Trabalhos Científicos

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Trabalhos Científicos
TC-1
A utilização da camomila em afecções de pele
Autor: Adriana Araújo Sicoli
Co-autor: Mônica Antar Gamba
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/SP
princípios ativos que atuam com eficácia no tratamento das
afecções de pele. Esse fato foi comprovado a partir da revisão de literatura, na qual foram verificados diversos estudos
acerca da eficiência dos princípios ativos da camomila no tratamento das afecções da pele. Em síntese, podemos afirmar
que a camomila tem eficácia comprovada cientificamente no
tratamento das afecções de pele.
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0259
TC-2
Introdução: suplementos herbais são produtos obtidos de
plantas utilizados no tratamento de diversas enfermidades. A
prática da medicina herbária está-se estendendo para a dermatologia e, apesar de a maioria dos casos ainda não possuir
estudos científicos comparativos que certifiquem sua eficácia
e segurança, tal prática tem sido bem aceita devido aos benefícios verificados no tratamento de acnes, queimaduras e feridas, infecções, entre outros (MOLEZZI; ALBEDAÑO, 2002).
Justificativa: a camomila contém colina, cumarinas, glicosídeos cianogênicos, flavanóides, derivados de salicilato, taninos e
óleos voláteis. Dessa forma, tornou-se atraente verificar qual
a importância da utilização da camomila no tratamento das
afecções de pele. Objetivo: abordar a utilização da camomila em afecções de pele, reunindo seletivamente os trabalhos
publicados sobre o tema, tendo em vista a elaboração de uma
revisão bibliográfica. Metodologia: o estudo foi baseado em
pesquisa bibliográfica sobre o tema. O método de abordagem
utilizado para a realização da pesquisa bibliográfica caracteriza-se como exploratório, por meio de coleta de dados, ou
seja, de bibliografias e artigos já publicados, disponíveis nas bibliotecas de saúde, acessados por intermédio da Biblioteca da
Escola Paulista de Medicina (BIREME). Desenvolvimento:
segundo Montanari Jr. (2002), o valor real de uma planta medicinal está em seu efeito terapêutico. A Organização Mundial
da Saúde (OMS) diz que planta medicinal é qualquer planta
que possua, em um ou em vários de seus órgãos, substâncias
usadas com finalidade terapêutica, ou que estas substâncias
sejam ponto de partida para a síntese de produtos químicos
e farmacêuticos. Para o tratamento das diversas afecções da
pele, em muitos casos estão sendo empregados produtos naturais, como é o caso da camomila. Conclusão: com a elaboração do presente estudo, concluímos que a camomila contém
Análise microbiológica da infusão
do chá de camomila
Autor: Andréia Aparecida Moraes Frazilio
Co-autor: Mônica Antar Gamba
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233
Introdução: a comercialização de plantas medicinais e fitoterápicos tem crescido demasiadamente no mundo todo devido
a vários fatores, como alto custo dos medicamentos e mesmo
pelo modismo atual, que se volta para a medicina alternativa. A análise microbiológica tem como objetivo constatar a
presença de microorganismos, incluindo algas, bactérias, fungos, protozoários e vírus. No estudo em questão, procedeu-se
à análise microbiológica da infusão do chá de camomila por
meio de análise laboratorial, visando determinar se é possível
a utilização da infusão em afecções da pele, tais como flebites,
conjuntivites, dermatites, entre outros. Objetivo: iniciamos o
trabalho de avaliação microscópica dessa infusão no intuito de
contribuir, principalmente para a enfermagem em dermatologia, para o uso freqüente da infusão do chá de camomila em
lesões de pele. Metodologia: foi proposta a analise laboratorial
da infusão do chá de camomila, incluindo cultura para aeróbios,
anaeróbios e fungos em três laboratórios diferentes do estado
de São Paulo. O preparo da infusão para análise foi estabelecido
conforme descrito a seguir. Material: chá de camomila (matricaria camomila). Apresentação: flores de camomila em envelopes
fechados industrialmente. Preparo: foi colocado um envelope do
chá em água fervente por 5 minutos em temperatura média de
100˚C. Em seguida, a infusão foi posta em um recipiente estéril
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S2
Trabalhos Científicos
(erlenmeyer), coberto com papel alumínio, ficando em repouso
até atingir a temperatura ambiente. Após este processo, foi realizado o exame de cultura. Este preparo foi utilizado para todos
os laboratórios. Desenvolvimento: a camomila é uma herbácea
anual que contém em sua composição constituintes químicos
como bisabolol, camazuleno, herniarina (óleo essencial), os
quais são responsáveis pela inibição do crescimento de microorganismos. A utilização da camomila em afecções da pele é muito freqüente; contudo, alguns estudos demonstram fatores que
inviabilizam o uso do chá sem comprovação cientifica. A análise
microbiológica da infusão do chá de camomila, incluindo cultura
para aeróbios, anaeróbios e fungos em três laboratórios diferentes do estado de São Paulo, foi processada para cultura de aeróbios, anaeróbios e fungos. O estudo revelou que a infusão do chá
de camomila não apresentou resultados positivos em nenhuma
das análises, mostrando um resultado diferente dos verificados
nos estudos pesquisados na literatura. Conclusão: a elaboração
deste trabalho foi de grande valia para nosso enriquecimento
profissional, uma vez que nos trouxe uma visão crítica sobre a
análise microbiológica da infusão do chá de camomila. De acordo com os resultados obtidos, a infusão do chá de camomila pode
ser empregada na rotina hospitalar, sobretudo para o tratamento das lesões da pele, pois está dentro das normas estabelecidas
na Portaria nº 518/1998 do Ministério da Saúde.
TC-3
Prevenção da extubação acidental: controle
dos fatores de risco associados ao cuidado
de enfermagem
Autor: Théia Maria Forny Wanderley Castellões
Co-autor: Lolita Dopico da Silva
Instituição: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ);
fermeiro. O estudo teve um desenho metodológico clínico-epidemiológico, observacional, com modelo de intervenção e delineamento quase-experimental. As variáveis deste estudo foram: a)
variável dependente (efeito), referente à incidência da extubação
acidental em pacientes em uso de ventilação mecânica invasiva;
b) variáveis independentes (causa), concernentes aos momentos do cuidado de enfermagem, nos quais houve intervenção no
transporte do paciente, no banho realizado no leito, na troca de
fixação do dispositivo ventilatório e na mobilização no leito. O
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e pelo
Comitê Científico da Instituição em janeiro de 2006. O local da
pesquisa foi a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Pró-Cardíaco, situado na cidade do Rio de Janeiro/RJ. A população foi
composta pelos 142 pacientes em uso de dispositivo ventilatório
por 3.771 dias. Os resultados do primeiro objetivo compreendem
a caracterização da equipe e a análise de sua capacitação, por
meio dos resultados do pré e pós-teste, nos quais se constatou
uma elevação das médias globais em torno de 25% em relação às
médias iniciais, estando todos, ao término do treinamento, com
notas superiores a 8, portanto, aptos a utilizar o guia de prevenção da extubação. Para esta capacitação, foram feitas 60 horas de
treinamento em 30 encontros. Os resultados do segundo objetivo
foram alcançados por meio de levantamento de prontuário no
qual se obteve a informação de qual paciente extubou, quando,
associado a que cuidado, a que horas, por quem e qual o dispositivo que o paciente usava. Os resultados apontam para a redução
das extubações acidentais relacionadas ao cuidado de enfermagem de 3,27 (8,33%) para 1,05 (2,85%) eventos em 1.000 dias
de ventilação mecânica; também demonstram que a extubação
acidental relacionada com transporte e troca de fixação zeraram
e as relacionadas com mudança de decúbito diminuíram. Quanto
ao turno de trabalho, houve queda de 50% nas extubações no
horário diurno, permanecendo igual no horário noturno.
Hospital Pró-Cardiaco
Endereço: R. Dona Mariana, 219 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ
CEP 22280-020 – Tel.: (21) 2528-1433
A área de interesse situa-se no cuidado de enfermagem ao paciente em uso de suporte ventilatório, e o foco é a extubação acidental associada ao cuidado de enfermagem em quatro momentos: banho no leito, transporte do paciente crítico, mudança de
decúbito e troca de fixação. O problema desta pesquisa foi: qual o
resultado que se obtém na incidência da extubação acidental com
o emprego de um guia preventivo para o manejo do dispositivo
ventilatório pela enfermagem? Os objetivos foram: a) capacitar
a equipe de enfermagem para o emprego de um guia preventivo
da extubação acidental relacionada ao cuidado de enfermagem;
b) avaliar os resultados da extubação acidental seis meses antes e
seis meses após a implementação do guia preventivo. Ao ser realizado um rastreamento na literatura sobre produções com esta
mesma temática, constatou-se que há uma importante lacuna na
literatura nacional e internacional nesta área de atuação do eneinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
TC-4
Avaliação do padrão dos registros de
enfermagem em um hospital privado
Autor: Patricia Bover Draganov
Co-autor: Magaly Cecília F. Reichert
Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/ SP
CEP 04023-900 – Tel.: (11) 5571-1720
Introdução: o prontuário do paciente é um documento legal que deve conter as informações da internação; portanto,
é fundamental conhecer os aspectos legais para dimensionar
a importância do registro correto de todas as atividades. Para
a padronização desta atividade, foram criadas a Decisão COREN-SP-DIR/001/2000 e a Resolução CREMESP nº 70, de 14
de novembro de 1995. Objetivos: avaliar o padrão de registros
de enfermagem quanto ao local de origem do registro, horário
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
de preenchimento, categoria profissional, Decisão COREN-SPDIR/001/2000, SAE e débitos; enumerar medidas que direcionem as ações do Serviço de Educação Continuada. Material e
Método: tratou-se de pesquisa descritiva, retrospectiva e abordagem quantitativa. A amostra, de 150 prontuários, foi selecionada por conglomerado. O instrumento foi adaptado de Francisco (1993). Os dados foram tratados de forma quantitativa.
Resultados: os enfermeiros registraram pouco a assistência e
alguns prontuários não continham quaisquer anotações da equipe de enfermagem. A maioria dos registros foi efetuada corretamente: eram claros, objetivos, precisos, legíveis e sem rasuras.
Na identificação do autor, a maioria foi incompleta ou ausente.
O cabeçalho foi em geral preenchido de forma correta, embora
um número considerável apresentasse identificação incompleta
ou ausente. Os registros foram feitos a caneta. Os débitos foram efetuados de forma incorreta, ou seja, incompletos, errados
ou ausentes. A maioria dos prontuários apresentou histórico;
quanto à prescrição, menos da metade apresentou ações de enfermagem; quanto à evolução, poucos prontuários continham a
avaliação diária da resposta do paciente à conduta terapêutica.
Verificamos que os registros de enfermagem são descontínuos,
pois a maioria dos prontuários apresentava as SAE incompletas.
Discussão: os resultados obtidos indicaram a necessidade de intervenção; o segundo objetivo deste estudo sugere medidas de
suporte tais como: divisão de atividades entre os enfermeiros
por unidades, dentre elas a auditoria dos registros; treinamento
de SAE, utilizando técnicas de educação de adultos (andragogia); adequação dos impressos de enfermagem; elaboração e implantação de um serviço de auditoria de educação continuada.
Conclusão: o registro das atividades de enfermagem é uma necessidade legal, administrativa, ética e assistencial que permite
a análise dos dados, a avaliação dos resultados, a manutenção
da qualidade do registro e o acompanhamento da assistência.
O levantamento e a análise dos dados demonstraram, de forma
geral, que os registros apresentam falhas e que há necessidade
de intervenção, e as medidas de suporte sugeridas neste estudo
pretenderam contemplar estas necessidades. Este estudo pode
servir de subsídio para quaisquer serviços de educação continuada no levantamento de problemas de assistência.
TC-5
Extravasamento de drogas antineoplásicas
em pediatria: algoritmos para prevenção,
tratamento e seguimento
S3
Introdução: a via intravenosa é a mais utilizada para a administração de quimioterápicos, por garantir absorção e nível sérico adequados das diferentes drogas. O extravasamento, uma das complicações agudas mais severas relacionadas a essa modalidade de
tratamento, causa extremo desconforto e sofrimento ao paciente
e exige do enfermeiro habilidades clínicas e técnicas para diagnosticá-lo e intervir precocemente. Para tanto, a padronização
dos cuidados de enfermagem para a administração dessas drogas e para intervir nos casos de extravasamento é uma medida
importante para garantir a segurança do paciente oncológico pediátrico. Objetivos: identificar na literatura estudos sobre o extravasamento de drogas antineoplásicas em crianças e adolescentes
e elaborar algoritmos para prevenção, tratamento e seguimento
desse evento adverso. Método: pesquisa bibliográfica realizada
nas bases de dados MEDLINE, PUBMED e LILACS, abrangendo o período de 1993 a 2005. As palavras-chave utilizadas foram:
extravasamento, antineoplásicos, criança e seguimento. Resultados: foram analisados 12 artigos cujo conteúdo foi categorizado
em três temas: prevenção, intervenções de enfermagem e tratamento, seguimento e documentação. Nestes trabalhos é descrita
uma série de fatores de risco para a ocorrência de extravasamento em pediatria e destaca-se que o tratamento não-farmacológico
desse evento adverso tem-se mostrado efetivo. Além disso, os estudos enfatizam que a suspeita ou ocorrência de extravasamento
deve ser acompanhada por meio de instrumentos e protocolos
específicos. O algoritmo, uma das principais ferramentas de gerenciamento da qualidade, destaca-se como um importante meio
de organização de processos por favorecer sua realização com
qualidade, mesmo em face da contenção de gastos. Esse instrumento tem especial aplicação na prevenção da ocorrência e no
tratamento de eventos adversos graves como o extravasamento,
instituindo meios para sua intervenção precoce e seguimento.
Com base na literatura, foram desenvolvidos dois algoritmos,
sendo um deles para padronização do processo de administração
de drogas antineoplásicas vesicantes em crianças e adolescentes
por meio de acesso venoso periférico, e o outro, para intervenção
e monitoramento da ocorrência de extravasamento dessas drogas. Conclusão: o extravasamento de drogas antineoplásicas pode
ser prevenido, diagnosticado e tratado precocemente, de maneira
mais adequada, por meio da utilização de protocolos específicos e
instrumentos como os algoritmos. Esses instrumentos constituem
importante meio de promover uma assistência de enfermagem
segura a crianças e adolescentes com câncer submetidos à quimioterapia antineoplásica, baseada em conhecimento científico e
dentro do mais alto padrão de qualidade.
Autor: Daniella Cristina Chanes
Co-autores: Carla Gonçalves Dias, Maria Gaby Rivero de Gutiérrez
Instituição: Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com
Câncer – Instituto de Oncologia Pediátrica – Universidade Federal
de São Paulo (UNIFESP)
TC-6
Funções administrativas do enfermeiro
no contexto hospitalar
Endereço: Rua Botucatu, 743 – Vila Clementino – São Paulo/ SP
Autor: Camila Polo Camargo da Silva
CEP 04023-060 – Tel.: (11) 5080-8464
Co-autor: Carmen Maria Casquel Monti Juliani
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S4
Trabalhos Científicos
Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho” (UNESP)
tência ao paciente. Obs.: este trabalho contou com financiamento de bolsa de iniciação científica da FAPESP.
Endereço: Av. Rubião Junior, s/n – Distrito Rubião Junior
– Botucatu/ SP
CEP 18618-970 – Tel.: (14) 3811-6070
Entre suas atividades, a enfermagem tem como objeto de trabalho a prestação do cuidado aos pacientes, mas em suas funções
cotidianas assume tarefas de caráter administrativo que muitas
vezes dividem o profissional entre a assistência e a administração. Contudo, o profissional deve ter consciência da importância das atividades gerenciais no processo de coordenação
do serviço de saúde e enfermagem e, por meio dele, buscar
melhorar continuamente a qualidade da assistência prestada.
Os objetivos do estudo foram: analisar o processo de trabalho
do enfermeiro a fim de identificar e quantificar a proporção do
trabalho burocrático administrativo presente no cotidiano desses profissionais; verificar, segundo a percepção deles, as funções gerenciais que exercem o enfoque assistencial ou administrativo mais presente nas situações de graduação/trabalho;
conhecer a média de horas destinadas e identificar a satisfação
destes profissionais diante das atividades burocráticas. Comparamos o estudo com outro realizado há 11 anos na mesma
instituição. Com isso, pudemos constatar as alterações ocorridas em relação aos objetivos do estudo. O estudo foi realizado
num hospital-escola do interior do estado de São Paulo, sendo
avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa e pela Divisão Técnica de Enfermagem local. O instrumento para coleta
de dados foi baseado num estudo de Trevizan (1988) no que se
refere à lista de atividades burocráticas do enfermeiro, sendo
acrescentado apenas um tópico já no ano de 1995. Além disso, há questões que abordam o tempo destinado às atividades
burocráticas, o enfoque do profissional na graduação/trabalho
e a satisfação na realização das atividades burocrático-administrativas. Após análise e comparação dos dados, obtivemos
como resultado um aumento no número de enfermeiras envolvidas com a assistência e crescente busca desses profissionais
por cursos de especialização e aperfeiçoamento, como meio de
melhorar a qualidade do cuidado e da atuação profissional. Na
vertente do gerenciamento, segundo a lista utilizada cresceu o
papel do enfermeiro quanto à orientação sobre rotinas, normas e atribuições aplicadas a sua equipe. Neste contexto, houve também um aumento na função de solicitar providências e
uma redução na realização de senso/estatísticas, sendo esses
dois dados estatisticamente significantes. O número de horas
dedicadas às atividades burocrático-administrativas representou a metade ou mais da carga horária para 72% da população
estudada no ano de 1995, e 53% no ano de 2006. De acordo
com as respostas dos profissionais, no ensino da graduação
houve uma diminuição no enfoque da assistência, que passou a
ter um equilíbrio entre o cuidado e a administração. E, dentro
desta instituição, obteve-se um aumento na questão da assiseinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
TC-7
Indicadores de resultados da assistência:
análise dos eventos adversos durante a
internação hospitalar
Autor: Maria Cecília Toffoletto
Co-autores: Camila Cristina Pires Nascimento, Kátia Grillo Padilha
Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
(EEUSP)
Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 419 – Cerqueira César
– São Paulo/ SP
CEP 05403-000 – Tel.: (11) 3061-7560
Introdução: a avaliação da qualidade dos serviços nas instituições hospitalares requer a utilização de indicadores de
resultados com vistas a garantir a satisfação e segurança dos
pacientes. Dentre os indicadores, encontram-se os eventos
adversos no decorrer da prática assistencial. Objetivos: caracterizar os eventos adversos (EA) nas Unidades de Terapia
Intensiva (UTI), Semi-Intensiva (USI) e de Internação (UI)
de adultos, quanto a natureza, tipo, dia da semana e relação
funcionário/paciente, no momento da ocorrência; identificar
as intervenções dos enfermeiros imediatamente após o evento
e verificar as taxas de EA. Método: estudo quantitativo, retrospectivo, realizado em um hospital privado do município
de São Paulo/SP de fevereiro a junho de 2006, com dados do
sistema informatizado de registro de EA e analisados segundo estatística descritiva. Resultados: no período analisado, nas
3 unidades, 229 pacientes sofreram 229 EA. Predominaram
eventos relacionados à sonda nasogástrica/enteral (SNG/E)
(57,64%), seguidos por queda (16,59%) e administração de
medicamentos (14,85%). Ocorrências com SNG/E e erros de
medicação foram mais freqüentes nas UTI e USI, enquanto
queda, erros de medicação e problemas com cateter venoso
central (CVC) prevaleceram na UI. Retirada não-programada de SNG/E foi o tipo de EA prevalente nas três unidades.
A relação funcionário/paciente no momento do evento era
de 1:2, 1:3 e 1:4 na UTI, USI e UI, respectivamente. Houve distribuição semelhante de ocorrências nos diferentes dias
da semana. As intervenções de enfermagem predominantes
nas três unidades foram recolocação da SNG/E (83,33%) e
comunicação da ocorrência ao médico nos casos de erros de
medicação (55,26%) e queda (47,06%). A maior taxa de EA
foi relacionada à SNG/E, respectivamente, 2,31, 3,94 e 1,09 na
UTI, USI e UI. Considerações finais: indicadores de resultados, como os eventos adversos, são ferramentas fundamentais
da qualidade por apontarem aspectos do cuidado que podem
ser melhorados, tornando a assistência aos pacientes livre de
riscos e falhas e, portanto, mais segura.
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
TC-8
Alocação de pessoal de enfermagem e
eventos adversos em unidades de internação
Autor: Daniella Vianna Correa Krokoscz
Co-autor: Katia Grillo Padilha
Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de São
Paulo (EEUSP)
Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 419 – Cerqueira César
– São Paulo/ SP – CEP 05403-000
Estudo quantitativo, transversal, prospectivo, realizado com o
objetivo de analisar os efeitos da alocação de pessoal e da carga
de trabalho de enfermagem nos resultados da assistência em
duas Unidades de Internação (UIs) médico-cirúrgicas, com 20
e 15 leitos cada, denominadas respectivamente UI-A e UI-B,
de um hospital do município de São Paulo/SP. Utilizou-se uma
metodologia capaz de abranger 87% da variação dos cuidados
requeridos pelos pacientes, composta por itens que incluem a
dimensão biológica e psicossocial do cuidado: o Patient Focused Solutions/Workload Measurement-Inpatient Methodology (PFS/WM-IM). Foram considerados indicadores de resultado: queda, erro de medicação, retirada não-programada de
sondas, cateteres ou drenos, úlcera por pressão (UP), infecção
urinária (ITU) e pneumonia, desenvolvidas durante a internação hospitalar. Os dados foram obtidos dos prontuários e dos
registros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar,
além da escala diária de pessoal de enfermagem. Após 47 dias
consecutivos de coleta de dados, a amostra final foi composta
por 387 pacientes, sendo 218 na UI-A e 169 na UI-B. Com
distribuição eqüitativa de pacientes do gênero masculino e feminino, predominaram os idosos com 61 anos ou mais (38,5%
na UI-A e 36,1% na UI-B), submetidos a tratamento cirúrgico
eletivo (62,8% na UI-A e 56,8% na UI-B) e média de internação de 6,0 (+25,1) dias na UI-A e de 4,6 (+7,2) dias na UI-B.
A maioria dos pacientes da UI-A foi proveniente da residência
(52,3%); na UI-B, do pronto atendimento (47,3%), seguido
pela residência (37,3%). Após a alta, 85,3% dos pacientes da
UI-A e 87,6% da UI-B retornaram à residência. Com relação
à ocorrência de eventos adversos (EAs), na UI-A 14 pacientes
(6,4%) sofreram 23 EAs (9, 3 e 2 pacientes foram vítimas de 1,
2 e 4 eventos, respectivamente, sendo 13 retiradas não-programadas de sondas, cateteres ou drenos, 8 erros de medicação,
1 UP e 1 ITU). Na UI-B, 12 pacientes (7,1%) sofreram 13
EAs, ou seja, 11 pacientes sofreram 1 EA e um foi vítima de
2 EAs, sendo 10 erros de medicação, 2 retiradas não-programadas de sondas, cateteres ou drenos e 1 UP. Os pacientes
foram classificados predominantemente nas categorias 1, 2 e
3 (baixa e intermediária complexidade), alocados em unidades adequadas para o cuidado requerido – as UI. Havia, em
média, um enfermeiro para cada unidade e cada auxiliar de
enfermagem cuidou de, no máximo, cinco pacientes. A média
S5
de horas de enfermagem disponível foi maior do que o recomendado pelo PFS/WM-IM, respectivamente, 7 e 5,8 horas
na UI-A e 6,2 e 4,9 horas na UI-B (p < 0,001). No período
analisado, apesar do excedente de pessoal de enfermagem
nas UIs A e B, houve ocorrência de EAs. Os resultados deste
estudo contrapõem-se, portanto, às solicitações freqüentes de
enfermeiros por maior quantidade de pessoal e apontam para
a necessidade de novas investigações que complementem as
análises realizadas, não só para as UIs médico-cirúrgicas, mas
para todas as unidades do hospital.
TC-9
Ações da equipe de enfermagem frente à
prática de higiene oral
Autor: Amanda de Fatima Catin Savioli
Co-autores: Eliana M. S. Amaral, Alba F. Miranda, Izaide S. Marques
Instituição: Universidade Paulista (UNIP)
Endereço: Rua Comendador Enzo Ferrari, 280 – Swift – Campinas/ SP
CEP 13045-770 – Tel.: (19) 3776-4000
A cavidade oral é meio de “cultura” de agentes microbianos
na presença de placa bacteriana. Esses agentes microbianos
podem disseminar-se pelo resto do organismo e provocar danos sistêmicos. A higiene oral é uma prática que garante a boa
saúde oral. Estudos apontam uma estreita relação entre a saúde bucal e a saúde geral do indivíduo. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e análise de conteúdo.
Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, com a aplicação de um questionário aos que concordaram
em participar da pesquisa, mediante a assinatura do termo de
consentimento livre e esclarecido. O estudo foi realizado em
uma Unidade de Enfermagem médico-cirúrgica em um hospital universitário da cidade de Campinas/SP. O objetivo deste
estudo foi verificar qual a relevância dada pelo profissional de
enfermagem à pratica de higiene oral, com qual freqüência e
quais os materiais e soluções mais empregados para este fim.
Dos 26 profissionais que responderam ao questionário, 65%
pertenciam à categoria de Técnicos de Enfermagem, sendo
que 73% dos profissionais de enfermagem consideravam muito importante a realização de higiene oral. No entanto, 69%
desses profissionais realizavam o procedimento apenas uma
vez ao dia. Quanto aos materiais empregados para o procedimento de higiene oral, estes foram eqüitativamente escova
dental e espátula com gaze, e a solução preferida foi o creme
dental. Foram evidenciadas unidades de significado quanto à
relevância da higiene oral para o profissional de enfermagem.
Para esta questão, temos “profilaxia de doenças bucais” e “proporciona bem-estar”. Quando os profissionais de enfermagem
foram questionados sobre como e quando realizavam a higiene oral ao paciente consciente e independente, foi evidenciado “orientação quanto à escovação”. Para a mesma questão
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S6
Trabalhos Científicos
em relação ao paciente dependente e/ou inconsciente, tivemos
a prática de higiene oral vinculada ao procedimento de banho e/ou de aspiração do tubo orotraqueal e na presença de
sujidades. O estudo permite concluir que os profissionais de
enfermagem sabem da importância que a saúde bucal traz ao
indivíduo, como prevenção de doenças e o bem-estar proporcionado; no entanto, a freqüência é inferior às necessidades
diárias recomendadas. Esta constatação reflete uma realidade
não só local, mas brasileira, o que comprova a necessidade de
uma conscientização das instituições de Saúde, para que os
profissionais da área sejam estimulados a oferecer maior atenção aos cuidados de higiene oral.
TC-10
Conhecimento da equipe de enfermagem em
relação aos cuidados com a manutenção do
cateter totalmente implantado em crianças
dispositivos e ainda citaram verificação de refluxo e lavagem
do cateter como prática. Sobre o conhecimento do enfermeiro em relação à punção do CTI, todos (25; 100%) referiram
utilizar luva estéril, agulha específica e o uso de anti-séptico.
Conclusão: o presente estudo requer maior abordagem dos
profissionais quanto à sua real necessidade de conhecimento,
pois percebemos que as condutas algumas vezes não são comuns a todos. Percebe-se, assim, a necessidade de uma padronização ante a manutenção do CTI, para que se possa garantir
a segurança do procedimento ao cliente e sedimentar a prática
de enfermagem.
TC-11
Humanização em UTI Neonatal: o cuidado
individualizado à percepção da equipe de
enfermagem
Autor: Marcia Carla Morete
Autor: Marcia Carla Morete
Co-autores: Érica Gonçalves de Albuquerque, Liliane Parussolo
Co-autores: Juliana Ribeiro Barreto, Ligia Cipriano dos Santos
Nogueira Fernandes
Instituição: Santa Casa de Misericórdia de Santos
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Endereço: Av. Dr. Cláudio Luis da Costa, 50 – Jabaquara – Santos/ SP
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa
CEP 11075-900 – Tel.: (13) 3202-0600
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233
Introdução: quando pensamos em tratamento de crianças oncológicas, considera-se o uso de cateter totalmente implantável
(CTI) essencial para a segurança de seu tratamento. Embora a
utilização desse dispositivo seja comum, alguns serviços ainda
estão iniciando seu uso na prática da Unidade Oncológica Pediátrica. Com o avanço tecnológico e com essa nova forma de
dispositivo intravenoso utilizado, percebemos que a equipe de
enfermagem que manipula esse cateter requer conhecimento
adequado para que essa prática seja segura. Objetivo: o presente estudo tem como objetivo identificar o conhecimento da
equipe de enfermagem a respeito da manutenção do CTI em
crianças. Material e Método: a pesquisa foi de natureza quantitativa e descritiva com coleta de dados. Foram pesquisados
25 profissionais que fazem parte da equipe de enfermagem,
entre eles enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem
que trabalham em Unidades de Oncologia Pediátrica; os profissionais responderam a um questionário com perguntas abertas acerca de seus conhecimentos sobre a manutenção do CTI.
Resultados: os resultados observados mostraram que, quanto
ao curativo do CTI, alguns profissionais (11, correspondendo
a 44%) observam sinais flogísticos no local do cateter. Todos
(25; 100%), afirmaram utilizar materiais como luva e gaze
estéreis diante da técnica, e os enfermeiros (8; 100%) realizam a lavagem das mãos; outros, ainda, referiram o uso de
clorexidine alcoólico e luva estéril. E apenas um enfermeiro
(12,5%) verbalizou explicar o procedimento ao paciente e ao
familiar. Quanto aos cuidados com o CTI durante a infusão de
medicamentos, 15 profissionais (60%) realizam assepsia dos
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Introdução: segundo o Ministério da Saúde, a humanização é
entendida como valor, ou seja, resgata o respeito à vida humana, abrange circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas presentes em todos os relacionamentos humanos. Em
uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), faz-se
necessária a conscientização de que, quanto mais cedo forem
identificados os fatores de risco para o RN, maiores as condições ajudá-los. Este é um dos papéis da enfermagem neonatal
para promover segurança ao RN e a prestação de um cuidado
mais humanizado. Objetivo: identificar a percepção da equipe de enfermagem em relação à humanização da assistência
prestada aos recém-nascidos internados na UTIN. Material e
Método: este estudo descritivo e quantitativo foi desenvolvido
com 19 profissionais de enfermagem que atuam na UTIN de
um hospital público do município de São Paulo/SP. A coleta
de dados foi realizada por meio de um formulário com questões abertas. Resultados: os resultados obtidos evidenciaram
que a maioria dos profissionais sabe o que é a humanização;
dentre os fatores que favorecem a humanização, destacaramse o contato direto entre mãe e filho, o acesso livre aos pais e
a permanência contínua da mãe na unidade, assim como ficou evidenciada a importância do esclarecimento de dúvidas
e apoio aos pais. Em relação às medidas de alivio da dor, alguns verbalizaram o contato direto e a avaliação da dor como
forma de minimizá-la, embora reconheçam que essas crianças
são manipuladas na maioria das vezes em torno de três a oito
vezes no período de seis horas, aumentando seu estresse. Os
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
profissionais referiram que, como medida de humanização, o
ambiente deve ser alegre, colorido, livre de sons e ruídos, com
pouca luminosidade e que possua grupo de pais e ajuda aos familiares desses recém-nascidos internados, propiciando uma
comunicação terapêutica adequada com vistas a auxiliar na
superação desse momento difícil. Conclusão: dos profissionais
que participaram desse estudo, a maioria sabe reconhecer o
que é a humanização, embora tenha apresentado dificuldades
de identificar a aplicabilidade em sua prática diária.
TC-12
Vantagens e desvantagens para o
enfermeiro do Cateter Venoso Central (CVC)
percutâneo em crianças internadas em
unidades de terapia intensiva pediátrica
S7
causada pela punção venosa periférica, capacidade de infusão
de volume em tempo hábil, assim como a via de acesso segura.
Em relação às desvantagens do CVP para os profissionais, a
maioria referiu não possuir e, para a criança, o risco de infecção foi o mais citado entre os entrevistados. Conclusão: o CVC
percutâneo é um procedimento que se torna cada vez mais necessário na prática diária, não somente por evitar exposição das
crianças a procedimentos múltiplos dolorosos, como por obter uma via de acesso segura tanto para os profissionais como
para as crianças. No entanto, a necessidade dos profissionais
que manipulam este dispositivo de se manterem atualizados
é fundamental para a qualidade da assistência. Sendo assim,
a educação continuada tem papel fundamental em aprimorar
o conhecimento prático-teórico necessário da equipe que manipula o cateter venoso central percutâneo, dentro das novas
tecnologias desenvolvidas pela instituição.
Autor: Marcia Carla Morete
Co-autores: Aleksandra de Jesus Carneiro, Priscilla Lisandra Silva
da Conceição
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa
TC-13
Incidência de pacientes com piercing no
pré-operatório de cirurgias gerais
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
Autor: Aline M. C. Nogueira
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233
Co-autor: Solange Diccini
Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Introdução: o CVC percutâneo é realizado pelo médico por
meio de punção em uma veia calibrosa, possibilitando rápido
acesso, com efeitos imediatos. O procedimento necessita de
anestesia local e técnica asséptica, tendo como sítios de punção
a veia jugular interna, a subclávia, a jugular externa e a femoral.
Observamos que, com o passar dos anos, técnicas complexas
de monitorização tornaram-se responsabilidade da equipe de
enfermagem, tendo esta de se familiarizar com equipamentos
para uma boa assistência à criança. No intuito de garantir qualidade na assistência, é necessário que o enfermeiro se atualize
nos cuidados que envolvem o procedimento de implantação
do CVC percutâneo, desde sua indicação, preparo da criança,
material, equipamentos necessários e auxilio durante a intervenção, bem como cuidados na manipulação e prevenção de
complicações, principalmente a infecciosa. Objetivo: obter dos
entrevistados a opinião sobre as vantagens e desvantagens em
relação ao cateter venoso central percutâneo (CVP) para o enfermeiro e para crianças. Material e Método: estudo descritivo
desenvolvido em um hospital geral de grande porte e de ensino
entre dez enfermeiros que prestam assistência à criança crítica,
ou seja, na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP).
Resultados: dentre as dificuldades mais comuns de acesso venoso em crianças em estado crítico está a dificuldade do procedimento diante do estado clínico da criança, assim como o
estresse que as tentativas de punções periféricas proporcionam
e a dificuldade de manter o acesso seguro. Dentre as vantagens do CVP para os profissionais, estes mencionaram a via
de acesso segura e, para as crianças, a diminuição do estresse
Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/ SP
CEP 04652-280 – Tel.: (11) 9712-8094
Introdução: o uso de piercing pode acarretar uma série de
complicações no paciente hospitalizado. O piercing na língua
pode ser aspirado durante a intubação orotraqueal; o piercing
em genitália pode dificultar a execução de parto normal; piercing no mamilo pode causar queimaduras após o uso de desfibrilador elétrico, como também pode provocar queimaduras
devido ao uso de bisturi elétrico durante a cirurgia. Objetivo:
avaliar a incidência de pacientes portadores de piercing no
pré-operatório. Material e Método: estudo coorte prospectivo, realizado nas Unidades Cirúrgicas do Hospital São Paulo
nos meses de novembro de 2005 a agosto de 2006. Resultados:
foram avaliados 502 pacientes, sendo que 266 (53%) do sexo
feminino e 236 (47%) do sexo masculino. Quanto à especialidade, 104 (20,7%) eram da ginecologia, 87 (17,3%) da urologia, 79 (15,7%) da ortopedia, 52 (10,4%) da gastrocirurgia,
35 (7,0%) da cirurgia plástica, 32 (6,4%) da otorrinolaringologia, 27 (5,4%), 24 (4,8%) da neurocirurgia, 20 (4,0%) da
cirurgia de tórax, 14 (2,8%) da cirurgia vascular, 9 (1,8%)
da oftalmologia, 7 (1,4%) da cirurgia de cabeça e pescoço, 7
(1,4%) da endocrinologia, 4 (0,8%) de transplantes e 1 (0,2%)
do centro obstétrico. Três pacientes (0,6%) usavam piercing no
pré-operatório, sendo que todos eram do sexo feminino e com
a localização do piercing no umbigo. Os pacientes retiraram o
piercing no pré-operatório. Conclusão: a incidência de pacientes com piercing foi de 0,6%. Mesmo com poucos relatos na
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S8
Trabalhos Científicos
literatura sobre complicações relacionadas ao uso do piercing
no intra-operatório, é necessário que no pré-operatório o enfermeiro oriente a retirada do piercing antes do encaminhamento do paciente ao centro cirúrgico.
TC-14
Qualidade de vida de idosos
institucionalizados
Autor: Cibele Silveira Balaban
Co-autor: Ruth Beresin
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233
eram independentes com relação à continência e 86,6 eram independentes para alimentação. Conclusões: a equipe de enfermagem tem um papel importante, qual seja auxiliar o idoso a
viver mais tempo e com autonomia. Para isto, uma das tarefas
prioritárias é a capacitação dos profissionais que cuidam dos
idosos, enfocando principalmente técnicas de preservação da
capacidade funcional, visando a uma boa qualidade de vida.
TC-15
Problemas relacionados a medicamentos:
a avaliação do processo da cadeia
medicamentosa
Autor: Maria Fernanda Zorzi Gatti
Co-autores: Adriana Alves de Oliveira Marques, Patricia
Introdução: com o grande aumento da população idosa no
mundo, os estudos mostram que o fato de viver cada vez mais
traz implicações importantes para a qualidade de vida; a questão é como prolongar a vida de maneira saudável. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), qualidade de vida é “a
percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da
cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos
seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Uma
vida saudável no processo de envelhecimento é o resultado de
uma interação de diferentes fatores. Viuvez, doenças incapacitantes, distúrbios mentais ou acidentes são eventos que podem,
juntos ou isoladamente, comprometer a capacidade funcional
do idoso e, conseqüentemente, sua independência e autonomia. E é justamente nestes momentos mais críticos que os idosos necessitam de cuidados da equipe de enfermagem e de outros profissionais de saúde, no sentido de oferecerem o apoio
e o estímulo necessários para que estes idosos não diminuam
ou percam sua capacidade funcional, limitando a realização de
atividades básicas da vida diária e diminuindo sua qualidade
de vida. Objetivo: avaliar a qualidade de vida e as atividades
da vida diária de idosos institucionalizados. Foi realizado estudo transversal com uma amostra de 30 idosos do Residencial
Israelita Albert Einstein, sendo aplicados os seguintes instrumentos: World Health Organization Quality of Life, em versão
abreviada (WHOQOL-Bref), a Escala de Atividades da Vida
Diária, de Katz, e um breve questionário elaborado pelas autoras. Resultados: os idosos eram em sua maioria viúvos e predominantemente do sexo feminino, com idade média de 84 anos.
Em relação à escolaridade, 36,7% havia concluído o ensino
fundamental. Quanto à avaliação da qualidade de vida dos idosos, o domínio social e meio ambiente foram os que apresentaram os maiores escores, enquanto o domínio físico foi o que
apresentou o menor escore. Com relação às atividades básicas
da vida diária, foram obtidos os seguintes resultados: 63,4%
dos idosos eram dependentes para tomar banho, 60% eram
dependentes para vestir-se, 50% eram independentes para ir
ao banheiro, 77% eram independentes para locomoção, 63%
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Vendramim, Simone Cristina Garcia
Instituição: Hospital Samaritano
Endereço: R. Cons. Brotero, 1486 – Higienópolis – São Paulo/ SP
CEP 01232-010 – Tel.: (11) 3821-5650
Introdução: os problemas relacionados a medicamentos (PRM)
englobam toda a cadeia medicamentosa, que compreende um
processo multiprofissional originado na prescrição médica
e seguido da validação e aprazamento dos horários de administração, os quais são realizados pelo farmacêutico e pelo
enfermeiro, respectivamente; a transcrição (solicitação dos
medicamentos à farmácia), efetuada pelo auxiliar administrativo; a dispensação, pelo auxiliar de farmácia; e o preparo e a
administração do medicamento, pela equipe de enfermagem.
Objetivo: conhecer o índice de PRM e identificar suas origens
e conseqüências ao paciente. Material e Método: foi realizado
um estudo descritivo exploratório com abordagem quantitativa,
mediante a análise das fichas de ocorrências encaminhadas à
Comissão de Análise de PRM no período de julho de 2006 a
março de 2007, referentes a pacientes internados e atendidos
nos pronto-socorros (PS) de um hospital privado da cidade de
São Paulo/SP. Para os pacientes internados, o cálculo para o
índice de PRM foi obtido do número total de PRM/total de
pacientes-dia X mil dias (por considerarmos que o tempo de
permanência constitui variável importante). Nos PS, o índice
foi calculado mediante o total de PRM/total de pacientes atendidos X mil. As origens foram identificadas a partir das fases
que compõem a cadeia medicamentosa institucional e as conseqüências ao paciente, classificadas em conformidade com a
diretriz da American Society of Hospital Pharmacists (ASHP),
que considera desde o nível 0 (erro potencial que não atingiu o
paciente) até o nível 6 (erro que resultou em óbito do paciente).
Resultado: os índices encontrados para os pacientes internados
e atendidos nos PS foram, respectivamente, 13,86% e 0,39%;
originados na prescrição médica, 11,5% e 29,7%; na validação
e aprazamento, 1,7% e 2,7%; na transcrição, 41,4% (pacientes internados); na dispensação, 35,3% e 21,6%; no preparo,
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
0,8% e 5,4%; e na administração, 9,4% e 40,6%. Em relação às
conseqüências aos pacientes internados e atendidos nos OS, o
nível 0 prevaleceu em 72,1% e 48,6%, respectivamente; o nível
1, em 19,8% e 37,8%; o nível 2, em 2,7% e 8,2%; o nível 3, em
0,2% e o nível 4, em 0,4% (pacientes internados); o nível 5, em
2,7% nos PS e sem condições de classificação em 4,8% e 2,7%
dos PRM. Conclusão: os índices encontrados não nos permitem
ainda uma análise fidedigna de sua relevância, uma vez que não
são comparáveis aos encontrados na literatura, que, por não
considerarem o tempo de permanência do paciente, podem interferir na acurácia do dado. As etapas de transcrição médica
(pacientes internados) e administração de medicamentos (PS)
foram as mais relevantes na origem dos PRM. Embora as conseqüências observadas não tenham sido graves, pois a maioria dos
PRM foi identificada antes de atingir o paciente, os resultados
apontam para a necessidade de revisão das etapas do processo,
investimento em educação e tecnologia de informação.
TC-16
TATEME enfermagem: treinamento no
atendimento de emergência direcionado
para técnicos de enfermagem
Autor: Yara Kimiko Sakô
Co-autores: Thaís Galoppini Félix, Monique Bueno Alves,
Marina Vaidotas
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
S9
Enfermagem, curso de imersão teórico-prático voltado para os
técnicos de enfermagem. Objetivos: avaliar e capacitar equipe
de enfermagem e motoristas de ambulância da UPA no atendimento de urgências, emergências clínicas e traumatologias em
adultos e crianças; Metodologia: foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo a partir dos dados obtidos
de dois cursos ministrados em julho de 2006, com carga horária
de 16 horas cada. A amostra foi composta por 68 profissionais
da UPA, dos quais 53 técnicos de enfermagem, 4 auxiliares de
enfermagem, 3 enfermeiros juniores e 8 motoristas de ambulância, sendo o critério de inclusão a participação em 100% do
curso. Para a coleta dos dados foi elaborado um questionário
composto por 20 questões de múltipla escolha, relacionadas ao
atendimento de emergência, tendo sido aplicado individualmente aos profissionais na fase pré e pós-curso; após a correção, atribuiu-se 0,5 ponto para cada acerto. Os dados obtidos
foram submetidos à análise estatística e tabulados. Resultados:
a média do pré-teste foi 5,0, e do pós-teste, 8,2, demonstrando
um aproveitamento médio de 63%. Os profissionais que não
obtiveram a média de 7,0 no pós-teste foram reorientados durante o conteúdo prático. O conteúdo prático foi realizado com
enfoque no resgate do conteúdo teórico ministrado. Considerações finais: a abordagem sistematizada da emergência exige
uma atuação na qual cada profissional deve saber seu papel
e sua importância dentro da equipe. Assim, o TATEME enfermagem oferece ao técnico uma referência para avaliação,
tratamento, educação e garantia de qualidade e segurança no
atendimento de emergência.
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0200
TC-17
Introdução: a abordagem sistematizada do atendimento ao
indivíduo em situação de emergência iniciou-se em 1980 nos
Estados Unidos com a criação e implementação do Advanced
Trauma Life Support (ATLS) pelo Colégio Americano de Cirurgiões, e posteriormente com os Programas de Atendimento
Cardíaco de Emergência da Associação Americana do Coração: Advanced Cardiac Life Support (ACLS), Advanced Pediatric Life Support (PALS) e Basic Life Support (BLS), para profissionais da saúde e leigos. No Brasil, este tipo de treinamento
difundiu-se a partir do final dos anos 1980 e principalmente nos
anos 1990, embora sempre direcionado para os médicos, sendo
possível a participação de enfermeiros e inicialmente também
de fisioterapeutas. Este tipo de abordagem em termos do A B
C D E implica uma linha de pensamento e ação para toda a
equipe multiprofissional de emergência. Partindo da premissa
que os cursos de suporte avançado de vida são direcionados
aos profissionais de saúde de nível superior, foi criado em 2004
pela equipe da Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) de
um hospital particular terciário de grande porte da zona sul de
São Paulo/SP o Treinamento de Atendimento em Emergência
(TATEME). Inicialmente, o enfoque foi a divisão de tarefas;
posteriormente, as enfermeiras desenvolveram o TATEME
Trauma no idoso: abordagem e segurança
no transporte pré-hospitalar
Autor: Marcia Cristina da Cruz Mecone
Co-autores: Monique Bueno Alves, Felipe Freitas Marques, Gladys
Cristina Borges, Kelly Cristina Rodrigues Dias, Alexandre Pieri,
Marina Vaidotas
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: com o aumento da expectativa de vida, o trauma no
idoso tornou-se um problema de Saúde Pública. A prevenção é
considerada o melhor tratamento, porém muitas vezes não é suficiente. A abordagem na fase aguda do trauma, quando realizada
por uma equipe treinada e capacitada, proporciona menor risco
de agravos nas lesões pré-existentes. O conhecimento da incidência de casos e das características demográficas dos pacientes
idosos atendidos na fase pré-hospitalar por uma equipe de enfermagem de uma Unidade de Primeiro Atendimento (UPA) pode
trazer informações importantes para a criação de um protocolo,
visando à melhoria na qualidade e segurança no atendimento.
