiras, uma vez que a declaração de inconstitucionalidade somente beneficia as empresas que são requerentes dos recursos julgados extraordinário. NOTA 12 – DIREITOS DE REEMBOLSO 31/12/2012 a. CCC de Sistemas Isolados……………..................... b. Energia nuclear......................................................... Ativo circulante Ativo não circulante 31/12/2011 7.435.134 581.095 3.583.490 — 8.016.229 3.583.490 7.115.200 901.029 3.083.157 500.333 8.016.229 3.583.490 a) Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) de sistemas isolados A Lei nº 12.111/2009 e o Decreto nº 7.246/2010 alteraram o sistema de subsídio da geração de energia elétrica em sistemas isolados. A subvenção CCC, que só subsidiava os custos de combustível, agora reembolsa a diferença entre o custo total da geração de energia elétrica e a valorização da quantidade correspondente de energia elétrica pelo custo médio de potência e energia comercializadas no Ambiente de Contratação Regulada – ACR, do Sistema Interligado Nacional – SIN. Os seguintes custos são incluídos no custo total da geração de energia elétrica em sistemas isolados: F-56 i. aquisição de energia e de potência associada; ii. geração própria para atender a distribuição de energia elétrica; iii. taxas e impostos, e iv. investimentos. Outros custos relacionados aos serviços de energia elétrica prestados em sistemas isolados nas regiões remotas, caracterizada por uma alta distribuição de consumidores e ausência de economia de escala, também estão incluídos no custo total de geração. Refere-se aos valores recebidos da CCC (partes com antecedência) nos respectivos períodos. Uma vez que os regulamentos da ANEEL referentes à Lei nº 12.111/2009 ainda não estão totalmente estabelecidos, os valores efetivamente recebidos não estão anulando os Ativos, então foi criada uma rubrica Passivo Circulante denominada Obrigações de Ressarcimento. Com isso, a empresa tem a receber de R$7.435.134 (R$3.583.490 em 31 de dezembro de 2011) e um passivo de R$ 7.789.757 (R$3.431.228 em 31 de dezembro de 2011) como reembolso de obrigações. b) Energia nuclear Nos termos do parágrafo 4º do artigo 12 da Lei 12.111/2009, e art. 2º da Resolução Homologatória 1406 pela ANEEL, em 21 de dezembro de 2012, a diferença observada entre 2010 e 2012, entre a variação da taxa cobrada pela ELETRONUCLEAR e tarifa de referência (definida no §1º do referido Ato) a ser transferida para FURNAS será rateada pelos serviços públicos atendidos pela repartição do Leilão de Compra de Energia de Empreendimentos Existentes em 7 de dezembro de 2004, na proporção das quantidades atendidas no contrato com início de suprimento em 2005. Consequentemente, a Companhia tem o direito de reembolso de R$581.095 em dezembro de 2012, com uma receita de compensação de fornecimento de energia. De acordo com as disposições do parágrafo 1º da Resolução 1.406/2012 da ANEEL, esse montante será pago mensalmente pelas concessionárias à ELETRONUCLEAR nos anos de 2013 a 2015. NOTA 13 – ESTOQUE DE COMBUSTÍVEL NUCLEAR Abaixo, uma análise do inventário de combustível nuclear a longo prazo destinado para as operações das usinas termonucleares UTN Angra I e UTN Angra II: 31/12/2012 CIRCULANTE Elementos prontos ................................................................ NÃO CIRCULANTE Elementos prontos ................................................................ Concentrado de urânio ................................................ Em curso - combustível nuclear ........................................... 31/12/2011 360.751 388.663 360.751 388.663 143.116 109.153 229.226 133.894 130.575 171.164 481.495 435.633 842.246 824.296 Os estoques são demonstrados ao custo ou valor líquido de realização, dos dois o menor, divididos da seguinte forma: a) Concentrado de urânio e obras em andamento (para transformar o concentrado de urânio em elementos de combustível nuclear) são registrados pelos seus custos de aquisição; b) Elementos combustíveis nucleares – estes estão disponíveis no núcleo do reator e os estoques de Piscina de Combustível Irradiado – SFP, e apropriadas ao resultado do exercício tendo em vista a sua utilização no processo de geração de energia elétrica; c) Almoxarifado, classificados no ativo circulante e registrados pelo custo médio de aquisição, que não deve exceder o valor de mercado. NOTA 14 – ADIANTAMENTOS PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL F-57 A Companhia informa, em ativos não-circulantes, as quantias correspondentes aos adiantamentos para futuro aumento de capital nas investidas: 31/12/2012 Não Circulante ..................................................................... 31/12/2011 4.000 4.000 31/12/2012 31/12/2011 NOTA 15 – INVESTIMENTOS Avaliados por Equivalência Patrimonial Celpa .................................................................................. CEEE-GT ........................................................................... Cemat ................................................................................. Emae .................................................................................. CTEEP ............................................................................... Cemar ................................................................................. Lajeado Energia ................................................................. Ceb Lajeado ....................................................................... Paulista Lajeado ................................................................. CEEE-D ............................................................................. Águas da Pedra................................................................... Amapari .............................................................................. SUBTOTAL ....................................................................... 94.673 738.009 420.787 263.331 753.358 411.463 540.819 79.672 27.425 343.875 176.504 39.191 171.370 701.628 436.150 312.150 653.280 323.433 532.459 76.155 27.654 391.988 157.112 34.105 3.889.107 3.817.484 3.889.107 3.817.484 112.012 124.380 232.140 713.398 82.070 24.159 30.201 38.575 6.206 35.207 18.556 21.738 36.457 20 102 156.156 150.432 203.580 182.640 812.853 77.215 54.854 22.607 50.546 6.485 76.491 20.552 21.738 44.327 20 102 139.638 1.631.378 1.864.078 5.520.484 5.681.562 Mantidos a Valor Justo Celesc ................................................................................. Cesp.................................................................................... Coelce................................................................................. AES Tietê ........................................................................... Energisa .............................................................................. CELPE ............................................................................... CGEEP ............................................................................... COPEL ............................................................................... CEB .................................................................................... AES Eletropaulo................................................................. Energias do Brasil .............................................................. Tangara............................................................................... CPFL Energia ..................................................................... CEA.................................................................................... CER .................................................................................... Outros ................................................................................. SUBTOTAL ....................................................................... Provisão para perdas em investimentos .............................. TOTAL ..................................................................... (122.185) 5.398.299 (171.370) 5.510.192 Tendo em vista o processo de reorganização da investida Celpa e a incerteza resultante sobre sua capacidade de continuar a ser uma preocupação constante, a Companhia reconheceu uma reserva para perdas de todo o investimento na Celpa no valor de R$94.673 (31 de dezembro de 2011 – R$143.857), e para perda dos valores dos dividendos declarados e não pagos até 31 de dezembro de 2012no F-58 montante de R$27.513 (31 de dezembro de 2011 – R$27.513), ambas as prestações restritas à participação da Companhia no capital social da Celpa de 34, 24 %. 15.1 – Provisões para perdas em investimentos 231/12/2012 CELPA ................................................................................. 31/12/2011 122.185 171.370 122.185 171.370 15.2 – Reajustes de políticas contábeis em associadas 31/12/2012 CEMAT .............................................................................. CTEEP ............................................................................... CEEE-GT ........................................................................... CEEE-D ............................................................................. 31/12/2011 86.464 1.047.648 — — 86.464 956.630 4.961 7.539 1.134.112 1.055.594 A Companhia, na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, fez ajustes nos lucros das investidas a fim de padronizar as práticas contábeis destas empresas com as da Companhia. A maioria destes ajustes ocorreram nas políticas contabilísticas para o fornecimento de créditos de liquidação duvidosa, previdência privada e estimativas de valor presente de ativos de longo prazo. 15.3 – Informações sobre o valor de mercado e receita da investida EMPRESA DE CAPITAL ABERTO Valor de Mercado (*) Empresas de capital aberto Método de Avaliação CEEE-D ................................................... Equivalência Patrimonial CEEE-GT ................................................. Equivalência Patrimonial CELPA ..................................................... Equivalência Patrimonial CEMAR ................................................... Equivalência Patrimonial CEMAT ................................................... Equivalência Patrimonial CTEEP ..................................................... Equivalência Patrimonial EMAE ...................................................... Equivalência Patrimonial CELESC .................................................. Valor de Mercado CESP ........................................................ Valor de Mercado COELCE .................................................. Valor de Mercado AES Tiete ................................................. Valor de Mercado CGEEP - DUKE ...................................... Valor de Mercado ENERGISA S.A....................................... Valor de Mercado CELGPAR ............................................... Valor de Mercado CELPE ..................................................... Valor de Mercado COPEL ..................................................... Valor de Mercado CEB.......................................................... Valor de Mercado AES Eletropaulo ...................................... Valor de Mercado CPFL Energia .......................................... Valor de Mercado Energias do Brasil .................................... Valor de Mercado Participação 2012 Receita Operacional Líquida 2011 2012 2011 32,59% 244.628 315.468 2.188.950 2.028.501 32,59% 268.884 329.138 952.863 762.484 34,24% 23.613 177.667 Não divulgado 2.433.800 33,55% 534.769 140.094 Não divulgado 1.912.105 40,92% 206.254 290.582 2.344.799 2.009.768 35,23% 1.846.752 3.093.881 2.818.988 2.900.805 39,02% 10,75% 2,05% 7,06% 7,94% 0,47% 2,90% 0,07% 1,56% 0,56% 3,29% 1,25% 0,31% 0,18% 106.681 141.779 153.571 226.711 713.399 30.162 77.740 391 35.212 37.856 6.000 35.206 36.456 18.556 99.040 150.431 203.581 182.639 812.853 22.607 77.215 322 54.853 50.546 6.485 76.491 44.327 20.552 Não divulgado Não divulgado Não divulgado Não divulgado 2.112.435 Não divulgado 2.919.079 Não divulgado 3.546.861 8.532.277 Não divulgado 9.959.198 15.055.147 6.567.283 164.093 4.191.414 2.957.525 2.627.212 1.885.956 958.003 2.426.613 2.211.465 2.914.113 7.776.165 1.377.619 9.835.578 12.764.028 5.401.662 F-59 (*) Com base na cotação das ações em 31 de dezembro. F-60 EMPRESA PRIVADA Valor de Mercado Empresas de capital fechado Método de Avaliação Guascor ........................................... Valor de mercado EATE .............................................. Vendida em 2011 TANGARÁ ..................................... Valor de mercado CDSA .............................................. Valor de mercado CEA ................................................ Valor de mercado CERR .............................................. Valor de mercado Ceb Lajeado .................................... Equivalência Patrimonial Lajeado Energia .............................. Equivalência Patrimonial Paulista Lajeado .............................. Equivalência Patrimonial Brasventos Eolo .............................. Equivalência Patrimonial Rei Dos Ventos 3 ............................ Equivalência Patrimonial Brasventos Miassaba 3 .................... Equivalência Patrimonial Baguari ............................................ Equivalência Patrimonial Águas da Pedra ............................... Equivalência Patrimonial Chapecoense ................................... Equivalência Patrimonial Amapari .......................................... Equivalência Patrimonial Participação 2012 Receita Operacional Líquida 2011 2012 2011 4,41% Não divulgado 3.300 Não divulgado 25,47% 0,13% 0,03% 0,01% 19.932 367 26 18 21.738 11.802 20 102 40,07% 58.364 58.364 110.661 97.114 40,07% 303.276 303.276 518.859 485.622 40,07% 22.532 22.532 47.829 42.207 49,00% Não divulgado 2.232 — — 49,00% Não divulgado 2.196 — — 49,00% Não divulgado 3.335 — — 30,61% Não divulgado 82.172 13.249 12.308 49,00% 89.796 125.089 165.080 171.012 40,00% Não divulgado 57 229.767 453.825 49,00% 39.190 27.997 35.200 37.924 Não divulgado Não divulgado Não divulgado Não divulgado Não divulgado Não divulgado Não divulgado Não divulgado Não divulgado 700.689 I –Empresas Subsidiárias de Distribuição: a) Distribuição Alagoas – Detém a concessão para distribuição de energia elétrica em todos os municípios do Estado de Alagoas pelo Contrato de Concessão 07/2001-ANEEL, e assinou seu primeiro aditamento, respectivamente, em 15 de maio de 2005 e 08 de junho de 2010, com validade até 07 de julho de 2015. Seu principal objetivo é projetar, construir e operar a prestação de serviços públicos aos consumidores finais de energia elétrica. A subsidiária tem capital de giro líquido negativo de R39.531 (31 de dezembro de 2011 – R$72.831) e perdas acumuladas de R$374.151 (31 de Dezembro de 2011 – R$290.323), e conta com o apoio financeiro da Companhia. b) Distribuição Rondônia – Detém a concessão para distribuição de energia elétrica em todos os municípios do Estado de Rondônia pelo Contrato de Concessão 05/2001-ANEEL, e seus aditamentos concluíram, respectivamente, em 12 de Fevereiro de 2001 e 11 de novembro de 2005, com vencimento para 7 de julho de 2015. Seu principal objetivo é projetar, construir e operar a prestação de serviços públicos aos consumidores finais de energia elétrica. A investida tem de capital de giro líquida de R$24.541 e prejuízos acumulados de R$1.190.628 (31 de Dezembro de 2011 – R$993.423), e conta com o apoio financeiro da Companhia. c) Distribuição Piauí – Detém a concessão para distribuição de energia elétrica em todos os municípios do Estado do Piauí através do Contrato de Concessão 04/2001, de 12 de fevereiro de 2001, com a ANEEL, com vencimento em 7 de julho de 2015. Sua principal atividade é a distribuição de energia elétrica. A subsidiária tem capital de giro líquido negativo de R$54.248 (31 de dezembro de 2011 – R$8.322) e perdas acumuladas de R$999.171 (31 de Dezembro de 2011 – R$962.683), e conta com o apoio financeiro da Companhia. d) Amazonas Energia – Suas principais atividades são a geração, distribuição e comercialização de energia elétrica no Estado do Amazonas. A Amazonas Energia tem geração própria (1.600,60MW) e complementa suas necessidades de assistência aos consumidores através da compra de energia de produtores independentes. A subsidiária tem capital de giro líquido negativo de R$1.949.330 (31 de dezembro de 2011 – R$1.000.238). Ela acumulou perdas de R$5.445.438 (31 de Dezembro de 2011 – R$4.617.006), e conta com o apoio financeiro da Companhia. e) Distribuição Roraima – Diretamente controlada pela Companhia desde o ano de 2012 (antes era uma subsidiária indireta cujo acionista era a Eletronorte), que opera na cidade de Boa Vista, suas principais funções são a exploração dos serviços de eletricidade. A F-61 Distribuição Roraima detém concessão através de Contrato 21/2001 – ANEEL, de 21 de Março de 2001 e 1º Aditamento datado em 14 de Outubro de 2005 para distribuição de energia elétrica em Boa Vista, em vigor até o ano 2015. A investida relata o capital circulante líquido negativo de R$41.725 (31 de dezembro de 2011 – R$294.931) e perdas acumuladas de R$715.355 (31 de dezembro de 2011 – R$590.033), e conta com o apoio financeiro da Companhia. f) Distribuição Acre – Detém a concessão para distribuição e comercialização de todo o estado do Acre, através do Contrato de Concessão 06/2001, celebrado com a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL em 12 de fevereiro de 2001, com vigência até 07 de julho de 2015. O fornecimento de energia elétrica para a capital, Rio Branco, e seis localidades conectadas ao Sistema Rio Branco, é feito pela ELETRONORTE. O interior do Estado, desde 1999, através de um contrato de empréstimo, tem sido abastecido pela GUASCOR do Brasil Ltda, como Produtor Independente de Energia – PIE, através da geração de Sistemas Isolados. Vale ressaltar que o fornecimento de energia elétrica para todo o Estado é feito através de diesel de Usinas Termelétricas (100%). A subsidiária relata o capital circulante líquido negativo de R$39.422 (31 de dezembro de 2011 – ganho de R$9.359) e perdas acumuladas de R$306.761 (31 de Dezembro de 2011 – R$256.260), e conta com o apoio financeiro da Eletrobras. II – Geração e transmissão nas Subsidiárias: a) Eletrobras Termonuclear S.A. – subsidiária integral da Companhia, está envolvida na construção e operação de usinas nucleares, e prestação de serviços de engenharia semelhantes, sob regulamentação e fiscalização da ANEEL. A Companhia vem trabalhando basicamente nas atividades de operação das usinas Angra 1 e Angra 2, com potência nominal de 1.990 MW, bem como a usina Angra 3. A eletricidade gerada pela Companhia é fornecida exclusivamente à subsidiária FURNAS, por meio de um acordo de compra e venda de energia elétrica b) Eletrosul Centrais Elétricas S.A. – seu principal objetivo é a transmissão e geração de energia elétrica diretamente ou através da participação em Sociedades de Propósito Específico. A Companhia realiza estudos, projetos, construção, operação e manutenção de sistemas de transmissão e geração de energia, e essas atividades são regulamentadas. A Companhia detém uma participação de controle das subsidiárias integrais Artemis, RS Energia e Porto Velho Transmissora, bem como o controle de Uirapuru. c) Itaipu Binacional – entidade binacional que criou e rege, com igualdade de direitos e obrigações, o Tratado Internacional assinado em 26 de abril de 1973, entre a República Federativa do Brasil e a República do Paraguai, com seu capital detido em partes iguais pela Eletrobras e pela ANDE. Sua finalidade é o uso dos recursos hídricos do rio Paraná, pertencente aos dois países como um condomínio, de Salto de Guaíra até a foz do Rio Iguaçu, e a construção e operação de uma Central Hidrelétrica, com capacidade total de 12,6 milhões de kW disponíveis. d) Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – concessionária de serviço público de energia elétrica, cujo objetivo é gerar, transmitir e vender eletricidade. Seu sistema de geração é hidrotérmico, predominantemente em usinas hidrelétricas, responsável por uma percentagem superior a 97% da sua produção total. O sistema de transmissão da Chesf é composto de 18.723km de linhas de transmissão de operação de transmissão, dos quais 5.122km são circuitos de transmissão de 500kV, 12.792km 230kV dos circuitos de transmissão, 809km são circuitos de transmissão de baixa tensão, 100 subestações com tensões superiores a 69kV e 762 transformadores efetivamente operando em todos os níveis de tensão, totalizando em uma capacidade de transformação de 44.181 MVA, além de 5.683km de cabos de fibra óptica. e) Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. – concessionária de serviço público de energia elétrica, controlada pela Companhia, operando principalmente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. As operações da Companhia com a geração de eletricidade incluem quatro usinas hidrelétricas, com capacidade instalada de 8.694,00MW e 7 usinas com capacidade de 600,33 MW, totalizando uma capacidade instalada de 9.294,33MW. A transmissão de energia elétrica é feita através de um sistema composto de 9.192,13km de linhas de transmissão, 43 subestações do Sistema Interligado Nacional - SIN, 695,89km de linhas de transmissão, 10 subestações no sistema isolado, totalizando 9.888,02km de linhas de transmissão e 53 subestações. A Companhia detém uma participação de controle das subsidiárias Estação Transmissora de Energia S.A. e Rio Branco Transmissora de Energia S.A., e participação acionária em várias Sociedades de Propósito Específico – SPE de geração e transmissão de energia elétrica. f) Furnas Centrais Elétricas S.A. – subsidiária da Companhia, envolvida na geração, transmissão e comercialização, predominantemente na região abrangida pelo Distrito Federal e os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Tocantins, além da participação em Sociedades de Propósito Específico. Ela também atua como agente de comercialização de energia elétrica, gerada pelas usinas Angra I e Angra II. O sistema de produção de eletricidade da FURNAS é composto por oito usinas hidrelétricas de propriedade exclusiva, 2 em parceria com o setor privado, com uma capacidade instalada de 8.662MW, e 2 usinas com 796MW de capacidade, totalizando 9.458MW. III – Outras Empresas F-62 a) Companhia Energética do Maranhão – concessionária do serviço público de energia elétrica, visando a concepção, construção e operação dos sistemas de sub-transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. A empresa detém a concessão para distribuir energia elétrica em 217 municípios do Estado do Maranhão, regulada pelo Contrato de Concessão nº 60, de 28 de agosto de 2000, assinada com a ANEEL, que permanece em vigor até agosto de 2030, com possibilidade de prorrogação por um período de mais 30 anos. b) Eletrobras Participações S.A. – controlada pela Companhia, e seu objeto social é a participação em capital social de outras empresas. c) Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica – CEEE-GT – uma sociedade anônima de capital aberto, cujo controle acionário é o Estado do Rio Grande do Sul, através da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE-Par, que detém 65, 92% do seu capital total. O objetivo da concessionária é explorar a produção de energia elétrica e sistemas de transmissão. d) Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica – CEEE-D – uma sociedade anônima de capital aberto, cujo controle acionário é do Estado do Rio Grande do Sul, através da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE-Par, que detém 65, 92% do seu capital total. A Concessionária está envolvida na distribuição de energia elétrica em 72 municípios do Rio Grande do Sul, atendendo a aproximadamente 1,5 milhões de unidades consumidoras. e) Companhia Transmissão de Energia Elétrica Paulista – empresa de capital aberto autorizada a operar como empresa de eletricidade de serviços públicos, tendo como principais atividades o planejamento, a construção e a operação dos sistemas de transmissão de energia elétrica. f) Centrais Elétricas do Pará S.A. – empresa de capital aberto tendo como acionista controlador a Equatorial Energia SA, que atua na distribuição e geração de energia elétrica no Estado do Pará, atendendo a consumidores em 143 municípios. De acordo com o Contrato de Concessão 182/1998, assinado em 28 de julho de 1998, o período de concessão é de 30 anos, com vencimento em 28 de julho de 2028, renovável por igual período. Além do acordo de distribuição, a Companhia possui um Contrato de Concessão de Geração 181/98 de 34 usinas termelétricas, sendo 11 próprias e 23 de terceiros, para explorar a geração de energia elétrica, por um prazo de 30 anos, com vencimento em 28 de julho de 2028, renovável por igual período. A subsidiária apresentava, em 30 de junho de 2012 (últimos dados divulgados), capital de giro líquido negativo de R$1.686.894 (31 de dezembro de 2011 - R$1.191.873). Conforme anunciado ao mercado no Fato Relevante publicado em 28 de fevereiro de 2012, a subsidiária, nos termos da Instrução do CMN 358/2002, informou que entrou com pedido de reorganização perante os tribunais da Capital do Estado do Pará, nos termos dos artigos 47, seguindo a Lei 11.101/2005, com o objetivo de ajudar a superar a situação de crise econômico-financeira, a fim de permitir a fonte de produção continuada, o emprego dos trabalhadores e os juros dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e estimulando a atividade econômica. O pedido de falência foi concedida em 29 de fevereiro de 2012. Todos os créditos existentes contra a investida até a data do ajuizamento do pedido, ainda que não vencidos, ressalvadas as exceções legais, estão sujeitos à recuperação judicial, nos termos do artigo 