Febre Amarela

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Risco de Ocorrência de Casos de
Febre Amarela no Estado da Bahia
Ciclo da Febre Amarela
Série histórica do número de casos humanos confirmados de
febre amarela silvestre e a letalidade no Brasil, 1980 a 2016.
Casos humanos e epizootias de primatas não humanos (PNH)
confirmados para Febre Amarela, por semana epidemiológica de início
de sintomas ou ocorrência. Brasil, julho/2014 – dezembro/2016.
Minas Gerais, até 20 de janeiro de 2017.
• 272 casos suspeitos - 47 confirmados (FAS)
• 71 óbitos suspeitos - 25 confirmados (FAS)
• 46 municípios com Epizootias de PNH.
Fonte: Informe epidemiológico de MG, de 20/01/2017
Distribuição
dos
municípios
segundo casos notificados, casos
e óbitos prováveis, Minas Gerais,
2017.
Vitória da Conquista
Teixeira de Freitas
Fonte: DVA/SVEAST/SubVPS/SES-MG
Espírito Santo, até 20 de janeiro de 2017.
•
11 casos suspeitos
•
01 óbito suspeito
•
09 municípios com Epizootias de PNH.
Fonte: http://saude.es.gov.br/saude, 23/01/2017
BAHIA
Antecedentes da Febre
Amarela
Febre Amarela Silvestre. Bahia, 2000
• Relato de morte de primatas não humanos
• 59 casos suspeitos notificados de FAS em humanos
• 10 casos confirmados, incluindo 3 óbitos
Jaborandi
Coribe
Distribuição das notificações de epizootia de PNH, por
município. Bahia, 2008.
Fonte: SESAB/DIVEP (Planilha Paralela)
Distribuição de eventos relacionados a morte de primatas
não-humanos por município. Bahia, 2008*.
31,0
13,8
13,8
13,8
6,9
Sal v
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r
Con
quis
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Vi tó
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a
Município
Fonte: SESAB/DIVEP (Planilha Paralela)
3,4
3,4
Lau
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3,4
Si m
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3,4
3,4
Al ag
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as
35,0
30,0
25,0
20,0
%
15,0
10,0
5,0
0,0
Distribuição dos casos humanos suspeitos de FAS,
segundo procedência. Bahia, 2008. *
Município de residência
N
%
Feira de Santana
1
10
Paulo Afonso
1
10
Salvador
2
20
Bom Jesus da lapa
1
10
Cocos
1
10
Poções
2
20
Cruz das Almas
1
10
Caldeirão Grande
1
10
TOTAL
10
100
Fonte: SESAB/DIVEP (Planilha Paralela)
*Nenhum foi confirmado
Casos humanos suspeitos para Febre Amarela.
Bahia, 2014 a 2016*.
•
Boa Vista do Tupim – 1
•
Jaborandi – 2
•
Feira de Santana – 1
•
Guanambi – 1
•
Riacho de Santana – 1
•
Simões Filho – 1
•
Salvador - 2
*Nenhum foi confirmado
Situação epidemiológica de FAS na Bahia.
Até 24 de janeiro de 2017
07 casos suspeitos em residentes de 3 municípios do
estado da Bahia (6 em investigação e 1 descartado).
Teixeira de Freitas (2) – um descartado laboratorialmente (teve
alta); outro aguardando resultado laboratorial (está internado,
mas encontra-se estável).
Coribe (4) – aguardando resultado
precisaram de internação e estão bem.
laboratorial.
Não
Itiúba (1) – paciente continua internado, coletado material para
exame, aguardando resultado laboratorial.
Situação epidemiológica de FAS na Bahia.
Até 24 de janeiro de 2017
02 casos suspeitos importados de Minas Gerais
Teófilo Otoni (1) – foi internado em Teixeira de Freitas.
Descartado laboratorialmente (teve alta).
Cândido Sales (1) – trabalhava em Minas Gerais, foi a óbito
em Cândido Sales. Aguardando resultado laboratorial.
O Ministério da Saúde considera esses casos como
importados, pois o local provável de infecção é Minas Gerais.
Epizootia. Bahia, janeiro de 2017
BAHIA
Santa Maria da Vitória
Correntina
São Félix do Coribe
Coribe
Jaborandi
Feira da Mata
Cocos
Áreas com e sem recomendação de Vacina Febre
Amarela Brasil, 2015 a 2017.
Fonte: UVR/CGDT/DEVEP/SVS/MS
Áreas com e sem recomendação de vacina Febre Amarela. Bahia, 2015 a 2017.
Fonte: UVR/CGDT/DEVEP/SVS/MS
Municípios incluídos para vacinação contra Febre
Amarela. Bahia, Janeiro/2017.
