TENDÊNCIA DA TUBERCULOSE NO AMAZONAS, 2004 A 2013 AUTORES Enock Barroso dos Santos1 Aline Libório de Oliveira1 Nicole Cristina Cruz de Sousa1 David Lopes Neto2 RESUMO: OBJETIVO: descrever o perfil epidemiológico da Tuberculose (TB) no Amazonas, entre 2004 a 2013, de forma descritiva e retrospectiva MÉTODO: foram utilizados dados de morbimortalidade hospitalar, obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN/DATASUS, dados demográficos obtidos no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e dados de mortalidade obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM/ DATASUS. Foram calculados coeficiente de prevalência (CP), a taxa de mortalidade (TM) e realizada a descrição estratificada por sexo, faixa-etária, ano de ocorrência, região de saúde e formas clínicas da morbidade. RESULTADOS: foram notificados 4303 casos de internação por TB no período avaliado. Observou-se maior percentual da doença em homens (70,71%), indivíduos de ambos os sexos na faixa etária de 20 a 29 (23,5%). A TB pulmonar apresentou maior prevalência (44,78%). Entre as regiões de saúde, Manaus e Alto Rio Negro foi a que notificou a maior quantidade de casos (98.0%). Quanto à mortalidade, os idosos foram os mais afetados com cerca de 550 casos (45,02%). CONCLUSÃO: a TB fez-se mais prevalente em homens, jovens adultos, na área urbana e sua taxa de mortalidade afetou mais os idosos. DESCRITORES: Tuberculose; Epidemiologia; Saúde Pública; Internação hospitalar 1 Acadêmicos do Curso de Graduação, da Escola de Enfermagem de Manaus/Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus, Amazonas. 2 Enfermeiro. Doutor em Enfermagem. Professor associado da Escola de Enfermagem de Manaus/ Universidade Federal do Amazonas (EEM/UFAM. INTRODUÇÃO A tuberculose é um sério problema de Saúde Pública e demonstra relação direta com a pobreza, com a exclusão social e a marginalização de parte da população submetida a más condições de vida. Outros fatores são: moradia precária, desnutrição e dificuldade de acesso aos serviços e bens públicos. Assim, a TB configurasse como uma das principais doenças a serem enfrentadas no Brasil e no mundo (BRASIL, MS,2013). Ela se caracteriza como uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria, o Mycobacterium tuberculosis, também denominado de Bacilo de Koch (BK). O termo tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos. A transmissão ocorre por meio de gotículas de saliva contendo os bacilos expelidos por um doente com tuberculose pulmonar, ao tossir, espirrar ou falar (BOWKALOWSKI, BERTOLOZZI, 2010). No cenário internacional, a OMS aponta que 22 países que concentram cerca de 80,0% dos casos de tuberculose. O Brasil faz parte desse grupo, ocupando a 16ª posição em número absoluto de casos; por sua vez, Índia, China e África do Sul são os países com maior carga da doença. Ao ser considerado o coeficiente de incidência, o Brasil ocupa a 22ª posição entre esses países (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2013). Estima-se que, em 2012, cerca de 8,6 milhões de pessoas tiveram tuberculose no mundo. O número de mortes por tuberculose chegou a ser reduzido: de forma que, em 1990, ocorreram 1,3 milhões de mortes por tuberculose, ao passo que, em 2012, esse número foi de 940 mil. Em 2013, o Brasil diagnosticou 71.123 casos novos de tuberculose, perfazendo um coeficiente de incidência de 35,4/100.000 habitantes (hab). Destaca-se que esse coeficiente vem apresentando redução ao longo dos anos. Em 2003, esse valor foi de 44,4/100.000 hab., uma redução de 20,4% em comparação a 2013 (BRASIL, MS,2013; PILLER, 2012). O Amazonas é um dos estados brasileiros com maior incidência da doença. Em 2012, foram registrados 2.418 casos novos da doença no SINAN. As taxas de incidência foram de 67,3/100 mil habitantes para todas as formas de tuberculose e de 38,8/100 mil habitantes para os casos bacilíferos. Entre os casos de tuberculose pulmonar bacilífera diagnosticados em 2011, 78,5% dos pacientes apresentaram cura e 11,9% abandonaram o tratamento. No mesmo ano, foram registrados 157 óbitos por tuberculose, com uma taxa de mortalidade por causa básica de 4,4/100 mil habitantes (BRASIL, MS, 2014). Em observação aos efeitos perdurantes e deletérios da TB, é preciso lhe conceder a devida atenção, haja vista que apesar dos avanços farmacológicos para o processo de cura, ela continua configurando-se como uma doença que causa preocupação para a saúde pública. Foi tendo em vista a magnitude e complexidade do