49 da Lei 11.101/2005, e deverão ser pagos nos termos do plano de recuperação judicial. Em 01 de setembro de 2012 a CELPA divulgou ao mercado que, em assembleia geral de credores, foi aprovado o plano de recuperação judicial da Companhia. Por meio de anuncio de Fato Relevante publicado em 01 de novembro de 2012 a CELPA informou aos acionistas e ao público em geral que nos termos do Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças celebrado entre Equatorial Energia S.A. e seus controladores, Rede Energia S.A. e QMRA Participações S.A., com a interveniência da Companhia e Jorge Queiroz de Moraes Junior, que após a aprovação pela ANEEL e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, foi concluída a venda, pelo valor total de R$ 1,00 (um real), de 39.179.397 ações de emissão da Companhia detidas por seus controladores, correspondentes a 65.18% (sessenta e cinco inteiros e dezoito centésimos por cento) do capital votante e 61.37% do capital social total da Companhia. g) Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. - a concessionária de um complexo hidro energético localizado no Alto Tietê, sediado na Usina Hidroelétrica Henry Borden. A EMAE possui ainda a UHE Rasgão e a UHE Porto Góes, ambas no Rio Tietê. No Vale do Paraíba, município de Pindamonhangaba, está instalada a UHE Isabel, atualmente fora de operação. h) Lajeado Energia S.A. - companhia de capital fechado, controlada da EDP Energias do Brasil S.A., tem como principal objeto social a geração e comercialização de energia elétrica. A Companhia detém 73% do capital total da Investco S.A., que tem como objeto principal a exploração da UHE Luís Eduardo Magalhães e Sistema de Transmissão Associado, no Estado do Tocantins, nos termos do Contrato de Concessão de Uso de Bem Público 05/97 – ANEEL, com vigência até 2033. i) Centrais Elétricas Mato-grossenses S.A. - sociedade por ações de capital aberto, sob o controle acionário da Rede Energia S.A., atuando na área de distribuição de energia elétrica, além da geração própria energia através de usinas térmicas para o atendimento a sistemas isolados em sua área de concessão que abrange o Estado de Mato Grosso, atendendo consumidores em 141 municípios. Conforme Contrato de Concessão de 03/1997, assinado em 11 de dezembro de 1997, o prazo de concessão é de 30 anos, com F-63 vencimento em 11 de dezembro de 2027, renovável por igual período. Além do contrato de distribuição, a Companhia possui Contrato de Concessão de Geração 04/1997, de 7 Usinas Termelétricas com suas respectivas subestações associadas, com vencimento em 10 de dezembro de 2027 (vide nota 2). A investida apresentava em 31 de dezembro de 2012 capital circulante líquido negativo de R$ 438.922 (31 de dezembro de 2011 – R$ 82.136). j) Norte Energia S.A. – sociedade de propósito específico, de capital fechado, com propósito de conduzir todas as atividades necessárias à implantação, operação, manutenção e exploração da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHE Belo Monte), no rio Xingu, localizada no Estado do Pará e das instalações de transmissão de interesse restrito à central geradora. A Companhia detém 49% do capital social da Norte Energia. Essa investida vem despendendo quantias significativas em custos de organização, desenvolvimento e pré-operação, os quais, de acordo com as estimativas e projeções, deverão ser absorvidos pelas receitas de operações futuras. A investida necessitará de recursos financeiros dos seus acionistas e de terceiros em montante significativo, para a conclusão de sua Usina Hidrelétrica. k) Madeira Energia S.A. – sociedade anônima de capital fechado, constituída em 27 de agosto de 2007, e tem por objetivo a construção e exploração da Usina Hidrelétrica Santo Antônio localizada em trecho do Rio Madeira, município de Porto Velho, Estado de Rondônia, e do seu Sistema de Transmissão Associado. A Companhia detém 39% do capital social da Madeira Energia. A investida está incorrendo em gastos de constituição relacionados com o desenvolvimento de projeto para construção da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, os quais, de acordo com as projeções financeiras preparadas pela sua administração, deverão ser absorvidos pelas receitas futuras das operações. Em 31 de dezembro de 2012, a investida apresentava capital de giro líquido negativo de R$ 1.166.329 (31 de dezembro de 2011 - R$ 1.279.002). A investida tem apresentado dificuldades de captação e renovação de seus empréstimos e financiamentos o que vem resultando em dificuldades de liquidar o serviço da dívida, a sua amortização e liquidação de outros compromissos operacionais de curtíssimo prazo. Conforme comunicado ao mercado em anúncio de Fato Relevante publicado em 31 de agosto de 2012, a ANEEL decretou intervenção na CEMAT, a qual é regida pela Medida Provisória 577, publicada em 30 de agosto de 2012. Adicionalmente a Companhia divulgou ao mercado em 19 de dezembro de 2012 a postergação do pagamento de juros sobre capital próprio declarados na Assembléia Geral Ordinária realizada em 30 de abril de 2012. Este pagamento está suspenso até que seja restabelecida a capacidade financeira da Companhia. IV – Sociedades de Propósito Específico Ao longo dos últimos anos, as Empresas do Sistema Eletrobras firmaram investimentos em parcerias em projetos com a iniciativa privada, onde a Companhia figura como acionista não controlador, detendo ações preferenciais. Estes empreendimentos têm como objeto a atuação na área de geração e transmissão de energia elétrica, cujos valores aportados estão classificados no Ativo – Investimentos. No mesmo sentido, tendo em vista as necessidades de expansão dos investimentos no Setor Elétrico, as empresas controladas pela Companhia participam, também de forma minoritária, com ações ordinárias, em diversas empresas de concessão de serviços de energia elétrica, classificados em Ativo – Investimentos. Os investimentos mais relevantes com participação da Companhia e suas controladas em sociedades de propósito específico são os seguintes: 1 – Sistema de Transmissão Nordeste – STN Parceiros – 1 – Chesf 49%; 2 – Alusa 51% Objeto – LT 500 Hv, 546 vKm – Teresina/Fortaleza – em operação 2 – Artemis Transmissora de Energia Parceiro – Eletrosul 100% Objeto- LT 525 Km – Salto Santiago /Cascavel – em operação 3 – Empresa Transmissora do Alto Uruguai – ETAU Parceiros – 1 – Eletrosul 24,4%; 2 – Terna Participações 52,6%; 3 – DME Energética 10%; 4 – CEEE-GT 10% Objeto – LT 230 Kv, 187 Km – Campos Novos /Santa Marte – em operação 4 – Enerpeixe S.A. Parceiros – 1 – Furnas 40%; 2 – EDP 60% F-64 Objeto – UHE Peixe Angical 452 MW – em operação 5 - Manaus Construtora Ltda. Parceiros – 1 – Eletronorte 30,0%; 2 – Chesf 19,5; 3 - Abengoa Holding 50,5% Objeto – LT 500KV Oriximá/Cariri, SE Itacoatiara 500/138KV e SE 500/230KV – em operação 6 - Uirapuru Transmissora de Energia Parceiros – 1 – Eletrosul 75%; 2 – Elos 25% Objeto – LT 525KV, Ivaiorã/Londrina 7 - Energia Sustentável do Brasil Parceiros – 1 – Chesf 20%; 2 – Eletrosul 20%; 3 – Energy South America Participações LTDA 10,1%; 4 – Camargo Correa Investimentos em Infraestrutura S.A. 9,9% Objeto – UHE Jirau, com 3.300 MW – entrada em operação prevista para 2013 8 - Norte Brasil Transmissora de Energia Parceiros – 1 – Eletrosul – 24,5%; 2 – Eletronorte 24,5%; 3 – Andrade Gutierrez Participações 25,5%; Abengoa Concessões Brasil Holding S.A. – 25,5% Objeto – LT Porto Velho/Araraquara, trecho 02, 600KV 9 – Estação Transmissora de Energia Parceiro – Eletronorte 100% Objeto - Estação Retifiicadora - corrente alternada/corrente contínua, e Estação Inversora - corrente contínua/corrente alternada, 600/500 KV - 2950 MW 10 - Porto Velho Transmissora de Energia Parceiro – Eletrosul 100% Objeto – LT Porto Velho (RO), Subestação Coletora Porto Velho (RO), em 500/230 KV, e duas estações Conversoras CA/CC/CA Back-to-Back, em 400 MW 11 - Amazônia Eletronorte Transmissora de Energia Parceiros – 1 – Eletronorte 49%; 2 – Bimetal 24,50%; 3 – Alubar 13,25%; 4 – Linear 13,25% Objeto - 2 linhas de transmissão em 230 KV, Coxipó / Cuiabá, com extensão de 25 km e Cuiabá / Rondonópolis, com extensão de 168 km – em operação 12 - Intesa - Integração Transmissora de Energia Parceiros – 1 – Chesf 12%; 2 – Eletronorte 37%; 3 – FIP 51% Objeto - LT 500kV, no trecho Colinas/ Serra da Mesa 2, 3º circuito – em operação 13 – Energética Águas da Pedra Parceiros – 1 – Chesf 24,5%; 2 – Eletronorte 24,5%; 3 – Neoenergia S.A. 51% Objeto – UHE Rio Aripuanã 261KW – em operação 14 – Amapari Energia Parceiros – 1 – Eletronorte 49%; 2 – MPX Energia 51% F-65 Objeto – UTE Serra do Navio 23,33MW 15 - Brasnorte Transmissora de Energia Parceiros - 1 – Eletronorte 49,71%; 2 – Terna Participações 38,70%; 3 – Bimetal Ind. e Com. de Produtos Metalúrgicos LTDA 11,62% Objeto – LT Juba/Jauru 230 KV, com 129 Km de extensão; LT Maggi/Nova Mutum 230 KV, com 273 Km de extensão; SE Juba, 230/130 KV e SE Maggi, 230/138 KV 16 - Manaus Transmissora de Energia Parceiros – 1 – Eletronorte 30%; 2 – Chesf 19,50%; 3- Abengoa Concessões Brasil Holding 50,50% Objeto - LT Oriximiná/Itacoatiara, circuito duplo, 500KV, com extensão de 374 KM, LT Itacoatiara/Cariri, circuito duplo 500KV, com extensão de 212 Km, Subestação Itacoatiara em 500/230 KV, 1.800MVA. 17 – Transleste Parceiros – 1 - Furnas 24%; 2 – Alusa 41%; 3 – Cemig 25%; 4 – Orteng 10% Objeto LT Montes Claros/Irapé, 345 kV – em operação 18 - Transudeste Parceiros – 1 – Furnas 25%; 2 – Alusa 41%; 3 – Cemig 24%; 4 – Orteng 10% Objeto - LT Itutinga/ Juiz de Fora, 345 kV – em operação 19 – Transirapé Parceiros – 1 – Furnas 24,50%; 2 – Alusa 41%; 3 – Cemig 24,50%; 4 – Orteng 10% Objeto - LT Irapé / Araçuaí, 230 kV – em operação 20 – Chapecoense Parceiros – 1 – Furnas 49%; 2 - CPFL 51% (Consócio Chapecoense 40% e CEEE-GT 9%) Objeto – UHE Foz do Chapecó, Rio Uruguai, 855MW – em operação 21 - Serra do Facão Energia Parceiros - 1 – Furnas 49,47%; 2 - Alcoa Alumínio S.A. 34,97%, 3 - DME Energética S.A 10,09% e 4 - Camargo Corrêa Energia S.A. 5,46%. Objeto - UHE Serra do Facão, 212,58 MW – em operação 22 - Retiro Baixo Parceiros – 1 - Furnas 49%; 2 – Orteng 25,5%; 3 – Logos 15,5%; 3 – Arcadis Logos 10% Objeto - UHE Retiro Baixo, 82 MW – em operação 23 - Baguari Energia Parceiros – 1 – Furnas 30,61%; 2- Cemig 69,39% Objeto - UHE Baguari, 140 MW – em operação 24 - Centroeste de Minas Parceiros – 1 – Furnas 49%; 2 – Cemig 51% F-66 Objeto - LT Furnas/Pimenta (MG), 345 kV – em operação 25 – Santo Antonio Energia Parceiros – 1 - Furnas 39%; 2 - Odebrecht Investimentos 17,6%; 3 - Andrade Gutierrez Participações 12,4%; 4 – Cemig 10%; 5 Fundos de Investimentos e Participações da Amazônia 20%; 6 - Construtora Norberto Odebrecht (1%). Objeto - UHE Santo Antônio 26 - IE Madeira Parceiros – 1 – Furnas 24,50%; 2 – Chesf 24,50%; 3 – CTEEP 31% Objeto - LT Coletora Porto Velho/Araraquara, trecho 01, com 2.950 Km 27 - Inambari Parceiros – 1 – Furnas 19,60%; 2 – Eletrobras 29,40%; 3 – OAS 51% Objeto – Construção UHE Inambari (Peru), e do sistema de Transmissão de uso exclusivo, interligando o Peru e Brasil, bem como a importação e exportação de bens e serviços – em fase pré-operacional 28 – Transenergia Parceiros – 1 – Furnas 49%; 2 – Delta 25,5%; 3 – J. Malucelli 25,5% Objeto - construção, implantação, operação e manutenção de linha de transmissão de energia elétrica da rede básica do Sistema Elétrico Interligado Nacional Lote C 29 - Norte Energia S.A. Parceiros – 1 – Eletrobras 15,00%; 2 – Chesf 15%; 3 - Eletronorte 19,98%; 4 - Petros 10%; 5 - Bolzano 10%; 6 – Outros 30,02% Objeto – UHE Belo Monte, no rio Xingu 30 - Eólicas Junco I, Junco II, Caiçara I e Caiçara II Parceiros: 1 - Chesf: 49%; 2 - Empresa francesa Votalia: 51%. Objeto: Compra de energia proveniente de novos empreendimentos de geração eólica. As usinas Junco I e II, de 30 MW, cada, serão construídas no município de Jijoca de Jericoacoara, e as usinas Caiçara I e II, de 30 MW e 21 MW, respectivamente, serão construídas no município de Cruz, no Estado do Ceará e totalizarão 111 MW de potência instalada- fase pré-operacional. 31 - Extremoz Transmissora do Nordeste – ETN S.A Parceiros: 1 - Chesf 49%; 2 - CTEEP: Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista: 51%. Objeto: construção, montagem, operação e manutenção de instalações de transmissão de energia elétrica da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional, especificamente a LT Ceará Mirim – João Câmara II, CS, em 500 kV, com 64 km; LT Ceará Mirim – Campina Grande III, CS, em 500 kV, com 201 km; LT Ceará Mirim – Extremoz II, CS, em 230 kV, com 26 km; LT Campina Grande III – Campina Grande II, CS, em 230 kV, com 8,5 km; LT Secc. J. Camara II/Extremoz/SE Ceará Mirim, CS, em 230 kV, com 6 km; LT Secc. C. Grande II/Extremoz II, C1 e C2, CS, em 230 kV, com 12,5 km; SE João Câmara II, 500 kV; SE Campina Grande III, 500/230 kV; SE Ceará Mirim, 500/230 kV – fase pré-operacional. 32 - TDG – Transmissora Delmiro Gouveia S.A Parceiros: 1 - Chesf: 49%; 2 - ATP Engenharia Ltda.: 51%. Objeto: Construção, implementação, operação e manutenção de instalações de transmissão de energia elétrica da linha de transmissão São Luiz II, 230 Kv, com 156 Km de extensão – Maranhão, das subestações Pecém III em 500/230 Kv (3.600 MVA), e Aquiraz II, em 230/69 kV (450 MVA)- Ceará- em fase pré-operacional. 33 - Pedra Branca, São Pedro do Lago e Sete Gameleiras F-67 Parceiros: 1 - Chesf: 49%; 2 - Brennand Energia 51%. Objeto: Contratação, no ambiente regulado, de energia de fontes alternativas de geração, na modalidade por disponibilidade de energia, capacidade para gerar 30,0 MW, cada, em fase pré-operacional. 34 - Interligação Elétrica Garanhuns S.A Parceiros: 1 - Chesf: 49%; 2 - CTEEP: Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista 51%. Objeto: Construção, montagem, operação e manutenção de instalações de transmissão de energia elétrica, LT Luis Gonzaga – Garanhuns, em 500 kV, com 224 km; LT Garanhuns – Campina Grande III, em 500 kV, com 190 km; LT Garanhuns – Pau Ferro, em 500 kV, com 239 km; LT Garanhuns – Angelim I, em 230 kV, com 13 Km; SE Garanhuns, 500/230 kV; SE Pau Ferro, 500/230 kV, em fase pré-operacional. 35 - Rio Branco Transmissora de Energia S.A Parceiros: 1 - Eletronorte: 100%. Objeto: Construção, operação e manutenção das linhas de transmissão entre Porto Velho – Abunã e Abunã – Rio Branco, circuito 2, com 230 kV e extensão de 487 Km, nos Estados de Rondônia e Acre- em operação. 36 - Cerro I, II e III Parceiros: 1 - Eletrosul: 100%. Objeto: Geração eólica, com capacidade instalada de 30MW cada, em operação. 37 - Chuí Parceiros: 1 - Eletrosul: 49%; 2 - Rio Bravo Investimentos: 51%. Objeto: Geração eólica, em fase pré-operacional. 38 - Livramento Parceiros: 1 - Eletrosul: 49%; 2 - Rio Bravo Investimentos: 41%; 3 - Fundação Elos: 10%. Objeto: Geração eólica, em fase pré-operacional. 39 - Santa Vitória do Palmar Parceiros: 1 - Eletrosul: 49%; 2 - Rio Bravo Investimentos: 51%. Objeto: Geração eólica, em fase pré-operacional. 40 - TSBE Parceiros: 1 - Eletrosul: 80%; 2 - Copel: 20%. Objeto: LT 230 Kv- Nova Santa Rita- Camaquã 3- LT 230 Kv Camaquã 3- Quinta; LT 525 Kv Salto Santiago- Itá; LT 525 Kv ItáNova Santa Rita, em fase pré-operacional. 41 - TSLE Parceiros: 1 - Eletrosul: 51%; 2 - CEEE: 49%. Objeto: LT 525 Kv Nova Santa Rita – Povo Novo; LT 525 Kv Povo Nova- Marmeleiro; LT 525 Kv Marmeleiro- Santa Vitória do Palmar. Seccionamento da LT 230 Kv Camaquã 3. Em fase pré-operacional. 42 - Marumbi Parceiros: 1 - Eletrosul: 20%; 2 - Copel: 80%. F-68 Objeto: LT 525 Kv Curitiba – Curitiba Leste (PR). Em fase pré-operacional. 43 - RS Energia Parceiros: 1 - Eletrosul: 100%. Objeto: LT 525 Kv Campos Novos(SC) - Nova Santa Rita(RS). LT 230 Kv Monte Claro – Garibaldi (RS). Em operação. 44 - Costa Oeste Parceiros: 1 - Eletrosul: 49%; 2 - Copel: 51%. Objeto: LT 230 Kv Cascavel Oeste- Umuarama(PR). Em fase pré-operacional. 45 - Teles Pires Participações Parceiros: 1 - Eletrosul: 24,70%; 2 - Neoenergia: 50,60%; 3- Furnas: 24,70%. Objeto: Geração hidráulica, UHE Teles Pires, em fase de pré-operacional. 46 - Linha Verde Transmissora de Energia Parceiro: 1 - Eletronorte: 49%; 2 - Abengoa Concessões Brasil Holding S.A.: 51%. Objeto: LT Porto Velho - Samuel - Ariquemes - Ji-Paraná - Pimenta Bueno - Vilhena (RO), Jaurú (MT), com extensão de 987 Km, 230 kV. 47 - Transmissora Mato-grossense Parceiro: 1 - Eletronorte: 49%; 2 - Alupar Investimentos S.A. - 46%; 3 - Mavi Engenharia e Construções Ltda. - 5% Objeto: LT Jaurú - Cuiabá (MT), com extensão de 348 Km e SE Jaurú, com 500 kV. 48 - Construtora Integração Parceiro: 1 - Eletronorte: 24,50%; 2 - Eletrosul: 24,50%; 3 - Abengoa Concessões Brasil Holding S.A.: 51% Objeto: Empresa constituída para construção do empreendimento da Norte Brasil Transmissora de Energia S.A. 49 - Transorte Parceiro: 1 - Eletronorte: 49%; 2 - Alupar Investimento S.A.: 51% Objeto: LT Lechuga (AM) - Equador - Boa Vista (RR), com 500 kV. 50 - Brasventos Eolo Geradora Energia Parceiro: 1 - Eletronorte: 24,50%; 2 - Furnas: 24,50%; 3 - J. Malucelli: 51% Objeto: Parque Eólico Rei dos Ventos 1 com 48,6 MW de potência instalada, localizado no município de Galinhos, no Rio Grande do Norte. 51 - Brasventos Miassaba 3 Geradora Parceiro: 1 - Eletronorte: 24,50%; 2 - Furnas: 24,50%; 3 - J. Malucelli: 51% Objeto: Parque Eólico Miassaba 3, com 50 MW de potência instalada, localizado no município de Macau, no Rio Grande do Norte. 52 - Rei dos Ventos 3 Geradora Parceiro: 1 - Eletronorte: 24,50%; 2 - Furnas: 24,50%; 3 - J. Malucelli: 51% F-69 Objeto: Parque Eólico Rei dos Ventos 3, com 48,6 MW de potência instalada, localizado no município de Galinhos, no Rio Grande do Norte. 53 - Luziana – Niquelândia Transmissora Parceiros: 1 - Furnas: 49%; 2 - State Grid Corporation of China: 51%. Objeto: Instalações de transmissão compostas pela Subestação Niquelândia, em 230/69 kV - (3+1) x 10 MVA, e pela Subestação Luziânia, em 500/138 kV - (3+1) x 75 MVA. 54 - Energia dos Ventos I a X Parceiros: 1 - Furnas: 49%; 2 - Alupar 50,99%; 3 - Empresas detentoras do direito dos estudos: 0,01%. Objeto: Concessão para implantação e exploração de 10 Centrais Geradoras Eólicas e respectivas instalações de transmissão. Centrais de Geração Eólica, totalizando 230 MW instalados, municípios de Fortim e Aracatí - Ceará. 55 - Caldas Novas Parceiros: 1 - Furnas: 49,90%; 2 - Desenvix: 25,5%; 3 - Santa Rita: 12,525%; CEL Engenharia: 12,525%. Objeto: Instalações de Transmissão da Rede Básica, compostas pela Subestação Corumbá, em 345/138 kV – 150 MVA- Caldas Novas – GO. 56 - Goiás Transmissão Parceiros: 1 - Furnas: 49%; 2 - Desenvix: 25,5%; 3 - J. Malucelli Energia: 25,5%. Objeto: Construção, montagem, operação e manutenção das linhas de transmissão Rio Verde Norte – Trindade; Trindade- Xavantes; Trindade- Região Centro Oeste. 57 - Madeira Energia S.A Parceiros: 1 - Furnas: 39%; 2 - Odebrecht Energia: 18,6%; 3 - Andrade Gutierrez Participações S.A.: 12,4%; 4- CEMIG: 10%; 5- FIP: 20%. Objeto: Construção e operação da UHE Santo Antônio- Porto Velho- RO. 58 - MGE Transmissão Parceiros: 1 - Furnas: 49%; 2 - Desenvix: 25,5%; 3 - J. Malucelli Energia: 25,5%. Objeto: Construção, montagem, operação e manutenção das LTs Mesquita – Viana 2- Viana 2- Viana e da SE Viana 2. NOTA 16 – IMOBILIZADO Os itens do ativo imobilizado referem-se à infraestrutura para geração, de energia elétrica. 31/12/2012 Valor bruto Depreciação acumulada Em serviço Generação .....................................................................44.954.872 Administração .............................................................. 2.012.186 (17.166.530) (1.093.267) 46.967.058 (18.259.797) (-) Obrigações vinculadas à Concessão / Impairment Impairment Valor líquido (291.602) — (2.082.854) — 25.413.886 918.919 (291.602) (2.082.854) 26.332.805 Em curso Generação .....................................................................19.196.699 Administração .............................................................. 1.877.598 — — — — — — 19.196.699 1.877.598 21.074.297 — — — 21.074.297 68.041.355 F-70 (18.259.797) (291.602) (2.082.854) 47.407.102 31/12/2012 Valor bruto Depreciação acumulada (-) Obrigações vinculadas à Concessão / Impairment Impairment Valor líquido 31/12/2011 Valor bruto Depreciação acumulada -) Obrigações vinculadas à Concessão / Impairment Impairment Valor líquido Em serviço Geração ........................................................................... 560.323.895 Administração ................................................................. 2.272.380 (24.385.487) (1.353.630) (349.052) (32.712) (635.869) — 34.953.487 886.038 62.596.275 (25.739.117) (381.764) (635.869) 35.839.525 Em serviço Geração ...........................................................................16.906.190 Administração ................................................................. 469.146 — — — — — — 16.906.190 469.146 17.375.336 — — — 17.375.336 79.971.611 (25.739.117) (381.764) (635.869) 53.214.861 Os bens que compõe o ativo imobilizado da Companhia, associados e identificados como ativos da concessão de serviço público, não podem ser vendidos nem dados em garantias a terceiros. As Obrigações Especiais correspondem a recursos recebidos de consumidores com o objetivo de contribuir na execução de projetos de expansão necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica e são alocadas aos empreendimentos correspondentes. Os ativos adquiridos com os correspondentes recursos são registrados no imobilizado da Companhia, conforme disposições estabelecidas pela ANEEL. Em virtude de sua natureza essas contribuições não representam obrigações financeiras efetivas, uma vez que não serão devolvidas aos consumidores. F-71 Movimentação do imobilizado Saldo em 31/12/2011 (Reclassificado) Adições Transferência curso/serviço Baixas Depreciação Efeitos da Lei nº 12.783/13 Saldo em 31/12/2012 Geração / Comercialização Em serviço ...................................58.958.508 Depreciação acumulada ............(24.185.487) Em curso ......................................16.906.190 Arrendamento Mercantil .... 1.165.388 Provisão p/ ajustes valor recuperação ativos impairment ..................... (836.208) 52.008.391 557.498 (94.027) 7.375.893 4.934.490 (323.001) (4.439.013) — — — — 7.839.364 172.476 (156.493) 78.576 (206.722) — (846.511) (1.131.149) — (1.586.847) — (46.616) — (20.457.903) 43.836.100 8.944.256 (17.166.530) (439.649) — (400.135) (1.633.463) (12.353.431) 19.196.699 1.118.772 (2.082.854) 44.902.188 Administração Em serviço ................................... 2.272.380 Depreciação acumulada ............(1.353.630) Em curso ...................................... Outros (209.789) (58.499) (9.366) 260.911 36.364 469.145 2.548.125 (334.125) (87.054) 1.387.895 2.546.853 (283.003) (109.189) (-)Obrigações Especiais Vinculadas à concessão Reintegração Acumulada ..................... 14.053 Contribuições do Consumidor ..... (147.894) Federal Government Participação ............................. (47.584) Doações e Subvenções p/ investimentos .......................... 8.094 — — (181.425) TOTAL ........................................53.214.861 — (27.546) — (27.546) — 2.012.186 — (1.093.267) (718.493) 1.877.598 (718.493) 2.796.516 — — — — — — 2.824 — — — 16.877 (147.894) — — — 24 — (47.560) — — — — — — (113.044) (113.044) — — 2.848 (113.044) (291.602) 19 — 19 10.386.236 (110.527) F-72 (1.240.339) — (1.658.161) (13.184.968) 19 47.407.102 Impactos da Lei 12.783/2013 na mutação do imobilizado de 2012 Geração ................................................................................ Reclassificação para indenizações a receber (projeto básico) Ajuste ao Valor Novo de Reposição dos ativos indenizáveis Ganho (perda) com indenizações das concessões prorrogadas Reclassificação para ativo financeiro (modernizações e melhorias) Parcela não recuperável de ativos - impairment .................. Efeito total no imobilizado .................................................. (13.184.968) 31/12/2012 Taxa média de depreciação Generação Hidráulica ..................................................................... Nuclear ......................................................................... Térmica ........................................................................ Eólica............................................................................ Comercialização ........................................................... 2,39% 3,32% 2,61% 2,29% 7,85% (5.954.768) (2.825.060) (1.802.402) (1.483.540) (1.119.198) 31/12/2011 Depreciação acumulada 11.728.578 3.080.265 2.245.169 21.749 54.170 Taxa média de depreciação 2,44% 3,30% 5,77% 17.129.931 Administração .............................................................. 6,92% Total ............................................................................. 1.129.866 7,46% Concessões de Geração Ativo Financeiro - Concessões Indenizáveis ................... Ativo Financeiro Itaipu (item I) ...................................... 1.353.630 18.259.797 25.739.117 31/12/2011 8.526.270 11.098.119 9.276.285 17.273.525 19.624.389 26.549.810 4.595.947 3.025.366 4.595.947 3.025.366 1.483.540 — 1.483.540 — 19.657.434 18.592.152 19.657.434 18.592.152 Total ................................................................................ 45.361.310 48.167.328 Ativo Financeiro – Circulante ......................................... Passivo Financeiro – Circulante ...................................... Ativo Financeiro – Não Circulante ................................. 579.295 (52.862) 44.834.877 2.017.949 — 46.149.379 Total ................................................................................ 45.361.310 48.167.328 F-73 1.353.630 1.129.866 31/12/2012 Concessões de Distribuição Ativo Financeiro - Concessões Indenizáveis ................... 