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S10
Trabalhos Científicos
Objetivos: caracterizar a população idosa vítima de trauma, atendida pela equipe pré-hospitalar da UPA de um hospital terciário
do município de São Paulo/SP. O objetivo secundário foi avaliar a
necessidade de desenvolver estratégias para a melhoria da assistência pré-hospitalar de enfermagem nessa população. Método:
estudo retrospectivo com pacientes atendidos pela equipe préhospitalar da UPA do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE),
de janeiro a dezembro de 2006. As informações foram obtidas a
partir de um banco de dados com as características dos chamados
de saída de ambulância. Foram incluídos no estudo os pacientes com mais de 60 anos, com diagnóstico de lesões traumáticas,
atendidos pela equipe pré-hospitalar. Resultados: de um total de
430 pacientes atendidos pela equipe pré-hospitalar, 299 (69,5%)
eram idosos; desses, 161 eram do sexo feminino. Lesões traumáticas foram observadas em 57 pacientes, correspondendo a 13,2%
do total de atendimentos no ano de 2006. A média de idade foi
de 85,4 anos. Verificou-se que 40 (70,1%) idosos tinham idade
entre 74 e 89 anos. A maioria dos chamados, correspondendo a
78,2% do total, foram realizados entre às 8 e 21 horas. Todos os
atendimentos foram realizados na residência dos pacientes. Após
admissão na UPA, todos evoluíram com internação hospitalar.
Discussão: a tabulação dos dados nos fez perceber que é necessário um programa de capacitação especializado que contribua
para a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem nos
idosos vítimas de trauma. O enfoque anátomo-fisiológico, fatores
predisponentes, abordagem no local e transporte com segurança
para a UPA são importantes para a realização de um protocolo
específico. Observou-se a necessidade da utilização de indicadores de qualidade para avaliação e desenvolvimento de ações de
melhoria. Considerações finais: o estudo permitiu-nos conhecer
a incidência e as características dos casos de idosos vítimas de
trauma, os horários de maior incidência e o local em que o trauma ocorreu. Essas informações serão utilizadas como base para a
criação de um protocolo específico da UPA.
TC-18
tos lançados no mercado anualmente, a qualidade das prescrições
médicas, enfim, falhas no sistema de medicação de uma maneira
geral. Uma forma de diminuir os erros de medicação é a sua notificação, o que permite o estudo das causas, possibilitando sua
prevenção. Assim, este estudo foi desenvolvido com os seguintes
objetivos: descrever e analisar os erros de medicação notificados
em um hospital geral privado no município de Campinas/SP e o
relatório de ocorrências utilizado pela instituição. Trata-se de um
estudo descritivo exploratório, retrospectivo e longitudinal, que
foi dividido em duas fases: na primeira fase foi realizada a análise dos erros de medicação ocorridos e na segunda, a entrevista
com os profissionais. Foram analisados 39 erros de medicação
no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2005, dos quais
13 (33,3%) estavam relacionados à administração de medicamento não-prescrito, 10 (25,6%) a erros de omissão, 6 (15,4%) a erro
de dose, 5 (12,8%) a erro de técnica, 3 (7,7%) a erro de horário,
1 (2,6%) a erro de apresentação e 1 (2,6%) a erro de prescrição.
A entrevista foi realizada com 64 profissionais; destes, 45 (70,3%)
não conhecem o relatório de ocorrências utilizado na instituição.
Dos 19 (29,7%) profissionais que o conhecem, todos o consideram adequado para o relato dos erros de medicação; além disso,
30 (46,9%) profissionais acreditam que os erros de medicação
são notificados na instituição. Entretanto, com o número de erros
notificados em um período de seis anos ficou claro que a subnotificação é uma realidade vivenciada pela instituição. Concluise que os profissionais da instituição não têm conhecimento da
situação atual vivenciada pela instituição com relação aos erros
de medicação e à subnotificação destes erros. Além disso, o relatório de ocorrências da instituição está incompleto, necessita ser
revisado e divulgado dentro da instituição, a fim de envolver toda
a equipe multidisciplinar, aumentar o número de erros relatados
e, desta forma, implementar estratégias de ação para evitar novos
erros, aumentando conseqüentemente a segurança dos pacientes
e a qualidade da assistência prestada.
TC-19
A ponta do iceberg: o método de notificação
de erros de medicação em um hospital geral
privado no Município de Campinas/SP
Eficácia da utilização da escala modificada de
LAPSS no reconhecimento precoce do AVC
Autor: Thalyta Cardoso Alux Teixeira
Co-autores: Renata Donato Janeri, Denise Isabel Luiz, Marina Vaidotas,
Co-autor: Silvia Helena de Bortoli Cassiani
Sandra Cristina P. L. Shiramizo, Silvia de Barros Ferraz, Tânia Oliveira Lopes
Instituição: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Universidade de São Paulo (USP)
Endereço: Av Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
Endereço: Av. Bandeirantes, 3900 – Campus Universitário – Monte
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0200
Autor: Lourdes Segawa
Alegre – Ribeirão Preto/ SP – CEP 14040-900 – Tel.: (16) 3602-3418
Observações realizadas na prática de enfermagem indicam que
erros na administração de medicamentos são passíveis de ocorrer
e de fato ocorrem. Como causas têm-se, entre outras, a sobrecarga de trabalho da equipe de enfermagem, o conhecimento insuficiente sobre os medicamentos, o número elevado de medicameneinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Introdução: segundo dados da Organização Mundial de Saúde
(OMS), ocorrem no mundo cerca de 6 milhões de mortes/ano
relacionadas ao acidente vascular cerebral (AVC), sendo a terceira maior causa de morte depois das doenças coronarianas e
do câncer. O AVC requer um método de triagem rápido para
seleção dos pacientes, sendo o primeiro contato entre o paciente
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
e o hospital. A equipe de enfermeiros da Unidade de Triagem
deve ser treinada e capacitada a reconhecer os sinais e sintomas
do AVC. O uso de escalas específicas para o reconhecimento do
AVC aumenta a probabilidade do diagnóstico correto. A escala
Los Angeles Prehospital Stroke Screen (LAPSS) é utilizada na
Unidade de Primeiro Atendimento do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE) desde 2004; contudo, em 4 casos os pacientes
não foram triados da maneira recomendada, tendo o tempo porta
imagem acima de 45 minutos – tempo recomendado pela American Heart Association (AHA) –, o que poderia comprometer
o prognóstico do paciente. Mediante este fato, foram realizadas
reuniões para discussão e avaliação das causas que levaram à dificuldade do reconhecimento pelo enfermeiro da triagem, e foi
realizada uma adaptação da escala LAPSS. Objetivo: avaliar a
eficácia da adaptação da escala LAPSS no reconhecimento precoce dos sinais e sintomas do AVC pelo enfermeiro da triagem.
Material e Método: estudo descritivo retrospectivo realizado em
um hospital privado de grande porte da cidade de São Paulo/SP
no período de março a agosto de 2006 (pré-adaptação) e setembro de 2006 a abril de 2007 (pós-adaptação). Foram relacionados
os casos suspeitos, tempo porta imagem e o diagnóstico de AVC
isquêmico (AVCI). Foi realizado treinamento, que contemplou
84% dos enfermeiros da unidade e enfatizou a mudança da escala e a expectativa quanto à melhoria do reconhecimento dos
sinais e sintomas de pacientes com suspeita de AVC. Resultados:
diagnósticos pré (nº), pré (%), pós (nº), pós (%): AVCI – 71;
54%, 48; 56%; AVCH – 11; 8%, 11; 13%; AIT – 20; 15%, 21;
24%; Outros – 30; 23%, 6; 7%; Total – 132; 100%, 86; 100%.
Conclusão: a adaptação da escala LAPSS determinou o aumento do reconhecimento dos casos de AVC hemorrágico (AVCH)
e acidente isquêmico transitório (AIT), e houve diminuição do
acionamento do código AVC para casos não-elegíveis ao protocolo, demonstrando que o envolvimento do enfermeiro no processo assistencial de triagem, com conhecimento técnico-científico adequado, permite o reconhecimento precoce dos sinais
e sintomas do AVC, possibilitando ao paciente um tratamento
ágil, eficaz e adequado, com redução da morbi-mortalidade.
TC-20
S11
hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos problemas de
Saúde Pública de maior prevalência em todo o mundo e constitui-se numa das afecções mais comuns do mundo moderno,
atingindo, em média, de 15% a 20% da população adulta. Por
esse motivo, objetivou-se investigar o perfil dos hipertensos
com idade entre 40 e 70 anos, pertencentes à área de abrangência do Posto de Saúde José Coelho dos Santos, no município de
Guaraí/TO, e elaborar um plano de assistência de enfermagem.
Como método de estudo, foi utilizada coleta de dados por meio
de um questionário semi-estruturado. Os resultados mostraram
que 83,55% dos hipertensos têm mais de 50 anos; 60,8% são mulheres; 75,9% têm uma alimentação inadequada; 65,82% informaram fumar ou já ter fumado; 74,68% não praticam atividade
física; 45,45% consomem bebida alcoólica; 60,76% têm história
de hipertensão na família; 45,57% são portadores de diabetes
mellitus; e 59,5% estão acima do peso. Tais resultados reforçam
a importância da divulgação de informações e orientações relacionadas com a saúde dos hipertensos e das pessoas com maior
predisposição de se tornarem portadores de HAS. Em virtude
disso, foi elaborado um plano de assistência de enfermagem,
posteriormente disponibilizado às enfermeiras da Unidade
Básica de Saúde. O plano elaborado abordou assuntos pertinentes à hipertensão arterial, incluindo esclarecimento sobre o
conceito, causas e conseqüências, sinais e sintomas, tratamento
medicamentoso e não-medicamentoso, importância da redução
do consumo de sódio, importância de abster-se do tabagismo
e diminuir a ingestão alcoólica, controle do peso, estímulo à
prática de atividade física, mudança de hábitos alimentares inadequados, consultas periódicas com o médico e o enfermeiro,
uso correto de medicamentos e participação de um grupo de
controle de hipertensos, além da capacitação dos profissionais
para melhor atender pacientes com hipertensão arterial.
TC-21
Transtorno afetivo bipolar e terapêutica
medicamentosa: analisando perdas
e limitações
Autor: Adriana Inocenti Miasso
O perfil dos hipertensos pertencentes à área
de abrangência do posto de saúde José
Coelho dos Santos
Co-autores: Silvia Helena de Bortoli Cassiani, Luiz Jorge Pedrão
Autor: Camila Ferreira Cruz Coêlho
Monte Alegre – Ribeirão Preto/ SP
Instituição: Faculdade Guaraí
CEP 14040-900 – Tel.: (16) 3602-3418
Instituição: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo (USP)
Endereço: Av. Bandeirantes, 3900 – Campus Universitário
Endereço: Av. JK, 2541 – Jardim Universitário – Guaraí/ TO
CEP 77700-000
Uma constante preocupação nos dias atuais é a elevação dos
níveis de pressão arterial na população, principalmente com o
avançar da idade. Esta é uma síndrome de origem multifatorial
caracterizada pelo aumento das cifras pressóricas arteriais. A
O transtorno afetivo bipolar (TAB) é considerado um transtorno crônico, caracterizado pela existência de episódios agudos e recorrentes de alteração patológica do humor que trazem grande impacto na vida do paciente, impondo-lhe limites
e reduzindo sua qualidade de vida. Como o TAB é crônico,
a adesão ao tratamento medicamentoso é fundamental para
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S12
Trabalhos Científicos
aumentar a chance de melhorar o prognóstico. A eficácia
está diretamente relacionada à adesão. Todavia, quando opta
por aderir ao tratamento medicamentoso prescrito, a pessoa
com TAB passa a conviver com seus efeitos colaterais, muitas vezes limitantes e dolorosos. Nesse contexto, este estudo
analisou as perdas e limitações vivenciadas pelas pessoas com
TAB frente ao transtorno e terapêutica medicamentosa, em
sua perspectiva e na de seu familiar. Trata-se de uma pesquisa
de natureza qualitativa, tendo como referencial metodológico
a Teoria Fundamentada nos Dados, à luz do Interacionismo
Simbólico. É parte da tese de doutorado intitulada Entre a
cruz e a espada: o significado da terapêutica medicamentosa
para a pessoa com Transtorno Afetivo Bipolar, em sua perspectiva e na de seu familiar. Participaram do estudo 14 pessoas com
TAB que estavam em acompanhamento em uma Unidade
Ambulatorial de Transtornos do Humor de um hospital universitário e 14 familiares por elas indicados. A entrevista e a
observação foram as principais formas de obtenção de dados.
Os resultados revelaram duas categorias que descrevem as
perdas da pessoa com TAB devido ao transtorno e terapêutica medicamentosa e seis que descrevem suas limitações: tendo perdas afetivas; tendo perdas cognitivas; tendo limitações
nos estudos; tendo limitações no trabalho; tendo limitações
financeiras; tendo limitações no lazer; tendo limitações para
conduzir veículos e tendo restrições alimentares. Constatouse que apesar da ambivalência em relação à adesão ao medicamento, proveniente dos efeitos terapêuticos e colaterais
ocasionados pelo mesmo, a pessoa com TAB possui potencialidades para conviver com a situação de perdas e limitações.
Palavras-chave: Transtorno bipolar, Hábitos de consumo de
medicamentos, Relações interpessoais.
TC-22
Transtorno afetivo bipolar:
terapêutica medicamentosa e interação
com a equipe de saúde
Autor: Adriana Inocenti Miasso
Co-autores: Silvia Helena de Bortoli Cassiani, Luiz Jorge Pedrão
Instituição: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da
na instrumentalização do paciente e do familiar em relação
ao transtorno e ao tratamento medicamentoso. Assim, este
estudo teve como objetivo avaliar como ocorre a interação
entre a pessoa com TAB e a equipe de saúde responsável por
sua terapêutica medicamentosa, na perspectiva do paciente
e familiar. Esta investigação utilizou uma abordagem qualitativa, tendo como referencial metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados, à luz do Interacionismo Simbólico. É
parte da tese de doutorado intitulada Entre a cruz e a espada:
o significado da terapêutica medicamentosa para a pessoa com
Transtorno Afetivo Bipolar, em sua perspectiva e na de seu familiar. Participaram do estudo 14 pessoas com TAB que estavam em acompanhamento em uma Unidade Ambulatorial de
Transtornos do Humor de um hospital universitário e 14 familiares por elas indicados. A entrevista e a observação foram
utilizadas como principais estratégias de obtenção de dados.
As entrevistas gravadas, após serem transcritas, foram codificadas em três etapas: codificação aberta, codificação axial e
codificação seletiva. Os resultados revelaram duas categorias
que descrevem como ocorre a interação entre a pessoa com
TAB e a equipe de saúde: identificando falhas na orientação
sobre os medicamentos e sentindo necessidade de uma avaliação individualizada. Constatou-se que, ao interagir com a
equipe de saúde, a pessoa com TAB não se sente acolhida e,
frente ao que é vivenciado, adota várias estratégias na expectativa de modificar aspectos negativos de sua realidade: a fé,
a busca por acesso a informações sobre os medicamentos e
sobre o transtorno, bem como a participação em grupo de psicoeducação. Este estudo permitiu, assim, um salto na implementação de estratégias de intervenção nos serviços de saúde
direcionadas à segurança destes pacientes no que se refere à
interação com a equipe de saúde e terapêutica medicamentosa. Sugere-se como estratégias: oferecer adequado processo
psicoeducativo ao paciente; implementar, durante os períodos de hospitalização, a auto-administração supervisionada
de medicamentos; estimular os pacientes a questionar os vários aspectos da terapêutica medicamentosa, atuando como
parceiros no tratamento, por meio do uso de folhetos com
explicações simples. Palavras-chave: Transtorno bipolar, Hábitos de consumo de medicamentos, Relações interpessoais.
Universidade de São Paulo (USP)
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Monte Alegre – Ribeirão Preto/ SP
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O transtorno afetivo bipolar (TAB) é considerado um transtorno crônico, caracterizado pela existência de episódios
agudos e recorrentes de alteração patológica do humor que
trazem grande impacto na vida do paciente. Como o TAB
é crônico, a adesão ao tratamento medicamentoso é fundamental para aumentar a chance de melhorar o prognóstico.
Nesse contexto, a equipe de saúde tem papel fundamental
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
TC-23
Satisfação do cliente da unidade
de primeiro atendimento pediátrico: impacto
da brinquedoteca
Autor: Monique Bueno Alves
Co-autores: Magda Roberta Ferreira, Lacynéia Maria A. V.
Kleimman, Marina Vaidotas
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
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IV Simpósio Internacional de Enfermagem
Introdução: a Unidade de Primeiro Atendimento Pediátrico
(UPA-P) do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) é capacitada para atendimento de urgências, emergências e situações com baixo grau de complexidade, com média de 1.892
atendimentos/mês. Fatores como tempo de espera imprevisível para o atendimento médico e presença de insegurança,
dúvidas e apreensão frente à criança enferma tornam árdua
a tarefa de atingir a expectativa e satisfação completa em todos os atendimentos avaliados pela família. Para acolher a
criança e sua família, a equipe multiprofissional da UPA-P
sentiu a necessidade de inovar: reformou o setor, tornou-o
um ambiente harmônico, alegre, interativo e recreativo e
criou a brinquedoteca, estratégias que foram desenvolvidas
para amenizar o estresse da criança e família causado pela
hospitalização. A brinquedoteca da UPA-P foi inaugurada em
fevereiro de 2007, é supervisionada por uma brinquedista e as
atividades são adequadas para o cenário hospitalar. Este estudo busca dados que relacionem a satisfação do cliente com
a brinquedoteca na UPA-P. Objetivos: identificar, caracterizar e comparar os números de queixas e elogios referentes
à UPA-P antes e depois da implantação da brinquedoteca.
Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo
realizado na UPA-P do HIAE a partir dos registros de queixas
e elogios de clientes, comparando os períodos de fevereiro
a maio de 2006 e fevereiro a maio de 2007. Resultados: no
primeiro período, os atendimentos pediátricos totalizaram
8.377, foram registradas 5 (0,05%) queixas e não houve elogios. Considerando o conteúdo das queixas, 3 (60%) foram
referentes a demora para atendimento e as 2 restantes a falta
de cortesia (20%) e falta de brinquedos na recepção (20%).
Durante o segundo período, 7.984 crianças foram atendidas
e houve o registro de 15 (0,18%) queixas. A fatura hospitalar
foi o principal motivo das queixas, com 8 (53,3%) ocorrências, seguida por discordância do diagnóstico médico, com
3 casos (20%). Falta de cortesia, punção venosa e demora no
processo de internação representaram 1 queixa (6,6%) cada.
No mesmo período, o número de elogios foi 11 (0,13%),
sendo 6 (54,5%) para a equipe multiprofissional, 3 (27,2%)
para a brinquedoteca e 2 (18,1%) para pediatras. O aumento
das queixas registradas no segundo período é decorrente da
discordância de valores de cobranças; em contrapartida, não
houve queixas referentes a espera para atendimento e o número de elogios aumentou significantemente. Considerações
Finais: nossa análise sugere que a brinquedoteca contribuiu
para a diminuição da ansiedade e insegurança potencializadas pelo setor de emergência. Provavelmente, a espera pelo
atendimento tenha-se tornado menos estressante e a doença
foi desfocalizada, mantendo a premissa da assistência hospitalar humanizada. Os elogios referentes à brinquedoteca corresponderam a 27,2% dos registrados e traduzem a satisfação
dos clientes da UPA-P frente a inovações que visam à qualidade do atendimento hospitalar.
S13
TC-24
Avaliação de feridas na UPA: implantação de um
instrumento facilitador
Autor: Maria Roza de Jesus Sampaio de Oliveira
Co-autores: Márcia Gomes da Silva, Renata Gonçalves de Souza,
Elson Peyneau, Assunta Marcelina Poleone, Marina Vaidotas
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: no ano de 2006, foram realizados 3.600 curativos na
Unidade de Primeiro Atendimento (UPA). Frente ao alto volume
de atendimentos, percebeu-se a necessidade de elaboração de um
instrumento facilitador para que o enfermeiro realizasse de forma
mais rápida e segura a avaliação de feridas. Objetivo: descrever a
experiência na criação e implantação de um instrumento facilitador
para avaliação de feridas. Método: estudo descritivo, no qual foi avaliado o número de pacientes atendidos na UPA com lesões, produtos
utilizados para a realização do curativo e treinamento com a equipe
de enfermagem. A partir dessa análise definimos a rotina de avaliação, registro e execução do procedimento. Discussão: a avaliação de
um resultado que, do ponto de vista de alguns profissionais da equipe, não se encontrava satisfatório proporcionou uma revisão de todo
o processo, envolvendo toda a equipe de enfermagem que realizava
o procedimento e gerando a oportunidade de aprendizado e de adequação da atividade. Reescrevemos a descrição do procedimento,
reformulamos a ficha de registros e capacitamos a equipe. Ainda não
temos dados clínicos que mostrem as melhorias no processo. Porém,
verificou-se que a equipe de enfermagem atende esses pacientes de
maneira sistematizada, com redução do tempo de atendimento e
redução de custos (diminuição de glosas de contas). Conclusão: a
revisão completa do procedimento proporcionou à equipe de enfermagem da UPA melhor qualidade na avaliação e execução dos procedimentos, garantindo atendimento individualizado, seguro, com a
agilidade que a UPA almeja proporcionar a seus pacientes.
TC-25
Efetividade do treinamento: adesão ao
protocolo assistencial institucional
Autor: Regina Mayumi Utiyama
Co-autores: Adriana Martins da Silva, Alexandre Sousa, Camila
Sardenberg, Claudia Regina Laselva, Constantino José Fernandes
Júnior, Cristina Mizoi, Gina Laube, Gisele de Paula Dias Santos,
Lissandra Borba da Cunha
Instituição: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0607/3743
Introdução: o gap entre o conteúdo estabelecido em protocolos
assistenciais baseados na melhor evidência científica e sua imeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S14
Trabalhos Científicos
plementação e aplicação na prática clínica pelos profissionais
assistenciais é um dos grandes desafios dos serviços de saúde. Entretanto, implementar diretrizes que possam reduzir este gap resulta, do ponto de vista ético, numa assistência baseada nas reais
necessidades dos pacientes, com meta em redução de iatrogenias
e custos, contribuindo para a qualidade do serviço prestado e,
conseqüentemente, garantindo a segurança do paciente. Os protocolos isoladamente não alteram as condutas, devendo sempre
ser acompanhados por uma estratégia de treinamento com a finalidade de difundir o conhecimento e sensibilizar as equipes para a
adesão às diretrizes. A aplicação dessas diretrizes na prática clínica é de fundamental importância para monitorar os resultados de
um treinamento. Objetivo: avaliar a eficácia de um treinamento
monitorando a adesão ao protocolo institucional Código Amarelo. Material: o estudo foi realizado em um hospital geral privado
de grande porte da cidade de São Paulo/SP. Essa instituição já
havia implementado o protocolo de atendimento à parada cardiorrespiratória, denominado Código Azul. Posteriormente, foi
implementado o protocolo de atendimento a emergências e urgências, denominado Código Amarelo, para pacientes adultos de
todas as áreas com atendimento a pacientes internos e externos
em que não há médico plantonista 24 horas. No período de 29 de
janeiro a 9 de fevereiro de 2007, foram realizados treinamentos
para as áreas assistenciais. A estratégia do treinamento foi aula
presencial com discussão de casos e participação ativa dos colaboradores na escolha da melhor conduta. O público-alvo foi de
1.219 assistenciais. Método: estudo descritivo, prospectivo, realizado no período de fevereiro a maio de 2007. A primeira fase
consistiu em treinamento presencial e a segunda fase, no monitoramento dos casos acionados, verificando-se os critérios de elegibilidade no período de 26 de fevereiro a 26 de abril, 60 dias após
o início do Código Amarelo. Resultados: o treinamento teve a
participação de 971 colaboradores, sendo 74% da equipe de enfermagem, 18% de fisioterapeutas e 6% de outros profissionais.
Considerando o público-alvo, tivemos 79,6% de participação. O
Código Amarelo foi acionado 93 vezes, 100% dentro dos critérios
de elegibilidade. Dos acionamentos, 40% dos pacientes foram
encaminhados para as Unidades de Terapia Intensiva e SemiIntensiva, sendo as principais causas a deterioração do padrão
respiratório, sinais e sintomas cardiovasculares e neurológicos.
Conclusão: o estudo mostrou a efetividade do treinamento por
meio da análise da adesão às recomendações do protocolo e também que é possível a integração entre áreas na implementação de
processos e monitoração dos resultados assistenciais.
TC-26
Queda de pacientes: análise do indicador
de qualidade da assistência
Autor: Maria Regina Lourenço Jabur
Co-autores: Juliana Tominaga, Maria Gabriela Motta Bonjardin,
Michela Perpétua Aliberti, Adriana Bianchi Tanaka
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Instituição: Hospital Emílio Carlos
Endereço: Av. S. Vicente de Paulo, 1455
Parque Iracema – Catanduva/ SP
CEP 15809-140 – Tel.: (17) 3531-3228
A qualidade da assistência à saúde é uma preocupação entre os profissionais da área de Saúde. Qualidade assistencial
pode ser mensurada a partir de alguns indicadores. Indicador
de qualidade é uma unidade de medida de uma atividade com
a qual está relacionada ou, ainda, uma medida quantitativa
que pode ser empregada como guia para monitorar e avaliar
a assistência e as atividades de um serviço (JCAHO, 1992).
Por mais que os profissionais da área da Saúde tentem prestar
uma perfeita assistência aos pacientes, a ocorrência de falhas
e acidentes não pode ser descartada, mas é necessária uma
preocupação constante com a segurança dos pacientes. Segurança do paciente é a redução e mitigação de atos não-seguros
dentro do sistema de assistência à saúde, assim como a utilização de boas práticas para alcançar resultados ótimos para
o paciente (The canadian patient safety dictionary. Canada,
October, 2003). Queda de pacientes internados é um indicador importante para ser investigado em saúde. A prevenção
e o controle desse indicador contribuem para a melhoria do
cuidado prestado, além de atender à responsabilidade legal do
prestador da assistência em garantir a integridade do paciente.
O objetivo do estudo foi analisar, em um hospital universitário
no interior do estado de São Paulo, o indicador de queda de
pacientes no período de fevereiro a dezembro de 2006, por
meio da caracterização do perfil dos pacientes, identificando os setores de maior incidência e investigando os tipos de
queda sofrida pelos pacientes. Tratou-se de um estudo descritivo retrospectivo, utilizando a metodologia quantitativa e o
referencial teórico da auditoria retrospectiva de processo. A
amostra foi constituída de 95 quedas que ocorreram no período do estudo. Pudemos constatar, por meio dos resultados,
que a incidência de quedas/1.000 pacientes/dia foi maior no
mês de abril, com 5,69, seguida do mês de agosto, com 5,27,
e a menor incidência ocorreu no mês de outubro, com 1,45.
Quanto ao gênero, 39% dos pacientes eram do sexo feminino e 61%, do sexo masculino. Em relação à idade, ocorreu
em todas as faixas etárias, sendo que a faixa etária entre 50 a
60 anos foi a de maior incidência, com 20,7%, seguida da faixa
etária entre 60 a 70 anos, com 16,5%. Os setores em que as
quedas mais ocorreram foram: clínica médica masculina, com
45%, e clínica médica feminina, com 28%. Quanto ao tipo de
queda, 28% caíram da cama e 20% da própria altura, sendo
que 42% não identificaram o tipo de queda sofrida pelo paciente. Podemos concluir, com este estudo preliminar, que as
quedas ocorreram mais na clínica médica, no sexo masculino,
onde há maior prevalência de pacientes na faixa etária acima
dos 50 anos. Daremos continuidade a este estudo por meio da
análise dos prontuários, para verificarmos os fatores de risco,
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
e realizaremos uma observação nas clínicas mais incidentes
para detectarmos os fatores de risco ambientais. Em seguida,
elaboraremos um protocolo para prevenção de quedas.
TC-27
Auditoria de assistência de enfermagem:
um instrumento na avaliação da qualidade
Autor: Maria Regina Lourenço Jabur
Co-autores: Josimerci Ittavo Lamana Faria, Lúcia Marinilza
Beccaria, Sonia de Abreu Potella
Instituição: Hospital de Base
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5544 – São Pedro – São José
S15
datados em 62%; registro de realização de curativo de cateter
central em 33%; registro do aspecto do ponto de inserção do
cateter central em 20%.Os resultados permitiram constar que
7 práticas estão dentro da margem de conformidade de 5% entre 95% a 100% das práticas observadas e 14 práticas estão em
não-conformidade. Portanto, é necessário implementar ações
para a melhoria dos índices destas 14 práticas.
TC-28
Análise das condutas de enfermagem diante
de alarmes ventilatórios acionados por
cuidados de enfermagem
do Rio Preto/ SP
Autor: Raquel de Mendonça Nepomuceno, Lolita Dopico da Silva
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5000
Instituição: Hospital Pró-Cardíaco
Endereço: R. Dona Mariana, 219 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ
Auditoria é uma avaliação sistemática da assistência prestada
ao paciente e um importante instrumento no controle de processos de trabalho na saúde. A qualidade esperada é a satisfação das expectativas dos pacientes e familiares. Numa Unidade
de Terapia Intensiva (UTI), a expectativa é garantir o melhor
resultado dentro das condições clínicas e da gravidade dos pacientes, tendo os menores índices possíveis de complicações
decorrentes dos procedimentos. Várias complicações podem
ocorrer de infecções hospitalares; sendo assim, é necessário o
cumprimento e acompanhamento de práticas que previnam as
infecções. A enfermagem é responsável pela execução de práticas no dia-a-dia de seu trabalho. Visando prevenir estas complicações, foi elaborado pela Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH) um protocolo de boas práticas para prevenção e controle de infecção hospitalar. O objetivo deste estudo
foi verificar o cumprimento do protocolo de boas práticas para
a prevenção de infecção hospitalar em UTI. Foi realizado em
uma UTI Cirúrgica de 11 leitos do Hospital de Base. A coleta
dos dados ocorreu no mês de setembro de 2006 por meio de
observação e registro, em um roteiro estruturado baseado no
protocolo implantado, totalizando 175 observações. Os resultados, considerando a observação das 21 práticas, foram: 2 práticas cumpridas em 100%: cabeceira elevada e bolsa coletora de
urina abaixo do nível da bexiga; 3 práticas cumpridas em 99%:
torneirinhas protegidas, frasco de drenagem de urina exclusivo
do paciente e dispositivo de drenagem da bolsa coletora de urina em posição correta; tempo de permanência de cateter periférico inferior a 72 horas em 98%; fixação de cateter periférico
sem sujidade em 97% das observações realizadas; circuito de
ventilador identificado e com data de troca em 94%; fixação
do tubo endotraqueal e do cateter vesical em 93%; ambú protegido em 90%; punção periférica fixada e com data de punção
em 85%; equipos sem sangue na parte interna em 80%; torneirinhas sem sangue na parte interna em 78%; circuito sendo
trocado conforme estabelecido e ausência de condensado no
circuito em 77%; equipos datados em 72%; equipos de dieta
CEP 22280-020 – Tel.: (21) 2528-1528
Introdução: trata-se dos resultados parciais de uma dissertação cuja temática é a ventilação mecânica. O estudo aborda
as ações da enfermagem frente a alarmes ventilatórios acionados por cuidados de enfermagem em pacientes sob ventilação mecânica invasiva. Objetivo geral: discutir a eficiência das
condutas de enfermagem no controle dos alarmes ventilatórios acionados em decorrência dos cuidados de enfermagem.
Objetivos específicos: 1) investigar a incidência dos alarmes
ventilatórios acionados durante os cuidados habituais de enfermagem, 2) identificar o tipo e a freqüência de cada alarme
acionado durante os cuidados habituais de enfermagem e 3)
apresentar as condutas da equipe de enfermagem praticadas
frente ao acionamento dos alarmes ventilatórios. Materiais e
Métodos: pesquisa do tipo survey, observacional. O local de
desenvolvimento da pesquisa foi uma Unidade de Terapia Intensiva e uma Unidade de Pós-Operatório de um hospital particular. A população foi composta pelos profissionais enfermeiros e técnicos de enfermagem destas unidades. Foi usado
um roteiro de observação estruturado na modalidade check
list, que descreve os tipos de alarme que são acionados nas
ocasiões em que os cuidados de enfermagem são realizados e
as condutas de enfermagem desenvolvidas diante desses alarmes. Para atender ao objetivo de discutir a eficiência das ações
de enfermagem, foi construída uma matriz de condutas para
os enfermeiros e uma para os técnicos de enfermagem, com
as ações consideradas eficazes no manejo de um acionamento
de alarme. A coleta de dados alcançou 116 horas de observação. Para organização, tratamento e análise dos dados, foram criados bancos de dados no programa Excel. Resultados:
participaram 29 enfermeiros e 21 técnicos, com predominância do sexo feminino (68%). A média de idade foi de 35 anos
(± 8) para enfermeiros e de 32 anos (± 6) para técnicos. Em
relação ao tempo de experiência, obteve-se uma média de 10
anos (± 7), com moda de 20 anos no grupo de enfermeiros;
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S16
Trabalhos Científicos
nos técnicos, encontrou-se uma média de 8 anos (± 5), com
moda de 5 anos. Em relação aos alarmes, ocorreram 67 acionamentos durante a prestação dos cuidados. Houve predomínio
do alarme de pressão alta, correspondendo a 34,3%, seguido
do alarme de pressão/volume corrente baixos, com 31,3%. Os
cuidados durante os quais ocorreram os alarmes com maior
freqüência foram: a aspiração de VAS/VAI, correspondendo
a 31,3%; a mudança de decúbito, com 28,3%; e o banho no
leito, com 27%. Foram observadas 67 condutas de enfermagem, e as predominantes foram desarmar e ignorar, com 42%
e 23% do total de condutas, respectivamente. As associações
das condutas de enfermagem observadas com as condutas da
matriz buscaram avaliar a adequação das condutas da equipe
de enfermagem com o que é preconizado como adequado pela
literatura atual. Os técnicos adotaram condutas não-previstas
como adequadas em 96% do total de condutas deste grupo; os
enfermeiros apresentaram 72% de suas condutas não-previstas como adequadas pela matriz.
TC-29
O papel do enfermeiro na terapia
medicamentosa ao idoso
Autor: Mercia Denise de Amorim
por meio de estatística descritiva (média, mediana e porcentagens). Resultados: no grupo estudado, 81% dos profissionais
eram do sexo feminino e a idade variou de 22 a 53 anos. Com
relação ao ano de formatura, 52% dos enfermeiros formaramse entre os anos de 1995 e 1999. A grande maioria (89%) dos
enfermeiros concluiu o curso de pós-graduação. Com relação
aos cuidados na terapia medicamentosa, a maioria (67%) respondeu que estava preparada e quase a metade dos enfermeiros (48%) referiu ter recebido informações em sua formação
profissional sobre os cuidados na terapia medicamentosa ao
paciente idoso. Quanto à opinião dos enfermeiros sobre quais
os cuidados que devem ser oferecidos ao paciente idoso na
terapia medicamentosa, no total de 42 respostas oferecidas,
26% referiram-se aos cuidados especiais com a administração
do medicamento e 24% das respostas referiram-se à atenção
aos efeitos colaterais e adversos dos medicamentos. Conclusão: apesar de a maioria dos enfermeiros do presente estudo
referirem estar preparados para os cuidados na terapia medicamentosa ao paciente idoso, os profissionais da área de Saúde, principalmente os enfermeiros, devem participar de programas de educação continuada, com o objetivo de entender a
nova demanda dos idosos com relação à farmacoterapia, que é
dinâmica e complexa e vem evoluindo rapidamente, com mudanças importantes nos últimos anos.
Co-autor: Ruth Beresin
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233
O uso inapropriado de medicamentos pelos idosos tem se
tornado um foco importante de atenção dentro das áreas de
geriatria e gerontologia. Isso vem ocorrendo com grande freqüência e pode ser considerado um problema de Saúde Pública. Muitos estudos indicam que uma das soluções deste grave
problema é o treinamento de enfermeiros e profissionais de
saúde, no intuito de adquirirem conhecimentos especializados
nesta área e, assim, estarem mais bem-habilitados a dar uma
assistência de qualidade ao idoso. Objetivos: caracterizar o enfermeiro com relação a sua formação profissional; verificar se
o enfermeiro considera que está preparado para os cuidados
na terapia medicamentosa ao paciente idoso; verificar se o enfermeiro teve ou não, durante sua formação profissional, algum tipo de preparo com o objetivo de oferecer assistência ao
paciente idoso na terapia medicamentosa; verificar a opinião
do enfermeiro sobre quais são os cuidados que o profissional
de enfermagem deve oferecer ao paciente idoso na terapia
medicamentosa. Metodologia: trata-se de um estudo quantitativo de caráter exploratório e descritivo. Foi realizado estudo
transversal com uma amostra de 27 enfermeiros da Unidade
de Clínica Médica e Cirúrgica do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE), com aplicação de um questionário elaborado pelas autoras da pesquisa. Os resultados foram analisados
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
TC-30
A enfermagem e a segurança na terapia
medicamentosa em unidades intensivas
Autor: Anna Bianca Ribeiro Melo
Co-autor: Lolita Dopico da Silva
Instituição: Hospital Pró-Cardíaco
Endereço: R. Dona Mariana, 219 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ
CEP 22280-020 – Tel.: (21) 2528-1332
Introdução: trata-se dos resultados parciais de uma dissertação
sobre o manejo da terapia medicamentosa pela enfermagem,
sob a ótica da segurança dos pacientes críticos. Erros ou eventos adversos recaem quase exclusivamente sobre a enfermagem, por ser a executora das fases de preparo, administração e
monitoramento dos efeitos do medicamento. Objetivos: identificar situações associadas ao trabalho da enfermagem que
favoreçam erros no preparo e administração de medicamentos. Material e Método: estudo survey, observacional, quantitativo, em três terapias intensivas de uma instituição privada
do Rio de Janeiro/RJ. Amostra: 48 enfermeiros e 48 técnicos.
Os dados estão sendo analisados por meio de procedimentos
estatísticos. Resultados parciais: 84% de enfermeiros do sexo
feminino e 53% de técnicos do sexo masculino; formação profissional: média de 9 anos para os técnicos (± 5,5) e de 13 anos
para os enfermeiros (±6,5); atuação em UTI: enfermeiros com
média de 8 anos (±4) e técnicos, de 10 anos (±6). Em 100%
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
das observações, os medicamentos não foram armazenados
de forma seletiva e ordenada; em 32% das observações com
enfermeiros e 45% das observações com técnicos, o ambiente de preparo do medicamento apresentava ruído excessivo;
em 100% das observações, não havia todos os protocolos para
administração de drogas injetáveis e em 30% das observações
os protocolos não estavam disponíveis no local de preparo das
medicações; 27% dos enfermeiros e 23% dos técnicos não preparam os medicamentos com a prescrição; 82% dos enfermeiros e 86% dos técnicos não realizam a identificação completa
do medicamento durante o preparo; em 25% das observações
com enfermeiros e 46% com técnicos, havia mais de um funcionário preparando medicamento; 33% dos enfermeiros e
37% dos técnicos foram interrompidos durante o preparo do
medicamento; 40% dos enfermeiros e 23% dos técnicos não
chamam o paciente pelo nome e 64% dos enfermeiros e 52%
dos técnicos não explicam o procedimento ao paciente; 27%
dos enfermeiros e 9% dos técnicos não conferem a prescrição
antes da administração do medicamento; 40% dos enfermeiros
e 18% dos técnicos administraram medicamento por ordem
verbal; 95% dos enfermeiros confirmaram e 38% dos técnicos
não confirmaram a ordem verbal antes da administração; em
93% das observações com enfermeiros e 52% com técnicos,
houve registro do procedimento realizado; 91% dos profissionais realizam monitoramento do paciente após administração
da droga; 3 erros (7%) atingiram o paciente na observação com
enfermeiros sem causar danos graves (não-checagem da ordem
verbal, sendo administrada quantidade superior de analgésico;
programação errada da bomba de infusão; administração errada de antibiótico por letra ilegível do médico). O cuidado de
enfermagem prevê a segurança na administração de medicamentos, sendo relevante o diagnóstico de situações que a induzam a cometer erros em tais situações.
TC-31
Planejamento assistencial de enfermagem
ao paciente bariátrico
Autor: Maria do Espírito Santo da Silva
Co-autores: Márcia Paula Costa Ramos, Milena Pinto Mota,
Renata Cardoso, Sheila Kelly Lacerda Souza
Instituição: Faculdade de Tecnologia e Ciências
Endereço: Av. Luis Viana Filho, 8812 – Paralela – Salvador/ BA
CEP 41820-78 – Tel.: (71) 3281-8000
O paciente bariátrico necessita de cuidados específicos durante seu processo perioperatório. Nesse contexto, a enfermagem
participa e interage com os demais especialistas em todos os aspectos relacionados a acolhimento, tratamento e reabilitação.
Este estudo tem como objetivo identificar o processo de cuidar de enfermagem, desenvolvido numa instituição hospitalar,
e a elaboração de um protocolo assistencial de enfermagem
S17
especifico para o paciente bariátrico. Trata-se de um estudo
de cunho qualitativo do tipo exploratório descritivo. A técnica
de coleta de dados utilizada foi a entrevista semi-estruturada
com análise temática dos textos. Os sujeitos da pesquisa foram quatro enfermeiras das áreas: centro cirúrgico, pré-internamento, semi-intensiva e educação permanente, envolvidas
no processo de assistência ao paciente bariátrico. A análise
dos resultados evidenciou a importância da sistematização da
assistência de enfermagem e possibilitou a elaboração de um
protocolo assistencial voltado ao paciente bariátrico com itens
indispensáveis que atendem a todas as etapas do processo de
enfermagem, desde a indicação e decisão do ato cirúrgico até
o acompanhamento pós-alta. Com este estudo, procuramos
descrever a melhor forma de cuidar do paciente submetido à
cirurgia bariátrica, sendo este um desafio para todos da equipe multidisciplinar devido à complexidade deste paciente.
TC-32
A responsabilidade da enfermagem quanto
ao preenchimento do prontuário do paciente
em um hospital particular
Autor: Celice Romero de Aquino
Co-autores: Arlete Duarte Correa, Fernanda Peres,
Marcia Aparecida Oliveira
Instituição: Hospital Samaritano
Endereço: R. Cons. Brotero, 1486 – Higienópolis – São Paulo/ SP
CEP 01232-010 – Tel.: (11) 3821-5875
Introdução: o prontuário é o canal de comunicação da equipe
multiprofissional, fonte de dados para o ensino e a pesquisa e
instrumento de defesa legal em casos de processos jurídicos.
A constatação, verificada pelo Serviço de Arquivo Médico e
Estatística (SAME), de não-conformidades nos prontuários
relativas à equipe de enfermagem em junho de 2006 levou à
realização deste trabalho. Objetivos: identificar quais os impressos que compõem o prontuário dos pacientes cirúrgicos
e verificar a atribuição da equipe de enfermagem quanto ao
preenchimento; quantificar os campos preenchidos pela enfermagem nos impressos do prontuário dos pacientes cirúrgicos
e correlacionar as não-conformidades apresentadas em junho
de 2006 com o número de conformidades estimado para o
mesmo período. Metodologia: estudo exploratório e quantitativo, mediante análise documental, realizado em um hospital geral privado de médio porte da cidade de São Paulo/SP.
Foram incluídos no estudo apenas os impressos das Unidades
de Internação Adulto utilizados para os pacientes cirúrgicos.
Os impressos foram categorizados conforme a atribuição da
enfermagem no que tange à responsabilidade por seu preenchimento em: atribuição nenhuma (nenhuma responsabilidade
quanto ao preenchimento); atribuição parcial (responsabilidade de preenchimento determinado pela instituição); atribuição
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S18
Trabalhos Científicos
total (impressos que compõem a Sistematização da Assistência
de Enfermagem – SAE – e outros pertinentes à atividade-fim
do enfermeiro). Para análise dos dados, foi utilizada estatística descritiva. Resultados: dos 34 impressos, a equipe de enfermagem não é responsável pelo preenchimento de 6 impressos (18%), detém atribuição parcial em 13 impressos (38%)
e total atribuição de preenchimento em 15 impressos (44%).
É responsável pelo preenchimento de 82% dos impressos do
prontuário do paciente cirúrgico (61% obrigatório e 39% por
atribuição institucional). O preenchimento dos impressos pela
equipe de enfermagem totaliza 397 campos (218 campos preenchidos obrigatoriamente na admissão do paciente cirúrgico).
As não-conformidades de junho de 2006 (560), com 729 internações no período, representam 0,19% em relação às conformidades do prontuário estimadas no mesmo período (289.413
campos devidamente preenchidos). Conclusões: a enfermagem
responsabiliza-se por elevado número de campos a serem preenchidos, com maior chance de produzir não-conformidades,
sem que isso implique necessariamente uma avaliação negativa
de desempenho dos profissionais envolvidos na atividade. São
recomendadas, portanto, medidas mais efetivas de acompanhamento para identificar a realidade de desempenho nessa
área e, assim, produzir melhoria contínua, uma vez que o universo de conformidades já é bastante significativo.
TC-33
Percepção da equipe do noturno quanto à
atuação da supervisão de enfermagem
Autor: Ana Cristina Rossetti
Co-autores: Helena Takeda, John Wesley Veloso, Juliana Harumi
Mendes Yasui, Lílian Prestes, Regiane Gonzalez Alves, Vânia
Helena Monteiro
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0397
Introdução: nos hospitais em que a liderança atua na maior
parte do tempo durante o dia, é comum encontrarmos a supervisão de enfermagem no plantão noturno desempenhando
funções importantes, como tomada de decisões, distribuição de
pessoal de enfermagem, mediação de conflitos, esclarecimento de dúvidas, entre outras. Os profissionais que trabalham no
plantão noturno sentem-se socialmente isolados e desengajados das operações do dia, além de terem o fardo da decisão
quando os médicos titulares e as lideranças locais não estão
no hospital. No Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em
dezembro de 2006, após cerca de dois anos de ausência desta
função, sentiu-se a necessidade de resgate do supervisor de
enfermagem no período noturno, para atuar como referência e suporte às equipes nas questões assistenciais de conflito
e nas atividades administrativas que dificultam a assistência
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
ao paciente, além de assegurar o cumprimento de normas e
padrões da instituição. A partir de então, um enfermeiro sênior atua exclusivamente nesta função. Objetivo: conhecer a
percepção das equipes de enfermagem e apoio dos plantões
noturnos quanto à atuação da supervisão de enfermagem no
HIAE. Material e Método: foram entregues 229 questionários:
35,8% para enfermeiros, 57,6% para auxiliares e técnicos de
enfermagem e 5,2% para profissionais de apoio à assistência
(higiene, lavanderia, internação e supervisão administrativa).
