Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO IMUNOPROFILAXIA Dra. Cleoncie Alves de Melo Bento Profa. Adjunta – Disciplina de Imunologia IMUNOPROFILAXIA Introdução IMUNIDADE ATIVA PASSIVA IMUNOPROFILAXIA Introdução IMUNIDADE ATIVA NATURAL Infecções clínicas ou sub-clínicas ARTIFICIAL Vacinas IMUNOPROFILAXIA Definição Manobras clínicos que visam proteger o indivíduo de doenças de natureza infecciosa ou toxi-infecciosa, através de imunização ativa pelo desafio com microorganismos ou seus antígenos VACINAÇÃO IMUNOPROFILAXIA Objetivos contato do hospedeiro com o agente infeccioso atenuado ou com seus antígenos objetivando a elaboração de resposta imune adaptativa que garanta uma resposta imune de memória o mais duradoura possível. IMUNOPROFILAXIA Princípios imunológicos da Vacinação Resposta Humoral : conferida por anticorpos • previne a infecção primária ou re-infecção neutralizando o agente infeccioso • colabora com o sistema complemento para destruição do agente infeccioso • colabora destruição infectadas com células efetoras para do patógeno ou das células IMUNOPROFILAXIA Princípios imunológicos da Vacinação Resposta celular: conferida por células T • Ativação de macrófagos por citocinas liberadas pelos linfócitos T ativados • colaboração com células B, TCD8+ e NK IMUNOPROFILAXIA: Falhas Falha de 1a linha: ausência de moléculas de MHC capazes de apresentar uma um número adequado de peptídeos antigênicos; Falha de 2ª linha: A- Os peptídeos apresentados são reconhecidos com baixa afinidade pelos linfócitos T porque esses fragmentos peptídeos tem baixa afinidade para com a molécula de MHC; e B- Eles são apresentados em baixa concentração na superfície da célula APC (já que têm afinidade reduzida para com as moléculas de MHC). IMUNOPROFILAXIA Quanto a composição Vacinas de 1ª geração Mortas Ex: coqueluche, febre tifóide, Poliomielite (SalK) Vivas Atenuadas Ex: BCG, rubéola, caxumba, sarampo IMUNOPROFILAXIA Vacinas contendo patógenos mortos Tratamento com agentes físicos ou químicos ou ambos • calor, luz UV, etc... • formol, fenol, etc.. IMUNOPROFILAXIA Atenuação por alteração genética • Diminuição da virulência com manutenção dos antígenos desejados • Obtida por mutação roleta genética Métodos: Passagem seriada em meios de cultivo ou sistema hospedeiro Adaptação a baixas temperaturas IMUNOPROFILAXIA Atenuação por alteração genética Vantagens: simula infecção induz resposta mais eficiente memória mais duradoura Desvantagens: risco de reversão da atenuação infecção pela própria vacina IMUNOPROFILAXIA Vacinas de 2ª geração • Constituídas de Ags purificados obtidos de agentes infecciosos ou obtidas por processos de síntese ou como proteínas recombinantes. • componentes antigênicos (proteinas e polissacarídeos) são apresentados ao sistema imune de forma imunogênica (pproteína, proteína + adjuvantes, polissacarídeos-proteína carreadora com ou sem adjuvantes). • Seleção dos Ags relevantes baseia-se em dados de análises estruturais e funcionais dessas moléculas. IMUNOPROFILAXIA Exemplos de vacinas de 2ª geração Toxinas purificadas inativadas (toxóides) Ex: toxóides tetânico, diftérico Fragmentos subcelulares e Ags de superfície Ex: cápsulas, flagelos, pili (gonococo, E. coli) IMUNOPROFILAXIA Exemplos de vacinas de 2ª geração Obtidas por engenharia genética Ex: HBs → gene clonado em levedura Vacinas utilizando vetores virais Ex: HBs → gene incorporado ao genoma do vírus da vaccínia IMUNOPROFILAXIA Vacinas de 2ª geração Vantagens: não oferece risco de causar infecção Desvantagens: risco dos peptídeos não serem selecionados pela APC; indução de resposta inadequada e indução de memória de curta duração IMUNOPROFILAXIA Vacinas de 3a geração • Vacinas gênicas – constituídas de genes que codificam Ags relevantes do agente infeccioso transportados por plasmídeos de DNA (rDNA) • CpG – Toll-like 9 IMUNOPROFILAXIA • Fundamento das vacinas de 3ª geração Gene(plasmídeo) (genes para os Ags relevantes, sequência CpC, genes para IL-2 ou B7 ou GMCSF) MHC I e II Endocitose por células no sítio da injeção Proteassoma Enzimas lisossomais T CD8+ e T CD4+ DNA no núcleo (sem integração ao DNA genômico) Transcrição e Tradução de PTNs IMUNOPROFILAXIA Vias de Administração • Intra-nasal / aerosol - imunidade de mucosa - sucesso contra vírus e bactérias respiratórios IMUNOPROFILAXIA • Intra-muscular(IM) - Local ideal – deltóide ou região antero-lateral da da parte superior da coxa -Cuidados: nervo ciático, gordura(adultos) puxar embolo para trás(evitar via EV) • Sub-cutânea(SC) – adjuvante necrose IMUNOPROFILAXIA • Intra-dérmica(ID) - Muito pesquisada atualmente - obtenção de RI mais precoce ou mais acentuada com a mesma ou menor quantidade de Ag Ex: Hepatite B, raiva IMUNOPROFILAXIA IMUNOPROFILAXIA Efeitos Adversos • re-imunização (reforço) num indivíduo previamente imunizado que produz altos níveis de Acs pode desenvolver a reação de Arthus (reação de hipersensibilidade do tipo III – mediada por complemento) • infecção prévia altera a resposta a uma vacina Ex: cólera- altos níveis de IgA em indivíduos de áreas endêmicas IMUNOPROFILAXIA Reações Alérgicas • não vacinar indivíduos com histórico de alergia a componentes da vacina Ex: alergia a ova – vacina contra febre amarela preparada em ovo IMUNOPROFILAXIA Idade • época da imunização, intervalo entre as doses do reforço – baseia-se em considerações teóricas e ensaios clínicos de vacinas • coqueluche, pólio, difteria, mais comum em crianças vacinar logo após o nascimento • coqueluche incomum na idade adulta, não vacinar após 6 anos IMUNOPROFILAXIA Idade • rubéola – vacinar meninas antes da puberdade • falhas na imunização devido a Acs interferentes ex: Acs maternos em lactentes IMUNOPROFILAXIA Adjuvantes • usados para melhorar a resposta imune • sais de alumínio – únicos aprovados para uso clínico; aumentam a estabilidade e o tamanho do imunógeno; promovem a liberação de certas citocinas (Il-1); só estimulam RI humoral IMUNOPROFILAXIA IMUNOPROFILAXIA Reações Alérgicas • não vacinar indivíduos com histórico de alergia a componentes da vacina Ex: alergia a ova – vacina contra febre amarela preparada em ovo IMUNOPROFILAXIA