Trabalhos Científicos TC-1 A utilização da camomila em afecções de pele Autor: Adriana Araújo Sicoli Co-autor: Mônica Antar Gamba Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/SP princípios ativos que atuam com eficácia no tratamento das afecções de pele. Esse fato foi comprovado a partir da revisão de literatura, na qual foram verificados diversos estudos acerca da eficiência dos princípios ativos da camomila no tratamento das afecções da pele. Em síntese, podemos afirmar que a camomila tem eficácia comprovada cientificamente no tratamento das afecções de pele. CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0259 TC-2 Introdução: suplementos herbais são produtos obtidos de plantas utilizados no tratamento de diversas enfermidades. A prática da medicina herbária está-se estendendo para a dermatologia e, apesar de a maioria dos casos ainda não possuir estudos científicos comparativos que certifiquem sua eficácia e segurança, tal prática tem sido bem aceita devido aos benefícios verificados no tratamento de acnes, queimaduras e feridas, infecções, entre outros (MOLEZZI; ALBEDAÑO, 2002). Justificativa: a camomila contém colina, cumarinas, glicosídeos cianogênicos, flavanóides, derivados de salicilato, taninos e óleos voláteis. Dessa forma, tornou-se atraente verificar qual a importância da utilização da camomila no tratamento das afecções de pele. Objetivo: abordar a utilização da camomila em afecções de pele, reunindo seletivamente os trabalhos publicados sobre o tema, tendo em vista a elaboração de uma revisão bibliográfica. Metodologia: o estudo foi baseado em pesquisa bibliográfica sobre o tema. O método de abordagem utilizado para a realização da pesquisa bibliográfica caracteriza-se como exploratório, por meio de coleta de dados, ou seja, de bibliografias e artigos já publicados, disponíveis nas bibliotecas de saúde, acessados por intermédio da Biblioteca da Escola Paulista de Medicina (BIREME). Desenvolvimento: segundo Montanari Jr. (2002), o valor real de uma planta medicinal está em seu efeito terapêutico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que planta medicinal é qualquer planta que possua, em um ou em vários de seus órgãos, substâncias usadas com finalidade terapêutica, ou que estas substâncias sejam ponto de partida para a síntese de produtos químicos e farmacêuticos. Para o tratamento das diversas afecções da pele, em muitos casos estão sendo empregados produtos naturais, como é o caso da camomila. Conclusão: com a elaboração do presente estudo, concluímos que a camomila contém Análise microbiológica da infusão do chá de camomila Autor: Andréia Aparecida Moraes Frazilio Co-autor: Mônica Antar Gamba Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233 Introdução: a comercialização de plantas medicinais e fitoterápicos tem crescido demasiadamente no mundo todo devido a vários fatores, como alto custo dos medicamentos e mesmo pelo modismo atual, que se volta para a medicina alternativa. A análise microbiológica tem como objetivo constatar a presença de microorganismos, incluindo algas, bactérias, fungos, protozoários e vírus. No estudo em questão, procedeu-se à análise microbiológica da infusão do chá de camomila por meio de análise laboratorial, visando determinar se é possível a utilização da infusão em afecções da pele, tais como flebites, conjuntivites, dermatites, entre outros. Objetivo: iniciamos o trabalho de avaliação microscópica dessa infusão no intuito de contribuir, principalmente para a enfermagem em dermatologia, para o uso freqüente da infusão do chá de camomila em lesões de pele. Metodologia: foi proposta a analise laboratorial da infusão do chá de camomila, incluindo cultura para aeróbios, anaeróbios e fungos em três laboratórios diferentes do estado de São Paulo. O preparo da infusão para análise foi estabelecido conforme descrito a seguir. Material: chá de camomila (matricaria camomila). Apresentação: flores de camomila em envelopes fechados industrialmente. Preparo: foi colocado um envelope do chá em água fervente por 5 minutos em temperatura média de 100˚C. Em seguida, a infusão foi posta em um recipiente estéril einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S2 Trabalhos Científicos (erlenmeyer), coberto com papel alumínio, ficando em repouso até atingir a temperatura ambiente. Após este processo, foi realizado o exame de cultura. Este preparo foi utilizado para todos os laboratórios. Desenvolvimento: a camomila é uma herbácea anual que contém em sua composição constituintes químicos como bisabolol, camazuleno, herniarina (óleo essencial), os quais são responsáveis pela inibição do crescimento de microorganismos. A utilização da camomila em afecções da pele é muito freqüente; contudo, alguns estudos demonstram fatores que inviabilizam o uso do chá sem comprovação cientifica. A análise microbiológica da infusão do chá de camomila, incluindo cultura para aeróbios, anaeróbios e fungos em três laboratórios diferentes do estado de São Paulo, foi processada para cultura de aeróbios, anaeróbios e fungos. O estudo revelou que a infusão do chá de camomila não apresentou resultados positivos em nenhuma das análises, mostrando um resultado diferente dos verificados nos estudos pesquisados na literatura. Conclusão: a elaboração deste trabalho foi de grande valia para nosso enriquecimento profissional, uma vez que nos trouxe uma visão crítica sobre a análise microbiológica da infusão do chá de camomila. De acordo com os resultados obtidos, a infusão do chá de camomila pode ser empregada na rotina hospitalar, sobretudo para o tratamento das lesões da pele, pois está dentro das normas estabelecidas na Portaria nº 518/1998 do Ministério da Saúde. TC-3 Prevenção da extubação acidental: controle dos fatores de risco associados ao cuidado de enfermagem Autor: Théia Maria Forny Wanderley Castellões Co-autor: Lolita Dopico da Silva Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); fermeiro. O estudo teve um desenho metodológico clínico-epidemiológico, observacional, com modelo de intervenção e delineamento quase-experimental. As variáveis deste estudo foram: a) variável dependente (efeito), referente à incidência da extubação acidental em pacientes em uso de ventilação mecânica invasiva; b) variáveis independentes (causa), concernentes aos momentos do cuidado de enfermagem, nos quais houve intervenção no transporte do paciente, no banho realizado no leito, na troca de fixação do dispositivo ventilatório e na mobilização no leito. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e pelo Comitê Científico da Instituição em janeiro de 2006. O local da pesquisa foi a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Pró-Cardíaco, situado na cidade do Rio de Janeiro/RJ. A população foi composta pelos 142 pacientes em uso de dispositivo ventilatório por 3.771 dias. Os resultados do primeiro objetivo compreendem a caracterização da equipe e a análise de sua capacitação, por meio dos resultados do pré e pós-teste, nos quais se constatou uma elevação das médias globais em torno de 25% em relação às médias iniciais, estando todos, ao término do treinamento, com notas superiores a 8, portanto, aptos a utilizar o guia de prevenção da extubação. Para esta capacitação, foram feitas 60 horas de treinamento em 30 encontros. Os resultados do segundo objetivo foram alcançados por meio de levantamento de prontuário no qual se obteve a informação de qual paciente extubou, quando, associado a que cuidado, a que horas, por quem e qual o dispositivo que o paciente usava. Os resultados apontam para a redução das extubações acidentais relacionadas ao cuidado de enfermagem de 3,27 (8,33%) para 1,05 (2,85%) eventos em 1.000 dias de ventilação mecânica; também demonstram que a extubação acidental relacionada com transporte e troca de fixação zeraram e as relacionadas com mudança de decúbito diminuíram. Quanto ao turno de trabalho, houve queda de 50% nas extubações no horário diurno, permanecendo igual no horário noturno. Hospital Pró-Cardiaco Endereço: R. Dona Mariana, 219 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ CEP 22280-020 – Tel.: (21) 2528-1433 A área de interesse situa-se no cuidado de enfermagem ao paciente em uso de suporte ventilatório, e o foco é a extubação acidental associada ao cuidado de enfermagem em quatro momentos: banho no leito, transporte do paciente crítico, mudança de decúbito e troca de fixação. O problema desta pesquisa foi: qual o resultado que se obtém na incidência da extubação acidental com o emprego de um guia preventivo para o manejo do dispositivo ventilatório pela enfermagem? Os objetivos foram: a) capacitar a equipe de enfermagem para o emprego de um guia preventivo da extubação acidental relacionada ao cuidado de enfermagem; b) avaliar os resultados da extubação acidental seis meses antes e seis meses após a implementação do guia preventivo. Ao ser realizado um rastreamento na literatura sobre produções com esta mesma temática, constatou-se que há uma importante lacuna na literatura nacional e internacional nesta área de atuação do eneinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 TC-4 Avaliação do padrão dos registros de enfermagem em um hospital privado Autor: Patricia Bover Draganov Co-autor: Magaly Cecília F. Reichert Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/ SP CEP 04023-900 – Tel.: (11) 5571-1720 Introdução: o prontuário do paciente é um documento legal que deve conter as informações da internação; portanto, é fundamental conhecer os aspectos legais para dimensionar a importância do registro correto de todas as atividades. Para a padronização desta atividade, foram criadas a Decisão COREN-SP-DIR/001/2000 e a Resolução CREMESP nº 70, de 14 de novembro de 1995. Objetivos: avaliar o padrão de registros de enfermagem quanto ao local de origem do registro, horário IV Simpósio Internacional de Enfermagem de preenchimento, categoria profissional, Decisão COREN-SPDIR/001/2000, SAE e débitos; enumerar medidas que direcionem as ações do Serviço de Educação Continuada. Material e Método: tratou-se de pesquisa descritiva, retrospectiva e abordagem quantitativa. A amostra, de 150 prontuários, foi selecionada por conglomerado. O instrumento foi adaptado de Francisco (1993). Os dados foram tratados de forma quantitativa. Resultados: os enfermeiros registraram pouco a assistência e alguns prontuários não continham quaisquer anotações da equipe de enfermagem. A maioria dos registros foi efetuada corretamente: eram claros, objetivos, precisos, legíveis e sem rasuras. Na identificação do autor, a maioria foi incompleta ou ausente. O cabeçalho foi em geral preenchido de forma correta, embora um número considerável apresentasse identificação incompleta ou ausente. Os registros foram feitos a caneta. Os débitos foram efetuados de forma incorreta, ou seja, incompletos, errados ou ausentes. A maioria dos prontuários apresentou histórico; quanto à prescrição, menos da metade apresentou ações de enfermagem; quanto à evolução, poucos prontuários continham a avaliação diária da resposta do paciente à conduta terapêutica. Verificamos que os registros de enfermagem são descontínuos, pois a maioria dos prontuários apresentava as SAE incompletas. Discussão: os resultados obtidos indicaram a necessidade de intervenção; o segundo objetivo deste estudo sugere medidas de suporte tais como: divisão de atividades entre os enfermeiros por unidades, dentre elas a auditoria dos registros; treinamento de SAE, utilizando técnicas de educação de adultos (andragogia); adequação dos impressos de enfermagem; elaboração e implantação de um serviço de auditoria de educação continuada. Conclusão: o registro das atividades de enfermagem é uma necessidade legal, administrativa, ética e assistencial que permite a análise dos dados, a avaliação dos resultados, a manutenção da qualidade do registro e o acompanhamento da assistência. O levantamento e a análise dos dados demonstraram, de forma geral, que os registros apresentam falhas e que há necessidade de intervenção, e as medidas de suporte sugeridas neste estudo pretenderam contemplar estas necessidades. Este estudo pode servir de subsídio para quaisquer serviços de educação continuada no levantamento de problemas de assistência. TC-5 Extravasamento de drogas antineoplásicas em pediatria: algoritmos para prevenção, tratamento e seguimento S3 Introdução: a via intravenosa é a mais utilizada para a administração de quimioterápicos, por garantir absorção e nível sérico adequados das diferentes drogas. O extravasamento, uma das complicações agudas mais severas relacionadas a essa modalidade de tratamento, causa extremo desconforto e sofrimento ao paciente e exige do enfermeiro habilidades clínicas e técnicas para diagnosticá-lo e intervir precocemente. Para tanto, a padronização dos cuidados de enfermagem para a administração dessas drogas e para intervir nos casos de extravasamento é uma medida importante para garantir a segurança do paciente oncológico pediátrico. Objetivos: identificar na literatura estudos sobre o extravasamento de drogas antineoplásicas em crianças e adolescentes e elaborar algoritmos para prevenção, tratamento e seguimento desse evento adverso. Método: pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados MEDLINE, PUBMED e LILACS, abrangendo o período de 1993 a 2005. As palavras-chave utilizadas foram: extravasamento, antineoplásicos, criança e seguimento. Resultados: foram analisados 12 artigos cujo conteúdo foi categorizado em três temas: prevenção, intervenções de enfermagem e tratamento, seguimento e documentação. Nestes trabalhos é descrita uma série de fatores de risco para a ocorrência de extravasamento em pediatria e destaca-se que o tratamento não-farmacológico desse evento adverso tem-se mostrado efetivo. Além disso, os estudos enfatizam que a suspeita ou ocorrência de extravasamento deve ser acompanhada por meio de instrumentos e protocolos específicos. O algoritmo, uma das principais ferramentas de gerenciamento da qualidade, destaca-se como um importante meio de organização de processos por favorecer sua realização com qualidade, mesmo em face da contenção de gastos. Esse instrumento tem especial aplicação na prevenção da ocorrência e no tratamento de eventos adversos graves como o extravasamento, instituindo meios para sua intervenção precoce e seguimento. Com base na literatura, foram desenvolvidos dois algoritmos, sendo um deles para padronização do processo de administração de drogas antineoplásicas vesicantes em crianças e adolescentes por meio de acesso venoso periférico, e o outro, para intervenção e monitoramento da ocorrência de extravasamento dessas drogas. Conclusão: o extravasamento de drogas antineoplásicas pode ser prevenido, diagnosticado e tratado precocemente, de maneira mais adequada, por meio da utilização de protocolos específicos e instrumentos como os algoritmos. Esses instrumentos constituem importante meio de promover uma assistência de enfermagem segura a crianças e adolescentes com câncer submetidos à quimioterapia antineoplásica, baseada em conhecimento científico e dentro do mais alto padrão de qualidade. Autor: Daniella Cristina Chanes Co-autores: Carla Gonçalves Dias, Maria Gaby Rivero de Gutiérrez Instituição: Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer – Instituto de Oncologia Pediátrica – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) TC-6 Funções administrativas do enfermeiro no contexto hospitalar Endereço: Rua Botucatu, 743 – Vila Clementino – São Paulo/ SP Autor: Camila Polo Camargo da Silva CEP 04023-060 – Tel.: (11) 5080-8464 Co-autor: Carmen Maria Casquel Monti Juliani einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S4 Trabalhos Científicos Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) tência ao paciente. Obs.: este trabalho contou com financiamento de bolsa de iniciação científica da FAPESP. Endereço: Av. Rubião Junior, s/n – Distrito Rubião Junior – Botucatu/ SP CEP 18618-970 – Tel.: (14) 3811-6070 Entre suas atividades, a enfermagem tem como objeto de trabalho a prestação do cuidado aos pacientes, mas em suas funções cotidianas assume tarefas de caráter administrativo que muitas vezes dividem o profissional entre a assistência e a administração. Contudo, o profissional deve ter consciência da importância das atividades gerenciais no processo de coordenação do serviço de saúde e enfermagem e, por meio dele, buscar melhorar continuamente a qualidade da assistência prestada. Os objetivos do estudo foram: analisar o processo de trabalho do enfermeiro a fim de identificar e quantificar a proporção do trabalho burocrático administrativo presente no cotidiano desses profissionais; verificar, segundo a percepção deles, as funções gerenciais que exercem o enfoque assistencial ou administrativo mais presente nas situações de graduação/trabalho; conhecer a média de horas destinadas e identificar a satisfação destes profissionais diante das atividades burocráticas. Comparamos o estudo com outro realizado há 11 anos na mesma instituição. Com isso, pudemos constatar as alterações ocorridas em relação aos objetivos do estudo. O estudo foi realizado num hospital-escola do interior do estado de São Paulo, sendo avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa e pela Divisão Técnica de Enfermagem local. O instrumento para coleta de dados foi baseado num estudo de Trevizan (1988) no que se refere à lista de atividades burocráticas do enfermeiro, sendo acrescentado apenas um tópico já no ano de 1995. Além disso, há questões que abordam o tempo destinado às atividades burocráticas, o enfoque do profissional na graduação/trabalho e a satisfação na realização das atividades burocrático-administrativas. Após análise e comparação dos dados, obtivemos como resultado um aumento no número de enfermeiras envolvidas com a assistência e crescente busca desses profissionais por cursos de especialização e aperfeiçoamento, como meio de melhorar a qualidade do cuidado e da atuação profissional. Na vertente do gerenciamento, segundo a lista utilizada cresceu o papel do enfermeiro quanto à orientação sobre rotinas, normas e atribuições aplicadas a sua equipe. Neste contexto, houve também um aumento na função de solicitar providências e uma redução na realização de senso/estatísticas, sendo esses dois dados estatisticamente significantes. O número de horas dedicadas às atividades burocrático-administrativas representou a metade ou mais da carga horária para 72% da população estudada no ano de 1995, e 53% no ano de 2006. De acordo com as respostas dos profissionais, no ensino da graduação houve uma diminuição no enfoque da assistência, que passou a ter um equilíbrio entre o cuidado e a administração. E, dentro desta instituição, obteve-se um aumento na questão da assiseinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 TC-7 Indicadores de resultados da assistência: análise dos eventos adversos durante a internação hospitalar Autor: Maria Cecília Toffoletto Co-autores: Camila Cristina Pires Nascimento, Kátia Grillo Padilha Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 419 – Cerqueira César – São Paulo/ SP CEP 05403-000 – Tel.: (11) 3061-7560 Introdução: a avaliação da qualidade dos serviços nas instituições hospitalares requer a utilização de indicadores de resultados com vistas a garantir a satisfação e segurança dos pacientes. Dentre os indicadores, encontram-se os eventos adversos no decorrer da prática assistencial. Objetivos: caracterizar os eventos adversos (EA) nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), Semi-Intensiva (USI) e de Internação (UI) de adultos, quanto a natureza, tipo, dia da semana e relação funcionário/paciente, no momento da ocorrência; identificar as intervenções dos enfermeiros imediatamente após o evento e verificar as taxas de EA. Método: estudo quantitativo, retrospectivo, realizado em um hospital privado do município de São Paulo/SP de fevereiro a junho de 2006, com dados do sistema informatizado de registro de EA e analisados segundo estatística descritiva. Resultados: no período analisado, nas 3 unidades, 229 pacientes sofreram 229 EA. Predominaram eventos relacionados à sonda nasogástrica/enteral (SNG/E) (57,64%), seguidos por queda (16,59%) e administração de medicamentos (14,85%). Ocorrências com SNG/E e erros de medicação foram mais freqüentes nas UTI e USI, enquanto queda, erros de medicação e problemas com cateter venoso central (CVC) prevaleceram na UI. Retirada não-programada de SNG/E foi o tipo de EA prevalente nas três unidades. A relação funcionário/paciente no momento do evento era de 1:2, 1:3 e 1:4 na UTI, USI e UI, respectivamente. Houve distribuição semelhante de ocorrências nos diferentes dias da semana. As intervenções de enfermagem predominantes nas três unidades foram recolocação da SNG/E (83,33%) e comunicação da ocorrência ao médico nos casos de erros de medicação (55,26%) e queda (47,06%). A maior taxa de EA foi relacionada à SNG/E, respectivamente, 2,31, 3,94 e 1,09 na UTI, USI e UI. Considerações finais: indicadores de resultados, como os eventos adversos, são ferramentas fundamentais da qualidade por apontarem aspectos do cuidado que podem ser melhorados, tornando a assistência aos pacientes livre de riscos e falhas e, portanto, mais segura. IV Simpósio Internacional de Enfermagem TC-8 Alocação de pessoal de enfermagem e eventos adversos em unidades de internação Autor: Daniella Vianna Correa Krokoscz Co-autor: Katia Grillo Padilha Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 419 – Cerqueira César – São Paulo/ SP – CEP 05403-000 Estudo quantitativo, transversal, prospectivo, realizado com o objetivo de analisar os efeitos da alocação de pessoal e da carga de trabalho de enfermagem nos resultados da assistência em duas Unidades de Internação (UIs) médico-cirúrgicas, com 20 e 15 leitos cada, denominadas respectivamente UI-A e UI-B, de um hospital do município de São Paulo/SP. Utilizou-se uma metodologia capaz de abranger 87% da variação dos cuidados requeridos pelos pacientes, composta por itens que incluem a dimensão biológica e psicossocial do cuidado: o Patient Focused Solutions/Workload Measurement-Inpatient Methodology (PFS/WM-IM). Foram considerados indicadores de resultado: queda, erro de medicação, retirada não-programada de sondas, cateteres ou drenos, úlcera por pressão (UP), infecção urinária (ITU) e pneumonia, desenvolvidas durante a internação hospitalar. Os dados foram obtidos dos prontuários e dos registros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, além da escala diária de pessoal de enfermagem. Após 47 dias consecutivos de coleta de dados, a amostra final foi composta por 387 pacientes, sendo 218 na UI-A e 169 na UI-B. Com distribuição eqüitativa de pacientes do gênero masculino e feminino, predominaram os idosos com 61 anos ou mais (38,5% na UI-A e 36,1% na UI-B), submetidos a tratamento cirúrgico eletivo (62,8% na UI-A e 56,8% na UI-B) e média de internação de 6,0 (+25,1) dias na UI-A e de 4,6 (+7,2) dias na UI-B. A maioria dos pacientes da UI-A foi proveniente da residência (52,3%); na UI-B, do pronto atendimento (47,3%), seguido pela residência (37,3%). Após a alta, 85,3% dos pacientes da UI-A e 87,6% da UI-B retornaram à residência. Com relação à ocorrência de eventos adversos (EAs), na UI-A 14 pacientes (6,4%) sofreram 23 EAs (9, 3 e 2 pacientes foram vítimas de 1, 2 e 4 eventos, respectivamente, sendo 13 retiradas não-programadas de sondas, cateteres ou drenos, 8 erros de medicação, 1 UP e 1 ITU). Na UI-B, 12 pacientes (7,1%) sofreram 13 EAs, ou seja, 11 pacientes sofreram 1 EA e um foi vítima de 2 EAs, sendo 10 erros de medicação, 2 retiradas não-programadas de sondas, cateteres ou drenos e 1 UP. Os pacientes foram classificados predominantemente nas categorias 1, 2 e 3 (baixa e intermediária complexidade), alocados em unidades adequadas para o cuidado requerido – as UI. Havia, em média, um enfermeiro para cada unidade e cada auxiliar de enfermagem cuidou de, no máximo, cinco pacientes. A média S5 de horas de enfermagem disponível foi maior do que o recomendado pelo PFS/WM-IM, respectivamente, 7 e 5,8 horas na UI-A e 6,2 e 4,9 horas na UI-B (p < 0,001). No período analisado, apesar do excedente de pessoal de enfermagem nas UIs A e B, houve ocorrência de EAs. Os resultados deste estudo contrapõem-se, portanto, às solicitações freqüentes de enfermeiros por maior quantidade de pessoal e apontam para a necessidade de novas investigações que complementem as análises realizadas, não só para as UIs médico-cirúrgicas, mas para todas as unidades do hospital. TC-9 Ações da equipe de enfermagem frente à prática de higiene oral Autor: Amanda de Fatima Catin Savioli Co-autores: Eliana M. S. Amaral, Alba F. Miranda, Izaide S. Marques Instituição: Universidade Paulista (UNIP) Endereço: Rua Comendador Enzo Ferrari, 280 – Swift – Campinas/ SP CEP 13045-770 – Tel.: (19) 3776-4000 A cavidade oral é meio de “cultura” de agentes microbianos na presença de placa bacteriana. Esses agentes microbianos podem disseminar-se pelo resto do organismo e provocar danos sistêmicos. A higiene oral é uma prática que garante a boa saúde oral. Estudos apontam uma estreita relação entre a saúde bucal e a saúde geral do indivíduo. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e análise de conteúdo. Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, com a aplicação de um questionário aos que concordaram em participar da pesquisa, mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo foi realizado em uma Unidade de Enfermagem médico-cirúrgica em um hospital universitário da cidade de Campinas/SP. O objetivo deste estudo foi verificar qual a relevância dada pelo profissional de enfermagem à pratica de higiene oral, com qual freqüência e quais os materiais e soluções mais empregados para este fim. Dos 26 profissionais que responderam ao questionário, 65% pertenciam à categoria de Técnicos de Enfermagem, sendo que 73% dos profissionais de enfermagem consideravam muito importante a realização de higiene oral. No entanto, 69% desses profissionais realizavam o procedimento apenas uma vez ao dia. Quanto aos materiais empregados para o procedimento de higiene oral, estes foram eqüitativamente escova dental e espátula com gaze, e a solução preferida foi o creme dental. Foram evidenciadas unidades de significado quanto à relevância da higiene oral para o profissional de enfermagem. Para esta questão, temos “profilaxia de doenças bucais” e “proporciona bem-estar”. Quando os profissionais de enfermagem foram questionados sobre como e quando realizavam a higiene oral ao paciente consciente e independente, foi evidenciado “orientação quanto à escovação”. Para a mesma questão einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S6 Trabalhos Científicos em relação ao paciente dependente e/ou inconsciente, tivemos a prática de higiene oral vinculada ao procedimento de banho e/ou de aspiração do tubo orotraqueal e na presença de sujidades. O estudo permite concluir que os profissionais de enfermagem sabem da importância que a saúde bucal traz ao indivíduo, como prevenção de doenças e o bem-estar proporcionado; no entanto, a freqüência é inferior às necessidades diárias recomendadas. Esta constatação reflete uma realidade não só local, mas brasileira, o que comprova a necessidade de uma conscientização das instituições de Saúde, para que os profissionais da área sejam estimulados a oferecer maior atenção aos cuidados de higiene oral. TC-10 Conhecimento da equipe de enfermagem em relação aos cuidados com a manutenção do cateter totalmente implantado em crianças dispositivos e ainda citaram verificação de refluxo e lavagem do cateter como prática. Sobre o conhecimento do enfermeiro em relação à punção do CTI, todos (25; 100%) referiram utilizar luva estéril, agulha específica e o uso de anti-séptico. Conclusão: o presente estudo requer maior abordagem dos profissionais quanto à sua real necessidade de conhecimento, pois percebemos que as condutas algumas vezes não são comuns a todos. Percebe-se, assim, a necessidade de uma padronização ante a manutenção do CTI, para que se possa garantir a segurança do procedimento ao cliente e sedimentar a prática de enfermagem. TC-11 Humanização em UTI Neonatal: o cuidado individualizado à percepção da equipe de enfermagem Autor: Marcia Carla Morete Autor: Marcia Carla Morete Co-autores: Érica Gonçalves de Albuquerque, Liliane Parussolo Co-autores: Juliana Ribeiro Barreto, Ligia Cipriano dos Santos Nogueira Fernandes Instituição: Santa Casa de Misericórdia de Santos Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Endereço: Av. Dr. Cláudio Luis da Costa, 50 – Jabaquara – Santos/ SP Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa CEP 11075-900 – Tel.: (13) 3202-0600 Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233 Introdução: quando pensamos em tratamento de crianças oncológicas, considera-se o uso de cateter totalmente implantável (CTI) essencial para a segurança de seu tratamento. Embora a utilização desse dispositivo seja comum, alguns serviços ainda estão iniciando seu uso na prática da Unidade Oncológica Pediátrica. Com o avanço tecnológico e com essa nova forma de dispositivo intravenoso utilizado, percebemos que a equipe de enfermagem que manipula esse cateter requer conhecimento adequado para que essa prática seja segura. Objetivo: o presente estudo tem como objetivo identificar o conhecimento da equipe de enfermagem a respeito da manutenção do CTI em crianças. Material e Método: a pesquisa foi de natureza quantitativa e descritiva com coleta de dados. Foram pesquisados 25 profissionais que fazem parte da equipe de enfermagem, entre eles enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que trabalham em Unidades de Oncologia Pediátrica; os profissionais responderam a um questionário com perguntas abertas acerca de seus conhecimentos sobre a manutenção do CTI. Resultados: os resultados observados mostraram que, quanto ao curativo do CTI, alguns profissionais (11, correspondendo a 44%) observam sinais flogísticos no local do cateter. Todos (25; 100%), afirmaram utilizar materiais como luva e gaze estéreis diante da técnica, e os enfermeiros (8; 100%) realizam a lavagem das mãos; outros, ainda, referiram o uso de clorexidine alcoólico e luva estéril. E apenas um enfermeiro (12,5%) verbalizou explicar o procedimento ao paciente e ao familiar. Quanto aos cuidados com o CTI durante a infusão de medicamentos, 15 profissionais (60%) realizam assepsia dos einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Introdução: segundo o Ministério da Saúde, a humanização é entendida como valor, ou seja, resgata o respeito à vida humana, abrange circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas presentes em todos os relacionamentos humanos. Em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), faz-se necessária a conscientização de que, quanto mais cedo forem identificados os fatores de risco para o RN, maiores as condições ajudá-los. Este é um dos papéis da enfermagem neonatal para promover segurança ao RN e a prestação de um cuidado mais humanizado. Objetivo: identificar a percepção da equipe de enfermagem em relação à humanização da assistência prestada aos recém-nascidos internados na UTIN. Material e Método: este estudo descritivo e quantitativo foi desenvolvido com 19 profissionais de enfermagem que atuam na UTIN de um hospital público do município de São Paulo/SP. A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário com questões abertas. Resultados: os resultados obtidos evidenciaram que a maioria dos profissionais sabe o que é a humanização; dentre os fatores que favorecem a humanização, destacaramse o contato direto entre mãe e filho, o acesso livre aos pais e a permanência contínua da mãe na unidade, assim como ficou evidenciada a importância do esclarecimento de dúvidas e apoio aos pais. Em relação às medidas de alivio da dor, alguns verbalizaram o contato direto e a avaliação da dor como forma de minimizá-la, embora reconheçam que essas crianças são manipuladas na maioria das vezes em torno de três a oito vezes no período de seis horas, aumentando seu estresse. Os IV Simpósio Internacional de Enfermagem profissionais referiram que, como medida de humanização, o ambiente deve ser alegre, colorido, livre de sons e ruídos, com pouca luminosidade e que possua grupo de pais e ajuda aos familiares desses recém-nascidos internados, propiciando uma comunicação terapêutica adequada com vistas a auxiliar na superação desse momento difícil. Conclusão: dos profissionais que participaram desse estudo, a maioria sabe reconhecer o que é a humanização, embora tenha apresentado dificuldades de identificar a aplicabilidade em sua prática diária. TC-12 Vantagens e desvantagens para o enfermeiro do Cateter Venoso Central (CVC) percutâneo em crianças internadas em unidades de terapia intensiva pediátrica S7 causada pela punção venosa periférica, capacidade de infusão de volume em tempo hábil, assim como a via de acesso segura. Em relação às desvantagens do CVP para os profissionais, a maioria referiu não possuir e, para a criança, o risco de infecção foi o mais citado entre os entrevistados. Conclusão: o CVC percutâneo é um procedimento que se torna cada vez mais necessário na prática diária, não somente por evitar exposição das crianças a procedimentos múltiplos dolorosos, como por obter uma via de acesso segura tanto para os profissionais como para as crianças. No entanto, a necessidade dos profissionais que manipulam este dispositivo de se manterem atualizados é fundamental para a qualidade da assistência. Sendo assim, a educação continuada tem papel fundamental em aprimorar o conhecimento prático-teórico necessário da equipe que manipula o cateter venoso central percutâneo, dentro das novas tecnologias desenvolvidas pela instituição. Autor: Marcia Carla Morete Co-autores: Aleksandra de Jesus Carneiro, Priscilla Lisandra Silva da Conceição Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa TC-13 Incidência de pacientes com piercing no pré-operatório de cirurgias gerais Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP Autor: Aline M. C. Nogueira CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233 Co-autor: Solange Diccini Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Introdução: o CVC percutâneo é realizado pelo médico por meio de punção em uma veia calibrosa, possibilitando rápido acesso, com efeitos imediatos. O procedimento necessita de anestesia local e técnica asséptica, tendo como sítios de punção a veia jugular interna, a subclávia, a jugular externa e a femoral. Observamos que, com o passar dos anos, técnicas complexas de monitorização tornaram-se responsabilidade da equipe de enfermagem, tendo esta de se familiarizar com equipamentos para uma boa assistência à criança. No intuito de garantir qualidade na assistência, é necessário que o enfermeiro se atualize nos cuidados que envolvem o procedimento de implantação do CVC percutâneo, desde sua indicação, preparo da criança, material, equipamentos necessários e auxilio durante a intervenção, bem como cuidados na manipulação e prevenção de complicações, principalmente a infecciosa. Objetivo: obter dos entrevistados a opinião sobre as vantagens e desvantagens em relação ao cateter venoso central percutâneo (CVP) para o enfermeiro e para crianças. Material e Método: estudo descritivo desenvolvido em um hospital geral de grande porte e de ensino entre dez enfermeiros que prestam assistência à criança crítica, ou seja, na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). Resultados: dentre as dificuldades mais comuns de acesso venoso em crianças em estado crítico está a dificuldade do procedimento diante do estado clínico da criança, assim como o estresse que as tentativas de punções periféricas proporcionam e a dificuldade de manter o acesso seguro. Dentre as vantagens do CVP para os profissionais, estes mencionaram a via de acesso segura e, para as crianças, a diminuição do estresse Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/ SP CEP 04652-280 – Tel.: (11) 9712-8094 Introdução: o uso de piercing pode acarretar uma série de complicações no paciente hospitalizado. O piercing na língua pode ser aspirado durante a intubação orotraqueal; o piercing em genitália pode dificultar a execução de parto normal; piercing no mamilo pode causar queimaduras após o uso de desfibrilador elétrico, como também pode provocar queimaduras devido ao uso de bisturi elétrico durante a cirurgia. Objetivo: avaliar a incidência de pacientes portadores de piercing no pré-operatório. Material e Método: estudo coorte prospectivo, realizado nas Unidades Cirúrgicas do Hospital São Paulo nos meses de novembro de 2005 a agosto de 2006. Resultados: foram avaliados 502 pacientes, sendo que 266 (53%) do sexo feminino e 236 (47%) do sexo masculino. Quanto à especialidade, 104 (20,7%) eram da ginecologia, 87 (17,3%) da urologia, 79 (15,7%) da ortopedia, 52 (10,4%) da gastrocirurgia, 35 (7,0%) da cirurgia plástica, 32 (6,4%) da otorrinolaringologia, 27 (5,4%), 24 (4,8%) da neurocirurgia, 20 (4,0%) da cirurgia de tórax, 14 (2,8%) da cirurgia vascular, 9 (1,8%) da oftalmologia, 7 (1,4%) da cirurgia de cabeça e pescoço, 7 (1,4%) da endocrinologia, 4 (0,8%) de transplantes e 1 (0,2%) do centro obstétrico. Três pacientes (0,6%) usavam piercing no pré-operatório, sendo que todos eram do sexo feminino e com a localização do piercing no umbigo. Os pacientes retiraram o piercing no pré-operatório. Conclusão: a incidência de pacientes com piercing foi de 0,6%. Mesmo com poucos relatos na einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S8 Trabalhos Científicos literatura sobre complicações relacionadas ao uso do piercing no intra-operatório, é necessário que no pré-operatório o enfermeiro oriente a retirada do piercing antes do encaminhamento do paciente ao centro cirúrgico. TC-14 Qualidade de vida de idosos institucionalizados Autor: Cibele Silveira Balaban Co-autor: Ruth Beresin Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233 eram independentes com relação à continência e 86,6 eram independentes para alimentação. Conclusões: a equipe de enfermagem tem um papel importante, qual seja auxiliar o idoso a viver mais tempo e com autonomia. Para isto, uma das tarefas prioritárias é a capacitação dos profissionais que cuidam dos idosos, enfocando principalmente técnicas de preservação da capacidade funcional, visando a uma boa qualidade de vida. TC-15 Problemas relacionados a medicamentos: a avaliação do processo da cadeia medicamentosa Autor: Maria Fernanda Zorzi Gatti Co-autores: Adriana Alves de Oliveira Marques, Patricia Introdução: com o grande aumento da população idosa no mundo, os estudos mostram que o fato de viver cada vez mais traz implicações importantes para a qualidade de vida; a questão é como prolongar a vida de maneira saudável. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida é “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Uma vida saudável no processo de envelhecimento é o resultado de uma interação de diferentes fatores. Viuvez, doenças incapacitantes, distúrbios mentais ou acidentes são eventos que podem, juntos ou isoladamente, comprometer a capacidade funcional do idoso e, conseqüentemente, sua independência e autonomia. E é justamente nestes momentos mais críticos que os idosos necessitam de cuidados da equipe de enfermagem e de outros profissionais de saúde, no sentido de oferecerem o apoio e o estímulo necessários para que estes idosos não diminuam ou percam sua capacidade funcional, limitando a realização de atividades básicas da vida diária e diminuindo sua qualidade de vida. Objetivo: avaliar a qualidade de vida e as atividades da vida diária de idosos institucionalizados. Foi realizado estudo transversal com uma amostra de 30 idosos do Residencial Israelita Albert Einstein, sendo aplicados os seguintes instrumentos: World Health Organization Quality of Life, em versão abreviada (WHOQOL-Bref), a Escala de Atividades da Vida Diária, de Katz, e um breve questionário elaborado pelas autoras. Resultados: os idosos eram em sua maioria viúvos e predominantemente do sexo feminino, com idade média de 84 anos. Em relação à escolaridade, 36,7% havia concluído o ensino fundamental. Quanto à avaliação da qualidade de vida dos idosos, o domínio social e meio ambiente foram os que apresentaram os maiores escores, enquanto o domínio físico foi o que apresentou o menor escore. Com relação às atividades básicas da vida diária, foram obtidos os seguintes resultados: 63,4% dos idosos eram dependentes para tomar banho, 60% eram dependentes para vestir-se, 50% eram independentes para ir ao banheiro, 77% eram independentes para locomoção, 63% einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Vendramim, Simone Cristina Garcia Instituição: Hospital Samaritano Endereço: R. Cons. Brotero, 1486 – Higienópolis – São Paulo/ SP CEP 01232-010 – Tel.: (11) 3821-5650 Introdução: os problemas relacionados a medicamentos (PRM) englobam toda a cadeia medicamentosa, que compreende um processo multiprofissional originado na prescrição médica e seguido da validação e aprazamento dos horários de administração, os quais são realizados pelo farmacêutico e pelo enfermeiro, respectivamente; a transcrição (solicitação dos medicamentos à farmácia), efetuada pelo auxiliar administrativo; a dispensação, pelo auxiliar de farmácia; e o preparo e a administração do medicamento, pela equipe de enfermagem. Objetivo: conhecer o índice de PRM e identificar suas origens e conseqüências ao paciente. Material e Método: foi realizado um estudo descritivo exploratório com abordagem quantitativa, mediante a análise das fichas de ocorrências encaminhadas à Comissão de Análise de PRM no período de julho de 2006 a março de 2007, referentes a pacientes internados e atendidos nos pronto-socorros (PS) de um hospital privado da cidade de São Paulo/SP. Para os pacientes internados, o cálculo para o índice de PRM foi obtido do número total de PRM/total de pacientes-dia X mil dias (por considerarmos que o tempo de permanência constitui variável importante). Nos PS, o índice foi calculado mediante o total de PRM/total de pacientes atendidos X mil. As origens foram identificadas a partir das fases que compõem a cadeia medicamentosa institucional e as conseqüências ao paciente, classificadas em conformidade com a diretriz da American Society of Hospital Pharmacists (ASHP), que considera desde o nível 0 (erro potencial que não atingiu o paciente) até o nível 6 (erro que resultou em óbito do paciente). Resultado: os índices encontrados para os pacientes internados e atendidos nos PS foram, respectivamente, 13,86% e 0,39%; originados na prescrição médica, 11,5% e 29,7%; na validação e aprazamento, 1,7% e 2,7%; na transcrição, 41,4% (pacientes internados); na dispensação, 35,3% e 21,6%; no preparo, IV Simpósio Internacional de Enfermagem 0,8% e 5,4%; e na administração, 9,4% e 40,6%. Em relação às conseqüências aos pacientes internados e atendidos nos OS, o nível 0 prevaleceu em 72,1% e 48,6%, respectivamente; o nível 1, em 19,8% e 37,8%; o nível 2, em 2,7% e 8,2%; o nível 3, em 0,2% e o nível 4, em 0,4% (pacientes internados); o nível 5, em 2,7% nos PS e sem condições de classificação em 4,8% e 2,7% dos PRM. Conclusão: os índices encontrados não nos permitem ainda uma análise fidedigna de sua relevância, uma vez que não são comparáveis aos encontrados na literatura, que, por não considerarem o tempo de permanência do paciente, podem interferir na acurácia do dado. As etapas de transcrição médica (pacientes internados) e administração de medicamentos (PS) foram as mais relevantes na origem dos PRM. Embora as conseqüências observadas não tenham sido graves, pois a maioria dos PRM foi identificada antes de atingir o paciente, os resultados apontam para a necessidade de revisão das etapas do processo, investimento em educação e tecnologia de informação. TC-16 TATEME enfermagem: treinamento no atendimento de emergência direcionado para técnicos de enfermagem Autor: Yara Kimiko Sakô Co-autores: Thaís Galoppini Félix, Monique Bueno Alves, Marina Vaidotas Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP S9 Enfermagem, curso de imersão teórico-prático voltado para os técnicos de enfermagem. Objetivos: avaliar e capacitar equipe de enfermagem e motoristas de ambulância da UPA no atendimento de urgências, emergências clínicas e traumatologias em adultos e crianças; Metodologia: foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo a partir dos dados obtidos de dois cursos ministrados em julho de 2006, com carga horária de 16 horas cada. A amostra foi composta por 68 profissionais da UPA, dos quais 53 técnicos de enfermagem, 4 auxiliares de enfermagem, 3 enfermeiros juniores e 8 motoristas de ambulância, sendo o critério de inclusão a participação em 100% do curso. Para a coleta dos dados foi elaborado um questionário composto por 20 questões de múltipla escolha, relacionadas ao atendimento de emergência, tendo sido aplicado individualmente aos profissionais na fase pré e pós-curso; após a correção, atribuiu-se 0,5 ponto para cada acerto. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística e tabulados. Resultados: a média do pré-teste foi 5,0, e do pós-teste, 8,2, demonstrando um aproveitamento médio de 63%. Os profissionais que não obtiveram a média de 7,0 no pós-teste foram reorientados durante o conteúdo prático. O conteúdo prático foi realizado com enfoque no resgate do conteúdo teórico ministrado. Considerações finais: a abordagem sistematizada da emergência exige uma atuação na qual cada profissional deve saber seu papel e sua importância dentro da equipe. Assim, o TATEME enfermagem oferece ao técnico uma referência para avaliação, tratamento, educação e garantia de qualidade e segurança no atendimento de emergência. CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0200 TC-17 Introdução: a abordagem sistematizada do atendimento ao indivíduo em situação de emergência iniciou-se em 1980 nos Estados Unidos com a criação e implementação do Advanced Trauma Life Support (ATLS) pelo Colégio Americano de Cirurgiões, e posteriormente com os Programas de Atendimento Cardíaco de Emergência da Associação Americana do Coração: Advanced Cardiac Life Support (ACLS), Advanced Pediatric Life Support (PALS) e Basic Life Support (BLS), para profissionais da saúde e leigos. No Brasil, este tipo de treinamento difundiu-se a partir do final dos anos 1980 e principalmente nos anos 1990, embora sempre direcionado para os médicos, sendo possível a participação de enfermeiros e inicialmente também de fisioterapeutas. Este tipo de abordagem em termos do A B C D E implica uma linha de pensamento e ação para toda a equipe multiprofissional de emergência. Partindo da premissa que os cursos de suporte avançado de vida são direcionados aos profissionais de saúde de nível superior, foi criado em 2004 pela equipe da Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) de um hospital particular terciário de grande porte da zona sul de São Paulo/SP o Treinamento de Atendimento em Emergência (TATEME). Inicialmente, o enfoque foi a divisão de tarefas; posteriormente, as enfermeiras desenvolveram o TATEME Trauma no idoso: abordagem e segurança no transporte pré-hospitalar Autor: Marcia Cristina da Cruz Mecone Co-autores: Monique Bueno Alves, Felipe Freitas Marques, Gladys Cristina Borges, Kelly Cristina Rodrigues Dias, Alexandre Pieri, Marina Vaidotas Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: com o aumento da expectativa de vida, o trauma no idoso tornou-se um problema de Saúde Pública. A prevenção é considerada o melhor tratamento, porém muitas vezes não é suficiente. A abordagem na fase aguda do trauma, quando realizada por uma equipe treinada e capacitada, proporciona menor risco de agravos nas lesões pré-existentes. O conhecimento da incidência de casos e das características demográficas dos pacientes idosos atendidos na fase pré-hospitalar por uma equipe de enfermagem de uma Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) pode trazer informações importantes para a criação de um protocolo, visando à melhoria na qualidade e segurança no atendimento. einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S10 Trabalhos Científicos Objetivos: caracterizar a população idosa vítima de trauma, atendida pela equipe pré-hospitalar da UPA de um hospital terciário do município de São Paulo/SP. O objetivo secundário foi avaliar a necessidade de desenvolver estratégias para a melhoria da assistência pré-hospitalar de enfermagem nessa população. Método: estudo retrospectivo com pacientes atendidos pela equipe préhospitalar da UPA do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), de janeiro a dezembro de 2006. As informações foram obtidas a partir de um banco de dados com as características dos chamados de saída de ambulância. Foram incluídos no estudo os pacientes com mais de 60 anos, com diagnóstico de lesões traumáticas, atendidos pela equipe pré-hospitalar. Resultados: de um total de 430 pacientes atendidos pela equipe pré-hospitalar, 299 (69,5%) eram idosos; desses, 161 eram do sexo feminino. Lesões traumáticas foram observadas em 57 pacientes, correspondendo a 13,2% do total de atendimentos no ano de 2006. A média de idade foi de 85,4 anos. Verificou-se que 40 (70,1%) idosos tinham idade entre 74 e 89 anos. A maioria dos chamados, correspondendo a 78,2% do total, foram realizados entre às 8 e 21 horas. Todos os atendimentos foram realizados na residência dos pacientes. Após admissão na UPA, todos evoluíram com internação hospitalar. Discussão: a tabulação dos dados nos fez perceber que é necessário um programa de capacitação especializado que contribua para a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem nos idosos vítimas de trauma. O enfoque anátomo-fisiológico, fatores predisponentes, abordagem no local e transporte com segurança para a UPA são importantes para a realização de um protocolo específico. Observou-se a necessidade da utilização de indicadores de qualidade para avaliação e desenvolvimento de ações de melhoria. Considerações finais: o estudo permitiu-nos conhecer a incidência e as características dos casos de idosos vítimas de trauma, os horários de maior incidência e o local em que o trauma ocorreu. Essas informações serão utilizadas como base para a criação de um protocolo específico da UPA. TC-18 tos lançados no mercado anualmente, a qualidade das prescrições médicas, enfim, falhas no sistema de medicação de uma maneira geral. Uma forma de diminuir os erros de medicação é a sua notificação, o que permite o estudo das causas, possibilitando sua prevenção. Assim, este estudo foi desenvolvido com os seguintes objetivos: descrever e analisar os erros de medicação notificados em um hospital geral privado no município de Campinas/SP e o relatório de ocorrências utilizado pela instituição. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, retrospectivo e longitudinal, que foi dividido em duas fases: na primeira fase foi realizada a análise dos erros de medicação ocorridos e na segunda, a entrevista com os profissionais. Foram analisados 39 erros de medicação no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2005, dos quais 13 (33,3%) estavam relacionados à administração de medicamento não-prescrito, 10 (25,6%) a erros de omissão, 6 (15,4%) a erro de dose, 5 (12,8%) a erro de técnica, 3 (7,7%) a erro de horário, 1 (2,6%) a erro de apresentação e 1 (2,6%) a erro de prescrição. A entrevista foi realizada com 64 profissionais; destes, 45 (70,3%) não conhecem o relatório de ocorrências utilizado na instituição. Dos 19 (29,7%) profissionais que o conhecem, todos o consideram adequado para o relato dos erros de medicação; além disso, 30 (46,9%) profissionais acreditam que os erros de medicação são notificados na instituição. Entretanto, com o número de erros notificados em um período de seis anos ficou claro que a subnotificação é uma realidade vivenciada pela instituição. Concluise que os profissionais da instituição não têm conhecimento da situação atual vivenciada pela instituição com relação aos erros de medicação e à subnotificação destes erros. Além disso, o relatório de ocorrências da instituição está incompleto, necessita ser revisado e divulgado dentro da instituição, a fim de envolver toda a equipe multidisciplinar, aumentar o número de erros relatados e, desta forma, implementar estratégias de ação para evitar novos erros, aumentando conseqüentemente a segurança dos pacientes e a qualidade da assistência prestada. TC-19 A ponta do iceberg: o método de notificação de erros de medicação em um hospital geral privado no Município de Campinas/SP Eficácia da utilização da escala modificada de LAPSS no reconhecimento precoce do AVC Autor: Thalyta Cardoso Alux Teixeira Co-autores: Renata Donato Janeri, Denise Isabel Luiz, Marina Vaidotas, Co-autor: Silvia Helena de Bortoli Cassiani Sandra Cristina P. L. Shiramizo, Silvia de Barros Ferraz, Tânia Oliveira Lopes Instituição: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Universidade de São Paulo (USP) Endereço: Av Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP Endereço: Av. Bandeirantes, 3900 – Campus Universitário – Monte CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0200 Autor: Lourdes Segawa Alegre – Ribeirão Preto/ SP – CEP 14040-900 – Tel.: (16) 3602-3418 Observações realizadas na prática de enfermagem indicam que erros na administração de medicamentos são passíveis de ocorrer e de fato ocorrem. Como causas têm-se, entre outras, a sobrecarga de trabalho da equipe de enfermagem, o conhecimento insuficiente sobre os medicamentos, o número elevado de medicameneinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Introdução: segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorrem no mundo cerca de 6 milhões de mortes/ano relacionadas ao acidente vascular cerebral (AVC), sendo a terceira maior causa de morte depois das doenças coronarianas e do câncer. O AVC requer um método de triagem rápido para seleção dos pacientes, sendo o primeiro contato entre o paciente IV Simpósio Internacional de Enfermagem e o hospital. A equipe de enfermeiros da Unidade de Triagem deve ser treinada e capacitada a reconhecer os sinais e sintomas do AVC. O uso de escalas específicas para o reconhecimento do AVC aumenta a probabilidade do diagnóstico correto. A escala Los Angeles Prehospital Stroke Screen (LAPSS) é utilizada na Unidade de Primeiro Atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) desde 2004; contudo, em 4 casos os pacientes não foram triados da maneira recomendada, tendo o tempo porta imagem acima de 45 minutos – tempo recomendado pela American Heart Association (AHA) –, o que poderia comprometer o prognóstico do paciente. Mediante este fato, foram realizadas reuniões para discussão e avaliação das causas que levaram à dificuldade do reconhecimento pelo enfermeiro da triagem, e foi realizada uma adaptação da escala LAPSS. Objetivo: avaliar a eficácia da adaptação da escala LAPSS no reconhecimento precoce dos sinais e sintomas do AVC pelo enfermeiro da triagem. Material e Método: estudo descritivo retrospectivo realizado em um hospital privado de grande porte da cidade de São Paulo/SP no período de março a agosto de 2006 (pré-adaptação) e setembro de 2006 a abril de 2007 (pós-adaptação). Foram relacionados os casos suspeitos, tempo porta imagem e o diagnóstico de AVC isquêmico (AVCI). Foi realizado treinamento, que contemplou 84% dos enfermeiros da unidade e enfatizou a mudança da escala e a expectativa quanto à melhoria do reconhecimento dos sinais e sintomas de pacientes com suspeita de AVC. Resultados: diagnósticos pré (nº), pré (%), pós (nº), pós (%): AVCI – 71; 54%, 48; 56%; AVCH – 11; 8%, 11; 13%; AIT – 20; 15%, 21; 24%; Outros – 30; 23%, 6; 7%; Total – 132; 100%, 86; 100%. Conclusão: a adaptação da escala LAPSS determinou o aumento do reconhecimento dos casos de AVC hemorrágico (AVCH) e acidente isquêmico transitório (AIT), e houve diminuição do acionamento do código AVC para casos não-elegíveis ao protocolo, demonstrando que o envolvimento do enfermeiro no processo assistencial de triagem, com conhecimento técnico-científico adequado, permite o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas do AVC, possibilitando ao paciente um tratamento ágil, eficaz e adequado, com redução da morbi-mortalidade. TC-20 S11 hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos problemas de Saúde Pública de maior prevalência em todo o mundo e constitui-se numa das afecções mais comuns do mundo moderno, atingindo, em média, de 15% a 20% da população adulta. Por esse motivo, objetivou-se investigar o perfil dos hipertensos com idade entre 40 e 70 anos, pertencentes à área de abrangência do Posto de Saúde José Coelho dos Santos, no município de Guaraí/TO, e elaborar um plano de assistência de enfermagem. Como método de estudo, foi utilizada coleta de dados por meio de um questionário semi-estruturado. Os resultados mostraram que 83,55% dos hipertensos têm mais de 50 anos; 60,8% são mulheres; 75,9% têm uma alimentação inadequada; 65,82% informaram fumar ou já ter fumado; 74,68% não praticam atividade física; 45,45% consomem bebida alcoólica; 60,76% têm história de hipertensão na família; 45,57% são portadores de diabetes mellitus; e 59,5% estão acima do peso. Tais resultados reforçam a importância da divulgação de informações e orientações relacionadas com a saúde dos hipertensos e das pessoas com maior predisposição de se tornarem portadores de HAS. Em virtude disso, foi elaborado um plano de assistência de enfermagem, posteriormente disponibilizado às enfermeiras da Unidade Básica de Saúde. O plano elaborado abordou assuntos pertinentes à hipertensão arterial, incluindo esclarecimento sobre o conceito, causas e conseqüências, sinais e sintomas, tratamento medicamentoso e não-medicamentoso, importância da redução do consumo de sódio, importância de abster-se do tabagismo e diminuir a ingestão alcoólica, controle do peso, estímulo à prática de atividade física, mudança de hábitos alimentares inadequados, consultas periódicas com o médico e o enfermeiro, uso correto de medicamentos e participação de um grupo de controle de hipertensos, além da capacitação dos profissionais para melhor atender pacientes com hipertensão arterial. TC-21 Transtorno afetivo bipolar e terapêutica medicamentosa: analisando perdas e limitações Autor: Adriana Inocenti Miasso O perfil dos hipertensos pertencentes à área de abrangência do posto de saúde José Coelho dos Santos Co-autores: Silvia Helena de Bortoli Cassiani, Luiz Jorge Pedrão Autor: Camila Ferreira Cruz Coêlho Monte Alegre – Ribeirão Preto/ SP Instituição: Faculdade Guaraí CEP 14040-900 – Tel.: (16) 3602-3418 Instituição: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) Endereço: Av. Bandeirantes, 3900 – Campus Universitário Endereço: Av. JK, 2541 – Jardim Universitário – Guaraí/ TO CEP 77700-000 Uma constante preocupação nos dias atuais é a elevação dos níveis de pressão arterial na população, principalmente com o avançar da idade. Esta é uma síndrome de origem multifatorial caracterizada pelo aumento das cifras pressóricas arteriais. A O transtorno afetivo bipolar (TAB) é considerado um transtorno crônico, caracterizado pela existência de episódios agudos e recorrentes de alteração patológica do humor que trazem grande impacto na vida do paciente, impondo-lhe limites e reduzindo sua qualidade de vida. Como o TAB é crônico, a adesão ao tratamento medicamentoso é fundamental para einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S12 Trabalhos Científicos aumentar a chance de melhorar o prognóstico. A eficácia está diretamente relacionada à adesão. Todavia, quando opta por aderir ao tratamento medicamentoso prescrito, a pessoa com TAB passa a conviver com seus efeitos colaterais, muitas vezes limitantes e dolorosos. Nesse contexto, este estudo analisou as perdas e limitações vivenciadas pelas pessoas com TAB frente ao transtorno e terapêutica medicamentosa, em sua perspectiva e na de seu familiar. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, tendo como referencial metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados, à luz do Interacionismo Simbólico. É parte da tese de doutorado intitulada Entre a cruz e a espada: o significado da terapêutica medicamentosa para a pessoa com Transtorno Afetivo Bipolar, em sua perspectiva e na de seu familiar. Participaram do estudo 14 pessoas com TAB que estavam em acompanhamento em uma Unidade Ambulatorial de Transtornos do Humor de um hospital universitário e 14 familiares por elas indicados. A entrevista e a observação foram as principais formas de obtenção de dados. Os resultados revelaram duas categorias que descrevem as perdas da pessoa com TAB devido ao transtorno e terapêutica medicamentosa e seis que descrevem suas limitações: tendo perdas afetivas; tendo perdas cognitivas; tendo limitações nos estudos; tendo limitações no trabalho; tendo limitações financeiras; tendo limitações no lazer; tendo limitações para conduzir veículos e tendo restrições alimentares. Constatouse que apesar da ambivalência em relação à adesão ao medicamento, proveniente dos efeitos terapêuticos e colaterais ocasionados pelo mesmo, a pessoa com TAB possui potencialidades para conviver com a situação de perdas e limitações. Palavras-chave: Transtorno bipolar, Hábitos de consumo de medicamentos, Relações interpessoais. TC-22 Transtorno afetivo bipolar: terapêutica medicamentosa e interação com a equipe de saúde Autor: Adriana Inocenti Miasso Co-autores: Silvia Helena de Bortoli Cassiani, Luiz Jorge Pedrão Instituição: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da na instrumentalização do paciente e do familiar em relação ao transtorno e ao tratamento medicamentoso. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar como ocorre a interação entre a pessoa com TAB e a equipe de saúde responsável por sua terapêutica medicamentosa, na perspectiva do paciente e familiar. Esta investigação utilizou uma abordagem qualitativa, tendo como referencial metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados, à luz do Interacionismo Simbólico. É parte da tese de doutorado intitulada Entre a cruz e a espada: o significado da terapêutica medicamentosa para a pessoa com Transtorno Afetivo Bipolar, em sua perspectiva e na de seu familiar. Participaram do estudo 14 pessoas com TAB que estavam em acompanhamento em uma Unidade Ambulatorial de Transtornos do Humor de um hospital universitário e 14 familiares por elas indicados. A entrevista e a observação foram utilizadas como principais estratégias de obtenção de dados. As entrevistas gravadas, após serem transcritas, foram codificadas em três etapas: codificação aberta, codificação axial e codificação seletiva. Os resultados revelaram duas categorias que descrevem como ocorre a interação entre a pessoa com TAB e a equipe de saúde: identificando falhas na orientação sobre os medicamentos e sentindo necessidade de uma avaliação individualizada. Constatou-se que, ao interagir com a equipe de saúde, a pessoa com TAB não se sente acolhida e, frente ao que é vivenciado, adota várias estratégias na expectativa de modificar aspectos negativos de sua realidade: a fé, a busca por acesso a informações sobre os medicamentos e sobre o transtorno, bem como a participação em grupo de psicoeducação. Este estudo permitiu, assim, um salto na implementação de estratégias de intervenção nos serviços de saúde direcionadas à segurança destes pacientes no que se refere à interação com a equipe de saúde e terapêutica medicamentosa. Sugere-se como estratégias: oferecer adequado processo psicoeducativo ao paciente; implementar, durante os períodos de hospitalização, a auto-administração supervisionada de medicamentos; estimular os pacientes a questionar os vários aspectos da terapêutica medicamentosa, atuando como parceiros no tratamento, por meio do uso de folhetos com explicações simples. Palavras-chave: Transtorno bipolar, Hábitos de consumo de medicamentos, Relações interpessoais. Universidade de São Paulo (USP) Endereço: Av. Bandeirantes, 3900 – Campus Universitário Monte Alegre – Ribeirão Preto/ SP CEP 14040-900 – Tel.: (16) 3602-3418 O transtorno afetivo bipolar (TAB) é considerado um transtorno crônico, caracterizado pela existência de episódios agudos e recorrentes de alteração patológica do humor que trazem grande impacto na vida do paciente. Como o TAB é crônico, a adesão ao tratamento medicamentoso é fundamental para aumentar a chance de melhorar o prognóstico. Nesse contexto, a equipe de saúde tem papel fundamental einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 TC-23 Satisfação do cliente da unidade de primeiro atendimento pediátrico: impacto da brinquedoteca Autor: Monique Bueno Alves Co-autores: Magda Roberta Ferreira, Lacynéia Maria A. V. Kleimman, Marina Vaidotas Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0200 IV Simpósio Internacional de Enfermagem Introdução: a Unidade de Primeiro Atendimento Pediátrico (UPA-P) do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) é capacitada para atendimento de urgências, emergências e situações com baixo grau de complexidade, com média de 1.892 atendimentos/mês. Fatores como tempo de espera imprevisível para o atendimento médico e presença de insegurança, dúvidas e apreensão frente à criança enferma tornam árdua a tarefa de atingir a expectativa e satisfação completa em todos os atendimentos avaliados pela família. Para acolher a criança e sua família, a equipe multiprofissional da UPA-P sentiu a necessidade de inovar: reformou o setor, tornou-o um ambiente harmônico, alegre, interativo e recreativo e criou a brinquedoteca, estratégias que foram desenvolvidas para amenizar o estresse da criança e família causado pela hospitalização. A brinquedoteca da UPA-P foi inaugurada em fevereiro de 2007, é supervisionada por uma brinquedista e as atividades são adequadas para o cenário hospitalar. Este estudo busca dados que relacionem a satisfação do cliente com a brinquedoteca na UPA-P. Objetivos: identificar, caracterizar e comparar os números de queixas e elogios referentes à UPA-P antes e depois da implantação da brinquedoteca. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo realizado na UPA-P do HIAE a partir dos registros de queixas e elogios de clientes, comparando os períodos de fevereiro a maio de 2006 e fevereiro a maio de 2007. Resultados: no primeiro período, os atendimentos pediátricos totalizaram 8.377, foram registradas 5 (0,05%) queixas e não houve elogios. Considerando o conteúdo das queixas, 3 (60%) foram referentes a demora para atendimento e as 2 restantes a falta de cortesia (20%) e falta de brinquedos na recepção (20%). Durante o segundo período, 7.984 crianças foram atendidas e houve o registro de 15 (0,18%) queixas. A fatura hospitalar foi o principal motivo das queixas, com 8 (53,3%) ocorrências, seguida por discordância do diagnóstico médico, com 3 casos (20%). Falta de cortesia, punção venosa e demora no processo de internação representaram 1 queixa (6,6%) cada. No mesmo período, o número de elogios foi 11 (0,13%), sendo 6 (54,5%) para a equipe multiprofissional, 3 (27,2%) para a brinquedoteca e 2 (18,1%) para pediatras. O aumento das queixas registradas no segundo período é decorrente da discordância de valores de cobranças; em contrapartida, não houve queixas referentes a espera para atendimento e o número de elogios aumentou significantemente. Considerações Finais: nossa análise sugere que a brinquedoteca contribuiu para a diminuição da ansiedade e insegurança potencializadas pelo setor de emergência. Provavelmente, a espera pelo atendimento tenha-se tornado menos estressante e a doença foi desfocalizada, mantendo a premissa da assistência hospitalar humanizada. Os elogios referentes à brinquedoteca corresponderam a 27,2% dos registrados e traduzem a satisfação dos clientes da UPA-P frente a inovações que visam à qualidade do atendimento hospitalar. S13 TC-24 Avaliação de feridas na UPA: implantação de um instrumento facilitador Autor: Maria Roza de Jesus Sampaio de Oliveira Co-autores: Márcia Gomes da Silva, Renata Gonçalves de Souza, Elson Peyneau, Assunta Marcelina Poleone, Marina Vaidotas Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: no ano de 2006, foram realizados 3.600 curativos na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA). Frente ao alto volume de atendimentos, percebeu-se a necessidade de elaboração de um instrumento facilitador para que o enfermeiro realizasse de forma mais rápida e segura a avaliação de feridas. Objetivo: descrever a experiência na criação e implantação de um instrumento facilitador para avaliação de feridas. Método: estudo descritivo, no qual foi avaliado o número de pacientes atendidos na UPA com lesões, produtos utilizados para a realização do curativo e treinamento com a equipe de enfermagem. A partir dessa análise definimos a rotina de avaliação, registro e execução do procedimento. Discussão: a avaliação de um resultado que, do ponto de vista de alguns profissionais da equipe, não se encontrava satisfatório proporcionou uma revisão de todo o processo, envolvendo toda a equipe de enfermagem que realizava o procedimento e gerando a oportunidade de aprendizado e de adequação da atividade. Reescrevemos a descrição do procedimento, reformulamos a ficha de registros e capacitamos a equipe. Ainda não temos dados clínicos que mostrem as melhorias no processo. Porém, verificou-se que a equipe de enfermagem atende esses pacientes de maneira sistematizada, com redução do tempo de atendimento e redução de custos (diminuição de glosas de contas). Conclusão: a revisão completa do procedimento proporcionou à equipe de enfermagem da UPA melhor qualidade na avaliação e execução dos procedimentos, garantindo atendimento individualizado, seguro, com a agilidade que a UPA almeja proporcionar a seus pacientes. TC-25 Efetividade do treinamento: adesão ao protocolo assistencial institucional Autor: Regina Mayumi Utiyama Co-autores: Adriana Martins da Silva, Alexandre Sousa, Camila Sardenberg, Claudia Regina Laselva, Constantino José Fernandes Júnior, Cristina Mizoi, Gina Laube, Gisele de Paula Dias Santos, Lissandra Borba da Cunha Instituição: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0607/3743 Introdução: o gap entre o conteúdo estabelecido em protocolos assistenciais baseados na melhor evidência científica e sua imeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S14 Trabalhos Científicos plementação e aplicação na prática clínica pelos profissionais assistenciais é um dos grandes desafios dos serviços de saúde. Entretanto, implementar diretrizes que possam reduzir este gap resulta, do ponto de vista ético, numa assistência baseada nas reais necessidades dos pacientes, com meta em redução de iatrogenias e custos, contribuindo para a qualidade do serviço prestado e, conseqüentemente, garantindo a segurança do paciente. Os protocolos isoladamente não alteram as condutas, devendo sempre ser acompanhados por uma estratégia de treinamento com a finalidade de difundir o conhecimento e sensibilizar as equipes para a adesão às diretrizes. A aplicação dessas diretrizes na prática clínica é de fundamental importância para monitorar os resultados de um treinamento. Objetivo: avaliar a eficácia de um treinamento monitorando a adesão ao protocolo institucional Código Amarelo. Material: o estudo foi realizado em um hospital geral privado de grande porte da cidade de São Paulo/SP. Essa instituição já havia implementado o protocolo de atendimento à parada cardiorrespiratória, denominado Código Azul. Posteriormente, foi implementado o protocolo de atendimento a emergências e urgências, denominado Código Amarelo, para pacientes adultos de todas as áreas com atendimento a pacientes internos e externos em que não há médico plantonista 24 horas. No período de 29 de janeiro a 9 de fevereiro de 2007, foram realizados treinamentos para as áreas assistenciais. A estratégia do treinamento foi aula presencial com discussão de casos e participação ativa dos colaboradores na escolha da melhor conduta. O público-alvo foi de 1.219 assistenciais. Método: estudo descritivo, prospectivo, realizado no período de fevereiro a maio de 2007. A primeira fase consistiu em treinamento presencial e a segunda fase, no monitoramento dos casos acionados, verificando-se os critérios de elegibilidade no período de 26 de fevereiro a 26 de abril, 60 dias após o início do Código Amarelo. Resultados: o treinamento teve a participação de 971 colaboradores, sendo 74% da equipe de enfermagem, 18% de fisioterapeutas e 6% de outros profissionais. Considerando o público-alvo, tivemos 79,6% de participação. O Código Amarelo foi acionado 93 vezes, 100% dentro dos critérios de elegibilidade. Dos acionamentos, 40% dos pacientes foram encaminhados para as Unidades de Terapia Intensiva e SemiIntensiva, sendo as principais causas a deterioração do padrão respiratório, sinais e sintomas cardiovasculares e neurológicos. Conclusão: o estudo mostrou a efetividade do treinamento por meio da análise da adesão às recomendações do protocolo e também que é possível a integração entre áreas na implementação de processos e monitoração dos resultados assistenciais. TC-26 Queda de pacientes: análise do indicador de qualidade da assistência Autor: Maria Regina Lourenço Jabur Co-autores: Juliana Tominaga, Maria Gabriela Motta Bonjardin, Michela Perpétua Aliberti, Adriana Bianchi Tanaka einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Instituição: Hospital Emílio Carlos Endereço: Av. S. Vicente de Paulo, 1455 Parque Iracema – Catanduva/ SP CEP 15809-140 – Tel.: (17) 3531-3228 A qualidade da assistência à saúde é uma preocupação entre os profissionais da área de Saúde. Qualidade assistencial pode ser mensurada a partir de alguns indicadores. Indicador de qualidade é uma unidade de medida de uma atividade com a qual está relacionada ou, ainda, uma medida quantitativa que pode ser empregada como guia para monitorar e avaliar a assistência e as atividades de um serviço (JCAHO, 1992). Por mais que os profissionais da área da Saúde tentem prestar uma perfeita assistência aos pacientes, a ocorrência de falhas e acidentes não pode ser descartada, mas é necessária uma preocupação constante com a segurança dos pacientes. Segurança do paciente é a redução e mitigação de atos não-seguros dentro do sistema de assistência à saúde, assim como a utilização de boas práticas para alcançar resultados ótimos para o paciente (The canadian patient safety dictionary. Canada, October, 2003). Queda de pacientes internados é um indicador importante para ser investigado em saúde. A prevenção e o controle desse indicador contribuem para a melhoria do cuidado prestado, além de atender à responsabilidade legal do prestador da assistência em garantir a integridade do paciente. O objetivo do estudo foi analisar, em um hospital universitário no interior do estado de São Paulo, o indicador de queda de pacientes no período de fevereiro a dezembro de 2006, por meio da caracterização do perfil dos pacientes, identificando os setores de maior incidência e investigando os tipos de queda sofrida pelos pacientes. Tratou-se de um estudo descritivo retrospectivo, utilizando a metodologia quantitativa e o referencial teórico da auditoria retrospectiva de processo. A amostra foi constituída de 95 quedas que ocorreram no período do estudo. Pudemos constatar, por meio dos resultados, que a incidência de quedas/1.000 pacientes/dia foi maior no mês de abril, com 5,69, seguida do mês de agosto, com 5,27, e a menor incidência ocorreu no mês de outubro, com 1,45. Quanto ao gênero, 39% dos pacientes eram do sexo feminino e 61%, do sexo masculino. Em relação à idade, ocorreu em todas as faixas etárias, sendo que a faixa etária entre 50 a 60 anos foi a de maior incidência, com 20,7%, seguida da faixa etária entre 60 a 70 anos, com 16,5%. Os setores em que as quedas mais ocorreram foram: clínica médica masculina, com 45%, e clínica médica feminina, com 28%. Quanto ao tipo de queda, 28% caíram da cama e 20% da própria altura, sendo que 42% não identificaram o tipo de queda sofrida pelo paciente. Podemos concluir, com este estudo preliminar, que as quedas ocorreram mais na clínica médica, no sexo masculino, onde há maior prevalência de pacientes na faixa etária acima dos 50 anos. Daremos continuidade a este estudo por meio da análise dos prontuários, para verificarmos os fatores de risco, IV Simpósio Internacional de Enfermagem e realizaremos uma observação nas clínicas mais incidentes para detectarmos os fatores de risco ambientais. Em seguida, elaboraremos um protocolo para prevenção de quedas. TC-27 Auditoria de assistência de enfermagem: um instrumento na avaliação da qualidade Autor: Maria Regina Lourenço Jabur Co-autores: Josimerci Ittavo Lamana Faria, Lúcia Marinilza Beccaria, Sonia de Abreu Potella Instituição: Hospital de Base Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5544 – São Pedro – São José S15 datados em 62%; registro de realização de curativo de cateter central em 33%; registro do aspecto do ponto de inserção do cateter central em 20%.Os resultados permitiram constar que 7 práticas estão dentro da margem de conformidade de 5% entre 95% a 100% das práticas observadas e 14 práticas estão em não-conformidade. Portanto, é necessário implementar ações para a melhoria dos índices destas 14 práticas. TC-28 Análise das condutas de enfermagem diante de alarmes ventilatórios acionados por cuidados de enfermagem do Rio Preto/ SP Autor: Raquel de Mendonça Nepomuceno, Lolita Dopico da Silva CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5000 Instituição: Hospital Pró-Cardíaco Endereço: R. Dona Mariana, 219 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ Auditoria é uma avaliação sistemática da assistência prestada ao paciente e um importante instrumento no controle de processos de trabalho na saúde. A qualidade esperada é a satisfação das expectativas dos pacientes e familiares. Numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a expectativa é garantir o melhor resultado dentro das condições clínicas e da gravidade dos pacientes, tendo os menores índices possíveis de complicações decorrentes dos procedimentos. Várias complicações podem ocorrer de infecções hospitalares; sendo assim, é necessário o cumprimento e acompanhamento de práticas que previnam as infecções. A enfermagem é responsável pela execução de práticas no dia-a-dia de seu trabalho. Visando prevenir estas complicações, foi elaborado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) um protocolo de boas práticas para prevenção e controle de infecção hospitalar. O objetivo deste estudo foi verificar o cumprimento do protocolo de boas práticas para a prevenção de infecção hospitalar em UTI. Foi realizado em uma UTI Cirúrgica de 11 leitos do Hospital de Base. A coleta dos dados ocorreu no mês de setembro de 2006 por meio de observação e registro, em um roteiro estruturado baseado no protocolo implantado, totalizando 175 observações. Os resultados, considerando a observação das 21 práticas, foram: 2 práticas cumpridas em 100%: cabeceira elevada e bolsa coletora de urina abaixo do nível da bexiga; 3 práticas cumpridas em 99%: torneirinhas protegidas, frasco de drenagem de urina exclusivo do paciente e dispositivo de drenagem da bolsa coletora de urina em posição correta; tempo de permanência de cateter periférico inferior a 72 horas em 98%; fixação de cateter periférico sem sujidade em 97% das observações realizadas; circuito de ventilador identificado e com data de troca em 94%; fixação do tubo endotraqueal e do cateter vesical em 93%; ambú protegido em 90%; punção periférica fixada e com data de punção em 85%; equipos sem sangue na parte interna em 80%; torneirinhas sem sangue na parte interna em 78%; circuito sendo trocado conforme estabelecido e ausência de condensado no circuito em 77%; equipos datados em 72%; equipos de dieta CEP 22280-020 – Tel.: (21) 2528-1528 Introdução: trata-se dos resultados parciais de uma dissertação cuja temática é a ventilação mecânica. O estudo aborda as ações da enfermagem frente a alarmes ventilatórios acionados por cuidados de enfermagem em pacientes sob ventilação mecânica invasiva. Objetivo geral: discutir a eficiência das condutas de enfermagem no controle dos alarmes ventilatórios acionados em decorrência dos cuidados de enfermagem. Objetivos específicos: 1) investigar a incidência dos alarmes ventilatórios acionados durante os cuidados habituais de enfermagem, 2) identificar o tipo e a freqüência de cada alarme acionado durante os cuidados habituais de enfermagem e 3) apresentar as condutas da equipe de enfermagem praticadas frente ao acionamento dos alarmes ventilatórios. Materiais e Métodos: pesquisa do tipo survey, observacional. O local de desenvolvimento da pesquisa foi uma Unidade de Terapia Intensiva e uma Unidade de Pós-Operatório de um hospital particular. A população foi composta pelos profissionais enfermeiros e técnicos de enfermagem destas unidades. Foi usado um roteiro de observação estruturado na modalidade check list, que descreve os tipos de alarme que são acionados nas ocasiões em que os cuidados de enfermagem são realizados e as condutas de enfermagem desenvolvidas diante desses alarmes. Para atender ao objetivo de discutir a eficiência das ações de enfermagem, foi construída uma matriz de condutas para os enfermeiros e uma para os técnicos de enfermagem, com as ações consideradas eficazes no manejo de um acionamento de alarme. A coleta de dados alcançou 116 horas de observação. Para organização, tratamento e análise dos dados, foram criados bancos de dados no programa Excel. Resultados: participaram 29 enfermeiros e 21 técnicos, com predominância do sexo feminino (68%). A média de idade foi de 35 anos (± 8) para enfermeiros e de 32 anos (± 6) para técnicos. Em relação ao tempo de experiência, obteve-se uma média de 10 anos (± 7), com moda de 20 anos no grupo de enfermeiros; einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S16 Trabalhos Científicos nos técnicos, encontrou-se uma média de 8 anos (± 5), com moda de 5 anos. Em relação aos alarmes, ocorreram 67 acionamentos durante a prestação dos cuidados. Houve predomínio do alarme de pressão alta, correspondendo a 34,3%, seguido do alarme de pressão/volume corrente baixos, com 31,3%. Os cuidados durante os quais ocorreram os alarmes com maior freqüência foram: a aspiração de VAS/VAI, correspondendo a 31,3%; a mudança de decúbito, com 28,3%; e o banho no leito, com 27%. Foram observadas 67 condutas de enfermagem, e as predominantes foram desarmar e ignorar, com 42% e 23% do total de condutas, respectivamente. As associações das condutas de enfermagem observadas com as condutas da matriz buscaram avaliar a adequação das condutas da equipe de enfermagem com o que é preconizado como adequado pela literatura atual. Os técnicos adotaram condutas não-previstas como adequadas em 96% do total de condutas deste grupo; os enfermeiros apresentaram 72% de suas condutas não-previstas como adequadas pela matriz. TC-29 O papel do enfermeiro na terapia medicamentosa ao idoso Autor: Mercia Denise de Amorim por meio de estatística descritiva (média, mediana e porcentagens). Resultados: no grupo estudado, 81% dos profissionais eram do sexo feminino e a idade variou de 22 a 53 anos. Com relação ao ano de formatura, 52% dos enfermeiros formaramse entre os anos de 1995 e 1999. A grande maioria (89%) dos enfermeiros concluiu o curso de pós-graduação. Com relação aos cuidados na terapia medicamentosa, a maioria (67%) respondeu que estava preparada e quase a metade dos enfermeiros (48%) referiu ter recebido informações em sua formação profissional sobre os cuidados na terapia medicamentosa ao paciente idoso. Quanto à opinião dos enfermeiros sobre quais os cuidados que devem ser oferecidos ao paciente idoso na terapia medicamentosa, no total de 42 respostas oferecidas, 26% referiram-se aos cuidados especiais com a administração do medicamento e 24% das respostas referiram-se à atenção aos efeitos colaterais e adversos dos medicamentos. Conclusão: apesar de a maioria dos enfermeiros do presente estudo referirem estar preparados para os cuidados na terapia medicamentosa ao paciente idoso, os profissionais da área de Saúde, principalmente os enfermeiros, devem participar de programas de educação continuada, com o objetivo de entender a nova demanda dos idosos com relação à farmacoterapia, que é dinâmica e complexa e vem evoluindo rapidamente, com mudanças importantes nos últimos anos. Co-autor: Ruth Beresin Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233 O uso inapropriado de medicamentos pelos idosos tem se tornado um foco importante de atenção dentro das áreas de geriatria e gerontologia. Isso vem ocorrendo com grande freqüência e pode ser considerado um problema de Saúde Pública. Muitos estudos indicam que uma das soluções deste grave problema é o treinamento de enfermeiros e profissionais de saúde, no intuito de adquirirem conhecimentos especializados nesta área e, assim, estarem mais bem-habilitados a dar uma assistência de qualidade ao idoso. Objetivos: caracterizar o enfermeiro com relação a sua formação profissional; verificar se o enfermeiro considera que está preparado para os cuidados na terapia medicamentosa ao paciente idoso; verificar se o enfermeiro teve ou não, durante sua formação profissional, algum tipo de preparo com o objetivo de oferecer assistência ao paciente idoso na terapia medicamentosa; verificar a opinião do enfermeiro sobre quais são os cuidados que o profissional de enfermagem deve oferecer ao paciente idoso na terapia medicamentosa. Metodologia: trata-se de um estudo quantitativo de caráter exploratório e descritivo. Foi realizado estudo transversal com uma amostra de 27 enfermeiros da Unidade de Clínica Médica e Cirúrgica do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), com aplicação de um questionário elaborado pelas autoras da pesquisa. Os resultados foram analisados einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 TC-30 A enfermagem e a segurança na terapia medicamentosa em unidades intensivas Autor: Anna Bianca Ribeiro Melo Co-autor: Lolita Dopico da Silva Instituição: Hospital Pró-Cardíaco Endereço: R. Dona Mariana, 219 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ CEP 22280-020 – Tel.: (21) 2528-1332 Introdução: trata-se dos resultados parciais de uma dissertação sobre o manejo da terapia medicamentosa pela enfermagem, sob a ótica da segurança dos pacientes críticos. Erros ou eventos adversos recaem quase exclusivamente sobre a enfermagem, por ser a executora das fases de preparo, administração e monitoramento dos efeitos do medicamento. Objetivos: identificar situações associadas ao trabalho da enfermagem que favoreçam erros no preparo e administração de medicamentos. Material e Método: estudo survey, observacional, quantitativo, em três terapias intensivas de uma instituição privada do Rio de Janeiro/RJ. Amostra: 48 enfermeiros e 48 técnicos. Os dados estão sendo analisados por meio de procedimentos estatísticos. Resultados parciais: 84% de enfermeiros do sexo feminino e 53% de técnicos do sexo masculino; formação profissional: média de 9 anos para os técnicos (± 5,5) e de 13 anos para os enfermeiros (±6,5); atuação em UTI: enfermeiros com média de 8 anos (±4) e técnicos, de 10 anos (±6). Em 100% IV Simpósio Internacional de Enfermagem das observações, os medicamentos não foram armazenados de forma seletiva e ordenada; em 32% das observações com enfermeiros e 45% das observações com técnicos, o ambiente de preparo do medicamento apresentava ruído excessivo; em 100% das observações, não havia todos os protocolos para administração de drogas injetáveis e em 30% das observações os protocolos não estavam disponíveis no local de preparo das medicações; 27% dos enfermeiros e 23% dos técnicos não preparam os medicamentos com a prescrição; 82% dos enfermeiros e 86% dos técnicos não realizam a identificação completa do medicamento durante o preparo; em 25% das observações com enfermeiros e 46% com técnicos, havia mais de um funcionário preparando medicamento; 33% dos enfermeiros e 37% dos técnicos foram interrompidos durante o preparo do medicamento; 40% dos enfermeiros e 23% dos técnicos não chamam o paciente pelo nome e 64% dos enfermeiros e 52% dos técnicos não explicam o procedimento ao paciente; 27% dos enfermeiros e 9% dos técnicos não conferem a prescrição antes da administração do medicamento; 40% dos enfermeiros e 18% dos técnicos administraram medicamento por ordem verbal; 95% dos enfermeiros confirmaram e 38% dos técnicos não confirmaram a ordem verbal antes da administração; em 93% das observações com enfermeiros e 52% com técnicos, houve registro do procedimento realizado; 91% dos profissionais realizam monitoramento do paciente após administração da droga; 3 erros (7%) atingiram o paciente na observação com enfermeiros sem causar danos graves (não-checagem da ordem verbal, sendo administrada quantidade superior de analgésico; programação errada da bomba de infusão; administração errada de antibiótico por letra ilegível do médico). O cuidado de enfermagem prevê a segurança na administração de medicamentos, sendo relevante o diagnóstico de situações que a induzam a cometer erros em tais situações. TC-31 Planejamento assistencial de enfermagem ao paciente bariátrico Autor: Maria do Espírito Santo da Silva Co-autores: Márcia Paula Costa Ramos, Milena Pinto Mota, Renata Cardoso, Sheila Kelly Lacerda Souza Instituição: Faculdade de Tecnologia e Ciências Endereço: Av. Luis Viana Filho, 8812 – Paralela – Salvador/ BA CEP 41820-78 – Tel.: (71) 3281-8000 O paciente bariátrico necessita de cuidados específicos durante seu processo perioperatório. Nesse contexto, a enfermagem participa e interage com os demais especialistas em todos os aspectos relacionados a acolhimento, tratamento e reabilitação. Este estudo tem como objetivo identificar o processo de cuidar de enfermagem, desenvolvido numa instituição hospitalar, e a elaboração de um protocolo assistencial de enfermagem S17 especifico para o paciente bariátrico. Trata-se de um estudo de cunho qualitativo do tipo exploratório descritivo. A técnica de coleta de dados utilizada foi a entrevista semi-estruturada com análise temática dos textos. Os sujeitos da pesquisa foram quatro enfermeiras das áreas: centro cirúrgico, pré-internamento, semi-intensiva e educação permanente, envolvidas no processo de assistência ao paciente bariátrico. A análise dos resultados evidenciou a importância da sistematização da assistência de enfermagem e possibilitou a elaboração de um protocolo assistencial voltado ao paciente bariátrico com itens indispensáveis que atendem a todas as etapas do processo de enfermagem, desde a indicação e decisão do ato cirúrgico até o acompanhamento pós-alta. Com este estudo, procuramos descrever a melhor forma de cuidar do paciente submetido à cirurgia bariátrica, sendo este um desafio para todos da equipe multidisciplinar devido à complexidade deste paciente. TC-32 A responsabilidade da enfermagem quanto ao preenchimento do prontuário do paciente em um hospital particular Autor: Celice Romero de Aquino Co-autores: Arlete Duarte Correa, Fernanda Peres, Marcia Aparecida Oliveira Instituição: Hospital Samaritano Endereço: R. Cons. Brotero, 1486 – Higienópolis – São Paulo/ SP CEP 01232-010 – Tel.: (11) 3821-5875 Introdução: o prontuário é o canal de comunicação da equipe multiprofissional, fonte de dados para o ensino e a pesquisa e instrumento de defesa legal em casos de processos jurídicos. A constatação, verificada pelo Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME), de não-conformidades nos prontuários relativas à equipe de enfermagem em junho de 2006 levou à realização deste trabalho. Objetivos: identificar quais os impressos que compõem o prontuário dos pacientes cirúrgicos e verificar a atribuição da equipe de enfermagem quanto ao preenchimento; quantificar os campos preenchidos pela enfermagem nos impressos do prontuário dos pacientes cirúrgicos e correlacionar as não-conformidades apresentadas em junho de 2006 com o número de conformidades estimado para o mesmo período. Metodologia: estudo exploratório e quantitativo, mediante análise documental, realizado em um hospital geral privado de médio porte da cidade de São Paulo/SP. Foram incluídos no estudo apenas os impressos das Unidades de Internação Adulto utilizados para os pacientes cirúrgicos. Os impressos foram categorizados conforme a atribuição da enfermagem no que tange à responsabilidade por seu preenchimento em: atribuição nenhuma (nenhuma responsabilidade quanto ao preenchimento); atribuição parcial (responsabilidade de preenchimento determinado pela instituição); atribuição einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S18 Trabalhos Científicos total (impressos que compõem a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE – e outros pertinentes à atividade-fim do enfermeiro). Para análise dos dados, foi utilizada estatística descritiva. Resultados: dos 34 impressos, a equipe de enfermagem não é responsável pelo preenchimento de 6 impressos (18%), detém atribuição parcial em 13 impressos (38%) e total atribuição de preenchimento em 15 impressos (44%). É responsável pelo preenchimento de 82% dos impressos do prontuário do paciente cirúrgico (61% obrigatório e 39% por atribuição institucional). O preenchimento dos impressos pela equipe de enfermagem totaliza 397 campos (218 campos preenchidos obrigatoriamente na admissão do paciente cirúrgico). As não-conformidades de junho de 2006 (560), com 729 internações no período, representam 0,19% em relação às conformidades do prontuário estimadas no mesmo período (289.413 campos devidamente preenchidos). Conclusões: a enfermagem responsabiliza-se por elevado número de campos a serem preenchidos, com maior chance de produzir não-conformidades, sem que isso implique necessariamente uma avaliação negativa de desempenho dos profissionais envolvidos na atividade. São recomendadas, portanto, medidas mais efetivas de acompanhamento para identificar a realidade de desempenho nessa área e, assim, produzir melhoria contínua, uma vez que o universo de conformidades já é bastante significativo. TC-33 Percepção da equipe do noturno quanto à atuação da supervisão de enfermagem Autor: Ana Cristina Rossetti Co-autores: Helena Takeda, John Wesley Veloso, Juliana Harumi Mendes Yasui, Lílian Prestes, Regiane Gonzalez Alves, Vânia Helena Monteiro Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0397 Introdução: nos hospitais em que a liderança atua na maior parte do tempo durante o dia, é comum encontrarmos a supervisão de enfermagem no plantão noturno desempenhando funções importantes, como tomada de decisões, distribuição