Todos os questionários foram devolvidos e considerados. Esta
amostra representa 39,8% da população destes profissionais.
Na análise da eficácia do supervisor de enfermagem, foram
agrupadas as respostas “eficaz” e “muito eficaz” como “eficaz”. Resultado: analisando as respostas, podemos verificar
que 93,9% consideram a função do supervisor de enfermagem
muito importante ou importante, 4,8% consideram-na sem
importância e 1,3% não opinaram. Com relação às funções
desempenhadas pelos supervisores de enfermagem, os profissionais analisaram a eficácia destes: na resolução dos problemas de escala (79% eficaz, 8,7% pouco eficaz e 2,6% ineficaz),
no suporte em dúvidas relacionadas a procedimentos, rotinas
e políticas (69% eficaz, 6,6% pouco eficaz e 4,8% ineficaz), no
suporte em conflitos familiares (60,3% eficaz, 5,2% pouco eficaz e 5,2% ineficaz), na agilidade nas altas, admissões, liberação de leitos, serviços de lavanderia, nutrição e outros (57,6%
eficaz, 8,3% pouco eficaz e 4,8% ineficaz), em suportes nos
problemas assistenciais (55,9% eficaz, 6,6% pouco eficaz e
4,4% ineficaz) e em alterações do comportamento/conflitos
na equipe (45,4% eficaz, 6,1% pouco eficaz e 5,2% ineficaz).
Conclusão: observamos que a atuação do supervisor de enfermagem é percebida pelas equipes de enfermagem e de apoio
como importante e necessária, proporcionando segurança,
confiabilidade e auxílio às equipes. Para Claffey, proporcionar
um ambiente de apoio aos profissionais que atuam no período
noturno melhora a performance e a satisfação dos funcionários, colaborando para uma assistência mais eficiente.
TC-34
Gerenciamento de risco:
segurança dos recém-nascidos
Autor: Maria Fernanda Dornaus
Co-autores: Lissandra Borba da Cunha, Eliane A. Fernandes,
Viviane A. Braga, Alice Deutsch
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2787
A melhoria continua no processo assistencial engloba questões
relacionadas à segurança do paciente no ambiente hospitalar.
Nas maternidades, é imperativo gerenciar os riscos relativos ao
possível seqüestro de recém-nascidos (RN). A capacitação da
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
equipe, a orientação dos pais, o fluxo de atendimento e o ambiente em que o RN permanece na instituição devem ser analisados rigorosamente, de forma a garantir a segurança durante a
internação. No período de 1983 a 2001, ocorreram 111 seqüestros de RN em hospitais, sendo 33% no quarto materno e 9%
no berçário. Relatos de trocas e seqüestros de RN em nosso país
destacam a vulnerabilidade das maternidades. Objetivo: avaliar
a segurança do recém-nascido durante o período de internação.
Metodologia: a necessidade de assegurar a segurança dos RN
impulsionou a revisão dos processos. Escolhemos a metodologia PDCA para condução deste estudo. O ciclo PDCA é uma
ferramenta da qualidade, representada pelas iniciais, em inglês,
das etapas: plan (P), do (D), check (C), act (A). Na fase P há
estabelecimento de metas, dos recursos e estratégias. Na fase D,
o planejamento é implantado. Na fase C, há o monitoramento
dos procedimentos e resultados. Na fase A, ocorrem ações corretivas, em um círculo contínuo de melhorias. Fase P: revisão da
literatura sobre segurança em instituições hospitalares e benchmarking. Elaboração da política de segurança, com revisão
de rotinas: identificação do RN com duas pulseiras em sala de
parto, com prévia conferência dos dados pelos pais; identificação plantar do RN e do polegar materno em prontuário; transporte interno e alta hospitalar acompanhados pelo profissional
de segurança; obrigatoriedade de transporte do RN no berço.
A presença de um RN no colo é um sinal de alerta: notificação imediata à segurança de comportamentos suspeitos; uso
de crachá por todos os profissionais; uso do palm® com leitura
do código de barras do crachá da enfermagem e da pulseira do
RN nos encaminhamentos. Controle da localização do RN na
planta física da unidade e emissão de relatórios com horário
dos transportes e profissional responsável; orientações aos pais;
instalação de câmeras com monitoramento contínuo e gravação
das imagens; dispositivos de emergência em locais estratégicos;
controle de acesso com identificação dos visitantes; acesso limitado aos funcionários com abertura de portas com crachá;
treinamento em e-learning sobre segurança para a equipe assistencial; desenvolvimento de plano de ação em caso de seqüestro. Fase D: todas as rotinas descritas foram implantadas. Fase
C: identificamos que, em caso de seqüestro, havia o risco de a
equipe não executar de forma sistematizada e em tempo hábil o
plano de ação. Realizamos um simulado de seqüestro. Fase A:
a fase de busca do RN nas dependências da maternidade pela
equipe de enfermagem foi eficiente, assim como a notificação
imediata do evento ao departamento de segurança. O simulado
mostrou a efetividade do plano e o desempenho da equipe em
concordância com o protocolo. Conclusão: ações preventivas,
como treinamento da equipe assistencial e segurança do ambiente com o emprego de recursos tecnológicos, são medidas
essenciais para a segurança dos RN em maternidade. Agradecemos à participação da equipe assistencial na revisão dos
processos, pelas observações decisivas em destacar os pontos de
risco e por oferecer sugestões de melhoria.
S19
TC-35
Papel da enfermagem no atendimento a
urgências e emergências após implementação
de um sistema de código amarelo
Autor: Gisele de Paula Dias Santos
Co-autores: Camila Sardenberg, Gina Laube, Alexandre Sousa,
Constantino José Fernandes Júnior, Luis Fernando Lisboa,
Cláudia Regina Laselva, Cristina Mizoi, Joyce Polessi, Anna
Margueritha Toldi Bork, Miguel Cendoroglo Neto
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-3100
Introdução: o Sistema de Código Amarelo (SCA) consiste
no reconhecimento precoce de mudanças agudas nos parâmetros vitais do paciente, previamente estabelecidos, o que
permite ao enfermeiro acionar o médico da UTI-A, agilizando o atendimento e o desfecho. O SCA tem como objetivo
reduzir o tempo para a detecção de emergências/urgências
em Unidades de Internação onde não haja médicos durante
as 24h. Deste modo, o enfermeiro, na ausência do médico
titular do paciente e dispensando a anuência prévia daquele,
solicita a avaliação médica, agilizando o atendimento institucional e maximizando a segurança do paciente. Objetivo:
avaliar o papel da enfermagem no atendimento a urgências
e emergências após um SCA. Material e Métodos: por meio
das mudanças agudas nos parâmetros vitais do paciente reconhecidas pelo enfermeiro, tais como freqüência respiratória, freqüência cardíaca, rebaixamento do nível de consciência e convulsões, que acionariam o Código Amarelo e o
atendimento do médico da UTI-A, foi criada uma metodologia para avaliação destes atendimentos (folha de registro
simples), garantindo a aquisição de dados para auditoria e
monitoração dos resultados obtidos (indicadores de resultados), permitindo a avaliação da qualidade do atendimento
(indicadores de qualidade). Resultados: o SCA teve início
em 26 de fevereiro de 2007. Após treinamento da equipe assistencial, ocorreram 93 atendimentos no período avaliado
entre a data inicial e 30 de abril de 2007: 40% dos eventos
foram encaminhados para Unidades de Terapia Intensiva ou
Semi-Intensiva e 60% dos eventos permaneceram na unidade de origem, sendo resolvidos pelo médico chamado. A
meta estabelecida, de atendimento em menos de 5 minutos,
foi alcançada em 100% dos casos, e menos de 5% dos chamados ocorreram para pacientes sem prognóstico (cuidados
paliativos). Conclusão: a implementação do SCA aperfeiçoa
o atendimento de casos de urgências e emergências pela
capacitação da equipe e agilidade do atendimento. A enfermeira tem papel fundamental na detecção da piora clínica. O acionamento da SCA por esta profissional possibilita
atendimento rápido e seguro.
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S20
Trabalhos Científicos
TC-36
As atitudes dos enfermeiros e graduandos
de enfermagem em relação aos idosos
Autor: Ellen Maria Hagopian
Co-autores: Ruth Beresin
TC-37
Sistematização do atendimento à
parada cardiorrespiratória (PCR) após a
implementação de um Sistema de Código
Azul (SCA)
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Autor: Gisele de Paula Dias Santos
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Co-autores: Alexandre Sousa, Constantino José Fernandes
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
Júnior, Luis Fernando Lisboa, Claudia Regina Laselva, Cristina
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Mizoi, Joyce Polessi, Anna Margueritha Toldi Bork, Miguel
Cendoroglo Neto, Camila Sardenberg
A inserção das disciplinas de geriatria e gerontologia na grade curricular tem grande importância para a formação acadêmica do graduando de enfermagem, que terá oportunidade
de, na formação universitária, abordar os principais assuntos
acerca da velhice, desfazendo alguns preconceitos sociais. A
aceitação e difusão das idéias que evidenciam o preconceito relacionado à terceira idade contribuem para a discriminação do idoso e a formação de opiniões negativas sobre o
processo de envelhecimento. O enfermeiro é um importante
foco da comunicação na equipe de enfermagem e, com os
outros profissionais, exerce função importante; sua atitude
frente ao paciente idoso refletirá significativamente no tratamento, assistência e reabilitação deste. Objetivo: verificar
as atitudes dos enfermeiros e graduandos de enfermagem
em relação aos idosos. Material e Método: trata-se de um
estudo quantitativo de caráter exploratório e descritivo. Foi
realizado estudo transversal com 15 enfermeiros(as) que trabalham no Hospital Alemão Oswaldo Cruz e 42 graduandos
da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE). Foram aplicados os seguintes instrumentos: o questionário Facts on Aging Quiz (FAQ) e um breve
questionário elaborado pelas autoras. O questionário FAQ
foi desenvolvido por Erdman Palmore em 1977 e é composto por 25 itens relacionados à terceira idade, sendo os itens
pares afirmações verdadeiras e os itens ímpares, afirmações
falsas. Os resultados da presente pesquisa foram analisados
por meio de estatística descritiva. Resultados: no que se refere às respostas dadas pelos enfermeiros ao questionário
FAQ, 80% erraram de 6 a 12 questões e 20% erraram de
1 a 5 questões. Com relação ao total de 42 graduandos de
enfermagem, 92,8% erraram de 6 a 12 questões, 4,8% erraram de 1 a 5 questões e 2,4% erraram de 13 a 19 questões.
Conclusões: quanto ao número de respostas erradas dadas
ao questionário FAQ, 80% dos enfermeiros e 92,8% dos graduandos erraram um número entre 6 e 12 questões, ou seja,
um número que não chega a 50% de questões erradas. Isto
pode revelar que o grau de informação de ambos os segmentos em relação à terceira idade está de acordo com o grande
crescimento dos estudos e interesse por esta área. Nota-se
que está em processo uma mudança do paradigma do que é
ser velho na sociedade atual.
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-3100
Introdução: o prognóstico das vítimas de PCR é dependente
do tempo entre o colapso e o início de manobras (TC-IM) e,
nos casos de PCR em fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV), do tempo entre o colapso e a desfibrilação (TC-D). A falta de atendimento sistematizado às vítimas de PCR em áreas assistenciais, onde não há médicos nas
24 horas do dia, pode comprometer o prognóstico dos pacientes. Objetivo: verificar a performance do Sistema de Código
Azul (SCA) por meio dos indicadores de qualidade. Métodos:
criamos um SCA com o objetivo de conhecer os IQ no atendimento da PCR intra-hospitalar, bem como possibilitar melhoria
contínua no atendimento às vítimas de PCR. Todas as equipes
assistenciais foram treinadas em suporte básico (SBV) e avançado (SAVC) de vida, incluindo a equipe do SCA. Um sistema
de acionamento exclusivo foi desenvolvido e o SCA teve início
em 1º de agosto de 2005. Ocorreram 26 PCR por meio do SCA
entre 1º de agosto de 2005 e 15 de março de 2007. Foram avaliados o TC-IM, o TC-D e o tempo entre colapso-epinefrina
(TC-E). Resultados: a população era constituída de 61,8% do
sexo masculino, com idade média de 73,2 anos. Os pacientes
sofreram eventos nos locais onde há presença do Código Azul:
50% na enfermaria, 46,2% na hemodinâmica, 30,8% na tomografia, 23,1% na endoscopia e 7,7% na recuperação anestésica.
Quanto ao tipo de PCR, 38,5% de assistolia, 26,9% de atividade
elétrica sem pulso (AESP), 19,2% de bradicardia, 11,5% com
FV e 3,8% sem descrição. As principais intervenções realizadas foram: acesso venoso, em 92,3% dos casos; monetarização
ECG, em 50% dos casos; oximetria de pulso, em 38,5% dos casos; EOT/traqueo, em 30,8%; ventilação mecânica, em 26,9%;
drogas vasoativas, 15,4%; e cateter intra-arterial, em 3,8% dos
casos. O tempo médio do início do colapso até a chegada da
equipe foi de 1 minuto e 12 segundos, o tempo médio do início
das manobras foi de 2 minutos e 12 segundos e o tempo médio
do intervalo do colapso até o fim das manobras foi de 33 minutos e 32 segundos. Foi registrado um percentual de 26,9%
de alta hospitalar, valor 49,4% superior ao benchmark (JAMA,
2006). Dos sobreviventes, 71,4% apresentaram boa recupera-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
ção cerebral (categoria de performance cerebral = 1), resultado
10% superior ao benchmark (JAMA, 2006). Conclusão: o SCA
aperfeiçoa o atendimento de casos de PCR pela capacitação da
equipe e agilidade do atendimento. Os resultados dos IQ estão
dentro do recomendado, e as taxas de sobrevida e RCE estão
compatíveis com outros estudos da literatura.
TC-39
A queda de pacientes internados como
evento adverso e seus fatores de risco:
conhecimento dos graduandos de
enfermagem
Autor: Edvane Birelo Lopes de Domenico
Co-autores: Rosali Isabel Barduchi Ohl, Andreza Gama Leite,
Carolina Ayumi Ban, Lívia Inês dal Fabro, Vanessa dos Santos
Silva, Viviane Fátima O. Nascimento.
Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
S21
intrínsecos, não houve a citação majoritária (acima de 50%)
daqueles indicados pela literatura como mais relacionados ao
evento queda, como idade do paciente, nível de consciência e
desorientação, mobilidade física prejudicada, déficit de visão,
entre outros. Na perspectiva dos fatores extrínsecos, apenas o
fator uso inadequado de grades foi citado por mais da metade
dos respondentes, não havendo citação expressiva de outros fatores como iluminação inadequada, superfícies escorregadias,
degraus altos ou estreitos e obstáculos no caminho, entre outros. Ressalta-se que 51,4% dos discentes vincularam a queda
do paciente a falhas na estrutura e no processo assistencial de
enfermagem, em concordância com estudos que a associam
como um indicador de qualidade profissional. Conclusões: o
estudo permitiu a identificação da necessidade dos conteúdos
curriculares relativos à segurança do paciente receberem maior
ênfase no processo de formação profissional do enfermeiro,
buscando garantir a construção de competências para a ação
profissional consciente e efetiva em relação à temática.
Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/ SP
CEP 04024-000 – Tel.: (11) 5576-4427
Introdução: a queda no ambiente hospitalar é um evento adverso não-intencional que pode resultar em complicações de
diferentes naturezas. Nessa perspectiva, docentes e alunos delinearam a presente investigação, que tem por objetivos: verificar
se o discente de enfermagem reconhece a queda do paciente internado como evento adverso; verificar o conhecimento desses
discentes acerca dos fatores de risco para a queda de pacientes
adultos em ambiente hospitalar. Método: estudo descritivo, de
natureza quantitativa, desenvolvido com discentes da quarta série do curso de graduação em Enfermagem da UNIFESP no
primeiro semestre de 2007. Os dados foram submetidos à estatística descritiva, sendo apresentados em valores absolutos e
percentuais. Resultados: a amostra foi composta por 35 alunos
que aceitaram participar do estudo. A totalidade dos respondentes afirmou que a queda do paciente em ambiente hospitalar é um evento adverso. Quando indagados sobre os fatores
de risco que conhecem para a prevenção do evento queda, os
discentes referiram tanto os fatores de risco intrínsecos como
os extrínsecos. Dos fatores intrínsecos, três foram destacados:
idade do paciente (42,9%), rebaixamento do nível de consciência (40%) e confusão/agitação psicomotora (40%). Dos fatores
extrínsecos, destacou-se: uso inadequado de grades (54,3%);
pisos inadequados: molhado, liso, não-antiderrapante (14,3%);
falta de barras de apoio/corrimão (11,4%). Foram citados fatores relacionados à equipe de enfermagem, como: cuidados insatisfatórios e falta de atenção dos profissionais (25,7%); falta
de preparo dos profissionais (17,1%) e número insuficiente de
profissionais (14,3%). Discussão: os graduandos relacionaram
o evento queda como uma complicação indesejada e decorrente de uma ação profissional. Entretanto, ao relatarem os fatores
de risco imbricados, verificou-se que, entre os fatores de risco
TC-40
A qualidade de vida dos
graduandos de enfermagem
Autor: Carolina Tais Campos Lourenço
Co-autores: Ruth Beresin
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Resumo: nas últimas décadas, vários estudos foram realizados
acerca da qualidade de vida dos graduandos de enfermagem,
devido ao já conhecido estresse que o graduando vivencia durante sua formação profissional. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) define qualidade de vida como “a percepção do indivíduo
de sua posição na vida no contexto da cultura e sistemas de valores, nos quais ele vive e em relação a seus objetivos, expectativas,
padrões e preocupações”. Na área de Saúde, além da atenção
dada à qualidade de vida do paciente, vêm-se desenvolvendo inúmeros estudos no mundo inteiro acerca do desgaste físico e emocional do profissional de enfermagem em sua atuação profissional, sendo apontado que diversas medidas preventivas precisam
ser adotadas e que a preocupação com a qualidade de vida do
enfermeiro deve ser iniciada já na sua formação durante o curso
de graduação. Objetivos: caracterizar sociodemograficamente os
graduandos de enfermagem e avaliar a qualidade de vida dos graduandos de enfermagem. Material e Método: a pesquisa foi realizada junto aos graduandos matriculados do primeiro ao quarto
ano da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE). Foi realizado estudo transversal em uma amostra de 120 graduandos, os quais responderam a um questionário
sobre características sociodemográficas e ao instrumento de avaeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S22
Trabalhos Científicos
liação de qualidade de vida World Health Organization Quality
of Life (WHOQOL-BREF). Este questionário tem 26 questões,
sendo duas questões gerais, e é composto por 4 domínios: físico,
psicológico, social e meio ambiente. Resultados: quanto às características sociodemográficas dos graduandos de Enfermagem,
80% dos graduandos tinham entre 17 e 23 anos, sendo 97% do
sexo feminino; 92% dos graduandos eram solteiros e 60% dos
graduandos referiram ser da religião católica. A grande maioria
(89%) dos graduandos residia em São Paulo/SP. No que se refere
à habitação, 79% afirmou residir com a família e a maioria dos
estudantes (72%) referiu possuir casa própria. Quanto à renda
familiar, 40% dos graduandos dispunham de 6 a 10 salários mínimos ao mês e a grande maioria (88%) utilizava como meio de
transporte o carro. E 38% dos graduandos referiram trabalhar.
Com relação à avaliação da qualidade de vida realizada por meio
do instrumento WHOQOL-BREF, foram obtidos os seguintes
resultados: os domínios físico, psicológico e social ficaram entre
os escores 63,52 e 69,13 e o domínio meio ambiente obteve o
escore 55,68. Conclusões: a análise geral dos dados levantados
neste estudo comprovou que a qualidade de vida dos graduandos de Enfermagem apresenta-se adequada, sendo que o meio
ambiente é o domínio que requer maior atenção. E, na medida
em que são grandes as alterações emocionais e comportamentais
que ocorrem com os graduandos no período de sua formação,
existe a necessidade das instituições de ensino em adequar-se às
características e múltiplas demandas dos estudantes.
TC-41
Brinquedo no hospital: em busca de evidências
científicas para uma prática segura
constituir a amostra. Os dados foram analisados quantitativamente, agrupando-se as publicações em cinco temáticas: brinquedo e risco de infecção em Unidades de Terapia Intensiva
Pediátrica (4; 26,7%); colonização de brinquedos em enfermarias e consultórios (4; 26,7%); comparação entre a colonização
de brinquedos rígidos e macios (3; 20%); risco de colonização
em brinquedos macios (2; 13,3%); e práticas de higiene e desinfecção de brinquedos (2; 13,3%). Os resultados mostram
que brinquedos rígidos têm risco menor de serem colonizados
por microrganismos, ao contrário dos macios, que, mesmo após
a higiene, voltam a ser colonizados em cerca de uma semana.
Além disso, a higienização dos brinquedos macios é mais difícil,
assim como dos que possuem reentrâncias e orifícios que permitem o acúmulo de líquidos. Estudos mostram a colonização
de microrganismos em brinquedos de banho e sua associação à
ocorrência de surtos de infecção por Pseudomonas aeruginosa.
Os métodos recomendados para a higiene dos brinquedos no
hospital são: limpeza com detergente neutro (manual) ou enzimático (máquina de lavar) e desinfecção por termodesinfecção, ou solução germicida (por imersão ou fricção). A secagem
e armazenamento adequado também têm importante papel no
processo de higienização. Conclui-se que as publicações sobre o
assunto ainda são escassas, sendo que as existentes apresentam
baixo nível de evidência, não havendo estudos experimentais
nem estudos de metanálise bem delineados. Diante dos inúmeros benefícios do brinquedo para a criança, cabe ao profissional
de saúde decidir sobre a melhor prática, com base em evidências científicas. É preciso desenvolver estudos de maior consistência, que contribuam para que ele seja percebido como uma
prática segura e não assuma o papel de vilão na transmissão de
infecção em Unidades Pediátricas.
Autor: Fabiane de Amorim Almeida
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Doença e hospitalização representam situações de crise na vida
da criança e o brinquedo, além de propiciar diversão e relaxamento, encoraja a interação com outras crianças, ajudando-a a
se sentir mais segura nesse momento. Todavia, assim como objetos e equipamentos hospitalares, o brinquedo também pode
transmitir infecções. Com o objetivo de investigar o conhecimento existente sobre o uso do brinquedo e o risco de transmissão de infecções relacionadas à assistência de saúde (IRAS) e
elaborar recomendações para prevenir essa ocorrência em Unidades Pediátricas, a autora realizou esta pesquisa exploratória
descritiva. Por meio da revisão sistemática de artigos científicos
de periódicos nacionais e internacionais indexados em diferentes bases de dados (PUBMED, MEDLINE, LILACS, SciELO,
Cochrane e BDENF), foram encontradas 18 publicações sobre
o tema no período de 1985 a 2006, selecionando-se 15 para
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
TC-42
Resultados do emprego da solução salina
em cateteres venosos periféricos
Autor: Francimar Tinoco de Oliveira
Co-autor: Lolita Dopico da Silva
Instituição: Hospital Pró-Cardíaco; Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ)
Endereço: R. General Polidoro, 192 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ
CEP 22280-000 – Tel.: (21) 2528-1528
Trata-se da temática dos cuidados de enfermagem com o cateter
venoso periférico (CVP), que para sua manutenção recebeu infusões intermitentes de solução salina 0,9%. Objetivos: criar um
guia para o uso de solução salina em CVP baseado nas recomendações da Infusion Nurses Society e apresentar os resultados dele
obtidos. Material e Método: estudo clínico-epidemiológico, prospectivo, com modelo de intervenção, delineamento quase-experimental e grupo único. A variável dependente foi a permeabilidade dos CVP e a independente, o guia para uso da solução salina.
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
Realizado no Hospital Pró-Cardíaco. A população consistiu de 58
pacientes, sendo 55,17% do sexo masculino, com idade entre 60
a 80 anos (51,72%) e diagnóstico cardiológico (62,06%), que necessitavam do uso intermitente do CVP, além da indicação clínica
de restrição de volume hídrico. O n foi representado pelo número de punções periféricas. A confiabilidade na utilização do guia
pela enfermagem foi garantida por meio da realização de treinamento com aplicação de pré e pós-teste. Os dados organizados e
tratados no programa Excel® receberam análise estatística descritiva, com o emprego de moda, média, mediana, desvio-padrão,
máximo e mínimo. O Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição
autorizou a realização da pesquisa e sua divulgação. Resultados:
o guia padronizou a execução técnica e materiais utilizados, sendo eles: luvas de procedimento, gaze estéril, álcool 70%, CVP
calibre 20 e 22 Gauge (G), extensor de 20 cm ou polifix® 2 vias,
bioconector®, seringa de 10 ml, solução salina 0,9% (ampolas de
10 ml), curativo transparente semipermeável. A salinização ocorreu sempre após administrações de medicação intravenosa (IV),
após aspiração de sangue por CVP e a cada seis horas, independentemente da infusão de medicações, utilizando-se o volume
correspondente a duas vezes a capacidade do dispositivo de infusão (para o extensor de 20 cm, 3 ml e para o polifix® 2 vias, 10
ml). Os CVP com 72 horas de permeabilidade corresponderam a
60,75%, significando um total de 48 punções. Punções realizadas
no antebraço apresentaram um taxa de perda de 47,91%, seguido
de 33,33% de perda na mão e 22% no braço. Quanto ao calibre,
os CVP 22 G estiveram presentes em 63 punções (79,74%) versus 16 punções com 20 G (20,25%). Neste total, a freqüência dos
CVP pérvios por 72 horas foi de 49,36% nos cateteres 22 G e de
11,39% nos de 20 G. Acessos com extensor de 20 cm corresponderam a 31,64% da amostra e os com polifix®, 29,11%. Quarenta
acessos mantiveram-se pérvios, recebendo medicação (50,63%);
a perda de permeabilidade nos acessos que não receberam medicações foi de 42,85%, contra 38,46% no grupo que recebia medicações, sendo interessante lembrar que os acessos que recebiam
medicações também recebiam a salinização com maior freqüência. Conclusão: nesta amostra de pacientes, houve maior perda
de permeabilidade dos acessos venosos em pacientes idosos, do
sexo masculino, com diagnóstico de etiologia cardiológica e que
não faziam uso de anticoagulantes.
TC-43
S23
Introdução: cuidar de crianças portadoras de derivações
ventriculares externas (DVE) tem sido uma prática cada vez
mais freqüente e que, para muitos profissionais de enfermagem, gera dúvidas, tendo em vista a complexidade desse cuidado e as complicações que podem resultar para o paciente
quando não realizado adequadamente. Objetivo: verificar o
conhecimento dos profissionais de enfermagem em relação
aos cuidados com o manuseio da DVE em crianças e neonatos. Método: esta pesquisa descritiva exploratória de abordagem quantitativa foi realizada em um hospital-escola de
alta complexidade da Grande São Paulo. A amostra constituiu de 40 enfermeiros das Unidades Pediátrica e Neonatal,
que responderam a um questionário com questões abertas
e fechadas. A coleta iniciou-se após a aprovação do projeto
pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: a maioria dos
sujeitos tinha entre 23 e 44 anos de idade (35; 87,5%), era do
sexo feminino (40; 100%) e atuava na UTI pediátrica (22;
55%). Houve predomínio de técnicos de enfermagem (17;
42,5%) e profissionais com seis a dez anos de formado (17;
42,5%). A maioria dos entrevistados (32; 80%) referiu ter
experiência prática no manuseio da DVE. Entretanto, “zerar
a altura da bolsa coletora em relação ao meato auricular externo” (33; 49,2%) foi uma das dificuldades mais citadas por
eles. Outras dificuldades também foram citadas com freqüência: “manipular a criança com DVE” (13; 19,4%), “realizar o curativo do cateter” (11; 16,4%) e “desprezar o débito
do sistema coletor” (10; 14,9%). A febre (16; 24,9%) e a irritabilidade (13; 20,3%) foram as principais alterações observadas pelos profissionais ao cuidar da criança com DVE,
enquanto a hipertensão craniana e a infecção (19; 33,3%)
foram as complicações mais citadas. Quatorze profissionais
(35%) relataram não utilizar técnica asséptica para manipular a DVE e a maioria (28; 70%) referiu trocar o curativo
diariamente, ao contrário do que é preconizado pela instituição (dias alternados). Conclusão: constata-se que esses
profissionais têm conhecimento insuficiente em relação ao
manuseio da criança com DVE. Enfatiza-se a importância de
treinamentos periódicos para reduzir a ocorrência de erros e
prevenir o risco de complicações, garantindo a segurança da
criança e do neonato.
TC-44
Conhecimento dos profissionais de
enfermagem sobre a assistência prestada à
criança com drenagem ventricular externa
Erros na administração de medicamentos
e os sentimentos gerados nos profissionais
de enfermagem
Autor: Fabiane de Amorim Almeida
Autor: Ana Elisa Bauer de Camargo Silva
Co-autor: Lucélia Ferreira Lima
Co-autores: Jânia Oliveira Santos, Denize Bouttelet Munari,
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Adriana Inocenti Miasso, Ana Lúcia Queiroz Bezerra
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Instituição: Universidade Federal de Goiás (UFG)
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
Endereço: R. 227, s/n, QD 68 – Setor Leste Universitário – Goiânia/ GO
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
CEP 74605-080 – Tel.: (62) 3521-1822
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S24
Trabalhos Científicos
Introdução: erros de medicação tem sido um problema
constante vivenciado nos hospitais, podendo trazer sérias
conseqüências ao paciente e profissional envolvido. Quanto
aos profissionais, além das conseqüências administrativas,
sociais e processuais, são comuns sentimentos indesejáveis
que não podem ser desconsiderados no contexto do trabalho,
por determinantes psicológicos, alterações físicas e respostas
imunológicas, influenciadoras do sistema nervoso autônomo
e que podem comprometer a execução de suas atividades e
a relação com os demais componentes da equipe. Objetivo:
conhecer os sentimentos e atitudes dos profissionais de enfermagem quando estes cometem um erro de medicação.
Método: pesquisa descritiva com 28 profissionais do período diurno das Unidades de Clinica Médica, Terapia Intensiva e Pronto-Socorro de Hospital Sentinela de Goiás, que
afirmaram ter cometido algum erro de medicação, sendo
25 (89,3%) técnicos de enfermagem e 3 (10,7%) enfermeiros. A coleta de dados foi de março a junho de 2006, com
entrevistas gravadas e utilizando um instrumento com caracterização dos sujeitos e questão norteadora: “Quais foram
os seus sentimentos ao cometer um erro de medicação?”. As
entrevistas foram transcritas e analisadas segundo Bardin
(2004). Os aspectos éticos seguiram a Resolução n° 196/96.
Resultados e Discussão: categorias – sentimentos imediatos
após o erro: revela que o impacto do erro gera pânico; são
freqüentes os sentimentos de culpa, quando o profissional
toma consciência da possibilidade de ter causado danos ao
paciente, e vergonha de revelar a falha cometida. Isso é compreensível pelos aspectos legais da profissão, assim como
pela exposição a julgamentos sobre sua competência técnica e profissional, pelo medo de possíveis agravos e risco à
vida do paciente. Atitudes decorrentes do erro: relacionadas
ao sentimento, revelam dois movimentos: a necessidade dos
profissionais em buscar ajuda ou compartilhar o problema
com alguém que possa auxiliá-lo neste momento de estresse
e insegurança, e de comunicação do erro, pela tranqüilidade
em se sentir apoiado. Aprendizado a partir do erro: revela o
aprendizado pessoal e profissional adquirido, assim como a
criação de estratégias individuais para evitar novas ocorrências na administração de medicamentos. Conclusão: a experiência de errar perdura na lembrança dos profissionais; no
entanto, torna-se positiva sua transformação em estratégias
pessoais de prevenção. Considerando que os profissionais
são sujeitos a falhas, a enfermagem, responsável pela administração de medicamentos, precisa avaliar processos de
trabalho, incentivar notificações e transformar práticas punitivas em situações de ensino-aprendizagem para o alcance de
uma cultura de segurança para pacientes e profissionais. À
instituição cabe promover ambiente seguro, investir em educação continuada, implementar estratégias sistêmicas e valorizar sentimentos dos funcionários, para que estes sintam-se
apoiados e prestem assistência com qualidade.
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
TC-45
Instrumentação cirúrgica: qual é o
conhecimento e a importância atribuída
por enfermeiros?
Autor: Rachel de Carvalho
Co-autores: Francileuda Lima Caminha, Camila Ribeiro Záccaro,
Adriana Braga
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Introdução: no Brasil, a instrumentação cirúrgica (IC) é realizada por instrumentadoras, que fazem um curso de nível técnico. Existe preocupação dos órgãos de classe sobre a competência para instrumentar, pois não existe lei que regulamente
tal atividade, porém o Conselho Nacional de Saúde considera
a instrumentação uma especialidade desenvolvida por profissionais com formação na área da Saúde. O Conselho Federal
de Medicina considera que acadêmicos de medicina e de enfermagem podem atuar como instrumentadores em unidades
credenciadas pelas instituições de ensino, desde que acompanhados por preceptor ou docente. Dessa forma, a IC deve ser
considerada uma área de atuação do enfermeiro perioperatório. Objetivos: identificar a opinião de enfermeiros de centro
cirúrgico quanto à importância do ensino da instrumentação
nos cursos de enfermagem; verificar o conhecimento dos enfermeiros sobre a instrumentação. Material e Método: pesquisa
descritiva, exploratória e quantitativa. A amostra foi composta
por 16 enfermeiros do centro cirúrgico do Hospital Israelita
Albert Einstein (HIAE). Foi utilizado um questionário contendo dados de identificação, importância da instrumentação
cirúrgica e opinião do enfermeiro sobre a instrumentação. Resultados: dos 16 enfermeiros, 5 (31,30%) tiveram instrumentação na graduação e 14 (87,50%) consideram importante o
ensino da IC na graduação. Quanto ao grau de concordância: 16 (100,00%) concordaram que o instrumentador deve
ter formação na área da Saúde; 8 (50,00%) concordaram e 8
(50,00%) não concordaram que não existe lei que regulamente a atividade de IC; 11 (68,75%) concordaram que existe uma
preocupação dos órgãos de classe em relação à competência
para instrumentar; 10 (62,50%) não concordaram que o IC
deve ampliar suas atividades durante o ato anestésico-cirúrgico; 14 (87,50%) concordaram que a IC pode ser uma área
de atuação do enfermeiro; 12 (75,00%) concordaram que o
instrumentador deve ser membro da equipe de enfermagem;
12 (75,00%) não concordaram que, diante da impossibilidade
do instrumentador, o circulante pode substituí-lo; 12 (75,00%)
concordaram que o profissional de enfermagem pode atuar
na condição de instrumentador; 8 (50,00%) concordaram e
8 (50,00%) não concordaram que o profissional de enferma-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
gem, como instrumentador, subordina-se ao enfermeiro responsável pela unidade; 13 (81,25%) não concordaram que o
estudante de enfermagem não possa exercer a IC durante os
estágios, mesmo que seja supervisionado pelo docente. Conclusão: a maioria dos enfermeiros não teve instrumentação na
graduação e, mesmo assim, acham importante o ensino da atividade nas faculdades. Além disso, demonstraram bom nível
de conhecimento sobre a instrumentação e concordaram que
o instrumentador deve ter formação básica na área da Saúde.
TC-46
Limpeza e desinfecção de unidade móvel
terrestre no atendimento pré-hospitalar
Autor: Rachel de Carvalho
Co-autores: Érika Coelho de Moraes, Zilda Mariano da Silva,
S25
as respostas de 20 (37,7%) profissionais; dentre os produtos
químicos utilizados, o álcool 70% é usado por todos os profissionais, seguindo-se a utilização de água e sabão, detergente
enzimático, desinfetante e hipoclorito de sódio; os acessórios
mais utilizados para realizar a limpeza e a desinfecção são: panos, rodo e vassouras; quanto ao uso de equipamento de proteção individual, os colaboradores relataram utilizar principalmente luvas, avental, óculos e botas; o tempo despendido para
realização do processo variou entre 10 a 120 minutos, sendo a
maior freqüência correspondente a 60 minutos (26 profissionais, ou 49,0%). Conclusão: constatou-se que as técnicas de
limpeza e desinfecção de UMT diferem de acordo com cada
tipo de serviço, tanto entre os serviços privados quanto entre
os públicos. Esta diversidade pode ser atribuída à inexistência
de protocolos, bem como de normas específicas e fiscalização
pelos órgãos responsáveis.
Yvelize Roberta Ferreira de Almeida
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albret
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
TC-47
Validação da realização do
eletrocardiograma (ECG)
Autor: Aline Pardo de Mello
Introdução: o interior de uma Unidade Móvel destinada à remoção de pacientes e os equipamentos essenciais da ambulância devem estar de acordo com as mesmas normas estabelecidas para limpeza e desinfecção de áreas e equipamentos
hospitalares. Na rotina agitada do atendimento pré-hospitalar, o processamento adequado dos artigos e a limpeza da
unidade, por vezes, são subestimados. A limpeza é vista como
um simples processo, não recebendo a atenção devida quando
comparada ao todo. A carência de publicações sobre o assunto
e a falta de uniformidade em relação aos processos e aos artigos que devem ser utilizados na limpeza de Unidades Móveis
Terrestres (UMT) motivaram as autoras a realizar esta pesquisa. Objetivo: identificar as técnicas de limpeza e desinfecção
de UMT utilizadas no atendimento pré-hospitalar, segundo a
descrição dos profissionais. Material e Método: pesquisa descritiva, exploratória, de nível I, com abordagem quantitativa,
realizada com 53 profissionais de serviços de atendimento préhospitalar, públicos e privados, das cidades de São Caetano
do Sul e São José dos Campos, responsáveis pela limpeza e
desinfecção das UMT. Para a coleta de dados, foi elaborado
um instrumento, composto por duas partes: caracterização
do profissional e questões específicas sobre a limpeza e a desinfecção das UMT. Resultados: de acordo com as respostas
dos 53 profissionais, verificou-se que: todos os serviços pesquisados possuem unidade de suporte básico; a maioria dos
profissionais (43; 56,6%) responsáveis pela limpeza e desinfecção das UMT pertence à equipe de enfermagem (enfermeiros e auxiliares); a limpeza concorrente é feita após cada
ocorrência, segundo as respostas de 40 (70,2%) profissionais;
a limpeza terminal é realizada uma vez por plantão, segundo
Co-Autores: Tânia Ferreira Tavares, Milene Vidal da Silva
Barbosa, Gladys Cristina Borges, Milka de Almeida, Yara Kimiko
Sakô, Ana Paula Bagdanavicius, Ana Paula Ribeiro Cardoso de
Menezes, Marina Vaidotas, Kelly Cristina Rodrigues Dias, Thaís
Galoppini Félix, Denysia da Silva Brito
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233
Introdução: a eletrocardiografia é a técnica utilizada para captar os estímulos elétricos do músculo cardíaco por meio de
condutores posicionados na pele do paciente. Concretizou-se
quando as alterações eletrocardiográficas no infarto agudo
foram identificadas pela primeira vez por Pardee em 1920, e
relacionadas às alterações morfológicas específicas na onda T,
segmento ST e onda Q. Desde então, este procedimento tem
sido muito utilizado na prática da cardiologia clínica por ter um
baixo custo, não oferecendo qualquer risco ao paciente e ser
de fácil realização. Objetivo: padronizar a realização do ECG
em uma Unidade de Pronto-Atendimento; validar a equipe
de enfermagem na realização do exame. Método: estudo coorte descritivo sobre a realização do ECG. Foi realizado em
duas fases. A primeira constou de aula teórica sobre fisiologia
cardíaca e a realização do ECG propriamente dito; a segunda
fase constou de aplicação individual de um instrumento previamente elaborado com a descrição da técnica por itens. Cada
item teve sua relevância descrita em crítico (C) e não-crítico
(NC), sendo críticos os erros que comprometem a técnica e,
portanto, a validade do exame, e não-críticos os erros que não
comprometem a técnica e tampouco a validade do exame. Foeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S26
Trabalhos Científicos
ram atribuídos conceitos divididos em A (ausência de qualquer
erro), B (um erro crítico e até dois não-críticos) e C (mais de
um erro crítico e mais de três erros não-críticos). Ao receber
um conceito B ou C, o profissional foi reorientado logo após a
validação e reavaliado. A validação foi feita pela enfermeira.
Resultados: participaram do treinamento 47 técnicos de enfermagem. Destes, 14 obtiveram conceito A (29,78%), 31, conceito B (65,95%) e 2, conceito C (4,25%). Houve um total de
55 erros; os mais cometidos foram não lavar as mãos antes do
início do exame (14 vezes; 25,45%), não posicionar as pêras para
realização das derivações à direita do tórax e de V7, V8 e V9
(10 vezes; 18,18%), não solicitar que o paciente não converse
ou se mova durante a realização do exame (10 vezes; 18,18%),
não ligar o filtro do aparelho de ECG (6 vezes; 10,90%), não
limpar as pás e pêras corretamente (3 vezes; 5,45%) e não consultar a figura explicativa sobre ECG quando houver dúvida
(3 vezes; 5,45%). Outros erros, como deixar de apresentar-se
ao paciente, não colocar gel nas pás e pêras, não posicionar
corretamente as pás e pêras, não retirar objetos que causam
interferência, não identificar as derivações à direita do tórax e
V7, V8 e V9 corretamente no impresso e não checar na prescrição médica a realização do exame ocorreram de uma a duas
vezes (de 1,81% a 3,63%), num total de nove vezes. Conclusão:
desenvolver meios de treinar e avaliar a realização de exames
como o ECG garante que a equipe de enfermagem que presta
assistência direta ao paciente sinta-se segura e capaz para realizá-lo, oferecendo, assim, um atendimento de qualidade e com
a segurança de um diagnóstico rápido e confiável.
TC-48
Efeitos da isoflavona no assoalho pélvico de
mulheres na pós-menopausa
sor vaginal, o aparelho foi calibrado com a paciente em repouso e,
para a aferição, foi solicitado à paciente que realizasse manobras,
sendo feitas três medidas consecutivas da força do assoalho pélvico. A graduação da contração foi feita pela escala Sauers (0 a 100).
Em seguida, efetuou-se, por exame físico, a avaliação funcional
do assoalho pélvico (AFA), seguindo os critérios de Ortiz et al.
(1994). Além disto, a paciente foi inquirida sobre a perda urinária
(avaliação subjetiva). Posteriormente, a dopplervelocimetria digitalizada colorida avaliou o número de vasos da região periuretral.
Resultados: a média de idade das pacientes foi de 53,8 anos,
com desvio padrão de 5,41. A avaliação objetiva do assoalho pélvico aferida pelo perineômetro KG 40 mostrou que
22 (73,3%) apresentaram aumento da força muscular
(p < 0,05) após o tratamento. Na avaliação funcional (AFA) do
assoalho pélvico, verificou-se que 18 (60%) mulheres tiveram
aumento da força muscular. Na avaliação subjetiva, das 20 mulheres que referiram alguma forma de perda de urina antes do
tratamento, 15 (75%) apresentaram melhora após seis meses de
tratamento (p < 0,01). Ao exame ultra-sonográfico (dopplervelocimetria), em 21 (70%) mulheres registrou-se aumento do
número de vasos periuretrais (p < 0,05) após os seis meses de
tratamento. Conclusões: o tratamento com 100 mg/dia de extrato
concentrado de soja por seis meses determinou aumento da força
muscular do assoalho pélvico e do número de vasos periuretrais
em mulheres na pós-menopausa.
TC-49
Percepção da equipe de enfermagem após
implantação do protocolo gerenciado de
sepse grave/choque séptico em unidade
de pacientes críticos
Autor: Gisele de Paula Dias Santos
Autor: Leni Aparecida Spagna Accorsi
Co-autores: Juliana Oliveira, Camila Sardenberg, Joyce Polessi,
Co-autores: Mauro Abi Haidar, Alfeu Cornélio Accorsi Neto, José
Marina Vaidotas, Luciana Guastelli
Maria Soares Júnior, Manuel Jesus Simões, Márcia Gaspar Nunes,
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Ana Maria Massad-Costa, Edmund Chada Baracat
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-3100
Endereço: R. Borges Lagoa, 783, 3° andar, conj. 31
Vila Clementino – São Paulo/ SP
CEP 04031-030 – Tel.: (11) 5573-9228
Objetivo: avaliar os efeitos da isoflavona na força muscular do assoalho pélvico de mulheres na pós-menopausa, antes e após seis meses de tratamento com extrato concentrado de soja, na dose de 100 mg/dia. Além
disso, avaliar os vasos periuretrais por estudo ultra-sonográfico.
Materiais e Métodos: 30 mulheres na pós-menopausa foram submetidas a anamnese e exames físico geral e ginecológico antes de
iniciar o tratamento. Realizou-se a avaliação objetiva do assoalho
pélvico, com o auxílio de perineômetro digital KG 40, o qual mede
o grau de força da musculatura pélvica. Após a introdução do seneinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Introdução: a síndrome da resposta inflamatória sistêmica
pode progredir para sepse grave (SG) ou choque séptico (CS),
evoluindo com anormalidades circulatórias, metabólica, e
resultando em hipóxia tecidual generalizada. O Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) implantou um protocolo gerenciado supervisionado por uma enfermeira gerenciadora de
casos (GC), com o objetivo de reduzir a mortalidade desses
pacientes em 25% em um período de cinco anos. O protocolo
gerenciado busca, por meio de diretrizes assistenciais e da monitoração contínua de indicadores de qualidade, garantir a implementação de ações específicas baseadas na melhor evidência científica. O protocolo gerenciado engloba um conjunto de
ferramentas de suporte à tomada de decisão. Ao ser levantada
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
a hipótese de sepse ou feito seu diagnóstico, uma equipe multiprofissional é acionada para o seguimento e acompanhamento
deste paciente. Objetivos: avaliar a eficácia do treinamento e
a adesão ao protocolo institucional – Protocolo Sepse Grave/
Choque Séptico – pelas equipes de enfermagem (técnicos e
enfermeiros) em Unidades de Pacientes Críticos. Materiais e
Método: estudo descritivo realizado em maio de 2007. A análise consistiu da avaliação da percepção destes profissionais,
verificando-se o grau de conhecimento e aproveitamento após
um ano do treinamento do Protocolo de SG/CS na Unidade
de Pacientes Críticos. O método utilizado foi a aplicação de
um questionário respondido pela equipe de enfermagem, com
perguntas em forma de teste a respeito do conhecimento e da
percepção da melhoria oferecida pelo protocolo gerenciado.