19.856.370 2.501.816 2.027.301 — — 24.385.487 NOTA 17 – ATIVO FINANCEIRO Concessões de Transmissão Ativo Financeiro Receita Anual Permitida...................... Ativo Financeiro - Concessões Indenizáveis ................... Depreciação acumulada Impactos da Lei 12.783/2013 no ativo financeiro. Geração .................................................................................. Reclassificação do imobilizado para o ativo 1.483.540 financeiro (modernizações e melhorias) .................. Efeito no ativo financei ....................................... 1.483.540 Transmissão ........................................................................... Reclassificação para indenizações a receber.......................... (8.133.025) Ajuste ao Valor Novo de Reposição dos ativos indenizáveis ......................................................................(331.602) Ganho (perda) com indenizações das (1.242.395) concessões prorrogadas.................................. Parcela não recuperável de ativos - impairment ......................................... (41.511) Efeito no ativo financeiro ................................... (9.748.533) Distribuição ........................................................................... Ajuste ao Valor Novo de Reposição dos ativos indenizáveis ...................................................................... 359.182 Efeito no ativo financeiro ................................... 359.182 Efeito total no ativo financeiro ........................... (7.905.811) I – Ativo Financeiro de Itaipu 31/12/2012 31/12/2011 Contas a Receber ............................................................. Direito de Ressarcimento ................................................ Fornecedores de Energia - Itaipu..................................... Obrigações de ressarcimento ........................................... 1.459.221 849.724 (734.252) (1.627.555) 2.278.404 611.508 (586.994) (1.404.965) Total ativo (passivo) circulante ....................................... (52.862) Contas a Receber ............................................................. Direito de Ressarcimento ................................................ Obrigações de ressarcimento ........................................... 894.847 4.919.758 (2.999.085) 139.563 3.936.511 (2.352.065) 2.815.520 1.724.009 15.753.106 56.756 14.931.693 50.557 15.809.862 14.982.250 862.196 222.718 797.093 190.847 1.084.914 987.940 Total ativo não circulante ................................................ 19.710.296 17.694.198 Total do ativo financeiro de Itaipu consolidado .............. 19.657.434 18.592.152 Imobilizado Itaipu.................................................. Geração Em serviço.................................................... Em curso ...................................................... Administração Em serviço.................................................... Em curso ...................................................... F-74 897.953 Os efeitos da constituição do ativo financeiro Itaipu estão inseridos acima e são detalhados a seguir: a – Valores decorrentes da Comercialização da Energia Elétrica da Itaipu Binacional a.1 – Fator de Ajuste De acordo com a Lei 11.480/2007, foi retirado o fator de ajuste dos contratos de financiamento celebrados com Itaipu Binacional e dos contratos de cessão de créditos firmados com o Tesouro Nacional a partir de 2007, ficando assegurada à Companhia a manutenção integral de seu fluxo de recebimentos. Como consequência, foi editado o Decreto 6.265, de 22 de novembro de 2007, regulamentando a comercialização da energia elétrica de Itaipu Binacional, definindo o diferencial a ser aplicado na tarifa de repasse, criando um ativo referente à parte do diferencial anual apurado equivalente ao fator anual de ajuste retirado dos financiamentos, a ser incluído anualmente na tarifa de repasse a partir de 2008, praticado pela Companhia e preservando o fluxo de recursos originalmente estabelecido. Dessa forma, a partir de 2008, a diferença decorrente da retirada do fator anual de reajuste, cujos valores são definidos anualmente através de portaria interministerial dos Ministérios da Fazenda e de Minas e Energia, passou a ser incluído na tarifa de repasse da energia proveniente da Itaipu Binacional. Na tarifa de repasse em vigor em 2011, encontra-se incluído o montante equivalente a US$ 214.989, o qual será recebido pela Companhia através de cobranças aos consumidores, homologado pela portaria MME/MF 398/2008. O saldo decorrente da comercialização da energia elétrica de Itaipu Binacional, representado pelo item Direito de Ressarcimento, apresentada no Ativo Não Circulante, monta a R$ 4.919.758 em 31 de dezembro de 2012, equivalentes a US$ 2.407.516 (31 de dezembro de 2011 – R$ 3.936.511, equivalentes a US$ 2.098.577), dos quais R$ 2.999.085, equivalente a US$ 1.467.621, serão repassados ao Tesouro Nacional até 2023, como decorrência da operação de cessão de crédito realizada entre a Companhia e o Tesouro Nacional, em 1999. Tais valores serão realizados mediante a sua inclusão na tarifa de repasse a ser praticada até 2023. a.2 – Comercialização de energia elétrica A Lei 10.438, de 26 de abril de 2002, atribuiu à Companhia a responsabilidade pela aquisição da totalidade da energia elétrica produzida pela ITAIPU a ser consumida no Brasil, e de comercializar essa energia elétrica. Dessa forma, em 2012, o equivalente a 83.847 GWh foi vendido, a tarifa de suprimento de energia (compra), praticada pela ITAIPU, de US$ 22.60/kW e a tarifa de repasse (venda), US$ 24.88/kW. O resultado da comercialização da energia elétrica da Itaipu, nos termos do Decreto 4.550, de 27 de dezembro de 2002, observadas as alterações introduzidas pelo Decreto 6.265, de 22 de novembro de 2007, tem a seguinte destinação: 1) se positivo, deverá ser destinado, mediante rateio proporcional ao consumidor individual, a crédito de bônus nas contas de energia dos consumidores do Sistema Elétrico Nacional Interligado, integrantes das classes residencial e rural, com consumo mensal inferior a 350 kWh. 2) se negativo, é incorporado pela ANEEL no cálculo da tarifa de repasse de potência contratada no ano subsequente à formação do resultado. Essa operação de comercialização não impacta o resultado da Companhia, sendo que nos termos da atual regulamentação o resultado negativo representa um direito incondicional de recebimento e se negativo uma obrigação efetiva. No exercício de 2012, a atividade foi superavitária em R$ 280.029 (R$ 638.977 em 31 de dezembro de 2011), sendo a obrigação decorrente incluída como parte da rubrica de ativo financeiro. II – Ativo Financeiro – Concessão de serviço público de energia elétrica A rubrica ativo financeiro - concessão, no montante de R$ 23.677.532 (31 de dezembro de 2011 - R$ 29.575.176) refere-se ao ativo financeiro a realizar, detido pelas empresas do Sistema Eletrobras, sendo nas concessões de distribuição, apurado pela aplicação do modelo misto, e nas concessões de geração e transmissão pela aplicação do modelo financeiro, ambos previstos no IFRIC 12. F-75 NOTA 18 – ATIVO INTANGÍVEL SALDO EM 31/12/2011 ADIÇÕES BAIXAS AMORTIZAÇÕES TRANSFERÊNCI AS CUSTO / SERVIÇO SALDO EM 31/12/2012 Vinculados à Concessão 1.172.736 Geração ............................................................ 63.766 (845) (45.896) (13.665) 1.176.096 Em serviço ................................................... 944.973 15.242 (844) (45.896) 94.448 1.007.923 Ativo Intangível ........................................... 1.020.331 Amortização acumulada .............................. (75.358) Obrigações especiais ................................... — 15.226 (34) 50 — (844) — — (45.896) — 94.448 — — 1.130.005 (122.132) 50 Em curso ...................................................... 227.763 48.524 (1) — (108.113) 168.173 Ativo Intangível ........................................... 227.763 48.524 (1) — (108.113) 168.173 Vinculados à Concessão 794.148 Distribuição ...................................................... 52.714 17.851 (101.149) 518 764.082 Em serviço ................................................... 689.369 (41.523) 18.742 (101.149) 78.742 644.181 Ativo Intangível........................................... 2.076.075 Amortização acumulada .............................. (931.659) Obrigações especiais ................................... (455.047) Impairment ......................................... — 93.539 (112.232) (307) (22.523) (105.114) 81.767 19.868 22.221 — (152.749) 51.600 — 152.312 — (73.570) — Em curso ...................................................... 104.779 94.237 Ativo Intangível ........................................... 209.476 Obrigações especiais ................................... (104.697) Impairment ......................................... — Contrato de concessão — oneroso .......................................... 2.216.812 (1.114.873) (457.456) (302) (891) — (78.224) 119.901 115.297 (3.870) — (5.611) 4.720 — — — — (149.518) 69.225 2.069 169.644 (34.622) 2.069 (17.190) — — — (17.190) Vinculados à Concessão — Transmissão ..................................................... 745 — (34) — 711 Em serviço ................................................... — 689 — (34) — 655 Ativo Intangível ........................................... — Amortização acumulada .............................. — 689 — — — — (34) — — 689 (34) Em curso ...................................................... — 56 — — — 56 Ativo Intangível ........................................... — 56 — — — 56 Não Vinculados à Concessão (Outros 404.483 Intangíveis) ............................................. 27.543 (52.446) (19.927) 15.804 (13.039) 24.754 24 (67.655) 17.318 (2.109) — (9.037) (10.890) — — 26.894 (16) (12.845) (13.835) 144.768 (35.440) (167.006) (12.949) Organização Em serviço ................................................... 499.380 Amortização acumulada .............................. (193.930) Em curso ............................................ 99.033 Outros ................................................ — Total ............................................................ 2.371.367 198 359.851 465.386 (200.557) 108.833 (13.811) 2.300.739 O Ativo Intangível é amortizado durante o seu prazo de concessão. NOTA 19 – VALOR NÃO RECUPERÁVEL DOS ATIVOS DE LONGO PRAZO A Companhia estimou o valor recuperável de seus ativos de longo prazo com base em valor em uso tendo em vista não haver mercado ativo para a infraestrutura vinculada à concessão. O valor em uso é avaliado com base no valor presente do fluxo de caixa futuro estimado. F-76 Os valores alocados às premissas representam a avaliação da Administração da Companhia sobre as tendências futuras do setor elétrico e são baseadas tanto em fontes externas de informações como também em dados históricos. O fluxo de caixa foi projetado com base no resultado operacional e projeções da Companhia até o término da concessão, tendo como principais premissas: a) Crescimento orgânico compatível com os dados históricos e perspectivas de crescimento da economia brasileira; b) Taxa de desconto (após os impostos) específica para cada segmento (4,98% para geração, 4,73% para transmissão e 4,61% distribuição) obtida através demetodologia usualmente aplicada pelo mercado, levando em consideração o custo médio ponderado de capital; c) A taxa de crescimento não inclui inflação. d) A Companhia passou a tratar como unidades geradoras de caixa independentes todos os seus empreendimentos, deixando de serem consideradas de forma integrada, em função das alterações introduzidas pela Lei 12.783/2013. A análise determinou a necessidade de constituição de provisão para perdas nos seguintes empreendimentos no ano de 2012: a) Eletrosul – a Companhia reconheceu, em 2012, a perda de R$ 149.672 (R$ 107.664 em 2011). Os valores acumulados referem-se a: R$ 44.377 da UGC João Borges; R$ 44.329 da UGC Rio Chapéu; descontinuidade dos projetos das PCHs Pinheiro (R$ 3.829) e PCH Itararé (R$ 4.256); perda do ativo financeiro na linha de transmissão UGC Presidente Médice - Santa Cruz (R$ 27.117) e subestação Missões (R$ 4.998), e outros ativos no valor de R$ 20.766. b) Amazonas Energia (segmento de distribuição) – No ano de 2010, a ANEEL determinou uma nova metodologia de reajuste tarifário que inclui, entre outros fatores, a redução na remuneração dos ativos (WACC regulatório). Esses fatores levaram a necessidade de se reconhecer a perda sobre os ativos de distribuição no valor de R$ 573.209 (31 de dezembro de 2011 – R$ 573.731), sendo R$ 522 registrado como reversão neste exercício (2011 – provisão de R$ 69.546). Além disso, em 2012 foi reconhecida a perda de R$ 92.528 sobre créditos tributários. c) Furnas – A Companhia reconheceu perda sobre as UHE Batalha e UHE Simplício, no montante de R$ 1.028.266 (31 de dezembro de 2011 – R$ 693.335), sobre a recuperação de ativos, sendo R$ 334.931 neste exercício (2011 – R$ 349.444), tendo em vista um aumento na estrutura de custos impostas pelo atraso nas obras de construção das usinas hidrelétricas. d) Eletronorte – as seguintes provisões foram reconhecidas em 2012: R$ 482.334 composta por: R$ 344.104 sobre ativo imobilizado de geração da UHE Samuel; R$ 64.103, equivalente ao total dos ativos das UTEs Floresta, Rio Acre, Rio Branco e Rio Madeira; R$ 27.389 referente a ativo imobilizado da UTE Balbina; R$ 28.168 referente a ativos imobilizados de RBSE; R$ 6.503 sobre outros ativos imobilizados de geração e R$ 12.067 sobre outros ativos imobilizados de transmissão. Saldo em 31 de dezembro de 2010 .......................................... 989.525 (+) Constituições ..................................................................... 460.661 (-) Reversões ............................................................................(27.474) Saldo em 31 de dezembro de 2011 .......................................... 1.422.712 (+) Constituições ..................................................................... 1.059.462 (-) Reversões ............................................................................ (522) Saldo em 31 de dezembro de 2012 .......................................... 2.481.652 As perdas são reconhecidas na demonstração de resultados como provisões operacionais. As perdas decorrentes do reconhecimento por setor são os seguintes: 31/12/2012 Geração Transmissão Distribuição Total Imobilizado .............................................................. Ativo Intangívels ...................................................... Créditos Tributários.................................................. 1.727.701 1.740 — 40.235 32.115 — — 587.333 92.528 1.767.936 621.188 92.528 Total ......................................................................... 1.729.441 72.350 679.861 2.481.652 F-77 NOTA 20 – FORNECEDORES 31/12/2012 CIRCULANTE Bens, Materiais e Serviços ................................................. Energia Comprada para Revenda ....................................... CCEE - Energia de curto prazo .......................................... 31/12/2011 5.479.412 1.841.910 169.480 4.740.332 1.544.536 53.234 7.490.802 6.338.102 NOTA 21 – ADIANTAMENTO DE CLIENTES 31/12/2012 CIRCULANTE ......................................................... Venda antecipada de energia - ALBRAS ................. Adiantamentos de clientes - PROINFA .................... NÃO CIRCULANTE ............................................... Venda antecipada de energia - ALBRAS ........................... TOTAL ..................................................................... 31/12/2011 45.583 424.309 44.098 368.943 469.892 413.041 830.234 879.452 830.234 879.452 1.300.126 1.292.493 I – ALBRÁS A controlada Eletronorte executou a venda de energia elétrica com a ALBRÁS, em 2004, para fornecimento por um período de 20 anos, sendo 750 MW médios/mês, até dezembro de 2006 e 800 MW médios/mês, de janeiro de 2007 a dezembro de 2024, tendo como parâmetro a tarifa de equilíbrio da UHE Tucuruí, acrescida de um prêmio, calculado em função da cotação do alumínio na London Metal Exchange (LME) - Inglaterra. A definição do preço constitui um derivativo embutido (vide nota 44). Com base nestas condições, a ALBRÁS, fez uma oferta de pré-compra de energia elétrica com pagamento antecipado, que se constitui em créditos de energia que serão amortizados durante o período de fornecimento, em parcelas fixas mensais expressas em MW médios, de acordo com a tarifa vigente no mês do faturamento, como detalhado a seguir: Datas do contrato Cliente Inicial Final Albrás ......... 7/1/04 12/31/24 Alcoa .......... 7/1/04 1/1/24 BHP............ 7/1/04 1/2/24 Volume em Megawatts Médios (MW) 750 até 31/12/2006 ae 800 a partir de 01/01/2007 de 304 a 328 de 353,08 a 492 II – PROINFA O PROINFA, instituído pela Lei 10.438/2002, e suas alterações, tem como objetivo a diversificação da matriz energética brasileira com a utilização de fontes renováveis de energia, mediante o aproveitamento econômico dos insumos disponíveis e das tecnologias aplicáveis. A Companhia assegura a compra da energia elétrica produzida, pelo período de 20 anos, contados a partir de 2006, e repassa esta energia às concessionárias de distribuição, consumidores livres e autoprodutores, excluídos os consumidores de baixa renda, na proporção de seus consumos. As concessionárias de distribuição e de transmissão pagam à Companhia o valor de energia em quotas, equipamento ao custo correspondente à participação dos consumidores cativos, dos consumidores livres e dos autoprodutores conectados às suas instalações, em vinte parcelas mensais, no mês anterior ao de competência do consumo da energia. As operações relativas à compra e venda de energia no âmbito do PROINFA não afetam o resultado da Companhia. F-78 NOTE 22 – FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS I – Contratos da Companhia – Instituições Financeiras e Bônus a) A Companhia possui empréstimos celebrados com agências multilaterais, tais como BID, BIRD, KFW e EXIMBANK/JBIC, garantidos pela União. Tais contratos seguem ao padrão de cláusulas aplicáveis aos contratos com agências multilaterais, que são as usualmente acordadas em negociações com esse tipo de organismo. Em 2011 foi celebrado contrato com o BIRD no valor de US$ 495.000.000 destinados a investimentos nas empresas de distribuição do Sistema Eletrobras, principalmente com o objetivo de redução do nível de perdas. Desse valor só foram sacados US$ 1.237.500, em maio de 2011, para pagamento de taxa do próprio empréstimo, ficando o saldo restante a ser sacado. Nos contratos de empréstimo da modalidade A/B, firmados entre CAF e bancos comerciais, a Companhia contraiu obrigações comumente utilizadas no mercado, entre elas: existência de garantias corporativas, alteração do controle societário, observância de licenças e autorizações, e restrições de significativa disposição de bens. Adicionalmente, de acordo com as práticas de mercado, há dois contratos de financiamento coordenados pelo BNP e CDB, assinados em 2007, no valor de US$ 149.000 e de US$ 281.000, sem garantia da União, mas que se tornaram efetivos somente em 2008. Os recursos desses dois contratos foram destinados ao financiamento da Usina Termelétrica de Candiota II, Fase C, da CGTEE. Em 1° de novembro de 2012, houve a assinatura da segunda parcela do contrato de financiamento celebrado junto ao KfW, no valor de EUR 45.900, com garantia da União, contando com 5 anos de carência e prazo total de 30 anos e taxa de juros média de 2,93% ao ano. Os recursos serão destinados ao projeto do Complexo de São Bernardo, pertencente à Eletrosul, que visa à implantação de 4 PCHs no estado de Santa Catarina. O contrato de empréstimo relativo à parcela 1 foi assinado em 12 de dezembro de 2008, no valor de EUR 13.294. Em 21 de dezembro de 2012, foi assinado o contrato de financiamento junto à Caixa Econômica Federal no valor de R$ 3.8 milhões, cujos recursos serão destinados à aquisição de máquinas e serviços importados da Usina nuclear de Angra III. Este contrato conta com a garantia da União, taxa de juros de 6,5% ao ano e prazo de 25 anos de repagamento (com 5 anos de carência). Além dos bônus emitidos em 2005, no valor de US$ 300.000, com o antigo Dresdner Bank AG, bem como outra emissão realizada pelo Credit Suisse em 2009, de US$ 1.000.000, a Companhia emitiu notas no valor de US$ 1.750.000.000, em operação conjunta dos bancos Santander e Credit Suisse, em outubro de 2011. Os recursos obtidos no mercado internacional foram destinados ao fundo financiador do Programa de Investimentos das empresas do Sistema Eletrobras. Em outubro de 2012, Furnas celebrou um contrato de financiamento junto ao Banco do Brasil, no valor R$ 750.000, com prazo total de pagamento de 6 (seis) anos, amortizados via bullet no último dia do contrato, contando com juros remuneratórios de 107,3% sobre a taxa média do Certificado de Depósito Interbancário – CDI. Os recursos contratados serão destinados ao programa de investimento da controlada e contam com o aval corporativo da Companhia. Foram celebrados 2 (dois) contratos de financiamento entre a RS Energia – empresa que tem 100% do seu capital social pertencente a Eletrosul – e o BNDES, com o objetivo de financiar a construção e operacionalização de Linhas de Transmissão e subestações localizadas no estado do Rio Grande do Sul, objeto de concessão através do leilão da ANEEL n° 008/2010. O primeiro contrato de financiamento foi assinado em 04 de abril de 2012, no valor de R$ 41.898, a uma taxa de juros média de 1,96% ao ano acrescidos da TJLP, sendo a amortização realizada via SAC, por um período de 168 meses. O segundo contrato de financiamento foi assinado em 30 de abril de 2012, no valor complementar de R$ 9.413, contando com as mesmas condições de juros e prazo do financiamento anterior. Vale ressaltar que os dois contratos contam com a interveniência e fiança corporativa da Companhia. II – Reserva Global de Reversão (RGR) A Companhia é autorizada a sacar recursos da RGR enquanto não são utilizados para os fins a que se destinam, aplicando-os na concessão de financiamentos destinados à expansão do setor elétrico brasileiro, melhoria do serviço e na realização dos programas do Governo Federal. Desta forma, a Companhia saca recursos junto à RGR, reconhecendo uma dívida para com este Fundo, e aplica em projetos específicos de investimento, por ela financiados, que tenham por objetivo: a) expansão dos serviços de distribuição de energia elétrica; b) desenvolvimento às fontes alternativas de energia elétrica; c) estudos de inventário e viabilidade de aproveitamento de potenciais hidráulicos; F-79 d) implementação de centrais geradoras de potência até 5.000 kW, destinadas exclusivamente ao serviço público em comunidades populacionais atendidas por sistema elétrico isolado; e) iluminação pública eficiente; f) conservação de energia elétrica através da melhoria da qualidade de produtos e serviços; g) universalização de acesso à energia elétrica; Os recursos sacados da RGR e utilizados na concessão de financiamentos às empresas do setor elétrico brasileiro, são remunerados com juros de 5% ao ano. Em 31 de dezembro de 2012, o saldo dos recursos sacados junto ao fundo, totaliza R$ 8.870.838 (31 de dezembro de 2011 – R$ 8.931.891), incluídos na rubrica financiamentos e empréstimos, do passivo. Os recursos que compõem o Fundo RGR não fazem parte destas demonstrações, constituindo-se em entidade distinta da Companhia. 31/12/2012 CONSOLIDADO ENCARGOS CIRCULANTE Tx. Média Valor PRINCIPAL CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Moeda Estrangeira Instituições financeiras Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID ............................... Corporación Andino de Fomento - CAF ................. Kreditanstalt fur Wiederaufbau - KFW ................... Eximbank ....................................................... BNP Paribas ...................................................................... Outros ................................................................................................... 4,40% 2,51% 3,86% 2,15% 1,53% Bônus ................................................................................ Vencimento 30/11/2015 ....................................................................... 7,75% Vencimento 30/07/2019 ....................................................................... 6,87% Vencimento 27/10/2021 ....................................................................... 5,75% Outros ................................................................................ Tesouro Nacional - ITAIPU ................................................................. CAJUBI - Fundação Prev ITAIPU PY ........... LLOYDS ........................................................ Moeda Nacional Reserva Global de Reversão ................................................................. Outras Instituições Financeiras............................................................. Banco do Brasil........................................................................... Caixa Econômica Federal ........................................................... BNDES ....................................................................................... 2.194 12.978 2 1.346 330 672 38.021 330.237 — 52.067 70.769 30.502 301.977 1.862.530 35.832 234.296 595.628 33.970 17.522 521.596 3.064.233 4.675 68.687 42.431 — 251 — 613.050 2.043.538 3.576.125 115.793 251 6.232.713 5.579 — — 475.031 2.400 38 8.849.631 44.787 991 5.579 477.469 8.895.409 138.894 999.316 18.192.355 — 49.830 9.253 24.307 84.282 — 1.868.668 21.220 321.605 929.800 8.870.838 3.871.825 1.253.141 1.089.597 11.926.269 167.672 3.141.293 27.011.670 306.566 4.140.609 45.204.025 2.400 11.763 34.901 165.997 191.957 2.012.817 Moeda Estrangeira Instituições financeiras Banco Interamericano de Desenvolvimento ............ 