15 002 brasileiros contam o que sabem sobre a aids, revelam seus

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15 002 brasileiros contam o que sabem
sobre a aids, revelam seus hábitos
sexuais e como lidam com o problema
Por que a editora Abril
abraçou a luta contra a Aids?
T
odo mundo sempre diz que jornalista tem no sangue a vontade de
mudar o mundo e, na Editora Abril, isso não é diferente. Temos isso
em nosso DNA e batalhamos muito pelas causas em que acreditamos.
Criamos o Planeta Sustentável para falar de sustentabilidade e o Educar
para Crescer, que aborda os temas relacionados à educação. Com esse espírito, vimos que havia um assunto importante sendo deixado de lado:
a luta contra a aids. O tema não é mais destaque e, ao contrário do que
muita gente pensa, os números da doença estão fora de controle no país.
E a Editora Abril já foi fundamental no combate à aids quando chamou a
atenção do leitor ao dar o furo de reportagem.
VEJA fez a primeira matéria brasileira sobre a aids em 1982, assim como a
primeira capa no país sobre a doença em 1985. A revista SAÚDE, logo em sua
primeira edição, trouxe a seguinte chamada de capa: “A misteriosa doença
que você precisa conhecer”. Já CLAUDIA foi a primeira publicação feminina
na América Latina a apresentar o tema para as mulheres, sendo reconhecida
com premiações internacionais por seu pioneirismo. A atuação da PLAYBOY,
incluindo a maior pesquisa sobre aids já feita até então no Brasil, resultou
em uma matéria de 14 páginas. A campanha Camisinha Tem Que Usar, promovida pela CAPRICHO entre 1993 e 2003, contou com o apoio de artistas
para ressaltar a necessidade do sexo seguro sempre. Em meados dos anos
2000, devido aos antirretrovirais, a taxa de mortalidade caiu e a aids passou
a ser uma doença invisível, um assunto sobre o qual ninguém quer falar. Esse
processo não ocorreu somente na Editora Abril mas na mídia como um todo.
O senso comum era escrever sobre a doença no Carnaval e no Dia Mundial de
Luta Contra a Aids (1o de dezembro). Talvez por isso fala-se menos do tema,
as pessoas baixam a guarda e os números aumentam.
Eis o que a realidade brasileira nos mostra: mais de 718 mil pessoas são
portadoras de HIV e cerca de 20% delas não sabem que são soropositivas. A
falta de prevenção gera 39 mil novos infectados por ano, e a falta do diagnóstico prévio, 12 mil óbitos. O quadro mais preocupante está no público
jovem (de 16 a 24 anos), com aumento da taxa de incidência desde 2006,
principalmente puxada pelos meninos. É uma geração que está se descobrindo sexualmente e não viu a explosão da aids nas décadas anteriores e nem
seus amigos, familiares e ídolos morrerem por causa da doença.
atitude abril: desinformação tem cura • 3
Os números também estão aumentando entre as pessoas acima dos
50 anos – os casos mais que dobraram na última década. As razões também
são conhecidas: longevidade, volta da vida sexual ativa, remédios de disfunção
erétil. Aspectos positivos para quem está aproveitando mais essa fase da vida,
mas perigosos para quem não se identifica como alvo da doença.
Assim, tendo em vista a realidade da aids no país e a importante atuação
que tivemos no passado, percebemos que tínhamos uma oportunidade para
auxiliar as autoridades e os médicos no combate a essa doença. Mas como?
Por meio de nosso bem mais valioso: a informação!
Lançamos, no início de 2014, Atitude Abril: Aids – Desinformação Tem
Cura, grande campanha de conscientização divulgada por revistas, sites,
especiais para tablets e redes sociais para falar sobre tudo o que envolve
o tema, como sexo, ciência, medicina, comportamento, preconceito etc.
Desde então, já foram publicados mais de 80 conteúdos editoriais
nas diferentes plataformas da Editora Abril que tratam tanto da prevenção quanto das questões que podem afetar a qualidade de vida de quem
já é portador de HIV. Muitos outros materiais serão produzidos até o final
do ano, quando a Atitude Abril dará espaço a outras causas.
Também faz parte do projeto a campanha publicitária Desinformação
Tem Cura, que chama a atenção da população para o assunto e conta com
o apoio de celebridades como Neymar, Anderson Silva, Maria Casadevall e
Ney Latorraca, entre outras personalidades que conheceram o projeto e
também abraçaram a causa.
Para ajudar ainda mais as autoridades envolvidas na saúde pública, os médicos e o meio acadêmico, desenvolvemos o livro que você tem em mãos
agora: o maior retrato do país sobre o conhecimento a respeito de HIV e aids,
o comportamento sexual dos brasileiros e as barreiras que ainda precisamos
ultrapassar para aumentar o controle do problema Este é um trabalho que foi
realizado com carinho por muitas mãos cujos donos acreditam que podemos
fazer a diferença nessa luta – afinal, desinformação tem cura.
metodologia
E
studo quantitativo realizado por meio de questionário
estruturado via web. O link para a pesquisa foi
disponibilizado para empresas do Conselho Empresarial
Nacional para a Prevenção ao HIV/Aids – Brasil (Cenaids),
intranet do Grupo Abril, anúncios nos sites, revistas
e principalmente redes sociais do Grupo Abril, além
de outras 18 empresas parceiras do projeto.
• Os participantes foram homens
e mulheres com idade superior
a 16 anos e pertencentes às classes
A, B e C de todas as regiões do Brasil
• O questionário foi respondido no
período de 29 de maio a 31 de julho de 2014
• Os resultados do estudo foram ponderados com base no
NetRatings, ferramenta originária da parceria entre o grupo
Ibope e a Nielsen Company para medição e estatística da
internet no Brasil. O sistema fornece informações detalhadas
sobre o comportamento e as características demográficas do
internauta brasileiro por meio de um painel a fim de representar
o universo estimado de usuários com acesso à rede em dois
ambientes: domiciliar e no trabalho. As informações são
colhidas por meio de um software instalado no computador
do painelista, reunindo todo o período de navegação pela web.
• Amostra: 15 002 respondentes
João Ricardo de Abrahão
Assessor da Presidência da Abril Mídia
4 • Atitude Abril: desinformação tem cura
atitude abril: desinformação tem cura • 5
CONVOCAMOS
um time de respeito para lutar
CONTRA A DESINFORMAÇÃO
A Aids não acabou. Mais de 700 mil pessoas vivem com HIV no Brasil
e o maior problema é que uma em cada cinco não sabe da sua condição,
retransmitindo o vírus e colocando vidas em risco. Nesse cenário,
sabe qual a melhor forma para se divertir com tranquilidade?