Organização da resposta ao atual cenário
epidemiológico do estado
 Intensificar as ações de controle do Aedes aegypti.
 Implantação de Salas Municipais de Coordenação e Controle.
 Realização de vigilância ativa e notificação imediata de adoecimento
e/ou morte de PNH.
Articulação interinstitucional para vigilância de PNH.
 Intensificação de ações de informação, educação e comunicação em
saúde de forma integrada com todas as secretarias.
Organização da resposta ao atual cenário
epidemiológico do estado
 Realizar vigilância ativa e notificação imediata de casos suspeitos de
FAS em humanos.
 Alertar as equipes dos Estabelecimentos de Saúde e Núcleos de
Vigilância Epidemiológica Hospitalar, quanto à vigilância de casos
humanos suspeitos de síndromes febris íctero-hemorrágicas.
 Realizar busca ativa de indivíduos sintomáticos e investigar o local
provável de infecção.
Organização da resposta ao atual cenário
epidemiológico do estado
 Atentar para pacientes suspeitos, não vacinados ou com situação
vacinal ignorada e com história de deslocamento para áreas de risco.
 Sensibilizar produtores rurais para a importância da verificação do
histórico vacinal de suas equipes de trabalhadores.
 Atender as recomendações do Ministério da Saúde para vacinação
seletiva contra a FA.
SOBRE A VACINA
 Vírus vivo atenuado, tem eficácia acima de 95%.
 Reações locais: podem ocorrer em até 10% dos vacinados (dor local,
vermelhidão).
 Reações sistêmicas são raras.
 Em crianças com menos de seis meses de idade e em mães
amamentando até o 6º mês não deve ser aplicada pelo risco de
provocar encefalites pelo vírus vacinal.
 Idosos, gestantes e imunodeprimidos somente com avaliação do
serviço de saúde considerando a relação risco X benefício.
 Alergia severa a ovo: avaliar risco X benefício.
IMPORTANTE
A SESAB está aguardando o recebimento do
quantitativo extra de vacina contra Febre Amarela
para distribuição imediata aos municípios aqui
contemplados.
DIVEP - CIEVS- BA
Tel.: (71) 3116-0018; 99994-1088 / email:[email protected]
DIVEP - CODTV
Tel.: (71) 3353-7521 / email: [email protected]
Febre Amarela
Ceuci de Lima Xavier Nunes
Infectologista
Profª. Adjunta da EBMSP
Diretora do Hospital Couto Maia
Diretora Técnica do SEIMI
Febres hemorrágicas
Febre Amarela é o protótipo das Febres Hemorrágicas - primeira descrita no
mundo e a mais temida.São doenças graves e de alta letalidade que produzem
distúrbios hemorrágicos, síndromes do extravasamento de fluidos, com ou sem
dano capilar e acometem comumente fígado, rins e sistema nervoso central
São causadas por vírus RNA ou bactérias.
Vírus RNA causadores de Febre Hemorrágica
Família
Flaviviridae
Doença
Febre Hemorrágica da Dengue
Transmissão
Vetores artrópodes
Febre Amarela
Febre hemorrágica de Omsk
Febre da floresta de Kyasanur
Bunyaviridae
Febre hemorrágica do Congo e da Criméia,
Febre do vale Rift
Febre hemorrágica com síndrome renal por
Hantavírus
Síndrome pulmonar e cardiovascular por
Hantavírus
Carrapatos do gênero Hyalomma
Arenaviridae
Febres Hemorrágicas dos vírus Junin,
Machupo, Guanarito e Sabiá na América do Sul
Febre de Lassa na África
Contato com excreção de roedores
ou inter-humana por secreções
Filoviridae
Febre hemorrágica do vírus Marburg
Febre hemorrágica do Ebola
Contato com fluidos (secreções
biológicas)
Inalação de aerossóis proveniente
de excretas de roedores silvestres.
Ingesta ou contato com pele não
íntegra de material infectado ou
alimento contaminado.
Ciclos da Febre Amarela
Hospedeiro
Acidental
Hospedeiro Único
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/descricao-da-doenca-febreamarela
Febre Amarela
Definição: é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, cujo
agente etiológico é transmitido por vetores artrópodes. O vírus da febre
amarela é um arbovírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae. O
vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados
e não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
Período de Incubação: 3 a 6 dias, podendo se estender até 15 dias.
Viremia: máximo 7 dias e vai de 24-48 horas antes do aparecimento
dos sintomas até 3 a 5 dias após o início da doença, e é durante esse
período que o homem pode infectar os mosquitos transmissores.