Resultados: foram analisados 85 profissionais de enfermagem
das diversas áreas de pacientes críticos, sendo 53% da UPA
e 47% da UTI. Considerando o público-alvo, tivemos 98%
de participação. Da população analisada, 80% dos sujeitos
participaram do treinamento e 20% não participaram, visto
que eram funcionários recém-admitidos. Destes, apenas 5%
conseguiram contato por meio de outras iniciativas, sendo
elas: fluxo de diagnóstico e tratamento do protocolo SG/CS
afixado na sala de emergência do PA e nos murais de aviso
na UTI, enfermeiro GC e pelo sistema de treinamento virtual (e-learning). A análise dos questionários mostrou que 65%
conheciam o papel do GC, 68% relataram ter conhecimento
sobre a doença antes do protocolo e 100% dos que participaram do treinamento acreditam que o protocolo gerenciado
acrescentou conhecimento. Conclusão: esta avaliação mostrou um percentual alto de participação dos colaboradores,
que demonstraram na análise uma resposta satisfatória, sendo
possível a sensibilização dos profissionais envolvidos (técnicos
e enfermeiros) sobre a importância do Protocolo de Sepse
Grave/Choque Séptico.
TC-50
Refinamento de um instrumento
para mensuração do grau de
complexidade assistencial do paciente
em relação à enfermagem
S27
gem utilizado por eles. Esta pesquisa descritiva foi conduzida
com o intuito de: investigar a opinião de usuários do instrumento de classificação de pacientes proposto por Perroca;
identificar os indicadores críticos que mais contribuem para
a classificação dos pacientes em cada uma das categorias de
cuidados (mínimos, intermediários, semi-intensivos e intensivos). Para investigar a opinião dos usuários, foi utilizado
questionário contendo perguntas semi-estruturadas. O instrumento de classificação foi aplicado em 796 pacientes,
escolhidos aleatoriamente por enfermeiras lotadas em Unidades de Clínica Médica, Cirúrgica e Especializada de um
hospital de ensino privado de capacidade extra no interior
do estado de São Paulo, no período de janeiro a maio de
2007. Para o tratamento estatístico, utilizou-se a Análise de
Componentes Principais (ACP) e a Análise Discriminante.
Os usuários investigados parecem satisfeitos com o instrumento utilizado (simplicidade, abrangência, aplicabilidade,
confiabilidade dos dados gerados). Contudo, pensam que seria mais adequado que o instrumento não apenas se limitasse
à classificação de pacientes, mas simultaneamente pudesse
mensurar a carga de trabalho da equipe de enfermagem. Os
resultados evidenciaram os indicadores: terapêutica; integridade cutâneo-mucosa; cuidado corporal, com maior capacidade discriminatória na categoria de cuidados mínimos;
e os indicadores integridade cutâneo-mucosa; comunicação;
nutrição e hidratação; locomoção, para a categoria de cuidados intermediários. A discriminação e classificação correta
dos pacientes variaram de 89,8% (cuidados semi-intensivos)
a 95,6% (cuidados intensivos).
TC-51
Estudo da variabilidade do grau
de dependência do paciente em relação
à enfermagem
Autor: Vivian Brito Araújo
Co-autor: Márcia Galan Perroca
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro
São José do Rio Preto/ SP
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722
Autor: Márcia Galan Perroca
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro
São José do Rio Preto/ SP
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722
Resumo: o instrumento de classificação de Perroca foi construído e validado no final da década de 1990, necessitando,
desta forma, passar por um processo de refinamento para
permitir uma mensuração mais acurada do grau de complexidade assistencial dos pacientes e de recursos de enferma-
Nestes últimos anos, muito se tem estudado sobre a complexidade do cuidado assistencial como fator relacionado à carga de trabalho para instrumentalizar o dimensionamento de
pessoal de enfermagem. Contudo, são quase inexistentes na
literatura estudos de como a complexidade assistencial oscila durante o período de internação. Este estudo exploratório
descritivo tem por finalidade investigar a variabilidade do grau
de dependência do paciente em relação à enfermagem. Foi
realizado em Unidades de Clínica Médica e Cirúrgica de um
hospital-escola privado de capacidade extra no interior do eseinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S28
Trabalhos Científicos
tado de São Paulo no período de julho a setembro de 2006.
Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se o sistema
de classificação de pacientes proposto e validado por Perroca (2000). Foram classificados 40 clientes de cada clínica do
primeiro ao último dia de internação, totalizando 642 classificações. Tanto nas Unidades de Internação de clínica médica
como cirúrgica encontrou-se predominância de pacientes na
categoria de cuidados mínimos, 73% e 46%, respectivamente.
Na clínica médica, os clientes, em sua maioria, permaneceram
na categoria de cuidado identificada em sua admissão, enquanto na clínica cirúrgica houve variação entre as categorias
de cuidados, principalmente no período pós-operatório. Os
achados deste estudo permitem subsidiar decisões gerenciais
referentes à alocação de recursos humanos e custo da assistência frente à demanda da clientela assistida.
TC-52
Avaliação de desempenho dos provedores
de saúde do curso suporte básico de vida
Autor: Joyce Tizeo Fernandes Souza
Co-autores: Rita de Cássia Fernandes Grassia Peres
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Objetivo: verificar o conhecimento sobre a ressuscitação
cardiopulmonar (RCP) dos participantes, antes e após o
término do curso Suporte Básico de Vida para Provedores
de Saúde. Métodos: neste estudo foi realizada uma pesquisa do tipo descritiva, exploratória, nível I, retrospectiva. A
população foi composta por 232 participantes e 464 questionários respondidos por médicos, enfermeiros, técnicos e
auxiliares de enfermagem. Resultados: embora tenha sido
constatada insuficiência de conhecimento referente aos temas “localização da compressão para realização de RCP” e
“vítima de afogamento com perda da consciência”, a média
de acertos do pré-teste foi de 71,39% (36 questões) e do
pós-teste, de 91,18% (25 questões). Assim, os alunos obtiveram aproveitamento de 19,79% após a realização do curso. Foi possível observar que, apesar do aumento no índice
de acertos após a realização do curso, os alunos apresentam
insuficiência de conhecimento referente aos temas ¨localização da compressão para realização de RCP¨ e ¨vítima de
afogamento com perda da consciência¨. Tal fato é preocupante, pois erros em aprendizagem podem acarretar danos
durante a assistência ao paciente. Conclusão: estes temas
devem ser abordados com maior ênfase durante os cursos,
pois há dificuldade do reconhecimento de sinais e sintomas
de doenças cardiovasculares, prejudicando o acesso precoce aos serviços de emergência.
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
TC-53
Perfil social dos pacientes do programa de
transplantes do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE)
Autor: Thais D. Bacoccina Motta
Co-autores: Cleonice Aparecida Fiorito, Anna Verena de Carvalho,
Ben-Hur Ferraz Neto
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Vila Mariana
Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP
CEP 04020-010 – Tel.: (11) 5089-0384
Introdução: a avaliação social de pacientes candidatos a transplante de órgãos ou mesmo aqueles já transplantados tem
impacto direto na assistência destes casos, principalmente no
Brasil, onde a população em geral tem grandes dificuldades
que envolvem as áreas de Transporte, Habitação, Educação,
Saúde, entre outras. Objetivo: apresentar os resultados da
avaliação social dos pacientes atendidos no programa de transplante de órgãos sólidos do Hospital Israelita Albert Einstein
(HIAE). Método: todos os pacientes encaminhados ao programa de transplante de órgãos sólidos foram convocados para
avaliação social no período entre setembro de 2005 e abril de
2007. A avaliação foi realizada por meio de formulário social
aplicado pela assistente social, contendo informações sobre
o perfil socioeconômico dos pacientes e no qual foram avaliados: tipo de órgão a ser transplantado, sexo, idade, estado
civil, escolaridade, ocupação, renda familiar, infra-estrutura e
tipo de moradia, além de número de membros da família moradores da mesma residência. Resultados: durante o período
estudado, foram realizadas 681 avaliações sociais, sendo 409
(60%) pacientes do programa de transplante de fígado, 191
(28%) de rim, 57 (8,4%) de pâncreas/rim, 9 (1,3%) de pâncreas, 9 (1,3%) de fígado/rim, 4 (0,6%) de pulmão e 2 (0,3%)
não informados. Encontramos 414 (61%) pacientes do sexo
masculino; 16 tinham menos de 20 anos, 50 tinham entre 21 e
30 anos, 92 tinham entre 31 e 40 anos, 182 tinham entre 41 e
50 anos, 220 tinham entre 51 e 60 anos, 100 entre 61 e 70 anos,
20 acima de 70 anos e 1 não informado. Destes, 436 pacientes
eram casados, 135 solteiros, 69 divorciados/separados e 35 viúvos. O nível de escolaridade encontrado foi: 8 (1,1%) pacientes analfabetos, 547 (80,3%) com primeiro grau, 87 (12,7%)
com segundo grau, 3 (0,4%) técnicos e 36 (5,2%) com nível
superior. Quanto à renda familiar, encontramos 22 (3,2%) pacientes sem renda, 37 (5,4%) com até 1 salário mínimo, 321
(47,1%) entre 1 e 3 salários mínimos, 182 (26,7%) entre 3 e 6
salários mínimos, 119 (17,4%) com renda superior a 6 salários
mínimos, sendo a renda máxima R$ 11.000,00. Cada família
foi avaliada quanto ao número de pessoas residentes no local:
encontramos até 3 pessoas em 384 pacientes, 4 a 6 pessoas em
279 pacientes, de 7 a 9 pessoas em 13 pacientes, acima de 10
pessoas em 1 e 4 pacientes não informaram. Quanto ao tipo de
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
moradia, 619 pacientes moram em imóvel de alvenaria, 53 de
madeira e 9 não informado; 665 possuem infra-estrutura básica (água, luz e esgoto), 8 não contam com pelo menos 1 deles e
8 não informados. Quanto à ocupação, 237 pacientes são aposentados, 153 possuem auxílio-doença, 90 estão ativos, 39 do
lar, 10 pensionistas, 3 com auxílio-doença e ativos, 1 com bolsa-família, 10 estudantes, 30 desempregados, 106 sem renda e
2 não informados. Conclusão: diante dos dados encontrados,
podemos concluir que o programa de transplantes de órgãos
do HIAE atende pacientes da sociedade que representam a
população brasileira e, assim, cumpre sua função dentro de
seu programa de responsabilidade social.
TC-54
A música no alívio da ansiedade em
pacientes cardíacos pré-cirúrgicos
Autor: Annelise de Oliveira Rodrigues
Co-autores: Taciana Cristina Pereira de Freitas,
S29
manualmente e a análise foi feita utilizando-se os recursos da
estatística descritiva. Os dados qualitativos foram analisados
conforme a análise de conteúdo de Bardin. Resultados: a população foi composta, em sua maioria, por homens, entre 61
e 80 anos de idade, casados, com valvopatias e admitidos para
troca de valva mitral. A análise das falas dos pacientes sobre o
efeito da sessão de música resultou em três categorias: calma,
evocação de memórias afetivas e indiferença. A calma e o relaxamento foram evidenciados pela verbalização dos pacientes e pela postura durante a sessão de música. Em dois casos,
os acompanhantes relaxaram também, chegando inclusive a
dormir. Conclusão: os resultados evidenciaram o efeito benéfico da música enquanto prática complementar no cuidado ao
ser humano. A maioria dos pacientes relatou sentir-se mais
calmo após os 20 minutos de audição musical. Sendo assim,
considera-se a música como uma intervenção valiosa a ser
implementada pela enfermagem no período pré-operatório,
visando minimizar as tensões dessa fase e a hostilidade do ambiente hospitalar.
Andrea Bezerra Rodrigues
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Introdução: de acordo com o Ministério da Saúde, as doenças
cardiovasculares são a terceira causa de internação no Sistema
Único de Saúde (SUS), acometendo 10% da população, com a
maior parcela na Região Sudeste. O mesmo grupo de doenças
representa 32% das causas de óbito no país. O procedimento
cirúrgico em si predispõe os indivíduos a uma vulnerabilidade
física e emocional natural. Nesse sentido, a ansiedade no paciente cardíaco possui diversas causas, como a própria doença,
o ambiente hospitalar, a dor, a mudança na vida diária e no
trabalho e a ausência de recurso financeiro. Desde o nascimento até a morte, a música faz parte da vida do ser humano.
Como terapia, caiu em desuso por muitos anos, por ser considerada um método primitivo e pouco prático. Entretanto,
atualmente vem-se mostrando cada vez mais inovadora e eficaz, sendo inclusive formalmente instituída. Pretende-se, com
este estudo, abordar a música como estratégia complementar
para o alívio e enfrentamento da ansiedade do paciente cardíaco pré-cirúrgico. Objetivo: descrever os efeitos da música
no alívio da ansiedade em pacientes cardíacos pré-cirúrgicos.
Material e Método: o estudo foi realizado em uma clínica médica cardiológica de um hospital de grande porte do município de São Paulo/SP, com cinco pacientes, utilizando-se, para
a coleta dos dados, um roteiro semi-estruturado composto por
dados sociodemográficos, mensuração dos sinais vitais e uma
questão norteadora. A entrevista foi realizada antes e após a
audição musical do CD Sons da natureza: alpine flow, com duração de 20 minutos. Os dados quantitativos foram tabulados
TC-55
Implantação de impresso de consulta
de enfermagem em um ambulatório
de transplante
Autor: Eva Aparecida Yamada Yonezawa
Co-autores: Edna A. Ferraz, Edilene Pitlowanciv, Janine Schirmer,
Maria Teresa Aparecida da Silva Odierna, Bartira de Aguiar Roza
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Vila Mariana
Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP
CEP 04020-000 – Tel.: (11) 5080-0265
Introdução: a consulta de enfermagem (CE) é uma atividade privativa do enfermeiro, garantida pela Lei do Exercício
Profissional n° 7.498/86. Em um hospital privado da cidade
de São Paulo/SP, um grupo de enfermeiros aplicou um impresso de consulta de enfermagem no ambulatório de transplante de órgãos sólidos, parceria com o SUS, desde janeiro
de 2002. Objetivo: garantir a consulta de enfermagem aos
pacientes que freqüentam o ambulatório, com base científica, coletando informações para planejar a assistência no
pré e pós-operatório. Metodologia: após a elaboração de
um impresso de CE baseado nos padrões de Gordon, este
foi aplicado aos pacientes que aguardavam a consulta médica, ou no momento da inscrição no cadastro técnico da
Secretaria Estadual de Saúde. Resultados: foram aplicados
25 formulários no período de maio a setembro de 2006, com
os seguintes resultados: 24% dos pacientes estão na faixa
etária entre 37-41 anos e acima de 56 anos, 32% têm ensino
médio completo, 52% têm estado civil casado, 64% residem
na cidade de São Paulo, 64% não trabalham atualmente,
60% possuem auxílio-doença, 36% têm renda familiar de
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S30
Trabalhos Científicos
2 a 3 salários mínimos e 64% informaram possuir condições de comprar os medicamentos necessários para o tratamento; 12,48% consideram a saúde em geral boa, 14,56%
consideram que sua saúde interfere nas atividades diárias,
23,92% conseguem seguir orientações dos profissionais de
saúde, 60% apresentaram alterações de peso no último ano,
100% apresentam risco nutricional e 44%, risco para flebite; 72% apresentam independência nas atividades físicas,
56% têm disposição suficiente para a realização das atividades, 84% não praticam esporte, 52% não acordam descansados e para 56% o sono é interrompido; 80% têm alterações visuais, 64% apresentam dor, 80% possuem alterações
do nível de consciência, 40% apresentaram percepção para
feliz, 56% têm vida sexual ativa, 76% não fazem uso de contraceptivo, 60% possuem religião praticante e para 76% a
religião interfere na manutenção da saúde. Conclusão: os
resultados indicam a necessidade de implementação da
consulta de enfermagem para o planejamento da assistência com base nos problemas de saúde identificados. Assim,
espera-se contribuir para minimizar os riscos assistenciais
no pré e pós-transplante.
ausências não-previstas mostrou uma variação entre índices
encontrados em cada unidade e identificou a licença-maternidade como o principal motivo de ausência não-prevista dos trabalhadores de enfermagem, seguida pela licença
médica. O IST para os enfermeiros apresentou variação de
32% a 47%, e entre os auxiliares e técnicos de enfermagem
a variação foi de 35% a 40%, o que corrobora os achados
na literatura. Considera-se importante conhecer esse índice para cobertura das ausências da equipe de enfermagem,
sendo essa uma das variáveis consideradas para o dimensionamento de pessoal.
TC-57
Estilos de liderança em unidade de terapia
intensiva e sua relação com a carga de
trabalho de enfermagem
Autor: Alexandre Pazetto Balsanelli
Co-autores: Isabel Cristina Kowal Olm Cunha,
Iveth Yamaguchi Whitaker
Instituição: Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de
São Paulo (UNIFESP)
TC-56
Percentual de ausências da equipe de
enfermagem em unidades de clínica médicocirúrgica de um hospital filantrópico
Autor: Danielle Fabiana Cucolo
Co-autores: Márcia Galan Perroca
Instituição: Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto
Endereço: R. Fritz Jacob, 1236 – Boa Vista – São José do Rio Preto/ SP
CEP 15025-500 – Tel.: (17) 2139-9200
O número insuficiente de recursos humanos na enfermagem
pode elevar o índice de absenteísmo, como conseqüência
da sobrecarga de trabalho e insatisfação dos colaboradores,
prejudicando a qualidade da assistência prestada e a segurança dos clientes/pacientes. Este estudo tem como objetivo
identificar o percentual de ausências previstas e não-previstas da equipe de enfermagem de quatro Unidades de Clínica
Médico-Cirúrgica de uma instituição de saúde filantrópica
do interior de São Paulo e determinar o índice de segurança técnico (IST) para cada categoria profissional nas suas
respectivas unidades. Trata-se de uma pesquisa exploratória
descritiva, na qual os dados referentes às ausências previstas
foram levantados das escalas mensais junto ao departamento de enfermagem, e as informações sobre ausências nãoprevistas foram obtidas de relatórios do departamento de
pessoal nos meses de janeiro a dezembro de 2006. Os percentuais de ausências previstas relativos às folgas semanais
remuneradas, feriados e férias corresponderam, respectivamente, a 17%, 3,1% e 9%. O levantamento do percentual de
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São Paulo/ SP
CEP 04024-002 – Tel.: (11) 5576-4421
A liderança constitui uma competência essencial para que
o enfermeiro gerencie a assistência de enfermagem. Entretanto, sendo a UTI um ambiente interativo no qual as decisões precisam ser rápidas e assertivas, muitas vezes exerce-se
uma postura autoritária em substituição à participativa. Este
estudo teve como objetivos verificar a carga de trabalho de
enfermagem por meio do Nursing Activities Score (NAS) de
87 pacientes admitidos na UTI geral de um hospital universitário particular localizado no município de São Paulo/SP;
identificar os estilos de liderança exercidos pelos enfermeiros ao avaliar um membro de sua equipe no cuidado a esses
pacientes; relacionar a carga de trabalho de enfermagem
(NAS) e os estilos de liderança exercidos pelos enfermeiros,
utilizando como referência a Liderança Situacional de Hersey e Blanchard. Tratou-se de um estudo descritivo-exploratório e correlacional. A amostra foi constituída por sete enfermeiros e sete técnicos de enfermagem que formaram sete
duplas, respectivamente. Obtiveram-se os dados no período
de março a junho de 2005. Diariamente aplicou-se o NAS nos
pacientes admitidos nas 24 horas anteriores. Seqüencialmente, os enfermeiros eram questionados sobre qual estilo de
liderança seria adotado caso o técnico de enfermagem que
estava sob sua avaliação estivesse cuidando dele. Utilizouse estatística descritiva e o teste t de Student com nível de
significância p < 0,05. A carga de trabalho de enfermagem
alcançou um valor médio de 80,1% (dp = 8,0; mín = 62,4 e
máx = 101,8%). Os enfermeiros exerceram, com predomi-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
nância, os estilos de liderança E1, E2 e E3 para com os liderados. Analisaram-se as duplas separadamente, em decorrência das diferenças entre elas. Apesar disto, verificou-se
relação entre os estilos de liderança e o NAS. Portanto, concluiu-se que, quanto maior a carga de trabalho de enfermagem exigida pelo paciente internado nessa UTI, o enfermeiro tende a ser mais diretivo em suas ações, adotando estilos
de liderança menos participativos, tais como E1 e E2.
TC-58
Avaliação da implantação de um protocolo
de prevenção de quedas
Autor: Rosane Oliveira Simões
Co-autores: Lucia Marta Giunta da Silva, Regiane Pereira dos
Santos, Maria Luiza Costa, Anna Margherita Toldi Bork
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
S31
As principais variáveis da auditoria de quedas foram local,
presença de familiar, comorbidades, educação do pacientefamília, avaliação do risco, adesão às medidas preventivas
e conseqüências da queda. Na análise estatística dos dados
das quedas ocorridas entre junho de 2005 e julho de 2006
(n = 173), observou-se associação da queda ao uso de sedativo (p = 0,050), a queda anterior no hospital (p = 0,001) e
ao sexo masculino. A regressão logística evidenciou que as
chances de sofrer uma queda eram aumentadas em 2,5 vezes
para os pacientes em uso de sedativos, 19 vezes para pacientes com queda anterior no hospital e 3 vezes para pacientes
do sexo masculino. Observou-se, ainda, a redução dos danos
graves. Conclusão: a análise estatística dos dados possibilitou
identificar os principais fatores e grupos de maior risco na
instituição, dirigir a avaliação do enfermeiro e a educação
do paciente-família, reduzir danos graves e recorrência da
queda na hospitalização.
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2670
Introdução: prevenir quedas em hospitais é importante fator de segurança do paciente. Quedas estão entre as ocorrências mais comuns nos hospitais, com índice que varia de
2,3 a 7/1.000 pacientes-dia, com 30% de danos; de 4% a 6%
das quedas são classificadas como graves, sendo que cerca
de 10% das quedas fatais entre adultos idosos ocorrem nos
hospitais. Objetivo: avaliar a implantação do Protocolo de
Prevenção de Quedas no Hospital Israelita Albert Einstein
(HIAE). Material e Método: revisão da literatura 1-12, utilizando MEDLINE e Cochrane Library, análise dos dados
históricos da população hospitalizada do HIAE, elaboração
e divulgação do protocolo de prevenção, cujos objetivos são:
promover a segurança do paciente; identificar a população
de risco e alto risco; prevenir a ocorrência de queda e reduzir
o dano associado no grupo de alto risco; mensurar os índices
de queda no HIAE; realizar auditorias das medidas preventivas e das quedas. O protocolo foi implantado em junho de
2005, após treinamento e divulgação para a equipe. As principais medidas preventivas seriam: avaliação de risco para discriminar os pacientes de risco e alto risco; estabelecer intervenções mínimas na prescrição de enfermagem e estratégias
para educação de pacientes e familiares. A análise estatística
dos dados de adesão às medidas preventivas (n = 1056) utilizou o teste t-Student (IC = 95%) para a comparação, entre
os grupos de pacientes de alto risco com e sem queda, das
médias das variáveis quantitativas; e o teste Qui-Quadrado
(IC = 95%) para as variáveis qualitativas. Resultados: as médias de adesão às medidas preventivas foram: jun/05 = 76%;
dez/05 = 80%; jan/06 = 83%; fev/06 = 88%; jun/06 = 75% e
dez/06 = 75%. Na análise, não houve diferença entre os grupos para nenhuma variável quantitativa (idade; total de pacientes, enfermeiros e técnicos de enfermagem na unidade).
TC-59
Eventos adversos na administração de dieta
enteral: análise comparativa entre o volume
prescrito e o administrado em UTI
Autor: Katia Grillo Padilha
Co-autores: Mairy Jussara de Almeida Poltronieri
Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de
São Paulo (EEUSP)
Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 419 – Cerqueira
César – São Paulo/ SP
CEP 05403-000 – Tel.: (11) 3061-7543
Introdução: a terapia nutricional enteral (TNE) tem um
papel sólido e importante no tratamento dos pacientes graves internados em UTI. Portanto, a equipe multidisciplinar
deve assegurar uma terapia nutricional segura, livre de falhas. Objetivos: comparar o volume de dieta enteral prescrito e administrado; comparar as necessidades calóricas
diárias (NCD) com as calorias prescritas (CP) e administradas (CA) e identificar os fatores associados às falhas na
administração da dieta enteral. Método: estudo descritivo,
comparativo, prospectivo realizado em duas UTIs gerais
de um hospital privado do município de São Paulo/SP, em
2005. Os dados foram coletados diariamente com base nos
registros dos prontuários. Análises descritivas, assim como
teste t-Student, Kappa e modelo de regressão logística (Stepwise forward) foram utilizados. Valores de p < 0,05 foram
considerados significantes. Resultados: a amostra foi composta por 61 pacientes (636 dietas administradas). O tempo
entre a admissão na UTI e o início da TNE foi, em média,
2,5 dias; a maioria das dietas (57,6%) era especializada e foi
administrada por sonda colocada no estômago (56,9%). O
volume de dieta administrado foi menor do que o prescrito,
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S32
Trabalhos Científicos
respectivamente, 1.111.8 + 400.4 ml e 1257.2 + 306.9 ml
(p = 0.000). As CP (1302.6 + 481.9) e as CA (1164.8 + 508.2)
foram estatisticamente menores do que as NCD (1797.1 +
292.7). A comparação entre o volume e as calorias, segundo
faixas intervalares, mostrou concordância moderada entre
os volumes prescritos e administrados (Kappa = 0,614) e
baixa concordância entre as NCD e CP (Kappa = 0,191) e
entre NCD e CA (Kappa = 0,100). De um total de 308 razões para as falhas na administração do volume de dieta,
o cálculo errado da velocidade de infusão pela equipe de
enfermagem foi predominante (20,8%), seguido pela realização de exames diagnósticos e terapêuticos e procedimentos cirúrgicos (14,9% cada). Das falhas encontradas, 70,6%
eram evitáveis. Os fatores relacionados às falhas na administração do volume foram a idade, a velocidade de infusão
e as NCD. Conclusões: os resultados mostram que medidas
simples podem prevenir eventos adversos com a dieta enteral, tornando a assistência multidisciplinar mais segura e
de melhor qualidade; apontam, ainda, para a necessidade
de futuros estudos que analisem os eventos adversos com a
administração de dieta enteral, com vistas a garantir as reais
necessidades nutricionais dos pacientes graves.
TC-60
O conhecimento como critério de segurança
no cuidado ao paciente com infarto agudo
do miocárdio
responderam a um questionário construído pelas autoras,
composto por 18 perguntas. Os dados da pesquisa foram
coletados após aprovação da Comissão Científica da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein
(HIAE), dos Comitês de Ética e chefias das UTIs e UCOs
dos hospitais envolvidos. Resultados: os dados obtidos mostraram que a maioria dos entrevistados (79,55%) atribuiu
grande importância aos resultados dos exames laboratoriais
e diagnósticos para o cuidado do paciente com IAM. Na
análise dos resultados dos exames laboratoriais e diagnósticos do paciente com IAM, o conhecimento foi classificado
como “satisfatório” em 70,45% da amostra. Conclusão: embora os resultados demonstrem conhecimento satisfatório,
este tema merece novos estudos e discussões, com enfoque
crítico-investigativo sobre a estruturação do saber científico do enfermeiro atuante nas UTI e UCO, principalmente
diante dos novos desafios da prática atual de enfermagem,
em que a geração de conhecimento é fator determinante na
otimização da segurança do paciente.
TC-61
Aspectos motivacionais da equipe de
enfermagem de um hospital filantrópico
do interior de São Paulo
Autor: Danielle Fabiana Cucolo
Co-autor: Nelson Iguimar Valerio
Instituição: Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto
Autor: Márcia Wanderley de Moraes
Endereço: R. Fritz Jacob, 1236 – Boa Vista – São José do Rio Preto/ SP
Co-Autores: Kelly Cristina Servilio Lima, Patrícia I. de Paulo Chartuni
CEP 15025-500 – Tel.: (17) 2139-9200
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE). Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Introdução: a assistência do enfermeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Unidade Coronariana (UCO)
ao paciente com doença cardiovascular evoluiu juntamente
com as práticas da medicina coronariana. Assim, a monitoração dos resultados dos diversos exames laboratoriais e
diagnósticos do paciente com infarto agudo do miocárdio
(IAM) fornece dados para um histórico mais amplo e conseqüente elaboração de um plano assistencial baseado em evidências. Objetivos: verificar a importância que o enfermeiro
atribui aos resultados dos exames laboratoriais e diagnósticos para o cuidado seguro do paciente com IAM e classificar
seu conhecimento na análise dos resultados destes exames.
Métodos: pesquisa exploratória, realizada nas UTIs de dois
hospitais localizados no município de São Paulo/SP, sendo
um da rede privada e o outro da rede pública, que para fins
deste estudo foram denominados A e B. A amostra utilizada
constou de 44 enfermeiros atuantes em UTI e/ou UCO, que
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Na prática da enfermagem, conhecer o comportamento e
os motivos que levam as pessoas a agir surge como aspecto
fundamental na busca de maior satisfação no trabalho, eficiência e qualidade do serviço prestado. O presente estudo
foi desenvolvido com o objetivo de identificar aspectos motivacionais que contribuam para a melhoria da satisfação no
trabalho, na perspectiva da equipe de enfermagem de um
hospital filantrópico do interior de São Paulo. Trata-se de
uma pesquisa descritiva, qualitativa que emprega como instrumento de coleta de dados uma questão aberta: “Aponte
aspectos que motivam você e que contribuam para a melhoria de sua satisfação no trabalho”, aplicada a 51 colaboradores da enfermagem. Tal amostra constitui uma parcela
representativa dessa equipe, relacionada a partir de sorteio
entre os funcionários da instituição-alvo. Para preservação
do anonimato, os nomes próprios foram substituídos por letras na transcrição dos discursos e o projeto aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos. O material foi submetido à análise temática proposta por Bardin,
permitindo identificar a categoria gosto da profissão como
a mais citada dentre os aspectos motivacionais, seguida pelo
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
treinamento interno. Os resultados permitem compreender
que os profissionais de enfermagem ainda sustentam o mito
de doação vocacional, de caridade, como garantia de prestígio profissional, ao mesmo tempo em que a necessidade
de adquirir e atualizar conhecimentos tem sido reforçada
pelos avanços tecnológicos, científicos e pelas mudanças no
mundo do trabalho.
S33
TC-63
A importância da avaliação de risco
realizada pelo enfermeiro em uma unidade
médica ambulatorial
Autor: Andréa Francisco
Co-autor: Paula de Sousa e Castro
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
TC-62
Assistência inicial às gestantes:
avaliação do fluxograma
Autor: Silvia Patricia Madureira Mazzieri
Instituição: Unidade Básica de Saúde Alto do Umuarama
Endereço: R. Odemis, 468 – Jardim Umuarama – São Paulo/ SP
CEP 05783-180 – Tel.: (11) 5512-6614
No contexto da atenção básica à saúde, vários programas
possuem, entre suas propostas, ações voltadas à assistência
da saúde da mulher nas diferentes fases do seu ciclo de vida.
No Brasil, sabe-se que a adesão da mulher ao pré-natal está
relacionada com a qualidade da assistência prestada pelo
serviço e pelos profissionais de saúde. Este estudo teve como
objetivo avaliar o novo fluxograma de atendimento inicial às
gestantes de uma Unidade Básica de Saúde do município de
São Paulo/SP. Tratou-se de um estudo descritivo por meio da
análise de dados coletados do SisPreNatal, programa do Departamento de Informática do SUS/Datasus que disponibiliza a ficha de acompanhamento da gestante, instituído pelo
Ministério da Saúde como o componente I do Programa de
Humanização no Pré-Natal e Nascimento – Incentivo à Assistência Pré-Natal, no âmbito do Sistema Único de Saúde,
em 2000. O presente trabalho mostrou que a implementação
de um fluxo sistematizado para o acolhimento imediato da
gestante fez com que aumentasse o número de gestantes cadastradas no programa do SisPreNatal de 153 para 304. Em
relação ao início precoce da assistência pré-natal, verificouse que no ano de 2006 aumentou para 69,1%, em relação a
2005, com o índice de 58,2%. Isto certamente pode garantir
uma assistência pré-natal de maior qualidade, uma vez que
os profissionais envolvidos na assistência terão mais oportunidade de identificar precocemente possíveis alterações
clínicas-obstétricas ou neonatais e de realizar as intervenções necessárias, para que haja diminuição nos índices de
mortalidade materno-infantil. Atualmente, no município de
São Paulo o índice de mortalidade infantil encontra-se em
12,9%, sendo que a principal causa em crianças menores de
um ano são infecções específicas do período neonatal. Assim, os resultados deste estudo possibilitam que a mulher
vivencie essa importante fase de sua vida, que é a gravidez,
de forma mais segura, não só para sua própria saúde, como
também para seu futuro filho.
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233
Introdução: a Prefeitura Municipal de São Paulo, em convênio
com diversas instituições públicas e privadas, criou um novo modelo de atendimento na atenção básica, conhecido como Assistência Médica Ambulatorial (AMA), que tem como objetivo o
atendimento não-agendado a pacientes portadores de patologias
de baixa e média complexidade nas especialidades de clínica médica, pediatria e cirurgia geral ou ginecologia, apoiado por uma
tecnologia para diagnóstico e tratamento destes casos. O paciente
que procura este atendimento é acolhido pelo profissional enfermeiro antes da consulta médica, para que se realize a avaliação
de risco, com os seguintes objetivos: humanizar e otimizar o atendimento; organizar o serviço; proporcionar maior resolutividade;
estabelecer fluxos de atendimento para demanda espontânea;
propiciar menor desgaste da equipe e aumentar a satisfação da
comunidade. Esta avaliação se faz necessária para identificar e
priorizar o atendimento e encaminhamento das emergências, independentemente da ordem de chegada. Durante a avaliação de
risco, verifica-se a queixa principal do paciente, os sinais vitais e
seu estado geral. Objetivo: descrever a importância de esta avaliação ser realizada pelo profissional enfermeiro para agilizar o
atendimento dos pacientes que apresentam alterações, a fim de
minimizar o risco de complicações. Material e Método: foi selecionada, para a coleta de dados, uma semana do mês de maio de
2007 na qual houve atendimento a 1.198 pacientes para a clínica médica e pediatria, e 168 atendimentos para clínica cirúrgica,
identificando os casos que foram avaliados pelo enfermeiro e
encaminhados para atendimento imediato. Resultado: foi verificado que aproximadamente 20% (n = 238) dos atendimentos
de clínica médica e pediatria avaliados pelo enfermeiro possuíam alteração nos sinais vitais ou no estado geral, sendo que 16%
(n = 38) apresentavam crise hipertensiva, 1,2% (n = 3) apresentavam crise hiperglicêmica, 50% (n = 113) ficaram em observação por mais de 3 horas na unidade para estabilização do quadro
clínico, e houve a transferência para o atendimento hospitalar de
4% (n = 10) dos casos. Em relação aos atendimentos da clínica cirúrgica, os enfermeiros priorizaram o atendimento de 8%
(n = 14) da demanda, por se tratarem de casos com algum tipo
de trauma. Conclusão: por meio destes dados, podemos concluir
que a avaliação de risco deve ser um procedimento exclusivo
do profissional enfermeiro, sendo sua capacitação de extrema
importância para agilizar os atendimentos que são prioritários,
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S34
Trabalhos Científicos
além de identificar situações clínicas que não estão associadas à
queixa momentânea do paciente, minimizando danos.
TC-64
Indicadores da avaliação da dor como quinto
sinal vital
Autor: Tatiane Ramos Canero
Co-autores: Fabíola P. Minson, Maite A. C. C. Rosseto, Kenia Y.
Kanai
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-900 – Tel.: (11) 3747-1089
A avaliação da dor como quinto sinal vital foi criada pela Comissão de Credenciamento e Classificação das Organizações de
Saúde. A Joint Comission on Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO) preconiza a dor como quinto sinal vital.
Nosso hospital adotou como padrão institucional a avaliação,
no mínimo uma vez por turno, e a reavaliação em até uma hora,
após medidas de intervenção para o controle da dor, quando da
sua ocorrência, por meio de escalas unidimensionais padronizadas. O objetivo do estudo foi verificar a conformidade dos registros de avaliação e reavaliação da dor. Foram avaliados 2.148
prontuários de pacientes internados na clínica médico-cirúrgica
no período de agosto de 2006 a março de 2007. Foram verificados os registros de identificação da escala unidimensional
utilizada para avaliação da dor no mínimo uma vez por turno,
e reavaliação da dor em período menor que uma hora, após
instituição de medida frente à dor. A média de conformidade
no registro, em prontuário, da escala de avaliação da dor foi de
81%. Ocorreu a avaliação da dor uma vez por turno em 96%
dos pacientes. E 76% dos registros de dor foram reavaliados no
período de até uma hora após a instituição de medida frente à
dor. A dor foi avaliada ativa e adequadamente. A reavaliação
da dor após medida instituída no período máximo de uma hora
requer treinamentos específicos para a equipe de enfermagem
atingir o índice de conformidade de 85% nos registros de reavaliação da dor estabelecidos para a clinica médico-cirúrgica.
TC-65
Flebite é definida como a inflamação na túnica íntima da veia.
Alguns fatores contribuem para o aumento da flebite em pacientes hospitalizados, que se beneficiam de medicamentos e
soro intravenosos. Dentre os fatores comuns, destacam-se pH
de soluções infundidas, fragilidade venosa, infusão acima de
90 ml/h, fixação inadequada do acesso venoso, múltiplas punções. Dos pacientes hospitalizados, 95% fazem uso de terapia
intravenosa (TIV), sendo que grande parte dessa população ao
fazer uso de acesso venoso periférico (AVP) apresenta riscos de
flebite. Visando à segurança do paciente, iniciamos em abril de
2007 o processo de vigilância de flebite, que consiste em: avaliar
pacientes submetidos a TIV por AVP quanto ao risco de flebite,
risco de insucesso, número de punções para obtenção do acesso,
material utilizado, instituir melhorias imediatas por intervenção
direta e verificar o número de flebites notificadas. O objetivo
deste trabalho é retratar os dados obtidos durante a vigilância,
as intervenções e propostas de melhorias implementadas. Esse
estudo é descritivo e mostra os dados do mês de abril de 2007
nas unidades vigiadas (pediatria, geriatria, semi-intensiva e clínica médica). Foram avaliados 335 pacientes; destes, 279 (85%)
apresentavam risco de flebite, 208 (71%) apresentavam risco de
insucesso para punção, 52 (17,9%) apresentavam risco de flebite
e foram puncionados com dispositivo inadequado, e 85 (40,1%)
apresentavam risco de insucesso e foram puncionados por profissional não-recomendado. A taxa de flebite encontrada nesse
grupo foi de 14,2%. Algumas intervenções foram realizadas durante o período avaliado, como: a reavaliação do limite de troca
do acesso venoso em idosos, a reorientação quanto ao material
utilizado para imobilização do acesso na pediatria, o auxílio no
planejamento da terapia intravenosa, a indicação precoce do cateter central de inserção periférica, a discussão clínica com o médico, conduzindo a alteração da terapêutica. Podemos concluir
que a vigilância pode mostrar resultados ainda desconhecidos e
gerar oportunidades de melhoria, como a rediscussão do protocolo de TIV, a escolha de dispositivos para fixação de cateter, a
adequação de rotinas e a criação de novos procedimentos.
TC-66
Terapia assistida por animais com crianças
no hospital: uma contribuição para sua
inserção na prática de enfermagem
Planejamento da terapia intravenosa
e vigilância de flebite
Autor: Carmen Mary Nakamura
Autor: Denis Faria Moura Junior
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Co-autores: Denise Isabel Luiz, Regiane Camargo Tokimatsu,
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
Fabiane Carvalhais Regis, Claudia Candido da Luz, Priscila da
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Co-autor: Fabiane de Amorim Almeida
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Silva, Vanda Minatel
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2621
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Introdução: o uso da terapia assistida por animais (TAA) é crescente em vários países; porém, no Brasil ainda é pouco conhecida. Devido ao reduzido número de estudos sobre o tema, há
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
dúvidas quanto à eficácia dessa prática e o risco de transmissão
de zoonoses. Objetivos: identificar o conhecimento existente sobre o uso da TAA com crianças hospitalizadas nas publicações
científicas existentes; elaborar recomendações que auxiliem o
enfermeiro a atuar com segurança frente à presença de animais
em Unidades Pediátricas. Material e Método: pesquisa descritiva exploratória, realizada por meio da revisão sistemática de
publicações em periódicos nacionais e internacionais indexados
nas seguintes bases de dados: LILACS, SciELO, PUBMED,
Cochrane, BDENF e CINAHL. A amostra constituiu-se de
12 artigos publicados entre 1995 e 2006. Resultados: a maioria
das publicações era de língua inglesa (8; 66,6%), predominando
aqueles de dupla autoria (4; 33,4%) e desenvolvidos nos Estados
Unidos (6; 50%). Mais da metade dos estudos era transversal (8;
66,7%), destacando a abordagem quantitativa (5; 41,7%). Quanto ao grau de recomendação e força de evidência científica, os
estudos clínicos e observacionais bem desenhados (5; 41,7%)
foram os mais freqüentes, seguidos de publicações baseadas em
consensos e opiniões de especialistas (4; 33,3%). Analisando o
conteúdo dos artigos, encontraram-se as seguintes temáticas: impacto da TAA para as crianças hospitalizadas (8; 66,7%) e para
os profissionais de saúde (1; 8,3%); relação entre TAA e controle
de infecção (3; 25%). Recomendações para implementar a TAA
no hospital foram delineadas a partir dos subsídios extraídos dos
artigos quanto a: avaliação do paciente para a introdução dessa
prática; orientação à criança, família e equipe de saúde em relação às normas para a visita dos animais no hospital. Conclusão: a
maioria dos artigos encontrados é internacional, sendo escassos
os estudos brasileiros sobre o tema. Apesar do grau de recomendação e força de evidência dos estudos não serem fortes, inúmeros benefícios da TAA para a criança, familiares e profissionais
foram descritos, não havendo referência a resultados negativos
do seu uso na prática. Enfatiza-se a importância de se instituirem normas para introduzir animais terapeutas no hospital, evitando riscos de transmissão de zoonoses e danos para a unidade
e pacientes, garantindo uma implementação segura e eficaz.
TC-67
S35
mais com aqueles. Seus benefícios já são amplamente divulgados
na literatura, mas seu emprego ainda é modesto na prática. Objetivos: comparar as reações manifestadas pela criança durante o
curativo pós-cirúrgico realizado antes e após o preparo com o BT.
Métodos: trata-se de uma pesquisa quase-experimental e a amostra constituiu-se de 34 crianças internadas para cirurgia em um
hospital público pediátrico da cidade de São Paulo/SP. Os comportamentos da criança e a dor foram avaliados durante o curativo
realizado antes e após o BT. Os dados foram analisados quantitativamente. Resultados: antes do brinquedo, as crianças mostravamse mais assustadas durante o curativo, não cooperando com a
equipe. Apresentavam comportamento protetor, permanecendo
caladas (15; 44,11%), com expressão facial de medo (12; 35,29%)
e tensão muscular (11; 32,35%). Esses comportamentos tornaramse menos freqüentes após o brinquedo (diferenças estatisticamente significativas segundo o teste de McNemar), quando as crianças
mostravam-se mais colaborativas, brincando (32; 94,11%), sorrindo (29; 85,29%), com postura relaxada (29; 85,29%) e ajudando
espontaneamente o profissional (25; 73,52%). Em relação à dor,
a maioria (19; 55,88%) apontou escore 3 (escala de dor de faces)
no curativo realizado antes do BT, prevalecendo o escore 0 (16;
47,06%) após o BT (a diferença foi estatisticamente significativa
pelo teste de Wilcoxon). Conclusão: comportamentos indicativos
de maior adaptação e aceitação ao procedimento tornaram-se
mais freqüentes após o BT, ao contrário daqueles que indicam
menor adaptação e aceitação. Os escores de dor também diminuíram após o BT. Ele se evidenciou como estratégia efetiva na
redução do medo, apreensão e dor, podendo contribuir inclusive
para a segurança da criança durante o procedimento, na medida
em que a auxilia a compreender o que será feito com ela, cooperando mais e oferecendo menos resistência.
TC-68
Conhecimento de um grupo de
pacientes sobre medicamentos
genéricos por eles utilizados
Autor: Luciana Regina Ferreira da Mata
O brinquedo terapêutico no preparo
da criança para a realização de curativo
pós-cirúrgico
Co-autores: Antonio Carlos da Silva, Paulo Celso Prado
Autor: Mariana Toni Kiche
Endereço: R. da Glória, s/n – Centro – Diamantina/ MG
Co-autor: Fabiane de Amorim Almeida
CEP 39100-000 – Tel.: (38) 3531-1811
Telles Filho, José Fernando Petrilli Filho
Instituição: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha
e Mucuri (UFVJM)
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE). Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Introdução: o brinquedo terapêutico (BT) é estratégia fundamental aos profissionais de saúde que trabalham com crianças, que
tendem a aceitar melhor os procedimentos invasivos, cooperando
Os medicamentos genéricos foram implantados com o intuito de
ampliar o acesso da população aos medicamentos. Eles são mais
acessíveis financeiramente devido à sua fabricação não necessitar
de altos investimentos em pesquisas, pois são utilizados os medicamentos de referência como parâmetro. Assim, não há gastos
com propaganda, já que não existe marca a ser divulgada. O objetivo deste estudo foi analisar o conhecimento de um grupo de
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S36
Trabalhos Científicos
pacientes de um hospital do interior do estado de Minas Gerais
acerca dos medicamentos genéricos por eles utilizados. Foram
entrevistados, em domicílio, 25 pacientes que obtiveram alta hospitalar da clinica médica no mês de outubro de 2006. O estudo
foi submetido à análise da direção clínica da instituição hospitalar
citada e iniciado após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
(UFVJM). Cada participante assinou o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido para Participação em Pesquisa, sendo esclarecido que poderiam recusar-se a participar, bem como se excluírem
quando e se julgassem necessário. Foi também garantido o direito
do anonimato. As entrevistas foram realizadas no período de 18
de novembro de 2006 a 3 de janeiro de 2007, por meio de um
questionário que versou sobre nome, dose, freqüência, horário,
efeito esperado e efeito colateral, dentre outros. Verificou-se que
5 pacientes (20%) desconhecem o nome do medicamento que
utilizam, 7 (28%) desconhecem a dose, 4 (16%) desconhecem a
freqüência, 16 (24%) desconhecem o efeito esperado, 21 (84%)
desconhecem o efeito colateral e 14 (56%) não sabem o que é medicamento genérico. A partir dos dados analisados neste estudo,
detectou-se um importante déficit de conhecimento de pacientes
acerca dos medicamentos genéricos por eles utilizados, principalmente no que se refere aos efeitos colaterais, efeitos esperados,
bem como o próprio nome do medicamento, sendo necessária
ampla ação educativa por parte do enfermeiro.