Use camisinha sempre, faça o teste e informe-se sobre o assunto
acompanhando o ATITUDE ABRIL AIDS, uma grande campanha de
conscientização que já conta com o apoio de muita gente que leva a vida a sério.
A Aids está muito perto de todos nós.
E quanto mais soubermos sobre ela, melhor fica a nossa vida.
Curta nossa fanpage e participe desse movimento.
www.atitudeabril.com.br
atitudeabril
Nova Composição Gráfica e modelo de aplicação do Logo CEN
Realização
Apoio
Oferecimento
®
Fonte: Ministério da Saúde
CONSELHO EMPRESARIAL NACIONAL
PARA PREVENÇÃO AO HIV/AIDS - BRASIL
1. com quem falamos
1. com quem falamos
15 002 entrevistados
Região
Base: 15 002
14%
3%
7%
58%
Centro-Oeste
Sudeste
17%
Sul
16%
Classe A
Homens
47%
Mulheres
21%
Idade
Classe B
Escolaridade
Fundamental incompleto/
primeiro grau incompleto
média de
34
anos
Fundamental/
primeiro grau
22%
3%
15%
Superior incompleto
(em curso ou interrompido)
16%
Superior completo
(graduação)
28%
28%
De 19 a 24 anos
10%
De 25 a 39 anos
34%
De 40 a 55 anos
24%
Pós-graduação
(especialização)
56 anos ou mais
10%
Mestrado/doutorado
8 • atitude abril: desinformação tem cura
1%
Médio/
segundo grau
9%
Fé
63%
Classe C
Até 18 anos
Fora do
Brasil
Norte
Classe social
53%
1%
Nordeste
}
Possui religião
Base: 15 002
66%
Católica
36%
Espírita
12%
Evangélica
11%
Umbanda
2%
Testemunhas de Jeová
1%
Budista
1%
Candomblé
1%
Judaica
1%
Outras
1%
Caucasiana/
branca
66%
Mulata/
morena-clara
22%
Afro-descendente/
negra
5%
34%
Oriental/
amarela
3%
Não tenho religião,
mas acredito em Deus
23%
Indígena
1%
Não tenho religião
e nem acredito em Deus
11%
Outras
3%
Não possui religião
65%
Etnia
Base: 15 002
atitude abril: desinformação tem cura • 9
2. relacionamento e sexo
Quem são os virgens?
2. relacionamento e sexo
Idade
média de
21
anos
Estado civil
Base: 15 002 entrevistados
Solteiro(a) e sem namorado(a)
39%
Casado(a) ou em união estável
32%
Solteiro(a), mas namorando
22%
Separado(a)
6%
Viúvo(a)
1%
48%
Homens
52%
Mulheres
36%
Vida sexual
Base: 15 002
53%
Ativa e com
parceiro(a)
fixo(a)
27% 20%
são católicos,
e 18% são
evangélicos
82%
são solteiros
e não estão
namorando
Ativa e sem Virgem ou
parceiro(a) sem vida
fixo(a)
sexual
ativa
Frequência
Base: 12 013
84%
Tive relação sexual nos últimos três meses
15%
Não tive relação sexual nos últimos três meses
Prefiro não responder
1 0 • atitude abril: desinformação tem cura
1%
atitude abril: desinformação tem cura • 1 1
2. relacionamento e sexo
2. relacionamento e sexo
a camisinha
E os motivos de quem não a usa
Base: 1 272 (respostas múltiplas)
Os motivos de quem a usa
Base: 12 013 (respostas múltiplas)
84%
Evitar DST
48%
Evitar
gravidez
36%
Higiene
11%
Diversão
2%
Outros
11%
Não uso
Confio no meu parceiro
78%
37% 63%
Diminui o prazer
32%
52% 48%
Tenho receio de pedir para
o(a) parceiro(a) usar
5%
Às vezes, não tenho
uma disponível
5%
Não dá tempo
4%
Esqueço
4%
Eu me protejo de outras
formas contra a aids
2%
Acho que nunca pegarei aids
1%
Minha religião não permite
1%
15%
Outros
Quem são os que declaram
não usar preservativo?
Algum parceiro já se recusou a usar camisinha?
Base: 1 272
Base: 10 741
48%
Nunca passei por
essa situação
61%
22%
Sim, e eu cedi.
Transamos
Mulheres
Média de
39
anos
1 2 • atitude abril: desinformação tem cura
2%
são portadores
de HIV
68%
Casados
10%
Já aconteceu. Por
isso não transamos
20%
Sim, mas eu insisti e
ele(a) acabou usando
atitude abril: desinformação tem cura • 1 3
2. relacionamento e sexo
2. relacionamento e sexo
atitudes relacionadas a sexo
Costuma usar camisinha ao transar com...
Base: 10 730
…parceiro fixo principal?
…outro parceiro fixo? (amante)
3%
20%
69%
48%
49%
11%
Sim
5%
Não
Prefiro não
responder
Prefiro não
responder
26%
79%
5%
Não
Prefiro não
responder
Base: 12 013
32%
Sim
18%
69%
38%
Sim
62%
*O percentual de homossexuais entre os homens de 15 a 49 anos de idade foi de 3,2%,
correspondendo a cerca de um milhão e quinhentos mil homens, no Brasil, em 2004. Entre
os homens sexualmente ativos nos últimos 12 meses, o percentual estimado foi de 3,5%.”
Tem ou já teve
relações com
profissionais
do sexo?
Não
Prefiro não
responder
Base: 12 013 (respostas múltiplas)
Farmácia
87%
Supermercado
36%
Distribuição
gratuita do governo
32%
Loja de conveniência
14%
Motel
13%
Sex shop
5%
Em casa
5%
Vending machines em banheiros de
bares, casas noturnas e restaurantes
3%
Outros locais
3%
1%
82%*
54%
Sim
Onde costuma adquirir o preservativo?
1 4 • atitude abril: desinformação tem cura
Base: 12 013
…profissionais do sexo?
Sim
Banca de jornal
Tem ou já teve
experiência sexual com
alguém do mesmo sexo?
Sim
Não
…parceiro eventual?
16%
Tem ou já teve
relações com
parceiros eventuais?
Base: 12 013
25%
disseram
que sim
3
Esse é o número
médio de parceiros
sexuais no
último ano
Base: 12 013
4%
96%
atitude abril: desinformação tem cura • 1 5
3. acima de 50 anos
3. Acima de 50 anos
Usou medicamento
para turbinar
a vida sexual?
Base: 2 512 (17% da amostra)
Tem dificuldade de
transar com camisinha?
Base: 2 088
Base: 2 088
68%
Não
Quem são eles?