problema, que este trabalho se objetiva em analisar a tendência das taxas de prevalência e mortalidade por tuberculose no Amazonas no período de 2004 a 2013. MÉTODO Estudo epidemiológico e descritivo, realizado no Estado do Amazonas, localizado na região norte do Brasil. Sua população em 2004 era de 3.170.740 habitantes passando para 3.483.985 habitantes em 2013. Cerca de 79% da população reside em área urbana. A capital Manaus, um dos 62 municípios do Amazonas, é a cidade mais populosa do Estado, com 1.802.525 habitantes (PREFEITURA DE MANAUS, 2013). Compuseram a população de estudo 4303 casos de internações por tuberculose registrados no período da pesquisa, armazenados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS). É também o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/DATASUS). Os dados foram de morbidade hospitalar, coletados a partir de tabulações do SINAN/AM/DATASUS. Sendo considerados, para tanto, todos os tipos de TBs segundo a Classificação Internacional de Doenças-CID. 10. As variáveis categóricas analisadas foram: ano de ocorrência, sexo, faixa etária, região de saúde/município e a forma clínica da morbidade. A descrição dos dados se deu através da estatística descritiva com a utilização dos programas TabWin 3.6 e Excel 2013. As bases populacionais para cálculos foram extraídas, quando necessário, de censos e projeções populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para os cálculos do coeficiente de prevalência, foi considerado o número total de casos confirmados de TB de 2004 a 2013, dividido pela população residente no estado em 2013, multiplicando-se por 10.000 e para mortalidade, troncando apenas o numerador pelo número de óbitos registrados. Para a descrição foram usadas as seguintes fórmulas: soma, agrupando-se todos os dados colhidos através de tabulação para a obtenção do N. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Fundação Adriano Jorge (CEP/FHAJ) protocolo 33875414.3.0000.5020. RESULTADOS Foram registrados 4303 casos de internação por TB, no estado do Amazonas, entre 2004 e 2013, englobando todas as formas de manifestação da doença registradas no SINAN/DATASUS. Em relação aos dados demográficos, foram registrados 3043 casos do sexo masculino (70,71%), enquanto o feminino apresentou 1260 casos (29,29%). Indivíduos com 20 a 29 anos foram os mais afetados com 1008 (23,42%) dos casos. Entre as formas clínicas, observou-se que do total de casos, 2004 (46,57%) foram classificados como outras formas respiratórias e 1927 (44,78%) na forma pulmonar da doença. As formas clínicas, TB óssea e das articulações 26 (0,60%), TB do aparelho geniturinário 3 (0,06%), TB do intestino, peritônio e mesentério 10 (0,23%) e Restante de outras tuberculoses 101 (2,34%), não se fizeram presentes na tabela, mas compuseram os casos gerais (N). (Tabela 1). Entre as regiões de saúde, Manaus e Alto rio negro deteve o maior percentual de casos, cerca de 98,05% (4219) e as regiões interioranas, juntas apresentaram 84 (1,95%) dos casos. Sendo a tuberculose pulmonar 44 (1,02%), outras formas respiratórias 28 (0,65%), Restante das Outras Tuberculoses 5 (0,11%), e Tuberculose Miliar 9 (0,20%), as formas clínicas que chegaram a notificar em regiões interioranas de saúde. Algumas formas extrapulmonares não apresentaram notificações nas regiões pertencentes ao espaço rural (-). (Tabela 2). Foram registrados 1226 óbitos por TB no período coletado, tendo uma predominância no sexo masculino 751 (61,25%). As maiores contrações de casos de óbitos notificados foram em adultos idosos com idade de 60 a 80 anos a mais, cerca de 552 casos (45,02%). (Tabela 3). DISCUSSÃO Uma das estratégias fundamentais para o controle da TB é a detecção precoce dos casos, considerando que apenas aguardar que os doentes procurem os serviços de saúde com queixas não é suficiente para interromper a cadeia de transmissão da doença. A busca ativa de sintomáticos respiratórios deve ser uma atitude permanente e incorporada à rotina de atividades de todos os membros da equipe de saúde, não apenas nos serviços de saúde, mas também nas atividades realizadas na coletividade, seja por meio de visita domiciliar, reuniões com os membros da comunidade, ou outras (HINO et al, 2011). A principal porta de entrada para essa população vulnerável é o setor primário da saúde. O sucesso se baseia no rastreamento e controle da TB e na forma de como a equipe da estratégia e saúde da família entende o significado da doença. Alguns elementos são