TC-69
Programa de formação de
educadores em diabetes
Autor: Lourdes Aparecida Sangiuliano
Co-autores: Adriana Martins da Silva, Graça Maria de Carvalho
Camara, Magda Tiemi Yamamoto, Maria Julia Santana Kenj
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Brasil
de de vida do paciente. Material e Método: programa científico
elaborado por consultores especialistas, aprovado pelo comitê
gestor. Premissa para o curso: respeito aos três pilares básicos do
processo educacional: educação, conceito-prática e papel do educador. Os participantes foram definidos pela Diretoria da Prática
Assistencial, respeitando-se: multidisciplinaridade, indicação das
lideranças, avaliação de desempenho, perfil pré-estabelecido, entrevista e interesse pelo tema. Turmas com 16 alunos. Currículo
elaborado com base no IDF, AADE, FEND, DESG, SBD, experiências pessoais e especificidades da instituição. Estabeleceramse objetivos gerais/específicos para garantir que o aproveitamento
das informações e habilidades necessárias ao autogerenciamento
do diabetes e ao processo educacional fossem absorvidas. Carga horária de 25 horas, com acompanhamento conceitual-prático e comportamental, workshops, discussão de casos, além de
vivência/tutoria. Resultados: foram formados 31 profissionais
(22 enfermeiras, 5 nutricionistas, 2 farmacêuticos, 1 psicólogo e
1 fisioterapeuta/educador físico). O processo de tutoria propiciou
ajustes necessários ao aproveitamento máximo para todo o grupo. A avaliação de aproveitamento registrou 95% de índice de
satisfação. Para garantir o acompanhamento ao desenvolvimento
do grupo, uma liderança formal foi constituída, assegurando a
continuidade dos trabalhos com encontros periódicos, visando a
aprofundamento, evolução e troca de experiências. Conclusão: o
preparo específico de profissionais para a educação em diabetes
favorece o processo de aprendizado necessário e fundamental ao
autogerenciamento, por assegurar ao profissional as habilidades
inerentes ao processo de educação.
TC-70
Taxa de sucesso na punção venosa
periférica para coleta de sangue: proposta
de um indicador
Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP
Autor: Mariana Russo Francescon
CEP 01431-000 – Tel.: (11) 3065-2364
Co-autores: Lourdes Aparecida Sangiuliano,
Tania Mara Santos da Silva
Introdução: O diabetes mellitus é uma doença multissistêmica
que requer uma gerência complexa por parte dos profissionais
e/ou dos pacientes (autocuidado), representa um pesado encargo pessoal e econômico aos indivíduos e à sociedade. Despertar
no paciente e nos profissionais a importância do autocuidado e
do cumprimento às recomendações do tratamento pode reduzir
as complicações inerentes à doença e suas conseqüências. Para
melhor atender o paciente portador de diabetes, educando-o ao
autocuidado e estimulando a motivação para assegurar melhor
adesão ao tratamento, a Unidade Jardins do Hospital Israelita
Albert Einstein (HIAE), em parceria com a Associação de Diabetes Juvenil, elaborou um curso de formação de educadores em
diabetes. Objetivos: elaborar curso para formar educadores em
diabetes, capazes de conhecer a fisiopatologia, educar e sugerir
intervenções para prevenir complicações, objetivando a qualidaeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Brasil
Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP
CEP 01431-000 – Tel.: (11) 3065-2362/2399
Introdução: Qualidade é o conjunto de atributos que inclui
um nível de excelência profissional, uso eficiente de recursos, mínimo de risco ao usuário e alto grau de satisfação por
parte dos clientes. Pensando na implantação de medidas que
avaliassem a qualidade do serviço de coleta da Unidade de
Medicina Diagnóstica Jardins do HIAE, fomos em busca de
um indicador que referenciasse o serviço. Após pesquisa bibliográfica nas bases de dados DEDALUS, LILACS, SciELO,
MEDLINE, BVS (BIREME/OPAS/OMS), foi constatada escassa literatura nacional e internacional sobre o tema. Esse
levantamento identificou apenas trabalhos relacionados a
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
biossegurança e saúde do trabalhador em análises clinicas e
punção venosa para terapia intravenosa em ambiente hospitalar. Objetivo: mensurar a taxa de sucesso da punção venosa
para coleta de exames de sangue na primeira tentativa por faixa etária, identificar os motivos de insucesso e definir um valor
de referência para a prática assistencial de punção venosa para
a coleta de exames laboratoriais. Metodologia: pesquisa quantitativa descritiva retrospectiva, com tratamento estatístico do
banco de dados registrado nos livros de coleta no período de
janeiro a dezembro de 2006 e avaliação dos profissionais para
detecção dos motivos de insucesso na punção. O critério estabelecido para sucesso foi obtenção de acesso venoso na primeira punção, e para insucesso, a partir de duas ou mais punções. A classificação por grupos etários foi obtida de acordo
com Descritores em Ciências de Saúde (DeCS) da BVS, sendo
recém-nascido de 0 a 28 dias, lactentes de 1 a 23 meses, préescolar de 2 a 5 anos, criança de 6 a 12 anos, adolescente de
13 a 18 anos, adulto de 19 a 44 anos, meia-idade de 45 a 64 anos
e idoso igual ou maior de 65 anos. Resultado: predominou a
faixa etária de meia-idade (41%), seguida de adultos (39%) e
idosos (19%). O índice total de sucesso obtido foi de 99%. Em
relação ao insucesso, por faixa etária, a incidência foi maior na
população de adultos, meia-idade e idosos (0,92%) e os motivos de maior prevalência foram fluxo interrompido (33%) e
fragilidade capilar (32%). Na população infantil, fluxo interrompido (45%) e estado catabólico alterado (20%) tiveram
maior prevalência. Conclusão: a taxa de insucesso foi maior
na população de meia-idade, adultos e idosos devido à maior
dificuldade de obtenção do acesso pelas condições clínicas.
Os motivos de maior prevalência foram: fluxo interrompido e
fragilidade capilar devido a oclusão venosa, formação de coágulos de fibrina, posicionamento inadequado do dispositivo de
punção, múltiplas punções de acordo com a doença de base e
tratamentos propostos. A habilidade dos profissionais envolvidos, colhedores, técnicos de enfermagem e enfermeiros foi
fundamental para a obtenção do índice de sucesso de 99%,
valor sugerido pelo estudo para ser adotado como padrão de
prática para punções em serviços laboratoriais.
TC-71
Influência da redução de custo e otimização
do tempo no preparo da bomba injetora
em exames contrastados de tomografia
computadorizada na assistência
de enfermagem
Autor: Solange Pereira Spinola
Co-autores: Adriana da Silva Chaves, Maria Niete Couto, Lourdes
Aparecida Sangiuliano
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Brasil
Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP
CEP 01431-000 – Tel.: (11) 3065-2364
S37
Introdução: o gerenciamento dos custos e a qualidade da
assistência à saúde têm sido motivo de debate nas instituições de saúde. Entre as atribuições do enfermeiro, está o
gerenciamento baseado em resultados e o compromisso
com a melhoria contínua na qualidade da assistência aos
pacientes, diminuindo a incidência de gastos desnecessários
nas instituições de saúde. Objetivo geral: reduzir o custo do
procedimento em 20% com a utilização de materiais, diminuir em 50% o tempo médio de preparo entre os exames
e conseqüentemente diminuir atrasos, otimizando o tempo gasto pela equipe de enfermagem. Métodos: pesquisa
quanti-qualitativa por meio de estudo retrospectivo, com
levantamento do consumo de materiais e dos exames contrastados por intermédio de planilhas e registros, no período de janeiro a junho de 2005 para identificação do problema, e no período de janeiro a junho de 2006 para avaliação
dos resultados. Levantamento dos atrasos na agenda de
exames por meio da planilha de controle. Mensuração por
amostragem do tempo de preparo gasto na montagem da
bomba de infusão e na entrevista com o cliente pela equipe
de enfermagem. Pesquisa, no mercado, de novos materiais,
comparando custos/benefícios. Implementação pós-teste de produtos e treinamento de pessoal. Resultados: no
período de janeiro a junho de 2005, o custo com bomba
de infusão ficou em R$ 13.985,50, o tempo total gasto com
o procedimento nesse mesmo período foi de 3.816 segundos, o tempo na entrevista com o paciente variou entre 5 e
12 minutos e os atrasos na agenda ocorreram por motivo de
atraso no procedimento realizado pela equipe de enfermagem entre exames em 20% dos casos. No período de janeiro
a junho de 2006, o custo com bomba de infusão ficou em
R$ 6.183,50, o tempo total gasto com o procedimento nesse
mesmo período foi de 818 segundos, o tempo na entrevista
com o paciente variou entre 6 e 13 minutos e os atrasos
na agenda ocorreram em 0% dos casos por motivo de atraso no procedimento realizado pela equipe de enfermagem
entre exames. O material selecionado e aprovado foi um
sistema com válvulas anti-refluxo, conectores descartáveis
e apirogênicos, que garantem menor desperdício de meio
de contraste, seringas utilizadas e intervalo entre os exames. O treinamento da equipe multiprofissional teve carga
horária de oito horas. Houve redução de 55,8% no custo do
procedimento. O tempo gasto pela enfermagem com o novo
procedimento ficou em 78,5%. Conclusão: o novo material
utilizado nos exames contrastados, além de proporcionar
redução de custo, superando as metas iniciais, possibilitou
a melhoria no atendimento e qualidade da assistência prestada aos pacientes no setor de tomografia, já que houve aumento do tempo dispensado ao cliente durante a entrevista
e a extinção de atraso da agenda entre exames, devido ao
procedimento realizado pela equipe de enfermagem.
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S38
Trabalhos Científicos
TC-72
A importância da assistência de
enfermagem na prevenção e freqüência
de extravasamento de contraste em exames
de tomografia computadorizada
Autor: Solange Pereira Spinola
Co-autores: Adriana da Silva Chaves, Maria Niete Couto, Fabiane
Ramos Bezerra, Lourdes Aparecida Sangiuliano
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Brasil
Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP
CEP 01431-000 – Tel.: (11) 3065-2364
Introdução: extravasamento de meio de contraste iodado é
um evento que ocorre raramente no cotidiano de trabalho nos
setores de tomografia computadorizada. Estudos internacionais indicam que esse evento ocorre em 0,6% das injeções de
contraste. A equipe de enfermagem tem grande importância
na prevenção e atuação frente a esse evento. Objetivo geral:
identificar como os cuidados de enfermagem interferem na
freqüência e prevenção de extravasamento nos pacientes submetidos a exames com contraste não-iônico endovenoso por
bomba de infusão no setor de tomografia computadorizada
(TC) da Unidade de Medicina Diagnóstica Jardins do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Objetivo específico:
relacionar o índice anual de extravasamento com a assistência
adotada nos procedimentos. Métodos: pesquisa quanti-qualitativa por meio de estudo retrospectivo no qual se avaliaram
os registros de clientes que realizaram TC com injeção de contraste, os impressos de controle de extravasamento utilizados
pela equipe de enfermagem no período de janeiro de 2003 a
julho de 2006 e os questionários específicos que possibilitaram
uma avaliação prévia do paciente quanto aos fatores de risco
para extravasamento. Nos casos de extravasamento, foram observados o volume extravasado, a avaliação da dor (utilizando
o índice de escore após 15 minutos e 60 minutos), a extensão
do extravasamento, o aspecto da pele (subcutâneo), a força
motora e a perfusão periférica. Resultados: no período, foram
realizados 2.373 exames contrastados, ocorrendo extravasamento de contraste que variou de 1 ml a 30 ml. A incidência
anual de extravasamento geral foi a seguinte: 2003 – 1,5%;
2004 – 1,1%; 2005 – 0,5% e 2006 – 0,1%. A incidência de extravasamentos clinicamente importantes (acima de 10 ml) foi:
2003 – 0,9%; 2004 – 0,2%; 2005 – 0,2% e 2006 – 0%. A assistência de enfermagem prestada na fase pré, trans e pós-exames monitorando riscos de efeitos adversos colaboraram para
que nenhum paciente tivesse efeitos graves ou permanentes
em longo prazo ou necessitassem de intervenção cirúrgica.
Conclusão: houve redução gradativa do número de extravasamentos de contraste em função dos cuidados realizados pela
equipe de enfermagem. As atualizações, treinamentos e utilização do protocolo adotado pela instituição mantêm o índice
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
de extravasamento abaixo do valor de referência, diminuem os
riscos e complicações do extravasamento e garantem a qualidade e melhoria contínua na assistência ao paciente.
TC-73
O idoso e a polifarmácia domiciliar: fatores de risco
para a segurança na terapia medicamentosa
Autor: Simone Perufo Opitz
Co-autores: Yonara Pereira de Araújo, Creso Machado Lopes,
Pascoal Torres Muniz
Instituição: Universidade Federal do Acre (UFA)
Endereço: BR 364, km 4 – Campus Universitário – Rio Branco/ AC
CEP 69915-900 – Tel.: (68) 3901-2648
Introdução: a melhoria das condições de vida da população levou à mudança no perfil epidemiológico, social, nutricional e
demográfico. Como conseqüência, houve aumento do número de idosos, grupo que se tornou um grande consumidor de
medicamentos. Alguns autores referem que pelo menos 85%
dos idosos usam um fármaco prescrito, e a maioria usa mais
do que um. Tendo em vista esta situação, surgem problemas
como iatrogenias, interações medicamentosas, automedicação
e uso inadequado. Objetivo: este estudo identificou o uso da
polifarmácia domiciliar e seus fatores de risco em idosos residentes em três bairros populacionais de classe A, em Rio
Branco/AC. Material e Método: tratou-se de um estudo do
tipo exploratório, descritivo desenvolvido junto a 81 idosos,
aos quais foram prescritos 258 medicamentos. Para a coleta de
dados, fez-se uso de formulários e para processamento e análise, foi utilizado o Programa Epinfo-6. A pesquisa foi aprovada
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do
Acre. Resultados: constatou-se que 53,1% dos idosos estavam
na faixa de 60-69 anos, sendo, portanto considerados idosos
jovens; 65,4% eram do gênero feminino e 13,6%, analfabetos.
Foi encontrada uma média de 3,2 medicamentos por idoso,
sendo a alopatia representada por 93,0%; 86,1% dos medicamentos foram prescritos, mas somente 17,0% foram apresentados e, por serem medicamentos controlados, tiveram suas
receitas retidas nas farmácias; outras receitas estavam com os
filhos. Vale destacar que 56,7% dos idosos tomavam de 1 a
3 medicamentos diários, seguidos por 27,2%, de 4 a 6; o tempo
de prescrição era de 6 meses a menos de 12 meses, o que foi
encontrado em 45,5% dos casos, e 88,8% tomavam o medicamento sozinhos, além de apenas 0,4% apresentarem reação
adversa ao medicamento, mas sendo necessário procurar pelo
médico. Dos idosos investigados, 50,2% lêem as bulas, como
também 40,3% das bulas foram lidas por outras pessoas, dos
quais 59,4% as compreenderam. Com relação ao esquecerse de tomar o medicamento, 51,6% afirmaram não esquecer,
31,0% tomam ao relembrar, 16,7% tomam normalmente no
próximo horário e apenas 0,8% dobra a dose no próximo ho-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
rário. Por sua vez, dos fármacos mais utilizados, destacamse 28,1% para o sistema cardiovascular, 33,3% para o trato
gastrintestinal e metabolismo e 10,5% para o sistema nervoso
central. Conclusão: foi significativo o número de idosos que
ingerem sozinhos o medicamento e não possuem supervisão
de seus cuidadores. Conclui-se que a polifarmácia está presente nos sujeitos estudados. Destaca-se que ações de farmacovigilância e farmacoepidemiologia são necessárias, tais como:
implementar programas de educação junto a médicos, farmacêuticos, equipe de enfermagem e cuidadores, visando à promoção do uso racional dos medicamentos, bem como garantir
a segurança e qualidade da assistência aos idosos.
S39
O registro demonstra qual o cuidado prestado, servindo de
documento legal e assegurando a qualidade e a segurança na
assistência prestada.
TC-75
Composição de recursos humanos nas
unidades de terapia intensiva na cidade
de São José do Rio Preto
Autor: Ângela Silveira Gagliardo Calil
Co-autores: Márcia Galan Perroca, Marli de Carvalho Jericó,
Josimerci Ittavo Lamana Faria
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
TC-74
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José
Registro no prontuário: importância para a
qualidade e segurança da assistência
do Rio Preto/ SP
Autor: Adriana de Fátima Avansi
A complexidade dos pacientes em Unidade de Terapia Intensiva requer do enfermeiro em sua função gerencial adequar
quanti-qualitativamente o quadro de pessoal, de forma a
assegurar qualidade na assistência ao paciente. O dimensionamento de recursos humanos tem-se mostrado instrumento
imprescindível na prática gerencial da enfermagem, devido
à complexidade das variáveis intervenientes neste processo (LAUS, 2003). Este estudo tem por objetivo descrever a
composição do quadro de pessoal nas instituições de saúde
e a distribuição da equipe de enfermagem nas Unidades de
Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, realizado no período de abril a junho de 2007 junto
às instituições de saúde da cidade de São José do Rio Preto/
SP. Os resultados indicam que as instituições são privadas,
50% têm fins lucrativos e prestam atendimento a pacientes
do Sistema Único de Saúde. Quanto ao porte, uma delas é de
pequeno porte, duas de médio e uma com capacidade extra.
O quadro de pessoal de enfermagem das UTIs em relação ao
quadro de enfermagem institucional no hospital de capacidade extra é de 28,4%, no de médio porte é de 13,3% e 15,2%,
e no de pequeno porte, 27%. A composição das categorias
de enfermagem representa: enfermeiros, 40%, técnicos e auxiliares, 30% (pequeno porte); enfermeiros, 23,1% e 5,6%,
técnicos, 46,2% e 22,2% e auxiliares, 30,8% e 72,2% (médio porte); enfermeiros, 11,7%, técnicos, 4,4% e auxiliares,
83,8% (capacidade extra). Os resultados mostram discrepância quanto à distribuição desta categoria profissional, sendo
esta a mais indicada para assistir aos pacientes de alta complexidade e realizar o gerenciamento do seu cuidado. Dessa
forma, prover UTIs de pessoal apropriado e eficiente tem
sido um desafio para o gerente de enfermagem, com vistas
a assegurar uma assistência qualificada. Assim, justifica-se a
realização de novos estudos sobre dimensionamento de pessoal, de forma a auxiliar a tomada de decisão gerencial na
alocação de recursos humanos.
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Unidade Vila Mariana
Endereço: R. Coronel Lisboa, 139 – Vila Mariana – São Paulo/ SP
CEP 04020-040 – Tel.: (11) 5089-0255/9820-4537
Introdução: o prontuário é um documento valioso para o paciente, a equipe de saúde e instituição de saúde. Ele reúne
informações sobre a assistência prestada, tornando-se um
instrumento legal e servindo de guia para a continuidade do
atendimento. Para isso, a assistência deve constar no prontuário por meio dos registros. Objetivo: demonstrar a importância do registro no prontuário da assistência prestada ao
paciente. Material e Método: este estudo foi realizado pelos
enfermeiros de um hospital de grande porte, geral e privado,
situado na cidade de São Paulo/SP. Trata-se de um estudo
descritivo, por meio da pesquisa bibliográfica associada ao
conhecimento da prática profissional. Resultados: o registro no prontuário é composto de uma anotação do histórico de saúde, das medidas diagnósticas e terapêuticas e das
respostas a estas medidas. Dessa forma, o prontuário serve
como forma de comunicação escrita, de informação entre os
profissionais envolvidos na assistência ao paciente, possibilitando a continuidade. Isso facilita o relacionamento entre os
profissionais de saúde. As finalidades do registro são: relatar
as observações do paciente, contribuir para o diagnóstico médico, planejar o plano de cuidados, servir de elemento para
pesquisa, fornecer dados para auditoria e avaliar os cuidados
prestados. Os registros ajudam também na implementação
do processo de enfermagem e na sistematização da assistência. O registro no prontuário serve como documento legal
e comercial para a instituição e a equipe multiprofissional
responsável pelo cuidado. Também é uma base para avaliar a
qualidade do cuidado e o uso efetivo dos serviços. Considerações finais: o conhecimento da importância do prontuário
favorece a conscientização dos profissionais para o registro.
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S40
Trabalhos Científicos
TC-76
A percepção dos profissionais de
enfermagem a respeito do Sistema de
Distribuição de Medicamentos por Dose
Unitária (SDMDU)
Autor: Sandra Alves Neves Araújo
Co-autor: Ana L. Sabatés
Instituição: Hospital Infantil Cândido Fontoura; Centro Universitário
Nove de Julho
Endereço: R. Felipe Camarão, 187, ap. 12 – Tatuapé – São Paulo/ SP
CEP 03065-000 – Tel.: (11) 2295-7006
cionando as visões mais tradicionais. Acreditamos, portanto,
que inovações como o SDMDU podem surgir sob a forma de
novos produtos ou serviços, novas estratégias, novas fontes de
recursos, novas configurações organizacionais, novos contratos, novas estruturas para novos projetos.
TC-77
A aceitação dos profissionais de
enfermagem sobre o Sistema de Distribuição
de Medicamentos por Dose Unitária
(SDMDU) em um pronto-socorro infantil
Autor: Sandra Alves Neves Araújo
Introdução: no cotidiano, percebemos que os profissionais de
enfermagem pareciam não centrar o cuidado na criança, mas
apenas nas tarefas, priorizando o preparo da medicação no
sistema tradicional (ST), que os obrigava a permanecer longas horas na sala de serviço, distante das crianças. Incentivada
pela oportunidade, a enfermagem, em parceria com o setor de
farmácia, mobilizou-se em buscar inovar as atividades desenvolvidas no hospital. A implantação do Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose Unitária (SDMDU) – que é
definida pela American Society Hospital of Pharmacists como
“uma quantidade ordenada de medicamentos com formas e
dosagens prontas para serem administradas a um paciente, de
acordo com o prescrito para um determinado tempo” – veio
ao encontro da necessidade da instituição. Propus-me a estudar o que isto significa para os profissionais de enfermagem
que trabalham com o SDMDU, em substituição ao ST. Método: trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de campo,
transversal, com abordagem quantitativa e qualitativa, realizado em um hospital pediátrico. Aplicamos um questionário
utilizando números absolutos e relativos para abordagem
quantitativa; às questões abertas, a análise dos procedimentos,
tendo como objetivo a descrição do conteúdo das mensagens
(BARDIN, 1977). Participaram da pesquisa 16 enfermeiras
e 126 auxiliares de enfermagem, por atenderem aos critérios
de elegibilidade: ter experiência de seis meses no SDMDU e
aceitar participar da pesquisa. Resultados: a maioria do sexo
feminino, formada entre cinco e dez anos e experiência no
SDMDU entre um e três anos. Como significado da prática
de administração de medicamento pelo SDMDU, os profissionais de enfermagem referiram: “adquirir confiança e segurança pela participação do farmacêutico”; “maior tempo para
cuidar da criança hospitalizada”; “diminuir o desperdício”;
“comodidade para a enfermagem”, “menor risco de erros na
manipulação” e “inovação para a enfermagem”. Conclusões:
a prevalência da antiga tradição, cuja herança de pensamentos atende à comunidade científica mais conservadora. De
qualquer maneira, tendências têm conquistado espaço; o SDMDU contrapõe-se completamente aos princípios da ST. Essa
inovação tem causado forte impacto na enfermagem, revolueinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Co-autores: Aparecida Deratriz Puga, Luana Mara de M. Merenda,
Maria de Fátima Souza Brito, Sandra Linhares Silva
Instituição: Centro Universitário Nove de Julho
Endereço: R. Felipe Camarão, 187, ap. 12 – Tatuapé – São Paulo/ SP
CEP 03065-000 – Tel.: (11) 2295-7006
Introdução: no Sistema de Distribuição de Medicamentos
por Dose Unitária (SDMDU), o medicamento é fracionado,
embalado em doses individualizadas na Central de Misturas,
encaminhado à enfermagem para conferir e administrar. O
farmacêutico faz a última conferência das tiras lacradas antes de encaminhá-las à enfermagem, que confere e administra. Surgiu o interesse em conhecer a aceitação e descrever a
percepção dos profissionais da enfermagem frente à mudança
na rotina da terapêutica medicamentosa com a implantação
do SDMDU há apenas quatro meses no setor pronto-socorro, o qual utilizava o sistema tradicional. A rotatividade,
imprevistos e rapidez necessária para o atendimento são as
preocupações dos profissionais neste setor. Tivemos como
objetivo identificar a aceitação dos profissionais de enfermagem quanto à implantação do SDMDU no pronto-socorro
infantil. Método: trata-se de uma pesquisa de campo exploratória, descritiva, transversal, com abordagem quantitativa
e qualitativa. Participaram voluntariamente 16 enfermeiros e
17 auxiliares de enfermagem que atuam no pronto-socorro.
Resultados: a faixa etária predominante entre os auxiliares de
enfermagem é de 40 e 50 anos (47,05%), enquanto entre os
enfermeiros é de 30 a 40 anos (68,75%). Confirmamos que enfermeiros (58,82%) e auxiliares de enfermagem (43,75%) atuam no pronto-socorro entre um a cinco anos. Verifica-se que
12 (70,58%) dos auxiliares de enfermagem e 6 (37,5%) dos
enfermeiros preferem o sistema tradicional. Apenas cinco
(29,41%) dos auxiliares de enfermagem e dez (62,5%) preferem o SDMDU. Constatamos que a rejeição ao SDMDU
é maior entre os auxiliares de enfermagem, porém a maioria
refere que o SDMDU colabora para a realização do cuidado.
Conclusão: a aceitação do SDMDU é parcial entre ambos os
profissionais, que ressaltam que uma farmácia satélite no setor
viabilizaria o trabalho. A maioria dos auxiliares de enferma-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
gem rejeita a implantação SDMDU no pronto-socorro; detectamos que as principais queixas são em relação à localização
da farmácia, havendo perda de tempo no trajeto. Porém, entre
os enfermeiros houve grande aceitação, pelo fato de viabilizar os recursos profissionais e otimizar o tempo, permitindo
maior disponibilidade para o cuidado.
TC-78
Conhecimento da equipe de enfermagem
dos programas de saúde da família de
Diamantina/MG acerca dos efeitos colaterais
de medicamentos quimioterápicos
S41
a importância do conhecimento acerca dos efeitos colaterais
dos medicamentos quimioterápicos, para que sejam capazes de
prestar uma assistência de qualidade, desempenhando papel
profissional conforme o Código de Ética regulamenta.
TC-79
Clima organizacional: percepções de
profissionais da enfermagem de uma
instituição de saúde filantrópica
Autor: Danielle Fabiana Cucolo
Co-autores: Nelson Iguimar Valerio, Josimerci Ittavo Lamana
Faria
Autor: Luciana Regina Ferreira da Mata
Instituição: Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto
Co-autores: Paulo Celso Prado Telles Filho, Antonio Carlos
Endereço: R. Fritz Jacob, 1236 – Boa Vista – São José do Rio Preto/ SP
da Silva, José Fernando Petrilli Fillho
CEP 15025-500 – Tel.: (17) 2139-9200
Instituição: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri (UFVJM)
Endereço: R. da Glória, s/n – Centro – Diamantina/ MG
CEP 39100-000 – Tel.: (38) 3531-1811
O tratamento quimioterápico provoca diversos efeitos indesejáveis, o que torna o indivíduo mais vulnerável, sensível e muitas
vezes dependente da assistência da equipe de enfermagem. O
objetivo deste estudo foi verificar e analisar o conhecimento
de profissionais de enfermagem pertencentes aos Programas
da Saúde da Família (PSF) do município de Diamantina/MG
sobre os efeitos colaterais de medicamentos quimioterápicos.
No que diz respeito à metodologia, é importante destacar que
todos os PSF da cidade de Diamantina foram analisados, o que
corresponde a sete estabelecimentos. A amostra constou de
17 profissionais de enfermagem das equipes dos PSF acima referidos. Foi utilizada a técnica de entrevista estruturada. A coleta de dados ocorreu após a aprovação do projeto de pesquisa
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e pela Secretaria
Municipal de Saúde do município envolvido. A cada participante foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido para Participação em Pesquisa. Dentre os dados,
destaca-se que, na questão referente ao conhecimento do enfermeiro sobre medicamentos quimioterápicos, bem como sobre
possíveis efeitos colaterais e ações de enfermagem, surgiram
dados de grande relevância, ressaltando-se que cinco enfermeiros não possuem conhecimento. Também é importante destacar
que nenhum dos técnicos de enfermagem, bem como quatro
auxiliares de enfermagem, respondeu às indagações a respeito
dos medicamentos, efeitos colaterais e ações de enfermagem.
No que diz respeito à importância do conhecimento sobre os
efeitos colaterais dos medicamentos quimioterápicos, seis enfermeiros e todos os técnicos de enfermagem julgam importante o conhecimento, e um enfermeiro não respondeu. Faz-se
necessário que a equipe de enfermagem analisada reflita sobre
O clima organizacional indica a atmosfera psicológica e as
características da organização, exercendo influência sobre o
comportamento e o desempenho dos colaboradores, refletindo na efetividade do trabalho. Este estudo tem como objetivos
caracterizar a população estudada e conhecer a percepção dos
profissionais de enfermagem com relação a aspectos do clima
organizacional de uma instituição de saúde filantrópica do interior de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa,
que emprega para a coleta de dados um instrumento adaptado
à realidade do estudo, com indicadores que avaliam aspectos
do clima organizacional: estilos de liderança, identificação com
a empresa, comunicação e informação, normas e procedimentos, integração interdepartamental e intradepartamental, relacionamento com supervisor imediato, política de treinamento,
filosofia de gestão e reconhecimento. Esse instrumento foi aplicado a 51 colaboradores da enfermagem, relacionados a partir
de sorteio, constituindo uma amostra representativa da instituição estudada. Os dados obtidos foram distribuídos e analisados
em escala de Likert de cinco pontos. Em relação à característica dessa população: 80,4% são do sexo feminino, 68,6% são
auxiliares de enfermagem, 80,4% têm um emprego e 62,8%
têm menos de 10 anos de experiência profissional. O material
apreendido foi submetido à análise de covariância, permitindo
identificar os indicadores com maior relevância, sendo os de
maior pontuação, ou seja, que obtiveram maior grau de concordância: “Os boatos e fofocas interferem no meu trabalho”,
“Fico sabendo de informações que dizem respeito à minha área
por intermédio do meu chefe”, “Os procedimentos internos são
ágeis”, “Há integração entre os setores da instituição” e “Tenho
participado de programas de treinamento”. Quanto às afirmativas que obtiveram menor pontuação e, portanto, maior discordância, verificou-se: “Meu chefe trata todos os funcionários
igualmente”, “Os conflitos que surgem no meu setor são discutidos abertamente”, “Eu participo do estabelecimento de metas
da instituição”, “A visão, missão, objetivo e metas são divulgaeinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S42
Trabalhos Científicos
dos para todos”. Dessa forma, conhecer o clima organizacional
pode oferecer desafios e oportunidades aos administradores,
mostrando-lhes as diferenças em relação aos sentimentos dos
funcionários que geram satisfação ou insatisfação no trabalho,
e ajudando-os a perceber as práticas que precisam ser mudadas. Os achados do estudo podem favorecer a implementação
de ações para melhoria do clima organizacional.
TC-80
E-learning: uma estratégia educacional
de educação à distância para redução de
infecção intra-hospitalar
Autor: Lissandra Borba da Cunha
Co-autores: Cristina Mizoi, Maria Fátima Santos, Rosana L.
Correa, Sandra Oyafuso
Instituição: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP)
30 minutos. O treinamento ficou disponível para o acesso da
equipe no período de julho a agosto de 2005 e, após atualização do conteúdo, de maio a setembro de 2006. Resultados: o
acesso foi monitorado por meio da plataforma gerenciadora do
Breeze®. A participação foi de 60 profissionais assistenciais,
que corresponderam a 90% do público-alvo no treinamento
em 2005, e de 42 profissionais (63%) no treinamento em 2006.
Ocorreu uma redução de 50% na taxa de infecção intra-hospitalar por rotavírus, de dez casos em 2004 para cinco casos em
2005 e dois casos em 2006. Conclusão: sabemos que a redução
de 80% da taxa de infecção intra-hospitalar por rotavírus nos
anos de 2005 e 2006 foi multifatorial, mas consideramos que o
treinamento em e-learning colaborou para este resultado. A
utilização de estratégias didáticas com recursos tecnológicos e
de multimídia para capacitação profissional e desenvolvimento
de competências tem mostrado resultados satisfatórios para a
retenção do conhecimento e aplicação prática.
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0607
Introdução: O e-learning é uma estratégia de educação à distância que possibilita a aprendizagem por intermédio de recursos
tecnológicos. Os profissionais responsáveis pelos treinamentos
têm utilizado cada vez mais essa estratégia em decorrência das
vantagens oferecidas, como possibilidade de rápida atualização
dos conteúdos, personalização dos conteúdos transmitidos, facilidade de acesso e flexibilidade de horários, entre outras. O
objetivo deste trabalho é apresentar os resultados da utilização
do e-learning como estratégia educacional na redução de infecções intra-hospitalares por rotavírus. Metodologia: no ano de
2004 ocorreu um aumento da taxa de contaminação intra-hospitalar por rotavírus; isto gerou um plano de melhoria no qual
uma das ações seria um treinamento para a equipe assistencial
pediátrica sobre as medidas preventivas de infecção hospitalar.
Esta demanda foi encaminhada para a área de Treinamento
em Saúde (TRSA), que analisou a solicitação considerando a
relevância do tema, justificada pela taxa de infecção, o públicoalvo e o conteúdo. Após esta análise, foi definido que a melhor
estratégia educacional para este treinamento seria o e-learning. Para a construção do e-learning, foi necessário o seguinte
fluxo: a) o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH),
em parceria com o TRSA, elaborou o material didático; b) os
recursos audiovisuais utilizados foram: filme, diálogos interativos, locução e imagens, sendo todos produzidos em ambiente
real com recursos institucionais; c) no decorrer do curso, foram
apresentados testes de conhecimento de múltipla escolha; d)
o Centro de Informação e Comunicação (CENIC), que conta
com profissionais especializados em projetos de e-learning, foi
responsável pela formatação do conteúdo, storyboard, design
e layout, trabalhando sempre em parceria com as áreas responsáveis pelo conteúdo, o SCIH e o TRSA. Este conteúdo
gerou um produto final em e-learning de aproximadamente
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
TC-81
Insulina intravenosa: controvérsias sobre
o processo de adsorção nos dispositivos
de infusão
Autor: Suziane de Almeida Lima
Co-autores: Renata Luciane Andreoli Fioratti, Sônia Aurora Alves
Grossi, Silvia Regina Secoli
Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de São
Paulo (EEUSP)
Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 419 – Cerqueira
César – São Paulo/ SP
CEP 05403-000 – Tel.: (11) 3061-7560
Introdução: adsorção é um processo em que ocorre fixação de
uma substância (o adsorvato) na superfície de outra substância (o adsorvente). A adsorção da insulina é um fenômeno de
superfície inespecífico, que se inicia instantaneamente, interferindo na demanda confiável de insulina ao paciente. Hoje
se sabe que a insulina, quando infundida por via intravenosa,
aglutina-se nos frascos de vidro e em outros dispositivos confeccionados em plástico, como frascos, equipos, seringas e filtros. Atualmente não há consenso sobre a forma de preparar
a infusão da insulina intravenosa, e há por parte da equipe de
enfermagem dúvidas importantes quanto ao tipo de frasco,
equipo, tempo de troca da solução, entre outras. Considerando que o tema é relevante no âmbito da clínica, e que a equipe
de enfermagem encontra-se diretamente envolvida na questão
do preparo, administração e monitoração do paciente, buscouse no presente estudo consultar a literatura para obter informações sobre o fenômeno da adsorção da insulina. Objetivos:
identificar os agentes causais da adsorção de insulina contida
em soluções intravenosas e relacionar as estratégias e recomendações utilizadas para a redução do processo da adsorção de
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
insulina. Material: trata-se de um estudo de revisão bibliográfica (n = 27), incluindo experimentais, descritivos, consensos e
recomendações. Resultados: foram analisadas 27 publicações;
nestas, 63,0% utilizaram frascos de vidro e 37,0%, PVC. Todas
as seringas eram de plástico. A variação da concentração de
insulina foi de 0,01 a 10 U/ml. Entre os diluentes, destacaramse os isotônicos, com 73,6% (n = 14) do total. O tempo de
contato entre soluções contendo insulina em recipientes variou de 0 a mais de 24 horas. Os meios mais utilizados para
minimizar o processo da adsorção da insulina foram adição de
colóides (n = 17) e lavagem do equipo (n = 10). Conclusão:
os determinantes do processo da adsorção da insulina foram
os materiais dos frascos, os tipos de equipos e diluentes. Os
frascos de polipropileno apresentaram menor adsorção e os de
vidro, maior perda de insulina. Os equipos sem filtro foram os
que se mostraram mais adequados. Quanto maior a área de
superfície interna dos frascos e equipos, maior foi a perda de
insulina. Não houve consenso no que diz respeito ao diluente
“ideal” e concentração de insulina. A crença inicial de que o
tempo de contato da solução insulínica com os kits de infusão
aumentava a adsorção não foi confirmada pelos estudos analisados. As principais estratégias utilizadas para minimizar a
adsorção da insulina e viáveis na prática clínica foram o acréscimo de albumina a 25% na solução insulínica ou a realização
da pré-exposição do equipo por um período de 30-60 minutos,
com lavagem do equipo com 50-100 ml da solução de insulina.
Considera-se que este tempo possibilita a saturação dos sítios
de ligação da insulina e minimiza a adsorção. Outra recomendação é preparar as soluções em frascos pequenos e equipos.
negociação utilizados e o predomínio de estilos entre os interlocutores dessas negociações. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória por meio da utilização de uma entrevista semi-estruturada aplicada a enfermeiros
de pós-graduação lato sensu em diversas especialidades como
UTI, enfermagem do trabalho e emergência. Os resultados
demonstraram que as situações conflitantes mais freqüentes
estavam relacionadas à escala de pessoal, envolvendo relações
de âmbito vertical e horizontal dirigidas principalmente para a
troca de folgas. Quanto ao processo de negociação, percebese que geralmente o enfermeiro procede de forma intuitiva e
improvisada quando se trata da relação com outro profissional
do mesmo nível ou subordinado. Contudo, o enfermeiro é criterioso quando se relaciona com pessoas de nível hierárquico
superior ao seu, tomando cuidados com a formalidade, tenta
manter um clima favorável, planejando suas ações e buscando
conhecimento e informações para subsidiar as argumentações,
apresenta flexibilidade nas concessões, resultando no atendimento a seus interesses e expectativas. Quanto aos estilos observados, em relação aos subordinados predominou o apoiador,
entre profissionais do mesmo nível foi controlador e apoiador,
e no da hierarquia superior foi analítico. Assim, a negociação é
inerente nos ambientes das instituições de cuidados de saúde e
saber conduzi-la eficazmente constitui-se em diferencial para
gestores e líderes de enfermagem, que deverão estar habilitados
em fazê-la sistematicamente, de forma a possibilitar uma negociação exitosa que fortaleça um ambiente de trabalho positivo.
TC-83
Situações conflitantes do cotidiano do
enfermeiro e os processos de negociação
Avaliação de um programa educativo
desenvolvido pelo serviço de controle de
infecção hospitalar: um caminho para a
emancipação
Autor: Taise Carvalheira Marin Toledo
Autor: Danielle Fabiana Cucolo
Co-autores: Marli de Carvalho Jericó, Josimerci Ittavo Lamana Faria
Co-autores: Josimerci Ittavo Lamana Faria,
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Cláudia Bernardi Cesarino
Endereço: Av: Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José do
Instituição: Hospital de Base
Rio Preto/ SP
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722
do Rio Preto/ SP
TC-82
S43
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722
Nas instituições de saúde, a existência de diferentes tipos de
conflitos já é esperada, devido à complexidade de sua estrutura
formal e das relações inter e multiprofissionais que naquele espaço convivem, sendo, assim, locais naturalmente geradores de
atritos. Desse modo, o enfermeiro, como profissional que se relaciona com todas essas dimensões, requer o aprimoramento da
comunicação e o desenvolvimento das habilidades de negociação para conseguir lidar com as situações conflitantes inerentes
a esse ambiente de trabalho. Diante disso, o objetivo deste estudo foi identificar as situações conflitantes mais freqüentes no
cotidiano do enfermeiro, assim como analisar os processos de
A infecção hospitalar (IH) representa um dos principais problemas da qualidade da assistência à saúde, devido à importante incidência, ao aumento da morbi-mortalidade e aos
custos diretos e indiretos. Este estudo utiliza um novo paradigma de avaliação, denominado “avaliação emancipatória”,
sua meta é contribuir para a melhoria da qualidade do ensino
desenvolvido pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
(SCIH) e seus objetivos são verificar a viabilidade de um novo
modelo de avaliação para identificar aspectos e atividades de
ensino que facilitem a prática educativa dos enfermeiros muleinstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S44
Trabalhos Científicos
tiplicadores nas ações de prevenção e controle de IH em uma
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), assim como avaliar as
possibilidades e limites da aplicação desse modelo, visando ao
desenvolvimento da consciência crítica dos enfermeiros dessa
unidade. Trata-se de um estudo qualitativo e a trajetória metodológica utilizada foi a pesquisa-ação. O estudo foi realizado
em uma UTI coronariana de um hospital de ensino do interior
de São Paulo, e tem como sujeitos seis enfermeiros que atuam
nessa unidade. A trajetória metodológica foi operacionalizada
por meio de círculos de discussão, sendo que o total de sujeitos compôs dois grupos para discussões realizadas em dois
períodos: diurno e noturno, para viabilizar a participação de
maior número de enfermeiros. Foram realizados nove círculos
e, para nortear a coleta de dados, foram enunciadas algumas
questões, congruentes com: o programa do SCIH, o cronograma anual, os planos de aulas e os instrumentos de avaliação
utilizados por esse serviço. A cada encontro do período noturno foi verbalizado o que o grupo do período diurno havia
discutido e, logo a seguir, iniciavam-se as exteriorizações dos
enfermeiros, expondo suas opiniões e críticas. Os discursos,
registrados por meio de gravações e anotações do pesquisador, foram posteriormente transcritos, agrupados e recolocados para o grupo, sendo realizados mais cinco encontros,
nos quais houve a reapropriação das expressões e sugestões
anteriormente exteriorizadas e se propuseram mudanças na
programação educacional do SCIH, possibilitando a elaboração de propostas por meio da criação coletiva.
TC-84
prontuários de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos eletivos e que permaneceram na recuperação anestésica
(convênio) durante o mês de outubro de 2006 em um hospital
de ensino no interior do estado de São Paulo. Foram auditados 323 prontuários; destes, 208 (64,4%) eram referentes
a usuários do sexo feminino e 115 (35,6%) do masculino. O
tempo de permanência dos clientes na sala de recuperação
pós-anestésica (SRPA) foi de duas a três horas. As especialidades médicas que apresentaram maior freqüência cirúrgica
foram otorrinolaringologia, cirurgia geral e ginecologia e obstetrícia, com predomínio da anestesia geral, seguida da anestesia raquidiana. Os motivos de glosa totalizaram R$ 582,69 e
estavam relacionados a falta de prescrição do medicamento
(R$ 302,68), uso não-justificado do material (R$ 212,65), falta
de checagem de enfermagem (R$ 62,18) e outros. Conclui-se
que a prática da anotação de enfermagem consistente revestese de extremo valor, visto que pode evitar glosas. Dessa forma, constitui-se em ferramenta a ser aprimorada por meio de
programas de educação continuada integrados à unidade de
auditoria. A construção de protocolos e acordos entre instituição e operadoras também é uma prática recomendada para a
diminuição de perdas econômicas.