40%
60%
Mulheres
Homens
52%
32%
são casados
Sim
Quais são as
dificuldades?
Base: 676 (menções abaixo de 2% não foram abertas)
24%
Sim
22%
9%
solteiros e
maioria sem
namorado
são portadores
do HIV
11%
O desejo…
Base: 2 088
37%
…é o mesmo
65%
têm parceiro fixo
1 6 • atitude abril: desinformação tem cura
89%
58%
…diminuiu
5%
…aumentou
Pouca ereção
22%
Falta de costume
16%
Preconceito
12%
Falta de informação
7%
Prazer prejudicado
5%
Sensibilidade diminuída
4%
Questões culturais
4%
Falta de jeito
para colocar
3%
Falta de conscientização
3%
Crença de não sofrer
ameaça de aids
3%
Maioria de
mulheres
casadas e da
classe C
atitude abril: desinformação tem cura • 1 7
4. os jovens
4. os jovens
Quando fala sobre sexo…
Base: 3 811
…entre
amigos
Base: 4 029 (27% da amostra)
Menores de 21 anos
Ops, esse
tema é tabu!
70%
51%
34%
já tiveram relação
sexual e 1/3 desses já
teve experiência com
alguém do mesmo sexo
49%
Mulheres
ASSUNTO
“SEXO”
é tratado com amigos
e, em casa, os
jovens falam mais
com a mãe
ASSUNTO
“AIDS”
é falado em casa, com
amigos e na escola,
mas as conversas
não são suficientes
19%
81%
26%
74%
Chego a puxar
conversa, mas
fogem do assunto
ou o clima fica ruim
33%
67%
Não comento muito
sobre isso, mas
há liberdade para
falar se eu quiser
37%
63%
85%
15%
Eu até quero
falar disso,
contudo fico
com vergonha
estão
solteiros, sem
namorado(a)
Homens
…em
casa
Falamos sempre
e naturalmente
}
78%
já tentaram conversar
sobre sexo em casa,
porém o assunto
foi tratado com
mais naturalidade
entre amigos
Com quem conversa sobre sexo em casa?
Base: 2 647 (respostas múltiplas)
72%
Mãe
1 8 • atitude abril: desinformação tem cura
28%
Pai
23%
Irmãos
17%
Outros
parentes
atitude abril: desinformação tem cura • 1 9
4. os jovens
4. os jovens
Como o sexo é abordado na escola?
A aids foi
discutida na escola?
Base: 3 811 (respostas múltiplas)
Base: 3 811
Nas aulas de biologia,
na hora de ensinar reprodução
72%
Os professores dão espaço
para falar sobre o assunto
49%
Apenas entre os colegas,
nas conversas fora de sala de aula
28%
Existem aulas específicas
de educação sexual
17%
Os professores nunca
falam sobre o tema
14%
O assunto não é tratado
na minha escola
12%
Sim
21%
Não
Essa discussão
foi suficiente?
Já conversou sobre aids…
43%
Não
Não
57%
Sim
68%
Não
38%
Ninguém
35%
Amigos
19%
Primos
15%
Irmãos
11%
Pai
10%
Outros
32%
Não
Sim
Tem amigos gays?
Base: 3 811
Sim
78%
Sim
Mãe
60%
40%
32%
Base: 1 358 (respostas múltiplas)
79%
Base: 3 007
22%
Quem sabe que
você já transou?
68%
Já transou?
Sim
Base: 4 029
66% 34%
Como é isso para você?
Não Sim
…em casa?
Base: 3 811
2 0 • atitude abril: desinformação tem cura
…entre amigos?
Base: 3 811
Base: 2 578
E foi o suficiente?
Base: 3 214
73%
Normal
24% 3%
Estranho,
Errado
mas respeito
atitude abril: desinformação tem cura • 2 1
5. a questão da aids
5. A questão da AIDS
Conhecimento sobre ser portador e estar doente
Base: 15 002
Base: 15 002
Quem
acertou
Você sabe o que é aids?
97%
dos entrevistados
3%
dizem que sim
declaram não
ter certeza
Palavras que vem a mente quando pensa em AIDS
HIV (6%)
Sofrimento (5%)
Doença (19%)
2 2 • atitude abril: desinformação tem cura
Morte (17%)
Preservativo (8%)
Prevenção (6%)
DST (9%)
Vírus (7%)
Sexo (6%)
Incurável (5%) Preconceito (7%)
Medo (5%)
Base: 15 002 (palavras com percentagem abaixo de 5% não estão representadas)
Quem
errou
ISTO É
VERDADE!
É possível ser
portador do vírus
HIV e ser saudável
79%
21%
Toda pessoa
com aids tem
o vírus HIV
64%
36%
É possível ser
soropositivo e não
estar com aids
46%
54%
77%
23%
79%
21%
81%
19%
83%
17%
89%
11%
ISTO É
FALSO!
Os portadores
do vírus HIV são
chamados aidéticos
Todo soropositivo
tem aids
Quem tem o vírus
HIV tem aids
Todo portador do vírus
HIV tem aids
Uma pessoa portadora
do vírus HIV apresenta
os sintomas da doença
atitude abril: desinformação tem cura • 2 3
5. a questão da aids
5. a questão da aids
informação sobre aids
Onde ou com quem se informou?
Em qual meio
de comunicação?
Base: 15 002
(respostas
múltiplas)
Base: 11 636 (respostas múltiplas)
70%
Internet
matérias em sites
19%
31%
Em casa/família
Cinema/filmes
49%
Internet
redes sociais
46%
13%
Orientação médica/
hospital
78%
44%
Meios de comunicação
31%
Amigos
12%
Eventos na
escola
3%
Igreja
46%
Campanhas do governo
Televisão
propagandas
21%
Cartazes e outros
materiais na escola
1%
Associação
de bairro
Revista
reportagens
35%
Jornal
reportagens
35%
Televisão
programas/reportagens
34%
5%
Em nenhum lugar
Internet
postagens em blogs
28%
Internet
propagandas
23%
Revista
propagandas
14%
Televisores
em shopping, trem, metrô etc.
13%
Jornal
propagandas
13%
Outdoor
9%
Rádio
propagandas
7%
Rádio
programas/reportagens
4%
36%
20%
8%
Cartazes e outros materiais em clínicas e hospitais
Aula
Outros
2 4 • atitude abril: desinformação tem cura
Outros
atitude abril: desinformação tem cura • 2 5
5. A questão da aids
5. A questão da aids
conhecimento
Sabe como se pega?
Base: 15 002
98%
Sim
Sabe como fazer
o teste de HIV?
Sabe como se
prevenir da doença?
Base: 15 002
Base: 15 002
Existe cura
para a aids?