essenciais, tais como: treinamento, atualização, otimização e adequação dos recursos de saúde (OLIVEIRA et al, 2015). A adesão do sexo masculino aos programas de estratégia e controle de doenças ainda é um grande desafio para a saúde. Como ficou evidenciado no estudo, o sexo masculino apresenta os maiores indicies de notificações de internação por tuberculose, chegando a 3043 casos (70,71%). Alguns autores (ALVES et al, 2014; COUTINHO et al, 2012) relacionam essa baixa adesão a fatores econômicos, culturais e sociais, a forma como as doenças são encaradas e ao modelo hegemônico de masculinidade. Comportamentos como esses fazem com a doença ganha maior progressão e chegue a um nível que seu tratamento não seja mais de forma ambulatorial, fazendo com que o indivíduo ocupe os leitos em serviço de média e alta complexidade. Esses condicionantes dessa resistência têm perpassado historicamente por diferentes aspectos, entre os quais se destaca os socioculturais ligados ao gênero e às questões vinculadas aos serviços de saúde. Neste contexto, o Ministério da Saúde afirma que em relação ao primeiro, a resistência deriva do fato de a doença ser considerada como intrínseco à sua condição biológica; por sua vez, os fatores institucionais, remetem aos horários de funcionamento e dinâmica dos serviços que, geralmente, são incompatíveis com as atividades laborais masculinas (FONTES, 2011). Outro ponto primordial no atendimento ao gênero masculino e que o torna tão vulnerável, são as diferenças alegadas por profissionais, entre o conhecimento obtido em sala de aula e o setor de trabalho sobre como atender a esses indivíduos. Marchin et al (2012) traz uma discussão de gênero, aonde profissionais de uma determinada unidade de saúde destacaram pontos essenciais no homem. Pare eles, em relação a demanda o homem é mais ausente causando sua Invisibilidade, o que se perpassa como uma questão cultural, em detrimento ao atendimento o homem é pouco paciente, direto, objetivo, desconhece os códigos e procura o serviço apenas para práticas curativas/ doenças. Isso acabou causando uma feminilização dos serviços de saúde. Grande parte dos casos de internações por TB estava atrelados a adultos jovens adultos. Considerada a principal faixa produtiva da vida, esses indivíduos são cercados por um ampliado número de contatos sociais, sejam eles: em seu meio familiar, de trabalho e de lazer. Determinados comportamentos fazem com que o jovem adulto seja mais exposto a doença. Para alguns autores esse risco aumenta, uma vez que o HIV está presente em grande parte de pessoas acometidas pela TB e o abandono do tratamento se tornou tão significativo nessa faixa etária. O abandono do tratamento leva a maior vulnerabilidade do organismo e consequentemente tornando o Mycobacterium tuberculosis resistente as medições, aumentando tempo e a complexidade de tratamento (COUTINHO et al, 2012, CAMPOS et al, 2014). Por ser a forma bacilífera e mantedora da cadeia de infecção, a TB pulmonar é aquela que sempre se apresenta em maior número de notificações. Na pesquisa, seu percentil foi de 28,0% (1205) dos casos. É certo que a tuberculose pulmonar é a mais comum. Pelo fato de haver uma transmissibilidade mais simples (gotículas expelidas pelo ar), associada ao maior número de pacientes com essa forma da doença. Apesar de não estarem excluídas as chances de os pacientes contraírem as formas extrapulmonar e mista, a forma pulmonar traz à tona à necessidade de uma intervenção mais avançada e ampliada ao seu combate (FERREIRA, ALCÂNTARA, KRITSKI, 2012). Examinar e controlar contatos, informar ao paciente sobre a seriedade da doença que o mesmo possui, seguido de uma intervenção por meio da educação em saúde buscando uma atitude colaborativa do paciente para a diminuição da transmissibilidade da doença, são alguns planos que podem vir a diminuir a transmissão da tuberculose e consequentemente a diminuição dos números de casos não só da forma pulmonar, mas também das outras existentes (ALVES et al, 2014). A predominância dos casos notificados na capital 98,05% (3219) e nos municípios interioranos com alto contingente mostram a preocupante situação da não descentralização dos serviços de atendimento ao paciente. Serviços primários ou em esferas mais especializadas são mais comuns nas metrópoles fazendo com que sua procura seja demasiadamente grande. Outro ponto importante e o preenchimento da ficha de notificação, muitos pacientes acabam ocultando o seu real local de moradia, ou