TC-85
Motivos de glosas das contas hospitalares
de um hospital de ensino: análise de 11
operadoras de saúde
Autor: Cristina Ribeiro Arid
Anotações de enfermagem: possibilidades
de glosas por parte das operadoras
de planos de saúde
Co-autores: Marli de Carvalho Jericó, Josimerci Ittavo
Autor: Marli de Carvalho Jericó
do Rio Preto/ SP
Co-autor: Josimerci Ittavo Lamana Faria
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722
Lamana Faria
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José
do Rio Preto/ SP
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722
A questão custos na área de Saúde tem exigido que os enfermeiros analisem suas funções administrativas e cooperem
no resultado econômico das instituições de saúde. O volume
de perdas em medicamentos e materiais, principais fontes de
lucratividade dos hospitais, é crescente e pouco controlado e
a auditoria de enfermagem pode realizar um trabalho proativo em relação a este aspecto (GALVÃO, 2002). Este estudo tem por objetivo identificar e quantificar os aspectos, nas
anotações de enfermagem de uma Unidade Cirúrgica, que
possibilitam glosas por parte das operadoras de saúde, e o respectivo impacto financeiro hospitalar. Estudo prospectivo de
natureza exploratória e descritiva, no qual foram analisados
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
A auditoria de contas hospitalares é realizada por um processo minucioso, verificando-se: o diagnóstico médico, os
procedimentos realizados, exames e seus laudos, materiais e
medicamentos gastos conforme prescrição médica nos horários corretos, taxas hospitalares diversas, relatórios da equipe
multidisciplinar, entre outros (JUNQUEIRA, 2001). Este estudo teve como objetivo identificar e quantificar os motivos
de glosas nas contas hospitalares. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório realizado junto ao setor de faturamento
de um hospital de ensino de porte especial, situado a noroeste
do estado de São Paulo. Foram pesquisadas todas as contas
glosadas no período de agosto a outubro de 2005, referentes
a 11 operadoras e seguradoras de saúde. A coleta de dados
considerou as categorias: materiais, equipamentos, exames,
honorários médicos, taxas e diárias. A realização da análise
quantitativa permitiu a visualização dos seguintes resultados:
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
quanto à categoria materiais e medicamentos, observou-se
que 72,7% das operadoras de saúde estudadas não especificaram os motivos das glosas; a quantidade incorreta cobrada de
materiais e medicamentos e a cobrança de valores incorretos
foram motivos apontados nesta categoria. Quanto às diárias
e taxas, houve predomínio de não-discriminação dos motivos
das glosas (54,6%). Referente às glosas de exames, 45,5% das
operadoras de saúde não determinaram o motivo; entre os registrados, estão o fato de o exame não ter sido cobrado em
conta hospitalar, valores cobrados incorretamente e cobrança
diferente da tabela da Ciefas. Quanto às glosas de honorários
médicos, 63,3% das operadoras de saúde não determinaram
o motivo da glosa; foram apontados: procedimento que não
comporta o segundo auxiliar e/ou anestesiologista, valor incorreto e, ainda, falta de credenciamento do médico. Concluise que é alta a freqüência da não-especificação, pelas operadoras de saúde, dos motivos das glosas nas diversas categorias
estudas. É importante ressaltar que a visualização do motivo
da glosa é determinante para o processo decisório quanto à
implementação de ações que levem ao controle e pagamento
da conta hospitalar de forma satisfatória, tanto para as operadoras quanto para as prestadoras de serviços de saúde. A elaboração de outros estudos voltados para esse tema é de suma
importância, visto que são poucos os artigos publicados.
TC-86
Prevalência e causas de absenteísmo na
equipe de enfermagem da unidade de
emergência de um hospital terciário do
interior de São Paulo
Autor: Marli Antonia Sinhorini Helou
Co-autores: Márcia Galan Perroca, Marli de Carvalho Jericó,
Josimerci Ittavo Lamana Faria
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Endereço: Av. Brig. Faria Lima, 5416 – São Pedro – São José
do Rio Preto/ SP
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5722
O absenteísmo constitui um dos entraves na gestão de pessoas, pois leva à desorganização do serviço e à sobrecarga dos
trabalhadores de enfermagem, refletindo na qualidade da assistência ao paciente. Cabe ao enfermeiro-responsável técnico
da instituição garantir os recursos humanos necessários à assistência de enfermagem e à segurança do paciente, conforme
a Resolução COFEn nº 168/1993. O objetivo deste estudo é
investigar o índice de absenteísmo e suas causas junto à equipe
de enfermagem do serviço de emergência-convênio no período de janeiro a dezembro de 2006. Trata-se de uma pesquisa
do tipo transversal, de caráter retrospectivo, em um hospital
terciário do interior do estado de São Paulo. Os resultados
mostraram que o índice de absenteísmo nesta unidade foi de
S45
10,7% no ano de 2006, sendo que o maior índice foi no mês de
dezembro (15%). As principais causas estão relacionadas a licença psiquiátrica, dor lombar e viroses. Esses resultados norteiam enfermeiros na tomada de decisão assistencial e gerencial, bem como para a implementação de ações preventivas,
educativas e para a melhoria no estabelecimento de metas.
TC-87
Validação de uma oficina de capacitação dos
profissionais de saúde para prevenção de
erro na medicação
Autor: Jorseli Ângela Henriques Coimbra
Co-autor: Silvia Helena de Bortoli Cassiani
Instituição: Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Endereço: Av. Colombo, 5790 – Jardim Universitário – Maringá/ PR
CEP 87020-900 – Tel.: (44) 3261-4040
Entende-se que um dos modos de enfrentamento que proporciona resultados positivos à nova epidemia de eventos adversos medicamentosos – erro de medicação – é a implementação
de ações educativas, as quais instrumentalizam os profissionais
envolvidos no sistema de medicação para um comportamento
preventivo. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo validar a oficina “Investindo na prevenção de erros de
medicação”, de capacitação aos profissionais de saúde para
identificar e notificar situações de erro de medicação. O estudo foi realizado num hospital de uma cidade do interior do
Paraná com auxiliares de enfermagem matriculados no curso
de formação profissionalizante em Técnico de Enfermagem.
A amostra foi constituída por 47 auxiliares de enfermagem.
Para a elaboração da oficina, utilizou-se como referencial teórico a abordagem sociocultural ou libertária e, como referencial metodológico, a pedagogia da problematização (Arco
de Maguerez), apresentada por Bordenave e Pereira em 2002.
Para maior confiabilidade, foi realizada uma validação de cada
etapa do plano pedagógico do curso, objetivando estarem de
acordo com o Arco de Maguerez, as estratégias pedagógicas e
o conteúdo programático da oficina. Para mensurar a eficácia
do curso como processo educativo, utilizou-se um instrumento
(pré e pós-teste) intitulado “Instrumento de investigação sobre o conceito de erro”, que extraiu o entendimento dos participantes sobre o conceito de erro de medicação por meio de
uma escala somatória do tipo Likert, composta por 14 itens
que foram respondidos em termos de graus de concordância, tendo como referência a definição de erro de medicação
enunciada pela National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention. O procedimento da coleta de dados ocorreu em três etapas: 1) pré-teste realizado
no mês de agosto de 2003; 2) oficina de capacitação, realizada
em novembro de 2003, com carga horária total de 15 horas,
distribuídas em 3 dias consecutivos; e 3) pós-teste, realizado
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
S46
Trabalhos Científicos
30 dias após o encerramento da oficina. Foram realizadas
todas as etapas do Arco de Maguerez para a implementação
da oficina: observação da realidade, levantamento dos pontos-chave, ponto-chave ou ponto principal, teorização, hipóteses de solução e avaliação. Como conclusão, a maioria dos
participantes já assimilava várias possibilidades para o erro na
medicação. Foram encontradas cinco situações que não foram
compreendidas como facilitadoras para a ocorrência de erro
na medicação, mas a implementação da oficina possibilitou a
alteração no entendimento, comprovando, assim, a necessidade e a eficiência de ações educativas aos profissionais. Diante
dos resultados obtidos, observou-se que essa oficina de capacitação para profissionais envolvidos no sistema de medicação
é uma estratégia importante, atingindo seu objetivo de minimizar a ocorrência de erros e, como conseqüência, aumentar
a segurança do paciente.
TC-88
Avaliação e tratamento da dor no pósoperatório de pacientes transplantados:
doadores e receptores
Autor: Bartira de Aguiar Roza
Co-autores: Samira Scalso de Almeida, Ana Claudia de Lima
Q. Arantes, Carla Fátima de Paixão Nunes, Carla Patrícia A. C.
(dor moderada) e 25% com escore de até 4 (dor leve); 70%
das dores eram localizadas no abdome. Quando da presença
da dor, sua duração, até o controle, foi de uma hora em 62,5%
dos casos, de 2 a 6 horas em 18,8% e de menos de 1 hora em
12,5% dos casos (em 6,3% não foi encontrado registro deste
tempo). Em todos havia prescrição de analgésicos; em 60%,
“se necessário”. Dos analgésicos prescritos, 65% eram nãoopióides e 25% eram opióides fracos. Durante a internação,
80% apresentaram dor = 5, sendo que a duração da dor até
seu controle foi de 1 hora em 87,5% dessa população. Dos pacientes que tiveram dor na admissão ou durante a internação,
10% tiveram alta com dor. Dos doadores, 91% apresentaram
dor durante a internação, sendo 45% de escore 8. A duração
da dor até seu controle foi de 1 hora em 82% dos doadores,
sendo que 18% dos doadores tiveram alta com dor (escore
de até 4). Conclusão: apesar de 87,5% dos pacientes terem
sua dor controlada em até uma hora, ainda é necessário incorporar a não-tolerância da presença da dor no cotidiano do
cuidado, para melhorar a qualidade da assistência a pacientes
transplantados, bem como aos doadores.
TC-89
Balanced Scorecard y gestión por procesos
en enfermería
Denser, Ivanete L. Cardoso, Ben-Hur Ferraz Neto
Autor: Claudio Robles Tapia
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Instituição: Hospital Clinico. Facultad de Medicina UC.
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
Subdirector de Enfermería.
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2681
Endereço: Marcoleta 367, 3.er Piso – Santiago – Centro
CEP 8330024 – Chile
Introdução: a dor nos pacientes transplantados representa um
sinal importante para avaliação de diversas complicações que
podem comprometer o sucesso dessa forma de tratamento.
Assim, sua adequada avaliação e manejo por profissionais de
saúde fazem-se cada vez mais necessários para prover recursos
que minimizem seus efeitos. Objetivo: avaliar o manejo da dor
no pós-operatório de pacientes do programa de transplante de
órgãos sólidos. Metodologia: análise retrospectiva em prontuário dos pacientes internados no período de maio e junho de
2006, em um hospital do município de São Paulo/SP. Para a coleta de dados, foi utilizado um instrumento semi-estruturado
com questões sobre os registros do prontuário dos pacientes
(doadores e receptores), com o objetivo de obter informações
epidemiológicas da dor dos pacientes no pós-operatório (escala visual numérica – EVN) de transplante de órgãos sólidos
(rim, fígado e pâncreas). A população foi composta de cem
pacientes que estavam internados para a realização do transplante (doadores e receptores) ou por complicação pós-transplante, e os dados foram compilados em banco de dados (Epi
Info). Resultados: dos 100 pacientes, 11 eram doadores e 89,
receptores; 20% da população apresentava dor na admissão,
sendo 50% com escore de 8 a 10 (dor intensa), 25% de 5 a 7
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
E-mail: [email protected]
Tel.: (56-2) 3543141; Fax:(56-2) 6338572
Introducción: El “Balanced Scorecard (BSC)” es un modelo
de control de gestión estratégica de 4 perspectivas: Financiera, Cliente, Procesos internos y Aprendizaje y crecimiento. La
Gestión por procesos es un modelo que ve a la organización como un gran proceso que debe ser abordado en tres etapas: 1) Mapeo de procesos que incluye procesos de gestión,
operativos y de apoyo; 2) Identificación de procesos claves y
3) Gestión de procesos con ciclo de calidad de Shewart. La
Subdirección de Enfermería del Hospital Clínico de la Pontificia Universidad Católica de Chile ha adaptado y aplicado
el BSC desde1999. Desde el 2005 ha iniciado un trabajo de
relacionar las perspectivas del BSC con el modelo de gestión
por procesos con el fin de identificar y gestionar los procesos
claves. Objetivo: 1)Relacionar BSC con gestión por procesos y 2) Relacionar la gestión por procesos con el proceso de
atención enfermería. Metodología: Se identificaron 4 fases de
desarrollo: 1° fase(1999-2000): Implementación del Modelo
BSC. 2° fase(2001-2002): Evaluación y mejora del Modelo. 3°
fase(2002-2003.: Informatización y generación de incentivos
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
por matrices de contribución individual. 4° fase(2005-2007):
Aplicación de metodología de gestión por procesos. El mapeo
de procesos se realizó con método IDEF (Integration Definition for Function Modelling) que precisa 3 entradas de cada
proceso (requerimientos de servicio, guías, recursos necesarios) y 1 salida (servicio solicitado). En la gestión sistemática
de procesos, el ciclo de Shewart se relacionó con el proceso de
atención de enfermería (Valoración, Diagnóstico, Planificación, Ejecución y Evaluación). Resultados: Con la aplicación del
BSC adaptado a enfermería, se han logrado importantes avan-
S47
ces en cada área en nuestra institución, mejorando indicadores
y alineando al personal con el logro de ellos. Relacionarla con
la gestión por procesos permitió identificar con precisión los
procesos claves para enfermería, lo que ha permitido guiar las
actividades en los diferentes niveles organizacionales y en los
diferentes subprocesos identificados. Conclusiones: El modelo de BSC se ve ampliamente enriquecido con la metodología
de gestión por procesos, permitiendo identificar los procesos
claves para gestionar el área de enfermería de cualquier organización de salud.
einstein.2007;5(Supl 1):S1-S47
Relatos
de Caso/Experiência
RC-1
Monitoração dos cuidados de enfermagem
na cardioversão elétrica eletiva: análise da
sistematização e qualidade do serviço na
sala de emergência
Autor: Karla Biancha Silva de Andrade
Co-autores: Ana Paula Pinheiro, Cecília Gonçalez, Rosa Prazeres
Instituição: Hospital Pró-Cardíaco
Endereço: R. General Polidoro, 192 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ
CEP 22280-00 – Tel.: (21) 2528-1505
Introdução: a cardioversão elétrica é utilizada como tratamento de algumas arritmias. É um método eficaz e bem tolerado, porém necessita que o paciente esteja em sedação
profunda. A implementação de um protocolo sistematizado
do atendimento aos pacientes que irão submeter-se a cardioversão elétrica fornece subsídios na qualidade do cuidado prestado, tanto pelo médico, quanto pela enfermagem e
sua continua avaliação. A monitoração dos resultados auxilia na vigilância da qualidade assistencial e na identificação
de oportunidades de melhoria. Eles são instrumentos que
possibilitam definir parâmetros que serão utilizados para
realizar comparações e agregar juízo de valor ante o encontrado e o ideal estabelecido, necessitando assim, de uma
coleta e sistematização bem planejada. Objetivo: monitorar
através de um protocolo sistematizado, as complicações decorrentes da cardioversão elétrica na Sala de Emergência.
Casuística e Método: trata-se de um estudo retrospectivo,
descritivo, com abordagem quantitativa. Foram avaliados
63 clientes submetidos a cardioversão elétrica com média
de idade de 69 anos + 13, sendo 65,1% do sexo masculino.
O estudo foi realizado de janeiro a dezembro de 2006 na
Sala de Emergência de um hospital privado no município
do Rio de Janeiro - RJ onde se presta atendimento clínicocirúrgico. Os dados foram transcritos em uma ficha semiestruturada, preenchida pelo enfermeiro que participou dos
cuidados durante o procedimento. Resultados: dos 63 clientes submetidos a cardioversão elétrica, 73% apresentavam
Fibrilação Atrial de tempo indeterminado, 8,5% Fibrilação
Atrial menor que 48 horas, 17,5% Flutter Atrial, 1,6% Taeinstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
quicardia Supraventricular. Dentre as complicações, 1,6%
(01 paciente) apresentou bradiarritmia pós reversão e 4,8%
(03 clientes) queimadura de primeiro grau. Considerações
finais: as principais complicações evidenciadas durante a
cardioversão elétrica foram às queimaduras. Ambler (2003)
corrobora com a questão, quando relata que essas são causas comuns de morbilidade após o procedimento, no entanto sua incidência e gravidade nunca foram quantificadas.
Para ele, a redução do evento ocorre quando os operadores
aplicam uma força igual em ambas as pás e iniciam-se choques com energia inferior. Souza (2001) relata ainda, que as
arritmias mais freqüentes, após a cardioversão elétrica, são
as extra-sístoles atriais, que duram alguns minutos e desaparecem espontaneamente. Outras alterações do ritmo podem
existir, como a bradicardia sinusal, bloqueio ou ritmo juncional. O conhecimento sobre a história prévia, a identificação das medicações e fatores de risco são imprescindíveis
para um cuidado de qualidade. Tais condutas podem minimizar ou excluir possíveis complicações como visualizadas
nos resultados da pesquisa. É válido ressaltar que a busca
da qualidade requer um grau de conformidade estabelecido
dentro de padrões e critérios, medido por indicadores como
o da cardioversão elétrica. A equipe da Sala de Emergência deve refletir sobre sua prática, buscando visualizar os
aspectos assistenciais mais frágeis e propondo medidas de
melhorias, permitindo trocas de experiência e confrontando
as melhores práticas com os bons resultados.
RC-2
Intubação orotraqueal: as complicações
monitoradas pela enfermagem
Autor: Karla Biancha Silva de Andrade
Co-autores: Ana Paula Pinheiro, Glória Trancoso, Vânia Figueiredo,
Verônica Sobreiro, Flávia de Souza
Instituição: Hospital Pró-Cardíaco
Endereço: R. General Polidoro 192 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ
CEP 22280-00 – Tel.: (21) 2528-1505
Introdução: a intubação orotraqueal é o procedimento
mais eficaz na proteção e controle de vias aéreas. Agrega
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
uma série de vantagens, desde a manutenção de vias aéreas
pérveas, aspiração de secreções e oferta alta de oxigênio.
Estudos revelam que 50% das intubações realizadas nos
Estados Unidos apresentam falhas, tal situação é decorrente de profissionais mal treinados dentro dos serviços de
emergência. Estar atento à monitoração das complicações
é de suma importância no atual momento em que se preconiza um mínimo de padrão de qualidade a ser seguido.
Para Malik (2006) a qualidade é sinônimo da satisfação
dos usuários e trabalhadores, que são obtidos por meio de
instrumentos cuidadosamente aplicados e/ou em função
da verificação de resultados. Objetivo: monitorar através
de um protocolo sistematizado as complicações oriundas
do procedimento de intubação orotraqueal. Método e
Casuística: trata-se de um estudo descritivo, analítico, do
tipo estudo de caso com abordagem quantitativa. Foram
avaliados 21 clientes submetidos à intubacão orotraqueal,
sendo 61,9% do sexo feminino. O estudo foi realizado de
janeiro a dezembro de 2006 na Sala de Emergência de um
hospital privado de pequeno porte no município do Rio
de Janeiro/RJ. Os dados foram transcritos em uma ficha
semi-estruturada, preenchida pelo enfermeiro que participou dos cuidados durante o procedimento. Resultados: dos
21 pacientes que realizaram intubação orotraqueal, 47,6%
utilizaram TOT com guia, 38,1% TOT sem guia, 9,5% máscara laríngea, 4,8% ciaglia. 38,2% dos procedimentos foram caracterizados com grau de dificuldade fácil, 33,3%
médio, 28,6% difícil. Dentre as complicações, 14,2% dos
clientes (03) obtiveram lesão de cavidade oral. Considerações Finais: a monitoração das complicações é de suma
importância no atual momento em que se preconiza um
mínimo de padrão de qualidade a ser seguido. Para Malik
in D’ Innocenzo (2006), a qualidade é sinônimo da satisfação dos usuários e trabalhadores, que são obtidos por meio
de instrumentos cuidadosamente aplicados e/ou em função
da verificação de resultados.
RC-3
S49
assistência prestada. O objeto de estudo baseou-se nos
cuidados de enfermagem após realização de ATC. A partir do objeto traçamos como objetivos: apresentar uma revisão atualizada sobre as questões práticas da assistência
de enfermagem à pacientes submetidos a ATC, e fornecer
subsídios para o aprimoramento do cuidado de enfermagem nesta clientela. Metodologia: para alcançar os objetivos deste estudo, utilizamos a pesquisa bibliografia, em
fonte primária e secundária. A pesquisa bibliográfica foi
desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
principalmente por artigos científicos, dissertações e teses.
Durante o estudo seguimos as seguintes etapas: consulta a
base de dados LILACS, SCIELO, BDENF e sites de busca,
utilizando os descritores e palavras chaves: Enfermagem,
Angioplastia e cuidado. Resultado: com base na pesquisa
bibliográfica, do decorrer do trabalho, descrevemos minuciosamente a assistência de enfermagem pós ATC. Após
a descrição das intervenções após ATC, observamos que,
de um modo geral, os cuidados de enfermagem abrangem
basicamente dois aspectos do cuidado: a avaliação hemodinâmica e a avaliação do membro cateterizado. Conclusão:
a realização deste estudo nos possibilitou perceber que o
procedimento de angioplastia, não pode ser considerado
um procedimento simples e corriqueiro. Devemos considerar a angioplastia como um procedimento, que pode levar a graves complicações e a uma instabilidade aguda, no
qual nós enfermeiros devemos estar atentos e preparados
para atuar. A partir da revisão bibliográfica apresentada,
acreditamos ter fornecido mais subsídios para o aprimoramento do cuidado prestado pelos enfermeiros que assistem
pacientes pós angioplastia.
RC-4
Triagem de enfermagem: algumas
ferramentas para garantir a segurança ao
paciente em primeiro atendimento – um
relato de experiência
Angioplastia transluminal coronariana: a
importância dos cuidados pós-procedimento
Autor: Tânia Ferreira Tavares
Autor: flavia giron camerini
Denise Lisboa, Marina Vaidotas
Co-autor: Deyse Conceição Santoro
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Instituição: Escola de Enfermagem Anna Nery
Endereço: Av. Albert Einstein – Morumbi – São Paulo/ SP
Endereço: R. Afonso Cavalcante, 275 – Cidade Nova – Rio de Janeiro/ RJ
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Co-autores: Ana Paula Bagdanavicius, Yara Kimiko, Ana Maria
Santos, Renata Donato Janeri, Milka de Almeida, Mirian Medeiros,
CEP 20211-11 – Tel.: 9382-9834/ 9856-2430
Introdução: os cuidados à clientes em pós-procedimento
de angioplastia trasluminal coronariana (ATC) constituem uma prática diária dos enfermeiros que atuam em
cardiologia, o que requer uma constante discussão e aperfeiçoamento científico, a fim de, garantir a qualidade da
Introduçao: triagem é o ato de escolher e selecionar que
começou a ser utilizado na área da saúde pela necessidade
de priorizar os feridos de guerra, hoje utilizada nos serviços de emergência com o objetivo de organizar grandes demandas, priorizar o atendimento dos pacientes com risco
de vida. Objetivo: descrever experiência dos enfermeiros
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
S50
Relatos de Caso/Experiência
na utilização de ferramentas que garantem a segurança do
paciente durante a triagem de enfermagem. Discussão: a
triagem foi implantada na instituição em 1998 e algumas
ferramentas foram estabelecidas para garantir a segurança dos pacientes. A triagem é localizada e organizada
para que os pacientes tenham o primeiro contato com o
enfermeiro antes da realização do cadastro, abreviando o
tempo entre a chegada e a avaliação. Ela é registrada em
impresso estruturado e a tomada de decisão baseia-se na
avaliação clínica e em protocolos pré-estabelecidos, onde
o enfermeiro classifica a gravidade (nível 1-emergência,
2-urgência e 3-urgência relativa), define a especialidade e
local para o atendimento. A classificação dos níveis é também sinalizada através de etiquetas com diferentes cores:
vermelho (nível 1), amarelo (nível 2) e verde (nível 3). Algumas enfermidades como o Acidente Vascular Cerebral e
Infarto são gerenciados, para esses a triagem tem um papel fundamental na identificação precoce dos casos, sendo
que a eficiência da triagem modifica significativamente o
tempo entre a chegada do paciente e o início do tratamento, que representa um indicador de qualidade importante
para o resultado da assistência prestada a esses grupos de
pacientes. Para garantir a qualidade do processo os enfermeiros são treinados e validados anualmente. Considerações finais: o desenvolvimento de ferramentas garante a
qualidade do processo de triagem, permite uma classificação correta dos níveis, oferece informação e acolhimento,
desenvolve o raciocínio clínico do enfermeiro e possibilita
o monitoramento de indicadores.
RC-5
Contribuições da psicopedagogia para a
prática assistencial de enfermagem
Autor: Deborah Rozencwajg
Instituição: Casa de Repouso Coração de Maria
Endereço: R. Caetano Menino, 20 – Interlagos – São Paulo/ SP
CEP 04785-08 – Tel.: (11) 5669-3003
Introdução: tanto a enfermagem quanto a Psicopedagogia
possuem um corpo de conhecimentos próprios, com foco
ao cuidado ao ser humano. A Psicopedagogia atua com as
dificuldades de aprendizagem. Considerando o enfermeiro
um educador em potencial, as técnicas de Psicopedagogia
podem influenciar positivamente no resultado do cuidado
ao ser humano, seja este o paciente, o familiar ou a equipe. Objetivo: utilizar técnicas de Psicopedagogia como
ferramenta para aprimoramento do trabalho em equipe e
sensibilização para o cuidado humanizado aos pacientes.
Método: estudo descritivo, prospectivo, realizado em uma
instituição de longa permanência para idosos, localizada
em São Paulo. População e amostra: 4 técnicos de enfereinstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
magem. Estratégia: aplicação de técnicas de diagnóstico
e intervenção em Psicopedagogia, por meio de reuniões
semanais planejadas (objetivos, descrição da atividade
desenvolvida e resultados encontrados), com duração de
90 minutos. Resultado: após 3 meses de intervenção, o grupo apresentou ganhos em auto-conhecimento e maturidade
no relacionamento em equipe, com reflexos a cuidados mais
humanizados aos idosos da instituição. Conclusão: a Psicopedagogia é a ciência que analisa o aprendizado humano
como o resultado da interação entre ensinante, aprendiz e
conteúdo. Uma vez que a educação em enfermagem é premissa para o autodesenvolvimento pessoal e profissional, as
técnicas psicopedagógicas podem ser utilizadas com sucesso para um resultado sustentado em médio prazo.
RC-6
Implantação do gerenciamento de queda em
hospital privado de São Paulo
Autor: Ifigenia Augusta Braga Marques
Co-autores: Arlete Duarte Correa, Gláucia Maria Ribeiro de Souza
Instituição: Hospital Samaritano
Endereço: R. Conselheiro Brotero, 1486 – Higienópolis – São Paulo/ SP
CEP 01232-01 – Tel.: (11) 3821-5381
Introdução: prevenir quedas em pacientes internados é
fundamental, e medidas de monitoramento se fazem necessárias nas instituições de saúde. Objetivo: descrever o
processo de implantação do gerenciamento de queda institucional. Material e método: trata-se de um relato de experiência, sobre a implantação do Gerenciamento de Quedas, em um hospital privado, da cidade de São Paulo. Os
dados foram extraídos das atas das reuniões do Comitê de
Quedas, de junho/05 a fevereiro/07. Resultados: fase préimplantação: 1) criação do comitê definido pela Gerência
de Enfermagem em junho/05, com 7 integrantes; 2) revisão
bibliográfica sobre queda em instituição hospitalar (para
definição de população de risco e alto risco e variáveis de
influência); 3) levantamento do perfil da queda (distribuição dos índices de queda por unidade de internação, caracterização da população por faixa etária, quanto às conseqüências da queda e dias de internação); 4) reformulação
do impresso de queda já existente (inclusão da avaliação
de risco específico para pacientes em terapia intensiva e
ampliação dos fatores de risco). Implantação propriamente dita: 1) cada integrante responsável por determinados
setores fez uma abordagem prévia junto à equipe de enfermagem; 2) em dezembro/06 e janeiro/07 o Comitê realizou
o treinamento institucional e forneceu material de apoio e
consulta às Unidades, com as recomendações de prevenção
e instruções de notificação de ocorrência de queda. 3) em
fev/07 o gerenciamento estava implantado com avaliação
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
de risco diária de cada paciente. Fase pós-implantação:
foi iniciado o monitoramento que possibilita a emissão de
relatório mensal à Gerência do Serviço de Enfermagem.
Conclusão: a implantação do gerenciamento de queda tem
propiciado avaliações diárias dos pacientes hospitalizados,
com identificação dos riscos e implementação de medidas
preventivas, que possibilitem menores índices de quedas
na instituição e monitoramento contínuo como indicador
de qualidade assistencial.
S51
lho e nos horários oportunos. Todavia, evidenciamos que
se trata de uma metodologia de custo elevado, que necessita de suporte tecnológico e consome mais tempo que a
elaboração de um curso convencional.
RC-8
Importância Clínica da Poligrafia Neonatal (PN)
Autor: Ana Paula da Silva
Co-autores: Israel Roitman, Flávia Carvalho Petroff, Rita de Cássia
RC-7
Rodrigues Nogueira
Implementação do treinamento à distância
de parada cardiorespiratória adulto e infantil
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Departamento
Autor: Patrícia Santesso Laurino
– São Paulo/ SP
Co-autores: Cláudia Maria Bittencourt, Simone Cristina Garcia
CEP 05659-90 – Tel.: (11) 3747-1452
de Neurofisiologia Clínica
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 - 4º Andar Bloco C – Morumbi
Instituição: Hospital Samaritano
Endereço: R. Conselheiro Brotero ,1486 – Higienópolis – São Paulo/ SP
CEP 01232-01 – Tel.: (11) 3821-5878
Introdução: a educação à distância constitui ferramenta importante para atender grande número de profissionais. A
assessoria de aprimoramento e desenvolvimento elaborou
um vídeo didático sobre Parada Cardiorespiratória (PCR)
adulto e infantil, com base nas diretrizes da American Heart Association (2005) e metodologia de blended learning.
Objetivo: descrever as etapas de planejamento, elaboração, execução e resultados do treinamento de PCR adulto
e infantil (etapa virtual do blended learning). Material e
método: relato de experiência da elaboração e implementação do treinamento realizado em um hospital privado,
da cidade de São Paulo, de abril a outubro de 2006. Resultado: o planejamento foi realizado em 34h/h de trabalho,
com a participação de 11 enfermeiros, responsáveis pela
elaboração do conteúdo e dos instrumentos de avaliação de
retenção do conhecimento. A etapa de elaboração durou
289h/h (57h/h - ensaios, 167h/h - filmagem e 66h/h – produção/ aprovação dos vídeos). Nessas fases participaram
11 profissionais (5 enfermeiros, 2 técnicos de enfermagem,
2 médicos e 2 fisioterapeutas). O treinamento aconteceu
no período de setembro a outubro de 2006 (carga horária
= 45’), constituído de pré-teste, visualização do vídeo e
pós-teste. Índices de aproveitamento inferiores à nota 6.0,
no pós-teste, reconduziam o colaborador a rever o treinamento. Participaram 607 profissionais (443H/H), com
19.619 acessos. A avaliação de reação (200 profissionais)
indicou o treinamento como ótimo (76,5%), bom (21,5%),
regular (1,5%) e ruim (0,5%). As médias do pré-teste e
pós-teste foram respectivamente: 8.2/9.0 (adulto) e 7.0/9.0
(infantil). Considerações Finais: a etapa da metodologia
utilizada demonstrou a funcionalidade do treinamento e
praticidade, pois permitiu o acesso no ambiente de traba-
Objetivo: diagnóstico da apnéia do sono no recém-nascido (RN). Introdução: a PN é o exame que faz a avaliação
simultânea do eletrencefalograma, do eletrocardiograma,
dos padrões respiratórios e dos movimentos oculares, visando a análise da atividade elétrica cerebral, em fases
diferentes do sono, avaliando sua maturidade, além de auxiliar no diagnóstico diferencial de patologias cerebrais e
não cerebrais, como a apnéia, que pode ser de origem cerebral, cardíaca ou respiratória. A duração mínima do registro é de 60 minutos. Relato de caso: D.D.M.E., 4 dias, sexo
masculino. Nascimento: 6/4/07. Internação: 10/4/07. Alta:
12/4/07. Internado por apresentar episódios de “engasgos
e cianose”, retornou para investigação e tratamento. Antecedentes pessoais: parto cesárea, APGAR 9 e 10, RN termo, adequado à idade gestacional (38 e 6/7 semanas), com
alta hospitalar em 9/4/07. H.D.: Crises de apnéia, episódios
de cianose às mamadas e refluxo gastro-esofágico (RGE).
Exame físico: BEG, corado, eupneico, acianótico, SaO2
94%, após 40 minutos SaO2 87-88%, peso: 3125g, coração:
BRNF (81 bpm) sem sopros, pulmões: MV presente, superficialização da respiração, abdômen: flácido. Achados
do exame: A PN revelou padrão de maturidade bioelétrica
cerebral (MBC) adequado à idade concepcional, porém,
a presença de apnéias obstrutivas e dessaturação (abaixo
de 90%) exigiu exames que identificassem obstrução de
vias aéreas ou RGE. Exames pedidos: US crânio, nasofibroscopia, videodeglutograma (VDG), PN, ECG e exames
laboratoriais. Discussão: a MBC adequada reduz a possibilidade da prematuridade ser responsável pelos sintomas. A
nasofibroscopia excluiu a possibilidade de traqueomalácia,
mas o VDG demonstrou importante RGE. Conclusão: a
PN mostrou adequada MBC e apnéias obstrutivas; o VDG
demonstrou importante RGE, provocando as crises de cianose e apnéia. Adotadas medidas anti-refluxo, houve rápida resposta clínica.
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
S52
Relatos de Caso/Experiência
RC-9
Abraço seguro: dispositivo de segurança
para queda durante o uso do vaso sanitário
Autor: Luciana Mitsue Sakano
Co-autores: Adriana Araújo Sicoli, Andréia Aparecida Moraes
Frazilio, Claudia Regina Laselva, Nanci Radovich, Selma Tavares
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: queda é considerada uma síndrome geriátrica e é
definida como o deslocamento não-intencional do corpo para
um nível inferior à posição inicial com incapacidade de correção em tempo hábil, determinado por circunstâncias multifatoriais comprometendo a estabilidade. Em um hospital de grande
complexidade, a incidência de queda foi de 1,6 quedas/1000
paciente-dia no ano de 2005 e 1,2 quedas/1000 paciente-dia no
ano de 2006. Índice considerado abaixo do encontrado na literatura que é de 2,3 a 7 quedas/1000 paciente-dia. Objetivo:
preocupados com a questão ambiental e com a privacidade do
idoso no uso do vaso sanitário, a equipe de enfermagem de uma
unidade de internação geriátrica de um hospital geral de alta
complexidade, idealizou um dispositivo de segurança adaptado
ao vaso sanitário. Metodologia: trata-se de um relato de experiência, da equipe de enfermagem de uma enfermaria de geriatria
de um hospital de alta complexidade no ano de 2005-2006. Resultado: foram realizadas reuniões de brainstorm com a equipe
de enfermagem e com a equipe de engenharia de segurança
para vislumbrar um dispositivo que atendesse às necessidades
da equipe de enfermagem e do idoso. A equipe de engenharia
foi em busca de fornecedores que pudessem produzir um dispositivo que protegesse o idoso nas laterais e região anterior
quando estivesse usando o vaso sanitário. O dispositivo deverá
ficar fixo na parede de trás do vaso sanitário. Os dispositivos de
segurança utilizados nos brinquedos dos parques de diversão
nos inspiraram a criar uma barra de segurança que impedisse a
queda do paciente quando sentado no vaso sanitário e contribuísse para que o paciente não dependesse da presença física de
um profissional no banheiro. Nascia o dispositivo de segurança
para prevenir quedas. Conclusão: o beneficio obtido com a instalação deste dispositivo e com a visão de que a instituição deve
prover condições de segurança aos pacientes, a instalação deste,
se dará em todo hospital.
RC-10
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Define-se catástrofe como um evento em que o número de vítimas excede a capacidade de atendimento e o foco é otimizar os
recursos disponíveis para salvar o maior número de vítimas. Seguindo diretrizes da Joint Commission Internacional e orientações da SBAIT, foi implantado o plano de catástrofe, que utiliza
o método START de triagem, áreas de atendimento, contingente de atendimento e centros de comando. Relato da experiência: em maio de 2006, foi necessário o acionamento do plano
de catástrofe, para atender vítimas de uma colisão entre dois
ônibus. Após o acionamento, o serviço de segurança confirma a
informação da catástrofe e o número de vítimas comunicando
a UPA, que assume o centro de comando local e aciona a direção do hospital para assumir o centro de comando de emergência, que por sua vez mobiliza toda a estrutura hospitalar para o
atendimento (ex: diagnósticos, banco de sangue, centro cirúrgico, leitos de UTI e internação, assessoria de imprensa, equipe
de transporte de pacientes, equipe médica e de enfermagem
adicional, etc). Foram atendidos 47 vítimas, dessas 44 (93%)
foram classificados como verdes, 3 (7%) eram amarelos, e não
houveram vítimas vermelhas. A identificação das vítimas foi
realizada através de cartões com as respectivas cores, contendo: nome completo, idade e sinais vitais, e na seqüência foram
destinadas à área de atendimento. Quanto ao local de atendimento, as vítimas verdes foram deslocadas para a área social da
instituição, as amarelas ficaram na observação dentro da UPA e
a sala de emergência ficou disponível para os vermelhos. Dessas
vítimas 12 (25%) foram submetidas a exames complementares
(RX), 19 (40%) foram submetidas a suturas. O tempo total no
qual a instituição ficou em alerta foi de 4 horas, entretanto o
tempo de atendimento foi de 50 minutos. Considerações finais:
observou-se que o atendimento prestado obedeceu ao fluxo de
atendimento, evidenciando que o plano testado em simulados
foi aplicável em uma situação real. Comparando com a literatura, observamos que o percentual de vítimas classificadas segue
o padrão internacional de atendimento de catástrofes (80% não
urgência, 15% urgência e 5% emergência). Demonstrando ainda, que toda instituição que tem como preocupação a segurança
do paciente, mesmo em uma situação caótica, deve ter um plano de catástrofe aplicável.
RC-11
Catástrofe: relato de experiência de uma
instituição privada
Programa de enfermeiro trainee
– experiência de implantação e
desenvolvimento
Autor: Yara Kimiko Sakô
Autor: Maria do Espirito Santo da Silva
Co-autores: Marcia Cristina da Cruz Mecone, Thaís Galoppini Félix,
Co-autores: Sheila Kelly Lacerda Souza, Viviane Nobre, Ana Maria
Ana Paula Bagdanavicius, Marina Vaidotas
E. S. de Brito
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
Instituição: Hospital Espanhol
Endereço: Av. Sete de Setembro, 4161 – Barra – Salvador/ BA
CEP 40140-11 – Tel.: (71) 3267-8483
O interesse crescente em desenvolver o capital humano com
visão mais estratégica e fortalecida sobre a missão e cultura
da instituição motivou o desenvolvimento desse trabalho que
trata do planejamento e implantação de um programa trainee
para enfermeiros. Tem como objetivo relatar a experiência
da operacionalização do mesmo numa instituição hospitalar
filantrópica de grande porte. A metodologia envolveu a realização de pesquisas bibliográficas, avaliação dos aspectos legais e trabalhistas, elaboração de um plano operacional com
um programa de treinamento e plano de ação. Como resultado obteve-se a inserção do recém-formado no mercado de
trabalho, suprindo a demanda por profissionais qualificados
que incorporam a visão e missão da empresa. A experiência
é vivenciada atualmente nas áreas de clínica médico-cirúrgica, terapia intensiva e centro cirúrgico. Pôde-se concluir que
o programa trainee é uma estratégia importante e viável que
facilita a adaptação de novos enfermeiros, contribuindo com
a redução do tempo de preparação de novos colaboradores
após o processo de contratação.
RC-12
Síndrome da Morte Súbita do Lactente
– ações para redução do risco
Autor: Maria Fernanda Dornaus
Co-autores: Lissandra Borba da Cunha, Gabriela M Frazon,
Alice Deustch
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: a Síndrome da Morte Súbita do Lactente
(SMSL) é a morte inesperada no primeiro ano de vida, que
permanece inexplicada após a revisão da história clínica,
autópsia e exame da cena do óbito. É a primeira causa de
óbito no primeiro ano de vida nos Estados Unidos. Desde
1992, quando a Academia Americana de Pediatria iniciou
a campanha “back to sleep”, o número de óbitos decresceu
em 50%. Apesar da relevância epidemiológica e trabalhos
publicados, os profissionais desconhecem os fatores de risco: lactente em posição prona ou lateral para dormir, ambiente aquecido e desorganização do berço. A população
desconhece medidas preventivas como colocar o lactente
em posição supina para dormir, evitar aquecer a criança e
não colocar no berço cobertor solto, bichos de pelúcia, e travesseiro. Objetivo: relato de experiência de uma maternidade ao implementar medidas para reduzir o risco da SMSL.
Metodologia: o levantamento bibliográfico proporcionou
S53
fundamentação teórica para o desenvolvimento do treinamento, no qual participaram 257 profissionais das equipes
assistenciais da maternidade, pediatria e creche. O tema
foi apresentado em fórum interdisciplinar de pediatria. Iniciamos orientando os pais nos cursos de preparação para o
parto, e durante a internação na maternidade com pioneirismo em maio de 2007. O tema assumiu maior relevância
e foi incorporado na campanha institucional sobre a segurança dos pacientes. Conclusão: práticas seguras baseadas
em evidências científicas constituem um compromisso ético
dos profissionais para promover a saúde e a segurança dos
pacientes. Considerando que essas simples informações são
suficientes para salvar vidas, temos o desafio de difundir essas orientações na sociedade.
RC-13
Atualização e treinamento: estratégias
de aperfeiçoamento profissional
Autor: Maria do Espirito Santo da Silva
Co-autores: Sheila Kelly Lacerda Souza, Larissa Carigé
Instituição: Hospital Espanhol
Endereço: Av. Sete de Setembro, 4161 – Barra – Salvador/ BA
CEP 40140-11 – Tel.: (71) 3351-2085
Trata-se de um relato de experiência de uma instituição hospitalar filantrópica, geral e de grande porte. Partindo do pressuposto de que treinamento é um processo empresarial que visa
à melhoria de resultados organizacionais através da análise de
desempenho dos indivíduos, buscou-se traçar estratégias com
o objetivo de contribuir com o desenvolvimento de competências técnicas e a promoção de uma melhor adaptação dos
colaboradores à filosofia e às rotinas da instituição, através de
programas estratégicos de atualização e treinamento. Para o
desenvolvimento das atividades, seguem algumas etapas: a
definição do público alvo; o levantamento das necessidades
de treinamento de cada área com avaliação de atividades práticas, indicadores setoriais, mapeamento de condições técnicas da equipe, identificação de novas tecnologias e/ou rotinas;
para então, elaborar e implementar os programas de acolhimento aos novos colaboradores, reuniões científicas, incentivo
aos grupos de estudo, viabilização de treinamentos externos.
Utiliza-se recursos áudio-visuais, demonstração prática das
técnicas em manequim entre outros métodos. O treinamento
do profissional é aplicado desde o processo de admissão do
funcionário na empresa, incluindo a inserção no setor especifico. Obtendo-se como resultado o contínuo aprimoramento de habilidades requeridas, atualização e desenvolvimento
de potencialidades, num processo de integração e motivação
para a realização de atividades pertinentes às funções e conseqüente melhoria da qualidade de atenção ao cliente. Por fim,
têm-se a avaliação dos resultados com aplicação de questionáeinstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
S54
Relatos de Caso/Experiência
rios escritos e mensuração dos indicadores de treinamento e
da assistência, que mostram o envolvimento das equipes com
o trabalho desenvolvido. Acredita-se que as atividades desenvolvidas oportunizam a criação de uma consciência crítica e
possibilitam o indivíduo absorver novas formas de trabalho
para o melhor atendimento ao cliente.
RC-14
A insuficiência cardíaca aguda secundária a
miocardite por foco viral: um relato de caso
Autor: Claudia Lanzillotti Weskler
Colaboradores: Raquel Alves, Francimar Tinoco de Oliveira, Ana Lúcia
Cascardo Marins, Valéria Zadra de Mattos, Viviany Rocha de Souza
Instituição: Hospital Pró-cardíaco
Endereço: R. General Polidoro, 192 – Botafogo – Rio de Janeiro/ RJ
CEP 22280-00 – Tel.: (11) 2528-1528
Trata-se de um relato de caso de um paciente com diagnóstico de insuficiência cardíaca aguda secundária à miocardite. A doença se caracteriza pela presença de resposta inflamatória, freqüentemente em decorrência de uma agressão,
cursando com disfunção cardíaca significativa. O estudo
se justifica no aprimoramento e atualização de conteúdos,
buscando otimizar o tratamento proposto baseado em evidências e atualização científica, promovendo a segurança
hospitalar. Objetivos: pontuar a fisiopatologia da doença,
correlacionando sinais e sintomas aos cuidados específicos,
rever dados atualizados sobre o assunto, descrever determinantes das ações de enfermagem para esta clientela específica. Material e método: estudo realizado durante o programa
trainee do Hospital Pró-Cardíaco, em um paciente admitido
na Unidade Coronariana, com o diagnóstico supracitado. A
pesquisa teve como fonte de consulta o prontuário e bibliografia específica. Ressaltamos que a realização do estudo
de caso foi obtida com a autorização do paciente através de
termo de consentimento livre e esclarecido, segundo resolução 196/96. Resultados: os cuidados de enfermagem implementados foram direcionados, baseados na taxonomia II de
diagnóstico de enfermagem da NANDA (North American
Nursing Diagnosis Association) sendo eles: risco para débito
cardíaco diminuído, desequilíbrio no volume de líquidos corporais, risco para lesão tissular e risco para integridade da
pele prejudicada relacionada à terapia intravenosa específica. Ressaltamos que a monitorização rigorosa de alterações
fisiológicas é indicada tanto no cliente sintomático, quanto
no assintomático, favorecendo a detecção precoce de complicações. Conclusão: o profissional enfermeiro tem uma ampla
atuação frente a esse tipo de clientela, desde o cuidado na
fase aguda até a educação para a alta, onde a assistência deve
ser direcionada, individualizada e principalmente embasada
por conhecimento teórico aliado à prática do cuidado.
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
RC-15
O impacto da instituição da comissão de
cateteres no número de inserções e tempo
de permanência dos cateteres do tipo ccip
na unidade de terapia intensiva pediátrica
de um hospital infantil da rede pública na
cidade de São Paulo
Autor: Marcos Aparecido Lopes
Co-autores: Magda Maria Maia, Cirilo Cezar Simões
Instituição: Hospital Infantil Darcy Vargas
Endereço: R. Seráphico de Assis Carvalho, 34 – Morumbi
São Paulo/ SP
CEP 05614-04 – Tel.: (11) 3723-3837
Introdução: na Unidade de Terapia Intensiva a Terapia Intravenosa (TIV) instituída representa a maior parte do cuidado prestado pela equipe de enfermagem, o que envolve a
obtenção de um acesso venoso seguro para a administração
das inúmeras drogas prescritas. O uso de Cateteres Centrais
de Inserção Periférica (CCIP), foi a solução encontrada para
garantir o cumprimento integral da terapia instituída com
mínimo risco ao paciente. A formação de uma Comissão de
Cateteres (CC), associada à implantação de um protocolo,
o aumento de profissionais habilitados e a avaliação diária
são medidas que garantem a padronização da inserção e do
manuseio adequado desses cateteres com impacto no tempo
de permanência dos mesmos. Objetivo: avaliar o impacto da
instituição de uma CC, da padronização do cuidado através do protocolo de inserção e da Ficha de Avaliação Diária
(FAD) na manutenção, no aumento de inserções e do tempo
de permanência dos CCIP. Material e Método: estudo retrospectivo com pesquisa nos prontuários. Resultado: até a
implantação da CC, em agosto de 2006, quatro dentre oito
enfermeiros intensivistas pediátricos possuíam habilitação
para a inserção do CCIP. Entre janeiro e agosto de 2006,
foram inseridos oito cateteres, representando uma média de
1,3 cateteres/mês, com um índice de perda de 37,5%. Após a
implantação da CC, em agosto do mesmo ano, quatro novos
enfermeiros da equipe foram habilitados através de cursos
oferecidos por entidades devidamente certificadas pelo COREN, atingindo 100% da equipe. A repercussão foi no aumento de inserções e na permanência dos cateteres. Foram
inseridos 23 cateteres, entre agosto de 2006 e maio de 2007,
média de 2,8 cateteres/mês, representando um aumento de
287% e índice de perda de 17%, com redução de 20,5% no
total. Conclusão: a instituição da CC padronizando o cuidado através do protocolo de inserção e introdução de uma
FAD na manutenção dos CCIP resulta no aumento de inserções e no tempo de permanências dos cateteres.