Base: 15 002
1%
Não
88%
Não
97%
2%
2%
Sim
Não tenho
certeza
Não tenho certeza
Uma pessoa com
aids pode ter
aparência saudável?
76%
Sim
Não tenho
certeza
É possível
morrer de aids?
3%
Sim
Base: 15 002
Sabe quais são os
sintomas da doença?
Base: 15 002
3%
Não
9%
6%
Não tenho certeza
Base: 15 002
21%
Não
71%
91%
Sim
2 6 • atitude abril: desinformação tem cura
Não tenho
certeza
Sim
16%
Sim
6%
50%
Não
23%
Não
8%
Não tenho
certeza
29%
Não
tenho
certeza
atitude abril: desinformação tem cura • 2 7
5. a questão da aids
5. A questão da AIDS
Não considera perigoso…
Considera perigoso…
Base: 14 976
…fazer sexo anal sem
camisinha/preservativo
…fazer sexo vaginal sem
camisinha/preservativo
Base: 14 976
…usar os mesmos utensílios de
cozinha de quem tem o vírus
5% 92%
3%
6% 92%
2%
…usar drogas injetáveis
8% 90%
…fazer tatuagem sem
materiais esterilizados,
agulha descartável etc.
…compartilhar
tesoura, cortador de
unha e outros materiais
cortantes com uma
pessoa que tenha o vírus
…ter vários
parceiros sexuais
…compartilhar brinquedos
eróticos (como vibradores)
…fazer sexo oral sem
camisinha/preservativo
2%
7% 91%
2%
…beijar uma pessoa
que tenha o vírus
…transar com alguém do mesmo
sexo usando camisinha/proteção
…utilizar os mesmos objetos
de higiene pessoal de quem
tem o vírus
…transar com profissional do
sexo com camisinha/proteção
16% 81%
3%
9% 3%
89%
10% 1%
78%
18%
4%
78%
19%
3%
70%
24%
74%
24%
6%
2%
…fazer masturbação a dois
62%
28%
10%
…ir ao dentista
19%
24%
31%
79%
2%
66%
10%
64%
5%
Nada perigoso
2 8 • atitude abril: Desinformação tem cura
…fazer sexo com
camisinha/preservativo
88%
Muito perigoso
Não sabe
64%
…transar com alguém
que tenha o vírus usando
camisinha/proteção
…receber transfusão
de sangue
31%
72%
45%
5%
26%
52%
2%
3%
…ir à manicure
44%
52%
Nada perigoso
4%
Muito perigoso
Não sabe
atitude abril: Desinformação tem cura • 2 9
5. a questão da aids
5. A questão da AIDS
Que situações associa a sexo inseguro?
Quais atitudes ajudam a prevenir?
Base: 15 002 (respostas múltiplas)
Base: 12 013
Aconselhar o(a) parceiro(a) a se cuidar
13% 5% 2%
80%
Usar drogas
80%
Usar camisinha/preservativo
em uma relação sexual ocasional
18%
74%
3%
5%
Usar camisinha/preservativo no sexo anal
Consumir álcool
77%
Usar camisinha/preservativo com um(a)
parceiro(a) fixo(a) e exclusivo(a)
(só transo com ele/ela)
3% 3%
46%
48%
7%
2%
26%
65%
Usar camisinha/preservativo no sexo oral
6%
63%
26%
5%
Orar/rezar
13%
Momentos de tesão
62%
55%
16%
Não transar
29%
9% 53%
Ajuda/previne e faço
Estar apaixonado/ter plena
confiança no(a) parceiro(a)
68%
3%
Ajuda/previne, mas não faço
Não ajuda/previne
9%
Prefiro não responder
O que sabe sobre o tratamento?
Base: 15 002
Estar na balada
48%
Outras
98%
A pessoa que tem HIV precisa
tomar vários comprimidos diariamente
77%
O tratamento da aids no Brasil é gratuito
Os remédios para aids possuem efeitos
colaterais que, se não forem acompanhados,
podem comprometer gravemente a saúde
Medicamentos podem curar a aids
5%
3 0 • atitude abril: Desinformação tem cura
Medicamentos podem prolongar
a vida de infectados pelo HIV
1%
1%
6%
11%
6%
74%
3%
13%
10%
64%
5%
19%
12%
2%
87%
9%
2%
Sim
Não
Não tenho certeza
Não sei
atitude abril: Desinformação tem cura • 3 1
5. a questão da aids
5. A questão da AIDS
A AIDS e as mulheres
a Mãe Soropositiva
Base: 6 987 - 47% da amostra
60%
35%
têm parceiro fixo
são casadas
54%
já fizeram
o teste de HIV
(homens, 48%)
Tiveram de
2 a 4
parceiros no ano
(homens, de 4 a 7)
14%
não usam
preservativo
Base: 782 (respostas múltiplas)
46%
13%
dos portadores
são mulheres
declaram
que diminui
o prazer
Ao nascer, a criança deve tomar medicamentos
específicos e realizar acompanhamento médico
74%
21% 5%
Sem tratamento, com certeza a mãe passará
o vírus para a criança
79%
8% 13%
Com tratamento adequado, o risco de a mãe
passar o vírus para a criança é menor que 1%
77%
16% 7%
A mãe que possui o vírus HIV não deve
amamentar seu bebê
54%
Há medicamentos específicos
para grávidas soropositivas
57%
O parto cesárea programado é o único indicado
para mães soropositivas
43%
Concordo
35%
42%
18%
8%
15%
59%
das que nunca fizeram
o teste declaram
ter certeza de que
não têm o vírus
46%
delas, após o
diagnóstico, tiveram
relações com uma única
pessoa sem preservativo
37%
Não concordo e nem discordo
Discordo
campanhas de prevenção
83%
lembram de alguma campanha de prevenção de AIDS
Qual é sua opinião sobre elas?
Base: 15 002
6% 20%
Ensinam a prevenir
73%
Informam sobre a doença
60%
Conversam comigo
55%
Inspiram medo
30%
11%
Só falam para um tipo de público
24%
11% 64%
Despertam preconceito
20%
Estimulam o sexo
11%
21%
21%
12%
12%
3%
1%
58%
1%
1%
67%
1%
76%
Não concordo e nem discordo
1%
1%
8% 31%
Concordo
3 2 • atitude abril: Desinformação tem cura
28%
13% 50%
porque
confiam
no parceiro
por pedido
médico
Base: 15 002
Grávidas não podem tomar antirretrovirais
80%
25%
Questões sobre a gestação
Discordo
Prefiro não responder
atitude abril: Desinformação tem cura • 3 3
6. RELAÇÃO COM A AIDS
6. relação com a aids
Já fez o teste?