de pessoal de enfermagem, mediação de conflitos, esclarecimento de dúvidas, entre outras. Os profissionais que trabalham no plantão noturno sentem-se socialmente isolados e desengajados das operações do dia, além de terem o fardo da decisão quando os médicos titulares e as lideranças locais não estão no hospital. No Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em dezembro de 2006, após cerca de dois anos de ausência desta função, sentiu-se a necessidade de resgate do supervisor de enfermagem no período noturno, para atuar como referência e suporte às equipes nas questões assistenciais de conflito e nas atividades administrativas que dificultam a assistência einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 ao paciente, além de assegurar o cumprimento de normas e padrões da instituição. A partir de então, um enfermeiro sênior atua exclusivamente nesta função. Objetivo: conhecer a percepção das equipes de enfermagem e apoio dos plantões noturnos quanto à atuação da supervisão de enfermagem no HIAE. Material e Método: foram entregues 229 questionários: 35,8% para enfermeiros, 57,6% para auxiliares e técnicos de enfermagem e 5,2% para profissionais de apoio à assistência (higiene, lavanderia, internação e supervisão administrativa). Todos os questionários foram devolvidos e considerados. Esta amostra representa 39,8% da população destes profissionais. Na análise da eficácia do supervisor de enfermagem, foram agrupadas as respostas “eficaz” e “muito eficaz” como “eficaz”. Resultado: analisando as respostas, podemos verificar que 93,9% consideram a função do supervisor de enfermagem muito importante ou importante, 4,8% consideram-na sem importância e 1,3% não opinaram. Com relação às funções desempenhadas pelos supervisores de enfermagem, os profissionais analisaram a eficácia destes: na resolução dos problemas de escala (79% eficaz, 8,7% pouco eficaz e 2,6% ineficaz), no suporte em dúvidas relacionadas a procedimentos, rotinas e políticas (69% eficaz, 6,6% pouco eficaz e 4,8% ineficaz), no suporte em conflitos familiares (60,3% eficaz, 5,2% pouco eficaz e 5,2% ineficaz), na agilidade nas altas, admissões, liberação de leitos, serviços de lavanderia, nutrição e outros (57,6% eficaz, 8,3% pouco eficaz e 4,8% ineficaz), em suportes nos problemas assistenciais (55,9% eficaz, 6,6% pouco eficaz e 4,4% ineficaz) e em alterações do comportamento/conflitos na equipe (45,4% eficaz, 6,1% pouco eficaz e 5,2% ineficaz). Conclusão: observamos que a atuação do supervisor de enfermagem é percebida pelas equipes de enfermagem e de apoio como importante e necessária, proporcionando segurança, confiabilidade e auxílio às equipes. Para Claffey, proporcionar um ambiente de apoio aos profissionais que atuam no período noturno melhora a performance e a satisfação dos funcionários, colaborando para uma assistência mais eficiente. TC-34 Gerenciamento de risco: segurança dos recém-nascidos Autor: Maria Fernanda Dornaus Co-autores: Lissandra Borba da Cunha, Eliane A. Fernandes, Viviane A. Braga, Alice Deutsch Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2787 A melhoria continua no processo assistencial engloba questões relacionadas à segurança do paciente no ambiente hospitalar. Nas maternidades, é imperativo gerenciar os riscos relativos ao possível seqüestro de recém-nascidos (RN). A capacitação da IV Simpósio Internacional de Enfermagem equipe, a orientação dos pais, o fluxo de atendimento e o ambiente em que o RN permanece na instituição devem ser analisados rigorosamente, de forma a garantir a segurança durante a internação. No período de 1983 a 2001, ocorreram 111 seqüestros de RN em hospitais, sendo 33% no quarto materno e 9% no berçário. Relatos de trocas e seqüestros de RN em nosso país destacam a vulnerabilidade das maternidades. Objetivo: avaliar a segurança do recém-nascido durante o período de internação. Metodologia: a necessidade de assegurar a segurança dos RN impulsionou a revisão dos processos. Escolhemos a metodologia PDCA para condução deste estudo. O ciclo PDCA é uma ferramenta da qualidade, representada pelas iniciais, em inglês, das etapas: plan (P), do (D), check (C), act (A). Na fase P há estabelecimento de metas, dos recursos e estratégias. Na fase D, o planejamento é implantado. Na fase C, há o monitoramento dos procedimentos e resultados. Na fase A, ocorrem ações corretivas, em um círculo contínuo de melhorias. Fase P: revisão da literatura sobre segurança em instituições hospitalares e benchmarking. Elaboração da política de segurança, com revisão de rotinas: identificação do RN com duas pulseiras em sala de parto, com prévia conferência dos dados pelos pais; identificação plantar do RN e do polegar materno em prontuário; transporte interno e alta hospitalar acompanhados pelo profissional de segurança; obrigatoriedade de transporte do RN no berço. A presença de um RN no colo é um sinal de alerta: notificação imediata à segurança de comportamentos suspeitos; uso de crachá por todos os profissionais; uso do palm® com leitura do código de barras do crachá da enfermagem e da pulseira do RN nos encaminhamentos. Controle da localização do RN na planta física da unidade e emissão de relatórios com horário dos transportes e profissional responsável; orientações aos pais; instalação de câmeras com monitoramento contínuo e gravação das imagens; dispositivos de emergência em locais estratégicos; controle de acesso com identificação dos visitantes; acesso limitado aos funcionários com abertura de portas com crachá; treinamento em e-learning sobre segurança para a equipe assistencial; desenvolvimento de plano de ação em caso de seqüestro. Fase D: todas as rotinas descritas foram implantadas. Fase C: identificamos que, em caso de seqüestro, havia o risco de a equipe não executar de forma sistematizada e em tempo hábil o plano de ação. Realizamos um simulado de seqüestro. Fase A: a fase de busca do RN nas dependências da maternidade pela equipe de enfermagem foi eficiente, assim como a notificação imediata do evento ao departamento de segurança. O simulado mostrou a efetividade do plano e o desempenho da equipe em concordância com o protocolo. Conclusão: ações preventivas, como treinamento da equipe assistencial e segurança do ambiente com o emprego de recursos tecnológicos, são medidas essenciais para a segurança dos RN em maternidade. Agradecemos à participação da equipe assistencial na revisão dos processos, pelas observações decisivas em destacar os pontos de risco e por oferecer sugestões de melhoria. S19 TC-35 Papel da enfermagem no atendimento a urgências e emergências após implementação de um sistema de código amarelo Autor: Gisele de Paula Dias Santos Co-autores: Camila Sardenberg, Gina Laube, Alexandre Sousa, Constantino José Fernandes Júnior, Luis Fernando Lisboa, Cláudia Regina Laselva, Cristina Mizoi, Joyce Polessi, Anna Margueritha Toldi Bork, Miguel Cendoroglo Neto Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-3100 Introdução: o Sistema de Código Amarelo (SCA) consiste no reconhecimento precoce de mudanças agudas nos parâmetros vitais do paciente, previamente estabelecidos, o que permite ao enfermeiro acionar o médico da UTI-A, agilizando o atendimento e o desfecho. O SCA tem como objetivo reduzir o tempo para a detecção de emergências/urgências em Unidades de Internação onde não haja médicos durante as 24h. Deste modo, o enfermeiro, na ausência do médico titular do paciente e dispensando a anuência prévia daquele, solicita a avaliação médica, agilizando o atendimento institucional e maximizando a segurança do paciente. Objetivo: avaliar o papel da enfermagem no atendimento a urgências e emergências após um SCA. Material e Métodos: por meio das mudanças agudas nos parâmetros vitais do paciente reconhecidas pelo enfermeiro, tais como freqüência respiratória, freqüência cardíaca, rebaixamento do nível de consciência e convulsões, que acionariam o Código Amarelo e o atendimento do médico da UTI-A, foi criada uma metodologia para avaliação destes atendimentos (folha de registro simples), garantindo a aquisição de dados para auditoria e monitoração dos resultados obtidos (indicadores de resultados), permitindo a avaliação da qualidade do atendimento (indicadores de qualidade). Resultados: o SCA teve início em 26 de fevereiro de 2007. Após treinamento da equipe assistencial, ocorreram 93 atendimentos no período avaliado entre a data inicial e 30 de abril de 2007: 40% dos eventos foram encaminhados para Unidades de Terapia Intensiva ou Semi-Intensiva e 60% dos eventos permaneceram na unidade de origem, sendo resolvidos pelo médico chamado. A meta estabelecida, de atendimento em menos de 5 minutos, foi alcançada em 100% dos casos, e menos de 5% dos chamados ocorreram para pacientes sem prognóstico (cuidados paliativos). Conclusão: a implementação do SCA aperfeiçoa o atendimento de casos de urgências e emergências pela capacitação da equipe e agilidade do atendimento. A enfermeira tem papel fundamental na detecção da piora clínica. O acionamento da SCA por esta profissional possibilita atendimento rápido e seguro. einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S20 Trabalhos Científicos TC-36 As atitudes dos enfermeiros e graduandos de enfermagem em relação aos idosos Autor: Ellen Maria Hagopian Co-autores: Ruth Beresin TC-37 Sistematização do atendimento à parada cardiorrespiratória (PCR) após a implementação de um Sistema de Código Azul (SCA) Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Autor: Gisele de Paula Dias Santos Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Co-autores: Alexandre Sousa, Constantino José Fernandes Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP Júnior, Luis Fernando Lisboa, Claudia Regina Laselva, Cristina CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Mizoi, Joyce Polessi, Anna Margueritha Toldi Bork, Miguel Cendoroglo Neto, Camila Sardenberg A inserção das disciplinas de geriatria e gerontologia na grade curricular tem grande importância para a formação acadêmica do graduando de enfermagem, que terá oportunidade de, na formação universitária, abordar os principais assuntos acerca da velhice, desfazendo alguns preconceitos sociais. A aceitação e difusão das idéias que evidenciam o preconceito relacionado à terceira idade contribuem para a discriminação do idoso e a formação de opiniões negativas sobre o processo de envelhecimento. O enfermeiro é um importante foco da comunicação na equipe de enfermagem e, com os outros profissionais, exerce função importante; sua atitude frente ao paciente idoso refletirá significativamente no tratamento, assistência e reabilitação deste. Objetivo: verificar as atitudes dos enfermeiros e graduandos de enfermagem em relação aos idosos. Material e Método: trata-se de um estudo quantitativo de caráter exploratório e descritivo. Foi realizado estudo transversal com 15 enfermeiros(as) que trabalham no Hospital Alemão Oswaldo Cruz e 42 graduandos da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Foram aplicados os seguintes instrumentos: o questionário Facts on Aging Quiz (FAQ) e um breve questionário elaborado pelas autoras. O questionário FAQ foi desenvolvido por Erdman Palmore em 1977 e é composto por 25 itens relacionados à terceira idade, sendo os itens pares afirmações verdadeiras e os itens ímpares, afirmações falsas. Os resultados da presente pesquisa foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados: no que se refere às respostas dadas pelos enfermeiros ao questionário FAQ, 80% erraram de 6 a 12 questões e 20% erraram de 1 a 5 questões. Com relação ao total de 42 graduandos de enfermagem, 92,8% erraram de 6 a 12 questões, 4,8% erraram de 1 a 5 questões e 2,4% erraram de 13 a 19 questões. Conclusões: quanto ao número de respostas erradas dadas ao questionário FAQ, 80% dos enfermeiros e 92,8% dos graduandos erraram um número entre 6 e 12 questões, ou seja, um número que não chega a 50% de questões erradas. Isto pode revelar que o grau de informação de ambos os segmentos em relação à terceira idade está de acordo com o grande crescimento dos estudos e interesse por esta área. Nota-se que está em processo uma mudança do paradigma do que é ser velho na sociedade atual. einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-3100 Introdução: o prognóstico das vítimas de PCR é dependente do tempo entre o colapso e o início de manobras (TC-IM) e, nos casos de PCR em fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV), do tempo entre o colapso e a desfibrilação (TC-D). A falta de atendimento sistematizado às vítimas de PCR em áreas assistenciais, onde não há médicos nas 24 horas do dia, pode comprometer o prognóstico dos pacientes. Objetivo: verificar a performance do Sistema de Código Azul (SCA) por meio dos indicadores de qualidade. Métodos: criamos um SCA com o objetivo de conhecer os IQ no atendimento da PCR intra-hospitalar, bem como possibilitar melhoria contínua no atendimento às vítimas de PCR. Todas as equipes assistenciais foram treinadas em suporte básico (SBV) e avançado (SAVC) de vida, incluindo a equipe do SCA. Um sistema de acionamento exclusivo foi desenvolvido e o SCA teve início em 1º de agosto de 2005. Ocorreram 26 PCR por meio do SCA entre 1º de agosto de 2005 e 15 de março de 2007. Foram avaliados o TC-IM, o TC-D e o tempo entre colapso-epinefrina (TC-E). Resultados: a população era constituída de 61,8% do sexo masculino, com idade média de 73,2 anos. Os pacientes sofreram eventos nos locais onde há presença do Código Azul: 50% na enfermaria, 46,2% na hemodinâmica, 30,8% na tomografia, 23,1% na endoscopia e 7,7% na recuperação anestésica. Quanto ao tipo de PCR, 38,5% de assistolia, 26,9% de atividade elétrica sem pulso (AESP), 19,2% de bradicardia, 11,5% com FV e 3,8% sem descrição. As principais intervenções realizadas foram: acesso venoso, em 92,3% dos casos; monetarização ECG, em 50% dos casos; oximetria de pulso, em 38,5% dos casos; EOT/traqueo, em 30,8%; ventilação mecânica, em 26,9%; drogas vasoativas, 15,4%; e cateter intra-arterial, em 3,8% dos casos. O tempo médio do início do colapso até a chegada da equipe foi de 1 minuto e 12 segundos, o tempo médio do início das manobras foi de 2 minutos e 12 segundos e o tempo médio do intervalo do colapso até o fim das manobras foi de 33 minutos e 32 segundos. Foi registrado um percentual de 26,9% de alta hospitalar, valor 49,4% superior ao benchmark (JAMA, 2006). Dos sobreviventes, 71,4% apresentaram boa recupera- IV Simpósio Internacional de Enfermagem ção cerebral (categoria de performance cerebral = 1), resultado 10% superior ao benchmark (JAMA, 2006). Conclusão: o SCA aperfeiçoa o atendimento de casos de PCR pela capacitação da equipe e agilidade do atendimento. Os resultados dos IQ estão dentro do recomendado, e as taxas de sobrevida e RCE estão compatíveis com outros estudos da literatura. TC-39 A queda de pacientes internados como evento adverso e seus fatores de risco: conhecimento dos graduandos de enfermagem Autor: Edvane Birelo Lopes de Domenico Co-autores: Rosali Isabel Barduchi Ohl, Andreza Gama Leite, Carolina Ayumi Ban, Lívia Inês dal Fabro, Vanessa dos Santos Silva, Viviane Fátima O. Nascimento. Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) S21 intrínsecos, não houve a citação majoritária (acima de 50%) daqueles indicados pela literatura como mais relacionados ao evento queda, como idade do paciente, nível de consciência e desorientação, mobilidade física prejudicada, déficit de visão, entre outros. Na perspectiva dos fatores extrínsecos, apenas o fator uso inadequado de grades foi citado por mais da metade dos respondentes, não havendo citação expressiva de outros fatores como iluminação inadequada, superfícies escorregadias, degraus altos ou estreitos e obstáculos no caminho, entre outros. Ressalta-se que 51,4% dos discentes vincularam a queda do paciente a falhas na estrutura e no processo assistencial de enfermagem, em concordância com estudos que a associam como um indicador de qualidade profissional. Conclusões: o estudo permitiu a identificação da necessidade dos conteúdos curriculares relativos à segurança do paciente receberem maior ênfase no processo de formação profissional do enfermeiro, buscando garantir a construção de competências para a ação profissional consciente e efetiva em relação à temática. Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/ SP CEP 04024-000 – Tel.: (11) 5576-4427 Introdução: a queda no ambiente hospitalar é um evento adverso não-intencional que pode resultar em complicações de diferentes naturezas. Nessa perspectiva, docentes e alunos delinearam a presente investigação, que tem por objetivos: verificar se o discente de enfermagem reconhece a queda do paciente internado como evento adverso; verificar o conhecimento desses discentes acerca dos fatores de risco para a queda de pacientes adultos em ambiente hospitalar. Método: estudo descritivo, de natureza quantitativa, desenvolvido com discentes da quarta série do curso de graduação em Enfermagem da UNIFESP no primeiro semestre de 2007. Os dados foram submetidos à estatística descritiva, sendo apresentados em valores absolutos e percentuais. Resultados: a amostra foi composta por 35 alunos que aceitaram participar do estudo. A totalidade dos respondentes afirmou que a queda do paciente em ambiente hospitalar é um evento adverso. Quando indagados sobre os fatores de risco que conhecem para a prevenção do evento queda, os discentes referiram tanto os fatores de risco intrínsecos como os extrínsecos. Dos fatores intrínsecos, três foram destacados: idade do paciente (42,9%), rebaixamento do nível de consciência (40%) e confusão/agitação psicomotora (40%). Dos fatores extrínsecos, destacou-se: uso inadequado de grades (54,3%); pisos inadequados: molhado, liso, não-antiderrapante (14,3%); falta de barras de apoio/corrimão (11,4%). Foram citados fatores relacionados à equipe de enfermagem, como: cuidados insatisfatórios e falta de atenção dos profissionais (25,7%); falta de preparo dos profissionais (17,1%) e número insuficiente de profissionais (14,3%). Discussão: os graduandos relacionaram o evento queda como uma complicação indesejada e decorrente de uma ação profissional. Entretanto, ao relatarem os fatores de risco imbricados, verificou-se que, entre os fatores de risco TC-40 A qualidade de vida dos graduandos de enfermagem Autor: Carolina Tais Campos Lourenço Co-autores: Ruth Beresin Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Resumo: nas últimas décadas, vários estudos foram realizados acerca da qualidade de vida dos graduandos de enfermagem, devido ao já conhecido estresse que o graduando vivencia durante sua formação profissional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define qualidade de vida como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistemas de valores, nos quais ele vive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Na área de Saúde, além da atenção dada à qualidade de vida do paciente, vêm-se desenvolvendo inúmeros estudos no mundo inteiro acerca do desgaste físico e emocional do profissional de enfermagem em sua atuação profissional, sendo apontado que diversas medidas preventivas precisam ser adotadas e que a preocupação com a qualidade de vida do enfermeiro deve ser iniciada já na sua formação durante o curso de graduação. Objetivos: caracterizar sociodemograficamente os graduandos de enfermagem e avaliar a qualidade de vida dos graduandos de enfermagem. Material e Método: a pesquisa foi realizada junto aos graduandos matriculados do primeiro ao quarto ano da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Foi realizado estudo transversal em uma amostra de 120 graduandos, os quais responderam a um questionário sobre características sociodemográficas e ao instrumento de avaeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S22 Trabalhos Científicos liação de qualidade de vida World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-BREF). Este questionário tem 26 questões, sendo duas questões gerais, e é composto por 4 domínios: físico, psicológico, social e meio ambiente. Resultados: quanto às características sociodemográficas dos graduandos de Enfermagem, 80% dos graduandos tinham entre 17 e 23 anos, sendo 97% do sexo feminino; 92% dos graduandos eram solteiros e 60% dos graduandos referiram ser da religião católica. A grande maioria (89%) dos graduandos residia em São Paulo/SP. No que se refere à habitação, 79% afirmou residir com a família e a maioria dos estudantes (72%) referiu possuir casa própria. Quanto à renda familiar, 40% dos graduandos dispunham de 6 a 10 salários mínimos ao mês e a grande maioria (88%) utilizava como meio de transporte o carro. E 38% dos graduandos referiram trabalhar. Com relação à avaliação da qualidade de vida realizada por meio do instrumento WHOQOL-BREF, foram obtidos os seguintes resultados: os domínios físico, psicológico e social ficaram entre os escores 63,52 e 69,13 e o domínio meio ambiente obteve o escore 55,68. Conclusões: a análise geral dos dados levantados neste estudo comprovou que a qualidade de vida dos graduandos de Enfermagem apresenta-se adequada, sendo que o meio ambiente é o domínio que requer maior atenção. E, na medida em que são grandes as alterações emocionais e comportamentais que ocorrem com os graduandos no período de sua formação, existe a necessidade das instituições de ensino em adequar-se às características e múltiplas demandas dos estudantes. TC-41 Brinquedo no hospital: em busca de evidências científicas para uma prática segura constituir a amostra. Os dados foram analisados quantitativamente, agrupando-se as publicações em cinco temáticas: brinquedo e risco de infecção em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica (4; 26,7%); colonização de brinquedos em enfermarias e consultórios (4; 26,7%); comparação entre a colonização de brinquedos rígidos e macios (3; 20%); risco de colonização em brinquedos macios (2; 13,3%); e práticas de higiene e desinfecção de brinquedos (2; 13,3%). Os resultados mostram que brinquedos rígidos têm risco menor de serem colonizados por microrganismos, ao contrário dos macios, que, mesmo após a higiene, voltam a ser colonizados em cerca de uma semana. Além disso, a higienização dos brinquedos macios é mais difícil, assim como dos que possuem reentrâncias e orifícios que permitem o acúmulo de líquidos. Estudos mostram a colonização de microrganismos em brinquedos de banho e sua associação à ocorrência de surtos de infecção por Pseudomonas aeruginosa. Os métodos recomendados para a higiene dos brinquedos no hospital são: limpeza com detergente neutro (manual) ou enzimático (máquina de lavar) e desinfecção por termodesinfecção, ou solução germicida (por imersão ou fricção). A secagem e armazenamento adequado também têm importante papel no processo de higienização. Conclui-se que as publicações sobre o assunto ainda são escassas, sendo que as existentes apresentam baixo nível de evidência, não havendo estudos experimentais nem estudos de metanálise bem delineados. Diante dos inúmeros benefícios do brinquedo para a criança, cabe ao profissional de saúde decidir sobre a melhor prática, com base em evidências científicas. É preciso desenvolver estudos de maior consistência, que contribuam para que ele seja percebido como uma prática segura e não assuma o papel de vilão na transmissão de infecção em Unidades Pediátricas. Autor: Fabiane de Amorim Almeida Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Doença e hospitalização representam situações de crise na vida da criança e o brinquedo, além de propiciar diversão e relaxamento, encoraja a interação com outras crianças, ajudando-a a se sentir mais segura nesse momento. Todavia, assim como objetos e equipamentos hospitalares, o brinquedo também pode transmitir infecções. Com o objetivo de investigar o conhecimento existente sobre o uso do brinquedo e o risco de transmissão de infecções relacionadas à assistência de saúde (IRAS) e elaborar recomendações para prevenir essa ocorrência em Unidades Pediátricas, a autora realizou esta pesquisa exploratória descritiva. Por meio da revisão sistemática de artigos científicos de periódicos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados (PUBMED, MEDLINE, LILACS, SciELO, Cochrane e BDENF), foram encontradas 18 publicações sobre o tema no período de 1985 a 2006, selecionando-se 15 para einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 TC-42 Resultados do emprego da solução salina em cateteres venosos periféricos Autor: Francimar Tinoco de Oliveira Co-autor: Lolita Dopico da Silva Instituição: Hospital Pró-Cardíaco; Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Endereço: R. General Polidoro, 192 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ CEP 22280-000 – Tel.: (21) 2528-1528 Trata-se da temática dos cuidados de enfermagem com o cateter venoso periférico (CVP), que para sua manutenção recebeu infusões intermitentes de solução salina 0,9%. Objetivos: criar um guia para o uso de solução salina em CVP baseado nas recomendações da Infusion Nurses Society e apresentar os resultados dele obtidos. Material e Método: estudo clínico-epidemiológico, prospectivo, com modelo de intervenção, delineamento quase-experimental e grupo único. A variável dependente foi a permeabilidade dos CVP e a independente, o guia para uso da solução salina. IV Simpósio Internacional de Enfermagem Realizado no Hospital Pró-Cardíaco. A população consistiu de 58 pacientes, sendo 55,17% do sexo masculino, com idade entre 60 a 80 anos (51,72%) e diagnóstico cardiológico (62,06%), que necessitavam do uso intermitente do CVP, além da indicação clínica de restrição de volume hídrico. O n foi representado pelo número de punções periféricas. A confiabilidade na utilização do guia pela enfermagem foi garantida por meio da realização de treinamento com aplicação de pré e pós-teste. Os dados organizados e tratados no programa Excel® receberam análise estatística descritiva, com o emprego de moda, média, mediana, desvio-padrão, máximo e mínimo. O Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição autorizou a realização da pesquisa e sua divulgação. Resultados: o guia padronizou a execução técnica e materiais utilizados, sendo eles: luvas de procedimento, gaze estéril, álcool 70%, CVP calibre 20 e 22 Gauge (G), extensor de 20 cm ou polifix® 2 vias, bioconector®, seringa de 10 ml, solução salina 0,9% (ampolas de 10 ml), curativo transparente semipermeável. A salinização ocorreu sempre após administrações de medicação intravenosa (IV), após aspiração de sangue por CVP e a cada seis horas, independentemente da infusão de medicações, utilizando-se o volume correspondente a duas vezes a capacidade do dispositivo de infusão (para o extensor de 20 cm, 3 ml e para o polifix® 2 vias, 10 ml). Os CVP com 72 horas de permeabilidade corresponderam a 60,75%, significando um total de 48 punções. Punções realizadas no antebraço apresentaram um taxa de perda de 47,91%, seguido de 33,33% de perda na mão e 22% no braço. Quanto ao calibre, os CVP 22 G estiveram presentes em 63 punções (79,74%) versus 16 punções com 20 G (20,25%). Neste total, a freqüência dos CVP pérvios por 72 horas foi de 49,36% nos cateteres 22 G e de 11,39% nos de 20 G. Acessos com extensor de 20 cm corresponderam a 31,64% da amostra e os com polifix®, 29,11%. Quarenta acessos mantiveram-se pérvios, recebendo medicação (50,63%); a perda de permeabilidade nos acessos que não receberam medicações foi de 42,85%, contra 38,46% no grupo que recebia medicações, sendo interessante lembrar que os acessos que recebiam medicações também recebiam a salinização com maior freqüência. Conclusão: nesta amostra de pacientes, houve maior perda de permeabilidade dos acessos venosos em pacientes idosos, do sexo masculino, com diagnóstico de etiologia cardiológica e que não faziam uso de anticoagulantes. TC-43 S23 Introdução: cuidar de crianças portadoras de derivações ventriculares externas (DVE) tem sido uma prática cada vez mais freqüente e que, para muitos profissionais de enfermagem, gera dúvidas, tendo em vista a complexidade desse cuidado e as complicações que podem resultar para o paciente quando não realizado adequadamente. Objetivo: verificar o conhecimento dos profissionais de enfermagem em relação aos cuidados com o manuseio da DVE em crianças e neonatos. Método: esta pesquisa descritiva exploratória de abordagem quantitativa foi realizada em um hospital-escola de alta complexidade da Grande São Paulo. A amostra constituiu de 40 enfermeiros das Unidades Pediátrica e Neonatal, que responderam a um questionário com questões abertas e fechadas. A coleta iniciou-se após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: a maioria dos sujeitos tinha entre 23 e 44 anos de idade (35; 87,5%), era do sexo feminino (40; 100%) e atuava na UTI pediátrica (22; 55%). Houve predomínio de técnicos de enfermagem (17; 42,5%) e profissionais com seis a dez anos de formado (17; 42,5%). A maioria dos entrevistados (32; 80%) referiu ter experiência prática no manuseio da DVE. Entretanto, “zerar a altura da bolsa coletora em relação ao meato auricular externo” (33; 49,2%) foi uma das dificuldades mais citadas por eles. Outras dificuldades também foram citadas com freqüência: “manipular a criança com DVE” (13; 19,4%), “realizar o curativo do cateter” (11; 16,4%) e “desprezar o débito do sistema coletor” (10; 14,9%). A febre (16; 24,9%) e a irritabilidade (13; 20,3%) foram as principais alterações observadas pelos profissionais ao cuidar da criança com DVE, enquanto a hipertensão craniana e a infecção (19; 33,3%) foram as complicações mais citadas. Quatorze profissionais (35%) relataram não utilizar técnica asséptica para manipular a DVE e a maioria (28; 70%) referiu trocar o curativo diariamente, ao contrário do que é preconizado pela instituição (dias alternados). Conclusão: constata-se que esses profissionais têm conhecimento insuficiente em relação ao manuseio da criança com DVE. Enfatiza-se a importância de treinamentos periódicos para reduzir a ocorrência de erros e prevenir o risco de complicações, garantindo a segurança da criança e do neonato. TC-44 Conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre a assistência prestada à criança com drenagem ventricular externa Erros na administração de medicamentos e os sentimentos gerados nos profissionais de enfermagem Autor: Fabiane de Amorim Almeida Autor: Ana Elisa Bauer de Camargo Silva Co-autor: Lucélia Ferreira Lima Co-autores: Jânia Oliveira Santos, Denize Bouttelet Munari, Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Adriana Inocenti Miasso, Ana Lúcia Queiroz Bezerra Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Instituição: Universidade Federal de Goiás (UFG) Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP Endereço: R. 227, s/n, QD 68 – Setor Leste Universitário – Goiânia/ GO CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 CEP 74605-080 – Tel.: (62) 3521-1822 einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S24 Trabalhos Científicos Introdução: erros de medicação tem sido um problema constante vivenciado nos hospitais, podendo trazer sérias conseqüências ao paciente e profissional envolvido. Quanto aos profissionais, além das conseqüências administrativas, sociais e processuais, são comuns sentimentos indesejáveis que não podem ser desconsiderados no contexto do trabalho, por determinantes psicológicos, alterações físicas e respostas imunológicas, influenciadoras do sistema nervoso autônomo e que podem comprometer a execução de suas atividades e a relação com os demais componentes da equipe. Objetivo: conhecer os sentimentos e atitudes dos profissionais de enfermagem quando estes cometem um erro de medicação. Método: pesquisa descritiva com 28 profissionais do período diurno das Unidades de Clinica Médica, Terapia Intensiva e Pronto-Socorro de Hospital Sentinela de Goiás, que afirmaram ter cometido algum erro de medicação, sendo 25 (89,3%) técnicos de enfermagem e 3 (10,7%) enfermeiros. A coleta de dados foi de março a junho de 2006, com entrevistas gravadas e utilizando um instrumento com caracterização dos sujeitos e questão norteadora: “Quais foram os seus sentimentos ao cometer um erro de medicação?”. As entrevistas foram transcritas e analisadas segundo Bardin (2004). Os aspectos éticos seguiram a Resolução n° 196/96. Resultados e Discussão: categorias – sentimentos imediatos após o erro: revela que o impacto do erro gera pânico; são freqüentes os sentimentos de culpa, quando o profissional toma consciência da possibilidade de ter causado danos ao paciente, e vergonha de revelar a falha cometida. Isso é compreensível pelos aspectos legais da profissão, assim como pela exposição a julgamentos sobre sua competência técnica e profissional, pelo medo de possíveis agravos e risco à vida do paciente. Atitudes decorrentes do erro: relacionadas ao sentimento, revelam dois movimentos: a necessidade dos profissionais em buscar ajuda ou compartilhar o problema com alguém que possa auxiliá-lo neste momento de estresse e insegurança, e de comunicação do erro, pela tranqüilidade em se sentir apoiado. Aprendizado a partir do erro: revela o aprendizado pessoal e profissional adquirido, assim como a criação de estratégias individuais para evitar novas ocorrências na administração de medicamentos. Conclusão: a experiência de errar perdura na lembrança dos profissionais; no entanto, torna-se positiva sua transformação em estratégias pessoais de prevenção. Considerando que os profissionais são sujeitos a falhas, a enfermagem, responsável pela administração de medicamentos, precisa avaliar processos de trabalho, incentivar notificações e transformar práticas punitivas em situações de ensino-aprendizagem para o alcance de uma cultura de segurança para pacientes e profissionais. À instituição cabe promover ambiente seguro, investir em educação continuada, implementar estratégias sistêmicas e valorizar sentimentos dos funcionários, para que estes sintam-se apoiados e prestem assistência com qualidade. einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 TC-45 Instrumentação cirúrgica: qual é o conhecimento e a importância atribuída por enfermeiros? Autor: Rachel de Carvalho Co-autores: Francileuda Lima Caminha, Camila Ribeiro Záccaro, Adriana Braga Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Introdução: no Brasil, a instrumentação cirúrgica (IC) é realizada por instrumentadoras, que fazem um curso de nível técnico. Existe preocupação dos órgãos de classe sobre a competência para instrumentar, pois não existe lei que regulamente tal atividade, porém o Conselho Nacional de Saúde considera a instrumentação uma especialidade desenvolvida por profissionais com formação na área da Saúde. O Conselho Federal de Medicina considera que acadêmicos de medicina e de enfermagem podem atuar como instrumentadores em unidades credenciadas pelas instituições de ensino, desde que acompanhados por preceptor ou docente. Dessa forma, a IC deve ser considerada uma área de atuação do enfermeiro perioperatório. Objetivos: identificar a opinião de enfermeiros de centro cirúrgico quanto à importância do ensino da instrumentação nos cursos de enfermagem; verificar o conhecimento dos enfermeiros sobre a instrumentação. Material e Método: pesquisa descritiva, exploratória e quantitativa. A amostra foi composta por 16 enfermeiros do centro cirúrgico do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Foi utilizado um questionário contendo dados de identificação, importância da instrumentação cirúrgica e opinião do enfermeiro sobre a instrumentação. Resultados: dos 16 enfermeiros, 5 (31,30%) tiveram instrumentação na graduação e 14 (87,50%) consideram importante o ensino da IC na graduação. Quanto ao grau de concordância: 16 (100,00%) concordaram que o instrumentador deve ter formação na área da Saúde; 8 (50,00%) concordaram e 8 (50,00%) não concordaram que não existe lei que regulamente a atividade de IC; 11 (68,75%) concordaram que existe uma preocupação dos órgãos de classe em relação à competência para instrumentar; 10 (62,50%) não concordaram que o IC deve ampliar suas atividades durante o ato anestésico-cirúrgico; 14 (87,50%) concordaram que a IC pode ser uma área de atuação do enfermeiro; 12 (75,00%) concordaram que o instrumentador deve ser membro da equipe de enfermagem; 12 (75,00%) não concordaram que, diante da impossibilidade do instrumentador, o circulante pode substituí-lo; 12 (75,00%) concordaram que o profissional de enfermagem pode atuar na condição de instrumentador; 8 (50,00%) concordaram e 8 (50,00%) não concordaram que o profissional de enferma- IV Simpósio Internacional de Enfermagem gem, como instrumentador, subordina-se ao enfermeiro responsável pela unidade; 13 (81,25%) não concordaram que o estudante de enfermagem não possa exercer a IC durante os estágios, mesmo que seja supervisionado pelo docente. Conclusão: a maioria dos enfermeiros não teve instrumentação na graduação e, mesmo assim, acham importante o ensino da atividade nas faculdades. Além disso, demonstraram bom nível de conhecimento sobre a instrumentação e concordaram que o instrumentador deve ter formação básica na área da Saúde. TC-46 Limpeza e desinfecção de unidade móvel terrestre no atendimento pré-hospitalar Autor: Rachel de Carvalho Co-autores: Érika Coelho de Moraes, Zilda Mariano da Silva, S25 as respostas de 20 (37,7%) profissionais; dentre os produtos químicos utilizados, o álcool 70% é usado por todos os profissionais, seguindo-se a utilização de água e sabão, detergente enzimático, desinfetante e hipoclorito de sódio; os acessórios mais utilizados para realizar a limpeza e a desinfecção são: panos, rodo e vassouras; quanto ao uso de equipamento de proteção individual, os colaboradores relataram utilizar principalmente luvas, avental, óculos e botas; o tempo despendido para realização do processo variou entre 10 a 120 minutos, sendo a maior freqüência correspondente a 60 minutos (26 profissionais, ou 49,0%). Conclusão: constatou-se que as técnicas de limpeza e desinfecção de UMT diferem de acordo com cada tipo de serviço, tanto entre os serviços privados quanto entre os públicos. Esta diversidade pode ser atribuída à inexistência de protocolos, bem como de normas específicas e fiscalização pelos órgãos responsáveis. Yvelize Roberta Ferreira de Almeida Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albret Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 TC-47 Validação da realização do eletrocardiograma (ECG) Autor: Aline Pardo de Mello Introdução: o interior de uma Unidade Móvel destinada à remoção de pacientes e os equipamentos essenciais da ambulância devem estar de acordo com as mesmas normas estabelecidas para limpeza e desinfecção de áreas e equipamentos hospitalares. Na rotina agitada do atendimento pré-hospitalar, o processamento adequado dos artigos e a limpeza da unidade, por vezes, são subestimados. A limpeza é vista como um simples processo, não recebendo a atenção devida quando comparada ao todo. A carência de publicações sobre o assunto e a falta de uniformidade em relação aos processos e aos artigos que devem ser utilizados na limpeza de Unidades Móveis Terrestres (UMT) motivaram as autoras a realizar esta pesquisa. Objetivo: identificar as técnicas de limpeza e desinfecção de UMT utilizadas no atendimento pré-hospitalar, segundo a descrição dos profissionais. Material e Método: pesquisa descritiva, exploratória, de nível I, com abordagem quantitativa, realizada com 53 profissionais de serviços de atendimento préhospitalar, públicos e privados, das cidades de São Caetano do Sul e São José dos Campos, responsáveis pela limpeza e desinfecção das UMT. Para a coleta de dados, foi elaborado um instrumento, composto por duas partes: caracterização do profissional e questões específicas sobre a limpeza e a desinfecção das UMT. Resultados: de acordo com as respostas dos 53 profissionais, verificou-se que: todos os serviços pesquisados possuem unidade de suporte básico; a maioria dos profissionais (43; 56,6%) responsáveis pela limpeza e desinfecção das UMT pertence à equipe de enfermagem (enfermeiros e auxiliares); a limpeza concorrente é feita após cada ocorrência, segundo as respostas de 40 (70,2%) profissionais; a limpeza terminal é realizada uma vez por plantão, segundo Co-Autores: Tânia Ferreira Tavares, Milene Vidal da Silva Barbosa, Gladys Cristina Borges, Milka de Almeida, Yara Kimiko Sakô, Ana Paula Bagdanavicius, Ana Paula Ribeiro Cardoso de Menezes, Marina Vaidotas, Kelly Cristina Rodrigues Dias, Thaís Galoppini Félix, Denysia da Silva Brito Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233 Introdução: a eletrocardiografia é a técnica utilizada para captar os estímulos elétricos do músculo cardíaco por meio de condutores posicionados na pele do paciente. Concretizou-se quando as alterações eletrocardiográficas no infarto agudo foram identificadas pela primeira vez por Pardee em 1920, e relacionadas às alterações morfológicas específicas na onda T, segmento ST e onda Q. Desde então, este procedimento tem sido muito utilizado na prática da cardiologia clínica por ter um baixo custo, não oferecendo qualquer risco ao paciente e ser de fácil realização. Objetivo: padronizar a realização do ECG em uma Unidade de Pronto-Atendimento; validar a equipe de enfermagem na realização do exame. Método: estudo coorte descritivo sobre a realização do ECG. Foi realizado em duas fases. A primeira constou de aula teórica sobre fisiologia cardíaca e a realização do ECG propriamente dito; a segunda fase constou de aplicação individual de um instrumento previamente elaborado com a descrição da técnica por itens. Cada item teve sua relevância descrita em crítico (C) e não-crítico (NC), sendo críticos os erros que comprometem a técnica e, portanto, a validade do exame, e não-críticos os erros que não comprometem a técnica e tampouco a validade do exame. Foeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S26 Trabalhos Científicos ram atribuídos conceitos divididos em A (ausência de qualquer erro), B (um erro crítico e até dois não-críticos) e C (mais de um erro crítico e mais de três erros não-críticos). Ao receber um conceito B ou C, o profissional foi reorientado logo após a validação e reavaliado. A validação foi feita pela enfermeira. Resultados: participaram do treinamento 47 técnicos de enfermagem. Destes, 14 obtiveram conceito A (29,78%), 31, conceito B (65,95%) e 2, conceito C (4,25%). Houve um total de 55 erros; os mais cometidos foram não lavar as mãos antes do início do exame (14 vezes; 25,45%), não posicionar as pêras para realização das derivações à direita do tórax e de V7, V8 e V9 (10 vezes; 18,18%), não solicitar que o paciente não converse ou se mova durante a realização do exame (10 vezes; 18,18%), não ligar o filtro do aparelho de ECG (6 vezes; 10,90%), não limpar as pás e pêras corretamente (3 vezes; 5,45%) e não consultar a figura explicativa sobre ECG quando houver dúvida (3 vezes; 5,45%). Outros erros, como deixar de apresentar-se ao paciente, não colocar gel nas pás e pêras, não posicionar corretamente as pás e pêras, não retirar objetos que causam interferência, não identificar as derivações à direita do tórax e V7, V8 e V9 corretamente no impresso e não checar na prescrição médica a realização do exame ocorreram de uma a duas vezes (de 1,81% a 3,63%), num total de nove vezes. Conclusão: desenvolver meios de treinar e avaliar a realização de exames como o ECG garante que a equipe de enfermagem que presta assistência direta ao paciente sinta-se segura e capaz para realizá-lo, oferecendo, assim, um atendimento de qualidade e com a segurança de um diagnóstico rápido e confiável. TC-48 Efeitos da isoflavona no assoalho pélvico de mulheres na pós-menopausa sor vaginal, o aparelho foi calibrado com a paciente em repouso e, para a aferição, foi solicitado à paciente que realizasse manobras, sendo feitas três medidas consecutivas da força do assoalho pélvico. A graduação da contração foi feita pela escala Sauers (0 a 100). Em seguida, efetuou-se, por exame físico, a avaliação funcional do assoalho pélvico (AFA), seguindo os critérios de Ortiz et al. (1994). Além disto, a paciente foi inquirida sobre a perda urinária (avaliação subjetiva). Posteriormente, a dopplervelocimetria digitalizada colorida avaliou o número de vasos da região periuretral. Resultados: a média de idade das pacientes foi de 53,8 anos, com desvio padrão de 5,41. A avaliação objetiva do assoalho pélvico aferida pelo perineômetro KG 40 mostrou que 22 (73,3%) apresentaram aumento da força muscular (p < 0,05) após o tratamento. Na avaliação funcional (AFA) do assoalho pélvico, verificou-se que 18 (60%) mulheres tiveram aumento da força muscular. Na avaliação subjetiva, das 20 mulheres que referiram alguma forma de perda de urina antes do tratamento, 15 (75%) apresentaram melhora após seis meses de tratamento (p < 0,01). Ao exame ultra-sonográfico (dopplervelocimetria), em 21 (70%) mulheres registrou-se aumento do número de vasos periuretrais (p < 0,05) após os seis meses de tratamento. Conclusões: o tratamento com 100 mg/dia de extrato concentrado de soja por seis meses determinou aumento da força muscular do assoalho pélvico e do número de vasos periuretrais em mulheres na pós-menopausa. TC-49 Percepção da equipe de enfermagem após implantação do protocolo gerenciado de sepse grave/choque séptico em unidade de pacientes críticos Autor: Gisele de Paula Dias Santos Autor: Leni Aparecida Spagna Accorsi Co-autores: Juliana Oliveira, Camila Sardenberg, Joyce Polessi, Co-autores: Mauro Abi Haidar, Alfeu Cornélio Accorsi Neto, José Marina Vaidotas, Luciana Guastelli Maria Soares Júnior, Manuel Jesus Simões, Márcia Gaspar Nunes, Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Ana Maria Massad-Costa, Edmund Chada Baracat Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-3100 Endereço: R. Borges Lagoa, 783, 3° andar, conj. 31 Vila Clementino – São Paulo/ SP CEP 04031-030 – Tel.: (11) 5573-9228 Objetivo: avaliar os efeitos da isoflavona na força muscular do assoalho pélvico de mulheres na pós-menopausa, antes e após seis meses de tratamento com extrato concentrado de soja, na dose de 100 mg/dia. Além disso, avaliar os vasos periuretrais por estudo ultra-sonográfico. Materiais e Métodos: 30 mulheres na pós-menopausa foram submetidas a anamnese e exames físico geral e ginecológico antes de iniciar o tratamento. Realizou-se a avaliação objetiva do assoalho pélvico, com o auxílio de perineômetro digital KG 40, o qual mede o grau de força da musculatura pélvica. Após a introdução do seneinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Introdução: a síndrome da resposta inflamatória sistêmica pode progredir para sepse grave (SG) ou choque séptico (CS), evoluindo com anormalidades circulatórias, metabólica, e resultando em hipóxia tecidual generalizada. O Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) implantou um protocolo gerenciado supervisionado por uma enfermeira gerenciadora de casos (GC), com o objetivo de reduzir a mortalidade desses pacientes em 25% em um período de cinco anos. O protocolo gerenciado busca, por meio de diretrizes assistenciais e da monitoração contínua de indicadores de qualidade, garantir a implementação de ações específicas baseadas na melhor evidência científica. O protocolo gerenciado engloba um conjunto de ferramentas de suporte à tomada de decisão. Ao ser levantada IV Simpósio Internacional de Enfermagem a hipótese de sepse ou feito seu diagnóstico, uma equipe multiprofissional é acionada para o seguimento e acompanhamento deste paciente. Objetivos: avaliar a eficácia do treinamento e a adesão ao protocolo institucional – Protocolo Sepse Grave/ Choque Séptico – pelas equipes de enfermagem (técnicos e enfermeiros) em Unidades de Pacientes Críticos. Materiais e Método: estudo descritivo realizado em maio de 2007. A análise consistiu da avaliação da percepção destes profissionais, verificando-se o grau de conhecimento e aproveitamento após um ano do treinamento do Protocolo de SG/CS na Unidade de Pacientes Críticos. O método utilizado foi a aplicação de um questionário respondido pela equipe de enfermagem, com perguntas em forma de teste a respeito do conhecimento e da percepção da melhoria oferecida pelo protocolo gerenciado. Resultados: foram analisados 85 profissionais de enfermagem das diversas áreas de pacientes críticos, sendo 53% da UPA e 47% da UTI. Considerando o público-alvo, tivemos 98% de participação. Da população analisada, 80% dos sujeitos participaram do treinamento e 20% não participaram, visto que eram funcionários recém-admitidos. Destes, apenas 5% conseguiram contato por meio de outras iniciativas, sendo elas: fluxo de diagnóstico e tratamento do protocolo SG/CS afixado na sala de emergência do PA e nos murais de aviso na UTI, enfermeiro GC e pelo sistema de treinamento virtual (e-learning). A análise dos questionários mostrou que 65% conheciam o papel do GC, 68% relataram ter conhecimento sobre a doença antes do protocolo e 100% dos que participaram do treinamento acreditam que o protocolo gerenciado acrescentou conhecimento. Conclusão: esta avaliação mostrou um percentual alto de participação dos colaboradores, que demonstraram na análise uma resposta satisfatória, sendo possível a sensibilização dos profissionais envolvidos (técnicos e enfermeiros) sobre a importância do Protocolo de Sepse Grave/Choque Séptico. TC-50 Refinamento de um instrumento para mensuração do grau de complexidade assistencial do paciente em relação à enfermagem S27 gem utilizado por eles. Esta pesquisa descritiva foi conduzida com o intuito de: investigar a opinião de usuários do instrumento de classificação de pacientes proposto por Perroca; identificar os indicadores críticos que mais contribuem para a classificação dos pacientes em cada uma das categorias de cuidados (mínimos, intermediários, semi-intensivos e intensivos). Para investigar a opinião dos usuários, foi utilizado questionário contendo perguntas semi-estruturadas. O instrumento de classificação foi aplicado em 796 pacientes, escolhidos aleatoriamente por enfermeiras lotadas em Unidades de Clínica Médica, Cirúrgica e Especializada de um hospital de ensino privado de capacidade extra no interior do estado de São Paulo, no período de janeiro a maio de 2007. Para o tratamento estatístico, utilizou-se a Análise de Componentes Principais (ACP) e a Análise Discriminante. Os usuários investigados parecem satisfeitos com o instrumento utilizado (simplicidade, abrangência, aplicabilidade, confiabilidade dos dados gerados). Contudo, pensam que seria mais adequado que o instrumento não apenas se limitasse à classificação de pacientes, mas simultaneamente pudesse mensurar a carga de trabalho da equipe de enfermagem. Os resultados evidenciaram os indicadores: terapêutica; integridade cutâneo-mucosa; cuidado corporal, com maior capacidade discriminatória na categoria de cuidados mínimos; e os indicadores integridade cutâneo-mucosa; comunicação; nutrição e hidratação; locomoção, para a categoria de cuidados intermediários. A discriminação e classificação correta dos pacientes variaram de 89,8% (cuidados semi-intensivos) a 95,6% (cuidados intensivos). TC-51 Estudo da variabilidade do grau de dependência do paciente em relação à enfermagem Autor: Vivian Brito Araújo Co-autor: Márcia Galan Perroca Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro São José do Rio Preto/ SP CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722 Autor: Márcia Galan Perroca Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro São José do Rio Preto/ SP CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722 Resumo: o instrumento de classificação de Perroca foi construído e validado no final da década de 1990, necessitando, desta forma, passar por um processo de refinamento para permitir uma mensuração mais acurada do grau de complexidade assistencial dos pacientes e de recursos de enferma- Nestes últimos anos, muito se tem estudado sobre a complexidade do cuidado assistencial como fator relacionado à carga de trabalho para instrumentalizar o dimensionamento de pessoal de enfermagem. Contudo, são quase inexistentes na literatura estudos de como a complexidade assistencial oscila durante o período de internação. Este estudo exploratório descritivo tem por finalidade investigar a variabilidade do grau de dependência do paciente em relação à enfermagem. Foi realizado em Unidades de Clínica Médica e Cirúrgica de um hospital-escola privado de capacidade extra no interior do eseinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S28 Trabalhos Científicos tado de São Paulo no período de julho a setembro de 2006. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se o sistema de classificação de pacientes proposto e validado por Perroca (2000). Foram classificados 40 clientes de cada clínica do primeiro ao último dia de internação, totalizando 642 classificações. Tanto nas Unidades de Internação de clínica médica como cirúrgica encontrou-se predominância de pacientes na categoria de cuidados mínimos, 73% e 46%, respectivamente. Na clínica médica, os clientes, em sua maioria, permaneceram na categoria de cuidado identificada em sua admissão, enquanto na clínica cirúrgica houve variação entre as categorias de cuidados, principalmente no período pós-operatório. Os achados deste estudo permitem subsidiar decisões gerenciais referentes à alocação de recursos humanos e custo da assistência frente à demanda da clientela assistida. TC-52 Avaliação de desempenho dos provedores de saúde do curso suporte básico de vida Autor: Joyce Tizeo Fernandes Souza Co-autores: Rita de Cássia Fernandes Grassia Peres Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Objetivo: verificar o conhecimento sobre a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) dos participantes, antes e após o término do curso Suporte Básico de Vida para Provedores de Saúde. Métodos: neste estudo foi realizada uma pesquisa do tipo descritiva, exploratória, nível I, retrospectiva. A população foi composta por 232 participantes e 464 questionários respondidos por médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Resultados: embora tenha sido constatada insuficiência de conhecimento referente aos temas “localização da compressão para realização de RCP” e “vítima de afogamento com perda da consciência”, a média de acertos do pré-teste foi de 71,39% (36 questões) e do pós-teste, de 91,18% (25 questões). Assim, os alunos obtiveram aproveitamento de 19,79% após a realização do curso. Foi possível observar que, apesar do aumento no índice de acertos após a realização do curso, os alunos apresentam insuficiência de conhecimento referente aos temas ¨localização da compressão para realização de RCP¨ e ¨vítima de afogamento com perda da consciência¨. Tal fato é preocupante, pois erros em aprendizagem podem acarretar danos durante a assistência ao paciente. Conclusão: estes temas devem ser abordados com maior ênfase durante os cursos, pois há dificuldade do reconhecimento de sinais e sintomas de doenças cardiovasculares, prejudicando o acesso precoce aos serviços de emergência. einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 TC-53 Perfil social dos pacientes do programa de transplantes do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Autor: Thais D. Bacoccina Motta Co-autores: Cleonice Aparecida Fiorito, Anna Verena de Carvalho, Ben-Hur Ferraz Neto Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Vila Mariana Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP CEP 04020-010 – Tel.: (11) 5089-0384 Introdução: a avaliação social de pacientes candidatos a transplante de órgãos ou mesmo aqueles já transplantados tem impacto direto na assistência destes casos, principalmente no Brasil, onde a população em geral tem grandes dificuldades que envolvem as áreas de Transporte, Habitação, Educação, Saúde, entre outras. Objetivo: apresentar os resultados da avaliação social dos pacientes atendidos no programa de transplante de órgãos sólidos do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Método: todos os pacientes encaminhados ao programa de transplante de órgãos sólidos foram convocados para avaliação social no período entre setembro de 2005 e abril de 2007. A avaliação foi realizada por meio de formulário social aplicado pela assistente social, contendo informações sobre o perfil socioeconômico dos pacientes e no qual foram avaliados: tipo de órgão a ser transplantado, sexo, idade, estado civil, escolaridade, ocupação, renda familiar, infra-estrutura e tipo de moradia, além de número de membros da família moradores da mesma residência. Resultados: durante o período estudado, foram realizadas 681 avaliações sociais, sendo 409 (60%) pacientes do programa de transplante de fígado, 191 (28%) de rim, 57 (8,4%) de pâncreas/rim, 9 (1,3%) de pâncreas, 9 (1,3%) de fígado/rim, 4 (0,6%) de pulmão e 2 (0,3%) não informados. Encontramos 414 (61%) pacientes do sexo masculino; 16 tinham menos de 20 anos, 50 tinham entre 21 e 30 anos, 92 tinham entre 31 e 40 anos, 182 tinham entre 41 e 50 anos, 220 tinham entre 51 e 60 anos, 100 entre 61 e 70 anos, 20 acima de 70 anos e 1 não informado. Destes, 436 pacientes eram casados, 135 solteiros, 69 divorciados/separados e 35 viúvos. O nível de escolaridade encontrado foi: 8 (1,1%) pacientes analfabetos, 547 (80,3%) com primeiro grau, 87 (12,7%) com segundo grau, 3 (0,4%) técnicos e 36 (5,2%) com nível superior. Quanto à renda familiar, encontramos 22 (3,2%) pacientes sem renda, 37 (5,4%) com até 1 salário mínimo, 321 (47,1%) entre 1 e 3 salários mínimos, 182 (26,7%) entre 3 e 6 salários mínimos, 119 (17,4%) com renda superior a 6 salários mínimos, sendo a renda máxima R$ 11.000,00. Cada família foi avaliada quanto ao número de pessoas residentes no local: encontramos até 3 pessoas em 384 pacientes, 4 a 6 pessoas em 279 pacientes, de 7 a 9 pessoas em 13 pacientes, acima de 10 pessoas em 1 e 4 pacientes não informaram. Quanto ao tipo de IV Simpósio Internacional de Enfermagem moradia, 619 pacientes moram em imóvel de alvenaria, 53 de madeira e 9 não informado; 665 possuem infra-estrutura básica (água, luz e esgoto), 8 não contam com pelo menos 1 deles e 8 não informados. Quanto à ocupação, 237 pacientes são aposentados, 153 possuem auxílio-doença, 90 estão ativos, 39 do lar, 10 pensionistas, 3 com auxílio-doença e ativos, 1 com bolsa-família, 10 estudantes, 30 desempregados, 106 sem renda e 2 não informados. Conclusão: diante dos dados encontrados, podemos concluir que o programa de transplantes de órgãos do HIAE atende pacientes da sociedade que representam a população brasileira e, assim, cumpre sua função dentro de seu programa de responsabilidade social. TC-54 A música no alívio da ansiedade em pacientes cardíacos pré-cirúrgicos Autor: Annelise de Oliveira Rodrigues Co-autores: Taciana Cristina Pereira de Freitas, S29 manualmente e a análise foi feita utilizando-se os recursos da estatística descritiva. Os dados qualitativos foram analisados conforme a análise de conteúdo de Bardin. Resultados: a população foi composta, em sua maioria, por homens, entre 61 e 80 anos de idade, casados, com valvopatias e admitidos para troca de valva mitral. A análise das falas dos pacientes sobre o efeito da sessão de música resultou em três categorias: calma, evocação de memórias afetivas e indiferença. A calma e o relaxamento foram evidenciados pela verbalização dos pacientes e pela postura durante a sessão de música. Em dois casos, os acompanhantes relaxaram também, chegando inclusive a dormir. Conclusão: os resultados evidenciaram o efeito benéfico da música enquanto prática complementar no cuidado ao ser humano. A maioria dos pacientes relatou sentir-se mais calmo após os 20 minutos de audição musical. Sendo assim, considera-se a música como uma intervenção valiosa a ser implementada pela enfermagem no período pré-operatório, visando minimizar as tensões dessa fase e a hostilidade do ambiente hospitalar. Andrea Bezerra Rodrigues Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Introdução: de acordo com o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a terceira causa de internação no Sistema Único de Saúde (SUS), acometendo 10% da população, com a maior parcela na Região Sudeste. O mesmo grupo de doenças representa 32% das causas de óbito no país. O procedimento cirúrgico em si predispõe os indivíduos a uma vulnerabilidade física e emocional natural. Nesse sentido, a ansiedade no paciente cardíaco possui diversas causas, como a própria doença, o ambiente hospitalar, a dor, a mudança na vida diária e no trabalho e a ausência de recurso financeiro. Desde o nascimento até a morte, a música faz parte da vida do ser humano. Como terapia, caiu em desuso por muitos anos, por ser considerada um método primitivo e pouco prático. Entretanto, atualmente vem-se mostrando cada vez mais inovadora e eficaz, sendo inclusive formalmente instituída. Pretende-se, com este estudo, abordar a música como estratégia complementar para o alívio e enfrentamento da ansiedade do paciente cardíaco pré-cirúrgico. Objetivo: descrever os efeitos da música no alívio da ansiedade em pacientes cardíacos pré-cirúrgicos. Material e Método: o estudo foi realizado em uma clínica médica cardiológica de um hospital de grande porte do município de São Paulo/SP, com cinco pacientes, utilizando-se, para a coleta dos dados, um roteiro semi-estruturado composto por dados sociodemográficos, mensuração dos sinais vitais e uma questão norteadora. A entrevista foi realizada antes e após a audição musical do CD Sons da natureza: alpine flow, com duração de 20 minutos. Os dados quantitativos foram tabulados TC-55 Implantação de impresso de consulta de enfermagem em um ambulatório de transplante Autor: Eva Aparecida Yamada Yonezawa Co-autores: Edna A. Ferraz, Edilene Pitlowanciv, Janine Schirmer, Maria Teresa Aparecida da Silva Odierna, Bartira de Aguiar Roza Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Vila Mariana Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP CEP 04020-000 – Tel.: (11) 5080-0265 Introdução: a consulta de enfermagem (CE) é uma atividade privativa do enfermeiro, garantida pela Lei do Exercício Profissional n° 7.498/86. Em um hospital privado da cidade de São Paulo/SP, um grupo de enfermeiros aplicou um impresso de consulta de enfermagem no ambulatório de transplante de órgãos sólidos, parceria com o SUS, desde janeiro de 2002. Objetivo: garantir a consulta de enfermagem aos pacientes que freqüentam o ambulatório, com base científica, coletando informações para planejar a assistência no pré e pós-operatório. Metodologia: após a elaboração de um impresso de CE baseado nos padrões de Gordon, este foi aplicado aos pacientes que aguardavam a consulta médica, ou no momento da inscrição no cadastro técnico da Secretaria Estadual de Saúde. Resultados: foram aplicados 25 formulários no período de maio a setembro de 2006, com os seguintes resultados: 24% dos pacientes estão na faixa etária entre 37-41 anos e acima de 56 anos, 32% têm ensino médio completo, 52% têm estado civil casado, 64% residem na cidade de São Paulo, 64% não trabalham atualmente, 60% possuem auxílio-doença, 36% têm renda familiar de einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S30 Trabalhos Científicos 2 a 3 salários mínimos e 64% informaram possuir condições de comprar os medicamentos necessários para o tratamento; 12,48% consideram a saúde em geral boa, 14,56% consideram que sua saúde interfere nas atividades diárias, 23,92% conseguem seguir orientações dos profissionais de saúde, 60% apresentaram alterações de peso no último ano, 100% apresentam risco nutricional e 44%, risco para flebite; 72% apresentam independência nas atividades físicas, 56% têm disposição suficiente para a realização das atividades, 84% não praticam esporte, 52% não acordam descansados e para 56% o sono é interrompido; 80% têm alterações visuais, 64% apresentam dor, 80% possuem alterações do nível de consciência, 40% apresentaram percepção para feliz, 56% têm vida sexual ativa, 76% não fazem uso de contraceptivo, 60% possuem religião praticante e para 76% a religião interfere na manutenção da saúde. Conclusão: os resultados indicam a necessidade de implementação da consulta de enfermagem para o planejamento da assistência com base nos problemas de saúde identificados. Assim, espera-se contribuir para minimizar os riscos assistenciais no pré e pós-transplante. ausências não-previstas mostrou uma variação entre índices encontrados em cada unidade e identificou a licença-maternidade como o principal motivo de ausência não-prevista dos trabalhadores de enfermagem, seguida pela licença médica. O IST para os enfermeiros apresentou variação de 32% a 47%, e entre os auxiliares e técnicos de enfermagem a variação foi de 35% a 40%, o que corrobora os achados na literatura. Considera-se importante conhecer esse índice para cobertura das ausências da equipe de enfermagem, sendo essa uma das variáveis consideradas para o dimensionamento de pessoal. TC-57 Estilos de liderança em unidade de terapia intensiva e sua relação com a carga de trabalho de enfermagem Autor: Alexandre Pazetto Balsanelli Co-autores: Isabel Cristina Kowal Olm Cunha, Iveth Yamaguchi Whitaker Instituição: Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) TC-56 Percentual de ausências da equipe de enfermagem em unidades de clínica médicocirúrgica de um hospital filantrópico Autor: Danielle Fabiana Cucolo Co-autores: Márcia Galan Perroca Instituição: Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto Endereço: R. Fritz Jacob, 1236 – Boa Vista – São José do Rio Preto/ SP CEP 15025-500 – Tel.: (17) 2139-9200 O número insuficiente de recursos humanos na enfermagem pode elevar o índice de absenteísmo, como conseqüência da sobrecarga de trabalho e insatisfação dos colaboradores, prejudicando a qualidade da assistência prestada e a segurança dos clientes/pacientes. Este estudo tem como objetivo identificar o percentual de ausências previstas e não-previstas da equipe de enfermagem de quatro Unidades de Clínica Médico-Cirúrgica de uma instituição de saúde filantrópica do interior de São Paulo e determinar o índice de segurança técnico (IST) para cada categoria profissional nas suas respectivas unidades. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva, na qual os dados referentes às ausências previstas foram levantados das escalas mensais junto ao departamento de enfermagem, e as informações sobre ausências nãoprevistas foram obtidas de relatórios do departamento de pessoal nos meses de janeiro a dezembro de 2006. Os percentuais de ausências previstas relativos às folgas semanais remuneradas, feriados e férias corresponderam, respectivamente, a 17%, 3,1% e 9%. O levantamento do percentual de einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/ SP CEP 04024-002 – Tel.: (11) 5576-4421 A liderança constitui uma competência essencial para que o enfermeiro gerencie a assistência de enfermagem. Entretanto, sendo a UTI um ambiente interativo no qual as decisões precisam ser rápidas e assertivas, muitas vezes exerce-se uma postura autoritária em substituição à participativa. Este estudo teve como objetivos verificar a carga de trabalho de enfermagem por meio do Nursing Activities Score (NAS) de 87 pacientes admitidos na UTI geral de um hospital universitário particular localizado no município de São Paulo/SP; identificar os estilos de liderança exercidos pelos enfermeiros ao avaliar um membro de sua equipe no cuidado a esses pacientes; relacionar a carga de trabalho de enfermagem (NAS) e os estilos de liderança exercidos pelos enfermeiros, utilizando como referência a Liderança Situacional de Hersey e Blanchard. Tratou-se de um estudo descritivo-exploratório e correlacional. A amostra foi constituída por sete enfermeiros e sete técnicos de enfermagem que formaram sete duplas, respectivamente. Obtiveram-se os dados no período de março a junho de 2005. Diariamente aplicou-se o NAS nos pacientes admitidos nas 24 horas anteriores. Seqüencialmente, os enfermeiros eram questionados sobre qual estilo de liderança seria adotado caso o técnico de enfermagem que estava sob sua avaliação estivesse cuidando dele. Utilizouse estatística descritiva e o teste t de Student com nível de significância p < 0,05. A carga de trabalho de enfermagem alcançou um valor médio de 80,1% (dp = 8,0; mín = 62,4 e máx = 101,8%). Os enfermeiros exerceram, com predomi- IV Simpósio Internacional de Enfermagem nância, os estilos de liderança E1, E2 e E3 para com os liderados. Analisaram-se as duplas separadamente, em decorrência das diferenças entre elas. Apesar disto, verificou-se relação entre os estilos de liderança e o NAS. Portanto, concluiu-se que, quanto maior a carga de trabalho de enfermagem exigida pelo paciente internado nessa UTI, o enfermeiro tende a ser mais diretivo em suas ações, adotando estilos de liderança menos participativos, tais como E1 e E2. TC-58 Avaliação da implantação de um protocolo de prevenção de quedas Autor: Rosane Oliveira Simões Co-autores: Lucia Marta Giunta da Silva, Regiane Pereira dos Santos, Maria Luiza Costa, Anna Margherita Toldi Bork Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) S31 As principais variáveis da auditoria de quedas foram local, presença de familiar, comorbidades, educação do pacientefamília, avaliação do risco, adesão às medidas preventivas e conseqüências da queda. Na análise estatística dos dados das quedas ocorridas entre junho de 2005 e julho de 2006 (n = 173), observou-se associação da queda ao uso de sedativo (p = 0,050), a queda anterior no hospital (p = 0,001) e ao sexo masculino. A regressão logística evidenciou que as chances de sofrer uma queda eram aumentadas em 2,5 vezes para os pacientes em uso de sedativos, 19 vezes para pacientes com queda anterior no hospital e 3 vezes para pacientes do sexo masculino. Observou-se, ainda, a redução dos danos graves. Conclusão: a análise estatística dos dados possibilitou identificar os principais fatores e grupos de maior risco na instituição, dirigir a avaliação do enfermeiro e a educação do paciente-família, reduzir danos graves e recorrência da queda na hospitalização. Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2670 Introdução: prevenir quedas em hospitais é importante fator de segurança do paciente. Quedas estão entre as ocorrências mais comuns nos hospitais, com índice que varia de 2,3 a 7/1.000 pacientes-dia, com 30% de danos; de 4% a 6% das quedas são classificadas como graves, sendo que cerca de 10% das quedas fatais entre adultos idosos ocorrem nos hospitais. Objetivo: avaliar a implantação do Protocolo de Prevenção de Quedas no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Material e Método: revisão da literatura 1-12, utilizando MEDLINE e Cochrane Library, análise dos dados históricos da população hospitalizada do HIAE, elaboração e divulgação do protocolo de prevenção, cujos objetivos são: promover a segurança do paciente; identificar a população de risco e alto risco; prevenir a ocorrência de queda e reduzir o dano associado no grupo de alto risco; mensurar os índices de queda no HIAE; realizar auditorias das medidas preventivas e das quedas. O protocolo foi implantado em junho de 2005, após treinamento e divulgação para a equipe. As principais medidas preventivas seriam: avaliação de risco para discriminar os pacientes de risco e alto risco; estabelecer intervenções mínimas na prescrição de enfermagem e estratégias para educação de pacientes e familiares. A análise estatística dos dados de adesão às medidas preventivas (n = 1056) utilizou o teste t-Student (IC = 95%) para a comparação, entre os grupos de pacientes de alto risco com e sem queda, das médias das variáveis quantitativas; e o teste Qui-Quadrado (IC = 95%) para as variáveis qualitativas. Resultados: as médias de adesão às medidas preventivas foram: jun/05 = 76%; dez/05 = 80%; jan/06 = 83%; fev/06 = 88%; jun/06 = 75% e dez/06 = 75%. Na análise, não houve diferença entre os grupos para nenhuma variável quantitativa (idade; total de pacientes, enfermeiros e técnicos de enfermagem na unidade). TC-59 Eventos adversos na administração de dieta enteral: análise comparativa entre o volume prescrito e o administrado em UTI Autor: Katia Grillo Padilha Co-autores: Mairy Jussara de Almeida Poltronieri Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 419 – Cerqueira César – São Paulo/ SP CEP 05403-000 – Tel.: (11) 3061-7543 Introdução: a terapia nutricional enteral (TNE) tem um papel sólido e importante no tratamento dos pacientes graves internados em UTI. Portanto, a equipe multidisciplinar deve assegurar uma terapia nutricional segura, livre de falhas. Objetivos: comparar o volume de dieta enteral prescrito e administrado; comparar as necessidades calóricas diárias (NCD) com as calorias prescritas (CP) e administradas (CA) e identificar os fatores associados às falhas na administração da dieta enteral. Método: estudo descritivo, comparativo, prospectivo realizado em duas UTIs gerais de um hospital privado do município de São Paulo/SP, em 2005. Os dados foram coletados diariamente com base nos registros dos prontuários. Análises descritivas, assim como teste t-Student, Kappa e modelo de regressão logística (Stepwise forward) foram utilizados. Valores de p < 0,05 foram considerados significantes. Resultados: a amostra foi composta por 61 pacientes (636 dietas administradas). O tempo entre a admissão na UTI e o início da TNE foi, em média, 2,5 dias; a maioria das dietas (57,6%) era especializada e foi administrada por sonda colocada no estômago (56,9%). O volume de dieta administrado foi menor do que o prescrito, einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S32 Trabalhos Científicos respectivamente, 1.111.8 + 400.4 ml e 1257.2 + 306.9 ml (p = 0.000). As CP (1302.6 + 481.9) e as CA (1164.8 + 508.2) foram estatisticamente menores do que as NCD (1797.1 + 292.7). A comparação entre o volume e as calorias, segundo faixas intervalares, mostrou concordância moderada entre os volumes prescritos e administrados (Kappa = 0,614) e baixa concordância entre as NCD e CP (Kappa = 0,191) e entre NCD e CA (Kappa = 0,100). De um total de 308 razões para as falhas na administração do volume de dieta, o cálculo errado da velocidade de infusão pela equipe de enfermagem foi predominante (20,8%), seguido pela realização de exames diagnósticos e terapêuticos e procedimentos cirúrgicos (14,9% cada). Das falhas encontradas, 70,6% eram evitáveis. Os fatores relacionados às falhas na administração do volume foram a idade, a velocidade de infusão e as NCD. Conclusões: os resultados mostram que medidas simples podem prevenir eventos adversos com a dieta enteral, tornando a assistência multidisciplinar mais segura e de melhor qualidade; apontam, ainda, para a necessidade de futuros estudos que analisem os eventos adversos com a administração de dieta enteral, com vistas a garantir as reais necessidades nutricionais dos pacientes graves. TC-60 O conhecimento como critério de segurança no cuidado ao paciente com infarto agudo do miocárdio responderam a um questionário construído pelas autoras, composto por 18 perguntas. Os dados da pesquisa foram coletados após aprovação da Comissão Científica da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), dos Comitês de Ética e chefias das UTIs e UCOs dos hospitais envolvidos. Resultados: os dados obtidos mostraram que a maioria dos entrevistados (79,55%) atribuiu grande importância aos resultados dos exames laboratoriais e diagnósticos para o cuidado do paciente com IAM. Na análise dos resultados dos exames laboratoriais e diagnósticos do paciente com IAM, o conhecimento foi classificado como “satisfatório” em 70,45% da amostra. Conclusão: embora os resultados demonstrem conhecimento satisfatório, este tema merece novos estudos e discussões, com enfoque crítico-investigativo sobre a estruturação do saber científico do enfermeiro atuante nas UTI e UCO, principalmente diante dos novos desafios da prática atual de enfermagem, em que a geração de conhecimento é fator determinante na otimização da segurança do paciente. TC-61 Aspectos motivacionais da equipe de enfermagem de um hospital filantrópico do interior de São Paulo Autor: Danielle Fabiana Cucolo Co-autor: Nelson Iguimar Valerio Instituição: Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto Autor: Márcia Wanderley de Moraes Endereço: R. Fritz Jacob, 1236 – Boa Vista – São José do Rio Preto/ SP Co-Autores: Kelly Cristina Servilio Lima, Patrícia I. de Paulo Chartuni CEP 15025-500 – Tel.: (17) 2139-9200 Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Introdução: a assistência do enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Unidade Coronariana (UCO) ao paciente com doença cardiovascular evoluiu juntamente com as práticas da medicina coronariana. Assim, a monitoração dos resultados dos diversos exames laboratoriais e diagnósticos do paciente com infarto agudo do miocárdio (IAM) fornece dados para um histórico mais amplo e conseqüente elaboração de um plano assistencial baseado em evidências. Objetivos: verificar a importância que o enfermeiro atribui aos resultados dos exames laboratoriais e diagnósticos para o cuidado seguro do paciente com IAM e classificar seu conhecimento na análise dos resultados destes exames. Métodos: pesquisa exploratória, realizada nas UTIs de dois hospitais localizados no município de São Paulo/SP, sendo um da rede privada e o outro da rede pública, que para fins deste estudo foram denominados A e B. A amostra utilizada constou de 44 enfermeiros atuantes em UTI e/ou UCO, que einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Na prática da enfermagem, conhecer o comportamento e os motivos que levam as pessoas a agir surge como aspecto fundamental na busca de maior satisfação no trabalho, eficiência e qualidade do serviço prestado. O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar aspectos motivacionais que contribuam para a melhoria da satisfação no trabalho, na perspectiva da equipe de enfermagem de um hospital filantrópico do interior de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa que emprega como instrumento de coleta de dados uma questão aberta: “Aponte aspectos que motivam você e que contribuam para a melhoria de sua satisfação no trabalho”, aplicada a 51 colaboradores da enfermagem. Tal amostra constitui uma parcela representativa dessa equipe, relacionada a partir de sorteio entre os funcionários da instituição-alvo. Para preservação do anonimato, os nomes próprios foram substituídos por letras na transcrição dos discursos e o projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos. O material foi submetido à análise temática proposta por Bardin, permitindo identificar a categoria gosto da profissão como a mais citada dentre os aspectos motivacionais, seguida pelo IV Simpósio Internacional de Enfermagem treinamento interno. Os resultados permitem compreender que os profissionais de enfermagem ainda sustentam o mito de doação vocacional, de caridade, como garantia de prestígio profissional, ao mesmo tempo em que a necessidade de adquirir e atualizar conhecimentos tem sido reforçada pelos avanços tecnológicos, científicos e pelas mudanças no mundo do trabalho. S33 TC-63 A importância da avaliação de risco realizada pelo enfermeiro em uma unidade médica ambulatorial Autor: Andréa Francisco Co-autor: Paula de Sousa e Castro Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) TC-62 Assistência inicial às gestantes: avaliação do fluxograma Autor: Silvia Patricia Madureira Mazzieri Instituição: Unidade Básica de Saúde Alto do Umuarama Endereço: R. Odemis, 468 – Jardim Umuarama – São Paulo/ SP CEP 05783-180 – Tel.: (11) 5512-6614 No contexto da atenção básica à saúde, vários programas possuem, entre suas propostas, ações voltadas à assistência da saúde da mulher nas diferentes fases do seu ciclo de vida. No Brasil, sabe-se que a adesão da mulher ao pré-natal está relacionada com a qualidade da assistência prestada pelo serviço e pelos profissionais de saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar o novo fluxograma de atendimento inicial às gestantes de uma Unidade Básica de Saúde do município de São Paulo/SP. Tratou-se de um estudo descritivo por meio da análise de dados coletados do SisPreNatal, programa do Departamento de Informática do SUS/Datasus que disponibiliza a ficha de acompanhamento da gestante, instituído pelo Ministério da Saúde como o componente I do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento – Incentivo à Assistência Pré-Natal, no âmbito do Sistema Único de Saúde, em 2000. O presente trabalho mostrou que a implementação de um fluxo sistematizado para o acolhimento imediato da gestante fez com que aumentasse o número de gestantes cadastradas no programa do SisPreNatal de 153 para 304. Em relação ao início precoce da assistência pré-natal, verificouse que no ano de 2006 aumentou para 69,1%, em relação a 2005, com o índice de 58,2%. Isto certamente pode garantir uma assistência pré-natal de maior qualidade, uma vez que os profissionais envolvidos na assistência terão mais oportunidade de identificar precocemente possíveis alterações clínicas-obstétricas ou neonatais e de realizar as intervenções necessárias, para que haja diminuição nos índices de mortalidade materno-infantil. Atualmente, no município de São Paulo o índice de mortalidade infantil encontra-se em 12,9%, sendo que a principal causa em crianças menores de um ano são infecções específicas do período neonatal. Assim, os resultados deste estudo possibilitam que a mulher vivencie essa importante fase de sua vida, que é a gravidez, de forma mais segura, não só para sua própria saúde, como também para seu futuro filho. Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233 Introdução: a Prefeitura Municipal de São Paulo, em convênio com diversas instituições públicas e privadas, criou um novo modelo de atendimento na atenção básica, conhecido como Assistência Médica Ambulatorial (AMA), que tem como objetivo o atendimento não-agendado a pacientes portadores de patologias de baixa e média complexidade nas especialidades de clínica médica, pediatria e cirurgia geral ou ginecologia, apoiado por uma tecnologia para diagnóstico e tratamento destes casos. O paciente que procura este atendimento é acolhido pelo profissional enfermeiro antes da consulta médica, para que se realize a avaliação de risco, com os seguintes objetivos: humanizar e otimizar o atendimento; organizar o serviço; proporcionar maior resolutividade; estabelecer fluxos de atendimento para demanda espontânea; propiciar menor desgaste da equipe e aumentar a satisfação da comunidade. Esta avaliação se faz necessária para identificar e priorizar o atendimento e encaminhamento das emergências, independentemente da ordem de chegada. Durante a avaliação de risco, verifica-se a queixa principal do paciente, os sinais vitais e seu estado geral. Objetivo: descrever a importância de esta avaliação ser realizada pelo profissional enfermeiro para agilizar o atendimento dos pacientes que apresentam alterações, a fim de minimizar o risco de complicações. Material e Método: foi selecionada, para a coleta de dados, uma semana do mês de maio de 2007 na qual houve atendimento a 1.198 pacientes para a clínica médica e pediatria, e 168 atendimentos para clínica cirúrgica, identificando os casos que foram avaliados pelo enfermeiro e encaminhados para atendimento imediato. Resultado: foi verificado que aproximadamente 20% (n = 238) dos atendimentos de clínica médica e pediatria avaliados pelo enfermeiro possuíam alteração nos sinais vitais ou no estado geral, sendo que 16% (n = 38) apresentavam crise hipertensiva, 1,2% (n = 3) apresentavam crise hiperglicêmica, 50% (n = 113) ficaram em observação por mais de 3 horas na unidade para estabilização do quadro clínico, e houve a transferência para o atendimento hospitalar de 4% (n = 10) dos casos. Em relação aos atendimentos da clínica cirúrgica, os enfermeiros priorizaram o atendimento de 8% (n = 14) da demanda, por se tratarem de casos com algum tipo de trauma. Conclusão: por meio destes dados, podemos concluir que a avaliação de risco deve ser um procedimento exclusivo do profissional enfermeiro, sendo sua capacitação de extrema importância para agilizar os atendimentos que são prioritários, einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S34 Trabalhos Científicos além de identificar situações clínicas que não estão associadas à queixa momentânea do paciente, minimizando danos. TC-64 Indicadores da avaliação da dor como quinto sinal vital Autor: Tatiane Ramos Canero Co-autores: Fabíola P. Minson, Maite A. C. C. Rosseto, Kenia Y. Kanai Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-900 – Tel.: (11) 3747-1089 A avaliação da dor como quinto sinal vital foi criada pela Comissão de Credenciamento e Classificação das Organizações de Saúde. A Joint Comission on Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO) preconiza a dor como quinto sinal vital. Nosso hospital adotou como padrão institucional a avaliação, no mínimo uma vez por turno, e a reavaliação em até uma hora, após medidas de intervenção para o controle da dor, quando da sua ocorrência, por meio de escalas unidimensionais padronizadas. O objetivo do estudo foi verificar a conformidade dos registros de avaliação e reavaliação da dor. Foram avaliados 2.148 prontuários de pacientes internados na clínica médico-cirúrgica no período de agosto de 2006 a março de 2007. Foram verificados os registros de identificação da escala unidimensional utilizada para avaliação da dor no mínimo uma vez por turno, e reavaliação da dor em período menor que uma hora, após instituição de medida frente à dor. A média de conformidade no registro, em prontuário, da escala de avaliação da dor foi de 81%. Ocorreu a avaliação da dor uma vez por turno em 96% dos pacientes. E 76% dos registros de dor foram reavaliados no período de até uma hora após a instituição de medida frente à dor. A dor foi avaliada ativa e adequadamente. A reavaliação da dor após medida instituída no período máximo de uma hora requer treinamentos específicos para a equipe de enfermagem atingir o índice de conformidade de 85% nos registros de reavaliação da dor estabelecidos para a clinica médico-cirúrgica. TC-65 Flebite é definida como a inflamação na túnica íntima da veia. Alguns fatores contribuem para o aumento da flebite em pacientes hospitalizados, que se beneficiam de medicamentos e soro intravenosos. Dentre os fatores comuns, destacam-se pH de soluções infundidas, fragilidade venosa, infusão acima de 90 ml/h, fixação inadequada do acesso venoso, múltiplas punções. Dos pacientes hospitalizados, 95% fazem uso de terapia intravenosa (TIV), sendo que grande parte dessa população ao fazer uso de acesso venoso periférico (AVP) apresenta riscos de flebite. Visando à segurança do paciente, iniciamos em abril de 2007 o processo de vigilância de flebite, que consiste em: avaliar pacientes submetidos a TIV por AVP quanto ao risco de flebite, risco de insucesso, número de punções para obtenção do acesso, material utilizado, instituir melhorias imediatas por intervenção direta e verificar o número de flebites notificadas. O objetivo deste trabalho é retratar os dados obtidos durante a vigilância, as intervenções e propostas de melhorias implementadas. Esse estudo é descritivo e mostra os dados do mês de abril de 2007 nas unidades vigiadas (pediatria, geriatria, semi-intensiva e clínica médica). Foram avaliados 335 pacientes; destes, 279 (85%) apresentavam risco de flebite, 208 (71%) apresentavam risco de insucesso para punção, 52 (17,9%) apresentavam risco de flebite e foram puncionados com dispositivo inadequado, e 85 (40,1%) apresentavam risco de insucesso e foram puncionados por profissional não-recomendado. A taxa de flebite encontrada nesse grupo foi de 14,2%. Algumas intervenções foram realizadas durante o período avaliado, como: a reavaliação do limite de troca do acesso venoso em idosos, a reorientação quanto ao material utilizado para imobilização do acesso na pediatria, o auxílio no planejamento da terapia intravenosa, a indicação precoce do cateter central de inserção periférica, a discussão clínica com o médico, conduzindo a alteração da terapêutica. Podemos concluir que a vigilância pode mostrar resultados ainda desconhecidos e gerar oportunidades de melhoria, como a rediscussão do protocolo de TIV, a escolha de dispositivos para fixação de cateter, a adequação de rotinas e a criação de novos procedimentos. TC-66 Terapia assistida por animais com crianças no hospital: uma contribuição para sua inserção na prática de enfermagem Planejamento da terapia intravenosa e vigilância de flebite Autor: Carmen Mary Nakamura Autor: Denis Faria Moura Junior Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Co-autores: Denise Isabel Luiz, Regiane Camargo Tokimatsu, Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP Fabiane Carvalhais Regis, Claudia Candido da Luz, Priscila da CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Co-autor: Fabiane de Amorim Almeida Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Silva, Vanda Minatel Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2621 einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Introdução: o uso da terapia assistida por animais (TAA) é crescente em vários países; porém, no Brasil ainda é pouco conhecida. Devido ao reduzido número de estudos sobre o tema, há IV Simpósio Internacional de Enfermagem dúvidas quanto à eficácia dessa prática e o risco de transmissão de zoonoses. Objetivos: identificar o conhecimento existente sobre o uso da TAA com crianças hospitalizadas nas publicações científicas existentes; elaborar recomendações que auxiliem o enfermeiro a atuar com segurança frente à presença de animais em Unidades Pediátricas. Material e Método: pesquisa descritiva exploratória, realizada por meio da revisão sistemática de publicações em periódicos nacionais e internacionais indexados nas seguintes bases de dados: LILACS, SciELO, PUBMED, Cochrane, BDENF e CINAHL. A amostra constituiu-se de 12 artigos publicados entre 1995 e 2006. Resultados: a maioria das publicações era de língua inglesa (8; 66,6%), predominando aqueles de dupla autoria (4; 33,4%) e desenvolvidos nos Estados Unidos (6; 50%). Mais da metade dos estudos era transversal (8; 66,7%), destacando a abordagem quantitativa (5; 41,7%). Quanto ao grau de recomendação e força de evidência científica, os estudos clínicos e observacionais bem desenhados (5; 41,7%) foram os mais freqüentes, seguidos de publicações baseadas em consensos e opiniões de especialistas (4; 33,3%). Analisando o conteúdo dos artigos, encontraram-se as seguintes temáticas: impacto da TAA para as crianças hospitalizadas (8; 66,7%) e para os profissionais de saúde (1; 8,3%); relação entre TAA e controle de infecção (3; 25%). Recomendações para implementar a TAA no hospital foram delineadas a partir dos subsídios extraídos dos artigos quanto a: avaliação do paciente para a introdução dessa prática; orientação à criança, família e equipe de saúde em relação às normas para a visita dos animais no hospital. Conclusão: a maioria dos artigos encontrados é internacional, sendo escassos os estudos brasileiros sobre o tema. Apesar do grau de recomendação e força de evidência dos estudos não serem fortes, inúmeros benefícios da TAA para a criança, familiares e profissionais foram descritos, não havendo referência a resultados negativos do seu uso na prática. Enfatiza-se a importância de se instituirem normas para introduzir animais terapeutas no hospital, evitando riscos de transmissão de zoonoses e danos para a unidade e pacientes, garantindo uma implementação segura e eficaz. TC-67 S35 mais com aqueles. Seus benefícios já são amplamente divulgados na literatura, mas seu emprego ainda é modesto na prática. Objetivos: comparar as reações manifestadas pela criança durante o curativo pós-cirúrgico realizado antes e após o preparo com o BT. Métodos: trata-se de uma pesquisa quase-experimental e a amostra constituiu-se de 34 crianças internadas para cirurgia em um hospital público pediátrico da cidade de São Paulo/SP. Os comportamentos da criança e a dor foram avaliados durante o curativo realizado antes e após o BT. Os dados foram analisados quantitativamente. Resultados: antes do brinquedo, as crianças mostravamse mais assustadas durante o curativo, não cooperando com a equipe. Apresentavam comportamento protetor, permanecendo caladas (15; 44,11%), com expressão facial de medo (12; 35,29%) e tensão muscular (11; 32,35%). Esses comportamentos tornaramse menos freqüentes após o brinquedo (diferenças estatisticamente significativas segundo o teste de McNemar), quando as crianças mostravam-se mais colaborativas, brincando (32; 94,11%), sorrindo (29; 85,29%), com postura relaxada (29; 85,29%) e ajudando espontaneamente o profissional (25; 73,52%). Em relação à dor, a maioria (19; 55,88%) apontou escore 3 (escala de dor de faces) no curativo realizado antes do BT, prevalecendo o escore 0 (16; 47,06%) após o BT (a diferença foi estatisticamente significativa pelo teste de Wilcoxon). Conclusão: comportamentos indicativos de maior adaptação e aceitação ao procedimento tornaram-se mais freqüentes após o BT, ao contrário daqueles que indicam menor adaptação e aceitação. Os escores de dor também diminuíram após o BT. Ele se evidenciou como estratégia efetiva na redução do medo, apreensão e dor, podendo contribuir inclusive para a segurança da criança durante o procedimento, na medida em que a auxilia a compreender o que será feito com ela, cooperando mais e oferecendo menos resistência. TC-68 Conhecimento de um grupo de pacientes sobre medicamentos genéricos por eles utilizados Autor: Luciana Regina Ferreira da Mata O brinquedo terapêutico no preparo da criança para a realização de curativo pós-cirúrgico Co-autores: Antonio Carlos da Silva, Paulo Celso Prado Autor: Mariana Toni Kiche Endereço: R. da Glória, s/n – Centro – Diamantina/ MG Co-autor: Fabiane de Amorim Almeida CEP 39100-000 – Tel.: (38) 3531-1811 Telles Filho, José Fernando Petrilli Filho Instituição: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Introdução: o brinquedo terapêutico (BT) é estratégia fundamental aos profissionais de saúde que trabalham com crianças, que tendem a aceitar melhor os procedimentos invasivos, cooperando Os medicamentos genéricos foram implantados com o intuito de ampliar o acesso da população aos medicamentos. Eles são mais acessíveis financeiramente devido à sua fabricação não necessitar de altos investimentos em pesquisas, pois são utilizados os medicamentos de referência como parâmetro. Assim, não há gastos com propaganda, já que não existe marca a ser divulgada. O objetivo deste estudo foi analisar o conhecimento de um grupo de einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S36 Trabalhos Científicos pacientes de um hospital do interior do estado de Minas Gerais acerca dos medicamentos genéricos por eles utilizados. Foram entrevistados, em domicílio, 25 pacientes que obtiveram alta hospitalar da clinica médica no mês de outubro de 2006. O estudo foi submetido à análise da direção clínica da instituição hospitalar citada e iniciado após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Cada participante assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Participação em Pesquisa, sendo esclarecido que poderiam recusar-se a participar, bem como se excluírem quando e se julgassem necessário. Foi também garantido o direito do anonimato. As entrevistas foram realizadas no período de 18 de novembro de 2006 a 3 de janeiro de 2007, por meio de um questionário que versou sobre nome, dose, freqüência, horário, efeito esperado e efeito colateral, dentre outros. Verificou-se que 5 pacientes (20%) desconhecem o nome do medicamento que utilizam, 7 (28%) desconhecem a dose, 4 (16%) desconhecem a freqüência, 16 (24%) desconhecem o efeito esperado, 21 (84%) desconhecem o efeito colateral e 14 (56%) não sabem o que é medicamento genérico. A partir dos dados analisados neste estudo, detectou-se um importante déficit de conhecimento de pacientes acerca dos medicamentos genéricos por eles utilizados, principalmente no que se refere aos efeitos colaterais, efeitos esperados, bem como o próprio nome do medicamento, sendo necessária ampla ação educativa por parte do enfermeiro. TC-69 Programa de formação de educadores em diabetes Autor: Lourdes Aparecida Sangiuliano Co-autores: Adriana Martins da Silva, Graça Maria de Carvalho Camara, Magda Tiemi Yamamoto, Maria Julia Santana Kenj Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Brasil de de vida do paciente. Material e Método: programa científico elaborado por consultores especialistas, aprovado pelo comitê gestor. Premissa para o curso: respeito aos três pilares básicos do processo educacional: educação, conceito-prática e papel do educador. Os participantes foram definidos pela Diretoria da Prática Assistencial, respeitando-se: multidisciplinaridade, indicação das lideranças, avaliação de desempenho, perfil pré-estabelecido, entrevista e interesse pelo tema. Turmas com 16 alunos. Currículo elaborado com base no IDF, AADE, FEND, DESG, SBD, experiências pessoais e especificidades da instituição. Estabeleceramse objetivos gerais/específicos para garantir que o aproveitamento das informações e habilidades necessárias ao autogerenciamento do diabetes e ao processo educacional fossem absorvidas. Carga horária de 25 horas, com acompanhamento conceitual-prático e comportamental, workshops, discussão de casos, além de vivência/tutoria. Resultados: foram formados 31 profissionais (22 enfermeiras, 5 nutricionistas, 2 farmacêuticos, 1 psicólogo e 1 fisioterapeuta/educador físico). O processo de tutoria propiciou ajustes necessários ao aproveitamento máximo para todo o grupo. A avaliação de aproveitamento registrou 95% de índice de satisfação. Para garantir o acompanhamento ao desenvolvimento do grupo, uma liderança formal foi constituída, assegurando a continuidade dos trabalhos com encontros periódicos, visando a aprofundamento, evolução e troca de experiências. Conclusão: o preparo específico de profissionais para a educação em diabetes favorece o processo de aprendizado necessário e fundamental ao autogerenciamento, por assegurar ao profissional as habilidades inerentes ao processo de educação. TC-70 Taxa de sucesso na punção venosa periférica para coleta de sangue: proposta de um indicador Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP Autor: Mariana Russo Francescon CEP 01431-000 – Tel.: (11) 3065-2364 Co-autores: Lourdes Aparecida Sangiuliano, Tania Mara Santos da Silva Introdução: O diabetes mellitus é uma doença multissistêmica que requer uma gerência complexa por parte dos profissionais e/ou dos pacientes (autocuidado), representa um pesado encargo pessoal e econômico aos indivíduos e à sociedade. Despertar no paciente e nos profissionais a importância do autocuidado e do cumprimento às recomendações do tratamento pode reduzir as complicações inerentes à doença e suas conseqüências. Para melhor atender o paciente portador de diabetes, educando-o ao autocuidado e estimulando a motivação para assegurar melhor adesão ao tratamento, a Unidade Jardins do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em parceria com a Associação de Diabetes Juvenil, elaborou um curso de formação de educadores em diabetes. Objetivos: elaborar curso para formar educadores em diabetes, capazes de conhecer a fisiopatologia, educar e sugerir intervenções para prevenir complicações, objetivando a qualidaeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Brasil Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP CEP 01431-000 – Tel.: (11) 3065-2362/2399 Introdução: Qualidade é o conjunto de atributos que inclui um nível de excelência profissional, uso eficiente de recursos, mínimo de risco ao usuário e alto grau de satisfação por parte dos clientes. Pensando na implantação de medidas que avaliassem a qualidade do serviço de coleta da Unidade de Medicina Diagnóstica Jardins do HIAE, fomos em busca de um indicador que referenciasse o serviço. Após pesquisa bibliográfica nas bases de dados DEDALUS, LILACS, SciELO, MEDLINE, BVS (BIREME/OPAS/OMS), foi constatada escassa literatura nacional e internacional sobre o tema. Esse levantamento identificou apenas trabalhos relacionados a IV Simpósio Internacional de Enfermagem biossegurança e saúde do trabalhador em análises clinicas e punção venosa para terapia intravenosa em ambiente hospitalar. Objetivo: mensurar a taxa de sucesso da punção venosa para coleta de exames de sangue na primeira tentativa por faixa etária, identificar os motivos de insucesso e definir um valor de referência para a prática assistencial de punção venosa para a coleta de exames laboratoriais. Metodologia: pesquisa quantitativa descritiva retrospectiva, com tratamento estatístico do banco de dados registrado nos livros de coleta no período de janeiro a dezembro de 2006 e avaliação dos profissionais para detecção dos motivos de insucesso na punção. O critério estabelecido para sucesso foi obtenção de acesso venoso na primeira punção, e para insucesso, a partir de duas ou mais punções. A classificação por grupos etários foi obtida de acordo com Descritores em Ciências de Saúde (DeCS) da BVS, sendo recém-nascido de 0 a 28 dias, lactentes de 1 a 23 meses, préescolar de 2 a 5 anos, criança de 6 a 12 anos, adolescente de 13 a 18 anos, adulto de 19 a 44 anos, meia-idade de 45 a 64 anos e idoso igual ou maior de 65 anos. Resultado: predominou a faixa etária de meia-idade (41%), seguida de adultos (39%) e idosos (19%). O índice total de sucesso obtido foi de 99%. Em relação ao insucesso, por faixa etária, a incidência foi maior na população de adultos, meia-idade e idosos (0,92%) e os motivos de maior prevalência foram fluxo interrompido (33%) e fragilidade capilar (32%). Na população infantil, fluxo interrompido (45%) e estado catabólico alterado (20%) tiveram maior prevalência. Conclusão: a taxa de insucesso foi maior na população de meia-idade, adultos e idosos devido à maior dificuldade de obtenção do acesso pelas condições clínicas. Os motivos de maior prevalência foram: fluxo interrompido e fragilidade capilar devido a oclusão venosa, formação de coágulos de fibrina, posicionamento inadequado do dispositivo de punção, múltiplas punções de acordo com a doença de base e tratamentos propostos. A habilidade dos profissionais envolvidos, colhedores, técnicos de enfermagem e enfermeiros foi fundamental para a obtenção do índice de sucesso de 99%, valor sugerido pelo estudo para ser adotado como padrão de prática para punções em serviços laboratoriais. TC-71 Influência da redução de custo e otimização do tempo no preparo da bomba injetora em exames contrastados de tomografia computadorizada na assistência de enfermagem Autor: Solange Pereira Spinola Co-autores: Adriana da Silva Chaves, Maria Niete Couto, Lourdes Aparecida Sangiuliano Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Brasil Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP CEP 01431-000 – Tel.: (11) 3065-2364 S37 Introdução: o gerenciamento dos custos e a qualidade da assistência à saúde têm sido motivo de debate nas instituições de saúde. Entre as atribuições do enfermeiro, está o gerenciamento baseado em resultados e o compromisso com a melhoria contínua na qualidade da assistência aos pacientes, diminuindo a incidência de gastos desnecessários nas instituições de saúde. Objetivo geral: reduzir o custo do procedimento em 20% com a utilização de materiais, diminuir em 50% o tempo médio de preparo entre os exames e conseqüentemente diminuir atrasos, otimizando o tempo gasto pela equipe de enfermagem. Métodos: pesquisa quanti-qualitativa por meio de estudo retrospectivo, com levantamento do consumo de materiais e dos exames contrastados por intermédio de planilhas e registros, no período de janeiro a junho de 2005 para identificação do problema, e no período de janeiro a junho de 2006 para avaliação dos resultados. Levantamento dos atrasos na agenda de exames por meio da planilha de controle. Mensuração por amostragem do tempo de preparo gasto na montagem da bomba de infusão e na entrevista com o cliente pela equipe de enfermagem. Pesquisa, no mercado, de novos materiais, comparando custos/benefícios. Implementação pós-teste de produtos e treinamento de pessoal. Resultados: no período de janeiro a junho de 2005, o custo com bomba de infusão ficou em R$ 13.985,50, o tempo total gasto com o procedimento nesse mesmo período foi de 3.816 segundos, o tempo na entrevista com o paciente variou entre 5 e 12 minutos e os atrasos na agenda ocorreram por motivo de atraso no procedimento realizado pela equipe de enfermagem entre exames em 20% dos casos. No período de janeiro a junho de 2006, o custo com bomba de infusão ficou em R$ 6.183,50, o tempo total gasto com o procedimento nesse mesmo período foi de 818 segundos, o tempo na entrevista com o paciente variou entre 6 e 13 minutos e os atrasos na agenda ocorreram em 0% dos casos por motivo de atraso no procedimento realizado pela equipe de enfermagem entre exames. O material selecionado e aprovado foi um sistema com válvulas anti-refluxo, conectores descartáveis e apirogênicos, que garantem menor desperdício de meio de contraste, seringas utilizadas e intervalo entre os exames. O treinamento da equipe multiprofissional teve carga horária de oito horas. Houve redução de 55,8% no custo do procedimento. O tempo gasto pela enfermagem com o novo procedimento ficou em 78,5%. Conclusão: o novo material utilizado nos exames contrastados, além de proporcionar redução de custo, superando as metas iniciais, possibilitou a melhoria no atendimento e qualidade da assistência prestada aos pacientes no setor de tomografia, já que houve aumento do tempo dispensado ao cliente durante a entrevista e a extinção de atraso da agenda entre exames, devido ao procedimento realizado pela equipe de enfermagem. einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S38 Trabalhos Científicos TC-72 A importância da assistência de enfermagem na prevenção e freqüência de extravasamento de contraste em exames de tomografia computadorizada Autor: Solange Pereira Spinola Co-autores: Adriana da Silva Chaves, Maria Niete Couto, Fabiane Ramos Bezerra, Lourdes Aparecida Sangiuliano Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Brasil Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP CEP 01431-000 – Tel.: (11) 3065-2364 Introdução: extravasamento de meio de contraste iodado é um evento que ocorre raramente no cotidiano de trabalho nos setores de tomografia computadorizada. Estudos internacionais indicam que esse evento ocorre em 0,6% das injeções de contraste. A equipe de enfermagem tem grande importância na prevenção e atuação frente a esse evento. Objetivo geral: identificar como os cuidados de enfermagem interferem na freqüência e prevenção de extravasamento nos pacientes submetidos a exames com contraste não-iônico endovenoso por bomba de infusão no setor de tomografia computadorizada (TC) da Unidade de Medicina Diagnóstica Jardins do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Objetivo específico: relacionar o índice anual de extravasamento com a assistência adotada nos procedimentos. Métodos: pesquisa quanti-qualitativa por meio de estudo retrospectivo no qual se avaliaram os registros de clientes que realizaram TC com injeção de contraste, os impressos de controle de extravasamento utilizados pela equipe de enfermagem no período de janeiro de 2003 a julho de 2006 e os questionários específicos que possibilitaram uma avaliação prévia do paciente quanto aos fatores de risco para extravasamento. Nos casos de extravasamento, foram observados o volume extravasado, a avaliação da dor (utilizando o índice de escore após 15 minutos e 60 minutos), a extensão do extravasamento, o aspecto da pele (subcutâneo), a força motora e a perfusão periférica. Resultados: no período, foram realizados 2.373 exames contrastados, ocorrendo extravasamento de contraste que variou de 1 ml a 30 ml. A incidência anual de extravasamento geral foi a seguinte: 2003 – 1,5%; 2004 – 1,1%; 2005 – 0,5% e 2006 – 0,1%. A incidência de extravasamentos clinicamente importantes (acima de 10 ml) foi: 2003 – 0,9%; 2004 – 0,2%; 2005 – 0,2% e 2006 – 0%. A assistência de enfermagem prestada na fase pré, trans e pós-exames monitorando riscos de efeitos adversos colaboraram para que nenhum paciente tivesse efeitos graves ou permanentes em longo prazo ou necessitassem de intervenção cirúrgica. Conclusão: houve redução gradativa do número de extravasamentos de contraste em função dos cuidados realizados pela equipe de enfermagem. As atualizações, treinamentos e utilização do protocolo adotado pela instituição mantêm o índice einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 de extravasamento abaixo do valor de referência, diminuem os riscos e complicações do extravasamento e garantem a qualidade e melhoria contínua na assistência ao paciente. TC-73 O idoso e a polifarmácia domiciliar: fatores de risco para a segurança na terapia medicamentosa Autor: Simone Perufo Opitz Co-autores: Yonara Pereira de Araújo, Creso Machado Lopes, Pascoal Torres Muniz Instituição: Universidade Federal do Acre (UFA) Endereço: BR 364, km 4 – Campus Universitário – Rio Branco/ AC CEP 69915-900 – Tel.: (68) 3901-2648 Introdução: a melhoria das condições de vida da população levou à mudança no perfil epidemiológico, social, nutricional e demográfico. Como conseqüência, houve aumento do número de idosos, grupo que se tornou um grande consumidor de medicamentos. Alguns autores referem que pelo menos 85% dos idosos usam um fármaco prescrito, e a maioria usa mais do que um. Tendo em vista esta situação, surgem problemas como iatrogenias, interações medicamentosas, automedicação e uso inadequado. Objetivo: este estudo identificou o uso da polifarmácia domiciliar e seus fatores de risco em idosos residentes em três bairros populacionais de classe A, em Rio Branco/AC. Material e Método: tratou-se de um estudo do tipo exploratório, descritivo desenvolvido junto a 81 idosos, aos quais foram prescritos 258 medicamentos. Para a coleta de dados, fez-se uso de formulários e para processamento e análise, foi utilizado o Programa Epinfo-6. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Acre. Resultados: constatou-se que 53,1% dos idosos estavam na faixa de 60-69 anos, sendo, portanto considerados idosos jovens; 65,4% eram do gênero feminino e 13,6%, analfabetos. Foi encontrada uma média de 3,2 medicamentos por idoso, sendo a alopatia representada por 93,0%; 86,1% dos medicamentos foram prescritos, mas somente 17,0% foram apresentados e, por serem medicamentos controlados, tiveram suas receitas retidas nas farmácias; outras receitas estavam com os filhos. Vale destacar que 56,7% dos idosos tomavam de 1 a 3 medicamentos diários, seguidos por 27,2%, de 4 a 6; o tempo de prescrição era de 6 meses a menos de 12 meses, o que foi encontrado em 45,5% dos casos, e 88,8% tomavam o medicamento sozinhos, além de apenas 0,4% apresentarem reação adversa ao medicamento, mas sendo necessário procurar pelo médico. Dos idosos investigados, 50,2% lêem as bulas, como também 40,3% das bulas foram lidas por outras pessoas, dos quais 59,4% as compreenderam. Com relação ao esquecerse de tomar o medicamento, 51,6% afirmaram não esquecer, 31,0% tomam ao relembrar, 16,7% tomam normalmente no próximo horário e apenas 0,8% dobra a dose no próximo ho- IV Simpósio Internacional de Enfermagem rário. Por sua vez, dos fármacos mais utilizados, destacamse 28,1% para o sistema cardiovascular, 33,3% para o trato gastrintestinal e metabolismo e 10,5% para o sistema nervoso central. Conclusão: foi significativo o número de idosos que ingerem sozinhos o medicamento e não possuem supervisão de seus cuidadores. Conclui-se que a polifarmácia está presente nos sujeitos estudados. Destaca-se que ações de farmacovigilância e farmacoepidemiologia são necessárias, tais como: implementar programas de educação junto a médicos, farmacêuticos, equipe de enfermagem e cuidadores, visando à promoção do uso racional dos medicamentos, bem como garantir a segurança e qualidade da assistência aos idosos. S39 O registro demonstra qual o cuidado prestado, servindo de documento legal e assegurando a qualidade e a segurança na assistência prestada. TC-75 Composição de recursos humanos nas unidades de terapia intensiva na cidade de São José do Rio Preto Autor: Ângela Silveira Gagliardo Calil Co-autores: Márcia Galan Perroca, Marli de Carvalho Jericó, Josimerci Ittavo Lamana Faria Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto TC-74 Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José Registro no prontuário: importância para a qualidade e segurança da assistência do Rio Preto/ SP Autor: Adriana de Fátima Avansi A complexidade dos pacientes em Unidade de Terapia Intensiva requer do enfermeiro em sua função gerencial adequar quanti-qualitativamente o quadro de pessoal, de forma a assegurar qualidade na assistência ao paciente. O dimensionamento de recursos humanos tem-se mostrado instrumento imprescindível na prática gerencial da enfermagem, devido à complexidade das variáveis intervenientes neste processo (LAUS, 2003). Este estudo tem por objetivo descrever a composição do quadro de pessoal nas instituições de saúde e a distribuição da equipe de enfermagem nas Unidades de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, realizado no período de abril a junho de 2007 junto às instituições de saúde da cidade de São José do Rio Preto/ SP. Os resultados indicam que as instituições são privadas, 50% têm fins lucrativos e prestam atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde. Quanto ao porte, uma delas é de pequeno porte, duas de médio e uma com capacidade extra. O quadro de pessoal de enfermagem das UTIs em relação ao quadro de enfermagem institucional no hospital de capacidade extra é de 28,4%, no de médio porte é de 13,3% e 15,2%, e no de pequeno porte, 27%. A composição das categorias de enfermagem representa: enfermeiros, 40%, técnicos e auxiliares, 30% (pequeno porte); enfermeiros, 23,1% e 5,6%, técnicos, 46,2% e 22,2% e auxiliares, 30,8% e 72,2% (médio porte); enfermeiros, 11,7%, técnicos, 4,4% e auxiliares, 83,8% (capacidade extra). Os resultados mostram discrepância quanto à distribuição desta categoria profissional, sendo esta a mais indicada para assistir aos pacientes de alta complexidade e realizar o gerenciamento do seu cuidado. Dessa forma, prover UTIs de pessoal apropriado e eficiente tem sido um desafio para o gerente de enfermagem, com vistas a assegurar uma assistência qualificada. Assim, justifica-se a realização de novos estudos sobre dimensionamento de pessoal, de forma a auxiliar a tomada de decisão gerencial na alocação de recursos humanos. Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Vila Mariana Endereço: R. Coronel Lisboa, 139 – Vila Mariana – São Paulo/ SP CEP 04020-040 – Tel.: (11) 5089-0255/9820-4537 Introdução: o prontuário é um documento valioso para o paciente, a equipe de saúde e instituição de saúde. Ele reúne informações sobre a assistência prestada, tornando-se um instrumento legal e servindo de guia para a continuidade do atendimento. Para isso, a assistência deve constar no prontuário por meio dos registros. Objetivo: demonstrar a importância do registro no prontuário da assistência prestada ao paciente. Material e Método: este estudo foi realizado pelos enfermeiros de um hospital de grande porte, geral e privado, situado na cidade de São Paulo/SP. Trata-se de um estudo descritivo, por meio da pesquisa bibliográfica associada ao conhecimento da prática profissional. Resultados: o registro no prontuário é composto de uma anotação do histórico de saúde, das medidas diagnósticas e terapêuticas e das respostas a estas medidas. Dessa forma, o prontuário serve como forma de comunicação escrita, de informação entre os profissionais envolvidos na assistência ao paciente, possibilitando a continuidade. Isso facilita o relacionamento entre os profissionais de saúde. As finalidades do registro são: relatar as observações do paciente, contribuir para o diagnóstico médico, planejar o plano de cuidados, servir de elemento para pesquisa, fornecer dados para auditoria e avaliar os cuidados prestados. Os registros ajudam também na implementação do processo de enfermagem e na sistematização da assistência. O registro no prontuário serve como documento legal e comercial para a instituição e a equipe multiprofissional responsável pelo cuidado. Também é uma base para avaliar a qualidade do cuidado e o uso efetivo dos serviços. Considerações finais: o conhecimento da importância do prontuário favorece a conscientização dos profissionais para o registro. CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722 einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S40 Trabalhos Científicos TC-76 A percepção dos profissionais de enfermagem a respeito do Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária (SDMDU) Autor: Sandra Alves Neves Araújo Co-autor: Ana L. Sabatés Instituição: Hospital Infantil Cândido Fontoura; Centro Universitário Nove de Julho Endereço: R. Felipe Camarão, 187, ap. 12 – Tatuapé – São Paulo/ SP CEP 03065-000 – Tel.: (11) 2295-7006 cionando as visões mais tradicionais. Acreditamos, portanto, que inovações como o SDMDU podem surgir sob a forma de novos produtos ou serviços, novas estratégias, novas fontes de recursos, novas configurações organizacionais, novos contratos, novas estruturas para novos projetos. TC-77 A aceitação dos profissionais de enfermagem sobre o Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária (SDMDU) em um pronto-socorro infantil Autor: Sandra Alves Neves Araújo Introdução: no cotidiano, percebemos que os profissionais de enfermagem pareciam não centrar o cuidado na criança, mas apenas nas tarefas, priorizando o preparo da medicação no sistema tradicional (ST), que os obrigava a permanecer longas horas na sala de serviço, distante das crianças. Incentivada pela oportunidade, a enfermagem, em parceria com o setor de farmácia, mobilizou-se em buscar inovar as atividades desenvolvidas no hospital. A implantação do Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária (SDMDU) – que é definida pela American Society Hospital of Pharmacists como “uma quantidade ordenada de medicamentos com formas e dosagens prontas para serem administradas a um paciente, de acordo com o prescrito para um determinado tempo” – veio ao encontro da necessidade da instituição. Propus-me a estudar o que isto significa para os profissionais de enfermagem que trabalham com o SDMDU, em substituição ao ST. Método: trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de campo, transversal, com abordagem quantitativa e qualitativa, realizado em um hospital pediátrico. Aplicamos um questionário utilizando números absolutos e relativos para abordagem quantitativa; às questões abertas, a análise dos procedimentos, tendo como objetivo a descrição do conteúdo das mensagens (BARDIN, 1977). Participaram da pesquisa 16 enfermeiras e 126 auxiliares de enfermagem, por atenderem aos critérios de elegibilidade: ter experiência de seis meses no SDMDU e aceitar participar da pesquisa. Resultados: a maioria do sexo feminino, formada entre cinco e dez anos e experiência no SDMDU entre um e três anos. Como significado da prática de administração de medicamento pelo SDMDU, os profissionais de enfermagem referiram: “adquirir confiança e segurança pela participação do farmacêutico”; “maior tempo para cuidar da criança hospitalizada”; “diminuir o desperdício”; “comodidade para a enfermagem”, “menor risco de erros na manipulação” e “inovação para a enfermagem”. Conclusões: a prevalência da antiga tradição, cuja herança de pensamentos atende à comunidade científica mais conservadora. De qualquer maneira, tendências têm conquistado espaço; o SDMDU contrapõe-se completamente aos princípios da ST. Essa inovação tem causado forte impacto na enfermagem, revolueinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Co-autores: Aparecida Deratriz Puga, Luana Mara de M. Merenda, Maria de Fátima Souza Brito, Sandra Linhares Silva Instituição: Centro Universitário Nove de Julho Endereço: R. Felipe Camarão, 187, ap. 12 – Tatuapé – São Paulo/ SP CEP 03065-000 – Tel.: (11) 2295-7006 Introdução: no Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária (SDMDU), o medicamento é fracionado, embalado em doses individualizadas na Central de Misturas, encaminhado à enfermagem para conferir e administrar. O farmacêutico faz a última conferência das tiras lacradas antes de encaminhá-las à enfermagem, que confere e administra. Surgiu o interesse em conhecer a aceitação e descrever a percepção dos profissionais da enfermagem frente à mudança na rotina da terapêutica medicamentosa com a implantação do SDMDU há apenas quatro meses no setor pronto-socorro, o qual utilizava o sistema tradicional. A rotatividade, imprevistos e rapidez necessária para o atendimento são as preocupações dos profissionais neste setor. Tivemos como objetivo identificar a aceitação dos profissionais de enfermagem quanto à implantação do SDMDU no pronto-socorro infantil. Método: trata-se de uma pesquisa de campo exploratória, descritiva, transversal, com abordagem quantitativa e qualitativa. Participaram voluntariamente 16 enfermeiros e 17 auxiliares de enfermagem que atuam no pronto-socorro. Resultados: a faixa etária predominante entre os auxiliares de enfermagem é de 40 e 50 anos (47,05%), enquanto entre os enfermeiros é de 30 a 40 anos (68,75%). Confirmamos que enfermeiros (58,82%) e auxiliares de enfermagem (43,75%) atuam no pronto-socorro entre um a cinco anos. Verifica-se que 12 (70,58%) dos auxiliares de enfermagem e 6 (37,5%) dos enfermeiros preferem o sistema tradicional. Apenas cinco (29,41%) dos auxiliares de enfermagem e dez (62,5%) preferem o SDMDU. Constatamos que a rejeição ao SDMDU é maior entre os auxiliares de enfermagem, porém a maioria refere que o SDMDU colabora para a realização do cuidado. Conclusão: a aceitação do SDMDU é parcial entre ambos os profissionais, que ressaltam que uma farmácia satélite no setor viabilizaria o trabalho. A maioria dos auxiliares de enferma- IV Simpósio Internacional de Enfermagem gem rejeita a implantação SDMDU no pronto-socorro; detectamos que as principais queixas são em relação à localização da farmácia, havendo perda de tempo no trajeto. Porém, entre os enfermeiros houve grande aceitação, pelo fato de viabilizar os recursos profissionais e otimizar o tempo, permitindo maior disponibilidade para o cuidado. TC-78 Conhecimento da equipe de enfermagem dos programas de saúde da família de Diamantina/MG acerca dos efeitos colaterais de medicamentos quimioterápicos S41 a importância do conhecimento acerca dos efeitos colaterais dos medicamentos quimioterápicos, para que sejam capazes de prestar uma assistência de qualidade, desempenhando papel profissional conforme o Código de Ética regulamenta. TC-79 Clima organizacional: percepções de profissionais da enfermagem de uma instituição de saúde filantrópica Autor: Danielle Fabiana Cucolo Co-autores: Nelson Iguimar Valerio, Josimerci Ittavo Lamana Faria Autor: Luciana Regina Ferreira da Mata Instituição: Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto Co-autores: Paulo Celso Prado Telles Filho, Antonio Carlos Endereço: R. Fritz Jacob, 1236 – Boa Vista – São José do Rio Preto/ SP da Silva, José Fernando Petrilli Fillho CEP 15025-500 – Tel.: (17) 2139-9200 Instituição: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) Endereço: R. da Glória, s/n – Centro – Diamantina/ MG CEP 39100-000 – Tel.: (38) 3531-1811 O tratamento quimioterápico provoca diversos efeitos indesejáveis, o que torna o indivíduo mais vulnerável, sensível e muitas vezes dependente da assistência da equipe de enfermagem. O objetivo deste estudo foi verificar e analisar o conhecimento de profissionais de enfermagem pertencentes aos Programas da Saúde da Família (PSF) do município de Diamantina/MG sobre os efeitos colaterais de medicamentos quimioterápicos. No que diz respeito à metodologia, é importante destacar que todos os PSF da cidade de Diamantina foram analisados, o que corresponde a sete estabelecimentos. A amostra constou de 17 profissionais de enfermagem das equipes dos PSF acima referidos. Foi utilizada a técnica de entrevista estruturada. A coleta de dados ocorreu após a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e pela Secretaria Municipal de Saúde do município envolvido. A cada participante foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Participação em Pesquisa. Dentre os dados, destaca-se que, na questão referente ao conhecimento do enfermeiro sobre medicamentos quimioterápicos, bem como sobre possíveis efeitos colaterais e ações de enfermagem, surgiram dados de grande relevância, ressaltando-se que cinco enfermeiros não possuem conhecimento. Também é importante destacar que nenhum dos técnicos de enfermagem, bem como quatro auxiliares de enfermagem, respondeu às indagações a respeito dos medicamentos, efeitos colaterais e ações de enfermagem. No que diz respeito à importância do conhecimento sobre os efeitos colaterais dos medicamentos quimioterápicos, seis enfermeiros e todos os técnicos de enfermagem julgam importante o conhecimento, e um enfermeiro não respondeu. Faz-se necessário que a equipe de enfermagem analisada reflita sobre O clima organizacional indica a atmosfera psicológica e as características da organização, exercendo influência sobre o comportamento e o desempenho dos colaboradores, refletindo na efetividade do trabalho. Este estudo tem como objetivos caracterizar a população estudada e conhecer a percepção dos profissionais de enfermagem com relação a aspectos do clima organizacional de uma instituição de saúde filantrópica do interior de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa, que emprega para a coleta de dados um instrumento adaptado à realidade do estudo, com indicadores que avaliam aspectos do clima organizacional: estilos de liderança, identificação com a empresa, comunicação e informação, normas e procedimentos, integração interdepartamental e intradepartamental, relacionamento com supervisor imediato, política de treinamento, filosofia de gestão e reconhecimento. Esse instrumento foi aplicado a 51 colaboradores da enfermagem, relacionados a partir de sorteio, constituindo uma amostra representativa da instituição estudada. Os dados obtidos foram distribuídos e analisados em escala de Likert de cinco pontos. Em relação à característica dessa população: 80,4% são do sexo feminino, 68,6% são auxiliares de enfermagem, 80,4% têm um emprego e 62,8% têm menos de 10 anos de experiência profissional. O material apreendido foi submetido à análise de covariância, permitindo identificar os indicadores com maior relevância, sendo os de maior pontuação, ou seja, que obtiveram maior grau de concordância: “Os boatos e fofocas interferem no meu trabalho”, “Fico sabendo de informações que dizem respeito à minha área por intermédio do meu chefe”, “Os procedimentos internos são ágeis”, “Há integração entre os setores da instituição” e “Tenho participado de programas de treinamento”. Quanto às afirmativas que obtiveram menor pontuação e, portanto, maior discordância, verificou-se: “Meu chefe trata todos os funcionários igualmente”, “Os conflitos que surgem no meu setor são discutidos abertamente”, “Eu participo do estabelecimento de metas da instituição”, “A visão, missão, objetivo e metas são divulgaeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S42 Trabalhos Científicos dos para todos”. Dessa forma, conhecer o clima organizacional pode oferecer desafios e oportunidades aos administradores, mostrando-lhes as diferenças em relação aos sentimentos dos funcionários que geram satisfação ou insatisfação no trabalho, e ajudando-os a perceber as práticas que precisam ser mudadas. Os achados do estudo podem favorecer a implementação de ações para melhoria do clima organizacional. TC-80 E-learning: uma estratégia educacional de educação à distância para redução de infecção intra-hospitalar Autor: Lissandra Borba da Cunha Co-autores: Cristina Mizoi, Maria Fátima Santos, Rosana L. Correa, Sandra Oyafuso Instituição: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) 30 minutos. O treinamento ficou disponível para o acesso da equipe no período de julho a agosto de 2005 e, após atualização do conteúdo, de maio a setembro de 2006. Resultados: o acesso foi monitorado por meio da plataforma gerenciadora do Breeze®. A participação foi de 60 profissionais assistenciais, que corresponderam a 90% do público-alvo no treinamento em 2005, e de 42 profissionais (63%) no treinamento em 2006. Ocorreu uma redução de 50% na taxa de infecção intra-hospitalar por rotavírus, de dez casos em 2004 para cinco casos em 2005 e dois casos em 2006. Conclusão: sabemos que a redução de 80% da taxa de infecção intra-hospitalar por rotavírus nos anos de 2005 e 2006 foi multifatorial, mas consideramos que o treinamento em e-learning colaborou para este resultado. A utilização de estratégias didáticas com recursos tecnológicos e de multimídia para capacitação profissional e desenvolvimento de competências tem mostrado resultados satisfatórios para a retenção do conhecimento e aplicação prática. Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0607 Introdução: O e-learning é uma estratégia de educação à distância que possibilita a aprendizagem por intermédio de recursos tecnológicos. Os profissionais responsáveis pelos treinamentos têm utilizado cada vez mais essa estratégia em decorrência das vantagens oferecidas, como possibilidade de rápida atualização dos conteúdos, personalização dos conteúdos transmitidos, facilidade de acesso e flexibilidade de horários, entre outras. O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados da utilização do e-learning como estratégia educacional na redução de infecções intra-hospitalares por rotavírus. Metodologia: no ano de 2004 ocorreu um aumento da taxa de contaminação intra-hospitalar por rotavírus; isto gerou um plano de melhoria no qual uma das ações seria um treinamento para a equipe assistencial pediátrica sobre as medidas preventivas de infecção hospitalar. Esta demanda foi encaminhada para a área de Treinamento em Saúde (TRSA), que analisou a solicitação considerando a relevância do tema, justificada pela taxa de infecção, o públicoalvo e o conteúdo. Após esta análise, foi definido que a melhor estratégia educacional para este treinamento seria o e-learning. Para a construção do e-learning, foi necessário o seguinte fluxo: a) o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), em parceria com o TRSA, elaborou o material didático; b) os recursos audiovisuais utilizados foram: filme, diálogos interativos, locução e imagens, sendo todos produzidos em ambiente real com recursos institucionais; c) no decorrer do curso, foram apresentados testes de conhecimento de múltipla escolha; d) o Centro de Informação e Comunicação (CENIC), que conta com profissionais especializados em projetos de e-learning, foi responsável pela formatação do conteúdo, storyboard, design e layout, trabalhando sempre em parceria com as áreas responsáveis pelo conteúdo, o SCIH e o TRSA. Este conteúdo gerou um produto final em e-learning de aproximadamente einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 TC-81 Insulina intravenosa: controvérsias sobre o processo de adsorção nos dispositivos de infusão Autor: Suziane de Almeida Lima Co-autores: Renata Luciane Andreoli Fioratti, Sônia Aurora Alves Grossi, Silvia Regina Secoli Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 419 – Cerqueira César – São Paulo/ SP CEP 05403-000 – Tel.: (11) 3061-7560 Introdução: adsorção é um processo em que ocorre fixação de uma substância (o adsorvato) na superfície de outra substância (o adsorvente). A adsorção da insulina é um fenômeno de superfície inespecífico, que se inicia instantaneamente, interferindo na demanda confiável de insulina ao paciente. Hoje se sabe que a insulina, quando infundida por via intravenosa, aglutina-se nos frascos de vidro e em outros dispositivos confeccionados em plástico, como frascos, equipos, seringas e filtros. Atualmente não há consenso sobre a forma de preparar a infusão da insulina intravenosa, e há por parte da equipe de enfermagem dúvidas importantes quanto ao tipo de frasco, equipo, tempo de troca da solução, entre outras. Considerando que o tema é relevante no âmbito da clínica, e que a equipe de enfermagem encontra-se diretamente envolvida na questão do preparo, administração e monitoração do paciente, buscouse no presente estudo consultar a literatura para obter informações sobre o fenômeno da adsorção da insulina. Objetivos: identificar os agentes causais da adsorção de insulina contida em soluções intravenosas e relacionar as estratégias e recomendações utilizadas para a redução do processo da adsorção de IV Simpósio Internacional de Enfermagem insulina. Material: trata-se de um estudo de revisão bibliográfica (n = 27), incluindo experimentais, descritivos, consensos e recomendações. Resultados: foram analisadas 27 publicações; nestas, 63,0% utilizaram frascos de vidro e 37,0%, PVC. Todas as seringas eram de plástico. A variação da concentração de insulina foi de 0,01 a 10 U/ml. Entre os diluentes, destacaramse os isotônicos, com 73,6% (n = 14) do total. O tempo de contato entre soluções contendo insulina em recipientes variou de 0 a mais de 24 horas. Os meios mais utilizados para minimizar o processo da adsorção da insulina foram adição de colóides (n = 17) e lavagem do equipo (n = 10). Conclusão: os determinantes do processo da adsorção da insulina foram os materiais dos frascos, os tipos de equipos e diluentes. Os frascos de polipropileno apresentaram menor adsorção e os de vidro, maior perda de insulina. Os equipos sem filtro foram os que se mostraram mais adequados. Quanto maior a área de superfície interna dos frascos e equipos, maior foi a perda de insulina. Não houve consenso no que diz respeito ao diluente “ideal” e concentração de insulina. A crença inicial de que o tempo de contato da solução insulínica com os kits de infusão aumentava a adsorção não foi confirmada pelos estudos analisados. As principais estratégias utilizadas para minimizar a adsorção da insulina e viáveis na prática clínica foram o acréscimo de albumina a 25% na solução insulínica ou a realização da pré-exposição do equipo por um período de 30-60 minutos, com lavagem do equipo com 50-100 ml da solução de insulina. Considera-se que este tempo possibilita a saturação dos sítios de ligação da insulina e minimiza a adsorção. Outra recomendação é preparar as soluções em frascos pequenos e equipos. negociação utilizados e o predomínio de estilos entre os interlocutores dessas negociações. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória por meio da utilização de uma entrevista semi-estruturada aplicada a enfermeiros de pós-graduação lato sensu em diversas especialidades como UTI, enfermagem do trabalho e emergência. Os resultados demonstraram que as situações conflitantes mais freqüentes estavam relacionadas à escala de pessoal, envolvendo relações de âmbito vertical e horizontal dirigidas principalmente para a troca de folgas. Quanto ao processo de negociação, percebese que geralmente o enfermeiro procede de forma intuitiva e improvisada quando se trata da relação com outro profissional do mesmo nível ou subordinado. Contudo, o enfermeiro é criterioso quando se relaciona com pessoas de nível hierárquico superior ao seu, tomando cuidados com a formalidade, tenta manter um clima favorável, planejando suas ações e buscando conhecimento e informações para subsidiar as argumentações, apresenta flexibilidade nas concessões, resultando no atendimento a seus interesses e expectativas. Quanto aos estilos observados, em relação aos subordinados predominou o apoiador, entre profissionais do mesmo nível foi controlador e apoiador, e no da hierarquia superior foi analítico. Assim, a negociação é inerente nos ambientes das instituições de cuidados de saúde e saber conduzi-la eficazmente constitui-se em diferencial para gestores e líderes de enfermagem, que deverão estar habilitados em fazê-la sistematicamente, de forma a possibilitar uma negociação exitosa que fortaleça um ambiente de trabalho positivo. TC-83 Situações conflitantes do cotidiano do enfermeiro e os processos de negociação Avaliação de um programa educativo desenvolvido pelo serviço de controle de infecção hospitalar: um caminho para a emancipação Autor: Taise Carvalheira Marin Toledo Autor: Danielle Fabiana Cucolo Co-autores: Marli de Carvalho Jericó, Josimerci Ittavo Lamana Faria Co-autores: Josimerci Ittavo Lamana Faria, Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Cláudia Bernardi Cesarino Endereço: Av: Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José do Instituição: Hospital de Base Rio Preto/ SP Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722 do Rio Preto/ SP TC-82 S43 CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722 Nas instituições de saúde, a existência de diferentes tipos de conflitos já é esperada, devido à complexidade de sua estrutura formal e das relações inter e multiprofissionais que naquele espaço convivem, sendo, assim, locais naturalmente geradores de atritos. Desse modo, o enfermeiro, como profissional que se relaciona com todas essas dimensões, requer o aprimoramento da comunicação e o desenvolvimento das habilidades de negociação para conseguir lidar com as situações conflitantes inerentes a esse ambiente de trabalho. Diante disso, o objetivo deste estudo foi identificar as situações conflitantes mais freqüentes no cotidiano do enfermeiro, assim como analisar os processos de A infecção hospitalar (IH) representa um dos principais problemas da qualidade da assistência à saúde, devido à importante incidência, ao aumento da morbi-mortalidade e aos custos diretos e indiretos. Este estudo utiliza um novo paradigma de avaliação, denominado “avaliação emancipatória”, sua meta é contribuir para a melhoria da qualidade do ensino desenvolvido pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e seus objetivos são verificar a viabilidade de um novo modelo de avaliação para identificar aspectos e atividades de ensino que facilitem a prática educativa dos enfermeiros muleinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S44 Trabalhos Científicos tiplicadores nas ações de prevenção e controle de IH em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), assim como avaliar as possibilidades e limites da aplicação desse modelo, visando ao desenvolvimento da consciência crítica dos enfermeiros dessa unidade. Trata-se de um estudo qualitativo e a trajetória metodológica utilizada foi a pesquisa-ação. O estudo foi realizado em uma UTI coronariana de um hospital de ensino do interior de São Paulo, e tem como sujeitos seis enfermeiros que atuam nessa unidade. A trajetória metodológica foi operacionalizada por meio de círculos de discussão, sendo que o total de sujeitos compôs dois grupos para discussões realizadas em dois períodos: diurno e noturno, para viabilizar a participação de maior número de enfermeiros. Foram realizados nove círculos e, para nortear a coleta de dados, foram enunciadas algumas questões, congruentes com: o programa do SCIH, o cronograma anual, os planos de aulas e os instrumentos de avaliação utilizados por esse serviço. A cada encontro do período noturno foi verbalizado o que o grupo do período diurno havia discutido e, logo a seguir, iniciavam-se as exteriorizações dos enfermeiros, expondo suas opiniões e críticas. Os discursos, registrados por meio de gravações e anotações do pesquisador, foram posteriormente transcritos, agrupados e recolocados para o grupo, sendo realizados mais cinco encontros, nos quais houve a reapropriação das expressões e sugestões anteriormente exteriorizadas e se propuseram mudanças na programação educacional do SCIH, possibilitando a elaboração de propostas por meio da criação coletiva. TC-84 prontuários de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos eletivos e que permaneceram na recuperação anestésica (convênio) durante o mês de outubro de 2006 em um hospital de ensino no interior do estado de São Paulo. Foram auditados 323 prontuários; destes, 208 (64,4%) eram referentes a usuários do sexo feminino e 115 (35,6%) do masculino. O tempo de permanência dos clientes na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) foi de duas a três horas. As especialidades médicas que apresentaram maior freqüência cirúrgica foram otorrinolaringologia, cirurgia geral e ginecologia e obstetrícia, com predomínio da anestesia geral, seguida da anestesia raquidiana. Os motivos de glosa totalizaram R$ 582,69 e estavam relacionados a falta de prescrição do medicamento (R$ 302,68), uso não-justificado do material (R$ 212,65), falta de checagem de enfermagem (R$ 62,18) e outros. Conclui-se que a prática da anotação de enfermagem consistente revestese de extremo valor, visto que pode evitar glosas. Dessa forma, constitui-se em ferramenta a ser aprimorada por meio de programas de educação continuada integrados à unidade de auditoria. A construção de protocolos e acordos entre instituição e operadoras também é uma prática recomendada para a diminuição de perdas econômicas. TC-85 Motivos de glosas das contas hospitalares de um hospital de ensino: análise de 11 operadoras de saúde Autor: Cristina Ribeiro Arid Anotações de enfermagem: possibilidades de glosas por parte das operadoras de planos de saúde Co-autores: Marli de Carvalho Jericó, Josimerci Ittavo Autor: Marli de Carvalho Jericó do Rio Preto/ SP Co-autor: Josimerci Ittavo Lamana Faria CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722 Lamana Faria Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José do Rio Preto/ SP CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722 A questão custos na área de Saúde tem exigido que os enfermeiros analisem suas funções administrativas e cooperem no resultado econômico das instituições de saúde. O volume de perdas em medicamentos e materiais, principais fontes de lucratividade dos hospitais, é crescente e pouco controlado e a auditoria de enfermagem pode realizar um trabalho proativo em relação a este aspecto (GALVÃO, 2002). Este estudo tem por objetivo identificar e quantificar os aspectos, nas anotações de enfermagem de uma Unidade Cirúrgica, que possibilitam glosas por parte das operadoras de saúde, e o respectivo impacto financeiro hospitalar. Estudo prospectivo de natureza exploratória e descritiva, no qual foram analisados einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 A auditoria de contas hospitalares é realizada por um processo minucioso, verificando-se: o diagnóstico médico, os procedimentos realizados, exames e seus laudos, materiais e medicamentos gastos conforme prescrição médica nos horários corretos, taxas hospitalares diversas, relatórios da equipe multidisciplinar, entre outros (JUNQUEIRA, 2001). Este estudo teve como objetivo identificar e quantificar os motivos de glosas nas contas hospitalares. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório realizado junto ao setor de faturamento de um hospital de ensino de porte especial, situado a noroeste do estado de São Paulo. Foram pesquisadas todas as contas glosadas no período de agosto a outubro de 2005, referentes a 11 operadoras e seguradoras de saúde. A coleta de dados considerou as categorias: materiais, equipamentos, exames, honorários médicos, taxas e diárias. A realização da análise quantitativa permitiu a visualização dos seguintes resultados: IV Simpósio Internacional de Enfermagem quanto à categoria materiais e medicamentos, observou-se que 72,7% das operadoras de saúde estudadas não especificaram os motivos das glosas; a quantidade incorreta cobrada de materiais e medicamentos e a cobrança de valores incorretos foram motivos apontados nesta categoria. Quanto às diárias e taxas, houve predomínio de não-discriminação dos motivos das glosas (54,6%). Referente às glosas de exames, 45,5% das operadoras de saúde não determinaram o motivo; entre os registrados, estão o fato de o exame não ter sido cobrado em conta hospitalar, valores cobrados incorretamente e cobrança diferente da tabela da Ciefas. Quanto às glosas de honorários médicos, 63,3% das operadoras de saúde não determinaram o motivo da glosa; foram apontados: procedimento que não comporta o segundo auxiliar e/ou anestesiologista, valor incorreto e, ainda, falta de credenciamento do médico. Concluise que é alta a freqüência da não-especificação, pelas operadoras de saúde, dos motivos das glosas nas diversas categorias estudas. É importante ressaltar que a visualização do motivo da glosa é determinante para o processo decisório quanto à implementação de ações que levem ao controle e pagamento da conta hospitalar de forma satisfatória, tanto para as operadoras quanto para as prestadoras de serviços de saúde. A elaboração de outros estudos voltados para esse tema é de suma importância, visto que são poucos os artigos publicados. TC-86 Prevalência e causas de absenteísmo na equipe de enfermagem da unidade de emergência de um hospital terciário do interior de São Paulo Autor: Marli Antonia Sinhorini Helou Co-autores: Márcia Galan Perroca, Marli de Carvalho Jericó, Josimerci Ittavo Lamana Faria Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José do Rio Preto/ SP CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722 O absenteísmo constitui um dos entraves na gestão de pessoas, pois leva à desorganização do serviço e à sobrecarga dos trabalhadores de enfermagem, refletindo na qualidade da assistência ao paciente. Cabe ao enfermeiro-responsável técnico da instituição garantir os recursos humanos necessários à assistência de enfermagem e à segurança do paciente, conforme a Resolução COFEn nº 168/1993. O objetivo deste estudo é investigar o índice de absenteísmo e suas causas junto à equipe de enfermagem do serviço de emergência-convênio no período de janeiro a dezembro de 2006. Trata-se de uma pesquisa do tipo transversal, de caráter retrospectivo, em um hospital terciário do interior do estado de São Paulo. Os resultados mostraram que o índice de absenteísmo nesta unidade foi de S45 10,7% no ano de 2006, sendo que o maior índice foi no mês de dezembro (15%). As principais causas estão relacionadas a licença psiquiátrica, dor lombar e viroses. Esses resultados norteiam enfermeiros na tomada de decisão assistencial e gerencial, bem como para a implementação de ações preventivas, educativas e para a melhoria no estabelecimento de metas. TC-87 Validação de uma oficina de capacitação dos profissionais de saúde para prevenção de erro na medicação Autor: Jorseli Ângela Henriques Coimbra Co-autor: Silvia Helena de Bortoli Cassiani Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM) Endereço: Av. Colombo, 5790 – Jardim Universitário – Maringá/ PR CEP 87020-900 – Tel.: (44) 3261-4040 Entende-se que um dos modos de enfrentamento que proporciona resultados positivos à nova epidemia de eventos adversos medicamentosos – erro de medicação – é a implementação de ações educativas, as quais instrumentalizam os profissionais envolvidos no sistema de medicação para um comportamento preventivo. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo validar a oficina “Investindo na prevenção de erros de medicação”, de capacitação aos profissionais de saúde para identificar e notificar situações de erro de medicação. O estudo foi realizado num hospital de uma cidade do interior do Paraná com auxiliares de enfermagem matriculados no curso de formação profissionalizante em Técnico de Enfermagem. A amostra foi constituída por 47 auxiliares de enfermagem. Para a elaboração da oficina, utilizou-se como referencial teórico a abordagem sociocultural ou libertária e, como referencial metodológico, a pedagogia da problematização (Arco de Maguerez), apresentada por Bordenave e Pereira em 2002. Para maior confiabilidade, foi realizada uma validação de cada etapa do plano pedagógico do curso, objetivando estarem de acordo com o Arco de Maguerez, as estratégias pedagógicas e o conteúdo programático da oficina. Para mensurar a eficácia do curso como processo educativo, utilizou-se um instrumento (pré e pós-teste) intitulado “Instrumento de investigação sobre o conceito de erro”, que extraiu o entendimento dos participantes sobre o conceito de erro de medicação por meio de uma escala somatória do tipo Likert, composta por 14 itens que foram respondidos em termos de graus de concordância, tendo como referência a definição de erro de medicação enunciada pela National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention. O procedimento da coleta de dados ocorreu em três etapas: 1) pré-teste realizado no mês de agosto de 2003; 2) oficina de capacitação, realizada em novembro de 2003, com carga horária total de 15 horas, distribuídas em 3 dias consecutivos; e 3) pós-teste, realizado einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 S46 Trabalhos Científicos 30 dias após o encerramento da oficina. Foram realizadas todas as etapas do Arco de Maguerez para a implementação da oficina: observação da realidade, levantamento dos pontos-chave, ponto-chave ou ponto principal, teorização, hipóteses de solução e avaliação. Como conclusão, a maioria dos participantes já assimilava várias possibilidades para o erro na medicação. Foram encontradas cinco situações que não foram compreendidas como facilitadoras para a ocorrência de erro na medicação, mas a implementação da oficina possibilitou a alteração no entendimento, comprovando, assim, a necessidade e a eficiência de ações educativas aos profissionais. Diante dos resultados obtidos, observou-se que essa oficina de capacitação para profissionais envolvidos no sistema de medicação é uma estratégia importante, atingindo seu objetivo de minimizar a ocorrência de erros e, como conseqüência, aumentar a segurança do paciente. TC-88 Avaliação e tratamento da dor no pósoperatório de pacientes transplantados: doadores e receptores Autor: Bartira de Aguiar Roza Co-autores: Samira Scalso de Almeida, Ana Claudia de Lima Q. Arantes, Carla Fátima de Paixão Nunes, Carla Patrícia A. C. (dor moderada) e 25% com escore de até 4 (dor leve); 70% das dores eram localizadas no abdome. Quando da presença da dor, sua duração, até o controle, foi de uma hora em 62,5% dos casos, de 2 a 6 horas em 18,8% e de menos de 1 hora em 12,5% dos casos (em 6,3% não foi encontrado registro deste tempo). Em todos havia prescrição de analgésicos; em 60%, “se necessário”. Dos analgésicos prescritos, 65% eram nãoopióides e 25% eram opióides fracos. Durante a internação, 80% apresentaram dor = 5, sendo que a duração da dor até seu controle foi de 1 hora em 87,5% dessa população. Dos pacientes que tiveram dor na admissão ou durante a internação, 10% tiveram alta com dor. Dos doadores, 91% apresentaram dor durante a internação, sendo 45% de escore 8. A duração da dor até seu controle foi de 1 hora em 82% dos doadores, sendo que 18% dos doadores tiveram alta com dor (escore de até 4). Conclusão: apesar de 87,5% dos pacientes terem sua dor controlada em até uma hora, ainda é necessário incorporar a não-tolerância da presença da dor no cotidiano do cuidado, para melhorar a qualidade da assistência a pacientes transplantados, bem como aos doadores. TC-89 Balanced Scorecard y gestión por procesos en enfermería Denser, Ivanete L. Cardoso, Ben-Hur Ferraz Neto Autor: Claudio Robles Tapia Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Instituição: Hospital Clinico. Facultad de Medicina UC. Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP Subdirector de Enfermería. CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2681 Endereço: Marcoleta 367, 3.er Piso – Santiago – Centro CEP 8330024 – Chile Introdução: a dor nos pacientes transplantados representa um sinal importante para avaliação de diversas complicações que podem comprometer o sucesso dessa forma de tratamento. Assim, sua adequada avaliação e manejo por profissionais de saúde fazem-se cada vez mais necessários para prover recursos que minimizem seus efeitos. Objetivo: avaliar o manejo da dor no pós-operatório de pacientes do programa de transplante de órgãos sólidos. Metodologia: análise retrospectiva em prontuário dos pacientes internados no período de maio e junho de 2006, em um hospital do município de São Paulo/SP. Para a coleta de dados, foi utilizado um instrumento semi-estruturado com questões sobre os registros do prontuário dos pacientes (doadores e receptores), com o objetivo de obter informações epidemiológicas da dor dos pacientes no pós-operatório (escala visual numérica – EVN) de transplante de órgãos sólidos (rim, fígado e pâncreas). A população foi composta de cem pacientes que estavam internados para a realização do transplante (doadores e receptores) ou por complicação pós-transplante, e os dados foram compilados em banco de dados (Epi Info). Resultados: dos 100 pacientes, 11 eram doadores e 89, receptores; 20% da população apresentava dor na admissão, sendo 50% com escore de 8 a 10 (dor intensa), 25% de 5 a 7 einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 E-mail: [email protected] Tel.: (56-2) 3543141; Fax:(56-2) 6338572 Introducción: El “Balanced Scorecard (BSC)” es un modelo de control de gestión estratégica de 4 perspectivas: Financiera, Cliente, Procesos internos y Aprendizaje y crecimiento. La Gestión por procesos es un modelo que ve a la organización como un gran proceso que debe ser abordado en tres etapas: 1) Mapeo de procesos que incluye procesos de gestión, operativos y de apoyo; 2) Identificación de procesos claves y 3) Gestión de procesos con ciclo de calidad de Shewart. La Subdirección de Enfermería del Hospital Clínico de la Pontificia Universidad Católica de Chile ha adaptado y aplicado el BSC desde1999. Desde el 2005 ha iniciado un trabajo de relacionar las perspectivas del BSC con el modelo de gestión por procesos con el fin de identificar y gestionar los procesos claves. Objetivo: 1)Relacionar BSC con gestión por procesos y 2) Relacionar la gestión por procesos con el proceso de atención enfermería. Metodología: Se identificaron 4 fases de desarrollo: 1° fase(1999-2000): Implementación del Modelo BSC. 2° fase(2001-2002): Evaluación y mejora del Modelo. 3° fase(2002-2003.: Informatización y generación de incentivos IV Simpósio Internacional de Enfermagem por matrices de contribución individual. 4° fase(2005-2007): Aplicación de metodología de gestión por procesos. El mapeo de procesos se realizó con método IDEF (Integration Definition for Function Modelling) que precisa 3 entradas de cada proceso (requerimientos de servicio, guías, recursos necesarios) y 1 salida (servicio solicitado). En la gestión sistemática de procesos, el ciclo de Shewart se relacionó con el proceso de atención de enfermería (Valoración, Diagnóstico, Planificación, Ejecución y Evaluación). Resultados: Con la aplicación del BSC adaptado a enfermería, se han logrado importantes avan- S47 ces en cada área en nuestra institución, mejorando indicadores y alineando al personal con el logro de ellos. Relacionarla con la gestión por procesos permitió identificar con precisión los procesos claves para enfermería, lo que ha permitido guiar las actividades en los diferentes niveles organizacionales y en los diferentes subprocesos identificados. Conclusiones: El modelo de BSC se ve ampliamente enriquecido con la metodología de gestión por procesos, permitiendo identificar los procesos claves para gestionar el área de enfermería de cualquier organización de salud. einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47 Relatos de Caso/Experiência RC-1 Monitoração dos cuidados de enfermagem na cardioversão elétrica eletiva: análise da sistematização e qualidade do serviço na sala de emergência Autor: Karla Biancha Silva de Andrade Co-autores: Ana Paula Pinheiro, Cecília Gonçalez, Rosa Prazeres Instituição: Hospital Pró-Cardíaco Endereço: R. General Polidoro, 192 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ CEP 22280-00 – Tel.: (21) 2528-1505 Introdução: a cardioversão elétrica é utilizada como tratamento de algumas arritmias. É um método eficaz e bem tolerado, porém necessita que o paciente esteja em sedação profunda. A implementação de um protocolo sistematizado do atendimento aos pacientes que irão submeter-se a cardioversão elétrica fornece subsídios na qualidade do cuidado prestado, tanto pelo médico, quanto pela enfermagem e sua continua avaliação. A monitoração dos resultados auxilia na vigilância da qualidade assistencial e na identificação de oportunidades de melhoria. Eles são instrumentos que possibilitam definir parâmetros que serão utilizados para realizar comparações e agregar juízo de valor ante o encontrado e o ideal estabelecido, necessitando assim, de uma coleta e sistematização bem planejada. Objetivo: monitorar através de um protocolo sistematizado, as complicações decorrentes da cardioversão elétrica na Sala de Emergência. Casuística e Método: trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa. Foram avaliados 63 clientes submetidos a cardioversão elétrica com média de idade de 69 anos + 13, sendo 65,1% do sexo masculino. O estudo foi realizado de janeiro a dezembro de 2006 na Sala de Emergência de um hospital privado no município do Rio de Janeiro - RJ onde se presta atendimento clínicocirúrgico. Os dados foram transcritos em uma ficha semiestruturada, preenchida pelo enfermeiro que participou dos cuidados durante o procedimento. Resultados: dos 63 clientes submetidos a cardioversão elétrica, 73% apresentavam Fibrilação Atrial de tempo indeterminado, 8,5% Fibrilação Atrial menor que 48 horas, 17,5% Flutter Atrial, 1,6% Taeinstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 quicardia Supraventricular. Dentre as complicações, 1,6% (01 paciente) apresentou bradiarritmia pós reversão e 4,8% (03 clientes) queimadura de primeiro grau. Considerações finais: as principais complicações evidenciadas durante a cardioversão elétrica foram às queimaduras. Ambler (2003) corrobora com a questão, quando relata que essas são causas comuns de morbilidade após o procedimento, no entanto sua incidência e gravidade nunca foram quantificadas. Para ele, a redução do evento ocorre quando os operadores aplicam uma força igual em ambas as pás e iniciam-se choques com energia inferior. Souza (2001) relata ainda, que as arritmias mais freqüentes, após a cardioversão elétrica, são as extra-sístoles atriais, que duram alguns minutos e desaparecem espontaneamente. Outras alterações do ritmo podem existir, como a bradicardia sinusal, bloqueio ou ritmo juncional. O conhecimento sobre a história prévia, a identificação das medicações e fatores de risco são imprescindíveis para um cuidado de qualidade. Tais condutas podem minimizar ou excluir possíveis complicações como visualizadas nos resultados da pesquisa. É válido ressaltar que a busca da qualidade requer um grau de conformidade estabelecido dentro de padrões e critérios, medido por indicadores como o da cardioversão elétrica. A equipe da Sala de Emergência deve refletir sobre sua prática, buscando visualizar os aspectos assistenciais mais frágeis e propondo medidas de melhorias, permitindo trocas de experiência e confrontando as melhores práticas com os bons resultados. RC-2 Intubação orotraqueal: as complicações monitoradas pela enfermagem Autor: Karla Biancha Silva de Andrade Co-autores: Ana Paula Pinheiro, Glória Trancoso, Vânia Figueiredo, Verônica Sobreiro, Flávia de Souza Instituição: Hospital Pró-Cardíaco Endereço: R. General Polidoro 192 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ CEP 22280-00 – Tel.: (21) 2528-1505 Introdução: a intubação orotraqueal é o procedimento mais eficaz na proteção e controle de vias aéreas. Agrega IV Simpósio Internacional de Enfermagem uma série de vantagens, desde a manutenção de vias aéreas pérveas, aspiração de secreções e oferta alta de oxigênio. Estudos revelam que 50% das intubações realizadas nos Estados Unidos apresentam falhas, tal situação é decorrente de profissionais mal treinados dentro dos serviços de emergência. Estar atento à monitoração das complicações é de suma importância no atual momento em que se preconiza um mínimo de padrão de qualidade a ser seguido. Para Malik (2006) a qualidade é sinônimo da satisfação dos usuários e trabalhadores, que são obtidos por meio de instrumentos cuidadosamente aplicados e/ou em função da verificação de resultados. Objetivo: monitorar através de um protocolo sistematizado as complicações oriundas do procedimento de intubação orotraqueal. Método e Casuística: trata-se de um estudo descritivo, analítico, do tipo estudo de caso com abordagem quantitativa. Foram avaliados 21 clientes submetidos à intubacão orotraqueal, sendo 61,9% do sexo feminino. O estudo foi realizado de janeiro a dezembro de 2006 na Sala de Emergência de um hospital privado de pequeno porte no município do Rio de Janeiro/RJ. Os dados foram transcritos em uma ficha semi-estruturada, preenchida pelo enfermeiro que participou dos cuidados durante o procedimento. Resultados: dos 21 pacientes que realizaram intubação orotraqueal, 47,6% utilizaram TOT com guia, 38,1% TOT sem guia, 9,5% máscara laríngea, 4,8% ciaglia. 38,2% dos procedimentos foram caracterizados com grau de dificuldade fácil, 33,3% médio, 28,6% difícil. Dentre as complicações, 14,2% dos clientes (03) obtiveram lesão de cavidade oral. Considerações Finais: a monitoração das complicações é de suma importância no atual momento em que se preconiza um mínimo de padrão de qualidade a ser seguido. Para Malik in D’ Innocenzo (2006), a qualidade é sinônimo da satisfação dos usuários e trabalhadores, que são obtidos por meio de instrumentos cuidadosamente aplicados e/ou em função da verificação de resultados. RC-3 S49 assistência prestada. O objeto de estudo baseou-se nos cuidados de enfermagem após realização de ATC. A partir do objeto traçamos como objetivos: apresentar uma revisão atualizada sobre as questões práticas da assistência de enfermagem à pacientes submetidos a ATC, e fornecer subsídios para o aprimoramento do cuidado de enfermagem nesta clientela. Metodologia: para alcançar os objetivos deste estudo, utilizamos a pesquisa bibliografia, em fonte primária e secundária. A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente por artigos científicos, dissertações e teses. Durante o estudo seguimos as seguintes etapas: consulta a base de dados LILACS, SCIELO, BDENF e sites de busca, utilizando os descritores e palavras chaves: Enfermagem, Angioplastia e cuidado. Resultado: com base na pesquisa bibliográfica, do decorrer do trabalho, descrevemos minuciosamente a assistência de enfermagem pós ATC. Após a descrição das intervenções após ATC, observamos que, de um modo geral, os cuidados de enfermagem abrangem basicamente dois aspectos do cuidado: a avaliação hemodinâmica e a avaliação do membro cateterizado. Conclusão: a realização deste estudo nos possibilitou perceber que o procedimento de angioplastia, não pode ser considerado um procedimento simples e corriqueiro. Devemos considerar a angioplastia como um procedimento, que pode levar a graves complicações e a uma instabilidade aguda, no qual nós enfermeiros devemos estar atentos e preparados para atuar. A partir da revisão bibliográfica apresentada, acreditamos ter fornecido mais subsídios para o aprimoramento do cuidado prestado pelos enfermeiros que assistem pacientes pós angioplastia. RC-4 Triagem de enfermagem: algumas ferramentas para garantir a segurança ao paciente em primeiro atendimento – um relato de experiência Angioplastia transluminal coronariana: a importância dos cuidados pós-procedimento Autor: Tânia Ferreira Tavares Autor: flavia giron camerini Denise Lisboa, Marina Vaidotas Co-autor: Deyse Conceição Santoro Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Instituição: Escola de Enfermagem Anna Nery Endereço: Av. Albert Einstein – Morumbi – São Paulo/ SP Endereço: R. Afonso Cavalcante, 275 – Cidade Nova – Rio de Janeiro/ RJ CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Co-autores: Ana Paula Bagdanavicius, Yara Kimiko, Ana Maria Santos, Renata Donato Janeri, Milka de Almeida, Mirian Medeiros, CEP 20211-11 – Tel.: 9382-9834/ 9856-2430 Introdução: os cuidados à clientes em pós-procedimento de angioplastia trasluminal coronariana (ATC) constituem uma prática diária dos enfermeiros que atuam em cardiologia, o que requer uma constante discussão e aperfeiçoamento científico, a fim de, garantir a qualidade da Introduçao: triagem é o ato de escolher e selecionar que começou a ser utilizado na área da saúde pela necessidade de priorizar os feridos de guerra, hoje utilizada nos serviços de emergência com o objetivo de organizar grandes demandas, priorizar o atendimento dos pacientes com risco de vida. Objetivo: descrever experiência dos enfermeiros einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 S50 Relatos de Caso/Experiência na utilização de ferramentas que garantem a segurança do paciente durante a triagem de enfermagem. Discussão: a triagem foi implantada na instituição em 1998 e algumas ferramentas foram estabelecidas para garantir a segurança dos pacientes. A triagem é localizada e organizada para que os pacientes tenham o primeiro contato com o enfermeiro antes da realização do cadastro, abreviando o tempo entre a chegada e a avaliação. Ela é registrada em impresso estruturado e a tomada de decisão baseia-se na avaliação clínica e em protocolos pré-estabelecidos, onde o enfermeiro classifica a gravidade (nível 1-emergência, 2-urgência e 3-urgência relativa), define a especialidade e local para o atendimento. A classificação dos níveis é também sinalizada através de etiquetas com diferentes cores: vermelho (nível 1), amarelo (nível 2) e verde (nível 3). Algumas enfermidades como o Acidente Vascular Cerebral e Infarto são gerenciados, para esses a triagem tem um papel fundamental na identificação precoce dos casos, sendo que a eficiência da triagem modifica significativamente o tempo entre a chegada do paciente e o início do tratamento, que representa um indicador de qualidade importante para o resultado da assistência prestada a esses grupos de pacientes. Para garantir a qualidade do processo os enfermeiros são treinados e validados anualmente. Considerações finais: o desenvolvimento de ferramentas garante a qualidade do processo de triagem, permite uma classificação correta dos níveis, oferece informação e acolhimento, desenvolve o raciocínio clínico do enfermeiro e possibilita o monitoramento de indicadores. RC-5 Contribuições da psicopedagogia para a prática assistencial de enfermagem Autor: Deborah Rozencwajg Instituição: Casa de Repouso Coração de Maria Endereço: R. Caetano Menino, 20 – Interlagos – São Paulo/ SP CEP 04785-08 – Tel.: (11) 5669-3003 Introdução: tanto a enfermagem quanto a Psicopedagogia possuem um corpo de conhecimentos próprios, com foco ao cuidado ao ser humano. A Psicopedagogia atua com as dificuldades de aprendizagem. Considerando o enfermeiro um educador em potencial, as técnicas de Psicopedagogia podem influenciar positivamente no resultado do cuidado ao ser humano, seja este o paciente, o familiar ou a equipe. Objetivo: utilizar técnicas de Psicopedagogia como ferramenta para aprimoramento do trabalho em equipe e sensibilização para o cuidado humanizado aos pacientes. Método: estudo descritivo, prospectivo, realizado em uma instituição de longa permanência para idosos, localizada em São Paulo. População e amostra: 4 técnicos de enfereinstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 magem. Estratégia: aplicação de técnicas de diagnóstico e intervenção em Psicopedagogia, por meio de reuniões semanais planejadas (objetivos, descrição da atividade desenvolvida e resultados encontrados), com duração de 90 minutos. Resultado: após 3 meses de intervenção, o grupo apresentou ganhos em auto-conhecimento e maturidade no relacionamento em equipe, com reflexos a cuidados mais humanizados aos idosos da instituição. Conclusão: a Psicopedagogia é a ciência que analisa o aprendizado humano como o resultado da interação entre ensinante, aprendiz e conteúdo. Uma vez que a educação em enfermagem é premissa para o autodesenvolvimento pessoal e profissional, as técnicas psicopedagógicas podem ser utilizadas com sucesso para um resultado sustentado em médio prazo. RC-6 Implantação do gerenciamento de queda em hospital privado de São Paulo Autor: Ifigenia Augusta Braga Marques Co-autores: Arlete Duarte Correa, Gláucia Maria Ribeiro de Souza Instituição: Hospital Samaritano Endereço: R. Conselheiro Brotero, 1486 – Higienópolis – São Paulo/ SP CEP 01232-01 – Tel.: (11) 3821-5381 Introdução: prevenir quedas em pacientes internados é fundamental, e medidas de monitoramento se fazem necessárias nas instituições de saúde. Objetivo: descrever o processo de implantação do gerenciamento de queda institucional. Material e método: trata-se de um relato de experiência, sobre a implantação do Gerenciamento de Quedas, em um hospital privado, da cidade de São Paulo. Os dados foram extraídos das atas das reuniões do Comitê de Quedas, de junho/05 a fevereiro/07. Resultados: fase préimplantação: 1) criação do comitê definido pela Gerência de Enfermagem em junho/05, com 7 integrantes; 2) revisão bibliográfica sobre queda em instituição hospitalar (para definição de população de risco e alto risco e variáveis de influência); 3) levantamento do perfil da queda (distribuição dos índices de queda por unidade de internação, caracterização da população por faixa etária, quanto às conseqüências da queda e dias de internação); 4) reformulação do impresso de queda já existente (inclusão da avaliação de risco específico para pacientes em terapia intensiva e ampliação dos fatores de risco). Implantação propriamente dita: 1) cada integrante responsável por determinados setores fez uma abordagem prévia junto à equipe de enfermagem; 2) em dezembro/06 e janeiro/07 o Comitê realizou o treinamento institucional e forneceu material de apoio e consulta às Unidades, com as recomendações de prevenção e instruções de notificação de ocorrência de queda. 3) em fev/07 o gerenciamento estava implantado com avaliação IV Simpósio Internacional de Enfermagem de risco diária de cada paciente. Fase pós-implantação: foi iniciado o monitoramento que possibilita a emissão de relatório mensal à Gerência do Serviço de Enfermagem. Conclusão: a implantação do gerenciamento de queda tem propiciado avaliações diárias dos pacientes hospitalizados, com identificação dos riscos e implementação de medidas preventivas, que possibilitem menores índices de quedas na instituição e monitoramento contínuo como indicador de qualidade assistencial. S51 lho e nos horários oportunos. Todavia, evidenciamos que se trata de uma metodologia de custo elevado, que necessita de suporte tecnológico e consome mais tempo que a elaboração de um curso convencional. RC-8 Importância Clínica da Poligrafia Neonatal (PN) Autor: Ana Paula da Silva Co-autores: Israel Roitman, Flávia Carvalho Petroff, Rita de Cássia RC-7 Rodrigues Nogueira Implementação do treinamento à distância de parada cardiorespiratória adulto e infantil Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Departamento Autor: Patrícia Santesso Laurino – São Paulo/ SP Co-autores: Cláudia Maria Bittencourt, Simone Cristina Garcia CEP 05659-90 – Tel.: (11) 3747-1452 de Neurofisiologia Clínica Endereço: Av. Albert Einstein, 627 - 4º Andar Bloco C – Morumbi Instituição: Hospital Samaritano Endereço: R. Conselheiro Brotero ,1486 – Higienópolis – São Paulo/ SP CEP 01232-01 – Tel.: (11) 3821-5878 Introdução: a educação à distância constitui ferramenta importante para atender grande número de profissionais. A assessoria de aprimoramento e desenvolvimento elaborou um vídeo didático sobre Parada Cardiorespiratória (PCR) adulto e infantil, com base nas diretrizes da American Heart Association (2005) e metodologia de blended learning. Objetivo: descrever as etapas de planejamento, elaboração, execução e resultados do treinamento de PCR adulto e infantil (etapa virtual do blended learning). Material e método: relato de experiência da elaboração e implementação do treinamento realizado em um hospital privado, da cidade de São Paulo, de abril a outubro de 2006. Resultado: o planejamento foi realizado em 34h/h de trabalho, com a participação de 11 enfermeiros, responsáveis pela elaboração do conteúdo e dos instrumentos de avaliação de retenção do conhecimento. A etapa de elaboração durou 289h/h (57h/h - ensaios, 167h/h - filmagem e 66h/h – produção/ aprovação dos vídeos). Nessas fases participaram 11 profissionais (5 enfermeiros, 2 técnicos de enfermagem, 2 médicos e 2 fisioterapeutas). O treinamento aconteceu no período de setembro a outubro de 2006 (carga horária = 45’), constituído de pré-teste, visualização do vídeo e pós-teste. Índices de aproveitamento inferiores à nota 6.0, no pós-teste, reconduziam o colaborador a rever o treinamento. Participaram 607 profissionais (443H/H), com 19.619 acessos. A avaliação de reação (200 profissionais) indicou o treinamento como ótimo (76,5%), bom (21,5%), regular (1,5%) e ruim (0,5%). As médias do pré-teste e pós-teste foram respectivamente: 8.2/9.0 (adulto) e 7.0/9.0 (infantil). Considerações Finais: a etapa da metodologia utilizada demonstrou a funcionalidade do treinamento e praticidade, pois permitiu o acesso no ambiente de traba- Objetivo: diagnóstico da apnéia do sono no recém-nascido (RN). Introdução: a PN é o exame que faz a avaliação simultânea do eletrencefalograma, do eletrocardiograma, dos padrões respiratórios e dos movimentos oculares, visando a análise da atividade elétrica cerebral, em fases diferentes do sono, avaliando sua maturidade, além de auxiliar no diagnóstico diferencial de patologias cerebrais e não cerebrais, como a apnéia, que pode ser de origem cerebral, cardíaca ou respiratória. A duração mínima do registro é de 60 minutos. Relato de caso: D.D.M.E., 4 dias, sexo masculino. Nascimento: 6/4/07. Internação: 10/4/07. Alta: 12/4/07. Internado por apresentar episódios de “engasgos e cianose”, retornou para investigação e tratamento. Antecedentes pessoais: parto cesárea, APGAR 9 e 10, RN termo, adequado à idade gestacional (38 e 6/7 semanas), com alta hospitalar em 9/4/07. H.D.: Crises de apnéia, episódios de cianose às mamadas e refluxo gastro-esofágico (RGE). Exame físico: BEG, corado, eupneico, acianótico, SaO2 94%, após 40 minutos SaO2 87-88%, peso: 3125g, coração: BRNF (81 bpm) sem sopros, pulmões: MV presente, superficialização da respiração, abdômen: flácido. Achados do exame: A PN revelou padrão de maturidade bioelétrica cerebral (MBC) adequado à idade concepcional, porém, a presença de apnéias obstrutivas e dessaturação (abaixo de 90%) exigiu exames que identificassem obstrução de vias aéreas ou RGE. Exames pedidos: US crânio, nasofibroscopia, videodeglutograma (VDG), PN, ECG e exames laboratoriais. Discussão: a MBC adequada reduz a possibilidade da prematuridade ser responsável pelos sintomas. A nasofibroscopia excluiu a possibilidade de traqueomalácia, mas o VDG demonstrou importante RGE. Conclusão: a PN mostrou adequada MBC e apnéias obstrutivas; o VDG demonstrou importante RGE, provocando as crises de cianose e apnéia. Adotadas medidas anti-refluxo, houve rápida resposta clínica. einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 S52 Relatos de Caso/Experiência RC-9 Abraço seguro: dispositivo de segurança para queda durante o uso do vaso sanitário Autor: Luciana Mitsue Sakano Co-autores: Adriana Araújo Sicoli, Andréia Aparecida Moraes Frazilio, Claudia Regina Laselva, Nanci Radovich, Selma Tavares Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: queda é considerada uma síndrome geriátrica e é definida como o deslocamento não-intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais comprometendo a estabilidade. Em um hospital de grande complexidade, a incidência de queda foi de 1,6 quedas/1000 paciente-dia no ano de 2005 e 1,2 quedas/1000 paciente-dia no ano de 2006. Índice considerado abaixo do encontrado na literatura que é de 2,3 a 7 quedas/1000 paciente-dia. Objetivo: preocupados com a questão ambiental e com a privacidade do idoso no uso do vaso sanitário, a equipe de enfermagem de uma unidade de internação geriátrica de um hospital geral de alta complexidade, idealizou um dispositivo de segurança adaptado ao vaso sanitário. Metodologia: trata-se de um relato de experiência, da equipe de enfermagem de uma enfermaria de geriatria de um hospital de alta complexidade no ano de 2005-2006. Resultado: foram realizadas reuniões de brainstorm com a equipe de enfermagem e com a equipe de engenharia de segurança para vislumbrar um dispositivo que atendesse às necessidades da equipe de enfermagem e do idoso. A equipe de engenharia foi em busca de fornecedores que pudessem produzir um dispositivo que protegesse o idoso nas laterais e região anterior quando estivesse usando o vaso sanitário. O dispositivo deverá ficar fixo na parede de trás do vaso sanitário. Os dispositivos de segurança utilizados nos brinquedos dos parques de diversão nos inspiraram a criar uma barra de segurança que impedisse a queda do paciente quando sentado no vaso sanitário e contribuísse para que o paciente não dependesse da presença física de um profissional no banheiro. Nascia o dispositivo de segurança para prevenir quedas. Conclusão: o beneficio obtido com a instalação deste dispositivo e com a visão de que a instituição deve prover condições de segurança aos pacientes, a instalação deste, se dará em todo hospital. RC-10 Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Define-se catástrofe como um evento em que o número de vítimas excede a capacidade de atendimento e o foco é otimizar os recursos disponíveis para salvar o maior número de vítimas. Seguindo diretrizes da Joint Commission Internacional e orientações da SBAIT, foi implantado o plano de catástrofe, que utiliza o método START de triagem, áreas de atendimento, contingente de atendimento e centros de comando. Relato da experiência: em maio de 2006, foi necessário o acionamento do plano de catástrofe, para atender vítimas de uma colisão entre dois ônibus. Após o acionamento, o serviço de segurança confirma a informação da catástrofe e o número de vítimas comunicando a UPA, que assume o centro de comando local e aciona a direção do hospital para assumir o centro de comando de emergência, que por sua vez mobiliza toda a estrutura hospitalar para o atendimento (ex: diagnósticos, banco de sangue, centro cirúrgico, leitos de UTI e internação, assessoria de imprensa, equipe de transporte de pacientes, equipe médica e de enfermagem adicional, etc). Foram atendidos 47 vítimas, dessas 44 (93%) foram classificados como verdes, 3 (7%) eram amarelos, e não houveram vítimas vermelhas. A identificação das vítimas foi realizada através de cartões com as respectivas cores, contendo: nome completo, idade e sinais vitais, e na seqüência foram destinadas à área de atendimento. Quanto ao local de atendimento, as vítimas verdes foram deslocadas para a área social da instituição, as amarelas ficaram na observação dentro da UPA e a sala de emergência ficou disponível para os vermelhos. Dessas vítimas 12 (25%) foram submetidas a exames complementares (RX), 19 (40%) foram submetidas a suturas. O tempo total no qual a instituição ficou em alerta foi de 4 horas, entretanto o tempo de atendimento foi de 50 minutos. Considerações finais: observou-se que o atendimento prestado obedeceu ao fluxo de atendimento, evidenciando que o plano testado em simulados foi aplicável em uma situação real. Comparando com a literatura, observamos que o percentual de vítimas classificadas segue o padrão internacional de atendimento de catástrofes (80% não urgência, 15% urgência e 5% emergência). Demonstrando ainda, que toda instituição que tem como preocupação a segurança do paciente, mesmo em uma situação caótica, deve ter um plano de catástrofe aplicável. RC-11 Catástrofe: relato de experiência de uma instituição privada Programa de enfermeiro trainee – experiência de implantação e desenvolvimento Autor: Yara Kimiko Sakô Autor: Maria do Espirito Santo da Silva Co-autores: Marcia Cristina da Cruz Mecone, Thaís Galoppini Félix, Co-autores: Sheila Kelly Lacerda Souza, Viviane Nobre, Ana Maria Ana Paula Bagdanavicius, Marina Vaidotas E. S. de Brito einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 IV Simpósio Internacional de Enfermagem Instituição: Hospital Espanhol Endereço: Av. Sete de Setembro, 4161 – Barra – Salvador/ BA CEP 40140-11 – Tel.: (71) 3267-8483 O interesse crescente em desenvolver o capital humano com visão mais estratégica e fortalecida sobre a missão e cultura da instituição motivou o desenvolvimento desse trabalho que trata do planejamento e implantação de um programa trainee para enfermeiros. Tem como objetivo relatar a experiência da operacionalização do mesmo numa instituição hospitalar filantrópica de grande porte. A metodologia envolveu a realização de pesquisas bibliográficas, avaliação dos aspectos legais e trabalhistas, elaboração de um plano operacional com um programa de treinamento e plano de ação. Como resultado obteve-se a inserção do recém-formado no mercado de trabalho, suprindo a demanda por profissionais qualificados que incorporam a visão e missão da empresa. A experiência é vivenciada atualmente nas áreas de clínica médico-cirúrgica, terapia intensiva e centro cirúrgico. Pôde-se concluir que o programa trainee é uma estratégia importante e viável que facilita a adaptação de novos enfermeiros, contribuindo com a redução do tempo de preparação de novos colaboradores após o processo de contratação. RC-12 Síndrome da Morte Súbita do Lactente – ações para redução do risco Autor: Maria Fernanda Dornaus Co-autores: Lissandra Borba da Cunha, Gabriela M Frazon, Alice Deustch Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: a Síndrome da Morte Súbita do Lactente (SMSL) é a morte inesperada no primeiro ano de vida, que permanece inexplicada após a revisão da história clínica, autópsia e exame da cena do óbito. É a primeira causa de óbito no primeiro ano de vida nos Estados Unidos. Desde 1992, quando a Academia Americana de Pediatria iniciou a campanha “back to sleep”, o número de óbitos decresceu em 50%. Apesar da relevância epidemiológica e trabalhos publicados, os profissionais desconhecem os fatores de risco: lactente em posição prona ou lateral para dormir, ambiente aquecido e desorganização do berço. A população desconhece medidas preventivas como colocar o lactente em posição supina para dormir, evitar aquecer a criança e não colocar no berço cobertor solto, bichos de pelúcia, e travesseiro. Objetivo: relato de experiência de uma maternidade ao implementar medidas para reduzir o risco da SMSL. Metodologia: o levantamento bibliográfico proporcionou S53 fundamentação teórica para o desenvolvimento do treinamento, no qual participaram 257 profissionais das equipes assistenciais da maternidade, pediatria e creche. O tema foi apresentado em fórum interdisciplinar de pediatria. Iniciamos orientando os pais nos cursos de preparação para o parto, e durante a internação na maternidade com pioneirismo em maio de 2007. O tema assumiu maior relevância e foi incorporado na campanha institucional sobre a segurança dos pacientes. Conclusão: práticas seguras baseadas em evidências científicas constituem um compromisso ético dos profissionais para promover a saúde e a segurança dos pacientes. Considerando que essas simples informações são suficientes para salvar vidas, temos o desafio de difundir essas orientações na sociedade. RC-13 Atualização e treinamento: estratégias de aperfeiçoamento profissional Autor: Maria do Espirito Santo da Silva Co-autores: Sheila Kelly Lacerda Souza, Larissa Carigé Instituição: Hospital Espanhol Endereço: Av. Sete de Setembro, 4161 – Barra – Salvador/ BA CEP 40140-11 – Tel.: (71) 3351-2085 Trata-se de um relato de experiência de uma instituição hospitalar filantrópica, geral e de grande porte. Partindo do pressuposto de que treinamento é um processo empresarial que visa à melhoria de resultados organizacionais através da análise de desempenho dos indivíduos, buscou-se traçar estratégias com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento de competências técnicas e a promoção de uma melhor adaptação dos colaboradores à filosofia e às rotinas da instituição, através de programas estratégicos de atualização e treinamento. Para o desenvolvimento das atividades, seguem algumas etapas: a definição do público alvo; o levantamento das necessidades de treinamento de cada área com avaliação de atividades práticas, indicadores setoriais, mapeamento de condições técnicas da equipe, identificação de novas tecnologias e/ou rotinas; para então, elaborar e implementar os programas de acolhimento aos novos colaboradores, reuniões científicas, incentivo aos grupos de estudo, viabilização de treinamentos externos. Utiliza-se recursos áudio-visuais, demonstração prática das técnicas em manequim entre outros métodos. O treinamento do profissional é aplicado desde o processo de admissão do funcionário na empresa, incluindo a inserção no setor especifico. Obtendo-se como resultado o contínuo aprimoramento de habilidades requeridas, atualização e desenvolvimento de potencialidades, num processo de integração e motivação para a realização de atividades pertinentes às funções e conseqüente melhoria da qualidade de atenção ao cliente. Por fim, têm-se a avaliação dos resultados com aplicação de questionáeinstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 S54 Relatos de Caso/Experiência rios escritos e mensuração dos indicadores de treinamento e da assistência, que mostram o envolvimento das equipes com o trabalho desenvolvido. Acredita-se que as atividades desenvolvidas oportunizam a criação de uma consciência crítica e possibilitam o indivíduo absorver novas formas de trabalho para o melhor atendimento ao cliente. RC-14 A insuficiência cardíaca aguda secundária a miocardite por foco viral: um relato de caso Autor: Claudia Lanzillotti Weskler Colaboradores: Raquel Alves, Francimar Tinoco de Oliveira, Ana Lúcia Cascardo Marins, Valéria Zadra de Mattos, Viviany Rocha de Souza Instituição: Hospital Pró-cardíaco Endereço: R. General Polidoro, 192 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ CEP 22280-00 – Tel.: (11) 2528-1528 Trata-se de um relato de caso de um paciente com diagnóstico de insuficiência cardíaca aguda secundária à miocardite. A doença se caracteriza pela presença de resposta inflamatória, freqüentemente em decorrência de uma agressão, cursando com disfunção cardíaca significativa. O estudo se justifica no aprimoramento e atualização de conteúdos, buscando otimizar o tratamento proposto baseado em evidências e atualização científica, promovendo a segurança hospitalar. Objetivos: pontuar a fisiopatologia da doença, correlacionando sinais e sintomas aos cuidados específicos, rever dados atualizados sobre o assunto, descrever determinantes das ações de enfermagem para esta clientela específica. Material e método: estudo realizado durante o programa trainee do Hospital Pró-Cardíaco, em um paciente admitido na Unidade Coronariana, com o diagnóstico supracitado. A pesquisa teve como fonte de consulta o prontuário e bibliografia específica. Ressaltamos que a realização do estudo de caso foi obtida com a autorização do paciente através de termo de consentimento livre e esclarecido, segundo resolução 196/96. Resultados: os cuidados de enfermagem implementados foram direcionados, baseados na taxonomia II de diagnóstico de enfermagem da NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) sendo eles: risco para débito cardíaco diminuído, desequilíbrio no volume de líquidos corporais, risco para lesão tissular e risco para integridade da pele prejudicada relacionada à terapia intravenosa específica. Ressaltamos que a monitorização rigorosa de alterações fisiológicas é indicada tanto no cliente sintomático, quanto no assintomático, favorecendo a detecção precoce de complicações. Conclusão: o profissional enfermeiro tem uma ampla atuação frente a esse tipo de clientela, desde o cuidado na fase aguda até a educação para a alta, onde a assistência deve ser direcionada, individualizada e principalmente embasada por conhecimento teórico aliado à prática do cuidado. einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 RC-15 O impacto da instituição da comissão de cateteres no número de inserções e tempo de permanência dos cateteres do tipo ccip na unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital infantil da rede pública na cidade de São Paulo Autor: Marcos Aparecido Lopes Co-autores: Magda Maria Maia, Cirilo Cezar Simões Instituição: Hospital Infantil Darcy Vargas Endereço: R. Seráphico de Assis Carvalho, 34 – Morumbi São Paulo/ SP CEP 05614-04 – Tel.: (11) 3723-3837 Introdução: na Unidade de Terapia Intensiva a Terapia Intravenosa (TIV) instituída representa a maior parte do cuidado prestado pela equipe de enfermagem, o que envolve a obtenção de um acesso venoso seguro para a administração das inúmeras drogas prescritas. O uso de Cateteres Centrais de Inserção Periférica (CCIP), foi a solução encontrada para garantir o cumprimento integral da terapia instituída com mínimo risco ao paciente. A formação de uma Comissão de Cateteres (CC), associada à implantação de um protocolo, o aumento de profissionais