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
RC-16
Monitorização residencial da sua pressão
arterial: como os pacientes hipertensos de
um ambulatório realizam a medida
Autor: Maria da Penha Monteiro Oliva
Colaboradores: Carolina Botelho Sanders Barbosa, Lisandra de
Almeida Murakami, Luciana Salles Berberian, Luis Donizete da
Silva Fernandes
Instituição: Centro Universitário Nove de Julho
Endereço: R. Adolfo Pinto,109 – Barra Funda – São Paulo/ SP
CEP 01156-05 – Tel.: (11) 3665-9024
Resumo: a hipertensão arterial sistêmica, considerada uma doença crônico-degenerativa, tem causa multifatorial e prevalência elevada. O diagnóstico dessa hipertensão está inicialmente
fundamentado na precisão da medida da pressão arterial (PA).
A MRPA, é o registro da medida da pressão arterial realizada
pelo próprio indivíduo em sua residência. Os valores de medida da PA em consultório são mais baixos que as medidas realizadas em casa. Realizamos um estudo com a população adulta,
maior que 18 anos, de ambos os sexos, de uma clínica escola,
em uma IES localizada no Município de São Paulo. O objetivo
do estudo foi identificar como os pacientes referem aferir a
PA em sua própria residência e se a técnica utilizada e os cuidados pré-medida estão sendo cumpridos. Dos entrevistados,
8 (26,6%) eram do sexo masculino e 22 (73,3%), feminino. A
faixa etária predominante do estudo está compreendida entre
51 a 70 anos. O local de preferência para a realização da medida da PA ficou dividido em 41% em casa e 27% em consultório. Ainda, 64% utilizam o aparelho manual, e 36%, o digital. Segundo os pacientes, 44% alimentam-se antes de aferir a
PA, 17% esvaziam a bexiga, 10% ingerem café ou derivados.
Quanto ao repouso prévio, 60% do total de pacientes realizam
o repouso e 40% realizam a medida da PA adequadamente.
Concluímos que a prática da medida da PA ainda é objeto merecedor de investigação na área da saúde e de atenção do profissional que orienta população hipertensa em especial.
RC-17
Como fazer o gerenciamento de riscos?
Proposta de um método brasileiro de
segurança hospitalar
Autor: Liliane Bauer Feldman
Co-autores: Maria D’innocenzo, Isabel Cristina Kowal Olm Cunha
Instituição: Departamento de Enfermagem da Universidade Federal
de São Paulo – Unifesp
Endereço: R. Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São
Paulo/ Sp
CEP 04024-00 – Tel.: (11) 5576-4430
S55
Introdução: responsabilidade é a qualidade ou condição de
responsável, é a situação de um agente consciente com relação aos atos que ele pratica. Por isso pode-se dizer que
o risco, a qualidade e a segurança, estão diretamente relacionados à responsabilidade civil. As ações na saúde estão
vinculadas ao exercício profissional pelo cuidar, tratar, examinar e realizar procedimentos minuciosos e invasivos nas
pessoas. Por volta de 1990, no Brasil começou-se a discutir
esse tema, identificando situações até então ocultas ou subnotificadas de riscos ocorridos com os pacientes. A gestão
de riscos (GR) é o conjunto de condições que reduzem ou
eliminam os eventos adversos ao mínimo possível. A auditoria de riscos é o método que viabiliza a identificação
dos fatores potenciais que ao serem analisados e tratados,
contribuem para qualidade, prevenção e a segurança do
paciente. Objetivo: apresentar o método de realização do
gerenciamento de risco para hospitais, segundo referencial
de Mariona. Metodologia: estudo descritivo, analítico, realizado com referencial bibliográfico de Fernando Mariona.
A população constou duas obras com mais de 150 páginas,
dois capítulos sobre auditoria de risco e três apostilas do
autor, publicados na língua espanhola. O material foi levantado em um curso específico sobre GR na área da responsabilidade civil, realizado de novembro 1999 a fevereiro 2000,
São Paulo. Em 2004 houve o segundo curso de aprimoramento e reciclagem. O material foi lido, analisado e categorizado conforme as etapas da metodologia de auditoria.
Uma proposta de metodologia e análise de risco é apresentada a seguir. Resultados: o programa de GR inclui inicialmente um diagnóstico hospitalar realizado com a auditoria
de risco. É agendada a visita do enfermeiro auditor de risco,
especialista; junto com o diretor médico técnico ou clínico.
Posteriormente, entrevistas com chefes das áreas críticas;
UTI, Centro Cirúrgico, Pronto Socorro e a visita in loco.
A técnica de avaliação utiliza observação direta, entrevista formal e análise de documentos. O instrumento coleta
de dados auditoria é dividido em 5 seções e 15 subseções.
O relatório analítico é elaborado partindo dos critérios da
tabela “score points”, com identificação e numeração dos
fatores potenciais de risco que geram ou possam gerar danos. A auditoria de risco é um novo campo de atuação para
o enfermeiro brasileiro inserido na área da administração
de saúde e enfermagem. Alguns hospitais já criaram as comissões de risco, mais nenhuma tem este trabalho resolutivo. Conclusão: foi proposto um modelo de GR que inclui
o método de auditoria e análise de risco conforme o referencial de Mariona, que deverá ser divulgado e testado
para avaliação da viabilidade do método. O programa GR
inclui auditoria, formação do comitê, capacitação pessoal e
a criação do Manual de Riscos; para o aprimoramento da
qualidade, prevenção de eventos adversos, a segurança da
comunidade e do hospital.
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
S56
Relatos de Caso/Experiência
RC-18
Questão de segurança: elaboração de um
manual de orientação ao paciente submetido
à cirurgia plástica em uso de dreno de
sucção
Autor: Kenia Gomes Alcântara
Co-autores: Ellen Jorge Oehninger, Márcia Bueno Gouvêa Motta
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: a prática educativa subsidiando o seguimento da
assistência de enfermagem, por meio de orientações dos cuidados assistenciais ao paciente, familiares e cuidadores, é uma
rotina e tem como finalidade promover a recuperação do paciente e a continuidade do tratamento. Todo contato que o enfermeiro tem com o paciente, deve ser considerado como uma
oportunidade de ensino. Desse modo, o uso do dreno de sucção
na cirurgia plástica é uma prática comum, pois reduz a incidência de seromas, formação de hematomas e pontos de necrose
tecidual, promovendo um melhor resultado cirúrgico. Um dos
cuidados a serem orientados inclui a manipulação e o registro
adequado do volume e característica do conteúdo drenado por
meio do dreno de sucção, permitindo uniformizar o cuidado e
fornecendo parâmetros de avaliação ao cirurgião na decisão de
suspensão da terapêutica. Neste contexto, uma das preocupações é com aprendizado seguro e eficiente. Objetivo: o objetivo deste trabalho é a criação de um Manual de Orientação aos
pacientes submetidos à cirurgia plástica que recebem alta hospitalar com dreno de sucção, visando um cuidado seguro, permitindo acompanhar a evolução e características da drenagem
com a finalidade de promover a continuidade do tratamento.
Metodologia: este estudo é do tipo relato de experiência, com
revisão de literatura em um hospital particular de grande porte
localizado no Município de São Paulo. Conclusão: a utilização
de um manual com orientações ao paciente, familiar e cuidador, que forneça informações essenciais para a continuidade
do tratamento e recuperação segura, por meio de ilustrações
e textos explicativos sobre a manipulação do dreno, registro da
quantidade e coloração do conteúdo drenado.
RC-19
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: Ribavirina é uma droga antiviral de amplo espectro, aprovado pelo FDA em 1986, indicada para tratamento do
vírus sincicial respiratório e parainfluenza, principalmente em
pacientes que apresentem: cardiopatia congênita complicada
(hipertensão pulmonar, displasia bronco-pulmonar, fibrose cística) e imunossupressão (HIV, transplante de órgãos). A droga
é administrada em aerossol, a partir de um gerador de partículas inferior a 05 micras, com fluxo de ar comprimido. Em março de 2007, foi realizada a primeira prescrição médica para um
paciente adulto internado nesta instituição. Apesar de mais de
duas décadas de aprovação para uso desta droga e dos riscos
biológicos nessa via de administração, há restrito material bibliográfico disponível e grande lacuna de respostas por parte
do fabricante. Objetivo: desenvolver a descrição institucional
do procedimento de administração de Ribavirina inalatória.
Método: constituição de um grupo de trabalho interdisciplinar,
formado por enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêutico clínico,
engenheiro clínico, técnico de engenharia, higiene hospitalar,
nutricionista, médicos e equipe de treinamento em saúde; revisão de literatura em base de dados (SCIELO, MEDLINE
via PubMed, COCHRANE LIBRARY, BIREME, CINAHL)
sobre Ribavirina inalatória; cuidados durante terapia com esta
droga e segurança ao paciente, família e ocupacional; visita a
outro serviço (hospital da rede pública) e reuniões entre equipe
interdisciplinar. Resultados: após um mês de reuniões diárias e
pesquisas intensivas, concluiu-se a elaboração da documentação
institucional sistematizando a utilização do medicamento, pautada na qualidade e segurança da assistência prestada. Consta
nesta documentação: indicações e contra-indicações da droga,
fluxo desde o momento da prescrição médica até o término da
terapia, responsabilidades e atribuições de cada profissional,
passo-a-passo de montagem do sistema, medidas de segurança
e orientações a pacientes e acompanhantes. Conclusão: o trabalho em equipe interdisciplinar permitiu a elaboração da descrição do procedimento de Ribavirina inalatória na instituição,
pautada em evidências científicas e segurança dos profissionais,
pacientes e acompanhantes envolvidos no processo de administração desta droga.
RC-20
Descrição do procedimento de
administração de Ribavirina inalatória
no Hospital Israelita Albert Einstein
– hiae – resultado do trabalho em equipe
interdisciplinar
Desenvolvimento de um instrumento
para validação de treinamento de
eletrocardiograma (ECG)
Autor: Deborah Rozencwajg
de Almeida, Thaí Galoppini Félix, Ana Paula Bagdanavicius, Gladys
Co-autores: Regiane Pereira dos Santos, Cinthia Scatena Gama
Cristina Borges, Milene Vidal da Silva Barbosa, Marina Vaidotas
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
Autor: Aline Pardo de Mello
Co-autores: Tânia Ferreira Tavares, Renata Gonçalves de Souza, Milka
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
S57
em determinada atividade e finalmente, se os treinamentos
são eficientes.
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: a equipe de saúde que trabalha nas unidades
de emergência deve estar sempre treinada e atualizada
para realizar os procedimentos de forma rápida, com segurança e qualidade. Cada instituição deve desenvolver tais
habilidades na sua equipe. Na tentativa de se organizar, as
instituições de saúde baseiam-se em observações cotidianas e em eventos adversos para levantarem os problemas
e as melhores soluções de acordo com a realidade local,
são guias de condutas, protocolos de atendimento a serem
seguidos de forma sistematizada e treinamento de recursos
humanos, em busca dos melhores resultados no diagnóstico e tratamento. Objetivo: desenvolver um instrumento
para validar o treinamento de realização de ECG pelos
técnicos de enfermagem em uma Unidade de Primeiro
Atendimento (UPA). Metodologia: estudo realizado na
UPA de um hospital terciário da rede privada da cidade de
São Paulo. Foi levantada a rotina de realização da técnica
de eletrocardiografia descrita na documentação institucional, acrescentada de algumas características do setor como
utilização obrigatória de gel condutor, carimbo de 1ª e 2ª
via no exame impresso e cópia, e checagem na prescrição
médica após a realização do mesmo. Posteriormente, foi
levantada entre as enfermeiras do Grupo de Cardiologia
do setor a relevância de cada item na realização do exame,
seguido da atribuição de conceitos. Resultados: o instrumento constou de 22 itens. Cada item teve sua relevância
descrita em crítico e não crítico. Foram considerados erros críticos os que comprometeriam a técnica e, portanto
a validade do exame num total de 13 itens; e não críticos
os erros que não comprometem a técnica e tampouco a validade do exame num total de 9 itens. Cada item é avaliado
separadamente, ao realizar ou não cada passo descrito e de
acordo com sua relevância, o profissional recebe uma nota/
conceito. Esta nota/conceito foi dividida em A para os que
executarem a técnica com destreza, conhecimento e ausência de qualquer erro, B para os que executarem a técnica
com destreza e conhecimento com alguns erros (1 erro crítico e até 2 não críticos) e C quando não houver destreza,
pouco conhecimento da técnica e presença de erros (mais
de 1 erro crítico e mais de 3 erros não críticos). Conclusão: treinar e conscientizar a equipe de enfermagem sobre
sua responsabilidade na realização de procedimentos cotidianos como o ECG e da importância de sua habilidade e
conhecimento para realizá-lo garante um atendimento de
qualidade, seguro e confiável. Desenvolver instrumentos
de validação para avaliar os treinamentos realizados é uma
forma de verificar se as necessidades da equipe estão sendo atendidas, quais profissionais precisam de mais atenção
RC-21
Prevalência e auditoria de medidas
preventivas de ulcera por pressão (up) em
um hospital do Município de São Paulo
Autor: Selma Tavares
Co-autores: Andréia Veiga, Carla Paixão, Simone Mayer, Maria
Luiza Costa
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: define-se UP como área de dano que afeta
pele e tecido subjacente resultante da combinação de pressão prolongada ou persistente, cisalhamento e fricção. A
incidência de UP, segundo literatura, revela índices de 3,2
a 66%. Em nosso serviço, este índice de janeiro a outubro
de 2006 foi de 3,5 % pela notificação do enfermeiro na alta
do paciente. Julgamos necessária a verificação das intervenções de enfermagem como oportunidade de melhoria.
Objetivos: identificar prevalência de UP e descrever resultados da auditoria das medidas preventivas. Metodologia:
estudo transversal em hospital de 510 leitos de alta complexidade na cidade de São Paulo. A auditoria foi dividida:
aplicação da escala Norton nos pacientes internados, dias
27 e 28 de setembro, para detecção do risco e presença de
UP; verificação de prescrição de enfermagem das medidas
de prevenção do protocolo institucional e observação direta
da implementação das medidas prescritas. Resultados: dos
319 pacientes avaliados pela escala Norton: 203 (63,3%)
apresentavam risco UP, 33% com baixo risco, 32% moderado e 35% alto. A prevalência de pacientes com UP foi 27%
(55/203) e incidência de 23% (46/203). Pacientes internados para tratamento clínico, 65,5% apresenta maior risco
comparado aos cirúrgicos (35%). Unidades com maior prevalência: UTI, Semi-intensiva, Coronariana e Neurologia.
Acompanhado 85% (172/203) dos pacientes com medidas
prescritas e encontrou-se: proteção de proeminência óssea,
15%; massagem de conforto, 52%; aplicação de hidratante,
49%; colchão de espuma, 64%; mudança de decúbito, 35%;
exercícios passivos, 3%. Detectou-se a presença de medida
prescrita X implementação em pacientes de alto risco, respectivamente: mudança de decúbito (59% X 16%); protetor de calcâneo (26% X 64%); colchão caixa de ovo (83%
X 94%). Conclusão: houve divulgação e discussão com
cada área envolvida e revisão do protocolo institucional.
Decidiu-se realizar auditoria anualmente e vigilância ativa
nas unidades de maior prevalência de UP.
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
S58
Relatos de Caso/Experiência
RC-22
Orientação pré transplante renal como
pré requisito para primeira consulta no
ambulatório de transplante de um hospital
privado, na cidade de São Paulo
Autor: Eva Aparecida Yamada Yonezawa
Co-autores: Álvaro Pacheco e Silva Filho, Cleonice Aparecida
Fiorito, Christiane Karam, Rosana Aparecida Cardoso, Maria Teresa
Aparecida Silva Odierna.
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Unidade
Vila Mariana
Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP
CEP 04020-00 – Tel.: (11) 5089-0265
Introdução: os pacientes candidatos ao transplante renal
apresentavam dúvidas freqüentes em relação ao tratamento
pré-transplante. Houve um consenso na equipe, da necessidade de participação no grupo de orientação interdisciplinar
antes da primeira consulta médica. Objetivo: fornecer informações relevantes sobre o período de acompanhamento prétransplante, internação para a cirurgia e acompanhamento
ambulatorial pós-transplante. Metodologia: os grupos são realizados com agendamento prévio, na presença de uma equipe multidisciplinar, composta por assistente social, enfermeiro, médico, nutricionista e psicólogo. É desejável que tenha
um acompanhante. No encontro são fornecidas orientações
em relação ao programa de transplante, à Instituição, fila do
transplante, internação, cirurgias, cuidados, complicações,
medicações, dieta, atividade física, etc. A duração do encontro é de aproximadamente 2 horas, com grupo de no máximo
20 pacientes e seus acompanhantes. Ao final do encontro é
entregue o manual de orientações e um formulário para verificação da satisfação dos participantes em relação ao local,
duração, conhecimento do assunto por parte dos instrutores,
além dos dados demográficos. Resultados: iniciamos a orientação interdisciplinar antes da primeira consulta médica, em
novembro de 2006, sendo que até abril de 2007, passaram
pelo grupo de orientação, 161 receptores e 150 potenciais doadores e acompanhantes. Conclusão: o retorno positivo por
parte da equipe médica, trazendo benefícios para todos os
envolvidos, estimula e motiva a equipe interdisciplinar pela
manutenção dos encontros com os pacientes como pré-requisito da consulta médica.
Marins, Flavia Giron Camerini, Valéria Zadra de Mattos, Viviany
Rocha de Souza.
Instituição: Hospital Pró Cardíaco
Endereço: R. General Polidoro, 192 – Botafogo – Rio De Janeiro/ RJ
CEP 22280-02 – Tel.: (21) 2528-1528
Introdução: trata-se de um relato de caso de um paciente com
diagnóstico de Flutter Atrial com indicação para Cardioversão Elétrica (CVE). O estudo se justifica no aprimoramento,
ampliação e atualização de conteúdos, buscando otimizar o
tratamento proposto à clientela, além de promover segurança
no ambiente hospitalar. Objetivo: descrever os determinantes
das ações de enfermagem durante a CVE traçando diagnósticos e condutas. Material e método: estudo realizado durante o
programa de iniciação profissional, intitulado como Programa
Trainee do Hospital Pró-Cardíaco, em um paciente admitido na
Unidade Coronariana do referido hospital, com diagnóstico de
Flutter Atrial. A pesquisa teve como fonte de consulta o prontuário e bibliografia específica. Foram destacados doze diagnósticos de enfermagem baseados na taxonomia II de diagnóstico
de enfermagem da NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) e suas justificativas, sendo eles: ansiedade préprocedimento, risco de aspiração, risco de lesão durante procedimento por posicionamento, risco de desequilíbrio do volume
de líquidos, risco de lesão tissular, risco para tromboembolias;
durante o procedimento-dor aguda, padrão respiratório ineficaz; risco de acidente de trabalho; risco para débito cardíaco
diminuído; troca de gases pós-procedimento prejudicada, risco
para débito cardíaco diminuído. A assistência de enfermagem
descrita foi justificada de acordo com evidências científicas.
Conclusão: frente à atuação do enfermeiro às arritmias cardíacas, faz-se necessária, para a assistência eficaz, a observação de
três princípios: a prevenção, o preparo profissional e a avaliação
do desempenho. Portanto, pode-se perceber que o enfermeiro
tem papel fundamental no atendimento desse cliente, orientando e esclarecendo os procedimentos realizados, reconhecendo
precocemente as arritmias e atuando de forma ágil e concisa, a
partir de um conhecimento pré-determinado e atualizado.
RC-24
O impacto do acompanhamento de úlceras
diabéticas em ambulatório de transplante de
órgãos sólidos
Autor: Eva Aparecida Yamada Yonezawa
Co-autores: Priscila Borelli Pereira Leite, Conceição A. Felix Inácio,
RC-23
Maria Teresa Aparecida Odierna, Thais D. Bacoccina Motta, Erika
A teoria aliada à prática na cardioversão
elétrica eletiva
Bevilaqua Rangel.
Autor: Flavia Giron Camerini
Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP
Co-autores: Francimar Tinoco de Oliveira, Ana Lúcia Cascardo
CEP 04020-00 – Tel.: (11) 5089-0265
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Unidade
Vila Mariana
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
Introdução: A ulceração de pé é uma complicação do Diabete
Mellitus (DM). Calcula-se que milhões são gastos no mundo
em tratamento, e essa enfermidade é responsável por parcela significativa das internações. Objetivo: relatar experiência
pelos autores com pacientes transplantados de pâncreas-rim,
em tratamento ambulatorial de feridas crônicas, ocasionadas pela insuficiência vascular e neuropatia diabética. Metodologia: estudo de relato de caso. A população em questão
são 5 pacientes em tratamento ambulatorial por ulceração
de pé diabético pós transplante de pâncreas-rim. Foi realizado levantamento de dados nos registros em evolução médica
e de enfermagem, além de experiência pessoal dos autores
com o cuidado direto ao paciente. Resultados: o ambulatório atende pacientes em parceria com o Sistema Único de
Saúde (SUS), desde janeiro de 2002. Os pacientes estudados, tem em média 30,6 anos, com tempo de DM=14,8 anos,
3 dos pacientes com amaurose bilateral, tempo de transplante
variando de 11 meses a 2a10m, todos com imunossupressão
de tacrolimo, micofenolato e prednisona, em geral em tratamento de feridas de hallux, artelhos, região dorsal e plantar.
O aspecto das lesões inicialmente era de purulentas, com
tecido necrótico, bolhosas, com esfacelos em abundância.
Durante o período tratado, os pacientes eram submetidos à
avaliação criteriosa da equipe de enfermagem, juntamente
com a equipe médica, identificando o melhor tratamento a
ser utilizado nos curativos. Muitos produtos padronizados e
fornecidos pela Instituição foram utilizados para o tratamento dos pacientes como: hidrogel, hidrocolóide pasta, alginato
de cálcio e sódio, carvão ativado, gaze impregnada com iodo
ou petrolatum. Conclusão: esse estudo tem como objetivo
enfatizar a necessidade de uma equipe interdisciplinar treinada para o acompanhamento de feridas crônicas. Um bom
acompanhamento dos pacientes resulta em diminuição significativa de internações e amputações que geram aos cofres
públicos gastos que poderiam ser evitados.
RC-25
A importância da consulta de enfermagem
na elaboração do plano de cuidados
de pacientes acompanhados em um
ambulatório de transplantes de órgãos
sólidos em um hospital privado na cidade de
São Paulo
Autor: Thais D. Bacoccina Motta
Co-autores: Eva Aparecida Yamada Yonezawa, Conceição A. Felix Inácio,
Priscila Borelli Pereira Leite, Maria Teresa Aparecida da Silva Odierna,
Miriam Ykeda Ribeiro
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Unidade Vila
Mariana
Endereço: R. Madre Cabrini, 462 – Vila Mariana – São Paulo/ SP
CEP 04020-00 – Tel.: (11) 5089-0384
S59
Introdução: a consulta de enfermagem é uma atividade
privativa do enfermeiro (Silva, 1998). O acompanhamento
ambulatorial dos pacientes apresenta características particulares que, bem estruturado, revela resultados positivos.
Essa prática diária do ambulatório de transplantes é um dos
grandes objetivos e desafios da equipe. Objetivo: identificar
qual a importância da consulta de enfermagem na elaboração do plano de cuidados de pacientes do programa de
transplantes. Método: o ambulatório funciona de segunda
à sexta-feira, das 7h às 19h, com 3 enfermeiros, 7 técnicos
de enfermagem, 2 técnicos de Raio X, além de médicos,
nutricionista, psicóloga, fisioterapeuta e assistente social
em alguns períodos do dia. Atende exclusivamente pacientes do programa de transplantes de órgãos sólidos da instituição, em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Realiza mensalmente 1.000 coletas de exames laboratoriais, 1.100 consultas multiprofissionais, 10 procedimentos
invasivos como Paracentese de Líquido Ascítico (PLA),
40 biópsias de fígado, rim e pâncreas, guiadas por ultrassonografia, 90 exames de raio X, incluindo colangiografia
pelo dreno de Kher e 150 exames de ultrassonografia simples ou com doppler. As consultas de enfermagem atualmente atingem todos os pacientes no momento da inscrição
na lista de espera para o transplante e no primeiro retorno
ao ambulatório após a cirurgia. Até 20 de maio de 2007 temos 1.012 transplantes de órgãos realizados na instituição,
pelo SUS e aproximadamente 1.200 pacientes em lista de
espera, considerando os diversos órgãos sólidos. Estudamos pacientes ambulatoriais, participantes do programa
de transplantes de órgãos sólidos, entre as datas de janeiro
de 2005 até abril de 2007, independente de sexo e idade.
Os registros são realizados no sistema de informatização e
armazenamento de dados (Medtrack), consultas, avaliação
inicial, plano educacional e evoluções. Resultados: com a
unificação da área física, pudemos readequar o quadro de
enfermeiros do ambulatório e atualmente realizamos consulta de enfermagem para 100% dos pacientes do programa
de transplantes no momento da inscrição na lista de espera
para o transplante e no primeiro retorno ambulatorial após
a cirurgia do transplante. Conclusão: através desse estudo, verificamos que foi alcançada uma meta importante de
consultas de enfermagem. Identificamos através dos dados,
quais orientações são relevantes ao processo de cuidado e
quais as dúvidas mais freqüentes. São elas: horário das medicações, dose, interação com alimentos, aderência aos medicamentos, cuidados com ferida operatória, cuidados com
drenos e sondas, retorno às atividades diárias, entre outros.
A partir destes conhecimentos adquiridos nas consultas de
enfermagem, a equipe passou a trabalhar melhora cada paciente, individualizando a assistência e buscando no dia a
dia adequar o serviço prestado pela equipe de enfermagem
as expectativas do paciente e da instituição.
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
S60
Relatos de Caso/Experiência
RC-26
Inovação no treinamento de profissionais
da saúde
Autor: Cristina Mizoi
Co-autores: Adriana Martins da Silva, Carla Navarro B. Feijoó,
Caroline D. C. Telles, Euma F. de Souza, Fabio Luis Camargo Dias,
Lélia G. R. Martin, Lissandra Borba da Cunha, Regina Mayumi
Utiyama, Sandra Cristina P. L. Shiramizo
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
O relatório do Instituto de Medicina dos Estados Unidos,
Errar é humano, de 1999, mostrou dados alarmantes sobre a
segurança do paciente. Considerando 33,6 milhões de admissões, de 44.000 a 98.000 pacientes morreram por erro assistencial em um ano nos Estados Unidos. O relatório faz diversas
recomendações que incluem o treinamento de profissionais da
saúde. Esses dados nos fazem refletir se estamos direcionando
e investindo esforços e recursos para entender sobre a educação e o treinamento do profissional da saúde, garantindo o
aprendizado e a adesão àquele conhecimento adquirido. Esse
relato de experiência mostra a inovação de uma instituição
privada, de grande porte, sem fins lucrativos, que por meio
do seu Instituto de Ensino e Pesquisa, centralizou as ações de
treinamento e de desenvolvimento de competências na área
Treinamento em Saúde (TRSA). O TRSA é composto por
uma equipe multiprofissional (enfermeiro, médico, biomédico, fisioterapeuta, psicólogo e administrador) e tem como
público alvo 5.900 funcionários (contratados, terceirizados e
cooperados) e público externo. Tem como objetivo atuar no
aprendizado de novas práticas, no aperfeiçoamento ou desenvolvimento de competências relacionadas ao comportamento/
atitude e na atualização técnica-científica. Tem como premissa a aplicação de estratégias educacionais que apresentam resultados para a mudança da prática profissional, evidenciado
pela literatura como aqueles que são interativos e participativos. Para tal, além das estratégias educacionais convencionais (teóricas e presenciais), o TRSA tem como princípio a
aplicação de estratégias avançadas de treinamento, utilizando
recursos como a educação virtual: e-learning, aulas multimídias (n=18), o Centro de Experimentação e Treinamento em
Cirurgia Animal (cirurgia de videotoracoscopia, bariátrica,
transplante de fígado, cirurgia vascular e PICC) e o Centro
de Simulação Realística (CSR). O CSR, por meio de cenários
clínicos, replica experiências da vida real utilizando simuladores robôs, manequins e atores, em instalações que criam um
ambiente semelhante a um hospital virtual. O TRSA gerencia
as informações por meio do Portal Treinamento e Educação
e dos indicadores qualitativos e quantitativos de treinamento,
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
dentre estes, as horas homem treinamento (2005 = 110.000
h/h/t e 2006 = 91.000 h/h/t).
RC-27
Otimização da terapia nutricional enteral em
hospital de ensino: diagnóstico situacional
e proposta de implementação de educação
permanente
Autor: Marilda Gonçalves Fonseca Veiga
Co-autores: Ana Carolina Porto de Almeida, Geisa Colebrusco
de Souza, Marina de Sousa Marques da Silva, Silvana da Silva
Cardoso, Silvia Maria Albertini
Instituição: Hospital de Base
Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 5.544 – São Pedro – São José
do Rio Preto/ SP
CEP 15090-000 – Tel.: (17) 3201-5000
A Terapia Nutricional Enteral (TNE) refere-se a um conjunto
de procedimentos que visam reconstituir ou manter o estado
nutricional do indivíduo, sendo indicado a pacientes desnutridos ou em risco nutricional. Existem padrões e procedimentos, como exigidos pela Resolução RDC 63 de 06/07/2000, que
determinam o uso de TNE de forma única, com supervisão da
equipe multiprofissional e participação do enfermeiro. Este trabalho teve como objetivos avaliar o conhecimento e prática da
equipe de enfermagem quanto aos cuidados e administração da
Nutrição Enteral (NE); realizar o diagnóstico situacional e elaborar um plano de implementação de educação permanente da
equipe de enfermagem envolvida na TNE. Foi aplicado à equipe de enfermagem um questionário, composto por questões
abertas e fechadas, baseado nas exigências da legislação (RDC
63). Após a análise dos resultados e elaboração do diagnóstico
situacional, foi realizado um plano de intervenção e educação
permanente. Os resultados mostraram que o processo de administração da NE atende, de forma geral, às recomendações das
Boas Práticas de Administração da NE (BPANE). Entretanto,
a maioria dos entrevistados desconhecia os procedimentos operacionais padronizados exigidos pela legislação à equipe de enfermagem sobre o recebimento, administração e conservação
da NE. Na administração, 37% dos entrevistados realizam o
teste de verificação de posicionamento da sonda. Na vigência
de anormalidades no recebimento e administração da NE, 46%
suspendem a administração, comunicando ou não o enfermeiro
responsável; 95,8% relataram que a NE é condicionada em geladeira exclusiva e que esta está protegida das fontes geradoras
de calor. Quanto à exclusividade da via de acesso, 54% responderam que não é exclusiva, sendo utilizada para administração
de medicações. Torna-se necessária a implementação de educação permanente à equipe de enfermagem envolvida no processo de administração da NE, visando a melhora do atendimento
e estado nutricional dos clientes submetidos à TNE.
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
RC-28
Eficiência da equipe assistencial em unidade
diagnóstica
Autor: Mariana Russo Francescon
Co-autores: Aline Luciana Arvani, Fabiane Ramos Bezerra, Jamile
Aguiar Ismail, Lourdes Aparecida Sangiuliano
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Unidade Brasil
Endereço: Av. Brasil, 953 – Jardim América – São Paulo/ SP
CEP 01431-00 – Tel.: (11) 3065-2362/ 3065-2399
Introdução: na Unidade Einstein Jardins da SBIBAE de janeiro de 2002 a novembro de 2006, houve um evento de PCR em
966.864 atendimentos. Objetivo: descrever um caso de parada cardíaca em unidade diagnóstica e analisar a eficiência do
atendimento da equipe de enfermagem. Relato do caso: cliente
do sexo masculino, 59 anos, submetido à ergometria após avaliações médica e de enfermagem, sem contra-indicações para o
exame, segundo a diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia em Ergometria. Utilizado protocolo Ellestad, primeira
etapa sem intercorrências, no início do segundo estágio, sem
ter ocorrido arritmias prévias, o cliente apresentou taquicardia
ventricular que rapidamente evoluiu para fibrilação ventricular. A equipe assistencial iniciou imediatamente as manobras
de reanimação, incluindo desfibrilação com um choque de 200
J, com retorno dos batimentos cardíacos espontâneos em 4 minutos pós evento. O cliente aguardou a transferência para o
ambiente hospitalar consciente, em ritmo sinusal e hemodinamicamente estável. Material e Método: foi aplicado o método
descritivo observacional. Resultados: a sistematização da assistência favoreceu o restabelecimento do cliente, em uma situação que não é realidade do serviço. As manobras de ressuscitação foram adotadas dentro dos princípios recomendados
pela American Heart Association, considerando que a equipe
assistencial tem treinamento em BLS e ACLS, o que favoreceu
o sucesso no atendimento. O treinamento da equipe para atuação padronizada mostrou-se eficaz e necessário para assegurar
a assistência ao cliente. Conclusão: o sucesso do atendimento
prestado garantiu ao cliente a sobrevida. Essa situação só foi
obtida devido a rápida atuação da equipe de emergência da
unidade que se encontrava treinada através de cursos especializados e setoriais para atendimento de intercorrências.
RC-29
Estratégias de treinamento utilizadas por
profissionais de enfermagem em uma
Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
S61
Shiramizo, Marina Vaidotas, Nilceia Oliveira Rocha Freitas, Dirley
Glizt Sant’ Ana
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: o objetivo da educação e do treinamento é assegurar o melhor desempenho dos profissionais frente à seus
pacientes. Desafio ainda maior em uma UPA, onde a demanda é espontânea e os pacientes críticos exigem decisão rápida
e assertiva. Objetivo: descrever algumas estratégias de treinamento utilizadas pela equipe de enfermagem em uma UPA.
Metodologia: relato de experiência, o estudo foi desenvolvido
em UPA de um hospital privado de grande porte da cidade
de São Paulo com média de atendimentos de 8000 pacientes/
mês. A equipe é composta 35 enfermeiros e 69 técnicos de
enfermagem. Discussão: as necessidades de treinamento são
identificadas através da avaliação de conhecimento anual, conhecimentos mínimos e específicos requeridos para atuação
na área, notificação de eventos adversos, novas tecnologias e
solicitações espontâneas da equipe. São estratégias de treinamento: projeto lembrete, que aborda informações já conhecidas de forma objetiva e com fácil acesso por um determinado
tempo; aulas expositivas que podem fazer parte do planejamento anual de treinamento ou surgir com novas demandas;
treinamento teórico prático, utilizado para as questões mais
críticas como o atendimento de urgências e emergências, portanto obrigatório e anual; discussões clínicas utilizadas com o
objetivo principal de desenvolver o raciocínio clínico do enfermeiro júnior, e são realizadas semanalmente com a equipe
multidisciplinar; atividades práticas supervisionadas realizadas principalmente na admissão quando há necessidade de
acompanhar procedimentos da assistência direta ao paciente,
que é uma estratégia com excelente resultado, pois permite
uma interação entre os profissionais além de ter um baixo
custo. Considerações finais: as estratégias devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de cada serviço, a fim de
garantir que a atuação do profissional de enfermagem seja de
qualidade e segura, desenvolvendo os enfermeiros e técnicos
de enfermagem no processo de aprendizagem.
RC-30
Conhecimento de um grupo de pacientes
sobre medicamentos genéricos por eles
utilizados
Autor: Antonio Carlos da Silva
Co-autores: Paulo Celso Prado Telles Filho, Luciana Regina Ferreira
da Mata, José Fernando Petrilli Fillho
Autor: Tânia Ferreira Tavares
Instituição: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Co-autores: Renata Donato Janeri, Milka de Almeida, Ângela
Endereço: R. da Glória, S/n – Centro – Diamantina/ MG
Cristina da Silva, Yara Kimiko Sakô, Sandra Cristina P. L.
CEP 39100-00 – Tel.: (38) 3531-1811
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
S62
Relatos de Caso/Experiência
Os medicamentos genéricos foram implantados com o intuito
de aumentar o acesso da população aos medicamentos, uma
vez que são mais acessíveis financeiramente. Sua fabricação
não necessita de altos investimentos em pesquisas, pois são
utilizados os medicamentos de referência como parâmetro,
deste modo, não há gastos com propagandas, já que não existe marca a ser divulgada. O objetivo deste estudo foi analisar
o conhecimento de um grupo de pacientes de uma Santa Casa
do interior do Estado de Minas Gerais acerca dos medicamentos genéricos por eles utilizados. Foram entrevistados,
em domicílio, 25 pacientes que obtiveram alta hospitalar da
Clinica Médica no mês de outubro de 2006. O estudo foi submetido à análise da Direção Clínica da Instituição Hospitalar
em que o mesmo foi realizado e iniciado após a aprovação do
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Cada participante assinou o Termo de consentimento livre e esclarecido
para participação em pesquisa, sendo esclarecido que poderiam se recusar a participar, bem como se excluírem quando
e se julgassem necessário. Foi também garantido o direito do
anonimato. As entrevistas foram realizadas no período de 18
de novembro de 2006 a 03 de janeiro de 2007, através de um
questionário que versou sobre nome, dose, freqüência, horário, efeito esperado e efeito colateral, dentre outros. Destacou-se que 5 (20%) desconhecem o nome do medicamento
que utilizam, 7 (28%) desconhecem a dose, 4 (16%) desconhecem a freqüência, l6 (24%) desconhecem o efeito esperado, 21 (84%) desconhecem o efeito colateral e 14 (56%)
não sabem o que é medicamento genérico. A partir dos dados
analisados neste estudo, detectou-se um importante déficit
de conhecimento de pacientes acerca dos medicamentos genéricos por eles utilizados, principalmente no que se refere
aos efeitos colaterais, efeitos esperados, bem como o próprio
nome do medicamento, sendo necessárias amplas ações educativas por parte do enfermeiro.
Em um estudo realizado em 10 ILPI no Reino Unido, cerca
de 25% de residentes idosos institucionalizados desenvolveram UP num período de 6 meses. Objetivo: descrever
a incidência de úlcera por pressão em residentes de uma
ILPI, de acordo com o grau de dependência para atividade
de vida diária. Pacientes e Métodos: foram avaliados residentes dependentes (n= 28) e semi-dependentes (n= 60),
classificados de acordo com as atividades de vida diária, em
uma instituição de longa permanência para idosos. Os dados foram obtidos pelo enfermeiro assistencial através de
notificação mensal dos casos de úlcera por pressão e notificados ao enfermeiro epidemiologista. A coleta de dados
foi realizada no período entre janeiro e maio de 2007. Resultados: a incidência média de UP no período do estudo
foi 3,4 %, quando utilizamos como denominador todos os
idosos da população. Na análise por grau de dependência,
encontramos nos dependentes totais uma incidência média de 6,9% e nos semi-dependentes, 2,3%. De um total de
17 UP, observamos 7 ocorrências (39%) em residentes semidependentes, enquanto 10 (61%) se deram em residentes
dependentes totais. O número de residentes acometidos
por UP foi 14, sendo 8 (57%) dependentes totais e 6 (43%)
semi dependentes. Conclusões: nossos achados mostram
uma menor incidência de UP nesta ILPI, quando comparada aos dados da literatura. Além disso, constatamos uma
maior incidência de UP em residentes dependentes, quando comparados aos semi-dependentes (RR=1,33).
RC-32
Tratamento de úlcera por pressão com
hipergranulação em paciente submetido
ao transplante hepático
Autor: Maria Emilia Gaspar Ferreira del Cistia
Co-autores: Thaís Cristiane de Santana
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
RC-31
Incidência de Úlcera por Pressão (up) em
residentes dependentes e semi-dependentes
em uma Instituição de Longa Permanência
para Idosos (ILPI)
Autor: Vanessa Maria da Silva Poli Correa
Instituição: Residencial Israelita Albert Einstein
Endereço: R. Coronel Lisboa, 139 – Vila Mariana – São Paulo/ SP
CEP 04020-04 – Tel.: (11) 5089-0842
Introdução: úlceras de pressão são consideradas um importante problema na prática assistencial em ILPI, sendo
comumente empregadas como indicador de qualidade dos
serviços de saúde. Diversos estudos em idosos institucionalizados têm demonstrado taxas de incidência variáveis.
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-90 – Tel.: (11) 3747-0200
Introdução: úlcera por pressão no transplantado, apresenta
fatores que dificultam a reparação tecidual. Hipergranulação
são lesões que representam tipos distintos de crescimento tecidual (ultrapassam os planos da pele), prejudicam a reparação e comprometem a estética da cicatriz. Objetivo: relatar
a assistência de enfermagem especializada ao paciente transplantado portador de úlcera por pressão com hipergranulação. Metodologia: relato de caso. Resultado: paciente de 40
anos, sexo masculino, inscrito na fila do transplante hepático
devido à hepatopatia severa, com MELD de 52, por hepatite
B e C. Evoluiu com insuficiência renal aguda, foi submetido
à hemodiálise e evoluiu com insuficiência respiratória aguda.
Desenvolveu úlceras por pressão as quais foram tratadas com
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
diversas coberturas sem sucesso. Submetido ao transplante
hepático, após dois meses, teve piora das úlceras: infecção e
hipergranulação. A equipe médica solicitou avaliação de enfermeiro especialista em curativos. Definimos a terapêutica na
úlcera do calcâneo esquerdo (estágio II e hipergranulação):
tela de silicone associado ao AGEI para realinhamento das
fibras de colágeno reepitelização. Na úlcera do calcâneo direito (estágio IV com cavidade profunda, pouco exsudato e
colonização bacteriana): espuma com prata nanocristalina. Na
sacral, (estagio IV, com cavidade profunda, tecido desvitaliza-
S63
do, alta exsudação com hipergranulação): compressa de NaCl
20% na cavidade – ação antibacteriana e de absorção do exsudato e tela de silicone associado ao AGEI para realinhamento
das fibras de colágeno e estímulo da reepitalização tecidual.
Resultados: a realização da terapêutica indicada e a avaliação sistemática das feridas contribuíram para cicatrização,
regressão da hipergranulação, melhora da área perilesional e
conforto do paciente que readquiriu a mobilidade. Conclusão:
a escolha dos produtos utilizados em cada fase da ferida foi
essencial para o sucesso do tratamento.
einstein.2007;5(Supl 1):S48-S63
Trabalhos de Inovação
I-1
Instrumento de identificação na prevenção
de erros de medicações anestésicas
Autor: Cristiane P. Fragoso Reis
Co-autores: Camila Moreira Paladino, Paula Refinetti Camerini
Ongaro
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2519
Introdução: o erro de medicação caracteriza-se, segundo definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
como qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado de medicamento, podendo
estar relacionado à prática profissional, produtos usados na
área da Saúde, procedimentos, problemas de comunicação,
incluindo-se prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação,
monitoramento e uso de medicamentos. Como profissionais
de saúde atuantes no Bloco Operatório, onde as atividades
são desenvolvidas em ambiente estressor devido à gravidade
dos pacientes e à complexidade do ato anestésico e cirúrgico,
sabemos da real necessidade de vigilância contínua, evitando
assim o aumento do índice dos eventos adversos relacionados
principalmente à administração errônea de medicação na prática anestésica. Estudo realizado pelo Canadian Anesthesiologists Society mostrou que 85% dos anestesiologistas já tiveram
alguma experiência com a troca na administração de drogas,
98% com conseqüências mínimas, porém com relato de quatro óbitos. Em abril de 2004, criou-se no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) um grupo de erros de medicação, como
parte do Departamento de Gerenciamento e Vigilância de
Risco, para assegurar a melhoria da qualidade e segurança do
paciente, incentivando e conscientizando a equipe assistencial
a notificar o erro de medicação como evento adverso grave.
A cartela adesiva de identificação das seringas é uma iniciativa relevante para minimizar os erros de medicação passíveis
de ocorrer dentro do Bloco Cirúrgico. Objetivos: aprimorar o
processo de identificação das seringas de medicação durante
o procedimento anestésico, visando à segurança do paciente,
einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69
da equipe anestésica e de enfermagem; facilitar o acesso ao
instrumento de identificação; atualizar e otimizar o uso das
etiquetas de identificação dos medicamentos por meio das
Normas de Padronização para Drogas NBR 14490, da ABNT,
e Resolução RDC/ANVISA n° 9, de 2 de janeiro de 2001; evitar acidentes por troca de medicação. Metodologia: após a
revisão de literatura, apresentamos o levantamento sobre as
drogas mais utilizadas na anestesia, realizado com as lideranças das equipes de anestesia mais atuantes no Bloco Cirúrgico
do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). A partir desta
abordagem, foi disponibilizado um instrumento de identificação na forma de cartela adesiva (anexos – figura 1), contendo
os nomes das medicações nas cores padronizadas conforme as
normas da ABNT e ANVISA citadas anteriormente. A cartela
possui 10 linhas, com 2 colunas em cada linha, totalizando 20
etiquetas. Cada etiqueta é adesiva, o que facilita sua colocação
nas seringas que contêm as medicações. A cartela possui 10 cm
de altura por 8 cm de largura. Das 20 etiquetas, 7 tiveram propositadamente deixadas sem referência o campo do nome da
comercialização, mas tiveram mantidas as cores padronizadas,
dando liberdade ao anestesista para utilizar outras drogas com
a mesma classificação farmacológica de alguns medicamentos
apontados. Adicionalmente, foram deixados quatro campos
de cor branca que, caso venham a ser utilizados, deverão ser
preenchidos com o nome do medicamento. A cartela adesiva
de identificação das drogas acompanha a caixa de psicotrópicos retirada na farmácia pelo anestesista. Resultados: cabe inicialmente uma breve descrição do processo anterior, de difícil
acompanhamento e manutenção. O carro de medicação de
anestesia, além dos itens que o compunham, tinha cerca de 20
rolos identificados individualmente com os nomes das medicações, sendo que cada rolo continha apenas a identificação de
um medicamento. A grande quantidade de rolos individuais
demandava uma checagem constante pela enfermagem para
a reposição dos 24 carros de medicações existentes no setor,
assim como gerava desperdício devido à grande quantidade de
adesivos num rolo, levando à ausência de aderência destes na
seringa, resultando num instrumento não muito confiável e seguro para ser utilizado na prevenção de erros de medicações.