4,40% Corporación Andino de Fomento - CA .................... 2,40% F-80 31/12/2012 CONSOLIDADO ENCARGOS CIRCULANTE Tx. Média Kreditanstalt fur Wiederaufbau - KFW ................... Dresdner Bank ......................................................... Eximbank ................................................................. BNP Paribas ...................................................................... Outras ................................................................................................... Valor 3,87% 6,25% 2,15% 1,82% Bônus ................................................................................ Vencimento 30/11/2015 .............................................................. 7,75% Vencimento 27/10/2021 .............................................................. 5,75% Vencimento 30/07/2019 .............................................................. 6,87% CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE 39 41 1.635 269 1.244 23.116 23.386 53.362 64.962 12.088 32.631 — 293.487 611.709 17.367 17.391 377.812 3.159.968 4.292 36.845 63.050 — — — 562.740 3.282.650 1.875.800 104.187 — 5.721.190 Outros ................................................................................ National Treasury - ITAIPU................................................................. CAJUBI - Fundação Prev ITAIPU PY ........... Moeda Naciona Reserva Global de Reversão ................................................................. Fundo de Investimento em Direitos Creditórios ......................... Outras Instituições Financeiras............................................................. Banco do Brasil........................................................................... Caixa Econômica Federal ........................................................... BNDES ....................................................................................... PRINCIPAL 3.922 389 416.325 566 8.561.657 26.860 4.311 416.891 8.588.517 125.889 794.703 17.469.675 — — 52.040 17.369 9.882 49.127 — — 1.075.795 460.428 191.972 1.228.122 8.946.901 — 3.084.264 386.771 183.797 8.336.944 128.418 2.956.317 20.938.677 254.307 3.751.020 38.408.352 a) As dívidas são garantidas pela União e/ou pela Eletrobras. b) O total devido em moeda estrangeira, incluindo os custos relacionados ao grupo consolidado de R$ 19.300.565, equivalente to US$ 9.459.538. A porcentagem de distribuição é a seguinte: US$ Consolidated ..................................................................................................... 98,33% EURO 0,19% YEN 1,49% c) Os empréstimos e financiamentos estão sujeitos a encargos, cuja taxa média anual em 2012 é de 5,04% e em 2011 foi de R$ 4,97%. d) A parcela longo prazo dos empréstimos e financiamentos expressa em milhares de dólares norte-americanos, tem seu vencimento assim programado: 2014 374.184 2015 834.628 2016 361.399 2017 360.955 2018 202.823 After 2018 19.986.895 Total 22.120.883 II – Operação de arrendamento financeiro: Na controlada Amazonas Energia os arrendamentos são classificados como financeiros quando os termos dos respectivos contratos transferem substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do bem para o arrendatário. Todos os outros arrendamentos são classificados como operacionais. Os ativos adquiridos através do arrendamento financeiro são depreciados com base a vida útil econômica dos ativos. F-81 O valor nominal utilizado no cálculo dos ativos e passivos originados pelos referidos contratos foi encontrado tomando como referência o valor fixado para a contratação de potencia mensal contratada, multiplicada pela capacidade instalada (60 a 65 MW) e pela quantidade de meses de vigência do contrato. A conciliação entre o total dos pagamentos mínimos futuros do arrendamento financeiro da Companhia e o seu valor presente, esta demonstradas no quadro abaixo: 31/12/2012 Menos de um ano ............................................................. Mais de um ano e menos de cinco anos ........................... Mais de cinco anos ........................................................... Encargos de financiamentos futuros sobre os arrendamentos financeiros ........................................... 31/12/2011 298.231 1.491.157 1.913.652 283.831 1.419.154 2.105.079 299.932 202.636 Obrigações brutas de arrendamento financeiro pagamentos mínimos de arrendamento ....................... 4.002.972 4.010.700 Ajuste a valor presente ..................................................... (1.979.939) (2.092.159) Total de pagamentos mínimos de arrendamento financeiros ................................................................... 2.023.033 1.918.541 III – GARANTIAS A Companhia participa na qualidade de interveniente garantidora de diversos empreendimentos cujos montantes garantidos, projeções e valores já pagos estão demonstrados nos quadros abaixo. Projeção de Saldo Devedor - Fim do Exercício Empresa Empreendimen to Eletrobras Norte Energia Eletrobras Eletrobras Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Norte Energia Norte Energia ESBR Cerro Chato I, II and II RS Energia Artemis Trans. se Energia Norte Brasil Transmissora Porte Velho Trans. Energia UHE Mauá UHE Mauá UHE Passo de São João Eletrosul SC Energia Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletrosul Eletronorte SC Energia SC Energia SC Energia UHE São Domingos RS Energia RS Energia UHE Passo de São João UHE Teles Pires UHE Teles Pires São Luis II and III Banco Promissory Notes Lawful Fulfillment BNDES BNDES Banco do Brasil BNDES Participação Modalidad da e Controlada Valor do Financiame nto (*) Saldo Devedor em 31/12/2012 Saldo Garantidor Eletrobras 2013 — 2014 — 2015 — A liberar após 2015 — Término da Garantia SPE 15,00% 150.000 154.271 1.543 SPE SPE SPE 15,00% 15,00% 20,00% 156.915 3.375.000 1.909.000 156.915 470.966 1.665.135 1.569 4.710 16.651 109.841 513.353 1.759.219 109.841 559.555 1.671.305 109.841 609.915 1.653.757 SPE SPE 100,00% 100,00% 223.419 126.221 210.730 100.523 2.107 1.005 182.965 90.256 155.191 75.985 127.396 68.386 — — 07/15/2020 06/15/2021 BNDES SPE 100,00% 170.029 82.337 823 67.766 53.486 39.132 — 10/15/2018 BNDES SPE 24,50% 257.250 223.954 2.240 278.945 240.100 222.950 — 01/15/2029 BNDES BNDES BNDES/ Banco do Brasil SPE SPE 100,00% 49,00% 283.411 89.384 304.571 90.789 3.046 908 311.372 84.682 297.557 78.684 267.801 72.655 — — 08/15/2028 01/15/2028 SPE 49,00% 89.384 90.865 909 84.709 78.711 72.697 — 01/15/2028 Corporativo 100,00% 183.330 177.880 1.779 164.818 151.750 138.620 — 07/15/2026 Corporativo Corporativo 100,00% 50.000 27.686 277 23.399 19.105 14.783 — 05/15/2019 Corporativo Corporativo 100,00% 100,00% 100,00% 50.000 103.180 67.017 27.639 55.982 46.860 276 560 469 23.338 47.269 41.188 19.034 38.552 35.514 14.722 29.818 29.826 — — — 05/15/2019 05/15/2019 03/15/2021 BNDES Corporativo BNDES SPE BNDES SPE 100,00% 100,00% 100,00% 207.000 41.898 9.413 22.048 32.094 5.099 220 311 51 214.552 39.653 9.354 199.793 36.661 9.144 184.993 32.995 8.413 — — — 06/15/2028 03/15/2027 08/15/2027 BNDES Corporativo BNDES LP SPE 100,00% 14.750 14.701 147 13.621 12.541 11.465 — 07/15/2026 24,50% 199.758 188.154 1.882 — — — — 02/15/2036 24,50% 160.680 168.339 1.683 — — — — 05/31/2032 100,00% 13.653 11.621 116 9.671 8.695 8.695 11/15/2024 BNDES BNDES/ Banco do Brasil BNDES/ BDRE BNDES BNDES FI - FGTS BNDES SPE Corporativo F-82 10.646 109.841 664.807 — 01/15/2023 04/30/2019 01/15/2042 01/15/2034 Projeção de Saldo Devedor - Fim do Exercício Empresa Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Empreendimen to Miranda II Ribeiro Gonç. / Balsas Lechuga/J. Teixeira UHE Tucurí Norte Brasil Transmissora Linha Verde Transmissora Manaus Transmissora Manaus Transmissora Manaus Transmissora Estação Trans. de Energia Estação Trans. de Energia Estação Trans. de Energia Rio Branco Transmissora Trans Matogrossense Energia Trans Matogrossense Energia BNDES Corporativo Corporativo BNB Corporativo BASA BNDES Corporativo Norte Energia Rei dos Ventos 1 Eolo Brasventos Miassaba 3 Rei dos Ventos 3 Eletronorte Eletronorte Eletronorte Eletronorte Banco Participação Modalidad da e Controlada Valor do Financiame nto (*) Saldo Devedor em 31/12/2012 Saldo Garantidor Eletrobras 2013 A liberar após 2015 Término da Garantia 2014 2015 100,00% 47.531 34.878 349 3.099 27.320 23.541 23.541 11/15/2024 100,00% 70.000 70.000 700 68.065 64.167 60.278 60.278 06/03/2031 100,00% 100,00% 25.720 931.000 1.896 381.522 19 3.815 1.801 279.783 1.681 178.043 1.562 76.337 1.562 76.337 01/10/2029 09/15/2016 278.945 240.100 222.950 — 01/15/2029 — 01/10/2013 108.604 — 07/10/2030 49.840 48.600 — 07/15/2032 137.776 127.178 116.569 — 12/31/2026 5.233 506.921 472.746 438.572 — 11/30/2038 222.599 2.226 232.868 219.625 206.381 — 07/30/2031 221.789 70.890 709 227.133 230.621 233.308 — 10/15/2030 100,00% 138.000 144.531 1.445 138.907 128.424 117.940 — 03/15/2027 SPE 49,00% 39.200 39.817 398 39.819 36.515 32.924 — 02/01/2025 BNDES BNDES LP SPE 49,00% 42.777 41.134 411 38.077 35.019 31.952 — 05/15/2026 SPE 19,98% 4.495.500 627.327 6.273 683.786 745.327 812.406 Votorantin SPE 24,50% 30.851 26.329 263 32.952 30.893 28.965 — 11/15/2029 Votorantin SPE 24,50% 32.533 27.716 277 34.698 32.529 30.496 — 11/15/2029 Votorantin SPE 24,50% 30.984 76.448 264 33.150 31.079 29.136 — 11/15/2029 BNDES Corporativo BNDES SPE 100,00% 20,00% 6.146.256 1.909.000 1.349.674 1.665.135 13.497 16.651 5.250.360 1.759.219 6.444.450 1.671.305 7.378.916 1.653.757 — — 06/15/2036 01/15/2034 BNDES BTG Pactual SPE 24,50% 257.250 223.954 2.240 SPE 49,00% 147.000 155.213 1.552 BASA SPE 30,00% 75.000 83.445 834 91.911 101.236 BASA SPE 30,00% 45.000 46.689 467 49.208 BNDES SPE 30,00% 120.000 130.034 1.300 BNDES SPE 100,00% 505.477 523.255 BASA SPE 100,00% 221.789 BASA SPE 100,00% BNDES SPE BASA — — — 885.523 01/15/2042 Eletronuclear Chesf Chesf Chesf Chesf Chesf Chesf Angra III ESBR Manaus Transmissora Manaus Transmissora Manaus Transmissora Norte Energia IE Madeira Chesf IE Madeira Chesf IE Madeira Chesf IE Madeira Chesf IE Madeira Chesf Chesf Chesf Chesf Chesf Chesf Furnas Furnas Furnas IE Madeira Pedra Branca Wind Power Plant São Pedro Lago Wind Power Plant Sete Garreleiras Wind Power Plant TDG TDG UHE Batalha UHE Simplício UHE Baguari BASA SPE 19,50% 48.750 54.239 542 59.742 65.804 70.593 — 07/10/2030 BASA SPE 19,50% 29.250 30.348 303 31.985 32.396 31.590 — 06/15/2032 BNDES BNDES BNDES LP Itaú Debentures Bradesco Hedge HSBC HEDGE Itaú BBA NP BASA FNO SPE SPE 19,50% 15,00% 78.000 3.375.000 84.522 470.966 845 4.710 89.555 513.353 82.666 559.555 75.770 609.915 SPE 24,50% 377.535 377.535 3.775 377.535 454.031 423.971 SPE 24,50% 105.350 14.983 150 — — SPE 24,50% 3.901 3.901 39 3.901 SPE 24,50% 4.001 4.001 40 SPE 24,50% 71.050 71.973 720 SPE 24,50% 65.415 50.363 504 Itaú BBA SPE 49,00% 33.026 31.875 319 — — Itaú BBA SPE 49,00% 36.603 31.700 317 — — Itaú BBA SPE BNB SPE BNB SPE BNDES Corporativo Corporativo BNDES BNDES Corporativo 49,00% 49,90% 49,90% 100,00% 27.881 29.940 34.930 224.000 27.975 38.095 29.364 166.829 280 381 294 1.668 — 39.293 31.045 154.001 — — 33.994 141.198 100,00% 15,00% 1.034.410 60.153 797.138 51.162 7.971 512 738.456 47.295 679.897 43.436 F-83 — 664.807 12/31/2026 01/15/2042 — 03/15/2030 — — 03/15/2013 — — — 09/30/2013 4.001 — — — 09/30/2013 — — — — 03/18/2030 — 07/10/2032 — — 07/03/2013 — — 07/03/2013 — — 37.223 128.362 — — — — 07/03/2013 05/17/2013 05/17/2031 12/15/2025 621.201 39.567 — — 07/15/2026 07/15/2026 50.363 69.190 72.623 Projeção de Saldo Devedor - Fim do Exercício Empresa Furnas Empreendimen to UHE Santo Antônio UHE Santo Antônio UHE Foz do Chapecó Centroeste de Minas Serra do Facao Goiás Transmissão MGE Transenergia São paulo Transenergia Renovável Rei dos Ventos 1 Eolo UEE Miassaba 3 UEE Rei Dos Ventos 3 Banco Participação Modalidad da e Controlada Valor do Financiame nto (*) Saldo Devedor em 31/12/2012 Saldo Garantidor Eletrobras 2013 2014 2015 03/15/2034 243.841 — 12/15/2030 614.008 — 09/15/2027 — 04/15/2023 231.639 — 06/15/2027 94.593 49.229 91.000 45.155 — — 12/01/2031 01/01/2027 18.737 17.936 17.134 — 08/15/2026 751 73.771 68.392 63.013 — 11/15/2026 26.329 263 32.952 30.893 28.962 — 11/15/2029 32.533 27.716 277 34.698 32.528 30.496 — 11/15/2029 24,50% 30.984 27.448 264 33.150 31.079 29.136 — 11/15/2029 SPE 24,50% 377.535 377.535 3.775 377.353 454.031 423.971 — 03/15/2030 SPE 24,50% 105.350 14.983 150 — — — — 03/15/2013 SPE 24,50% 3.901 3.901 39 3.901 — — — 09/30/2013 SPE 24,50% 4.001 4.001 40 4.001 — — — 09/30/2013 SPE 24,50% 71.050 71.973 720 — — — — 03/18/2013 SPE 24,50% 65.415 50.363 504 — 07/10/2032 SPE 24,50% 199.758 188.154 1.882 — — — — 02/15/2036 SPE 24,50% Outros 160.680 349.800 168.339 359.761 1.683 3.598 — — — — — — — — 05/31/2032 Various Total 34.304.163 18.911.394 189.114 Furnas Furnas Furnas Furnas Furnas Furnas Furnas Furnas Furnas Furnas Furnas IE Madeira Furnas IE Madeira Furnas IE Madeira Furnas IE Madeira Furnas IE Madeira Furnas Furnas Furnas (*) IE Madeira UHE Teles Pires UHE Teles Pires SPE 39,00% 2.392.717 3.220.161 32.202 3.244.919 3.270.508 3.172.368 BASA SPE 39,00% 196.334 307.728 3.077 234.199 244.057 BNDES SPE 40,00% 657.271 770.441 7.704 718.364 666.264 BNDES SPE 49,00% 13.827 12.194 122 10.539 9.221 BNDES SPE 49,47% 257.357 274.864 2.749 268.950 250.294 BNDES BNDES SPE SPE 49,00% 49,00% 97.020 58.359 97.608 56.685 976 576 98.185 53.303 BNDES SPE 49,00% 18.963 19.538 195 BES SPE 49,00% 77.910 75.055 Votorantin SPE 24,50% 30.851 Votorantin SPE 24,50% Votorantin BNDES LP Itaú Debentures Bradesco Hedge HSBC HEDGE Itaú BBA NP BASA FNO BNDES LP SPE FI - FGTS Término da Garantia 8.221 Furnas BNDES A liberar após 2015 50.363 21.385.510 69.190 22.170.660 — 72.623 22.546.183 2.503.612 Quota parte da controlada. A Companhia registrou na rubrica provisões operacionais no passivo não circulante o valor justo referente aos montantes garantidos pela Companhia sobre recursos já liberados pelos bancos financiadores. A provisão é efetuada com base no valor justo da garantia da Eletrobras, conforme demonstrado abaixo: Valor Provisionado Garantia devida em 31/12/2010 ................................................. 79.776 Movimentação em 2011 ............................................................ 80.452 Garantia devida em 31/12/2011 ................................................. 160.228 Movimentação em 2012 ............................................................ 28.885 Garantia devida em 31/12/2012 ................................................. 189,113 a) UHE Simplício - Empreendimento da controlada Furnas, com capacidade instalada de geração de 337,7 MW. 100% do empreendimento é de participação de Furnas. Assim, a garantia da Companhia é de 100% do financiamento. b) UHE Mauá – Empreendimento com capacidade instalada de 361 MW, em parceria entre a controladora Eletrosul (49%) e a Copel (51%). Nesta Usina Hidroelétrica de Energia - UHE há dois contratos com o BNDES, um direto e outro indireto, sendo que a Companhia garante 49% nos dois contratos. c) UHE Jirau - SPE Energia Sustentável do Brasil, formada pelas controladas Eletrosul, CHESF, GDF Suez Energy e Camargo Corrêa, com capacidade instalada de 3.450MW. Para o empreendimento foram contratados dois financiamentos junto ao BNDES, F-84 sendo um direto e outro indireto, via bancos repassadores, a serem pagos em 240 meses. A Companhia é interveniente garantidora da participação de cada uma das suas controladas – Eletrosul (20%) e CHESF (20%). d) UHE Santo Antônio - SPE Santo Antônio Energia, formada por Furnas, CEMIG, Fundo de Investimentos em Participação Amazônica Energia – FIP, Construtora Norberto Odebrecht S/A, Odebrecht Investimentos em Infraestrutura Ltda. e Andrade Gutierrez Participações S/A, com capacidade instalada de 3.150 MW. A Companhia é interveniente anuente em financiamentos junto ao BNDES e ao Banco da Amazônia, limitada a interveniência à participação de Furnas (39%). e) UHE Foz do Chapecó – SPE Foz do Chapecó Energia, cuja usina tem capacidade instalada de 855MW, tem a Companhia como garantidora dos instrumentos contratuais junto ao BNDES, que totalizam, em substituição às Fianças Bancárias anteriormente contratadas. A garantia está limitada à participarão de Furnas na SPE (40%). f) UHE Baguari – Projeto corporativo de Furnas, com 140MW de capacidade instalada. A Companhia é garantidora de 15% do contrato de financiamento junto ao BNDES. g) UHE Serra do Facão – SPE Serra do Facão, formada por Furnas (49.5%), Alcoa Alumínio S.A.(30,5%), DME Energética (10%) e Camargo Corrêa Energia S.A (10%), com capacidade instalada de 210MW. A garantia prestada pela Companhia no financiamento junto ao BNDES é referente à participação de Furnas no empreendimento. h) Eólicas Cerro Chato I, II e III – SPEs Eólicas Cerro Chato I, II e III são formadas pela Eletrosul (90%) e Wobben (10%), com capacidade instalada de 30MW cada. Possui 80% de financiamento com prazo de pagamento de 10 anos, sendo 2 anos de carência. O aval da Companhia é de 90% do financiamento. i) Norte Brasil Transmissora de Energia – SPE, com participação da Eletronorte (24,5%) e Eletrosul (24,5%) tem como objetivo a implantação, operação e manutenção da LT Porto Velho/Araraquara, com extensão de 2.375 km. j) Manaus Transmissora de Energia – SPE, tem participação da Eletronorte (30%) e Chesf (19,5%) tem como objetivo implementar e operar 4 subestações e uma linha de transmissão de 586 km (LT Oriximiná/Itacoatiara/Cariri). A Companhia presta garantias em dois financiamentos neste empreendimento (BASA e BNDES). k) Mangue Seco 2 – SPE com participação de 49% da Companhia e 51% da Petrobras para construção e operação de três usinas eólicas em Guararé no Rio Grande do Norte. Neste empreendimento há prestação de garantia pela Companhia, proporcional a sua participação no contrato de financiamento de longo prazo junto ao BNB. l) UHE Batalha – Empreendimento corporativo de Furnas com capacidade de gerar 52,5MW, com financiamento junto ao BNDES. A Companhia figura como garantidora do referido contrato. m) RS Energia – RS Energia – Garantia à Eletrosul no financiamento junto ao BNDES e bancos repassadores quando da compra da participação acionária das empresas Schahin Engenharia S/A e Engevix Engenharia S/A nas empresas transmissoras. A Eletrosul tem 100% de participação na RS. n) IE Madeira - SPE Interligação Elétrica do Madeira, com participações de Furnas (24,5%) e Chesf (24,5%). Neste empreendimento, há contra garantia da Companhia nos Contratos de Fiança Bancária, em garantia ao empréstimo de curto prazo junto ao BNDES, no limite de participação de suas controladas. Há ainda um empréstimo de curto prazo junto ao BNDES, no qual a Companhia figura como interveniente, na proporção de suas controladas. o) UHE Belo Monte – SPE Norte Energia, com capacidade instalada de 11.233MW, de Chesf (15%), Eletronorte (19,98%) e Eletrobras (15%), além de outros sócios. Prestação de garantia da Companhia em favor da SPE para as obrigações junto à seguradora JMALUCELLI, no âmbito do contrato de seguro garantia. A Companhia é também interveniente em um empréstimo de curto prazo firmado junto ao BNDES. p) Angra III – A Companhia é garantidora no financiamento da Eletronuclear junto ao BNDES, para a construção do empreendimento corporativo da UTN Angra III. NOTA 23 – DEBÊNTURES Em 31 de dezembro de 2012, a composição de saldo da rubrica de debêntures a pagar está assim apresentada: Tx de juros Vencimento F-85 31/12/2012 31/12/2011 Tx de juros Vencimento 106.5% CDI ........................................................................................ 09/15/2012 IPCA + 6.5% ao ano ........................................................................... 09/30/2012 IPCA + 6.5% ao ano ........................................................................... 12/30/2012 IPCA + 6.5% ao ano ........................................................................... 09/30/2013 106.5% CDI ........................................................................................ 02/28/2014 0.9875% .............................................................................................. 11/14/2017 IPCA + 6.5% ao ano ........................................................................... (*) 15% ao ano ......................................................................................... 07/10/2031 (*) 31/12/2012 31/12/2011 — — — 314.390 12.364 22.325 307.728 69.320 210.984 279.387 248.866 279.410 — — — — 726.127 1.018.647 15 parcelas a partir de 2023 O montante de R$ 210.984 refere-se à emissão de 420 debêntures, Série Única, com vencimento em 15 de setembro de 2012, com taxa de juros de 106,5% do CDI, com valor unitário de R$ 1.000 cada, efetuada pela SPE Interligação Elétrica do Madeira S.A, sendo, 400 debêntures emitidas em 15 de setembro de 2011 e sendo as restantes 20 debêntures emitidas em 03 de outubro de 2011. Estas debêntures foram resgatadas em sua totalidade com recursos provenientes da contratação de financiamento de longo prazo junto ao BNDES. NOTA 24 – EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO O Empréstimo Compulsório sobre o consumo de energia elétrica, instituído pela Lei 4.156/1962 com o objetivo de gerar recursos destinados à expansão do setor elétrico brasileiro, foi extinto pela Lei 7.181, de 20 de dezembro de 1983, que fixou a data de 31 de dezembro de 1993 como o prazo final de arrecadação. Na primeira fase desse Empréstimo Compulsório, encerrada com o advento do Decreto-Lei 1.512/1976, a cobrança do tributo alcançou diversas classes de consumidores de energia, e os créditos dos contribuintes foram representados por Obrigações ao Portador emitidas pela Companhia. No segundo momento, iniciado com as disposições contidas no referido Decreto-Lei, o Empréstimo Compulsório em questão passou a ser cobrado somente de indústrias com consumo mensal de energia superior a 2.000 kwh, e os créditos dos contribuintes deixaram de ser representados por títulos, passando a ser simplesmente escriturados pela Companhia. O saldo do Empréstimo Compulsório remanescente, após a 4ª conversão em ações, ocorrida em 30 de abril de 2008, relativa aos créditos constituídos de 1988 a 2004, estão registrados no passivo circulante e não circulante, vencíveis a partir de 2008, e remunerados à taxa de 6% ao ano, acrescidos de atualização monetária com base na variação do IPCA-E, e correspondem, em 31 de dezembro de 2012, a R$ 334.192 (31 de dezembro de 2011- R$ 227.174), dos quais R$ 321.894 é não circulante (31 de dezembro de 2011 - R$ 211.554). I – Obrigações ao Portador emitidas pela Companhia As Obrigações ao Portador, emitidas em decorrência do Empréstimo Compulsório, não constituem títulos mobiliários, não são negociáveis em Bolsa de Valores, não têm cotação e são inexigíveis. Desta forma, a Administração da Companhia esclarece que a Companhia não possui debêntures em circulação. A emissão desses títulos decorreu de uma imposição legal e não de uma decisão empresarial da Companhia. Do mesmo modo, sua tomada pelos obrigacionistas não emanou de um ato de vontade, mas de um dever legal, por força da Lei 4.156/1962. O CMN, em decisão de seu Colegiado proferida no processo administrativo CVM RJ 2005/7230, movido por detentores das mencionadas obrigações, afirma que “as obrigações emitidas pela Companhia em decorrência da Lei 4.156/1962 não podem ser consideradas como valores mobiliários”. Entendeu ainda o CMN que não há qualquer irregularidade nos procedimentos adotados pela Companhia em suas Demonstrações Financeiras, no que se referem às citadas obrigações, tampouco na divulgação quanto à existência de ações judiciais. A inexigibilidade dessas Obrigações ao Portador foi reforçada por decisões do Superior Tribunal de Justiça, que corroboram o entendimento de que esses títulos estão prescritos e que não se prestam para garantir execuções fiscais. Portanto, as Obrigações ao Portador emitidas na primeira fase desse Empréstimo Compulsório, tal como decidido pelo CMN, não podem ser considerados debêntures. Além disso, por força do disposto no artigo 4º, § 11 da Lei 4.156/1962 e no artigo 1º do Decreto F-86 20.910/1932, são inexigíveis, condição confirmada no Informativo 344 do Superior Tribunal de Justiça - STJ, no qual consta que essas obrigações não podem ser utilizadas como garantia de execuções fiscais, por não terem liquidez e não serem debêntures. Desta forma, o passivo relativo ao Empréstimo Compulsório refere-se aos créditos residuais, constituídos entre 1988 a 1994, dos consumidores industriais com consumo superior a 2.000 kW/h, referentes à segunda fase desse Empréstimo Compulsório, bem como aos juros não reclamados relativos a esses créditos, conforme demonstrado: CONTROLADORA 31/12/2012 31/12/2011 12.298 15.620 12.298 15.620 NÃO-CIRCULANTE .......................................................... Créditos arrecadados ............................................................ 321.894 211.554 TOTAL................................................................................. 321.894 211.554 CIRCULANTE Juros a Pagar ........................................................................ NOTA 25 – CONTA DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEL – CCC A Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), criada pelo Decreto 73.102, de 7 de novembro de 1973, tem a finalidade aglutinar o rateio dos custos relacionados ao consumo de combustíveis para a geração de energia termoelétrica, especialmente na Região Norte do país. Nos termos da Lei 8.631, de 04 de março de 1993, a Companhia administra os valores relativos aos recolhimentos tributários efetuados pelos concessionários do serviço público de energia elétrica, para crédito na Conta de Consumo de Combustíveis – CCC, correspondentes às quotas anuais destinadas aos dispêndios com combustíveis para geração de energia elétrica. Os valores registrados no ativo circulante, em contrapartida ao passivo circulante, correspondem às disponibilidades de recursos, mantidos em caixa restrito, e às quotas não quitadas pelas concessionárias. NOTA 26 – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E TRIBUTOS - PASSIVO a) Tributos a recolher: 31/12/2012 b) 338.200 230.575 589.090 129.977 233.740 219.257 124.662 833.469 79.105 332.242 Total ................................................................................... 