habilitados e a avaliação diária são medidas que garantem a padronização da inserção e do manuseio adequado desses cateteres com impacto no tempo de permanência dos mesmos. Objetivo: avaliar o impacto da instituição de uma CC, da padronização do cuidado através do protocolo de inserção e da Ficha de Avaliação Diária (FAD) na manutenção, no aumento de inserções e do tempo de permanência dos CCIP. Material e Método: estudo retrospectivo com pesquisa nos prontuários. Resultado: até a implantação da CC, em agosto de 2006, quatro dentre oito enfermeiros intensivistas pediátricos possuíam habilitação para a inserção do CCIP. Entre janeiro e agosto de 2006, foram inseridos oito cateteres, representando uma média de 1,3 cateteres/mês, com um índice de perda de 37,5%. Após a implantação da CC, em agosto do mesmo ano, quatro novos enfermeiros da equipe foram habilitados através de cursos oferecidos por entidades devidamente certificadas pelo COREN, atingindo 100% da equipe. A repercussão foi no aumento de inserções e na permanência dos cateteres. Foram inseridos 23 cateteres, entre agosto de 2006 e maio de 2007, média de 2,8 cateteres/mês, representando um aumento de 287% e índice de perda de 17%, com redução de 20,5% no total. Conclusão: a instituição da CC padronizando o cuidado através do protocolo de inserção e introdução de uma FAD na manutenção dos CCIP resulta no aumento de inserções e no tempo de permanências dos cateteres. IV Simpósio Internacional de Enfermagem RC-16 Monitorização residencial da sua pressão arterial: como os pacientes hipertensos de um ambulatório realizam a medida Autor: Maria da Penha Monteiro Oliva Colaboradores: Carolina Botelho Sanders Barbosa, Lisandra de Almeida Murakami, Luciana Salles Berberian, Luis Donizete da Silva Fernandes Instituição: Centro Universitário Nove de Julho Endereço: R. Adolfo Pinto,109 – Barra Funda – São Paulo/ SP CEP 01156-05 – Tel.: (11) 3665-9024 Resumo: a hipertensão arterial sistêmica, considerada uma doença crônico-degenerativa, tem causa multifatorial e prevalência elevada. O diagnóstico dessa hipertensão está inicialmente fundamentado na precisão da medida da pressão arterial (PA). A MRPA, é o registro da medida da pressão arterial realizada pelo próprio indivíduo em sua residência. Os valores de medida da PA em consultório são mais baixos que as medidas realizadas em casa. Realizamos um estudo com a população adulta, maior que 18 anos, de ambos os sexos, de uma clínica escola, em uma IES localizada no Município de São Paulo. O objetivo do estudo foi identificar como os pacientes referem aferir a PA em sua própria residência e se a técnica utilizada e os cuidados pré-medida estão sendo cumpridos. Dos entrevistados, 8 (26,6%) eram do sexo masculino e 22 (73,3%), feminino. A faixa etária predominante do estudo está compreendida entre 51 a 70 anos. O local de preferência para a realização da medida da PA ficou dividido em 41% em casa e 27% em consultório. Ainda, 64% utilizam o aparelho manual, e 36%, o digital. Segundo os pacientes, 44% alimentam-se antes de aferir a PA, 17% esvaziam a bexiga, 10% ingerem café ou derivados. Quanto ao repouso prévio, 60% do total de pacientes realizam o repouso e 40% realizam a medida da PA adequadamente. Concluímos que a prática da medida da PA ainda é objeto merecedor de investigação na área da saúde e de atenção do profissional que orienta população hipertensa em especial. RC-17 Como fazer o gerenciamento de riscos? Proposta de um método brasileiro de segurança hospitalar Autor: Liliane Bauer Feldman Co-autores: Maria D’innocenzo, Isabel Cristina Kowal Olm Cunha Instituição: Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/ Sp CEP 04024-00 – Tel.: (11) 5576-4430 S55 Introdução: responsabilidade é a qualidade ou condição de responsável, é a situação de um agente consciente com relação aos atos que ele pratica. Por isso pode-se dizer que o risco, a qualidade e a segurança, estão diretamente relacionados à responsabilidade civil. As ações na saúde estão vinculadas ao exercício profissional pelo cuidar, tratar, examinar e realizar procedimentos minuciosos e invasivos nas pessoas. Por volta de 1990, no Brasil começou-se a discutir esse tema, identificando situações até então ocultas ou subnotificadas de riscos ocorridos com os pacientes. A gestão de riscos (GR) é o conjunto de condições que reduzem ou eliminam os eventos adversos ao mínimo possível. A auditoria de riscos é o método que viabiliza a identificação dos fatores potenciais que ao serem analisados e tratados, contribuem para qualidade, prevenção e a segurança do paciente. Objetivo: apresentar o método de realização do gerenciamento de risco para hospitais, segundo referencial de Mariona. Metodologia: estudo descritivo, analítico, realizado com referencial bibliográfico de Fernando Mariona. A população constou duas obras com mais de 150 páginas, dois capítulos sobre auditoria de risco e três apostilas do autor, publicados na língua espanhola. O material foi levantado em um curso específico sobre GR na área da responsabilidade civil, realizado de novembro 1999 a fevereiro 2000, São Paulo. Em 2004 houve o segundo curso de aprimoramento e reciclagem. O material foi lido, analisado e categorizado conforme as etapas da metodologia de auditoria. Uma proposta de metodologia e análise de risco é apresentada a seguir. Resultados: o programa de GR inclui inicialmente um diagnóstico hospitalar realizado com a auditoria de risco. É agendada a visita do enfermeiro auditor de risco, especialista; junto com o diretor médico técnico ou clínico. Posteriormente, entrevistas com chefes das áreas críticas; UTI, Centro Cirúrgico, Pronto Socorro e a visita in loco. A técnica de avaliação utiliza observação direta, entrevista formal e análise de documentos. O instrumento coleta de dados auditoria é dividido em 5 seções e 15 subseções. O relatório analítico é elaborado partindo dos critérios da tabela “score points”, com identificação e numeração dos fatores potenciais de risco que geram ou possam gerar danos. A auditoria de risco é um novo campo de atuação para o enfermeiro brasileiro inserido na área da administração de saúde e enfermagem. Alguns hospitais já criaram as comissões de risco, mais nenhuma tem este trabalho resolutivo. Conclusão: foi proposto um modelo de GR que inclui o método de auditoria e análise de risco conforme o referencial de Mariona, que deverá ser divulgado e testado para avaliação da viabilidade do método. O programa GR inclui auditoria, formação do comitê, capacitação pessoal e a criação do Manual de Riscos; para o aprimoramento da qualidade, prevenção de eventos adversos, a segurança da comunidade e do hospital. einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 S56 Relatos de Caso/Experiência RC-18 Questão de segurança: elaboração de um manual de orientação ao paciente submetido à cirurgia plástica em uso de dreno de sucção Autor: Kenia Gomes Alcântara Co-autores: Ellen Jorge Oehninger, Márcia Bueno Gouvêa Motta Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: a prática educativa subsidiando o seguimento da assistência de enfermagem, por meio de orientações dos cuidados assistenciais ao paciente, familiares e cuidadores, é uma rotina e tem como finalidade promover a recuperação do paciente e a continuidade do tratamento. Todo contato que o enfermeiro tem com o paciente, deve ser considerado como uma oportunidade de ensino. Desse modo, o uso do dreno de sucção na cirurgia plástica é uma prática comum, pois reduz a incidência de seromas, formação de hematomas e pontos de necrose tecidual, promovendo um melhor resultado cirúrgico. Um dos cuidados a serem orientados inclui a manipulação e o registro adequado do volume e característica do conteúdo drenado por meio do dreno de sucção, permitindo uniformizar o cuidado e fornecendo parâmetros de avaliação ao cirurgião na decisão de suspensão da terapêutica. Neste contexto, uma das preocupações é com aprendizado seguro e eficiente. Objetivo: o objetivo deste trabalho é a criação de um Manual de Orientação aos pacientes submetidos à cirurgia plástica que recebem alta hospitalar com dreno de sucção, visando um cuidado seguro, permitindo acompanhar a evolução e características da drenagem com a finalidade de promover a continuidade do tratamento. Metodologia: este estudo é do tipo relato de experiência, com revisão de literatura em um hospital particular de grande porte localizado no Município de São Paulo. Conclusão: a utilização de um manual com orientações ao paciente, familiar e cuidador, que forneça informações essenciais para a continuidade do tratamento e recuperação segura, por meio de ilustrações e textos explicativos sobre a manipulação do dreno, registro da quantidade e coloração do conteúdo drenado. RC-19 Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: Ribavirina é uma droga antiviral de amplo espectro, aprovado pelo FDA em 1986, indicada para tratamento do vírus sincicial respiratório e parainfluenza, principalmente em pacientes que apresentem: cardiopatia congênita complicada (hipertensão pulmonar, displasia bronco-pulmonar, fibrose cística) e imunossupressão (HIV, transplante de órgãos). A droga é administrada em aerossol, a partir de um gerador de partículas inferior a 05 micras, com fluxo de ar comprimido. Em março de 2007, foi realizada a primeira prescrição médica para um paciente adulto internado nesta instituição. Apesar de mais de duas décadas de aprovação para uso desta droga e dos riscos biológicos nessa via de administração, há restrito material bibliográfico disponível e grande lacuna de respostas por parte do fabricante. Objetivo: desenvolver a descrição institucional do procedimento de administração de Ribavirina inalatória. Método: constituição de um grupo de trabalho interdisciplinar, formado por enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêutico clínico, engenheiro clínico, técnico de engenharia, higiene hospitalar, nutricionista, médicos e equipe de treinamento em saúde; revisão de literatura em base de dados (SCIELO, MEDLINE via PubMed, COCHRANE LIBRARY, BIREME, CINAHL) sobre Ribavirina inalatória; cuidados durante terapia com esta droga e segurança ao paciente, família e ocupacional; visita a outro serviço (hospital da rede pública) e reuniões entre equipe interdisciplinar. Resultados: após um mês de reuniões diárias e pesquisas intensivas, concluiu-se a elaboração da documentação institucional sistematizando a utilização do medicamento, pautada na qualidade e segurança da assistência prestada. Consta nesta documentação: indicações e contra-indicações da droga, fluxo desde o momento da prescrição médica até o término da terapia, responsabilidades e atribuições de cada profissional, passo-a-passo de montagem do sistema, medidas de segurança e orientações a pacientes e acompanhantes. Conclusão: o trabalho em equipe interdisciplinar permitiu a elaboração da descrição do procedimento de Ribavirina inalatória na instituição, pautada em evidências científicas e segurança dos profissionais, pacientes e acompanhantes envolvidos no processo de administração desta droga. RC-20 Descrição do procedimento de administração de Ribavirina inalatória no Hospital Israelita Albert Einstein – hiae – resultado do trabalho em equipe interdisciplinar Desenvolvimento de um instrumento para validação de treinamento de eletrocardiograma (ECG) Autor: Deborah Rozencwajg de Almeida, Thaí Galoppini Félix, Ana Paula Bagdanavicius, Gladys Co-autores: Regiane Pereira dos Santos, Cinthia Scatena Gama Cristina Borges, Milene Vidal da Silva Barbosa, Marina Vaidotas einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 Autor: Aline Pardo de Mello Co-autores: Tânia Ferreira Tavares, Renata Gonçalves de Souza, Milka IV Simpósio Internacional de Enfermagem Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP S57 em determinada atividade e finalmente, se os treinamentos são eficientes. CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: a equipe de saúde que trabalha nas unidades de emergência deve estar sempre treinada e atualizada para realizar os procedimentos de forma rápida, com segurança e qualidade. Cada instituição deve desenvolver tais habilidades na sua equipe. Na tentativa de se organizar, as instituições de saúde baseiam-se em observações cotidianas e em eventos adversos para levantarem os problemas e as melhores soluções de acordo com a realidade local, são guias de condutas, protocolos de atendimento a serem seguidos de forma sistematizada e treinamento de recursos humanos, em busca dos melhores resultados no diagnóstico e tratamento. Objetivo: desenvolver um instrumento para validar o treinamento de realização de ECG pelos técnicos de enfermagem em uma Unidade de Primeiro Atendimento (UPA). Metodologia: estudo realizado na UPA de um hospital terciário da rede privada da cidade de São Paulo. Foi levantada a rotina de realização da técnica de eletrocardiografia descrita na documentação institucional, acrescentada de algumas características do setor como utilização obrigatória de gel condutor, carimbo de 1ª e 2ª via no exame impresso e cópia, e checagem na prescrição médica após a realização do mesmo. Posteriormente, foi levantada entre as enfermeiras do Grupo de Cardiologia do setor a relevância de cada item na realização do exame, seguido da atribuição de conceitos. Resultados: o instrumento constou de 22 itens. Cada item teve sua relevância descrita em crítico e não crítico. Foram considerados erros críticos os que comprometeriam a técnica e, portanto a validade do exame num total de 13 itens; e não críticos os erros que não comprometem a técnica e tampouco a validade do exame num total de 9 itens. Cada item é avaliado separadamente, ao realizar ou não cada passo descrito e de acordo com sua relevância, o profissional recebe uma nota/ conceito. Esta nota/conceito foi dividida em A para os que executarem a técnica com destreza, conhecimento e ausência de qualquer erro, B para os que executarem a técnica com destreza e conhecimento com alguns erros (1 erro crítico e até 2 não críticos) e C quando não houver destreza, pouco conhecimento da técnica e presença de erros (mais de 1 erro crítico e mais de 3 erros não críticos). Conclusão: treinar e conscientizar a equipe de enfermagem sobre sua responsabilidade na realização de procedimentos cotidianos como o ECG e da importância de sua habilidade e conhecimento para realizá-lo garante um atendimento de qualidade, seguro e confiável. Desenvolver instrumentos de validação para avaliar os treinamentos realizados é uma forma de verificar se as necessidades da equipe estão sendo atendidas, quais profissionais precisam de mais atenção RC-21 Prevalência e auditoria de medidas preventivas de ulcera por pressão (up) em um hospital do Município de São Paulo Autor: Selma Tavares Co-autores: Andréia Veiga, Carla Paixão, Simone Mayer, Maria Luiza Costa Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: define-se UP como área de dano que afeta pele e tecido subjacente resultante da combinação de pressão prolongada ou persistente, cisalhamento e fricção. A incidência de UP, segundo literatura, revela índices de 3,2 a 66%. Em nosso serviço, este índice de janeiro a outubro de 2006 foi de 3,5 % pela notificação do enfermeiro na alta do paciente. Julgamos necessária a verificação das intervenções de enfermagem como oportunidade de melhoria. Objetivos: identificar prevalência de UP e descrever resultados da auditoria das medidas preventivas. Metodologia: estudo transversal em hospital de 510 leitos de alta complexidade na cidade de São Paulo. A auditoria foi dividida: aplicação da escala Norton nos pacientes internados, dias 27 e 28 de setembro, para detecção do risco e presença de UP; verificação de prescrição de enfermagem das medidas de prevenção do protocolo institucional e observação direta da implementação das medidas prescritas. Resultados: dos 319 pacientes avaliados pela escala Norton: 203 (63,3%) apresentavam risco UP, 33% com baixo risco, 32% moderado e 35% alto. A prevalência de pacientes com UP foi 27% (55/203) e incidência de 23% (46/203). Pacientes internados para tratamento clínico, 65,5% apresenta maior risco comparado aos cirúrgicos (35%). Unidades com maior prevalência: UTI, Semi-intensiva, Coronariana e Neurologia. Acompanhado 85% (172/203) dos pacientes com medidas prescritas e encontrou-se: proteção de proeminência óssea, 15%; massagem de conforto, 52%; aplicação de hidratante, 49%; colchão de espuma, 64%; mudança de decúbito, 35%; exercícios passivos, 3%. Detectou-se a presença de medida prescrita X implementação em pacientes de alto risco, respectivamente: mudança de decúbito (59% X 16%); protetor de calcâneo (26% X 64%); colchão caixa de ovo (83% X 94%). Conclusão: houve divulgação e discussão com cada área envolvida e revisão do protocolo institucional. Decidiu-se realizar auditoria anualmente e vigilância ativa nas unidades de maior prevalência de UP. einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 S58 Relatos de Caso/Experiência RC-22 Orientação pré transplante renal como pré requisito para primeira consulta no ambulatório de transplante de um hospital privado, na cidade de São Paulo Autor: Eva Aparecida Yamada Yonezawa Co-autores: Álvaro Pacheco e Silva Filho, Cleonice Aparecida Fiorito, Christiane Karam, Rosana Aparecida Cardoso, Maria Teresa Aparecida Silva Odierna. Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Unidade Vila Mariana Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP CEP 04020-00 – Tel.: (11) 5089-0265 Introdução: os pacientes candidatos ao transplante renal apresentavam dúvidas freqüentes em relação ao tratamento pré-transplante. Houve um consenso na equipe, da necessidade de participação no grupo de orientação interdisciplinar antes da primeira consulta médica. Objetivo: fornecer informações relevantes sobre o período de acompanhamento prétransplante, internação para a cirurgia e acompanhamento ambulatorial pós-transplante. Metodologia: os grupos são realizados com agendamento prévio, na presença de uma equipe multidisciplinar, composta por assistente social, enfermeiro, médico, nutricionista e psicólogo. É desejável que tenha um acompanhante. No encontro são fornecidas orientações em relação ao programa de transplante, à Instituição, fila do transplante, internação, cirurgias, cuidados, complicações, medicações, dieta, atividade física, etc. A duração do encontro é de aproximadamente 2 horas, com grupo de no máximo 20 pacientes e seus acompanhantes. Ao final do encontro é entregue o manual de orientações e um formulário para verificação da satisfação dos participantes em relação ao local, duração, conhecimento do assunto por parte dos instrutores, além dos dados demográficos. Resultados: iniciamos a orientação interdisciplinar antes da primeira consulta médica, em novembro de 2006, sendo que até abril de 2007, passaram pelo grupo de orientação, 161 receptores e 150 potenciais doadores e acompanhantes. Conclusão: o retorno positivo por parte da equipe médica, trazendo benefícios para todos os envolvidos, estimula e motiva a equipe interdisciplinar pela manutenção dos encontros com os pacientes como pré-requisito da consulta médica. Marins, Flavia Giron Camerini, Valéria Zadra de Mattos, Viviany Rocha de Souza. Instituição: Hospital Pró Cardíaco Endereço: R. General Polidoro, 192 – Botafogo – Rio De Janeiro/ RJ CEP 22280-02 – Tel.: (21) 2528-1528 Introdução: trata-se de um relato de caso de um paciente com diagnóstico de Flutter Atrial com indicação para Cardioversão Elétrica (CVE). O estudo se justifica no aprimoramento, ampliação e atualização de conteúdos, buscando otimizar o tratamento proposto à clientela, além de promover segurança no ambiente hospitalar. Objetivo: descrever os determinantes das ações de enfermagem durante a CVE traçando diagnósticos e condutas. Material e método: estudo realizado durante o programa de iniciação profissional, intitulado como Programa Trainee do Hospital Pró-Cardíaco, em um paciente admitido na Unidade Coronariana do referido hospital, com diagnóstico de Flutter Atrial. A pesquisa teve como fonte de consulta o prontuário e bibliografia específica. Foram destacados doze diagnósticos de enfermagem baseados na taxonomia II de diagnóstico de enfermagem da NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) e suas justificativas, sendo eles: ansiedade préprocedimento, risco de aspiração, risco de lesão durante procedimento por posicionamento, risco de desequilíbrio do volume de líquidos, risco de lesão tissular, risco para tromboembolias; durante o procedimento-dor aguda, padrão respiratório ineficaz; risco de acidente de trabalho; risco para débito cardíaco diminuído; troca de gases pós-procedimento prejudicada, risco para débito cardíaco diminuído. A assistência de enfermagem descrita foi justificada de acordo com evidências científicas. Conclusão: frente à atuação do enfermeiro às arritmias cardíacas, faz-se necessária, para a assistência eficaz, a observação de três princípios: a prevenção, o preparo profissional e a avaliação do desempenho. Portanto, pode-se perceber que o enfermeiro tem papel fundamental no atendimento desse cliente, orientando e esclarecendo os procedimentos realizados, reconhecendo precocemente as arritmias e atuando de forma ágil e concisa, a partir de um conhecimento pré-determinado e atualizado. RC-24 O impacto do acompanhamento de úlceras diabéticas em ambulatório de transplante de órgãos sólidos Autor: Eva Aparecida Yamada Yonezawa Co-autores: Priscila Borelli Pereira Leite, Conceição A. Felix Inácio, RC-23 Maria Teresa Aparecida Odierna, Thais D. Bacoccina Motta, Erika A teoria aliada à prática na cardioversão elétrica eletiva Bevilaqua Rangel. Autor: Flavia Giron Camerini Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP Co-autores: Francimar Tinoco de Oliveira, Ana Lúcia Cascardo CEP 04020-00 – Tel.: (11) 5089-0265 einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Unidade Vila Mariana IV Simpósio Internacional de Enfermagem Introdução: A ulceração de pé é uma complicação do Diabete Mellitus (DM). Calcula-se que milhões são gastos no mundo em tratamento, e essa enfermidade é responsável por parcela significativa das internações. Objetivo: relatar experiência pelos autores com pacientes transplantados de pâncreas-rim, em tratamento ambulatorial de feridas crônicas, ocasionadas pela insuficiência vascular e neuropatia diabética. Metodologia: estudo de relato de caso. A população em questão são 5 pacientes em tratamento ambulatorial por ulceração de pé diabético pós transplante de pâncreas-rim. Foi realizado levantamento de dados nos registros em evolução médica e de enfermagem, além de experiência pessoal dos autores com o cuidado direto ao paciente. Resultados: o ambulatório atende pacientes em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), desde janeiro de 2002. Os pacientes estudados, tem em média 30,6 anos, com tempo de DM=14,8 anos, 3 dos pacientes com amaurose bilateral, tempo de transplante variando de 11 meses a 2a10m, todos com imunossupressão de tacrolimo, micofenolato e prednisona, em geral em tratamento de feridas de hallux, artelhos, região dorsal e plantar. O aspecto das lesões inicialmente era de purulentas, com tecido necrótico, bolhosas, com esfacelos em abundância. Durante o período tratado, os pacientes eram submetidos à avaliação criteriosa da equipe de enfermagem, juntamente com a equipe médica, identificando o melhor tratamento a ser utilizado nos curativos. Muitos produtos padronizados e fornecidos pela Instituição foram utilizados para o tratamento dos pacientes como: hidrogel, hidrocolóide pasta, alginato de cálcio e sódio, carvão ativado, gaze impregnada com iodo ou petrolatum. Conclusão: esse estudo tem como objetivo enfatizar a necessidade de uma equipe interdisciplinar treinada para o acompanhamento de feridas crônicas. Um bom acompanhamento dos pacientes resulta em diminuição significativa de internações e amputações que geram aos cofres públicos gastos que poderiam ser evitados. RC-25 A importância da consulta de enfermagem na elaboração do plano de cuidados de pacientes acompanhados em um ambulatório de transplantes de órgãos sólidos em um hospital privado na cidade de São Paulo Autor: Thais D. Bacoccina Motta Co-autores: Eva Aparecida Yamada Yonezawa, Conceição A. Felix Inácio, Priscila Borelli Pereira Leite, Maria Teresa Aparecida da Silva Odierna, Miriam Ykeda Ribeiro Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Unidade Vila Mariana Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP CEP 04020-00 – Tel.: (11) 5089-0384 S59 Introdução: a consulta de enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro (Silva, 1998). O acompanhamento ambulatorial dos pacientes apresenta características particulares que, bem estruturado, revela resultados positivos. Essa prática diária do ambulatório de transplantes é um dos grandes objetivos e desafios da equipe. Objetivo: identificar qual a importância da consulta de enfermagem na elaboração do plano de cuidados de pacientes do programa de transplantes. Método: o ambulatório funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 19h, com 3 enfermeiros, 7 técnicos de enfermagem, 2 técnicos de Raio X, além de médicos, nutricionista, psicóloga, fisioterapeuta e assistente social em alguns períodos do dia. Atende exclusivamente pacientes do programa de transplantes de órgãos sólidos da instituição, em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS). Realiza mensalmente 1.000 coletas de exames laboratoriais, 1.100 consultas multiprofissionais, 10 procedimentos invasivos como Paracentese de Líquido Ascítico (PLA), 40 biópsias de fígado, rim e pâncreas, guiadas por ultrassonografia, 90 exames de raio X, incluindo colangiografia pelo dreno de Kher e 150 exames de ultrassonografia simples ou com doppler. As consultas de enfermagem atualmente atingem todos os pacientes no momento da inscrição na lista de espera para o transplante e no primeiro retorno ao ambulatório após a cirurgia. Até 20 de maio de 2007 temos 1.012 transplantes de órgãos realizados na instituição, pelo SUS e aproximadamente 1.200 pacientes em lista de espera, considerando os diversos órgãos sólidos. Estudamos pacientes ambulatoriais, participantes do programa de transplantes de órgãos sólidos, entre as datas de janeiro de 2005 até abril de 2007, independente de sexo e idade. Os registros são realizados no sistema de informatização e armazenamento de dados (Medtrack), consultas, avaliação inicial, plano educacional e evoluções. Resultados: com a unificação da área física, pudemos readequar o quadro de enfermeiros do ambulatório e atualmente realizamos consulta de enfermagem para 100% dos pacientes do programa de transplantes no momento da inscrição na lista de espera para o transplante e no primeiro retorno ambulatorial após a cirurgia do transplante. Conclusão: através desse estudo, verificamos que foi alcançada uma meta importante de consultas de enfermagem. Identificamos através dos dados, quais orientações são relevantes ao processo de cuidado e quais as dúvidas mais freqüentes. São elas: horário das medicações, dose, interação com alimentos, aderência aos medicamentos, cuidados com ferida operatória, cuidados com drenos e sondas, retorno às atividades diárias, entre outros. A partir destes conhecimentos adquiridos nas consultas de enfermagem, a equipe passou a trabalhar melhora cada paciente, individualizando a assistência e buscando no dia a dia adequar o serviço prestado pela equipe de enfermagem as expectativas do paciente e da instituição. einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 S60 Relatos de Caso/Experiência RC-26 Inovação no treinamento de profissionais da saúde Autor: Cristina Mizoi Co-autores: Adriana Martins da Silva, Carla Navarro B. Feijoó, Caroline D. C. Telles, Euma F. de Souza, Fabio Luis Camargo Dias, Lélia G. R. Martin, Lissandra Borba da Cunha, Regina Mayumi Utiyama, Sandra Cristina P. L. Shiramizo Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 O relatório do Instituto de Medicina dos Estados Unidos, Errar é humano, de 1999, mostrou dados alarmantes sobre a segurança do paciente. Considerando 33,6 milhões de admissões, de 44.000 a 98.000 pacientes morreram por erro assistencial em um ano nos Estados Unidos. O relatório faz diversas recomendações que incluem o treinamento de profissionais da saúde. Esses dados nos fazem refletir se estamos direcionando e investindo esforços e recursos para entender sobre a educação e o treinamento do profissional da saúde, garantindo o aprendizado e a adesão àquele conhecimento adquirido. Esse relato de experiência mostra a inovação de uma instituição privada, de grande porte, sem fins lucrativos, que por meio do seu Instituto de Ensino e Pesquisa, centralizou as ações de treinamento e de desenvolvimento de competências na área Treinamento em Saúde (TRSA). O TRSA é composto por uma equipe multiprofissional (enfermeiro, médico, biomédico, fisioterapeuta, psicólogo e administrador) e tem como público alvo 5.900 funcionários (contratados, terceirizados e cooperados) e público externo. Tem como objetivo atuar no aprendizado de novas práticas, no aperfeiçoamento ou desenvolvimento de competências relacionadas ao comportamento/ atitude e na atualização técnica-científica. Tem como premissa a aplicação de estratégias educacionais que apresentam resultados para a mudança da prática profissional, evidenciado pela literatura como aqueles que são interativos e participativos. Para tal, além das estratégias educacionais convencionais (teóricas e presenciais), o TRSA tem como princípio a aplicação de estratégias avançadas de treinamento, utilizando recursos como a educação virtual: e-learning, aulas multimídias (n=18), o Centro de Experimentação e Treinamento em Cirurgia Animal (cirurgia de videotoracoscopia, bariátrica, transplante de fígado, cirurgia vascular e PICC) e o Centro de Simulação Realística (CSR). O CSR, por meio de cenários clínicos, replica experiências da vida real utilizando simuladores robôs, manequins e atores, em instalações que criam um ambiente semelhante a um hospital virtual. O TRSA gerencia as informações por meio do Portal Treinamento e Educação e dos indicadores qualitativos e quantitativos de treinamento, einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 dentre estes, as horas homem treinamento (2005 = 110.000 h/h/t e 2006 = 91.000 h/h/t). RC-27 Otimização da terapia nutricional enteral em hospital de ensino: diagnóstico situacional e proposta de implementação de educação permanente Autor: Marilda Gonçalves Fonseca Veiga Co-autores: Ana Carolina Porto de Almeida, Geisa Colebrusco de Souza, Marina de Sousa Marques da Silva, Silvana da Silva Cardoso, Silvia Maria Albertini Instituição: Hospital de Base Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 5.544 – São Pedro – São José do Rio Preto/ SP CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5000 A Terapia Nutricional Enteral (TNE) refere-se a um conjunto de procedimentos que visam reconstituir ou manter o estado nutricional do indivíduo, sendo indicado a pacientes desnutridos ou em risco nutricional. Existem padrões e procedimentos, como exigidos pela Resolução RDC 63 de 06/07/2000, que determinam o uso de TNE de forma única, com supervisão da equipe multiprofissional e participação do enfermeiro. Este trabalho teve como objetivos avaliar o conhecimento e prática da equipe de enfermagem quanto aos cuidados e administração da Nutrição Enteral (NE); realizar o diagnóstico situacional e elaborar um plano de implementação de educação permanente da equipe de enfermagem envolvida na TNE. Foi aplicado à equipe de enfermagem um questionário, composto por questões abertas e fechadas, baseado nas exigências da legislação (RDC 63). Após a análise dos resultados e elaboração do diagnóstico situacional, foi realizado um plano de intervenção e educação permanente. Os resultados mostraram que o processo de administração da NE atende, de forma geral, às recomendações das Boas Práticas de Administração da NE (BPANE). Entretanto, a maioria dos entrevistados desconhecia os procedimentos operacionais padronizados exigidos pela legislação à equipe de enfermagem sobre o recebimento, administração e conservação da NE. Na administração, 37% dos entrevistados realizam o teste de verificação de posicionamento da sonda. Na vigência de anormalidades no recebimento e administração da NE, 46% suspendem a administração, comunicando ou não o enfermeiro responsável; 95,8% relataram que a NE é condicionada em geladeira exclusiva e que esta está protegida das fontes geradoras de calor. Quanto à exclusividade da via de acesso, 54% responderam que não é exclusiva, sendo utilizada para administração de medicações. Torna-se necessária a implementação de educação permanente à equipe de enfermagem envolvida no processo de administração da NE, visando a melhora do atendimento e estado nutricional dos clientes submetidos à TNE. IV Simpósio Internacional de Enfermagem RC-28 Eficiência da equipe assistencial em unidade diagnóstica Autor: Mariana Russo Francescon Co-autores: Aline Luciana Arvani, Fabiane Ramos Bezerra, Jamile Aguiar Ismail, Lourdes Aparecida Sangiuliano Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Unidade Brasil Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP CEP 01431-00 – Tel.: (11) 3065-2362/ 3065-2399 Introdução: na Unidade Einstein Jardins da SBIBAE de janeiro de 2002 a novembro de 2006, houve um evento de PCR em 966.864 atendimentos. Objetivo: descrever um caso de parada cardíaca em unidade diagnóstica e analisar a eficiência do atendimento da equipe de enfermagem. Relato do caso: cliente do sexo masculino, 59 anos, submetido à ergometria após avaliações médica e de enfermagem, sem contra-indicações para o exame, segundo a diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia em Ergometria. Utilizado protocolo Ellestad, primeira etapa sem intercorrências, no início do segundo estágio, sem ter ocorrido arritmias prévias, o cliente apresentou taquicardia ventricular que rapidamente evoluiu para fibrilação ventricular. A equipe assistencial iniciou imediatamente as manobras de reanimação, incluindo desfibrilação com um choque de 200 J, com retorno dos batimentos cardíacos espontâneos em 4 minutos pós evento. O cliente aguardou a transferência para o ambiente hospitalar consciente, em ritmo sinusal e hemodinamicamente estável. Material e Método: foi aplicado o método descritivo observacional. Resultados: a sistematização da assistência favoreceu o restabelecimento do cliente, em uma situação que não é realidade do serviço. As manobras de ressuscitação foram adotadas dentro dos princípios recomendados pela American Heart Association, considerando que a equipe assistencial tem treinamento em BLS e ACLS, o que favoreceu o sucesso no atendimento. O treinamento da equipe para atuação padronizada mostrou-se eficaz e necessário para assegurar a assistência ao cliente. Conclusão: o sucesso do atendimento prestado garantiu ao cliente a sobrevida. Essa situação só foi obtida devido a rápida atuação da equipe de emergência da unidade que se encontrava treinada através de cursos especializados e setoriais para atendimento de intercorrências. RC-29 Estratégias de treinamento utilizadas por profissionais de enfermagem em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) S61 Shiramizo, Marina Vaidotas, Nilceia Oliveira Rocha Freitas, Dirley Glizt Sant’ Ana Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: o objetivo da educação e do treinamento é assegurar o melhor desempenho dos profissionais frente à seus pacientes. Desafio ainda maior em uma UPA, onde a demanda é espontânea e os pacientes críticos exigem decisão rápida e assertiva. Objetivo: descrever algumas estratégias de treinamento utilizadas pela equipe de enfermagem em uma UPA. Metodologia: relato de experiência, o estudo foi desenvolvido em UPA de um hospital privado de grande porte da cidade de São Paulo com média de atendimentos de 8000 pacientes/ mês. A equipe é composta 35 enfermeiros e 69 técnicos de enfermagem. Discussão: as necessidades de treinamento são identificadas através da avaliação de conhecimento anual, conhecimentos mínimos e específicos requeridos para atuação na área, notificação de eventos adversos, novas tecnologias e solicitações espontâneas da equipe. São estratégias de treinamento: projeto lembrete, que aborda informações já conhecidas de forma objetiva e com fácil acesso por um determinado tempo; aulas expositivas que podem fazer parte do planejamento anual de treinamento ou surgir com novas demandas; treinamento teórico prático, utilizado para as questões mais críticas como o atendimento de urgências e emergências, portanto obrigatório e anual; discussões clínicas utilizadas com o objetivo principal de desenvolver o raciocínio clínico do enfermeiro júnior, e são realizadas semanalmente com a equipe multidisciplinar; atividades práticas supervisionadas realizadas principalmente na admissão quando há necessidade de acompanhar procedimentos da assistência direta ao paciente, que é uma estratégia com excelente resultado, pois permite uma interação entre os profissionais além de ter um baixo custo. Considerações finais: as estratégias devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de cada serviço, a fim de garantir que a atuação do profissional de enfermagem seja de qualidade e segura, desenvolvendo os enfermeiros e técnicos de enfermagem no processo de aprendizagem. RC-30 Conhecimento de um grupo de pacientes sobre medicamentos genéricos por eles utilizados Autor: Antonio Carlos da Silva Co-autores: Paulo Celso Prado Telles Filho, Luciana Regina Ferreira da Mata, José Fernando Petrilli Fillho Autor: Tânia Ferreira Tavares Instituição: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Co-autores: Renata Donato Janeri, Milka de Almeida, Ângela Endereço: R. da Glória, S/n – Centro – Diamantina/ MG Cristina da Silva, Yara Kimiko Sakô, Sandra Cristina P. L. CEP 39100-00 – Tel.: (38) 3531-1811 einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 S62 Relatos de Caso/Experiência Os medicamentos genéricos foram implantados com o intuito de aumentar o acesso da população aos medicamentos, uma vez que são mais acessíveis financeiramente. Sua fabricação não necessita de altos investimentos em pesquisas, pois são utilizados os medicamentos de referência como parâmetro, deste modo, não há gastos com propagandas, já que não existe marca a ser divulgada. O objetivo deste estudo foi analisar o conhecimento de um grupo de pacientes de uma Santa Casa do interior do Estado de Minas Gerais acerca dos medicamentos genéricos por eles utilizados. Foram entrevistados, em domicílio, 25 pacientes que obtiveram alta hospitalar da Clinica Médica no mês de outubro de 2006. O estudo foi submetido à análise da Direção Clínica da Instituição Hospitalar em que o mesmo foi realizado e iniciado após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Cada participante assinou o Termo de consentimento livre e esclarecido para participação em pesquisa, sendo esclarecido que poderiam se recusar a participar, bem como se excluírem quando e se julgassem necessário. Foi também garantido o direito do anonimato. As entrevistas foram realizadas no período de 18 de novembro de 2006 a 03 de janeiro de 2007, através de um questionário que versou sobre nome, dose, freqüência, horário, efeito esperado e efeito colateral, dentre outros. Destacou-se que 5 (20%) desconhecem o nome do medicamento que utilizam, 7 (28%) desconhecem a dose, 4 (16%) desconhecem a freqüência, l6 (24%) desconhecem o efeito esperado, 21 (84%) desconhecem o efeito colateral e 14 (56%) não sabem o que é medicamento genérico. A partir dos dados analisados neste estudo, detectou-se um importante déficit de conhecimento de pacientes acerca dos medicamentos genéricos por eles utilizados, principalmente no que se refere aos efeitos colaterais, efeitos esperados, bem como o próprio nome do medicamento, sendo necessárias amplas ações educativas por parte do enfermeiro. Em um estudo realizado em 10 ILPI no Reino Unido, cerca de 25% de residentes idosos institucionalizados desenvolveram UP num período de 6 meses. Objetivo: descrever a incidência de úlcera por pressão em residentes de uma ILPI, de acordo com o grau de dependência para atividade de vida diária. Pacientes e Métodos: foram avaliados residentes dependentes (n= 28) e semi-dependentes (n= 60), classificados de acordo com as atividades de vida diária, em uma instituição de longa permanência para idosos. Os dados foram obtidos pelo enfermeiro assistencial através de notificação mensal dos casos de úlcera por pressão e notificados ao enfermeiro epidemiologista. A coleta de dados foi realizada no período entre janeiro e maio de 2007. Resultados: a incidência média de UP no período do estudo foi 3,4 %, quando utilizamos como denominador todos os idosos da população. Na análise por grau de dependência, encontramos nos dependentes totais uma incidência média de 6,9% e nos semi-dependentes, 2,3%. De um total de 17 UP, observamos 7 ocorrências (39%) em residentes semidependentes, enquanto 10 (61%) se deram em residentes dependentes totais. O número de residentes acometidos por UP foi 14, sendo 8 (57%) dependentes totais e 6 (43%) semi dependentes. Conclusões: nossos achados mostram uma menor incidência de UP nesta ILPI, quando comparada aos dados da literatura. Além disso, constatamos uma maior incidência de UP em residentes dependentes, quando comparados aos semi-dependentes (RR=1,33). RC-32 Tratamento de úlcera por pressão com hipergranulação em paciente submetido ao transplante hepático Autor: Maria Emilia Gaspar Ferreira del Cistia Co-autores: Thaís Cristiane de Santana Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) RC-31 Incidência de Úlcera por Pressão (up) em residentes dependentes e semi-dependentes em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) Autor: Vanessa Maria da Silva Poli Correa Instituição: Residencial Israelita Albert Einstein Endereço: R. Coronel Lisboa, 139 – Vila Mariana – São Paulo/ SP CEP 04020-04 – Tel.: (11) 5089-0842 Introdução: úlceras de pressão são consideradas um importante problema na prática assistencial em ILPI, sendo comumente empregadas como indicador de qualidade dos serviços de saúde. Diversos estudos em idosos institucionalizados têm demonstrado taxas de incidência variáveis. einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200 Introdução: úlcera por pressão no transplantado, apresenta fatores que dificultam a reparação tecidual. Hipergranulação são lesões que representam tipos distintos de crescimento tecidual (ultrapassam os planos da pele), prejudicam a reparação e comprometem a estética da cicatriz. Objetivo: relatar a assistência de enfermagem especializada ao paciente transplantado portador de úlcera por pressão com hipergranulação. Metodologia: relato de caso. Resultado: paciente de 40 anos, sexo masculino, inscrito na fila do transplante hepático devido à hepatopatia severa, com MELD de 52, por hepatite B e C. Evoluiu com insuficiência renal aguda, foi submetido à hemodiálise e evoluiu com insuficiência respiratória aguda. Desenvolveu úlceras por pressão as quais foram tratadas com IV Simpósio Internacional de Enfermagem diversas coberturas sem sucesso. Submetido ao transplante hepático, após dois meses, teve piora das úlceras: infecção e hipergranulação. A equipe médica solicitou avaliação de enfermeiro especialista em curativos. Definimos a terapêutica na úlcera do calcâneo esquerdo (estágio II e hipergranulação): tela de silicone associado ao AGEI para realinhamento das fibras de colágeno reepitelização. Na úlcera do calcâneo direito (estágio IV com cavidade profunda, pouco exsudato e colonização bacteriana): espuma com prata nanocristalina. Na sacral, (estagio IV, com cavidade profunda, tecido desvitaliza- S63 do, alta exsudação com hipergranulação): compressa de NaCl 20% na cavidade – ação antibacteriana e de absorção do exsudato e tela de silicone associado ao AGEI para realinhamento das fibras de colágeno e estímulo da reepitalização tecidual. Resultados: a realização da terapêutica indicada e a avaliação sistemática das feridas contribuíram para cicatrização, regressão da hipergranulação, melhora da área perilesional e conforto do paciente que readquiriu a mobilidade. Conclusão: a escolha dos produtos utilizados em cada fase da ferida foi essencial para o sucesso do tratamento. einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63 Trabalhos de Inovação I-1 Instrumento de identificação na prevenção de erros de medicações anestésicas Autor: Cristiane P. Fragoso Reis Co-autores: Camila Moreira Paladino, Paula Refinetti Camerini Ongaro Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2519 Introdução: o erro de medicação caracteriza-se, segundo definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), como qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado de medicamento, podendo estar relacionado à prática profissional, produtos usados na área da Saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo-se prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de medicamentos. Como profissionais de saúde atuantes no Bloco Operatório, onde as atividades são desenvolvidas em ambiente estressor devido à gravidade dos pacientes e à complexidade do ato anestésico e cirúrgico, sabemos da real necessidade de vigilância contínua, evitando assim o aumento do índice dos eventos adversos relacionados principalmente à administração errônea de medicação na prática anestésica. Estudo realizado pelo Canadian Anesthesiologists Society mostrou que 85% dos anestesiologistas já tiveram alguma experiência com a troca na administração de drogas, 98% com conseqüências mínimas, porém com relato de quatro óbitos. Em abril de 2004, criou-se no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) um grupo de erros de medicação, como parte do Departamento de Gerenciamento e Vigilância de Risco, para assegurar a melhoria da qualidade e segurança do paciente, incentivando e conscientizando a equipe assistencial a notificar o erro de medicação como evento adverso grave. A cartela adesiva de identificação das seringas é uma iniciativa relevante para minimizar os erros de medicação passíveis de ocorrer dentro do Bloco Cirúrgico. Objetivos: aprimorar o processo de identificação das seringas de medicação durante o procedimento anestésico, visando à segurança do paciente, einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69 da equipe anestésica e de enfermagem; facilitar o acesso ao instrumento de identificação; atualizar e otimizar o uso das etiquetas de identificação dos medicamentos por meio das Normas de Padronização para Drogas NBR 14490, da ABNT, e Resolução RDC/ANVISA n° 9, de 2 de janeiro de 2001; evitar acidentes por troca de medicação. Metodologia: após a revisão de literatura, apresentamos o levantamento sobre as drogas mais utilizadas na anestesia, realizado com as lideranças das equipes de anestesia mais atuantes no Bloco Cirúrgico do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). A partir desta abordagem, foi disponibilizado um instrumento de identificação na forma de cartela adesiva (anexos – figura 1), contendo os nomes das medicações nas cores padronizadas conforme as normas da ABNT e ANVISA citadas anteriormente. A cartela possui 10 linhas, com 2 colunas em cada linha, totalizando 20 etiquetas. Cada