COLÉGIO MÃE DE DEUS Professora: Josiane Machado Componente Curricular: História 7º ano Roma Antiga A Península Itálica, onde se localiza Roma, já era ocupada desde o primeiro milênio antes de Cristo por vários povos. Atraídas pelo solo fértil e pelo clima ameno, tribos umbrias, latinas e sabinas, entre outras, fundaram aldeias agrícolas e pastoris na região. Possivelmente a cidade de Roma surgiu da união de sete aldeias sabinas e latinas, estabelecidas as margens do rio Tibre. Essas aldeias mantiveram contato estreito com os gregos que possuíam colônias ao sul da península, e com os etruscos, fixados ao norte. De acordo com o mapa apresentado na aula, indique no mapa ao lado, onde se localizavam os latinos, os etrusco e as colônias gregas Os romanos, todavia, possuíam outra explicação para a origem de sua cidade, trata-se do Mito de Rômulo e Remo, o qual você teve que pesquisar. A história de Roma pode ser dividida em seus períodos políticos, portanto, estudaremos: a monarquia, a república e o império. Monarquia Foi a primeira forma de governo dos romanos. O rei era escolhido pelo senado (conselho de anciãos de origem nobre e chefe de famílias aristocráticas – pater familias). O rei era responsável pelo governo, mas dependendo do tipo de decisões que iria tomar, consultava os senadores. Nesta época, boa parte dos reis eram de origem etrusca e não latina ou sabina, o que indica que Roma não possuía autonomia neste período. Estrutura social de Roma Patrícios – Membros da aristocracia (descendentes das famílias fundadoras de Roma: latinos, sabinos e outros), proprietários de vastas extensões de terras. Plebeus – Homens livres, maioria da população, praticavam agricultura e artesanato. Alguns poderiam ser ricos, mas a maioria era pobre. Clientes – Pessoas livres que se associavam aos patrícios para terem vantagens pessoais. Eram pessoas de confiança desses nobres. Escravos – Prisioneiros de guerra ou endividados, no início da história de Roma não eram muito numerosos, mas no império tornam-se a principal força de trabalho. Fim da monarquia e instauração da República O último rei etrusco, Tarquínio, o soberbo, tentou ampliar seu poder aliando-se aos plebeus enriquecidos, o que desagradou a aristocracia romana, pois se o rei necessitasse de algum conselho, este deveria ser dado pelos patrícios senadores e não por plebeus, considerados inferiores socialmente. Por isso, em 510 a.c., os patrícios depuseram o rei e expulsaram os etruscos da cidade. Com o fim da monarquia, Roma passou a ser controlada pelos patrícios, que adotaram como forma de governo a República (forma de governo em que os governantes ficam por um tempo determinado no poder, após são substituídos – uma república pode ser democrática se o governante for eleito por voto popular, mas pode não ser democrática, quando uma pessoa ou um pequeno grupo decide quem serão os governantes. Roma não era uma república democrática). A partir da república romana, as responsabilidades do Estado passaram a ser distribuídas entre três instituições: o senado, as magistraturas e as assembleias populares. Sendo que o senado era a instituição mais poderosa. A República Do latim res publica, coisa pública. Nesta forma de governo, os magistrados eram os principais políticos de Roma. Havia vários cargos que os magistrados ocupavam, como pretores, edis e questores. O magistrado mais importante era o cônsul (no plural cônsules), equivalente ao presidente da república. As assembleias populares (populares só no nome, pois somente os patrícios tinham poder de decisão) escolhiam dois cônsules para exercerem o cargo por um ano. Estes deveriam convocar o senado e as assembleias para tomar decisões sobre a administração pública e sobre a guerra. A expansão militar Durante a república Roma iniciou um processo de expansão territorial conquistando toda a península itálica e depois se voltando contra uma antiga colônia fenícia na África: Cartago. A região onde se localizava Cartago era economicamente estratégica. Localizada no meio do mar mediterrâneo, este povo era um concorrente de Roma no comércio marítimo. No entanto, o mediterrâneo era pequeno demais para os dois. Com o aumento das conquistas, o exército ia se tornando cada vez mais poderoso. As guerras púnicas Foram as batalhas envolvendo romanos e cartagineses. Roma pretendia garantir a sua hegemonia no mar mediterrâneo, ou seja, queria dominar todo o comércio marítimo da região sozinha. Esse conflito ocorreu em três fases: 264 a 241 a.c – Combate marítimo com vitória romana – As ilhas de Córsega e Sardenha foram conquistadas. 