1.521.581 1.588.735 Pasivo circulante ................................................................ Pasivo não-circulante ......................................................... 886.312 635.269 815.236 773.500 Tributos e Contribuição Social 31/12/2012 Pasivo circulante .................................................................. Imposto de Renda corrente ................................................... Contribuição Social corrente ................................................ Passivo não circulante .......................................................... IRPJ/CSLL diferidos ............................................................ c) 31/12/2011 PASEP e COFINS .............................................................. ICMS .................................................................................. PAES / REFIS .................................................................... INSS/FGTS ........................................................................ Outros ................................................................................. Conciliação da despesa com tributos e contribuição social F-87 31/12/2011 277.459 93.245 370.704 95.376 121.909 217.285 779.615 1.129.022 31/12/2012 IRPJ Lucro (prejuízo) antes do IRPJ e CSLL ................. (7.316.126) Perda de subsidiárias que não contabilizam créditos tributários 4.412.788 diferidos ............................................................ Base ajustada.......................................................... (2.903.338) Total do IRPJ e CSLL calculado às alíquotas de 25% e 9%, (725.835) respectivamente ................................................. Efeitos de adições e (exclusões)............................. Receita de Dividendos ........................................... — Equivalência patrimonial ....................................... (117.146) Provisão de JCP ..................................................... (108.490) Provisão p/ Redução ao Valor de Mercad — o ........................................................................ Demais adições (exclusões) ................................... (255.511) Imposto de Renda e CSSL ..................................... (244.688) d) 31/12/2011 CSLL IRPJ 31/12/2010 CSLL IRPJ CSLL (7.316.126) 4.538.822 4.538.822 4.047.250 4.047.250 4.412.788 (2.903.338) 891.499 5.430.321 891.499 5.430.321 1.411.911 5.459.161 1.411.911 5.459.161 (261.300) 1.357.580 488.729 1.364.790 491.324 — (42.173) (39.057) (172.341) (120.696) (485.361) (62.043) (43.450) (174.729) (150.217) (167.439) (92.689) (54.078) (60.277) (33.368) — (34.284) 67.964 (172.152) 24.467 68.835 165.410 (45.248) 59.548 16.510 (145.786) 474.994 301.809 1.074.606 419.659 Incentivo Fiscal – SUDENE A Medida Provisória 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, alterada pela Lei 11.196, de 21 de novembro de 2005, possibilita que as empresas situadas na Região Nordeste que possuam empreendimentos no setor de infraestrutura considerado, em ato do Poder Executivo, prioritários para o desenvolvimento regional, reduzam o valor do imposto de renda devido para fins de investimento em projetos de instalação, ampliação, modernização ou diversificação. Sobre os contratos de concessões nº 006/2004 da geração e nº 061/2001 da transmissão, o direito ao incentivo da redução de 75% do imposto de renda abrange os anos de 2008 a 2017. Para os contratos da transmissão números 008/2005 e 007/2005 o direito ao incentivo da redução foi concedido para o período de 2011 a 2020. Para os contratos com incentivo fiscal a alíquota do imposto de renda de 25% passa a ser de 6,25%. No ano de 2012, a CHESF não usufruiu do incentivo fiscal da redução de 75% do imposto de renda, em virtude de não ter tido lucro fiscal. Em 2011, o incentivo fiscal mencionado totalizou R$ 317.812, registrado no resultado do período como redução do imposto de renda apurado, de acordo com o IAS 20 – Benefícios Fiscais. e) Parcelamento Especial – PAES As controladas Furnas, Eletrosul, Eletronorte, Amazonas Energia e Distribuição Alagoas optaram pelo refinanciamento de débitos tributários. O prazo de financiamento é limitado a 180 meses e o saldo devedor é corrigido pela Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP e SELIC. NOTA 27 – ENCARGOS SETORIAIS 31/12/2012 PASSIVO CIRCULANTE Quota RGR ......................................................................... Quota CCC ......................................................................... Quota CDE ......................................................................... Quota PROINFA ................................................................ Compensação pelo Uso de Recursos Hídricos ................... Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica ........ Pesquisa e Desenvolvimento - P&D................................... Programa de Eficiência Energética - PEE .......................... Outros ................................................................................. PASSIVO NÃO CIRCULANTE Quota RGR ......................................................................... F-88 31/12/2011 124.763 32.494 10.498 23.012 724.447 16.957 353.753 18.369 3.858 181.868 50.081 13.168 60.643 584.816 11.116 274.722 32.937 9.417 1.308.152 1.218.768 32.177 15.010 31/12/2012 Pesquisa e Desenvolvimento - P&D................................... Programa de Eficiência Energética - PEE .......................... TOTAL ............................................................................... 31/12/2011 369.026 27.298 340.132 30.582 428.501 385.724 1.736.653 1.604.492 a) Reserva global de Reversão - RGR A contribuição para a formação da RGR era de responsabilidade das Empresas Concessionárias do Serviço Público de Energia Elétrica, mediante uma quota denominada Reversão e Encampação de Serviços de Energia Elétrica, de até 2,5% do valor dos investimentos dos concessionários e permissionários, limitado a 3% da receita anual. O valor da quota era computado como componente do custo do serviço das concessionárias. As concessionárias recolhiam suas quotas anuais ao Fundo, não controlado pela Companhia, em conta bancária vinculada, administrada pela Companhia, que movimenta a conta nos limites previstos na Lei 5.655/1971 e alterações posteriores, também não refletida nas Demonstrações Financeiras da Companhia, posto tratar-se de entidade autônoma em relação à Companhia. Com a edição da Lei 12.783/2013, a partir de 1º de janeiro de 2013, foram desobrigadas ao recolhimento das quotas anuais da RGR: I – as concessionárias e permissionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica; II – as concessionárias de serviço público de transmissão de energia elétrica licitadas a partir de 12 de setembro de 2012; e III – as concessionárias de serviço público de transmissão e geração de energia elétrica prorrogadas ou licitadas nos termos da Lei 12.783/2013. b) Conta de Consumo de Combustível – CCC O Fundo setorial alterado pela Lei 12.111/2009, criado na década de 70, tem a finalidade de reembolsar parte do custo total de geração para atendimento ao serviço público de energia elétrica nos Sistemas Isolados, tendo sido mantida a cobertura para os empreendimentos sub-rogados. Esse custo total de geração de energia elétrica para atender aos Sistemas Isolados abrange os custos relativos ao preço da energia e da potência associada contratada pelos agentes de distribuição, à geração própria desses agentes, inclusive aluguel de máquinas, e às importações de energia e potência associada, incluindo o custo da respectiva transmissão. Também estão compreendidos os encargos e impostos não recuperados, os investimentos realizados em geração própria, o preço da prestação do serviço de energia elétrica em regiões remotas, incluindo instalação, operação e manutenção de sistemas de geração descentralizada com redes associadas, e, ainda, a contratação de reserva de capacidade para garantir a segurança do suprimento de energia elétrica. Do custo apurado, a CCC reembolsará a diferença em relação ao custo médio da potência e energia comercializadas no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) do Sistema Interligado Nacional (SIN). Os recursos da CCC são provenientes do recolhimento de cotas pelas empresas distribuidoras, permissionárias e transmissoras de todo o país, na proporção e em valores determinados pela ANEEL. A partir da promulgação da Lei 12.111/2009, não há mais previsão de data para o encerramento das atividades desse fundo setorial e sua gestão não afeta o resultado da Companhia. c) Conta de Desenvolvimento Energético, CDE A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) é destinada a promover o desenvolvimento energético dos estados, a projetos de universalização dos serviços de energia elétrica, ao programa subvenção aos consumidores de baixa renda e à expansão da malha de gás natural para o atendimento dos estados que ainda não possuem rede canalizada. Criada em 26 de abril de 2002, a CDE tem duração de 25 anos e é gerida pela Companhia, cumprindo programação determinada pelo Ministério de Minas e Energia, não afetando o resultado da Companhia. A CDE também é utilizada para garantir a competitividade da energia produzida a partir de fontes alternativas (eólica, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa) e do carvão mineral nacional. A partir do exercício de 2013, como um dos instrumentos para viabilizar a redução na conta de energia, essa contribuição foi reduzida para 25% da taxa vigente. F-89 d) PROINFA Programa do Governo Federal para o desenvolvimento de projetos para a diversificação da matriz energética brasileira e incentivo às fontes alternativas de energia elétrica, instituído pela Lei 10.438, de abril de 2002. É gerenciado pela companhia e busca soluções de cunho regional para o uso de fontes renováveis de energia. O PROINFA prevê a operação de 144 usinas, totalizando 3.299,40 MW de capacidade instalada. As usinas do programa respondem pela geração de aproximadamente 12.000 GWh/ano - quantidade capaz de abastecer cerca de 6,9 milhões de residências e equivalente a 3,2% do consumo total anual do país. Os 3.299,40 MW contratados estão divididos em 1.191,24 MW provenientes de 63 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), 1.422,92 MW de 54 usinas eólicas, e 685,24 MW de 27 usinas a base de biomassa. Essa energia tem garantia de contratação por 20 anos pela Companhia. As operações no âmbito do PROINFA não afetam o resultado da Companhia (sendo esta a responsável pelo pagamento). e) Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos A Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos para fins de geração de energia elétrica foi instituída pela Constituição Federal de 1988. Trata-se de um percentual que as concessionárias de geração hidrelétrica pagam pela utilização de recursos hídricos. A ANEEL gerencia a arrecadação e a distribuição dos recursos entre os beneficiários: Estados, Municípios e órgãos da administração direta da União. Conforme estabelecido na Lei 8.001, de 13 de março de 1990, com modificações dadas pelas Leis 9.433/1997, 9.984/2000 e 9.993/2000, 45% dos recursos são repassados aos Municípios atingidos pelos reservatórios das UHEs, enquanto que os estados tem direito a outros 45%. A União recebe 10% do total. Empresas Geradoras caracterizadas como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), são dispensadas do pagamento da compensação financeira. As concessionárias pagam 6,75% do valor da energia produzida a título de Compensação Financeira. f) Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica A Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica foi criada, pela Lei 9.427, de 26 de dezembro de 1996, e regulamentada pelo Decreto 2.410, de 28 de novembro de 1997, com a finalidade de constituir a receita da Agência Nacional de Energia Elétrica cobertura das suas despesas administrativas e operacionais. A TFSEE equivale a 0,5% do valor econômico agregado pelo concessionário, permissionário ou autorizado, inclusive no caso de produção independente e autoprodução, na exploração de serviços e instalações de energia elétrica. A TFSEE é devida desde 1º de janeiro de 1997, sendo fixada anualmente pela ANEEL e paga em doze cotas mensais. NOTA 28 – REMUNERAÇÃO AOS ACIONISTAS 31/12/2012 CIRCULANTE JCP exercício ...................................................................... Dividendos não reclamados ................................................ Dividendos retidos exercícios anteriores ............................ NÃO CIRCULANTE Dividendos retidos exercícios anteriores ............................ Total ................................................................................... 433.962 100.826 3.416.545 3.951.333 — 3.951.333 31/12/2011 1.066.951 109.398 3.147.364 4.323.713 3.143.222 7.466.935 I – Relativas ao Ano Fiscal O estatuto da Companhia estabelece como dividendo mínimo obrigatório 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação societária brasileira, respeitada a remuneração mínima para as ações preferenciais das classes A e B, de 8% e 6%, respectivamente, do valor nominal do capital social relativo a essas espécies e classes de ações, prevendo a possibilidade de pagamento de juros sobre capital próprio. Fundamentada em entendimento doutrinário sobre o tema, a Administração entende que: (1) face à existência de reserva de lucros que excede à absorção dos prejuízos do exercício, deve realizar o pagamento dos dividendos mínimos previstos no artigo 8º do Estatuto Social, referente às ações preferenciais de classe "A" e "B" e (2) subsistindo, ainda, reservas de lucros após o pagamento aos preferencialistas, é facultado o pagamento também às ações ordinárias e, deste modo, a Companhia propõem a destinação de F-90 dividendos aos titulares de ações ordinárias. A administração constituiu provisão para a obrigação associada aos dividendos às ações preferenciais, em 31 de dezembro de 2012. A Companhia apurou perdas, propondo, portanto, atribuir dividendos apenas às ações preferenciais das classes A e B sob os termos da Seção 8 do seu Estatuto Social. Em 2012, A Companhia atribuiu compensação aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio JCP no valor de R$ 433.962 (R$ 433.962 em 2011), imputados aos dividendos do exercício, de acordo com as disposições estatutárias, cuja remuneração por ação é a que segue: Remuneração por ação - Proposta - Expressa em reais 31/12/2012 Ações ordinárias ..................................................................... 1,72% de capital Ações preferenciais da classe A ............................................. 9,41% de capital Ações preferenciais da classe B ............................................. 7,06% de capital (2011 - 2,51%) (2011 - 9,41%) (2011 - 7,06%) 31/12/2011 0,39 2,17 1,63 0,58 2,17 1,63 A remuneração aos acionistas das ações ordinárias será realizada na forma de JCP no valor de R$ 433.962 (R$ 632.989 em 2011), imputada aos dividendos do exercício consignados no patrimônio líquido. De acordo com a legislação tributária vigente, sobre o valor da remuneração proposta aos acionistas, a título de JCP, incide Imposto de Renda na Fonte – IRRF. Sobre a remuneração proposta incide atualização monetária incide a partir de 1º de janeiro de 2013 até a data do efetivo início do pagamento, data esta a ser deliberada pela Assembléia Geral Ordinária, que apreciará as presentes Demonstrações Financeiras e a proposta de destinação do resultado deste exercício. Sobre a parcela referente à atualização monetária pela taxa SELIC incide IRRF, nos termos da legislação vigente. Em cumprimento ao deliberado na 52ª Assembléia Geral Ordinária, realizada em 30 de abril de 2012, o pagamento da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2011, na forma de JCP, teve início em 18 de maio de 2012. II – Dividendos Retidos de Exercícios Anteriores O Conselho de Administração da Companhia deliberou, em janeiro de 2012, pelo pagamento do saldo da Reserva Especial de Dividendos não Distribuídos, em quatro parcelas anuais, a partir do exercício de 2010, inclusive. Fazem jus ao referido recebimento as pessoas físicas e jurídicas que integram o quadro de Acionistas da Companhia em 29 de janeiro de 2010, restando ser liquidada a parcela de junho de 2013 (última), no total de R$ 3.416.545 (R$ 6.290.586 em 31 de dezembro de 2011). Os créditos são remunerados pela variação da Taxa SELIC, até a data do efetivo pagamento de cada parcela, incidindo sobre essa remuneração, a retenção de IRRF, nos termos da legislação vigente. III – Dividendos Prescritos O saldo da remuneração aos acionistas, demonstrado no passivo circulante, contém a parcela de R$ 100.826 (R$ 109.398 em 31 de dezembro de 2011), referente a remunerações não reclamadas dos exercícios de 2009, 2010 e 2011. A remuneração relativa ao exercício de 2008 e anteriores, está prescrita, nos termos do Estatuto da Companhia. NOTA 29 – CRÉDITOS DO TESOURO NACIONAL CIRCULANTE 31/12/2012 Aquisição de ações da CEEE-GT e CEEE-D ....................................... 122.905 Outros ................................................................................................... 8.142 131.047 31/12/2011 101.448 7.602 109.050 NÃO-CIRCULANTE 31/12/2012 33.105 3.967 37.072 31/12/2011 144.753 10.923 155.676 NOTA 30 – BENEFÍCIO PÓS-EMPREGO As empresas do Sistema Eletrobras patrocinam planos de previdência aos seus empregados, bem como planos de assistência médica e seguro de vida pós- emprego em determinados casos. Esses benefícios são classificados como benefícios definidos (BD) e de contribuição definida (CD). F-91 Devido à estrutura descentralizada do Sistema Eletrobras, cada segmento patrocina seu próprio pacote de benefícios a empregados. De forma geral, o Grupo oferece aos seus atuais e futuros aposentados e aos seus dependentes benefícios do tipo previdenciário, de assistência à saúde e seguro de vida pós-emprego, conforme apresentado na tabela a seguir: Tipos de benefícios oferecidos pela Eletrobras System Empresa Eletrobras Amazonas Boa Vista Ceal Cepisa Ceron CGTEE Chesf Eletroacre Eletronorte Eletronuclear Eletrosul Furnas Itaipu BR Itaipu PY Planos de benefícios previdenciários Outros benefícios pósemprego Plano Plano Plano BD Saldado CD Seguro Plano de de Vida Saúde X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X As tabelas abaixo apresentam a conciliação do valor presente das obrigações de benefício definido e do valor justo dos ativos com os valores registrados no balanço patrimonial para os benefícios previdenciários e para os demais benefícios pós-emprego. A seguir estão apresentados os resultados consolidados do grupo Eletrobras. A mais recente avaliação atuarial dos ativos do plano e do valor presente da obrigação dos benefícios definidos foi realizada em 31 de dezembro de 2012. a) Conciliação dos passivos dos planos de previdência e outros benefícios 2012 2011 Planos de benefícios definidos previdenciários - Valores reconhecidos no balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício ................................................................... Valor presente das obrigações atuariais parcial ou totalmente cobertas ..............................................24.421.763 Valor justo dos ativos do plano (-) ................................ (21.303.217) Quotas a compensar - Plano CD.................................... — Valor presente das obrigações em excesso ao valor justo dos ativos ................................................ 3.118.546 Valor máximo de ativo atuarial passível de reconhecimento no fim do exercício ........................ 99.690 Dívida atuarial contratada entre patrocinador e plano ......................................................................... 564.766 Dívida financeira contratada entre patrocinador e plano ...................................................................... 109.324 2010 21.094.165 (22.091.512) 283.863 (713.485) — 18.435.641 (20.382.068) 362.950 (1.583.477) — 815.598 1.172.135 111.006 119.833 Valor de passivo/(ativo) de benefícios pósemprego .................................................................... 3.347.094 1.838.409 1.656.415 Custo de serviço corrente .............................................. 194.513 Custo de juros sobre as obrigações atuariais ................. 1.735.611 Contribuições esperadas de participante (-) .................. (93.228) Rendimento esperado dos ativos (-) ..............................(1.930.427) 235.694 1.788.036 (317.876) (2.116.135) 313.682 1.436.169 (234.853) (1.494.994) Despesa/(Receita) atuarial reconhecida no exercício ................................................................... (93.531) (410.281) F-92 20.004 2012 Outros benefícios pós-emprego - Valores reconhecidos no balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício 2011 2010 2011 2010 Consolidado 2012 Valor presente das obrigações atuariais a descoberto................................................................. 1.400.029 Valor justo dos ativos do plano (-) ................................ — 869.525 — 741.116 — Valor presente das obrigações em excesso ao valor justo dos ativos ................................................ 1.400.029 869.525 741.116 Valor de passivo/(ativo) de benefícios pósemprego .................................................................... 1.400.029 869.525 741.116 Custo de serviço corrente .............................................. 15.818 Custo de juros sobre as obrigações atuariais ................. 113.442 64.433 65.865 13.273 44.474 Despesa/(Receita) atuarial reconhecida no exercício ................................................................... 129.260 130.298 57.747 F-93 b) Divulgação de Benefícios Definidos Previdenciários Resultados consolidados de benefícios definidos previdenciários - conciliação do valor presente das obrigações de benefício definido: 2012 Tabela b.1 – Planos de benefícios definidos previdenciários - Movimentação do valor presente das obrigações atuariais .............................................. Valor das obrigações atuariais no início do ano .............. Custo de serviço corrente ................................................ Benefícios pagos no exercício fiscal (-) .......................... Aquisição de quotas - Plano CD ..................................... Compensação de quotas – Plano DC ............................... (Ganho)/Perda sobre as obrigações atuariais ................... Valor presente das obrigações atuariais ao final do ano .............................................................................. 2011 21.094.165 194.513 1.735.611 (1.069.384) — 2.466.859 18.435.641 235.694 1.788.036 (1.025.614) 602.934 1.057.474 24.421.763 21.094.165 Resultados consolidados de benefícios definidos previdenciários - conciliação do valor justo dos ativos dos planos: 2012 Tabela b.2 - Planos de benefícios definidos previdenciários - Movimentação e composição do valor justo dos ativos ............................................. Valor justo dos ativos no início do ano ........................... Benefícios pagos durante o exercício (-) ......................... Contribuições de participante vertidas durante o exercício ..................................................................... Contribuições do empregador vertidas durante o exercício ..................................................................... Compensação de quotas - Plano CD ............................... Rendimento esperado dos ativos no ano ......................... (Ganho)/Perda sobre os ativos do Plano .......................... Valor justo dos ativos ao final do ano ............................. 22.091.512 (1.069.384) 142.750 2011 20.382.068 (1.025.614) 303.565 250.222 — 1.930.427 (2.042.310) 21.303.217 360.790 230.205 2.114.589 274.092 22.091.512 4.301.417 1.842.043 Rendimento efetivo dos ativos no ano ............................ Resultados consolidados de benefícios definidos previdenciários - Montantes reconhecidos em Outros Resultados Abrangentes: 2012 Outros Resultados Abrangentes (ORA) acumulados Programa Previdenciário…………………………….. 2,620,423 2012 Ganhos (perdas) atuariais reconhecidos em ORA no exercício Programa Previdenciário................................. 1,472,750 2011 1,147,673 2011 702,021 c) Divulgação de Outros Benefícios Pós-Emprego Resultados consolidados de outros benefícios pós-emprego - conciliação do valor presente das obrigações de benefício definido: 2012 2011 Table c.1 - Outros benefícios pós-emprego Movimentação do valor presente das obrigações atuariais ........................................................................... Valor das obrigações atuariais no início do ano ................... Custo de serviço corrente ..................................................... Juros sobre a obrigação atuarial ........................................... Benefícios pagos no ano (-) .................................................. F-94 869,525 15,818 113,442 (36,560) 741,116 64,433 65,865 (58,226) (Ganho)/Perda sobre as obrigações atuariais ........................ Valor presente das obrigações atuariais ao final do ano ....... 