as invasões bárbaras

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CONCEITO DE “BÁRBARO”: Os Bárbaros, segundo os
romanos, eram todos aqueles que não eram propriamente
romanos e viviam assim em um nível cultural e materialmente
menos avançado.
- ORIGEM DOS POVOS BÁRBAROS - Estes bárbaros
descritos pelos romanos, eram os povos que viviam às margens
da cultura greco-romana clássica. Eram povos de origem indoeuropéia, organizavam-se socialmente em tribos, comungavam
um modo produtivo baseado na propriedade coletiva e
praticavam uma economia natural. Espiritualmente, eram
politeístas e cultuavam seus antepassados.
-
No século II a.C., os bárbaros migraram em direção à
Europa. . Estas primeiras ondas migratórias deram-se de modo
pacífico e despercebido. Ao passo que, progressivamente, estas
tribos foram se estabelecendo no Império romano, elas foram
“limpando o terreno”, ou seja, foi estabelecendo contatos e
assimilando-se a cultura romana.
Já nas dependências do próprio Império, uma poderosa
confederação de guerra que se constituiu, e lentamente fez
desmoronar toda estrutura militar e administrativa romana.
Os primeiros povos bárbaros a migrarem para a Europa
foram os germânicos. A principio as tribos Vândalas, os
Visigodos, os Ostrogodos, os Francos, os Anglos e os Saxões
 Os germanos adaptarem-se aos modos de organização romana.
Adotaram a propriedade privada, o registro físico de suas leis e a
partir de Otavio Augusto passaram a compor as forças romanas contra
as ameaças externas.
 Com a chegada dos Hunos (século V), sob a liderança de
Átila, as tribos germânicas foram comprimidas entre as forças
tártaras e o moribundo Império Romano. Isso levou os
germânicos a defenderem-se dos tártaros e, conseqüentemente,
voltarem-se contra seus antigos aliados, os romanos.
 Os Ostrogodos, saquearam Roma em 376, indo fixar-se na
Gália Norbonesa. Seguiu-se a vez dos Francos, que adentraram
ao oeste europeu indo fixar-se na Gália Transalpina.
- Os Ostrogodos, saquearam Roma em 376, indo fixar-se na Gália
Norbonesa. Seguiu-se a vez dos Francos, que adentraram ao oeste
europeu indo fixar-se na Gália Transalpina. Os Visigodos, também
saquearam Roma em 410 e em seguida fixaram-se na Península
Ibérica.
- Os Vândalos avançaram diante das províncias africanas romanas,
fixando-se ao norte do continente. Por último, os Anglos e Saxões
fixaram-se na província da Bretanha no século V. A morte de Átila,
em 453 d.C., pôs fim às tentativas de dominação dos hunos do
Império Romano.
- Em 476 d.C., o Império Romano desabava, devido às suas próprias
contradições e as novas forças sociais que atingiam a Europa. Sua
queda significou a falência do Estado centralizado e o início da
anarquia política.
O afluxo bárbaro devastou o império romano e o continente
europeu. No entanto, os impactos. sócio-políticos e econômicos
foram limitados e não os possibilitaram a substituição dos romanos
institucionalmente.
Ao receberem as influências romanas constituíram uma
instituição estatal tutelada por uma autoridade coerciva que,
progressivamente, firmou seu controle sob as sociedades tribais e
sobre as turbulentas hordas guerreiras.
Os reinos germânicos eram monarquias rudimentares com regras
incertas, fruto de uma simbiose que mesclava o aparelho
administrativo romano e as estruturas militares e jurídicas
germânicas.
Dos reinos germânicos, o dos Francos foi o mais duradouro. Este
consolidou-se ainda no século VIII nas terras da Gália. Desde o
século II os francos já haviam adentrado às fronteiras romanas.
Sob a liderança de Meroveu, herói franco, deu-se origem à
dinastia dos merovíngios, o primeiro reino germânico da Europa.
.
O sucessor de Meroveu foi seu neto, Clóvis, que, através de
vitoriosas campanhas militares venceu os romanos, alamanos,
burgúndios, visigodos e expandiu as fronteiras de seu império
atingindo toda a região da Gália.
Com a morte de Clóvis em 511 o comando do reino passou a ser
disputado por seus quatro filhos, a dinastia Merovíngia enfraqueceuse e a disputa só foi resolvida quando o rei Dagoberto reunificou o
reino em 628 d.C.
Durante o governo dos “Reis Indolentes”, o que mais se
destacou foi Calos Martel, que venceu e expulsou os árabes da Gália,
na batalha de Poitiers, em 732 d.C.
Em 751d.C., seu filho, Pepino o “Breve”, aproveitou-se da
franqueza da dinastia merovíngia e depôs seu ultimo monarca
Childerico III. Pepino fez proclamarem-no rei em 751, dando inicio à
Dinastia Carolíngia.
Pepino empreendeu diversas incursões belicosas contra outros
povos bárbaros, dentre elas destacou-se a incursão que derrotou o
rei Astolfo dos Lombardos em 754 d.C.
Com a morte de Pepino, o Breve, em 768 d.C., herdaram o trono
seus dois filhos, Carlos e Carlomano. Em 771 d.C., Carlos tornou-se
único rei e em 43 anos de seu governo, os francos atingiram o auge
de seu resplendor.
Carlos, após 56 campanhas militares, sagrou-se imperador do
Império do Ocidente. Seu império, hoje abrangeria França, Bélgica,
Suíça, Holanda, Hungria, Áustria, o Leste Europeu, Itália e Espanha.
Em seu governo, promoveu uma reforma política que
pulverizou o poder político em ducados e condados, criando áreas
que ficavam sob a tutela de conde e duques, como também afastou
de seus calcanhares as forças que poderiam tirá-lo do poder.
Carlos introduziu um sistema de pactos com a nobreza. Ele
doava parte das terras conquistadas à aristocracia agrária. Assim, ele
mantinha esta aristocracia em sua dependência, assumindo em troca
o compromisso de lealdade cuidando das terras, gerando fontes de
recursos e fortalecendo os laços de seu poder.
Após a morte de Carlos Magno, assumiu o trono seu filho
Ludovico Pio (O Piedoso). O governo de Ludovico foi breve. Durou
somente até 841 d.C., quando faleceu. Sua sucessão foi traumática,
com seus três filhos lutando pelo trono.
O “Tratado de Verdum”, em 843 onde o império foi dividido
em três partes: França Ocidental para Carlos, o Calvo; França
Oriental para Luis, o Germânico; e França Central para Lotário.
Carlos, o Calvo
(França
Ocidental)
Luis, o Germânico
(França Oriental)
Lotário
(França Central)
A sucessão dos carolíngios foi feita por Hugo “Capeto” que
inaugurou a dinastia dos Capetíngios. Hugo governou de 987 a 996.
Os Capetos se mantiveram no poder até Carlos IV em 1328.
FIM
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