Capítulo VII.3 Capítulo VII.3 Magnetismo FERROMAGNETISMO (i) A interacção entre momentos magnéticos pode favorecer o seu alinhamento paralelo, em átomos vizinhos Como se todos “sentissem” o mesmo campo. Weiss propôs que este campo molecular (ou campo de Weiss) fosse: Bm M é o “responsável” pelo alinhamento dos spins “mede mede o efeito efeito” do alinhamento (ordenação) dos mesmos spins o modelo de Weiss é fenomenológico (ii) Para cada ferromagnete existe uma temperatura de transição temperatura de Curie (TC) (iii) A altas temperaturas, a agitação térmica (contraria o alinhamento e ) conduz a uma susceptibilidade semelhante à de um paramagnete Lei de Curie‐Weiss 1 ( para T TC ) T TC (iv) A T<TC domina a interacção magnética e surge uma magnetização espontânea ANTIFERROMAGNETISMO Se a interacção de troca for negativa, negativa J<0, J<0 os momentos magnéticos vizinhos orientam‐se antiparalelamente Modelo proposto por Néel Duas subredes que se interpenetram: Magnetismo fraco: pequeno Para T> T>TTN >0 >0, com máximo a T=TN temperatura de Néel Para T< T<TTN diminui (agitação térmica) DOMÍNIOS FERROMAGNÉTICOS E muitos Em it sólidos ólid ferromagnéticos f éti observa‐se: b 1. M0 a T<TC na ausência de campo aplicado 2 Aplicando um campo fraco B10‐6 T atinge 2. atinge‐se se a magnetização de saturação (Ms) Porquê? Weiss propôs (i) Num ferromagnete existem domínios magnéticos. A direcção da magnetização varia de domínio para domínio, podendo o resultado global ser M0 (ii) Os domínios estão separados por paredes (de Bloch) Porque se formam os domínios? Em cada sólido, a configuração dos domínios (número e dimensões) é o resultado da competição de várias contribuições para a energia de um sólido magnético 1 Energia 1. Energia de troca de troca mínima quando todos os spins mínima quando todos os spins favorece um só domínio 2 Energia magnetostática 2. Energia magnetostática E i á i máxima quando nas condições 1. á i d di õ 1 favorece maior número de domínios EE0 EE0/2 /2 EE0/N /N domínios de clausura: E0 Os domínios magnéticos O d í i éti podem observar‐se 3. Energia associada às paredes de Bloch 3 e g a assoc ada às pa edes de oc “Parede” alguns planos atómicos, ao longo dos quais a magnetização roda 180o C Custo energético para manter um par de spins éi d i desalinhados () JS22 Ao longo de N planos a rotação é g p ç //N (cada spin) ( p ) 2 2 Custo energético: JS N2 tende para zero se N muitos domínios 4. Anisotropia magnetocristalina 4. Anisotropia magnetocristalina A rotação dos spins altera a energia de troca e a energia electrostática da distribuição de carga em pares de átomos – limita a largura das paredes CICLO DE HISTERESE A Explicação em termos de domínios: A a magnetização tem o seu valor máximo: magnetização de saturação Mr magnetização remanescente Hc campo coercivo i MATERIAIS MAGNÉTICOS MOLES E DUROS Materiais magnéticos duros Materiais magnéticos moles bons magnetes permanentes: Mr, Hc elevados transformadores (Ms elevado) muitas fronteiras de grão e imperfeições grão pequeno ( 10 nm) pretende‐se inverter, com frequência elevada, o sentido da magnetização a magnetização tem de seguir o campo rapidamente PARAMAGNETISMO DE PAULI MAGNETISMO EM METAIS MAGNETISMO EM METAIS ELECTRÕES LIVRES ELECTRÕES LIVRES Cada estado k de um metal pode ser ocupado por dois electrões Quando se aplica um campo magnético a energia de cada electrão aumenta ou diminui conforme a orientação do seu spin para do gás de electrões = Pauli 1 n n g ( E F ) B B 2 M B n n g ( E F ) B2 B Pauli 0 B2 O paramagnetismo de Pauli é um efeito muito pequeno O ti d P li é f it it só contribuem electrões com EEF 3n 2 EF independente de T d d d DIFRACÇÃO DE NEUTRÕES A estrutura magnética de Mn O: os iões Mn formam uma rede cúbica de faces centradas os iões de representados Difractograma de neutrões de Mn de Mn O, abaixo e e acima acima da temperatura TN O não estão