2012 2011 437.805 1.400.029 56.337 869.525 Resultados consolidados de outros benefícios pós-emprego - montantes reconhecidos em outros resultados abrangentes: 2012 2011 317.904 226.187 2012 2011 91.717 56.337 Outros Resultados Abrangentes (ORA) acumulados Programa Previdenciário .................................................... Ganhos (perdas) atuariais reconhecidos em ORA no exercício Programa Previdenciário...................................... d) Hipóteses Atuariais e Econômicas As premissas atuariais apresentadas abaixo foram utilizadas na determinação da obrigação de benefício definido e da despesa do exercício. Premissas Econômicas 2012 2011 Taxa anual de juro atuarial real (i) (i)................ 3,20% to 3,72% Taxa anual de inflação projetada ....................... 4,89% to 4,90% Taxa real anual de retorno dos ativos (ii) .......... 3,20% to 3,72% Taxa anual real de evolução salarial............................................ 2,00% Taxa anual real de evolução custos médicos ............................... 3,50% Taxa real de evolução de benefícios ............................................ 0,00% Taxa real de evolução de benefícios do regime geral ............................................................................ 0,00% Fator de capacidade (benefícios e salários) ................................. 98% (i) (ii) 5,38% to 5,61% 4,50% 10,1% to 10,4% 2,00% 1,00% 0,00% 0,00% 100% Taxa de juros longo prazo não inclui inflação Representa a taxa minima e maxima de retorno sobre ativos e não inclui inflação. Premissas Atuariais 2012 Taxa de rotatividade ............................................................. Tábua de mortalidade de ativos e inativos ........................... Tábua de mortalidade de inválidos ....................................... Tábua de invalidez ............................................................... % de casados na data de aposentadoria ................................ Diferença de idade entre homens e mulheres ....................... 0,00% AT-2000 AT-83 Light 95% 4 years 2011 0,00% AT-2000 AT-83 Light 95% 4 years A definição dessa taxa considerou a prática de mercado dos títulos do Governo Federal, conforme critério recomendado pelas normas nacionais e internacionais para prazos similares aos dos fluxos das obrigações do programa de benefícios, no chamado conceito de Duration. Em 2012, houve uma redução de aproximadamente 2% na taxa de desconto utilizada pela Companhia, acarretando um aumento significativo na obrigação atuarial. A taxa global de retorno esperada corresponde à média ponderada dos retornos esperados das várias categorias de ativos do plano. A avaliação do retorno esperado realizada pela Administração tem como base as tendências históricas de retorno e previsões dos analistas de mercado para o ativo durante a vida da respectiva obrigação. O atual retorno dos ativos do plano BD foi de R$ 18.013 (R$ 145.711 em 2011) na Controladora e R$ 4.301.417 (R$ 1.454.353 em 2011) no Consolidado. F-95 e) Contribuições patronais Em 31 de dezembro de 2012, as contribuições feitas pela Companhia, para a constituição das provisões matemáticas de benefícios do Plano CD atingiram R$ 172.006 (31.12.2011 - R$ 159.514). Em 31 de dezembro de 2012, as contribuições feitas pela Companhia, para a constituição das provisões matemáticas de benefícios do Plano BD atingiram R$ 250.222 (31.12.2011 - R$ 201.276) no Consolidado. A Controladora pretende contribuir com R$193,106 para o plano de benefício definido no próximo ano fiscal. f) Efeitos da variação de um ponto percentual nas taxas de tendência dos custos médicos A tabela a seguir apresenta os efeitos no valor presente da obrigação de benefício definido e nos custos do serviço corrente e de juros quando do aumento e da diminuição de um ponto percentual nas taxas de tendência dos custos médicos. Variação nas taxas de tendência dos custos médicos em 31 de dezembro de 2012 e 2011: 31/12/2012 Variação nas taxas de custos médicos .................................. Efeito no Custo de Serviço e de Juros - Aumento 1% ......... Efeito no Custo de Serviço e de Juros - Redução 1% .......... Efeito na obrigação de benefício definido - Aumento 1% ... Efeito na obrigação de benefício definido - Redução 1% .... 17.136 (14.374) 180.217 (165.112) 31/12/2011 6.875 7.503 54.570 62.351 g) Montantes incluídos no valor justo dos ativos dos planos g.1) Em 31 de dezembro de 2012 Categoria em 2012 Variação nas taxas de custos médicos ............................................................... 5.727 Previdência realizável ........................................................................................ 349.428 Investimentos em títulos públicos ..................................................................... 4.552.990 Investimentos em ações ..................................................................................... 702.866 Investimentos em fundos ................................................................................... 14.514.568 Investimentos imobiliários................................................................................. 647.068 Empréstimos e financiamentos .......................................................................... 604.282 Outros ................................................................................................................ 83.368 (-)Previdência a pagar ....................................................................................... (153.623) (-) Investimentos a pagar .................................................................................. (3.457) Total................................................................................................................... 21.303.217 g.2) Em 31 de dezembro de 2011 Categoria em 2011 Variação nas taxas de custos médicos ............................................................... 9.543 Previdência realizável ........................................................................................ 1.437.941 (-) Dívida contratada ......................................................................................... (1.027.366) Investimentos em títulos públicos ..................................................................... 5.124.937 Investimentos em ações ..................................................................................... 1.772.567 Investimentos em fundos ................................................................................... 12.474.124 Investimentos imobiliários................................................................................. 805.028 Empréstimos e financiamentos .......................................................................... 822.764 Outros ................................................................................................................ 1.332.197 (-)Previdência a pagar ....................................................................................... (551.532) (-) Investimentos a pagar .................................................................................. (108.690) Total.................................................................................................................. F-96 22.096.521 h) Histórico de ajustes O histórico dos ajustes pela experiência do plano de benefício definido está apresentado a seguir: 2012 Valor presente da obrigação de benefícios definidos ................................................................... 24.421.764 Valor justo dos ativos do plano ..................................... (21.303.217) Compensação de quotas ................................................ — Déficit /(Superávit) ........................................................ Ajustes pela experiência nos passivos do plano ............ Efeito da Alteração da taxa de Desconto ....................... Ajustes pela experiência nos ativos do plano ................ 3.118.546 1.581.878 4.557.140 2.370.990 2011 2010 2009 21.094.165 (22.091.512) 283.863 15.276.726 (16.860.205) — 14.199.435 (14.723.536) — (713.485) 154.842 902.632 (274.092) (1.583.480) 523.539 — 1.445.124 (524.101) 251.036 — 1.675.743 NOTA 31 – PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIA A Companhia e suas controladas são partes envolvidas em diversas ações judiciais, especialmente nas esferas trabalhista e cível, que se encontram em vários estágios de julgamento. A administração da Companhia adota o procedimento de classificar as causas impetradas contra a Companhia em função do risco de perda, baseada na opinião de seus consultores jurídicos, da seguinte forma: Causas cujo desfecho negativo para a Companhia seja considerado como provável, são constituídas provisões; Causas cujo desfecho negativo para a Companhia seja considerado como possível, não é realizada provisão e suas informações correspondentes são divulgadas em Notas Explicativas, quando relevantes; e Causas cujo desfecho negativo para a Companhia seja considerado como remoto, não é realizada provisão e somente são divulgadas em Notas Explicativas as informações relevantes, que, a critério da administração, sejam julgadas de relevância para o pleno entendimento das Demonstrações Financeiras. Portanto, para enfrentar eventuais perdas, são constituídas as provisões para contingências, julgadas pela administração da Companhia e de suas controladas, amparadas em seus consultores jurídicos, como suficientes para cobrir eventuais perdas em processos judiciais. Na data de encerramento destas Demonstrações Financeiras, a Companhia apresenta as seguintes provisões para obrigações legais vinculadas a processos judiciais, por natureza: 31/12/2012 CIRCULANTE Trabalhistas ............................................................... Tributárias................................................................. Cíveis ........................................................................ NÃO-CIRCULANTE Trabalhistas ............................................................... Tributárias................................................................. Cíveis ........................................................................ 67.836 78.840 121.263 267.939 67.544 76.477 96.169 240.190 1.071.442 557.693 3.659.259 5.288.394 786.040 297.721 3.568.415 4.652.176 5.556.333 4.892.366 Estas provisões tiveram, neste exercício, a seguinte evolução: Saldo em 31/12/2011 ...............................................................4.892.366 Constituição de provisões ..............................................2.126.433 Reversão de provisões .................................................... (969.749) Pagamentos .................................................................... (492.717) Saldo em 31/12/2012 ...............................................................5.556.333 F-97 31/12/2011 Parte relevante da reversão ocorrida em 2012 na Controladora deve-se a alteração dos parâmetros para determinação da provisão, em especial o valor patrimonial da ação judicial e o valor de mercado da Companhia. a) Principais ações judiciais movidas contra a Companhia e suas controladas com probabilidade de perda provável: a.1) Ações judiciais cíveis As ações cíveis na controladora têm por objeto a aplicação de critérios de atualização monetária sobre os créditos escriturais do Empréstimo Compulsório constituído a partir de 1978. As demandas tem o objetivo de impugnar a sistemática de cálculo de atualização monetária determinada pela legislação que rege o Empréstimo Compulsório e aplicada pela Companhia. Os créditos foram integralmente pagos pela Companhia por intermédio de conversões em ações utilizando como base de atualização a legislação vigente. Existem atualmente 2.296 ações judiciais com esse objeto tramitando em diversas instâncias. A Companhia mantém provisão para contingências cíveis, na controladora, no valor de R$ 1.085.127 (31 de dezembro de 2011 - R$ 1.446.397) referente a esses processos. Essas ações não se confundem com aquelas ajuizadas com a pretensão de obter o resgate das Obrigações ao Portador, atualmente inexigíveis, emitidas em decorrência do Empréstimo Compulsório. 2) A Companhia é autora de um processo judicial no qual pede a declaração de nulidade parcial de aditivo (Fator K de correção analítica de preços) ao contrato de construção da Usina Hidrelétrica Xingó, firmado com o Consórcio formado pela Companhia Brasileira de Projetos e Obras – CBPO, CONSTRAN S.A. – Construções e Comércio e Mendes Júnior Engenharia S.A., e a devolução de importâncias pagas, a título de Fator K, no valor de aproximadamente R$ 350 milhões, em dobro, ou seja, R$700 milhões. A Justiça Estadual de Pernambuco entendeu que ação ajuizada pela Companhia foi julgada sem fundamento e a reconvenção apresentada pelas rés procedente. A Companhia e a União Federal, sua assistente neste processo, apresentaram recursos especiais e extraordinários, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Tribunal, em agosto de 2010, deu provimento a um desses recursos especiais apresentado pela Companhia, reduzindo o valor da causa, o que implica substancial redução nos honorários a serem eventualmente pagos na ação principal. O mesmo STJ negou provimento aos demais recursos especiais apresentados pela Companhia e União Federal, mantendo, portanto, a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco, que julgou improcedente a ação declaratória movida pela Chesf e julgou procedente a reconvenção apresentada pelas rés. As partes ainda não foram intimadas dessas decisões, contra as quais ainda há possibilidade de apresentação de recursos. Em 31 de dezembro de 2012 aguardava-se, ainda, a intimação das partes quanto às decisões proferidas pelo STJ. A Administração da Chesf, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos e em cálculos que levaram em conta a suspensão do pagamento das parcelas relativas ao Fator K e suas respectivas atualizações monetárias, mantém registro de provisão, no Passivo Não Circulante, cujo montante atualizado em 31 de dezembro de 2012 é de R$ 723.256 (31 de dezembro de 2011 – R$ 460.887), para fazer face a eventuais perdas decorrentes deste assunto. 3) Ação de Indenização de 14.400 ha. de terra na Fazenda Aldeia, proposta na Comarca de Sento Sé (BA), pelo Espólio de Anderson Moura de Souza e sua esposa. A sentença de primeiro grau julgou procedente o pedido condenando a Companhia a pagar o valor de R$50.000, correspondente ao principal mais juros e correção monetária. A Companhia interpôs recurso para o Tribunal de Justiça da Bahia e o processo foi transferido para a Justiça Federal face intervenção da União Federal na qualidade de assistente. Até 31 de dezembro de 2012, não houve movimentações relevantes no processo, estando a ação rescisória ainda pendente de julgamento. A Administração da Companhia, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos, entende que o caso é de perda provável e por isso possui registrado em seu passivo não circulante a provisão no valor de R$ 100.000 (31 de dezembro de 2011 – R$ 100.000). 4) Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público de Pernambuco, resultante de direito de reassentamento de trabalhadores rurais afetados pela construção da UHE Itaparica (UHE Luiz Gonzaga). O autor afirma ser inexistente o acordo firmado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, em 06 de dezembro de 1986, por carência de legitimidade e requer a diferença das verbas de manutenções temporárias pagas no período, dando à causa o valor atualizado de aproximadamente R$ 87.000. O processo encontra-se no Superior Tribunal de Justiça - STJ e encontra-se concluso com o relator. A Administração, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos, entende que a perda é provável e por isso possui em seu passivo não circulante, provisão no valor de R$ 87.000 (31 de dezembro de 2011 – R$ 87.000). 5) Diversas demandas cíveis de caráter indenizatório por perdas financeiras, em função de atrasos de pagamentos a fornecedores e por desapropriações de áreas inundadas por reservatórios de usinas hidrelétricas. Para os processos que julgou a probabilidade de perda como provável a Administração da Eletronorte, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos, registrou em seu passivo não circulante provisão no montante de R$ 608.320 (31 de dezembro de 2011 – R$ 703.988). F-98 6) A Secretaria de Fazenda do Estado de Rondônia lavrou autos de infração referente à diferencial de alíquota do ICMS no período de 2001 e 2002. A Administração da Ceron, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos, entende que a probabilidade de perda é provável e por isso possui em seu passivo não circulante provisão no valor de R$ 12.919 (31 de dezembro de 2011 – R$ 12.083). a.2) Trabalhista 1) Diversas ações promovidas, nas quais é pleiteado o adicional de periculosidade, no entendimento de que deva ser concedido o percentual integral e não proporcional a todos os empregados que prestam serviços em atividade sujeita ao risco elétrico. A Administração, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos, registrou em seu passivo não circulante provisão no montante de R$ 231.054 (31 de dezembro de 2011 – R$ 227.567) para os processos que julgou a probabilidade de perda como provável. 2) Diversos processos judiciais trabalhistas, na sua grande parte, decorrentes de ações relativas à adicional de periculosidade, Plano Bresser, horas extras, cálculo de multa de FGTS e alinhamento de curva salarial. O montante estimado de perda provável é de R$ 312.953 (31 de dezembro de 2011 – R$ 177.329). 3) O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Alagoas, na qualidade de substituto processual, ingressou com uma reclamação trabalhista em favor dos empregados da Companhia, visando o recebimento de supostas diferenças salariais, ocorridas em virtude da implantação do denominado “Plano Bresser” (Decreto-Lei nº 2.335/87). O pedido teve amparo perante a Egrégia Segunda Junta de Conciliação e Julgamento de Maceió-AL, decisão esta confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, estando a decisão transitado em julgado. Ocorre que, na execução da sentença, o Juízo da 2ª Vara do Trabalho de Maceió entendeu a época que não deveria haver limitação a data-base da categoria, o que extraordinariamente oneraria a execução. Daí o risco avaliado de perda ser provável quanto a avaliação de perda limitada a data base, pois o julgamento da limitação da database da categoria dar-se-á com a continuidade da execução. Conforme a OJ/TST (SDI i) nº 262, não ofende “à coisa julgada a limitação à data-base da categoria, na fase executória, da condenação ao pagamento de diferenças salariais decorrentes de planos econômicos”. O pagamento de diferenças salariais foi limitado à data base através da Súmula 322 do Tribunal Superior do Trabalho -TST que estabelece: os reajustes salariais decorrentes dos chamados “gatilhos” e URPs, previstos legalmente como antecipação, são devidos tão somente até a data-base de cada categoria. É importante salientar que entre as medidas judiciais cabíveis, foram apresentados Embargos à Execução, o que permitiria o exame da limitação dos cálculos à data base da categoria, procedimento também adotado pela Advocacia Geral da União. Ainda, a União ingressou no processo como assistente, o que reforça a defesa da Companhia na busca pela limitação à data-base, bem como a decisão datada de 15 de março de 2011, do TRT da 19º Região, proc. 251900.68.5.19.1989.0002, da Companhia de Abastecimento de Águas e Saneamento de Alagoas – CASAL, na qual houve a limitação à data-base. A Companhia tem provisão constituída para contingências em relação a esse assunto, no montante de R$ 3.583. O processo encontra-se em fase de execução, com homologação dos cálculos pelo juízo de primeiro grau no valor de R$ 722.000. Os cálculos foram impugnados pela Ceal com a apresentação de duas teses: uma com a limitação à data-base e outra contestando os valores apresentados pela União, sem a limitação à data-base. a.3) Tributário A principal ação registrada refere-se aos autos de infração lavrados contra a Companhia em 3 de maio de 2001, relativos ao Finsocial, Cofins e Pasep, em decorrência de exclusões nas bases de cálculo relativas, principalmente, a repasse e transporte de energia de Itaipu, por um período de dez anos. O valor atualizado do processo é de R$ 246.204. A Administração, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos, entende que a probabilidade de perda é provável e por isso possui em seu passivo não circulante provisão no valor total. F-99 b) Ações judiciais movidas contra a Companhia e suas controladas com probabilidade de perda possível Adicionalmente, a Companhia possui processos judiciais cujos prognósticos de perda classificados pela Administração da Companhia e de seus consultores legais são possíveis. Abaixo apresentamos os valores desses processos, por sua natureza: 31/12/2012 Trabalhistas ..................................................................... Tributárias ....................................................................... Cíveis .............................................................................. Total ................................................................................ 1.395.265 9.099.220 16.711.365 27.205.849 31/12/2011 687.246 5.956.119 13.515.165 20.158.530 Para todos os processos abaixo descritos, as Administrações das referidas empresas e da Companhia, fundamentada na opinião de seus consultores jurídicos, entendem que a probabilidade de perda é possível sem haver necessidade de registro de provisão. b.1) Cível 1) O valor das causas possíveis na controladora é substancialmente formado por aquelas referentes ao Empréstimo Compulsório, cujas reclamações não estão contidas na decisão judicial de agosto de 2009. A descrição da natureza do Empréstimo Compulsório encontrase na nota 24. 2) Ação de indenização ajuizada pelo Consórcio formado pelas empresas CBPO/CONSTRAN/Mendes Júnior, na qual pede a condenação da Companhia e o pagamento de compensação financeira adicional, em virtude de atraso no pagamento das faturas do contrato referente à Usina Hidrelétrica Xingó. A ação foi julgada procedente, sendo a Companhia condenada a pagar aos autores a importância de R$23.766, a preços de setembro de 2004 (R$ 51.568, segundo cálculos da Chesf, em 31 de março de 2010). A Chesf interpôs recurso de apelação, a ser julgado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, mas devido intervenção da União Federal, o processo foi encaminhado a Justiça Federal, onde se encontra. 3Ação cível pública proposta contra a Companhia pela Associação Comunitária do Povoado do Cabeço e Adjacências, no Estado de Sergipe, no valor de R$ 100.000 tendo por objeto obter compensação financeira em decorrência de alegados danos ambientais causados aos pescadores devido à construção da UHE Xingó. 4) Ação proposta pela AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia, visando à contabilização e liquidação do valor de R$ 110.000 pela Aneel das transações do mercado, relativos à exposição positiva verificada em razão da não opção pelo alívio (seguro) feita em dezembro de 2000. A Companhia ingressou no processo como litisconsorte passiva necessária e contestou a ação. 5) Ação declaratória com pedido de indenização proposta pela Carbomil Química S.A. objetivando indenização em decorrência da instalação de linha de transmissão de energia elétrica em área da mina Lajedo do Mel, localizada nos municípios de Jaguaruana e Quixeré, no Ceará, e Baraúna, no Rio Grande do Norte. O valor estimado é de R$ 70.000. c) Processos de riscos remotos, não provisionados Ação de cobrança em andamento movida pela Construtora Mendes Júnior S.A., contratada para a construção da Usina Hidrelétrica Itaparica, por alegados prejuízos financeiros resultantes de atraso no pagamento de faturas por parte da Companhia. A ação é considerada pelos seus administradores e suportada pelos consultores jurídicos da Companhia como risco de perda remoto. Nesta ação de cobrança a Construtora Mendes Júnior S.A. obteve sentença do Juízo da 4ª Vara Cível, posteriormente anulada, que condenava a Companhia ao pagamento da quantia que, incluindo honorários advocatícios e correção monetária até o mês de agosto de 1996, calculado segundo critério determinado pelo juízo, seria de aproximadamente R$ 7.000.000, valor não atualizado desde então. O Ministério Público Federal apresentou manifestação com pedido de declaração de nulidade de todo o processo e, no mérito, pediu a improcedência da ação. A Construtora Mendes Junior S.A interpôs agravos para Superior Tribunal de Justiça – ARESP, sendo que, em 31 de dezembro de 2012, naquela instância, o Ministério Público Federal emitiu parecer opinando pelo não provimento dos agravos. NOTA 32 – OBRIGAÇÃO PARA DESMOBILIZAÇÃO DE ATIVOS A Companhia reconhece obrigações para descomissionamento de usinas termonucleares, que se constituem em um programa de atividades exigidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, que permite desmantelar com segurança e mínimo impacto ao meio ambiente essas instalações nucleares, ao final do ciclo operacional. Dadas as características específicas de operação e manutenção de usinas termonucleares, sempre que ocorrerem alterações no valor estimado do custo de desmobilização, decorrentes de novos estudos em função de avanços tecnológicos, deverão ser alteradas as quotas de descomissionamento, de forma a ajustar o saldo da obrigação à nova realidade. F-100 O saldo da obrigação, registrada a valor presente, em 31 de dezembro de 2012 é de R$ 988.490 (31 de dezembro de 2011 – R$ 408.712). Saldo do Passivo, a Valor Presente, em 31/12/2010 .................. 375.968 Ajuste a Valor Presente / Variação Cambial no 32.744 período .................................................................................. Saldo do Passivo, a Valor Presente, em 31/12/2011 .................. 