Imunidade: permanente
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/descricao-da-doenca-febreamarela
Epidemiologia da Febre Amarela no Mundo
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/descricao-da-doenca-febreamarela
Epidemiologia da Febre Amarela no Brasil
Casos urbanos
últimos em 1942 no Acre.
Suscetibilidade a Febre Amarela
Geral e irrestrita: não se conhece diferenças relacionadas a raça, cor, faixa
etária ou gênero;
Exposição a doença (silvestre):
Profissoões: lenhadores, seringueiros, vaqueiros, garimpeiros, caçadores
Indígenas, ribeirinhos dos rios
Turistas (turismo ecológico)
Gênero: 80% masculino
Idade: 14 a 35 anos
Fonte: Vasconcelos FC. Febre Amarela. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
36:275-293, mar-abr, 2003
Quadro Clínico da Febre Amarela
Fonte: Vasconcelos FC. Febre Amarela. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
36:275-293, mar-abr, 2003
Formas Clínicas da Febre Amarela
Leve: febrícula ou febre moderada de início súbito, cefaléia
discreta, astenia ou indisposição – duração de algumas horas
até dois dias .
Moderada: quadro mais arrastado, febre mais alta, cefaléia
mais intensa. Ocorre pelo menos um dos sinais/sintomas
clássicos: epistaxe, discreta albuminúria e icterícia leve.
Grave: acresce dores musculares generalizadas, náuseas e
vomitos, sinal de Faget, icterícia franca, sangramentos,
albuminúria, oligúria.
Maligna: todos os sintomas e síndrome hepato-renal.
Quadro Clínico da Febre Amarela
Caracteriza-se por ser bifásico na grande maioria dos casos.
Característi
cas
Período Prodrômico
Duração
Cerca de 3 dias
Manifestaçõ
es clínicas
Início súbito com febre,
calafrios, cefaleia, lombalgia,
mialgias
generalizadas,
prostração,
náuseas
e
vômitos. Após esse período
geralmente ocorre declínio
da temperatura e diminuição
dos sintomas, provocando
uma sensação de melhora
no paciente (dura poucas
horas ou no máximo um a
dois dias)
Período Toxêmico
Reaparece a febre, a diarreia e os vômitos têm
aspecto de borra de café. Instala-se quadro de
insuficiência hepatorrenal caracterizado por
icterícia, oligúria, anúria e albuminúria,
acompanhado de manifestações hemorrágicas:
gengivorragia, epistaxe, otorragia, hematêmese,
melena, hematúria, sangramentos em locais de
punção venosa e prostração intensa, além de
comprometimento do sensório, com obnubilação
mental e torpor, com evolução para coma e
morte. O pulso torna-se mais lento, apesar da
temperatura elevada. Essa dissociação pulsotemperatura é conhecida como sinal de Faget.
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/descricao-da-doenca-febreamarela
Mortalidade da Febre Amarela
Todos os casos: 5-10% (elevado quando comparado a outras viroses)
Casos graves: 40 – 60%
Patogênese da Febre Amarela
Vírus é introduzido no
organismo humano pela picada
do mosquito
Nos linfonodos infecta células
linfóides e macrófagos e inicia
ciclo replicativo
Formas frustras ou
oligossintomáticas
Chega aos
linfonodos regionais
em poucas horas
Partículas virais são levadas
pelos vasos linfáticos à corrente
sanguínea (viremia).
Por via hemática atinge o fígado
Formas graves
Diagnóstico laboratorial
Exames inespecíficos
Testes diagnósticos
Hemograma
Sorologia IgG e IgM
- Leucopenia com neutropenia e linfocitose Cuidado: paciente que utilizaram a vacina
3.000 a 4.000 com casos de 1.000 a 2.000. podem ter IgM +
Se houver infecção secundária pode
ocorrer leucocitopse.
- Plaquetopenia ≤ 50.000
Série vermelha: normal, exceto em grandes
sangramentos
Transaminases > 1.000
Bilirrubinas: alteração às custas da BD
Ur e Cr 5 a 6 vezes>
Isolamento viral em tecidos
PCR
Diagnóstico Diferencial
Formas leves e moderadas
Dengue e outras viroses
Formas graves e maligna
Infecciosas:
Sepse
Malária por P. falciparum,
Leptospirose
Hepatite fulminante
Febre Hemorrágica da
Dengue
Calazar
Não infecciosas
Púpuras
Envenenamento
Picadas de animais
peçonhentos.
Tratamento
Suporte
Sintomático
Hidratação
Analgésicos
Reposição Eletrólitos
Antitérmicos
Manutenção da oxigenação
Evitar medicações a base de
AAS e antiinflamatórios
Manutenção da PA
Tratamento de complicações
Hemodiálise
Obrigada!
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