Patologia Médica III Ficha #10 Cardiologia INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Guideline insuficiência cardíaca 2012 Sociedade Europeia Cardiologia Bibliografia Harrison Principles of Internal Medicine Um homem de 59 anos sofre de hipertensão arterial mal controlada e tem hábitos alcoólicos acentuados (100 g/dia). Recorre ao seu médico de família por queixas de dispneia para médios esforços e edemas maleolares bilaterais desde há alguns meses. Ao exame objectivo era notório um TA 176/108 mmHg, com uma FC 80 bpm, regular. Não havia engurgitamento jugular, mas existia refluxo hepato-jugular. A AC – regular, sopro holossistólico mitral II/VI apical; A AP – estase bibasal ligeira. O abdómen não tinha alterações de relevo. Eram evidentes edemas maleolares bilaterais depressíveis, ligeiros. Estava também disponível um perfil analítico com os seguintes elementos: Hg 14,1 g/dL; creatinina 0,8 mg/dL; glicemia 110 mg/dL; Na+ 134 mmol/L; K+ 4,0 mmol/L, BNP 567 pg/mL. 1. De acordo com o documento orientador de 2012, com base nos elementos apresentados apenas no enunciado é possível ou não concluir por um diagnóstico de insuficiência cardíaca? Justifique. 2. Relate o ECG do doente 3. E a telerradiografia tórax em incidência PA Segue-se o ecocardiograma transtorácico do doente. A que se segue representa o modo-M do ventrículo esquerdo numa incidência para-esternal eixo longo. Foi medido o diâmetro diastólico (7,3 cm) e sistólico do VE (6,4 cm). Calcule e interprete a fracção de encuramento do VE. 4. A figura que se segue mostra uma incidência apical de 4 câmaras. Faça a legenda da figura. Fc 80 bpm A D C B 5. Deste plano ecográfico é possível calcular o volume sistólico (160 ml) e o volume diastólico final (200 ml) do ventrículo esquerdo. Calcule a fracção de ejecção do ventrículo esquerdo, o volume de ejecção e o débito cardíaco. 6. O que é a insuficiência cardíaca com função sistólica preservada? Como pode ser diagnosticada? 7. A forma anterior de insuficiência cardíaca é mais ou menos frequente do que a insuficiência cardíaca com função sistólica reduzida? E tem melhor prognóstico? 8. Com base na história clínica e no perfil epidemiológico da doença, enumere as possíveis causas para a disfunção ventricular esquerda? 9. Enumere e explique cinco alterações laboratoriais associadas à insuficiência cardíaca. 10. Que tratamento farmacológico inicial considerava para este doente? Justifique 11. Que recomendações não farmacológicas sugere? 12. Em que situações poderá estar ainda indicada a digoxina ou a ivabradina? 13. Recomendaria hipocoagulação oral para o tratamento deste doente? Justifique 14. Que classes farmacológicas são consideradas nefastas para estes doentes? 15. O cardioversor desfibrilhador poderá ser utilizado nos doentes com insuficiência cardíaca. Qual o objectivo desta terapêutica? Quais as recomendações principais (classe I) em prevenção primária? 16. Que outro tipo de dispositivo conhece? Qual é o objectivo desta terapêutica? Que varíaveis são importantes para a sua implantação? 17. Que recomendações higieno-dietéticas poderá fazer a este doente? 18. Que tratamentos deverá implementar a este doente?