A TRANSIÇÃO PARA A IDADE MÉDIA

Propaganda
A SALA DO TIO NALDINHO
Professor José Ednaldo do Nascimento
A TRANSIÇÃO PARA A IDADE MÉDIA
História Medieval
1. OS BÁRBAROS
1.1. Conceito: Todos aqueles que não falavam o grego ou o latim, que moravam fora das fronteiras do
Império Romano e que não tinham os mesmos costumes e tradições dos romanos.
1.2. Modo de vida: Passavam a maior parte do tempo caçando, saqueando aldeias e praticavam uma
agricultura rudimentar. Tomavam decisões através de reuniões tribais e suas leis não eram escritas, mas
baseadas nos costumes e tradições. Além disso, eram politeístas tendo cada tribo bárbara seus próprios
deuses.
1.3. Agrupamentos: Podemos dividir os bárbaros em:
a) Tártaro-Mongóis: Tinham origem asiática e faziam parte os hunos e turcos;
b) Eslavos: Surgiram na Europa Oriental e parte da Ásia, deles surgiram os tchecos, russos, bósnios,
búlgaros, sérvios e polacos;
c) Germanos: De origem indo-europeia como os francos, os visigodos, os ostrogodos, os vândalos, os
anglos, os saxões, os hérulos e outros.
2. MUDANÇAS SOCIAIS E ECONÔMICAS
2.1. Processo: O Império Romano do ocidente não chegou ao fim apenas com a invasão dos hérulos em
476. Tudo foi um processo, pois os povos bárbaros já haviam se estabelecido desde antes do século V;
2.3. Migrações: Os grupos bárbaros chegaram a migrar para o interior do Império Romano do Ocidente
que já estava com sua estrutura administrativa enfraquecida e, portanto, não tinha como assegurar o
cumprimento da lei e a segurança da população;
2.4. Declínio das Cidades: As cidades perderam importância com o processo de ruralização, ou seja, os
povos abandonaram as cidades para morar no campo e trabalhar na terra. Um dos motivos foi o medo dos
bárbaros;
2.5. Feudos: A população passou a viver em propriedades rurais autossuficientes. As roupas, objetos de
madeira, alimentos e outros bens eram produzidos para o próprio feudo. Nada era comercializado com os
demais feudos, pois eles também eram autossuficientes. Deste modo, o comércio também perdeu a
importância;
2.6. Política: O poder político agora era exercido pelos nobres de guerra, ou seja, aqueles nobres que
antes eram chefes militares bárbaros e, portanto, fortaleceram seu poder por meio da guerra;
2.7. Senhor Feudal: Os camponeses ficavam sujeitos ao poder desses nobres em troca de proteção contra
bandos guerreiros. Os senhores feudais de mais terras e maior influencia acabavam fazendo pactos com
outros senhores feudais de menos propriedades ou nobres guerreiros. Esse pacto Feudo-Vassálico era uma
troca de terras (dada pelo mais poderoso) por proteção militar ou impostos (dado pelo submisso);
2.8. Descentralização: Como essas propriedades formavam um mundo fechado, o nobre que a governava
era o senhor absoluto.
3. REINO DOS FRANCOS
3.1. Convívio: Os francos se fixaram muito próximos das fronteiras do Império Romano. Algumas tribos
chegaram, inclusive, a habitar colônias do próprio Império. Alguns francos foram incorporados ao
exército romano quando este perdia a força devido á presença do Cristianismo;
3.2. Conquista: Quando o exército romano sucumbiu de vez, Clóvis, liderando os francos, conquistou a
região da Gália (Hoje França), fundando o Reino dos Francos. Após algum tempo, Clóvis converteu-se ao
A SALA DO TIO NALDINHO
www.asaladotionaldinho.com
A SALA DO TIO NALDINHO
Professor José Ednaldo do Nascimento
cristianismo fazendo com que os demais povos bárbaros que estivessem nas redondezas ou que foram
conquistados por ele também fizessem o mesmo;
3.3. Merovíngios: Clóvis também deu origem à dinastia Merovíngia, pois conforme os francos, ele era
descendente de Meroveu, um dos antigos chefes da tribo;
3.4. Organização: Os francos se estruturaram conforme as instituições dos romanos, seguindo suas leis e
adicionando à elas características germânicas como as relações pessoais, os laços servis e o reino
enquanto propriedade do rei;
3.5. Declínio: A Dinastia Merovíngia começou a declinar quando os reis perderam a autoridade e em seu
lugar, passaram a administrar os Prefeitos do Palácio, proprietários de terras que exerciam originalmente
as funções de ministro;
3.6. Carlos Martel: Um dos prefeitos do palácio que usando de sua autoridade impediu o avanço dos
árabes sobre a Europa em 732 na chamada Batalha de Poitiers. Dezenove anos depois, Pepino, filho de
Carlos Martel, depôs o ultimo rei merovíngio e assume o trono dando origem a Dinastia Carolíngia;
3.7. Acordos: Pepino fez um acordo político com a Igreja. O Papa tornava-se rei de Roma e a Igreja
apoiava seu governo. Deste modo, os territórios conquistados por Pepino eram cedidos, em parte à Igreja,
além de acontecer a conversão dos povos desses territórios ao catolicismo;
3.8. Carlos Magno: Filho de Pepino que conquistou a maior parte da Itália, da Espanha e os Saxões
(Alemanha), além disso, estabeleceu que as terras conquistadas fossem divididas entre os comandantes
militares que, em troca, juravam obediência à ele. O Império Carolíngio foi fragmentado com a morte de
Carlos Magno. Seus sucessores dividiram o Império.
A SALA DO TIO NALDINHO
www.asaladotionaldinho.com
Download