texto tuberculose 2012

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ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
GERÊNCIA DE VIGILANCIA DE AGRAVOS
TUBERCULOSE
ASPECTOS GERAIS
Há uma década, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
declarou a tuberculose (TB) em estado de emergência no mundo, onde
ainda é a maior causa de morte por doença infecciosa em adultos.
Segundo estimativas da OMS, dois bilhões de pessoas
correspondendo a um terço da população mundial está infectada pelo
Mycobacterium tuberculosis. Destes, oito milhões desenvolverão a
doença e dois milhões morrerão a cada ano.
Atualmente dois grandes obstáculos agravam a
doença: a infecção pelo HIV/Aids, que predispõe
infectado a desenvolver a tuberculose e, o abandono ao
que pode levar ao surgimento de formas resistentes de
(TBMR).
situação da
o indivíduo
tratamento,
tuberculose
A Tuberculose está intimamente ligada às questões sócioeconômicas, sendo uma das doenças mais antigas que se tem relato na
humanidade, constituindo-se em um grave problema de saúde pública
e, incluída na lista das prioridades do Ministério da Saúde. É de
notificação obrigatória em todo território nacional.
A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada
por um microorganismo conhecido como bacilo de Koch. É transmitida
de pessoa a pessoa através da tosse, fala e espirro.
O tratamento é gratuito e tem duração de 06 meses.
Os principais sintomas são: tosse c/ escarro por mais de 3 semanas,
falta de apetite, emagrecimento, dor no peito, suores noturnos,
cansaço fácil e febre baixa no final da tarde.
Devemos ficar atentos para identificar os portadores de
tuberculose dentro da nossa comunidade e, suspeitar de todo
paciente que apresente os sintomas descritos acima, especialmente,
aqueles com tosse e com expectoração por mais de três semanas.
O diagnóstico é simples, consiste na realização do exame do escarro
para identificação do bacilo. Devem ser coletadas duas amostras de
escarro: uma durante a primeira consulta médica ou quando da
suspeita por profissional ou agente de saúde e, a outra na manhã
seguinte em jejum e encaminhada à unidade de saúde.
Apesar de ser uma doença prevenível e curável, a tuberculose é ainda
um grande problema de saúde pública no estado, portanto, é
necessário ampliar os movimentos de luta contra esta doença e
firmar nosso compromisso através de ações de prevenção e controle.
ASPECTOS CLÍNICOS
Agente causador: Mycobacterium tuberculosis, bactéria também
conhecida como bacilo de Koch.
Manifestações clínicas: Formas pulmonar e extrapulmonar
A tuberculose pulmonar é a forma mais comum (90%) e o principal
sintoma é a tosse persistente por três semanas e/ou mais (ver
sintomas citados anteriormente). As formas extrapulmonares mais
comuns são: pleural, ganglionar, miliar, linfática, óssea, urinária,
meningoencefálica, cutânea, ocular. Existem outras menos
frequentes.
Meios de transmissão: Pessoas com tuberculose pulmonar (doentes
bacilíferos) que não estão em tratamento.
Diagnóstico: Deve-se fazer o exame de baciloscopia, ou seja, de
escarro em todas as pessoas que apresentem tosse por três semanas
ou mais. Principais exames: Baciloscopia ou exame de escarro, cultura
e Raio-X.
Tratamento: O tratamento da tuberculose é relativamente simples. É
feito basicamente com medicamentos via oral (Rifampicina,
Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol), tomados diariamente por seis
meses. Os mesmos são fornecidos, gratuitamente, pelo Ministério da
Saúde (Nota Técnica 01/2010 com os esquemas de tratamento
disponível no site DIVE).
O doente precisa tratar de forma correta (dose e tempo) e, não
abandonar o tratamento. Pois, se isto ocorrer, poderá desenvolver
uma forma mais grave da doença, conhecida como tuberculose
multirresistente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o
acompanhamento através do tratamento diretamente observado
(TDO), com objetivo de melhorar a adesão e, desta forma, evitar que
o paciente abandone o tratamento.
Prevenção: Através da vacinação BCG, que é obrigatória no Brasil
para todos os recém nascidos; a quimioprofilaxia ou Tratamento da
Infecção Latente (ILTB), que é a administração de um medicamento
(isoniazida) durante seis meses, para os contatos de doentes
bacilíferos com grande risco de adoecer (principalmente os menores
de 15 anos) e os portadores do HIV; examinar todos os contatos
intradomiciliares dos casos de tuberculose e não abandonar o
tratamento, rompendo assim a cadeia de transmissão do bacilo.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
Não há região no mundo isenta de tuberculose. As taxas
mudam de país para outro, de um lugar para outro e obedecem a
determinantes sócio-econômicos, predominando nas áreas mais
pobres. Não varia com as estações e não tem caráter cíclico. Os
pacientes que expelem os bacilos (bacilíferos) são os “focos” e
constituem a principal fonte de infecção, assim seus contatos, isto é,
pessoas que tem contato intradomiciliar e no trabalho, são
considerados como grupo de maior risco. Outras condições aumentam
o risco de adoecer por tuberculose, como deficiência imunológica,
desnutrição, habitação inadequada, estresse, portadores do
HIV/AIDS, diabéticos, usuários drogas, alcoolismo e outros. Nos dias
atuais, com o emprego da quimioterapia específica, diminuiu
drasticamente a letalidade, bem como a mortalidade por tuberculose.
Estima-se 85.000 casos novos de tuberculose por ano no Brasil e, em
Santa Catarina cerca de 1.700 casos novos. Santa Catarina encontrase entre os estados com baixas taxas de incidência em Tuberculose
(27/100.000hab), porém alguns municípios apresentam taxas iguais
e/ou superiores as do Brasil e de outros países onde a situação da
tuberculose é muito grave.
A notificação dos casos de tuberculose é obrigatória,
lembrando que só se notifica caso confirmado da doença.
Definição caso - Tuberculose Pulmonar: Paciente com tosse com
expectoração por três ou mais semanas, febre, perda de peso e
apetite, com confirmação bacteriológica por baciloscopia direta, e/ou
cultura, e/ou com imagem radiológica sugestiva de tuberculose.
Tuberculose Extrapulmonar: Paciente com evidências clínicas,
achados laboratoriais, inclusive histopatológicos, compatíveis com
tuberculose extrapulmonar ativa, ou paciente com pelo menos uma
cultura positiva para M. tuberculosis de material proveniente de
localização extrapulmonar.
As fichas devem ser bem preenchidas, digitadas a nível local no
sistema de informação de agravos de notificação (Sinan). O banco de
dados deverá ser enviado para o nível estadual que repassa para o
nível federal. É através da análise das notificações que a vigilância
epidemiológica pode acompanhar se a incidência da doença está
aumentando ou diminuindo, avaliar, planejar e tomar decisões quanto
aos recursos e ações necessárias para o controle do agravo.
Fonte: PNCT/MS
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