Base: 12 013
Limitações
Base: 15 002
16%
Seu médico já pediu o exame?
Base: 12 013
25%
Não sabem
onde fazer
58%
Base: 8 090 (respostas múltiplas)
Sim, e eu fiz
31%
Não pediu e
eu nunca fiz
54% 45%
O médico pediu
41%
Já fiz/faço sexo
sem camisinha
32%
Por curiosidade
28%
Precisei doar sangue
22%
Não tinha/tenho
parceiro(a) sexual
exclusivo(a)
14%
Fiquei grávida
14%
Fui impactado(a) por
campanhas de prevenção
12%
Descobri que o(a)
parceiro(a) tinha relações
com outra pessoa
8%
Meu/minha parceiro(a)
pediu que eu fizesse
6%
Meu/minha parceiro(a)
tem/tinha o vírus
5%
Entrei em contato
com o sangue
de outra pessoa
3%
Sim
1%
Sim, mas
eu não fiz
Quantas
vezes?
19%
Não pediu,
porém eu fiz
mesmo assim
Há quanto tempo fez o teste?
Base: 8 090
Base: 8 090
32%
uma vez
30% 35%
24% Menos
de seis meses
68%
mais de
uma vez
70% 65%
18% De seis
meses a um ano
21%
Há mais
de cinco anos
32% Há mais
de um ano
5%
Não
recordo
Outros motivos
3 4 • atitude abril: Desinformação tem cura
Base: 3 923 (respostas múltiplas)
Por que fez o teste?
49%
68%
Não sabem
como fazer
o teste
Base: 3 932
(nunca fizeram
o teste)
Por que nunca fez?
Tenho certeza de que não tenho o vírus
25%
Não sei como ou onde fazer o teste
18%
Receio descobrir que esteja infectado(a)
13%
Não sei como contarei para as
pessoas se estiver infectado(a)
12%
7%
Não quero saber se tenho HIV
6%
Não tenho certeza se o teste
é confidencial
14%
Outros motivos
atitude abril: Desinformação tem cura • 3 5
6. relação com a aids
Resultado
do teste
6. relação com a aids
Bases: 8 090 e 834
Total
Portador
Base: 8 090
88%
Negativo
O teste e o(a) parceiro(a)
Depois do exame,...
...fiz sexo com mais
de uma pessoa usando
camisinha/proteção
25%
55%
Exigiu que ele(a) o faça?
Base: 7 691
58%
Nunca exigi
...transei com uma
única pessoa usando
camisinha/proteção
10%
...tive relações
sexuais com uma
única pessoa sem
camisinha/proteção
20%
17%
35%
6%
Positivo
Prefiro
não
responder
Após o teste
negativo,
3 6 • atitude abril: Desinformação tem cura
2%
Sim, mas não
aceitou fazê-lo
Razões de nunca ter exigido
11%
10%
...não tive mais
relações sexuais
5%
9%
...prefiro não responder
2%
...não lembro
2%
3%
49%
Nunca pensei no assunto
37%
Acredito na fidelidade do(a)
meu/minha parceiro(a)
Tenho medo da reação dele(a)
35%
mantêm relações
sexuais sem
preservativo com
a mesma pessoa
16%
Sim, e ele(a)
fez o teste
Base: 4 459 (respostas múltiplas)
...transei com mais
de uma pessoa sem
camisinha/proteção
2%
24%
Não precisei,
pois ele(a)
já faz/fazia
o exame
9%
Tenho receio de revelar que desconfio
de sua infidelidade e gerar uma crise
5%
Ele(a) pode pensar que estou
infectado(a) com o vírus HIV
4%
Ele(a) pode achar que não sou fiel
4%
Não quero saber o resultado
3%
Receio descobrir que meu/minha
parceiro(a) seja infiel
2%
Outros motivos
7%
atitude abril: Desinformação tem cura • 3 7
6. relação com a aids
6. relação com a aids
Envolvimento com o(a) portador(a)
Opinião sobre os(as) infectados(as)
Base: 15 002
Base: 15 002
15%
48%
conhecem
e são/foram
parceiros(as)
sexuais
52%
não conhecem
nenhum(a)
portador(a)
de HIV
conhecem algum(a)
portador(a) de HIV
Somente homossexuais,
usuários de drogas e profissionais
do sexo pegam aids
Um(a) idoso(a) não poderia
contrair o vírus
1% 1%
3% 4%
1%
85%
conhecem e
não são/foram
parceiros(as)
sexuais
92%
98%
Você se envolveria com um portador de HIV?
Base: 11 179 (respostas múltiplas)
50%
evitariam
se envolver
sexualmente
mesmo com
proteção
40%
não teriam
nenhuma
restrição
de amizade
(abraçariam,
beijariam etc.)
27%
evitariam
se envolver
sexualmente
sem proteção
As pessoas infectadas com
o vírus HIV são promíscuas
14%
5%
10%
30%
10%
evitariam apenas
o contato físico
(beijos, abraços etc.)
1%
Eu me sentiria envergonhado(a)
se estivesse infectado(a) com HIV
3%
3%
73%
57%
não teria nem
mesmo amizade
Concordo
3 8 • atitude abril: Desinformação tem cura
Não concordo e nem discordo
Discordo
Prefiro não responder
atitude abril: Desinformação tem cura • 3 9
7. o soropositivo
a descoberta da doença
7. o soropositivo
Há quanto
tempo descobriu?
Base: 834 (5% da amostra) - Na população brasileira de 203.047.974 habitantes, 0,4% é portador do vírus.*
87%
são homens
Base: 834
Base: 834
Maior
concentração na
42
anos
Relacionamento
amoroso
classe B
é a idade
média
Mais de seis anos
De três a seis anos
17%
De um a três anos
22%
Menos de um ano
63%
45%
Continua nele?
Base: 522
16%
79%
1/4
83%
já tiveram
relações
homossexuais
possui filhos
e pouco mais
da metade
pretende ter
Solteiros
41%
têm parceiro(a)
HIV positivo
são a maioria:
66%, sendo que
quase a metade
não namora
Sim, e nunca
pensamos em
terminar por motivos
relacionados ao HIV
Como descobriu?
Base: 834 (respostas múltiplas)
O médico desconfiou
e pediu o teste
37%
Eu desconfiei e pedi o exame
27%
Fazia o teste regularmente
23%
Meu/minha parceiro(a) descobriu
a doença dele(a) e me contou
13%
Participei de uma campanha
contra o HIV e realizei o teste
4%
Fiquei grávida e o médico
pediu o exame no pré-natal
3%
Recebi transfusão de sangue há
muitos anos e decidi fazer o teste
1%
Outros motivos
Mantinha
relacionamento
quando descobriu
ser portador de HIV
17%
69%
Não, porém
o término não
teve a ver com
o diagnóstico
37%
Sim
63%
Não
21%
Sim, mas quase
terminamos
quando fui
diagnosticado(a)
31%
Não, e o
término teve
a ver com o
diagnóstico
O parceiro é soropositivo?