Conclusão: o desenvolvimento da cartela de identificação de
drogas foi um passo relevante no aprimoramento da preven-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
ção de eventos adversos relacionados aos erros de medicação
passíveis de ocorrer durante a anestesia. Sistematizou o processo, ao induzir os envolvidos à utilização de um instrumento
acessível, e propiciou de forma natural o foco na segurança
necessária no contato diário com o paciente, o que representa
a melhoria da qualidade da assistência prestada. A cartela de
identificação de drogas deve servir de estímulo para o desenvolvimento de novas ferramentas que ampliem a disseminação de uma cultura de segurança nas instituições hospitalares,
onde o cuidar jamais pode estar dissociado do prevenir.
I-2
E-learning: estratégia educacional para
profissionais da saúde
Autor: Cristina Mizoi
Co-autores: Adriana Martins da Silva, Euma F. Souza, Lélia G. R.
Martin, Lissandra Borba da Cunha, Regina Mayumi Utiyama, Rosana
L. Correa, Sandra Oyafuso, Sandra Cristina P. L. Shiramizo
Instituição: Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0607
Introdução: o treinamento no ambiente hospitalar tem por finalidade aprimorar as competências e habilidades do profissional de saúde, seja no momento da admissão na instituição,
na revisão do conhecimento, no desenvolvimento contínuo e
nas novas práticas. Atualmente, com a expansão do conhecimento e o rápido acesso à informação, é imperiosa a busca por
novas estratégias de treinamento no ambiente hospitalar, dentre elas o uso da ferramenta e-learning para auxiliar na transmissão das informações de forma padronizada e que atenda
às necessidades institucionais. O e-learning (e = eletrônico;
learning = aprendizagem) é uma metodologia de ensino à distância que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação
de recursos tecnológicos e de multimídia, veiculado através
da internet. O tempo de duração do e-learning pode variar de
15 minutos a várias horas, e no rapid e-learning o tempo pode
variar de 5 a 15 minutos. O rapid e-learning tem como objetivo atender às necessidades da dinâmica dos profissionais que
estão à beira-leito. Os provedores de treinamentos na área da
Saúde têm utilizado cada vez mais essa estratégia em decorrência das vantagens oferecidas, como: possibilidade de rápida
atualização dos conteúdos, customização dos conteúdos transmitidos, facilidade de acesso e flexibilidade de horários, ritmo
de treinamento definido pelo próprio aluno, disponibilidade
permanente dos conteúdos do treinamento, redução do tempo necessário para o aprendizado, possibilidade de treinar um
grande número de pessoas ao mesmo tempo e, ainda, controle de acesso e emissão de relatório. Metodologia: trata-se de
um relato que envolve o uso de recursos tecnológicos como
estratégia para treinamento, utilizando o e-learning auto-ins-
S65
trucional. Tem como objetivo mostrar a construção destes recursos mediados pelo uso do computador. A metodologia de
desenvolvimento do e-learning baseou-se nas seguintes fases:
1) análise da relevância do tema de treinamento, que deve ser
justificada por meio de dados, como, por exemplo, indicadores;
2) avaliação, pelos profissionais da área de treinamento, acerca
da pertinência e aplicabilidade do e-learning como estratégia
educacional para o tema. Neste momento avalia-se também o
número de profissionais que serão considerados como públicoalvo, o quanto o tema não sofrerá atualizações em um curto
período de tempo e o conteúdo propriamente dito; 3) planejamento e construção do conteúdo em conjunto com as áreas
afins; 4) elaboração do storyboard e formatação do e-learning,
com auxílio de designers e instructional designers, utilizando a
ferramenta Breeze®, da Adobe. Nesta construção é definida
a utilização dos recursos audiovisuais, como filmes, diálogos
interativos, locução, imagens. Os recursos didáticos também
devem ser considerados, como a inserção de teste de conhecimento, avaliação de satisfação do curso e tempo de acesso; 5)
testes e melhorias; 6) implementação, com definição do período que deverá ser acessado; e 7) monitoração do treinamento
por meio de relatórios obtidos da plataforma gerenciadora do
Breeze®, realizada por meio de login individualizado. O planejamento de um curso on-line precisa ir além da importação
de conteúdos por meio de uma ferramenta de autoria, é um
processo que envolve técnicas jornalísticas, não só pela qualidade das imagens e vídeos como também pela entonação da
voz do locutor. Resultados: no período de julho de 2005 até os
dias de hoje foram desenvolvidas 18 iniciativas em e-learning,
como preparo de antibiótico em sistema fechado (592), ferramenta da qualidade PDCA (310), apresentação da fechadura
eletrônica do carro de emergência (853), uso do gel alcoólico
(1224), rotavirus (294), eventos adversos graves (195), segurança do recém-nascido (134), protocolo de sepse (40), strepto
B (104), avaliação de conhecimento em anestesia (20), entre
outros. O público-alvo destes treinamentos foram as equipes
assistenciais, a equipe médica e as equipes das áreas de apoio
e administrativas. Utilizamos alguns recursos inovadores como
imagem em 3D e interatividade no treinamento de equipamentos. Os treinamentos classificados como rapid e-learning
têm mostrado bons resultados, facilitados pelo acesso rápido,
pela relevância do tema e pela abrangência do público-alvo em
um curto período de tempo. Discussão e Conclusões: o uso da
estratégia educacional em e-learning tem crescido em nossa
instituição. O conteúdo produzido tem um valor agregado que
considera o conhecimento, o recurso tecnológico, a otimização
de recursos humanos, a estratégia e o conteúdo direcionado.
Ademais, é possível o uso desta ferramenta sem o deslocamento físico do treinando para outra área, aprendendo e aplicando
o conhecimento in loco. Sabe-se que a implementação de novas
estratégias de treinamento gera dificuldades, tornando-se imperativo dispor de métodos que possam avaliar sua eficácia.
einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69
S66
Trabalhos de Inovação
I-3
Centro de reabilitação: novos olhares para a
monitoria técnica de enfermagem
Autor: Patricia Agostini
Colaboradores: Renata J. S. Negrão, Cristiane Isabela de Almeida
Instituição Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) – Centro de Reabilitação
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3733-3525
Introdução: em um Centro de Reabilitação (CR) privado que
atende 700 pacientes entre adultos e crianças, provenientes de
seus domicílios ou internados, foi identificada em reuniões interdisciplinares a necessidade de otimização de processos administrativo-assistenciais nas áreas atuantes, optando-se pela
realização de um projeto de monitoria para ser desenvolvido
nesse campo. É o primeiro projeto de monitoria nessa instituição voltado à melhoria de processos ligados diretamente à
assistência e que propicia ao monitor a vivência da assistência
interdisciplinar em reabilitação. Objetivos: otimizar processos
administrativo-assistenciais, primando pela segurança do paciente durante sua permanência no CR. Material e Método: o
setor de enfermagem de reabilitação foi responsável pela idealização e cumprimento do projeto, vinculado à Escola Técnica
do Instituto de Ensino e Pesquisa da mesma instituição, pelo
fato de ela já possuir este programa de monitoria em outras
áreas não-assistenciais. A seleção dos monitores foi realizada
pelo coordenador do curso juntamente com o setor de enfermagem de reabilitação. As principais atribuições dos monitores
seriam: auxiliar a equipe interdisciplinar para a disposição dos
equipamentos terapêuticos, materiais, rouparia e impressos;
orientação dos pacientes às suas salas de atendimento, acompanhando-os se necessário; guarda e deslocamento do prontuário do paciente, zelando na manutenção de sua integridade e
sigilo; prevenção de quedas em áreas críticas, permanecendo
com os pacientes entre seus atendimentos, bem como na área
de vestiários da hidroterapia, além de riscos como a não-identificação por pulseira no paciente no CR; acionamento e direcionamento dos atendimentos de intercorrências, urgências
e emergências. Foram divulgadas aos funcionários do CR as
atribuições, áreas de atuação e atividades proibitivas aos monitores. As atividades dos monitores iniciaram-se em 7 de maio
de 2007, com 12 alunos do curso de Técnico em Enfermagem,
divididos em dois grupos de 6 alunos cada, com jornada diária
de 5 horas, nos turnos da manhã e da tarde. Nas duas primeiras semanas, foram treinados quanto a: apresentação geral do
programa de monitoria e suas atribuições; treinamento observacional em 20 áreas que compreendem o CR; leitura e discussão de protocolos institucionais referentes aos sistemas de
qualidade, gerenciais e documentação institucional; treino prático para deslocamento e transferência de pacientes. Após esse
período, foram alocados em áreas de maior risco para quedas
einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69
e intercorrências e de maior necessidade de auxílio durante
as terapias: fisioterapia neurológica, hidroterapia, fisioterapia
infantil, terapia ocupacional infantil, fisiatria, ambulatório de
acupuntura, avaliação global adulto, avaliação global infantil
e enfermagem de reabilitação. Foi solicitado aos monitores,
pacientes e profissionais o parecer acerca do projeto, para que
pudéssemos analisá-lo qualitativamente. Resultado: após um
mês da implantação, analisamos os relatos, dos quais transcreveremos alguns: “Gosto do D. (monitor) porque ele sabe brincar comigo” (K. R. A., 11 anos, internado na UTI Pediátrica,
cujo atendimento foi viabilizado no CR); “Excelente, muito
atenciosos porque ajudam, sempre dispostos, só posso elogiar”
(M. A. A., mãe de D. A., paciente há três anos); “Quero continuar ajudando não só os profissionais, mas também e principalmente os pacientes, que muitas vezes vêem ao hospital não
só para se tratar, mas procurando alguém humano para conversar e se sentir querido pelas pessoas, independentemente
de sua deficiência e limitações” (M. T. M. A., monitora); “O
papel do monitor é muito importante, principalmente por estar viabilizando um melhor atendimento ao paciente. É gratificante poder auxiliar na transferência do paciente” (A. C. F.
S., monitora); “Sinto-me muito útil, pois posso ajudar a equipe
de saúde, entreter uma criança ou um bebê para ser realizada a fisioterapia ou simplesmente buscar um prontuário. São
pequenas coisas que a equipe de saúde deixa de fazer, e assim
pode ter mais tempo para dar assistência aos seus pacientes”
(C. P., monitora); “Nós, monitores, auxiliamos na segurança do
paciente, como no transporte de paciente e treino de marcha”
(R. S. S., monitora); “No que toca à acupuntura, é fundamental que o médico seja auxiliado para transporte de pacientes e
prontuários, formulários, etc. Por ser um procedimento, o médico precisa estar focado no atendimento” (M.S., fisiatra); “Na
fisioterapia, o processo fica mais rápido com o auxílio oferecido na entrada e saída de pacientes da piscina terapêutica” (D.
G. S., fisioterapeuta). Conclusão: verificamos que os relatos foram positivos à manutenção do projeto e, diante dos benefícios
verificados na análise inicial, implementaremos as ações para
que possam ser mensuradas também por meio de indicadores.
I-4
Prevenção de plagiocefalia em
recém-nascido pré-termo
Autor: Maria Fernanda Dornaus
Colaboradores: Junia Jorge Rjeille Cordeiro, Sandrah Murakami,
Alice Deutsch
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-2787
Introdução: os ossos do crânio do feto são maleáveis para permitir a passagem da cabeça pelo canal vaginal. Ao nascimen-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
to observamos diferentes formatos e deformações da calota
craniana dos recém-nascidos (RN). A deformação é definida
como uma alteração em uma parte do corpo em desenvolvimento normal até que uma força mecânica é aplicada. As deformidades do crânio estão relacionadas à modelagem peripartal como nos casos de desproporção cefalo-pélvica, trabalho de
parto prolongado, gestações múltiplas e tocotraumatismo. Devido à plasticidade remanescente dos ossos, causas posteriores
ao nascimento são relatadas em Unidades de Terapia Intensiva
Neonatais, onde os RN são mantidos com movimentos restritos, ficando a cabeça praticamente imóvel. Os recém-nascidos
prematuros (RNPT) permanecem internados por maiores períodos e, como conseqüência, podem apresentar achatamento
nas laterais do crânio (plagiocefalia) ou um formato de cabeça
estreita e alongada (escafocefalia). A prematuridade reduz a
habilidade do crânio em resistir a deformidades, já que é no
final da gestação que ocorre o fortalecimento ósseo. Como
medida preventiva para plagiocefalia postural, recomenda-se
manter o bebê de barriga para baixo quando está acordado, sob
observação e alternar a posição da cabeça da criança para a direita e para a esquerda durante o sono. O uso de órteses como
capacete modelador é indicado para corrigir o formato atípico
da cabeça. O capacete faz suave pressão e limita o crescimento
em áreas proeminentes do crânio. As deformidades cranianas
são comuns e, embora sem repercussão clínica, causam desconforto e embaraço aos pais, com limitações na vida social da
família. Para esses RN e suas famílias, tivemos o objetivo de
desenvolver um material para prevenir as deformações posturais, considerando que os cuidados descritos em literatura têm
aplicação limitada em RNPT internados em terapias intensivas
e em condições clínicas instáveis. Metodologia: empregamos a
metodologia SPARC, reconhecida para inovação em serviços
de saúde, composta pelas fases see-plan-act-refine-communicate (olhe-planeje-crie-refine-comunique). A fase see é de
busca de novos caminhos para prestar assistência. A fase plan
é uma fase de brainstorming e de gerar idéias. A fase act é de
criação de protótipos e de obtenção de feedback. A fase refine
é aprimorar o protótipo. A fase communicate é a disseminação da informação para a organização, auxiliando equipes a
compreenderem a importância e o impacto de uma inovação.
Fase see: a equipe de enfermagem observou que, se conseguíssemos manter a cabeça do RNPT alinhada com o corpo e sem
exercer pressão na região occipital, evitaríamos a plagiocefalia. A idéia partiu da observação de que a instituição usa, com
sucesso, protetores de calcâneo, círculo de silicone rígido em
formato de donut, durante cirurgias para prevenir ulcera de
pressão. Fase plan: foi proposto o uso deste material para posicionar a cabeça do RNPT alinhada com o corpo. Entretanto,
seu uso não foi viável. A altura do material provocava a flexão
da cabeça com risco de extubação acidental e obstrução das
vias aéreas. Sua rigidez poderia escarificar a pele do RNPT.
Realizou-se uma busca entre as empresas da área hospitalar
S67
dispostas a desenvolver o produto idealizado. Fase act: duas
empresas nacionais iniciaram o desenvolvimento de protótipos.
A empresa A solicitou medidas de circunferência do crânio dos
RNPT internados, a fim de elaborar um protótipo de silicone com formato de donut de tamanho adequado. Fase refine:
com os protótipos em uso, observamos a necessidade de ajuste
na altura para manter a neutralidade da cabeça-pescoço. Esse
ajuste foi realizado com sucesso. Observamos dificuldades na
higienização do material e quanto à durabilidade para reutilização. Compartilhamos com a empresa, que reduziu o custo do
produto a fim de viabilizar o uso individualizado. Fase communicate: comunicamos às equipes o processo realizado e o cadastro do produto na instituição. Resultado: o uso do donut de
silicone nos RNPT da UTIN iniciou em outubro de 2006. Esse
material tem sido rotineiramente usado na UTIN em RNPT
como medida de prevenção da plagiocefalia. Desde então, não
tivemos mais nenhum caso. Conclusão: padrões de prática de
instituições de excelência exigem o atendimento integral das
necessidades do paciente e de sua família. Isto oferece às equipes a oportunidade de participar dos processos de melhoria
contínua por meio da avaliação dos recursos disponíveis e os
desafia na criação de novos produtos. No desenvolvimento de
um material hospitalar, interferimos no resultado assistencial
ao atender à expectativa dos pais na melhoria da aparência dos
RNPT. Neste cenário, a inovação possibilitou promover a satisfação e o bem-estar futuro do RN e seus familiares.
I-5
Multiflex®: recurso utilizado para
posicionamento dos pacientes acamados
Autor: Luciane Midory Sakuma
Co-autores: Fátima Araci Tahira Colman, Flávia Alves Beraldo,
Wagner Macedo Bezerra, André Aparecido de Oliveira, Cacilda
Aparecida Costa
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1233
Introdução: o posicionador Multiflex® foi desenvolvido para
propiciar o posicionamento correto dos pacientes acamados,
cirúrgicos, ou seja, aqueles dependentes da enfermagem para
a mobilização e que não conseguem manter seu próprio posicionamento, por exemplo, devido às seqüelas neurológicas provenientes de acidentes vasculares, aneurismas e até mesmo os
pacientes em pós-operatório de cirurgias ortopédicas ou neurológicas, entre outras. Outro ponto que nos motivou à elaboração dos posicionadores foi o uso indevido dos enxovais (travesseiros, lençóis, cobertores, edredons) para posicionamento dos
pacientes. Contudo, consumíamos muitos enxovais, chegando
a faltar para a unidade. Tínhamos de pedir remessas extras,
aumentando os gastos com isso, como podemos observar no
einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69
S68
Trabalhos de Inovação
gráfico do custo mensal do enxoval segundo o consumo em kg
em 2005, no qual o consumo médio foi de 25.340,84 kg de roupa/mês e o gasto médio foi de R$ 19.156,75, capital que poderia
estar sendo investido no aperfeiçoamento e especialização dos
nossos funcionários. Objetivo primário: redução em até 30% no
consumo de lençóis, edredons, travesseiros e toalhas atualmente utilizados para posicionar, algumas vezes de forma inadequada, ocasionando o desperdício de enxoval. Objetivo secundário:
promover o posicionamento anatômico dos pacientes com o
uso dos posicionadores. Metodologia: por meio da ferramenta
da qualidade 5W2H, desenvolvemos nosso plano de ações para
implantar o material desenvolvido. Para apresentar o posicionador Multiflex® aos pacientes e acompanhantes, desenvolvemos
um folder que explicava a finalidade dos posicionadores e o fato
de pertencerem à nossa instituição. Para garantirmos a manutenção da adesão, qualidade e segurança (uso correto) dos posicionadores, elaboramos um questionário, verificando mensalmente a opinião dos pacientes e acompanhantes, e observamos
sua correta utilização. Resultados: observou-se que do ano de
2005 para 2006 houve redução de 42,02% do consumo médio,
de 25.340,84 kg para 10.821,08 kg de roupa/mês, ultrapassando
a meta de 30% estimada no início do estudo. Quanto ao gasto
médio anual, entre os anos de 2005 e 2006 foi, respectivamente,
de R$ 19.156,75 e R$ 10.000,75, representando uma redução
percentual de 52,2%. Em se tratando do posicionamento dos
pacientes, comparativamente (conforme figuras 5 e 6) pudemos
observar que os posicionadores colaboraram em muito na diminuição do uso indevido do enxoval para posicionar o paciente
(conforme gráfico), na adesão da equipe de enfermagem, na
redução do tempo de enfermagem para montagem dos coxins,
e proporcionou o posicionamento correto, evitando as deformidades e diminuindo o risco de úlceras por pressão nos pacientes acamados. Conclusão: a utilização dos posicionadores
contribuiu para a manutenção do posicionamento correto, a
diminuição da incidência de úlceras por pressão e deformidades. Constatou-se a redução de 42,02% do consumo médio de
roupa utilizada nos apartamentos, ultrapassando a meta inicial
de 30%. Quanto ao custo médio com gastos com os enxovais,
conseguiu-se reduzi-lo em 52,2%, no período de 2005-2006. O
grau de satisfação do paciente, acompanhante e funcionários
com os recursos foi bom, mensurado pela adesão e manutenção
dos posicionadores nas mudanças de decúbito.
I-6
Ultra-som para acesso vascular periférico:
inovando a prática de enfermagem para
promover a segurança do paciente
Autor: Maria Angélica Sorgini Peterlini
Co-autores: Mavilde L. G. Pedreira, Ariane Ferreira Machado,
Priscilla Sete de Carvalho, Myriam A. M. Pettengill, Denise M.
Kusahara
einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69
Instituição: Departamento de Enfermagem da Universidade Federal
de São Paulo (UNIFESP)
Endereço: Rua Napoleão de Barros, 754 – Vila Clementino – São
Paulo/SP
CEP 04024-000 – Tel.: (11) 5576-4430
Introdução: a inserção de cateteres intravasculares periféricos
(CIP) é um dos procedimentos mais freqüentemente executados em pacientes hospitalizados. A assertividade da punção
vascular está diretamente relacionada com as características
individuais do paciente, como obesidade, doenças crônicas,
hiperpigmentação da pele, uso de terapia intravenosa prolongada, doenças vasculares, dentre outras. Além destes fatores,
os pacientes pediátricos possuem outros que também podem
comprometer o sucesso da punção na primeira tentativa,
como o diâmetro diminuto dos vasos, a fragilidade capilar, a
agitação psicomotora, a desidratação e a falta de colaboração
durante o procedimento, relacionada ao desenvolvimento
cognitivo da criança, bem como a habilidade do profissional
que executa a técnica. A introdução de novas tecnologias,
como o ultra-som, para auxiliar na punção periférica, pode
proporcionar aumento na assertividade do acesso venoso ou
arterial em pacientes pediátricos, contribuindo para o desenvolvimento da prática de enfermagem, com melhoria do
desempenho do profissional e da segurança do paciente. Objetivo: apresentar uma estratégia educacional para habilitar
enfermeiras pediatras para a utilização de ultra-sonografia
vascular Doppler durante a punção intravascular periférica.
Método: a estratégia educacional foi elaborada e conduzida
por enfermeiras especialistas em terapia intravascular, com
suporte clínico e técnico de médico especialista em ultra-sonografia vascular e engenheiro biomédico, em um período de
seis meses, sendo dividida em três etapas: teórica, prática e
de avaliação. Participaram do programa seis enfermeiras pediatras de uma unidade de cirurgia infantil de um hospital
universitário da cidade de São Paulo/SP. Resultados: etapa teórica: aulas referentes às bases da física, da ultra-sonografia
e do Doppler, desenvolvidas pelas enfermeiras especialistas,
ao funcionamento do aparelho de ultra-sonografia, demonstrado pelo engenheiro biomédico, e às imagens vasculares, de
artefatos e de cateteres implantados, realizadas pelo médico.
Etapa prática: utilização do equipamento de ultra-sonografia
pelas enfermeiras durante três semanas. Cada profissional
gravou cerca de 25 imagens, entre artérias, veias e cateteres
implantados. Etapa de avaliação: as imagens obtidas foram
discutidas e validadas com o médico e com as enfermeiras especialistas. No final do programa, as enfermeiras foram avaliadas a respeito do conhecimento, habilidade, capacidade em
identificar artérias, veias, fluxo sanguíneo e posicionamento
de cateteres. Conclusão: o uso do ultra-som é um avanço na
prática de enfermagem. Programas educacionais devem incluir temas referentes a anatomia, bases da física e das ima-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
gens vasculares, bem como o manuseio do equipamento. A
utilização da ultra-sonografia para obtenção de acesso intravascular é uma técnica que visa à melhoria da performance da
enfermeira e à promoção da segurança do paciente submetido à terapia intravascular. Estudos prospectivos, randomizados e controlados estão sendo conduzidos pelo grupo para a
análise dos resultados da introdução dessa tecnologia voltada
para o sucesso na obtenção do acesso intravascular periférico
por enfermeiras. Agradecimento: pesquisa com fomento do
CNPq, processo n° 476295/2004-1.
I-7
Dequação do impresso de recuperação pósanestésica do serviço de medicina diagnóstica e
preventiva
Autor: Mara Lúcia Pinheiro Oliveira
Co-autor: Nádia Sueli de Medeiros
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi –São Paulo/SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-0494
Introdução: a recuperação pós-anestésica (RPA) do serviço
de medicina diagnóstica e preventiva (MDP) atende pacientes
submetidos a exames com e sem anestesia geral. O tempo de
permanência dos pacientes pós-anestesia é, em média, 40 minutos, período em que os cuidados são realizados pela equipe
de enfermagem. O impresso utilizado pela RPA é o Índice para
Avaliação dos Pacientes no Período Anestésico-Cirúrgico Imediato, o qual define uma pontuação mínima para a alta. Observamos que nosso cliente, mesmo em regime de internação,
diferia em complexidade dos pacientes do centro cirúrgico, não
justificando o emprego deste índice e do plano de cuidados de
enfermagem pré-estabelecido. Objetivo: adequar o impresso
S69
de RPA para o perfil dos pacientes admitidos na Unidade de
RPA do serviço de MDP. Material e Método: no período de
junho de 2006, foram avaliados na RPA 420 pacientes, sendo
195 em regime de internação e 225 ambulatoriais que se submeteram a procedimentos com anestesia. Os pacientes acima
de 12 anos foram avaliados quanto a: saturação de oxigênio;
freqüência cardíaca; pressão arterial; temperatura; ritmo cardíaco; dor; nível de consciência; comportamento; náuseas e
vômitos; atividade motora; incisão cirúrgica/curativo e diurese,
sendo o escore mínimo para alta de 18 pontos. Os pacientes
menores de 12 anos foram avaliados quanto a: saturação de
oxigênio; freqüência respiratória; freqüência cardíaca; temperatura; dor; nível de consciência; náuseas e vômitos e incisão
cirúrgica/curativo, sendo o escore mínimo para alta de 12 pontos. Alguns itens do plano de cuidados de enfermagem pré-estabelecido no impresso foram utilizados para a assistência de
enfermagem prestada. Resultados: em 225 pacientes externos,
222 eram maiores de 12 anos e 23 menores de 12 anos, sendo
encontradas as seguintes intercorrências: 1,3% de queda de
saturação de oxigênio; 0,4% de alteração de pressão arterial;
2,6% de episódios de dor e 0,8% de ocorrências de náuseas e
vômitos. Os demais itens não ocorreram. Para os 195 pacientes
internados, 191 eram maiores de 12 anos e 4 eram menores
de 12 anos e encontramos: 12,8% de queda de saturação de
oxigênio; 4,1% de alteração de pressão arterial; 5,6% de alteração do nível de consciência; 0,5% de alteração da freqüência
respiratória e 1,5% para náuseas e vômitos. Os demais itens
não ocorreram. O plano de cuidados de enfermagem possuía
23 itens e em 100% dos pacientes somente sete itens foram
assinalados. Conclusão: diante dos resultados encontrados,
sugerimos uma adequação do impresso de recuperação anestésica, otimizando o tempo da equipe de enfermagem no preenchimento do escore e garantindo um plano de assistência de
enfermagem individualizado.
einstein.2007;5(Supl 1):S64-S69
Jovem Pesquisador
JP-1
Parto por eclâmpsia em adolescentes:
levantamento bibliográfico
Autor: Suze Luize Ferraz de Almeida
Co-autores: Danielle Teixeira Leal, Fernanda Aparecida de Paula
Russo, Rosana Aparecida Guerra, Rachel de Carvalho
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE); Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
Introdução: quando se trata de adolescentes, a pelve é menor do
que a da mulher adulta. A maturação do sistema reprodutor e
a obtenção do formato adulto não indicam que o crescimento e
o desenvolvimento da pelve estão completos. Duas complicações
ocorrem com maior freqüência nas mulheres mais jovens: hipertensão e contração pélvica, especialmente no estreito superior. A
eclâmpsia é a presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas e/ou coma em mulher com qualquer quadro hipertensivo, não
causado por epilepsia ou outra patologia convulsiva, e que pode
ocorrer na gravidez, durante o parto ou até três dias de puerpério.
Dentre as formas hipertensivas, a eclâmpsia é a principal causa
de morte materna, com incidência de até 14% do total de casos,
segundo diferentes relatos na literatura. São princípios básicos da
terapia da eclâmpsia: controlar as convulsões e evitar a mortalidade materna e fetal. Objetivo: levantar o número de artigos publicados sobre parto por eclâmpsia em adolescentes nos últimos
20 anos, na literatura nacional e internacional. Material e Método:
trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva, do tipo bibliográfica, feita por meio de documentação indireta, sendo realizada
consulta às seguintes bases de dados: LILACS, MEDLINE e BVS
Adolec, tomando-se como base os últimos 20 anos de publicação.
O estudo foi realizado na Biblioteca da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), nos meses de
março e abril de 2007. Para as três bases de dados, foram utilizados os seguintes termos-chave: eclâmpsia como descritor de assuntos, humano feminino adolescente como limites e parto como
palavra. Resultado: foram encontrados 75 artigos sobre parto por
eclâmpsia na adolescência entre os anos de 1987 e 2007, nas bases
de dados LILACS, MEDLINE e BVS Adolec. O ano com maior
einstein.2007;5(Supl 1):S70-S73
número de publicações foi 2004, com nove artigos, incluindo as
três bases de dados. Na base de dados LILACS foram encontrados 19 artigos, sendo 1989 o ano de maior publicação, com 6 artigos, e 1991, 1993, 1996, 1997, 2000, 2002, 2003, 2005, 2006 e 2007
os de menor publicação, com nenhum artigo publicado. Na base
de dados MEDLINE foram encontrados 29 artigos, sendo o ano
de maior publicação 2002, com 7 artigos, e 2001 e 2003 os anos de
menor publicação, não havendo até o presente momento publicação alguma no ano 2007. Na base de dados BVS Adolec foram encontrados 27 artigos, sendo o ano de maior publicação 2005, com
5 artigos, e 1988, 1991, 1995, 1997, 1998 e 2007, os anos de menor
publicação, com nenhum artigo publicado. Conclusão: o levantamento do número de artigos publicados sobre parto por eclâmpsia em adolescentes nos últimos 20 anos, na literatura nacional
e internacional, nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BVS
Adolec, levou-nos a encontrar 75 artigos sobre o assunto, sendo 19
no LILACS, 29 no MEDLINE e 27 no BVS Adolec. O ano com
maior número de publicações foi 2004, com nove artigos.
JP-2
A relevância do asa e imc no tempo médio
de permanência de pacientes submetidos à
gastroplastia videolaparoscópica
Autor: Lital Moro Bass
Co-autores: Paulo David Scatena Gonçales, Adriana Serra Cypriano,
Nea Miwa Kashiwagi, Luis Fernado Lisboa, Bento Fortunato
Cardoso, Miguel Cendoroglo Neto
Instituição: Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Endereço: Av. Albert Einstein, 627 – Morumbi – São Paulo/ SP
CEP 05651-901 – Tel.: (11) 3747-1413
Introdução: a obesidade vem aumentando sua prevalência em
níveis de epidemia no mundo inteiro. Segundo a OMS no Brasil, na faixa etária acima de 15 anos, 8,9% dos homens e 13,1%
das mulheres são obesos. Entre 1% e 2% da população adulta
(cerca de 1,5 milhão de pessoas) apresenta IMC > 30 Kg/m². O
tratamento da obesidade mórbida com terapias comportamentais
(dieta e exercícios) e com medicamentos apresenta resultados
relativamente ineficazes no controle de peso, tornando-se necessário submeter-se ao tratamento cirúrgico como terapia co-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
adjuvante. A gastroplastia é um procedimento cirúrgico que tem
como finalidade diminuir a quantidade de alimentos ingeridos
e absorvidos no trato digestivo por meio da redução do volume
estomacal. Esse procedimento é indicado para pacientes com
IMC > 40 Kg/m². Por ser um procedimento considerado de alta
complexidade, quando aliado às comorbidades já presentes na
maioria dos obesos (problemas pulmonares, cardíacos, endócrinos, metabólicos e dificuldades locomotoras) gera uma gama de
situações que elevam o tempo de permanência pós-operatória no
hospital. Objetivo: relacionar a condição clínica do paciente submetido à cirurgia de gastroplastia videolaparoscópica na avaliação
pré-cirúrgica (Sociedade Americana de Anestesiologia – ASA) e
o grau de obesidade (Índice de Massa Corpórea – IMC) com o
tempo de permanência. Material e Método: foi conduzida uma
análise de dados secundários juntamente com revisão retrospectiva dos prontuários de 167 pacientes submetidos à gastroplastia
videolaparoscópica num hospital de grande porte da cidade de
São Paulo, no período de janeiro de 2005 a junho de 2006. Os
dados foram cruzados de modo a caracterizar a população do estudo segundo suas faixas de IMC, permanência e ASA, traçando
um perfil do tempo de permanência por meio dos fatores predisponentes. Resultado: para o total de pacientes analisados, temos
3,3 dias como média de permanência; quando estratificamos essa
amostra segundo a classificação de ASA, temos 3,9 dias para os
7 pacientes com ASA I (4,19%), 3,2 dias para os 152 pacientes
com ASA II (91,02%) e 4,5 dias para os 8 pacientes com ASA III
(4,79%). Quando observamos a média de permanência segundo
IMC, conseguimos encontrar dois grupos distintos: os 89 pacientes com IMC < 40 Kg/m² têm 3,1 dias de média de permanência,
sendo 4,3 dias, 3,1 dias e 2,7 dias, respectivamente, para ASA I,
II e III. Já o grupo de 78 pacientes com IMC > 40 Kg/m² tem 3,5
dias de média de permanência, sendo 1,0 dias, 3,3 dias e 5,6 dias,
respectivamente, para ASA I, II e III. Conclusão: os resultados
mostram que o grau ASA pode sugerir uma relação diretamente
proporcional com o tempo médio de permanência para o grupo
de pacientes com IMC > 40 Kg/m². Entretanto, para o grupo de
pacientes com IMC < 40 Kg/m², o ASA pode sugerir uma relação
inversamente proporcional ao tempo médio de permanência.
JP-3
Compreendendo a formação do enfermeiro
por meio da proposta aprendizagem
baseada em problemas
Autor: Eduardo Leandro Rodrigues
Co-autores: Ariadne Fonseca da Silva, Patricia Silva Pires
Instituição: Universidade Anhembi Morumbi
Endereço: R. Dr. Almeida Lima, 1134 – Bresser – São Paulo/ SP
CEP 03164-900 – Telefone: (11) 6694-2822
S71
graduando e docentes do curso de enfermagem, de uma instituição
privada que começou a utilizar esta proposta em 2005. A ABP é
considerada uma das mais significativas inovações na educação das
ciências médicas nos últimos anos, surgindo como um movimento
de reação aos currículos das escolas de saúde sob forte influência
flexineriana, que privilegiava o modelo biomédico e o ensino centrado no hospital. O objetivo do estudo foi desvelar a opinião dos
graduandos sobre o método ABP. Trata-se de um estudo fenomenológico, com abordagem qualitativa desvelada por meio da análise
ideográfica e nomotética. Para Merleau-Ponty (1999, p. 1), “a fenomenologia é o estudo das essências; todos os problemas, segundo
ela, resumem-se em definir essências: a essência da percepção, a
essência da consciência. Mas a fenomenologia é também uma filosofia que repõe as essências na existência, e não pensa que se possa
compreender o homem e o mundo de outra maneira senão a partir
de sua factualidade.” O estudo foi realizado em uma universidade
privada do município de São Paulo, com alunos do quarto semestre
do curso de Enfermagem. Os autores, após explicação sucinta sobre
o trabalho, verificaram quais sujeitos manifestavam interesse em
participar da pesquisa. Os interessados foram incluídos na amostra, que foi do tipo aleatória. Os alunos sorteados foram entrevistados em horário agendado com o pesquisador responsável e, caso
ocorresse desistência do sorteado, seria retirado da urna um novo
nome, que substituiria o sujeito desistente. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada, utilizando a seguinte
questão: “O que é para você aprender através da Aprendizagem
Baseada em Problemas?”. Os dados foram analisados por redução
fenomenológica com a transcrição dos discursos, retirada e agrupamento das unidades de significados e compreensão. Para delimitar
a suficiência dos dados e encerrar a coleta destes, foi utilizado o
critério de saturação, após observar que os dados tornaram-se repetitivos. O resultado apontou uma categoria aberta: compreendendo
a problematização, composta por quatro convergências temáticas:
resolutividade nos problemas propostos, funcionalidade da ABP no
processo de aprendizagem, um desafio aprender enfermagem, satisfação em estudar por meio da ABP. Após o agrupamento das unidades de significados, foi possível desvelar que a problematização é
gratificante para os estudantes, apesar de ocorrerem resistências e
necessidade de adaptação por parte do discente e do docente. Este
trabalho possibilita uma reflexão dos docentes, discentes e coordenadores de enfermagem com relação à problematização, além de
fornecer dados para novos estudos que contemplem o perfil do aluno de enfermagem nesta proposta de ensino.
JP-4
Implementação da prescrição e intervenção
de enfermagem baseadas em diagnóstico de
enfermagem
Autor: Eduardo Leandro Rodrigues
O interesse em pesquisar sobre a proposta Aprendizagem Baseada
em Problemas (ABP) surgiu da experiência dos autores, enquanto
Co-autores: Janete Vieira de Moura Freitas, Marina Vilalba, Mirely
Sousa Macedo
einstein.2007;5(supl 1):S70-S73
S72
Jovem Pesquisador
Instituição: Hospital das Clínicas
Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 255 – Cerqueira César
para novos estudos que contemplem o perfil do profissional
enfermeiro em seu processo de trabalho.
– São Paulo/ SP
CEP 05403-000 – Tel.: (11) 3069-6118
A prescrição e intervenção baseadas em diagnóstico têm sido
consideradas, nos últimos anos, das mais significativas inovações para a formação dos alunos dos cursos de graduação em
Enfermagem, bem como a educação continuada de enfermeiros que já se encontram em campo de trabalho, resultando em
um novo perfil de profissional. Para Carpenito (1997, p. 27),
“os diagnósticos de enfermagem proporcionam um mecanismo útil para estruturação do conhecimento de enfermagem,
em uma tentativa de definição do papel e do domínio próprio
do enfermeiro”. O interesse em pesquisar sobre prescrição e
intervenção de enfermagem baseadas em diagnósticos surgiu
da experiência dos autores, enquanto graduando e docente
de enfermagem de uma instituição privada, que prestaram
assistência de enfermagem a uma paciente com diagnóstico
clinico de polimiosite/dermatomiosite e rabdomiólise. Os objetivos deste estudo foram: identificar e listar os problemas de
enfermagem apresentados e listados pelo paciente; classificar
os diagnósticos segundo a North American Nursing Diagnosis
Association (NANDA); fundamentar cientificamente os diagnósticos de enfermagem, partindo de uma revisão de anatomia, fisiologia, bem como a fisiopatologia do sistema que se
relacione ao diagnóstico de enfermagem classificado; elaborar
a prescrição de enfermagem com o intuito de intervir nas alterações apresentadas pelo paciente e acompanhar a resposta
do cliente diante do plano assistencial. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem descritiva exploratória desvelada
por meio da análise contextual do fenômeno presente. Para
Fonseca (1999), “o estudo de caso é um trabalho conjunto
entre professor-aluno, que vê o ensino-aprendizagem a partir
da ação, do fazer que considera o cliente dentro do seu mundo”. O estudo foi realizado em um hospital público de grande
porte na cidade de São Paulo/SP e os dados foram coletados
na Unidade de Internação de Clinica Médica no período de
9 a 24 de maio de 2007. Os autores, após explicação sucinta sobre o trabalho, verificaram o interesse da paciente em
participar da pesquisa. Após autorização da paciente, começou a análise dos dados, os quais foram coletados por meio
de exame físico, história de vida, história da doença e exames
laboratoriais e clínicos. A partir dos diagnósticos levantados,
foi possível prescrever e intervir de forma integral, individualizada e documentada a assistência prestada ao paciente, de
forma que os diagnósticos poderiam ser retirados da evolução
de enfermagem, quando o paciente apresentasse melhora de
seus problemas, e/ou poderiam ser acrescentados outros, caso
surgissem novos problemas de enfermagem ao paciente. Este
trabalho possibilitou uma reflexão dos docentes e discentes de
enfermagem no assistir sistematizado, além de fornecer dados
einstein.2007;5(supl 1):S70-S73
JP-5
A experiência profissional e sua influência na
formação acadêmica
Autor: Magda Roberta Ferreira
Co-autores: Claudia Souza de Menezes Cidrônio, Alequis Pereira
de Sousa
Instituição: Faculdades Metropolitanas Unidas (UNIFMU)
Endereço: R. Taguá, 150 – Liberdade – São Paulo/ SP
CEP 01508-010
Introdução: o foco do cuidado de emergência é evitar a deterioração das funções vitais, e conseqüentemente o óbito, antes que o tratamento definitivo possa ser estabelecido. Neste
contexto, a tomada de decisões exige um julgamento rápido
e eficaz, baseado na compreensão da condição atual que caracteriza a condição de emergência. Esta habilidade deve ser
abordada desde o início da formação acadêmica, qualificando
o futuro profissional no atendimento de emergências clínicas
e traumáticas. Objetivo: avaliar o conhecimento teórico dos
estudantes de enfermagem de uma faculdade privada da cidade de São Paulo/SP sobre emergências. Metodologia: estudo transversal realizado em uma faculdade privada da cidade
de São Paulo. Participaram do estudo os alunos do curso de
Enfermagem do oitavo semestre, visto que já haviam passado pelo módulo teórico e prático proposto pelo currículo da
faculdade. Foi aplicado um questionário com sete questões
tipo teste e duas questões dissertativas, caracterizando a população e também relacionadas a casos clínicos em situação
de emergência. Resultados: a amostra constou de 53 alunos;
35 alunos (66,03%) já trabalhavam na área da Saúde (grupo
A); e 18 (33,97%) não tinham qualquer experiência (grupo B).
A maior parte dos erros apareceu nas questões relacionadas
às doenças cardiovasculares. No item sobre emergência hipertensiva, 24 (68,5%) dos alunos do grupo A erraram o teste, e
9 (50%) do grupo B não pontuaram; na fibrilação ventricular e taquicardia ventricular houve 100% de acerto para ambos os grupos; no acidente vascular cerebral observou-se nos
2 grupos apenas 1% de erro. Com relação ao trauma, 6 (17%)
alunos do grupo A e 6 (33%) do grupo B erraram o teste: as
dificuldades encontradas estavam relacionadas à classificação
do trauma e sua gravidade. Na aplicação correta da Manobra
de Heimlich, um dos alunos do grupo A (2,85%) errou o teste,
e 3 (16,6%) do grupo B não pontuaram. Nas manobras de reanimação quanto à intubação traqueal e a oferta de oxigênio,
verificou-se que 16 (45,7%) alunos do grupo A e 6 (33,3%) do
grupo B erraram o teste, sendo que 33 (94%) do grupo A e
18 (100%) do grupo B acertaram a questão sobre a indicação
para intubação traqueal. Discussão: verificamos que os alu-
IV Simpósio Internacional de Enfermagem
nos que não trabalhavam na área da Saúde obtiveram melhor
desempenho nos testes. O conteúdo programático foi administrado de forma gradativa, qualificada e precisa no decorrer
do curso de Enfermagem. No entanto, podemos observar que
há pouco envolvimento, compromisso e participação do próprio aluno em sua formação. Talvez seja pertinente dizer que
a experiência profissional prévia na área da Saúde influencia
alguns aspectos na formação acadêmica, podendo limitar o
desempenho e o desenvolvimento do profissional.
JP-6
Sistemas de preparo e distribuição de
medicamentos
Autor: Camila Fernandes Augusto
Colaboradores: Ana Paula Augusto, Carlos Eduardo da Costa,
Gabriela Rocco de Sá, Helena Roxo Nobre Dias, Isabela Belluci,
Priscila Almendra da Silva
Instituição: Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE). Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein
Endereço: Av. Prof. Francisco Morato, 4293 – Butantã – São Paulo/ SP
CEP 05521-200 – Tel.: (11) 3746-1001
A literatura classifica a distribuição de medicamentos em
uma instituição hospitalar em quatro tipos: distribuição coletiva, individual, semi-individual e dose unitária. Na distribuição coletiva, há o envio de uma certa quantidade de medicamentos, da farmácia hospitalar, para serem estocados
nos setores e administrados conforme prescritos. No segundo
tipo, a farmácia distribui os medicamentos por paciente, ou
seja, são encaminhadas medicações individuais, conforme a
prescrição médica. A distribuição semi-individual é uma combinação dos tipos anteriores: é a distribuição individual, mas
com um percentual de estocagem. O último tipo é o Sistema
S73
de Distribuição de Medicamento por Dose Unitária (SDMDU). Nesse sistema, os medicamentos são preparados pela
farmácia de acordo com a prescrição médica e colocados em
embalagens unitárias, identificadas pelo nome do paciente,
leito, dose e horário de administração. Assim, cabe à equipe
de enfermagem administrá-los. A implantação do SDMDU
reduz a incidência de erros no preparo dos medicamentos e,
além disso, garante a segurança na farmacoterapia, disponibiliza maior tempo para a equipe de enfermagem dedicar-se
ao paciente, além de colaborar na prevenção das infecções
hospitalares. Objetivos: identificar o tipo de distribuição de
medicamentos adotado por instituições hospitalares distintas
e classificar a opinião dos enfermeiros quanto às vantagens e
desvantagens da distribuição adotada. Os sujeitos da pesquisa
foram 21 alunos de pós-graduação em Enfermagem Clínica
e Enfermagem Pediátrica da Faculdade de Enfermagem do
Hospital Israelita Albert Einstein (FEHIAE), depois de terem assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário com seis perguntas, sendo três abertas e três fechadas,
abrangendo a identificação da instituição hospitalar, unidade
de trabalho, tipo de distribuição de medicamento adotado e
descrição de vantagens e desvantagens sobre o tipo de distribuição da unidade. Das 15 diferentes instituições hospitalares
pesquisadas, 67% eram privadas e 33%, públicas. Em 62,5%
das instituições hospitalares em que os alunos trabalham, é
utilizado o tipo de distribuição individual, e apenas 12,5%
delas utilizam o SDMDU. Concluímos que a grande maioria
das instituições hospitalares pesquisadas utiliza o sistema de
distribuição individual, apesar de o SDMDU ser considerado o mais eficaz de acordo com a literatura científica atual.
Ressaltamos que o SDMDU é um sistema que ainda está em
evolução, mas que por gerar bons resultados, e sua implantação só tende a crescer.
einstein.2007;5(supl 1):S70-S73
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