etiqueta é adesiva, o que facilita sua colocação nas seringas que contêm as medicações. A cartela possui 10 cm de altura por 8 cm de largura. Das 20 etiquetas, 7 tiveram propositadamente deixadas sem referência o campo do nome da comercialização, mas tiveram mantidas as cores padronizadas, dando liberdade ao anestesista para utilizar outras drogas com a mesma classificação farmacológica de alguns medicamentos apontados. Adicionalmente, foram deixados quatro campos de cor branca que, caso venham a ser utilizados, deverão ser preenchidos com o nome do medicamento. A cartela adesiva de identificação das drogas acompanha a caixa de psicotrópicos retirada na farmácia pelo anestesista. Resultados: cabe inicialmente uma breve descrição do processo anterior, de difícil acompanhamento e manutenção. O carro de medicação de anestesia, além dos itens que o compunham, tinha cerca de 20 rolos identificados individualmente com os nomes das medicações, sendo que cada rolo continha apenas a identificação de um medicamento. A grande quantidade de rolos individuais demandava uma checagem constante pela enfermagem para a reposição dos 24 carros de medicações existentes no setor, assim como gerava desperdício devido à grande quantidade de adesivos num rolo, levando à ausência de aderência destes na seringa, resultando num instrumento não muito confiável e seguro para ser utilizado na prevenção de erros de medicações. Conclusão: o desenvolvimento da cartela de identificação de drogas foi um passo relevante no aprimoramento da preven- IV Simpósio Internacional de Enfermagem ção de eventos adversos relacionados aos erros de medicação passíveis de ocorrer durante a anestesia. Sistematizou o processo, ao induzir os envolvidos à utilização de um instrumento acessível, e propiciou de forma natural o foco na segurança necessária no contato diário com o paciente, o que representa a melhoria da qualidade da assistência prestada. A cartela de identificação de drogas deve servir de estímulo para o desenvolvimento de novas ferramentas que ampliem a disseminação de uma cultura de segurança nas instituições hospitalares, onde o cuidar jamais pode estar dissociado do prevenir. I-2 E-learning: estratégia educacional para profissionais da saúde Autor: Cristina Mizoi Co-autores: Adriana Martins da Silva, Euma F. Souza, Lélia G. R. Martin, Lissandra Borba da Cunha, Regina Mayumi Utiyama, Rosana L. Correa, Sandra Oyafuso, Sandra Cristina P. L. Shiramizo Instituição: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0607 Introdução: o treinamento no ambiente hospitalar tem por finalidade aprimorar as competências e habilidades do profissional de saúde, seja no momento da admissão na instituição, na revisão do conhecimento, no desenvolvimento contínuo e nas novas práticas. Atualmente, com a expansão do conhecimento e o rápido acesso à informação, é imperiosa a busca por novas estratégias de treinamento no ambiente hospitalar, dentre elas o uso da ferramenta e-learning para auxiliar na transmissão das informações de forma padronizada e que atenda às necessidades institucionais. O e-learning (e = eletrônico; learning = aprendizagem) é uma metodologia de ensino à distância que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos tecnológicos e de multimídia, veiculado através da internet. O tempo de duração do e-learning pode variar de 15 minutos a várias horas, e no rapid e-learning o tempo pode variar de 5 a 15 minutos. O rapid e-learning tem como objetivo atender às necessidades da dinâmica dos profissionais que estão à beira-leito. Os provedores de treinamentos na área da Saúde têm utilizado cada vez mais essa estratégia em decorrência das vantagens oferecidas, como: possibilidade de rápida atualização dos conteúdos, customização dos conteúdos transmitidos, facilidade de acesso e flexibilidade de horários, ritmo de treinamento definido pelo próprio aluno, disponibilidade permanente dos conteúdos do treinamento, redução do tempo necessário para o aprendizado, possibilidade de treinar um grande número de pessoas ao mesmo tempo e, ainda, controle de acesso e emissão de relatório. Metodologia: trata-se de um relato que envolve o uso de recursos tecnológicos como estratégia para treinamento, utilizando o e-learning auto-ins- S65 trucional. Tem como objetivo mostrar a construção destes recursos mediados pelo uso do computador. A metodologia de desenvolvimento do e-learning baseou-se nas seguintes fases: 1) análise da relevância do tema de treinamento, que deve ser justificada por meio de dados, como, por exemplo, indicadores; 2) avaliação, pelos profissionais da área de treinamento, acerca da pertinência e aplicabilidade do e-learning como estratégia educacional para o tema. Neste momento avalia-se também o número de profissionais que serão considerados como públicoalvo, o quanto o tema não sofrerá atualizações em um curto período de tempo e o conteúdo propriamente dito; 3) planejamento e construção do conteúdo em conjunto com as áreas afins; 4) elaboração do storyboard e formatação do e-learning, com auxílio de designers e instructional designers, utilizando a ferramenta Breeze®, da Adobe. Nesta construção é definida a utilização dos recursos audiovisuais, como filmes, diálogos interativos, locução, imagens. Os recursos didáticos também devem ser considerados, como a inserção de teste de conhecimento, avaliação de satisfação do curso e tempo de acesso; 5) testes e melhorias; 6) implementação, com definição do período que deverá ser acessado; e 7) monitoração do treinamento por meio de relatórios obtidos da plataforma gerenciadora do Breeze®, realizada por meio de login individualizado. O planejamento de um curso on-line precisa ir além da importação de conteúdos por meio de uma ferramenta de autoria, é um processo que envolve técnicas jornalísticas, não só pela qualidade das imagens e vídeos como também pela entonação da voz do locutor. Resultados: no período de julho de 2005 até os dias de hoje foram desenvolvidas 18 iniciativas em e-learning, como preparo de antibiótico em sistema fechado (592), ferramenta da qualidade PDCA (310), apresentação da fechadura eletrônica do carro de emergência (853), uso do gel alcoólico (1224), rotavirus (294), eventos adversos graves (195), segurança do recém-nascido (134), protocolo de sepse (40), strepto B (104), avaliação de conhecimento em anestesia (20), entre outros. O público-alvo destes treinamentos foram as equipes assistenciais, a equipe médica e as equipes das áreas de apoio e administrativas. Utilizamos alguns recursos inovadores como imagem em 3D e interatividade no treinamento de equipamentos. Os treinamentos classificados como rapid e-learning têm mostrado bons resultados, facilitados pelo acesso rápido, pela relevância do tema e pela abrangência do público-alvo em um curto período de tempo. Discussão e Conclusões: o uso da estratégia educacional em e-learning tem crescido em nossa instituição. O conteúdo produzido tem um valor agregado que considera o conhecimento, o recurso tecnológico, a otimização de recursos humanos, a estratégia e o conteúdo direcionado. Ademais, é possível o uso desta ferramenta sem o deslocamento físico do treinando para outra área, aprendendo e aplicando o conhecimento in loco. Sabe-se que a implementação de novas estratégias de treinamento gera dificuldades, tornando-se imperativo dispor de métodos que possam avaliar sua eficácia. einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69 S66 Trabalhos de Inovação I-3 Centro de reabilitação: novos olhares para a monitoria técnica de enfermagem Autor: Patricia Agostini Colaboradores: Renata J. S. Negrão, Cristiane Isabela de Almeida Instituição Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Centro de Reabilitação Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3733-3525 Introdução: em um Centro de Reabilitação (CR) privado que atende 700 pacientes entre adultos e crianças, provenientes de seus domicílios ou internados, foi identificada em reuniões interdisciplinares a necessidade de otimização de processos administrativo-assistenciais nas áreas atuantes, optando-se pela realização de um projeto de monitoria para ser desenvolvido nesse campo. É o primeiro projeto de monitoria nessa instituição voltado à melhoria de processos ligados diretamente à assistência e que propicia ao monitor a vivência da assistência interdisciplinar em reabilitação. Objetivos: otimizar processos administrativo-assistenciais, primando pela segurança do paciente durante sua permanência no CR. Material e Método: o setor de enfermagem de reabilitação foi responsável pela idealização e cumprimento do projeto, vinculado à Escola Técnica do Instituto de Ensino e Pesquisa da mesma instituição, pelo fato de ela já possuir este programa de monitoria em outras áreas não-assistenciais. A seleção dos monitores foi realizada pelo coordenador do curso juntamente com o setor de enfermagem de reabilitação. As principais atribuições dos monitores seriam: auxiliar a equipe interdisciplinar para a disposição dos equipamentos terapêuticos, materiais, rouparia e impressos; orientação dos pacientes às suas salas de atendimento, acompanhando-os se necessário; guarda e deslocamento do prontuário do paciente, zelando na manutenção de sua integridade e sigilo; prevenção de quedas em áreas críticas, permanecendo com os pacientes entre seus atendimentos, bem como na área de vestiários da hidroterapia, além de riscos como a não-identificação por pulseira no paciente no CR; acionamento e direcionamento dos atendimentos de intercorrências, urgências e emergências. Foram divulgadas aos funcionários do CR as atribuições, áreas de atuação e atividades proibitivas aos monitores. As atividades dos monitores iniciaram-se em 7 de maio de 2007, com 12 alunos do curso de Técnico em Enfermagem, divididos em dois grupos de 6 alunos cada, com jornada diária de 5 horas, nos turnos da manhã e da tarde. Nas duas primeiras semanas, foram treinados quanto a: apresentação geral do programa de monitoria e suas atribuições; treinamento observacional em 20 áreas que compreendem o CR; leitura e discussão de protocolos institucionais referentes aos sistemas de qualidade, gerenciais e documentação institucional; treino prático para deslocamento e transferência de pacientes. Após esse período, foram alocados em áreas de maior risco para quedas einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69 e intercorrências e de maior necessidade de auxílio durante as terapias: fisioterapia neurológica, hidroterapia, fisioterapia infantil, terapia ocupacional infantil, fisiatria, ambulatório de acupuntura, avaliação global adulto, avaliação global infantil e enfermagem de reabilitação. Foi solicitado aos monitores, pacientes e profissionais o parecer acerca do projeto, para que pudéssemos analisá-lo qualitativamente. Resultado: após um mês da implantação, analisamos os relatos, dos quais transcreveremos alguns: “Gosto do D. (monitor) porque ele sabe brincar comigo” (K. R. A., 11 anos, internado na UTI Pediátrica, cujo atendimento foi viabilizado no CR); “Excelente, muito atenciosos porque ajudam, sempre dispostos, só posso elogiar” (M. A. A., mãe de D. A., paciente há três anos); “Quero continuar ajudando não só os profissionais, mas também e principalmente os pacientes, que muitas vezes vêem ao hospital não só para se tratar, mas procurando alguém humano para conversar e se sentir querido pelas pessoas, independentemente de sua deficiência e limitações” (M. T. M. A., monitora); “O papel do monitor é muito importante, principalmente por estar viabilizando um melhor atendimento ao paciente. É gratificante poder auxiliar na transferência do paciente” (A. C. F. S., monitora); “Sinto-me muito útil, pois posso ajudar a equipe de saúde, entreter uma criança ou um bebê para ser realizada a fisioterapia ou simplesmente buscar um prontuário. São pequenas coisas que a equipe de saúde deixa de fazer, e assim pode ter mais tempo para dar assistência aos seus pacientes” (C. P., monitora); “Nós, monitores, auxiliamos na segurança do paciente, como no transporte de paciente e treino de marcha” (R. S. S., monitora); “No que toca à acupuntura, é fundamental que o médico seja auxiliado para transporte de pacientes e prontuários, formulários, etc. Por ser um procedimento, o médico precisa estar focado no atendimento” (M.S., fisiatra); “Na fisioterapia, o processo fica mais rápido com o auxílio oferecido na entrada e saída de pacientes da piscina terapêutica” (D. G. S., fisioterapeuta). Conclusão: verificamos que os relatos foram positivos à manutenção do projeto e, diante dos benefícios verificados na análise inicial, implementaremos as ações para que possam ser mensuradas também por meio de indicadores. I-4 Prevenção de plagiocefalia em recém-nascido pré-termo Autor: Maria Fernanda Dornaus Colaboradores: Junia Jorge Rjeille Cordeiro, Sandrah Murakami, Alice Deutsch Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2787 Introdução: os ossos do crânio do feto são maleáveis para permitir a passagem da cabeça pelo canal vaginal. Ao nascimen- IV Simpósio Internacional de Enfermagem to observamos diferentes formatos e deformações da calota craniana dos recém-nascidos (RN). A deformação é definida como uma alteração em uma parte do corpo em desenvolvimento normal até que uma força mecânica é aplicada. As deformidades do crânio estão relacionadas à modelagem peripartal como nos casos de desproporção cefalo-pélvica, trabalho de parto prolongado, gestações múltiplas e tocotraumatismo. Devido à plasticidade remanescente dos ossos, causas posteriores ao nascimento são relatadas em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, onde os RN são mantidos com movimentos restritos, ficando a cabeça praticamente imóvel. Os recém-nascidos prematuros (RNPT) permanecem internados por maiores períodos e, como conseqüência, podem apresentar achatamento nas laterais do crânio (plagiocefalia) ou um formato de cabeça estreita e alongada (escafocefalia). A prematuridade reduz a habilidade do crânio em resistir a deformidades, já que é no final da gestação que ocorre o fortalecimento ósseo. Como medida preventiva para plagiocefalia postural, recomenda-se manter o bebê de barriga para baixo quando está acordado, sob observação e alternar a posição da cabeça da criança para a direita e para a esquerda durante o sono. O uso de órteses como capacete modelador é indicado para corrigir o formato atípico da cabeça. O capacete faz suave pressão e limita o crescimento em áreas proeminentes do crânio. As deformidades cranianas são comuns e, embora sem repercussão clínica, causam desconforto e embaraço aos pais, com limitações na vida social da família. Para esses RN e suas famílias, tivemos o objetivo de desenvolver um material para prevenir as deformações posturais, considerando que os cuidados descritos em literatura têm aplicação limitada em RNPT internados em terapias intensivas e em condições clínicas instáveis. Metodologia: empregamos a metodologia SPARC, reconhecida para inovação em serviços de saúde, composta pelas fases see-plan-act-refine-communicate (olhe-planeje-crie-refine-comunique). A fase see é de busca de novos caminhos para prestar assistência. A fase plan é uma fase de brainstorming e de gerar idéias. A fase act é de criação de protótipos e de obtenção de feedback. A fase refine é aprimorar o protótipo. A fase communicate é a disseminação da informação para a organização, auxiliando equipes a compreenderem a importância e o impacto de uma inovação. Fase see: a equipe de enfermagem observou que, se conseguíssemos manter a cabeça do RNPT alinhada com o corpo e sem exercer pressão na região occipital, evitaríamos a plagiocefalia. A idéia partiu da observação de que a instituição usa, com sucesso, protetores de calcâneo, círculo de silicone rígido em formato de donut, durante cirurgias para prevenir ulcera de pressão. Fase plan: foi proposto o uso deste material para posicionar a cabeça do RNPT alinhada com o corpo. Entretanto, seu uso não foi viável. A altura do material provocava a flexão da cabeça com risco de extubação acidental e obstrução das vias aéreas. Sua rigidez poderia escarificar a pele do RNPT. Realizou-se uma busca entre as empresas da área hospitalar S67 dispostas a desenvolver o produto idealizado. Fase act: duas empresas nacionais iniciaram o desenvolvimento de protótipos. A empresa A solicitou medidas de circunferência do crânio dos RNPT internados, a fim de elaborar um protótipo de silicone com formato de donut de tamanho adequado. Fase refine: com os protótipos em uso, observamos a necessidade de ajuste na altura para manter a neutralidade da cabeça-pescoço. Esse ajuste foi realizado com sucesso. Observamos dificuldades na higienização do material e quanto à durabilidade para reutilização. Compartilhamos com a empresa, que reduziu o custo do produto a fim de viabilizar o uso individualizado. Fase communicate: comunicamos às equipes o processo realizado e o cadastro do produto na instituição. Resultado: o uso do donut de silicone nos RNPT da UTIN iniciou em outubro de 2006. Esse material tem sido rotineiramente usado na UTIN em RNPT como medida de prevenção da plagiocefalia. Desde então, não tivemos mais nenhum caso. Conclusão: padrões de prática de instituições de excelência exigem o atendimento integral das necessidades do paciente e de sua família. Isto oferece às equipes a oportunidade de participar dos processos de melhoria contínua por meio da avaliação dos recursos disponíveis e os desafia na criação de novos produtos. No desenvolvimento de um material hospitalar, interferimos no resultado assistencial ao atender à expectativa dos pais na melhoria da aparência dos RNPT. Neste cenário, a inovação possibilitou promover a satisfação e o bem-estar futuro do RN e seus familiares. I-5 Multiflex®: recurso utilizado para posicionamento dos pacientes acamados Autor: Luciane Midory Sakuma Co-autores: Fátima Araci Tahira Colman, Flávia Alves Beraldo, Wagner Macedo Bezerra, André Aparecido de Oliveira, Cacilda Aparecida Costa Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233 Introdução: o posicionador Multiflex® foi desenvolvido para propiciar o posicionamento correto dos pacientes acamados, cirúrgicos, ou seja, aqueles dependentes da enfermagem para a mobilização e que não conseguem manter seu próprio posicionamento, por exemplo, devido às seqüelas neurológicas provenientes de acidentes vasculares, aneurismas e até mesmo os pacientes em pós-operatório de cirurgias ortopédicas ou neurológicas, entre outras. Outro ponto que nos motivou à elaboração dos posicionadores foi o uso indevido dos enxovais (travesseiros, lençóis, cobertores, edredons) para posicionamento dos pacientes. Contudo, consumíamos muitos enxovais, chegando a faltar para a unidade. Tínhamos de pedir remessas extras, aumentando os gastos com isso, como podemos observar no einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69 S68 Trabalhos de Inovação gráfico do custo mensal do enxoval segundo o consumo em kg em 2005, no qual o consumo médio foi de 25.340,84 kg de roupa/mês e o gasto médio foi de R$ 19.156,75, capital que poderia estar sendo investido no aperfeiçoamento e especialização dos nossos funcionários. Objetivo primário: redução em até 30% no consumo de lençóis, edredons, travesseiros e toalhas atualmente utilizados para posicionar, algumas vezes de forma inadequada, ocasionando o desperdício de enxoval. Objetivo secundário: promover o posicionamento anatômico dos pacientes com o uso dos posicionadores. Metodologia: por meio da ferramenta da qualidade 5W2H, desenvolvemos nosso plano de ações para implantar o material desenvolvido. Para apresentar o posicionador Multiflex® aos pacientes e acompanhantes, desenvolvemos um folder que explicava a finalidade dos posicionadores e o fato de pertencerem à nossa instituição. Para garantirmos a manutenção da adesão, qualidade e segurança (uso correto) dos posicionadores, elaboramos um questionário, verificando mensalmente a opinião dos pacientes e acompanhantes, e observamos sua correta utilização. Resultados: observou-se que do ano de 2005 para 2006 houve redução de 42,02% do consumo médio, de 25.340,84 kg para 10.821,08 kg de roupa/mês, ultrapassando a meta de 30% estimada no início do estudo. Quanto ao gasto médio anual, entre os anos de 2005 e 2006 foi, respectivamente, de R$ 19.156,75 e R$ 10.000,75, representando uma redução percentual de 52,2%. Em se tratando do posicionamento dos pacientes, comparativamente (conforme figuras 5 e 6) pudemos observar que os posicionadores colaboraram em muito na diminuição do uso indevido do enxoval para posicionar o paciente (conforme gráfico), na adesão da equipe de enfermagem, na redução do tempo de enfermagem para montagem dos coxins, e proporcionou o posicionamento correto, evitando as deformidades e diminuindo o risco de úlceras por pressão nos pacientes acamados. Conclusão: a utilização dos posicionadores contribuiu para a manutenção do posicionamento correto, a diminuição da incidência de úlceras por pressão e deformidades. Constatou-se a redução de 42,02% do consumo médio de roupa utilizada nos apartamentos, ultrapassando a meta inicial de 30%. Quanto ao custo médio com gastos com os enxovais, conseguiu-se reduzi-lo em 52,2%, no período de 2005-2006. O grau de satisfação do paciente, acompanhante e funcionários com os recursos foi bom, mensurado pela adesão e manutenção dos posicionadores nas mudanças de decúbito. I-6 Ultra-som para acesso vascular periférico: inovando a prática de enfermagem para promover a segurança do paciente Autor: Maria Angélica Sorgini Peterlini Co-autores: Mavilde L. G. Pedreira, Ariane Ferreira Machado, Priscilla Sete de Carvalho, Myriam A. M. Pettengill, Denise M. Kusahara einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69 Instituição: Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Endereço: Rua Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/SP CEP 04024-000 – Tel.: (11) 5576-4430 Introdução: a inserção de cateteres intravasculares periféricos (CIP) é um dos procedimentos mais freqüentemente executados em pacientes hospitalizados. A assertividade da punção vascular está diretamente relacionada com as características individuais do paciente, como obesidade, doenças crônicas, hiperpigmentação da pele, uso de terapia intravenosa prolongada, doenças vasculares, dentre outras. Além destes fatores, os pacientes pediátricos possuem outros que também podem comprometer o sucesso da punção na primeira tentativa, como o diâmetro diminuto dos vasos, a fragilidade capilar, a agitação psicomotora, a desidratação e a falta de colaboração durante o procedimento, relacionada ao desenvolvimento cognitivo da criança, bem como a habilidade do profissional que executa a técnica. A introdução de novas tecnologias, como o ultra-som, para auxiliar na punção periférica, pode proporcionar aumento na assertividade do acesso venoso ou arterial em pacientes pediátricos, contribuindo para o desenvolvimento da prática de enfermagem, com melhoria do desempenho do profissional e da segurança do paciente. Objetivo: apresentar uma estratégia educacional para habilitar enfermeiras pediatras para a utilização de ultra-sonografia vascular Doppler durante a punção intravascular periférica. Método: a estratégia educacional foi elaborada e conduzida por enfermeiras especialistas em terapia intravascular, com suporte clínico e técnico de médico especialista em ultra-sonografia vascular e engenheiro biomédico, em um período de seis meses, sendo dividida em três etapas: teórica, prática e de avaliação. Participaram do programa seis enfermeiras pediatras de uma unidade de cirurgia infantil de um hospital universitário da cidade de São Paulo/SP. Resultados: etapa teórica: aulas referentes às bases da física, da ultra-sonografia e do Doppler, desenvolvidas pelas enfermeiras especialistas, ao funcionamento do aparelho de ultra-sonografia, demonstrado pelo engenheiro biomédico, e às imagens vasculares, de artefatos e de cateteres implantados, realizadas pelo médico. Etapa prática: utilização do equipamento de ultra-sonografia pelas enfermeiras durante três semanas. Cada profissional gravou cerca de 25 imagens, entre artérias, veias e cateteres implantados. Etapa de avaliação: as imagens obtidas foram discutidas e validadas com o médico e com as enfermeiras especialistas. No final do programa, as enfermeiras foram avaliadas a respeito do conhecimento, habilidade, capacidade em identificar artérias, veias, fluxo sanguíneo e posicionamento de cateteres. Conclusão: o uso do ultra-som é um avanço na prática de enfermagem. Programas educacionais devem incluir temas referentes a anatomia, bases da física e das ima- IV Simpósio Internacional de Enfermagem gens vasculares, bem como o manuseio do equipamento. A utilização da ultra-sonografia para obtenção de acesso intravascular é uma técnica que visa à melhoria da performance da enfermeira e à promoção da segurança do paciente submetido à terapia intravascular. Estudos prospectivos, randomizados e controlados estão sendo conduzidos pelo grupo para a análise dos resultados da introdução dessa tecnologia voltada para o sucesso na obtenção do acesso intravascular periférico por enfermeiras. Agradecimento: pesquisa com fomento do CNPq, processo n° 476295/2004-1. I-7 Dequação do impresso de recuperação pósanestésica do serviço de medicina diagnóstica e preventiva Autor: Mara Lúcia Pinheiro Oliveira Co-autor: Nádia Sueli de Medeiros Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi –São Paulo/SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0494 Introdução: a recuperação pós-anestésica (RPA) do serviço de medicina diagnóstica e preventiva (MDP) atende pacientes submetidos a exames com e sem anestesia geral. O tempo de permanência dos pacientes pós-anestesia é, em média, 40 minutos, período em que os cuidados são realizados pela equipe de enfermagem. O impresso utilizado pela RPA é o Índice para Avaliação dos Pacientes no Período Anestésico-Cirúrgico Imediato, o qual define uma pontuação mínima para a alta. Observamos que nosso cliente, mesmo em regime de internação, diferia em complexidade dos pacientes do centro cirúrgico, não justificando o emprego deste índice e do plano de cuidados de enfermagem pré-estabelecido. Objetivo: adequar o impresso S69 de RPA para o perfil dos pacientes admitidos na Unidade de RPA do serviço de MDP. Material e Método: no período de junho de 2006, foram avaliados na RPA 420 pacientes, sendo 195 em regime de internação e 225 ambulatoriais que se submeteram a procedimentos com anestesia. Os pacientes acima de 12 anos foram avaliados quanto a: saturação de oxigênio; freqüência cardíaca; pressão arterial; temperatura; ritmo cardíaco; dor; nível de consciência; comportamento; náuseas e vômitos; atividade motora; incisão cirúrgica/curativo e diurese, sendo o escore mínimo para alta de 18 pontos. Os pacientes menores de 12 anos foram avaliados quanto a: saturação de oxigênio; freqüência respiratória; freqüência cardíaca; temperatura; dor; nível de consciência; náuseas e vômitos e incisão cirúrgica/curativo, sendo o escore mínimo para alta de 12 pontos. Alguns itens do plano de cuidados de enfermagem pré-estabelecido no impresso foram utilizados para a assistência de enfermagem prestada. Resultados: em 225 pacientes externos, 222 eram maiores de 12 anos e 23 menores de 12 anos, sendo encontradas as seguintes intercorrências: 1,3% de queda de saturação de oxigênio; 0,4% de alteração de pressão arterial; 2,6% de episódios de dor e 0,8% de ocorrências de náuseas e vômitos. Os demais itens não ocorreram. Para os 195 pacientes internados, 191 eram maiores de 12 anos e 4 eram menores de 12 anos e encontramos: 12,8% de queda de saturação de oxigênio; 4,1% de alteração de pressão arterial; 5,6% de alteração do nível de consciência; 0,5% de alteração da freqüência respiratória e 1,5% para náuseas e vômitos. Os demais itens não ocorreram. O plano de cuidados de enfermagem possuía 23 itens e em 100% dos pacientes somente sete itens foram assinalados. Conclusão: diante dos resultados encontrados, sugerimos uma adequação do impresso de recuperação anestésica, otimizando o tempo da equipe de enfermagem no preenchimento do escore e garantindo um plano de assistência de enfermagem individualizado. einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69 Jovem Pesquisador JP-1 Parto por eclâmpsia em adolescentes: levantamento bibliográfico Autor: Suze Luize Ferraz de Almeida Co-autores: Danielle Teixeira Leal, Fernanda Aparecida de Paula Russo, Rosana Aparecida Guerra, Rachel de Carvalho Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 Introdução: quando se trata de adolescentes, a pelve é menor do que a da mulher adulta. A maturação do sistema reprodutor e a obtenção do formato adulto não indicam que o crescimento e o desenvolvimento da pelve estão completos. Duas complicações ocorrem com maior freqüência nas mulheres mais jovens: hipertensão e contração pélvica, especialmente no estreito superior. A eclâmpsia é a presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas e/ou coma em mulher com qualquer quadro hipertensivo, não causado por epilepsia ou outra patologia convulsiva, e que pode ocorrer na gravidez, durante o parto ou até três dias de puerpério. Dentre as formas hipertensivas, a eclâmpsia é a principal causa de morte materna, com incidência de até 14% do total de casos, segundo diferentes relatos na literatura. São princípios básicos da terapia da eclâmpsia: controlar as convulsões e evitar a mortalidade materna e fetal. Objetivo: levantar o número de artigos publicados sobre parto por eclâmpsia em adolescentes nos últimos 20 anos, na literatura nacional e internacional. Material e Método: trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, do tipo bibliográfica, feita por meio de documentação indireta, sendo realizada consulta às seguintes bases de dados: LILACS, MEDLINE e BVS Adolec, tomando-se como base os últimos 20 anos de publicação. O estudo foi realizado na Biblioteca da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), nos meses de março e abril de 2007. Para as três bases de dados, foram utilizados os seguintes termos-chave: eclâmpsia como descritor de assuntos, humano feminino adolescente como limites e parto como palavra. Resultado: foram encontrados 75 artigos sobre parto por eclâmpsia na adolescência entre os anos de 1987 e 2007, nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BVS Adolec. O ano com maior einstein.2007;5(Supl 1):S70-S73 número de publicações foi 2004, com nove artigos, incluindo as três bases de dados. Na base de dados LILACS foram encontrados 19 artigos, sendo 1989 o ano de maior publicação, com 6 artigos, e 1991, 1993, 1996, 1997, 2000, 2002, 2003, 2005, 2006 e 2007 os de menor publicação, com nenhum artigo publicado. Na base de dados MEDLINE foram encontrados 29 artigos, sendo o ano de maior publicação 2002, com 7 artigos, e 2001 e 2003 os anos de menor publicação, não havendo até o presente momento publicação alguma no ano 2007. Na base de dados BVS Adolec foram encontrados 27 artigos, sendo o ano de maior publicação 2005, com 5 artigos, e 1988, 1991, 1995, 1997, 1998 e 2007, os anos de menor publicação, com nenhum artigo publicado. Conclusão: o levantamento do número de artigos publicados sobre parto por eclâmpsia em adolescentes nos últimos 20 anos, na literatura nacional e internacional, nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BVS Adolec, levou-nos a encontrar 75 artigos sobre o assunto, sendo 19 no LILACS, 29 no MEDLINE e 27 no BVS Adolec. O ano com maior número de publicações foi 2004, com nove artigos. JP-2 A relevância do asa e imc no tempo médio de permanência de pacientes submetidos à gastroplastia videolaparoscópica Autor: Lital Moro Bass Co-autores: Paulo David Scatena Gonçales, Adriana Serra Cypriano, Nea Miwa Kashiwagi, Luis Fernado Lisboa, Bento Fortunato Cardoso, Miguel Cendoroglo Neto Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1413 Introdução: a obesidade vem aumentando sua prevalência em níveis de epidemia no mundo inteiro. Segundo a OMS no Brasil, na faixa etária acima de 15 anos, 8,9% dos homens e 13,1% das mulheres são obesos. Entre 1% e 2% da população adulta (cerca de 1,5 milhão de pessoas) apresenta IMC > 30 Kg/m². O tratamento da obesidade mórbida com terapias comportamentais (dieta e exercícios) e com medicamentos apresenta resultados relativamente ineficazes no controle de peso, tornando-se necessário submeter-se ao tratamento cirúrgico como terapia co- IV Simpósio Internacional de Enfermagem adjuvante. A gastroplastia é um procedimento cirúrgico que tem como finalidade diminuir a quantidade de alimentos ingeridos e absorvidos no trato digestivo por meio da redução do volume estomacal. Esse procedimento é indicado para pacientes com IMC > 40 Kg/m². Por ser um procedimento considerado de alta complexidade, quando aliado às comorbidades já presentes na maioria dos obesos (problemas pulmonares, cardíacos, endócrinos, metabólicos e dificuldades locomotoras) gera uma gama de situações que elevam o tempo de permanência pós-operatória no hospital. Objetivo: relacionar a condição clínica do paciente submetido à cirurgia de gastroplastia videolaparoscópica na avaliação pré-cirúrgica (Sociedade Americana de Anestesiologia – ASA) e o grau de obesidade (Índice de Massa Corpórea – IMC) com o tempo de permanência. Material e Método: foi conduzida uma análise de dados secundários juntamente com revisão retrospectiva dos prontuários de 167 pacientes submetidos à gastroplastia videolaparoscópica num hospital de grande porte da cidade de São Paulo, no período de janeiro de 2005 a junho de 2006. Os dados foram cruzados de modo a caracterizar a população do estudo segundo suas faixas de IMC, permanência e ASA, traçando um perfil do tempo de permanência por meio dos fatores predisponentes. Resultado: para o total de pacientes analisados, temos 3,3 dias como média de permanência; quando estratificamos essa amostra segundo a classificação de ASA, temos 3,9 dias para os 7 pacientes com ASA I (4,19%), 3,2 dias para os 152 pacientes com ASA II (91,02%) e 4,5 dias para os 8 pacientes com ASA III (4,79%). Quando observamos a média de permanência segundo IMC, conseguimos encontrar dois grupos distintos: os 89 pacientes com IMC < 40 Kg/m² têm 3,1 dias de média de permanência, sendo 4,3 dias, 3,1 dias e 2,7 dias, respectivamente, para ASA I, II e III. Já o grupo de 78 pacientes com IMC > 40 Kg/m² tem 3,5 dias de média de permanência, sendo 1,0 dias, 3,3 dias e 5,6 dias, respectivamente, para ASA I, II e III. Conclusão: os resultados mostram que o grau ASA pode sugerir uma relação diretamente proporcional com o tempo médio de permanência para o grupo de pacientes com IMC > 40 Kg/m². Entretanto, para o grupo de pacientes com IMC < 40 Kg/m², o ASA pode sugerir uma relação inversamente proporcional ao tempo médio de permanência. JP-3 Compreendendo a formação do enfermeiro por meio da proposta aprendizagem baseada em problemas Autor: Eduardo Leandro Rodrigues Co-autores: Ariadne Fonseca da Silva, Patricia Silva Pires Instituição: Universidade Anhembi Morumbi Endereço: R. Dr. Almeida Lima, 1134 – Bresser – São Paulo/ SP CEP 03164-900 – Telefone: (11) 6694-2822 S71 graduando e docentes do curso de enfermagem, de uma instituição privada que começou a utilizar esta proposta em 2005. A ABP é considerada uma das mais significativas inovações na educação das ciências médicas nos últimos anos, surgindo como um movimento de reação aos currículos das escolas de saúde sob forte influência flexineriana, que privilegiava o modelo biomédico e o ensino centrado no hospital. O objetivo do estudo foi desvelar a opinião dos graduandos sobre o método ABP. Trata-se de um estudo fenomenológico, com abordagem qualitativa desvelada por meio da análise ideográfica e nomotética. Para Merleau-Ponty (1999, p. 1), “a fenomenologia é o estudo das essências; todos os problemas, segundo ela, resumem-se em definir essências: a essência da percepção, a essência da consciência. Mas a fenomenologia é também uma filosofia que repõe as essências na existência, e não pensa que se possa compreender o homem e o mundo de outra maneira senão a partir de sua factualidade.” O estudo foi realizado em uma universidade privada do município de São Paulo, com alunos do quarto semestre do curso de Enfermagem. Os autores, após explicação sucinta sobre o trabalho, verificaram quais sujeitos manifestavam interesse em participar da pesquisa. Os interessados foram incluídos na amostra, que foi do tipo aleatória. Os alunos sorteados foram entrevistados em horário agendado com o pesquisador responsável e, caso ocorresse desistência do sorteado, seria retirado da urna um novo nome, que substituiria o sujeito desistente. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada, utilizando a seguinte questão: “O que é para você aprender através da Aprendizagem Baseada em Problemas?”. Os dados foram analisados por redução fenomenológica com a transcrição dos discursos, retirada e agrupamento das unidades de significados e compreensão. Para delimitar a suficiência dos dados e encerrar a coleta destes, foi utilizado o critério de saturação, após observar que os dados tornaram-se repetitivos. O resultado apontou uma categoria aberta: compreendendo a problematização, composta por quatro convergências temáticas: resolutividade nos problemas propostos, funcionalidade da ABP no processo de aprendizagem, um desafio aprender enfermagem, satisfação em estudar por meio da ABP. Após o agrupamento das unidades de significados, foi possível desvelar que a problematização é gratificante para os estudantes, apesar de ocorrerem resistências e necessidade de adaptação por parte do discente e do docente. Este trabalho possibilita uma reflexão dos docentes, discentes e coordenadores de enfermagem com relação à problematização, além de fornecer dados para novos estudos que contemplem o perfil do aluno de enfermagem nesta proposta de ensino. JP-4 Implementação da prescrição e intervenção de enfermagem baseadas em diagnóstico de enfermagem Autor: Eduardo Leandro Rodrigues O interesse em pesquisar sobre a proposta Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) surgiu da experiência dos autores, enquanto Co-autores: Janete Vieira de Moura Freitas, Marina Vilalba, Mirely Sousa Macedo einstein.2007;5(supl 1):S70-S73 S72 Jovem Pesquisador Instituição: Hospital das Clínicas Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 255 – Cerqueira César para novos estudos que contemplem o perfil do profissional enfermeiro em seu processo de trabalho. – São Paulo/ SP CEP 05403-000 – Tel.: (11) 3069-6118 A prescrição e intervenção baseadas em diagnóstico têm sido consideradas, nos últimos anos, das mais significativas inovações para a formação dos alunos dos cursos de graduação em Enfermagem, bem como a educação continuada de enfermeiros que já se encontram em campo de trabalho, resultando em um novo perfil de profissional. Para Carpenito (1997, p. 27), “os diagnósticos de enfermagem proporcionam um mecanismo útil para estruturação do conhecimento de enfermagem, em uma tentativa de definição do papel e do domínio próprio do enfermeiro”. O interesse em pesquisar sobre prescrição e intervenção de enfermagem baseadas em diagnósticos surgiu da experiência dos autores, enquanto graduando e docente de enfermagem de uma instituição privada, que prestaram assistência de enfermagem a uma paciente com diagnóstico clinico de polimiosite/dermatomiosite e rabdomiólise. Os objetivos deste estudo foram: identificar e listar os problemas de enfermagem apresentados e listados pelo paciente; classificar os diagnósticos segundo a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA); fundamentar cientificamente os diagnósticos de enfermagem, partindo de uma revisão de anatomia, fisiologia, bem como a fisiopatologia do sistema que se relacione ao diagnóstico de enfermagem classificado; elaborar a prescrição de enfermagem com o intuito de intervir nas alterações apresentadas pelo paciente e acompanhar a resposta do cliente diante do plano assistencial. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem descritiva exploratória desvelada por meio da análise contextual do fenômeno presente. Para Fonseca (1999), “o estudo de caso é um trabalho conjunto entre professor-aluno, que vê o ensino-aprendizagem a partir da ação, do fazer que considera o cliente dentro do seu mundo”. O estudo foi realizado em um hospital público de grande porte na cidade de São Paulo/SP e os dados foram coletados na Unidade de Internação de Clinica Médica no período de 9 a 24 de maio de 2007. Os autores, após explicação sucinta sobre o trabalho, verificaram o interesse da paciente em participar da pesquisa. Após autorização da paciente, começou a análise dos dados, os quais foram coletados por meio de exame físico, história de vida, história da doença e exames laboratoriais e clínicos. A partir dos diagnósticos levantados, foi possível prescrever e intervir de forma integral, individualizada e documentada a assistência prestada ao paciente, de forma que os diagnósticos poderiam ser retirados da evolução de enfermagem, quando o paciente apresentasse melhora de seus problemas, e/ou poderiam ser acrescentados outros, caso surgissem novos problemas de enfermagem ao paciente. Este trabalho possibilitou uma reflexão dos docentes e discentes de enfermagem no assistir sistematizado, além de fornecer dados einstein.2007;5(supl 1):S70-S73 JP-5 A experiência profissional e sua influência na formação acadêmica Autor: Magda Roberta Ferreira Co-autores: Claudia Souza de Menezes Cidrônio, Alequis Pereira de Sousa Instituição: Faculdades Metropolitanas Unidas (UNIFMU) Endereço: R. Taguá, 150 – Liberdade – São Paulo/ SP CEP 01508-010 Introdução: o foco do cuidado de emergência é evitar a deterioração das funções vitais, e conseqüentemente o óbito, antes que o tratamento definitivo possa ser estabelecido. Neste contexto, a tomada de decisões exige um julgamento rápido e eficaz, baseado na compreensão da condição atual que caracteriza a condição de emergência. Esta habilidade deve ser abordada desde o início da formação acadêmica, qualificando o futuro profissional no atendimento de emergências clínicas e traumáticas. Objetivo: avaliar o conhecimento teórico dos estudantes de enfermagem de uma faculdade privada da cidade de São Paulo/SP sobre emergências. Metodologia: estudo transversal realizado em uma faculdade privada da cidade de São Paulo. Participaram do estudo os alunos do curso de Enfermagem do oitavo semestre, visto que já haviam passado pelo módulo teórico e prático proposto pelo currículo da faculdade. Foi aplicado um questionário com sete questões tipo teste e duas questões dissertativas, caracterizando a população e também relacionadas a casos clínicos em situação de emergência. Resultados: a amostra constou de 53 alunos; 35 alunos (66,03%) já trabalhavam na área da Saúde (grupo A); e 18 (33,97%) não tinham qualquer experiência (grupo B). A maior parte dos erros apareceu nas questões relacionadas às doenças cardiovasculares. No item sobre emergência hipertensiva, 24 (68,5%) dos alunos do grupo A erraram o teste, e 9 (50%) do grupo B não pontuaram; na fibrilação ventricular e taquicardia ventricular houve 100% de acerto para ambos os grupos; no acidente vascular cerebral observou-se nos 2 grupos apenas 1% de erro. Com relação ao trauma, 6 (17%) alunos do grupo A e 6 (33%) do grupo B erraram o teste: as dificuldades encontradas estavam relacionadas à classificação do trauma e sua gravidade. Na aplicação correta da Manobra de Heimlich, um dos alunos do grupo A (2,85%) errou o teste, e 3 (16,6%) do grupo B não pontuaram. Nas manobras de reanimação quanto à intubação traqueal e a oferta de oxigênio, verificou-se que 16 (45,7%) alunos do grupo A e 6 (33,3%) do grupo B erraram o teste, sendo que 33 (94%) do grupo A e 18 (100%) do grupo B acertaram a questão sobre a indicação para intubação traqueal. Discussão: verificamos que os alu- IV Simpósio Internacional de Enfermagem nos que não trabalhavam na área da Saúde obtiveram melhor desempenho nos testes. O conteúdo programático foi administrado de forma gradativa, qualificada e precisa no decorrer do curso de Enfermagem. No entanto, podemos observar que há pouco envolvimento, compromisso e participação do próprio aluno em sua formação. Talvez seja pertinente dizer que a experiência profissional prévia na área da Saúde influencia alguns aspectos na formação acadêmica, podendo limitar o desempenho e o desenvolvimento do profissional. JP-6 Sistemas de preparo e distribuição de medicamentos Autor: Camila Fernandes Augusto Colaboradores: Ana Paula Augusto, Carlos Eduardo da Costa, Gabriela Rocco de Sá, Helena Roxo Nobre Dias, Isabela Belluci, Priscila Almendra da Silva Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001 A literatura classifica a distribuição de medicamentos em uma instituição hospitalar em quatro tipos: distribuição coletiva, individual, semi-individual e dose unitária. Na distribuição coletiva, há o envio de uma certa quantidade de medicamentos, da farmácia hospitalar, para serem estocados nos setores e administrados conforme prescritos. No segundo tipo, a farmácia distribui os medicamentos por paciente, ou seja, são encaminhadas medicações individuais, conforme a prescrição médica. A distribuição semi-individual é uma combinação dos tipos anteriores: é a distribuição individual, mas com um percentual de estocagem. O último tipo é o Sistema S73 de Distribuição de Medicamento por Dose Unitária (SDMDU). Nesse sistema, os medicamentos são preparados pela farmácia de acordo com a prescrição médica e colocados em embalagens unitárias, identificadas pelo nome do paciente, leito, dose e horário de administração. Assim, cabe à equipe de enfermagem administrá-los. A implantação do SDMDU reduz a incidência de erros no preparo dos medicamentos e, além disso, garante a segurança na farmacoterapia, disponibiliza maior tempo para a equipe de enfermagem dedicar-se ao paciente, além de colaborar na prevenção das infecções hospitalares. Objetivos: identificar o tipo de distribuição de medicamentos adotado por instituições hospitalares distintas e classificar a opinião dos enfermeiros quanto às vantagens e desvantagens da distribuição adotada. Os sujeitos da pesquisa foram 21 alunos de pós-graduação em Enfermagem Clínica e Enfermagem Pediátrica da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (FEHIAE), depois de terem assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário com seis perguntas, sendo três abertas e três fechadas, abrangendo a identificação da instituição hospitalar, unidade de trabalho, tipo de distribuição de medicamento adotado e descrição de vantagens e desvantagens sobre o tipo de distribuição da unidade. Das 15 diferentes instituições hospitalares pesquisadas, 67% eram privadas e 33%, públicas. Em 62,5% das instituições hospitalares em que os alunos trabalham, é utilizado o tipo de distribuição individual, e apenas 12,5% delas utilizam o SDMDU. Concluímos que a grande maioria das instituições hospitalares pesquisadas utiliza o sistema de distribuição individual, apesar de o SDMDU ser considerado o mais eficaz de acordo com a literatura científica atual. Ressaltamos que o SDMDU é um sistema que ainda está em evolução, mas que por gerar bons resultados, e sua implantação só tende a crescer. einstein.2007;5(supl 1):S70-S73