Base: 522
6%
Prefiro não
responder
41%
Sim
40%
Não
13%
Não tenho
certeza
*Fonte: Ministério da Saúde
4 0 • atitude abril: Desinformação tem cura
atitude abril: Desinformação tem cura • 4 1
7. o soropositivo
7. o soropositivo
A relação após diagnóstico positivo
O que mudou nos aspectos do relacionamento
Contou/conta para o(a) parceiro(a) que
é soropositivo(a) antes da primeira relação?
Base: 210
Base: 522
Frequência de relações sexuais
36%
11%
16%
7%
Tenho somente um(a)
parceiro(a) e ele (a)sabe
que sou soropositivo(a)
50%
Conto se o
relacionamento
virar namoro
21%
Sempre conto antes
da primeira relação
10%
Não conto
13%
Tenho somente um(a)
parceiro(a), mas
ele(a) não sabe que
sou soropositivo(a)
6%
30%
Confiança
36%
4% 11% 4%
45%
81%
Relacionamento como um todo
26%
7% 17%
5%
Sim
45%
Proteção na hora do sexo
17%
2% 7% 5%
69%
Não mudou nada
Mudou muito
Usa/exige preservativo?
Base: 522
3%
Não uso porque já contraí o vírus
mesmo e não adianta mais eu me cuidar
56%
Passei
a exigir
7%
Não uso porque
meu/minha parceiro(a)
também é soropositivo(a),
portanto não preciso ter
medo de infectá-lo(a)
34%
Já usava
4 2 • Atitude Abril: desinformação tem cura
19%
Não
Por que não contou/conta para o(a)
parceiro(a) que é soropositivo(a)?
Base: 71 (respostas múltiplas)
Para não sofrer preconceito
77%
Como uso camisinha, não preciso contar
69%
Ele(a) não precisa saber
35%
Ele(a) é quem deveria perguntar
5%
Outros motivos
24%
Atitude Abril: desinformação tem cura • 4 3
7. o soropositivo
7. o soropositivo
quem contou ao/à parceiro(a)
Cuidados que toma
por causa da doença
As maiores preocupações
Já os homens se
preocupam mais com
a possibilidade de ter
transmitido o vírus
a alguém e de precisar
tomar remédio a vida
toda, além de preocupação
maior com a morte
Realizo exames periódicos
95%
Faço visitas
regulares ao médico
37%
92%
Tomo medicação regular
86%
Os efeitos colaterais
não são muito fortes,
mas incomodam
Não uso drogas
55%
Não fumo
54%
Pratico atividade física,
mas sem orientação
53%
Evito bebida alcoólica
53%
Faço acompanhamento
com nutricionista
30%
Faço acompanhamento
com psicólogo
28%
18%
4%
Sofrer preconceito
58%
Ficar doente
40%
Pratico atividade física com
orientação (o treinador
sabe que tenho HIV)
Efeitos colaterais dos remédios
34%
Outros
Precisar tomar remédios para sempre
32%
Ter de expor minha vida aos outros
27%
Saber que poderia ter me cuidado
26%
Receio de ter transmitido
HIV para alguém
25%
Ter de usar camisinha/preservativo
22%
Pensar na morte
20%
13%
Despesas extras
3%
4 4 • Atitude Abril: desinformação tem cura
21%
Os efeitos colaterais
são muito fortes
18%
Não consigo tomar
o medicamento
na hora certa
18%
Tenho de me abster
de coisas que gosto
33%
Outros
As maiores ameaças à saúde do portador de HIV
Base: 210 (respostas múltiplas)
Eu me tornar um problema
para minha família
Medo de perder o emprego ou de
não conseguir ascender na carreira
Base: 210 (respostas múltiplas)
Base: 210 (respostas múltiplas)
Base: 210 (respostas múltiplas)
As mulheres
são as mais
preocupadas com
preconceito e em
ficar doente
Adaptação
aos remédios
2%
39%
Doenças
do fígado
79%
Infecções oportunistas
9%
Doenças
do coração
23%
Hepatite
7%
Osteoporose
22%
Colesterol
alto
6%
Pressão
arterial alta
22%
Doenças
do rim
6% 3%
Anemia
Outras
13%
Diabete
3%
Não sei
Atitude Abril: desinformação tem cura • 4 5
8. comportamento vulnerável
8. COMPORTAMENTO VULNERÁVEL
Considerando algumas atitudes declaradas pelos entrevistados,
identificamos um grupo de pessoas com comportamentos que
podem deixá-las vulneráveis (não usar proteção ao se relacionar
com parceiro fixo, outros parceiros como amante, parceiros eventuais
e/ou profissionais do sexo) e por isso merece atenção.
A camisinha é a melhor forma de prevenção
Mesmo com o conhecimento sobre o HIV e as formas
de contágio, podemos concluir que muitas vezes
o conhecimento não é colocado em prática
e todos cometemos erros e ações impensadas
Todos somos vulneráveis e é importante reforçar
sempre a informação aos diversos públicos
de forma diferenciada e didática (jovens gays,
mulheres casadas, idosos, usuários de drogas etc.)
Não se pode simplesmente acreditar que
estamos imunes a contrair HIV, por isso
a prevenção se faz necessária sempre
A aids está por perto e, quanto mais soubermos sobre
ela, melhor conseguiremos conviver com a doença.
Afinal, a desinformação tem cura!
4 6 • Atitude Abril: desinformação tem cura
Atitude Abril: desinformação tem cura • 4 7
mitos e verdades
mitos e verdades
Sou heterossexual e não uso drogas.
Portanto, não preciso me preocupar com a aids.
Mito. A aids é um problema de todos. Hoje não se fala em
grupo de risco, mas em situação de vulnerabilidade, segundo
a psicóloga Iracema Teixeira, presidente da Sociedade Brasileira
de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash). “Não usar preservativo
na relação sexual é se colocar em condição vulnerável. Cada um precisa
assumir a responsabilidade por sua saúde”, afirma. Todos com vida
sexual ativa devem fazer o exame de HIV uma vez por ano.
É possível uma pessoa ter HIV e não ter aids.
Verdade. Um portador de HIV passa a ser considerado doente de aids
quando apresenta a deterioração do sistema imunológico. O vírus da
imunodeficiência humana (HIV) ataca os linfócitos T CD4, que produzem
anticorpos. Os que não têm sintomas e nem sinal da doença são chamados
soropositivos e podem transmitir o vírus. Alguém com aparência saudável pode
estar infectado e talvez nem saiba. Além disso, um soropositivo em
tratamento mantém o sistema imunológico forte, não desenvolvendo a aids.