até mesmo o profissional não preenche a ficha de notificação nas áreas mais distantes, isso dificulta o processo e mascara dados importantes (BELO, 2013). Foram registrados 1226 óbitos por TB no período coletado, tendo uma predominância no sexo masculino 751 (61,25%). As maiores contrações de casos de óbitos notificados foram em adultos idosos com idade de 60 a 80 anos a mais, cerca de 552 casos (45,02%). A alta mortalidade em idosos pode ser influenciada por fatores como: má alimentação, baixa ingesta de líquidos, maus tratos, primo-infecção e todo comportamento que venha causar a diminuição da efetividade do sistema imunológico. Em jovens e adultos, são doenças e fatores como: AIDS que causam uma depleção no sistema imunológico, moradores de rua, alcoolismo, má alimentação, baixa escolaridade e a grande quantidade contatos sociais (ALVES et al, 2014; COUTINHO et al, 2012). CONCLUSÃO A TB continua sendo uma endemia preocupante no Estado investigado, suas taxas se apresentam elevadas. Os principais grupos que concentraram as maiores quantidades de casos notificados foram: indivíduos do sexo masculino, jovens adultos, sendo a área urbana a que mais notificou casos e a forma pulmonar a mais prevalente entre todas as outras. Em relação a taxa de mortalidade, os idosos são os mais afetados. Por fim, a análise das tendências de TB, referente aos anos de 2004-2013 mostra que, em nível estadual, a distribuição de casos de TB permanece inalterados de acordo com a forma e características clínicas TB e concentração na região de saúde de Manaus e Alto Rio Negro, denotando possível subnotificação nas demais regiões de saúde, comprometendo a fidedignidade dos dados e controle da tuberculose nos diferentes municípios do estado do Amazonas. REFERÊNCIAS ALVES, Rodrigo Henrique et al. Epidemiologia da tuberculose no município de Contagem, Minas Gerais, Brasil, entre 2002 e 2011. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 4, n. 2, 2014. BELO, Elsia Nascimento et al. Tuberculose nos municípios amazonenses da fronteira Brasil-ColômbiaPeruVenezuela: situação epidemiológica e fatores associados ao abandono. Rev Panam Salud Pública, v. 34, p. 321-9, 2013. BOWKALOWSKI, Claudia; BERTOLOZZI, Maria Rita. Vulnerabilidades em pacientes com tuberculose no distrito sanitário de Santa Felicidade–Curitiba, PR. Cogitare Enfermagem, v. 15, n. 1, 2010. BRASIL. Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde – Ministério da Saúde. O controle da tuberculose no Brasil: avanços, inovações e desafios. Brasília, v.44 n.02, p.-, 2013. BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis: Panorama da tuberculose no Brasil Indicadores epidemiológicos e operacionais, Cadernos de Atenção Básica, Brasília, v.1, n. 21, p.19-22, 2014. CAMPOS, Rayan Ibiapina et al. ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE IGUATU–CEARÁ. Cadernos de Cultura e Ciência, v. 13, n. 1, p. 61-68, 2014. COUTINHO, Luiz Alberto Soares et al. Perfil Epidemiológico da Tuberculose no Município de João Pessoa– PB, entre 2007-2010. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 16, n. 1, p. 35-42, 2012. FERREIRA, Valéria Goes; ALCÂNTARA, Cid Carlos Soares de; KRITSKI, Afrânio Lineu. Fatores associados à tuberculose pulmonar em pacientes que procuraram serviços de saúde de referência para tuberculose. 2012. FONTES, Wilma Dias et al. Atenção à saúde do homem: interlocução entre ensino e serviço. Acta paul enferm, v. 24, n. 3, p. 430-33, 2011. HINO, Paula et al. O controle da tuberculose na perspectiva da Vigilância da Saúde. Esc Anna Nery, v. 15, n. 2, p. 417-21, 2011. MACHIN, Rosana et al. Concepções de gênero, masculinidade e cuidados em saúde: estudo com profissionais de saúde da atenção primária Concepts of gender, masculinity and healthcare: a study of primary healthcare professionals. 2011. OLIVEIRA, Rita de Cassia Cordeiro de et al. Discursos de gestores sobre a política do tratamento diretamente observado para tuberculose. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 68, n. 6, p. 1069-1077, 2015. PILLER, Raquel VB. Epidemiologia da tuberculose. Pulmão RJ, v. 21, n. 1, p. 4-9, 2012. PREFEITURA DE MANAUS. Secretaria Municipal de Saude de Manaus. Situação de saúde no Município de Manaus: Relatório Executivo, Manaus, v.1, 2013. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global Tuberculosis Report. 2013, 2013. Disponível em:<http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/91355/1/9789241564656_eng.pdf >. Acesso em: 15 de abr. 2016.