408.712 Constituição no períod ............................................................... 517.997 Ajuste a Valor Presente / Variação Cambial no 61.781 período .................................................................................. Saldo do Passivo, a Valor Presente, em 31/12/2012 .................. 988.490 Alteração da taxa de desconto No presente exercício foi contabilizado ajuste a valor presente, decorrente de diferença da taxa de 5,49% ao ano para 4,98% ao ano, sobre o Passivo para Descomissionamento das Usinas Angra 1 e Angra 2. O valor de R$ 39.344 registrado como complemente do Passivo Não Circulante teve como contrapartida o Ativo Imobilizado. Rejeitos de baixa e média atividade e combustível nuclear usado Em 2012, a Eletronuclear contabilizou as estimativas de custos para gerenciamento em longo prazo dos rejeitos operacionais de baixo e médio nível de atividade e dos elementos combustíveis usados no valor de R$ 517.997, referente às seguintes atividades: 1) Para transporte e disposição final dos rejeitos operacionais de baixa e média atividade relativos ao volume acumulado até 2020, quando se considera que será iniciada sua transferência para o Repositório Nacional de Rejeitos Radioativos de Baixo e Médio Nível de Atividade (RBMN), a ser implantado pela CNEN, responsável legal pela guarda final desses rejeitos. 2) Para armazenagem inicial dos elementos combustíveis usados até o final da década de 70, quando se estima ocorrer o término da vida útil de Angra 3 e, portanto, da própria CNAAA, os valores que serão dispendidos para implantação da Instalação para Armazenamento dos Combustíveis Irradiados (UFC) e respectivo sistema de movimentação dos elementos combustíveis das usinas para essa instalação, cujo projeto encontra-se em andamento e cujo comissionamento deverá ocorrer até 2020. NOTA 33 – CONCESSÕES A PAGAR – USO DO BEM PÚBLICO A Companhia tem contratos de concessão onerosa com o Governo Federal para a utilização do bem público para a geração de energia elétrica, substancialmente em empreendimentos através das Sociedades de Propósito Específico - SPEs. As características dos negócios e dos contratos indicam a condição e intenção das partes de executá-los integralmente. Buscando refletir adequadamente, no balanço patrimonial, a outorga onerosa da concessão e a respectiva obrigação perante a União, os valores das concessões de usinas hidrelétricas foram registrados no ativo intangível em contrapartida do passivo. Os valores estabelecidos nos contratos de concessão estão a preços futuros e, portanto, a Companhia ajustou a valor presente essas obrigações. A atualização do passivo decorrente da taxa de desconto e variação monetária vem sendo capitalizado nos ativos durante a construção de plantas de energia e, a partir da data do início das operações, está diretamente reconhecido nos resultados. A Companhia adota como política contábil, reconhecer a obrigação na data da obtenção da licença ambiental de instalação (LI). F-101 Os pagamentos da UBP são realizados em parcelas mensais a partir do início da operação comercial do empreendimento até o final do prazo de concessão, e estão assim previstos: CIRCULANTE 31/12/2012 31/12/2011 Foz do Chapecó .................................................................... Peixe Angical ....................................................................... Retiro Baixo ......................................................................... Serra do Facão ...................................................................... Santo Antonio ...................................................................... Passo São João ..................................................................... São Domingos ...................................................................... Mauá .................................................................................... 20.852 7.178 131 4.046 6.054 285 731 854 19.498 6.627 123 3.856 5.129 — — — Total ..................................................................................... 40.131 35.233 NÃO CIRCULANTE 31/12/2012 31/12/2011 Jirau .................................................................................... Belo Monte ......................................................................... Passo São João ................................................................... Mauá .................................................................................. São Domingos .................................................................... Teles Pires .......................................................................... Batalha e Simplicio ............................................................ Foz do Chapecó .................................................................. Peixe Angical ..................................................................... Retiro Baixo ....................................................................... Serra do Facão .................................................................... Santo Antonio .................................................................... Balbina ............................................................................... 44.872 76.880 4.122 12.547 9.838 39.848 44.673 245.930 81.201 3.631 660.937 74.037 279.391 39.776 72.593 4.069 12.357 4.774 34.928 42.230 236.560 77.029 3.563 635.722 70.825 300.106 Total ................................................................................... 1.577.908 1.534.532 Valor nominal original Valores atualizados UHE anos Pagamento anual Passo São João .......................................................................... Mauá ......................................................................................... São Domingos ........................................................................... Jirau........................................................................................... Teles Pires ................................................................................. Batalha ...................................................................................... Simplício ................................................................................... Foz do Chapecó ........................................................................ Peixe Angical ............................................................................ Retiro Baixo .............................................................................. Serra do Facão .......................................................................... Santo Antônio ........................................................................... 29 30 25 30 32 35 35 35 35 35 35 35 200 618 260 3.150 6.866 309 1.187 19.261 6.800 238 40.618 12.132 5.944 18.855 6.717 96.840 235.248 8.725 34.036 504.000 197.200 6.902 1.073.000 379.267 285 854 730 4.036 7.557 431 1.657 42.128 17.037 267 98.136 15.384 8.170 25.264 18.250 124.134 258.947 8.321 35.923 662.946 220.947 7.743 1.335.935 481.267 91.639 2.566.734 188.502 3.187.847 F-102 Pagamento total Pagamento anual Pagamento total NOTA 34 – ADIANTAMENTO PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITAL 31/12/2012 31/12/2011 Aquisição de participação acionaria CEEE / CGTEE .......... Linha de transmissão Banabuí - Fortaleza............................ UHE de Xingó ...................................................................... Linha de transmissão no Estado da Bahia ............................ Fundo Federal de Eletrificação - Lei 5.073/66 ..................... 144.574 2.441 6.857 1.073 6.363 133.270 2.250 6.321 989 5.865 Total ..................................................................................... 161.308 148.695 NOTA 35 – CONTRATOS ONEROSOS 31/12/2012 Transmissão Contrato no 061/2001 ................................................. Contrato no 062/2001 ................................................. Geração Itaparica ...................................................................... Jirau ............................................................................ Camaçari ..................................................................... Termonorte II .............................................................. Funil ............................................................................ Mauá-Klabin ............................................................... Complexo Paulo Afonso ............................................. Coaracy Nunes ............................................................ São Domingos............................................................. Outros ......................................................................... TOTAL................................................................................. 84.139 1.407.057 31/12/2011 — — 1.018.534 1.607.869 357.043 131.200 83.158 48.576 34.107 21.553 13.930 98.358 — — — 96.204 — — — — — — 4.905.524 96.204 Do montante da provisão para contratos onerosos reconhecida em 2012. R$ 3.082.395 decorrem de contratos de concessão prorrogados nos termos da Lei 12.783/13. pelo fato da tarifa determinada apresentar um desequilíbrio em relação aos atuais custos. Diante disto. a obrigação presente de acordo com cada contrato foi reconhecida e mensurada como provisão podendo ser revertida em função de ajustes na estrutura de custos. Programa de Reassentamento do Itaparica A partir da construção da Usina Hidrelétrica de Itaparica e em função da formação do lago de Itaparica. 10.500 famílias foram deslocadas. das quais 6.100 eram de pequenos agricultores. Entre estas. estavam 200 famílias indígenas da tribo Tuxá. tendo como consequência a criação do Programa de Reassentamento de Itaparica. que tem por objetivo reassentar as famílias deslocadas da área inundada pelo reservatório da usina. atual Luiz Gonzaga. localizada entre os estados de Pernambuco e Bahia. Em sessão extraordinária. de 30 de janeiro de 2013. o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou o Acórdão nº 101/2013-TCUPlenário. no qual determina à Casa Civil. órgão responsável pela coordenação e integração das ações do Governo. aos Ministérios de Minas e Energia e da Integração Nacional. à Chesf e à Codevasf. com amparo no art. 43. inciso I. da Lei nº 8.443/1992. combinado com o art. 250. inciso II. do Regimento Interno do TCU. que. em conjunto. no prazo de 180 (cento e oitenta) dias. elaborem e enviem ao Tribunal plano de ação da execução do Programa de Reassentamento de Itaparica. incluindo atividades. prazos e responsáveis. voltado à implementação das medidas necessárias à transferência. imediata ou progressiva. do patrimônio de uso comum dos perímetros públicos irrigados de Itaparica para a Codevasf e da gestão destes perímetros para os reassentados. inclusive quanto à implementação das medidas necessárias à regularização das ações junto às Prefeituras Municipais de Santa Maria da Boa Vista. Tacaratu e Belém do São Francisco. em Pernambuco. e de Curaçá. Rodelas e Glória. na Bahia. para que essas prefeituras assumam os serviços públicos de sua competência. Neste sentido. a provisão para contrato oneroso relativa à UHE Itaparica poderá ser revista. em função do plano de execução que vier a ser implementado. F-103 NOTA 36 – COMPROMISSOS OPERACIONAIS DE LONGO PRAZO Os compromissos de longo prazo da Companhia. relacionados. principalmente. a contratos de compra de energia elétrica e combustível são: 1. Compra de energia Empresas 2014 2015 2016 Após 2016 Amazonas .............................................................................................. 2.700 Chesf .....................................................................................................433.277 Distribuidora Alagoas............................................................................155.486 Distribuidora Piauí ................................................................................290.945 Distribuidora Rondônia .........................................................................724.581 Distribuidora Acre ................................................................................. 63.471 Eletronorte ............................................................................................. 68.720 Eletrosul ................................................................................................ 8.279 Furnas ....................................................................................................120.875 2.836 364.345 173.233 294.100 382.350 136.955 180.238 8.279 33.220 — 307.597 — — — — 207.385 8.279 33.220 — 3.212.902 — — — — 220.827 8.278 99.660 Total ...................................................................................................... 1.868.334 1.575.555 556.481 3.541.667 2. Combustível Nuclear (Eletronuclear) Empresas 2013 Eletronuclear ................................................................................................... 370.000 2014/2015 571.279 Após2015 6.403.772 Contratos assinados com as Indústrias Nucleares Brasileiras - INB para aquisição de Combustível Nuclear para produção de energia elétrica, destinadas as recargas das usinas UTN Angra I e UTN Angra II. 3. Compra de Energia de produtor Independente – Proinfa A Companhia apoia o desenvolvimento de projetos para a diversificação da matriz energética brasileira, através do programa de incentivo às fontes alternativas de energia elétrica, instituído pela Lei 10.438 em abril de 2002. O objetivo é buscar soluções regionais para o uso de fontes renováveis de energia e incentivar o crescimento da indústria nacional. O Proinfa prevê a operação de 144 usinas, totalizando 3.299,40 MW de capacidade instalada. As usinas do programa responderão pela geração de aproximadamente 12.000GWh/ano, equivalentes a 3,2% do consumo total anual do país. Os 3.299,40 MW contratados estão divididos em 1.191,24 MW provenientes de 63 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s), 1.422,92 MW de 54 usinas eólicas e 685,24 MW de 27 usinas a base de biomassa. Em 2006, a Companhia concordou em adquirir energia elétrica produzida pelo PROINFA por um período de 20 anos e transferir essa energia elétrica às concessionárias de transmissão e distribuição, que por sua vez transferem a energia elétrica aos consumidores livres e autoprodutores, excluídos os consumidores de baixa renda, na proporção de seus consumos. Cada concessionária de transmissão e distribuição pagam à Companhia o custo anual de energia elétrica fornecida aos consumidores cativos, consumidores livres e autoprodutores conectados às suas instalações, em doze pagamentos mensais, cada um deles antecipadamente ao mês no qual a energia deve ser consumida. 4. Venda de energia Empresas 2014 2015 2016 Após 2016 Chesf ........................................................................................2.014.587 Eletronorte ................................................................................5.485.002 Eletrosul ...................................................................................5.853.610 Furnas .......................................................................................1.543.770 Itaipu ........................................................................................3.362.592 1.255.379 4.251.382 8.049.723 1.455.666 3.370.031 485.051 2.926.102 8.278.569 1.443.730 3.396.813 2.544.962 14.632.250 16.557.138 3.409.480 20.215.722 Total ......................................................................................... 18.259.560 18.382.181 16.530.264 57.359.551 F-104 Contratos assinados pelas empresas listadas acima com outras empresas do setor elétrico visando o suprimento/venda de energia elétrica. No caso no qual a Companhia não tenha geração de energia em quantidade suficiente em determinado período, pode-se recorrer a compra de energia elétrica no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para honrar o contrato de fornecimento de energia. Todavia, neste caso, a Companhia fica suscetível ao valor do período do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que pode ser maior que os valores de venda expostos nos contratos acima, ficando a Companhia sujeita a perdas financeiras nestas operações. 5. Compromissos sócio ambientais Empresas 2013 Eletronuclear ......................................................................................................20.598 2014/2015 11.554 Após 2015 127.085 A) Angra III Termos de compromissos assumidos com os Municípios de Angra dos Reis, Rio Claro e Paraty, nos quais a ELETRONUCLEAR se compromete a celebrar convênios específicos de portes socioambientais. B) CGTEE – Usina Termelétrica Presidente Médici Em 13 de abril de 2011, foi celebrado o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a CGTEE, IBAMA, Eletrobras, Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente e União, por intermédio da Advocacia Geral da União, para a adequação ambiental das Fases A e B da Usina Presidente Médici, localizada em Candiota - RS. O TAC prevê uma série de obrigações para a CGTEE até 31 de agosto de 2014 e conta com um investimento estimado da Companhia de R$ 241.835. Após a conclusão do TAC, espera-se a renovação pelo IBAMA da licença de operação da Usina Termelétrica Presidente Médici. A CGTEE assumiu diversos compromissos, como por exemplo: a licitação internacional para a implantação do SO2 e Sistema de Abatimento de Material Particulado na Fase B, recomposição de 1000 hectares de matas ciliares e/ou das áreas degradas, localizadas nas bacias hidrográficas dos Rios Jaguarão e Arroio Candiota e revegetação na área de preservação permanente da bacia de acumulação da Barragem. 6. Aquisição de equipamentos Empresas 2013 Eletronuclear ................................................................................................197.746 2014/2015 245.158 Após 2015 86.890 Contratos assinados com fornecedores diversos para aquisição de equipamentos para substituição no ativo imobilizado das usinas Angra I e Angra II, necessários à manutenção operacional desses ativos. NOTA 37 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO I – Capital Social O Capital Social da Companhia em 31 de dezembro de 2012 era de R$ 31.305.331 (31 de dezembro de 2011 - R$ 31.305.331) e suas ações não tem valor nominal. As ações preferenciais não têm direito a voto e não são conversíveis em ações ordinárias, entretanto, gozam de prioridade no reembolso do capital e na distribuição de dividendos, às taxas anuais de 8% para as ações de classe "A" (subscritas até 23 de junho de 1969) e 6% para as ações classe "B" (subscritas a partir de 24 de junho de 1969), calculados sobre o capital correspondente a cada classe de ações. F-105 O Capital Social está representado por 1.352.634.100 ações escriturais e está distribuído, por principais acionistas e pelas espécies de ações, em 31 de dezembro de 2012, conforme a seguir: ORDINÁRIAS ACIONISTA QUANTIDADE União......................................... BNDESPAR.............................. BNDES ..................................... FND .......................................... FGHAB ..................................... FGI ............................................ FGO .......................................... Outros ....................................... 591.968.382 141.757.951 76.338.832 45.621.589 1.000.000 — — 230.363.543 1.087.050.297 PREFERENCIAIS % 54,46 13,04 7,02 4,20 0,09 — — 21,19 100,00 SÉRIE A SÉRIE B — — — — — — — 146.920 146.920 CAPITAL TOTAL % 2.252 18.691.102 18.262.671 — — 8.750.000 468.600 219.262.258 265.436.883 QUANTIDADE — 7,04 6,88 — — 3,30 0,18 82,60 100,00 591.970.634 160.449.053 94.601.503 45.621.589 1.000.000 8.750.000 468.600 449.772.721 1.352.634.100 % 43,79 11,86 6,99 3,37 0,07 0,65 0,03 33,25 100,00 Do total de 393.479.350 ações em poder dos minoritários (já deduzidas as 526 ações ordinárias, referentes aos Diretores e Membros do Conselho de Administradores da Companhia), 248.613.434 ações, ou seja, 63,18% são de propriedade de investidores não residentes, sendo 152.860.563 de ordinárias, 28 de ações preferenciais classe “A” e 95.752.843 de ações preferenciais da classe “B”. Da participação total de acionistas domiciliados no exterior, 67.910.925 são ações ordinárias e 25.986.141 ações preferenciais da classe “B” estão custodiadas, lastreando o Programa de American Depositary Receipts – ADRs. II – Reservas de Capital 31/12/2012 Compensação de insuficiência de remuneração CRC ............................................................................ Ágio na emissão de ações................................................ Especial - Decreto-Lei 54.936/1964 ................................ Correção monetária do balanço de abertura de 1978 ...... Correção monetária do Empréstimo Compulsório 1987 ............................................................................ Doações e subvenções - FINOR. FINAM e outros 31/12/2011 18.961.102 3.384.310 387.419 309.655 18.961.102 3.384.310 387.419 309.655 2.708.432 297.424 26.048.342 2.708.432 297.424 26.048.342 III – Reservas de Lucro O Estatuto Social da companhia prevê a destinação de 50% do lucro líquido do exercício para a constituição de Reserva de Investimentos e de 1% para a Reserva de Estudos e Projetos, sendo a sua constituição limitada a 75% e a 2% do capital social. 31/12/2012 Legal (art. 193 - Lei 6.404/1976) .................................... Estatutárias (art. 194 - Lei 6.404/1976) ........................... 31/12/2011 2.233.017 9.037.359 2.233.016 16.862.806 11.270.376 19.095.822 NOTA 38 – LUCRO POR AÇÃO (a) Básico O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o exercício, excluindo as ações ordinárias compradas pela Companhia e mantidas como ações em tesouraria. 12/31/12 Numerador Ordinárias Lucro/Prejuízo líquido atribuível a cada classe de ações (5.528.270) (748) (1.349.899) (6.878.916) (5.528.270) (748) (1.349.899) (6.878.916) F-106 Preferencial A Preferencial B Total Denominador Ordinárias Média ponderada da quantidade de ações em mil ..... % de ações em relação ao total .................................. 1,087,050 80,37% Resultado por ação básico (R$) ................................. (5,09) Preferencial A 147 0,01% (5,09) Preferencial B 265,437 19,62% Total 1,352,634 100,00% (5,09) 12/31/11 Numerador Ordinárias Lucro/Prejuízo líquido atribuível a cada classe de ações ..................................................................... Dividendos Preferenciais ........................................... 2.831.333 383 116 691.358 209.375 3.523.074 209.491 2,831,333 383 691.358 3.523.074 Denominador Ordinárias Média ponderada da quantidade de ações em mi ...... % de ações em relação ao total .................................. Resultado por ação básico (R$) ................................. 1.087.050 80% 2,60 Preferencial A Preferencial A 147 0% 2,60 Preferencial B Preferencial B 265.437 20% 2,60 Total Total 1.352.634 100% 31/12/2010 Numerador Ordinárias Lucro/Prejuízo líquido atribuível a cada classe de ações ..................................................................... Dividendos Preferenciais ........................................... 1.544.746 251 272 387.775 314.87 1.932.771 315.142 1.544.746 522 702.645 2.247.913 Denominador Ordinárias Preferencial A Preferencial A Preferencial B Preferencial B Total Total Média ponderada da quantidade de ações em mil ..... 905.024 147 227.187 1.134.357 % de ações em relação ao total .................................. 905.024 80% 147 0,01% 227.187 20% 1.134.357 100% Resultado por ação diluido (R$) ................................ 1,71 3,55 3,09 1,98 (b) Diluído O lucro diluído por ação é calculado mediante o ajuste da quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação, para presumir a conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas. A Companhia tem apenas uma categoria de ações ordinárias potenciais diluídas: dívida conversível (empréstimo compulsório). Pressupõe-se que a dívida conversível foi convertida em ações ordinárias e que a receita líquida é ajustada para eliminar a despesa financeira menos o efeito fiscal. F-107 31/12/2011 Numerador Ordinárias Preferencial A Preferencial B Total Lucro/Prejuízo liquido atribuível a cada classe de ações ................................... 2.831.333 Dividendos Preferenciais ................................................................................... — 383 116 691.358 209.375 3.523.074 209.491 2.836.333 499 900.733 3.732.565 Denominador Ordinárias Preferencial A Média ponderada da quantidade de ações em mil .............................................. 1.087.050 % de ações em relação ao total .......................................................................... 80% 147 0.01% Resultado por ação diluido (R$) ........................................................................ 2,60 2,60 Preferencial B 265.437 20% 2,60 Total 1.352.487 100.00% 2,78 31/12/2010 Numerador Ordinárias Preferencial A Preferencial B Total Lucro/Prejuízo liquido atribuível a cada classe de ações ................................... 1.544.625 Dividendos Preferenciais ................................................................................... 251 272 391.308 314.87 1.936.183 315.142 1.544.625 522 706.178 2.251.325 Denominador Ordinárias Preferencial A Média ponderada da quantidade de ações em mil .............................................. 905.024 % de ações em relação ao total .......................................................................... 80% 147 0% Resultado por ação diluido (R$) ........................................................................ 