Para que o tratamento dê certo, é preciso
iniciá-lo assim que o exame der positivo.
Mito. Até 2013, a terapia antirretroviral só era iniciada quando a contagem
de T CD4 estivesse abaixo de 500 unidades por milímetro cúbico de sangue
ou o portador tivesse a partir de 55 anos. O tratamento foi antecipado
pelo Ministério da Saúde com os objetivos de reduzir a quantidade de vírus
em circulação, evitar a queda na resistência e o aparecimento de doenças
oportunistas e diminuir as chances de transmitir o HIV a outras pessoas.
É preciso haver penetração para transmitir o vírus.
Mito. Atualmente, a principal via de transmissão é sexual, portanto o maior
cuidado está no uso do preservativo em todos os momentos da relação tanto
hétero quanto homossexual. “Não apenas para a penetração do pênis na vagina
ou do pênis no ânus, mas antes de qualquer contato com mucosa, sêmen e secreção
vaginal, inclusive no sexo oral”, recomenda Iracema Teixeira. Outros cuidados
importantes: não compartilhar seringas, agulhas e objetos cortantes e escolher
com o máximo de critério dentistas, manicures e locais para a realização de tatuagem.
Toda camisinha é 100% confiável.
Mito. A camisinha é o melhor método de prevenção, porém, antes
de transar, confira se o produto está dentro do prazo de validade e tem
a certificação do Inmetro. Não abra a embalagem com os dentes e desenrole
com cuidado, segurando na ponta de modo a deixar uma folga para o ar.
O diagnóstico é feito apenas
pelo exame de sangue.
Mito. Há dois métodos tradicionais – o exame convencional (Elisa)
e o teste rápido em uma gota de sangue – e, desde 2014, já está
disponível no Brasil o teste via fluido oral, sem a necessidade de retirar
sangue. Todas essas metodologias permitem detectar a presença de
anticorpos contra o vírus HIV. Se o resultado der positivo ou reagente,
é feito outro teste para confirmar o diagnóstico: realiza-se o Western blot,
que procura fragmentos do HIV, ou o PCR, que localiza material genético
do vírus. O exame é solicitado na gravidez e pode ser feito nos postos
de saúde por qualquer pessoa que desconfie de exposição ao vírus.
4 8 • Atitude Abril: desinformação tem cura
Quem está em uma relação estável
pode dispensar o preservativo.
Mito. “Abrir mão da camisinha requer uma conversa muito clara e alto
grau de confiança entre o casal, além da certeza de que ambos não estão
infectados”, afirma a especialista, para quem o foco não pode ser a monogamia.
“Traições acontecem. Daí a importância de assumir o compromisso de usar
preservativo nas relações extraconjugais a fim de preservar quem se ama.”
Atitude Abril: desinformação tem cura • 4 9
mitos e verdades
A criança da mãe com HIV pode nascer sem o vírus.
Verdade. Bebês que nascem de mães soropositivas têm até 30% de chance de serem
infectados caso a mulher não tome as medidas de prevenção necessárias. Quando
ela segue o tratamento, a possibilidade cai para 0,5%. Durante o pré-natal, toda
gestante deve realizar o teste de HIV. Quando o problema é identificado, entre as
recomendações estão o uso de drogas antirretrovirais, o parto cesariano e, se a carga
viral da mãe não estiver negativada, a suspensão do aleitamento materno, substituído
por leite artificial (fórmula infantil) e outros alimentos, conforme a idade da criança.
Em uma relação heterossexual, a probabilidade
de a mulher contrair HIV é maior que a do homem.
Verdade. A mulher é mais vulnerável a contrair o vírus do ponto de vista biológico,
já que fica mais tempo em contato com o esperma dentro da vagina. O sêmen
ainda pode ser encontrado no colo do útero de 24 a 48 horas após a relação.
Entretanto, o coito anal é mais traumático e a transmissão se dá com maior
facilidade nas relações sexuais tanto entre homens quanto entre homem e mulher.
Quem tem HIV pode manter vida sexual normal
com uma pessoa que não possui o vírus.
Verdade. Um soropositivo, quando em tratamento médico contínuo,
possui a carga viral baixa, diminuindo em 96% a chance de contaminar
alguém. Assim, para selar a segurança do parceiro, recomenda-se o uso
do preservativo, permitindo ao casal uma vida sexual normal, saudável e segura.
O portador de HIV é totalmente apto para o
mercado de trabalho.
Verdade. Os soropositivos podem viver normalmente, mantendo as mesmas
atividades físicas, profissionais e sociais de antes do diagnóstico. O Departamento
de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde informa que eles têm o direito
de manter em sigilo sua condição sorológica no ambiente de trabalho, como também
em exames admissionais, periódicos ou demissionais. Se o fato de ter HIV for
motivo de demissão, o portador pode buscar seus direitos na Justiça por ser
vítima de discriminação, desde que apresente provas. Caso a demissão esteja
relacionada a outros motivos, como faltas seguidas injustificadas e cargo extinto,
não há nenhum meio de proteção, assim como para qualquer trabalhador.
5 0 • Atitude Abril: desinformação tem cura
mitos e verdades
Tive uma relação sexual sem preservativo
(ou ele se rompeu). Agora não há mais o
que fazer a não ser torcer para estar tudo bem.
Mito. Procure um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) em uma
Unidade Básica de Saúde (UBS) e peça pela profilaxia pós-exposição (PEP),
que impede a penetração do vírus nas células. “O melhor é buscar o tratamento logo
no dia seguinte à relação arriscada ou até 72 horas depois dela”, explica Artur
Kalichman, médico sanitarista e coordenador adjunto do Programa de DST/Aids
da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. O número do Disque Saúde é 136.
A PEP pode ser a pílula do dia seguinte.
Mito. A PEP é uma estratégia de redução da infecção pelo HIV:
são vários medicamentos, e não somente uma pílula, a serem tomados
por 28 dias. Se seguido corretamente, esse tratamento traz a possibilidade
de a pessoa não ficar infectada caso tenha se exposto ao HIV.
A profilaxia pré-exposição (PreP)
pode estigmatizar os homossexuais.
Mito. A PreP é indicada para quem está comprovadamente mais
exposto à infecção por HIV, como casais discordantes (quando um deles
tem HIV, e o outro, não) e heterossexuais com múltiplos parceiros.
Todas as pessoas que vivem com
o HIV deveriam ser tratadas.