218 a 201 a.c. – O general cartaginês Aníbal, partindo da Espanha, atravessou os Alpes com 90 mil guerreiros, 12 mil cavaleiros e 37 elefantes para atacar Roma pelo norte da atual Itália. Aníbal não atacou a cidade quando teve a oportunidade e acabou sendo atacado primeiro em Cartago, forçando-o a retornar a Cartago onde foi derrotado. Os cartagineses passaram a pagar altos impostos para Roma, mesmo assim conseguiram manter seu comércio no mar mediterrâneo. 146 a.c. – Roma arrasou Cartago, incendiando a cidade para que nunca mais ousasse ser uma concorrente. A partir de então, Roma torna-se a senhora absoluta do mar mediterrâneo. Tibério e Caio Graco: as lutas por reforma agrária em Roma As conquistas territoriais possibilitaram o acúmulo de riquezas, mas também resultaram no aumento do número de pobres nas cidades e nos campos. Como havia muito escravos, o número de plebeus desempregados cresceu. Além disso, as terras conquistadas não eram divididas igualmente entre pobres e ricos. Nesse contexto, um representante dos plebeus, Tibério Graco propôs mudanças em torno de 133 a.c.. Ele exigia que o governo romano realizasse uma reforma agrária (divisão mais igualitária de terras). Apesar do governo ter cedido às pressões por mudanças na distribuição de terras, Tibério foi assassinado. Anos mais tarde, seu irmão Caio Graco, também tentou enfrentar o governo romano por melhores condições de acesso dos mais pobres as terras conquistadas por Roma. Ele também acabou morrendo, solicitando que um escravo o matasse antes que seus inimigos o encontrassem. A crise da República e o início do Império Romano A ampliação dos territórios conquistados por Roma levou à formação de um vasto império. O aumento das riquezas trazidas pela exploração das novas províncias, pela cobrança de impostos e pelo número de escravos de guerra causou grande impacto na vida social e econômica romana. No entanto, durante o período republicano os governantes (cônsules) eram eleitos pelos patrícios e não desfrutavam do status de um imperador, caso em que o governante não tem tempo determinado para permanecer no poder. O que fez as coisas mudarem? A chave para compreender a passagem da república para o império é a militarização crescente de Roma e a importância que os generais (exército) passaram a desempenhar na política, pois as vitórias em campo de batalha facilitavam sua aceitação e entrada no governo. O povo romano passou a admirar os generais, de forma que eles podiam ser mais populares que os próprios governantes. Com o poder que os militares adquiriam sua entrada no poder era questão de tempo. Júlio César foi um dos primeiros generais a utilizar de sua popularidade para tornar-se governante. Ele soube manipular o senado a criar o chamado Triunvirato (governo exercido por três generais). Houve dois triunviratos. No primeiro, Júlio César, Pompeu e Crasso. Estes generais ao invés de se auxiliarem mutuamente para governar passaram a disputar o poder entre si. Crasso, que havia sufocado a maior rebelião de escravos de Roma (Liderada por Spartacus), acabou morrendo em uma batalha contra inimigos de Roma. Pompeu entrou em guerra contra Júlio César e perdeu. Júlio César tornou-se ditador e foi acumulando poderes. Entretanto, antes de se tornar o primeiro imperador de Roma, foi morto em uma conspiração pelo senado. O segundo triunvirato foi composto por Marco Antônio, Otávio e Lépido. Novamente houve disputas e quem venceu foi Otávio (filho adotivo de Júlio César). Otávio soube manipular os senadores e acabou se tornando o primeiro imperador de Roma. Mais uma vez Roma mudava sua forma de governo para um sistema onde o principal governante era vitalício. Nesta época, Roma já atingia grande extensão territorial. A Pax Romana – Paz de Roma Os primeiros duzentos anos do império romano foram uma época de grande desenvolvimento econômico e social trazido pelo autoritarismo do governo e pelas conquistas e exploração de territórios anexados à Roma. As principais riquezas eram metas preciosos e cereais, bem como outros produtos que eram negociados no mar mediterrâneo, o qual tornou-se completamente controlado por Roma. Havia um sistema de moeda única que facilitava o comércio entre as regiões sob o domínio de Roma e um complexo sistema de estradas para facilitar o escoamento da produção. A população romana tinha acesso a bens culturais como piscinas públicas, bibliotecas, espetáculos de gladiadores e corridas de cavalo. Referência: Motooka, Débora Yumi. História: Guia didático. São Paulo: SM, 2011.