1,71 3,55 Preferencial B 229.274 20% 3,08 NOTA 39 – RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 31/12/2012 31/12/2011 31/12/2010 18.426.812 836.488 19.263.300 18.110.039 215.989 18.326.028 3.148.842 2.562.155 3.681.603 9.392.600 2.774.166 1.978.618 3.603.492 8.356.276 2.525.754 1.466.929 2.322.937 6.315.620 Fornecimento............................................................. Receita de construção ................................................ 6.142.586 1.345.519 7.488.105 4.712.716 729.064 5.441.780 4.62.529 810.475 5.173.004 Outras receitas .................................................................... 696.451 39.538.861 865.877 33.927.233 1.299.817 31.114.469 (-)Encargos setoriais .................................................. (1.797.922) (-) ICMS .................................................................... (1.361.535) (-) PASEP e COFINS ................................................ (2.290.415) (-)Outras Deduções ................................................... (24.511) (5.474.383) (1.712.669) (1.086.209) (1.901.838) (15.031) (4.715.747) (1.514.504) (1.040.163) (1.711.238) (16.479) (4.282.384) Receita Operacional Líquida ..................................... 34.064.477 29.211.486 26.832.085 Geração Suprimento / Fornecimento ....................................... 21.547.527 Repasse Itaipu ........................................................... 414.178 21.961.705 Transmissão Atualizações da taxa de retorno - Transmissão ......... Receita de operação e manutenção ............................ Receita de construção ................................................ Distribuição (-)Deduções à Receita Operacional F-108 Total 1.134.445 100% 1,98 NOTA 40 – RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS 31/12/2012 Equivalência patrimonial .................................................. Rendimentos de capital - ITAIPU..................................... Juros sobre o capital próprio ............................................. Dividendos ........................................................................ Remuneração dos investimentos em parcerias .................. 31/12/2011 31/12/2010 271.550 43.812 23.520 112.018 17.684 290.693 36.637 19.243 139.728 (3.516) 467.647 38.735 16.038 101.847 45.488 468.584 482.785 669.755 NOTE 41 – PESSOAL. MATERIAL E SERVIÇOS Pessoal .......................................................................... Material ......................................................................... Serviços ........................................................................ 31/12/2012 31/12/2011 31/12/2010 5.716.768 321.484 2.401.050 5.233.826 303.347 2.133.543 4.845.246 399.299 2.126.168 8.439.302 7.670.716 7.370.713 NOTE 42 – ENERGIA COMPRADA PARA REVENDA E USO DA REDE ELÉTRICA Suprimento .................................................................... Uso da Rede .................................................................. Comercialização na CCEE ............................................ Proinfa .......................................................................... Outros ........................................................................... 31/12/2012 31/12/2011 12/31/3010 1.935.330 1.763.953 317.096 2.302.020 19.227 1.281.766 1.420.934 128.979 1.955.328 20.216 1.736.667 1.353.839 706.852 1.844.835 26.730 6.337.626 4.807.223 5.668.923 31/12/2012 31/12/2011 31/12/2010 NOTA 43 – PROVISÕES OPERACIONAIS Garantias ....................................................................... Contingências ............................................................... PCLD - Consumidores e Revendedores ....................... PCLD - Financiamentos e Empréstimos ....................... Contratos Onerosos ....................................................... Perdas em Investimentos .............................................. Plano de readequação do quadro de pessoal ................. Passivo Atuarial ............................................................ Impairment.................................................................... Ajuste a Valor de Mercado ........................................... Outras............................................................................ 28.885 564.909 862.226 (137.495) 1.607.869 187.741 (50.968) 446.308 1.058.940 (144.661) 903.237 5.326.991 70.596 691.042 511.356 297.131 96.204 9.183 498.114 (410.281) 434.538 5.956 644.910 2.848.749 (653) 287.821 564.006 36.245 421.629 — — 20.004 379.048 — 789.162 2.497.262 NOTA 44 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS E GESTÃO DE RISCOS 1 – Gestão do Risco de Capital Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade oferecendo retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de perseguir uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. As aquisições e vendas de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia pode rever a política de pagamento de dividendos, devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento. F-109 Condizente com outras companhias do setor, a Companhia monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos (incluindo empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado, com a dívida líquida. 12/31/12 12/31/11 Total dos Empréstimos ................................................ (-) Caixa e Equivalente de Caixa ................................. 49.651.200 4.429.375 42.413.678 4.959.787 Dívida Líquida ............................................................ (+) Total do Patrimônio Líquido ................................. 45.221.825 67.083.945 37.453.891 77.202.321 Total do Capital ........................................................... 112.305.770 114.656.212 Índice de Alavancagem Financeira ............................. 40% 33% 2 – Classificação por categoria de instrumentos financeiros Os instrumentos financeiros da Companhia estão classificados em categorias de ativos e passivos financeiros, as quais contemplam inclusive os instrumentos derivativos, conforme segue: 31/12/2012 31/12/2011 ATIVOS FINANCEIROS (Circulante / Não Circulante) ........................................................ Empréstimos e Recebíveis .............................................. 78.975.112 67.315.226 Clientes ........................................................ Empréstimos e financiamentos..................... Direitos de Ressarcimento ............................ Ativo Financeiro - Concessões ..................... Indenizações - Lei 12.783/2013 ................... 5.979.909 9.723.477 8.016.229 40.818.225 14.437.272 5.831.018 9.733.390 3.583.490 48.167.328 — Mantidos Até o Vencimento ........................................... 247.371 212.903 Títulos e Valores Mobiliários ....................... 247.371 212.903 Mensurados pelo Valor Justo por meio do resultado ...... 11.684.671 16.778.313 Caixa e equivalentes de caixa....................... Títulos e Valores Mobiliários ....................... Instrumentos Financeiros Derivativos .......... 4.429.375 6.779.577 475.719 4.959.787 11.437.959 380.567 Disponíveis para venda ................................................... 6.108.986 1.702.902 Investimentos (Participações Societárias) .... Ativo Financeiro - Concessões ..................... 1.513.039 4.595.947 1.702.902 — Mensurados pelo Custo Amortizado ............................... 69.298.959 56.689.961 Fornecedores ................................................ Empréstimos e financiamentos..................... Debêntures ................................................... Obrigações de Ressarcimento ...................... Arrendamento Mercantil .............................. Concessões a Pagar UBP ............................. 7.490.802 49.651.200 726.127 7.789.757 2.023.033 1.618.039 6.338.102 42.413.678 1.018.647 3.431.228 1.918.541 1.569.765 Mensurados pelo Valor Justo por meio do resultado ...... 476.283 467.683 Instrumentos Financeiros Derivativos .......... 476.283 467.683 PASSIVOS FINANCEIROS (Circulante / Não Circulante) .................................................................. F-110 2.1 – Ativos Financeiros a) Caixa e equivalentes de caixa: mantidos para a negociação à curto prazo e mensurados pelo valor justo, os seus efeitos são reconhecidos diretamente no resultado. b) Títulos e valores mobiliários – Curto e Longo Prazo – usualmente mantidos para a negociação e designados no reconhecimento inicial pelo valor justo, sendo os seus efeitos reconhecidos diretamente no resultado do período. c) Consumidores e Revendedores: são registrados pelo seu valor nominal, similar aos valores justos e prováveis de realização. Os créditos renegociados são registrados assumindo a intenção de mantê-los até o vencimento, pelos seus valores prováveis de realização, similares aos valores justos. d) Financiamentos e empréstimos concedidos: são ativos financeiros com recebimentos fixos ou determináveis, sendo seus valores mensurados pelo custo amortizado, mediante a utilização do método da taxa de juros efetiva. Os financiamentos concedidos estão restritos às concessionárias de serviço público de energia elétrica e, desta forma, a taxa de mercado (ou custo de oportunidade do capital da empresa) é definida levando em conta prêmio de risco compatível com as atividades do setor. Na impossibilidade de buscar alternativas que não o próprio setor elétrico, o valor presente desses empréstimos corresponde ao seu valor contábil. No encerramento deste exercício, a carteira consolidada de empréstimos e financiamentos concedidos totalizou R$ 9.723.477 (R$ 9.737.390 em 31 de dezembro de 2011), conforme demonstrado a seguir por moeda: 31/12/2012 Moeda US$ (equivalentes) 31/12/2011 % US$ ..................................................................................... 2.848.699 R$ ......................................................................................... 1.909.548 4.758.247 59,87 40,13 100,00 R$ 5.821.317 3.902.160 9.723.477 US$ (equivalentes) 3.211.422 1.977.506 5.188.928 % 61,89 38,11 100,00 R$ 6.023.985 3.709.405 9.733.390 e) Ativos financeiros da concessão: são ativos financeiros que representam o direito incondicional de receber uma determinada quantia ao final do prazo da concessão. São classificados com empréstimos e recebíveis, no caso dos ativos relacionados a geração e transmissão, e como disponível para venda no caso da distribuição. f) Derivativos: são mensurados pelo valor justo e seus efeitos reconhecidos diretamente no resultado, dependendo do tipo de cada designação de hedge (se fluxo de caixa ou de valor justo), de acordo com o IAS 39. 2.2 – Passivos Financeiros - classificados nas seguintes categorias: a) Fornecedores: são mensurados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridos até a data do balanço, sendo o seu valor contábil aproximado de seu valor justo. b) Empréstimos e financiamentos: são mensurados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetiva. Nessa classificação de passivo financeiro destacam-se os empréstimos e financiamentos obtidos junto às instituições financeiras, notadamente no exterior, e aos fundos setoriais, em especial a Reserva Global de Reversão – RGR. Os valores de mercado dos empréstimos e financiamentos obtidos são similares aos seus valores contábeis. Os financiamentos captados são compostos de financiamentos contratados junto a agências multilaterais internacionais (BID, BIRD, CAF), não sendo praticável descontá-los a uma taxa diferente da estabelecida no acordo da dívida brasileira. Os demais empréstimos são captados a taxas de mercado, fazendo com que o valor contábil seja próximo ao seu valor presente. A Companhia finalizou o exercício de 2012 com contratos passivos, entre empréstimos, financiamentos e bônus, que totalizam R$ 49.651.200 (R$ 42.413.678 em 31 de dezembro de 2011), conforme demonstrado a seguir: 31/12/2012 Moeda US$ (equivalentes) US$ ......................................................................................... 9.301.210 REAL ...................................................................................... 14.837.600 YEN ........................................................................................ 140.792 EURO ..................................................................................... 17.536 24.297.137 % 38,28 61,07 0,58 0,07 100,00 F-111 31/12/2011 R$ 19.007.022 30.320.635 287.709 35.834 49.651.200 US$ (equivalentes) 9.575.952 12.807.023 185.779 42.229 22.610.983 % 42,35 56,64 0,82 0,19 100,00 R$ 17,962,570 24,023,411 348,484 79,213 42,413,678 c) Empréstimo Compulsório: extinto pela Lei 7.181, de 20 de dezembro de 1993, teve como prazo limite para seu recolhimento o dia 31 de dezembro de 1993. Atualmente, a Companhia gerencia o estoque residual do Empréstimo Compulsório arrecadado, atualizandoo com base no IPCA-E e remunerando-o à taxa de 6% ao ano, com prazo de resgate definido. d) Demais passivos financeiros: são mensurados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros efetiva, e seus valores justos são similares aos seus valores contábeis. 3 – Gestão de riscos Financeiros: No exercício de suas atividades a Companhia é impactada por eventos de riscos que podem comprometer os seus objetivos estratégicos. O gerenciamento de riscos tem como principal objetivo antecipar e minimizar os efeitos adversos de tais eventos nos negócios e resultados econômico-financeiros da Companhia. Para a gestão de riscos financeiros, a Companhia definiu políticas e estratégias operacionais e financeiras, aprovadas por comitês internos e pela administração, que visam conferir liquidez, segurança e rentabilidade a seus ativos e manter os níveis de endividamento e perfil da dívida definidos para os fluxos econômico- financeiros. Os principais riscos financeiros identificados no processo de gerenciamento de riscos são: 3.1 – Risco da Taxa de Câmbio Esse risco decorre da possibilidade da Companhia ter seus demonstrativos econômico-financeiros impactados por flutuações nas taxas de câmbio. A Companhia apresenta exposição a riscos financeiros que causam volatilidade em suas demonstrações contábeis, bem como em seu fluxo de caixa. A Companhia apresenta relevante exposição entre ativos e passivos indexados à moeda estrangeira, em especial ao dólar norte Americano. Essa exposição é especialmente verdadeira para os contratos de financiamento com Itaipu Binacional. Adicionalmente, existem exposições à taxa de juros Libor, relativas a contratos de captação externa. Nesse contexto foi aprovada a Política de Hedge Financeiro da Companhia. O objetivo da atual política é monitorar e mitigar a exposição às variáveis de mercado que impactem ativos e passivos da Companhia e de suas controladas, reduzindo assim os efeitos de flutuações indesejáveis destas variáveis em suas Demonstrações Contábeis. Com isso, a referida política visa que os resultados da Companhia reflitam fielmente o seu real desempenho operacional e que o seu fluxo de caixa projetado apresente menor volatilidade. Junto com a política foi aprovada a criação do Comitê de Hedge Financeiro no âmbito da Diretoria Financeira. A função principal do Comitê é definir as estratégias e os instrumentos de hedge a serem apresentados à Diretoria Executiva da Companhia. Levando-se em conta as diferentes formas em que o Hedge pode ser conduzido pela Companhia, a política aprovada elenca uma escala de prioridades. Primeiro, a solução estrutural e, apenas nos casos residuais, serão adotadas operações com instrumentos financeiros derivativos. As operações com derivativos financeiros, objetivam proteger a Companhia e as suas subsidiárias de passivos indexados apresentem discrepância, de forma que previna a caracterização alavancagem financeira ou operação de concessão de crédito a terceiros. A Companhia vem realizando estudos e discutindo a realização de operações de hedge por meio do Comitê de Hedge Financeiro. Em 2011, o Programa de Operações com Instrumentos Derivativos foi ampliado e agora compreende, além das discrepâncias de moeda até o período de dezembro de 2012, também as exposições à taxa de juros existentes em tal período. Dessa forma, de acordo com a tabela abaixo, a empresa realizou operações de trava de juros Libor com o intuito de neutralizar a volatilidade dos contratos de captação realizados à Libor de 6 meses. Além da operação de swap de Libor, estratégias de hedge cambial foram analisadas em 2011 e estão sendo implementadas, priorizando as soluções estruturais, em linha com a Política de Hedge Financeiro da Companhia. Essa estratégia considera não apenas o valor total de discrepncia, mas também as disposições ao longo do tempo, com o intuito de proteger o balanço patrimonial da Companhia, bem como o seu fluxo de caixa. F-112 Abaixo a posição destas operações de swap da taxa Libor por taxa fixa em 31 de dezembro de 2012: 31/12/2012 Transação Montantes contratados (notional) 01/2011 .............................................................................................20.192 02/2011 .............................................................................................20.192 03/2011 .............................................................................................50.000 04/2011 ............................................................................................. 100.000 05/2011 .............................................................................................50.000 06/2011 ............................................................................................. 100.000 07/2011 ............................................................................................. 100.000 08/2011 ............................................................................................. 100.000 09/2012 ............................................................................................. 25.000 10/2012 ............................................................................................. 25.000 11/2012 ............................................................................................. 75.000 12/2012 ............................................................................................. 75.000 13/2012 ............................................................................................. 75.000 14/2012 ............................................................................................. 50.000 15/2012 ............................................................................................. 50.000 16/2012 ............................................................................................. 50.000 17/2012 ............................................................................................. 50.000 18/2012 ............................................................................................. 25.000 Total ................................................................................................. 1.040.384 Ratas Taxas utilizadas 2,4400% 2,4900% 3,2780% 3,3240% 2,1490% 2,2725% 2,1790% 2,1500% 1,6795% 1,6295% 1,6285% 1,2195% 1,2090% 2,2245% 1,1670% 1,1910% 1,2105% 1,1380% Vencimento Valor Justo 11/25/2015 11/25/2015 08/10/2020 08/10/2020 08/10/2015 08/10/2015 08/10/2015 08/10/2015 11/27/2020 11/27/2020 11/27/2020 11/29/2017 11/29/2017 11/29/2017 11/29/2017 11/29/2017 11/29/2017 11/29/2017 (1.139) (1.169) (8.929) (18.694) (2.357) (5.088) (4.836) (4.683) (1.459) (1.360) (4.074) (2.607) (3.009) (2.060) (1.920) (2.003) (2.070) (695) (68.152) Operações com derivativos, quando realizadas no mercado de balcão, contêm riscos de contraparte que, diante dos problemas apresentados pelas instituições financeiras em 2008 e 2009, se mostram relevantes. Com o intuito de mitigar esse risco, a Companhia adotou a política de credenciamento de instituições financeiras para realizar as operações com derivativos. Esta norma define critérios em relação a abrangência, classificação e especialização no mercado de derivativos, para que sejam selecionadas as instituições que poderão realizar operações com a Companhia. Cada semestre a Companhia seleciona semestralmente as 20 melhores instituições financeiras baseadas nos critérios mencionados como instituições credenciadas a efetuarem operações de derivativos com a Companhia. Além disso, a Companhia desenvolveu metodologia de controle de exposição às instituições credenciadas que define limites ao volume de operações a serem realizadas com cada uma delas. A Companhia determina para que todas as operações com derivativos a serem realizadas pela Eletrobras sejam enquadradas no conceito de “hedge de proteção”, ratificando o único e exclusivo intuito de cobrir tais. Essa medida mitiga o risco de liquidação descasada das posições de hedge com os seus respectivos objetos, visto que os fluxos financeiros de ambos sempre corresponderão. 3.1.1 – Operações em outras entidades As seguintes controladas e coligadas efetuaram operações de derivativos no ano e os impactos decorrentes foram os seguintes: • ESBR Participações S.A – efetuou operações de NDF classificadas como hedge de fluxo de caixa. Estas operações geraram no exercício um resultado abrangente negativo no valor de R$ 231. • Madeira Energia S.A. – realizou operações de swap para se proteger de exposições do Euro. Em 31 de dezembro de 2012, o contrato foi integralmente liquidado (2011 – ganho de R$2,410 registrado no ativo circulante e balanço patrimonial). Adicionalmente, outros contratos de hedge não contábeis totalizaram R$ 923, em contraste aos resultados financeiros. 3.2 – Risco de taxa de juros Esse risco está associado à possibilidade da Companhia talvez contabilizar perdas em razão de oscilações das taxas de juros de mercado, impactando seus demonstrativos pela elevação das despesas financeiras, relativas a contratos de captação externa, principalmente referenciados à taxa Libor e contratos de operações de derivativos para mitigar a exposição, como mencionado acima. A exposição da Companhia às taxas de juros de ativos e passivos financeiros está detalhada no item de análise de sensibilidade desta nota explicativa. F-113 3.3 – Risco de commodities Eletronorte A controlada Eletronorte celebrou, no exercício de 2004, contratos de longo prazo para o fornecimento de energia elétrica para três de seus principais clientes. Esses contratos de longo prazo estão associados ao preço internacional do alumínio, cotado na London Metal Exchange (LME), como ativo básico para fins de definição dos valores mensais dos contratos. Os detalhes dos contratos são os seguintes: Data do contrato Clientes Início Albrás........................................................................... 07/01/2004 Alcoa ............................................................................ 07/01/2004 BHP ............................................................................. 07/01/2004 Vencimento 12/31/2024 12/31/2024 12/31/2024 Volume Médio em Mw 750 MW - a partir de 12/31/2006 800 MW – a partir de 01/01/2007 De 304.92 MW a 328 MW De 353.08 MW a 492 MW Esses contratos incluem o conceito de faixas teto e piso relacionado ao preço do alumínio cotado na LME. O preço limite máximo e mínimo da LME está limitado a US$ 2,773.21/ton e US$ 1,450.00/ton, respectivamente. Considerando que o prêmio está associado ao preço da commodity do alumínio da LME, é possível atribuir o valor justo destes contratos. O valor da LME para o mês de dezembro de 2012 estava cotado a US$ 2,098.00/ton, ou seja, 3,1% maior que o verificado em dezembro de 2011 quando o preço da commodity alcançou US$ 2,034.00/ton. Tal variação, somada à desvalorização do Real em 2012, quando o valor do dólar passou de R$ 1,79 para R$ 2,05, ou seja, 14,52% de variação durante o ano de 2012, proporcionaram uma melhora na expectativa do valor justo para os derivativos. Outro ponto importante nesse contexto foi a política adorada pelo Governo Federal para reduzir a taxa de juros básica da economia, dada pela taxa SELIC, por meio dos bancos públicos. Isso resultou em uma redução da taxa média da SELIC (24 meses a frente) de 9,90% para 7,25% ao ano. O impacto do derivativo embutido no resultado foi positivo em 2012 no valor de R$ 133.804 e um impacto negative de R$ 124.770 em 2011 e a situação do ativo circulante apresentada é de R$ 472.364 em 2012 e R$ 376.950 em 2011. 3.4 – Risco de crédito O risco decorre da possibilidade que a Companhia e suas subsidiárias talvez incorram em perdas resultantes da dificuldade de realização de seus recebíveis de clientes, bem como da inadimplência de instituições financeiras contrapartes em operações. A Companhia, por meio de suas subsidiárias, atua nos mercados de geração e transmissão de energia elétrica amparadas em contratos firmados em ambiente regulado. A Companhia busca minimizar seus riscos de crédito através de mecanismos de garantia envolvendo recebíveis de seus clientes e, quando aplicável, através de fianças bancárias. No segmento de distribuição, a Companhia, por meio de suas subsidiárias, acompanha os níveis de inadimplência através da análise das especificidades dos seus clientes. Adicionalmente, são realizadas negociações que viabilizem o recebimento dos créditos em atraso. O caixa disponível é aplicado em um fundo exterior ao mercado e exclusivo, conforme normativo específico do Banco Central do Brasil. Esse fundo é composto na sua totalidade por títulos públicos indexados pela Selic, não havendo exposição ao risco de contraparte. Em algumas relações com instituições financeiras, a Companhia tem a política de apenas realizar operações com instituições avaliadas como de baixo risco por agências de classificação de risco, que também atendem os requisitos patrimoniais previamente definidos e formalizados. Adicionalmente, são definidos limites de crédito que são revisados periodicamente. A concentração de risco de crédito em relação a qualquer contraparte individualmente não foi superior a 8% dos ativos monetários brutos em 31 de dezembro de 2012. 3.5 – Risco de liquidez As necessidades de liquidez da Companhia são de responsabili