Verdade. A ciência reconhece que o tratamento antirretroviral representa
uma oportunidade de redução da infecção pelo HIV circulante e,
consequentemente, um bem coletivo, uma nova direção para a prevenção.
O início mais cedo do tratamento com antirretroviral também melhora
muito a qualidade de vida do portador e diminui a mortalidade pelo HIV.
Conteúdo baseado em matérias produzidas para o Atitude Abril – Aids (edição 329/março 2014
de BOA FORMA, por Cristina Nabuco, e edição 94/março 2014 de MEN’S HEALTH, por Manuela Biz)
e com a participação do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Atitude Abril: desinformação tem cura • 5 1
Assim não pega HIV
Assim pega hiv
Assim NÃO PEGA HIV
Beijo
O vírus até consegue
chegar à saliva. Mas a
carga, ou quantidade,
é tão pequena que
não ameaça. Por isso,
a transmissão pelo
encontro entre as bocas
torna-se inviável.
Assim PEGA HIV
Ar
Sexo vaginal
Diferentemente do vírus da gripe,
transmitido por gotículas de saliva em
suspensão no ar que entram pela via
respiratória, o HIV não sobrevive
muito tempo fora do corpo humano.
O HIV está no líquido seminal do homem
e no fluido lubrificante da vagina. Se a penetração
for desprotegida, ele ultrapassa as paredes
internas do órgão sexual feminino ou do pênis.
Sexo oral
A probabilidade é menor, mas existe — sobretudo se
há microferidas na boca. O sêmen infectado pode
usá-las como brechas para entrar pela mucosa bucal.
Mosquito
Suor
É desprovido de um
contingente de vírus
para oferecer perigo —
e o mesmo vale para
as lágrimas. Ainda
que as pessoas suem
transando, é impossível
que o HIV seja
transmitido por essa via.
Objetos
Não há risco em
compartilhar talheres,
pratos, copos, toalhas
e vasos sanitários.
Mesmo se o vírus
chegar a esses objetos,
ele morre rapidinho
pela condição hostil.
5 2 • Atitude abril: desinformação tem cura
Essa foi uma das maiores preocupações
no início dos anos 1980. Imagine
a aids transmitida como a dengue!
Mas a descoberta veio logo: o vírus não
pode viver dentro de insetos. Ufa!
Sexo anal
A musculatura do ânus não está preparada para
a fricção do sexo. Surgem de fissuras imperceptíveis
a sangramentos na penetração. Na ausência da
camisinha, o HIV passa fácil por esses cortes.
Espirro
Por não aparecer em quantidade
suficiente na saliva — muito menos
no muco que se concentra na garganta
e nas vias nasais —, não dá pra
passar HIV após um atchim.
Toque
Apertos de mãos,
abraços e carinhos
também estão mais
que liberados. Não tem
como se infectar com
o HIV por meio da pele.
O exercício do tato (e
do afeto) só faz bem.
Gestação
O HIV não atravessa a
placenta. A infecção,
porém, pode ocorrer
no parto, se o bebê
tem contato com o
sangue materno. É
possível fazer um
acompanhamento
que anula o risco.
Ainda bem!
Amamentação
Médicos proíbem
que as mães
soropositivas deem
de mamar aos bebês
porque o leite contém
carga viral significativa.
E a própria sucção
gera rachaduras
nos seios que
levam ao contágio.
Agulha
Seu compartilhamento
é uma das principais
formas de transmissão.
Daí que usuários
de droga injetável
correm maior risco.
E por isso são
descartáveis em
centros médicos e
estúdios de tatuagem.
Transfusão
Caso você precise
dos serviços de um
banco de sangue,
exija do centro
o certificado de
teste de aids.
Apesar de o sistema
ser seguro, é bom ter
certeza de que o material
está livre do HIV.
ATITUDE ABRIL: desinformação tem cura • 5 3
expediente
Conteúdo editorial:
Lúcia Helena de Oliveira
Diogo Sponchiato
Theo Ruprecht
Chloé Pinheiro
Direção de arte:
Robson Quinafélix
Projeto gráfico e ilustração:
Eder Redder
Diagramação e ilustração:
Débora Lopes Serralheiro
Revisão:
Vivien Hermes
Planejamento, execução
e anÁlise do Projeto de Pesquisa:
Andrea Costa do Nascimento
Tony Perrella
Fernanda Vicentini
Ponderação da pesquisa:
Instituto Vis Soluções de Mercado
Time de criação
Atitude Abril – Aids:
Dino Soares
Marcelo Sajoratto
Rogerio Schumacker
Marketing e Atendimento:
Tiago Afonso
Josy Lopes
Luis Fernando Lopes
Agradecimentos:
Adriana Bertini
Alexandre Caldini Neto
Ana Cristina Gonçalves
Ana Ligia Scachetti
Andrea Soares de Paula Valerio
Ângela Tavares Rehem de Azevedo
Angélica Banhara
Cibele Castro
Denis Russo Burgierman
Dulce Pickersgill
Edson Rossi
Eurípedes Alcântara
Fábio Colletti Barbosa
Giuliana Cury
Giuliana Tatini
Lucia Helena
Lygia Rebello
Maggi Krause
Marcia Piovesan
Mauricio Barros
Meire Fidelis
Monica Kato
Patricia Hargreaves
Paula Mageste
Ricardo Anderáos
Ricardo Packness de Almeida
Sérgio Xavier
Tatiana Schibuola
Médico consultor: Prof. Dr. Esper Georges Kallás
Oferecimento: Jontex
Coordenação Geral
Atitude Abril – Aids:
João Ricardo de Abrahão
Apoio: Ministério da Saúde; Departamento de
DST, Aids e Hepatites Virais; Conselho Empresarial
Nacional para a Prevenção ao HIV/Aids – Brasil
(Cenaids); e Programa Conjunto das Nações
Unidas sobre HIV/Aids (Unaids)
O apoio do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) à iniciativa Atitude Abril tem como
objetivo a disseminação de mensagens de prevenção e informações sobre a epidemia de AIDS dentro do Grupo Abril
e a seus leitores, assim como combater a discriminação e estigma que as pessoas que vivem com o HIV enfrentam.
A Editora Abril tem voz independente nas ações e pesquisas desenvolvidas no âmbito da iniciativa Atitude Abril
e o conteúdo divulgado não reflete necessariamente as visões e opiniões do UNAIDS e de seus Copatrocinadores.
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hiv: desinformação tem cura • 5 5
Realização
ATITUDE ABRIL - AIDS é um projeto institucional do Grupo Abril que abraça a causa e fala sobre tudo o que envolve o
tema: prevenção, sexo, ciência, conscientização, tecnologia, preconceito e muito mais.
Oferecimento
Apoio
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www.atitudeabril.com.br
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